04
----- Introdução
07
----------------------- História
09
---- Ozônio Medicinal
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------------ Ozonioterapia no Mundo
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------------------------ Ozonioterapia no Brasil
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----------- Ozôniterapia na prática
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---------------- Vias de aplicação mais comuns
MAS O QUE É OZÔNIO? O ozônio é uma molécula gasosa natural composta de três átomos de oxigênio (O3), enquanto a molécula de oxigênio, muito mais estável, é composta de apenas dois átomos. É um gás que além de estar presente na camada da estratosfera, que nos protege, possui infinitas aplicações e pode ser benéfico para o corpo humano. O ozônio oxida as bactérias, fungos, vírus e parasitas. Estes microrganismos não conseguem prosseguir seu ciclo evolutivo com altas concentrações de oxigênio, sendo o ozônio uma potente substância antiviral. O que o destaca atenção é que ele é o terceiro elemento mais oxidante, mais potente que o Cloro e atinge 99% dos microrganismos. O ozônio não precisa ser removido dos alimentos, ao contrário do Cloro. O ozônio é um gás bastante reativo e altamente instável, ou seja, logo se recompõe a oxigênio. Suas características físico químicas permitem que o ozônio tenha uma gama de aplicações, sendo utilizado de forma medicinal, em processos industriais, tratamento de águas, alimentos, gases, efluentes e como agente clareador/branqueador. O ozônio é um gás azul à temperatura normal, quando gerado a partir do ar seco, mas incolor quando gerado a partir de oxigênio de elevada pureza. Independentemente da forma como ele é gerado, em concentrações normais de produção para a maioria das aplicações, a cor não é perceptível. O odor característico facilmente detectável em concentrações tão baixas quanto 0,02-0,05 ppm (em volume), nível que está abaixo das concentrações prejudiciais à saúde.
SOBRE A MOLÉCULA O ozônio é a forma triatômica do oxigênio. O oxigênio é normalmente encontrado em sua forma diatômica (O2), mas assim como encontramos na natureza o alótropo do grafite na forma de diamante, o ozônio (O3) é o alótropo do oxigênio. Forma-se quando as moléculas de oxigênio (O2) se rompem , e os átomos separados combinam-se individualmente com outras moléculas de oxigênio.
O ozônio (O3) é um gás bastante reativo e altamente instável, ou seja, logo se recompõe a oxigênio (O2). É um dos oxidantes naturais mais potentes e é também um poderoso germicida. Estas características conferem ao ozônio uma gama de aplicações, sendo utilizado em saúde e processos industriais, tratamento de águas, alimentos, gases, efluentes e também como agente clareador/branqueador. IMPORTANTE salientar que ele é um gás nocivo para as vias respiratórias, devendo sua utilização ser feita sempre com cautela.
A Ozonioterapia é o resultado do procedimento terapêutico utilizando uma mistura composta de gases oxigênio e ozônio. Pode ser administrado por diversas vias do corpo, de forma segura e altamente efetiva. O motivo das aplicações medicinais serem amplamente aconselhadas é devido ao ozônio possuir propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e modulação do estresse oxidativo. Assim, já conseguimos imaginar amplas patologias em que a ozonioterapia pode ser utilizada
de modo isolado ou complementar, devido ao seu efeito multifocal sistêmico. Vamos, então, conhecer um pouco da história da descoberta do ozônio. IMPORTANTE: O ozônio utilizado para fins medicinais é sempre misturado com oxigênio e não deve ser o mesmo de aparelhos que utilizam ar atmosférico.
