Aviso A tradução foi efetuada pelo grupo Wings Traduções (WT), de modo a proporcionar ao leitor o acesso à obra, incentivando à posterior aquisição. O objetivo do grupo é selecionar livros sem previsão de publicação no Brasil, traduzindo-os e disponibilizando-os ao leitor, sem qualquer forma de obter lucro, seja ele direto ou indireto. Levamos como objetivo sério, o incentivo para o leitor adquirir as obras, dando a conhecer os autores que, de outro modo, não poderiam,
a
não
ser
no
idioma
original,
impossibilitando
o
conhecimento de muitos autores desconhecidos no Brasil. A fim de preservar os direitos autorais e contratuais de autores e editoras, o grupo WT poderá, sem aviso prévio e quando entender necessário, suspender o acesso aos livros e retirar o link de disponibilização dos mesmos, daqueles que forem lançados por editoras brasileiras. Todo aquele que tiver acesso à presente tradução fica ciente de que o download se destina exclusivamente ao uso pessoal e privado, abstendo-se de o divulgar nas redes sociais bem como tornar público o trabalho de tradução do grupo, sem que exista uma prévia autorização expressa do mesmo. O leitor e usuário, ao acessar o livro disponibilizado responderá pelo uso incorreto e ilícito do mesmo, eximindo o grupo WT de qualquer parceria, coautoria ou coparticipação em eventual delito cometido
por
aquele
que,
por
ato
ou
omissão,
tentar
ou
concretamente utilizar a presente obra literária para obtenção de lucro direto ou indireto, nos termos do art. 184 do código penal e lei 9.610/1998.
Sinopse Por trás do "luzes, câmera, ação" de Hollywood está um mundo de decepção, amor e sedução. Você está pronta para a Realeza de Hollywood? Jessica Uma jornalista de entretenimento era a última coisa que pensei que seria. Pensei que assim que me formasse, estaria relatando histórias que fizessem a diferença, mas agora tudo o que faço é relatar quem terminou com quem e quem namora quem. Eu já tinha superado isso. Então recebi a minha próxima missão. Ele é o bad boy de Hollywood. Ele trabalha duro, e joga ainda mais duro. Ele é rude, condescendente, e deixou claro que não me quer na turnê. Em um mês na estrada com ele, duas coisas podem acontecer Primeira, posso nunca mais trabalhar nesta indústria. Segunda, posso simplesmente ser como todas as outras e me apaixonar pelo Playboy de Hollywood.
1 Jessica Notícia Urgente: Tyler Beckett está pronto para enfrentar a imprensa. Fontes dizem que nenhuma despesa será poupada, e a imprensa será escolhida a dedo. A questão é quem serão os sortudos? — Toc,Toc — eu digo, batendo na grande porta marrom do escritório da minha editora Stephanie. Focada na tela do computador, ela olha para a inesperada, embora esperançosamente bem-vinda intrusão, e retira os óculos. Sua camisa de seda branca de botão é amarrada no pescoço por uma faixa com o laço para o lado, mostrando quão preparada essa mulher realmente é. — Ei, Jessica, — ela diz, sorrindo para mim. — Entre. — Ela faz movimentos com as mãos para o assento vazio em frente à sua mesa executiva, fazendo com que suas pulseiras de ouro e prata tilintem. — Você disse para vir vê-la antes de encerrar o expediente, — eu digo,
reconhecendo
a
razão
pela
qual
estou
invadindo
seu
espaço. Entrando em seu escritório, sou atraída pela visão do letreiro de Hollywood como um farol à distância. Quando entrei neste escritório há sete anos, pretendia obter alguma experiência para adicionar ao meu currículo. Eu ralei muito no ensino médio e consegui meu mestrado em comunicações estrangeiras quando tinha vinte e dois anos. Eu tinha um plano de viajar pelo mundo e trazer histórias de pessoas que muitas vezes não se ouvia falar. Aspirações de ver minha assinatura em artigos e publicadas em versão impressa e online foi o que eu mais sonhei. Mas aqui estou eu, sete anos depois, pegando o suculento furo de Hollywood que as pessoas anseiam. E a melhor parte? Eu não sou
apenas boa no meu trabalho; Eu sou a melhor nisso. Eu sei o número de todos os fotógrafos de cor. Se algo acontecer nesta cidade, as pessoas me ligam para oferecer prioridade sobre o assunto. — Sim, — ela responde. — Por favor, sente-se. — Eu ando em direção a ela, minha longa saia preta fluindo entre minhas pernas enquanto me sento em uma das cadeiras. Depois de cruzar as pernas, espero que ela me diga por que estou aqui. — Eu recebi um telefonema hoje de HillCrest. — Ela olha para mim, balançando para trás em sua cadeira. — O que houve? — Eu pergunto. A HillCrest é uma das maiores empresas de produção por aí. Eles começaram com filmes indie, e então um de seus filmes explodiu e ganhou dezessete Oscars. Isso foi há quinze anos... agora, se você quer que eles apoiem seu filme, isso significa
um
sucesso
de
bilheteria,
mesmo
que
seja
uma
merda. Acredite, algumas merdas atingiram a marca de cem milhões que não valiam o papel em que os ingressos foram impressos. — Eu vou direto ao assunto. — Levantando-se e caminhando até a janela de canto, ela fica de costas para mim. — O novo filme de Tyler Beckett. — Adrenaline Run? — Pergunto a ela, pensando sobre os rumores dele se tornando o maior sucesso de bilheteria de todos os tempos, ou pelo menos é o que dizem por aí. Os trailers vêm sido exibidos sem parar há duas semanas, os outdoors estão por toda parte, e os anúncios de transporte em massa em todos os ônibus em cada esquina têm uma imagem maior do que a vida de Tyler Beckett em toda a sua arrogância. A menos que você viva sob uma rocha, sabe que este filme está chegando. — Eu vi alguns dos trailers e não vou mentir; não importa o quanto queira odiar o filme só por causa de Tyler, parece um bom filme. Ela se vira, agora olhando para mim. — HillCrest está fazendo tudo por este filme. Quero dizer, tudo. Ela enfatiza essa última palavra. — Eles estão montando uma coletiva de imprensa.
— Ok, isso não é nada de novo. — Levanto-me e ando até ela, ambas agora examinando nossos respectivos reinos. — Não, você está certa, — diz ela e depois vira para mim, — mas não vai ser em um hotel comum. — Bem, então, o que eles estão fazendo? — Eu pergunto a ela, meu interesse despertado agora. — Conhecendo Tyler Beckett, será um espetáculo, sem dúvida. — Estou tentada a revirar os olhos. — Sim, você pode dizer isso. — Ela se vira e caminha de volta para sua cadeira. — É definitivamente algo que ninguém viu ou fez antes, e é por isso que precisamos estar na vanguarda da divulgação. — Oh, pelo amor de Deus, ele é tão irritante, — digo com exasperação. Ela apenas olha para mim, provavelmente se perguntando de onde diabos veio essa explosão. Eu não posso te dizer por que me sinto assim quando se trata de Tyler, mas apenas sinto. Talvez seja porque ele está sempre um passo a minha frente quando tenho um furo suculento sobre ele. É como se ele soubesse que vou explodir todos os detalhes que tenho sobre seu último escândalo, então o que ele faz? Ele libera sua própria declaração antes de eu publicar minha história, afundando minhas últimas notícias antes mesmo que a tinta seque no papel. Ele é conhecido por jogar duro, no entanto. Três anos atrás, eu recebi um vídeo exclusivo dele e de certa mulher, uma mulher casada, que por acaso era a esposa de seu melhor amigo. Eles estavam em um iate em algum lugar no meio da Itália, e uma hora antes que minha história fosse divulgada, ele lançou um comunicado a imprensa que eles estavam namorando, e ela estava se divorciando. Desnecessário dizer que passei grande parte daquela noite me embebedando e escolhendo alguns xingamentos para o idiota. Eu não sei onde estão seus espiões, mas estão por toda parte com seus ouvidos no chão literalmente, então aprendi rapidamente a não mostrar meus trunfos a ninguém. Mas mesmo assim, ele permanece um passo a minha frente. Todo. Maldito. Tempo. É a coisa mais irritante.
— Trinta dias, — ela diz, minha mente ainda está em Tyler Beckett Purgatory, então não entendo o que ela está dizendo. — Jessica, eles estão saindo em uma turnê de trinta dias. — Trinta dias? — Eu olho para Stephanie, sem acreditar no que ela está dizendo, mas depois olho para baixo novamente. Percebendo que ela está séria, reviro os olhos para a audácia de uma turnê que dura mais do que alguns relacionamentos em Hollywood. — Isso é insano e ouso dizer um pouco exagerado. — Volto para a cadeira e sento-me. — Como diabos eles vão conseguir isso? — Eles compraram um avião, um grande avião. — Ela para de falar, permitindo que a última parte afunde. — Um número seleto de imprensa vai viajar com eles. Eles farão dez paradas mundiais. A parada em Paris será a estreia oficial do filme, e terminará na Austrália, mas a turnê de imprensa será interrompida antes disso, em Los Angeles. Fala-se em levar alguns de vocês para a Austrália, mas a questão ainda está pairando. — Essa agenda é uma loucura. Você pode imaginar uma turnê de imprensa inteira e a logística de algo dessa magnitude? — Enquanto balanço minha cabeça, minha mente é um redemoinho do que seria necessário para fazer uma coletiva de imprensa que durasse tanto tempo. — Eu honestamente não consigo entender. — Ela bate o dedo na mesa, me olhando por baixo. — Mas eles levarão dez jornalistas com eles. — Nós olhamos uma para a outra quando ela solta a bomba em mim. A razão pela qual estou aqui em seu escritório agora. — Você é uma dos poucas escolhidas. — Não. — Sentando-me em linha reta, olho-a nos olhos, nem mesmo acreditando no que estou prestes a dizer a minha chefe. Mas não há outro jeito de dizer isso. — Não há uma chance no inferno, Stephanie... de jeito nenhum. — Você sabe o que é tão engraçado? — Ela usa um sorriso de conhecimento no rosto enquanto se inclina para trás em sua cadeira, batendo o dedo indicador no queixo. — Isso foi exatamente o que Tyler
disse quando viu seu nome na lista de membros da imprensa que se juntariam a ele na turnê de um mês. — Ele disse isso por minha causa? — Pergunto, chocada. Quero dizer, não estou chocada, mas ainda assim. — Eu? — Eu preciso saber o que é isso tudo. Você não está me contando toda a história, e antes que eu te envie para fazer parte da história em formação com essa oportunidade exclusiva, eu quero a verdade. — Ela sabe que estou escondendo algo, mas me recusando a dizer uma palavra sobre a verdade. — Eu não faço ideia. Nós não frequentamos exatamente os mesmos círculos. — Acho que estivemos no mesmo salão, talvez dez vezes, e durante cada um desses encontros, estávamos cercados por centenas de outras pessoas. — Bem, de acordo com Ryan de HillCrest, o seu foi o único nome que ele relutou em aceitar. — Seus olhos permanecem em mim, esperando que eu confesse todos os meus pequenos segredos sujos. — Bom. — Eu cruzo os braços sobre o meu estômago, murmurando sob a minha respiração para ninguém em particular. — Ele é um idiota, e eu não quero estar perto dele também. — Eu penso nas vezes em que fui roubada de uma história exclusiva porque ele saltou na minha frente lançando sua própria história. Às vezes no tapete vermelho que ele passava direto por mim, só para parar no repórter ao meu lado. As vezes que eu o entrevistei, apertando seus botões fazendo perguntas que eu sabia que estavam fora dos limites. Então não é surpresa que ele não me queira na turnê. — Ryan o contornou, — ela me diz. Meus olhos implorando para que ela se sobreponha a Ryan, embora eu saiba que suas mãos estão tão amarradas quanto as minhas nesta situação. Ela então diz a frase que eu temia ouvir desde que ela mencionou uma sessão de imprensa de trinta dias e Tyler Beckett no mesmo fôlego. — Faça as malas, Jessica. Você sairá em turnê.
2 Jessica Tendência esta noite no Twitter: Tyler Beckett se prepara para a turnê de imprensa mais intensa já vista ou ouvida na história das estreias de filmes. — Então você está me dizendo que tem que sair em turnê com Tyler? — Mary, uma das minhas melhores amigas, pergunta enquanto ri na minha frente. Depois que saí do escritório de Stephanie, parei no meu cubículo atordoada. A primeira coisa que fiz foi mandar para Mary um texto de SOS, depois fiquei lá apenas olhando para a tela preta do computador
que
Stephanie. Não
desliguei
houve
antes
discussão
de e
entrar nem
no
maneira
escritório de
de
escapar
disso. Esperava-se que eu entrasse naquele avião em três dias e sorrisse e acenasse, depois acenasse e beijasse o traseiro. Eu sabia que uma vez que me sentasse com Mary, ela mais ou menos me convenceria a não desistir... assim como tem feito desde que nos sentamos ao lado uma da outra em psicologia no primeiro dia de faculdade. — Não é engraçado, Mary, — digo a ela. — Na verdade, é o oposto de engraçado. — Eu pego meu copo de vinho e olho ao redor do Nobu, mas para o que, não tenho ideia. Quatro mesas adiante, a rainha mais quente da televisão senta ao seu telefone. Sem dúvida, ela está tirando selfies fazendo biquinho, o que nunca é um bom visual para alguém na idade dela. A imprensa fica do lado de fora, aguardando ansiosamente a próxima foto aparecer em sua mídia social. — Qual é o plano? — Ela pergunta enquanto pega um bocado de salada o tempo todo tentando não rir da minha situação atual. — Eu não tenho ideia. — Dando de ombros, derrotada, eu digo: — Nada, tudo o que ela disse é arrume suas malas.
Sorrindo para mim, ela diz: — Por um mês, você estará em um avião, vivendo só com uma mala. — Pegando sua água e tomando um gole antes de continuar, ela se vangloria, — quero dizer, fale sobre um emprego dos sonhos, certo? — Mary, você me conhece. Eu vou odiar cada segundo. — Eu me inclino, sussurrando as próximas palavras. — Uma coisa é descobrir quem está transando com quem, descobrir quem foi parado por dirigir embriagado, ou denunciar qual celebridade está sacaneando outra celebridade, mas eu vou para casa às cinco horas toda noite, solto meu cabelo e vejo o fodido Dateline. — Recostando-me na cadeira, continuo. — Você sabe disso sobre mim. Eu não sou o tipo de pessoa que apreciará trabalhar por trinta dias seguidos. Ela se ajeita em sua cadeira. — Então, por que você ainda está na revista? — Eu me faço a mesma pergunta a cada dia; um lembrete de uma época não muito tempo atrás, quando eu queria relatar as histórias que ninguém conhecia neste lado do mundo. — Porque eu sou boa nisso, é claro. Eu também tenho o melhor armário de todos os meus amigos. — Eu olho ao redor, então me inclino para frente. — E porque sou uma merda de covarde para deixar claro que não sou nada além de uma jornalista paparazzi. — Admitir isso em voz
alta
só
faz
meu
estômago
dar
essa
pequena
cambalhota
estranha... e isso é a bílis subindo pelo meu esôfago? — Ninguém pensa em você assim. — Ela revira os olhos. — Oprah, maravilhosa Oprah, exigiu que você a entrevistasse. Agora sou eu quem está revirando os olhos. — Ela não exigiu que eu fizesse isso. Ela ligou para a revista e eles trocaram histórias. Não é como se ela tivesse pego o telefone e dito: — Ei, você pode trazer Jessica para o almoço? Ela levanta as mãos. — Semântica... é quase a mesma coisa. — Eu não me incomodo em lhe apontar a diferença enquanto ela revira os olhos para mim. — Você sabe quantas pessoas morreriam para estar naquele avião com Tyler gostoso Beckett? — Ela me pergunta, e eu apenas balanço minha cabeça. — Eu, por exemplo. Mas isso é porque
eu quero dormir com ele, e não tenho vergonha de admitir todas as coisas sujas que ele e eu poderíamos fazer juntos. Algumas delas podem ser performances premiadas, se depender de mim. Com essa revelação, quase engasgo com a bebida que acabei de tomar e olho para a minha melhor amiga como se ela tivesse perdido a cabeça. —
É
tão
secreto
que
nem
nos
dizem
o
itinerário
exato. Receberemos datas e eventos, mas não onde será, — digo a ela. — Até então, vou tentar ser substituída. — Amanhã à noite, nós nos reuniremos em sua casa para comer e beber vinho antes de você me deixar por um mês, — diz ela enquanto o garçom deixa a conta e retira nossos pratos vazios. Eu jogo meu cartão de crédito no porta-cheques. — Estou te deixando saber agora que levarei mais vinho que comida. Então podemos decidir o que embalar para a sua viagem e garantir que você se destaque mais do que qualquer outra cadela. — Suas sobrancelhas se mexem. Eu rio, sabendo que ela provavelmente não levaria comida também. Eu assino a conta e levanto, pegando meu pequeno blazer preto e colocando-o, mas sem me incomodar em abotoá-lo. Saindo do restaurante, nós nos beijamos na bochecha e confirmamos a que horas vamos nos encontrar amanhã à noite, enquanto ela caminha para a esquerda para entrar no Uber que ela pediu. Eu me viro para ir em direção ao estacionamento quando um carro branco para na minha frente. Irritada com a obstrução, começo a contornar o veículo, mas sou parada pela manada de paparazzi que pula na calçada assim que o motorista do carro branco abre a porta e coloca um pé para fora. Nesse momento, ouço o nome dele antes de olhar para cima. Meu medidor de irritação está agora no nível máximo quando o vejo. — Tyler! Tyler! — Eu ouço os gritos e os obturadores das câmeras, seus flashes me cegando enquanto tento contorná-los. — Tyler, Tyler, você tem um momento para responder algumas perguntas? Eu olho para o lado e vejo que ele está usando jeans e uma longa camisa marrom com dois botões abertos na frente. Seus óculos
aviadores, sua marca registrada, protegem seus olhos da intrusão; seu cabelo está escovado para o lado e barba cerrada nas bochechas. Ele não faz contato visual e ignora suas perguntas enquanto tenta entrar no restaurante. Mas os paparazzi apenas o seguem, mantendo uma distância respeitável e aquela bolha de espaço sagrado que sabem que não podem invadir. Eu abaixo minha cabeça e saio do restaurante. Não só feliz por estar longe desse caos, mas também estou feliz que Tyler não tenha me notado quando ele parou. Entrando na minha vaga do estacionamento, pego minha bolsa Louis do banco do passageiro e subo os degraus de cimento, apreciando a brisa morna acariciando minha pele. Eu inalo uma respiração muito necessária quando as palmeiras fazem um som de sopro ao vento. Hoje foi impressionante, e acho que finalmente estou absorvendo que terei que fazer uma turnê de trinta dias com o homem cuja presença acabei de escapar. As únicas coisas que vão lavar o caos deste dia são um longo banho e minha incrível cama king-size. Depois da minha rotina noturna, a montanha-russa emocional em que estive finalmente me atinge, e tenho quase certeza de que adormeço antes que minha cabeça bata no travesseiro.
O bip matinal do meu despertador chega cedo demais às seis da manhã. Parece que adormeci há cinco minutos. Eu gemo, batendo no meu relógio para parar o barulho incessante. Um minuto depois, o cheiro de café lentamente flutua da cozinha, atraindo-me para todas as suas delícias. Como de costume, noto que meu telefone está iluminado pelas atividades da noite anterior. As noites de quinta, sexta e sábado são as noites quentes de Hollywood e quando todos os boatos estão produzindo os detalhes lascivos dos ricos e famosos. Então, não importa o dia, acordo às seis da manhã. Percorrendo os eventos, no entanto, vejo que foi uma noite bastante tranquila. Há, é claro, fotos de Tyler quando ele chegou ao restaurante e quando saiu uma hora depois, mas nada mais. Uma ex-
socialite foi presa por supostamente dirigir embriagada, mas no geral, tudo foi calmo. Percebendo que não há incêndios de celebridades para relatar, eu coloco meu calção de treino preto e sutiã esportivo para fazer esteira. Minha corrida matinal sempre foi minha sanidade, oito quilômetros, sete dias por semana, chuva, sol ou Deus nos livre, caos de
celebridades. Esta
distração
para
sair
manhã, da
eu
particularmente
depressão
da
virada
preciso
de
ontem
desta dos
eventos. Depois que percorri a distância, tomo outro banho rápido antes de entrar no closet e pegar uma saia lápis branca e uma camisa branca de mangas compridas e transparentes. Calçando meus sapatos de salto pretos. Pegando meu telefone, saio para comprar dois cafés, mal conseguindo chegar à minha mesa às nove. Eu paro na mesa de Karen, nossa recepcionista que é super bonita mas honestamente é uma cadela horrível. Você sabe o que dizem, ‘mantenha seus amigos por perto, mas mantenha a pessoa que sabe onde os corpos estão enterrados ainda mais’. — Bom dia. — Eu sorrio para ela, entregando-lhe o outro café que comprei. Há uma cafeteira na sala de descanso, mas ela vira o nariz para ela. Muito comum para alguém de sua estatura, eu acho. Ela tem toda a mentalidade do ‘gosto do champanhe em um orçamento de cerveja’ para esclarecer. — Finalmente, alguém que realmente me conhece. — Ela sorri para mim. — Juro por Deus, se eles não me colocarem uma máquina Nespresso... — ela se inclina em um toque... — Eu vou esbarrar na cafeteira e jogar todos aqueles refis no lixo. — Ela leva o café até os lábios. — Isso, — ela diz em voz alta, levantando o copo na mão e olhando em volta para ver se alguém está prestando atenção nela, — é vida. — Ela coloca suas mechas douradas por cima do ombro, e seus olhos azuis parecem quase humanos quando o café entra na corrente sua sanguínea, esmagando a fera que mora lá dentro. — Aprecie, minha amiga. — Eu sorrio para mim mesma quando penso que a missão foi cumprida. Dirijo-me para a parte de trás, onde
seis cubículos com duas mesas cada estão localizados em ambos os lados. Eu me viro para o meu cubículo e vejo que cheguei antes de Brooke. Eu não estou surpresa porque ela é a ‘Redatora Noturna’ como a chamamos. Todos aqueles relatos de celebridades e avistamentos desta manhã? Sim, foi tudo dela. Ela também trabalha mais fora, no seu escritório em casa do que no escritório real, mas quem pode culpála. Nós duas começamos aqui na mesma época, então ela também é uma das minhas amigas mais próximas, e concordamos em sempre compartilhar as últimas notícias uma com a outra. Neste negócio, é difícil encontrar pessoas em quem você confia, mas Brooke é uma dessas pessoas. Nós também trocamos histórias uma com a outra, e todos os domingos de manhã nos reunimos para um café da manhã para repassar a semana. Enquanto aguardo meu computador iniciar, o meu telefone toca. Olhando para baixo, vejo que é Cedric. — Cedric, meu homem, o que você tem para mim? — Eu ri do jeito brega que acabei de dizer isso, mas ele é meu maior informante. — Jess, — ele diz, — eu estava pensando em você, então tive que pegar o telefone para ouvir sua bela voz. Eu não posso deixar de balançar a cabeça, sabendo muito bem que a única coisa que ele estava pensando era o quanto me cobraria por qualquer notícia que está prestes a compartilhar. — Então o fato de eu ter ingressos para as primeiras filas do jogo dos Lakers hoje a noite não tem nada a ver com esse telefonema, estou certa? Ele ri. — Querida, o que eu tenho vale ingressos para a temporada, então prepare-se para me mostrar o dinheiro. — Ummhmm, deixe-me ser a juíza disso, — digo a ele. — Um certo astro do futebol foi visto saindo de seu quarto de hotel... — Ele começa a falar e eu tomo um gole do meu café que eu quase esqueci. — Cedric, isso não é realmente novidade, — eu penso. — Este jogador de futebol está a duas semanas de se tornar pai... e a mãe do bebê é uma certa modelo de passarela.
Eu me sento na minha cadeira. — De jeito nenhum. — Eu tenho fotos e alguém pescou um vídeo que foi feito em um clube de striptease seis meses atrás. Você não precisa de som para vê-lo se aproximando de uma modelo do Instagram, ou ver onde a mão dele se aventura, — ele me diz. — E pode ser todo seu pela pechincha de 80 mil. — Cedric, você está fora de si, — digo a ele, e ele espera por um segundo. — Mas me envie o que você tem, e verei o que posso fazer. — Verifique sua caixa de entrada. — Ele desconecta, e com certeza, a próxima grande história está em minha caixa de entrada, e tem minha assinatura por toda a parte.
3 Tyler A história principal de hoje: Uma certa modelo de passarela entra em trabalho de parto horas depois de um vídeo com indiscrições do seu noivo ser divulgado. — Olá. — Ouço alguém dizer e, finalmente, olho através da mesa do
conselho
em
direção
a
Ryan,
o
proprietário
de
produções
HillCrest. Homens estúpidos de terno que não têm ideia do que estão me
pedindo,
sentam-se
ao
redor
da
mesa
de
conferência
de
madeira. Eles querem que eu arrume minhas coisas e viaje com a imprensa, as mesmas pessoas das quais fujo, por trinta malditos dias. As mesmas das quais escondo tudo, tudo para uma turnê de imprensa. Trinta dias, dez paradas, com dez jornalistas escolhidos a dedo. É fácil para eles me pedirem para fazer isso porque não serão eles lá fora. — Me desculpe, o que você estava dizendo? — Eu pergunto, inclinando-me na minha cadeira. — Se ouvi corretamente, você organizou uma turnê que eu não quero participar onde estarei cercado pela imprensa a cada minuto de cada maldito dia. Uma porra de turnê onde eu tenho que ficar 'ligado' o tempo todo. — Eu olho para o teto em completa exasperação. Quando Ryan veio até mim com o roteiro, eu sabia que iria assumir o papel... não só o roteiro era fantástico, mas o diretor também era alguém com quem eu estava morrendo de vontade de trabalhar. Junto com o fato de que eles me pagariam para saltar de paraquedas, andar de moto, pular de bungee jump e fazer todas as minhas próprias acrobacias, foi algo certo. — Temos o avião quase preparado, — diz Stephen, vice-presidente de Ryan, e em seguida, olha ao redor da mesa. Talvez ele esteja
esperando que alguém fale, mas ninguém o faz. — Escolhemos dez jornalistas para acompanhá-lo e ver em primeira mão o lançamento mundial deste filme. Você dará entrevistas exclusivas todos os dias para promover o caralho deste filme. Não pouparemos despesas com isso. O contrato que você assinou afirma que participará da conferência de imprensa, independentemente dos detalhes. — Quem vai viajar no avião comigo? Quais membros do papz vão me aborrecer por um mês? — Eu lhes pergunto e depois olho para Cassandra, minha assistente pessoal. Ela está tomando notas desta reunião em seu telefone e provavelmente terá tudo preparado para que isso aconteça perfeitamente. Quando entrei no jogo há doze anos, não fazia ideia do que estava me metendo. A única coisa que eu sabia era que eles me pagariam um monte de dinheiro para fingir ser um cara que amava sua esposa. Mal sabia eu que aquela pequena participação levaria ao meu próximo grande show, e a partir daí, apenas rolou como uma bola de neve. Eu não conseguia acompanhar nada. Eu não sabia onde me jogar em seguida, e meu agente trouxe Cassandra para me manter organizado. No começo, lutei até ver o que ela era capaz. Minha vida era programada por minuto. Eu sabia onde deveria estar e quando tinha que estar lá. Ela se certificou de que todas as minhas necessidades fossem atendidas, se certificou de que eu tivesse um smoking quando precisasse de um smoking, e poderia dizer apenas pelo olhar no meu rosto quando eu precisava fugir e não ser encontrado. Ela simplesmente sabe tudo. Aonde eu vou, ela está bem ali, e embora não moremos juntos, ela é basicamente minha esposa sem os benefícios extras. Ela conhece sua função e é bem paga para manter minha vida insana organizada. Ele começa a nomear os repórteres, e não tenho ideia a quem pertence metade dos nomes até chegar ao que eu mais temo. — Jessica Hawthorn do... Ele
não
precisa
terminar
interrompendo suas palavras.
antes
de
eu
levantar
a
mão,
— Não ela, — eu digo, então olho para Cassandra, que compartilha um olhar similar comigo. — Qualquer um menos ela. Stephen olha para Ryan e depois de volta para mim. Ele tira os óculos. — Esse é o único nome que é inegociável. — Tudo é negociável, Stephen. — Sorrindo para ele, dou-lhe o olhar ‘você está brincando comigo?’, mas ele apenas se inclina para trás em sua cadeira e retorna o olhar. — Você só tem que saber com o que negociar. — Eu me levanto, então olho para Cassandra, que segue o exemplo, pegando sua bolsa Hermes. — Este não é — diz Ryan. — Se há alguém que vai estar nesta turnê de imprensa, tem que ser Jessica. — Eu balanço a cabeça negando. — Eu acho que é justo dizer que o Sr. Beckett é firme sobre isso, — diz Cassandra ao meu lado; a voz da razão quando não consigo encontrar a minha. — Isso é um pouco estranho agora, não é? — Ryan diz. — Porque nós também somos. Você não sai em uma mega turnê de imprensa e não convida a maior jornalista de entretenimento para a viagem. Não há negociação aqui, Tyler, crie juízo e faça as malas. Revirando os olhos, eu digo a primeira coisa que me vem à cabeça. — Ela não é a melhor. — Penso na última vez que ela me entrevistou. Ela tinha uma folha com perguntas que podia me fazer, bem como tópicos que não deviam ser abordados, você sabe, como perguntas sobre minha vida privada. Ela foi boazinha na primeira pergunta e, em seguida, deixou de lado o resto dos tópicos aprovados antes de mergulhar no âmago da questão. — O que sua namorada pensa quando ela liga a televisão e vê você em todos os tabloides? — Eu sorri para ela, levantei, desliguei o microfone da minha camisa, e puxei para fora. Ela recostou-se na cadeira, olhou para o cara da câmera e disse: — Acho que é um envoltório. — Erguendo as sobrancelhas, ela tinha um olhar que dizia que eu venci. Ela nem sequer tentou me fazer sentar e acariciar meu ego como outros jornalistas teriam feito.
— Ela terá uma chance, — eu digo ao quarteto e vejo o sorriso no rosto de todos. — No minuto em que ela pisar fora da linha, a quero fora da equipe de imprensa, está ouvindo? Ryan se inclina para trás em sua cadeira. — Temos um acordo. — Eu olho para Cassandra enquanto ela acena para mim. — As primeiras críticas sobre o filme estão chegando, e as pessoas estão dizendo que é o melhor do ano e o seu melhor trabalho até hoje. Eu os ouço delirando sobre o filme antes de finalmente sair. Eu não digo nada para Cassandra no elevador. Quando ela finalmente chega ao carro, olha para mim e diz: — Quanto tempo esse tratamento silencioso vai durar? Eu preciso saber para que possa adicioná-lo a minha agenda. — Ela diz naquele tom exasperado que usa comigo quando estou sendo difícil de propósito. Entramos no carro e, o tempo todo, ela continua digitando em seu telefone. — Cass, você sabe que ela é a maior dor na minha bunda. Por que eu concordei com eles a agendando nesta turnê? — Eu finalmente digo. — Ela tentou, embora sem sucesso, desenterrar qualquer coisa que eu tenha que esconder. — Parando em um sinal vermelho, eu olho para Cassandra, lembrando-a, — E no ano passado, ela fez pessoas acreditarem que eu estava em reabilitação. Pelo amor de Deus, minha mãe estava em lágrimas. — Quero dizer, isso não é exatamente verdade. Ela não fez as pessoas acreditarem nisso; ela só plantou a semente da dúvida. Não ajudou muito você ter entrado em um dos seus momentos fora da rede e se recusado a pegar seu telefone. Você sabe o que precisei fazer para entrar em contato com você? Tive que chamar um cara que conhecia um cara que tinha um fodido burro e algum tempo de sobra. — Eu estava no México, Cass. Eu tinha acabado de finalizar o treinamento em Utah. Oito horas por dia no ginásio em reclusão, e eu precisava descansar, — eu lhe respondo, pensando em quanto treinamento tive que suportar. Eu queria fazer minhas próprias acrobacias e, para fazer isso, precisava treinar como se estivesse correndo
no
triatlo
do
homem
de
aço. Minhas
refeições
eram
especialmente preparadas, e eu tinha treinadores e assistentes de treinamento que me mantinham na ponta dos pés... e por causa disso, nem uma porção de gordura permaneceu no meu corpo, e realizei todas as minhas próprias acrobacias sem falhas. — Eu sei disso. — Acenando com a cabeça, ela continua. — E se você tivesse concedido uma única entrevista, os rumores e as fofocas teriam cessado. — Quando ela levanta as sobrancelhas para mim, estou prestes a discutir até que um carro buzina para mim. Eu olho para trás e vejo que a luz está verde. Eu não me incomodo em falar com ela o resto do caminho até minha casa, aceitando a derrota nesta batalha de vontades. À medida que continuamos a viagem até a minha casa, seu comportamento muda, e ela está no modo de trabalho novamente. — Você tem treinamento com Norman hoje às seis horas por três horas. Você não tem nada amanhã. Farei as malas para a programação no sábado, e pedirei
a Monica que prepare e coordene suas roupas
para a turnê. — Eu sabia que ela já estaria se preparando para esse fashion show. — Acabei de receber um email com o itinerário, e vai ser agitado, para dizer o mínimo. Eu também reservei um mês de folga quando voltarmos, porque sei o quão irritado você estará. Eu só preciso saber aonde você quer ir e cuidarei da logística. — Você realmente acha que é necessário passar por toda essa confusão com as roupas? — Eu lhe pergunto, chegando ao meu portão e apertando o botão para abri-lo. — Mas é uma boa ideia sobre partir. Você pode se programar também. — Eu realmente acho que é necessário passar por toda a confusão, — ela fala enquanto dirijo pelo caminho sinuoso e estaciono o carro
ao
lado
da
casa. —
Eu
não
sei
por
que
você
está
reclamando. Tudo o que tem a fazer é deixar seu quarto e deixá-las fazer a mágica acontecer. — Eu aceno, percebendo que ela está certa. A equipe entra, tira fotos de todas as minhas roupas e, em seguida, empacota tudo junto. É como se eu fosse uma criança, e minha mãe arrumasse minhas roupas, coordenando cor e
tudo até a minha
cueca. Eu entro na casa pela garagem com Cass me seguindo. Meu Lambo e Ferrari estão estacionados lá. — Se você não precisar de mim pelo resto do dia, vou começar o planejamento para o próximo mês. — Sim, você pode ir. — Entramos na cozinha. — Antes de ficar atarefada com toda a logística, precisamos passar por uma lista de perguntas que eu responderei e as que não. — Já estou nela, Ty. — Ela caminha até a porta da frente. — Eu preciso saber o que você irá fazer depois do seu mês de folga, no entanto. Você não tem filmagens até o ano novo, então o mundo é literalmente sua ostra. — Porra... um total de seis meses para mim. — Eu sorrio, pegando uma garrafa de água da geladeira abastecida. Outra coisa que Cassie cuida para mim. — Acho que vou ficar no rancho. Fora das redes apenas o suficiente, mas não vai exigir um burro para chamar minha atenção. — Eu sorrio para ela, sabendo que ela realmente me ama mesmo quando estou sendo uma criança petulante, ainda coordenada por cores. Balançando a cabeça para mim, ela me diz: — Eu só preciso das datas, e farei acontecer. — E com isso, seu trabalho está feito. Ela se vira e sai da casa, batendo a porta atrás dela. Eu pego meu telefone e sento em um dos banquinhos da ilha, discando para meu pai. Ele responde depois de quatro toques, sua voz rouca. — Olá. — Não estou surpreso que sua voz esteja rouca. A única vez que sua voz tinha um timbre diferente era para minha mãe. — Ei, papai, — eu digo. — Sou eu. — Filho, — diz ele, e eu posso vê-lo na minha cabeça sorrindo enquanto diz isso. — O que está rolando? — Não muito, apenas checando. Como está tudo? — Quando recebi meu primeiro grande pagamento, fiz uma coisa com ele, fiz meus pais se aposentarem. Minha mãe era professora do ensino médio e meu pai trabalhara na construção a vida inteira. Ele começava o dia antes do sol nascer e voltava doze horas depois usando suas botas de construção e roupas empoeiradas com uma expressão cansada, mas fez
o que tinha que fazer para sustentar sua família. Então foi a melhor coisa que eu poderia fazer pelos meus pais quando paguei a pequena hipoteca deles e lhes dei dinheiro suficiente para viver. Meu pai lutou com unhas e dentes, recusando-se a aceitar meu dinheiro, mas não podia recusar muito. Eu fiz a cabeça dele e entrei no banco e paguei a hipoteca. Ele não estava feliz comigo naquela época. Eu sabia disso quando ele disse que iria chutar meu traseiro rebelde de vinte e poucos anos. Eu sorrio agora, pensando naquele dia quase doze anos atrás. Com o meu segundo grande pagamento, comprei para eles um rancho em Montana que fica em quatro mil acres, isolado de todos os lugares e de todos. Um enorme celeiro com um estábulo onde tenho cinco cavalos. Tem até gado circulando pela área. Só de ver as montanhas, é tudo. Nada pode me tocar lá. Quando voei com meus pais e vi os olhos do meu pai, eu sabia que, sem dúvida, eles viveriam na casa a maior parte do tempo. Seu rosto ficou chocado quando lhe entreguei as chaves. Agora, dez anos depois, ele passa o dia todo com seu cavalo ou no celeiro. De qualquer forma, tem sido o momento mais feliz de sua vida, e posso sorrir, sabendo que eu lhe dei isso depois do tanto que ele se sacrificou enquanto eu crescia. — As coisas estão boas. Ocupado. O clima está finalmente começando a ficar quente, — diz ele. — O telhado do celeiro estava vazando. — Você ligou para Cassie? — Eu pergunto a ele. — Por que diabos eu chamaria Cassie? — Ele diz, rindo da minha pergunta. — Eu peguei a escada, e eu e Miguel subimos lá e consertamos. — Papai, nós temos pessoas para isso. — Eu balancei minha cabeça. Ele não é o aposentado ideal. Ele está sempre trabalhando, sempre avançando. Ainda se levanta às seis da manhã. — Meu corpo é o meu próprio despertador, — ele me disse na última vez que fui até lá. Com tanta terra, construí minha própria casa perto da deles. Não muito longe, mas o suficiente para ter meu próprio espaço.
— Sim, eu também tenho duas mãos capazes, — ele diz. — Além disso, foi uma solução fácil. — Como está mamãe? — Eu tomo um gole de água, pensando em minha mãe. Depois que mostrei ao papai que tinha pago sua hipoteca, ela apenas colocou a mão sobre a dele e piscou as lágrimas. Então ela agarrou meu rosto e beijou minhas bochechas antes de enterrar o rosto no meu peito e soluçar lágrimas de alegria. — Ela está bem... assando sua bunda, — diz ele, e eu posso ouvir o sorriso em sua voz; este iluminando todo o seu rosto. Meus pais se conheceram no colegial. Ele se apaixonou por ela durante a aula e não saiu do lado dela desde então. Ele a ama ainda mais agora, e lhe diz todas as chances que têm. Toda vez que ele fala com ela, se está ao telefone ou saindo do quarto, ele termina com: — Amo você, Liza. — Ela sempre se vira e acena para ele, seu próprio sorriso enchendo seu rosto. — Ela está preocupada com você. — Comigo? — Eu pergunto em choque. — Por que isso? Não houve nenhuma história na mídia sobre mim ultimamente. — Minha perna treme, pensando na próxima turnê. — Sim, algo sobre você ter trinta e cinco e ser solteiro. — Ele ri. — Ela acha que você precisa de alguém para cuidar de você. — Eu tenho muitas pessoas que cuidam de mim, — eu digo a ele, tomando outro gole da minha garrafa de água, minha boca de repente seca. Quero dizer, não é como se eu pudesse namorar alguém. No minuto em que namoro alguém, a vida delas é dissecada e colocada sob um microscópio, e tudo, desde o ensino médio até agora, é divulgado em todas as páginas de tabloides e mídias sociais. Eu geralmente só saio com mulheres da indústria para que elas saibam no que estão se metendo. Mas então é tudo sobre elas namorar comigo pelo que sou e não quem eu sou. Sim, uma receita completa para o desastre. — Não esse tipo de cuidar de você. Significa alguém que cuida de você, compartilhando sua vida com ela. — Reviro os olhos, embora ele não possa ver. Ele quer dizer arranjar uma mulher que se certifique que suas roupas sejam lavadas, cozinhe para você e segure sua mão
enquanto você se senta no deck do lado de fora, observando o pôr do sol. Ele quer dizer uma mulher que me apoie, não importa o que aconteça. — Pai, isso vai acontecer quando acontecer, — eu digo a ele como digo a minha mãe. — É um mundo diferente onde eu vivo. As pessoas me querem pelo que tenho para oferecer, não por quem eu sou. Você sabe disso. Lembra-se de Tina? — Menciono minha ex-namorada. Nós nos conhecemos através de amigos, e depois de estarmos juntos seis meses, nunca consegui identificar como a imprensa sabia onde estaríamos. Nunca entendi como eles sabiam toda rotina de tudo até que um dia, quando ela estava no chuveiro, peguei o telefone dela quando ele zumbiu e vi uma mensagem de um paparazzi. Bingo! — Então você precisa vir morar no rancho. Podemos encontrar uma garota legal para você — ele diz enquanto eu gemo. — Tanto faz. Apenas ligue para sua mãe. Ela se preocupa com você. — Eu vou. Estou saindo por um mês em uma turnê de divulgação pelo mundo. Eu quero que você e mamãe venham para a estreia... será em Paris. — França, — diz ele com uma risada. — Você vai me colocar em uma roupa de pinguim? — Provavelmente. — Eu rio, pensando em meu pai em sua calça Levi’s favorita. — Eu estava pensando, — digo, com a voz baixa, — em ir ficar no rancho por alguns meses quando terminar essa turnê. — Não vou mentir, meu filho, — meu pai diz suavemente. — Sua mãe mataria para ter você em casa, e eu também. — Ainda estou pensando nisso, mas vou precisar descansar depois de uma sentença de trinta dias de prisão pelo mundo, e o rancho é o lugar perfeito para fazer isso. Ok, tenho que ir. Meu treinador estará aqui em breve e tenho que me preparar. — Fique bem, filho, e não se esqueça de ligar para sua mãe, ok? — Ele diz. — Amo você. — Eu também te amo, — digo a ele, desligando o telefone e depois me levantando e caminhando para o meu quarto. A porra da casa é
maior do que eu preciso, mas é um investimento. Subo as escadas para o meu quarto e vou direto para o meu closet vestir minhas roupas de ginástica. Depois que vou para a academia, subo na esteira enquanto espero que o treinador chegue aqui.
4 Jessica Fotos e detalhes estão surgindo nesta manhã do “avião da turnê”. Fontes dizem que ninguém sabe de nada, exceto quando estará no aeroporto. — Se você precisar de alguma coisa enquanto estiver fora, não seja tímida. Ligue para mim — diz Stephanie, e reviro os olhos. Ela acabou de ligar para me desejar sorte e eu gemi. Literalmente. Eu tentei tudo que podia pensar para escapar desta turnê de imprensa, mas ela me ignorou, dispensando todas as desculpas que joguei para ela. — Eu preciso que você coloque outra pessoa nesta história, — eu digo, jogando o carregador do laptop em cima da minha bagagem. Não tenho vergonha de dizer que, se isso não funcionar, implorar pode ser meu próximo plano de ataque. Quando
Mary
veio
no
sábado,
sem
trazer
comida,
devo
acrescentar, ela trouxe quatro garrafas de vinho. Queria dizer que não as terminamos, e também queria dizer que não fiz um desfile improvisado de roupas para levar comigo. Agora estou curando a ressaca e rastejando ao telefone com minha chefe, junto com a sensação de medo de passar um mês fora. — Ninguém mais pode fazer justiça a esta história, — diz ela. — Quem sabe? Você poderia romper e finalmente conseguir a história de quem realmente é Tyler Beckett. — Eu sei exatamente quem é Tyler Beckett. Ele é um idiota; um idiota condescendente que nem sequer me quer nesta turnê de imprensa, devo acrescentar. — Entro no banheiro e coloco meus artigos de higiene em minha bolsa. — Eu nem sei para onde estamos
indo. Você sabe que não receberemos nenhuma informação até embarcarmos no avião? — Jess, faça o melhor disso, — ela finalmente diz. — Há pessoas morrendo de vontade de ter esta oportunidade exclusiva. Você está excursionando pelo mundo com o dinheiro de outra pessoa! — Eu nem me incomodei em responder. Está caindo em ouvidos surdos de qualquer maneira. — Ok, eu tenho que ir. Temos que estar no aeroporto as três, — eu digo, olhando e vendo que são quase duas. — Espera-se que meu carro esteja aqui às duas e quinze. — Mantenha contato, — diz ela e desconecta. — Mantenha contato? Eu vou manter contato, — murmuro para ninguém em particular. Caminhando até meu armário, pego meu cachecol na prateleira e depois a jaqueta jeans. Eu olho no espelho e observo minha roupa. Meu jeans apertado me molda e está rasgado nos joelhos. Eu uso uma camisa branca de algodão de manga curta que está enfiada na frente, exibindo meu cinto Gucci. Pego minhas sandálias Tory Birch cor de rosa e deslizo meus pés nelas. Então vou até minha cama e finalmente fecho minha mala extra grande. Eu bufo e meu cabelo voa para todos os lugares quando a tiro da cama. Pegando um elástico do meu pulso, amarro meu cabelo no topo da minha cabeça no que eu chamo de um coque fofo e bagunçado. No entanto, pela forma como me sinto agora, tenho certeza que o coque é menos confuso e mais no estilo de batalha. Eu estou de mau humor, Então, o que me importa? O barulho da minha pulseira Tiffany batendo no meu relógio irrita ainda mais minha ressaca. Meu telefone toca, deixando-me saber que o carro que me levará ao meu encarceramento de trinta dias está lá embaixo. Eu pego o laptop, jogando-o na minha grande bolsa Louis Vuitton junto com os dois telefones. Eu rolo a mala até a porta, me virando para ter certeza de que tudo está desligado e fechado. Eu vou viajar, mas Mary disse que virá algumas vezes por semana para regar minha única planta e garantir que tudo esteja bem. Fecho a porta atrás de mim e começo a
suar enquanto desço a enorme mala estufada por três lances de escada. O motorista apenas acena para mim quando chego perto do carro e abre o porta-malas de dentro do carro. Abrindo a porta traseira do carro, jogo minha bolsa no banco e me viro para levar a bagagem até o porta-malas, esforçando-me para colocá-la na parte de trás. Qual é o propósito do meu motorista? Certamente, ele não pode ser apenas um motorista. Ele não sabe que a coisa cavalheiresca a fazer seria sair e me ajudar a levantar essa maldita mala gigantesca? Eu bato de propósito, então ele sabe que estou ainda mais chateada do que já estava enquanto ando até o banco de trás. Pegando minha bolsa, tiro a garrafa de água que joguei lá no último minuto e bebo metade da garrafa sem fazer conversa fiada ou contato visual. Eu quero que esse idiota saiba que eu estou falando sério com minha ressaca furiosa. O carro ziguezagueia pelo tráfego. Recostando-me no assento do carro, pego meu telefone e o rolo. Eu abro meus textos para enviar a Mary uma última oração a Ave Maria, e até eu estou rindo disso desde que o nome dela é Mary. Eu: Por que estou fazendo isso de novo? Ela não demora muito para responder. Mary: Eu acordei no chão do meu banheiro. Você precisa ser mais específica com essa questão. Eu rio, pensando em como eu lhe disse para não ir para casa ontem à noite e ficar e dormir no meu sofá. Mas não, ela teve que ir para casa. Eu: Por que eu concordei em fazer essa turnê? Mary: Porque é o seu trabalho? Eu: eu deveria desistir. Mary: Mas você gosta de dormir em uma cama e ter coisas como um telefone celular e comer e beber muito vinho. Eu: isso é verdade. Maria: Ei, você pode se surpreender. Tyler poderia talvez mude sua opinião. Eu: Umm, eu o encontrei várias vezes. Sem chance.
Maria: Sempre podemos ter esperança. Eu guardo o telefone quando sinto o carro parar, olhando para cima vendo que estamos no aeroporto. Abrindo minha porta, vejo que outro carro chegou ao mesmo tempo que eu. Eu pego minha bolsa e saio do carro, então a coloco no chão enquanto levanto a tampa do porta mala e pego minha mala. Mesmo que eu tente não foder seu parachoque, honestamente não dou a mínima se fizer isso, já que o motorista não poderia se incomodar em me ajudar. Eu tiro meu pé bem antes da bagagem atingir o chão. — Tenho certeza de que há um limite de peso neste avião. E tenho certeza, com base no som que a mala fez quando bateu no chão, você excedeu o peso da sua bagagem. — Eu ouço de trás de mim, e nem preciso me virar para ver quem é. Eu fecho meus olhos e conto até dez, não devagar como deveria, mas rápido, tão rápido que não estou nem um pouco calma antes de me virar e encarar meu inimigo. Com certeza, lá está ele, a ruína da minha existência. Eu o olho, vendo seu jeans escuro descansando em seus quadris com um cinto preto segurandoo. Ele está com um suéter preto de manga comprida em gola V, mas apenas na frente. As mangas estão empurradas até os cotovelos, exibindo seu relógio Rolex preto. Seus óculos de aviador com armação dourada cobrem seus olhos azuis escuros, e ele tem uma mochila de couro preta pendurada em um dos ombros, enquanto segura sua jaqueta no outro. — Obrigada por ser cavalheiro e ajudar uma dama, — digo a ele, agarrando Louis e colocando-a em cima da bagagem para levá-la em direção ao avião. Ele olha em volta, e eu paro de andar quando ele diz: — Eu não vejo uma dama em qualquer lugar ao meu redor. — Filho da puta, — murmuro baixinho enquanto ele continua andando em direção ao avião, balançando a cabeça para dois homens que estão nas escadas que levam até o enorme avião. Eu vejo seu corpo estampado no avião, e vomito em minha boca. Embora eu admita que é uma imagem legal e parece que ele está segurando a porta do avião.
— Isso vai ser louco. — Eu ouço a voz de um homem ao meu lado e olho para ver Jonathan Divers, o jornalista da Entertainment Hollywood. Ele é co-âncora do show noturno e seu rosto é digno de modelo; Na verdade, ele é realmente muito bonito. Ele está usando calça e uma camisa de botão branca, perfeitamente passada e para dentro. Nós começamos nesta indústria, ao mesmo tempo, por isso somos amigáveis um com o outro, e ambos percebemos a gravidade dessa sentença de prisão, quero dizer, o trabalho que assumimos. — É um show de merda, — eu digo honestamente, sabendo que ele não vai contar a ninguém. Ele falará sobre as fofocas em Hollywood, mas não fará fofoca. — Você sabe quem mais virá com a gente? — Pergunta ele enquanto seguimos para o avião. Parando no bagageiro esperando perto do avião, descobrimos que o rack está quase cheio, o topo do rack totalmente aberto, deixando um ponto no fundo vago. Ele pega sua bolsa e a levanta para o topo, deixando a da parte de baixo aberta para mim. Estou prestes a pegá-la e colocá-la no fundo quando ele faz isso por mim. Eu sorrio para ele. Finalmente, um cavalheiro real neste mundo cheio de testosterona. — Salva-vidas. — Eu rio quando ele grunhe. — Eu embalei muito. Eu sei disso, mas é tão difícil decidir suas coisas quando são trinta dias, e você nem sabe para onde está indo. — Sim, eu realmente não entendo essa coisa toda. — Ele encolhe os ombros enquanto caminhamos em direção às escadas que levam ao avião. Duas mulheres usando fones de ouvido e segurando pranchetas nos param. — Olá, meu nome é Yolanda, — a mulher alta, magra e bonita com cabelo curto começa, — e esta é Yamina. — Ela aponta para a outra mulher, que é uma imagem espelhada dela, mas ostentando um corte curto. — Nós seremos as administradoras da viagem. — Ela literalmente usa os dedos para fazer aspas no ar. — Tudo está preparado para a viagem. Todos os quartos de hotel foram reservados, e
vocês receberão as chaves do quarto assim que chegarmos lá. Pedimos camas king size para todos. Eu sorrio para Yolanda. — Você pode dizer quando receberemos o itinerário completo da viagem? Yamina sorri para nós. — Vamos publicar um itinerário todas as manhãs enquanto viajamos. — Mas... — Jonathan começa, mas ela levanta a mão. — Se vocês lerem esta folha aqui, — diz Yolanda, — ela deve responder a quaisquer perguntas adicionais que vocês possam ter. Eu me inclino em Jonathan. — Acho que fomos dispensados. — Então olho para as mulheres. — Obrigada, senhoras, por toda sua ajuda, — eu digo, esperando que elas peguem meu comentário sarcástico. Depois de pegar o papel delas, subo as escadas de aço e atravesso a porta do avião. Uma comissária de bordo vestindo uma camisa azul e um colete de seda azul-claro cabelos loiros nos cumprimenta com um enorme sorriso. — Boa tarde, meu nome é Cynthia e estarei com vocês durante toda a viagem. — Oi, — eu digo. Olhando para o avião, espero ver fileiras de assentos como em um avião normal, mas não neste. Na frente do avião, parece um restaurante com quatro mesas e quatro grandes cadeiras de couro em volta de cada uma. — Vocês podem se sentar em qualquer lugar que quiserem na frente, — ela nos diz e, em seguida, aponta para o corredor. — Há quatro seções no avião, então, por favor, sinta-se em casa. — Eu ando pelo corredor passando pelas mesas e entro na segunda seção, que tem dois
assentos
enormes
de
cada
lado,
com
dez
fileiras
de
profundidade. Eu localizo cinco outros jornalistas que conheço, cada um sentado em seu próprio assento. Eu coloco minha bolsa na primeira fila, ao lado de uma mochila solitária. — Eu acho que é assim que você reserva o seu lugar. — Eu rio, olhando de volta para Jonathan, que joga sua bolsa no primeiro assento disponível. Eu assimilo os cinco jornalistas já sentados.
Kendall trabalha para uma publicação on-line, e ela existe há cerca de cinco anos. Ela está sentada com o cabelo loiro enrolado perfeitamente
ao
lado
de
Autumn,
outro
jornalista
on-line
promissor. Esta pode ser sua grande chance se ela jogar direito. Ela olha para cima de seu telefone e sorri para mim, seus olhos azuis brilhantes. Ela é a garota da Califórnia. Do outro lado do corredor, na mesma fileira, estão dois repórteres que sempre estiveram por aí, tipo sempre e sempre. Ambos estão olhando para o laptop enquanto esperam
o
avião
decolar. Jake
Watson
com
seu
cabelo
e
cavanhaque. Ele é tão bonito que é quase uma vergonha... O que é ainda mais vergonhoso é que ele joga para o outro time. Ele também tem mais conhecimento do que qualquer um que conheço. Jim Pearson senta ao lado dele, seu cabelo comprido preto e ondulado amarrado em um coque masculino em cima de sua cabeça. Onde Jake é bonito, Jim é robusto; eles trabalham para a mesma estação de televisão, apenas em shows diferentes. — Senhores. — Eu sorrio para eles enquanto avanço, e Jim olha para cima primeiro. — Bem, meus sonhos finalmente se tornaram realidade, — diz ele. — Um mês inteiro com você. Esta é a minha chance de conquistála. — Eu balancei minha cabeça, sabendo que ele é cheio de merda. Ele só quer meus contatos. Você aprende muito rápido em Hollywood quem é seu amigo e quem não é, e deixe-me dizer, posso contar em uma mão o número de pessoas em quem confio, e Jim não é uma delas. Eu ergo minha mão e cruzo meus dedos. — Um brinde a esperança. — Ele sorri para mim e me dá um sorriso malicioso depois, meus olhos viajando para as tatuagens em seus braços. Ele tem tatuagens em ambas as mãos. Seu peito é enorme, e você percebe que ele passa muito tempo na academia, significando que é muito preocupado com a aparência e não se importa com alguém além dele mesmo.
