Produção executiva, argumento e reconstrução das narrativas: União Centro-Oeste Brasileira Presidente: Pr. Alijofran Brandão Secretário: Pr. Matheus Tavares Tesoureiro: Pr. Gilnei de Abreu Autor: Pr. Manoel Nunes Colaboradores: Pr. Marcio Santos – ABC Pr. Marcos Nunes – MISoM Pr. Maiquel Nunes – ALM Pr. Odair A. de Souza - ASM Pr. William Moreira - MTo Direção de Arte: João Carlos (@jc_mkt7)
Li outro dia, uma matéria a respeito do câmbio e do piloto automático nos veículos. O autor dizia que fazemos isso constantemente, até mesmo por uma necessidade de operacionalizar a complexidade de nossas vidas e as múltiplas tarefas que realizamos. Podemos considerar que, quando a nossa mente vagueia (por pensamentos, imagens, memórias, antecipação de cenários futuros...) e nós não damos conta, a princípio, de que isso está acontecendo, é bem provável que estejamos em piloto automático. É uma tremenda demonstração da complicada compreensão do que é o nosso cérebro, feito pelo Criador. Pois bem! Às vezes, operamos a vida espiritual nesses moldes: piloto automático. Situações nos ocorrem, fazemos muitas coisas, somos surpreendidos de diversas formas e livrados de inúmeros males. Qual é a grande questão? Encararmos tudo como se fosse obra do acaso. Dessa forma, não consideramos o mundo invisível à nossa volta e as suas influên-
cias, sejam elas relacionadas à presença de Deus, à guia do Espírito Santo, à condução dos anjos ou às ciladas que Satanás, nosso inimigo, nos oferta a todo o tempo. Amigos, precisamos atentar para a realidade das coisas espirituais e com isso usufruirmos daquilo que o céu nos proporciona, enquanto a vida acontece para nós. A lição desta temporada é um convite para vivermos em outra dimensão. Ela tem como objetivo nos despertar para essa realidade e auxiliar nosso relacionamento com Deus, de forma real e ininterrupta, considerando que não estamos à deriva no mundo. Temos um Pai que nos guia, nos dirige e age para que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que O amam e que são chamados segundo o Seu propósito (Rm 8:28). Abraço carinhoso e boas reflexões. MANOEL NUNES Departamental de Pequenos Grupos - UCOB
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Ore pedindo a Deus que o ajude a compreender e a aplicar o texto bíblico em sua própria vida. Caso você não possa fazer isso, ainda não estará preparado para liderar os membros do seu Pequeno Grupo.
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Estude cuidadosamente cada parte da lição. Medite e reflita sobre o texto bíblico enquanto elabora suas respostas.
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Pense nos membros do seu Pequeno Grupo e em como o tema atenderá suas necessidades. Leve em consideração as diferentes capacidades cognitivas e faixas etárias (adolescentes, jovens e adultos).
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Estabeleça metas que precisam ser alcançadas para que o tema cumpra propósito.
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Comece o encontro na hora marcada. Se os membros perceberem que se começa pontualmente, vão esforçar-se mais para chegar no horário.
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Desde o início explique que a lição tem por objetivo a discussão em grupo e não de palestra. Anime-os a participar, mas compreenda que muitos se sentirão inibidos nos primeiros encontros.
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Não tenha medo do silêncio. As pessoas do grupo podem precisar de tempo para pensar antes de responder.
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Evite responder suas próprias perguntas. Se necessário, reformule-as até que sejam claramente compreendidas. O grupo pode torna-se passivo e calado se achar que é o líder quem vai falar a maior parte do tempo.
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Você pode incentivar mais de uma resposta para cada pergunta. Por exemplo: “E o que pensam os demais sobre isso?” ou “Mais alguém quer falar?”, até que várias pessoas tenham tido a chance de responder.
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Tome o cuidado de as discussões não se desviarem do assunto principal. Se as pessoas perderem o rumo, reconduza-as delicadamente ao texto bíblico em questão.
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Termine o encontro na hora marcada. Isso será mais fácil se você controlar o ritmo da discussão sem gastar tempo demais em algumas questões, para que não precise sacrificar outras.
Na sua opinião, quem você conhece que mais se parece com Cristo? O que se destaca nessa pessoa?