UM POUCO DA HISTÓRIA DO OZÔNIO Em 1783, o filósofo e cientista holandês Martin Van Marum descreveu pela primeira vez que o ar perto de sua máquina eletrostática (hoje no Museu de Haarlem, Holanda, baseada em garrafas de Leiden) adquiria um odor diferente quando emitia descargas elétricas. Em 1801, Cruickshank observou que o oxigênio produzido pela eletrólise de soluções de ácidos diluídos em certas condições possuía um odor característico e diferente. Esses dois investigadores apenas relataram as observações feitas, mas não procuraram descobrir qual substância era responsável por aquele odor. Em 1840, Schönbein reconheceu que o odor gerado, tanto por uma descarga elétrica como pela eletrólise de soluções ácidas diluídas, era um novo gás ao qual denominou a substância de “ozônio”, com base na palavra grega “ozein” para “cheiro”. Durante esses estudos, Schönbein sugeriu a hipótese de que o ozônio ou oxigênio ativo era produzido pela ruptura da ligação neutra oxigênio-oxigênio formando o ozônio (O2) e seu isômero elétrico, o antiozônio (O1). Em carta para Faraday, Schönbein revelou: I am far from believing that the above is correct but it is
necessary to have a hypothesis on which to base further experiment. (Tradução: Realmente não acredito que a ideia acima esteja correta, mas é necessário ter uma hipótese sobre a qual basear experimentos futuros.) A partir dessa hipótese, seria previsível a formação de “ozonídeos” e “antiozonídeos” e isso incentivou vários pesquisadores a procurar, infrutiferamente, por essas espécies. Algumas propostas feitas sobre a real composição do ozônio não possuíam nenhuma evidência experimental: Williamson sugeriu que poderia ser peróxido de hidrogênio gasoso e Baumert considerou que o ozônio fosse uma forma oxidada do peróxido de hidrogênio, H2O3. Bequerel e Freny foram os primeiros a demonstrar que o oxigênio poderia ser totalmente convertido em ozônio. Isso foi feito usando um experimento relativamente simples: em um tubo de descargas elétricas contendo oxigênio foi gerado ozônio na presença de uma solução de KI, o ozônio era consumido na medida em que era formado. Após algum tempo, todo o oxigênio havia sido consumido, comprovando que o ozônio era uma forma alotrópica do oxigênio.
Christian Friedrich Schonbein (17991868) descobriu o ozônio em 1840, quando, trabalhando com uma pilha voltaica na presença de oxigênio, notou o surgimento de um gás com um cheiro elétrico e pungente que poderia ser uma espécie de “oxigênio super-ativo”. Podemos sentir o cheiro durante uma tempestade porque a descarga elétrica de raios, entre as nuvens e a terra, catalisa a formação de ozônio a partir do oxigênio atmosférico. Embora Schonbein provavelmente tenha adivinhado que o ozônio poderia ser usado como desinfetante, sua intuição não o salvou quando ele contraiu uma infecção por Bacillus Anthracis enquanto explorava um método químico para preservar a carne.
O conceito de que o ozônio deriva do oxigênio quando uma descarga elétrica é gerada por um arco voltaico foi praticamente aplicado pelo químico Werner von Siemens, que inventou o chamado tubo de superindução (tubo da Siemens), composto por duas placas de eletrodos interpostas a uma alta voltagem que, na presença de oxigênio, poderia gerar algum ozônio. Tornou-se possível produzir ozônio à vontade e esclarecer que o ozônio é de fato um gás muito reativo e instável, que teve que ser produzido “ex tempore” a partir de oxigênio e usado imediatamente. Os geradores industriais de ozônio poderiam ser usados para aplicação industrial e desinfecção de água, depois de ser mostrada a potente e ampla atividade bactericida do ozônio. Hoje ninguém duvida das suas fortes propriedades desinfetantes e existem mais de 3.000 instalações municipais de tratamento no mundo. Como a necessidade de água aumenta diariamente e é imprescindível evitar a disseminação de doenças infecciosas, a importância do ozônio para aplicações práticas torna-se imensa.