Jake olha para mim. — Devo ao meu produtor cem dólares, — ele diz, sorrindo para mim, e eu olho para ele em questão. — Eu tinha certeza que você seria deixada de fora da lista de convidados para isto. — Estou tão surpresa quanto você, — digo, e ele apenas balança a cabeça. — Vamos conversar, — ele diz, e eu aceno para ele. Eu ouço a comoção na entrada do avião e me viro para ver que são os últimos três jornalistas chegando. — Quem convidou as meninas de fraternidade? — Diz Peter, o outro cara sentado atrás de Jim e Jake. Eu balancei minha cabeça, tentando esconder o riso, mas ele não está errado. Ella, Erin e Evelyn estão rindo e posando para selfies. Todas elas têm o mesmo cabelo loiro oxigenado com dentes clareados combinando. Se você me dissesse que outros lugares nelas são oxigenados, especificamente lugares onde o sol não pega, eu não ficaria surpresa. Saio da seção e entro na terceira parte do avião, onde trinta e seis camas estão colocadas. — Bem, isso pode ser difícil... Meu pesadelo de acampamento de verão ganha vida, — eu digo para mim mesma. Eu olho para a porta fechada na parte de trás do avião, imaginando que tesouro poderia estar por trás daquela porta mágica, mas então ela se abre, e Tyler está lá, em uma cama servindo como pano de fundo. — Fabuloso. O lixo de uma pessoa é o tesouro de outra, eu acho, — murmuro. Tentando amenizar o encontro estranho, sou forçada a me dirigir a ele. — Eu acho que você não ficará com os plebeus na hora de dormir? — Ele caminha na minha direção sem responder, e agora que não está usando seus óculos, eu não posso desviar o olhar de seus brilhantes olhos azuis. Ele finalmente me alcança e seu cheiro enche meus sentidos. — É bastante seguro dizer que você sabe que eu não a quero aqui, — diz ele, cruzando os braços sobre o peito e bufando. — É seguro dizer que eu não quero estar aqui mais do que você me quer aqui. — Eu me inclino para ele, tentando não assobiar. — A
última coisa que achei que faria era ficar perto de você por trinta segundos, muito menos trinta dias cansativos. — Você sempre pode não ir. — Ele olha para mim, meus olhos fixos nele. Eu nunca estive tão perto dele. No passado, sempre houve obstáculos entre nós, obviamente em mais de uma maneira. — Se isso fosse mesmo uma opção, você acha que eu estaria aqui? — Eu digo a ele e vejo seus olhos começarem a mudar gradualmente do azul para um tom de cinza, exceto por uma pequena mancha azul escura no olho direito. Você não perceberia se não estivesse tão perto, e agora é tudo em que posso me concentrar. — Você tem uma chance, — ele diz baixinho. — Um erro e está fora. Eu não dou à mínima se você tiver que ir a pé para casa, mesmo a partir de trinta mil pés. Eu cruzo meus braços sobre o peito. — Eu não sei, Tyler, parece que você está com medo de mim. Qual é o problema, Tyler? Com medo de eu descobrir todos esses pequenos segredos sujos que você está escondendo? Ele joga a cabeça para trás e ri, me deixando ainda mais irritada com ele porque é uma boa risada. — Mesmo se eu tivesse segredos, você é a última pessoa a quem eu os diria. Eu coloquei minha mão no meu peito. — Meu coração está quebrado. — Eu inclino minha cabeça para o lado, e estou prestes a dizer algo mais quando ouço sua assistente atrás de mim. — Jesus, você pode dar espaço a ele? — Ela diz, e me viro para ver Cassandra. — Sem perguntas até que aterrissemos. — Eu reviro meus olhos para ela. — Todo mundo está a bordo; nós partiremos em dez. — Ela olha para ele enquanto silenciosamente me dispensa. Eu não me incomodo em dizer nada a ela e, em vez disso, volto para o meu lugar. No caminho até lá, vejo que todo mundo está afivelado e já digitando a próxima história. Eu olho em volta e vejo Yolanda e Yamina sentadas juntas revisando as listas. Há algumas pessoas da produção que eu sei que vão filmar enquanto fazemos isso. Eu avanço e me sento na cadeira que tem minha bolsa. Eu olho e vejo a mochila, finalmente
olhando para ela e gemo internamente quando percebo de quem é a porra da mochila. Eu fecho meus olhos e depois os abro para examinar em volta e ver se consigo escapar sem muito alarde, mas fico de frente para o pênis de Tyler. Minha cabeça se levanta enquanto ele rosna, passando por cima de mim e movendo sua mochila e sentando-se. Eu coloco minha bolsa debaixo do assento na minha frente e me viro para ver que Cassandra está ao meu lado como se estivesse esperando por algo. — Você não está realmente esperando que eu me levante para te acomodar,
certo? Qual
é
o
ditado,
'Deus
ajuda
quem
cedo
madruga'. Oh, olha a quem Ele ajudou — digo a ela. Seus olhos viram fendas quando ela bufa e caminha para o assento vazio atrás de nós. — Você realmente precisa pegar a medicação dela. — Eu olho para Tyler, e se eu não soubesse melhor, diria que ele está tentando não rir.
5 Tyler Trocando asas de anjo por botinhas de bebê! O menino de ouro do futebol estava na sala de parto? Então é assim que é viajar com repórteres, penso na minha cadeira. Olhando em volta do avião, vejo-os digitando no laptop ou no iPhone. Quando olho para Jessica, ela está com seu laptop aberto e um documento do Word preenche a tela. Seu texto, eu presumo, estarão fluindo em uma enxurrada de teclas, mas ela não é tão estressada como os outros. Não. Eu olho novamente quando vejo que ela está jogando Candy Crush em seu telefone. Com a guarda baixa, levo um minuto para olhar para ela pelo canto do olho porque ela é gostosa demais. Mas esse não é o problema. O problema é que ela também é uma dor na minha bunda. — Consigo ver fumaça saindo, — diz ela enquanto ainda está jogando, seus olhos nunca olhando para mim. Nós estivemos neste voo por cerca de três horas; apenas mais dez para chegarmos a Coreia do Sul, que é a primeira etapa da nossa turnê. Pelo menos é o que o itinerário diário nos diz. Cassie sabe o itinerário completo e, embora tenha me dito cinco ou seis vezes, não consigo me lembrar. — Do que você está falando? — Eu pergunto a ela; seus olhos permanecem presos nesse jogo. — Você tem olhado para mim nos últimos dez minutos sem dizer uma palavra. Nesse tempo, você já leu meu artigo, — ela diz, e finalmente ela deve ter perdido ou o que diabos acontece no Candy Crush, porque olha para mim. Eu vejo que, ao contrário do resto das mulheres neste voo, ela está praticamente sem maquiagem. — Você também tem pensado pelos últimos dez minutos, daí a fumaça, e eu sei
que você está morrendo de vontade de me fazer uma pergunta, então vá em frente. Eu me viro para ela, inclinando-me de lado na cadeira. — Como você sabe que eu quero te perguntar algo? Ela imita minha postura, girando no banco e colocando um pé debaixo da perna. — Você começou a bater seu polegar na mesa da bandeja. Então ou você tem uma pergunta a fazer ou é um passageiro nervoso. Eu não respondo a ela imediatamente. Não porque eu não tenho um comentário sarcástico, mas porque estou surpreso por ela ter percebido o hábito que tenho quando sinceramente quero fazer uma pergunta, mas não tenho certeza se devo. Estou prestes a responder quando olho para cima e vejo Cassandra parada ali. — Eles serviram sua comida, — diz ela, e eu apenas aceno. — Estarei lá em um segundo, — eu lhe digo, e ela olha para mim e, em seguida, olha para Jessica, que encontra seu olhar com um sorriso brilhante. Cassie apenas balança a cabeça e caminha de volta para frente, onde estão as mesas. — Ela vai cortar sua comida e alimentá-lo também? Talvez amarrar seu babador para não sujar? — Jessica diz, tentando não rir de sua própria piada. — Ela é minha assistente, — eu a informo. — Isso é o que ela faz. — Você tem trinta e cinco anos de idade. Se você não sabe comer sozinho, temos problemas maiores, — ela diz, e o telefone toca. Ela olha para baixo e vejo a jornalista profissional surgir. Suas costas se endireitam,
ela
olha
para
trás
e
seus
dedos
voam
sobre
o
teclado. Quando ela pressiona enviar, ouço todos os outros telefones tocarem e soarem simultaneamente. — Foda-se. — Eu ouço as três jornalistas loiras gritando do meu lado, e então ouço Jim e Jake rindo alto. — Muito bem, Jess! — Gritam de trás, e ela levanta as duas mãos no ar.
— O que acabou de acontecer? — Pergunto a ela, sem saber ao certo o que diabos está acontecendo. Eu olho em volta e vejo que todo mundo agora está enlouquecendo digitando em seu próprio laptop. — Eu vou te dizer o que aconteceu, — diz ela, fechando o computador. Ela o segura na mão enquanto fecha a mesa da bandeja e guarda no apoio de braços. Ela pega sua Louis e desliza o computador nela. — Eu dei o furo antes de todo mundo. — Eu a observo, as costas ainda esticadas, a perna dela agora cruzada sobre a outra. — Você pode dizer e pensar o que quiser sobre mim, e pode xingar e amaldiçoar por eu estar nessa turnê, mas estou aqui por uma simples razão. Eu sou a melhor nisso. — Mesmo que eu revire meus olhos, ela não para de falar, mas solta o cinto de segurança. — Nem você pode negar isso. Aqui estão os fatos. — Ela se inclina. — Ninguém dá a mínima se você passar seis meses trabalhando; eles se importam com o que você faz quando não está trabalhando. Quem você fode; quem você não fode. O que te irrita e o que não. O resto da besteira é apenas a proverbial cereja no topo do bolo. Eles querem os petiscos suculentos, as mentiras que você conta, as doces palavras que você sussurra. Os pequenos segredos sujos vendem; você e eu sabemos disso. — E você acha que isso te dá o direito de invadir a privacidade de alguém? — lhe faço a pergunta simples, meu pé que está no chão começando a subir e descer, e os olhos dela voam direto para ele. — Você acha que porque eu faço este trabalho, lhe dá o direito de dissecar a minha vida e tudo o que acontece nela? — Eu balancei minha cabeça. — Não é da conta de ninguém se eu for para casa e tocar bongos nu. Suas sobrancelhas se levantam quando digo isso. — Você toca bongos nu? — Essa não é a questão e confidencial, — eu digo, soltando meu cinto de segurança agora. — Estou aberto a responder perguntas, mas o que não estou aberto é dar tudo o que sou para os abutres. — Ela balança a cabeça, revirando os olhos. — Você se importa com as outras pessoas que envolve em qualquer fofoca espalhafatosa que espalhe? —
Eu pergunto a ela honestamente, e então o acúmulo que vem se formando desde que ouvi que ela estava nessa turnê me ultrapassa. Eu perco a paciência, sabendo que devo calar a boca e ir embora. — Você tentou fazer uma história sobre eu fodendo a garota do meu melhor amigo. Ela se endireita agora. — Você está brincando comigo? Você vai me culpar porque não consegue manter seu pau em suas calças e saber quando uma mulher está fora dos limites? — Sua voz é baixa, então eu sei que apenas nós dois podemos ouvir a conversa, e mesmo se fosse mais alto, os outros ainda estão tentando conseguir qualquer grande história que acabou de sair. — Incrível. Eu sou um abutre porque você foi pego com o seu pau para fora. — Ela balança a cabeça, e eu vejo que ela está chateada quando começa a bater seu próprio pé. — Você nem perguntou. — Eu indico. — Nem tentou entrar em contato comigo para uma declaração. Você simplesmente contou a história, sem se importar com a vida com a qual estava brincando. — Novamente, eu não sou o cara mau, — ela aponta. — Se eu não fizer isso, alguém o fará. Você estava com ela em um iate abraçando-a enquanto seu rosto estava enterrado em seu pescoço. — Não que isso importe agora, — eu digo a ela, — mas eu não estava dormindo com ela. Ela tinha acabado de descobrir que ele estava indo para a reabilitação, e eu estava consolando-a. — Seus olhos ficam grandes e sua boca se abre. — Nós tínhamos acabado de passar a noite conversando com ele tentando convencê-lo e o assistindo entrar em privação. E por que isso é da conta do mundo está além de mim. Você só fez merda para vender alguns trapos e ganhar alguns cliques. Eu entendo; vender sua alma ao diabo vem com um preço elevado. — Estou mais do que pronto para explodir agora, mas no fundo da minha mente, eu sei que isso só fará com que mais línguas abanem nesse espaço confinado, então modero minha raiva. — Eu não sabia, — diz ela suavemente. Quando levanto, ela move os pés para que eu possa passar e a deixo lá, com a boca aberta. Eu não deveria ter lhe dito isso. Eu não deveria ter lhe dado a porra da
satisfação de saber por que estávamos nos abraçando ou o que estava acontecendo na minha vida, mas ela me empurrou. Quando entro na sala de jantar e vejo que Cassie está sentada em uma mesa comendo, sento em frente a ela, e ela olha para cima de seu telefone. Ela olha para mim e sabe. — O que aconteceu com você? — Ela pergunta com um sorriso, sabendo muito bem o que aconteceu comigo. — O que a cadela fez desta vez? — E, embora eu a tenha chamado de cadela muitas vezes antes, me incomoda que Cassie esteja chamando-a agora. — Nós deveríamos tirá-la da turnê. Se você pedir, eu farei acontecer. Eu não me incomodo em respondê-la. Em vez disso, olho para o meu frango grelhado e o corto. — Que horas pousaremos na Coreia do Sul? — Eu tento tirá-la da minha cabeça. — Nós pousaremos as cinco da tarde, hora local, — diz ela, olhando para mim depois de verificar algo em seu telefone. — Vai ser quatro horas para nós. — Qual é o plano? — Pergunto, imaginando quanto tempo de inatividade terei antes de ter que ‘ligar’ novamente. —
Nada
até
o
dia
seguinte. Nove
horas
serão
fotos
da
imprensa. Os jornalistas neste avião estarão lá também. Ryan enviou uma
equipe
de
vídeo
para
documentar
todas
as
coisas
dos
bastidores. Ele também nos encontrará lá. Eu mastigo o frango, pensando que essa coisa toda é uma merda de circo. — Qual é o propósito dos jornalistas virem conosco se temos uma equipe de vídeo nos seguindo? — Ela apenas encolhe os ombros, sem realmente responder. Eu termino minha refeição e me recosto na cadeira. Olhando pela janela, vejo as nuvens e o céu azul tentando passar. — Eu quero que meus pais venham para a exibição em Paris. Ela acena com a cabeça. — Eu vou cuidar disso. — Eu não tenho que pensar duas vezes sobre isso ou lembrá-la porque sei que ela terá tudo preparado para eles. — Eu sei que seu pai odeia usar ternos, mas enviarei alguns para ele experimentar.
— Deixe as coisas glamorosas para a minha mãe, — eu digo a ela, pensando no momento que ela foi minha acompanhante no Oscar este ano. Ela
estava
toda
‘rainha’
neste
dia. Observando
seus
olhos
brilharem quando pedi que Harry Winston trouxesse o colar de diamantes que ela usaria no evento, ela parecia uma garota indo para o baile
de
formatura. Ela
andou
naquele
tapete
vermelho
e
o
possuiu. Felizmente, não havia câmeras em seu rosto quando eu lhe disse que o valor do colar era entre cinco e sete milhões de dólares e que o cara sentado ao lado dela no carro estava nos acompanhando para ter certeza de que ela não perderia o tal colar. — Ryan quer dar a cada jornalista um dia onde eles ficarão têteà-tête com você. — Eu inclino minha cabeça para o lado, esperando que ela me explique essa merda. — Então, basicamente, cada jornalista nesta viagem caminhará com você pelo tapete vermelho, fazendo anotações e perguntas. Vocês se preparam juntos ou se vestem e se encontram no saguão, e começam o dia. Eu reviro meus olhos novamente. — Quais são as chances de eu sair dessa besteira? — Eu pergunto a ela honestamente. — Eu digo que isso não é algo que você deve relutar, especialmente se seu objetivo é conseguir que uma certa jornalista seja dispensada dessa turnê. Além disso, eu já disse a ele que você não lhe dará, seu próprio dia também. Eu deveria estar feliz por ela me apoiar, e deveria estar feliz que ela estivesse do meu lado, sabendo que não teria que lidar com isso. Eu aceno com a cabeça para ela, e não digo nada. Quando finalmente me levanto e volto para o meu lugar para encarar a mulher de quem acabei de escapar, vejo que Jessica não está em seu lugar e sua bolsa e computador também sumiu. Eu olho em volta para ver se ela mudou de lugar, mas não consigo encontrá-la. Eu não posso procurar muito por ela sem chamar a atenção dos outros. Eu estou literalmente de pé na cova do leão com os repórteres me cercando. Quando saio da segunda seção, vejo uma das cortinas do casulo puxada, então sei que alguém está lá. Passo por ela e tenho um
vislumbre de Jessica de lado com um cobertor cobrindo-a e enfiado sob o queixo. Seus olhos estão fechados enquanto o filme que ela assistia continua passando. Tanto faz. Um dia se foi, vinte e nove pela frente. Eu vou para o fundo do avião e entro no meu oásis particular; o único lugar que aparentemente esses malditos repórteres não poderão invadir. Uma cama queen size e banheiro privativo só para mim. Eu chuto meus sapatos e me jogo na cama, ligando a televisão e iniciando um filme. Sentir-me inseguro e puto, e perturbado me irrita porque não tenho ideia porque estou sentindo alguma dessas coisas. Tem que ser a duração desta turnê, e os requisitos dela, e a falta de privacidade que me deixa estranho. Não consigo identificar o que é, mas tem que ser isso. Desligando minha mente, me concentro no filme sem sentido, e não demora muito até meus olhos se fecharem, e eu adormeço também.
6 Jessica Fontes viram um enorme anel de noivado na nova namorada do popstar. Isso aconteceu poucas semanas depois de começarem a namorar. O avião finalmente pousa treze horas depois em Seul, e mal posso esperar para sair dessa lata. Depois que Tyler literalmente jogou merda na minha cara, passei de me sentir mal por ele se sentir triste para me sentir chateada no espaço de alguns minutos. Como ele ousa me julgar e ao meu trabalho? Tudo bem, às vezes lhe dou uma razão para me odiar, mas na maioria das vezes, não é culpa minha. Levantei-me pouco depois dele sair e fui para um dos casulos na parte de trás do avião e passei o resto do tempo lá, exceto para ir fazer xixi. Mesmo quando foi hora de comer, peguei um sanduíche e voltei para o meu casulo. Eu simplesmente não tinha energia para ser sociável com ninguém. Eu respiro fundo quando finalmente desço as escadas do avião. O sol está brilhando no céu, mas meu corpo está cansado. Um ônibus enorme espera por nós e localizo quatro pessoas retirando a bagagem. Eu pego meu telefone da minha bolsa e vejo que realmente não perdi nada, felizmente. Entro no ônibus e escolho sentar no primeiro lugar vazio que vejo. Lentamente, o ônibus começa a encher. Estou surpresa ao ver Tyler e Cassie entrarem no ônibus. Bem, não que eu esteja olhando para cima; eu só os ouvi. Só levantei a cabeça quando chegamos ao hotel. Depois de pegar meu cartão-chave com Yamina e Yolanda, eu peguei minha bagagem e me dirigi para o meu quarto. Entrando no hotel, noto que a iluminação não é necessária com o sol brilhando lá fora. A parede do hotel é toda de vidro, por isso,
inunda o átrio com iluminação natural, proporcionando um cenário pitoresco. A recepção parece que é toda de pedra, e o piso de mármore leva até os elevadores. Olhando para o cartão em que está minha chave, vejo que estou no décimo quinto andar. Eu entro no elevador com duas outras pessoas e, lentamente, subimos. Sabendo que somos um grupo, o hotel costuma reservar-nos juntos, mas ninguém sai comigo. Pego a chave e enfio na ranhura e, quando a luz fica verde, ouço um leve clique. Empurrando a porta, vejo que toda parede do fundo é com janelas do chão ao teto. Eu entro e percebo o quão pequeno o quarto é. Embora a vista o faça parecer muito maior. Eu tiro minha jaqueta e a jogo na cama quando sou surpreendida por uma batida na porta. Abrindo, fico surpreso em ver que é Yamina. — Ei, desculpe, mas houve uma confusão. — Eu olho para ela. — Você vê, eles nos prometeram que todos estariam em um andar, mas de alguma forma você está um andar diferente. Eu sorrio para ela. — Oh, tudo bem, — digo a ela. — Eu realmente não me importo, e, além disso, ficaremos aqui apenas por três dias, então está tudo bem. — Você tem certeza? — Ela pergunta. — Nós não queremos que você se sinta como se fosse a exilada. — Não. — Eu sorrio para ela. — Perfeitamente bem. — Ótimo. Vejo você amanhã cedo, — ela diz, virando-se e indo embora. Eu fecho a porta e vou até minha bolsa, pegando o itinerário que dobrei lá e vejo que temos que estar no saguão às oito e quarenta e cinco para uma sessão de fotos. Ótimo. Eu pego o telefone e peço serviço de quarto. Eles me dizem que deve levar trinta e cinco minutos. Eu puxo a minha mala e a deito no chão, eu abro e pego a roupa que vou usar amanhã junto com minhas roupas de ginástica para a primeira hora da manhã. Eu pego meus produtos de higiene pessoal e meu pijama e vou para o chuveiro lavar a sensação suja de estar em um avião por treze longas horas. Meus olhos queimam de cansaço, então quando termino de tomar banho, estou pronta para adormecer, mas sou forçada a esperar que o
serviço de quarto chegue. Felizmente, isso acontece assim que me sento na cama. Ele entra e deixa a bandeja sobre a mesa, um exausto agradecimento escapando dos meus lábios enquanto lhe dou uma gorjeta. Eu tento sentar e comer, mas meus olhos continuam fechando, então desisto de tentar comer e opto pelo conforto da minha cama em vez do conforto da comida. Eu pego meu telefone e pressiono o botão na mesa de cabeceira e as cortinas lentamente começam a fechar. Meu Deus, eu preciso desse recurso na minha casa. Eu desligo a televisão e configuro meu telefone. Tenho certeza que caio no sono enquanto minha cabeça se dirige para o travesseiro, e durmo a noite inteira até meu alarme tocar às seis da manhã. Eu gemo, sentindo como se tivesse acabado de fechar meus olhos nem cinco minutos atrás. Agarrando o telefone, percorro os emails que chegaram do outro lado do mundo durante o meu sono. Felizmente, ainda não há muita coisa acontecendo, então jogo as cobertas de lado e vou para o banheiro. Escovo meus dentes e, em seguida, coloco minha roupa de treino. Minha calça preta de ioga justa até os joelhos, um top de treino preto combinando completa o visual enquanto amarro meu cabelo em um rabo de cavalo. Inclinando-me para amarrar meus tênis de corrida pretos da Nike, acho que pareço um pouco humana, e sei que, assim que começar meu treino, vou ganhar um pouco mais de vida. Estou prestes a fazer do jet lag minha cadela no ginásio. Eu pego o cartão-chave, meu telefone e uma garrafa de água e vou para a academia. O elevador chega em tempo recorde e, quando entro no ginásio, vejo que sou a única aqui. A academia ocupa todo o andar, e todo espaço é aberto com janelas do chão ao teto novamente. Eu ando até a esteira, confiante de que sou a única aqui quando coloco a garrafa de água no porta-copos e começo. Eu ligo a televisão da minha esteira na CNN enquanto me aqueço com uma caminhada lenta. Estou prestes a acelerar as coisas quando ouço alguém na esteira ao meu lado. Olhando para cima, eu tropeço em meus pés quando vejo quem é.
— Bom dia, — diz Tyler rispidamente. Eu continuo andando, observando seu reflexo no vidro. Ele não começa andando como eu. Em vez disso, ele começa em um movimento suave. Ele usa short de basquete branco e uma camiseta cinza. Ele também não liga a televisão; apenas me observa enquanto corre. Eu aumento minha velocidade para uma corrida. Não estou tentando acompanhá-lo, apenas tentando ignorar sua presença, mas ele está tornando quase impossível. — Em quem você votou? — Pergunta ele quando a CNN começa a falar sobre o último escândalo que atingiu a Casa Branca. Eu balancei minha cabeça em sua pergunta, meu rabo de cavalo ficando louco. — Não, — eu bufei enquanto corria um pouco mais rápido, um pouco mais difícil. — Não vai acontecer. — Eu olho e vejo um olhar confuso em seu rosto. — Eu nunca falo sobre política. Ele ri agora. — Você não fala sobre quem você votou, ou você não fala sobre política? — Ele diz, sua respiração começando a falhar. Ele aumenta sua velocidade um pouco. — Eu não falo sobre quem eu votei, não falo sobre quem está no poder,
e
também
não
falo
sobre
qualquer
merda
de
política
acontecendo, — eu bufei e toquei a tela para acelerar um pouco mais. — Nunca. — Por quê? — Pergunta ele. Eu olho para ele, e se eu não fosse uma ótima corredora, ria tropeçar nos meus pés. Ele pega sua camisa, mostrando seu abdômen e limpa a testa com ela. — Eu acho que é saudável para democratas e republicanos falar sobre as coisas. — Disse cada democrata até que você lhes mostra o outro lado da moeda, e então você é o idiota, — eu indico. Mesmo que eu não seja republicana, não vou dizer isso a ele. — Então você é um alfinete vermelho, — diz ele, quase chocado. — Você mora em LA, você é uma mulher, uma mulher inteligente, — ele começa a dizer. Eu paro a máquina e viro para olhá-lo enquanto ele continua.
— Isso, isso é porque não falo sobre política, — eu digo a ele, pegando a garrafa de água e tomando um longo gole, meu peito subindo e descendo. — Isso e eu dispensei meu último namorado na votação. — Eu dou de ombros. — Eu acho que não era para ser. — Você terminou com ele na votação? — Tyler pergunta incrédulo. — Tipo você foi lá e disse: 'querido, em quem você vai votar?' e então quando ele lhe disse — sua risada fica mais alta — você o deixou? Eu reviro meus olhos e cruzo os braços sobre o peito. — Não, não foi assim. — Eu tento fazer parecer que não foi assim mesmo que tenha chegado perto. — Ele não tinha todos os fatos, — digo a ele, e agora ele para de correr e olha para mim. — Ele estava votando por causa de uma política enlouquecedora que, a propósito, nunca teria chegado à Câmara. — Você esperou que ele votasse antes de dar o fora, ou fez isso antes? — Ele pergunta, me incitando e pensando que isso é uma grande piada. — Realmente importa quando fiz isso? O resultado seria o mesmo. Nós estávamos nos distanciando de qualquer maneira, — eu minto, sabendo muito bem que estava apenas começando. Eu tinha até deixado uma escova de dente na casa dele. Eu realmente achei que ele seria o escolhido e então, ok, talvez ele fosse o escolhido, mas nos divertimos bastante. Ele me fez rir. — Você está mentindo, — diz ele, olhando diretamente para mim com as mãos nos quadris, — e você também é uma democrata. — Ele coloca a mão sobre o peito, orgulhoso de si mesmo. Eu reviro meus olhos e volto a esteira novamente. Pegando meus fones de ouvido e os conectando, o ignoro e a risada que está enchendo a sala agora. Ele não diz nada quando se afasta e continua a corrida. Corremos lado a lado, nenhum de nós dizendo nada além de assistir a mesma coisa. Quando o telefone toca na minha frente, eu começo a diminuir. Eu puxo os fones das minhas orelhas, e é então que ouço outra voz.
— Aqui está. — Eu viro para o lado e vejo que Cassie está aqui, vestida com calças pretas que chegam ao seu tornozelo e um top de seda rosa. — Eu não sabia que você estaria aqui esta manhã, mas quando fui ao seu quarto, estava vazio. Ele não diz nada. Ele só balança a cabeça. Eu digo. — Você deveria investir em uma coleira. — Eu sorrio enquanto ela olha para mim. Ela obviamente não sabia que era eu ao lado dele. Eu pego minha garrafa de água e tomo goles enquanto meu ritmo cardíaco volta ao normal. — Eles vendem as pequenas com um sino para que você saiba exatamente onde ele está. Se não me engano, você pode até mesmo rastreá-la pelo seu telefone. Tipo como encontrar meu iPhone, exceto que será como encontrar Tyler. Pego uma toalha na frente e saio, sem me incomodar em me virar para ver sua resposta. Quando volto ao meu quarto, tomo um banho. Deslizando o roupão do hotel, ando até a pia para secar meu cabelo, depois o prendo em um rabo de cavalo baixo e enrolo as pontas. Mantendo minha maquiagem mínima, adiciono apenas um toque de sombra e rímel. Eu pego minhas calças cor creme e as coloco. Elas cruzam na frente e vão até o tornozelo, então eu as rolo duas vezes para criar um punho. Pegando minha camisa de manga longa com decote em V verde oliva, a puxo sobre a cabeça e a coloco por dentro. Eu rolo as mangas grandes até o cotovelo, em seguida, envolvo o cinto Hermes em torno da minha cintura. Eu me levanto e coloco minhas sandálias pretas, a correia grossa nos dedos dos pés e a tira grossa amarrando meu tornozelo. Meu telefone toca, avisando que é hora de descer as escadas, então pego minha bolsa e vou até o elevador. Saio para o saguão e vejo Yamina e Yolanda vestidas quase idênticas em calças azuis e camisa branca de botões; a única diferença é os sapatos. — Bom dia, você está deslumbrante, — diz Yolanda, e eu sorrio para elas. — Estamos realmente nos reunindo na sala de conferências no vigésimo andar, — diz Yamina. — Temos tudo configurado lá, junto com algo para comer.
— Perfeito, — eu digo, voltando para o elevador e apertando o botão. A porta se abre e estou prestes a entrar quando vejo Tyler já no elevador. Ele está olhando para o seu telefone e só olha para mim quando eu entro. Eu levo um segundo para avaliar o tamanho dele. Ele está vestindo um terno preto feito sob medida que se encaixa a uma camisa preta e um cinto preto Hermes. Ele parece bem pra caralho, mas tento ignorá-lo e me lembro de que mesmo que pareça bonito e tudo, ainda
é
um
idiota
condescendente
que
provavelmente
é
um
republicano. Vou apertar o botão do vigésimo andar, mas vejo que já está aceso. Eu espero a porta do elevador se fechar antes de olhar para ele. — Você está aqui sozinho? — Ele não diz nada porque a porta se abre e as trigêmeas oxigenadas entram. Esse é o meu novo nome para elas. As três, vestidas com saias lápis apertadas com tops combinando, usam a uma maquiagem tão carregada que tenho certeza que se elas realmente fossem para o sol, certamente derreteriam. — Oh meu Deus, — Erin diz primeiro quando entra, — você não parece elegante? — Ela ronrona, e eu reviro os olhos. — Eu amo esse terno em você, — diz Evelyn, indo até Tyler e esfregando a mão no seu peito. — Isso faz com que seus ombros pareçam tão grandes, — acrescenta Ella. — Oh, Deus, — resmungo baixinho, e para minha sorte, as portas do elevador sinaliza e as portas se abrem, de frente para duas grandes portas marrons que são a entrada da sala de conferências. Saio do elevador e entro no espaço, sem esperar pelos outros quatro. A grande sala tem quatro mesas com dez cadeiras por mesa. Um palco está montado no meio da sala, de frente para a mesa, com uma tela de projeção atrás dela. No canto da sala há um enorme cartaz do filme e um tapete vermelho em frente a ele. Eu olho em volta e vejo que Kendall, Autumn, Jonathan, Jake e Jim estão sentados em uma mesa. — Bom dia, — eu digo a eles, olhando para a mesa e vendo que esta é a mesa de imprensa. Sento-me em um dos lugares vazios ao lado
da Autumn. — Alguém tem ideia do que vai acontecer hoje? — Eu pergunto a eles, e todos balançam a cabeça. — Disseram-me que tudo seria revelado hoje, — diz Autumn, e eu olho para ela. Ela está usando uma blusa floral, com dois botões abertos, mostrando seu colar Tiffany. — Já era hora, — Kendall diz do meu lado onde ela está sentada, vestindo um blazer preto com uma camisa branca por baixo. Ela é conhecida por seus terninhos, então imagino que ela está usando a calça preta combinando. — Há muita mídia em torno dessa turnê. É quase como um circo, — diz Jonathan. — Oh meu Deus. — Eu ouço Kendall dizer ao meu lado, e então ela começa a rir. Eu olho para o que capturou sua atenção, e eis que são as três garotas. — É manhã, certo? — Ela pergunta, e eu ri agora. — É café da manhã, e elas parecem estar indo para uma boate, — diz Autumn. — É uma piada. — A conversa morre quando elas chegam na mesa. — Bom dia, todo mundo, — diz Erin, indo para uma cadeira vazia, e as outras duas a seguem. — O jet lag está me matando. — Ninguém diz nada porque os outros dois jornalistas vêm correndo, seguidos por Yamina e Yolanda. Tyler entra com Ryan, que também está usando terno, e Cassie segue. Ela está vestida com uma saia preta justa que cai acima do joelho e uma camisa preta apertada e um cinto Hermes. Eu tento manter o meu riso para mim quando percebo que ela está vestida para combinar com Tyler. Eu me viro para olhar para Yamina, que agora está de pé no palco e tocando o microfone. — Teste. Um, dois, três. — Ela sorri quando ouve sua voz, e o resto das pessoas em volta da sala tomam seus lugares. — Yolanda e eu queremos dar as boas vindas a todos vocês hoje. Esperamos que o jet lag não tenha afetado muito ninguém. Eu sei que todos vocês estão se perguntando sobre essa turnê, então vamos dar as boas-vindas ao Ryan. — Ryan se levanta e vai até o pódio ao lado do palco.
— Muito obrigado, Yamina e Yolanda, por todo seu trabalho duro durante todo esse processo, — diz ele, olhando para elas e depois se virando para nós. — Também tenho que agradecer aos dez jornalistas da imprensa que estão acompanhando esse passeio maluco. É a primeira vez que decidimos fazê-lo desta maneira e, embora haja solavancos ao longo do caminho, esperamos que os próximos vinte e nove dias sejam na maior parte tranquilos. — Ele desliza seus óculos e olha para a folha na frente dele. — Agora as coisas boas. — O projetor acende. — Senhoras e senhores, aqui estão as seguintes cidades nas quais a turnê, ou melhor ainda, vocês irão, — ele diz e sei que ele partirá assim que esta coisa estiver terminada. — Seul, Hong Kong, Pequim,
Tóquio,
Dubai,
Veneza,
Londres,
Paris,
Nova
York
e,
finalmente, LA. — Uau. — Eu ouço Autumn dizer enquanto ela faz anotações. — Haverá um grande gala em Dubai e, claro, cada cidade sediará uma première. A estreia oficial será em Paris. Como a maior parte do filme foi rodado na cidade, parece apropriado ter a estreia oficial lá, e é por isso que vocês só poderão assisti-lo em Paris, — ele diz e, em seguida, vira seus papéis enquanto o projetor também muda. — Para ajudar a dar vida a essa turnê, cada jornalista terá uma oportunidade de assistir à estreia com Tyler. — Eu olho a lista de cima a baixo e percebo que meu nome não está nela. Todo mundo menos meu. Eu vejo que a estreia em Paris também está vazia. — Eles esqueceram o seu nome, — diz Kendall, e me viro para olhar para ela. — Eles não esqueceram, — eu digo, tentando não deixar isso me atingir. Eu não escuto o resto do discurso de Ryan. Também não tiro os olhos do pódio, sabendo que os olhos estão atentos à minha reação. — Isso é tão duro, — diz Ella. — Quero dizer, você foi cortada. Eu olho para ela e sorrio. — É realmente uma bênção. Menos trabalho da minha parte, — eu digo. — É seguro dizer que eu não quero estar aqui e ele não me quer aqui. Mas às vezes, você tem que fazer merda que não quer, e este é um desses momentos. — Eu tento me
fazer acreditar nas palavras. Eu também estou chateada, mas me recuso a lhe dar a satisfação de saber o quanto estou chateada.
7 Tyler A overdose deste rapper criou um turbilhão em Hollywood. Vendo-a bater de frente com Cassie e, em seguida, sair do ginásio com um balanço em seus passos, tentei esconder o sorriso, pegando meu shake. Eu assisto Cassie só olhar para ela enquanto desaparecia. — Suas roupas estão todas escolhidas, — diz Cassie, seguindome quando saio do ginásio em direção a minha suíte. — Falei com Ryan, Yamina e Yolanda sobre tirar Jessica da lista do tapete vermelho e eles concordaram com relutância. Eu apenas aceno com a cabeça. Tirando meu cartão-chave e entrando no quarto, deixo meu cartão na mesa, depois me viro para olhar para Cassie. — O que eu tenho que fazer hoje? — Eu pergunto a ela, tirando a camiseta suada do meu corpo. — Café da manhã lá embaixo e depois as fotos, — ela me diz, olhando para o telefone enquanto digita alguma coisa. — Fotos? — Eu lhe pergunto, pegando uma garrafa de água e tomando um gole. — Você vai tirar uma foto com cada jornalista para a imprensa, embora a estreia seja amanhã à noite. Seu terno está sendo preparado enquanto falamos. Hoje à noite, você tem planos para jantar, mas eles podem ser cancelados se sentir vontade de cancelar. — Não, eu vou ficar bem. Vou mandar uma mensagem para você quando eu estiver descendo, — eu digo, e ela olha para cima. — Estarei no meu quarto, se você precisar de alguma coisa, — diz ela, voltando-se para a porta e saindo. Eu espero a porta clicar antes de ir ao banheiro e tomar um banho. Uma hora depois, estou pegando o paletó preto e o coloco enquanto saio do quarto. O elevador chega assim
que pressiono o botão, e mando uma mensagem para Cassie assim que a porta se fecha. Eu: No meu caminho. Cassie responde imediatamente. Cassie: Mudança de planos, vá para a sala de conferências. Eu aperto o botão, mas já estou descendo. Olhando para o meu telefone, rolo através do meu Instagram privado, onde tenho apenas meus primos e familiares. O barulho do elevador me faz olhar para cima, e vejo Jessica entrando. Seu aroma fresco e doce me derruba um pouco. Ela diz alguma coisa para mim, mas não ouço o que ela disse, e antes que eu possa dizer qualquer coisa, a porta se abre novamente, e as três jornalistas ‘amigas’ entram. Todas as três balançando seus quadris enquanto se dirigem diretamente para mim. O cheiro delas é almiscarado, e juro que se eu ficasse aqui mais um minuto, teria tido um ataque de espirros. Cassie está lá no minuto em que saio do elevador e percebo que estamos vestidos da mesma maneira. — Desculpe pela confusão. Foi decidido no último minuto, — diz ela. Eu apenas aceno, então quando vejo Ryan, vou ao encontro dele. — Ryan, — eu digo, e ele sorri para mim, pegando minha mão e me dando um tapinha no ombro. — Acabamos de receber as últimas projeções, e é certo dizer que a agitação está por todo o filme, — diz ele, e sei que a única coisa passando por sua cabeça é a quantidade de dinheiro que vai receber. — Devemos nos sentar. — Ryan se vira e começa a andar em direção às portas do evento do café da manhã. — Eu resolvi as coisas sobre Jessica, — diz ele, inclinando-se calmamente, mas não sei a que coisa ele está se referindo. Se ao menos ele tivesse cedido no começo e não a tivesse convidado. Sento-me, e estou meio ouvindo o que ele está dizendo, já que tenho certeza que Cassie está tomando notas e vai me preencher. Até que ouço uma pequena conversa ao meu redor depois de algo que ele diz. Olhando para cima, vejo o quadro de projeção e as datas da turnê com um jornalista designado para cada estreia. Eu olho
ao redor, vendo todos sussurrarem um para o outro, e então olho para trás. Todos os dias são falados, menos Paris, o que significa que eles sabem qual jornalista foi deixado de fora da lista. Eu olho para a mesa onde eles estão sentados, e ela está lá com as costas retas parecendo não se importar. Meu pé sobe e desce, e Ryan finalmente diz: — Aqui está a melhor turnê de imprensa que você já viu. — Todos aplaudem, inclusive eu. Eu me inclino para Cassie. — Por que essa lista foi divulgada? — Pergunto, e ela apenas olha para mim. — Que lista? — Ela pergunta, parando para aplaudir e, em seguida, movendo-se para o lado quando um garçom coloca um prato na minha frente. — Esta é a sua refeição especial. Os outros usarão o bufê, — ela diz, e eu olho para trás para ver que todo mundo se levantou e está indo para o fundo da sala onde o bufê está arrumado. Meus olhos vagam pela sala atrás de Jessica, mas eu não a vejo em lugar nenhum. — Qual é o problema? O que você está procurando? — Ela me pergunta, e eu não sei por que, mas algo me impede de lhe contar. Eu não tenho a chance de lhe dizer por que ela se levanta e vai para a fila. Ryan puxa a cadeira ao meu lado e se senta, e somos apenas nós dois na mesa. — Eu não sabia que você revelaria os planos de forma tão pública, — eu digo a ele, pegando uma garrafa de água enquanto ele come seus ovos. — Mantivemos a privacidade por tempo suficiente. Era hora de contar
para
a
imprensa,
—
diz
ele,
balançando
a
cabeça
e
mastigando. — Além disso, alguns dos repórteres reclamaram por não saber sobre as vestimentas, — ele diz, revirando os olhos, — então tivemos que informá-los sobre o que e onde eles estariam. Eu rio, balançando a cabeça, sabendo muito bem quem são esses jornalistas. — Todo mundo estava sussurrando quanto a lista do tapete vermelho saiu.
— Eu posso imaginar isso, — diz ele, cortando um pedaço de salsicha do café da manhã. — É um tapa na cara. Ela sabe disso, você sabe disso, e agora todo mundo sabe disso. — Eu só... — Eu quero dizer a ele que não queria que fosse assim, mas paro de falar quando Cassie retorna. — Foram necessárias sete pessoas para entender que eu queria pão de trigo e não branco, — reclama ela. Eu fico quieto enquanto todos ao meu redor comem, e então sou convocado a tirar uma foto no canto bem em frente ao grande cartaz do filme. Eu ando até lá com Cassie ao meu lado. — Isso deve durar cerca de duas horas, mais ou menos, e então você está livre até cerca de três, mas vamos precisar verificar sua programação para amanhã. — Eu apenas aceno para ela e, em seguida, aperto a mão do fotógrafo. — Eu sou Henrik, prazer em conhecê-lo, — diz o homem com uma câmera pendurada no pescoço. — Quando você chegar lá no X branco na frente das fotos, eu vou começar. — Eu ando até o meio e fico lá enquanto ele tira a minha foto. Eu olho e vejo que Cassie está falando com Yamina e Yolanda. — Vamos fazer uma foto de grupo, — Henrik diz, e então ele se vira para ver Yamina e Yolanda. Os duas se viram e começam a conduzir os jornalistas até mim. Os homens esperam que as mulheres andem à frente deles. Vejo Erin, Ella e Evelyn chegarem primeiro e duas delas ficam ao meu lado, seguidas por Autumn e Kendall. Estou esperando por Jessica, mas não a vejo. Eu vejo Jim, Jonathan, Jack e Peter entrar e ficar do lado de fora. Henrik se aproxima e começa a mover as pessoas, puxando Ella, que olha para ele, da minha direita e a substituindo por Jack. Ele conta as cabeças e depois se vira para as meninas. — Falta uma. — Vamos procurar por ela, — Yolanda diz quando Yamina se vira e sai rapidamente da sala de conferências. — Podemos tirar uma sem ela, — diz Cassie para Yolanda. — Estamos no horário, certo? Tyler não vai ficar esperando porque um dos jornalistas está fazendo beicinho.
Eu olho para Jack, que está ao meu lado, e ele revira os olhos. — Ela deve ser muito boa em seu trabalho, ou lhe dá algo por fora, porque, deixe-me dizer-lhe, ela é uma cadela de grau A. — Eu rio para ele e olho para Yolanda, cujo telefone começa a tocar. Ela se vira, e então eu vejo que Yamina está voltando para a sala com Jessica ao lado dela enquanto sorri para ela. — Desculpe, pessoal, — diz ela, vindo em nossa direção. — Eu recebi uma chamada. — Ah-ha, minha linda Jessica, — Henrik diz, indo para ela e beijando-a nas bochechas. — Tão amável ver você de novo. — Ele a traz até nós, segurando a mão dela. — Eu sinto muito por manter todos esperando, — diz ela, olhando para Henrik. — Onde você me quer? Ele vem até nós e afasta Evelyn do meu outro lado, em seguida, faz um gesto para Jessica tomar o lugar. Ele então move Evelyn novamente, colocando Jonathan ao lado de Jessica. — Ei, boa combinação, — diz ele, piscando para ela. Quando eu limpo minha garganta, só Jonathan olha para mim. — Lá vamos nós, — diz Henrik, levantando as mãos e fazendo um L com o polegar e o indicador. — Eu gosto disso. — Ele recua, levando sua câmera para o olho. Ele começa a tirar fotos enquanto todos ouvimos o clique. — Ok, e agora? — Pergunta ele, olhando para Yamina e Yolanda. — Temos que fazer fotos individuais para o evento e também para a promoção do tapete vermelho, — Yamina diz e depois olha para baixo. — Perfeito, — diz Henrik. — Quem é o primeiro? — Todo mundo tenta não dizer nada, sabendo que Jessica foi deixada de fora. — Eu estou fora, — Jessica diz do meu lado e depois vai embora. — Vejo a todos amanhã, — diz ela, voltando-se para Jonathan. — Envie-me um texto depois e vamos dar uma volta. — Precisamos da foto, — digo a Jessica, pegando a mão dela antes que ela se afaste. Ela rapidamente puxa o braço para longe de
mim e finalmente olha para mim. Então ela olha para Yamina e Yolanda. — Precisamos de uma foto? — Jessica me ignora e ao meu pedido, voltando-se para perguntar a Yamina e Yolanda. Elas olham de uma para a outra, sem saber o que dizer. — Henrik. — Eu me viro para ele. — Uma foto com cada jornalista, — digo-lhe, e ele apenas balança a cabeça. — Tyler, — diz Cassie ao lado deles, — isso é apenas desperdiçar o tempo de todo mundo. — Então todo mundo precisa ficar no lugar, — eu digo, agarrando a mão de Jessica e puxando-a para o meu lado. Sua mão macia voa para longe da minha, fazendo-me colocar a minha mão em volta da sua cintura. Henrik começa a falar antes que Jessica possa fugir. — Perfeito, — diz ele. — Jessica, você pode virar mais para ele e talvez colocar a mão no seu bolso? — Ela faz o que ele diz, e ele começa a tirar as fotos. — Jess, — eu sussurro para ela, — Eu não sabia que eles fariam isso. — Ela olha para mim, seus olhos claros de raiva ou tristeza, eu não tenho certeza, e Henrik tira a última foto. — Acabamos, — diz Henrik, e ela abaixa a cabeça e sai andando sem dizer uma palavra. Ella é a próxima e ela rapidamente se aproxima de mim. Eu não tenho a chance de pegar Jessica novamente. São mais de duas horas antes de eu finalmente chegue ao meu quarto. — Diga a Ryan que Jessica pode ficar com Paris, — eu digo a Cassie quando voltamos para a minha suíte. Eu olho para ela, e ela cruza os braços sobre o peito, olhando para mim. — Talvez, eu deveria apontar todas as vezes que ela tentou fodêlo? — Ela diz. — A vez que ela disse que você estava em reabilitação, ou quando ela disse que você estava fodendo sua colega de trabalho. — Aquilo não era exatamente uma mentira, — digo-lhe, e ela revira os olhos. — Ela fez sua mãe chorar duas vezes. — Ela joga meu cartão de mãe.
— Eu vou falar com ela, cara-a-cara, — eu digo a Cassie, e ela olha para mim com a boca aberta. — Chame de uma espécie de trégua. Quero dizer, pelo menos até terminarmos a turnê. — Tudo bem, — diz ela. — Vou marcar a reunião. — Não, — eu digo, balançando a cabeça. Tirando minha jaqueta, eu a atiro na cadeira. — Eu vou lidar com isso. Vocês duas não se dão bem. — Porque ela é uma cadela, — ela me diz, colocando as mãos nos quadris. — Lembre-se que te avisei quando ela se virar e te foder.
8 Jessica Parece
que
esse
casal
poder
em
Hollywood
está
se
separando; fontes próximas a ambos dizem que só vai ficar desagradável! — Como você sabia? — Jonathan pergunta do outro lado da mesa. Estamos sentados na área do bar do hotel. Sua camisa está enrolada nas mangas até o cotovelo. Dois botões abertos em seu pescoço enquanto ele tira o rótulo de sua cerveja. Eu trago meu copo de água aos lábios e tomo um gole. São quase nove da noite, horário local, e sinto que estou por um fio. Estou cansada, mas depois de me virar e revirar por duas horas, finalmente cedi e respondi a um texto que Jonathan enviara às seis horas, pedindo que eu o encontrasse no bar do hotel. Então eu coloquei meu jeans favorito e combinei com um suéter de malha de manga comprida com decote em V cinza claro. — Você sabe que tem que ser um pouco mais específico com essa pergunta, certo? — Eu sorrio para ele. Somos só nós dois agora. Quando desci, todos, exceto as trigêmeas oxigenadas, estavam aqui. De acordo com suas mídias sociais,
elas
estavam
em
uma
noite
de
cinema. Nós
sete
compartilhamos o jantar e as histórias, mas lentamente, todos se levantaram para ir para a cama, deixando apenas Jonathan e eu. — Que a modelo deu à luz. Eu ri agora, olhando para as minhas mãos, meus polegares subindo e descendo no copo. — Você sabe que eu nunca revelo minhas fontes, — digo a ele, e ele sorri para mim. Ele é muito bonito, seu cabelo castanho penteado para o lado, seus perfeitos dentes brancos e seus
olhos castanhos escuros. — É por isso que sou tão bem sucedida e as pessoas confiam em mim. Ele leva a garrafa de volta aos seus lábios. — Você é como um cofre. — Ele toma um longo gole. — Sinto muito que eles te deixaram de fora da lista hoje. Eu dou de ombros. — Não é segredo que Tyler e eu não gostamos um do outro, — eu digo, esperando que a maneira como olho para ele mostre que isso não me incomoda. Mal sabem eles que o ‘telefonema’ que recebi e que explicou minha ausência foi porque saí da sala assim que a reunião foi adiada e liguei para Stephanie enquanto me dirigia ao meu quarto, implorando para que ela me deixasse voltar para casa e mandasse outra pessoa. Ela riu e basicamente disse para superar isso. Sentei-me na minha cama por uns bons vinte minutos, talvez até trinta ou uma hora, não tenho ideia. Eu não ia nem voltar até que Yamina me mandou uma mensagem para me dizer que as fotos estavam sendo tiradas. Yamina: ONDE VOCÊ ESTÁ? A FOTO COMEÇA AGORA. Yamina: isso não é uma brincadeira. Então eu respirei fundo, fechei, apliquei uma camada de brilho labial e voltei para a sala. Eu cheguei lá quando ela saindo da sala para me encontrar. — Eu sei que não é segredo, — diz ele, — mas foi uma coisa de merda a fazer. — Eu balancei minha cabeça. — Devemos ir para a cama desde que a estreia é amanhã. — Vai ser uma longa, longa noite, — eu digo a ele, levantando-me para pegar meu telefone e cartão-chave. Indo em direção ao elevador, os dois lado a lado, eu aperto o botão e viro para Jonathan, que sorri para mim. — Não é fofo? — Eu ouço atrás de mim e viro para ver Cassie sorrindo com Tyler ao lado dela com as mãos nos bolsos, olhando de Jonathan para mim. — Vocês são o novo casal? — Ela diz, e eu olho para ela. Ela está vestida da mesma maneira que antes, exceto que trocou seus sapatos. — Acho que temos o furo.
— Você nos pegou, — Jonathan diz a ela. — Culpado. Você deveria pegar essa dica. Sorte nossa, somos essencialmente ninguém, então não há furo aqui. — Ele brinca com ela, e eu permaneço quieta. Quando
o
elevador
finalmente
chega,
todos
nós
desajeitadamente entramos nele, e ninguém diz nada. Eu sou a primeira a sair. — Boa noite a todos, — eu digo por cima do meu ombro. Eu dou uma olhada para Tyler, mas lamento no momento em que o faço, porque ele está olhando para mim, sem expressão alguma. Eu me viro e continuo caminhando para o meu quarto. Eu tiro minhas sapatilhas e meu jeans, jogando-o na cadeira com o suéter e o sutiã. Eu subo na cama, então apago as luzes, e finalmente caio no sono, terminando um dia que eu logo esqueceria. Quando meu alarme toca às seis da manhã, estou de bruços na cama em uma legítima posição de estrela do mar. Eu rolo para o lado e desligo o alarme. Eu pego o telefone e rolo pelas manchetes, um rompimento, um DUI, uma briga. Parece que tudo está vivo e bem em casa. Colocando minha bunda em marcha, visto minhas roupas de ginástica, pego uma garrafa de água e depois vou para a academia novamente. Ao entrar, não tenho certeza do que espero ver, mas Tyler correndo com força total na esteira definitivamente não é. Ele está usando seu short de basquete hoje e uma camisa sem mangas. Sua televisão está desligada enquanto ele corre. Quando você corre tão rápido, está tentando fugir de seus demônios ou correndo em direção a eles. No caso de Tyler, não tenho certeza qual dos dois. — Bom dia, — eu digo baixinho, e ele apenas olha em frente, sem dizer nada, e está completamente bem. Mais do que bem, na verdade. Conversar fiado enquanto estou aqui só para me exercitar pode ser cansativo. Eu ligo a televisão e, em seguida, conecto meus fones de ouvido. Eu ligo na CNN e assisto um pouco enquanto me aqueço. Então mudo para o Dateline. Eu nem estou prestando atenção em Tyler enquanto assisto ao episódio. Eu termino o episódio de uma hora e depois diminuo meu ritmo. Tirando meus fones de ouvido, pego minha garrafa de água, trazendo-a para a minha boca.
