articular
parque de cultura e lazer em rio claro
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TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO I 2014 IAU.USP JÉSSICA RAGONHA
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tgi.i 2014
06 UNIVERSO PROJETUAL 12 AÇÕES PROJETUAIS 16 CIDADE 24 INTERVENÇÕES 26 TRANSFERÊNCIA DA OFICINA 30 LIGAÇÃO VLT 34 SISTEMA DE ÁREAS VERDES 38 PARQUE
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universo projetual
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A partir das reflexões sobre arquitetura e cidade, volto meu olhar para a cidade contemporânea, na qual se percebe um território desconexo, composto por zonas industriais subutilizadas, depósitos industriais desocupados, edifícios centrais abandonados, pátios ferroviários e industriais desativados, isto é, áreas consideradas obsoletas, em processo de reconversão.
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O processo de desconcentração industrial foi acompanhado por alterações na ocupação do espaço e nas formas de produção, de acordo com Meneguello (2009). Com isso, áreas como fábricas, rede ferroviária e portos sofreram grandes impactos, uma vez que estão diretamente vinculadas ao processo de escoamento e produção industriais. Para ela, a desativação dessas áreas as torna “zonas consideradas mortas”. Essa descontinuidade da cidade pós-industrial também é tratada por Salgueiro (1998), que evidencia a desintegração socioespacial ocorrida na transição da cidade industrial para a pós-industrial, gerando espaços sem continuidade e rupturas entre grupos sociais, organizações e territórios. Essa perda de continuidade e totalidade do território da cidade é tratada também por Julio Arroyo (2011). De acordo com o autor, o desenvolvimento do modelo de cidade capitalista é acompanhado por uma crescente segregação social e econômica, que gera contradições entre a cidade física e a cidade social, levando à “escisión de la ciudad”. Como consequência disso, a cidade
(física e social) deixou de ser vista como uma totalidade suscetível de ser planificada, controlada e governada em função do interesse comum, de acordo com Arroyo (2011). Dessa forma, a cidade atual se constitui como espaço de atuação de interesses particulares e setorizados, seja no sentido social ou econômico. Nesse cenário, “barreras, bordes, huecos, intersticios, límites se presentam como oportunidad para la emergencia de estados públicos que expresan la alteridad social” (ARROYO, 2011, p.145) Vive-se hoje uma época de transformações aceleradas, que alteram a 9 dinâmica territorial. O território é cada vez mais desarticulado, com pontos de ruptura, espaços desqualificados, resíduos de antigas áreas produtivas, que guardam uma relação mais distante dos habitantes da cidade. Diante dessa cidade contemporânea composta por áreas abandonadas e desperdícios urbanos, coloca-se como necessário pensar uma arquitetura que esteja articulada às novas dinâmicas do território contemporâneo, e que permita aos habitantes percorrer e praticar a cidade. A partir dessas condições, penso ser necessário um projeto que atenda a essa nova dinâmica urbana, e que articule as diferentes áreas que hoje marcam o território desconexo. Nesse sentido, deve mostrar-se mais flexível às demandas contemporâneas, sobretudo diante de seus intensos fluxos e movimentos.
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Como o projeto urbano se configura como dispositivo de (re)articulação do território descontínuo da cidade contemporânea?
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ações projetuais
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Percebe-se, na maioria das cidades atuais, a existência de espaços de margens, de vazios, espaços que carecem de usos e atividades. São, de acordo com Solà-Morales (2002), espaços vazios de atividade e que acabam por colocar-se fora da dinâmica urbana. Na realidade, consistem em espaços de expectativa, de novas relações que se possam estabelecer no território hoje marcado pela ruptura. A partir da escala da cidade e da percepção de espaços desconexos, a ação projetual visa articular territórios desarticulados da cidade contemporânea. Parte-se de uma escala maior, a escala da cidade, para entender o que suas dinâmicas significam e como atuam em escalas locais. Ao perceber as descontinuidades, busca-se atuar de modo não só a permitir a passagem pela área, mas também de criar possibilidades de vivência, trocas e permanência dos indivíduos no espaço urbano. Assim, intenciona-se, através da (re)articulação do território, trazer o indivíduo a vivenciar a cidade e a perceber o território por onde ele transita. Dessa forma, a partir da necessidade de articular um território, pretende-se identificar áreas fragmentadas da cidade e atuar de maneira a qualificá-las e relacioná-las. De acordo com Tardin (2008), a ação projetual de articular “representa a possibilidade de atuar nos espaços livres que relacionariam tecidos ur-
banos sem interação entre si, ou que seriam pontos de articulação dentro dos próprios tecidos, juntando partes destes, o que pode ser um fato muito importante, sobretudo em contextos urbanos fragmentados.” (TARDIN, 2008, p.216) Para a autora, esses espaços permitiram o incentivo à urbanidade e, dessa forma, a promoção da convivência coletiva. Em muitas cidades, o território desconexo é fruto da existência de linha férrea, que articula a cidade na macro-escala, mas que, ao mesmo tempo, rompe o tecido urbano em alguns pontos, produzindo espaços desarticulados e fragmentados. Com a decadência das ferrovias, observa-se que muitas áreas de margem a elas sofreram um processo de desqualificação e perda de função, gerando rupturas territoriais na cidade contemporânea. Dessa forma, os espaços de borda, vazios urbanos e terrains vagues são frequentes nas cidades que possuem uma linha férrea. Dessa forma, o projeto propõe-se a atuar como articulador dos espaços descontínuos da cidade contemporânea, pensando a escala do indivíduo e suas relações com o espaço urbano. A ação projetual parte dos percursos que se poderiam estabelecer no território, de modo que os mesmos permitam relacionar áreas distintas e desconexas, de modo a qualificá-las.
