POISON BOOKS TRADUCAO MECANICA: ANDRESA REVISAO INICIAL: BRUNA REVISAO FINAL: LIVIA LEITURA FINAL: LAGERTHA
Sinopse Querido Diário, Eu posso ter me metido em problemas e não estou falando sobre serviço comunitário ordenado pelo tribunal ou sessões de terapia por bater na cabeça de um cara. Eu gostaria que fosse assim tão simples. Não. Eu estou falando sobre me apaixonar por uma das filhas do meu cliente, esse tipo de problema ... O tipo que não consigo falar quando a verdade sai. Como acabei com o telefone dela é uma longa história – e quando ela ligou para recuperá-lo, levei as coisas um pouco longe demais. Uma troca inocente acabou levando a muito mais. Divertida, nova, e totalmente imune ao meu charme, Sutton é diferente. E eu não tinha ideia de que ela era filha de Foster Green. A culpa é da escuridão que corre nas minhas veias, me empurrando para uma decisão ruim após a outra. Empurrando-me para ela, embora eu saiba o certo e o errado; mesmo que ela seja filha do meu cliente. Namorar com ela pode ser a melhor ou pior decisão que já tomei. Só o tempo, uísque, e mais uma noite com ela dirão. Roark
Querido Diário,
PROLOGO
Porra, isso soou como se eu fosse uma adolescente obcecada com corações saindo dos meus olhos. Sim, de maneira nenhuma vou usar essa merda de Querido Diário. Preciso de um nome diferente. Algo viril, foda, que vai assustar qualquer pequeno punk que tente ler isso. Deixe-me pensar sobre isso. E sim - caralho - escrevi obcecado. Posso ser um festeiro que gosta de uma dose de uísque, com a sorte de um trevo de quatro folhas, mas também sou um maldito cavalheiro. Um cavalheiro que ocasionalmente escreve palavras como obcecado. Infelizmente esse – cavalheiro – se meteu em problemas. Eu culpo o temperamento Irlandês e os arruaceiros extravagantes que pensaram que poderiam tirar sarro da minha cara enquanto eu estava flertando com uma bela moça. Mas acho que o sistema judiciário menospreza bater no nariz de alguém enquanto ainda segura habilmente um copo de uísque – e não derrama uma maldita gota. Obrigado porra por um bom advogado. Bem, pensei que ele era bom até que eu percebi o que teria que fazer ao invés de um tempo na prisão. Oitenta horas de serviços comunitários e sessões de terapia de controle de raiva com o Dr. Vigarista, que exige que eu escreva nesse diário esquecido por Deus sobre os meus... sentimentos. Adivinha o que estou sentindo? Tesão. Sede. E com vontade de um cachorro-quente. E isso é tudo que você vai tirar de mim diário. Desculpe se você estava esperando uma grande confissão de dilemas de infância ou um ataque histérico e exagerado. Isso não vai acontecer. Não comigo. Até o nosso próximo compromisso indesejado, Roark.
CAPITULO UM —Está Tarde. — São onze e meia em Nova York, então é cedo – Maddie disse, puxando meu braço – Vamos lá, viva um pouco. Examino as ruas escuras, o aviso do meu pai sobre ser uma garota solteira na cidade correndo na minha mente — Eu não sei, acho que deveria ir para casa. Moro na cidade há dois anos e ainda não saí tão tarde sozinha. Pós-graduação e estudar fará isso com você. Além disso, o puro medo de ser capturada por um traficante de seres humanos – obrigada papai – colocou medo suficiente dentro de mim para nunca passar pela minha porta da frente depois das nove da noite. Mas eu deveria estar comemorando hoje, pelo menos é o que Maddie me disse. Depois de dois anos inteiros de não fazer nada além de estudar, me formei no mestrado em filantropia e estou prestes a começar meu novo emprego... trabalhando para o meu pai. Eu sei o que você está pensando – nepotismo1 no seu melhor. E talvez seja... mas eu também ganhei o cargo, estagiando com o diretor de operações por quatro anos. De graça. Passei quatro anos trabalhando duro – vinte horas por semana – provando à equipe que não sou apenas a filha de Foster Green, mas um atributo valioso para Gaining Goals, uma fundação sem fins lucrativos fundada por meu pai,
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Nepotismo: Favorecimento para com parentes.