— Então, onde está o namorado? — Eu o escuto rude ao meu lado. Eu olho para ele, minha corrida diminuindo a passos. — Você está falando comigo? — Ofegando enquanto tento controlar minha respiração, eu olho em volta para ver se talvez outra pessoa tenha entrado enquanto eu estava correndo na esteira, mas a sala está vazia, exceto por nós. — Namorado? — Você e Jonathan, ainda é segredo? — Ele finalmente olha para mim, e parece irritado. — Eu não tenho ideia do que você está falando. — Eu digo a ele a verdade. — Onde está sua garota chiclete? — Eu olho para o meu relógio. — Ela está atrasada. — Cassie é minha assistente, — ele me diz. Diminuindo sua velocidade, passa de sua corrida para uma caminhada rápida. — Eu sei. Tenho que dizer que estou um pouco surpresa por ela não estar aqui para limpar o suor da sua testa. Torcendo por você. — Eu desligo a máquina e me afasto do olhar dele enquanto pego minha garrafa de água e vou em direção da porta. — Eu mudei a lista, — diz ele quando minha mão abre a porta, e eu paro no meu caminho. Meu coração começa a acelerar mais rápido do que quando eu estava correndo. Eu me viro e vejo que ele tirou a camiseta. Ele está parado na esteira com o short nos quadris e o pacote de seis em exibição. Seu peito largo e bronzeado, brilhando com a transpiração que de alguma forma me faz salivar enquanto ele joga sua camisa sobre um ombro. — Eu não sabia que eles anunciariam assim. Oh, foda-se. Minha mão solta a maçaneta e me viro para olhar para ele, cruzando os braços sobre o peito. — Você quer dizer que não achou que se sentiria culpado depois de me jogar debaixo do ônibus de uma forma pública, então agora está jogando um osso na minha direção. — Eu levanto as sobrancelhas, esperando que ele responda, e ele só me encara. — O quê? — Eu pergunto a ele, agora descruzando meus braços e caminhando em direção a ele. — O que você quer dizer é que não estava esperando se sentir uma merda? Você só pensou que se foda, ela merece. — Balançando a cabeça, murmuro: — Inacreditável.
— Eu... — Ele começa a dizer, e então eu levanto a mão para detê-lo. — Você não precisa se explicar para mim. Você me quer aqui tanto quanto eu quero estar aqui. — Eu coloquei minha mão nos meus quadris. — Agora não somos apenas nós dois que sabemos que é uma coisa bem documentada. — Eu não queria você aqui, — diz ele, pegando uma garrafa de água e torcendo a tampa, — nem um pouco, mas você está aqui, e precisamos fazer o melhor possível. — O que diabos isso significa? — Eu pergunto a ele, minhas mãos ficando um pouco pegajosas. Ele para de beber sua água e olha para mim, seus olhos mudando de cor novamente. Eles são lindos, e isso me irrita inutilmente. — Chamamos de uma espécie de trégua. Eu levanto minha sobrancelha para ele. — Significando? — Eu pergunto, ouvindo meu coração acelerar um pouco mais, o som se tornando um pouco mais alto em meus ouvidos. — Significando que estamos presos um ao outro durante o mês, então por que não fazemos uma trégua? Eu não vou... — ele diz, e eu falo, interrompendo qualquer besteira que estava prestes a sair dessa boca maravilhosa. — Você não será um babaca, e eu não serei uma puta. — Eu preencho isso para ele, e ele apenas sorri. — Mais ou menos, — diz ele, bebendo mais água. — Se você tiver uma história ou uma merda aparecer durante este mês e for sobre mim, peço que me pergunte sobre isso antes de divulgar, — diz ele. — Não haverá nada que possa surgir, mas se algo surgir, você me pergunta primeiro. — E as perguntas durante as entrevistas? — Pergunto a ele, tentando esconder meu sorriso. Eu já havia concordado em jogar limpo, bem, prometi a Stephanie, mas o júri ainda estava fora.
— Sério, Jessica, — diz ele, colocando as mãos nos quadris e olhando para o teto. Eu finalmente caí na gargalhada e a cabeça dele cai para baixo para olhar para mim. — Bem. Trégua, — eu digo, e seu sorriso se transforma em um enorme sorriso. Eu balancei minha cabeça e me virei para sair pela porta. — Nós não deveríamos apertar as mãos ou algo assim? — Ele me pergunta, e eu paro na metade da porta para olhar para ele. — Você está suado como no inferno e eu também. Que tal apertar mais tarde? — Eu digo a ele e vou embora para o elevador. Minha cabeça levanta quando ouço o barulho do elevador. A porta se abre, e Cassie está lá em roupa de treino com uma garrafa de água debaixo do braço enquanto escreve. Ela olha para cima e fica surpresa quando me vê, mas não tenho a chance de dizer nada porque Tyler está atrás de mim, colocando a mão para impedir que a porta se feche. — Eu pensei que iríamos malhar esta manhã, — diz Cassie para ele. — Você disse que começaríamos às sete e meia. — Sim, eu me levantei mais cedo, — diz ele, agora tentando entrar no elevador ao meu redor, e eu passo para o outro lado, entrando furtivamente. — Você faz o seu treino e depois me manda uma mensagem. — Você tem certeza de que não precisa de nada? — Ela diz, olhando para ele e então se virando para olhar para mim. — Eu estou bem, Cassie, pare de se preocupar comigo, — ele diz e sorri para ela. — Os compromissos começam as duas, certo? Mande-me a localização e eu te encontrarei lá. — Claro, — diz ela, voltando-se para se afastar do elevador, e ele pressiona o térreo, o que não é surpresa, apenas um andar abaixo. — Até mais, Jessica, — ele diz quando sai. Eu não tenho a chance de responder, porque ainda não tenho certeza do que aconteceu, e não tenho certeza se concordei com o que estamos fazendo.
9 Tyler Uma estrela pop deu entrada no hospital por uma aparente overdose acidental. Fontes estão dizendo que ela festejou durante a noite. — Nós temos cinco salas montadas, e os repórteres vão se movimentar, — Cassie me diz enquanto visto meu casaco. — Por que tenho que usar um paletó com jeans? — Eu pergunto a ela e, em seguida, tiro o casaco, jogando-o sobre a mesa. Ela se inclina e pega. — Vou levá-lo para você, — diz ela. — Você tem entrevistas por três horas, então tem uma mudança de roupa, e depois vamos para a estreia. — Ela se levanta e coloca sua cadeira de volta debaixo da mesa, então vem para ficar perto de mim. — Terei suas coisas embaladas até o momento em que você voltar da estreia. — Eu aceno com a cabeça e viro para sair do quarto, enfiando meu telefone no bolso de trás. — O voo decola amanhã às dez da manhã. Leva cerca de duas horas, mais ou menos, — ela diz, e eu aperto o botão, esperando pelo elevador. — Temos que atender a imprensa das quatro às seis. Quando eu entro no elevador, Cassie não parou de falar enquanto olha para o telefone. — Então jantar se você quiser. Se não, posso cancelar. Também enviei um pedido para colocar uma esteira no seu quarto. — O quê? — Eu olho para ela confuso enquanto o elevador nos leva ao andar onde a turnê de imprensa vai acontecer. — Eles disseram veriam isso, mas no pior dos casos eles podem fechar o ginásio enquanto você estiver lá para lhe dar privacidade. — Ela continua: — Eu sugeri isso também pelo resto da viagem.
— Cassie, cancele esse pedido, por favor. Eu não me importo de malhar no ginásio do hotel, e também, estou mais do que bem se outras pessoas
entrarem
e
usarem
o
ginásio. Eu
malho
tão
cedo,
e
normalmente ninguém está acordado. — Eu olho para ela, ficando um pouco irritado com a maneira como ela passou por cima mim. Saímos do elevador e seguimos pelo corredor, vendo que as portas de cinco cômodos estão abertas e as camas e a mobília foi retirada de cada cômodo. Em seu lugar agora estão duas cadeiras de frente uma para a outra e uma câmera montada para nos gravar. No canto de cada sala há uma mesa onde alguém pode sentar e uma mesa de bebidas. Yolanda se aproxima de mim imediatamente. Ela está vestindo calças azuis e um top branco, e um fone de ouvido com o microfone na boca. — Bem na hora, — diz ela e, em seguida, pressiona o botão em seu fone de ouvido. — Sr. Beckett chegou, — ela diz no bocal, informando a alguém que cheguei. — Você vai começar na sala um, — diz Yolanda, guiando-me para a primeira porta aberta. Eu olho e vejo que é Jonathan. — Cada entrevista
será
de
cerca
de
quinze
minutos,
mais
ou
menos. Dependendo de como estamos com o horário. — Tudo bem. — Eu sorrio para ela e entro na sala. Quando Jonathan me vê, ele fica de pé. Eu ando até ele, mas viro para entregar a Cassie meu celular. Ela pega e joga em sua bolsa, então vai se sentar no canto da sala. Eu aperto a mão de Jonathan e a entrevista começa. Estamos passando pelas perguntas em bom ritmo quando finalmente vejo Jessica no canto da sala. Sua calça branca com uma listra preta se encaixa perfeitamente nela; o suéter preto que está com as mangas levantadas. Os saltos altíssimos deixam suas pernas magras ainda mais longas. Ela está de pé com o celular na orelha, falando em voz
baixa
para
respeitar
os
outros
jornalistas
que
estão
me
entrevistando. — Sério, — diz Cassie, levantando a voz. A cabeça de Jessica se levanta. — Se você não tiver tempo para isso, vamos pular esta entrevista.
As costas de Jessica se endireitam. — Stephanie, eu te ligo depois, — diz ela e escuta algo sendo dito. — Cancele a história. — Ela puxa o telefone longe de sua orelha. — Você está vinte e cinco minutos atrasada, — ela diz para Cassie e depois olha para mim, depois de volta para Cassie. — É seu trabalho garantir que ele chegue na hora certa, e você não fez isso, então se você quiser dar um chilique, posso te dizer agora que não vai dar certo. Sentei naquela cadeira e esperei, nenhuma vez aborrecida por ele se atrasar, nenhuma vez bufando e esbravejando. E então você vem com isso? Realmente besteira, — ela diz, fechando a distância entre elas, e agora vejo Cassie em pé também. — Desde o primeiro dia, tenho mantido silêncio sobre você e sua falta de respeito, mas quando você entra e tenta arriscar meu trabalho, é aí que eu desenho a linha. Yolanda, Yamina! — Ela grita, e eu olho para o corredor para ver que algumas das cabeças se viraram para olhar na nossa direção. Yolanda entra com um sorriso no rosto seguido por Yamina, cujo sorriso desaparece rapidamente quando vê que estamos todos de pé aqui, prontos para a batalha. — Esta entrevista acabou, mas nunca começou, — diz ela, caminhando até sua bolsa e jogando o celular nela. — Ele apareceu 25 minutos atrasado, o que eu estava bem, mas, em seguida, sua assistente teve um problema comigo fazendo uma ligação para o trabalho enquanto esperava que ela se organizasse e levasse seu chefe até onde ele deveria estar. — Jessica, — eu digo. Sua cabeça voa para mim, mas quando vejo a raiva em seus olhos, paro. — Espero que esta façanha me dê uma passagem de ida para casa, — ela diz e então olha para Cassie. — Mas se você acha que me assusta, está muito enganada. — Ela se vira e sai da sala. Yamina olha para mim e depois para Cassie, que apenas revira os olhos. — Eu acredito que isso, — Cassie começa a dizer, colocando as mãos para fora, — significa que ela está indo para casa, certo? — Hum, — Yolanda diz, e então olha para Yamina. — Nós vamos ter que avisar Ryan.
— Não, — eu digo em voz alta. Yamina e Yolanda olham para mim. — Se vocês puderem nos dar um minuto, — eu digo, e ambas acenam e saem, fechando a porta. Eu espero alguns minutos e olho para ela. — Que porra foi essa? Ela cruza os braços sobre o peito e revira os olhos. — Sério, não vai me dizer que não estava irritado com ela. —
Cassie,
ela
não
fez
nada. Ela
está
no
seu
melhor
comportamento desde que saímos. Ela não tentou foder comigo; ela não tentou me manchar ou me perguntar qualquer coisa que não deveria. Tivemos uma conversa esta manhã, fazendo uma trégua — digo a ela. Estou chateado pra caralho que ela passou por cima da minha decisão, e foi desrespeitosa. Há uma coisa que não faço e é desrespeitar. — Bem, como eu deveria saber? — Ela me diz. — Você não me contou nada. — Não tem nada a ver com você ou seu trabalho, — eu digo a ela, colocando minhas mãos nos bolsos de trás. — Eu cuidei disso. Ela não tem a chance de responder, porque há uma batida na porta, e Yamina entra. — Hum, Tyler, Ryan está no telefone, — diz ela, estendendo o telefone. Ela olha para mim, depois para Cassie e depois para o chão. Eu pego o telefone, colocando no meu ouvido. — Olá? — Você quer me dizer por que acabei de receber um telefonema de Stephanie tirando Jessica dessa turnê? — Ele sussurra. — A única jornalista fantasticamente respeitável aí, e ela está saindo. — Houve um mal-entendido, — eu digo, virando e caminhando mais para o fundo da sala para que ninguém ouça a conversa. — Eu falarei com ela. — É melhor você fazer alguma coisa, — diz Ryan. — Você sabe que ela saiu de Los Angeles a o que, três dias, talvez quatro, e teve duas manchetes de divulgação. Duas. Ela superou todos os outros repórteres juntos. Duas.
— Eu sei, — eu digo, fechando os olhos e agarrando a ponta do meu nariz. — Resolva isso, — diz ele, e desliga. Eu me viro e entrego o telefone de volta a Yamina. — Quantas entrevistas eu perdi? — Eu pergunto a ela, e ela balança a cabeça. — Essa foi a sua última, — diz ela, e eu aceno, saindo da sala. Então viro e volto. — Eu preciso do número do quarto dela, — pergunto, e Yolanda me diz. Eu ando em direção ao elevador e pressiono o botão. Eu odeio drama, eu odeio estar envolvido em drama, e odeio estar próximo dele. Eu entro no elevador, e estou chateado, estou com raiva e lívido. Estou todas essas malditas palavras. Quando as portas do elevador se abrem, caminho até a porta do quarto e ouço sua voz pela porta. — Stephanie, eu não acho que você entende o que está me pedindo. — Eu sei que estou escutando, mas quero ouvir o que ela diz. — Eu não me importo se ele é o cara mais gostoso do mundo. — Eu sorrio, uma sensação estranha florescendo no meu peito quando a ouço dizer isso. — Tudo bem, ele é gostoso, mas ele também é um idiota, e sua assistente é pior do que a bruxa má. Estou procurando um voo agora. Deixe-me saber o que Ryan diz. Quando não a ouço mais falando, bato na porta e ouço a maçaneta girar e o clique da porta. Ela está lá com o cabelo preso no alto da cabeça. O telefone ainda na mão, mostrando o protetor de tela. — O que você quer? — Ela pergunta. Eu olho para ela e algo quase muda, mas não sei o que é. — Hum, olá? — Ela diz de novo, e eu saio disso. — Posso ter um minuto do seu tempo? — Eu ando em direção a ela, fazendo-a sair do caminho para que eu possa entrar em seu quarto. Seu quarto é muito menor do que a minha suíte, e a mala está aberta sobre a cama com sua bolsa de higiene no topo. Seu laptop está aberto ao lado, e posso ver que ela estava procurando voos. Eu me viro
e olho para ela ainda de pé ao lado da porta com a maçaneta na mão. Ela fecha a porta. — Sessenta segundos, Tyler, então faça valer a pena, — diz ela, cruzando os braços sobre o peito. — Eu acho que houve um pequeno mal-entendido, — eu começo, e seus olhos se arregalam. — Não, não houve mal entendido. Seu pit bull avançou e me atacou. Eu cansei dela e seus comentários de merda, sua atitude de merda, e ela tentando me derrubar. Eu não quero você, — ela diz, e eu olho para ela, vendo a pequena veia em seu pescoço começar a saltar. — Eu não quero nada com você. Ela pode ter você só para ela. — Cassie e eu somos estritamente profissionais. Ela está comigo desde o começo — digo e observo enquanto ela revira os olhos — mas acho que ela estava totalmente fora da linha. — Você acha? — Ela responde. — Eu já disse isso antes, mas preciso repetir. Ela precisa ser medicada. Eu rio quando ela diz que é a segunda vez que menciona isso para mim. — Por que você está aqui? — Ela me pergunta, e depois continua falando. — Isso é exatamente o que você queria desde o começo. Você queria que eu saísse dessa turnê. — Ela joga as mãos para cima. — Bem, eu admito a derrota. Você ganhou; Eu perdi. Tyler1; Jessica-0. — Ela estava fora de linha, e garanto que daqui em diante, eu, assim como Cassie, estaremos no nosso melhor comportamento. — Oh, por favor, você sabe muito bem que ela não sabe o que significa melhor comportamento, — diz ela, e eu quero discutir com isso. — Eu vou ficar, — ela diz e então um sorriso aparece em seu rosto, — mas se eu ficar, ela não estará naquela porra de quarto quando tivermos a nossa entrevista. Ela não pisa no quarto, nem mesmo para lhe trazer uma garrafa de água ou para abaná-lo enquanto fala. Eu jogo minha cabeça para trás, imaginando a cena na minha cabeça. — Ela não é tão ruim assim.
— O que você diz, Tyler? — Ela pergunta. — Nós temos um acordo, ou eu vou para casa? Eu sacudo minha cabeça. — Tudo bem, — eu concordo. — Afinal, são apenas quinze minutos. — Eu não te conheço muito bem, mas tenho certeza que você pode aguentar quinze minutos sem ela, — diz ela, e eu aceno com a cabeça. — Estou sendo firme sobre isto aqui. — Ela cruza os braços sobre o peito. — Na verdade, reformulo isso, estou exigindo que, a menos que tenha a ver com a agenda ou com o trabalho dela, não quero que ela fale comigo. Nem uma única palavra. — Tudo bem. Quanto a você, ela não estará lá, e vou me certificar de que ela não tenha nada a ver com você, — eu concordo, — então você vai ficar. — Ouça, Tyler, eu vou ser realmente honesta com você agora. Nós dois sabemos que não gostamos um do outro, e sabemos que não queríamos estar aqui, mas meio que fizemos uma trégua. Então tenho que te lembrar disso, — ela diz, — estou me esforçando aqui, mesmo que não pareça. — Eu não falo nada; Eu apenas aceno com a cabeça. — Extra oficialmente, — diz ela, e eu olho para ela em confusão. — Eu quero te dizer algo confidencial, e não farei isso a menos que você diga que concorda. — E se eu concordar e depois quebrar a minha palavra? — Eu pergunto, e ela olha para mim. — Então eu divulgo a história que está esperando para ser contada, — diz ela, e eu olho para ela, com certeza estou olhando. — Fontes estão dizendo que você tem um filho. Eu sacudo minha cabeça. — Pelo amor de Deus. — Foi o que eu disse, — diz ela. — Eu não acredito nisso. — O quê? — É a minha vez agora, confuso com essa coisa toda e chateado que essa merda está acontecendo. — Bem, você vê, eu sei que você é um idiota, — diz ela. Eu quero rir de sua franqueza, mas não o faço. — Mas não acho que você seria tão idiota de não assumir seu próprio filho.
— Você está certa pra caralho, — eu digo a ela, e é a verdade. Se eu tivesse uma criança lá fora, não negaria. — Exatamente, então quando essa 'fonte' veio até mim, achei suspeita. Eu também achei o momento desta história suspeito, — diz ela. — De qualquer forma, a ignorei uma vez, duas vezes e, na terceira vez, esmaguei a história. — Obrigado. — Não sei por que estou agradecendo, mas sinto a necessidade de dizer isso. — Não me agradeça. — Balançando a cabeça novamente, ela diz: — Era uma história de merda, e nada pôde ser verificado. Eu soube imediatamente que a história veio de alguém do lado de dentro. A questão é por que alguém do seu grupo tentou me foder? Eu balancei minha cabeça agora. — Impossível. Todo mundo que está comigo é fiel até o fim. Sorrindo, ela balança a cabeça. — Se você diz, mas eu verificaria isso. — Eu vou. — Pronto para sair, pego a maçaneta da porta, abro a porta e saio, mas depois volto. — O que isso vai me custar? Ela cruza os braços sobre o peito. — Eu deixarei você saber quando descontar isso. — Eu aceno para ela e saio do quarto antes de fazer ou dizer algo estúpido. Como desfazer aquele coque no alto da sua cabeça e enrolar o cabelo enquanto vejo se o gloss dela tem gosto de cereja. Pressiono o botão para o elevador uma vez, duas, três e não paro de pressioná-lo até ouvir o barulho. Eu vou pegar meu celular. — Merda, — eu assobio quando percebo que Cassie está com ele. Eu vou até minha suíte, passando o cartão e entrando. Cassie está sentada à mesa com o computador aberto, seus olhos correndo para mim quando me ouve. — Nós temos um problema, — eu digo, jogando meu cartão na mesa e indo pegar uma garrafa de água. Eu olho para Cassie, que se inclina para trás em sua cadeira, esperando que eu lhe diga algo. — Alguém tentou vazar uma história falsa. — Andando até a janela, eu
olho para o horizonte. O sol brilha no céu, fazendo os edifícios cintilarem como diamantes. — O que você quer dizer? — Ela me pergunta. Eu me viro para ver que ela está sentada em linha reta com as mãos sobre a mesa na frente dela. — Lançaram uma história falsa sobre eu ter um filho, — eu digo, olhando de volta para fora novamente. — Eles ligaram diretamente para Jessica há dois dias. — E ela não divulgou a história? — Ela ri. — Eu chamo de besteira. Ela está brincando com você. Eu aperto meus dentes com tanta força que estou surpreso que eles não quebram. — Por que razão ela brincaria? — Eu assobio. — O fato é que alguém ligou para ela com uma história de merda. Eu acredito que a questão é quem ligou. — Isso importa? — Pergunta Cassie. — Eles ligaram, mas ela sabia que era mentira e não publicou a história. — É importante porque, se você está no meu time, tenho que confiar em você, e se eu não posso confiar... — eu balanço minha cabeça —... então você tem que ir. Cassie respira fundo. — Tudo bem. Vou perguntar por aí, plantar algumas histórias falsas e ver se elas vazam. O que mais ela disse? Eu olho para ela enquanto digo o que precisa acontecer. — Ela disse que ficaria, mas fez um pedido. — Os olhos de Cassie se estreitam, e o clarão sai. — Você não será permitida na sala quando ela me entrevistar. — E o olhar fica mais forte. — Na verdade, a menos que tenha a ver com a turnê, você não tem permissão para falar com ela. — Besteira, — diz Cassie, levantando-se e vendo que não estou dizendo nada. Normalmente, eu estaria do lado dela, mas ela cruzou a linha sem motivo algum. Ela deve sentir que esta não é uma luta que vai ganhar porque simplesmente joga as mãos para cima. — Tudo bem. Tanto faz. — Obrigado, — eu digo a ela. — Eu preciso do meu telefone. Eu tenho que ligar para meus pais e verificá-los. — Ela pega sua bolsa e
olha para dentro, pescando o telefone. — Que horas eu tenho que estar pronto? — Eu pergunto, pegando o telefone e vendo que tenho algumas chamadas perdidas. — Seis e meia, — diz Cassie. Levantando-se, ela fecha o computador e se vira para sair do quarto. — Eu estarei aqui às seis e vinte e cinco. Seu terno está pendurado em seu armário, e você andará no tapete vermelho com Jonathan esta noite. — Obrigado, — eu digo a ela e abro meus e-mails e vejo que dois entraram. Ambos já foram lidos, e eu os li uma segunda vez. Eu também ligo para minha mãe, e ela continua falando sobre o dia glamoroso que Cassie lhe contou. Eu tenho tempo suficiente para sentar por dez minutos antes que seja hora de me preparar. Estou vestindo meu casaco quando ouço a porta da frente abrir. Eu me certifico de que o meu terno cinza de três peças esteja corretamente alinhado, então saio e vejo Cassie vestida com um vestido cinza e preto com saltos pretos. — Oh, muito chique, — ela diz para mim, e eu olho para ela. Seu cabelo preto está enrolado perfeitamente, e sua maquiagem novamente está perfeita. — Agora, vamos embora. Eu aceno para ela, pegando meu telefone e deslizando-o dentro do meu bolso interno. Chegamos ao saguão e vejo que Jonathan é o único que está esperando. — Onde está todo mundo? — Eu pergunto, olhando em volta. — Eles pegaram um ônibus para ir, e seu carro está esperando na frente, — diz Cassie. — Vamos, garotos. — Ela sorri e caminha na nossa frente. — Isso é um pouco estranho, — diz Jonathan, rindo. — Eu sinto que vou ao baile. — Relaxe, — eu digo a ele, batendo no seu ombro. — Eu não vou tentar fazer sexo com você. — Nós dois rimos e eu entro no carro e me preparo para a primeira parada. Só mais nove para acabar.
10 Jessica A
primeira
parada
oficial
de
Tyler
Beckett
está
em
andamento. Os fãs fizeram fila durante a noite só para ter um vislumbre dele. — O número que você discou não está em serviço. Por favor, verifique o número e tente novamente. Eu sabia disso. Eu sabia no meu intimo que esta história era besteira. No
dia
seguinte
à
minha
partida,
recebi
um
suspeito. Eu não responderia ou faria qualquer pergunta a menos que tivesse a pessoa ao telefone. Tivemos uma conversa que durou quinze minutos e, depois de um minuto, soube que ela estava mentindo. A história dela não batia, então liguei para Stephanie e lhe disse que não iria divulgar a história, e então Tyler e Cassie entraram na sala que eu estava esperando para entrevistá-lo. A coisa toda estava uma bagunça esta manhã. Fui conduzida de um cômodo para outro e meu tempo de entrevista foi trocado duas vezes. Eu estava frustrada por estar sendo jogada, e fiquei cansada por estar mexendo os dedos nos últimos vinte e cinco minutos enquanto ele fazia outras entrevistas, então surtei. Eu sempre soube que Cassie era uma vadia, e era apenas uma questão de tempo antes que realmente viesse à luz, mas levou dois dias. Pelo menos comigo. Ela está bem com os outros. Então ela fez aquela observação maliciosa depois que eu terminei. Levou cinco segundos para ligar para Stephanie e contar o que aconteceu e mais cinco para ela ligar para Ryan. Quando cheguei ao meu quarto, puxei a mala em cima da cama e liguei o computador para reservar um voo para casa, houve uma batida na porta. O que eu não esperava era que Tyler fosse ao meu quarto e me pedisse para ficar, na
verdade se desculpando pelo comportamento de Cassie. Aceitei, embora soubesse que ele não precisava fazer isso, mas também fiz meu pedido. Eu não achei que ele atenderia, mas ele o fez. Agora aqui estou na parte de trás do ônibus em nosso caminho para a estreia do tapete vermelho. — Está quente como o inferno, — diz Autumn ao meu lado, levantando a mão e abanando-se com ela. — Calças pretas com cem mil graus de umidade não combinam, — ela diz, e eu olho para ela. Ela está vestindo calça preta e uma camisa de seda rosa claro com um laço preto em volta do pescoço para fechar o colarinho. — Eu ouvi o que aconteceu com Cassie, — ela sussurra, e olho em volta para ver se alguém está ouvindo. Os caras estão em seus telefones, as três loiras estão retocando a maquiagem, e Kendall está no vídeo chamada com seus filhos que acabaram de acordar. — Sim, — eu digo, não adicionando mais combustível ao fogo. — É o que é. Ela sacode a cabeça e depois o ônibus para. Todos saímos, atravessando o tapete vermelho até os pontos designados. Eu ando até a minha cadeira e sento-me enquanto o meu câmera se instala. Eu olho para cima e vejo que os fãs já se alinharam do outro lado da rua, e uma barreira de aço foi trazida para mantê-los fora. A polícia está alinhada para garantir que a multidão não saia do controle. Pego o fone, coloco no ouvido e, em seguida, pego o microfone. — Teste. Um dois três. — Eu ouço você alto e claro, — diz o cara da câmera, e eu apenas aceno para ele, sorrindo. — Obrigada... — Eu espero que ele me diga o seu nome. — Mike, — ele diz rispidamente. — Eu estou indo fumar antes que essa merda fique louca. — Eu aceno, em seguida, levanto e aliso minha saia. Hoje não era um bom dia para usar mangas compridas. Eu olho para o meu vestido branco de mangas compridas que é apertado até que passe pela minha bunda e então ele abre. As mangas são apertadas até o cotovelo e, em seguida, espalhadas com uma única faixa preta ao redor do punho. É elegante; a clivagem aparecendo no decote da frente é o único indício de sensualidade, e estou usando meus
sapatos de couro preto aberto na ponta que se prendem ao redor do tornozelo. Eu vejo Mike voltando e olho para ele. — O circo chegou, — diz ele, e eu apenas aceno enquanto ele coloca a câmera no ombro e começa a me filmar. — Vá para a direita, — diz ele. A próxima hora é louca com convidados especiais, pop stars, um casal de co-estrelas, e então eu ouço uma comoção de gritos. — Eu acho que a estrela do show acabou de chegar aqui, — eu digo para Mike, e ele apenas balança a cabeça. — A águia chegou. — Eu ouço no meu fone de ouvido, e acho que reviro os olhos porque Mike ri de mim. Eu olho para a tela da televisão que eles têm no canto. Tyler sai do carro com um sorriso enorme no rosto e uma das mãos sobe para acenar enquanto ele atravessa a rua. Ele passa uns bons trinta minutos atendendo a fila de fãs. Tirando fotos com eles, assinando coisas, sorrindo, rindo e apertando as mãos, ele lhes dá tudo. Então ele finalmente atravessa a rua para atravessar o tapete vermelho, parando para as câmeras que estão atrás de nós. Ele caminha pelo tapete vermelho, parando a cada dois metros para olhar para a câmera. A mão dele no bolso mostra o colete do terno cinza de três peças. Seu cabelo e seu sorriso são perfeitos, e seus olhos uma perfeição. Ele olha para frente, depois se vira para Jonathan, brincando com ele e jogando a cabeça para trás rindo. Eu fico aqui só observando o jeito que ele é dono disso; o jeito que ele nasceu para isso. Ele desce o tapete, sorrindo o tempo todo, e os flashes soam como loucos. Ele olha para a multidão, e então seus olhos me encontram, e ele me olha como se eu fosse a única aqui. Que diabos? Seus olhos brilham um pouco, e seu sorriso fica um pouco mais brilhante, mas depois ele se vira e o escudo sobe. Ele finalmente entra no teatro, e então todos nós começamos a trabalhar,
arrumando
as
malas. —
Aqui
está,
—
Yamina
diz,
entregando-me o papel branco. — Você está convidada para o jantar hoje à noite após a exibição do filme, mas se não quiser ir, há um ônibus que a levará direto de volta ao hotel. Amanhã, deixaremos o
hotel às nove da manhã, então tenha certeza de estar lá a tempo. Então, se quiser sair e festejar esta noite, lembre-se de que você tem que estar pronta para ir amanhã. Concordo com a cabeça e pego o papel branco, dobrando-o e colocando-o na minha bolsa de ouro enquanto ela se afasta para encontrar Yolanda. Eu entrego o microfone de volta para Mike. — Foi um prazer trabalhar com você, — digo a ele, e ele apenas acena para mim enquanto agarra o microfone. — Você foi fácil para minha câmera, — diz ele, piscando para mim. — Vou mandar as imagens para o seu jornal para que elas coloquem on-line. — Muito obrigada. — Eu sorrio, pegando minha bolsa e descendo o
tapete
vermelho. Os
fãs
não
se
mexeram; nenhum
deles
foi
embora. Eu ando para a esquerda, onde vejo Jonathan, Autumn e Kendall. — Um já foi, nove para ir, — eu digo, e todos sorriem e riem. — Essa é uma maneira de olhar para isso, — diz Kendall. — Eu não sei sobre vocês, mas estou mais do que feliz em tirar esses sapatos e encerrar a noite. Autumn concorda. — Acho que Yolanda disse que o ônibus nos levaria de volta ao hotel. — Onde está todo mundo? — Eu pergunto. Olhando em volta, vejo Peter e Jim. — Temos que ir ao teatro, e há uma saída secreta, — diz Autumn, e eu os sigo pelo tapete vermelho. A maioria dos fotógrafos se foi para fazer o upload de todas as suas fotos. Um casal fica enquanto passam pelas fotos em sua câmera. A equipe de remoção já está desmontando as coisas. Eu entro, olhando em volta quando meu salto pega em alguma coisa, e me sinto caindo. Eu acho que grito, mas sou pega antes de saber o que está acontecendo. Isso acontece tão rápido. Um segundo, estou olhando para o tapete vermelho se aproximando, e no outro, estou enrolada em dois braços fortes. Eu não vejo nada além de cinza. — Oh meu Deus, — alguém diz, e então eu fico de pé. O braço de Tyler
ainda
está
enrolado
na
minha
cintura
enquanto
busco
equilíbrio. — Você está bem? — Eu olho para Yamina, vendo-a lá com um rosto branco. Autumn, Kendall e Jonathan parecem um pouco chocados. Olhando para Tyler agora. — Eu estava quase caindo no tapete vermelho, — eu digo, rindo nervosamente. Minhas mãos ainda estão tremendo um pouco enquanto tento segurar minha bolsa, percebendo que Tyler não moveu sua mão da minha cintura. — Você está bem? — Jonathan vem para o meu lado, e sou repentinamente puxada mais para perto de Tyler. — Sim. — Eu aceno minha mão no ar. — Eu estou bem, mas meu ego, isso vai ser machucado. Felizmente, as câmeras não estavam ligadas, e as fotos não estavam sendo tiradas. — Olho para Tyler agora e sorrio para ele. — Obrigada por não me fazer comer meus dentes. — Eu pisco para ele, e ele ri. — O ônibus está pronto, — diz Yamina. — Saindo por aquela porta. Eu aceno enquanto ela sai correndo, e os outros três seguem em frente. — Isso foi tão embaraçoso, — eu digo, escondendo meu rosto em minhas mãos. — Oh meu Deus, você pode imaginar as manchetes? — Eu digo, virando minha cabeça em seu ombro. — Eu não acho que esse é o pagamento por aquele favor que eu te devo, — diz ele com um sorriso no rosto. Eu olho para ele, mas não dura muito antes de seu sorriso se transformar em um sorriso enorme e depois em uma risada. A facilidade da coisa toda, como se fossem apenas nós dois e não as centenas de pessoas do outro lado da porta. Eu me viro e rio em seu ombro, seu corpo tremendo agora de sua própria risada. — Aí está você, — alguém diz por cima do meu ombro, e eu me viro para ver que Cassie agora está correndo até ele. Vendo-me aqui, ela olha para mim, e então vê a mão dele em volta da minha cintura. — Eu estava procurando por você. — Estou aqui, — diz ele. Eu tento me soltar do braço dele, mas ele não me deixa ir. — Eu ia pegar o ônibus de volta para o hotel.
— Você tem reservas para o jantar, — ela diz para ele. Eu lentamente me movo para o lado, e ele me deixa ir desta vez. — Você me disse que não era obrigatório, — ele diz, e ela revira os olhos. — Tudo bem, — diz ela, alcançando sua bolsa, — deixe-me pegar o carro. — Todos nós podemos pegar o ônibus. — Eu olho dele para Cassie e vejo o choque em seu rosto. Os pensamentos que devem estar passando por sua mente agora me dão vida. Cavalgar com os plebeus deve ser o destaque de sua noite. — Você vem? — Ele pergunta a ela e então se vira, colocando a mão no meu cotovelo e caminhando em direção à porta por onde os outros acabam de sair. Chegamos ao ônibus e a porta se abre quando o motorista nos vê caminhando em direção a ele. Tyler espera que eu suba os três degraus, e então ele estende a mão para Cassie entrar. Eu ando até o fundo e me sento no primeiro assento disponível. — Oh, você vai voltar para o hotel? — Jonathan pergunta, e eu aceno. — Ótimo. Vamos passar no bar de ramen1 na esquina. — Oh, sim? — Eu digo para eles quando sinto alguém sentado ao meu lado. — Esse lugar é bom, — diz Tyler do meu lado, — mas se você realmente quer experimentar o melhor ramen... — Defina melhor ramen, — diz Autumn e depois olha para mim e depois para Kendall. — Quero dizer, é ramen e não uma cozinha com classificação Michelin. — Na verdade, é apenas um boteco. Acho que tem talvez dez lugares, mas é a melhor coisa que você possivelmente comerá em toda a sua vida. — Ela olha para ele, não convencida. — Confie em mim, eu filmei aqui há três anos, e a equipe me levou lá. — Ainda estamos falando de ramen, não estamos? — Diz Kendall. — Como macarrão que são liofilizados e colocados na água 1
Uma loja de ramen é um restaurante especializado em pratos de ramen, o macarrão japonês com farinha de trigo em caldo. No Japão, as lojas de ramen são muito comuns e populares, e às vezes são conhecidas como ramen.
fervente por quatro minutos em seguida, aromatizado com o pacote do tamanho de preservativo, certo? — Eu rolo meus lábios e ri silenciosamente quando Tyler suspira em voz alta. Ele se levanta e vai para frente do ônibus, conversando com o motorista. — Eu acho que o insultei. Todos nós o observamos enquanto ele volta para o assento. — Ele vai nos levar até lá, — diz ele. Cassie geme. Revirando os olhos, ela nos ignora e olha para Tyler. — Eu já mandei o seu jantar para a sua suíte. Não tenho reservas para lá e nem sequer temos um guarda-costas. — Oh, meu Deus, — Autumn murmura baixinho, e quando eu olho para ela, ela está olhando pela janela tentando ignorar a conversa. — Você não tem que ir, Cassie, — diz Tyler. — Além disso, todos os paparazzi ainda estão no teatro. — Ela não diz nada. Em vez disso, ela
pega
o
telefone
e
os
dedos
se
movem
uma
milha
por
minuto. Ninguém diz nada enquanto olhamos pela janela descendo a menor estrada já feita e depois paramos no meio da rua. — Tudo bem, pessoal, — diz Tyler, virando-se com um sorriso enorme no rosto, — siga-me. — Ele caminha para frente, inclinando a cabeça para sair do ônibus, então se vira para estender a mão e me ajudar a descer. Eu olho em volta enquanto ele ajuda as outras mulheres a sair do ônibus. A poluição está por toda parte, a buzina é tão alta, e as pequenas scooters estão ziguezagueando através de nós. Mas o cheiro da comida flutua no ar. Ele caminha em direção a uma pequena porta que você precisa se abaixar para entrar. Eu olho em volta e vejo uma garota na frente do restaurante recebendo pedidos, e os chefs estão todos atrás da meia parede. A bancada, correção, balcão, se você pode chamá-lo assim, porque é realmente uma longa mesa com bancos individuais em fileira. Todos se sentam e jantam juntos. Muito caseiro. Eu olho para o cardápio, e é tudo em coreano, mas felizmente, há fotos. — O que você quer? — Tyler pergunta do meu lado.
— Eu vou com o ramen vegetal, — eu digo, apontando para a foto de macarrão, caldo de carne, cogumelos, cenouras e um monte de outros vegetais. Ele acena com a cabeça e se vira para perguntar aos outros o que querem. Eu me movo para a parede dos fundos enquanto as pessoas saem da parte de trás do restaurante. Tyler vai pedir a comida e depois entrega os números para todos. — Este é o número do seu assento, então você vai se sentar e seu chef fará sua refeição, — diz ele a Autumn. Ela olha para baixo e entra no restaurante, procurando por seu banquinho. Eu não percebi que há um chef para cada assento. Kendall a segue e se senta ao lado dela, depois Jonathan e depois Cassie. Eu estendo minha mão para o meu ingresso. — Havia apenas quatro juntos, e depois os nossos estão separados deles, — diz ele e depois se vira para liderar o caminho. Passamos pelos quatro e ninguém percebe. Bem, Cassie percebe quando pega o telefone e digita. Finalmente chegamos aos dois últimos lugares do outro lado do restaurante logo antes do banheiro. Eu me sento e vejo quando ele se senta ao meu lado. Eu sorrio e depois olho para baixo. — Porque esse sorriso? — Pergunta ele. O chef à nossa frente entrega-lhe uma cerveja e depois coloca uma taça de vinho branco à minha frente. — Eu não sabia o que você bebia, então improvisei. — Vinho é bom. — Eu sorrio para ele e levanto a taça. — A estreia da primeira noite. — Ele levanta sua cerveja e brinda na minha taça. Eu tomo um gole do vinho branco e ele toma um gole de sua cerveja. — Então o sorriso, — diz ele. — Conte-me. Eu balancei minha cabeça, colocando a taça de vinho no balcão. — Isso, — eu digo com as duas mãos. — Você em seu terno de três peças sentado no equivalente a um restaurante gorduroso. Ele ri. — Eu estou mais em casa neste restaurante gorduroso do que no tapete vermelho, Jessica, — diz ele suavemente. — Eu não faço este trabalho por isso. — Ele aponta para o seu terno. — Eu faço porque eles me deixam fazer acrobacias loucas, me pagam uma grana, e sou realmente bom nisso.
Agora é minha vez de rir. — Quero dizer, eu acho que você é bom nisso. Você é o cara mais bem pago, então pode ser bom nisso. — Meu dedo bate na base do copo de vinho. — Além disso, não ajuda que você é bonito, certo? — Eu digo, pegando meu vinho novamente para tomar uma bebida. — Você acha que eu sou bonito? — Ele pergunta, e eu reviro meus olhos em seu sorriso arrogante. — Não, mas suas fãs sim, — digo a ele enquanto o chef coloca meu prato na minha frente, e tudo que ouço é Tyler e sua risada irritante. Eu pego a colher de cerâmica e movo o macarrão sob o caldo claro. Eu pego um pouco do caldo, sopro e, em seguida, trago a colher aos meus lábios. No minuto que atinge a minha língua, a rajada de sabores explode. — Puta merda, isso é bom, — eu digo, tomando mais caldo. Eu olho e vejo Tyler pegando seus pauzinhos para girar o ramen. — E você pode comer com pauzinhos? — Eu balanço minha cabeça. — Você tem sorte por termos uma trégua, ou eu estaria vazando a história de que Tyler Beckett é como uma pessoa normal. — Ele ri quando digo isso. Eu tento rolar o macarrão e falho miseravelmente. Eu me inclino para ele e ele coloca sua orelha mais perto de mim. — Você acha que eles têm elástico para prender os pauzinhos? — Eu pergunto em um sussurro e depois vejo como ele se levanta. Eu estou esperando que ele vá pedir utensílios, mas não pede. Em vez disso, ele tira o casaco e para atrás de mim, depois se inclina sobre as minhas costas e coloca a mão na minha. Sinto o calor do corpo dele penetrar nas minhas costas e acho que paro de respirar. — O que... — Eu sussurro ou gaguejo; meu batimento cardíaco está disparando. — Eu vou te ensinar, — ele sussurra em meu ouvido. Seu rosto está bem ao lado do meu quando ele coloca os pauzinhos na minha mão direita e a colher na minha esquerda. Suas grandes mãos cobrem as minhas. — Agora o que você faz é pegar um pouco de macarrão. — Ele pega cerca de dez com os pauzinhos. — E então você coloca sua colher sob as pontas dos pauzinhos. — Ele está falando, e eu estou olhando
para a tigela na minha frente, mas não posso me concentrar em nada além de seus braços em volta de mim e no jeito que ele se encaixa por trás. — Então você gira, — ele continua, e eu o sinto me olhando de lado. Meus olhos encontram os dele, e seus olhos azuis cristalinos estão um pouco mais escuros. — Você cheira a morangos, — diz ele. Seu rosto está um pouco mais perto, e agora sei com certeza que estou prendendo a respiração. — Vocês já estão terminando? — Cassie diz, e eu solto minhas mãos das dele, minha colher batendo na tigela. Ele se endireita. — Estamos quase terminando, então vou ligar para o motorista do ônibus. — Sim, isso soa bem, — diz Tyler como se ele não estivesse atrás de mim. Como se eu não estivesse mais perto de beijá-lo. O que diabos há de errado comigo? — Devemos terminar em cerca de dez, — diz ele enquanto se senta e pega a colher para continuar comendo. — Coma, — diz ele. É a única coisa que ele diz, e não me incomodo em falar porque não confio em mim mesma. Eu não estou mais com fome. Eu como um pouco mais e depois levanto quando Autumn diz que o ônibus está aqui. Levanto-me ao mesmo tempo em que Tyler; Ele pega seu casaco em uma mão e estende a outra fazendo um gesto para eu sair na frente dele. Eu entro no ônibus e sento em um dos assentos, e Tyler senta ao meu lado. Eu não falo uma palavra o tempo todo enquanto os outros conversam ao meu redor. Voltamos para o hotel e vou direto para o meu quarto. Desejando a todos uma boa noite quando saio do elevador enquanto o resto deles vai para o seu próprio andar, eu deslizo meu cartão na fenda, depois desmorono contra a porta, finalmente solto o ar que parece que estava segurando esse tempo todo. — Que merda acabou de acontecer? — Faço a pergunta mesmo que ela não seja respondida.
11 Tyler Este ator sexy está voltando para a reabilitação. Sua exesposa realizou uma intervenção quando ele passou três dias em um bar... sozinho. Fontes dizem que foi seu pedido de ajuda. Estive nesta esteira pelos últimos trinta minutos, e não importa o quão rápido continue me esforçando, não consigo me concentrar. Olho para o relógio na parede à minha frente e vejo que são quase seis e quinze. Normalmente, Jessica está aqui às seis e dezessete. Quer dizer, não que eu estivesse acompanhando, mas é algo que notei. Ontem à noite, quando tive as mãos dela na minha, e olhei para ela, eu quase pude sentir o seu gosto. Eu sabia que se me movesse apenas um pouco mais, nada iria me impedir, mas então ouvi a voz de Cassie, e minhas paredes
subiram
novamente. Eu
nunca
fui
visto
beijando
em
público; essa merda é para adolescentes. Isso não acontece comigo. Eu jogo duro e fodo mais duro ainda, mas faço isso em particular. Você nunca me verá enfeitando os tabloides do caralho com meu pau para fora. Foda-se essa merda. Eu me esforço mais na minha corrida, apenas lembrando da noite passada e da porra do deslize. Balanço a cabeça porque não posso deixar acontecer de novo. Enquanto repito e repito várias vezes, ouço a porta se abrir e sei que é ela. Meu corpo fica em alerta máximo, e me forço a me concentrar no prédio à nossa frente pela janela, mas então vejo suas mãos ligando a televisão, e minha cabeça vira para o lado. Ideia errada. Ela caminha rapidamente em sua calça cinza-clara apertada que molda cada maldita curva que ela tem. Uma camisa branca justa larga nas mangas mostra o sutiã esportivo abaixo de seu estômago tonificado. Ela coloca na CNN por dez minutos e, em seguida,
conecta seus fones de ouvido e muda para o Dateline. Ela não é nada se não uma criatura de hábitos. Eu viro minha cabeça para frente, sem dizer nada. Eu começo a fazer uma nota mental na minha cabeça sobre ela; o que me deixa tão excitado sobre ela? Talvez eu ainda esteja assim porque me senti mal por ser um babaca e tê-la visto aquela apresentação sem o nome dela lá... na frente de seus colegas. Talvez seja por isso que eu olho para frente no vidro, e vejo seu reflexo no espelho e começo a analisála. Tudo bem, ela tem um ótimo cabelo; um maldito cabelo que eu poderia pegar, puxar sua cabeça para trás para poder olhar para ela. Seus olhos são hipnotizantes. Às vezes, são verdes como uma esmeralda ou, se estiver no sol, ficam da cor de um trevo. Seu sorriso, quando ela está realmente rindo, é incrível, e todo o seu rosto se ilumina. Mas quando ela sorri para mim, eu quero arrancá-lo de seu rosto. Sua boca também; a insolência que sai dela me faz querer arrancar os cabelos da minha cabeça. Eu jogo ao redor se a odeio ou a tolero o tempo todo que me esforço para ir mais e mais rápido. Eu cometi o erro de olhar e ver seus peitos saltando novamente. Esses teriam que ir para minha lista de desejos. Esses peitos são perfeitos; têm que ser reais, ou talvez sejam falsos.
De
qualquer
forma,
porra
perfeitos. Além
disso,
sua
bunda. Porra, ela tem a melhor bunda que já vi, firme, gorda e perfeita. Eu giro a velocidade, diminuindo a esteira até parar. Pegando a garrafa de água, vou para a porta enquanto ela continua correndo. Eu me viro para ter o último vislumbre dela e vejo aquela bunda perfeita, sua camisa cheia de cruzamentos nas costas e seu cabelo balançando de um lado para o outro. Eu gemo por dentro e caminho para a minha suíte. Eu gemo ainda mais quando vejo que Cassie está postada na minha suíte. — Agora não, — digo a ela. Ela balança a cabeça e eu entro no quarto, fecho a porta e depois tiro minha camisa. Jogando-a na minha cama, vou até o chuveiro, ligando-o e tirando o short do meu corpo, minha ereção quase como pedra. Eu fico sob a água, minhas mãos na parede enquanto a água
escorre pelo meu pescoço em direção às minhas costas. Talvez eu só precise foder, e então ficarei bem. Eu cerro meu pau, agora minha cabeça vai para trás, apertando a base, meus olhos se fechando, e a única coisa que vem à minha cabeça são imagens de Jessica. Seus olhos, seus lábios, seu abdômen, o jeito que seus seios saltam quando ela corre. Eu a imagino aqui comigo enquanto finjo que é a mão dela que sobe e desce pelo meu pau. Eu gozo com o nome dela nos meus lábios. Abro os olhos e espero minha respiração voltar ao normal. Eu saio e pego uma toalha enrolando-a em volta da minha cintura e outra para secar meu cabelo. Saio do banheiro e abro a porta, vendo que estou sozinho. Uma nota está sobre a mesa. Tudo está empacotado. Basta arrumar sua merda de treino. Eu pego meu telefone e caminho até a janela, puxando o nome de Roxanne. Eu: Você vai estar em Tóquio conosco? Roxanne é uma das minhas co-estrelas. Nós filmamos talvez dez cenas juntos, mas a coisa boa é que tínhamos tensão para liberar, e simplesmente transamos. Aconteceu, e no dia seguinte, ela pegou suas coisas e me jogou um beijo por cima do ombro. Não houve drama, e não havia nomes no jornal. Roxanne: Eu chego lá amanhã à tarde, antes do evento. Eu sorrio, olhando para o telefone. Eu: vamos conversar. Roxanne: Sim, vamos conversar. Eu sorrio para mim mesmo, ignorando a voz no fundo da minha cabeça. Eu me visto com meu jeans preto, rasgado nos joelhos. Eu pego uma camiseta branca que se molda ao meu peito e pego meu suéter bege com capuz, colocando-o. Eu corro minhas mãos pelo meu cabelo e escovo meus dentes. Eu coloco minhas botas pretas, em seguida, uma jaqueta preta, rolando os punhos. Eu jogo minhas roupas na minha mochila pequena. Descendo as escadas, saio do elevador e bato em alguém. Minhas
mãos
saem
imediatamente que é Jessica.
para
agarrar
seus
braços,
e
sei
Ela está usando um vestido rosa de manga comprida que é tão apertado que me pergunto como ela está respirando. Ok, tudo bem, não é tão apertado, mas ela deveria cobrir. Em torno de seus quadris há uma camisa xadrez amarrada na frente. É combinado com tênis Converse brancos. Ela pode ir do glamour para o clássico, para o sexy pra caralho. Seu cabelo está solto agora e ela ri. — Eu realmente preciso parar de tropeçar em você. — Sim. — É a única coisa que eu digo para ela quando a solto. Meus dedos formigam enquanto me afasto dela. Eu ando com a cabeça baixa até que vejo Cassie. — O ônibus está aqui,
—
diz
ela. Eu
apenas
aceno
e
avanço
em
direção
ao
ônibus. Quando me sento, ela se senta ao meu lado. Eu coloco meus óculos de sol e pego meu celular, percorrendo as fotos da noite passada. Eu rio quando vejo algumas minhas e Jonathan de braços dados. Saímos do ônibus e entro no avião, sentando-me, e Cassie se senta ao meu lado. Eu nunca olho para cima, nem mesmo quando ouço sua risada que dispara através de mim, fazendo com que minha perna suba e desça. Eu não me movo do meu lugar o tempo todo, e quando o avião pousa, eu saio em direção ao ônibus. — Qual é o seu problema? — Cassie pergunta, sentada ao meu lado. — Você não disse mais do que cinco palavras para ninguém. — Cansado, — eu digo. Olhando pela janela, eu a vejo sorrindo enquanto caminha em direção ao ônibus. Ela está andando ao lado de Jonathan, rindo de algo que ele disse. A mão dele passa pelos ombros dela, e ela simplesmente deixa. Ela não o empurra ou se afasta dele. Eu sacudo minha cabeça. O que diabos há de errado comigo, e por que eu me importo com quem ela está andando? Estúpido, eu penso comigo mesmo. Eu coloco minha cabeça para trás e fecho meus olhos até chegarmos ao próximo hotel. Entro e vejo Yamina e Yolanda no meio do saguão entregando as chaves. — Eu já tenho o seu pronto, — diz Cassie, entregando-me o meu cartão-chave. — Eu estou no mesmo andar desta vez.
