Jornal Corrida - ed. 38

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CORRIDA

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SAÚDE

Corrida é aliada no tratamento das crises de epilepsia

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BONS MOTIVOS PARA VOCÊ INCLUIR O ABACATE EM SEU CARDÁPIO SEMANAL

NA TRILHA DO MESTRE Fernando Nazário, um dos principais nomes do trail run brasileiro, conta como superar os desafios das montanhas mais selvagens do continente

EVENTOS - COMPRAS - GENTE - SAÚDE - TRAIL - TREINAMENTO



EDITORIAL PAIXÃO POR ESPORTE Apesar de todos os problemas e dificuldades, estamos vivendo um momento único no esporte brasileiro. E para quem – como eu – é apaixonado por esportes e acredita no poder transformador que ele tem, é um privilégio estar aqui, agora. Sim, temos corrupção, superfaturamento, desvios de verbas…Tem tanta coisa pelos esgotos da Rio 2016 que revoltam e envergonham. Mas, a partir do dia 5 de agosto eu vou vibrar, chorar e torcer por uma legião de atletas brasileiros que mostram a cada salto, passada, cesta, ponto que sim é possível! A paixão, a dedicação e a coragem tornam o impossível possível. E ninguém, nenhum cartola, político oportunista ou corrupto arranca da gente aquilo que é nosso, que construímos e defendemos com suor, honra, dedicação e fé. Quero ouvir o hino do Marilson, da Yane, do Nenê, do Thiago, do Robert,da Sarah, da Fabiana… O Arthur que reverencio é o Zanetti e não o outro, do COB. Afinal, o esporte olímpico no Brasil é construído no esforço individual de cada atleta -- sem estrutura e apoios adequados, infelizmente. E ainda assim existe, insiste, resiste, feito a gente que ama correr. Vamos para a rua sim, buscando resposta para tanta corrupção e problema. Mas vamos vestir a camisa desses atletas que merecem nosso apoio e respeito. Para todos os que fazem o esporte brasileiro ainda persistir, fica a frase que aprendi na Maratona de Jerusalém, onde a população oferece uma lição de cidadania e motivação, dizendo aos atletas durante a prova: “Kol Ha Kavod” (todo o meu respeito pelo que vocês fizeram até aqui). Vai Brasil! Bons treinos, Roberta Palma

O Jornal Corrida é produto da Play Sports&Content Diretora-geral e Publisher Roberta Palma roberta.palma@jornalcorrida.com.br Redação Monica Oliveira redacao@jornalcorrida.com.br Fernanda Alves fernanda.alves@jornalcorrida.com.br www.twitter.com/jornalcorrida

As matérias e artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo a opinião e/ou valores do Jornal Corrida. crédito imagem capa: arquivo pessoal Fernando Nazário/divulgação Ultra Fiord Nigsa Comercial anuncie@jornalcorrida.com.br Play Sports Content (11) 99234.9441 Distribuição gratuita em eventos e estabelecimentos parceiros

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EVENTOS

PROGRAME-SE NO SHOPPING. SP Run acontece dia 06 de

agosto, com percursos de 4 e 8 km dentro de shopping da zona sul paulistana. Informações acesse o site www.sprun.com.br

crédito imagem: divulgação

NA SERRA. Circuito Turístico de Campos do Jordão. Percursos de 5 e 15 km. Dia 07 de

agosto. Inscreva-se pelo site www.ticketagora. com.br

ABC. Meia Maratona de São Bernardo do Campo, dia 07 de agosto. Percursos de 5, 10 e 21 km.. Informações e inscrições acesse o site www. ticketagora.com.br

