Jornal Corrida - ed. Especial 1 - Trail

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CORRIDA WWW.JORNALCORRIDA.COM.BR - ESPECIAL 1

EDIÇÃO ESPECIAL TRAIL

MANU VILASECA Entrevista com a atleta carioca que está entre os principais nomes mundiais quando o assunto é corrida de montanha

CORRA NA TRILHA

Circuitos e destinos para você explorar o melhor do trail run pelo mundo afora

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DICAS DE ESPECIALISTAS E TREINADORES PARA VOCÊ APROVEITAR O MELHOR DA CORRIDA NA NATUREZA

EVENTOS - COMPRAS - GENTE - VIAGENS - TREINAMENTO



EDITORIAL NATUREZA HUMANA Muita gente costuma dizer que se correr nos conecta com o universo, correr na natureza é mais que isso. Para mim, desbravar trilhas e montanhas é conectar meu corpo, minha mente e meu coração com a alma do universo. A corrida trail nos proporciona experiências indescritíveis. Em poucas horas, podemos vivenciar uma variedade enorme de sensações e emoções. Alegria, dor, medo, extâse, gratidão, solidão, garra....enfim, estamos à mercê dela por horas e horas. E seus caminhos sinuosos muitas vezes proporcionam vivencias profundamente ntensos que qualquer análise ou terapia. Nesta primeira edição especial do Jornal Corrida e escolhemos o tema trail por ser uma das modalidades do pedestrianismo que mais cresce no Brasil em número de praticantes e de competições. Nós, amantes dos esportes ao livre, ficamos felizes com o retorno de um dos maiores eventos do setor ao calendário brasileiro: a Adventure Fair. O Jornal Corrida não poderia ficar de fora. E, para nossa alegria, conseguimos para esta edição uma entrevista exclusiva com Manu Vilaseca, a “pequena gigante” do trail nacional. Esperamos que gostem da leitura! Bons treinos, boa corrida Roberta Palma

O Jornal Corrida é produto da Play Sports&Content Diretora-geral e Publisher Roberta Palma roberta.palma@jornalcorrida.com.br Redação Monica Oliveira redacao@jornalcorrida.com.br Fernanda Alves fernanda.alves@jornalcorrida.com.br www.twitter.com/jornalcorrida

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Foto capa: Gemma Pla WWW.JORNALCORRIDA.COM.BR / ESPECIAL TRAIL/ 3


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GUIA DO TÊNIS

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CAPA

PEQUENA GIGANTE Manu Vilaseca está entre as principais mulheres que defendem as cores brasileiras nas competições de trail pelo mundo afora. Atualmente morando na Espanha, a carioca fala de carreira, trilhas e rumos...

crédito imagem: Gemma Pla

Quem vê as fotos da Manu Vilaseca pelas mídias

sociais e publicações esportivas em geral, sempre acompanhando resultados positivos em competições para lá de desafiadoras, já pensa logo numa gigante! E é. Em conquistas, determinação e personalidade. Mas ao encontrar Manu pela primeira vez, a primeira indagação que veio à minha mente foi: como é que esta “menina”, aparentemente tão frágil, faz tudo isso. Conheci Manu em Punta Arenas, no Chile, às vésperas da Ultra Fiord 2016. Era a segunda edição da competição considerada uma das mais difíceis do continente. Eu estava lá para correr 30K. Manu havia vencido os 70K no ano anterior e estava em busca de bicampeonato. Depois de 11 horas de cansativa viagem, cheguei ao hotel oferecido pela organização e fui informada que dividiria o quarto com outra brasileira: Manu Vilaseca. Grata surpresa. Afinal, para quem curte corrida em trilha é como estar ao lado de Fabiana Murer para os fãs de atletismo. Foram 5 dias de convivência e aprendizado. Por trás da dureza das competições que ela enfrenta, existe uma geminiana falante, divertida e generosa, em contraponto com a atleta focada, marrenta e forte. Infelizmente, este ano ela trocou as areias cariocas pelos montes e vales da Catalunha, na Espanha. Para o azar dos trilheiros e montanheiros brasileiros, vê-la correndo pelas nossas serras e praias se tornou um artigo de luxo! Graças à tecnologia, conversamos com ela e, nesta primeira edição especial trail do Jornal Corrida, ela conversa sobre carreira, provas e dá dicas para quem querer viver (ou aperfeiçoar) a experiência de correr na natureza. Você sempre foi atleta. Como você foi parar nas trilhas? O que te levou a esse esporte? Por que?