— Sim, qual é o plano para esta noite? — Eu pergunto a ela, caminhando em direção aos elevadores. — Jantar se você quiser ou posso cancelar. Temos a imprensa agendada para amanhã o dia todo, e depois o tapete vermelho na mesma noite, então será um longo dia. — Sim, acho que vou pedir no quarto e só descansar para amanhã, — digo a ela, e faço exatamente isso. Eu passo a noite no meu quarto, e no dia seguinte, quando o alarme me acorda as seis, eu o desligo e pulo o ginásio. Em vez disso, faço abdominais na sala enquanto assisto à CNN e depois à Dateline. Quando comecei a assistir a CNN e Dateline ? A porta da minha suíte abre às sete e quarenta e cinco e Cassie entra com café. — Ei, eu não sabia que você não estaria no ginásio esta manhã, — diz ela, colocando-o sobre a mesa e, em seguida, vindo para assistir o final do segundo episódio. — Vai ser uma noite louca, — diz ela. — As barricadas já estão montadas, e os fãs estão gritando seu nome. — Pegando o controle remoto, ela muda o canal, e vejo que o tapete vermelho já está posto e algumas das câmeras já estão montadas. — Então, das dez as duas, são entrevistas com os dez jornalistas. Depois você se prepara para o tapete vermelho hoje à noite. Será as seis, então temos que sair daqui às cinco e meia. Autumn é o seu par no tapete vermelho hoje à noite. — Eu aceno para ela, vou para o meu quarto e tomo um banho. Eu pego minha calça azul com uma camisa azul clara, combinando com o meu cinto Hermes marrom. Eu rolo as mangas para cima. Colocando meu relógio Rolex prateado, pego meu telefone e coloco no bolso de trás. — Começaremos as entrevistas com Jessica esta manhã. Você precisa de mim lá? — Ela me pergunta, e eu balanço minha cabeça. Fizemos um acordo, e vou cumprir a minha parte. Nós chegamos ao térreo, e saio vendo Yamina e Yolanda novamente. — Bom dia. — Elas me cumprimentam com um enorme sorriso. Aposto que uma vez que essa merda acabar, essas duas vão
dormir por uma semana. Eu sorrio para elas. — Estamos prontas quando você estiver. Jessica já está na sala sete. Eu ando em direção a sala e olho para Cassie. — Faça-me um favor. Dê aquelas duas uma semana longe de tudo no México por minha conta. Tratamento cinco estrelas. — Ela só balança a cabeça, pegando o telefone e fazendo anotações. Eu chego a sala e entro, incerto do que estou esperando, mas Jessica se senta em sua cadeira com um papel no colo. — Bom dia, — eu digo. Ela olha para cima, e se eu achasse que não vê-la na academia esta manhã não importaria, eu estava errado. Ela sorri para mim, levantando-se para me mostrar que está vestindo um terninho, a calça terminando um pouco depois do joelho. Seus braços estão nus, mas sou atraído por seus saltos altos que parecem ter as tiras enroladas no tornozelo cinco ou seis vezes. Seu cabelo está amarrado em um rabo de cavalo novamente, mas mechas perdidas estão caindo na frente. — Bom dia, — ela diz, e eu me sento na cadeira em frente a ela. Ela olha para cima. — Timing perfeito. Eu apenas aceno. Porra, que diabos está errado comigo? — Então eu li que você precisou de dezessete tentativas para conseguir apenas uma pequena cena no filme. — Ela vai direto para a entrevista com sua face profissional. — Você tem que ser um pouco mais específica sobre isso, — eu digo, o meu tom despreocupado. — Houve muitas cenas que levaram mais takes do que eu gostaria. — A cena de paraquedismo, — diz ela rapidamente, e então eu aceno. Os quinze minutos passam, e estou realmente gostando de falar sobre as acrobacias que realizei. Cassie enfia a cabeça na sala. — Tempo. — Eu me levanto e Jessica também. — Tenha um ótimo dia, — diz ela. Eu olho para ela, e ela sorri, com a cabeça inclinada para o lado. — Algo está errado? — Não, — eu digo, mas não entro em detalhes. Em vez disso, saio e continuo minhas entrevistas. A tarde voa e eu nem percebo. Quando
vejo já estou no carro a caminho da estreia e Autumn está sentada ao meu lado. — A temperatura está mais fria aqui, — eu digo, e ela olha para cima de seu telefone, concordando comigo. Chegamos lá e saio do carro, acenando e estendendo a mão para Autumn. — Prepare-se para a loucura, — eu digo a ela, e ela apenas balança a cabeça e se afasta quando eu ando até os fãs, dando autógrafos e posando para fotos. Depois
que
termino,
caminhamos
em
direção
ao
tapete
vermelho. Guio Autumn com a mão enquanto ela está ao meu lado sorrindo. Eu olho para as centenas de flashes explodindo, meu nome sendo gritado. — Ei, lindo. — Eu ouço do meu lado e vejo que é Roxanne. Eu sorrio para ela, meu corpo não está reagindo como deveria. Ela está parada lá em um vestido apertado cor creme, mostrando seus seios naturais perfeitos. Suas curvas preenchem o vestido, seu longo cabelo preto liso solto. Seus olhos castanhos se iluminam enquanto ela caminha até mim e me beija na bochecha, fazendo com que a imprensa enlouqueça. Nós posamos para fotos juntos, e eu ando pelo tapete com a minha mão na dela. Quando vejo Jessica, quase vacilo. Ela está de costas para mim, mas eu a reconheceria em qualquer lugar. Ela está vestindo calças apertadas de couro e, para isso, meu corpo finalmente acorda. Seu cabelo cai pelas costas em grandes ondas. Ela se vira agora, e é uma coisa muito boa que sou um bom ator porque minha boca vai no chão. Ela está usando um top de renda, aberto até o meio e moldado nela. Virando a cabeça para o lado, deixo minhas paredes subirem e não sou Tyler, o homem que quer alguém que nunca poderá ter. Eu sou Tyler, o ator que vai foder a merda de uma mulher que não significa absolutamente nada para mim em poucas horas.
12 Jessica Parece que essa celebridade vai para a cadeia. Isso depois que ela violou a liberdade condicional pela quinta vez. — Eu acho que a estrela do show chegou, — eu digo para o meu cara da câmera, e ele apenas balança a cabeça. Este se chama Jo sem e. Eu me viro para o lado, conversando com Kendall enquanto sinto o calor dos malditos flashes e então lentamente me viro e o vejo no meio de tudo aquilo com Roxanne ao seu lado. Ela sorri para ele, seu sorriso é o mesmo, mas seus olhos em mim. Algo mudou, e não tenho ideia do que. Ele estava estranho ontem na academia, e depois da academia, ele mal me disse uma palavra o dia todo. Na verdade, ele não disse nada a ninguém. Esta manhã, fui para a minha corrida habitual, e ele não estava lá. Eu fingi que não importava. Eu assisti Dateline e fiz parecer que era apenas mais um dia, mas não foi. Tudo estava estranho. Então a entrevista começou ríspida, mas quando ele começou a falar sobre suas acrobacias, as paredes desabaram, seu sorriso era genuíno, seu riso era o mesmo, mas depois desapareceu. Um dia, ele age como se fosse meu melhor amigo, compartilhando uma risada sobre a nossa piada particular, e no outro, ele está me ignorando. Eu pego meu telefone e puxo minha melhor amiga, Kellie. Eu lhe envio um texto, sem saber onde ela está. Ela não é apenas minha melhor amiga; ela é uma das maiores e mais populares estrelas da música country, e está em turnê, então não tenho ideia de em que fuso horário ela está. Eu: Eu preciso de uma garota no FaceTime. Kellie: EU TAMBÉÉÉÉMM
Ela responde imediatamente. Eu: Onde você está? Kellie: Canadá, você? Eu: Tóquio. Kellie: Ok, deixe-me levantar e eu vou descobrir os problemas do fuso horário e quando eu estiver livre. Eu: Fechado. Eu vejo todo mundo entrar no teatro, e mais uma vez, a show é incrível de se ver. Volto para o teatro e espero com todo mundo. Nós não vimos o filme, e não veremos até Paris, que é a estreia ‘real’, de acordo com Yamina. Nós voltamos para o hotel, desta vez apenas os jornalistas. Tem sido um longo dia louco, então todos vamos para os nossos quartos. Eu entro no meu quarto e olho para o menu do serviço de quarto. Jogando-o na cama, pego minha bolsa e decido ir comer na sala de jantar. Eu aperto o botão do elevador e entro, tiro meu telefone e checo meus e-mails. Saio do elevador de novo com a cabeça baixa e meu ombro colide com alguém, quase me girando. Eu olho para me desculpar, e meus olhos pousam nos azuis. Tyler está parado ao lado dos elevadores, exceto que ele não está sozinho. Meus olhos descem para as mãos dele e vejo que estão segurando Roxanne. Eu pisco para longe a dor e confusão, olhando para cima e fazendo-o me ver. — Desculpe, eu não estava olhando para onde estava indo. Parece que estou esbarrando muito em você. Eu me viro e saio, sem esperar por uma resposta ou até mesmo um reconhecimento, e sem virar a cabeça para olhar para trás, sem pensar se ele está olhando ou se está subindo para ter horas e horas de sexo com sua co-estrela. Eu não. Na realidade. Espere. Merda, talvez eu faça, no entanto. Eu ando até o bar, meus joelhos tremendo, e pego uma banqueta e me sento, pedindo uma taça de vinho branco. Sento-me e tento fingir que nada está me incomodando, mas depois de dois goles, o vinho tem gosto de ácido. Eu pago minha conta e caminho de volta para o elevador. Desta vez, meus olhos ficam alertas, então não esbarro em
ninguém novamente. Eu chego ao meu quarto, fecho a porta e, em seguida, jogo meu telefone na cama, mas não antes de ligar o alarme. Eu tiro minhas calças, depois a minha camisa, e tomo um banho rápido para lavar a maquiagem do meu rosto. Eu deslizo na cama e jogo meu telefone na mesa de cabeceira. Eu jogo e viro até meu alarme me dizer que é hora de tirar minha bunda da cama. Eu lanço meu braço para fora, agarrando-o e vendo que Kellie me mandou uma mensagem. Eu vejo que ela enviou duas horas atrás. Kellie: Chamo você em quatro horas. Eu respondo imediatamente Eu: Até daqui duas horas. Eu tiro os cobertores de cima de mim e me preparo para ir ao ginásio. Pelo menos hoje, eu sei que ele não vai estar lá porque provavelmente estará se recuperando de uma noite selvagem de sexo. Meu estômago revira quando puxo minha calça para cima e pego o sutiã esportivo correspondente. Eu amarro meu cabelo, me dirigindo para a academia. Eu abro a porta e paro no meu caminho porque na esteira correndo está um Tyler sem camisa. Eu zombo dele. Claro, ele pode fazer sexo a noite toda e depois correr para se divertir. O que ele tem, a resistência de um coelho? Eu vou para a esteira ao lado dele porque é a única. — Bom dia, — ele diz, ridiculamente bem disposto, e eu nem sequer o reconheço. Em vez disso, conecto meus fones de ouvido. — O que, você não está falando comigo? — Ele pergunta quando coloco um fone no meu ouvido e começo a andar rápido. Eu apenas olho para frente e ele ri, o que me irrita ainda mais. — O que eu fiz? — Pergunta ele, e tento manter a calma. Eu tento muito. Ok, bem, talvez não muito. Gahhh, eu falho com força. Eu desligo a esteira, viro e olho para ele. — O que é isso? — Eu pergunto, e ele para sua própria máquina, seu peito subindo e descendo, suor rolando pelo peito bronzeado. Ele pega uma pequena toalha branca e enxuga a testa, depois pega a garrafa de água. — Isso tem que ser um jogo. Você está fazendo um jogo
e eu não sei as regras? Porque se você estiver, então me ajude, eu... — Eu lhe digo, saindo da minha esteira e olhando para ele enquanto ele interrompe meu discurso. — Por que não podemos ser amigos? — Pergunta ele, depois de tomar um gole da água, e olha para mim. Sr. Calma, Legal e fodedor. — Você está brincando agora? — Eu pergunto e me viro em um círculo. — Estou sendo punida? — Então eu olho para ele, e ele apenas me observa com as mãos nos quadris. — Dois dias atrás, você quase me beijou. — Não, eu não, — ele aponta, suas mãos indo dele para mim. — Nós quase nos beijamos. — Você está chapado? — Eu pergunto a ele. — Ou você está bêbado? Talvez ambos? — Não, — diz ele, balançando a cabeça. — Em linha reta como uma flecha. — Ok, — eu digo, e agora começo a andar. — Um dia você me odeia. — Sim. Eu me lembro desse dia, — ele diz, sorrindo e depois toma um gole de água. — Então nós combinamos uma trégua? — Eu olho para ele, fixo. — Sim, eu me lembro disso também, — diz ele, agora saindo da esteira e em pé na minha frente. — Então você volta a ser um idiota. — Eu levantei a minha mão para impedi-lo de responder. — Eu certamente me lembro disso, — digo a ele e continuo, — então nos tornamos amigos, chocantemente, você é realmente um cara legal, mas então você tenta me beijar. — Eu olho para ele enquanto aponto para seu peito. — Nem tente, — eu o aviso, e ele apenas balança a cabeça. — Então você me ignora. Sem uma merda de palavra. Nem mesmo um grunhido. — Eu estava cansado, — diz ele com um encolher de ombros. — Eu estava tendo um dia ruim.
— E... — Levantando minhas mãos no ar, eu digo: — E daí, você estava tendo um dia ruim? Estou tendo um dia ruim agora, então estou te ignorando. — Não, você está gritando, mas todo mundo lida com o dia ruim de maneira diferente. Caso em questão. — Foda-se, Tyler. Honestamente, eu não posso fazer essa merda quente e frio, — eu digo a ele. — Eu não sou uma de suas garotas que balança o rabo quando você me dá atenção. — Você está com ciúmes, — diz ele, e eu cruzo os braços sobre o peito. — Para eu estar com ciúmes, teria que me importar, e não me importo, — digo a ele, esperando que eu seja uma atriz tão boa quanto imagino na minha cabeça. Eu tenho que lembrar que ele é um ator. Será que ele saberá que estou falando besteira nesse momento? — Eu não poderia me importar menos que você fodeu Roxanne ontem à noite. Eu não poderia me importar menos se ela ainda estiver em sua cama, esperando pelo seu retorno, provavelmente sendo vigiada por Cassie. — Eu não... — diz ele, aproximando-se e prendo a respiração — não fodi a Roxanne ontem à noite. — Eu não me importo, — digo a ele, minha voz agora baixando para um quase sussurro. Ele chega ainda mais perto e se inclina, invadindo meu espaço pessoal. Ele está tão perto, mais perto do que no restaurante, com o rosto perto do meu ouvido. — Mentirosa, — ele sussurra, e meu corpo estremece, então ele ri e se vira e sai. — Filho da puta, — eu assobio para mim mesma depois que a porta fecha. Eu conto até dez ou talvez cem, então saio da sala, espiando primeiro para ter certeza de que ele não está lá sorrindo. Eu volto para o meu quarto, pegando meu telefone e mandando uma mensagem para Kellie. Eu: estou disponível se você estiver.
Eu jogo o telefone na cama, tiro meu sutiã esportivo e meu telefone toca. Eu coloco um enorme sorriso no rosto quando pressiono o botão verde aceitando. O pequeno círculo gira no topo, mostrando que está se conectando. Seu lindo rosto preenche a tela. Ela não tem um pingo de maquiagem, e seu cabelo loiro está empilhado em sua cabeça. Nossa amizade começou há dois anos, quando eu a segui por uma semana durante sua estreia na Broadway. Bem, ligamos nosso amor pela música, nosso amor pelo café, nosso amor pelos memes e, mais importante, nossa visão de Hollywood. — Olá, linda. — Eu vejo que ela está deitada em um sofá com a cabeça apoiada em um alguns travesseiros. — Onde está você? — No ônibus do inferno, — diz ela, esfregando o rosto. — Você pode me fazer um favor? — Ela pergunta. Eu chuto meus sapatos e pulo na cama, deslizando sob as cobertas. — Da próxima vez que eu falar sobre o quanto a turnê é divertida, você pode me lembrar dessa conversa? Eu começo a rir quando ouço uma voz profunda no fundo. — Eu vou lembrá-la querida. — Eu abro meus olhos, não esperando a voz de um homem, e então eu a vejo virar e olhar para ele. — Eu lhe disse para não me chamar assim, — ela diz, depois volta para mim. — Hum... — Hum? Eu diria que é uma boa palavra, tudo bem — eu digo, virando de lado e colocando minha cabeça no travesseiro. — Eu estou indo para o meu quarto, — diz ela e se levanta enquanto eu o ouço resmungar no fundo. Ela entra em seu quarto e então fecha a porta e cai na cama. — Estou no inferno. — Eu acho que você tem muito a explicar, — digo, e ela balança a cabeça. — Eu tive que aumentar minha segurança, então adivinha quem entra como meu guarda-costas? Só Jesus na causa, foi Brian, — ela diz, e meus olhos se arregalam. Você vê, ela e Brian tem um passado. Bem, não muito juntos, mas ela estava namorando alguém, e
procurou
essa
empresa
de
segurança
para
ajudá-la
a
se
esgueirar. Exceto que ela se apaixonou por Brian, que mais ou menos a ignorou. — Sim, então ele vem todo arrogante, e eu não estou brincando sobre a arrogância. — Eu rio de suas expressões faciais. — Eu só... é tão irritante... Eu deveria estar o ignorando e toda essa merda, e ele é basicamente minha sombra. — Bem, pelo menos ele não é um idiota que finge ser seu amigo e depois tenta beijar você e depois ignora você, — indico e, em seguida, procuro contar a ela toda a história sobre Tyler. — Ele já fodeu Roxanne um tempo atrás, — diz ela, e eu olho para ela. — Foi uma coisa de uma noite. — Como você sabe? — Eu pergunto a ela, chateada que me importe. — Compartilhamos o mesmo estilista, — ela diz, e eu não peço mais nenhuma informação. — Então o que você vai fazer? — Foda-se se eu sei. O que você vai fazer? — Eu pergunto a ela. — Eu acho que vou ignorá-lo para dar-lhe um gostinho de seu próprio remédio. Ela ri. — Eu acho que a única coisa que os homens não podem lidar é quando você os ignora. — Ela olha para a porta e depois de volta para mim. — Eu fiz isso com Brian, e ele quebrou depois de quatro horas. — O que ele fez? — Eu pergunto a ela, imaginando se vou ter a mesma coisa com Tyler. — Ele me disse que iria me colocar sobre o joelho e me mostrar quem manda. — Suas bochechas imediatamente ficam rosadas, e minha boca se abre. — Sim, mas ainda não. Porque ele não come onde caga, ou caga onde come, ou como diabos esse ditado é. — Eu entendo isso, — eu digo, e ela olha para mim. — O quê? Seria muito estranho se vocês se ligassem e você o largasse, e ele tivesse que assistir você flertar com outras pessoas.
— Eu não flerto, — ela sussurra. — Chama-se charme sulista. — Eu rio para ela, e então, enquanto conversamos sobre sua parada na turnê, um número estranho aparece no meu telefone. — Eu tenho alguém tentando fazer uma chamada de vídeo, — digo a ela. — Eu posso ligar para você depois? — Sim, vá e seja boa e prudente e, por favor, tente não matá-lo. — Ela ri, e eu aponto para ela. — Vá ver seu bebê. — Eu sorrio, e ela encara enquanto pressiono o botão verde. O círculo gira novamente, e então o rosto de Tyler preenche a tela. Eu vejo que ele tem uma toalha em volta do pescoço. — Ei, sou eu. — É uma coisa boa você esclarecer isso desde que não reconheci o seu rosto egoísta ou sua voz condescendente, — eu digo. — Quem te deu meu número e o que você quer? — Eu tenho todos os números na folha de chamada original, caso precisemos entrar em contato com você, e eu quero saber se você gostaria de almoçar comigo. — Reviro os olhos para ele e quão rápido essa frase inteira fluiu daqueles lábios sexy como pecado. O telefone acidentalmente
cai
da
minha
mão,
pousando
no
meu
estômago. Pegando de volta, vejo que a boca dele está aberta. — Está na cama? — Hum, sim, é um dia para relaxar. Isso é o que diz na folha de itinerário. Eu li o itinerário errado ou algo assim? — Pergunto a ele, e vejo sua boca se fechar e depois abrir. Ele tenta dizer alguma coisa, mas as palavras não estão saindo. — Você está... — Ele gagueja e minhas sobrancelhas franzem. — Você está nua? — Ele pergunta, e é quase como se as palavras o machucassem para dizer. Então seus olhos mudam, o brilho e a cor do riso se vão e o tom mais escuro. — Tipo nua, nua? — Por que você se importa se eu estou nua? — Eu pergunto a ele, me levantando do cotovelo, mas segurando a coberta no meu peito. Ele revira os olhos e engole visivelmente, e eu vejo o pomo de Adão subindo e descendo lentamente, quase como se sua boca estivesse
seca. — Eu não me importo. — Ele joga a mesma linha de volta para mim que joguei para ele. Oh, como as cartas mudaram. Eu me inclino mais perto do telefone, a largura de um fio de cabelo longe da câmera, então apenas minha
boca
é
visível
a
olho
nu,
e
eu
digo
a
ele
para
se
aproximar. Quando ele chega perto o suficiente, eu abaixo minha voz e digo — Mentiroso. — Isso sai em um sussurro, e eu desconecto a ligação. Eu estou sorrindo para mim mesma, celebrando o poder do carma do caralho, quando um texto chega. Tyler: Pego você em trinta anos, se vista. Eu: não Tyler: Até logo. Quarto 1712, certo? Eu: NÃO significa NÃO Tyler: Tudo bem, então podemos nos sentar em sua cama o dia todo e assistir o Dateline enquanto você está deitada, nua e relaxada. Eu: Eu estarei pronta em trinta. Eu sacudo minha cabeça. — Bem, porra, jogou bem, Romeo.
13 Tyler Dois rappers estão na garganta um do outro. A questão é, quem vai ganhar essa batalha de rap? Eu estou colocando minhas botas de montaria preta quando ouço uma batida na porta e, em seguida, o clique da fechadura. Olhando para cima, vejo Cassie entrando no quarto, enfiando a cabeça primeiro. Então ela olha para mim sentado no sofá em frente à televisão, que está passando outro episódio do Dateline. — É seguro? — Ela sussurra, e eu olho para ela, minhas sobrancelhas franzidas. — Roxanne, — diz ela, e eu apenas aceno para ela. — Nada aconteceu, — eu digo a ela, pegando a jaqueta de couro preta e encolhendo os ombros, minha camisa branca de mangas compridas aparecendo. — Do que você está falando? — Ela diz, entrando e olhando para o quarto. — Eu pensei ter visto você e Roxanne vindo para o hotel ontem à noite. — Sim, — eu digo, pegando meu telefone e colocando-o no bolso de trás, em seguida, pegando minha carteira e colocando-a no outro bolso. — Mudei de ideia. — O quê? — Ela parece chocada. — Você está doente? — Não, — eu digo, pegando a chave do meu quarto. — Estou saindo. Vejo você mais tarde. — Girando a maçaneta da porta, escuto o clique e abro a porta. — Onde diabos estamos indo? — Ela me pergunta, chegando mais perto da porta. — Nós não vamos a lugar nenhum, — eu digo a ela, pegando meus óculos de sol do bolso interno da minha jaqueta. — Vou dar um
passeio e volto mais tarde, — eu digo e saio, sem lhe dar a chance de fazer
mais
perguntas. Pressiono
o
botão
para
baixo
e
espero
impacientemente que o elevador chegue. Quando finalmente, aperto o botão do décimo sétimo andar. Vejo a contagem dos números até a porta se abrir e lá está ela. Eu tento não sorrir, mas apenas vê-la ali de pé em seu jeans apertado, uma camiseta branca enfiada na frente e uma jaqueta de couro preta aberta. Seus tênis Adidas brancos completando todo o conjunto. — Você está pronta? — Pergunto quando ela entra no elevador, e eu pressiono L para o saguão. — Não, — diz ela, cruzando os braços sobre o peito. — Onde estamos indo? — É um segredo, — eu digo, recostando-me contra a parede do elevador. Chegamos ao saguão antes que ela tenha a chance de me fazer outra pergunta. — Vamos pular. — Eu sorrio enquanto ela me olha. Ela anda ao meu lado, mas um pouco atrás, me seguindo em torno das pessoas no saguão. Saio pela porta giratória e aceno para o porteiro. Você vê, depois que voltei para o meu quarto com outra ereção furiosa, eu sabia que tinha que fugir de tudo. Eu precisava limpar minha mente, então liguei para o porteiro e pedi a única coisa que eu poderia fazer para me afastar de toda essa loucura. Depois, a chamei no FaceTime e, depois que desliguei, liguei para a recepção e mudei de uma pessoa para duas, depois pesquisei as melhores coisas para ver e fazer em Tóquio. Eu mostraria a ela que poderíamos ser amigos mesmo se quisesse transar com ela até que ela ficasse sem fôlego. Mesmo que ela fosse a única correndo atrás de mim em meus sonhos. Eu ando em direção ao nosso transporte, agora com dois capacetes, ambos pretos. Ao passar pelo manobrista, ele me entrega as chaves e eu paro na frente da motocicleta preta cromada. — O que é isso? — Ela pergunta enquanto verifica a moto. Eu ando até lá, coloco a chave nela e pego o capacete preto menor e me viro para ela.
— Vamos dar um passeio, — lhe digo, e ela continua olhando para a motocicleta, um pouco insegura sobre o que dizer. — Coloque isso, e vou prendê-lo para você. — Quem vai dirigir essa moto? — Ela me pergunta, suas mãos segurando o capacete hesitantemente. — Você usa uma, e eu outra? — Ela olha em volta procurando outra moto. — Não, princesa, eu sou seu motorista pessoal, — eu digo a ela e, em seguida, pego o capacete dela. — Prenda o cabelo para trás. — Ela pega o elástico em seu pulso, empurrando o cabelo para trás e amarrando-o em um rabo de cavalo baixo. — Perfeito. — Ela pega o capacete de mim novamente e desliza na cabeça com a viseira para cima. Eu pego meu próprio capacete, coloco e prendo, e faço o mesmo por ela. Estou me inclinando um pouco mais perto do que realmente preciso, e posso ou não ter cheirado alto o suficiente para que ela erguesse a sobrancelha para mim. Mas, porra, eu tinha que saber se ela ainda cheirava a morangos. — Esta pronta? — Nem mesmo um pouco, — ela diz honestamente. — Você sabe como dirigir essa coisa de verdade? — Ela pergunta quando eu ando até a moto e jogo minha perna, sentando nela e levantando o apoio com o pé direito. — Você não assistiu meu último filme? Eu fiz minhas próprias manobras, — eu lhe digo e então estendo minha mão para ela vir até a moto. — Esse foi o filme em que você voou sobre a moto e bateu no Louvre? — Sua voz é sarcástica e assustada ao mesmo tempo. — Jogue sua perna e, em seguida, coloque os pés nas pequenas cavilhas de cada lado. — Eu aponto para os apoios de pés saindo de trás. Ela segue meu conselho e joga a perna atrás. — Certifique-se que sua bunda esteja confortável no banco de trás. — Ela acena com a cabeça. — Você não será capaz de falar comigo enquanto estivermos em trânsito, então se precisar de alguma coisa, basta tocar na minha perna.
— Hum, você quer que eu toque sua perna? — Ela pergunta enquanto olha em volta. — Deveria haver um pequeno botão. — Ela pega a mão e movimentos com o polegar. — Como no hospital. Eu rio para ela. — Eu vou conseguir isso da próxima vez. — Eu giro a chave e ouço o motor ronronar. — Ok, agora se incline para frente e me segure pela cintura. — Eu pego sua mão e a puxo para frente, em seguida, paro. — Feche o seu casaco, — digo, e ela olha para baixo e puxa o zíper para cima. — Bom, agora se incline e envolva suas mãos em volta da minha cintura. — Ela se inclina para frente e envolve seus braços em volta da minha cintura, apertando seus seios nas minhas costas. Meu pau se agita e imediatamente começa a ficar duro. — Foda-se, — sussurro e fecho os olhos, depois olho para trás e vejo seu rosto assustado. — Apenas um detalhe, não coloque as mãos para baixo, ou vai ser muito doloroso para mim. Ela parece confusa por um segundo e, em seguida, olha para baixo e, em seguida, seus lábios formam um O e ela ri. — Feche a viseira. — Ela acena com a cabeça, em seguida, tira uma mão de mim para puxar a viseira para. Ela então se inclina para frente e envolve suas mãos em volta da minha cintura. Não há nada que faça meu pau descer, pelo menos não enquanto esses lindos peitos estiverem esmagados contra minhas costas e esses braços e mãos estiverem precariamente perto do meu pau. Jesus, as imagens que estão correndo soltas em minha mente agora. Foco, cara, foco. Puxando meu próprio visor para baixo com uma mão, colocando a outra no acelerador. Eu giro um pouco, e a moto faz um pouco mais de barulho. Eu viro minha cabeça para ela e aceno, e ela acena com um sorriso que enche seu rosto. Eu me inclino para frente e lentamente saio, dando-lhe tempo para ficar confortável. Suas mãos na minha cintura apertam tão forte que sei que ela ainda está nervosa. Eu guio moderadamente até que finalmente chego à estrada aberta onde quero andar. Quando paro em um semáforo, ponho o pé no chão e dou-lhe um sinal de positivo. Ela faz o mesmo e eu sorrio. A luz fica verde e eu
saio lentamente de novo. Quando finalmente estamos na estrada aberta, acelero um pouco. Suas mãos ficam tensas no começo, e então ela
lentamente
relaxa
um
pouco. Nós
dirigimos
por
uma
boa
hora; minha mente finalmente livre e o estresse das minhas costas enquanto subimos e descemos o lado das montanhas. Enquanto ando, observo as montanhas à minha direita, o oceano à minha esquerda e o horizonte da cidade abaixo de nós. Eu paro quando vejo um pequeno espaço aberto no lado esquerdo. Depois que chuto o apoio para baixo, as mãos dela destravam da minha cintura, e eu jogo minha perna para sair, em seguida, retiro meu capacete. Eu olho e vejo que ela está tirando o dela também. — Então? — Eu não tinha ideia de que seria tão pacífico, — diz ela e depois olha para mim. — Posso descer? — Eu aceno com a cabeça, em seguida, ando até ela e estendo a mão. Ela pega e desce. — Eu não vou mentir. No começo, eu estava com um medo enorme. E quando você foi um pouco mais rápido, eu fiz uma oração para o caso de morrermos. — Nós dois rimos. — Mas depois de subir a montanha, apenas limpei minha cabeça, — diz ela e olha para a água batendo contra as rochas. — Esta é a melhor terapia. — Eu estou ao lado dela, minha mente vazia, mas contente por estar aqui neste momento com ela. — E foi de graça. Agora eu jogo minha cabeça para trás e rio. Ela não tem ideia que eu tive que comprar esta moto, e no final do dia, provavelmente só terei que enviá-la de volta para Los Angeles para ser adicionada à minha coleção. — Você está pronta para continuar? — Eu pergunto, e ela apenas sorri para mim, sua expressão enchendo seu rosto inteiro. — Vamos, — eu digo, voltando para a moto. Desta vez, ela coloca o próprio capacete e joga a perna como se fosse uma profissional. Seus braços se enrolam em volta de mim, mas ela não os interliga. Ela coloca as duas mãos no meu estômago e eu deixo. Eu não sei quanto tempo nós andamos, mas finalmente voltamos para a cidade, indo para nossa primeira parada. Depois de ziguezaguear pelas toneladas de tráfego, paro no meio do estacionamento arenoso e saio primeiro da moto. Ela
segue e tiramos nossos capacetes. — Você está dolorida? — Eu pergunto quando ela anda um pouco engraçada. — É como quando você anda a cavalo. — Ela ri. — Eu vou ficar bem. Onde estamos? — Ela pergunta, olhando em volta para todas as árvores. Nós parecemos estar em uma floresta. — Siga-me. — Eu avanço pelo caminho de asfalto. Bancos se alinham em cada lado enquanto algumas pessoas andam e outras sentam e conversam nos bancos. — Você não tem medo de que as pessoas saibam quem você é? — Ela pergunta ao meu lado. Eu dou de ombros. — Espero que não, ou olhem para mim e digam que não há como ele estar aqui. — Finalmente caminhamos até uma pequena casa de barcos e ela vê os barcos. — Nós andamos de moto, então agora vamos navegar. — O que é isso? — Ela pergunta, olhando em volta. Ela não vê ainda. Você não pode realmente ver nada, mas os barcos coloridos diferentes amarrados a uma doca. Filas de barcos a remos vermelhos, azuis e amarelos balançam com a corrente suave da água. Eu ando até a mesa de madeira e dou meu nome ao homenzinho. Ele apenas sorri e me entrega um número, em seguida, aponta para a porta no fundo da sala, então eu aceno. Ele diz alguma coisa, e eu obviamente não tenho ideia do que está dizendo, então ele caminha até nós e pega nossos capacetes e os coloca atrás da mesa. — Fique aqui, — ele diz em inglês precário, e nós apenas assentimos enquanto ele sai pela porta dos fundos. Eu pego a mão de Jessica, e ela deixa seus dedos se entrelaçarem com os meus frouxamente enquanto nós descemos a doca em direção a uma pequena casa de barcos com a porta aberta. Ela olha em volta, vendo árvores dos dois lados. Um rapazinho está de pé no final do cais, organizando os barcos e as pessoas que estão esperando. — Que cor você prefere? — Eu pergunto a ela enquanto seus olhos absorvem tudo. — Eu não me importo, — diz ela e aponta para onde outros velejadores estão remando. — Olhe para aquelas árvores ali. Veja como
elas estão cobrindo a água. — Ela aponta exatamente para onde estamos indo. Finalmente chegamos e entregamos ao homem nosso papel, e ele balança a cabeça. — Cor, — diz ele e caminha para o vermelho. — Tudo bem? — Sim, — Jessica diz, então olha para mim. — E se nós cairmos? — Ela pergunta. — Você sabe como remar um barco sem virarmos? — Balançando a cabeça, tento não rir. O homem estende a mão para ela enquanto ela entra no barco. O barco se move de um lado para o outro e ela solta as mãos do homem e agarra as laterais do barco, soltando um grito. — Se eu cair nesta água, — ela sussurra enquanto tenta equilibrar-se para sentar e não balançar o barco ainda mais. — Eu vou matar você, — diz ela, agora dando um semi suspiro de alívio. — Você, — o homem diz, e então eu entro, certificando-me de não balançar o barco e a enlouquecer mais. Sento-me de costas para a água, de frente para ela. Quando o homem nos entrega duas garrafas de água, Jessica pega as duas e tenta não se mexer. Ele aponta para os remos de um lado. Eu aceno para ele, em seguida, pego um e prendo-o, repetindo a mesma coisa com o segundo. Depois de checar duas vezes para ter certeza de que estão trancados, ele sorri, agarra seu próprio remo e nos empurra para longe da doca, fazendo o barco balançar de um lado para o outro. Jessica estica os braços para agarrar os lados e depois olha para o cara que está rindo dela. — Relaxe, — digo a ela, afastando o barco da doca. — Você deveria estar remando de costas para tudo? — Ela pergunta, olhando em volta. — Eu sei que você é um temerário e tudo mais, mas não acho que seja a coisa certa a fazer. Certamente, há um vídeo do YouTube que podemos assistir antes de irmos mais longe, certo? — Eu prometo a você que sei o que estou fazendo, — digo a ela e, em seguida, mudo lentamente. — Quero dizer, no pior dos casos, a água é quente nesta época do ano. — Rindo, eu olho por cima do meu ombro e vejo barcos espalhados por toda parte. Eu remo ao redor da curva, e finalmente surge em vista.
— Oh meu Deus, — diz ela, com os olhos grandes e largos. — Aquelas são flores de cerejeira? — Eu olho para o rosto dela, então olho por cima do meu ombro e diminuo meu ritmo. As árvores passaram do verde para um branco claro e agora são de um rosa suave. Ela pega o telefone do bolso e depois olha para mim. — Eu não vou te pegar na foto. — Segurando seu telefone, ela tira fotos das árvores cor de rosa. — Dê-me o seu telefone, — eu digo, mas ela me ignora. Eu pego os remos e os tranco no lugar, então pego o meu e tiro uma foto dela com as flores penduradas sobre a cabeça. Ela olha para mim quando estou tirando a foto e sorri. — Eu não vou postar em qualquer lugar. — Eu pisco para ela. — Olhe para lá. — Ela aponta para o lado da água, onde parece rosa porque as flores de cerejeira caídas estão flutuando no topo. Nós nos arrastamos para o meio delas, e as árvores de cerejeira cobrem nossas cabeças com o sol aparecendo em apenas um toque. — Este é o lugar mais lindo que eu já estive, — diz ela, sorrindo enquanto seus olhos capturam a cena. Com o celular na mão, ela está tentando captar a beleza disso, mas nada vai capturar a beleza desse momento. Sentada aqui com ela, admiro seus olhos e como eles brilham de felicidade espontânea. Eu tiro outra foto dela e ela olha para mim. Ela vira as costas para mim, coloca a mão no ar e eu nos vejo encher a tela. — Diga xis, — ela diz, e sorrio enquanto ela tira três fotos. — Isso é confidencial, — ela me diz, virando e percorrendo as nossas fotos. — Eu dou a minha palavra que ninguém vai ver estas fotos. — Eu acredito em você, — digo a ela, olhando em volta. — Eu não acho que você se colocaria nessa posição. — Rindo, eu digo: — Estar ligada a mim pelo resto da sua vida só porque tiramos uma foto em um barco. Eu queria que não fosse verdade. Eu gostaria que você pudesse postar essa foto, e seria simplesmente dois amigos aproveitando o dia deles. — Balançando a cabeça, eu olho para longe dela, então volto a olhar para ela. — Os prós e contras, certo? — Eu tento fazer uma piada sobre isso, mas a realidade de quem eu sou e quem ela é, ambos com
carreiras muitas vezes direcionadas a conflitar um com o outro, é o elefante branco sempre presente na sala. — Eu entendo você agora, — diz ela baixinho, desligando o telefone. — O barco virará se eu for até aí e sentar com você? — Parando quando ela sente o barco inclinado de um lado para o outro, ela lentamente se aproxima e senta ao meu lado. — Só para você saber, eu não me colocaria nem a você nessa situação. O que falamos quando não estou sentada naquela sala é entre nós, e espero que você confie em mim o suficiente para saber disso. — Eu quero estender a mão e tocar seu rosto, para ver se sua pele é tão macia quanto parece. Quero ver se os olhos dela mudam quando eu a toco. Ver se ela sente isso, seja lá o que essa coisa é. Ela pega meu telefone da minha mão e abre a câmera na tela de bloqueio. — Sorria, — diz ela. Eu coloco meu braço em volta do ombro dela e tiramos uma foto de nós dois. — Pronto. Agora, se eu vazar a minha, você pode vazar a sua. Eu rio, e nenhum de nós se move enquanto nos sentamos aqui e as pessoas assistem. — Você já olhou para as pessoas e inventou uma história sobre elas na sua cabeça? — Ela me pergunta, e eu olho para ela. — Como aquele barco ali. — Ela aponta para um barco onde a garota e o cara estão quase na mesma posição que nós. — Primeiro encontro. Ele gosta mais dela do que ela gosta dele. Eu sorrio. — Ou ela está traindo o marido e ele não faz ideia. Ela olha para mim. — Oh, isso é bom. — Ela ri, e no próximo momento,
inventamos
histórias
sobre
as
pessoas
ao
nosso
redor. Nenhum de nós se movendo, meu braço ainda pendurado no ombro dela. — Devemos voltar? — Ela pergunta, e eu quero dizer não. — São quase quatro, — ela diz, e não sei como o tempo passou tão rápido. — Estou ficando com fome. Eu concordo. — Você quer sentar deste lado comigo? — Só se você virar o barco para que possamos ver. — Eu rio, então me inclino sobre ela e libero o remo. Depois que eu me viro, voltamos para a casa dos barcos. Nós paramos no cais, e ela pega a mão do cara para sair do barco, dessa vez muito mais estável. Nós
voltamos para pegar nossos capacetes. — Então, aonde você vai me levar para comer? — Ela me pergunta quando chegamos à moto, e ela habilmente coloca o capacete. — Quem disse que vou levá-la para comer? — Eu brinco com ela, colocando o capacete e subindo na motocicleta. Ela sobe atrás de mim como se estivesse fazendo isso desde sempre. Eu ligo a moto e a levo para um dos meus restaurantes favoritos um local onde estive há três anos. Eu dirijo pelas ruas, estacionando no meio de um beco onde quinze outras motos estão estacionadas. Eu pego a mão dela, e saímos do beco para a rua estreita que você não pode dirigir a menos que seja um pequeno ciclomotor. Desde que o sol está se pondo, as luzes de néon brilhantes mostram onde você está andando. As portas do restaurante estão escancaradas e as placas de sanduíche na calçada exibem fotos da comida disponível. — Você come sushi? — Eu pergunto, na esperança que ela diga sim. — Amo isso. — Ela sorri, e eu finalmente vejo a porta amarela que eu estava procurando. Eu entro e abaixo minha cabeça. Com apenas cinco mesas neste restaurante, o banheiro do meu hotel é maior do que ele, mas honestamente é tão bom que os detalhes realmente não importam. A velhinha sai do balcão, sorrindo. Ela nos serve água e eu peço a comida que espero que ela goste. Ela gosta e passamos duas horas conversando sobre todos os sushis em que ela esteve em todo o mundo. Nós falamos sobre nossas refeições favoritas, e quando ela se levanta e paga pela refeição sem eu saber, ela ganha seu primeiro olhar duro. — Ei, amigos pagam comida para outros amigos. — Ela segura minha mão quando voltamos para a moto. Eu subo e seguro o capacete no meu colo enquanto ela se aproxima de mim. — Obrigada por me dar um dos melhores dias que já tive. — Ela se inclina para baixo, e estou esperando seus lábios encontrarem os meus. Eu prendo a respiração, e quando os sinto na bochecha, ela me diz: — Você realmente não é o idiota que eu pensei. — Quando ela sobe na moto, minha mente ainda está esgotada por um simples beijo na bochecha.
14 Jessica Parece
que
esta
estrela
country
está
indo
para
a
estrada! Novas datas de shows foram anunciadas. Esgotado em um recorde de vinte e nove minutos. — Bom dia a todos. — Eu puxo minha mala atrás de mim com o meu Louis sobre ela. Parece que acabamos de chegar à China e já estamos decolando. — Eu não sei por que, mas estou muito cansada, — eu digo, e todos concordam. Eu acho que uma semana foi bom, mas agora que estamos viajando a quase duas semanas, é o suficiente para todos, até mesmo as trigêmeas. Aquelas três estão usando óculos escuros neste dia nublado. — Como você parece tão fresca? — Ella me pergunta, sentando em uma cadeira enquanto esperamos o ônibus nos buscar. Eu estou usando jeans azul claro e um grande suéter de malha enfiado na frente apenas um pouco, e ele cai do meu ombro. Meu colar da Tiffany está pendurado e estou com meu tênis Adidas brancos nos pés. Hoje é tudo sobre moda confortável, enquanto nos dirigimos para a nossa próxima parada. — Estou acordada desde as seis, — digo a elas, e todas olham para mim chocados. — Todos os dias, faço esteira às seis e quinze. — Isso tira um suspiro de todas as três. — É quase como uma fazendeira, — diz Evelyn. — Como você funciona? — Eu a ignoro quando ela cai no sofá no saguão. — O ônibus deve estar aqui em dez minutos, — diz Yolanda, andando em círculo para se certificar de que todos a ouviram.
— Eu vou tomar um café, — eu digo para Autumn, que está em seu telefone. — Você olha a minha bagagem? — Ela balança a cabeça. — Você quer alguma coisa? — Não, eu estou bem. Obrigada. — Ela sorri, e eu me viro para caminhar em direção ao carrinho de café que eles têm no saguão. Eu vejo Tyler saindo do elevador com Cassie ao lado dele. Ele está vestido jeans e um suéter cinza com uma camisa xadrez vermelha, um lenço em volta do pescoço e um gorro na cabeça. — Ei. — Ele sorri quando me vê, seus olhos franzindo nos cantos. Desde que saímos aquele dia, as coisas entre nós estavam boas... estranho mas legal. Nós passamos todas as manhãs juntos correndo. Às vezes conversamos, às vezes não, tudo depende do clima, e geralmente tomamos café da manhã juntos. Quando não estamos juntos, ele me envia um texto sobre as alegrias de seu dia. Eu não tenho ideia do que é esta coisa. Eu acho que somos amigos. Você pode classificar como amizade, quando tudo o que você pode pensar é transar com ele? Quando ele pegou a moto e eu fui beijá-lo, quase peguei seus lábios, mas me afastei quando ouvi sua respiração parar e fui para a bochecha. Jesus, eu achei que morreria, estava tão envergonhada. Eu me convenci de que ele não me quer da mesma maneira que eu o quero. — Onde você vai? — O ônibus vai demorar mais dez minutos, então eu ia pegar um café. Você gostaria de alguma coisa? — Pergunto a ele. — Eu vou com você. — Virando-se para Cassie, ele diz: — Encontro você na frente. — Nós caminhamos para o carrinho de café. — Você não está com frio? — Ele me pergunta, e eu olho para ele. — Todo o seu ombro está de fora, — diz ele, estendendo a mão e tentando cobrir meu ombro com o meu suéter, mas do jeito que é cortado, não há jeito. — Aqui, — diz ele, tirando o lenço do pescoço e envolvendo-o no meu, — isso deve funcionar. — O cheiro dele ao meu redor me deixa tonta por um minuto; uma euforia que nunca senti me envolve, e não tenho ideia de onde estou quando a senhora por trás do caixa me pergunta
o
que
eu
quero. Eu
olho
para
ela,
piscando,
meus
pensamentos todos nebulosos. — Ela quer leite, sem gordura, sem espuma. — O que aconteceu? — Eu pergunto a ele quando nós caminhamos para o lado e esperamos pelo meu pedido de café. — Você acabou de cobrir meu ombro com um lenço? — Ele abre a garrafa de Pellegrino que acabou de comprar e dá um longo gole. — Você parecia com frio, — diz ele, sorrindo, mas escondendo-o com a garrafa em seus lábios. — De nada. — Ele pega o café quando eles chamam o nome dele e me entrega. — Obrigada. — Eu olho para o café. — Pela bebida, não pelo lenço. — Ele ri de mim, e voltamos para o saguão e vemos que o ônibus chegou, e todos estão entrando na fila e no ônibus. Eu ando até Autumn. — Desculpe, havia uma fila, — digo a ela, e ela apenas sacode o pulso, sem se importar. Eu puxo a mala, deixando-a com o motorista que joga a mala no bagageiro do ônibus. Quando subo para o ônibus, sento-me na cadeira vazia perto da janela, pego meu telefone e leio minhas mensagens. Eu tenho algumas de Mary que me diz que meu apartamento está bem. Dois e-mails de Stephanie elogiando as noticias que enviei enquanto estava fora. Eu recebi uma mensagem da Brooke me perguntando sobre o meu tempo longe. — É um voo de sete horas para Dubai, — Jonathan diz atrás de mim. — Sete horas mais perto de casa, — diz ele, e eu rio com ele. Tyler se senta na cadeira ao meu lado e Cassie se senta na frente dele. Ela está olhando para mim, então fecho os olhos e balanço a cabeça. Não falo nada para ele enquanto seguimos para o aeroporto. Uma vez que o ônibus para, Tyler se levanta e espera que eu saia, depois me segue e nós caminhamos juntos para o avião. — Você sabe que Cassie me odeia, certo? — Eu digo com um sorriso, sem me importar. — Isso simplesmente não ajuda. — Eu olho para ele, e ele apenas balança os ombros. — Está com frio? Você gostaria do seu lenço de volta?
Ele não diz nada; apenas olha para mim e observa enquanto eu subo as escadas e cumprimento o comissário. Eu ando pelo corredor e me sento perto da janela, e Tyler se senta ao meu lado. — Se eu acabar cortada em pedaços, — digo, tirando o lenço do pescoço, — você é o culpado. — Coloque o lenço de volta, — ele quase sussurra. Quando olho para baixo, vejo que minha camisa escorregou um pouco, expondo a renda superior do meu sutiã. Eu pulo e me cubro e olho em volta para ter certeza de que ninguém viu além de Tyler. — Talvez da próxima vez, você deva se vestir apropriadamente. — Minha cabeça se vira para ele, certificando-se de que ele realmente disse essas palavras antes de eu soltar minha besta interior. — Uau, — eu digo, certificando-me de que minha camisa esteja bem. Eu tiro meu cinto de segurança e pego minha bolsa enquanto ele me observa. Eu pulo sobre seus joelhos, jogando seu lenço nele, e vou até as os assentos mais no fundo. Eu me sento em um, prendendo meu cinto de segurança. Eu olho para cima a tempo de ver Tyler entrar na parte de trás do avião e fechar a porta do seu quarto. — Idiota, — murmuro para mim mesma. Eu fico sentada durante a decolagem e então fecho totalmente o casulo durante o voo. Chegamos à uma da tarde, hora local, e quando saio do avião, certifico-me de que meu suéter cobre tudo o que deveria. Nós entramos no ônibus, e eu me sento ao lado de Autumn enquanto Tyler se aproxima e senta na frente com Cassie ao lado dele. — Você tem um vestido para amanhã? — Autumn me pergunta, e eu balanço a cabeça. — Eu também. Kendall e eu vamos fazer compras. — Isso parece bom, — eu digo, pensando que a terapia de varejo é sempre uma boa ideia. — Existe um código de vestimenta especial? — Nada ousado, — diz ela, rindo. — Eu acho que eles disseram sem decote ou muita perna a mostra. Tudo tem que ser respeitoso, de acordo com todos os sinais que estão por aí.
— Braços? — Eu pergunto, sabendo que apenas uma pequena quantidade de pele deve aparecer. — Mesmo quando você vai ao shopping, você tem que ter os ombros cobertos. — Braços estão aprovados como pés. — Eu rio agora. — Bem, hoje estamos de folga e depois ficaremos aqui por quatro dias. Esta é a parada mais longa, — suspiro, pensando em como será um longo dia amanhã. Temos que estar prontos para entrevistar às oito, o tapete vermelho
será
às
cinco
e
a
gala
começa
às
sete,
o
que
é
obrigatório. Dubai e Paris são as únicas premières que terão galas depois. Chegamos ao hotel e eu saio do ônibus e entro no vasto saguão adornado de ouro e vermelho. Depois que Yamina e Yolanda nos entregarem as chaves, fazemos planos para nos encontrar em trinta minutos. Eu abro a porta do meu quarto e paro em estado de choque. Eles devem ter me dado uma suíte. Ao entrar, vejo que toda a parede externa é de janelas do chão ao teto. Eu vejo um sofá vermelho de pelúcia com um banquinho, que eu juro que é tão grande quanto uma cama de solteiro, à minha esquerda. À minha direita fica a minha cama king-size em roxo e dourado, cortinas penduradas no teto pintado de ouro. Eu ando até a janela e olho para fora, observando onde o Burj Al Arab Jumeirah fica no meio do oceano. É de tirar o fôlego. Corro para trocar meu suéter e desço para o saguão. Passamos o dia fazendo compras e, quando finalmente volto ao meu quarto, estou além do esgotamento. Eu não acordo as seis no dia seguinte e pulo a minha corrida. As entrevistas também são apressadas, e sei no minuto em que ele entra e me dá seu sorriso falso, que o astro Tyler emergiu mais uma vez... não o Tyler que considerava meu amigo. Talvez ele não saiba ser amigo das pessoas? Talvez ele não tenha a capacidade de ser amigo de alguém? A entrevista termina sem problemas; ele é super profissional e até me agradece no final. Eu evito revirar meus olhos para ele. A exibição do filme será realizada no enorme teatro do hotel, no último andar. Como a festa será realizada no mesmo andar, do outro lado, é quanto esse lugar é grande. É literalmente a sua própria
cidade. Eu tomo meu tempo me preparando e faço minha maquiagem um pouco mais pesada hoje à noite, uma vez que uma festa tão elegante vai destacar a estreia do filme. Deixo meu cabelo solto e em grandes cachos selvagens. Eu coloquei o vestido de chiffon rosa claro que comprei ontem. É um vestido cabresto, então não tenho que me preocupar com o decote. Eu fecho o vestido do lado e olho para mim mesma. Embora seja rosa claro, tem lantejoulas cinza-claro, quase prateadas no topo que parecem flores. O cinto é uma trança, e a parte inferior do vestido flui livremente sobre meus joelhos. Sento-me na cama quando coloco as sandálias creme e amarro-as nos tornozelos, pegando a pulseira cinza-clara com os brincos longos. Eu respiro fundo quando meu telefone toca, avisando que é hora de sair. Eu pego minha bolsa
pequena,
em
seguida,
jogo
meu
telefone
e
cartão-chave
nela. Assim que subo, Yamina e Yolanda param e olham para mim. — Esse vestido é para morrer, — diz Yolanda, enquanto Yamina apenas acena. — Obrigada meninas. — Eu sorrio para elas. — Para onde eu vou? — Mudança de planos. Parece que todo mundo atravessará o tapete vermelho hoje à noite. Os jornalistas ficarão juntos e, claro, Tyler estará com Ella hoje à noite. Eu acho. — Eu aceno. — Você pode esperar lá. — Ela aponta para uma sala fora do tapete vermelho. Eu entro e percebo que sou a última a chegar. — Este vestido... — Kendall diz, balançando a cabeça. — Eu quero
emprestado. — Eu rio, admirando seu deslumbrante vestido
lilás. — Chegando, — diz ela, e me viro para ver Ella entrar no braço de Tyler. — Eu não acho que ela vai sair do lado dele à noite toda. — Eu olho para eles, vendo que ela está vestida com um vestido vermelho escuro tão apertado que não acho que ela será capaz de se sentar. Ele bate no meio da sua coxa. — Eu acho que ela não recebeu o memorando. — Ele está usando um terno preto, sob medida, com uma camisa branca e uma gravata preta fina. Ele olha ao redor da sala, e
quando sei que seus olhos estão chegando em mim, viro a cabeça para evitar seu julgamento. Nós andamos pelo tapete vermelho. Estou no braço de Jonathan, Kendall no braço de Peter e Autumn com Jim. Jake geme quando ele tem que andar no tapete com Evelyn e Erin. Ella está toda sobre Tyler como se eles fossem realmente um casal, a mão dela nunca soltando o braço dele. Eu tento não revirar os olhos. Em vez disso, entro, peço instruções para o bar, e decido que esta noite, vou tomar uma bebida ou talvez duas. Depois da segunda taça de champanhe, decido que é uma boa ideia beber até meu nariz começar a coçar. Sim, isso é uma coisa. Nós sete, menos as trigêmeas, sentamos em uma mesa no meio do bar rindo e brincando. — Eu tenho que fazer xixi, — eu sussurro para Autumn, que acena com a cabeça. Levanto-me e começo a andar em direção ao banheiro. Eu ziguezagueio através das centenas de pessoas que vieram, olhando para cima para ver se há algum sinal para o banheiro. Eu finalmente vejo um sinal e ando em direção a ele. Na entrada do corredor, uma garota vem andando e me vê. — Eu não usaria esse. Tem alguém transando no banheiro feminino, — ela diz para mim, e me viro para vê-la ir embora. Minha cabeça se vira para olhar pelo corredor quando vejo a porta do banheiro abrir e alguém sai. Meus pés sentem como se estivessem enterrados em sapatos de cimento. Eu não posso me mover quando ele finalmente avança um pouco na minha direção, e vejo que é Tyler. Eu o vejo enfiar a camisa na calça e depois ajustar a gravata. Ele não me vê imediatamente, mas quando finalmente olha para cima e me vê, sua boca se abre, mas nada sai. Meus olhos disparam atrás dele, onde a porta do banheiro das mulheres se abre, e vejo Ella sair, abaixando o vestido e ajeitando o cabelo. Ela passa direto por ele e sorri para mim. Eu olho para ela e vejo que Tyler está agora na minha frente. — Jessica, — ele diz suavemente, — não é o que parece. — Eu fecho meus olhos, tentando esconder a dor que estou sentindo no meu peito, uma
dor que parece ter rasgado meu interior. Dou uma risada e depois balanço a cabeça, esperando que as lágrimas que queimam nos cantos não estejam lá. — Jessica, — ele diz de novo, e desta vez, eu o olho direto nos seus olhos tristes. Eu engulo e digo a única coisa que consigo sem chorar. — Seu zíper está aberto, — eu digo e viro para me afastar dele, esperando que ninguém me pare antes que esteja no conforto do meu quarto.