TEXTO BÍBLICO O título chama a atenção e suscita perguntas. Será que a Bíblia quer afirmar que Deus é assim como eu sou, inclusive fisicamente? Apesar de toda a maldade pensada e praticada pelos seres humanos, ainda possuímos traços que nos tornam semelhantes Àquele que nos criou? “O homem deveria ter a imagem de Deus, tanto na aparência exterior, como no caráter” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas. Tatuí, SP: CPB, p. 45). “Essa imagem era especialmente evidente em termos de sua natureza espiritual” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo
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Gênesis 1:26; 2:7 Salmos 8:4 e 5 Dia. Tatuí, SP: CPB, vol. 1, p. 195). Como visto, depois da entrada do pecado, perdemos essa imagem e semelhança. Mas em Cristo a mesma é retomada. Isso, porque Nele somos levados ao projeto anterior à queda. Ao recebermos Jesus como nosso Senhor, somos expostos ao controle e transformação, operados pelo Espírito Santo, refletindo assim, a imagem e semelhança do
PERGUNTAS 1 – O que é possível notar na forma como Deus criou o homem com as demais coisas criadas? 2 – O fato de Deus fazer com Suas próprias mãos, lhe sugere alguma coisa? 3 – A matéria-prima utilizada, terra e barro, fala algo sobre a finitude do homem? Quais as possíveis implicações disso? 4 – Use a imaginação: O que Deus receberia em troca ao criar um ser finito e com possibilidades de escolher Lhe ser desobediente e rebelde? 5 – Em sua opinião, onde reside a esperança de sermos novamente em essência, aquilo que Deus projetou que fôssemos antes da queda? 6 – Olhando no espelho, dê uma nota de 0 a 10 para si mesmo, em relação à sua semelhança com o seu Criador. 7 – Que coisas hoje, lhe tornam mais dessemelhante a Cristo?
CONCLUSÃO Imagine quem poderíamos ter sido, caso o pecado não tivesse entrado em nosso planeta. Como o nosso mundo, somos maus. A todo momento somos confrontados com isso. Às vezes as lutas são internas: maus pensamentos, palavras, malícia. Outras vezes, são externas: brigas, desonestidades, palavras ferinas, doenças, morte, etc. Essas situações estão na ordem de nossos dias constantemente. O quadro descrito acima é bem desanimador, não é mesmo? Disse Martin Luther King*: “Nós não somos o que gostaríamos de ser. Nós não somos o que ainda iremos ser. Mas, graças a Deus, não somos mais quem nós éramos”. O apóstolo Paulo afirmou: “E estou plenamente convicto de que aquele que iniciou boa obra em vós, há de concluí-la até o Dia de Cristo Jesus” (Fil 1:6). Renovemos nosso ânimo! Se estamos com Cristo, andando com Ele diariamente, podemos estar certos que estamos a caminho da plena restauração da imagem e semelhança com Deus. Confiemos Nele. Apesar das nossas falhas, Jesus nos compreende e nos sustentará até aquele dia em que estaremos para toda a eternidade juntos.
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https://www.pensador.com/frase
princípio. Dessa forma, nosso amor, desejos e aspirações retornam à harmonia e à Sua vontade de quando fomos criados.
Pensando em sua vida, mencione uma coisa que você se arrependeu de não ter feito.
TEXTO BÍBLICO O sentimento que tomou conta de Adão e Eva no Jardim do Éden após a queda, só pode ser imaginado de longe, por alguém que já viveu o desespero do vazio, solidão e culpa. É possível que não sabiam descrever a avalanche que tomava conta de seus corações; apenas sabiam que algo estava muito errado com eles doravante. A única coisa que lhes vinha à mente, era fugir e fugir; sair correndo sem rumo. A sensação de medo parecia não ter fim. “O ar, que até ali havia sido de uma temperatura amena e uniforme, parecia resfriar o culpado casal. Desapareceram o amor
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Gênesis 2:15-17; 3:1-24 Romanos 6:23
e paz que haviam desfrutado, e em seu lugar experimentavam uma intuição de pecado, um terror pelo futuro, uma nudez de alma” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas. Tatuí, SP: CPB, p. 31). De repente, se fez noite para o jovem casal. O pecado, desconhecido até então, toma conta de nosso mundo, envolvendo-o como num manto negro de uma noite sem fim.