O esporte entrou na minha vida aos 11 anos de idade, quando comecei montar a cavalo. Pratiquei equitação até os 25 anos. Eu era apaixonada pelos cavalos e não pensava em fazer nada além disso. Mas, um dia meus pais conversaram comigo e me disseram que não podiam seguir pagando, eu não tive outra opção que não fosse parar. O que pode parecer uma história triste, foi exatamente o oposto. O fato de eu ter parado com a equitação foi o que me permitiu iniciar em diversos outros esportes, e que ao final, me abriram as portas do mundo. Passei pelas corridas de aventura, mountain bike e triatlon. Somente em dezembro de 2011 experimentei minha primeira ultra de montanha. Encarei 160km, mas tinha a experiência dos raids de aventura, onde passava até uma semana competindo sem parar e dormindo quase nada. Eu já me conhecia muito e tinha a confiança de que podia me aventurar nesse desafio. O resultadofoi a vitória feminina e sexta colocação geral. Com isso surgiu o patrocínio da The North Face Brasil e entrei no mundo do trail. Quais as principais características do trail que devem ser consideradas por quem quer fazer a transição da rua para a trilha/montanha? O trail é um esporte selvagem, pois estamos na montanha e expostos ao humor da natureza. Esse é o principal e mais importante ponto. Quando fazemos uma ultra de montanha, muitas vezes podemos estar por horas e horas no meio do nada e sem ver ninguém. É importante saber se cuidar. Desde escolher a roupa e calçado que vai usar, até saber o que vai comer, se orientar e, principalmente, conseguir estar só, de dia, de noite, no calor ou no frio. Apesar de você estar numa prova, é primordial manter em mente que você não está num ambiente

controlado. Que se você parar para descansar no topo de uma montanha nevada, você pode pagar com a própria vida. Acho muito importante saber respeitar as distâncias, começando aos poucos e só dando um passo a diante quando a distância que você corre estiver dominada. Esta é a chave para a vida longa nas montanhas. Quais o pontos de treinamento que devem ser levados em consideração para quem vai para a montanha? Você pode ser um excelente corredor de asfalto e não render nada na trilha. São esportes completamente diferentes. Na trilha ninguém fala em “pace,” que é a palavra chave no rua. Se numa prova você vai correr de mochila, tem que treinar de mochila. Se a prova é técnica, tem que buscar um terreno técnico para treinar. É importante fazer desnível e estar acostumado às horas. Eu costumo treinar por horas e não por quilômetros pois muitas vezes a quilometragem é relativa. Normalmente meu treinador me passa o tempo e desnível que tenho que correr, ao invés de definir uma quilometragem. Você costuma dizer que a Patagonia Chilena é seu paraíso na terra, por que? O que tanta seduz naquela região? A Patagonia é realmente um paraíso e quem já foi lá sabe exatamente do que estou falando. É uma região super selvagem e pouco explorada. Você pode estar por lugares onde não vai ver nada e ninguém. É uma natureza grandiosa, imponente e impressionante. Tem uma energia única e é difícil explicar e descrever...é um cenário de tanto detalhe que parece ter sido desenhado com um bico de pena. As cores são impressionantes. Eu já fui muitas vezes e acho que nunca vou cansar de voltar. Você foi campeã dos 70 Km nas duas edições da Ultra Fiord. Como você define esta prova? Quais as característi-