considerado quatro vezes All-Pro 2 quarterback pelo New York Steel3. E todo esse trabalho duro valeu a pena quando Whitney Horan me contratou como gerente de relações públicas. — Você não está indo para casa. O que aconteceu com viver a vida? Lembra daquela pequena resolução de Ano Novo que você fez? É por isso que eu não deveria compartilhar nada muito pessoal com Maddie. Ela sempre me prende a isso. Embora, eu acho que é o que um melhor amigo faz. Além disso, ela encontrou minhas resoluções de Ano Novo em um bloco de notas no balcão da minha cozinha. No início, ela admirava as diferentes canetas coloridas que eu usava para cada resolução – cinco no total – e então memorizava cada uma delas. Maddie e eu nos conhecemos no nosso primeiro ano na faculdade, e ela é o yin do meu yang4. Onde eu sou mais reservada, ela é extrovertida e aventureira, um atributo que eu gostaria de ter. Mas eu nunca diria isso a ela. — Não acho que ficar fora depois das onze e meia define viver a vida. — Com certeza não define. Ela passa o braço pelo meu, nossas jaquetas grossas colidindo para formar uma enorme bola de calor. — Este é o começo da vida. Nós fizemos a sua coisa e vimos um musical da Broadway, agora vamos fazer a minha coisa. — Qual é a sua coisa? — Pergunto hesitante. — Conseguir um cachorro-quente. — Maddie chama um táxi e sai do cruzamento de duas ruas como uma verdadeira nova-iorquina. — Um cachorro quente? Isso é viver a vida?
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Título de melhor jogador Time de futebol 4 Yin-yang é uma visão filosófica na sociedade chinesa de uma unidade de opostos, cada um representando o maior e menor dos conceitos similares, que se encontrava no universo. Um exemplo seria a representação yin-yang de marido e mulher. Yang são os princípios dominantes da masculinidade, o sol, a criação, o calor, a luz, o céu, o domínio e assim por diante. Sob o yin estão os princípios submissos da feminilidade, da lua, da conclusão, do frio, da escuridão, das formas materiais, da submissão e etc. ... Essa unidade de um princípio maior sobre o menor se move no caminho cíclico, de modo que nenhum é dominante. 3
— Sim, e você não disse que queria experimentar toda a comida icônica de Nova York? Droga, outra resolução, embora essa resolução tenha sido a minha favorita, e a mais fácil de conseguir até agora, percorrer a cidade e experimentar todos os alimentos diferentes pelos quais a selva urbana é conhecida. Mas junto com essa resolução veio uma associação de academia, uma que usei com bastante frequência. — Eu quero experimentar toda a comida — respondo, mordendo meu lábio. — É por isso que estamos indo ao Gray's Papaya para pegar alguns famosos cachorros-quentes e suco de manga. Pensativamente, pergunto: — Esse não é o lugar do cachorro-quente no You’ve Got Mail5? — E Fools Rush In6, — acrescenta Maddie. — Se Matthew Perry gosta tanto disso, eu também. E pelo que os comentaristas têm dito, você deve levar os cachorros vestidos de mostarda e suas famosas cebolas. Então, prepare-se, estamos prestes a ter um bafo de dragão. — Oh, eu mal posso esperar. — Rio. Maddie me dá uma cotovelada de lado. — Veja, lá vai você, você está entrando no espírito. Cachorros-quentes da meia-noite, o que poderia dar errado? Famosas últimas palavras. Okay, esse lugar é fofo. Pisos brancos do metrô rebocados na parede, abacaxis e bananas de papel pendurados no teto, e espelhos pendurados da cintura para cima, para que você possa observar seus cachorros-quentes nos minúsculos balcões fornecidos. É singular e cheira a céu. E se houvesse qualquer coisa que eu e Maddie imediatamente nos ligamos, era nosso amor por cachorrosquentes. Não temos vergonha em comprar um de um vendedor 5
You’ve Got Mail (Mensagem para Você) é uma comédia romântica de 1998 com Tom Hanks e Meg Ryan. 6 Fools Rush In (E Agora, meu Amor)? É uma comédia romântica de 1997 com Matthew Perry e Salma Hayek.