15 Tyler Esta celebridade está escondendo uma pequena barriga de bebê. Fontes dizem que ela está entusiasmada com isso, mas a família dela não está. Eu nunca quis tanto alguém na minha vida. Eu nunca quis simplesmente pegar alguém e devorá-la como faço com Jessica. Depois que ela beijou minha bochecha, meu coração afundou. Amigos beijam um ao outro na bochecha, e senti que ela me colocou completamente na zona de amigos com aquele beijo. Eu respeitei porque não ia forçá-la a gostar de mim. Isso teria sido um pouco assustador. As coisas entre a gente estavam indo muito bem; correndo de manhã e comendo juntos, literalmente como dois amigos, mas depois perdi a cabeça quando a blusa que ela usava caiu um pouco e mostrou sua pele bronzeada perfeita. Meu pau estava tão duro que estava me machucando, e para piorar as coisas, o sangue não estava fluindo exatamente do meu cérebro para a minha boca. No momento em que percebi o que disse, ela estava se afastando de mim. Eu não tinha ideia do que diabos fazer ou como dizer que sentia muito, então fugi como uma criança de dois anos de idade. Depois de cinco segundos já estava disposto a dizer que lamentava, mas bem, eu sou um homem e uma bunda teimosa, obviamente. Passei a noite na minha suíte com meu dedo pairando sobre o seu número. Então entrei no meu arquivo secreto, aquele com nossas fotos nele. Eu olhei para elas e criei coragem para finalmente ligar para ela, mas então Ryan me ligou. Começamos a conversar e, quando me livrei dele, já era quase meia-noite. Liguei o despertador para levantar e treinar na manhã seguinte, mas ela não apareceu, e quando entrei naquela sala hoje, ela estava
toda sorridente, como se não tivesse preocupações no mundo, a deixa para Tyler o ator indiferente e idiota que é todo profissional. O dia inteiro foi fodido. E eu queria que acabasse, e então tinha a estreia. Eu estava me preparando para descer quando houve uma batida na porta. Esperando que fosse ela, eu abri e vi que era Ella. — Aí está ele, meu encontro para a noite. — Ela sorriu e entrou, seu dedo correndo sobre mim enquanto entrava. Eu me afastei dela e, felizmente, Cassie veio em meu socorro. Senti minha pele arrepiar só de estar sozinho na mesma sala com ela. Entrando no salão, fiz a varredura, procurando por ela, e só de vê-la de costas fez meu peito se sentir melhor. Mesmo que Ella e eu andássemos pelo tapete vermelho, finalmente pude dar uma boa olhada em Jessica naquele vestido quente como pecado. Ela estava linda e elegante e tudo o que esta garota no meu braço não era. Ela não precisa tentar ser elegante e bonita porque já está nela. Eu tentei arrancar a mão de Ella do meu braço, e juro por Deus que haverá hematomas amanhã da ponta dos dedos dela. Isso é o quanto ela me apertou. Ela não saiu do meu lado o tempo todo. Eu lhe disse que tinha que usar o banheiro, esperando que ela desistisse, mas não. Ela sorriu para mim e disse: — Oh, eu também — na voz irritante nasalada. Eu engoli em seco e sabia que uma vez estivesse no banheiro, ligaria para Cassie, e ela me tiraria da porra dessa noite infernal. Mas quando passamos pela porta do banheiro feminino, achei que ela iria me soltar. Em vez disso, ela me puxou para o banheiro feminino e se jogou contra a porta. — Eu sei que você quer, — ela me disse, e de repente, suas mãos estavam por toda parte. Primeiro, as senti no meu cabelo. Eu balancei a cabeça e suas mãos caíram, mas então ela se lançou em mim, seus lábios pousando bem nos meus. Minhas mãos a afastaram de mim. — Oh, você gosta de algo áspero, não é, garoto grande? — Ela disse, e eu tentei não tocá-la ou machucá-la removendo fisicamente as mãos do meu corpo. Isso era tudo que eu precisava. Eu posso ver as manchetes agora: Tyler Beckett faz sexo selvagem. Suas mãos então foram
diretamente para a minha camisa ou, melhor ainda, para a parte de baixo da minha camisa enquanto ela puxava para fora da minha calça e então estava trabalhando no cinto. Ela era pior que um polvo e mais como uma centopeia. Eu ouvi meu zíper descer, e então a porta atrás dela empurrou um pouco para frente, mas ela empurrou de volta. — Tem pessoas fodendo aqui, vá para outro lugar, — disse ela. A mulher bateu na porta e aproveitei a oportunidade para me afastar dela. — Chega, — eu digo, frustrado com o dia todo e esperando que isso acabasse. — Dê o fora do caminho, ou vou removê-la. — Jesus, — disse ela, afastando-se da porta. O vestido dela subiu durante a luta, e mostrou que ela não estava usando nada por baixo. — Tudo o que eu queria fazer era me divertir um pouco, — ela disse, e eu estendi minha mão. — Apenas uma foda. — Nunca vai acontecer, — eu disse, saindo e finalmente ajeitando minha camisa e arrumando minha gravata. Meu coração batia forte, minha cabeça latejava e, quando olhei para cima, prendi a respiração quando vi aqueles olhos que me assombraram o dia todo. Suas bochechas rosadas do champanhe que a vi bebendo, mas então ela olhou por cima do meu ombro e viu Ella saindo do banheiro, ainda se arrumando. Tudo o que eu pude fazer foi sussurrar o nome dela. Eu sabia o que parecia; Eu sabia o que parecia quando ela saiu do banheiro depois que um homem tinha acabado de sair. Não poderia ficar pior do que isso. Oh, mas aconteceu. Ficou foda pior. Eu a vejo engolir. — Seu zíper está aberto, — diz ela, e eu olho para baixo. Estava aberto, então o fechei, e quando olhei para cima, vi que ela já está meio fora do ar. Eu a segui em direção ao elevador e vi que ela manteve a cabeça baixa enquanto caminhava. Ela entrou no elevador e corri para ter certeza de que não me arrependeria, colocando meu braço direito antes que ele se fechasse. Sua cabeça levanta. Tenho certeza de que ela achava que se livraria disso, mas não vai, nem de longe. Ou talvez ela estivesse pensando em como poderia quebrar meu braço que estava forçando as portas a se abrirem, ou de alguma forma continuar batendo no botão de
fechar a porta até que meu braço fosse esmagado apenas para ficar longe de mim. — Eu não tenho tempo para isso, — diz ela e pressiona o botão para o térreo. Espero que as portas do elevador se fechem e desça alguns andares, e, em seguida, pressiono o botão de parada, fazendo com que o elevador pare entre os andares. — Isso não é engraçado. — Não, não é engraçado, — eu digo ao lado do painel bem na frente dela. — Essa merda toda não é engraçada. — É o que é. Você pode ficar com quem quiser. Não é da minha conta. — Ela pontua suas próximas palavras. — Agora basta pressionar o botão. — Essa coisa toda foi um mal-entendido, — digo a ela. Ela olha para os pés e eu não paro de falar. — O dia inteiro tem sido um caos após o outro. — Honestamente, parecia que era um transa, — diz ela, e então olha para o teto com um olhar pensativo no rosto. — Ou apenas uma foda. Qual deles foi? — Eu não toquei nela, — eu assobio entre os dentes cerrados. — Ela estava toda sobre mim como moscas na merda. Suas mãos estavam por toda parte e a única coisa que eu podia fazer era afastá-la. — Você não tem que mentir para mim. — Ela ri amargamente e, em seguida, cruza os braços. — Somos apenas amigos, e você não deveria ter vergonha da sua festa fodida no banheiro. E com isso, eu me perco. Tipo honestamente, categoricamente, metodicamente, perco minha cabeça. — Foda-se ser seu amigo. — Eu a encaro, seus olhos se arregalando quando ela percebe que estou indo para cima dela, e seus braços caem ao lado do corpo. Minha boca cai sobre a dela antes que eu possa me impedir disso. Seus braços involuntariamente levantam ao lado de sua cabeça, sua boca se abre para mim, e eu finalmente deslizo minha língua para dentro. O beijo que nós dois queríamos, mas não demos está aqui, e é glorioso pra caralho. Quando nossas línguas finalmente se tocam, nós dois gememos. Minhas mãos seguram seu
rosto enquanto seus braços envolvem a parte de trás do meu pescoço e suas mãos enrolam no meu cabelo. Eu a beijo com tudo que tenho para dar. Eu a beijo sabendo que esse beijo vai mudar tudo. Eu a beijo sabendo que esse primeiro beijo supera qualquer outro primeiro beijo que já tive. A necessidade, o desejo e a espera levaram a esse momento e eu imprimi essa lembrança para sempre. — Todos os dias. — Meus lábios a beijam levemente, meu coração batendo, meu peito arfando. — A semana toda. Apague isso, por duas semanas eu te quis mais do que já quis alguma coisa na minha vida. — Ela não diz nada, sua respiração começando a sair irregular. — Prová-la. — Eu abaixo minha cabeça novamente, e desta vez, ela é a pessoa que se inclina primeiro, capturando minha boca com a dela. Estou perdido em tudo o que ela me dá, perdido em seu toque, seu cheiro, nela. Não faço ideia de quanto tempo ficamos presos neste elevador; tudo que sei é que poderíamos ficar nessa bolha de metal para sempre, — Aqui é a segurança... está tudo bem aí? — Uma voz fala pelo interfone
enquanto
nos
separamos,
tentando
controlar
nossa
respiração. — Vamos reiniciar o sistema. Por favor, diga-nos em que andar você está. Inclinando-se para frente para que nossas testas se toquem enquanto nossas respirações começam a diminuir, eu silenciosamente oro para que ela diga sim quando eu sussurro: — Venha comigo. — Eu não estou pronto para este momento acabar, e temo que isso lhe dê mais tempo para pensar em tudo e para correr. — Venha comigo, Jessica. — Ela apenas balança a cabeça, então dou a ele o meu número do andar, e o elevador começa a se mover. Quando a porta se abre, eu saio e levo Jessica para o meu quarto. Pego o cartão e abro a porta, parando na entrada de mármore. Eu fecho a porta e empurro Jessica contra ela. — Eu preciso prová-la. — Suas mãos apertam a parte inferior do meu casaco. Minhas mãos segurando seu rosto, esfregando meu polegar sobre sua bochecha. — Eu tenho vontade de tocar seu rosto desde que estávamos naquele barco e você sentou ao meu lado. —
Eu a beijo e ela me beija de volta. — Eu me perguntava se era macia como seda. Perguntei-me se seus olhos acalmariam ou escureceriam quando eu te tocasse. — Tyler, — diz ela, arqueando as costas, — eu esperei muito tempo para você me beijar. Eu sorrio agora, e inclino minha cabeça, mas não é um beijinho como o último. Esse beijo é todo língua, cada um de nós tentando aprofundar o beijo ainda mais, se é que isso é possível. Suas mãos se movem do meu casaco para o meu peito e para cima ao redor do meu pescoço. Eu deixo seus lábios, e seus gemidos enchem a sala quando eu viro minha cabeça para o outro lado, e ela morde meu lábio inferior, tentando puxar meus lábios de volta para os dela. Esse foi o meu ponto de ruptura. Eu movo minhas mãos do seu rosto para debaixo de seus braços e a pego. Suas pernas envolvem minha cintura enquanto ela morde o lábio inferior, e movo minhas mãos para sua bunda enquanto sua boca cai sobre a minha. Eu me viro e subo as escadas para o meu quarto enquanto ela move a cabeça da esquerda para a direita, e nós engolimos os gemidos um do outro. No minuto em que chego, agradeço aos céus que a cama está ali. Sua bolsa cai do braço quando a jogo na cama; seus olhos focam nos meus enquanto tiro o meu casaco. Puxando a camisa da minha calça, tento ao máximo desabotoar a camisa o mais rápido que posso enquanto tiro meus sapatos. Ela se inclina para frente e desamarra a alça do tornozelo, e eu grito: — Não. — Ela olha para cima com um sorriso. — Os sapatos ficam. Na verdade, da próxima vez, você traz todos os sapatos que trouxe na mala. — Você tem um fetiche por sapatos. — Ela sorri para mim, e eu coloco um joelho na cama, agarrando seu tornozelo e puxando-a para mim. — Eu tenho alguns fetiches se você quiser ouvir como eles te envolvem? — Sua sobrancelha levanta de uma forma sexy me mostrando que ela está no jogo do que quer que eu esteja jogando, então continuo. — Eu tenho um fetiche em foder sua boceta enquanto
você os usa. — Eu empurro seu vestido pelas pernas, mais e mais até sua coxa aparecer, mas eu paro pouco antes de ver o que ela está usando por baixo. — Eu tenho um fetiche por te curvar e comer sua boceta. — Ela treme agora. — E meu fetiche fica ainda pior... Sua cabeça cai para trás. — Me foda. — Ela sussurra as últimas palavras para a minha sentença. Eu sorrio enquanto minhas mãos agarram o fundo sedoso de seu vestido. Puxando-a pelos quadris, finalmente consigo ver o que ela está usando embaixo dele. Eu não perco muito tempo admirando a sensualidade de sua calcinha de renda rosa antes de minha boca cobrir seu monte. Minha língua sai, lambendo para cima e para baixo pela renda. Ela já está molhada, e minhas mãos vão para os quadris quando ela as tira. — Fácil de tirar, — eu digo a ela. Meu dedo corre para cima e para baixo em sua fenda, fazendo com que suas pernas caiam para os lados. Meu pau dói tanto que tenho que desfazer o botão para que ele pare de latejar. Ela deve aceitar isso como um convite porque se senta e, em tempo recorde, minha calça está caindo, seguida pela minha cueca. De alguma forma, ela se manobrou de modo que sua boca está agora sobre o meu pau. Ela é como a porra do Flash. Eu tento impedila, mas ela engole metade do meu pau. Ela deitada na minha cama, a vista panorâmica do horizonte da cidade, e olhando para o espelho acima da cama, eu a observo quando ela empurra minha calça para baixo, acariciando-me com a mão. Ela tira sua boca com um plop. Eu olho para ela, e ela me olha com um olhar que diz muito. Sua língua sai, lambendo-me da base até a cabeça do meu pau, e ela gira sua língua ao redor da ponta pouco antes de me levar para baixo de sua garganta novamente. — Porra, — eu assobio, fechando os olhos e tentando não pensar nela com meu pau na boca. Mesmo que esse visual esteja queimado em meu cérebro, e as sensações que ela está causando sejam alucinantes, não posso explodir minha carga ainda. Meus quadris têm uma mente própria, entretanto, e estou empurrando meu pau dentro e fora de sua
boca. Jesus. Minhas bolas começam a ficar apertadas, e sei que não importa o quanto lute, perdi a batalha, e vou gozar mais rápido que um virgem na noite do baile. — Eu estou gozando, — eu digo, esperando que ela me deixe ir e me masturbe, mas ela não o faz. Ela me leva mais fundo, sua mão me masturbando mais rápido, e quando meu sêmen jorra em sua boca, ela me leva profundamente e sua mão trabalha muito mais rápido. Meus empurrões são lentos, mas sua boca nunca me deixa ir. Quando finalmente estou sob controle, abro os olhos e a observo. Eu nem percebi que ela tinha a mão enterrada em sua calcinha de renda, movendo os dedos na mesma velocidade que estava me chupando. Ela finalmente me solta, e estou esperando que meu pau amoleça, mas fica a meio mastro ainda, obviamente pronto para a segunda rodada. Eu me inclino para beijá-la, e minha mão se junta a dela para tocá-la simultaneamente. Meus olhos nunca deixam os dela. Continuando a empurrar meus dedos, movo meu polegar para circular seu clitóris, e no minuto em que o toco, sua boceta me aperta, e sei que ela está gozando. Sua mão se move com a minha o tempo todo. Eu removo minha mão e a vejo relaxar. Meu pau está pronto para a segunda rodada, e eu nem a vi nua. Ela está deitada na cama, seu peito subindo e descendo. — Vire-se, — eu digo, e ela sorri para mim. — Já pronto para a segunda rodada? — Ela pisca para mim, e vejo enquanto ela lentamente rola. Ela fica em suas mãos e joelhos, sua bunda coberta por seu vestido agora. Eu empurro o vestido e sua bunda está em plena exibição. A bunda que observei correndo é a bunda que eu queria agarrar e bater, então bato uma vez e depois acaricio. Sua cabeça cai para frente, então eu movo minha mão sobre suas costas, tentando achar o zíper. — É do lado, — diz ela, balançando a bunda de um lado para o outro. Eu chego ao lado e puxo o zíper para baixo e, em seguida, a viro. — Sério, eu não estou com pressa. — Eu não me incomodo em responder, pois fico irritado por não remover o
vestido rápido o suficiente tentando não rasgá-lo. — Acalme-se. — Ela bate em minhas mãos. — Me deixe fazer isso. — Nova regra, — eu digo a ela, abaixando o zíper. — Zíperes devem estar em exibição e facilmente acessíveis pela população masculina sem ter diagramas sobre como chegar à merda, — digo a ela, — ou eu vou arrancar e lidar com isso. — Se você rasgá-lo, terá que pagá-lo, — ela aponta e finalmente puxa o vestido sobre a cabeça, mostrando-me os peitos que têm me provocado por semanas. O sutiã combina com a calcinha, outro plus, e eu vejo seus mamilos desde que o sutiã realmente não esconde nada. Seus mamilos rosados me chamando. — Outra regra, sem sutiãs transparentes, — digo a ela, estendendo a mão e rolando o mamilo entre meus dedos. — Se eu posso ver através dele, então outra pessoa pode. — Ela revira os olhos para mim, e eu belisco o mamilo. — Nova regra: não revirar os olhos para mim. — Eu vou fazer minha própria nova regra, e isso envolve eu gozar sozinha enquanto você assiste depois voltar para o meu próprio quarto, — diz ela, e eu rio, abrindo a gaveta e pegando o pacote de preservativos. — Oh, isso é rico. Você já está preparado para uma boa noite. Eu sacudo minha cabeça. — Cada quarto vem abastecido com eles. Afinal, é Dubai, — eu digo a ela e pego um enquanto me deito na cama com ela. Este fodido dia definitivamente virou.
16 Jessica Estrela da NFL está agora namorando uma estrela pornô, fazendo as pessoas se perguntarem se uma fita de sexo vazará em breve. É isso, o momento da verdade, eu vou fazer sexo com Tyler. Eu o vejo
pegar
uma
embalagem
de
preservativo,
rasgando
com
a
boca. Deito-me no edredom macio com as pernas abertas, olhando para ele. Se você me dissesse no mês passado que eu estaria fodendo com Tyler, teria dito que você perdeu a cabeça porque ele me odeia. Na época, o sentimento era mútuo, mas agora, agora ele é a única coisa em que penso e fazer sexo é apenas um bônus. Ele enrola o látex no seu pênis, e quando está completamente embainhado, ele rasteja entre as minhas pernas e elas se abrem ainda mais. Inclinando-se, ele me beija em todos os lugares até eu ficar sem fôlego e meu corpo ansiar por ele. Minhas mãos seguram seu pênis coberto. Ele não é apenas longo, ele é grosso, e meus dedos não se tocam. — Coloque-me dentro de você, — diz ele. Eu o esfrego para cima e para baixo na minha fenda molhada, minha boceta se contraindo uma vez que sabe o que está por vir. Seus lábios se movem dos meus lábios, para o meu rosto, para o meu queixo e, finalmente, ele chupa meu pescoço e empurra em mim. Em um movimento duro, ele esta tão profundo que eu grito enquanto ele geme. Minhas mãos vão para seu rosto, meu pescoço arqueia minha cabeça para trás enquanto ele lentamente sai de dentro de mim e depois volta. Minhas pernas envolvem sua cintura, meus quadris se inclinam para cima e, de alguma forma, ele vai ainda mais fundo.
Desta vez, nós dois gememos, e o som da nossa respiração ecoa nas paredes, misturando-se com o som da nossa pele batendo. Ele me leva cada vez mais duro, meu corpo encontrando-o em um impulso. O peso do seu corpo em cima do meu, seus beijos no meu pescoço, nos meus lábios, sua língua lambendo, sugando tudo; é demais, e não leva tempo até eu sentir o acúmulo. Sua boca cobre a minha, e eu encontro sua língua em uma batalha sexual que nós dois vamos ganhar, mas então solto sua boca quando eu finalmente gozo, gemendo alto. Minha boceta aperta, mas ele não para. Ele continua batendo e batendo e, finalmente, geme a sua própria libertação. Ele cai para o lado e me rola para o meu lado, seu pau ainda em mim. Seu peito subindo e descendo. — Eu preciso de um minuto, — diz ele, olhando para mim e depois para o teto. Eu sigo seus olhos e vejo o que ele vê; seu pau enterrado na minha boceta, nós dois juntos. Minha perna sobre a dele, meus sapatos ainda em mim. — Vamos aproveitar ao máximo esse espelho, — diz ele, inclinando-se e agarrando minha bunda para me puxar contra ele. — O que faz você pensar que eu quero uma segunda rodada? — Eu brinco com ele, e ele vira a cabeça, seus olhos cintilando. — Quero dizer, talvez... — eu rodo para ele —... uma vez tenha sido o suficiente para matar a vontade. — Eu tenho outra visão para você. — Ele sorri e bate na minha bunda, me agarrando em seus braços e rolando nós dois para fora da cama. Ele
para
na
mesa
de
cabeceira
para
pegar
mais
dois
preservativos e depois vai ao banheiro. Ele entra no banheiro de mármore laranja e azul e vejo duas pias à minha direita. Ele me coloca no balcão frio e eu grito. Ele tira o preservativo e o joga no vaso sanitário. — Chuveiro ou banheira? Olho para o chuveiro circular e depois para a banheira funda com um mural do oceano. — Hmm, eu me sinto muito, muito suja, — digo a ele. — Suja que apenas uma banheira pode limpar. — Sorrindo para mim, eu o vejo caminhar até a banheira e inclinar-se para ligar a torneira. Ele se vira e caminha de volta para mim. De pé no meio das
minhas pernas abertas, ele escova meu cabelo atrás dos meus ombros, depois se inclina e me beija. Uma mão vai para minha bochecha e a outra para meu peito. Sua mão então se move para as costas, onde ele tira o meu sutiã. — Bem jogado. — Eu rio enquanto o beijo. Ele se abaixa, agarra uma perna e a levanta para desamarrar a sandália, depois o joga no chão com um enorme ruído. Ele faz o mesmo com a outra e depois me pega e entra na banheira. Nós nos sentamos na banheira. Bem, sentar-se não foi o que realmente fizemos, pois ambos os preservativos estão agora no lixo. No momento em que desmoronamos na cama, acho que o sol está nascendo, mas deve ser mais tarde agora, porque quando ele me acorda, o quarto está muito mais claro. Virando-me para o meu estômago e levantando meus quadris, ele beija meu ombro, e eu fico deitada como um macarrão mole. Bem, mais como um macarrão cozido demais. — Eu preciso de comida, — murmuro e ouço-o rir quando ele estica o braço e pega o telefone. Ele pede uma tonelada de comida, mais comida do que duas pessoas poderiam comer em um dia. — Eu também vou querer uma enorme tigela de morangos, uma garrafa de champanhe e um pouco de chocolate. — Ele desliga o telefone. — Trinta minutos, — diz ele. É então que nós dois ouvimos o clique da porta se abrindo, e eu pulo, procurando algo para me cobrir. — Tyler. — Eu ouço a voz de Cassie e aperto o lençol mais firme cobrindo meu torso. — Você já está acordado? — Ele olha para mim com
um
rosto
chocado,
então
pulo
da
cama
e
corro
pelo
quarto. Pegando meu vestido, eu voo para o banheiro, em seguida, tranco a porta atrás de mim. Eu pego meu sutiã e o coloco, seguido pelo meu vestido, e estou prestes a amarrar minha primeira sandália quando ouço uma batida suave na porta. Minha cabeça se levanta. — Sou eu, — diz Tyler. — Ela se foi. — Eu ando até a porta com apenas uma sandália, a outra na minha mão. Eu destranco a porta e abro, e ele está parado com o robe do hotel. — Por que diabos você está vestida? — Ele pergunta e, em
seguida, começa a puxar o vestido sobre a minha cabeça, desta vez sabendo exatamente onde está o zíper. — Por que você está vestida? — Ele faz a pergunta boba, revirando os olhos e quase fazendo beicinho como uma criança com as mãos em cima de mim. — Ela entra no seu quarto todos os dias? — Eu pergunto a ele. Parada na frente dele enquanto ele se inclina e tira meu sutiã, eu o vejo balançando a cabeça. — E se nós estivéssemos lá nus? — Ela já me viu nu, — ele diz com indiferença, e agora estou um pouco chateada. — Ela tem trabalhado comigo há anos, eu não sei, treze anos. — E daí? Eu trabalho com Stephanie por sete, e ainda não a vi nua e vice-versa, — eu indico para ele enquanto ele se curva e toma um mamilo em sua boca. — Pare com isso quando estou tentando falar com você. — Minha mão deixa cair a sandália no chão. — Nada de falar, — diz ele, repetindo a mesma coisa com o outro mamilo, — temos que nos preparar para a cachoeira de champanhe. — Que diabos é isso? — Eu pergunto, e ele apenas balança a cabeça. — É melhor eu só te mostrar. — Ele me beija agora, cheio de língua. Eu fico na ponta dos pés e beijo seu pescoço. Ele me entrega outro robe para vestir, e eu saio da outra sandália, e nós descemos as escadas para sua sala de estar. Ele aperta o botão e as cortinas deslizam para cima. O sol está brilhando, então vou até as janelas do chão ao teto e olho para as praias abaixo. Você pode olhar a distância e ver alguns barcos também. — E se ela voltar? — Eu lhe pergunto, virando e vendo ele sentado no sofá olhando também. — E se ela tiver uma pergunta? — Eu vou trancar a porta depois que o serviço de quarto chegar, e eu lhe disse para tirar o dia de folga, que eu ficaria relaxando na cama o dia todo. — Ele estica os braços ao longo das costas do sofá, abrindo o roupão até topo. — Ela não vai voltar a menos que eu ligue para ela. — Eu aceno para ele, virando e olhando para a distância para desligar minha mente. Eu me esforço, mas as coisas que passam pela minha
cabeça não param. — O que está acontecendo? — Eu o ouço atrás de mim e sinto seu calor nas minhas costas enquanto suas mãos se movem em torno de meus quadris. Suas mãos deslizam sob as minhas enquanto ele beija meu pescoço. Eu movo minha cabeça para o lado, então me viro para encará-lo, e seus lábios encontram os meus. — O que está passando por sua cabeça agora? — Nada. — Eu tento mentir porque de maneira alguma ele me conhece tão bem, de jeito nenhum ele pode dizer, mas apenas olho para ele, e seus olhos perfuraram os meus. Ele beija minha bochecha, depois o lado do meu pescoço e depois a parte de trás da minha orelha. — Mentirosa, — ele sussurra em meu ouvido, e eu tremo sob seu toque. — Eu posso pensar em maneiras de fazê-la me dizer. — Oh, sim? — Eu gemo quando ele morde minha orelha, uma de suas mãos se esgueirando pela frente do roupão e segurando meu peito, seus dedos beliscando o mamilo. A batida na porta quebra o momento enquanto eu procuro por lugares para me esconder. — Estou indo para o andar de cima, — digo a ele enquanto corro para o andar de cima, indo para o banheiro apenas no caso de ser Cassie novamente. Sentada na beira da banheira, uso o tempo sozinha para me reagrupar. — Eu vou comer e depois voltar para o meu quarto, — eu digo para a sala vazia. — Isso é o que eu vou fazer. Comer e partir. — Quase como se estivesse tentando me convencer de que não quero ficar aqui com ele o dia todo. O que Kellie me disse? Você não caga onde come, ou come onde você caga, ou seja qual for a frase perturbadora. — Você pode descer agora! — Ele grita dos degraus, quebrando a autoflagelação, e eu me levanto, colocando minha cabeça para fora. — Somos apenas nós dois. Desço os degraus e depois dou uma olhada na fechadura da porta. Eu olho a suíte agora, o carpete um azul royal, meus pés afundando nele. Uma mesa está no canto com uma enorme tela MacBook no topo e um vaso de rosas vermelhas. Ao lado da mesa estão dois sofás com uma mesa de ferro fundido dourado entre eles e duas almofadas cor de pêssego no meio. Quando você olha para cima, pode
ver o corrimão de ferro fundido no andar de cima porque está conectado como um loft. Um pilar branco parece estar segurando o segundo andar. À minha esquerda está um bar totalmente abastecido, e Tyler está à minha direita, ao lado da mesa para quatro pessoas, coberta por todas as bandejas de comida que ele pediu. As tampas de estanho estão levantadas e duas bandejas vazias estão colocadas uma ao lado da outra para nós. Eu olho para o sofá em forma de L no lado esquerdo, e a garrafa de champanhe no meio da mesa em um balde de gelo com uma tigela fresca de morangos ao lado. — Sobremesa, — ele diz, sorrindo, e eu apenas balanço minha cabeça. Sento-me em uma das cadeiras à mesa e ele se senta ao meu lado. — O que você quer? — Pergunta ele. Pegando meu prato vazio, ele coloca alguns ovos nele com um pouco de bacon de peru, frutas frescas e uma panqueca. — Você quer mais? — Não. — Eu balanço minha cabeça. — Isso está bom. — Eu pego o prato dele, em seguida, pego um guardanapo e coloco no meu colo. Eu pego o jarro de cristal de suco de laranja e despejo um pouco no meu copo de cristal. — Você quer um pouco? — Eu pergunto, e ele balança a cabeça enquanto enche seu próprio prato, o dobro do meu. — Café? — Ele pergunta, pegando a cafeteira e servindo um pouco para si e depois para mim. Nós não dizemos nada enquanto comemos. — Isso, — diz ele entre sua última mordida e seu gole de suco de laranja. — Parece que eu estive tomando café da manhã com você desde sempre. Eu olho para ele. — Eu estava pensando a mesma coisa. — Honestidade com ele só vem fácil, como se tivéssemos acordado juntos por anos e tomado café da manhã um com o outro o tempo todo. Eu pego minha xícara de café, trazendo-a aos meus lábios. — Quero dizer, obviamente, com você cozinhando para mim. — Eu pisco, e ele apenas balança a cabeça. — Eu faria se você quisesse, — diz ele, pegando seu suco de laranja. — Quando chegarmos em casa, vou fazer o jantar para você, — diz ele, e eu quase paro de beber, um olhar profundo no meu rosto
enquanto penso. — Você está pronta? — Ele pergunta, olhando para o meu prato que está vazio. — Eu acho que é hora de sobremesa. — É? — Sorrindo, eu coloco minha xícara para baixo. — E o que é sobremesa exatamente? — Olhando para ele enquanto sorri, parecendo que acabei de desafiá-lo a algo. — Bem. — Ele empurra a mesa. — Deixe-me mostrar-lhe. — Ele estende a mão, e eu pego, me levantando. Ele pega a frente do meu roupão e o empurra dos meus ombros, fazendo o mesmo com o dele. — Assim é melhor. — Meus mamilos se enrugam com o frio que agora está batendo, então ele pega o polegar e esfrega um. Ele me puxa para o sofá, gesticulando para eu sentar nele, então puxa a mesa para longe do sofá, dando-se algum espaço. Ele pega a garrafa de champanhe e serve dois copos, me entregando um. — Para sobremesa, — ele diz, segurando o copo, e eu o pego. Levando o copo até minha boca sinto o champanhe frio e borbulhante batendo na minha língua. Ele pega um morango e depois leva à minha boca. — Morda, — ele diz, e eu faço, tentando pegar os sucos antes que escorra, mas eu perco a batalha quando ele cai no meu peito. Eu o vejo caminhar de volta para a mesa para pegar a tigela inteira de morangos e a garrafa de champanhe. — Não seria mais fácil se você trouxesse a mesa para cá? — Ele sorri para mim, e eu sei que ele não é bom. — Então não poderíamos ter uma cachoeira de champanhe, — diz ele, segurando a tigela de morangos para mim. — Agora, a coisa com a cachoeira de champanhe é que você não pode se mover. Minhas sobrancelhas se apertam juntas. — Eu não entendo, — eu digo a ele, e seu sorriso só aumenta. — Incline-se para trás no sofá, — ele me orienta, então coloco os morangos ao meu lado no canto e me inclino para trás. — Não assim. — Se aproximando, ele coloca o champanhe no chão, em seguida, agarra meus joelhos e me puxa para fora. Minha cabeça está na almofada e minha bunda está na beira do sofá. — Agora abra suas pernas. — Minhas pernas se abrem instintivamente mesmo sem saber o que vai
acontecer. Ele pega sua taça de champanhe e a enche novamente. — Agora se lembre do que eu disse; você não pode se mover. — Ele está em cima de mim e se curva, derramando champanhe no meio do meu peito. Eu grito com a frieza dele, então olho para baixo, vendo-o correr pelo meu peito até o meu estômago, parando no meu umbigo. Ele se inclina, lambendo o caminho até o meu umbigo, onde ele suga o resto. — Isso foi divertido, — diz ele e faz de novo, desta vez derramando mais e pegando-o com a língua enquanto ele chupa meu umbigo. — Hora de mais, — diz ele, e minha cabeça está ficando pesada. Meus mamilos estão doendo, e eu tenho uma forte necessidade de fechar meus joelhos por fricção, mas não posso, porque ele está ajoelhado entre eles. Ele enche seu copo de novo, seus olhos em mim agora, quando ele leva o copo não para onde estava antes, mas para a ponta do meu osso púbico. — Hora da cachoeira, — diz ele, se abaixando mais. Derramando o champanhe gelado em mim, ele tenta pegá-lo com a boca, enquanto o suga na minha boceta. Eu não sei o quanto ele realmente conseguiu porque minha cabeça caiu naquele momento. Ele faz isso de novo e de novo, me empurrando ao limite, e pouco antes de eu estar finalmente pronta para gozar, ele para de chupar. Eu
gemo, minha cabeça se
debatendo de um lado para o outro e meu corpo formigando. Quando acho que ele finalmente vai me deixar gozar, ele puxa para trás novamente. Eu amaldiçoo quando ele ri, depois volta de novo e de novo, e finalmente, quando estou prestes a gozar, ele joga o copo ao lado dele, fica de joelhos e empurra seu pênis todo o caminho dentro de mim. — Foda-se, — ele diz com uma das minhas pernas levantadas no quadril enquanto olha para nós. Eu nem sequer o vi nem o senti colocar um preservativo. Seu polegar faz pequenos círculos no meu clitóris enquanto ele empurra dentro e fora de mim, e eu posso finalmente gozar. Ele me deixa tê-lo, e acho que nunca gozei tão forte na minha vida. E quando acho que está quase acabando, ele aperta meu clitóris e eu gozo de novo, um orgasmo rolando sobre o outro. Eu devo espremê-
lo mais do que ele pode aguentar, porque no meio do segundo ele se junta a mim. Seu corpo cobre o meu quando ele finalmente para. — Precisamos de outro banho, — digo a ele, e ele concorda. Esperando um pouco antes de finalmente sair de mim, ele vai ao banheiro para tirar o preservativo e depois volta. — Chuveiro ou banheira? — Pergunta ele, e eu levanto-me devagar, certificando-me de que meus joelhos não cedam sob mim. — Chuveiro, — eu digo, em seguida, pego a tigela de morangos e vou até a mesa para pegar a calda de chocolate. — Hora de mostrar-lhe fondue de cockaberry2. — Eu pisco para ele e me afasto, balançando meus quadris. Ele me segue e ficamos muito mais sujos que antes. Então nós dois tiramos um cochilo no segundo em que voltamos para a cama.
— Onde você está indo? — Ele me pergunta por cima do ombro. Eu olho para cima de onde estou sentada na cadeira do canto enquanto amarro minha sandália. — Por que você está vestida de novo? — Eu olho quando ele se vira e senta na cama, esfregando o sono de seus olhos. — Eu imaginei que você dormiria a noite toda, então ia voltar para o meu quarto, — digo a ele enquanto amarro a outra sandália. Eu acordei uma hora atrás e deitei na cama lutando comigo mesma para me levantar, sabendo que o nosso tempo acabaria, e finalmente desisti há dez minutos. — Além disso, nós acabamos com a coceira, certo? Eu olho para ele agora; sentado de costas contra a cabeceira da cama e o lençol em sua cintura. Seu cabelo enlouquecido das minhas mãos e de dormir, e ele me encara. — Coceira? — Ele repete a palavra, e parece uma merda ouvir isso dele. — Bem, — eu digo, levantando-me e ficando na frente dele, — nós claramente, — aponto para ele e para mim — você sabe. — Tentando 2
Seria a mistura de pau + morango
tornar isso menos difícil, já que eu sou a única fazendo a caminhada da vergonha, Eu digo: — Tínhamos uma coceira. — Então, você se coçou no meu pau? — Ele olha para mim, colocando uma mão sobre a cabeça e outra no estômago. Eu sempre me lembrarei
desse
momento,
ele
assim,
o
olhar
sem
nenhuma
preocupação no mundo. Jogando minhas mãos no ar, eu digo: — Não olhe para mim assim. Nós dois tivemos uma coceira e coçamos. — A diferença é que eu não precisava 'coçar uma coceira', — diz ele, usando os dedos para fazer aspas no ar. — Eu queria coçar essa coceira, e eu queria com ninguém além de você. — Tyler. — Ouvindo-me sussurrar seu nome, finalmente, ele sai da cama, e eu o vejo andar até mim. — Não. — Não o quê? — Ele pergunta, parado na minha frente. — Não diga que eu queria isso; Não diga que eu queria com você? O que exatamente devo dizer? — Você deveria dizer, sei lá, obrigado pela melhor noite da minha vida. — Eu olho para baixo, depois para cima novamente. — Obrigado por fondue de cockaberry. — Sim, e se eu dissesse que quero fazer isso de novo? — Ele me pergunta. — E se eu te dissesse que quero coçar a coceira de novo... e de novo... e de novo? Inclinando meu quadril para o lado, cruzo os braços sobre o peito. — Agora? Ele cobre minhas bochechas. — Agora, mais tarde, hoje à noite, no meio desta noite, talvez amanhã antes de sairmos correndo, então definitivamente amanhã à noite. — Ele olha diretamente nos meus olhos. Meu peito está levantando e então o som do meu coração enche meus ouvidos. — Isso é muita coceira. — Eu coloco minhas mãos sobre as dele. — E se Cassie entrar? E se... — Vai fazer você se sentir melhor se nós coçarmos em seu quarto? — A pergunta me entorpece. — Ou podemos ir para o seu
quarto, pegar sua roupa de treino para amanhã... — inclinando-se, ele me beija suavemente nos lábios, meu corpo dando um suspiro completo —... então depois de corrermos, eu vou ao seu quarto para me certificar de que você não está com coceira, e então voltaremos aqui, e podemos, você sabe, coçar novamente esta noite. — Só para deixar claro, — digo logo antes de ceder, — ainda estamos falando sobre sexo, certo? — Minha risada é engolida pelo beijo dele.
17 Tyler Parece que esse ator foi pego escapando da casa de seu novo interesse amoroso. Fontes dizem que ele fugiu do local quando o marido apareceu! — Você está mesmo me ouvindo? — Cassie pergunta ao meu lado enquanto saímos do hotel em direção ao nosso barco em Veneza. — Seus pais estão em Paris. — Oh, bom, — eu digo a ela. Depois de entrar no barco, me virei para estender a mão para ajudá-la. — Falei com Ryan hoje e ele acha que pode espremer mais um dia em Paris antes de voltarmos para Nova York. — Mais tempo com meus pais. — Eu me sento, tirando meu telefone. — Quanto tempo ficaremos lá? — Deixamos a Itália amanhã, — diz ela, abrindo o telefone. — Depois, ficamos lá cinco dias. — Observo seus dedos se mexerem. — Ele está permitindo a imprensa e a exibição em um dia, então a imprensa faz uma pausa. Ouvi dizer que Alex virá. — Ela menciona o solteiro mais
cobiçado
da
França. Ele
tem
estado
na
imprensa
ultimamente. Algumas coisas boas, mas principalmente ruins. Eu não mencionei que o conheço, ou que nós compartilhamos algumas refeições no passado. Eu aceno, pensando nos quatro dias que vou ter. Já faz quatro dias desde que meu relacionamento com Jessica mudou um pouco. Na verdade, mudou muito. Já faz quatro dias que acordamos juntos, indo para a academia juntos. Hoje, até segurei a mão dela e ela deixou. Ela também sabia que não havia ninguém por perto, então era seguro. Ela se esforça para tornar isso normal e garantir que ninguém saiba o que
está acontecendo. Depois do primeiro dia, eu a convenci a passar a noite novamente, mas Cassie batendo na porta de manhã era o seu ponto de ruptura. Então, agora eu durmo no quarto dela, e de manhã, depois de malhar, seguimos nossos caminhos separados até o horário da imprensa. Nós conversamos por mensagens durante o dia, no entanto. Ela colocou meu nome como, Coçador de Coceira, então se eu lhe mandar uma mensagem, ninguém saberá. Ela realmente pegou meu telefone e mudou seu nome para Fondue de morango. Eu ansiava pelo tempo que passávamos juntos, ansiava pelo normal que éramos. Depois de comermos, nos deitávamos na cama para ver o Dateline. Eu adormecia embrulhado nela, acordando no minuto em que ela rolava para longe, então ia até ela. — Você quer que eu marque um jantar para nós e seus pais? — Cassie diz. — Eu posso ligar para o Alex, e nós poderíamos conseguir um tempo privado. — Não. — Balançando a cabeça, eu digo: — Eu mesmo vou ligar para o Alex. — Bem, que dia eu deveria marcar? — Ela pergunta, e eu dou de ombros. — Eu preciso saber para que possa configurar tudo. — Não se preocupe com isso, — eu digo a ela, colocando meu telefone dentro do bolso da jaqueta. Este será o primeiro evento do tapete vermelho desde Dubai. Hoje, meu encontro é Evelyn, e eu disse a Cassie que não vou ficar sozinho com ela. — Você não fez seus próprios planos em treze anos. — Eu olho para ela, agradecida por finalmente termos chegado ao evento, então ela guarda o telefone. Ela sai primeiro, seguida por Evelyn, e quando saio, ouço o rugido da multidão. Dizem que você se acostuma, mas nunca vou me acostumar a milhares de pessoas reunidas gritando meu nome. Eu ando pelo tapete vermelho, tentando não olhar para ela, mas falhando. Eu a vejo imediatamente porque meu corpo sabe exatamente onde ela está. Ela está de costas para mim, os braços cruzados sobre o peito. E bem no meio de suas costas há um zíper dourado largo. Seu cabelo está solto e parecia muito melhor antes de eu chegar até
ela. Agora parece que guerreou com as mãos de alguém, e foram as minhas. A última vez que a vi foi quando saí das entrevistas, e fiz uma parada em seu quarto usando a chave sobressalente que ela me deu. Eu a encontrei sentada no balcão, do banheiro de seu quarto no hotel, nua, enrolando o cabelo. Ela se vira e vejo que o vestido tem mangas compridas e é fechado até o pescoço. Seus lábios estão cheios e pintados de rosa, o mesmo rosa que tentei beijar, mas não borrava. Ela fica ali sorrindo, e quando passo por ela, nossos olhos se encontram por um minuto e então nos afastamos. Eu entro no teatro e poso para mais fotos enquanto a imprensa recolhe tudo lá fora. Eu olho pela janela e vejo Jonathan indo até ela e tocando sua cintura, sua cabeça jogada para trás rindo. Ela deve sentir meu olhar porque ela olha para mim e sorri. É um sorriso diferente do que ela deu a Jonathan; sorri para ele como eu sorrio para os fãs e repórteres. Eu converso com algumas pessoas, esperando a imprensa entrar. Eu estou aqui quando eles finalmente entram. — Já que estamos na Itália, temos que comer pizza, macarrão e Prosecco, ou alguma combinação dos três! — Diz Autumn, e eu aceno para eles. — Vamos, — eu digo a eles, me virando para sair do cinema com Jessica ao meu lado. — Ei. — Eu olho por cima do meu ombro para ver o quão longe está todo mundo. — Você está linda, — eu digo baixinho. — Obrigada, — diz ela, olhando por cima do ombro também, enquanto seguimos em frente e, em seguida, ela para de falar quando Cassie corre para o meu lado. — Estamos indo para Nonna? — Ela pergunta, seu rosto todo se iluminando. — Eu amo aquele lugar. Lembra quando você me levou lá da última vez? Jessica diminui o ritmo enquanto eu continuo com Cassie ao meu lado. — Esse é o nosso barco? — Eu pergunto a ela, e Cassie balança a cabeça. Olhando por cima do meu ombro, vejo que Jessica está agora andando ao lado de Autumn e Kendall. Gesticulo para Cassie entrar no barco primeiro e depois espero enquanto todos sobem lentamente.
Jessica é a última a entrar, seguida por mim, e me sento ao lado dela enquanto o barco se afasta na direção do pequeno restaurante. Eu sou o primeiro a sair, então estendo minha mão para Jessica e deixo o nosso toque se prolongar, nossos mindinhos são os últimos a serem soltos. Andamos por uma estrada tão estreita que nem conseguimos esticar os braços quando reconhecemos o cheiro de pizza no ar. Eu me abaixo, entro no restaurante e vejo quatro mesas estavam vazias. — Todo mundo peguem um assento, — eu digo a eles e vou sentar em uma mesa, Cassie se junta a mim imediatamente. Eu procuro ao redor da sala por Jessica, mas não a vejo. Ela retorna cinco minutos depois e pega o último assento disponível na minha mesa, sentando à minha esquerda. — Desculpe, eu estava no banheiro, — diz ela e, em seguida, olha para o salão. Uma velhinha sai dos fundos; ela deve ter um metro e trinta. Seu cabelo preto virando cinza escuro está preso para trás por uma faixa preta. Um avental branco manchado de molho sobre sua roupa toda preta. — Quante pizze prenderai? — Quantas pizzas vocês vão querer? ela pergunta rispidamente. — Dieci. — Dez, eu respondo a ela. — Margarita. — Va bene. — Bom, ela diz, então se vira para gritar: — Marco. — Eu gostaria de dizer que todas as dez não foram comidas, mas tivemos que pedir mais dois. A maior parte foi para os homens, que não conseguiam parar de comer. Todos nos empilhamos no barco para nos levar de volta a pequena ilha onde estávamos ficando. Entrando no saguão, vou para o meu quarto com Cassie ao meu lado. — O avião sai às onze horas de amanhã. — Parece bom, — eu digo, olhando para o meu telefone para ver se tenho alguma mensagem. — Eu acho que te vejo às onze. — Eu saio do elevador em direção ao meu quarto, passando o cartão para entrar. Ligo para Jessica, eu sorrio quando ela responde depois de um toque. — Você vem aqui ou eu vou para aí?
Ela ri. — É essa a sua maneira de dizer que você quer passar um tempo comigo? — Brinca, e eu tiro meu casaco. — Eu estarei aí em cinco. Mantenha o vestido. — Sério? — Ela diz. — É porque você pode finalmente ver o zíper? — Eu desligo o telefone e coloco minhas roupas de treino para amanhã. Caso alguém me veja, eu sempre posso dizer que vou malhar. Eu vou para o quarto dela, colocando o cartão e entrando. Ela está debruçada sobre a mesa, digitando alguma coisa em seu computador, mas meu corpo tem uma mente própria. Batendo na bunda dela, ela pula. — Ai, — ela diz, — isso doeu. — Doeu? — Minhas mãos apertam seus quadris agora, puxandoa para mim. — Deixe-me fazer melhorar. — Abaixo a cabeça e a beijo. Minha mão se move de seus quadris para a parte de trás de seu vestido e para aquele zíper enorme que ela tem nas costas. O som do zíper enche o quarto junto com seus gemidos. Eu a acompanho até a cama e, quando termino com ela, seu vestido está ao lado da cama. — Eu quero que você conheça a minha mãe, — eu lhe digo depois que ela sai do banheiro com o cabelo preso em cima da cabeça. Ela para em suas trilhas e olha para mim. — Bem, na verdade minha mãe e meu pai. — Quando? — Seus pés finalmente se movem quando ela vem para a cama e senta. — Hum, em Paris. — Eu me viro para olhar para ela. Ela está vestindo a camiseta que eu estava usando quando entrei no quarto. — Eles vão estar lá, e eu quero que você os conheça. — Eu não... — Ela começa a dizer e eu a puxo para mim. — Por favor. — Seus olhos vêm para os meus. — Eu realmente quero que ela te conheça. — Mas o que você vai dizer a eles? — Eu estive me fazendo a mesma pergunta desde que decidi que queria que ela conhecesse minha mãe. Eu quero ser capaz de dizer: “Ei mãe, esta é a minha namorada”. Eu quero ser normal por uma vez.
— Nós podemos lhes dizer que estamos namorando, ou podemos dizer que você é uma amiga. — Não sei por que, mas a segunda opção parece ácida saindo da minha boca. — Realmente não importa para mim desde que você os conheça. — Mas e a imprensa? — Ela faz a velha pergunta. — E quanto a Cassie? E os paparazzi? É o lançamento oficial? — Podemos jantar em particular apenas nós quatro. — Respondo a uma pergunta de cada vez. — Cassie não vai estar lá, e não vou dizer a ela sobre isso também. — Respirando fundo, eu digo: — Eu só quero ser um cara normal que quer apresentar seus pais para uma garota que é muito legal. Que ele gosta muito, que coça todas as suas coceiras. — Ok, — ela diz suavemente. Ela rasteja para mim e, jogando uma perna por cima de mim, ela me monta. Agora meu pau acha que é hora de outra rodada. — Eu vou conhecer sua mãe e seu pai. Ela me beija, segurando meu rosto em suas pequenas mãos. — Obrigado. — Puxando-a para perto de mim, eu digo: — Eu acho que tenho outra coceira. Ela se endireita. — Realmente? — Ela agarra a camisa, tirando-a sobre a cabeça. — Eu também.
18 Jessica Este casal secreto foi visto passeando de mãos dadas na praia de Malibu. — Acho que foi o voo mais rápido que tivemos, — digo a Tyler, soltando o cinto de segurança. Ele ficou por último e, para minha sorte, o assento ao meu lado estava vazio. — Nós assistimos apenas um episódio do Dateline. — Eu conhecia o último caso, — diz ele, pegando sua mochila e atirando-a por cima do ombro. Sua camisa se eleva um pouco, mostrando
seu
abdômen
reto; um
abdômen
que
estou
muito
familiarizada. Eu estou ao lado dele enquanto saímos do avião, e seguro o corrimão desde que estou usando saltos. Mesmo que não estejamos encontrando seus pais hoje, me vesti um pouco melhor para o caso. Eu estou usando minha calça apertada cinza escura com o cinto da mesma cor amarrado em um laço ao lado. Eu combinei com minha camiseta branca apertada de mangas compridas e um pouco caída no ombro. Segurando minha bolsa ao meu lado, entro no ônibus e seguimos para o Four Seasons. Uma vez que paramos e eu pego minha bolsa, passo pelos dois porteiros que abrem as portas para nós e olhamos ao redor admirados quando entramos no saguão. Yamina e Yolanda estão lá com enormes sorrisos no rosto. — Eu espero que vocês estejam prontos para serem mimados, — ela diz para nós. — Não só ficaremos aqui mais um dia, mas para agradecer a todos pelo seu trabalho incrível, Tyler incluiu um pacote de spa para todos vocês, — diz ela enquanto nos entrega o cartão do quarto. Eu olho em volta do lobby de mármore. Um candelabro de cristal está pendurado no meio da sala, e vasos
espelhados contendo rosas cor-de-rosa decoram a sala. Dois arcos à esquerda e a recepção fica à direita. Uma enorme pintura cobre a parede atrás da mesa de mármore marrom. Eu pego meu cartão de Yamina. — Muito obrigada. — Sorrindo, eu me viro e me afasto apenas para esbarrar em uma bela dama um pouco menor do que eu. Seu cabelo loiro é curto, enrolado nas laterais. — Eu sinto muito. Eu tenho um mau hábito de olhar para baixo. — Um homem mais alto se aproxima e coloca as mãos nos ombros dela. Seu cabelo é preto como o de certo alguém e seus olhos o tom exato de seu filho. Ótimo. A primeira vez que encontro seus pais, quase atropelo a mãe dele. — Tudo bem? — Seu pai pergunta a sua mãe, que olha para ele e balança a cabeça e, em seguida, olha para mim com um sorriso enorme. — Está tudo bem, querida, — diz ela suavemente. — Mãe, papai, — diz Tyler do meu lado, e eu me viro para ele. Ele coloca uma mão na parte inferior das minhas costas. Então ele vai até sua mãe e a abraça, as mãos dela passando pela cintura dele. — Tyler. — A suavidade amorosa de sua voz me afeta um pouco, e eu tento me esgueirar. — Você está maravilhoso. — Afastando-o e segurando suas bochechas, ela olha em seus olhos. — Mãe... — ele ri —... deixe-me dizer olá ao papai. — Ela o deixa ir, e ele caminha até seu pai, que é apenas um pouco mais alto do que ele. Eu os observo e vejo o homem alto e corpulento pegar seu filho nos braços e dar um tapa nas costas dele. Ele se afasta de seu pai com a mão no ombro e olha para mim. — Eu vejo que você conheceu meus pais, — diz ele, e eu aceno. — Eu esbarrei em sua mãe, — eu admito, olhando para ela e vendo que ela está vestindo calça jeans e uma camiseta branca simples com sapatilhas Chanel, que eu posso dizer que ela não comprou por conta própria. — Mamãe, papai, — ele diz com um sorriso, — esta é Jessica, uma das repórteres na turnê de imprensa. — Eu solto um suspiro de
alívio que ele não entregou nosso relacionamento ou o que quer que tenhamos. — Jessica, estes são meus pais, Susanna e Frank. Eu estendo minha mão para apertar a mão de sua mãe, mas ela me puxa e me envolve em um abraço. — É tão bom conhecê-la, — eu digo, e depois olho para Frank, que se inclina com um abraço lateral e me beija na bochecha. Sua mãe está prestes a dizer algo mais quando ouço a voz de Cassie. Acho que escondi o estremecimento imediatamente, mas a mãe dele olha para mim, quase como se estivesse checando alguma coisa. — Frank, Susanna, — diz ela, quase me empurrando para fora do caminho para que pudesse abraçar sua mãe e depois beijar seu pai na bochecha, — Estou tão animada que vocês estão aqui. — Ela olha para eles e depois para mim; seu desdém por mim é aparente, mas ela apenas me ignora e olha para Susanna. — Você recebeu as coisas que eu enviei? — Eu recebi, querida. — Ela acena com a cabeça. — Mas o quarto é demais. — Oh, por favor, — diz ela, acenando com a mão. — Estou tão animada que vocês estão aqui. Estou tentando marcar alguns jantares. — Ela olha para Tyler, que olha de volta para ela. — Só estou esperando que Tyler me dê os planos. — Eu disse a você que cuidaria disso, — diz ele, colocando as mãos nos bolsos. — Se vocês me desculparem, — eu digo, incerta se quero estar aqui. — Foi um prazer conhecê-los. — Eu sorrio para eles e os contorno. Enquanto ando até o elevador, fico com raiva de Cassie, de quase ter derrubado a mãe dele na primeira vez que a encontrei, e com raiva de que, bem, não sei bem o quê, mas estou com raiva. Olho para o cartão-chave e entro no elevador, depois pressiono o andar. Passando meu cartão-chave quando chego à porta, abro-a e meus pés afundam no tapete macio. Eu chuto meus saltos, fechando a porta atrás de mim. O armário fica bem na frente da porta, então coloco minha bagagem perto dele e entro no quarto. As cores são cinza, azul
claro e marfim; uma cama king size fica no meio do quarto com mesas de cabeceira de cada lado. Eu coloco minha bolsa no banco situado no final da cama e caminho para o banheiro que é, claro, todo de mármore. Ligando as luzes do quarto, pego meu computador e sento na cama. Meu telefone toca assim que ligo o computador e, olhando para baixo, vejo que é Tyler. — Olá, — eu respondo no terceiro toque, embora tenha pensado em não atender. Estou passando por esses sentimentos e não tenho certeza do que é. — Ei, onde você está? — Ele pergunta baixinho, então assumo que ele está com seus pais ou mesmo com Cassie. — Eu estou no meu quarto, — eu respondo e olho pela janela, vendo o prédio na nossa frente. — Eu vou trabalhar um pouco, — digo a ele, esperando que ele apenas me deixe sozinha. — Em que quarto você está? — Eu o ouço se movendo, então sei que ele está caminhando. Eu podia não lhe dizer, mas então ele descobriria de qualquer maneira e prolongaria a discussão. — Por que você não passa um tempo com seus pais, e nós podemos nos ver hoje à noite ou amanhã? — Eu fecho meus olhos e coloco minha cabeça para trás. — Você mal os vê. — Eu espero um segundo para ver se ele vai me responder e depois não noto nada. Eu olho para o telefone para ver se talvez a ligação tenha caído, mas ainda está em andamento. — Olá? — Eu digo para o silêncio morto e então ouço uma batida na minha porta. Eu jogo o telefone na cama e me levanto, indo até a porta. Abrindo, não fico surpresa em encontrar Tyler. Fico surpresa com o olhar que ele está me dando quando passa por mim e eu fecho a porta. Eu o sigo pelo quarto e ele para olhando pela janela. — Então você me encontrou. Ele fica parado com as mãos nos quadris, ainda olhando para fora, depois se vira e sua raiva ainda está lá. — O que está acontecendo? — Pergunta ele, e, para ser sincera, não tenho intenção de dizer o que está acontecendo comigo. Porque nem eu entendo. — Você simplesmente fugiu.