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CAPA

“O trail é um esporte selvagem, pois estamos expostos ao humor da natureza.” Quais as dicas e sugestões você dá para quem querer correr a Ultra Fiord ou em outra prova da patagônia chilena? Se inscrever numa prova com uma quilometragem menor do que a que você está acostumado a correr. Apesar de eu ter experiência em provas bastante longas, as duas vezes que fui para a Ultra fiord eu corri os 70K e acredito que se tiver de voltar pela terceira vez, outra vez farei os 70K. Pode fazer uma dia bonito e dar tudo certo. Mas se isso não acontece, as distâncias maiores ficam pesadas demais. Quais as provas que mais te desafiaram e por que? As provas em ambientes quentes e em altitude são as mais difíceis para mim. Eu imagino que fazer uma prova no deserto seria um desafio enorme para mim porque sempre perco muito líquido e me desidrato com facilidade. Altitude é outro fator que considero muito desafiador porque nunca vivi na montanha. Cresci à beira-mar. Quando fiz uma prova no Equador e tive que correr entre 3 e 4 mil metros, sofri muito. Apesar disso, tenho vontade de fazer provas nessas duas condições porque exigem muita superação da minha parte. Você já fez a Mont Blanc (UTMB) e ficou entre as 10 primeiras colocações. Como você classifica essa prova? Qual conselho você daria para os brasileiros que querem fazê-la? Ao meu ver a UTMB está entre as provas mais duras do mundo. São 170km com 10,000m positivos e 10,000m negativos. Tem que estar muito bem pre-

parado fisicamente e mentalmente e mesmo assim pode dar tudo errado. Ano após ano vemos corredores extremamente qualificados que abandonam essa prova. Acho que o fato de cruzar a linha de chagada é um motivo para comemorar, como uma vitória. O primeiro ano fiquei em 8 e o segundo em 10. Ambos anos sofri e tive muitos problemas e dificuldades, assim como 99% dos corredores. Fazer uma prova como essa se sentindo bem do início ao fim eu imagino que seja quase impossível. Quem pensa em fazer a UTMB é fazer uma preparação muito boa. Acho que vale ir e fazer as outras etapas do Mont Blanc antes ( CCC, TDS, OCC). Isso sem dúvida ajudará no momento encarar a volta completa no maciço do Mont Blanc. Quais provas no Brasil vc sugere como porta de entrada para quem quer entrar no mundo trail? O Brasil tem um calendário bastante grande de provas trail, com características diversas. Alguns circuitos são provas mais “corríveis” e de estradão de terra, enquanto outros são de provas mais técnicas e com mais desnível. Acredito que para quem quer fazer provas na Europa, vale mais focar em desnível e terreno técnico, como o circuito KTR ou a Maratona dos Perdidos. Quem quer fazer provas nos Estados Unidos, quem sabe vale mais focar na velocidade com provas de estradão, como Xterras e APTR. O ideal é procurar provas preparatórias que tenham as mesmas características da prova alvo. Das provas que você participou pelo mundo afora, quais

crédito imagem: arquivo pessoal

cas dela em relação às outras que você já participou? A Ultra Fiord é uma prova que está nitidamente definida pela natureza. Nos 70K, por exemplo, você olha o gráfico da prova e o desnível e pensa que é uma prova fácil e rápida. Lembro que no primeiro ano eu perguntei ao Stjephan (organizador) que tempo ele estimava ao primeiro corredor e ele respondeu que era algo em torno de 9 horas. No primeiro ano o Xavier Thevenard estava nos 70K e não entendia como um corredor tão rápido como o Thevenard faria 70km em 9 horas, num percurso que apresentava aquele gráfico. Depois de correr eu entendi. Choveu a noite toda e as trilhas estavam dominadas por trechos de lama onde você afundava até o joelho. Fazia 4 graus e chovia muito. Com 15 minutos de prova já tivemos que cruzar um rio com água de degelo que cobria até o peito. Subimos uma montanha onde não existia trilha e íamos percorrendo por cima de uma vegetação rasteira até chegar nas pedras grandes e no glaciar. Nas trilhas do outro lado do glaciar, onde não havia barro, havia turba, vegetação típica da Patagonia que mais parece areia movediça. É uma prova de progressão lenta, não tem jeito. Na segunda edição também choveu e fez muito frio, o que resultou na redução e mudança do percurso. Nas duas edições da Ultra Fiord quem dominou e quem ganhou foi a natureza e o clima. Quem se dispõe fazer a Ultra Fiord tem que estar disposto a enfrentar essas adversidades.