1 – Onde Deus colocou o casal recém-criado para morar? 2 – O que Deus queria ao adverti-los no capítulo 2, versos 16 e 17? Ele estava privando-os de algum conhecimento superior? 3 – No contexto da pergunta anterior, Adão e Eva eram totalmente inocentes quanto ao perigo em um lugar único do jardim? Justifique a sua resposta. 4 – Os sentimentos e consequências que passaram a experimentar, também são os nossos hoje. Por quê, se nós não estávamos lá? 5 – Deus havia prometido que eles morreriam caso pecassem. Adão e Eva continuaram vivos. Deus não cumpriu o que prometeu? Quem morreu no jardim naquele dia? 6 – O cordeiro morto no Jardim do Éden, era símbolo de quem? 7 – Compartilhe: Em que momento de sua vida você se apropriou dos benefícios da morte do Cordeiro? CONCLUSÃO Mais de 50 milhões de pessoas morrem anualmente no planeta – número maior que a população inteira do estado de São Paulo. Destacamos aqui algumas cau-
sas, seguidas dos números de mortes* por algumas das doenças atuais a cada ano no mundo: 1. Derrame e outras doenças vasculares cerebrais - 6,15 milhões 3. Doenças inflamatórias - 3,46 milhões 4. Doenças pulmonares - 3,28 milhões 5. HIV / AIDS - 1,78 milhões 7. Câncer - 1,39 milhões 9. Diabetes - 1,26 milhões Ler essa lista parece um tanto mórbido, mas é a realidade estatística superficial de nosso mundo. Enquanto nos reunimos agora, muitas mulheres são assassinadas, pessoas cometem suicídios, usam drogas, roubam, etc. Uma noite sem fim. O gatilho que dispara tudo isso é o pecado. Nossos medos, angústias e dores têm sua base primária na existência dele, cuja origem remonta ao que aconteceu naquela ocasião no Jardim do Éden. Em meio à avalanche de coisas ruins dessa noite escura, uma luz brilhou há muitos séculos, do alto de uma montanha chamada Calvário, em Jerusalém. Ali, como no Éden, um Cordeiro morreu. Seu nome é Jesus. Nele há luz suficiente para afastar a escuridão, trazendo esperança para o nosso angustiado coração. Em Cristo encontramos perdão, cura, alegria e a confiança de que a longa noite chegará ao seu final.
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*Fonte:https://super.abril.com.br/blog/superlistas/9-doencas-que-mais-matam-no-mundo/
PERGUNTAS
Usando a terminologia da previsão do tempo, diga como foi a sua semana, do tipo “chuvas e trovoadas”, “ensolarada”, “parcialmente nublado”, “com cerração”, “sol com pancadas de chuva” e etc.
TEXTO BÍBLICO O conceito da palavra inimigo é apresentado, no site wiktionary.org, como “aquele que se encontra em oposição, se mostra hostil; contrário, funesto, adverso”. É perceptível a existência de duas forças que se opõe em nosso mundo: o bem e o mal. Positivamente, podemos ver e sentir o ambiente ao redor, que desperta alegria, admiração e prazer, e que revela a existência de alguém poderoso, extremamente criativo e de bom gosto. Porém, de maneira negativa, também percebemos o caos, a tristeza e a angústia, evidenciando um ser maldoso, sem amor e amante do sofrimento por trás desse 12
Ezequiel 28:14-17; Isaías 14:12-14; Gênesis 3:1-6,13,15; Efésios 6:10-17 quadro. Esse contraste de cenários e respectivos responsáveis, revela a existência de um grande conflito nos bastidores de um mundo caído. No encontro de hoje, identificaremos o inimigo. Embora oculto, ele se deixa revelar através de suas obras más. Certo dia, alguém fez uma aplicação das metáforas do dragão e a serpente, que aparecem em Apocalipse 12:7-9, com o inimigo visto na Bíblia.
Para ele, dragão e serpente são figuras de caráter monstruoso, grotesco, cheio de mentiras, destituídas de sensibilidade e amor, paralelo que se adequa a Satanás, tendo em vista seu caráter e propósito. Felizmente, ele é apenas uma criatura finita e prestes a ser destruída para sempre. PERGUNTAS 1 – Ao criar Lúcifer, Deus criou Satanás? 2 – De acordo com a bíblia, o que levou Lúcifer a se tornar Satanás? 3 – Em sua opinião, por que Satanás se utilizou de uma serpente ao invés de se apresentar pessoalmente a Eva? 4 – Ao enganar nossos pais, o que Deus lhe impôs (Gn 3:15)? 5 – Nessa guerra, qual é o nosso papel enquanto alvo constante do inimigo? 6 – Compartilhe: Ultimamente, em que aspecto de sua vida, você julga que precisa de mais precaução? CONCLUSÃO
“Desde os dias de Adão até os nossos tempos, o grande inimigo tem estado a exercer seu poder de oprimir e destruir” (Ellen G White, O Grande Conflito. Tatuí, SP: CPB, p. 444).