PISTA LIVRE, ACELERE! Estão abertas as inscrições para mais uma etapa da Run Stock Car. A prova pedestre acontece paralelamente à última etapa do maior circuito automobilístico do Brasil, em dezembro. Em 2015, mais de 2 mil atletas amadores tomaram a pista de Interlagos. E como muita gente ficou de fora, neste ano serão disponibilizadas 3 mil inscrições. Segundo a organização, “o grande diferencial entre a Run Stock Car e outras provas em Interlagos é que ela possibilita a integração entre duas modalidades esportivas apaixonantes: a corrida pedestre e o automobilismo”. Para este ano o evento traz duas novidades: além da corrida pedestre e do acesso aos treinos da Stock Car, o kit dá acesso ao autódromo durante todo o sábado, dia 10, assim é possivel assistir aos treinos oficiais de 5 categorias: Stock Car, F3, Mercedes-Benz Challenge, Campeonato Brasileiro de Turismo e Copa Petrobras de Marcas. A outra é que para quem for correr os 8 km: o percurso sofre uma alteração e na segunda volta passa pela área dos boxes, com todos os carros das categorias citadas acima expostos e sendo preparados para as finais de campeonato que acontecem no domingo. Serviço Run Stock Car - 10 de dezembro - 19h Local: Autódromo de Interlagos - SP Distâncias: 4 e 8 Km Inscrições: entre R$ 88,00 e R$ 118,00 - primeiro lote até 30 de agosto R$ 88,00 - Kit Reta dos Boxes - inclui camiseta, medalha (para concluintes), número de peito, chip de cronometragem + acesso às arquibancadas para assistir aos treinos de 5 campeonatos automobilísticos no dia 10/12/2016 com direito a 2 acompanhantes + R$ 118,00 - Kit Campeão - inclui camiseta, medalha (para concluintes), número de peito, chip de cronometragem + acesso às arquibancadas para assistir aos treinos de 5 campeonatos automobilísticos no dia 10/12/2016 com direito a 2 acompanhantes + 1 ingresso individual para a Stock Car e mais 4 campeonatos automobilísticos no dia 11/12/2016 Informações: www.runstockcar.com.br

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NIGHT RUN. Etapa especial acontece na USP. Dia 13 de agosto. Percurso de 5 e 10 Km. Informações e inscrições acesse o site www.ativo.com

HISTÓRIA PAULISTANA. Tradicional Corrida do Centro Histórico de São Paulo, acontece dia 14 de agosto. Percurso de 9 km. Informações e inscrições acesse o site www.ativo.com

RIOS E RUAS. Corrida e Caminhada Caixa Rios e Ruas tem a primeira etapa no dia 14 de agosto,

no Jardim Zoológico. Percurso de 4 km (caminhada) e 6 km (corrida). Informações e inscrições acesse o site www.circuitorioseruas.com.br

TRAIL NA ILHA. XTerra Ilhabela. Dia 27 de agosto. Percurso de 8 e 21 km. Inscrições www.xterrabrasil.com.br

FESTA DAS CORES. The Color Run, presente em

mais de 60 países unindo esporte, saúde e muita diversão, agora no Brasil. Dia 28 de agosto. Percurso de 5 km. Inscrições www.ticketagora. com.br mais informações sobre eventos e inscrições acesse: www.jornalcorrida.com.br


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É chegada a hora da Olimpíada e dessa vez em nosso país, na nossa casa! Que bom, estou ansioso pelas provas do nosso atletismo. Será gratificante ver os melhores fundistas do mundo circulando, correndo e desfilando seu talento pelas nossas pistas. Atletas excepcionais que seguem com afinco as orientações, preparação e treinos montados pelos seus treinadores, pois sabem que sem isso o êxito é quase impossível. Sintome parte da história, parte da equipe de treinadores e corredores do Brasil, afinal de contas sou treinador, corredor e sei todas as dificuldades que nossos atletas enfrentam e enfrentaram. Já treinei, já fui atleta profissional e sei muito bem o que cada um dos corredores sente neste momento. Mas quem não pode correr, pode simular é, simular também é bom, faço a sugestão de uma brincadeira, aproveite a Olimpíada e faça você mesmo sua disputa, faça treinos diferentes, coloque na sua programação de agosto treinos fortes simulando uma prova olímpica, um dia corra 800 metros, dê o devido descanso e outro dia corra os 1500 metros, 5.000 metros e 10.000 metros sucessivamente. Após isso anote seus tempos e utilize para se comparar aos melhores dos Jogos Olímpicos e veja a diferença de tempo que separa você da medalha de ouro. Com tudo anotado, na próxima olimpíada faça novamente e compare sua evolução, é apenas um fator motivacional e uma brincadeira válida. Estarei na sua torcida e na dos nossos atletas, vamos correr, vamos torcer, afinal de contas o esporte que nos move é a corrida!