Eu balanço minha cabeça. — Eu não fugi; vocês estavam fazendo planos. — É a verdade; os quatro faziam planos e, bem, eu não queria ouvir. Eu não queria me sentir excluída. — Eu não queria me intrometer. — Essa é uma maneira mais agradável de dizer isso. — Intrometer. — Ele repete a bela palavra que falei, e a raiva aumenta um pouco, e eu a libero um pouco. — Sim, intrometer-me em seus planos, — eu finalmente digo. — Vocês estavam fazendo planos, e foi estranho ficar lá ouvindo. Também não era da minha conta, então saí. — Esses planos eram para nós, — ele finalmente diz. — Eu disse a Cassie que faria meus próprios planos sem ela para que você pudesse ter um tempo com meus pais. — Bem, eu não acho que ela leu o memorando, — eu digo, parecendo ciumenta, embora não seja. Balançando a cabeça, eu digo: — Ouça, eu não sei o que está acontecendo. — Eu cruzo meus braços. — Eu estava em um lugar que não era o meu, então saí para deixar as outras pessoas se sentirem confortáveis. — O que você quer que eu diga aqui, Jessica? — Ele faz a pergunta, mas não tenho certeza se tenho uma resposta. — Você quer que eu diga a todos que vamos jantar com meus pais? Você quer que eu segure sua mão quando saímos juntos? — Não, — eu digo. — Não me faça soar como uma adolescente carente. — Minhas mãos caem para os meus lados. — Escute, eu não tenho ideia do que está acontecendo agora. Tudo o que sei é que estou aqui para trabalhar e você também. — Apontando para ele, digo: — Então, vamos terminar esse trabalho e, quando voltarmos a nossas vidas normais, podemos lidar com isso. — Vamos jantar com meus pais esta noite, — ele me diz, não pergunta, eu poderia acrescentar — na minha suíte. — Eu reviro os olhos. — Seremos apenas nós quatro. — Parado na minha frente, ele se inclina e beija suavemente meu ombro exposto. — Eu quero que você conheça oficialmente meus pais, e quero que meus pais te conheçam. — Ele me beija de novo, desta vez indo em direção ao meu pescoço. —
Cassie não está nisso; ela não faz parte disso. — Ele beija novamente enquanto eu respiro profundamente. — Eu quero isso apenas para mim agora. Só você, eu e meus pais. — Ok, — eu finalmente sussurro. — Tudo bem. — Bom, — diz ele. Seus lábios caem sobre os meus e eu finalmente o beijo. — Já faz muito tempo, — diz ele, em seguida, vira a cabeça para o outro lado, aprofundando o beijo. Suas mãos vão para meus quadris, depois se movem para minhas costas e minha bunda, e ele me puxa, me aproximando. — Eu não consigo o suficiente, — ele admite, e eu conheço o sentimento. Toda vez me sinto como a primeira vez, cada beijo me deixa mais sem fôlego do que o anterior, e cada toque me faz desejar o próximo. — Jess, — ele sussurra, me pegando, e minhas pernas envolvem seus quadris, meus braços em volta do seu pescoço. — Jess. — Ele diz o meu nome de novo e de novo entre beijos. Ele me coloca na cama e, durante a hora seguinte, tudo o que ele diz é o meu nome. — A que horas você vai subir? — Tyler me pergunta enquanto coloca o jeans novamente. Estou deitada de lado nua sob o lençol na minha cama. — Eu disse aos meus pais para estar lá as cinco, — diz ele, pegando seu suéter, — a menos que você queira ir comigo agora? — Ele pega seus sapatos e os coloca. — Então já estará lá quando eles chegarem. — Mas e se alguém. — Eu digo alguém, mas nós dois sabemos que estou falando sobre Cassie. — E se ela entrar, e ficar estranho novamente, e eu colocar seus pais em uma situação em que eles se sintam desconfortáveis e mentir sobre isso. — Eu prometo a você que ela não aparecerá, e ela não tem uma chave. — Ele se senta na cama ao meu lado. — Venha comigo. Traga o seu notebook e você pode ficar comigo, e podemos trabalhar lado a lado. — Você tem certeza? — Eu lhe pergunto, e ele apenas se inclina e me beija. — OK. Mas eu preciso tomar banho. Eu não quero encontrar seus pais novamente e cheirar como se tivesse feito sexo com o filho deles.
— Mas você acabou de fazer sexo com o filho deles. Duas vezes, — ele diz, rindo, e eu me viro e olho para ele. Eu cruzo meus braços sobre o peito. — Você planeja transar comigo mais tarde? — Eu olho para ele enquanto ele ri. — Pelo menos mais duas vezes, três dependendo, — ele responde honestamente, levantando-se e tirando os sapatos. — Devemos fazer mais uma vez agora apenas no caso. — Não. — Eu aponto para ele, gritando: — Se você vier comigo, vai molhar meu cabelo, e então terei que arrumar tudo de novo. — Eu não lhe dou tempo para responder quando me viro e tranco a porta atrás de mim. Meu banho é rápido e estou me secando quando finalmente destranco a porta. — Sim, tudo bem, — diz ele. — Você pode simplesmente mandar para o meu quarto. — Ele se vira e olha para mim envolta em uma toalha, meu cabelo empilhado no topo da minha cabeça. Eu pego minha bagagem que está ao lado da porta, trazendo-a para dentro e colocandoa no chão, abrindo-a e sentando-me na frente dela. — Estou tão cansada de viver com uma mala, — eu digo a ele, jogando as coisas ao redor. — Devo usar jeans ou um vestido? — Pergunto-lhe por cima do ombro enquanto ele se senta no banco ao pé da cama. Eu pego minha calça jeans e uma camisa preta de mangas compridas com meu sutiã preto e fio dental. Eu coloco meu sutiã e calcinha primeiro e depois meus jeans. Pegando a camisa, eu a puxo sobre a cabeça, as mangas cortadas no meio, mas depois amarrado no cotovelo com um grande laço. Eu enfio na frente do jeans e viro para olhar para ele. — Devo usar tênis ou saltos? — Se fosse só nós, eu diria não use nada, — ele me responde, então sorri. — Mas desde que é com meus pais, use algo confortável. — Eu balanço minha cabeça; não há nada confortável em sentar-se à mesa com os pais do cara com quem você está ou transa. — Você acha que eles vão saber que estamos dormindo juntos? — Eu pergunto a ele, pegando meus sapatos pretos de bailarina. — Como eles provavelmente perceberão o fato de que gostamos um do outro, ou
algo assim, mas eles vão perceber que nós, você sabe? — Eu me sinto como uma garota no ensino médio de novo. Ele joga a cabeça para trás e ri. — Jess, eu estou na casa dos trinta anos. Eu não acho que meus pais ainda pensam em quando ou se eu estou fazendo sexo. — Tudo bem, tanto faz, — eu digo, caminhando para o lado da cama onde eu tinha colocado meu notebook uma vez que ele me pegou na cama e seminua. — Meu estômago está me matando, — eu digo honestamente. — Eu conheci Oprah, pelo amor de Deus, e não estava tão nervosa. — Colocando o computador na minha bolsa, eu pego e coloco sobre o meu ombro. Ele se levanta e caminha até mim, colocando as mãos nas minhas bochechas. — Tudo vai ser bom, e se não for, sempre há café da manhã. — Ele ri, me beijando. — Agora vamos. — Ele entrelaça nossos dedos e me puxa para o elevador.
19 Tyler G.T.L. ESTÁ DE VOLTA, EXCETO QUE DESTA VEZ VÃO PARA LAS VEGAS. Eu seguro a mão dela todo o caminho até o meu quarto, não lhe dando a chance de fugir ou se esconder. Quando ela encontrou meus pais no saguão, achei que seria um ótimo dia, mas então Cassie nos interrompeu. Eu assisti isso acontecer bem na minha frente, mas não podia me inclinar e segurar a mão dela para tranquilizá-la. Eu não podia fazer nada enquanto ela subia aquelas paredes e sentia como se não pertencesse. Mas ela o faz. Ela pertence ao meu lado e eu queria matar Cassie. Eu passo meu cartão e abro a porta. Entrando no hall de mármore creme, passamos pelo banheiro de hóspedes e seguimos para a sala de estar. — Puta merda, — diz ela, colocando a bolsa no sofá enquanto vai até o escritório, que é cercado por janelas, e então sai para a varanda e vê a Torre Eiffel. — Olhe como é bonito, — diz ela, sorrindo para mim por cima do ombro. Sua beleza me atinge toda vez, então paro e olho para ela. Ela coloca as mãos no corrimão e eu me dirijo para fora, passando meus braços ao redor de sua cintura e me inclinando para beijar seu pescoço. Suas mãos cobrem as minhas, e ela inclina a cabeça um pouco para me dar melhor acesso. — Eu aposto que quando está iluminada, enche o céu, — diz ela, ainda olhando para a paisagem. — Você quer trabalhar aqui fora? — Eu lhe pergunto, e ela apenas balança a cabeça. — Ok, eu vou pegar as suas coisas. — Beijando sua bochecha, viro-me para entrar e pegar sua bolsa e, em seguida, ouço uma batida na porta. Eu vou até lá e quando abro a
porta, o mensageiro segura o que eu estava esperando. — Obrigado. — Eu sorrio para ele e, em seguida, volto para a cobertura. — Ei, — diz ela, entrando. — Onde você foi? — Ela entra no quarto, olhando para o saco de roupas de cor bege. — O que é isso? — Primeiro, — eu começo, — não fique chateada. — Ela imediatamente para em uma posição irritada com o quadril inclinado, braços cruzados no peito, e os olhos se estreitam. — Bem, isso ajudou. — Rindo, eu abro o zíper do saco e tiro o vestido. — Eu sei que você vai comigo amanhã, e tenho certeza que você tem um vestido, mas quando vi isso na vitrine, tudo que eu vi foi você usando isso ao meu lado — Ela anda até mim, seus olhos no vestido. — É tão bonito. — Suas mãos tocam a renda do vestido, pegando uma das mangas. É um vestido de um ombro só com renda preta bordada sobre ele. O vestido é puxado na cintura e agrupado em um lado com uma fenda lateral. — É tão delicado. Eu não sei se posso fazer isso. — Seus dedos percorrem o vestido. — Que tal você experimentar hoje à noite, e então podemos ver amanhã? — Eu ando até o quarto principal e penduro-o lá dentro. — Se você gostar, pode usá-lo. — Eu amo isso, mas... — Ela começa, mas outra batida na porta a interrompe. Olhando para o meu relógio, percebo que provavelmente são meus pais. — Oh meu Deus, — diz ela, e sua mão vai para o estômago, — essa sensação, voltou. Eu ando até ela, pegando sua mão na minha e levando-a aos meus lábios. — Eu prometo a você que tudo vai ficar bem. — Ela acena para mim, e eu ouço outra batida na porta. — Eu tenho que deixar meus pais entrarem. — Eu vou esperar no sofá para que eles não pensem que estamos fazendo sexo. — Ela alisa a camisa, e nós saímos. Eu vou até a porta e ela vai para o sofá. Abrindo a porta, vejo meus pais com grandes sorrisos no rosto. — Ei. — Me afastando da porta, eu digo: — Entrem.
Minha mãe entra primeiro, seguida por meu pai, e eles fecham a porta atrás deles. — Este é tão bonito quanto o nosso, — diz minha mãe. — Temos uma enorme varanda. — É demais, — diz meu pai, e finalmente chegamos à sala de estar. Eu estou esperando ver Jessica, mas ela não está lá. — A sala tem dois sofás. — Eu saio para a varanda, e com certeza, lá está ela, olhando para o horizonte. — Mãe, papai, — eu digo, e ela se vira para nos olhar com um sorriso, — vocês se lembram de Jessica. — Claro, — minha mãe diz, indo até ela e abraçando-a novamente. — Você está linda, querida, — ela diz e fica ao lado dela. — Agora olhe para essa vista, Frank. Meu pai está ao meu lado e cantarola. — O que vocês querem beber? — Eu pergunto a eles. — Vou tomar um pouco de vinho, — diz minha mãe, e olho para Jessica, que apenas acena com a cabeça. — Eu vou ajudá-lo, — meu pai diz, seguindo-me para o quarto. Eu vou ao bar, abrindo uma garrafa de vinho branco. — Vamos a isso. — Eu sei que ele está lá, esperando para falar comigo. — Filho, — ele começa, e eu pego uma garrafa de cerveja, torcendo a tampa e entregando a ele, — ela é uma repórter. — Sua voz diminui. — Uma linda, mas ainda é uma repórter. — Eu sei, pai, — eu digo em voz baixa, olhando pela janela para me certificar de que ela não veja, — mas é, eu não sei. — Eu dou de ombros. — É diferente. Ela não me pergunta nada, e nos sentamos e conversamos sobre tudo. — Ele não diz nada, talvez sabendo que eu ainda não terminei. — Ela torna normal e não sobre o que eu tenho para oferecer ou o que posso fazer por sua carreira. — Eu abro minha própria cerveja e bebo um longo gole. — Merda, quando começamos esta viagem, nos odiávamos, mas ela me faz rir. Se ela quer discutir comigo, ela discuti comigo e não dá a mínima para mim ou para o meu ego.
— Você está se apaixonando por ela, — ele aponta. — Só espero que você saiba o que está fazendo. — Eu também, pai, — eu admito. — Eu também. Ninguém sabe sobre nós, nem mesmo Cassie. — Suas sobrancelhas se erguem no ar. — Vamos apenas dizer que Cassie não agiu bem no começo, e bem, minha garota não aceitou, então a enfrentou nas salas de entrevista quando ela estava lá — Eu rio, pensando em como ela se impôs e como manteve sua posição. Meu pai sacode a cabeça. — Um dia desses, você vai ter que escolher um lado, filho, — ele me diz, e eu realmente espero que não precise. — A questão é, que lado você vai escolher? — Eu deixo cair a cabeça para trás e solto um suspiro enorme. — Vamos conhecer sua mulher, — ele diz, e eu sorrio agora. Minha
mulher. Sim,
vamos. Nós
caminhamos
para
a
varanda. Meu pai carrega o copo de vinho da minha mãe e entrega para ela. Ela envolve o braço em volta da cintura dele. Eu dou a Jessica o dela, ficando ao seu lado, e ela apenas sorri para mim. — Isso não é bonito? — Minha mãe diz, e eu aceno. Eu pego o dedo mindinho de Jessica com o meu, e fico surpreso quando ela o enrola com o seu e não se afasta. — Você quer se sentar? — Pergunto a Jessica, e ela balança a cabeça, caminhando até a enorme mesa redonda que é grande o suficiente para cerca de oito pessoas, mas tem apenas quatro cadeiras. Um enorme vaso central de rosas cor-de-rosa enche a mesa. Minha mãe e meu pai seguem e sentam-se à mesa. — Então me diga, Jessica, — minha mãe começa, — o que você faz? — Meu pai ri ao lado dela. — Estou começando a conhecê-la. Pare com isso. — Ela olha para Jessica. — Eu não quero me intrometer, — ela diz e depois se inclina, — é que eu nunca conheci nenhuma das amigas de Tyler. — Oh, meu Deus, — murmuro. Pegando minha cerveja, eu bebo a maior parte. — Pelo amor de tudo o que há, eu já te disse o que ela faz.
Jessica se aproxima e coloca a mão na minha. — Está tudo bem. — Ela sorri para mim, e eu sei que está. — Sou repórter. Uma repórter de celebridades. — Oh, isso parece divertido, — diz minha mãe. — Há quanto tempo você vem fazendo isso? — Parece uma eternidade, — diz ela, sentando-se na cadeira. — É seguro dizer que não achei que fosse aqui que minha carreira me traria. — Não? — Minha mãe pergunta, e eu até olho para ela surpresa. — Mesmo? Quais eram seus planos? — Eu comecei este trabalho só para ter alguma experiência no meu
currículo. Meu
emprego
dos
sonhos
seria
uma
repórter
investigativa. — Realmente? — Eu digo em voz alta, olhando para ela. — Sim, — diz ela, rindo e depois olha para a minha mãe. — Eu estava me dando dois anos, e então me candidataria a outros empregos e diversificaria, mas... — ela encolhe os ombros — eu me acovardei. E bem, o tempo passou, ano após ano, e agora não sei se me levariam a sério. — Como assim? — Eu pergunto a ela. — Sou repórter de celebridades, — diz ela e depois se inclina para frente. — Eu relato quando as pessoas estão tendo casos, ou dão à luz, até mesmo noivados. — Ela sorri, e vejo que não é sincero. — E bem, não é muito sério. — Cruzando os braços e apoiando-se no cotovelo, ela diz: — Não me entenda mal. Eu amo o que eu faço. — Mas não é gratificante, — minha mãe fornece. — Oh meu Deus, — ela grita, — você é a aquela que entrevistou Oprah! — Eu balancei minha cabeça, agora rindo. — Oh meu Deus. — Ela coloca seu copo de vinho na mesa, levando a mão à boca. — Eu me lembro de assistir a entrevista e pensar o quão inteligente você parecia. — Obrigada, — diz Jessica, olhando para baixo. Seu cabelo cai para frente, então ela o coloca atrás da orelha, e eu me inclino para frente agora, sem parar, sem me importar. Ela se vira e olha para mim, e me inclino e beijo seus lábios suavemente e gentilmente, então me
sento e olho para minha mãe, que só olha para nós com um enorme sorriso no rosto. Meu pai está preocupado que isso possa dar muito errado. Se isso acontecer, minha mãe provavelmente vai se machucar e, se acontecer, ele vai me rasgar em um novo idiota. Eu posso ser seu filho, mas ela é sua alma gêmea. — Eu irei ver onde está a comida, — eu digo, levantando-me. — Você quer mais vinho? — Pergunto à minha mãe, e depois olho para Jessica, que já está de pé. — Eu vou ajudá-lo, — ela me diz e pega a garrafa de cerveja vazia do meu pai. — Você gostaria de outra, Sr. Beckett? — Ele apenas sorri para ela e balança a cabeça. Ela entra comigo e deixa cair a garrafa no bar, e eu pego sua mão, arrastando-a para o quarto. Fechando a porta atrás dela, eu a empurro contra a porta e seus olhos se arregalam quando coloco minhas mãos perto de sua cabeça. — Tyler. — Eu não a deixo dizer outra palavra. Eu a beijo, sentindo, meu coração finalmente batendo devagar novamente, suas mãos no meu peito. Ela solta com um gemido. — Seus pais estão ali fora e você me beijou na frente deles. — Sim, querida, — eu digo, chamando-a assim pela primeira vez, — você tem sorte de ter sido um suave. — Tyler, — ela diz de novo, — pensei... — Não. — Eu coloquei um dedo em seus lábios para impedi-la de falar. — Não com os meus pais. Eu não vou me esconder na frente dos meus pais. Não quando somos apenas nós. Meus pais neste quarto de hotel são meus espaços seguros; uma rara oportunidade para eu ter um senso de normalidade. — Mas, — diz ela com a minha mão ainda em seus lábios. — Mas nada. — Seus olhos estão olhando nos meus. — Se você me der apenas uma coisa, que seja isso. — Ok, — ela diz suavemente, — mas vamos mantê-lo elegante. — Ela ri. — Sem beijos chupados. Eu não sei como ela faz isso, mas eu engasgo com uma risada. — Deixe-me ir pedir a comida, e você leva ao meu pai outra cerveja.
— Ok, — diz ela, e eu a solto e abro a porta, saindo, segurando a mão dela. — Você quer outra cerveja? — Ela pergunta, dando um passo atrás do bar e pegando duas cervejas. — Eu vou esperar lá fora, — diz ela, e eu apenas aceno. Eu peço a comida, e ele está pronta em cinco minutos quando duas pessoas chegam e preparam a comida para a noite. Passamos a noite na sacada e mamãe faz perguntas a Jessica sobre todas as celebridades que ela consegue imaginar. Eu apenas sento e deixo minha garota ter seu momento. Quando finalmente está escuro
lá
fora,
as
luzes
da
Torre
Eiffel
acendem
e
são
impressionantes. Minha mãe bate palmas enquanto jorra sobre a beleza dela. Sento-me, percebendo que não me sinto satisfeito assim há muito tempo.
20 Jessica Todos estão esperando o solteiro mais cobiçado da França fazer sua grande estreia com seu novo amor. Ele está mantendo isso escondido. Estou sentada na minha cadeira de jornalista enquanto espero que Tyler volte para outra rodada de entrevistas. Neste momento, estou ficando sem coisas para perguntar a ele sobre o mesmo filme. Eu o vejo entrando, sua mão digitando em seu telefone. Ele está usando calça jeans preta escura com uma camisa branca, as mangas arregaçadas até os cotovelos. — Aqui, — diz ele, entregando seu telefone para Cassie na entrada da sala e, em seguida, chegando para sentar na cadeira na minha frente. — Bom dia, — diz ele, embora tenha sussurrado isso esta manhã mesmo antes do meu alarme disparar às seis e ele deslizar para dentro de mim. Eu não sei como ele faz isso, mas é quase como se estivesse sincronizado com o relógio. — Bom dia. — Eu sorrio para ele, minhas pernas cruzadas. — Lindo dia, não é? — Eu pergunto a ele, e ele sorri para mim. — Lindo mesmo, — ele diz. — Você sabe o que o tornaria mais adorável? — Ele olha para a porta para se certificar de que não há ninguém por perto. — Fondue de morango. Eu aceno com a cabeça, mordendo meus lábios. — Eu não sei. Comer um tipo de morango me deixa com coceira. — Eu rio para ele e depois balanço minha cabeça. — É bom estar de volta a Paris? Ele sabe que trocamos de chapéu, e agora sou Jessica, a repórter, e ele é o superstar Tyler. — É sempre bom voltar a Paris. É ainda
melhor desta vez desde que tenho meus pais aqui comigo. Eu posso lhes mostrar e ir a todos os lugares onde filmamos no filme. — A maior proeza do filme é você caindo de um helicóptero no teto do Louvre, — eu digo, olhando para as minhas anotações. — Obviamente, parte disso foi tela verde, mas quantos takes você realmente filmou? — A entrevista dura mais de quinze minutos, e Cassie enfia a cabeça duas vezes. Ambas às vezes, ela revira os olhos quando ele diz que vai sair, mas continua falando. Ele se levanta da cadeira e eu também. — Vejo você mais tarde. — Ele pisca e então se vira, caminhando até a porta, depois se virando. — Você deveria nos encontrar para bebidas na minha cobertura. — Eu já fiz uma contagem para o pedido, — diz Cassie, olhando para ele. — Além disso, seus pais estão aqui. — E? — Ele pergunta a ela. — Tenho certeza que não há problema em adicionar mais uma pessoa, Cassie. Ela olha para ele, revirando os olhos e, em seguida, olhando para mim. — Nenhuma merda engraçada. — Ela aponta para mim, e eu só fico aqui, fumegando agora. — Seus pais estão aqui, então tenha um pouco de respeito. — Cassie, — Tyler assobia, mas eu o paro. — Está tudo bem, — digo a ele. — Eu já tinha planos de antemão. — Estou mentindo. Eu sei que estou mentindo, e ele sabe que estou mentindo, mas não vou me sentar em uma sala com ela enquanto faz esses comentários em torno de seus pais. Ele apenas olha para mim. Ele quer dizer alguma coisa, mas sabe que não pode, então simplesmente se vira e sai rapidamente. — Puta fodida, — eu digo em voz baixa. Eu pego minhas coisas e volto para o meu quarto, sabendo que tenho que me arrumar de qualquer maneira. Eu fecho a porta atrás de mim e tiro meus sapatos, então vou até o banheiro e ligo a água para um banho. Estou quase despida quando a porta se abre, e ele entra. — O que você está fazendo aqui? Você deveria estar em uma entrevista agora.
— Sim, bem, aparentemente, eu tive que cuidar de outra coisa, — diz ele da porta, sem entrar no quarto. — Que porra foi essa? Estou chateada com o que acabou de acontecer, mas agora estou ainda mais chateada que ele nem veio aqui perguntar se eu estava bem. — Isso foi sobre o fato de que sua assistente é uma puta do caralho. Não só ela é uma vadia, mas é uma vadia rude. E eu, por exemplo, não vou me sujeitar a comentários e indiretas maliciosas na sua frente e de seus pais, então estou me retirando da situação. Eu tenho muito mais autorrespeito do que isso. — Então, o quê? — Ele diz. — Você vai me fazer escolher? — Ele cruza os braços. Eu sacudo minha cabeça. — Saia, — eu finalmente digo e, em seguida continuo. — Para sua informação, eu não queria que seus pais se sentissem desconfortáveis, porque sua assistente não consegue segurar a língua. Então fiz o que achei melhor. Eu não vou ter que suportar isso, e nem eles. — Eu me viro agora, indo ao banheiro. — E apenas para ressaltar, essa merda não está ok. — Eu aponto para nós. — Você está entrando aqui e nem mesmo me perguntando se estou bem, mas assumindo que estou jogando. Minha dignidade não é um maldito jogo, Tyler. — Jessica, — ele diz suavemente, e eu balanço a cabeça. — Não. — Virando-me para ir ao banheiro, eu digo: — Tarde demais. Muito, muito tarde. — Deixo-o ali enquanto bato a porta do banheiro e a tranco atrás de mim. Eu paro na penteadeira, me apoiando no mármore frio e tentando me acalmar quando ouço o clique da porta da frente. Eu não abro o banheiro; em vez disso, termino de tirar a roupa e tomo meu tempo deslizando no banho, tentando não pensar no enorme desastre que a noite poderia ser. Saio da banheira quando minha pele está enrugada como uma ameixa, peço uma garrafa de vinho do serviço de quarto. Eu faço o meu cabelo, levando tempo para me certificar de que cada cacho seja perfeito. Eu aplico minha maquiagem, tornando-a um pouco mais escura e usando dourado para combinar com a parte perfeita de renda preta sobre o vestido
nude. Deslizo meu braço pela manga, a seda do laço sobre meu ombro e fecho-o ao lado. Ele se encaixa perfeitamente como se o vestido fosse feito para mim. Sento-me na cama e coloco o pé nos saltos altos pretos simples. A alça sobre meus dedos, entrecruzando e amarrando no tornozelo. Eu pego minha pequena bolsa preta e coloco meu telefone nela, então dou mais uma olhada no espelho. — Vai ser ótimo, — digo a mim mesmo e, em seguida, assinto quando o alarme dispara na minha bolsa, me dizendo que é hora de ir para o saguão. Eu fecho a porta e verifico meu telefone novamente, mas vejo que não tenho um texto ou qualquer coisa. Não tenho certeza se estou bem com isso ou não, mas se ele quiser fazer este jogo, estará jogando sozinho. O vestido balança quando eu ando, aperto o botão para descer e entro no elevador sozinha. Eu ando até o saguão e vejo que todos estão vestidos com o seu melhor. — Oh, meu Deus, — diz Kendall quando eu ando até eles, — este vestido. — Obrigada, — eu digo e depois olho para ela. — O que está acontecendo? — Nenhuma pista, — diz ela, então Yamina se aproxima. — Ok, pessoal, estamos prestes a começar, — diz ela e olha para mim. — Então — e do jeito que ela diz, eu sei que não é um bom então — Me perguntaram se Tyler poderia andar no tapete vermelho com seus pais em vez de você. Eu tento esconder o fato de que estão me perguntando na frente de todos. — Claro, — eu digo e então ela olha para baixo. — Não foi ideia nossa, — diz ela, e eu aceno com a cabeça, sabendo que veio de Tyler ou sua assistente. De qualquer maneira, ele deixou bem claro que está chateado. Eu estendo a mão e seguro a mão de Yamina antes de dizer a ela: — Ouça, é a grande noite dele, e os pais dele estão aqui, então é normal que ele queira andar com eles. Está completamente bem. — Ela acena com a cabeça. — Muito obrigada pela compreensão, — diz ela, e depois escuta algo em seu fone de ouvido. — Hora de ir.
Eu aceno para ela e saio do hotel com todos os outros no ônibus que nos levará para o evento. Sento-me no banco e olho pela janela, tentando não deixar que a dor se instale. Não tenho tempo para pensar em nada quando chegamos ao tapete vermelho. Estamos situados bem acima da Torre Eiffel como pano de fundo de onde ele estará chegando. Eu ando até um ponto no tapete vermelho e meu telefone vibra na minha bolsa. Pegando-o, vejo que é de Tyler vinte minutos atrás. Tyler: Onde você está? Eu vou e volto sobre responder ou não, mas não serei a imatura. Eu: Eu estou onde deveria estar no tapete vermelho, me preparando para entrevistar pessoas. Tyler: Por que você não está aqui? Eu: Alguém do seu grupo fez um pedido para você andar no tapete com seus pais. Tenho que ir. Eu guardei meu telefone, tentando segurar as lágrimas. Eu me preparo e as estrelas começam a chegar. Eu ouço o rugido e sei que ele chegou aqui ou Alex, o solteiro mais cobiçado da França que está fazendo
sua
estreia
no
tapete
vermelho
com
sua
mais
nova
namorada. Eu olho para baixo e vejo que eles sobem as escadas uma atrás da outra. Alex com as mãos em volta da linda namorada. A imprensa grita por ele, fazendo perguntas sobre quem ela é, mas ele não responde nada. Ele apenas sorri e acena. Vejo Frank chegar vestindo um smoking e parecendo muito elegante, e Susanna está usando um vestido azul e cor de champanhe com mangas curtas. Seu cabelo foi arrumado com perfeição e os sapatos dourados completam a roupa. Eu sorrio para ela enquanto ela caminha pelo tapete vermelho segurando a mão do marido. — Jessica. — Eu ouço meu nome sendo gritado por trás de mim e vejo que Tyler está ao lado de Alex, e ele está me chamando. Eu o ignoro, fingindo que não posso ouvi-lo através dos gritos da multidão. Ele caminha até mim e eu me viro para ele com o microfone na mão, usando um sorriso. — E aqui está ele, o homem do momento, — eu digo, e ele olha para mim,
em seguida, pega o microfone da minha mão e joga para o cara da câmera. — Se você lutar comigo sobre isso, você vai me obrigar a fazer algo que nenhum de nós está pronto para, — ele sussurra em meu ouvido, e eu engulo em seco. — Agora, — Você está fazendo uma cena, — eu digo, olhando e vendo que Yamina e Yolanda estão correndo em nossa direção. — Tyler, — Yamina diz, — nós sentimos muito. Nós recebemos o seu pedido. — Não foi o meu pedido, — diz Tyler, seus dentes juntos quase assobiando, e eu olho para ele. — O estúdio tinha esse plano originalmente, e agora estou respeitando esse plano. Eu não tenho ideia do que aconteceu. — Cassie disse que você queria passar pelo tapete com seus pais, — diz Yolanda, e vejo Tyler se levantar e colocar as mãos no bolso. — Foi um pedido simples que você andasse com seus pais. — Foi, — eu digo. — Não é grande coisa. — Não, — ele estala, pegando a minha mão e me levando pelo tapete vermelho até onde seus pais estão parados e conversando com Cassie. — Parece que houve uma confusão. — Olá, querida, — diz Susanna, olhando para mim, — você parece tão bem. — Cassie, você não sabe sobre a confusão, não é? — Tyler olha para Cassie, que está lá em seu próprio vestido preto. Este de veludo, sem alças, cruzando o peito e caindo no chão. — Eu assumi que com seus pais aqui, você gostaria de passar pelo tapete com eles, — diz ela, sem recuar. — Não é todo dia que eles aparecem. Eu olho para Frank, que me observa, e então se vira para o filho. — Por que não discutimos isso quando não houver tantos olhos em nós? — Ele sugere. Estendendo a mão para a esposa, ele se vira para sorrir para as câmeras. Eu sinto um braço serpentear ao redor da minha cintura quando sou puxada em direção a Tyler e olho para ele enquanto é todo sorrisos para a câmera.
— Tyler. Deixe-me ir, eu assobio através do meu sorriso. — Você não posou assim com nenhum dos outros jornalistas. — Ele não diz nada, mas ele me deixa ir e coloca seu cotovelo para fora, e eu coloco minha mão nele. — Obrigada. — Oh, confie em mim, — diz ele através de seu sorriso, — a última coisa que você deveria fazer é me agradecer.
21 Tyler Esta celebridade acabou de alugar um iate na Itália para o mês de julho! As pessoas se perguntam se ela vai levar seu brinquedinho com ela! Ir até o seu quarto sem me acalmar não foi uma boa ideia, mas deixá-la sair da sala de entrevistas com a cabeça baixa por causa de Cassie foi mais do que eu gostaria de ver. Eu a vejo entrar em seu banheiro e fechar a porta, selando-a com o clique da fechadura. Eu olho para o teto, tentando acalmar meu temperamento, mas é seguro dizer que nada vai funcionar. Eu bato a porta e volto para as entrevistas, tentando permanecer otimista, mas a mudança de atitude veio. Eu espero que fiquemos sozinhos na minha cobertura antes de dizer a Cassie. — O que diabos foi isso? — Eu lhe pergunto, e ela senta no mesmo sofá que Jessica sentou nesta manhã para tomar café. — Isso fui eu tendo certeza que ela saiba que não irá foder ou cruzar a linha. — Cassie agora sentando para frente. — Isso fui eu cuidando de você, porque esse é o meu trabalho. Eu olho para ela agora. — Há uma maneira de fazer isso sem ser uma cadela, Cassie, — digo a ela. — Uma coisa é você fazer o seu trabalho, outra é ser rude. Eu não gosto disso. Ela se levanta agora, pegando sua bolsa. — Bem, eu não gosto dela. Ela é sorrateira e uma cobra. Um lobo em pele de cordeiro. E quando você menos esperar, ela vai te foder, e eu terei que limpar tudo. — Ela não fez nada desde que esteve nessa turnê. Ela tem sido séria e direta ao ponto, e ela nunca, nunca cruzou a linha como você fez esta noite. — Eu ando até o bar, pegando um copo e servindo um pouco de uísque, esperando que isso ajude a me acalmar. Eu tomo um gole,
assobiando enquanto o líquido marrom queima ao descer. — Pare com isso, — eu digo, e ela se vira e bufa. Eu saio e sento na varanda, ouvindo as buzinas e sirenes de Paris. Eu termino minha bebida e meu telefone nunca toca ou emite um bipe. Bem, não de Jessica. Minha mãe me manda fotos dela durante os diferentes estágios de sua preparação glamorosa. Seu sorriso me faz rir, e então penso que foi Cassie quem a fez sorrir assim. Eu nunca a vi tão cruel assim antes. Volto para dentro e tomo um banho, meus dedos coçando para ligar para Jessica ou enviar uma mensagem engraçada, mas sei que vou vê-la em menos de uma hora. Eu saio do chuveiro, secando meu cabelo com a toalha. Há uma batida na porta, e vou até ela, meu coração batendo, esperando que seja Jessica, mas é meu pai. — Ei, — eu digo, abrindo a porta. Ele entra. — O que foi? — Nada, — eu digo, saindo do caminho e observando-o entrar. — Sua mãe tem todas aquelas pessoas lá emboladas, arrumando e enfeitando, e agora Cassie apareceu com seu vestido, e a gritaria começou, — diz ele. Andando até o bar, ele abre e pega uma cerveja. — Eu posso fazer um monte de coisas, mas não posso lidar com tantos gritos e toda essa agitação. — Eu rio para ele e entro no quarto, colocando
boxer
e,
em
seguida,
uma
camiseta,
depois
saio
novamente. — Então, o que há com Cassie? Eu olho para ele, confuso. — O que você quer dizer? — Ela entrou e disse que você estava tendo um ataque sibilante. — Ele ri, tomando um gole de sua cerveja. Olhando para mim, ele vê a fúria no meu rosto agora. — Isso vai ser um problema? — Não no meu dia, — digo a ele. — Ela estava fora da linha hoje, e não foi legal. Ele acena, esperando para me perguntar algo mais ou ver se lhe conto. Quando não digo mais nada, ele muda o assunto para o rancho e eu finalmente relaxo. Depois que minha mãe o chama e diz a ele que é hora de se vestir, vou até meu próprio quarto, pegando meu terno
preto. Estou vestindo meu casaco quando ouço vozes vindas da sala de estar. Saindo, vejo Cassie em um longo vestido preto. — Oh, olha, nós combinamos, — diz ela, e eu não digo nada. Minha mãe entra totalmente radiante, seu vestido dourado e azul com salto alto dourado. Meu pai entra com uma carranca enquanto puxa a gravata em volta do seu pescoço, me fazendo rir. Um mordomo chega com uma bandeja prata com quatro taças de champanhe. — Podemos precisar de uma extra, — digo a ele, pegando dois e entregando-os aos meus pais. Cassie pega o seu
e eu pego o
meu. Eu não sei se ela virá ou não, mas realmente espero que sim. — Vamos brindar? — Cassie pergunta com um enorme sorriso no rosto, colocando o copo no ar. — A Tyler e sua adrenalina louca. — Minha mãe sorri para ela e então olha para mim, sorrindo ainda mais quando ergue o copo. — A Tyler. — Nós tilintamos os copos, e eu tomo um gole. Eu olho para o meu pulso, verificando o meu relógio. — Que horas nós temos que sair? — Minha mãe pergunta, colocando a taça de champanhe na mesa. — O carro nos pegará às seis e quinze. A imprensa sairá às seis, — diz Cassie, e vejo que são quase seis. — Eu combinei com o motorista para nos dar um tour para mostrar a seus pais alguns locais turísticos. Eu aceno com a cabeça, meu estômago me dando uma sensação desconfortável. Quando cinco minutos passam e não ouço de Jessica, fico preocupada. — Que horas era para Jessica chegar aqui? — Pergunto a Cassie, porque sei que ela sabe. — Houve uma mudança de planos. — Enquanto ela leva a taça de champanhe para os lábios, sinto a tensão em mim começar a crescer, e as minhas costas ficam retas. — Seus pais vão andar no tapete vermelho com você. Eu trinco meus dentes e quase assobio, — Quem mudou os planos? Ela encolhe os ombros, virando-se para olhar para minha mãe. — Susanna, vamos retocar nosso batom. Está quase na hora de ir. —
Minha mãe olha para mim com preocupação em seus olhos, e então se vira para seguir Cassie. — Filho, — meu pai diz do sofá onde foi se sentar no minuto em que terminamos o brinde, — Eu sei que você não quer ouvir isso, mas... Eu balanço minha cabeça e viro para olhar pela janela, pegando meu telefone e mandando uma mensagem para ela. Eu: Onde você está? Mudaram os planos, foi o estúdio ou foi Cassie? Não vou dizer nada até obter confirmação, mas se foi Cassie, as coisas precisariam mudar e agora. Eu espero que ela responda, espero ela ver a mensagem, mas nada. — O carro está aqui, — diz Cassie quando volta para o quarto, seguida por minha mãe. Meu pai se levanta e estende o braço, e minha mãe toma o seu lugar ao lado dele. — Vamos, — eu digo, andando na frente deles com meu telefone em silêncio no meu bolso. Saindo do elevador, mantenho minha cabeça abaixada. Cassie anda ao meu lado e meus pais ficam atrás de mim. Esta noite não está começando como planejei ou quis. A limusine preta está esperando por nós, o motorista abre a porta quando ele me vê. — Eu vou entrar primeiro desde que terei que sair por último, — eu digo, entrando no carro. Cassie me segue, depois minha mãe e, finalmente, meu pai entra em último lugar. Sento-me no final do banco na frente deles, pegando meu telefone quando finalmente zumbe, e vejo que é de Jessica. Jessica: Eu estou onde eu deveria estar no tapete vermelho, me preparando para entrevistar as pessoas. De que diabos ela está falando? Ela não deveria estar em qualquer lugar, mas ao meu lado. Foi discutido e acordado que ela iria ser o meu par em Paris. Eu: Por que você não está aqui? Minha raiva passou do ponto de não retorno. Foi além do ponto de não retorno quando Cassie foi rude com ela e não recuou. Eu vejo a pequena bolha cinza com três pontos e sei que ela está digitando. Eu
espero pela resposta dela, e quando entendo, a pequena sanidade que sentia estala. Jessica: Alguém do seu grupo fez um pedido para você passar pelo tapete com seus pais. Tenho que ir. Meus olhos voam para cima, e não me surpreendo ao ver que meu pai tem me observado o tempo todo em vez de olhar pela janela para a paisagem. — Você mudou os planos? — Eu pergunto baixinho e calmamente. Cassie para de falar e se vira para mim. — Do que você está falando? — Ela pergunta, olhando para mim, mas eu a vejo engolir. — Eu estou falando de Jessica, Cassie, — eu começo baixo, meus olhos nunca a deixando. — Eu estou falando sobre ela andando no tapete vermelho comigo, e meu grupo fazendo um pedido para mudar isso. Um pedido que você sabe que eu nunca fiz. — Eu acho que pode ter havido uma falta de comunicação, então, — diz ela. — Talvez eles tenham me entendido mal quando eu disse que seus pais estavam andando com você. — Nós olhamos um para o outro, eu sabendo que ela está mentindo e ela sabendo que eu sei. — Olhe para todas essas pessoas, — minha mãe diz para mudar a atmosfera no carro. — Deve haver milhares de pessoas. O carro chega ao final dos degraus que temos que subir até o tapete vermelho. São os mesmos degraus que estão na cena final do filme. O carro para e o motorista sai e abre a porta. Meu pai sai primeiro, a mão dele entendida para o carro para ajudar minha mãe. — Cassie, — eu digo quando ela começa a se aproximar da porta, e somos só nós dois, — essa porra acaba aqui. Estamos entendidos? Ela revira os olhos e sai. Amanhã, a merda vai ser esclarecida ou então eu vou perder a porra da minha cabeça. Eu finalmente saio do carro, virando para os fãs do outro lado da rua e levantando a mão para acenar. Eu volto e vejo meus pais parados nos degraus juntos, sorrindo para mim. Subo os degraus até eles, e paramos na metade do caminho para virar e acenar para a multidão, e desta vez, a multidão fica cada
vez mais alta. — Isso é loucura, — diz minha mãe, andando entre mim e meu pai. Finalmente chegamos ao primeiro degrau onde o tapete começa, e meus olhos procuram por Jessica. Yamina é a primeira a chegar até nós com um sorriso. — Bem-vindos, — diz ela aos meus pais. — O quão excitante é isso para vocês? — Ela fala em voz alta agora, já que os fãs estão cantando o meu nome. Minha mãe se inclina e grita: — Não é nada que eu já vi. — Cassie caminha até eles e lhes diz mais ou menos como isso vai acontecer, e então eu localizo Yolanda. — Bem-vindo, — diz ela, caminhando até mim. — Temos que esperar apenas um segundo. Alex e Meghan acabaram de chegar aqui, e dizer que as câmeras estão os capturando é um eufemismo. — Tudo bem. — Eu olho para baixo da linha, mas não vejo Jessica. Eu apenas aceno para ela e Yamina grita: — Hora do show. Olhando para frente, vejo que meus pais começaram a andar e Cassie espera ao meu lado. — Eu posso andar sozinho, — eu lhe digo, e ela apenas balança a cabeça e caminha na minha frente. Eu começo na beira do tapete vermelho, dando-lhes o sorriso que é o mesmo em todas as fotos. Eu poso com a mão no bolso para algumas fotos e então vejo que estou atrás de Alex, que está de pé com uma linda mulher em seu braço. — Ei, olha quem apareceu. — Eu rio e vou cumprimentar Alex com um aperto de mão. — Ouvi dizer que é sua grande noite, então obrigado por tirar toda a atenção de mim. — Eu pisquei para ele, então ele sabe que é uma piada. — Esta é a sua garota? — Eu aponto para a ruiva ao lado dele. — Como diabos você conseguiu fazê-la gostar de você, quanto mais namorá-lo? — Foi todo o meu charme, — diz Alex. — Isso e ela devolvendo uma garrafa do meu vinho, — diz ele, e sei que Alex só serve vinho que vem de sua vinha, então deve ter sido uma pílula difícil de engolir.
Eu jogo minha cabeça para trás e rio. — Eu já gosto dela. — Eu olho para ela, estendendo minha mão. — Eu sou Tyler. — Prazer em conhecê-lo. Eu sou Meghan, — ela diz, e eu apenas sorrio para ela. Meus olhos finalmente encontram Jessica no canto, e eu admiro como o vestido parece perfeito nela. Exatamente como imaginei que ela pareceria, exceto que ela não está ao meu lado. — E ela não é francesa. — Eu rio, aproveitando a oportunidade para mudar as coisas. — Isso é melhor do que eu pensava. Vamos tirar uma foto. — Eu coloco Meghan entre nós, e nós três posamos para fotos que provavelmente estarão na capa de todos os jornais franceses amanhã. Minha mão dá voltas na cintura dela. — Seu filho da puta, — diz Alex, seu sotaque francês saindo. — É melhor você tirar suas patas da minha mulher. Eu balancei minha cabeça, e finalmente estou perto de Jessica o suficiente para chamá-la. — Jessica. — Ela se vira e olha para mim, seus olhos verdes escuros e irritados. Quando ela vê que sou eu, ela simplesmente se vira e me ignora. — Essa mulher, — eu digo a eles antes de ir em direção a ela, a imprensa, sem dúvida, assistindo a cada momento. Ela me vê e levanta um microfone na mão e se vira sorrindo para mim. — E aqui está ele, o homem do momento. — Eu sei que olho para ela, e não respondo. Em vez disso, pego o microfone e lanço para o cara da câmera. Inclinando-me assim só ela ouvirá isso, eu digo: — Se você lutar comigo sobre isso, vai me obrigar a fazer algo que nenhum de nós está pronto para. — Eu vejo seus olhos, e eu sei pelo brilho deles que ela quer me chutar nas bolas, mandar eu me foder, e virar-se e ir embora. Hoje não. — Agora coloque seu traseiro no tapete vermelho e fique ao meu lado onde você deveria estar. — Você está fazendo uma cena, — diz ela, olhando e vendo Yamina e Yolanda se aproximando. — Tyler, — Yamina diz, — nós sentimos muito. Nós recebemos o seu pedido.
— Não foi o meu pedido, — eu digo para elas, e ela finalmente olha para mim. — O estúdio tinha um plano e estou respeitando esse plano. Eu não tenho ideia do que aconteceu. — Cassie disse que você queria passar pelo tapete com seus pais, — diz Yolanda, e eu engulo a raiva, colocando a mão no bolso em vez de socar alguma coisa. — Foi um pedido simples. — Sim. — Jessica deve sentir o jeito que mudei e que não estou bem, que tudo isso de certa forma foi minha culpa. — Não é grande coisa. — Não, — eu estalo agora, pegando sua mão e levando-a comigo para onde meus pais parados e conversando com Cassie. — Parece que houve uma confusão. — Olá, querida, — minha mãe cumprimenta-a com um sorriso. — Você parece tão bem. — Cassie, você não sabe sobre a confusão, não é? — Eu olho diretamente para ela, esperando que diga alguma coisa. — Eu assumi que com seus pais aqui, você gostaria de passar pelo tapete com eles, — diz ela, recusando-se a recuar. — Não é todo dia que eles aparecem. Jessica se vira para olhar para meu pai que finalmente quebra seu silêncio. — Por que não discutimos isso quando não houver tantos olhos em nós? — Estendendo a mão para a minha mãe, ele se vira para sorrir para as câmeras. Eu finalmente puxo Jessica para o meu lado, colocando um braço em volta da sua cintura, e sorrio para a imprensa. — Tyler. Solte-me, — ela sussurra através do sorriso. — Você não posou assim com nenhum dos outros jornalistas. — Eu não digo nada; em vez disso, deixo-a ir, sabendo que, se não o fizer, será muito pior. Então estendo meu cotovelo para ela, e ela sussurra: — Obrigada. — Oh, confie em mim, — eu finalmente digo quando olho para ela, — a última coisa que você deveria fazer é me agradecer. — Ela balança a cabeça e caminha comigo pelo resto do tapete vermelho. Uma comoção atrás de mim chama minha atenção, e quando me viro, vejo Alex no meio dela. — Jantaremos com meus pais depois disso.
— Eu não estou me sentindo bem, — ela mente, — então terei que descansar. — Nós entramos no teatro, e desta vez, todos caminhamos para os nossos lugares designados. Eu olho para baixo e vejo que Cassie está sentada do outro lado dos meus pais comigo ao lado de minha mãe e Jessica ao meu lado. Quatro lugares vazios ao lado de Jessica estão reservados para Alex. Minha mãe se inclina para falar com Jessica e sorri com ela. Alex finalmente chega ao seu lugar, e agora me inclino sobre Jessica. — Ouvi dizer que houve uma briga de gato no tapete vermelho e não tinha nada a ver comigo. — Pela primeira vez, — Jessica diz baixinho, e eu apenas olho para ela, mas ela nunca olha em minha direção. As luzes piscam uma vez, depois duas vezes e três vezes, informando a todos que o filme será iniciado. Sento-me no meu lugar e assisto ao começo do filme. Jessica se senta ao meu lado com as mãos no colo. Eu sinto seu nervosismo o tempo todo, seu polegar se movendo para cima e para baixo em seu dedo. Eu sei o que ela está fazendo, ela está ganhando tempo antes de poder escapar, sabendo que não posso fazer uma cena aqui. Espero por isso, espero e ela se levanta e se desculpa, saindo do teatro. — Eu já volto, — digo ao meu pai e saio, desta vez andando mais rápido até a porta. — Jess, — eu assobio antes de segui-la. Ela finalmente se vira para mim enquanto andamos para o corredor, escondido da vista. — Tyler, eu estou pedindo para você me dar algum espaço, por favor. — Ela está de costas para a parede do prédio, e enquanto avanço, ela recua. — Eu sabia quando vi pela primeira vez este vestido que ficaria incrível, — eu digo, olhando para ela da cabeça aos pés. — Eu sabia que você iria tirar o meu fôlego, e tira. — Ela olha para baixo agora, seus ombros um pouco caídos. — Eu sinto muito, baby. — Eu chego mais perto e vejo as pessoas circulando, então eu paro. — Sinto muito, — eu sussurro, e ela olha para cima. — Eu sinto muito que houve uma confusão.
— Não importa. — Ela tenta fingir que não importa, mas importa para ela, para mim e para nós. — Isso importa, — eu finalmente digo. — Por favor, passe o resto da noite comigo, ao meu lado. — As pessoas vão falar, — diz ela, e eu balanço a cabeça. — Eu prometo que ninguém vai saber de nada. Nós vamos voltar para o filme, — eu digo a ela, minhas mãos coçando para afastar o cabelo do rosto dela, — então todos nós vamos para a recepção e apertamos as mãos e tiramos fotos, e então voltaremos ao meu quarto. Ninguém vai saber de nada, assim como ninguém sabe de nada agora. — Tyler, — ela sussurra, — Eu não quero estar nessa luta com Cassie. Eu não quero tentar competir com ela. — Eu prometo a você, eu vou lidar com ela. — Finalmente, seus olhos olham para cima. — Se você falar, ela vai saber sobre mim, — ela balança a cabeça — e eu não quero que ela saiba. — Ela cruzou uma linha, e não vou deixar ela se safar com isso, — eu digo a ela. — Ela não fala por mim. — Minha mão finalmente pega a mão dela, e eu seguro, virando meu corpo para bloqueá-la de qualquer olhar curioso. — Por favor. — Você não vai desistir, vai? — Ela pergunta, seus olhos se tornando um toque mais brilhante. Eu sacudo minha cabeça. — Não, não quando se trata de você, — eu finalmente digo, e ela balança a cabeça. — Volte, — ela diz, — vou ao banheiro e me refrescar. — Me mata que não posso te beijar agora, — eu digo, minha mão apertando a dela. Quando me viro e me afasto dela, meus pés estão pesados por deixá-la, então paro no bar dentro da área de espera para me certificar de que as pessoas me vejam longe dela. Eu a vejo caminhar de volta para o filme, a cabeça baixa como sempre. Ela não vê as cabeças que se voltam para olhá-la; ela não vê os homens que sorriem secretamente para ela. Eu fico no bar bebendo o uísque que o
garçom serviu para mim, levando meu tempo para fazer meu coração voltar ao normal para que eu possa voltar lá e ser o ator Tyler. Vou precisar de todas as habilidades de atuação que aprendi para não parecer perdidamente apaixonado por uma mulher que tem o poder de me destruir.
22 Jessica Parece
que
esta
estrela
pop
está
a
caminho
da
reabilitação. Novamente. — Não foi maravilhoso? — Susanna diz do meu lado no meio da recepção, nós duas segurando taças de champanhe. — Eu juro que quando ele chegar em casa, vou sentá-lo e repreende-lo por fazer todas aquelas acrobacias, — ela sussurra, e eu rio. O filme foi incrível, suas acrobacias eram verdadeira loucuras, e ele parecia o superstar que é. Eu vejo quando ele anda ao redor da sala, agradecendo as pessoas por terem vindo. — Ele era o único que queria você ao seu lado. — Eu me volto para sua mãe agora. Ela olha em volta para se certificar de que somos apenas nós duas. Frank está em pé no bar para pegar outra cerveja. — Eu o vi checar seu relógio cinco vezes esperando por você. — Foi um mal-entendido, — digo a ela, tentando não fazer um negócio maior ou parecer uma vadia em tudo isso. — Tudo deu certo. Ela acena com a cabeça para mim. — Eu não sei sobre você, mas estou morrendo de fome. — Eu rio para ela, sabendo exatamente como ela se sente. Tem havido pessoas passando com ‘amuse-bouches’ como eles chamam. — O último bolo de caranguejo que comi era do tamanho da minha unha rosa. — Quanto tempo mais? — Frank pergunta quando finalmente volta para o nosso lado. Seus pais não saíram do meu lado desde que saímos do filme. Eles estão comigo e eu os apresentei a todos os jornalistas. — Susanna, eu amo você e meu filho, mas esse colarinho está ficando cada vez mais apertado à medida que a noite passa. — Ele puxa. — Eu juro que estou sufocando.