“A inimizade de Satanás contra a raça humana é avivada pelo motivo de serem essas criaturas, mediante Cristo, objeto de amor e misericórdia de Deus” (Idem, p. 440). A premeditada estratégia de Satanás sempre tem sido confundir, enganar e destruir a paz no mundo. “Mesmo agora, está ele em atividade. Nos acidentes e calamidades no mar e em terra; nos grandes incêndios; nos violentos furacões e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terremotos em toda parte e sob milhares de formas, Satanás está exercendo o seu poder. Comunica ao ar infecção mortal e milhares perecem pela pestilência. Estas visitações devem tornar-se mais e mais frequentes e desastrosas. A destruição sobrevirá tanto sobre o homem, como sobre os animais” (Ellen G. White, O Grande Conflito. Tatuí, SP: CPB, p. 594). Ao lermos os relatos, fica claro que somente o poder de Deus é capaz de refrear o inimigo de todos nós. Nossa segurança está unicamente em Cristo. Se estamos caminhando dia a dia com Ele, através de uma vida de oração e obediência à Sua Palavra, não precisamos temer. Podemos lançar toda a nossa ansiedade sobre Ele, porque Ele tem cuidado de nós (1Pe 5:7).
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Analisando o ano que passou, qual foi a situação inesperada – positiva ou negativa – que mais te surpreendeu? Que atitudes tomou para lidar melhor com a experiência? Cada vez mais complexo, o mundo parece nos surpreender diariamente com situações desafiadoras. Agitação no mundo dos negócios, cenário político instável, pressões do convívio social, novas enfermidades e tantas outras circunstâncias se avolumam ao nosso redor, elevando os níveis de estresse e ansiedade em um número crescente de pessoas. Somadas a esse cenário, as facilidades do mundo moderno, recheadas de tecnologia, aceleram o ritmo da vida, provocando uma sensação de aflição e constante necessidade de estar um passo à frente. No compasso
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TEXTO BÍBLICO Salmo 37:4 a 7
da vida agitada, as incertezas se avolumam diante dos nossos olhos e as respostas humanas se tornam cada vez mais superficiais. Contudo, apesar dos contornos de modernidade, esse cenário não é novo. Analisando a realidade instável do mundo de seus dias, encontramos o salmista acalmando o coração de justos aflitos envoltos em muitas dificuldades no Salmo 37, apontando um caminho superior para lidar com as incertezas.
Qual a melhor maneira de nos posicionarmos diante de tantas dúvidas? Como sobreviver ao ritmo da vida? É possível como cristãos alcançarmos a felicidade no tempo presente? PERGUNTAS 1 – Diante das incertezas que nos cercam, que virtude fornece a base para a segurança do cristão? 2 - Quais ações práticas podem nos ajudar a desenvolvê-la? (v. 3). 3 – Frequentemente, as pessoas procuram satisfação e segurança naquilo que está ao seu alcance. Como podemos redirecionar o foco a fim de encontrarmos solução para os nossos anseios primeiramente em Jesus? 4 – Em sua opinião, confiança e dependência de Deus são reações automáticas para o verdadeiro cristão? 5 - Quais decisões espirituais você considera mais fáceis de serem tomadas? E as mais difíceis? (v. 5). 6 – A Bíblia garante paz para o coração entregue aos cuidados divinos. Você já experimentou a sensação de serenidade por confiar na intervenção do Senhor em um momento de grande dificuldade? Compartilhe sua experiência com o grupo.
CONCLUSÃO A confiança em Deus é o segredo para enfrentar as incertezas da vida com serenidade. A busca por outras soluções nada mais é do que uma terrível distração que o inimigo nos apresenta a fim de desviarmos os olhos daquilo que realmente precisamos para vencer a ansiedade. Certamente, é muito mais fácil constatar a necessidade de confiarmos na direção de Deus do que acertarmos nas decisões de cada dia. Na Meditação Matinal de 29 de janeiro de 2014, o Pr. Amin Rodor escreveu: “Há coisas que não podemos fazer, e Deus não espera que as façamos. Ele prometeu fazê-las por nós. Por outro lado, há aquelas coisas que podemos fazer. Deus espera que as façamos, e Ele não prometeu fazê-las em nosso lugar”. O versículo 3 do Salmo 37 parece indicar por onde começar – confiando irrestritamente no cuidado de Deus por nós, certos de que nada fugirá ao Seu controle. As demandas do mundo agitado, as pressões do convívio social, relacionamentos sufocantes são todos desvios de rota, sugadores de energia, produtores de ansiedade. Precisamos buscar em Deus força e sabedoria para continuarmos firmes em Seus princípios, confiando que nEle encontraremos a segurança que tanto ansiamos em nossos dias.