Leandro Sandoval é diretor Técnico da Life Training Assessoria Esportiva, formado em Educação Física UNIb e pós Graduado em Fisiologia do Exercício CEMAFE/USP

longa e média distância. Cabedal em malha dupla do tecido mesh, garante conforto e mais respirabilidade aos pés, além de painéis refletivos nas laterais. Peso: 278g. Pisada: neutra e supinada. Preço sugerido: R$ 499,90 www.puma.com www.jornalcorrida.com.br acesse o link e leia mais sobre acessórios e calçados bit.ly/1c51GNF

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CAPA

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A NATUREZA NO COMANDO Atleta e treinador, o mineiro Fernando Nazário aprendeu na prática as lições de humildade e resistência mental que as provas de corrida de montanha ensinam. O novo blogueiro do Jornal Corrida passa a compartilhar em suas experiências com quem pretende se aventurar pelas trilhas mundo afora.

crédito imagem: Peruzzo/arquivo pessoal Fernando Nazário

Adoramos ter o controle das situações. E se

existe algo que nos mostra de forma inequívoca o quanto esse domínio é ilusório é o contato mais próximo com a natureza, especialmente se essa experiência se der numa prova em que o clima muda de repente, é preciso de lidar com intempéries, chuva, frio e até neve, terrenos íngremes, descidas pedregosas no meio da mata, áreas escorregadias... E tudo isso em meio a cenários deslumbrantes, desses que enchem os olhos e nos fazem agradecer pela oportunidade de estar ali. Mesmo quem está acostumado a correr em provas urbanas encontra na natureza um desafio a mais. Não por acaso, cada vez mais pessoas são atraídas pela corrida de trilha (trail run) e pela corrida de aventura – que engloba trilha, mas também abrange outras modalidades que exigem conhecimentos de navegação por mapa (não necessários nas provas de trilha). Mas em qualquer dessas modalidades há imprevistos a serem enfrentados, o que faz com que a preparação mental e o autocontrole também sejam itens tão fundamentais quanto o par de tênis.

LIÇÕES DO CAMINHO

Correr na natureza, por montanhas e até geleiras

sem a estrutura de apoio que estamos acostumados a ver nas provas de rua é mais do que um exercício de superação, força física e performance. É uma prática de habilidade mental, humildade e ressignificações. O mineiro Fernando Nazário está entre os principais nomes do trail run brasileiro e sua história em provas de corrida na natureza daria um filme. Ou melhor, já deu um documentário: Entre gigantes, que será exibido no Festival de Filmes Outdoor Rocky Spirit, em setembro. Em 2012 fez sua primeira sua prova em trilha. Na companhia dos atletas Carla Goulart, Leonardo Guerra, Felipe Fuentes, Fernando integrou e capitaneou a equipe Go Crazy na Patagônia Expedition Race, uma das dez provas mais difíceis do mundo, com percurso de 565 km, com trail run, canoagem e MTB numa das regiões mais selvagens da América do Sul, no Parque Torres del Paine, extremo sul chileno. Por um descuido na montagem do equipamento de canoagem e uma mudança inesperada nas condições climáticas no meio da prova, Fernando e seus companheiros passaram mais de cinco horas à deriva em pleno Estreito de Magalhães. “Naquele dia aconteceu de tudo conosco: as ondas e os ventos aumentaram muito, atingiram