ambulante e comê-lo a caminho da aula. Então, embora eu seja um pouco reservada, isso é divertido. — Olhe para todas as salsichas – Maddie grita enquanto se aproxima da churrasqueira. — Mais magra do que eu esperava, mas não sou de ridicularizar, contanto que eles façam o trabalho. Estou certa, Sutton? Os caras por trás da grelha riem enquanto meu rosto fica vermelho. Levanto meus dedos e timidamente digo: — Dois cachorros-quentes, por favor. Mostarda e cebola. – Alcanço minha carteira quando Maddie me para. — Dois de cada por favor. — Ela se vira para mim e diz: — É por minha conta, — como se não fosse grande coisa, mesmo tendo sido eu que paguei pela passagem na Broadway. Olho para o preço de cinquenta dólares e depois de volta para ela. — Você tem certeza de que pode lidar com isso? — Ei, agora, não fique atrevida comigo. — Resmungando baixinho, ela diz: — Eu não sou aquela com um pai que joga futebol profissional. Verdade. Coloco minha carteira de volta na minha bolsa e dou-lhe um abraço de lado. — Obrigado pelos cachorros-quentes. — Qualquer coisa para a minha garota. Nossos cachorros-quentes são entregues em frágeis pratos de papel, que levamos para o pequeno balcão em frente ao espelho. Nossas bebidas do lado. Inspecionando o cachorro-quente, levanto-o até a boca antes de Maddie me parar. — O que você está fazendo? Precisamos documentar isso. Selfie do cachorro-quente. Vamos, Sutton. Maddie e suas selfies... Brincando, levanto meu cachorro-quente com o dela e sorrio para o espelho enquanto ela usa seu telefone para tirar uma foto do nosso reflexo. A porta se abre e dois homens entram: um de terno e gravata, o outro de jeans preto, camisa branca, jaqueta preta e um gorro pendurado frouxamente na cabeça. Seus olhos verdes se conectam com os meus no espelho quando um pequeno sorriso entra nos lábios dele. — E aí, Miguel? – Ele diz em um tom irlandês que rapidamente chama
minha atenção. — Tem alguns cachorros-quentes para mim, cara? — Não, — o cara atrás da grelha diz brincando. — Eu não sirvo cachorro-quente para caras que colocam ketchup neles. O homem da gravata olha para o amigo. — Você coloca ketchup no seu cachorro-quente? — É bom. — O cara encolhe os ombros e puxa uma nota de vinte. — Quatro cachorros-quentes, dois com ketchup, dois com — ele gesticula para o amigo — o que você quer? — Mostarda e tempero. Por cima do ombro, Maddie zomba. — Você não sabe que você deveria obter mostarda e cebola nessas belezas? O ketchup e o tempero são para os pagãos. Lentamente, o irlandês se vira para nós, inclina sua cabeça. — Quem te fez a polícia do cachorro-quente, senhora? Orgulhosamente, Maddie diz: — Eu fiz. Se é alguma coisa que tenho é experiência. Eu conheço minhas salsichas e como ter certeza de que elas tenham um gosto bom na minha boca. Oh doce Jesus. Como ela pode falar algo tão impregnado de insinuações sexuais tão facilmente? Vê? Yin para o meu yang. Embora eu esteja mortificada. Ajustei meu chapéu de inverno na minha cabeça e puxei o braço de Maddie assim que mais homens se infiltraram na pequena loja de cachorroquente. Sussurrando, eu digo: — Não diga às pessoas como comer seus cachorros-quentes. — Eu não estou dizendo a eles. Só estou deixando que eles saibam que estão errados. — Miguel, cinco cachorros-quentes e suco de côco, — disse um homem com uma jaqueta azul de pele sintética e calças caídas, acenando para o mestre da churrasqueira. O espaço parece estar ficando cada vez menor, e por alguma razão os pelos da minha nuca começam a se elevar com o Faux Fur7 - é como estou chamando-o – os olhos irlandeses estão para cima e para baixo.
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Casaco de pele, nesse caso ela está se referindo ao homem que está com a jaqueta de pele sintética.