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cidade
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rio claro
População [2013]: 196.821 habitantes Área da unidade territorial: 498,422 km2 Densidade demográfica: 373,69 hab/km2 Localizada a leste do Estado de São Paulo Região de Campinas; dista 173km da capital, 82km de Campinas, 31km de Piracicaba e 23km de Limeira. Coordenadas: Latitude: 22º24’41”S Longitude: 47º33’41”W Rodovias: Washington Luis, Anhanguera, Bandeirantes
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Na cidade de Rio Claro, localizada no interior de São Paulo, é possível verificar a existência desses espaços descontínuos no território urbano, sobretudo vinculados à desativação do transporte ferroviário de passageiros.
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No século XIX, as ferrovias mantinham fundamental importância como elo de ligação entre a capital São Paulo e o chamado “oeste paulista”, que compreende uma vasta área (de Campinas até Ribeirão Preto) e que foi uma região pioneira durante o desenvolvimento da cultura cafeeira. Rio Claro, como parte do oeste paulista, recebeu os trilhos da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (CPEF) em 11 de agosto de 1876, assumindo posição de “ponta de trilho” até 1884, quando a linha férrea estendeu-se até São Carlos. Em 1892 foram fundadas as oficinas da CPEF. “A instalação das oficinas permitiu uma diversificação funcional do núcleo urbano. Deu-se a ampliação das atividades industriais, com o aparecimento de serrarias, cerâmicas, beneficiadoras de arroz e café. [...] O comércio local também se expande. Surgem armazéns vendendo roupas, alimentos, ferragens, armas, louças e objetos de consumo geral.” (Garcia, 1992, p.26) “Grande parte dos bairros existentes na década de 30 e 40 foram construídos em função das oficinas. Eram bairros próximos à linha ferroviária e às instalações das oficinas, facilitando a locomoção dos ferroviários até o local de trabalho.” (Garcia, 1992, p.32)
Processo de expansão do município de Rio Claro
1850
1900
1950
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1965
1980
2014
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O transporte ferroviário teve grande importância na formação da cidade, sobretudo com a instalação das oficinas de carros e vagões. Atualmente, a oficina mantém-se ativa, mas muitos galpões encontram-se em estado de abandono e degradação, fator acentuado pela desativação de parte dos trilhos que cortam a cidade. Localizada junto à área central de Rio Claro, a oficina da antiga FEPASA [hoje pertencente à América Latina Logística, ALL] coloca-se em um contexto de infraestrutura urbana já consolidada e marca uma ruptura do território urbano.
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Linha fĂŠrrea ativa Linha fĂŠrrea desativada
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intervençþes
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Com a desativação de um trecho da linha férrea que passa pelo município de Rio Claro, atualmente os vagões de trens enfrentam um grande deslocamento para acessar a oficina de manutenção ferroviária. De modo a diminuir os deslocamentos e desvios dos vagões e liberar a área central da cidade, proponho transferir as atividades da oficina da área central do município para o bairro Jardim Guanabara, tal como a própria Prefeitura intenciona. A nova área adequa-se às necessidades da oficina e encontra-se em local de fácil acesso aos vagões.
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transferência da oficina
1
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1. Atual área da oficina da ALL 2. Área no Jardim Guanabara para a qual se propõe transferir a oficina
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รกrea no Jardim Guanabara com possibilidades de receber a oficina da antiga FEPASA
esquema da proposta da Prefeitura para a รกrea
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Com a intenção de articular o território, proponho um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos [VLT] para o município de Rio Claro, de modo a conectar pontos importantes da cidade e garantir fácil acesso às suas várias regiões. A proposta é de que o VLT passe também pelas linhas férreas atuais e desativadas presentes em Rio Claro, de modo a manter a memória de algo que foi fundamental ao processo de formação e expansão urbana do município. Como importante meio de transporte coletivo, a adoção do VLT visa reduzir o fluxo de veículos e proporcionar não apenas ligações entre os bairros de Rio Claro, mas atingir o distrito de Batovi e o município de Santa Gertrudes [importante pólo cerâmico], promovendo a mobilidade intermunicipal.