Trilha, montanha, deserto, praia: correr em trilhas e montanhas requer reconhecimento e

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treino adequado ao tipo de região em que irá correr.


crédito imagem: Gemma Pla

sugere para os corredores do Brasil? Tem muitas provas nesse mundão afora e fica difícil dizer uma! Gostei muito da Carrera 4 Refúgios, em Bariloche, Ultra Fiord em Torres del Paine, Lavaredo Ultra Trail, nas Dolomitas, TNF Endurace Challenge, em São Francisco, Buff Epic Trail, nos Pirineus, UTMF no Japão, Ultra Pirineu…. Você é carioca e hoje mora na Espanha. Por que esta mudança? Qual a participação dela em sua carreira? Várias coisas, mas tudo facilitou porque eu tenho dupla nacionalidade. Eu sempre tive vontade de morar fora mas nunca arrisquei. O momento foi propício porque as coisas no Brasil começaram a ir de mal a pior. A economia só afundava e a violência só aumentava. Ano passado fiquei 3 meses na Espanha e gostei muito da vida aqui. No final da viagem conheci meu namorado e foi a gota d’água para reforçar que a minha decisão estava correta. Saí do Rio de Janeiro, cidade de 7 milhões de habitantes, para morar em Moià, um povoado de 5.500 habitantes. Foi uma mudança muito drástica, mas era o que eu precisava. A vida na grande cidade estava insana e eu precisava descomprimir essa loucura toda. A vantagem de estar vivendo aqui é que as provas mais importantes do circuito mundial estão mais perto. Também tenho a geografia toda meu favor. Esse ano, por ser um ano de transição, tem sido um ano muito difícil para mim, mas creio que agora estou começando a sentir que existe um chão embaixo dos meus pés e cada dia me sinto mais adaptada. Não tem jeito, quem escolhe tal mudança tem que aceitar esse processo.. Como é sua rotina de treinos? Minha rotina continua bastante parecida com a do Brasil, exceto que aqui nao tenho a areia da praia e a brisa do mar. Mas tenho trilhas super bonitas e não corro mais no asfalto. Alterno treinos de corrida com bike e nos finais de semana faço os treinos mais longos. Quais seus próximos desafios? A temporada 2016 está quase acabando e não vejo a hora de virar essa pagina e começar uma nova. Tenho apenas duas provas até o fim do ano: uma maratona num povoado aqui perto, no final de outubro, e a outra de 50km no final de novembro, na Africa do Sul. E o Brasil, está na sua agenda? Alguma prova ou evento? Vou ao Brasil agora em outubro, ficar 10 dias, para rever minha família e amigos. No início de dezembro volto a Maceió, para dar uma palestra no prêmio Wingsman e pegar um bronzeado de brinde. por Roberta Palma WWW.JORNALCORRIDA.COM.BR /ESPECIAL TRAIL / 9


PROGRAME-SE

Circuito Mountain Do Várias etapas com percursos que variam de 7 a 42 Km Deserto do Atacama (foto acima)/Costão do Santinho/Canela/Lagoa da Conceição/Fernando de Noronha/Cuzco (Peru)/Terra do Fogo www.mountaindo.com.br

21K Noronha Acontece anualmente no arquipelágo brasileiro Percursos de 8 e 21Km www.21knoronha.com.br

Ultra Trail Torres del Paine Realizada em setembro na Patagônia Chilena Percursos de 15, 35, 50 Km www.ultratrailtorresdelpaine.com Grand Circle Series Trails Provas realizadas em parques do Oeste dos EUA, incluindo a região do Grande Canyon Percursos de 21 a 160 Km www.grandcircletrails.com

K Series Dezenas de etapas em vários países, incluindo Brasil, Argentina, Espanha, Venezuela, Itália, entre outros Percursos de 21 e 42 Km www.kseries.ar Ultra Fiord Realizada no mês de abril na Patagônia Chilena Percursos de 50, 70 e 100 Km www.ultrafiord.com

Circuito Indomit Várias etapas que passam por Mendoza (Argentina), serra da Mantiqueira (São Paulo), Bombinhas (Santa Catarina), Caribe (Venezuela). Percursos variam de 5 a 100 Km www.indomit.com.br

Patagonian International Marathon Realizada em setembro na Patagônia Chilena Percursos de 10, 21 e 42 Km www.patagonianinternationalmarathon.com

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Lavaredo Ultra Trail Acontece na região das Dolomitas ao norte da Itália, sempre no mês de junho Percursos de a partir de 21 Km www.ultratrail.it