Miguel entrega os cachorros-quentes ao irlandês e ao homem de gravata, dando-lhe um aceno de cabeça antes de se dirigir a Faux Fur e seu amigo. Querendo sair desse pequeno espaço, me viro para dar uma mordida em meu cachorro-quente quando Maddie diz: — Preciso retomar nossa foto. Eu pareço morta na última. Essa iluminação é terrível. Talvez se eu voltar ... — Maddie, cuidado. Mas estou muito atrasada. Ela se tromba com o irlandês cujo cachorro-quente vira no homem com a jaqueta de pele falsa. Empurrando o braço para o lado com desgosto, Faux Fur olha no espelho para verificar se há manchas. Por pura curiosidade, também dou uma olhada para encontrar o menor pedaço de ketchup na jaqueta. Um rápido toque de dedo faria o truque, mas o cara da jaqueta pensa o contrário. — Você vai pagar por isso, seu filho da puta, – ele sussurra. Freneticamente, o homem revira a manga enquanto o irlandês se senta para trás e mastiga o cachorro-quente, sem se importar com o mundo passando em sua volta. — Porra, você está brincando comigo? — Ele pergunta, seu sotaque pesado. — É falso, cara. Aqui, toma vinte dólares. – Ele enfia a mão no bolso. — Vá comprar outro no brechó da esquina. Oh garoto, isso não parece o movimento certo. Volto um pouco nervosa quando Faux Fur gira - fogo saindo de seus olhos - e se lança no irlandês, que arremessa seus cachorrosquentes no ar e avança também. Em questão de segundos, todo o inferno se solta e os dois atacam, punhos voando, camisas sendo rasgadas, pernas sendo chutadas umas nas outras. O que está acontecendo? Isso é loucura. Sobre cachorros-quentes. — Oh Deus, — eu grito enquanto eles se movem em nossa direção, encurralando Maddie e eu em um canto. Como o voyeur que ela é, os olhos de Maddie nunca deixam a briga enquanto ela mastiga seu cachorro-quente, totalmente entretida na luta, enquanto meu coração praticamente bate na minha garganta, terror me eclipsando.
Maldições estão sendo jogadas, telefones celulares, incluindo o meu, espalhados pelo chão, e o homem de gravata pega seu amigo, tentando separar os dois. — Roark, deixe isso, — ele grita, enquanto ambos os caras rolam sobre os cachorros-quentes. Haverá ketchup na jaqueta agora. — Nós vamos morrer, nós vamos morrer – eu murmuro, enterrando minha cabeça no ombro de Maddie. — Aí, isso vai doer — diz Maddie, a atenção ainda fixa na luta. – O cara Irlandês levou um soco direto no olho. Oh, isso que foi o som crocante. — Ooooh. —Maddie se move para trás. — O Irlandês apenas atacou o cara da jaqueta no queixo. — Eu não preciso dos detalhes. Apenas me tire daqui. — Resolvam isso lá fora, – grita Miguel da grelha. Por alguma razão, os dois ouvem Miguel e saem para fora, mas não antes de derrubar uma pequena mesa alta e alguns das coisas em seu caminho. A partir do reflexo no espelho, assisto o de gravata dobrar para pegar o celular de seu amigo enquanto ainda segura seu cachorro-quente, seu rosto claramente irritado. Ele não parece particularmente surpreso. Talvez esta não seja a primeira vez que ele teve que lidar com seu amigo lutando. E eu posso acreditar nisso, dado que o Irlandês passou de zero a sessenta em apenas alguns segundos. Eu nunca vi nada aumentar tão rápido e tenho assistido muito futebol ao longo dos anos. Ainda batendo um fora do outro, me viro para Maddie, que tem um enorme sorriso no rosto. — Não foi emocionante? Pisquei. — Você está louca? Nós poderíamos ter sido esfaqueadas. Ela acena e volta para o telefone, onde tira uma selfie de si mesma, cachorro quente na boca. Ela mastiga e depois diz: — Não havia facas envolvidas. Apenas uma boa e antiquada briga de rua. — Precisamos sair daqui. — Não me incomodo com meus cachorros-quentes, estou assustada demais para sequer pensar em comê-los agora. Puxo o braço de Maddie, que acena para Miguel e,