Eu olho para o relógio do meu celular. — São quase onze horas. — Olhando em volta, vejo que ainda está totalmente cheio. — Por que não entramos no carro, voltamos para o hotel, pedimos um monte de serviço de quarto e fazemos o grande astro pagar? Susanna e Frank riem. — Eu gosto dela, — diz Frank. — Eu vou dizer a ele que estamos indo embora. — Eu o vejo indo para Tyler e se inclinando para falar em seu ouvido. Os olhos de Tyler voam para os meus e ele apenas sorri e acena com a cabeça. Frank caminha de volta para nós. — Vamos lá. Eu aceno para ele e saio do evento com seus pais, descendo os degraus até as limusines alinhadas esperando as pessoas saírem. Nós avançamos na fila e o chofer abre a porta para nós. — O Four Seasons, por favor, — eu digo, entrando no carro depois de seus pais, seu pai já tirando a gravata. — Eu esqueci de pegar a chave de Tyler, — eu digo, colocando a cabeça para trás e fechando os olhos. — Tudo bem, — diz Frank. — Ele nos disse que nos encontraria em nosso quarto de qualquer maneira. — Você tem certeza? — Eu pergunto a eles. Frank apenas sorri e Susanna é quem fala. — Se deixarmos você sair, ele pode ter um colapso nervoso. — Ela ri, e o carro para. — Agora vamos pedir todo o serviço de quarto, — diz ela, e o homem abre a porta para entrarmos no hotel. O lobby está tranquilo a esta hora tardia, e eu entro no elevador com eles para ir até o seu quarto. Frank abre a porta para nós e vejo que o mármore é quase o mesmo da entrada. Entramos na sala e vejo uma despensa do lado direito, então sigo Frank e ele para na sala de estar. — Esta sala é enorme, — eu digo, e Susanna senta no sofá de marfim, tirando os sapatos. Toda a sala grita elegância e dinheiro. Todas as paredes têm espelhos sobre elas. Duas enormes janelas mostram a varanda do lado de fora. — Vá ver como é bonito lá fora, e eu vou chamar o serviço de quarto. — Ela sorri e, em seguida, olha para Frank. — Pegue uma taça de vinho para ela. — Ele acena para mim e eu sorrio para os dois. — Existe alguma coisa que você não come?
Eu sacudo minha cabeça. — Eu como quase tudo. — Eu ando até a porta da varanda, passando pela lareira de mármore com um espelho dourado emoldurado por cima e vasos de rosas brancas. Afasto as cortinas e abro a porta, caminhando saindo. Uma mesa preta está no meio da longa varanda com quatro cadeiras. Duas namoradeiras brancas em ambos os lados da mesa. Enormes blocos de cimento em vasos seguram bolas verdes redondas com luzes nelas. É mágico. Eu ando mais longe, olhando para as estrelas e sentindo a brisa morna. A porta se abre atrás de mim e Frank sai. Sua gravata desapareceu com o paletó, três botões estão abertos no colarinho e as mangas estão enroladas. — Aqui está você, — diz ele, entregando-me um vinho branco enquanto ele segura sua garrafa de cerveja. — Um brinde. — Eu levanto o minha taça e bato contra a dele. Susanna sai segurando sua própria taça com chinelos em seus pés agora. — Eu pedi mais comida do que vamos comer, mas é isso que você ganha quando me dá comida de passarinho, — diz ela, indo para o lado do marido. Ela coloca a mão em volta da cintura dele, e ele se inclina para beijar seus lábios e depois a cabeça dela. Sorrindo para eles, tomo um gole do meu vinho, e quando ouço a porta se abrir de novo, é Tyler. Ele sorri para nós e vem direto para mim. Seu braço vai ao redor da minha cintura e seus lábios batem nos meus. — Ei, — ele sussurra, em seguida, me beija novamente. — Desculpa por demorar tanto. —
Hum... você
acabou
de
me
beijar
na
frente
de
seus
pais... novamente, — eu sussurro para ele. — Sim, eu acho que sim. — Ele se vira para olhar para seus pais que estão olhando para nós. — Você me pediu um hambúrguer? — Ele pergunta, sem me soltar. Sua mãe acena e então seu pai caminha em direção ao sofá, deixando apenas nós dois. — Estou morrendo de fome, — diz Tyler, puxando sua gravata para longe de seu colarinho com uma mão e desabotoando o primeiro botão. Eu tento não pensar sobre ele me beijando na frente de seus pais. — Relaxe, — ele diz baixinho, me beijando novamente. — Estamos seguros aqui. — Eu aceno, em
seguida, estendo a mão livre para limpar o brilho dos lábios dele. — Eu fiz planos para nós amanhã com meus pais. — Você acha que é uma boa ideia? — Eu pergunto a ele. — A cidade inteira sabe que você está aqui. —
Sim,
bem,
Alex
acabou
de
aparecer
com
sua
nova
namorada. Confie em mim, ninguém vai procurar por mim. — Ok, — eu digo baixinho. Eu não luto contra isso. — Você está bem? — Eu pergunto a ele. — Eu estou agora, — diz ele, deixando-me ir finalmente para tirar o casaco e arregaçar as mangas como seu pai. A comida vem assim que ele se senta em uma das cadeiras, e passamos uma hora ficando muito cheios, todos comendo demais. Saímos do quarto dos seus pais de mãos dadas, seus dedos entrelaçados aos meus, o paletó enfiado no outro braço. Eu não pergunto para onde estamos indo porque não me importo contanto que eu esteja com ele. Ele abre a porta e nós entramos. Ele me puxa para a sala e, assim que vejo a sala, paro. Há pétalas de rosas vermelhas e brancas por toda parte, e as luzes da sala estão apagadas. A sala inteira brilha com cerca de cem velas, todas em seus próprios vasos de vidro, flutuando na água. Eu giro em um círculo e eles estão em toda parte. As pétalas de rosas fazem um caminho para o quarto. — O que é isso? — Eu pergunto a ele quando ele joga sua jaqueta no sofá. — Esta é a única maneira que eu posso publicamente dizer-lhe como sinto muito, — ele me diz, vindo até mim. — Eu sinto muito. Eu sacudo minha cabeça. — Não foi culpa sua, — eu digo a ele honestamente,
envolvendo
meus
braços
em
volta
do
seu
pescoço. Finalmente, pela primeira vez hoje, suas mãos vão dos meus quadris para minha bunda, me puxando para ele. — Mas há uma maneira de você fazer as pazes comigo, — eu digo com um brilho nos olhos, e ele percebe. Seu pau já está duro, pronto para entrar em mim. — Sim, e o que é isso? — Ele pergunta, beijando meu pescoço agora, e depois arrastando sua língua até que chegue ao meu ouvido e o belisque.
— Nada, apenas diga que você sente muito com a cachoeira de champanhe, — eu digo a ele suavemente, e ele geme, tomando minha boca com a dele. Sua língua desliza dentro da minha boca enquanto minhas mãos vão para os botões de sua camisa, desabotoando-os devagar a princípio e depois com necessidade. O beijo se aprofunda e eu tiro a camisa de seus ombros, nossos lábios ainda conectados. Ele me leva de volta ao quarto até a parte de trás dos meus joelhos baterem na cama, e me sento nela. Ele não diz nada porque seus olhos dizem isso. O quarto é exatamente como a sala de estar, o brilho amarelo das velas enchendo a enorme sala, mas aqui, vasos e vasos de rosas brancas estão por toda parte, no chão, na mesa, ao lado da cama. Cada lugar exposto tem rosas nele. — Você fez tudo isso? — Eu estava esperando que você estivesse na cama comigo esta noite, e queria mostrar-lhe como hoje foi especial para mim, — diz ele, suas mãos em concha meu rosto. — Andar pelo tapete com você, eu estava orgulhoso. — Suas mãos vão para o zíper na lateral do vestido, e ele lentamente abre. Depois que ele empurra pelo ombro lentamente, cai no meu colo, deixando-me no meu sutiã preto sem alças. Eu estendo a mão e agarro a fivela do seu cinto, seu botão, e o som de seu zíper enche a sala. Ele me puxa para os meus pés, então suas mãos vão para a minha cintura, e ele empurra o vestido para o chão. Ele vê como minha calcinha é pequena, mal há calcinha. Puxando as pequenas cordas nas laterais, ele as tira. — Umm, você vai ter que substituir essa, você sabe. — Ele apenas sorri para mim, sabendo que me tem exatamente onde eu quero estar. Os restos da minha calcinha caem no chão com um suspiro, e sua boca desce na minha enquanto ele desliza os dedos na minha fenda. Uma vez que minha umidade cobre seus dedos, ele desliza dois dedos em mim. Minhas mãos estão com fome para senti-lo, então eu coloco minha mão em sua cueca, pressionando seu pau. Minha mão imita seu ritmo. Sua cabeça vai da direita para a esquerda, tentando levar o beijo mais e mais fundo, sua mão se movendo rapidamente em mim. Seu pau fica maior e grosso na minha mão, então ele se afasta de mim.
— Não, — diz ele, chutando a calça para longe. — Nós gozaremos juntos desta vez. — Ele vai para a mesa lateral e pega um preservativo, e depois caminha de volta para mim. Eu pego o preservativo da mão dele. — Você sabe que estou tomando pílula, — eu digo, e sei que ele me vê tomar todas as manhãs. — Estou supondo que você tenha feito o teste ultimamente. — No mês passado, — diz ele. — Eu nunca fiz isso sem um. — Eu balancei minha cabeça, soltando o preservativo no chão. — Você tem certeza disso? Eu pego sua mão e trago-o para mim, virando e me deitando na cama. Ele rasteja atrás de mim; Eu me deito no meio da cama. Minhas pernas se abrem e ele fica entre elas. Enquanto ele esfrega seu pau para cima e para baixo na minha fenda, me apoio em meus cotovelos para assistir. Nós não dizemos nada quando ele lentamente entra em mim, mas ele assobia enquanto observa seu pau nu desaparecer em mim. Sua mão vai do meu quadril para minhas costas, me puxando para ele. Ele enterra a cabeça no meu pescoço e minha mão a segura, deixando-me com apenas um cotovelo na cama. Ele lentamente me fode, e os únicos sons no quarto são as nossas respirações suaves. Nenhum de nós diz nada sobre esse exato momento, mas não está perdido em nós. Ele move a cabeça para fora do meu pescoço, seus olhos observando os meus, e quando ele mete completamente em mim, nós dois gozamos. Seu rosto se aproxima do meu enquanto ele toma minha boca na dele. Podemos ou não ter passado o ponto sem retorno hoje à noite, e é assustador como o inferno.
23 Tyler LANÇAMENTO
DO
FILME
ESTRELADO
POR
TYLER
BECKETT. DESCUBRA QUEM SAIU COM QUEM! Ela está no meu peito com o braço jogado no meu estômago e sua perna sobre meus quadris. Eu a vejo dormir, pensando nos últimos dois dias. Eu pego meu telefone e tiro uma foto nossa. Eu beijo a cabeça dela para a foto e você pode ver seu ombro nu. Ela deve sentir que estou acordado porque sinto sua respiração mudar, então sei que ela acordou. Seus olhos se abrem e ela olha para mim. — Que horas são? — Ela me pergunta, e eu olho para o telefone. — Quase oito, — digo a ela. — Temos duas horas antes de termos de estar lá embaixo. — Perdemos o nosso treino novamente, — diz ela, abraçando-me mais apertado em vez de se levantar. Os últimos dois dias foram um sonho pois nós dois experimentamos Paris juntos, com meus pais, é claro. Ela se recusou a deixá-los de fora enquanto estivessem aqui, e é claro que eu, sendo eu, nos deu certas vantagens. Como o Louvre abrir apenas para nós na terça-feira. Nós quatro andando pelos corredores, verificando cada obra de arte com a minha mão na dela. Ser capaz de beijá-la
quando
queria,
sem
olhar
por
cima
do
ombro,
valeu
tudo. Tivemos jantares em família juntos e, quando dei um beijo de despedida em meus pais ontem à tarde, eles estavam apaixonados por ela. Nós os levamos para o avião particular e, com as mãos ao redor da minha cintura, observamos meus pais decolarem.
— Você acredita que o mês está quase no fim? — Ela diz para mim, e minha mão agora esfrega seu ombro. — Temos Nova York e LA apenas. Estou tentando não pensar no fato de que, quando chegarmos em casa, vou para o rancho por um mês, se não mais. — Sim, vai ser bom ter terminado, — eu digo enquanto ela sai, pegando seu roupão e indo para o banheiro. — Você quer o habitual? — Pergunto a ela sobre o serviço de quarto. — Sim, por favor, — diz ela do banheiro; o som da água sendo ligado significa que ela está tomando banho. Ontem à noite, nós fomos para o quarto dela, e ela pegou suas roupas para usar hoje, e passará no quarto dela para pegar a mala. Eu peço para ela o iogurte habitual com frutas frescas e granola, mas também incluo alguns croissants, sabendo que é o favorito dela. Eu me levanto e coloco meu próprio roupão, indo sentar na varanda. Ela retorna do chuveiro quinze minutos depois, com o cabelo em cima da cabeça e o roupão amarrado em volta da cintura. — O voo é de oito horas. — Sentando na cadeira ao meu lado, ela espera enquanto o funcionário entra e coloca a comida na mesa. Ela pega sua xícara de café. — Vou sentir falta dessa visão. — Tomando um gole de café, ela diz: — É tão bonita durante o dia quanto à noite. Nós
terminamos
de
comer,
e
vou
tomar
meu
próprio
banho. Quando eu saio, ela está sentada na cama vestindo capri branca apertada e uma camisa rosa clara de mangas curtas que é curta na frente e com Converse rosa. — Eu vou descer. — Ela vem até mim e beija meus lábios. — Vejo você mais tarde. — Ela me beija novamente, pega sua bolsa e sai. Estou colocando meu suéter quando ouço uma batida na porta. Andando até lá, eu abro e vejo Cassie lá com sua bolsa. Nos últimos dois dias, ela sumiu. Ela saiu para visitar um casal de amigos que moram em Cannes. — Ei! — Ela entra pela porta, fechando-a atrás dela. — Quem está animado para voltar para o bom e velho EUA? — Ela sorri. — Você está pronto?
— Sim, — eu digo a ela, fechando a porta e voltando para o quarto enquanto ela se senta no sofá. — Você teve uma boa estadia? — Eu tive, — diz ela enquanto pego minha mala e trago para fora do quarto. — Foi bom fugir. Ouça, eu tenho que dizer uma coisa, — ela começa, e eu olho para ela. — Sinto muito sobre o que aconteceu com Jessica e o tapete vermelho. — Eu não digo nada. — Fiz as coisas do meu próprio jeito e estava errada em fazer isso. Eu apenas achei que com seus pais aqui seria especial para você ir com eles. Eu aceno com a cabeça. — Eu aprecio isso, mas da próxima vez que você pensar em tomar suas próprias decisões, eu terei a palavra final. — Totalmente, — ela diz sorrindo, — agora onde iremos comer em Nova York? — Qual é a agenda? — Pergunto a ela, pegando minha mochila e levando minha própria bagagem pela primeira vez. — São três dias? — Na verdade, nós pousamos, e no dia seguinte são as entrevistas e o tapete vermelho, e então decolamos. — Vamos ver quando pousarmos, e podemos tomar uma decisão lá. — Eu também posso mandar preparar seu apartamento no caso de você querer ficar lá. — Eu aceno com a cabeça. — Perfeito. Eu vou organizar. Chegamos ao saguão, e os dois dias de folga fizeram todos relaxarem, porque todos pareciam descansados e felizes. Eu falo com algumas pessoas antes de entrarmos no ônibus. Jessica espera na porta da frente com Autumn e Kendall com seus óculos de sol. Eu não consigo me sentar ao lado dela no ônibus. Subindo no avião, entro e vejo o assento ao lado dela vazio, então jogo minha mochila na cadeira. Eu ando até a frente para pegar uma garrafa de água, depois viro e volto para o meu lugar. — Oi, — eu digo, olhando em volta. — Ei, — ela diz casualmente, — como vai você? — Bom, bem descansado, — digo, e ela continua a conversa como se não tivéssemos acordado juntos. O voo de oito horas é longo, muito
longo. Assistimos a alguns episódios de Dateline, depois me levanto e vou comer com Cassie. Jessica abre seu laptop e está tão absorta em tudo o que está trabalhando que não ouve dizer que estamos pousando. — Nós pousamos em cinco minutos, Jessica, — eu a interrompo. — Oh, merda, realmente? — Salvando seu documento, ela começa a guardar suas coisas. — Eu tenho duas missões para a próxima semana e fiquei muito distraída. — Tenho certeza que você vai ficar bem. — Eu sorrio para ela; nós finalmente pousamos e saímos do avião. Cassie está me esperando no final dos degraus do avião. — Seu carro está esperando, — diz ela, e eu não tenho a chance de dizer a Jessica para onde estou indo. Toda vez que tentei no avião, alguém estava por perto. — Obrigado, — eu digo, caminhando em direção ao Escalade preto esperando por mim. — Envie-me o endereço e a hora para amanhã. — Oh, — ela diz, — eu achei que iria junto desde que seu apartamento tem três quartos. — Hum. — Eu não tenho ideia do que dizer. Ela geralmente fica comigo, e eu nunca pensei em nada disso. A única coisa que passou pela minha cabeça foi Jessica e eu à vontade. — Claro, — eu digo, respirando fundo e entrando no SUV. — Além disso, — ela diz, — eu tenho tudo montado no apartamento. E o avião estará esperando por você no segundo em que sair do tapete vermelho em LA, — diz ela. — Desta vez em quatro dias, você estará em seu rancho. — Parece ótimo, — eu digo, olhando pela janela para todos os outros que entram no ônibus. O tráfego para chegar ao meu apartamento no SoHo é insano. — Há uma razão pela qual não moro aqui em tempo integral, — eu digo, saindo do carro. — Não foi tão ruim, — diz Cassie, e ando em direção ao meu loft. É em um antigo prédio e comprei dois dos seis andares quando
estava vazio. Eu fiz um andar de uma enorme sala de cinema com uma sala de jogos, cozinha, sala de estar e escritório, e depois no andar de cima são três quartos e três banheiros. Deixei as vigas expostas quando começamos, então tudo é rústico. No meio da mesa de jantar há uma enorme cesta de frutas e chocolate. Eu coloco minha mochila e telefone no balcão, então levo minha mala e Cassie para cima. Eu jogo minha mala no chão, indo até a janela com vista para o rio. Eu olho para os barcos à distância, pensando em quão bom seria Jessica estar aqui. Eu desço as escadas e pego meu telefone. — Eu vou relaxar, — digo a Cassie, que está sentada à mesa em seu computador e apenas acena para mim. Entrando no meu quarto, fecho a porta e mando uma mensagem para Jessica. Eu: Ligue-me quando puder. Eu coloco meu telefone no meu estômago, pego o controle remoto e ligo a televisão. Eu estou folheando os canais quando meu telefone finalmente começa a tocar. — Ei, — eu respondo em voz baixa. — Ei, — diz ela, e então eu ouço farfalhar. — Onde está você? — Estou no meu apartamento no SoHo, — digo a ela, silenciando a televisão. — Eu achei que seria um bom lugar para ficar sem os olhos espreitando. Ela ri e sinto sua falta. — É essa a sua maneira de dizer que você quer que eu vá? — Eu adoraria isso, mas... — Eu tento não deixar isso me incomodar. — Cassie está aqui. — Oh, — ela diz suavemente, — bem, isso resume tudo. — Ela ri. — Está tudo bem. Eu vou trabalhar nos meus artigos e te vejo amanhã. — Sim, eu acho, — eu digo, e é quase como se estivesse fazendo beicinho. — São vinte e quatro horas. Você vai sobreviver, — diz ela. — Me ligue mais tarde. — Ela desconecta. O resto da noite é gasto no meu quarto, e só saio para comer alguma coisa. Cassie está no quarto de
hóspedes, e quando eu ligo para Jessica, é um telefonema de dois minutos, já que ela está ao telefone com uma de suas melhores amigas. Vou para a cama naquela noite e viro e reviro.
Na manhã seguinte, estou ansioso para chegar ao hotel. Estou esperando antes que Cassie esteja pronta na porta quando o carro chega. — Qual é a pressa, Tyler? Nós temos um longo dia e não temos que estar lá por um tempo. — Eu só quero chegar lá um pouco mais cedo, isso é tudo. — Eu carrego nossa bagagem com o motorista desde que estamos decolando logo após a estreia hoje à noite e quase corro para o hotel quando chegamos lá, entrando na sala de imprensa onde todos estão de pé. Jessica com Autumn, e ela está usando calça preta e um top rosa com mangas compridas. Seu cabelo está amarrado na nuca. Ela finalmente me vê e sorrio. Eu nem vejo ou noto os telefones de todos os outros ao meu redor, quase em sincronia, incluindo o meu. Tudo a partir desse momento, acontece em câmera lenta. Jessica olha para o telefone junto com todos os outros e, em seguida, a cor em seu rosto drena. Uma de suas mãos se aproxima do peito como se estivesse com dor, e eu olho em volta da sala para os outros jornalistas, cada um dos olhos deles saindo de seus telefones e olhando diretamente para mim. Não tenho certeza do que está acontecendo até pegar meu próprio telefone... e então descubro. A foto que tirei de nós na cama está acompanhada da manchete: NOTÍCIAS
EXCLUSIVAS
UAU, PARECE
QUE
PLAYBOY
DE
HOLLYWOOD MARCOU NOVAMENTE DESTA VEZ A BOLA DA VEZ FOI UMA RENOMADA SUA REDE!
JORNALISTA, ADICIONANDO OUTRO GOL NA
24 Jessica Tudo o que você quer saber sobre a última coelhinha na cama de Tyler. Isso não pode estar acontecendo, acho, depois que meu telefone tocou com as últimas notícias porque tenho um alerta do Google para Tyler. A manchete faz meu coração acelerar um pouco mais e então ele literalmente se quebra no meu peito. NOTÍCIAS
EXCLUSIVAS
UAU, PARECE
QUE
PLAYBOY
DE
HOLLYWOOD MARCOU NOVAMENTE DESTA VEZ A BOLA DA VEZ FOI UMA RENOMADA
JORNALISTA, ADICIONANDO OUTRO GOL NA
SUA REDE! Não pode ser. Clicando no link, vejo uma foto minha no peito dele. Eu pareço estar dormindo, e ele foi o único a tirar a foto com um sorriso. Eu olho para ele e o vejo olhando para o telefone. — Jess. — Eu ouço Autumn ao meu lado, sua voz tentando soar calma. Então olho para baixo novamente e vejo o sorriso em seu rosto que foi capturado naquela noite, um momento de felicidade que agora está manchado e servirá como um momento de indignação, escândalo e tudo mais entre isso. Eu fui usada. O calor sobe pelo meu pescoço, meu estômago se agita e eu acho que vou vomitar. — Jessica. — É a voz dele agora, a que senti falta a noite passada, a voz que falei a Kellie, a que sorria quando ouvia. — Não. — Eu balanço minha cabeça, tentando sair da sala. Eu tenho que sair daqui. Eu passo por ele, mas ele agarra meu braço para me impedir. — Não! — Eu grito, e Jonathan vem para o meu lado no
caso de ele ter que intervir. — Não me toque. — Estou tremendo agora; todo o meu corpo está tremendo. — Eu posso explicar, — ele diz para mim, e não quero olhar em seus olhos. Eu não quero estar aqui e não quero ouvir isso. Eu estou em pé, minhas costas ficando rígidas, meus ombros em alerta. — Parabéns, — digo a ele. — Boa jogada. — Ele olha para mim, engolindo em seco. — Boa jogada? — Ele sussurra as palavras, e eu olho em volta e vejo que todo mundo ainda está aqui, esperando para pegar o furo. — Bem, pessoal, vocês ouviram em primeira mão. Eu sou mais uma jogada. — Eu ri agora histericamente, as três garotas me olhando com choque no rosto. — O Playboy de Hollywood ataca novamente. — Eu aceno com a cabeça, olhando para ele. — Diga-me algo. Eles pagaram por essa história, ou foi um brinde, algo para ajudar no lançamento do filme? — Sua mandíbula aperta forte, e ele não diz nada. — Eu acho que deveria ter visto isso acontecendo, certo? — Uma única lágrima escapa do meu olho, e eu com raiva a afasto. Ele avança agora. — Jessica. — É a última vez que eu vou ouvi-lo dizer meu nome antes que eu dê o fora desse lugar. — Eu posso explicar. — Sério? — Eu digo, cruzando os braços sobre o peito, todo mundo só assistindo. — O que você pode explicar exatamente? Como você planejou isso, me levou para a cama, tirou minha foto e depois vazou? — Eu sorrio para ele, a raiva furiosa através de mim. — Eu tenho certeza que vejo claro como cristal na imagem inteira, certo. — Eu levanto o meu telefone. — Na verdade, agora todo mundo vê toda a imagem. Essa é sua vingança por aquelas histórias que escrevi sobre você? — Eu grito para ele, e quando me viro para sair, sinto sua mão no meu braço novamente, tentando me impedir. Eu paro no meu caminho, olhando para a mão dele no meu braço, então me viro para olhar por cima do meu ombro. — Nunca mais me toque. — Eu puxo meu braço para longe dele e caminho em direção às escadas, não querendo ficar presa esperando o elevador. Corro os degraus o mais rápido que posso,
mal contendo meus soluços. Chego ao saguão e corro para fora da porta. Correndo pela rua, levanto a mão e pulo no primeiro táxi que vejo. Meu telefone toca assim que fecho a porta e vejo que é Kellie. Em vez de dizer olá, o soluço finalmente rasga através de mim, o taxista olhando para mim em choque. — Onde você está? — Ela me pergunta. — Em um táxi. — Meu peito começa a arfar, e acho que vou vomitar. — Ouça-me, Jessica. Dê ao taxista o endereço do meu prédio. Vou ligar e dizer que você está chegando. — Eu aceno com a cabeça, sabendo que ela não pode me ver. — Não se preocupe. — Sim, — digo a ela e, em seguida, dou ao motorista o endereço que ela me dá. — Estou preparando o avião para trazê-la para cá, — diz ela, e eu posso ouvir as lágrimas em sua voz quando ela sente a dor por mim. Minhas
lágrimas
estão
caindo
agora
sem
eu
saber,
sem
sentir. Elas fluem tão rápido que não consigo pegá-las. — Eu prometo a você que vou cuidar de tudo. — Kellie, — eu digo, minha voz embargada, — como ele pôde? — Três palavras, as únicas três palavras que posso dizer. — Eu prometo a você que vai ficar tudo bem, — diz ela, e eu ouço gritos no fundo. — Eu prometo a você. — Eu apenas aceno com a cabeça, e minha mão cai, e eu finalmente olho para fora para o sol brilhando. O telefone toca novamente, e olho para baixo, vendo que é Tyler. Eu o envio direto para o correio de voz, entrando em meus contatos e bloqueando o número dele. Chego ao endereço que Kellie me deu e a porta é aberta por um homem mais velho. — Jessica, — diz ele, e tudo que posso fazer é acenar com a cabeça. Ele entrega ao motorista seu cartão e pega minha mão. — Kellie me ligou, — diz ele com um braço em volta do meu ombro, me levando para dentro. — O carro estará aqui em trinta minutos, e o avião está esperando por você. — Ele aperta o botão no elevador e desliza um cartão-chave e me leva para o apartamento onde eu visitei Kellie uma
vez antes. Ele me senta no sofá e me diz que voltará. Ele se afasta e, pela segunda vez em um dia, meu coração se despedaça. Trazendo a história de volta, finalmente vejo quem divulgou a história. A história divulgada pelo meu próprio jornal, e minha colega de trabalho Brooke divulgou a história. Isso não é carma de merda? Minha própria publicação explodiu a história e não teve a decência de me avisar com antecedência. Jesus, esta é uma indústria tão acirrada. Desligo o telefone e o homem volta com uma garrafa de água. — O carro está aqui, — diz ele, e eu aceno, me levantando e voltando para a rua. Eu entro no carro, e tudo fica borrado quando entro no pequeno avião e ele decola. Depois que ele pousa, eu saio do avião e vejo Kellie parada ao lado de um carro. De short, regata branca e botas de cowboy desgastadas, ela corre até mim, e eu enterro meu rosto em seu pescoço e choro. Meus joelhos finalmente cedem, talvez porque saiba que estou segura, talvez porque sei que ela vai cuidar de mim. — Brian! — Ela grita, e de repente estou em braços fortes e firmes. Eu ouço as portas do carro abrirem e depois fecharem, e o carro está se movendo. Kellie senta ao meu lado com a minha cabeça no ombro dela. — Você está segura agora. — Eu fecho meus olhos, e as lágrimas caem novamente. Tantas lágrimas, quando eu tive tantas lágrimas, quando? Chegamos a casa dela e ela estende a mão para mim. — Você acha que pode andar ou quer que Brian a carregue? — Eu acho que estou bem, — eu sussurro e entro na sua casa. Seus cachorros correm até ela e pulam, animados por vê-la. — Eu acho que quero deitar. — Ela acena com a cabeça e me mostra seu quarto de hóspedes com a enorme cama king-size no meio com almofadas brancas e rosa. Parece uma nuvem flutuante, e há até mesmo um degrau ao lado da cama para ajudar, porque é muito alta. Eu tiro meus saltos rosa que coloquei esta manhã; ele sempre amou meus sapatos. Não! Eu não vou pensar nele e no que ele amava porque por um tempo eu quase achei que ele me amava. Maldito seja
ele. Eu caio de volta na cama e puxo meus joelhos em posição fetal. Eu fecho meus olhos e sinto a cama ao meu lado se mexer. — Eu fui tão idiota. — Não, — ela diz, afastando meu cabelo, — você não foi idiota. Você foi uma mulher que se apaixonou por um homem. — Eu o amava, — eu finalmente digo em voz alta. — Quero dizer, achei que sim, mas não tinha certeza. Então, bem, na noite passada ele não estava comigo, e eu senti a falta dele como uma louca. — Todas as lágrimas caindo deixam a fronha do travesseiro molhada. — Dói, — eu admito. — Tudo machuca. Mesmo respirar. — Feche os olhos, — diz ela. Meus olhos de repente parecem tão pesados, tão pesados, e eu finalmente caio na escuridão. Não sei quanto tempo durmo e, quando abro os olhos, levo um segundo para lembrar onde estou. Enquanto rolo de lado para as costas, tudo vem correndo de volta. Minha mão esfrega meu peito sobre o coração para tentar aliviar a dor. Eu pisco na escuridão, não querendo me mexer, mas minha bexiga tem outros planos. Eu rolo para uma posição sentada e, lentamente, desço da cama alta. Uma luz no canto debaixo da porta fechada me faz andar naquela direção. Eu abro e vejo que é o banheiro. Eu entro e me olho no espelho. Meus olhos estão inchados e meu nariz vermelho, mas pareço muito melhor do que me sinto. Eu ligo a torneira e espirro água no meu rosto algumas vezes e, finalmente, me alivio. Volto para o quarto, vou para a outra porta e saio. Eu ando pelo corredor até a sala aberta. Kellie está no meio de seu grande sofá com a cabeça no colo de um cara enorme enquanto assistem televisão. — Ei, — eu digo baixinho, e ela pula e vem até mim. Isso faz com que os cães surtem e fiquem animados. Ela está usando calça rosa com uma camisa rosa combinando. — Você está com fome? — Ela me pergunta, e eu balanço a cabeça. — Você tem que comer alguma coisa, — diz ela, colocando o braço em volta de mim e me levando para a cozinha enorme. — Sentese e eu vou fazer algo para você.
— Baby. — Eu ouço o grande homem do lado falar agora. — Sem cozinha para você. — Não me chame assim. — Ela aponta para ele. — E foi um pequeno incêndio. — Você quase queimou a casa. — Ele ri, cruzando os braços sobre a cabeça. — Não. Se sua amiga quiser comida, vou buscar alguma coisa para ela. — Sim, — diz Kellie. — Algo do Chick-fil-A3. Ele então se vira para mim, e eu noto sua calça jeans e camisa preta. — Jessica, eu sou Brian. — Eu aceno para ele. — O que você gostaria de comer? — Ela quer Chick-fil-A, — diz Kellie. — E pare e pegue um pote de sorvete
de
chocolate
com
menta. Estamos
consertando
corações
partidos aqui. — Seu coração está bem. — Ele pega as chaves do carro e a carteira do balcão e, em seguida, caminha até ela e se abaixa. — Boca. — Uma palavra e ela se inclina, sorri e o beija. Eu o vejo sair da casa, a porta batendo atrás dele. — Eu entendo que ele finalmente se apaixonou pelo seu charme. — Eu sorrio feliz por ela. — Eu realmente espero que sim, ou fiz anal por nada, — diz ela, e por uma vez, eu rio. — Não diga a ele que eu disse isso. Ele é meio reservado. — Ela vem até a mesa com uma garrafa de água e a entrega para mim. — Eu prometo que não vou mencionar que você fez anal com seu namorado. — Tomando um longo gole de água, eu pergunto: — Quão ruim são as manchetes? Ela olha para a mesa e então pega o telefone e volta. — Não tão ruim quanto parece, — diz ela, e ambos sabemos que poderia ser muito pior. — Agora se lembre de que metade dessas histórias não é verdadeira.
3
Rede de fast food americana.
— Sim, assim como metade das histórias que eu relato não são verdadeiras, certo? — Eu aponto enquanto abro e rolo pelas manchetes. Seu plano sempre foi vinho, jantar, cama e partir. Tyler estava desempenhando seu melhor papel a fim de impedi-la de derramar seus segredos mais sombrios. Ele está planejando isso desde que ela divulgou seu escândalo de traição. Dormindo com o inimigo. Então eu vejo uma de Autumn, e dói que ela tenha uma história até ver o título. Telefone de Tyler Beckett é hackeado, revelando fotos íntimas e privadas. Eu coloquei o telefone de volta, nem mesmo rolando para ler as histórias. — Eu tenho que digitar minha carta de demissão. Kellie ri. — Que tal você é uma puta, estou saindo. — Então ela levanta a mão. — Quero dizer, você é a escritora. — Eu não posso acreditar que Stephanie a deixou divulgar essa história, e que Brooke fez isso. — Eu balancei minha cabeça. — Eu emprestei a ela meu desodorante, pelo amor de Deus. — Eu esfrego meu rosto com as mãos e suspiro. — E as minhas roupas. — No seu quarto, — diz ela, e eu olho para ela. — No minuto em que você me ligou do táxi, fiz dois telefonemas, na verdade três. Um foi para o hotel em que você estava hospedada. O serviço de quarto pegou sua mala e arrumou tudo. Eles enviaram para Mario, que foi a segunda ligação que fiz. Meu porteiro. Eu aceno para ela. — E a terceira foi para o avião. — Obrigada, — eu sussurro para ela, as lágrimas agora fluindo novamente. — Eu não sei o que faria sem você. — Eu sei sem sombra de dúvida que se fosse eu, você teria feito a mesma coisa, — diz ela, e eu aceno para ela. — Sinto muito, mas vou para a cama. Que tal comermos o sorvete depois? — Eu digo a ela quando me levanto e dou um abraço nela, e então volto para o quarto. Abrindo a porta, vou até a mesa lateral e
acendo a luz. Vendo minha bagagem no canto da sala, coloco a bagagem no chão e abro o zíper. O vestido preto cai, e eu o pego e o levo ao nariz. Sinto o cheiro dele, desde quando ele me pegou em seus braços e me abraçou no elevador no caminho de volta para seu quarto. Eu coloco de lado e pego meu pijama. Saio das minhas roupas, as jogo no chão e subo na cama. Eu sei que meu telefone está sem dúvida uma bagunça, mas não me incomodo com isso. Em vez disso, apago a luz, enrolo em uma bola e choro até dormir.
25 Tyler O novo amor de Tyler está escondida e agora foi demitida! Quando Jessica saiu da sala ou, melhor ainda, me disse para nunca mais tocá-la, eu achei que minhas pernas cederiam. Eu estava preso, meus pés não estavam funcionando, e a única coisa que eu podia ver era o horror no rosto dela. Eu liguei para ela repetidamente, mas ela nunca atendeu. Tudo depois é um borrão; cancelamos a parte da turnê de imprensa, mas o tapete vermelho ainda continuou. Como dizem em Hollywood, o show deve continuar, e foda-se ele continuou. Entrei no avião e não falei com ninguém, apenas fui para a sala dos fundos. Esperei que todos saíssem do avião e depois saí. Os paparazzi estavam todos lá no portão com os flashes disparando enquanto eu saía do avião em Los Angeles. Eu entrei no carro. — Autumn vai publicar uma história sobre o seu celular sendo hackeado, — diz Cassie ao meu lado. — Estou tentando descobrir como eles conseguiram a foto, — diz ela enquanto rola em seu telefone. Eu entro na casa e subo para o meu quarto, então pego meu celular e ligo para os meus pais. Ele responde após o primeiro toque. — Papai. — Filho, — diz ele, sua voz baixa, — como está você? Onde está você? Como está Jessica? — Estou bem. Eu estou em casa, — eu digo baixinho. — Eu não sei onde ela está. — O que você quer dizer com você não sabe onde ela está? — Ele sussurra, e me sento na minha cama derrotado, derrotado e quebrado. E sozinho.
— Ela saiu no minuto em que a história surgiu, — digo a ele, me lembrando de tudo, — então ela se foi, e eu não sei para onde, pai. — Vou fazer algumas ligações, — diz ele, e eu suspiro. O melhor amigo do meu pai é um investigador particular, então se alguém pode encontrá-la, é ele. — Sua mãe chorou o dia todo. — Sinto muito, — digo a ele. — Porra, papai, eu não a protegi. — A dor no meu peito é feroz. — Eu a coloquei nessa situação porque queria tirar uma foto dela comigo. — Filho, vocês tiveram um momento privado e eles fizeram tudo parecer sujo, — ele começa a falar. — Não deixe que eles ganhem. — E se ela não falar comigo? — O pensamento é insondável. — E se ela não quiser nada comigo? — Você fez ela se apaixonar por você uma vez, pode fazer isso de novo, — diz ele, e eu não posso dizer nada sobre o nó na minha garganta. Ela estava apaixonada por mim? — Eu tenho fé em você. Eu aceno, embora ele não possa me ver. — Agora, deixe-me ligar para Donnie e ver se ele pode fazer qualquer coisa. — OK. Diga à mamãe que eu a amo, — eu digo, desligando o telefone. Eu olho para cima quando ouço uma batida na porta. — Sim. — Eu vou sair, — Cassie diz, — a menos que você queira que eu fique por perto um pouco? — Eu balancei minha cabeça para ela. — Ótimo. Vejo você amanha. Eu não digo nada quando ela sai. Deito na cama e tento ligar para Jessica de novo e de novo e de novo. Desta vez, uma gravação me diz que o número dela está fora de serviço. Eu fecho meus olhos e espero que este pesadelo esteja quase acabando, mas não está. Todos os dias, tudo fica cada vez pior porque eles desenterram tudo o que podem. A imagem de nós dois agora está em toda parte. Além disso, Donnie não tem pistas. Nada. É como se todo o universo estivesse me impedindo de encontrá-la. Já se passaram quatro dias desde que minha vida caiu ao meu redor, literalmente. — Como diabos isso ainda está acontecendo? — Eu digo, pegando meu copo de água e jogando-o contra a parede. — Foram
quatro dias de merda. — Desta vez, as manchetes dizem que seu jornal a demitiu por quebra de contrato. A mesa na sala de jantar está cheia com Ryan, Cassie, Joseph, meu novo segurança, Edward, meu agente e Larry, meu advogado. Nós seis estamos passando por diferentes estratégias para acabar com isso de uma vez por todas, porque cansei de ficar calado. — Nada vai acontecer se você trouxer a casa abaixo. — Cassie olha para cima de suas anotações. — Tudo o que faz é me dar mais trabalho. — Você só precisa, — Ryan começa, e eu olho para ele — deixar passar. Eu coloco minhas mãos na mesa. — Eu cansei de deixar a merda explodir. Cada dia é outra história fodida. — E todos os dias, estou apresentando um novo terno, — diz Larry. — Às vezes duas vezes por dia. — Ele tira os óculos e olha para mim. — Essas pessoas são abutres. Você tira um e mais cinco aparecem — Ele olha em volta da mesa em que estamos sentados nas últimas três horas. — Quanto mais você vai atrás deles, mais eles voltam, dez vezes mais. Eu odeio dizer isso, mas Ryan está certo. — Tem que haver algo que eu possa fazer para que eles parem de inventar todas essas histórias. — Eu me sento derrotado na cadeira da sala de jantar. — Qualquer coisa. — Eu olho em volta da mesa para todos, vendo se eles têm alguma sugestão. — Você tem uma fita de sexo? — Edward pergunta. Todos gemem, mas ele levanta a mão. — O quê? Isso a tiraria do foco de todas as sanguessugas desta cidade. — Sim, e levaria para todos os sites de filmes pornô pagos, — Larry lembra a todos. — Talvez, — diz Ryan, — talvez ela esteja amando isso. — Eu agito minha cabeça em direção a ele. — Talvez ela esteja em silêncio porque está trabalhando em um contrato de livro. Contar tudo. — De jeito nenhum, — eu digo, balançando a cabeça. — Não há como ela fazer isso.
— Como você sabe? — Edward pergunta, e Ryan e Larry se recostam na cadeira, esperando que eu diga alguma coisa. — Eu sei, — eu sussurro. — Eu apenas sei. — Eu ouço uma cadeira arrastar e Joseph se levantando da mesa. — Eu vou fazer uma ronda nas instalações e me certificar de que tudo está bem. — Ele se vira e sai pela porta. Ter ele por perto me dá nos nervos porque só quero ficar sozinho. Não, eu quero ficar com Jessica sozinho, só nós dois. Já faz quatro dias desde que dormi direito, e quatro dias desde a última vez que a vi, se você não contar o número de vezes que olhei nossas fotos. — Você tem que estar pronto, — diz Larry, — apenas no caso de ela estar vendendo um resumo de tudo. — Eu apenas balanço a cabeça. — Eu vou perguntar por aí apenas no caso. — Você está perdendo seu tempo. — Eu me sento na minha cadeira, olhando para ele. — Ele está certo, — Ryan finalmente diz, balançando a cabeça. — Ela nunca faria isso. — Oh, por favor, — Cassie murmura baixinho, e todos os olhos vão para ela. Ela olha para cima agora e sua mão voa para cima. — O quê? — Sua voz fica um pouco mais alta, e eu apenas olho para ela. — Ela estava obviamente apaixonada por ele. — Ninguém diz nada à mesa; nem uma pessoa tira os olhos dela, as mãos se movendo enquanto fala. — Era tão óbvio. — Ela revira os olhos. — Ela estava em cima dele o tempo todo, e você viu em seus olhos na foto. Eu olho para ela. — Que imagem é essa porque, na foto que vazou para a imprensa, ela estava com os olhos fechados? — Meu coração começa a bater. — Que porra de imagem, Cassie? — Eu grito, e todos ao redor da mesa se sentam. Ryan coloca as mãos na mesa ao meu lado, e eu sei que é para me impedir de pular sobre esta mesa. — A porra da foto de vocês dois no barco em algum lugar, — ela finalmente diz, e é nesse momento que eu sei que a pessoa mais próxima de mim é a responsável por tudo isso, e ela sabe que não há como voltar atrás. — Não me olhe assim! — Ela grita. — Quem você
acha que teria sido deixado para limpar a porra da bagunça que você fez depois que ela fodesse você? — Ela se levanta agora. — Eu. — Ela aponta para si mesma. — Eu, como sempre. — Você vazou a foto, — eu assobio. — Você vazou a foto, — eu digo de novo, deixando entrar. — Eu fiz isso, — diz ela, sentando-se. — Alguém tinha que intervir e fazer alguma coisa; você estava sendo irracional. — Cassie, — Ryan diz baixinho, e ela estala a cabeça para ele. — Você não estava lá, — diz ela. — Ele estava... Eu estou de pé agora, minha cadeira voando. Ryan também se levanta e Edward também, vindo até mim e sussurrando no meu ouvido: — Acalme-se. — Saia da porra da minha casa! — Eu grito. — Saia da porra da minha casa antes que eu acabe com você! — Você não pode estar falando sério, — diz ela, olhando para mim. Seu rosto está finalmente ficando branco quando ela percebe que não estou brincando. — Você vai escolher ela? Depois de tudo que fiz por você. Limpando todas as suas merdas, enterrando histórias, certificando-me de que suas prostitutas se fossem em silêncio? — Ela grita. — Eu fiz isso. Eu, não você. Eu, — ela enfatiza, apontando para si mesma. — E agora você vai ficar aí e escolher aquela cadela hipócrita e não a mim? — Você fez o que eu lhe paguei para fazer porque esse era o seu trabalho, e se bem me lembro, você foi muito bem paga para fazer todas essas coisas, — eu assobio, — e para responder a sua outra pergunta, eu a escolho. Eu a escolho a cada segundo de cada maldito dia. — Eu me inclino para frente, Edward colocando a mão no meu peito. — Agora saia da minha casa. — Se eu sair, não voltarei, — diz ela, juntando os papéis. — Você não toca em nada na minha casa, — eu digo, e suas mãos param quando ela pega sua bolsa. — Deixe o telefone, — eu digo, e ela estala a cabeça para trás quando Ryan caminha até ela e estende a mão para o telefone.
— Esse é o meu telefone! — Ela grita. — Não, — eu grito, — é meu! Eu pago por isso, então essa porra é minha. — Eu tenho que controlar minha raiva porque se ela fosse um cara, eu não pararia de bater nele até que ele parasse de respirar. Ela pega a bolsa e pega o telefone, entregando a Ryan. — Cassie. — Ele balança a cabeça, pressionando algo no telefone. — Você estava gravando essa reunião? Eu avanço agora, e Edward e Larry me seguram, e Ryan se coloca na frente de Cassie. — Saia da porra da minha casa! — Eu grito enquanto eles me seguram. Ela passa por eles e eu me viro, — Ah, e, Cassie, eu sugiro que você leia o contrato que assinou quando eu contratei você. Você menciona mais uma palavra sobre qualquer coisa, e enterro você tão longe que não verá a luz pelo resto da sua vida. Sua vida crescente pelo mundo com a mais nova e mais quente estrela terminará antes mesmo de começar. Ela para e se vira. — Ela se foi, — diz ela baixinho e em voz baixa. — Seu apartamento foi esvaziado ontem. — Mais mentiras, — eu assobio. — Os paparazzi acamparam em seu apartamento, e se ela aparecesse, sairia nos jornais. Ela sacode a cabeça. — Não acredite em mim, vá ver por si mesmo.
Os caras levaram vinte e sete minutos
para limpar o
apartamento dela. Ela nunca apareceu. — Ela se vira e agarra a maçaneta da porta. — Ela também não foi demitida; ela largou o emprego no jornal no dia seguinte. — Essa é a última coisa que ela diz antes de bater a porta. — Larry, — eu me viro para ele — Eu quero tudo arranjado, no caso de Cassie tentar me foder. — Ele apenas acena para mim e, em seguida, pega suas coisas, saindo. — Você precisa ficar bêbado, — diz Edward. — Eu vou pegar uma garrafa de alguma coisa. — Pegue duas, — diz Ryan. — Eu preciso ficar bêbado também. — Edward balança a cabeça e sai da sala. — Cassie estava certa, — ele
sussurra. — Ela se foi. — Eu olho para ele, e ele volta a se sentar em sua cadeira. — Estava pesquisando
também. Stephanie me ligou,
tentando saber se eu tinha notícia de Jessica para cuidar da parte da imprensa. — Stephanie? A mesma Stephanie que publicou a porra da história e a fodeu? — indico. — Ela sumiu do nada e não tinha ninguém com ela. — Ela tinha pelo menos uma pessoa apoiando ela, — diz ele, e Edward retorna com duas garrafas de uísque e três copos. Ele derrama dois dedos de líquido âmbar em cada copo, e eu pego o meu, bebendo-o em um gole, ignorando a queimação. Ryan faz o mesmo. — Ela tinha que ter uma pessoa para ajudá-la a sair de Nova York sem deixar vestígios. — Avião particular, — diz Edward, tomando sua própria bebida. Os últimos quatro dias refletem em todos nós. — Ela deve ter usado um avião particular. Eu pego meu telefone e ligo para Donnie, que responde imediatamente. — Você verificou aviões particulares saindo de Nova York? — Eu espero que ele responda. — Sim, verifiquei, e não há registro dela, — diz ele, e eu ouço jornais sendo embaralhados, — cinco aviões decolaram naquele dia. — Eu coloquei meu telefone para o lado e digo aos caras. — Quantos passageiros em cada avião? — Ryan me pergunta, e eu pergunto a Donnie. — Cinco, seis, dez, dois e um. — Minha mente começa a andar em círculos. — Aquele com apenas uma pessoa era para Kellie Taylor. — A estrela da música? — Eu pergunto a ele. — Isso não faz sentido. Ela não estaria viajando sozinha. — O voo saiu de Nova York e foi para Montana, — ele me diz. — Dê-me trinta minutos e eu te ligo de volta. — Ele desliga o telefone, e eu olho para Ryan. — O que você sabe sobre Kellie Taylor?
— Ela está em turnê, — ele começa a dizer. — Bem, ela estava em turnê. Ela acabou de terminar sua turnê. — Você tem o seu número? — É bebo um longo gole, mas é o único que eu tenho. — Você sabe que eu não posso te dar isso, — ele diz e então vê meu rosto, — mas eu posso dar um telefonema e ver o que posso fazer. — Eu aceno, tomando outra dose de uísque enquanto Ryan se levanta. — Se esta pista se concretizar, você realmente quer aparecer bêbado? — Se isso acontecer, nem um exército me impedirá de chegar até ela, — digo a ele, tomando outro gole do uísque. — Eu odeio dizer que Ryan está certo, mas, — Edward diz, — se ela está lá, você acha que ela vai querer você bêbado? — Se ela ainda me quiser, — murmuro baixinho. Eu sacudo minha cabeça. — Eu estraguei tudo. — Eu olho para Edward. — Eu sabia que Cassie estava cruzando a linha quando se tratava de Jessica, mas eu nunca... — Eu balanço minha cabeça. — Eu nunca pensei que ela faria o que fez. — Ela é apaixonada por você há treze anos. — Ele joga a cabeça para trás e ri quando eu olho para ele com a boca aberta. — Você tinha que saber. — Do que diabos você está falando? — Eu assobio. — Ela trabalhava para mim. Eu nunca. — Eu sei que você nunca faria — ele toma um gole de uísque — mas ela estava apenas esperando você enxergá-la. — Eu não tenho a chance de responder, porque Ryan volta para a sala. — E? — Minhas mãos ficam úmidas, minha boca repentinamente mais seca do que o deserto no verão. — Bem, me disseram para ir se foder. — Ele ri, sentando-se. — Então eu fui ameaçado que se eu aparecesse lá, ela iria atirar nas minhas bolas e me servir de alimento aos seus cachorros. — Eu acho que a amo, — Edward diz com um sorriso, tomando um gole de água.
— Fica melhor. — Ele ri agora. — Ela disse que se você aparecesse, — ele aponta para mim, — ela atiraria em você no pé, mas apenas um. — Ele ri em sua bebida. — Então você morreria como se tivesse se cortado com papel. Eu empurro a mesa, a cadeira voando para trás quando corro para subir as escadas para pegar minhas chaves e minha carteira. — Onde diabos você está indo? — Ryan me pergunta, encontrando-me na parte inferior dos degraus e arrancando as chaves das minhas mãos. — Você acabou de beber meia garrafa de uísque, e não importa o que Kellie diga, ter você morto agora não será um serviço para a América. — Eu tenho que ir até ela, — eu digo a eles, tentando pegar minhas chaves dele. — O que você precisa fazer é se acalmar, — diz ele. — Você precisa tomar banho. — Ele faz uma careta. — Vou preparar um avião e você pode ficar sóbrio. — Ela está lá, — eu sussurro. — Ela está mesmo lá? — Eu acho que sim, — diz Ryan, — mas chegar até ela não vai ser fácil. — Eu aceno, em seguida, faço o meu caminho para o andar de cima. Tomar banho me deixa sóbrio, e eu corro minhas mãos pelo meu cabelo. Eu pego meu jeans preto e uma camisa cinza, abotoando, exceto os três primeiros botões. Eu coloco minhas botas pretas, então pego minha jaqueta e desço as escadas. Entro na cozinha e vejo que Ryan é o único ali. — Edward foi embora. Ele disse para não foder tudo. Ele também disse que seus pais ligaram para você quinze vezes, e seu pai disse que, se você não ligar de volta, ele vai pegar um avião. Pegando meu telefone dele, eu aceno quando uma manchete entra e olho para Ryan. Tyler Beckett extorquindo seu círculo íntimo. — Essa foi a mesma pessoa que divulgou a história sobre mim e Jessica, — digo a ele, e finalmente se encaixa no lugar. — Oh meu Deus. — O quê? — Ele me pergunta.
— Eu não sei por que não coloquei dois e dois juntos antes. Essa é uma das melhores amigas de Cassie. — Eu balancei minha cabeça. — Filha da puta. — Não importa, — diz ele enquanto saímos de casa. Um Escalade preto espera por nós com Joseph ao volante. Eu entro depois de Ryan, e nós decolamos. — Eu aluguei uma casa para você ao lado de Kellie. — Eu aceno, em seguida, envio ao meu pai um texto dizendo que eu vou chamá-lo hoje à noite. — Faça o que fizer, por favor, não seja preso. — Eu não estou fazendo nenhuma promessa, — eu digo a ele e desligo meu telefone. — Eu não vou sair de lá até que ela fale comigo. — O resto da viagem é tranquila, e eu olho pela janela quando o avião finalmente decola com apenas eu nele. Um carro alugado está pronto quando aterrisso, e coloco o endereço no GPS e me dirijo até ela. Eu começo a ficar ansioso, meus polegares batendo no volante enquanto desço a estrada de terra. Cercas de madeira junto com grandes árvores. Eu vou até a casa e vejo quatro carros estacionados na entrada em círculo. O barulho dos cascalhos sob os pneus torna impossível para eles não saberem que estou aqui. Eu desligo o carro, saindo e batendo a porta. Eu ando em direção aos degraus, mas paro quando a porta da frente se abre e um homem sai. Ele está usando jeans e uma camisa com um olhar ameaçador no rosto. Ele deve ter um metro e noventa e quatro — Seria de seu interesse se virar e sair. — Sua voz é firme enquanto ele fica no topo da escada, bloqueando a porta. Eu sacudo minha cabeça. — De homem para homem, minha mulher está aí, e nada vai me afastar dela, — eu digo. — Você provavelmente poderia me derrubar — ele sorri — mas, no final, só haverá um resultado e vou falar com a minha garota, não importa o que aconteça. — É isso mesmo? — Ele pergunta, cruzando os braços sobre o peito. — Acho interessante que você apareça aqui quatro dias depois. — Eu não sabia onde ela estava, — digo a ele. — No minuto em que descobri, vim direto para cá.