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ligação vlt
1. Zona Industrial 2. 3. Batovi [distrito de Rio Claro] 4. Parque Lago Azul 5. UNESP 6. Bairro Bonsucesso [periferia] 7. Bairro Jardim São Paulo [serviços] 8. Estação Ferroviária [centro] 9. Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade 10. Terminal rodoviário 11. Aeródromo 12. Bairro Jardim Novo Mundo [periferia] 13. Jardim Novo 14. Município de Santa Gertrudes
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3 4
5 8
7 6
9 10
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13
14
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sistema de รกreas verdes
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BATOVI
aprox. 7,5km
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apro
ZONA INDUSTRIAL
aprox. 4,5km
m
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ox. 8,5km
SANTA GERTRUDES
A partir do sistema de áreas verdes que se percebe no município de Rio Claro, proponho a criação de um parque na área central hoje ocupada pela oficina da ALL e pela Estação Ferroviária, com atividades que estimulem o uso, passagem e permanência dos habitantes da cidade. No total, são 30 hectares de área, sendo 23 hectares pertencentes à oficina de carros e vagões, área murada e de acesso restrito.
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parque
Oficina da antiga FEPASA área: 23 ha 39
Estação Ferroviária área: 7 ha CENTRO
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área de intervenção ZE - zona especial
De acordo com o artigo 23 do Plano Diretor do Município de Rio Claro, “as zonas de uso especial são porções do território municipal com diferentes características ou com destinação específica e normas próprias de uso e ocupação do solo e edilícia, nas quais as categorias de uso permitidas serão definidas pela lei de zoneamento urbano, em função do interesse público e social de preservação, manutenção e recuperação do patrimônio histórico, paisagístico e cultural, resguardadas as particularidade de cada zona especial.”
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Curvas de nĂvelm Escala 1:10.000
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estação ferroviária
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armazéns
moradias
ocupação irregular
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levantamento
área da estação ferroviária
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antes do início da implementação do projeto da prefeitura para a área da estação ferroviária
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situação atual, com o projeto da prefeitura em andamento
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6
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2
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3
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Imóvel adquirido pela prefeitura por desapropriação via judicial. Mantém a casa existente como um café, integrado à praça. Estação Ferroviária
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Terreno casas rua 1B. Antigas casas de ferroviários [área não-operacional]. Proposta da Prefeitura: transofrmar as antigas casas em local público de produção cultural e artística. Local de encontro, valorizando o patrimônio arquitetônico ferroviário de Rio Claro. Imóvel a ser preservado [área operacional]. Prefeitura via DNIT buscará mudança de área operacional para não-operacional e depois cessão de uso. Armazém/Galpão [área não-operacional] Terreno na avenida 8 [área operacional]. Com a cessão de uso, a Prefeitura irá consturir uma praça que integrará o conjunto do projeto. O local atualmente encontra-se abandonado e degradado.
Vila dos Artesãos Estação Ferroviária
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proposta da prefeitura
área da estação ferroviária
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CICLOVIA VLT
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levantamento
รกrea da oficina
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Galpões desativados - ruínas [decadência] Galpões desativados - risco estrutural Galpões desativados Galpões em funcionamento
Proponho a demolição dos galpões desativados que encontram-se em ruínas [decadência] e cuja deterioração causa riscos estruturais.
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galpões
área da oficina
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1.Fachada de tijolos [ruinas] 2. Associação Ferroviária 3. EDUQ - Escola técnica [instituição privada] 4. Anexo desativado 5. Almoxarifado 6. Caldeira 7. Tijolado 8. Túnel 9. Recuperação de vagões 10. Anexo - Casa de Rodas 11. Casa de Rodas 12. Fundição 13. Célula de freios 14. Anexo - Recuperação de vagões 15. Posto de manutenção de vagões 16. Estacionamento 17. Administração/Vestiários 18. Manutenção 19. Administração Matisa 20. Administração Terciária 21. S.O.S. 22. Matisa 23. Antiga Balança 24. E.T.E. 25. Antiga Caldeira
Proponho a demolição dos galpões que receberam reforma e que, atualmente, possuem estrutura metálica [imagem superior esquerda], contrastando com os galpões originais [imagem superior direita] que mantêm a memória da oficina. São mantidos galpões dos diferentes setores da oficina, entre eles:
- Setor de Produção Industrial:galpões 6 e 22
- Setor de Manutenção: galpões 17, 18 e 21
- Setor de Vagões: galpões 9, 14 e 15.