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A vida é uma caminhada. Cada dia damos alguns passos. Nosso amanhã, muitas vezes é determinado pelos passos que damos hoje. Nessa lida, Deus nos ensina a trabalhar com o desconhecido, tanto para as situações positivas, quanto para as negativas de cada novo despertar. Surpresas dolorosas podem aparecer de muitas formas: um carro que muda de direção no outro lado da estrada e entra em seu caminho; a perda repentina do emprego; o resultado de um exame médico com diagnóstico ruim; a traição de alguém que você ama e por quem pensava que era amado. Enfim, vários fatos podem alterar a nossa caminhada. 16
Alguma vez na vida, você já foi surpreendido positivamente com homenagens em seu aniversário, a chegada de alguém querido, um presente recebido ou situações semelhantes? E negativamente, com a notícia de morte de alguém próximo, amizades desfeitas...? Como essas experiências lhe marcaram?
TEXTO BÍBLICO 1Pedro 4:12, 13 Romanos 8:28
Nessa perspectiva, viver se torna um tanto assustador e temerário. Sem negar essas possibilidades, podemos escolher para onde olhar e o que esperar. Podemos contar com nosso Salvador, plenos de confiança. PERGUNTAS 1 – Para você, o que significa não estranhar o fogo ardente das lutas e provações? 2 – O que nos faz prever que podemos enfrentar dificuldades nessa vida? 3 – Em sua percepção, quais as possíveis fontes de nossas lutas? 4 – É da vontade de Deus que sintamos dor? Por quê? 5 – As provações têm que papel em nosso crescimento pessoal? 6 – Você pode compartilhar o relato de algumas provações que, de certa forma, lhe ajudaram? 7 – O que nos motiva a não desistir diante das dores desta vida?
CONCLUSÃO
“Ele, que lê o coração dos homens, conhece melhor do que eles mesmos o seu caráter. Vê que alguns têm faculdades e possibilidades que, bem dirigidas, podiam ser empregadas no avanço de Sua obra. Em Sua providência, Deus colocou estas pessoas em diferentes situações e variadas circunstâncias a fim de que possam descobrir, em seu caráter, defeitos que a eles próprios estavam ocultos. Dá-lhes oportunidade de corrigirem tais defeitos e de se tornarem aptos para O servir. Permite por vezes que o fogo da aflição os assalte, a fim de que sejam purificados” (Ellen G White, A Ciência do Bom Viver. Tatuí, SP: CPB, p. 471). Quando aceitamos a vontade de Deus em nossa vida, ainda estamos sujeitos às provações e às adversidades que ocorrem a todos nesse mundo. Como cristãos, podemos dar às provações um significado espiritual, nos fortalecer para enfrentá-las e entender o que Deus quer que aprendamos.
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Conte para o grupo quais são as coisas que você tem em casa, das quais não consegue se desapegar, mesmo que não tenham mais utilidade. Tente explicar o motivo pelo qual não consegue se desfazer delas. É bem provável que você já tenha feito uma viagem em que a bagagem organizada não tenha sido usada em sua totalidade. Mesmo que a intenção fosse o preparo para várias possibilidades, o único ganho disso foi uma perda maior de calorias por ter carregado peso extra ou quem sabe uma dorzinha na coluna por tal esforço. Pior do que isso é constatar que podemos estar acumulando atitudes e emoções em nossa vida que não contribuem na jornada rumo ao céu.
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TEXTO BÍBLICO Lucas 10:1-4 Mateus 19:16-22
PERGUNTAS 1. Por que Jesus instruiu Seus discípulos para que não levassem bagagens e outras coisas necessárias na missão em que eles foram enviados? 2. É errado adquirir bens materiais? Por quê? 3. Onde estava o verdadeiro problema do jovem rico? 4. Que tipos de sentimentos o apego às coisas é capaz de gerar? 5. Além do apego aos bens materiais, que outros elementos e sentimentos devem ser abandonados para vivermos uma vida mais próxima a Deus?