PROGRAME-SE

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TREINAMENTO

FORA DO ASFALTO Eles são corredores, treinadores e colaboradores

do Jornal Corrida. Ouvimos André Ricardo, diretor técnico da assessoria esportiva BR Move, de São Paulo, e Fernando Nazário, do Science Fitness Club, de Uberlândia, Minas Gerais, e separamos suas principais orientações para quem vai correr em trilhas e montanhas. Confira: 1. Comece com distâncias curtas. Mesmo que você já tenha meia maratonas ou maratonas no seu histórico, quando for sair das provas urbanas opte por fazer distâncias menores, normalmente entre 5 e 8 km. 2. Tenha volume de treinamento. Aventurar-se nas trilhas é mais indicado para quem já treina com regularidade pelo menos de 3 a 4 vezes por semana. 3. Programe sua estreia com antecedência. Assim você poderá incluir em seus treinos de corrida subidas e exercícios de força no meio do percurso que farão toda a diferença na hora da prova. 4. Escolha uma prova em que a organização disponibilize o percurso e altimetria. Estude-os para não ser pego de surpresa por trechos de maior dificuldade nos últimos quilômetros, por exemplo. 5. Opte por provas com organização reconhecida. Não se aventure em provas de organizadores desco-

nhecidos. Opte por circuitos já estabelecidos e com credibilidade. A corrida em trilhas tem peculiaridades como sinalização e estrutura de apoio (hidratação, alimentação, pronto atendimento médico) no percurso, que são vitais para os participantes. 6. Use tênis adequados. Caso você não tenha algum daqueles modelos específicos para trilha, use o modelo mais leve e mais baixo que você tiver no armário. Aquele que dá maior segurança na pisada e é confortável. 7. Não crie expectativa em relação ao tempo final de prova. Se você está, por exemplo, acostumado a terminar 5 Km em 30 minutos, saiba que na trilha dificilmente esse também será seu tempo final. Acostume-se a isso e aproveite o caminho, afinal é o que de mais importante as provas trail oferecem: o percurso, o contato e a integração com a natureza. 8. Procure uma orientação nutrcional especializada. Na natureza, a umidade e o maior esforço irão aumentar a demanda metabólica e desidratação do corpo. Você precisará de uma maior quantidade de água, isotônicos e alimentos bem específicos para a montanha. Uma estratégia errada na alimentação colocará em risco até mesmo sua continuidade na prova. Procure nutricionistas especializados no esporte. 9. Respeite o uso de equipamentos obrigatórios.

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Mochila, lanterna, roupas e tênis apropriados para modalidade. Diferentemente da corrida de rua, na trilha é vital observar o uso dos equipamentos e acessórios sugeridos pela organização do evento. Converse com treinadores e atletas experientes para melhor indicação do calçado. Verifique se sua próxima competição será com muito barro e terreno muito irregular para melhor escolha do equipamento. Uma boa tração trará segurança para as subidas e descidas. 10. Atenha-se à segurança. Caso não tenha experiência, nunca entre ou saia para a montanha sozinho. Avise sempre alguém a rota que irá percorrer. Verifique as condições do tempo, principalmente para os treinos longos, pois na montanha o clima é bem instável, muda em questão de segundos. Verifique se é alérgico a picada de insetos, para levar os anti-alérgicos próprios e outros itens médicos (fale com seu médico). Leve purificador de água e nunca esqueça a manta térmica (cobertor de alumínio). 11. Ame e respeite a natureza. Ela é muito maior que qualquer pódio. Agradeça por estar ali . Não quebre árvores ou jogue lixo na mata, alguns animais podem comer esses dejetos e acabar morrendo. Seja um agente ambiental monitorando os locais que sempre treina e compete.



créditos imagens: divulgação organização e arquivo Jornal Corrida

GENTE

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BRASIL NO PARAÍSO É cada vez maior o número de corredores do Brasil que viajam pelo mundo para correr na natureza. Em setembro deste ano, dezenas invadiram os eventos realizados na patagônia chilena. E a bandeira nacional apareceu no pódio vários vezes!

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Quer sua foto publicada nesta seção? Acompanhe o Jornal Corrida pelo Facebook, participe de nossas promoções. facebook.com/fanpagejornalcorrida ou acesse pelo link on.fb.me/18U7Cau

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