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1
4567 2
3
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8
9
10
1. 1.165 m2 2. 4.200 m2 3. 3.685 m2 4. 762 m2 5. 803 m2 6. 785 m2 7. 636 m2 8. 5.168 m2 9. 574 m2 10. 1.625 m2
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levantamento
equipamentos educacionais
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levantamento
principais fluxos do entorno
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1. Mini campo de futebol [já existente na área] 2. Projeto Pequeno Cidadão [conexão com a UNESP] 3. Estações de VLT 4. Quadras poliesportivas 5. Equipamentos de ginástica ao ar livre 6. Quadras cobertas nos galpões que apresentam apenas cobertura, vestiários e salas de ginástica 7. Pavilhão de exposições 8. Oficinas culturais 9. Teatro e auditório ao ar livre 10. Escola Técnica 11. Creche 12. Feira e restaurante 13. Biblioteca 14. Playground 15. Espaços de estar
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8 9
7
10 74
3
13 11 12 14
15
ESCALA 1:5000
A partir de um sistema de áreas verdes do município, bem como das instituições de educação do entorno, proponho para a área da oficina um parque de cultura e lazer que abrigue programas típicos de um SESC, do qual o município carece. Os galpões preservados são ocupados com usos de oficinas culturais, salas de ginástica, vestiários, creche, restaurante e espaço para feirinhas. Além desses galpões, proponho um teatro que tem a possibilidade de se expandir para um auditório ao ar livre e uma biblioteca. O parque conta, também, com duas estações de VLT [sendo que uma delas mantém ligação direta com a UNESP], quadras poliesportivas, equipamentos de ginástica ao ar livre, playground e espaços de estar.
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proposta
parque de cultura e lazer
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ESCALA 1:5000
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ESCALA 1:5000
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ESCALA 1:5000
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ESCALA 1:5000
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VLT + ciclovia + passagem de pedestre
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ESCALA 1:5000
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Passeio de pedestres
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Estacionamento [proponho 4 bolsões: dois próximos às estações de VLT, um próximo ao teatro e outro próximo à biblioteca]
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teatro
biblioteca
projeto a ser desenvolvido
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REFERÊNCIAS PROJETUAIS: Parque da Juventude [São Paulo], Parque do Ibirapuera [São Paulo], edifício da FAU - USP [Vilanova Artigas, São Paulo], Biblioteca Brasiliana [Rodrigo Mindlin Loeb e Eduardo de Almeida, São Paulo], Centro Cultural São Paulo [Eurico Prado Lopes e Luiz Telles], Biblioteca Nacional [Oscar Niemeyer, Brasília]
estudos
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biblioteca
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IMPLANTAÇÃO ESCALA 1:1000
ESCALA 1:500 88
1. Praça coberta 2. Administração 3. Café 4. Recepção 5. Consulta 6. Digitalização | Restauração | Conservação 7. Estantes 8. Mesas 9. Hemeroteca 10. Novas mídias 11. Acervo de livros 12. Salas individuais 13. Salas de grupo
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7
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8 Tร RREO
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1ยบPAVIMENTO
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2ยบPAVIMENTO
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13 ESCALA 1:500
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CORTE A-A’ ESCALA 1:250 91
CORTE B-B’ ESCALA 1:250
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referĂŞncias
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REFERÊNCIAS ARROYO, Julio. El espacio público como fenómeno de complejidad e indeterminación. Bordes y espacio público. In: Espacio público – entre afirmaciones y desplazamientos. Santa Fe: Universidad Nacional del Litoral, 2011. FORTUNA, Carlos. Cidade e Urbanidade. In: Plural de Cidade: Novos Léxicos Urbanos. Coimbra: Almedina, 2009. GARCIA, L. Rio Claro e as oficinas da Companhia Paulista de Estrada de Ferro: trabalho e vida operária - 1930-1940. Tese de doutorado, Unicamp. Campinas: 1992. MENEGUELLO, Cristina. Espaços e vazios urbanos. In: Plural de Cidade: Novos Léxicos Urbanos. Coimbra: Almedina, 2009. SALGUEIRO, Teresa Barata. Cidade pós-moderna: espaço fragmentado. In: Revista Território, Rio de Janeiro, ano III, n. 4, p.39-53, 1998. SOLÀ-MORALES, Ignasi de. Terrain vague. In: Territorios. Barcelona: Gustavo Gili, 2002. TARDIN, Raquel. Espaços livres: sistema e projeto territorial. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008.
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