CONCLUSÃO Quando pensamos em aliviar a carga, podemos imediatamente concentrar esforços na eliminação de coisas que, com o tempo, passaram a ser supérfluas e irrelevantes. No entanto, corremos o risco de negligenciar a extinção de uma série de sentimentos e práticas ruins que têm minado a nossa paz com Deus. Raiva, rancor, preguiça, procrastinação, fofoca, preconceito, desrespeito, ansiedade e uma série de outras realidades negativas, acabam ocupando o espaço que deveria ser controlado pelo Senhor. “Quantos recursos são gastos com artigos que são meros ídolos, coisas que absorvem pensamentos, tempo e energias que deviam ser empregadas para fins mais elevados” (Ellen G White, A Ciência do Bom viver. Tatuí, SP: CPB, p. 207). Podemos dar uma oportunidade ao Espírito Santo para que Ele realize a faxina necessária em nossas vidas. Que tal começarmos hoje?
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Compartilhe uma experiência de quando Deus agiu em uma situação específica de sua vida pessoal.
TEXTO BÍBLICO Esdras 7:9-10 Neemias 2:17-18; 4:6-9 e 15 Era 1846. José Bates estava fazendo folhetos sobre a volta de Jesus, quando sua esposa, Prudência, o interrompeu dizendo que precisava de 2 quilos de farinha para terminar a receita de pães. Quando voltou do mercado, ela ficou assustada por ele ter comprado somente os dois quilos de farinha. Bates era capitão de um navio e um homem de grande posição. Ao ouvir o marido falar que havia gastado seu último centavo, a mulher ficou apavorada. Ele a acalmou dizendo que continuaria a imprimir os folhetos, e quanto
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às necessidades da família, o Senhor abriria o caminho. Assim que voltou ao trabalho, foi impressionado pelo pensamento de que teria uma carta no correio esperando por ele. Foi até lá e perguntou se havia alguma correspondência em seu nome. O agente do correio disse que sim. Porém, estava sem selo e para que pudesse recebê-la, José teria que pagar por ela. Num ato de coragem e fé, Bates disse que havia dinheiro dentro do envelope e que
o agente poderia descontar sua parte, se o permitisse abrir. Para surpresa dos dois, encontraram 10 dólares e um texto explicando que Deus havia impressionado a pessoa remetente enviar aquela quantia para José, por conta de sua necessidade. Ele comprou mantimento para o mês todo e mandou entregar em casa. Também imprimiu os folhetos sobre a volta de Jesus. Quando os alimentos chegaram, sua esposa lhe perguntou: - De onde veio toda essa comida? - O Senhor nos enviou - respondeu o capitão. - Isso é o que você sempre diz - retrucou Prudência, que lendo a carta, derramou lágrimas de alegria e humilhação. Cuide das coisas de Deus e deixe que Ele cuide de todas as suas necessidades. Quando o Senhor age, Ele muda situações, transforma corações, envergonha o inimigo e faz a obra prosperar em meio às adversidades. Também transforma homens comuns em grandes heróis, quando eles se curvam diante Dele em oração, reconhecendo que são apenas instrumentos em Suas mãos. PERGUNTAS 1 - Quando o cativeiro babilônico acabou, Esdras e Neemias tinham a missão de restaurar a cidade e a vida espiritual do
povo. Por que a mão de Deus estava com Esdras? 2- Como Neemias enfrentou os desafios daquela tarefa? 3 - O que ele fez para combater seus inimigos? 4 – Compartilhe: Assim como Esdras e Neemias, você já se sentiu ajudado por Deus? De que forma? 5 - O que significa saber que a mão de Deus está com você? 6 – De que maneira podemos ser a mão de Deus para alguém? CONCLUSÃO Durante a jornada nesse mundo, diversos problemas podem surgir. Dinheiro pode faltar, a comida pode acabar e até as pessoas que amamos podem nos deixar. Nesses momentos, podemos crer como José Bates: “O Senhor proverá”. Ter a mão de Deus cuidando e protegendo a nossa vida é um enorme privilégio. Podemos acrescentar valor a isso se estendermos a nossa mão para restaurar pessoas que foram feridas e maltratadas por circunstâncias diversas. Muitas delas vivem perto de nós, trabalham conosco e podem até ser nossos vizinhos.