felizmente, sinaliza para o primeiro táxi que ela vê. Uma vez que nos instalamos no veículo e dei meu endereço para o taxista, me inclino de volta no assento e solto um suspiro longo e assustado. Demoro alguns segundos para me recompor, minhas mãos estão tremendo, meus nervos completamente disparados. O que na terra faria alguém se lançar em uma briga com tão pouca provocação? Estava quase... Animalesco. — É exatamente por isso que não saio depois das nove. Nós poderíamos ter sido seriamente feridas. — Olhe para esta foto, — diz Maddie, inclinando-se. — Você parece quente nisso. Pelo amor de Deus. Inteiramente desinteressada, não olhei a tela dela. — Maddie, como você pode ficar calma depois do que acabou de acontecer? Ela geme e suspira, comendo o último de seu cachorroquente. — Você pode se acalmar, Sutton? Estamos bem. Qualquer coisa, você deveria estar me agradecendo. Você acabou de experimentar um toque de cultura. Não foi divertido? — Ela entrega meu telefone, ela deve ter pegado e disse: — Você largou isso. — Obrigada, — digo em voz baixa enquanto olho pela janela. — E acho que eu poderia viver sem esse toque de cultura. Estou bem com a minha vida. — Faça do seu jeito, mas eu nunca me senti mais viva. Acho que isso pode acontecer quando você se deparar com uma experiência de quase morte. E sim, eu poderia estar exagerando sobre a coisa de quase morte, mas isso foi seriamente assustador. Os caras estavam fora de controle. Um balanço errado e nós poderíamos ter sido acertadas na cabeça. Dada a quantidade de horas de futebol que registrei ao longo dos anos, eu realmente não deveria ser tão melindrosa. Mas é provavelmente por isso que sou. Eu vi os ferimentos na cabeça resultantes de lutas no campo, então não estou interessada em ver muito do mesmo quando estou fora comprando um cachorro-quente em uma noite de comemoração.
Olhando para o escuro, tento
meu celular no desbloqueá-lo, mas ele pede uma senha. O que? Comprei este telefone hoje e não tive tempo para ativar qualquer identificação facial ou digitar uma senha. Levo o telefone para a luz e examino. Capa preta... — Oh droga! — O quê? – Maddie pergunta, inclinando-se. — Você quebrou uma unha na sua tentativa de subir dentro da minha jaqueta? Engraçado. — Não. Este não é meu telefone. — Sério? – Maddie olha para ele, vira ao redor. — Você tem certeza? Concordo. — Eu tinha uma capa roxa, mas esse é preto. — Bem, você olharia para isso? — Ela examina uma foto, explodindo-a com os dois dedos, — aposto que é o telefone do irlandês. Claro que é. Apenas minha sorte. — Esta noite poderia ficar pior?
Ando pelo pequeno espaço do meu apartamento, olhando para o telefone na minha mesa de cabeceira, disposto a tocar. Maddie tentou ligar para o meu telefone várias vezes, mas ninguém atendeu e, como já era tarde, ela queria ir para casa. Ela me disse que continuaria ligando. Você pensaria que o irlandês teria me ligado, já que meu telefone não tem um código de acesso. Deus, por que eu não fiz isso na loja? Ah sim, porque demorou uma hora para atualizar meu telefone, e eu não queria me atrasar para o musical. Mal sabia eu que ia perder meu telefone durante uma briga em uma maldita lanchonete. Meia noite e meia, e não tenho como dormir, não quando meu coração ainda está acelerado pela luta. Minha mente está girando com tudo o que o cara pode fazer com o meu telefone. — Ugh, — gemo, tentando lembrar as fotos que tenho armazenadas. Sem fotos nuas, eu sei disso com certeza.