o caiaque, o que fez com que as saias de nylon saíssem e começassemos afundar numa água com temperatura de 4°; perdemos o telefone via satélite em meio aos ventos e ondas; ficamos perdidos numa ilha no Estreito, os quatro em estágio de hipotermia, sem alimentação, hidratação e nenhuma possibilidade de contato com a organização da prova para resgate”, conta Fernando. Você a sua “Tive de escreve urinar no meuhistória próprionós pé contamos! para me aquecer; deitar abraçado com meus companheiros de equipe para que a troca de calor corporal não nos deixasse entrar em um estágio grave de hipotermia e morressemos ali”, lembra o atleta, que é também professor universitário, preparador físico e mestre em educação física, especializado em aspectos biodinâmicos e metabólicos do exercício. “Mais que manter a resistência do corpo, precisamos ter nossa mente alerta e focada para não sucumbirmos diante da força da natureza”. Fernando reconhece: “Podíamos ter morrido ali, ficamos ilhados, no frio e sem roupa ou condições adequadas por mais de cinco horas, quando fomos encontrados pela Marinha Chilena”. A experiência da Expedition Race só

Qual é o seu

DESAFIO?

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CAPA

“Competimos em lugares sem volta, onde chegar ao destino só depende do próprio esforço. Não há como abandonar o percurso ou cortar caminho.” fortaleceu Fernando, que hoje é um dos ‘embaixadores’ das provas de trail daquela região aqui no Brasil. Das montanhas das Minas Gerais, onde mora e está acostumado a treinar, o atleta passou a se sentir “em casa”, mas trilhas, geleiras e montanhas da Patagônia. “Exorcizei os fantasmas em 2014, quando voltei lá para fazer 67 km no Ultra Trail Torres del Paine”, conta. Naquela região sempre existe a possibilidade de mudança de tempo, “quando largamos a informação era de que poderia chover, nevar, acontecer de tudo, mas felizmente dessa vez apenas os ventos castigaram e mais do que fazer as pazes com a natureza e trilhas daquele lugar indescritível, terminei a Ultra Trail em primeiro lugar. Foram 68.5km, com 5.700m de desnível, em 7h35min”. Em 2015, Fernando Nazário voltou mais uma vez ao parque, para algo ainda maior: 100 km na

primeira edição da Ultra Fiord, uma das provas trail mais selvagens e desafiadoras do mundo. “Fui em paz e feliz com a ideia de concluir a prova, pois era uma distância que nunca havia competido antes”, recorda. Durante os treinos em sua cidade, ele procurou meditar e pensar no que poderia encontrar na Patagônia. Mas nas trilhas nem sempre as coisas acontecem conforme a organização e os atletas planejam. É a natureza no comando. “Competimos em uma temperatura muito baixa, atravessamos subindo e descendo uma montanha com neve até os joelhos, e eu nunca havia competido na neve”. Apesar da dificuldade, Fernando foi campeão nos 100 Km (em 2016 ficou em segundo lugar). “Participar desse tipo de prova nos ensina que para descobrir algo novo, devemos começar preparando a mente. Muitas pessoas me perguntam como encaro a dor e o sofrimento físico e eu respondo

que o desconforto acaba no instante que me sinto integrado à natureza, meu pace e ela num mesmo ritmo. E quando ultrapasso a linha da chegada, não importa em que colocação, sou uma pessoa diferente daquela que largou”.