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“Mais uma vez”, disse o menino em tom de desaprovação, reclamando da conexão que caiu por causa da tempestade daquela tarde. Justo no dia em que ele havia marcado uma vídeo chat com seu pai que estava viajando. O semblante de chateação estava nítido, a ponto de seu avô o consolar dizendo: - Não desista! Seu pai vai esperar o tempo que for necessário para reconectar com você e ouvir a sua voz. Gostamos de estar conectados. A satisfação é maior ainda quando estamos em comunicação com alguém querido, com o qual 22
Quem já teve a necessidade de fazer algo com o uso da internet ou telefone e, de um momento para outro, ambos ficaram sem sinal para acesso? Quando isso acontece, qual é a sua atitude? Desiste e fica tranquilo, ou tenta reconectar até que se estabeleça finalmente a conexão? Realmente, essa deve ser uma péssima experiência, principalmente quando existe muita necessidade de comunicação imediata.
TEXTO BÍBLICO João 15:1-17
nos importamos e que se importa conosco. O estar conectado a uma pessoa assim, nos dá a certeza de que não estamos sozinhos. Por mais que a distância nos separe, a conexão rompe as barreiras e nos torna próximos. Quando ela é interrompida, gera uma sensação de impotência, de impaciência e de solidão. Jesus também nos advertiu a respeito de uma comunicação que deveríamos nos preocupar em manter: a conexão com Ele, pois é a nossa fonte de vida. PERGUNTAS 1 - Para quem Cristo conta a parábola inicialmente? Quem é a videira? 2 - Quais os privilégios e desafios de ser um ramo da videira? 3 - Quantas vezes aparece a palavra “permanecer” direta ou indiretamente? 4 - Destaque no texto, se possível, que esforço o ramo precisa empreender, a fim de produzir o fruto. 5 - Qual o fruto da permanência em Cristo como videira? 6 - É possível permanecer em Jesus e não ser produtivo? 7 - O que poderia atrapalhar nossa conexão com o Mestre? 8 - Como se estabelece essa conexão? 9 - Compartilhe a sua experiência de permanência.
CONCLUSÃO Na parábola da videira, Jesus ilustra a constante conexão que deveríamos ter com Ele. Cristo é a videira verdadeira, com a qual precisamos estar conectados para produzirmos bons frutos. Quando nos conectamos através da oração, nossas necessidades e anseios são supridos como o próprio texto diz: “Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido” (Jo 15:7). Se desejamos permanecer em Cristo, devemos seguir Seu caminho, amá-Lo acima de tudo, conservar Sua palavra em nosso coração e cultivar o hábito da comunhão diária com Ele através da oração e do estudo da Bíblia. Assim, permanecendo conectados Nele, o fruto do amor será gerado em nossas vidas. “Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em Seu amor permaneço” (Jo 15:10). Que Deus nos ajude nessa comunicação contínua com o Mestre. Disso depende a nossa salvação. Mesmo que nossa conexão esteja um pouco ruim ou talvez tenha caído por causa das tempestades, o Pai sempre estará ansioso para nos ouvir. Não O deixemos na espera: precisamos nos reconectar!
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Em algum momento da sua vida, você pensou que o que estava fazendo parecia inofensivo e depois tudo se tornou muito complicado, para não dizer perigoso?
Já ouvi algumas frases sobre “brincar com fogo”. Uma delas me remete ao tempo de criança: “criança que brinca com fogo, faz xixi na cama” (risos). Sei que isso geralmente era dito para assustar, embora, algumas dessas tentativas tiveram efeito contrário; afinal, que criança não fez esse teste? Outras frases, no entanto, me trazem algo realmente perigoso à mente, como a de Oscar Wilde: “A vantagem de brincar com fogo é que se aprende a não se queimar”. O que você achou? É realmente uma verdade? Afinal para aprender a não se queimar, 24
TEXTO BÍBLICO Lucas 11:33-36 Deuteronômio 18:9-12 Eclesiastes 9:5 e 6 II Coríntios 11:14 Salmos 119:105
será preciso se queimar primeiro ou ouvir o conselho de quem já se queimou. Um provérbio Chinês diz: “Os sábios aprendem com os erros dos outros, os tolos com os próprios erros e os idiotas não aprendem nunca”. Também existe a frase de Wesley D’Amico: “Só os demônios podem brincar com fogo sem queimarem-se”. Uma das grandes armas de Satanás para o fim dos tempos, será tornar as manifestações espirituais em algo comum. Quem é que nunca assistiu um filme com esse teor? Já reparou na quantidade deles que são lançados nos cinemas? Ou, quem sabe, disponíveis em redes sociais e canais de streaming como a Netflix? Sem falar no grande número de livros que são publicados a cada ano. Será que essas coisas são realmente brinquedos do inimigo? Será que têm implicações espirituais? PERGUNTAS 1 - Na parábola, a que Jesus nos compara? (v. 33) 2 - O que temos assistido, lido e até ouvido pode afetar nossa vida espiritual? 3 - Você acha que essa preocupação é válida ou cheira extremismo? Por quê? 4 - A que conclusão Jesus chegou sobre esse assunto? 5 - Como podemos identificar se estamos “brincando com fogo” ou se estamos “andando nas trevas”?