Mas selfies? Você tira pelo menos dez até ter a certa. Eu tenho tantas selfies no telefone que vai parecer que sou vaidosa. O telefone vibra na mesa de cabeceira e corro para ele, meu batimento cardíaco acelerando mais uma vez quando vejo meu número piscar nele. Me atrapalhando por um segundo, eu respondo e coloco o telefone no ouvido. – Olá? — Quem é? – Um sotaque irlandês vem do outro lado. Sim, Maddie estava certa, ele acabou com meu telefone. — Um, sou Sutton. Eu acho que você está com meu telefone. — Sim, sem merda, — resmunga. — Como diabos eu acabei com seu telefone? Eu não entendo porque ele está sendo tão rude. Não é necessário quando ele é o único que arruinou a minha noite por falar com o cara de pele falsa. — Bem, você grosseiramente bateu em mim e na minha amiga durante sua pequena briga de cachorro-quente e derrubou meu celular da minha mão. Seu amigo deve ter pegado o errado. — Porra – ele murmura. – Onde você mora? — Você realmente acha que eu vou te dizer isso? Acabei de ver você socar a cara de um cara com ketchup. Você não parece ser um cidadão honesto para quem eu gostaria de entregar meu endereço. — Eu quis dizer em qual bairro. Cristo. Isso faz mais sentido. — Brooklyn. Outro gemido baixo. — Claro. Você parecia uma garota do Brooklyn. — O que isso deveria significar? Ignorando a minha pergunta, ele diz: — Eu não tenho forma alguma de fazer isso hoje à noite, mas podemos nos encontrar amanhã para negociar, em um lugar neutro, já que eu não quero que você veja onde eu moro. Como ele ousa? Como se eu realmente quisesse saber onde ele descansa sua cabeça quente à noite. — É provavelmente Jersey. Eu disse isso em voz alta?
— Você acha que eu moro na fodida Jersey? — Senhor, esse homem tem um pavio curto. — Onde você propõe que nos encontremos? — Pergunto, ignorando sua pergunta. Ele geme para o telefone. — Nenhuma ideia. Porra. Estou com dor de cabeça. — Bem, provavelmente porque ele bateu os punhos na cabeça hoje à noite. — Eu tenho reuniões o dia todo amanhã, mas você pode me encontrar pela manhã. — Que horas? — Sete. Sete? Eu posso às sete, mas ele pode? Eu não consigo imaginar esse cara, que estava apenas em uma briga em Nova York, se recuperando de punhos brutais e o que parecia ter uma ingestão excessiva de álcool, como uma pessoa matinal. — Uh, sim. Eu posso às sete. Onde? — Bain on Pan na quinta avenida. Eu preciso de uma maldita massa amanhã de manhã. Isso me faz rir. — Ok. — Mordisco meu lábio, um pouco nervosa. — Uh, você pode tomar cuidado com meu telefone? É novo em folha. — Não é inteligente deixar um telefone novinho em folha no chão, você não acha? — Eu não deixei no chão. Você tirou isso da minha mão e então seu amigo pegou. — Uh huh, — responde, parecendo totalmente entediado. — Seja como for, moça. Apenas esteja lá amanhã de manhã, ok? Alguém tem um pau no rabo dele. — Eu vou estar. — Oh, e se você precisar usar meu telefone, minha senha é 111111. Há uma pasta na minha galeria de fotos com alguns dos meus nudes favoritos que adquiri ao longo dos anos. Fique à vontade. Eca, ele está falando sério? Afasto o telefone do meu ouvido como se estivesse infectado. Provavelmente está. — Eu acho que vou passar. — Sua perda. Amanhã, sete, não se atrase. Eu tenho merda para fazer. — Eu vou estar lá. – Digo em um tom severo. – E por favor, não
mecha no meu telefone. Seja respeitoso com minha privacidade. — É tarde demais moça. Você tira muitas selfies. Eu não acho que eu já tenha repugnado uma pessoa tanto assim, tão rápido. — Isso é privado. — Não mais. Te vejo amanhã. Então ele desliga. Olho para o telefone, minha raiva crescendo na boca do meu estômago. Não posso acreditar que ele passou por minhas fotos. Quem faz isso? Meu dedo paira sobre o número um em sua tela, querendo fazer minha própria exploração, curiosa sobre quem é esse homem e o que o leva a ser um grande... Idiota. Mas sou melhor que isso. Meu pai me ensinou a ser melhor que isso. Então, em vez disso, destravo o telefone e vou direto para o relógio, onde programo o despertador. Eu serei amaldiçoada se eu chegar atrasada amanhã.