SEGUINDO OS PASSOS

Na próxima página, o treinador Fernando Nazario apresenta oito dicas para quem quer se aventurar pelas montanhas. Para ele, as principais diferenças no treinamento de trilha e de asfalto são o ritmo e o preparo mental. “O terreno em trilha exige maior atenção com os pés e bastante treino específico em subidas e descidas íngremes. E a preparação mental é fundamental porque competimos em lugares sem volta, onde chegar ao destino só depende do próprio esforço. Não há como abandonar o percurso ou cortar caminho e não tem carro que leve você. Mas também a experiência não tem preço”.

crédito imagem: Graciela Zanitti/arquivo pessoal Fernando Nazário

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TREINAMENTO

NA TRILHA COM O MESTRE Além de ultramaratonista de montanha, Fernando

Nazário é professor universitário, preparador físico, personal trainer da Assessoria Science Fitness Club (Uberlândia/MG) e mestre em Educação Física na área de Aspectos Biodinâmicos e Metabólicos do Exercício Físico. Pedimos ao treinador algumas orientações de treinamento e estratégia de prova para quem quer correr em trilha. Confira:

trilha é vital observar o uso dos equipamentos e acessórios sugeridos pela organização do evento. Converse com treinadores e atletas experientes para melhor indicação do calçado. Verifique se sua próxima competição será com muito barro e terreno muito irregular para melhor escolha do equipamento. Uma boa tração trará segurança para as subidas e descidas.

1. AME CORRER NA MONTANHA

6. CONFIANÇA

A natureza é muito maior que qualquer pódio. Agradeça por estar ali .

2. TREINAMENTO

Procure um treinador com experiências em corrida em trilha. Os treinos se tornarão mais eficientes e precisos.

3. PROVAS

Escolha sempre a distância correspondente ao volume de treinamento que você tem disponível durante a semana. Antes de se inscrever em alguma competição, verifique a sua disponibilidade em treinar. fazendo isso, escolha a distância e locais de prova. Correr em meio a natureza requer responsabilidade individual e socioambiental.

4. NUTRIÇÃO

Na natureza, a umidade e o maior esforço irão aumentar a demanda metabólica e desidratação do corpo. Você precisará de uma maior quantidade de água, isotônicos e alimentos bem específicos para a montanha. Uma estratégia errada na alimentação colocará em risco até mesmo sua continuidade na prova. Procure nutricionistas especializados no esporte.

5. EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS

Mochila, lanterna, roupas e tênis apropriados para modalidade. Diferentemente da corrida de rua, na

Acredite no seu potencial! Aprenda a se esforçar nos treinos específicos em montanha, para compreender melhor as reações de dor e problemas físicos que você enfrentará no meio de uma prova. Passando por essa experiência, saberá o momento certo de acelerar, ou não, nas montanhas.

7. SEGURANÇA

Caso não tenha experiência, nunca entre ou saia para a montanha sozinho. Avise sempre alguém a rota que irá percorrer. Verifique as condições do tempo, principalmente para os treinos longos, pois na montanha o clima é bem instável, muda em questão de segundos. Verifique se é alérgico a picada de insetos, para levar os anti-alérgicos próprios e outros itens médicos (fale com seu médico). Leve purificador de água e nunca esqueça a manta térmica (cobertor de alumínio).

8. RESPEITO

Respeite a natureza, não quebre árvores ou jogue lixo na mata, alguns animais podem comer esses dejetos e acabar morrendo. Seja um agente ambiental monitorando os locais que sempre treina e compete. Caso verifique algo errado, avise aos órgãos responsáveis. Respeite seus limites físicos e quando ultrapassar a linha de chegada. Agradeça a saúde e força que você tem. Considere-se um vitorioso acima de tudo. Compartilhe suas experiências e seja um influenciador da vida saudável na natureza.