CONCLUSÃO Jesus nos comparou a uma candeia na parábola que estudamos hoje; expressou preocupação por não alcançarmos o objetivo de iluminar tudo à nossa volta. Ele diz claramente que se não temos luz, não podemos oferecê-la aos outros e que é através de nossos olhos que somos iluminados. Se você precisa de mais alguém falando além de Jesus, que tal o que disse Aristóteles: “Nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos”. As teorias de aprendizagem nos mostram que aprendemos mais quando recebemos a informação através de todos os nossos sentidos. Ainda assim, nossa maior captação é através da visão. A pergunta do momento é: “O que aprendemos?” ou “O que somos?” Ser é sem dúvida consequência da prática do que aprendemos; ou seja, se digo que sei e não pratico, na verdade, não aprendi nada. Em suma, posso não ser o que digo aos outros que sou. O que você tem sido realmente, luz ou trevas? Talvez você não tivesse parado para pensar sobre isso até agora, nem analisado o quanto suas percepções espirituais são afetadas por seus hábitos. Jesus faz o chamado à reflexão, e, quem sabe, à tomada de decisão nessa direção. Ele mesmo promete ajudar. Pare e leia a promessa de Atos 1:8.
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Descreva um evento que teve grande impacto em sua vida. Que mudanças efetivas aconteceram desde então?
TEXTO BÍBLICO As notícias atuais mostram, de forma nítida, que alguma coisa está errada com o mundo: “Frequentadores relatam arrastão na Avenida Paulista.” “Dois atiradores invadem escola durante partida de futsal e deixam feridos.” “Brasil repete sua pior nota em ranking de percepção de combate à corrupção”. Essas e outras informações apontam o caos de nosso planeta. Há um enorme contraste entre as frequentes promessas 26
João 13:36; 14:1-3
ideológicas de uma sociedade fraterna e justa, construída apenas com a boa vontade de falhos seres humanos. Como cristãos estudantes da bíblia, sabemos que a esperada mudança só ocorrerá com uma intervenção sobrenatural do céu: a segunda vinda de Cristo. Nas escrituras, vemos que Davi falava a respeito da volta do Senhor. “O nosso Deus
vem e não guarda silêncio; diante Dele há um fogo devorador, e grande tormenta ao seu redor” (Sl 50:3). Paulo fez eco a essa declaração ao escrever: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1Tes 4:16). Os anjos também confirmaram essa promessa no momento da ascensão de Jesus no Monte das Oliveiras dizendo: “... Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu, assim virá do modo como O viste subir” (At 1:11). PERGUNTAS los?
1 – Qual era a preocupação dos discípu-
2 – O que Jesus queria dizer com a citação “não se turbe o vosso coração?” 3 – Quais os impactos diretos decorrentes do retorno de Cristo? 4 – Na sua opinião, o que significa a frase “Na casa de Meu Pai há muitas moradas”? 5 – Quanto você tem pensado na volta de Jesus ultimamente? Diga em uma nota, para si mesmo, de 0 a 10. 6 – Falando francamente, qual a sua motivação para desejar a volta do Senhor? CONCLUSÃO Pode ser que enquanto possuímos conforto e necessidades atendidas, não sintamos a relevância da segunda vinda de Cristo.
Mas, o que dizer daqueles que estão lutando com uma doença em fase terminal? Dos que perderam a mobilidade devido a uma enfermidade degenerativa ou acidente? Os que possuem entes queridos mergulhados nas drogas? Os que circunstancialmente têm se submetido a situações de abuso sexual, físico ou moral? A volta de Jesus foi e sempre será a bendita esperança de milhares de cristãos ao longo dos tempos. Com ela, nosso planeta e cada um de nós, retorna literalmente ao plano original de Deus. Ellen G. White faz uma vívida descrição do exato momento da volta de Cristo. “Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, à distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do Homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. O semblante divino irradia o fulgor deslumbrante do Sol meridiano” (Ellen White, O Grande Conflito. Tatuí, SP: CPB pg. 641,642). Os mortos ressuscitarão e nós seremos transformados. “E no vestido e na Sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Apoc 19:16). Ora vem Senhor Jesus!!
MINHA DECISÃO DO ENCONTRO DE HOJE
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