A primeira aplicação medicinal do ozônio foi no tratamento da gangrena gasosa e pós-traumática em soldados alemães durante a 1ª guerra mundial (1914-1918)
A descrição da primeira aplicação medicinal do ozônio foi no tratamento da gangrena gasosa e pós-traumática em soldados alemães durante a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), utilizada em maior escala principalmente por alemães e ingleses que evitava amputações tão comuns nesta época, publicada no THE LANCET, nos anos 1916 e 1917. Um grande passo em a frente foi a invenção de um ozonizador confiável para uso médico pelo físico Joachim Hansler (1908-1981). A ideia de usar o ozônio de forma medicinal desenvolveu-se lentamente durante o último século e foi estimulada pela falta de antibióticos e pelas excelentes propriedades desinfetantes do ozônio. O dentista suíço E.A.Fisch (1899-1966), tenha sido o primeiro a usar o ozônio em sua prática. Por uma reviravolta do destino, o cirurgião Dr. E Payr (18711946) teve que ser tratado de um processo gangrenoso e logo percebeu a eficácia do tratamento com ozônio. A partir daí, começou a utilizar o tratamento com ozônio em suas cirurgias e ficou tão entusiasmado com os resultados que apresentou uma publicação de 290 páginas intitulada “O Tratamento com Ozônio na Cirurgia” No 59° Congresso da Sociedade Cirúrgica Alemã em Berlim (1935) seus resultados foram apresentados e escreve: “qual outro desinfetante seria melhor tolerado que o ozônio? “
Os resultados positivos em 75% dos pacientes, a simplicidade, as condições higiênicas e a inocuidade do método são algumas das muitas vantagens. Outro avanço veio com o trabalho do dr. H. Wolff (1927 -1980) e um cirurgião austríaco Dr. O. Rokitansky que, de uma forma empírica, mostrou a eficácia da Autohemoterapia ozonizada, que em muitas vezes evitou amputação do membro em pacientes com isquemia crónica. Em 1936, na França, o dr. Payr Aubourg propôs usar a insuflação de oxigênio-ozônio no reto para tratar colites e fístulas crônicas. Como o ozônio poderia ser administrado para uso interno? Parece que o Dr. Payr foi o primeiro a injetar gás com uma pequena seringa de vidro diretamente na veia, mas foi muito cuidadoso ao entregar lentamente um pequeno volume de gás. Infelizmente, este método foi mais tarde adotado por pessoas inabilitadas e técnicos sem nenhuma qualificação que, injetando grande volume, muitas vezes causaram embolia pulmonar devido ao oxigênio e até morte. Este é o início da história da ozonioterapia que conhecemos hoje. Sua utilização se tornou complicada devido a ausência de materiais adequados, resistentes à oxidação - como plásticos para aplicação local de ozônio em feridas e insuflação retal do gás, razão pela qual foi durante um tempo esquecida.
O conhecimento da aplicação do ozônio medicinal difundiu-se pela Europa e ganhou grande aderência nos países do leste europeu, particularmente na Rússia. Pelo estreito contato tecnológico com a Rússia, Cuba aderiu a prática em 1985 e passou a desenvolver sua experiência com o uso do ozônio, e hoje detém o sistema público de saúde com 35 Centros Clínicos de Ozonioterapia, além de unidades hospitalares e o maior centro de pesquisa básica e ensaios biológicos de ozônio no mundo. Hoje o ozônio está sendo utilizado em 5 continentes, temos resultados positivos de estudos recentes da utilização da ozonioterapia no Covid- 19 como este da Sociedade científica de oxigênio ozônio Terapia (Sioot).
Dos 11 pacientes em estado grave e muito graves tiveram uma melhoria rápida e decisiva. Após apenas cinco sessões de tratamento com ozônio, um dos cinco pacientes intubados melhorou a ponto de ser extubado e os outros estão melhorando significativamente. O paciente com condições menos graves, após algumas sessões de ozonioterapia recebeu alta. Relatam que o único falecido do grupo estava em condições amplamente comprometidas. Como uma tentativa extrema, apenas duas sessões de oxigênio com ozônio foram praticadas, mas sua condição estava comprometida demais. No relatório técnico, os médicos escreveram que, após 5 tratamentos com ozonioterapia, conforme o protocolo SIOOT, os pacientes estão muito melhores.
No Brasil, a prática da ozonioterapia iniciou-se em 1975 com o médico Heinz Konrad na sua clínica em São Paulo. E em março de 2018, o Ministério da Saúde incluiu no Sistema Único de Saúde o uso de 11 novas práticas integradas e complementares, sendo a ozonioterapia uma delas, na portaria 702 do Ministério da Saúde - Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares - PNPIC . O fato do uso medicinal do ozônio ser considerado como prática integrativa e complementar não significa que ele não tenha Contraindicações e efeitos colaterais ( mesmo que mínimos 0,0007%, segundo a Associação Alemã de Ozonioterapia), ou que possa ser aplicado de forma empírica, sem metodologia ou
rigor; é necessário um treinamento com ozonioterapeuta qualificado para para que de forma segura você possa compreender e realizar os procedimentos. A prática no Brail já é reconhecida pelos Conselhos Federais de Enfermagem, Fisioterapia, Odontologia, Farmácia e Biomedicina. Assim como propõe o SUS, o ozonioterapeuta pode utilizar do método para auxiliar em processos de doença e na prevenção, incluindo a estética. Por isso, não deixe de conhecer sobre esta terapia que só vem para agregar ao cuidado e aprimorar nossos atendimentos, diferenciar sua clínicas, e certamente, ajudar muitas pessoas!