— A diferença entre um homem e um menino é a capacidade de proteger o que é dele. — É um tiro barato, mas é verdade. — Você não foi capaz de fazer isso, foi? — Você não tem ideia do que está falando, — digo a ele. — Oh, confie em mim, eu sei do que estou falando porque tive que carregar uma mulher que não podia andar sozinha. — O pensamento dispara através do meu coração. — Uma mulher forte e independente que agora anda com a cabeça baixa e os ombros caídos, mas ela é forte, então vai voltar a se erguer. — Eu não respondo por que ouço a porta atrás dele abrir e fechar. Meu coração acelera, pensando que poderia ser ela, e nesse momento eu pegaria qualquer coisa que ela tivesse para me dar. Apenas olhar nos olhos dela por um minuto. Mas uma vez que a figura avança, vejo que não é ela, mas Kellie. Ela caminha para o lado do homem e olha para mim. — Bem, bem, bem, — ela diz, — olhe o que o gato arrastou de Hollywood até aqui. — Seu sotaque sulista saiu. — Você não é bemvindo aqui. Eu sacudo minha cabeça. — Eu não vou sair daqui até vê-la, — eu finalmente digo. Eu já tive o suficiente. — Os últimos quatro dias têm me matado. — Eu engulo agora. — Eu só preciso vê-la, ter certeza de que ela está bem. — Ela não está bem. Nada sobre esta situação fodida fará com que ela se sinta “bem”, como você diz. — Kellie desce as escadas, o cara a seguindo. — Ela não comeu em quatro dias; sua vida foi virada de cabeça para baixo, — diz ela, indo de igual para igual comigo. — Eu também sei que você é o único que pode consertá-la. — Ela cruza os braços sobre o peito. — Ela vai ficar chateada. Eu aceno com a cabeça. — Ela tem todo o direito de estar. — Eu tenho a sua palavra que, se ela disser para você ir, eu quero dizer, realmente te disser para ir, que você partirá e sairá da porra da minha propriedade, não importa o quanto isso te machuque.
Eu não quero concordar com isso. Eu não quero lhe dizer que se ela realmente quiser que eu vá, irei, mas tenho que fazer isso. — Você tem minha palavra. — Ela está lá atrás onde fica sentada, se ela não estiver dormindo ou chorando. — Ela cava a faca mais fundo. — Siga em frente até os fundos. Subindo os degraus, abro a porta e corro através da enorme casa de campo, parando na porta do lado de fora. Ela está sentada em uma cadeira
branca com os pés enrolados debaixo dela, olhando para as
montanhas. Um olhar para ela e meu coração finalmente começa a bater normalmente. Eu só rezo para que seja qual for o resultado, meu coração continue a bater e não seja quebrado em um milhão de pedaços.
26 Jessica Parece
que
Tyler
deu
um
chute
na
sua
assistente. Aparentemente foi ela quem vazou a história. Eu olho para a distância nas montanhas cobertas de neve. A brisa está começando a chegar, então coloco meus pés embaixo de mim. Durante quatro dias, se eu não estivesse na cama, estava aqui fora. Em quatro dias, a vida como eu conhecia tinha acabado. No dia seguinte em que acordei do pesadelo, redigi minha carta de renúncia. Eu não esperava que Stephanie respondesse, mas ela fez, e ela estava realmente com raiva de mim por apenas sair sem aviso prévio. Meu telefone nunca parava de tocar e, em determinado momento, não consegui aguentar e desconectei a linha. Não havia razão para tê-lo mais. Eu sentei com Kellie, dizendo-lhe como eu teria que voltar e de alguma forma enfrentar a todos. Eu ouvi de Mary, que disse que tentou ir ao meu apartamento, mas pelo menos vinte paparazzi estavam esperando à distância. Então Kellie fez o que sabe fazer; ela fez merda acontecer. Bem, não apenas Kellie, mas Brian também; a empresa de segurança para a qual ele trabalha embalou e saiu, acho que eles disseram vinte e cinco minutos. Agora minhas coisas estão em sua garagem em Calabasas, esperando que eu descubra aonde vou a seguir. Recusando-me a pensar nisso, envolvo minhas mãos em volta do meu estômago quando outra brisa fresca vem. Este suéter e cachecol finos estão ajudando um pouquinho. Eu ouço a porta dos fundos abrir e fechar, mas não me viro. Espero que Kellie me traga café. Nos últimos quatro dias, tudo o que ela tem feito é garantir que eu não entre em colapso. Ela continua cozinhando e enviando Brian para buscar
comida. Eu ouço o barulho de pedras sob seus pés. — Você sabe, eu poderia me acostumar com a tranquilidade aqui. Acho que quero comprar uma casa aqui. — Se você me der uma chance, eu vou te comprar o que você quiser. — Eu ouço sua voz e pisco os olhos. Não pode ser. Ninguém sabe que estou aqui, nem mesmo minha família. Eu balanço minha cabeça, não tenho certeza do que está acontecendo. Talvez eu esteja alucinando. Minha cabeça vira para o lado em câmera lenta, e seu rosto aparece. Meu coração começa a bater mais rápido do que nunca. Eu me viro e fico em pé. Ele não se move, e eu olho para ele, e nada, nada é como eu pensei que fosse. As memórias dele não são nada como a coisa real. Seus olhos são mais escuros do que nas minhas memórias. — O que você está fazendo aqui? — Minha voz treme enquanto faço essa pergunta. Eu tento acalmar meu coração, mas é como se a dor me rasgasse de novo. A queima agora coçando meus olhos, as lágrimas prontas para voltarem. Hoje, passei três horas inteiras sem uma lágrima caindo. Eu olho para ele. Ele é lindo, mas não é nada novo. Afinal, ele é o menino de ouro de Hollywood. — Eu estaria aqui antes se soubesse que você estava aqui. — Eu não estava pronta para o som de sua voz e o que faria. Eu estou em pé. — Talvez essa devesse ser sua primeira pista de que eu não queria ver você. — Minhas mãos começam a tremer agora, então eu as uno na minha frente. — Jessica. — Meu nome em seus lábios é demais, e eu balanço minha cabeça quando ele vem para frente enquanto uma lágrima desce pela minha bochecha. — Por favor, não faça isso. — Eu firmo minha voz, engolindo, mas meu lábio inferior tremendo. — Deixa ficar assim. Deixe-me só. — Como? — Ele pergunta, sua voz trêmula agora. — Como posso deixá-la só quando não posso respirar sem você? Como posso deixá-la ficar aqui quando metade da minha alma está faltando quando não estou perto de você? Diga-me como, Jessica, e deixarei você e nunca
mais voltarei. — Ele não me dá uma chance de responder, e não acho que eu teria de qualquer maneira, porque se falasse, o soluço que estou tentando segurar teria rugido de mim. — Eu nunca vou me perdoar por colocar você nessa posição. Nunca. — Seus olhos se enchem de lágrimas, e com um piscar de olhos elas rolam por suas bochechas. A necessidade de ir até ele e secá-las é tão forte que não posso parar. Minhas mãos coçam para tocar seu rosto, esfregar seu queixo e sua bochecha, mas algo me impede. Seja medo, mágoa ou raiva, é maior que eu. — Eu tirei aquela foto para mim sem nem te dizer naquela manhã em Paris depois daquele desastre no tapete vermelho. — Eu engulo enquanto o vejo derramando seu coração para mim, seu peito subindo e descendo. — Eu acho que foi então que soube que estava apaixonado por você, — diz ele, e eu suspiro agora. Minha mão cobre minha boca, tentando parar o soluço que me rasga. — Eu não posso fazer isso, baby. — Ele balança a cabeça. — Eu não posso não ir até você e não tocá-la quando tudo o que você fez desde que começamos isso foi absolutamente completo. — Eu fico na frente dele com as duas mãos no meu rosto, tentando não soluçar, tentando respirar através da dor quando sinto seus braços em volta de mim. Meu rosto empurra em seu peito enquanto meu corpo treme com soluços. — Eu sinto muito. — Eu sinto suas mãos no meu cabelo, seus lábios na minha testa. Não sei quanto tempo fico aqui com seus braços em volta dos meus ombros. — Tem sido uma tortura, — ele sussurra, — pura tortura. Não dormi em quatro dias. — Tyler, — eu finalmente digo, saindo de seus braços quando minha respiração volta ao normal, ou quando eu paro de respirar pesadamente. — Toda a minha vida se desfez. E não estou brincando sobre isso. Eu respiro. — Eu perdi meu emprego e agora eles estão me processando. Eu não posso voltar para o meu apartamento. Eu fui arrastada pela lama, para dizer o mínimo. Eu tive minha vida exposta e tudo porque você tirou uma foto nossa e alguém hackeou seu telefone.
— Não, — ele diz, e eu paro de falar. Não pode ser. Ele não poderia ter feito isso. — Você não deve ter visto o mais recente. Foi a Cassie. Eu descobri esta tarde e a demiti. — Aquela puta do caralho, — eu assobio, com raiva agora. — Essa puta do caralho, — eu repito. — Eu deveria saber. — Não, — ele balança a cabeça — Eu deveria saber. Ela passou por cima da linha quando se tratava de você, e eu simplesmente não vi. — Ele pega minha mão na sua, seus dedos esfregando meus dedos. — Eu sei que estar comigo vai ter suas desvantagens, e vai ser um pesadelo, para dizer o mínimo. A imprensa vai assombrá-la, mas isso é apenas uma pequena parte de mim. A outra parte de mim é o meu verdadeiro eu; Aquele que levou você naquele passeio de motocicleta, aquele que remou o barco e te alimentou com sushi, aquele que te apresentou aos pais dele. — As memórias estão voltando. — Sou aquele que acordou com você todas as manhãs. Aquele que segurou sua mão enquanto andávamos por Paris, aquele que estava na cama com você assistindo Dateline. Isso é quem eu realmente sou. — Eu não sei se posso, — digo a ele honestamente. — Eu não sei se posso fazer isso. Ele acena com a cabeça para mim. — Eu entendo. — Ele traz minha mão à boca. — Obrigado, Jessica, por me dar os melhores trinta dias que eu já tive. — Ele deixa cair a minha mão. — Fique bem, Jessica. — Ele sorri para mim, o sorriso não alcançando seus olhos, e ele se vira e se afasta de mim. Eu o vejo subir o degrau e passar pela porta, a janela fazendo barulho quando ele fecha a porta. Eu não sei quanto tempo eu assisto a porta, mas a próxima pessoa a sair é Kellie. — Você está bem? — Ela pergunta, e eu balanço a cabeça. — Sim, ele estava praticamente destruído quando saiu. — Sim. — Eu me inclino agora, colocando minhas mãos em meus joelhos. Minha respiração se torna irracional quando tenho um ataque de pânico no meio do quintal dela. — Ele disse que me amava e eu o mandei embora.
— Bem, obviamente, ele ama você, — ela me diz, e eu olho para ela. — Você deveria saber que ele te ama quando ele apareceu aqui. — Ela sorri para mim. — Querida, você está no meio de Montana. Não havia como saber onde você estava, a menos que estivesse procurando por você. Ele teria que conseguir todos os contatos para rastreá-la. — O quê? — Estou confusa com as palavras dela. — Ele descobriu que você estava aqui há dois, talvez três horas atrás. — Eu me levanto. — É um voo de duas horas. — Kellie, minha vida foi destruída por isso. — Não, — ela diz, — sua vida não foi destruída porque você ainda está aqui. — Ela vem até mim agora, me abraçando. — Eles tentaram destruir você, mas tudo o que fizeram foi torná-la mais forte. — Eu não me sinto forte. Eu me sinto derrotada. Eu sinto que estou no fundo do poço e mal consigo ver a luz. Eu não tenho uma merda de trabalho, — eu grito. — Você odiava o seu trabalho, — ela grita de volta para mim. — Talvez fosse o que você precisava para seguir em frente. — Meu rosto está em todas as capas de revistas nos Estados Unidos, — digo a ela, — e não de um jeito bom. — E na próxima semana, vai estar no fundo de uma gaiola de pássaros com merda. — Ela joga as mãos para cima. — Ele é o Playboy de Hollywood por uma razão, mas ele veio aqui e lutou por você. Ele não apenas lutou por você, mas também ameacei matá-lo. — Você o quê? — Perguntei chocada, meus olhos enormes. — Aqui em Montana, você tem grandes armas, melhor amiga. A decisão é sua e de mais ninguém, mas espero que você saiba o que está jogando fora porque às vezes encontrar amor não é tão fácil. — Ela aperta meu ombro com uma mão e me deixa sozinha com meus pensamentos. Eu olho para a distância, a calma das montanhas, a brisa leve. Meus braços envolvem meu estômago, tentando tirar o frio dos meus ossos. Eu me viro e caminho de volta para dentro e paro. Ele está lá de pé no topo da escada olhando para mim, seu rosto devastado pela dor.
— Tyler, — eu sussurro. — Eu saí, — diz ele. — Eu entrei no carro, e pensei que estava tendo um ataque cardíaco. — Ele esfrega o peito com o punho. — A dor era tanta que não aguentei. — Eu dou um passo à frente para ir até ele, e ele levanta a mão. — Eu sabia que tinha que voltar porque eu não tinha acabado de lutar por você. — Ele começa a descer os degraus enquanto ele fala. — Diga-me que você não sente nada por mim. — Seus olhos perfuraram em mim. — Diga-me que quando eu saí, seu coração não doeu como o meu. — Eu engulo agora, minha garganta seca, quando ele desce o último degrau. — Diga-me que os últimos quatro dias não foram os piores da sua vida. — Ele está na minha frente. — Diga-me que quando eu segurei você em meus braços agora, você não sentiu isso. — Ele olha nos meus olhos. — Diga-me que quando você estava em meus braços, você não sentiu que tudo ficaria bem porque finalmente estávamos juntos. Eu olho para ele, observando seu rosto e os círculos sob seus olhos
que
combinam
muito
com
os
meus. Eu
olho
para
a
preocupação. Eu olho para seu peito subindo e descendo, porque tenho certeza que seu coração está batendo tão rápido quanto o meu. — Eu não posso, — eu finalmente sussurro, e agora sou eu quem o toca primeiro. Minhas mãos deslizam dentro de sua jaqueta para enrolar em torno de sua cintura e empunhar sua camisa. — Eu não posso te dizer nada disso porque eu estaria mentindo. — Eu pisco, e quando a lágrima cai sobre a minha bochecha, a mão dele sobe e pega em seu polegar. — Eu passei por tantas emoções nos últimos quatro dias. Eu estava com raiva que o nosso segredo estava revelado. Eu estava chateada que deixei as pessoas e suas opiniões importarem para mim. Fiquei horrorizada e desgostosa que um momento particular entre nós foi transformado em algo sujo. Mas o mais importante, eu estava com medo. — Eu levo um segundo para tentar encontrar as palavras certas. — Eu estava com medo disso... que você se sentisse do jeito que os jornais diziam. Eu estava com medo de que você estivesse apenas jogando. Eu estava com medo de sentir todas essas emoções por você, e
você não sentir nada por mim. — Eu olho para ele, finalmente vendo que estava errada. — Jess, — ele sussurra, sua testa descendo para a minha. — Eu te amo, — eu finalmente digo. — Eu não vou deixar o medo ganhar desta vez, e não vou deixar o medo me impedir de dar o maior salto que já dei na minha vida. — Uma das minhas mãos vai para o centro de seu peito, e eu sinto seu coração batendo. Quando pisco meus olhos, ele abaixa seus lábios nos meus e meu coração começa a bater no ritmo dele.
27 Tyler Tyler visto com sua nova namorada. Eu me afastei dela, mas quando cheguei na metade da entrada da garagem, sabia que tinha que voltar, e porra, eu estava feliz por isso. Acabamos de dizer adeus a Kellie e Brian, e ela está no caminhão ao meu lado enquanto dirijo para a casa que Ryan alugou para mim. Agarrando a mão dela na minha, eu a levo aos lábios e olho para ela, sem dizer nada. Eu apenas a observo enquanto tomo a estrada sinuosa que leva à casa, sem ter certeza do que esperar. Eu também não dou a mínima se é um galpão sem eletricidade. Enquanto ela estiver comigo, podemos suportar qualquer coisa. Ela segura minha mão em seu colo, ambas as mãos em volta da minha que está sobre o console central. — Você está com fome? — Eu pergunto a ela, e ela apenas balança a cabeça. — Você tem certeza? — Sim. — Ela olha para mim, sorri, e depois olha pela janela. — Talvez mais tarde, — ela murmura baixinho. Eu viro para o endereço que ele me deu, e ela se vira em seu assento. — Quanto tempo você ficará aqui? — Por quanto tempo você quiser estar aqui. Eu estava esperando que pudesse talvez convencê-la a vir e ficar comigo no rancho perto de meus pais. — Eu pergunto a ela e acho que talvez seja muito cedo demais. Eu deveria dar pequenos passos e lentamente me acalmar. — Podemos ir para lá? — Ela me pergunta, e eu olho em seus olhos. — Estou muito cansada de viver com uma mala. Eu quero apenas dormir na mesma cama por mais de três dias. — Ela se cala quando eu pego no telefone e ligo para Ryan.
Ele responde após o primeiro toque. — Eu realmente espero que isso não seja uma chamada da prisão. — Eu ri agora, a pressão do meu peito quando eu olho para ela. — Não, mas eu preciso de mais um favor. — Eu acho que você está fora dos limites de favores. — Ele ri. — E agora? — O avião ainda está aqui? — Eu pergunto, esperando que seja foda. — Agora, não me entenda mal, eu sempre soube que você pegaria a garota de volta, mas mantive o avião esperando por precaução. — Eu vou estar lá em trinta minutos, — digo a ele, e ele desliga. — Vamos para casa. — Eu faço o caminho de volta para o campo de pouso. Eu pego sua mala do carro depois que estaciono no lugar exato de onde o tirei. Eu rolo sua mala com a mão esquerda e envolvo meu braço direito ao redor de seu ombro, virando-me para beijar sua têmpora. O atendente do aeroporto pega sua bolsa quando nos aproximamos do pequeno avião parado com as escadas para baixo. — Isso é menor do que estamos acostumados. — Isso significa que não há uma cama? — Quando ela pisca para mim, eu olho para baixo e rio. — Eu estava brincando. Você sabe disso, certo? — Eu estendo minha mão para ela subir os degraus antes, e ela o faz. Entrando depois dela, eu me sento na cadeira em frente a ela e, em quinze minutos, estamos percorrendo a pista. Uma vez no ar, eu pego meu telefone e mando uma mensagem ao meu pai para ele saber que estamos a caminho. — A que horas vamos pousar lá? — Em vinte e cinco minutos. — Seus olhos se arregalam. — Minha fazenda fica no sul. É uma viagem de cinco horas, mas um voo de vinte e cinco minutos. — Meu telefone apita. — Mamãe quer saber se você está com fome. — Eu vejo a preocupação em seus olhos. — Eu não contei nada a eles, — eu asseguro a ela. — Eu só falei com meu pai uma vez, e ele estava pronto para vir e chutar minha bunda.
— O que vamos dizer? — Ela me pergunta agora, recostando-se no banco. — Como nós lidaremos com isso? — Normalmente, não falo sobre rumores. Você sabe disso. — Eu respiro fundo. — Mas você me diz o que você quer fazer, e nós faremos isso. — Eu não posso acreditar que vou dizer isso, — diz ela, esfregando o rosto com as mãos, — mas a única coisa que podemos fazer para que isso vá embora é dar uma entrevista. — Ela geme. — E se você me entrevistar? — Eu pergunto a ela, e ela apenas olha
para
mim. —
Ouça. Nós
podemos
fazer
uma
entrevista
conjunta. Você me faz perguntas; Eu te faço perguntas. Obviamente, vamos escrever as perguntas juntos. — Quero dizer, não é a pior ideia. — Ela bate no braço da cadeira com o polegar. — Mas se fizermos isso, tem que ser feito rapidamente. — Podemos pedir ao Ryan para organizar. Ele pode juntar com o lançamento do filme. — Quando você irá para a Austrália? — Eu sei que ela provavelmente vai surtar, então eu me preparo. — Eu não vou, — eu digo, e não estou errado. Ela grita. — O que você quer dizer com você não vai? Sim, você vai... — ela diz, sua voz ficando mais alta, tão alta que eu nem percebi que estávamos pousando. — Eu parei quando toda essa merda aconteceu. Ryan não ficou feliz com isso, mas vai viver. — O avião para. Eu solto o cinto de segurança e estendo minha mão. — Vamos lá. Você pode gritar comigo em casa. — Nenhuma razão para gritar. Você vai. — Ela pega minha mão, e quando saímos do avião, a caminhonete do meu pai está esperando por nós. Ele está encostado na frente do caminhão, com as pernas cruzadas e os braços sobre o peito. — Ei, — eu digo, indo até ele e abraçando-o enquanto ele me bate nas costas. — Bem-vindo a sua casa, filho, — diz ele, batendo no meu ombro. — Ei, linda. — Ele caminha até Jessica, inclinando-se para
beijá-la na bochecha e abraçá-la com um braço. — Vamos fazer com que vocês se alimentem. Jessica sobe na traseira do caminhão e eu me sento na frente com meu pai. Nós realmente não conversamos até chegarmos em casa. — Eu deveria avisá-lo. — Ele se vira, olhando para mim. — Sua mãe... — Oh meu Deus! — Eu ouço minha mãe gritando da porta da frente, de pé na varanda. — Entrem agora, — ela diz em sua voz de professora. — Como eu estava dizendo, sua mãe... — Ele começa, e depois nós a ouvimos novamente. — Frank, não me faça descer aí! — Ela grita, e Jessica abre a porta traseira sem esperar. — Oh meu Deus, ela está aqui. — Eu olho para a minha mãe agora que coloca a mão em sua boca, descendo os degraus para abraçar Jessica. Ela agarra o rosto nas mãos e diz algo para ela. — Eu vejo que você escolheu um lado, — meu pai diz do meu lado, enquanto assisto a minha mãe e Jessica se virar e, em seguida, andar de volta para a casa. — Eu não escolhi um lado, — digo ao meu pai, pegando a alça. — O lado me escolheu. — Onde isso deixa Cassie? Eu sei o que eu li nos jornais, mas onde isso a deixa? — Ele me pergunta, e dou de ombros. Mas ele olha para mim com preocupação porque é isso que os pais fazem. — Foi ela, pai. — Ele sussurra, e eu sei que tenho que continuar. — A foto que vazou veio de Cassie quando ela pegou meu telefone. Eu confiei nela e ela me traiu. — Eu quero dizer que estou surpreso, — diz meu pai, — mas não estou. — Ele abre a porta agora. — Temos que contar para sua mãe. Eu não contei a ela; ela está evitando a televisão e os jornais desde que a foto vazou. Que ele não vai guardar isso dela não é uma surpresa. — Eu sei. — Eu saio e subo os degraus com ele, me preparando para o que está
por vir. Andando direto para a cozinha, vejo Jessica sentada no banquinho rindo com minha mãe, segurando um copo de vinho na frente dela. Ela olha para mim quando eu paro na cadeira dela. — Ei. — Seus olhos brilham de novo, e seu sorriso ilumina todo o seu rosto. Eu me inclino e beijo seus lábios. Não é um beijo rápido, mas nada que eu não deveria estar fazendo na frente dos meus pais. — Você está bem? — Eu estou agora, — ela sussurra e envolve o braço em volta da minha cintura. Durante o resto da noite, nos sentamos e conversamos com meus pais, até que a vejo tentando esconder quatro bocejos de um lado para o outro. — Ok, — eu digo, levantando-se, — temos que ir. — Olho para Jessica, e ela apenas balança a cabeça quando se junta a mim. — Eu mandei a mala para sua a casa, — diz meu pai quando caminhamos em direção à garagem, — e trouxe seu carrinho de golfe. — Eu sabia sem perguntar que ele faria isso. Minha mãe abraça Jessica e faz planos para vê-la amanhã. Eu beijo meus pais, me despeço e depois vamos para minha casa. Eu nunca trouxe ninguém aqui. É meu e só meu. Um santuário da sorte. Eu construí e escolhi tudo, tornando meu esconderijo. As luzes dentro da casa estão acesas, bem como a próxima à porta da garagem. Eu aperto o botão do controle sobre a minha cabeça e entro na garagem, estacionando ao lado da minha picape. — Vamos, — eu digo, saindo do carrinho de golfe e fechando a porta da garagem atrás de nós. Subimos três degraus até a sala de lama4. — Você quer ver a casa agora, ou podemos fazer isso amanhã? — Eu só quero uma cama, — ela diz honestamente, e eu aceno para ela. Tomando sua mão, ando pela cozinha branca, apagando as luzes atrás de nós. A casa tem um conceito de piso aberto, então a grande sala pode ser vista da cozinha. Eu atravesso da sala até o quarto principal, desligando a luz atrás de mim. Entramos no meu quarto e não é nada chique. O espaço é grande com pisos de madeira marrom 4
Muitas casas suburbanas americanas têm uma sala de lama, uma entrada ocasional, geralmente secundária, destinada a ser uma área para remover e armazenar calçados, roupas e roupas molhadas antes de entrar na casa principal .Além de fornecer espaço de armazenamento , uma sala de lama serve para aumentar a limpeza de uma casa .
escuro. As paredes são pintadas de cinza claro, o teto é de madeira e pintado de branco. Iluminação suave está por todo o quarto, e uma cama king-size fica no meio entre duas grandes janelas. — Eles devem ter colocado sua mala no closet, — eu digo, andando para a direita e acendendo a luz do meu closet. Lá no meio está sua mala. As únicas roupas que tenho aqui são jeans, camisetas, blusas, um terno, por via das dúvidas, — Eu preciso de um banho. — Ela vai até a mala e se senta no chão, abrindo sua bagagem. Ela se move para pegar sua bolsa de higiene e uma camiseta branca. — Eu vou apenas checar e ter certeza de que tudo está trancado, — eu digo a ela e beijo seu pescoço quando ela tira o grande lenço que estava usando. Ela acena para mim, então entra no banheiro, e eu a ouço ligar a água. Eu verifico a porta dos fundos e fecho as persianas. Repito a mesma coisa em toda a casa, e quando volto para o quarto tiro a camisa e o jeans, jogando no cesto do closet. Quando eu entro no banheiro, ela está prendendo a toalha em volta do peito, o chuveiro ainda correndo atrás dela. — Eu deixei a água quente para você, — diz ela, indo até a pia dupla. Sua bolsa de higiene está aberta no balcão com as coisas derramando fora dela. Eu tiro minha cueca e entro no chuveiro, girando um pouco mais a água fria. Eu a vejo enquanto ela se prepara para dormir. Mesmo que seja algo que ela já fez na minha frente antes, é uma pequena coisa que senti falta. Ela sai do quarto e eu desligo a água, pegando uma toalha branca do baú marrom ao lado do chuveiro. Eu a envolvo em volta da minha cintura e pego outra para o meu cabelo. Eu saio do banheiro e a visão me para. Ela está puxando as cobertas em nada além de uma das minhas camisetas. Ela não está usando lingerie extravagante; não está enfeitada e glamorosa. Seu cabelo está empilhado em cima da cabeça e seu rosto está limpo. — Eu acho que vou dormir por uma semana. Eu ando até a cama e ela se deita, olhando para mim. — Eu sei como você se sente. — Eu deixo cair à toalha e vou para a cama com
ela; os lençóis frios quase me fazendo gemer. Eu me viro para ela, agarrando-a pela cintura. — Venha aqui. — Eu a puxo para mim, e ela vem de bom grado. Eu beijo seus lábios e ela desliza a língua para fora, lambendo meu lábio inferior. Eu finalmente a beijo como quis beijá-la o dia todo. Seus braços vão ao redor dos meus ombros e o beijo se aprofunda. Sua perna engata sobre o meu quadril, e eu a rolo, ficando em cima dela. Segurando sua cabeça em minhas mãos, coloco meu peso em meus braços. — Eu senti sua falta, — eu digo entre beijos, — muito. — Ela não diz nada, apenas geme e toma meus lábios novamente. A necessidade de tê-la nua me faz ficar de joelhos enquanto olho para ela. Seus olhos estão claros, um verde claro, suas bochechas rosadas, seu peito subindo e descendo. — Você está
com a minha
camiseta. — Eu pego a bainha da minha camisa, e ela levanta para que eu possa tirá-la dela. Quando me inclino e beijo sua barriga, seu estômago treme e arrepios cobrem seu corpo. Depois de beijos por todo o caminho, paro em cada mamilo, levando-o à boca e, em seguida, vou até o pescoço dela. Eu pego meu pau na minha mão e esfrego para cima e para baixo em sua fenda molhada, alinhando-o e afundando nela. Seu pescoço arqueia para trás, me dando acesso total enquanto sua boca se abre em um gemido. Eu chupo o lado do pescoço dela, e as mãos dela sobem ao lado de sua cabeça, as palmas voltadas para cima. Eu pego sua mão na minha enquanto beijo seu pescoço da esquerda para a direita. Subindo e descendo, saboreio o momento, saboreio o fato de têla, e arrepios cobrem seu corpo. — Tyler, — ela sussurra em um gemido, e eu sei que ela gozou, minha boca caindo sobre ela, reivindicando-a. Seus olhos se concentram nos meus agora, e gozo nela. Eu desmorono sobre ela, tentando segurar meu peso, mas falhando. Meu rosto está enterrado em seu pescoço, com suas pernas cruzadas nas minhas costas e as mãos no meu cabelo. — Não se mova, — ela implora, — por favor. — Eu não lhe digo que não poderia me mover mesmo se tentasse. — Apenas deixeme ter isso, — diz ela, seus dedos esfregando minhas costas, e eu não
sei quem adormece primeiro. De qualquer forma, não a deixo ir. Mesmo à noite, nunca nos afastamos um do outro.
28 Jessica Finalmente, uma declaração da nova namorada de Tyler. Piscando meus olhos lentamente, vejo a luz do sol entrando no quarto. Estou de costas e as cobertas estão no meu pescoço. Eu olho e vejo a parte de trás da cabeça de Tyler. Eu me estico, me virando e saindo da cama, tomando cuidado para não acordá-lo. Vou até o banheiro e lavo meu rosto com água. Andando até o closet dele, verifico se ele tem um roupão, mas não tem. Eu pego uma calcinha e tiro uma camiseta de um dos cabides, colocando-a sobre a cabeça. Eu saio e vejo que ele ainda está dormindo. Fecho a porta suavemente para não acordá-lo. Eu ando até a cozinha e olho em volta. A cozinha em forma de U tem todos os armários brancos com bancadas de mármore branco e cinza, dando um toque aconchegante. O piso de madeira escura faz com que o branco se destaque. Uma enorme ilha no meio da cozinha tem oito bancos em volta com um grande vaso de flores amarelas no meio. Vou até a pia e olho pela janela, e o cenário é de tirar o fôlego. Tudo que vejo é verde e montanhas em todo lugar. Nenhuma outra casa. À esquerda tem uma piscina no terreno e o que parece ser um alpendre coberto. Eu me viro, caminhando até a cafeteira, e procuro seus armários para conseguir o que preciso. Eu não tenho que procurar muito; o café fica armazenado em cima da cafeteira. Eu começo a fazer e vou até a geladeira. A imensa geladeira de aço inoxidável está abastecida, então pego um pouco de leite e faço meu café. Eu olho ao redor, incerta de onde quero tomar o café, quando vejo o canto da cozinha. Enormes janelas de sacada e uma pequena mesa no meio com quatro cadeiras. Deixo meu café na ilha e pego meu computador, ligando-o. Eu decido me sentar na ilha, cruzando as pernas enquanto
tomo um gole de café. Eu abro um documento em branco e começo a digitar. Não o ouço andar atrás de mim, mas sinto seus braços ao redor da minha cintura. — Bom dia, — ele murmura e enterra o rosto no meu pescoço, respirando fundo. — Há quanto tempo você está acordada? — Não muito tempo. — Virando meu rosto para beijar seus lábios, eu digo: — Eu fiz café. Ele acena com a cabeça, soltando-me e vai até a cafeteira preparar uma xícara. — Então eu estava pensando. — Eu olho para ele em short descansando em seus quadris quando ele se inclina para trás no balcão. — Eu escrevi um artigo hoje, e se estiver tudo bem para você, quero publicá-lo. — Seus olhos se estreitam em mim. — Eu não sei onde vou postar. Estava pensando talvez no Instagram ou no meu Facebook; em algum lugar que a mídia vai ver e compartilhar. — Eu olho para ele. — Eu não vou compartilhar isso se você não quiser, mas... — eu sorrio para ele —... se estiver tudo bem com você, também quero compartilhar uma foto nossa de quando fomos ver as flores de cerejeira. — Por quê? — Ele pergunta, colocando sua xícara no balcão atrás dele. — Porque eu quero que as pessoas nos vejam felizes e sorrindo junto. Eu não quero que a única foto de nós seja de um momento privado. — Você sabe que não importa qual foto você colocar lá fora, a outra sempre estará lá, certo? — Algo que eu não preciso que ele me diga, porque sei como funciona. — E que o mundo ama um escândalo, é mais fácil para eles entenderem as fofocas do que a realidade. — Eu sei que independente do que acontecer conosco, mesmo que estejamos juntos por dez anos, essa foto sempre estará lá, mas quero ter outras também. — Se é isso que você quer fazer, estou com você. — Estou surpresa, mas não muito; esse é o verdadeiro Tyler. — Você não quer ler? — Ele balança a cabeça com a pergunta.
— Se você quiser, eu leio, mas não preciso. — Ele vem até mim, e eu viro o banquinho. — Se você precisa fazer isso, então faça. Estou com você, sempre. — Ele fica entre as minhas pernas agora, e eu o beijo, saboreando o café em seus lábios. Ele tira a camisa de cima de mim, depois me pega e se vira para o quarto. — Espere, — eu digo, e ele para no lugar. — Eu quero postá-lo, e então quero que você me leve de volta para a cama. — Ele caminha de volta para a ilha e me coloca de volta no banco. Eu abro meu Facebook e Instagram e posto ao mesmo tempo, anexando nossa outra foto. Aquela em que estamos sorrindo e seu braço está sobre o meu ombro. Fecho o computador e ele me leva de volta para a cama, onde ficamos até tarde. Seu telefone dispara a maior parte do dia, sem dúvida por causa do post da mídia social que agora está tendendo em todo o lugar. Como me apaixonei pelo Playboy de Hollywood Jessica Hawthorn Se alguém me dissesse que ir a uma turnê de trinta dias seria uma mudança de vida, eu teria rido deles e continuado meu dia. O que vou dizer é isso. Eu me apaixonei por um homem que, no final do dia, é apenas um homem, independentemente de seu trabalho. Uma foto privada e íntima foi roubada e distribuída para todos os jornais e publicações on-line, tornando nosso segredo uma coisa suja. E eu já cansei de pessoas tentando dissecar e arruinar isso, então este é o meu comentário sobre a foto. Pediram-me... não, eu retiro isso. Recebi ordens para participar dessa turnê de imprensa, independentemente de como eu me sentia sobre Tyler. Não vou mentir e tenho pessoas que podem confirmar que nós dois começamos com o pé errado. Nós nem sequer tentamos esconder nossa animosidade para com o outro. Eu tentei empurrá-lo para a beira do penhasco, ultrapassando seus limites, e ele tentou me tirar da turnê de imprensa. Eu acho que realmente éramos como duas crianças no playground fazendo birra uma
com a outra. Mas, no final, eu tinha um trabalho a fazer e manteria meu compromisso. Um dia, eu estava correndo na esteira. Eram talvez seis e quarenta e cinco e ele veio correr ao meu lado. Com apenas nós dois na sala, o que eu deveria fazer? Eu olhei e disse bom dia. Acho que recebi um grunhido, nem tenho certeza. Mas pelo menos foi algo, certo? Acho que essa foi a primeira coisa que tivemos em comum, porque ambos acordávamos às seis horas todos os dias para correr na esteira. Todas
as
manhãs,
corríamos
lado
a
lado. Às
vezes
conversávamos, às vezes eu o ignorava ou vice-versa, e então, em algum momento durante aquelas primeiras horas da manhã, o impensável aconteceu. Eu parei de me ressentir sobre ele. Eu assisti ele interagir com os outros com um sorriso no rosto o tempo todo. Assisti ele ficar na fila e assinar autógrafos por horas com seus fãs. Depois que parei de me ressentir, comecei a respeitá-lo. Não é fácil ser ele. A imprensa estava sempre lá tentando pegar todos os seus momentos, pegar quando ele parava de sorrir para que pudessem especular sobre o porquê, pegar um único momento que pudessem relatar, inclusive eu. Ele vive sua vida sob o microscópio, e não sei como ele faz isso com um sorriso no rosto. Dez jornalistas foram convidados para esta coletiva de imprensa e eu esperava que ele interagisse conosco apenas quando precisasse, mas estava errada. Ele entrou no ônibus assim como nós fizemos, e às vezes até carregava sua própria mala. Ele levou os dez para comer os melhores macarrões em uma espelunca. No dia seguinte, ele me levou a um passeio de motocicleta. Ele não era Tyler, o ator, ele era Tyler, o homem, e eu comecei a olhar para ele de forma diferente. Ele não era o ator condescendente que eu achava que era. Ele é atencioso, é gentil, ele é engraçado, é compassivo, ele é divertido, é cortês, e ele é generoso. Ele é tudo isso e mais, e o mais importante, eu posso chamá-lo de meu. Não vou entrar em detalhes de como começamos isso porque é meu e dele, e esses momentos são todos nossos. Nós conseguimos manter isso.
A única coisa que admito é que me apaixonei por um homem e, para
minha
sorte,
ele
sente
o
mesmo
que
eu. Então
aí
está,
pessoal. Como eu me apaixonei pelo Playboy de Hollywood. Não vou mais esconder e não vou negar. Tyler Beckett é dono do meu coração. Cafona, certo? Mas ei, você faz coisas bregas quando se apaixona. Atenciosamente, Jessica No dia seguinte, a postagem ainda estava rodando, e passei o dia desembalando minhas coisas. Tyler se senta na cama vestindo shorts, uma camiseta e um boné de beisebol na cabeça, enquanto passa pelos canais da televisão. — Quando iremos para a Austrália? — Eu lhe pergunto, colocando a cabeça para fora do closet. Estou usando shorts brancos hoje com um suéter cinza. — Em cinco dias, — diz ele, olhando para mim. Ele tentou escapar, mas depois virou a mesa e forçou a mão. Ele só iria se eu fosse com ele. Então olhei para ele e concordei porque ele merece voltar com um estrondo. — O voo é de quinze horas de LA, então estava pensando que poderíamos voar para Los Angeles pela manhã e decolar às onze da noite. Podemos dormir no avião e chegaremos lá às sete da manhã, dois dias depois. — Eu não acho que ficarei confortável no avião da turnê de imprensa com Yamina e Yolanda, então talvez eu possa reservar um voo e te encontrar lá. Ele sacode a cabeça. — Eu reservei nosso próprio avião. Não vou com o avião da turnê de imprensa. — Você não precisa fazer isso. Eu posso pegar um voo; é a mesma coisa, — eu digo a ele, caminhando para a cama. — É dinheiro desperdiçado por nada. — Jessica, voaremos juntos, ponto final. — Ele olha para mim e depois se inclina para frente, agarrando-me e me puxando para a cama. — Tem seu próprio quarto, — diz ele, puxando-me em cima dele. — Seremos apenas nós dois. Eu convidei meus pais, mas meu pai
estava cansado de usar roupa de pinguim de novo. — Eu rio dele. Eu tento discutir, mas cinco dias depois, estamos chegando ao avião particular e subindo as escadas. Uma mesa com quatro cadeiras fica bem na entrada, um sofá bem atrás dela com outras duas cadeiras e sua própria mesa. — Bem-vindos, — diz a aeromoça. — Vamos decolar assim que guardamos as malas. — Eu sorrio para ela e caminho em direção a uma das cadeiras, colocando minha bolsa sobre ela. — Vocês aceitam um pouco de champanhe? — Sim, — diz Tyler, — mas vamos tomá-lo no quarto, por favor. — Ela acena com a cabeça para ele, e eu olho para baixo com vergonha. — Ela sabe que vamos fazer sexo, — eu assobio para ele. — Você não tem que dizer a todos. — Quem disse que faremos sexo? — Ele pisca para mim e vou me sentar. O avião decola, e no minuto em que ele pode soltar o cinto de segurança, ele me agarra e me puxa para trás, apertando um botão e a porta se abre. Eu entro, e com certeza, no meio da sala há uma cama queen-size com duas cadeiras de cada lado. Eu acho que são para o pouso. Ele fecha a porta atrás de mim, tranca a porta e começa a não fazer
sexo
comigo,
primeiro
na
cama
e
depois
em
uma
das
cadeiras. Levantamos de manhã e saímos para tomar café da manhã, sentar no sofá um pouco e depois ir e deitar na cama. Adormeço novamente enquanto ele assiste a um filme. Nós pousamos sem alarde; a única coisa que nos espera é o carro que ele pediu. Nós vamos para o hotel, e não há Yamina ou Yolanda nos entregando nossas chaves. — Você quer que eu vá para o check-in para que ninguém te veja? — Eu pergunto, e ele olha para mim de lado. — Não. — Ele sai do carro do seu lado, então contorna para abrir a minha porta. — Vamos. — Ele estende a mão, e não a solta. Eles tentam mudá-lo para um bangalô de três quartos, mas ele recusa. — Somos só nós dois, então não há necessidade de fazer isso. — A senhora atrás da mesa acena com a cabeça para ele e chama o mensageiro, dizendo-lhe em que bangalô ficaremos. Saímos novamente
e entramos no carrinho de golfe de quatro lugares que nos leva para a vila. Montanhas rochosas estão ao nosso redor. Nós chegamos à vila, e Tyler sai e estende a mão. Subo os degraus e quando ele abre a porta para nós, percebo a beleza desta sala. Parada na sala de estar, vejo uma parede de pedra à minha esquerda e à minha direita janelas do chão ao teto que se abrem para uma piscina privada ao lado. Um único sofá branco está na sala com um enorme pufe marrom redondo. A lareira já está acesa e enfrenta a piscina. O mensageiro deixa as malas em nosso quarto que fica logo atrás da parede de pedra, aberta dos dois lados. Eu entro no quarto e a parede de pedra está lá na frente da cama com a lareira em ambos os lados. Uma cama de dossel fica no meio com cortinas para fechar-nos, se quiséssemos. — Eu não trouxe o meu biquíni, — digo a ele. Voltando para a sala de estar, abro a porta e me agacho para tocar a água. — É quase como um banho. — Você está com fome? — Ele pega um menu de serviço de quarto para nos pedir alguma comida. Ele sorri para mim e seu telefone toca. Ele atende imediatamente, e pelo que ouço da conversa, é Yamina lhe dizendo que horas o carro vai nos pegar. Ele desliga depois de alguns minutos. — A exibição é às sete, então o carro estará aqui às seis e quinze. — Você vai contratar um novo assistente? — Eu me sento no sofá ao lado dele, e seus braços abrem para eu me deitar ao lado dele. — Eu tenho tempo. — Ele beija meus lábios quando olho para ele. — Você está cansada? — Não, eu estou bem. Quando partiremos novamente? — Não lhe perguntei detalhes sobre a viagem; Eu estou apenas o seguindo. Estou sobrecarregada, então não estou preocupada em ficar sem roupas. — Partimos depois de amanhã, a menos que você queira ficar e passear. Eu só quero voltar para casa e hibernar pelas próximas duas semanas. — Isso parece um bom plano. — Eu olho pela janela. — Eu realmente tenho que começar a procurar trabalho.
— Você pode tirar algumas semanas de folga? — Ele me pergunta, e eu aceno. Sem aluguel para pagar e apenas a prestação do carro, ficarei bem nos próximos seis meses. Sete, se realmente economizar. — Bom, — diz ele, olhando pela janela enquanto esperamos pelo serviço de quarto. — Você já está pronta? — Eu o ouço dizer no quarto. Depois do serviço de quarto, ele pediu a massagem para casal, sabendo que eu estaria tensa sobre o nosso primeiro evento no tapete vermelho desde que fiz minha postagem. Uma postagem que se tornou viral e estava em todas as revistas e programas de entretenimento. A nossa imagem íntima não é nada agora, e somos apenas nós dois em um barco sorrindo para as câmeras com as flores de cerejeira como pano de fundo. Eu paro e olho no espelho. Estou usando um vestido cor-de-rosa com um leve cinto cinza em volta da minha cintura. O vestido vai até o meu pescoço, o decote é perfeito. Pequenas flores delicadas rosa claro são costuradas em todo o vestido, juntamente com lantejoulas e pérolas. Eu coloquei meu salto Louboutins nude. — Jess. — Eu o ouço novamente, e ele entra. Ele está vestindo um terno cinza claro com uma camisa branca por baixo e uma gravata azul escura. Ele para quando me vê. — Você parece... — Sua voz se esvai. — Está tudo bem? — Eu aliso a frente, as pulseiras no meu braço tilintando. — Quero dizer, não é demais, certo? Ele sacode a cabeça, aproximando-se de mim. — Não. — Ele pega minha mão, levando-a à boca e beijando-a. — Vamos antes que eu mude de ideia e tire esse vestido de você. — Ele me puxa para a porta. Nós levamos o carrinho de golfe de volta ao saguão e entramos no carro preto a espera, caminhando até o tapete vermelho. Nós paramos, e eu ouço os fãs cantando do lado de fora. — É isso. — Ele se vira e se inclina para me beijar. — Esta pronta? Eu balanço a cabeça. — Acho que nunca estarei pronta. — Os nervos no meu estômago estão me deixando nauseada. — Vá e seja o superstar. Eu estarei aqui. Ele sai do carro, acenando para os fãs do
outro lado da rua, e então ele chega no carro para pegar minha mão. — Eu não vou a lugar nenhum sem você. — Com a mão na minha, nós andamos pelo tapete vermelho. Seu braço passa pela minha cintura enquanto sorrimos para as câmeras. Eu olho para ele, e ele dá aos paparazzi o que eles querem quando se inclina e me beija. Quando acordamos no dia seguinte, outra foto nossa está em todas as revistas. Desta vez, a manchete me faz jogar a cabeça para trás e rir. Playboy de Hollywood, não mais.
Epilogo 1 Jessica Seis meses depois — Eu só não sei por que você está com tanta pressa para vender a casa de Los Angeles. — Olho para Tyler enquanto ele coloca outra lenha no fogo. Estamos de volta a Montana, sentados do lado de fora do sofá circular que ele mandou entregar enquanto estávamos em Los Angeles. Eu não tinha que voltar para Los Angeles com ele. Eu poderia ter ficado aqui, mas quando lhe disse que ficaria em Montana, ele agiu como uma criança e fez beicinho por uma hora inteira. Eu olho para a lareira externa toda de tijolos marrons, combinando com as pedras ao redor da piscina. O deck acima da piscina ao lado do jacuzzi borbulhante. Ele se vira e volta até mim. Sentando ao meu lado, ele me segura em seus braços enquanto observamos as chamas laranja. — Estou com pressa porque sempre odiei aquela casa e não a quero mais. Eu sacudo minha cabeça. — Você não deveria pensar sobre isso antes de fazer algo? — Pensei nisso, querida. — Sua mão esfrega para cima e para baixo no meu braço. — Eu não quero estar naquela casa. Eu quero que esta seja a minha casa. — Nos últimos seis meses, esta tem sido a nossa casa. Sim, a nossa. Ele deixou isso bem claro quando mandou meu armário para Montana, e agora pedaços da minha casa estão misturados com os dele. Eu tenho a sorte de ser uma jornalista freelancer agora. Eu decido sobre o que quero escrever e quem fica com a história. O fato de eu ser a namorada de Tyler não importa mais. São notícias antigas; somos velhas notícias. Quer dizer, tem horas que vou ao supermercado e vejo uma foto nossa na capa. Uma foto capturada
quando estamos fora, o que sempre me impressiona, já que nunca vemos os fotógrafos. Eu estive no tapete vermelho com ele na semana passada. Nós sorrimos e ele acenou para seus fãs. O que não esperávamos era ficar cara a cara com Cassie. Ela nos viu descendo o tapete vermelho e saiu correndo dali. A palavra é que ela é a assistente de algum ator da lista B. — Quando você partirá para Washington? — Pergunto sobre o próximo filme que ele filmará lá. Ele me fez ler o roteiro, e acho que vai ser enorme, maior que o Adrenaline Rush, e esse esmagou as bilheterias. — Você quer dizer quando partiremos? — Eu olho para ele. — Jessica, eu não quero voltar para a minha casa à noite e ficar sem você, — diz ele, trazendo-me mais perto dele. — Você pode trabalhar de casa. Você sabe que não pode dormir sem mim também. A última vez que saí por três dias, nenhum de nós dormiu e você usou meu suéter o tempo todo. Eu olho para ele. — Eu não usei o suéter o tempo todo. — Ele ri de mim. — Você tem sorte de eu te amar. — Ele me puxa para mais perto dele. Tudo bem, eu odeio ficar longe dele. Quer dizer, em seis meses, ficamos longe um do outro por três dias, no máximo. Era para ser sete, mas ele foi rápido e voltou para casa. Ele também contratou um novo assistente, desta vez um cara chamado Joshua. Ele tem vinte e três anos e acabou de sair da faculdade. Ele é incrível e também tem o namorado mais bonito que eu já vi. — Joshua nos arranjou uma casa com três quartos para o caso de meus pais virem visitar ou seus amigos aparecerem. — Eu só posso imaginar a casa que Joshua conseguiu. A última vez que pedimos para ele reservar um hotel, ele nos reservou a suíte na cobertura com dois andares. — Filmarei por três semanas e depois podemos voltar para casa. — Tudo bem, — eu bufo, sabendo muito bem que não seria capaz de ficar três semanas sem ele. É tão fácil para nós dois; é só nós. Nós sentamos e assistimos muitos episódios de Dateline e até expandimos
nosso
repertório
de
TV
assistindo episódios
de Law
&
Order. Cozinhamos juntos e damos as mãos e fazemos caminhadas. Nós somos bastante chatos, mas nos convém. Nós preferimos estar em frente a uma lareira juntos a atravessar um tapete vermelho, e eu não trocaria isso por nada no mundo inteiro. — Eu te amo, — ele diz para mim. — Obrigado. — Por quê? — Eu pergunto a ele, meus braços ao redor de sua cintura e minha perna sobre a dele. O fogo crepita diante de nós e os grilos gorjeiam à distância. — Por me mostrar o que eu estava perdendo esse tempo todo. — Ele me beija sem me deixar dizer a mesma coisa. Ele está sempre me dizendo que me ama, como se eu pudesse esquecer. Eu sinto todo o caminho até a minha alma, cada toque, cada beijo, cada palavra que ele sussurra para mim é feito com todo seu coração. Eu não posso dizer a ele que sou a sortuda. Eu não posso dizer nada a ele porque, mais uma vez, ele me mostra o quanto ele me ama.
Epilogo 2 Tyler Dois anos depois — Não importa o que aconteça... — Jessica sussurra do seu assento ao meu lado. Estou sentado na primeira fila do Oscar e olho para ela. A mulher que faz todos os meus sonhos se realizarem só por estar aqui. Ela se senta ao meu lado com a mão na minha, usando um lindo vestido champanhe que é muito decotado para o meu gosto. O vestido abraça cada curva e abre nos joelhos, a parte de trás do vestido tem um trilho com ainda mais material. Ela parece mais bonita do que qualquer pessoa que eu já vi. Ela andou pelo tapete vermelho segurando minha mão, e a imprensa grita seu nome mais do que o meu. Ela tem um jeito com eles que tira toda a atenção de mim, e ela sabia que eu precisava disso hoje à noite. — Aqui estão os indicados como ator principal. — Eu ouço a mulher falar. Eu vejo isso acontecer em câmera lenta, meus olhos nos dela enquanto os últimos dois anos se desenrolam em câmera lenta. O filme me levou ao limite, mas sabia que eu tinha que fazer isso. Ela estava lá segurando minha mão o tempo todo, me dando conversas estimulantes quando eu queria desistir. O jeito que ela sorri para mim, o jeito que ela segura minha mão e o jeito que ela me ama. — E o Oscar vai para... Eu não ouço nada porque Jessica pula e começa a bater palmas, seus olhos cheios de orgulho e lágrimas, e eu fico em choque. Deve ser choque. Eu pego seu rosto e a beijo, virando e subindo as escadas. Este momento aqui é um momento que vou lembrar pelo resto da minha vida. As escadas negras são brilhantes enquanto subo até a mulher
segurando o Oscar em uma mão enquanto me entrega. Agradeço-lhe, beijando-a na bochecha e depois me viro para olhar para a plateia. Eu olho para a direita, vendo Jessica em pé, radiante de orgulho, e aceno com a cabeça. — Uau, isso é surreal, — eu digo logo de cara, olhando para todos os meus colegas. — Estou sem palavras. No meu caminho até aqui, minha mãe olhou para mim no carro e perguntou se eu tinha alguma coisa preparada. Eu olhei para ela e disse que isso nunca aconteceria, e se acontecesse, iria improvisar. — A plateia ri. — Eu quero parabenizar os outros quatro caras na categoria. — Eu olho para o homem de ouro na minha mão. — Eu tenho que agradecer ao Ryan por me dar uma chance há muito tempo e depois estar lá a cada passo do caminho. Especialmente quando ele veio a mim com este roteiro. — Eu engulo. — Todos os associados a este filme. Eu não quero nomear ninguém no caso de eu esquecer alguém. — Todos riem. — Eu acho que deveria ter escrito uma pequena nota. — Eu olho para a plateia e depois para frente para minha garota. — E os meus pais, que estão sempre orgulhosos de mim, não importa quantas coisas idiotas eu faça. — Eu sei que o tempo está se esgotando, mas não me importo. — E finalmente, a Jessica. — Eu olho para ela enquanto ela enxuga as lágrimas de seus olhos. — Por me amar com tudo o que você é. Por segurar minha mão à noite, toda noite. Por ser minha melhor amiga, por ouvir meus medos e meus sonhos. Antes de ir, tenho que compartilhar uma história engraçada com vocês — eu começo, e de repente fico nervoso.
— Hoje à noite, quando estávamos nos
preparando para essa coisa enorme, o joalheiro chegou com um anel que eu queria que ela usasse esta noite. Ela tinha sete pessoas ao seu redor, certificando-se que estivesse pronta e no lugar. Coloquei-o na sua mão esquerda e a tirei do quarto sem dizer uma palavra... então eu realmente espero que esta noite, quando voltarmos para casa, e me ajoelhe e lhe implore que fique comigo para sempre, que ela aceite manter o anel e eu para sempre. — Eu levanto o Oscar com uma mão. — Obrigado por domar o Playboy de Hollywood, Jess. — Eu olho para ela, e ela olha para a sua mão. Eu não acho que ela realmente
notou que o anel de cinco quilates estava lá. Eu desço as escadas até ela e a beijo. — Eu te amo, — eu digo a ela. — Case comigo. — Ela não diz nada; apenas balança a cabeça, e eles estão prontos para me levar até os bastidores para falar com a imprensa. — Eu não vou a lugar nenhum sem você, — eu digo, e ela pega minha mão e vai para trás do palco comigo. Uma mão segura um Oscar, a outra mão segura a dela, e posso dizer que sem dúvida este tem que ser o melhor dia da minha vida. Até nove meses depois, quando ela dá à luz nosso primeiro filho. FIM...