CAPITULO DOIS Querido Melvin, Eh, Melvin não combina com você, diário. Melvin parece mais um cara que lambe seu lápis antes de escrever uma resposta para suas palavras cruzadas que ele não consegue resolver, mas age como se estivesse à beira de um avanço. Não, eu não quero escrever para a porra do Melvin. Eu não quero escrever nada, mas adivinha quem tem lição de casa? Este triste filho da puta. Então aqui estou eu, um copo de uísque na minha mão direita e completamente nu. Sim, meu pau está olhando para você, perguntando o que diabos eu estou fazendo escrevendo para algum veado chamado Melvin em vez de me masturbar com fotos da menina no telefone. Grandes olhos azuis, cabelo naturalmente loiro platinado, seios grandes, ela é um maldito sonho. E essa voz dela? Uma sugestão de charme do sul e mel escorrendo de seus lábios carnudos. Aqueles lábios ficariam maravilhosos em volta do meu pau, isso é certo. Mas eu tenho moral - não muita, mas eu tenho - e bater uma com uma selfie não é necessariamente um momento ruim, eu quero ficar longe, como uma memória. Então, eu me virei para você, Melvin, e assim, minha ereção se desinflou como um balão de animal de exausto. Poof. Se foi. Valeu cara. Roark ***
— Cristo — Rolo para fora da cama, minha cabeça ainda
latejando, minha boca seca e meu pau duro como uma pedra. Eu pressiono a palma da minha mão no olho para limpar o sono quando uma dor aguda ricocheteia na minha cabeça. — Ah, inferno, —murmuro, quando me lembro dos acontecimentos da noite passada. Cachorro-quente antes de brigar. Isso é tudo que eu queria - um cachorro-quente com ketchup - e acabei rolando em uma poça da escória de Nova York com um pau azul coberto de pele falsa tentando me dar uma surra. Muito ruim para ele, estou entorpecido com qualquer tipo de soco neste momento. Bem, entorpecido até a manhã seguinte. Mas eu saúdo a dor. Isso me faz sentir como se eu estivesse vivo pelo menos. Fora da minha cama, estico minhas mãos sobre a minha cabeça. Luz das janelas entra no meu quarto, iluminando o caminho para meu banheiro. Quando passo pelo espelho, olho para o meu reflexo e estremeço. Tons profundos de roxo e azul circulam meu olho e uma marca vermelha fica logo abaixo dele. O idiota deu um bom golpe com um anel no dedo. Eu vou dar isso a ele. Eu me inclino contra a parede em frente ao banheiro e dou uma longa mijada, minha cabeça descansando contra o meu braço em busca de apoio contra as batidas incessantes. Dando a descarga, me viro para a garrafa no balcão e levo o copo frio aos meus lábios, tomando um longo gole de uísque. Não há melhor maneira de começar a manhã do que com uma dose de puro sangue irlandês descendo pela minha garganta. A queimadura nem me bate mais. Ligo o chuveiro, e sento na banheira, a superfície fria corta minha bunda, tirando um pouco da minha sonolência. Tomo mais um gole e, em seguida, coloco a garrafa no balcão antes de pular no chuveiro. A água morna me atinge, acalmando meus ossos doloridos que foram agredidos ontem à noite. De maneira nenhuma foi o outro cara o vencedor da nossa briga, mas eu admito, eu o subestimei. Ele era mais resistente do que eu pensava e muito mais rápido em seus pés. É por isso que minhas costelas estão doloridas esta manhã. Ele deu alguns
golpes antes que meu traseiro bêbado pudesse se levantar e me defender novamente. Inclinando-me contra o azulejo, coloco sabão na mão e desloco-a sobre o meu corpo para ensaboar os contornos no meu abdômen, em seguida, corro cuidadosamente pelas minhas costelas e vou para os meus peitorais. Agito cada mamilo, bem, por que diabos não, e então corro minha mão para o meu pau, onde puxo o comprimento endurecido. Foda-se isso é bom. Pressiono meu antebraço contra o azulejo do chuveiro, deixando a água rolar pelas minhas costas enquanto deslizo minha mão para cima e para baixo no meu pau, buscando a liberação que não recebi na noite passada. Eu deveria encontrar-me com Candace no clube, mas desde