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SAÚDE

CORRIDA CONTRA A EPILEPSIA Ao longo dos tempos, a epilepsia sempre gerou

preconceito, devido em grande parte à desinformação sobre a doença. Várias personalidades apresentaram os sintomas, entre elas o filósofo grego Sócrates, Napoleão Bonaparte, os escritores Machado de Assis, Gustave Flaubert e Fiódor Dostoievski. Apesar da associação com criatividade e arte, durante muito tempo acreditava-se que a doença fosse contagiosa (o que de fato não é) e que espíritos do mal tomassem conta da pessoa durante a crise. Felizmente, com o avanço da ciência, é possível saber que causas orgânicas levam ao problema e combater o estigma. É muito comum pessoas com epilepsia apresentarem sintomas de depressão e ansiedade, além de uma baixa autoestima e problemas emocionais que prejudicam a qualidade de vida. Uma pesquisa feita na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) junto a um grupo de 80 pacientes com epilepsia demonstrou que a prática de atividades físicas pode proporcionar diversos benefícios nos aspectos psicológicos deste grupo. Entre os praticantes de atividade física houve uma melhora significativa na autoestima, na diminuição dos sintomas depressivos, no aumento da resiliência e na percepção sobre a qualidade de vida. Segundo o neurologista do HCor Neuro, Dr. Mauro Atra, ao mesmo tempo em que o exercício físico modifica positivamente os aspectos fisiológicos e psicológicos de pessoas com epilepsia, restringi-los a participação de atividades físicas ou esportivas pode causar efeitos deletérios físicos e mentais. “Restringir

esses indivíduos do exercício físico pode causar um sentimento de inferioridade que pode levar à depressão e à ansiedade. Acredita-se que as alterações emocionais decorridas pela restrição da atividade esportiva nestes indivíduos são mais prejudiciais que as próprias crises epilépticas”, diz o especialista. Além da importância do medicamento, a atividade física pode ser uma aliada no controle das crises, já que melhora a autoestima, aumenta a sensação de bem-estar e ajuda a evitar a depressão e a ansiedade. “O primeiro passo é procurar pelo médico e verificar quais exercícios são indicados, pois a aprovação e intensidade dependerão do grau apresentado por cada indivíduo, ou seja, não é indicado fazer qualquer exercício por contra própria. A corrida está entre as atividades indicadas pois melhora as funções cardiorrespiratórias e vasculares e a frequência cardíaca, que podem ser comprometidas pelas medicações antiepilépticas. Além disso, é fundamental na sociabilização do indivíduo.

DESCARGAS ELÉTRICAS NO CÉREBRO

A palavra “epilepsia” vem do grego e quer dizer “surpresa” ou “acontecimento inesperado”. É uma denominação adequada, já que a crise surpreende não só o próprio paciente, mas também quem esta por perto. Durante a crise, repentinamente, a pessoa perde a consciência e cai. Os músculos se contraem e relaxam várias vezes, seus membros ficam rígidos e ela se debate com movimentos ritmados. Nesse momento, é como se cérebro se “desorganizasse”,

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em razão de descargas elétricas anormais. Na grande maioria dos casos, a crise desaparece pouco depois e a pessoa “acorda” sonolenta. “Trata-se, na verdade, de um sintoma que ocorre quando, por algum motivo, um grupo de células cerebrais se comporta de maneira hiperexcitável, o que pode causar a crise”, explica o médico Li Li Min, professor de neurologia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a epilepsia é um problema de saúde pública, com alta prevalência mundial, já que afeta entre 1% e 2% da população em geral – o que representa aproximadamente representam 70 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, há estimativas de que mais de 3 milhões de tenham alguma forma de epilepsia.

COMO AJUDAR DURANTE A CRISE

Como a pessoa se debate neste momento, é importante apoiar sua cabeça para evitar que se machuque. Também é recomendável virar seu rosto de lado para eliminar o acúmulo de saliva ou mesmo impedir que ela se asfixie caso vomite. Além disso, é indispensável ficar calmo e apenas aguardar que a crise passe. A crença popular de que a língua enrola e pode ser engolida não tem nenhum fundamento. O máximo que pode acontecer é o paciente mordê-la, mas certamente cicatrizará depois. Por isso, não coloque a mão na boca durante o ataque, pois pode tanto ferir tanto o doente quanto aquele que tenta ajudar.