OZONIOTERAPIA NA PRÁTICA EFEITOS DO OZÔNIO Agora vamos entender melhor quais são os efeitos do ozônio medicinal: OXIDANTE Altamente oxidante, oxida membranas celulares de vírus, bactérias, fungos e parasitas destruindo as paredes celulares e impedindo sua reprodução. Também oxida células envelhecidas que necessitam ser substituídas por células novas. ANTI-INFLAMATÓRIO Age como agente inibidor da cascata inflamatória, sem impedir a inflamação necessária. ANALGÉSICO Aumenta o potencial de despolarização neurológica, diminuindo a transmissão neurológica da dor. DESINTOXICANTE Elimina agentes contaminantes do tecido conjuntivo por competição bioquímica, limpando a matriz extracelular.
INDICAÇÃO • • •
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Doenças causadas por vírus, tais como hepatites, Herpes simples e Herpes zoster; Tratamento de doenças de ordem circulatória e metabólica; Feridas com infecções, inflamadas, com cicatrização dificil, de origem vascular, arterial ou venosas (varizes), úlceras por insuficiência arterial, úlcera diabética, fibrose, queimaduras; Colites e outras inflamações intestinais crônicas; Imunoativação geral; Condições inflamatórias, reumáticas e imunológicas; Dores articulares decorrentes de doenças inflamatórias crônicas; Hérnia de disco, protrusão discal, dores lombares; Estética: microvasos, lipodistrofia ginoide (popularmente conhecida como celulite), gordura localizada, estrias, acnes, rugas, melasma, rejuvenescimento facial e queda de cabelo; Aumento de aporte de oxigênio para esportistas.
VIA TÓPICA ÓLEOS OZONIZADOS Aplicados localmente por meio de massagem. • ÁGUA OZONIZADA Obtida através do processo de ozonização da água, combate com efetividade bactérias, fungos e vírus assim como o grau de biocompatibilidade, podendo ser indicada para o uso tópico o tratamento de lesões de origem infecciosa, exemplo, bochechos para pacientes com desordens periodontais, lesões herpéticas, auxiliando na cicatrização e manutenção da assepsia local. • BAG Envolucro de plástico especial onde o gás de ozônio é vaporizado diretamente na pele. • HIDROZONIOTERAPIA É a adição de ozônio na água de uma banheira em diferentes temperaturas e indicações. • VÁCUOTERAPIA COM OZÔNIO Uma técnica onde se usa a pressão negativa por meio de ventosas com concentração de ozônio, com a finalidade de mobilizar os líquidos do tecido subcutâneo ativando a circulação sanguínea e linfática. •
VIA SUBCUTÂNEA E INTRADÉRMICA O gás é injetado sob a pele por meio de injeção na camada subcutânea ou intradérmica.
AUTO-HEMOTERAPIA OZONIZADA Retira-se o sangue de veia periférica do paciente, mistura-se ao ozônio e, depois, o sangue é reintroduzido por via intramuscular ou venosa.
INTRA-ARTICULAR; INTRADISCAL; INTRARETAL; INTRAVAGINAL; INTRAURETRAL. A aplicação é uma mistura de no máximo 5% de ozônio e 95% de oxigênio. A dose medicinal varia entre 1 e 100 mg de ozônio para cada litro de oxigênio de acordo com a via de administração e a patologia.
TENHA ESSE DIFERENCIAL NA SUA PRÁTICA CLÍNICA De maneira geral, o ozônio medicinal é indicado para o tratamento de patologias de origem inflamatória, infecciosa e isquêmica e a mistura gasosa oxigênio-ozônio pode ser administrada de variar formas como vimos anteriormente. A ozonioterapia vem sendo utilizada com significativa eficiência desde os tratamentos estéticos e no tratamento de diversas enfermidades como osteomielites, feridas infectadas, dores crônicas, feridas de dificil cicatrização, modulação do estresse oxidativo e melhora do sistema imunológico. A ozonioterapia é uma modalidade terapêutica auxiliar aos métodos convencionais, possui baixo custo e fácil aplicação, características que justificam o incentivo da sua utilização na rotina do terapeuta. Uma ferramenta terapêutica que lhe permite atender um mercado extremamente grande, você entrega saúde e resultados mais rápidos aos seus clientes, o que vai agregar valor aos seus procedimentos.
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