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NUTRIÇÃO

#DESAFIO2016

“ Nesses meses de treinos, com orientação técnica e também nutricional, eu concluo que vou conseguir completar tranquilamente minha meta na Meia Maratona de Buenos Aires.”

publieditorial

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Eduardo Armaganijan tem um #desafio2016: viver mais saudável e correr uma Meia Maratona

VERDE DO BEM Ao lado de goiabeiras, jabuticabeiras e mangueiras, esportiva é ultramaratonista, é indicado “comer o abacateiro é uma das árvores mais comuns de norte a sul do Brasil. Não apenas em áreas rurais e periferias, mesmo em grandes centros como São Paulo é fácil encontrar abacateiros carregados de frutos até mesmo em áreas nobres. E, apesar de não ser uma unanimidade gastronômica, deveria fazer parte do cardápio semanal de quem pratica corrida, por uma série de propriedades fundamentais para quem quer perder peso e aumentar a massa muscular. Por muito tempo ele foi visto com ressalvas devido ao seu alto valor calórico. Quem nunca ouviu dizer que não é bom comer abacate porque é muito gorduroso e muito calórico? Mas, por outro lado, o fruto é rico em gorduras boas, as chamadas gorduras monoinsaturadas, fundamentais para controlar o colesterol e reduzir as triglicérides e, também, em potássio, ferro, cálcio, magnésio, vitaminas A, E e no antioxidante glutationa, importante no combate às inflamações. Segundo a nutricionista Betina Balletta, “o abacate além de aumentar a saciedade e adiar a fome, atua na redução da carga glicêmica da refeição e reduz a inflamação nas células, resultando na diminuição da gordura corporal. Para Betina, que além de especialista em nutrição

abacate a noite, antes de dormir, para intensificar a ação do antioxidante do GH (hormônio do crescimento) que tem sua maior produção durante o sono (anti-catabólico). Em indivíduos adultos, o GH auxilia na sintetização dos músculos e induz o organismo a usar a gordura estocada como fonte de energia”, diz. A recomendação do consumo diário é de 3 a 3 colheres de sopa antes de dormir, para que ocorra a ação dos hormônios responsáveis pela queima de gordura durante à noite. Além disso, “combinado a uma dieta equilibrada, com baixo consumo de alimentos industrializados e carboidratos refinados, o abacate ameniza a ação do cortisol – hormônio que acumula gordura no abdome, aumenta a “fome” e a compulsão por doces e carboidratos refinados. Se você ainda não se convenceu que incluir abacate em sua dieta só trazer benefícios para sua saúde, listamos 7 dos muitos benefícios que a fruta oferece: 1. Ação anti-inflamatória 2. Redução de estresse 3. Melhora a saúde cardiovascular 4. Controla do colesterol 5. Inibe o apetite e emagrece 6. Atua na construção de massa muscular 7. Ajuda a regular o metabolismo da glicose

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Qual é o seu

DESAFIO? Você escreve a sua história nós contamos!

Para saber mais acesse http://goo.gl/a9Tx1P



GENTE No início de junho, durante as comemorações da Semana do Meio Ambiente, aconteceu a Meia Maratona das Cataratas, em Foz do Iguaçu. Mais de 2 mil atletas fizeram a festa no percurso. O blogueiro do Jornal Corrida, José Eduardo Garcia, também esteve presente e ainda levou troféu da categoria para casa.

créditos imagens:arquivos pessoais dos atletas/ Foto Yara Achôa - Guto Gonçalves

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ENTRANDO PARA A HISTÓRIA

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No último mês, vários corredores amadores de todo o Brasil entraram para a história esportiva do País carregando a Tocha Olímpica 1. Beto Urtiga (João Pessoa/PB) 2. Dart Araújo (Salvador/BA) 3. Tania Delareti (Maringá/PR) 4. Roberto Itimura (Jundiaí/SP) 5. Luciano Silva (São Lourenço do Sul/RS) 6. Juliana Falchetto (Belo Horizonte/MG) 7. Yara Achôa (São Paulo/SP) 8. Fran Kauê (São Paulo/SP) 9. Ronaldo Borges Filho (Campo Grande/MS)

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