que eu tive um pequeno desvio, eu estava fora de jogo - não por minha escolha. Tenho certeza de que Candace não teria saído com a maldita cara de sangue. Eu não tenho padrões muito altos quando se trata de foder, então levá-la não teria sido um problema, mas a poupei do encontro. Porra. Eu me pergunto se a Gostosa Miss Brooklyn recebeu um texto ou dois no meu telefone ontem à noite. O pensamento me faz rir. E agora eu tenho Sutton em minha mente. Linda, tetas alegres Sutton. Bombeando mais forte, rolo minha mão sobre a cabeça do meu pau. Minha respiração começa a acelerar enquanto o sangue se acumula no centro do meu corpo. Abro meus pés um pouco mais e corro minha mão até a raiz, onde aperto minhas bolas por alguns segundos e, em seguida, retiro minha mão, desta vez, apertando mais forte. Porra. Minha mão se move mais rápido agora, minha respiração errática causando dor nas minhas costelas machucadas. Apenas mais alguns golpes. Eu gemo, meu aperto crescendo incrivelmente mais forte enquanto minhas bolas se comprimem e me inclino para frente para gozar no chão do chuveiro. Cristo. Eu precisava disso. Termino de me lavar, esfrego meu cabelo e deixo uma bagunça selvagem quando saio do chuveiro e ligo a lâmpada de calor acima de mim antes de envolver minha
toalha em volta do meu corpo. A pior parte de tomar banho é estar com frio quando você sai. Quando fiz meu primeiro milhão, a primeira coisa que fiz foi instalar a lâmpada de calor. Custou-me algumas centenas de dólares, mas naquele momento sabia que tinha conseguido sobreviver. Todos os fodidos ricos tinham lâmpadas de calor em seus banheiros. Eu era um deles agora. Um zumbido soa no meu quarto, mas o ignoro enquanto tomo mais um gole de uísque para aliviar a dor percorrendo meus ossos e depois escovo meus dentes. Menta e uísque, sorte que eu não me importo com a combinação. O elevador para a minha cobertura soa. Eu deveria estar alarmado, mas estou surpreso por ter tomado banho antes de ele aparecer. Ele chega geralmente mais cedo que isso. — Roark, — Rath, um dos meus melhores amigos, chama. — Onde você está? — Banheiro, — grito com a boca cheia de pasta de dente. Rath aparece na porta, usando seu terno azul marinho e sapatos Berluti. O mais esperto dos meus amigos, ele não aceita prisioneiros na sala de negócios, não tem tempo para nenhum relacionamento a menos que seja com o telefone, e ele realmente adora doces. Como, esconde-os em seu escritório para dias ruins. Às vezes mergulho em seu esconderijo sempre que estou de ressaca e na necessidade de uma correção... Que é frequentemente. Ele me dá uma olhada. — Fico feliz em ver que você não está morto. Eu cuspo. — Vai levar muito mais do que um cara em uma jaqueta idiota para me matar. O zumbido soa novamente. — Você está indo em suas reuniões hoje? Esfrego minha língua e depois cuspo, enxaguando minha boca com um pouco de água. — Sim, por que eu não faria? — Eu não sei, talvez porque você parece ter sido atropelado por um táxi. Olho no espelho para o meu olho negro. — Meus clientes viram pior, como se eles realmente dessem à mínima. Desde que eu esteja ganhando
dinheiro, é tudo com o que eles se importam. — Se eu fosse um atleta, não iria querer você como meu agente esportivo. Eu me endireito e bato na bochecha de Rath. — Ainda bem que você foi abençoado com capacidade zero para atirar uma bola em uma cesta, então, hein? Eu me movo para o meu armário, onde pego um jeans da prateleira, sem me incomodar com roupas íntimas, jogo a toalha e coloco meu jeans. — E quanto à sua liberdade condicional? — O que? — Guardo tudo e fecho a frente da minha calça. — Você não pode entrar em uma briga, Roark. Se você violar sua liberdade condicional, pode ser jogado na cadeia. Sim, é assim que meu advogado soletrou para mim, e eu adoraria dizer que realmente tentei na noite passada segurar a minha raiva, mas quem eu estou enganando, porra? Eu não. Eu estava procurando por problemas, senti a necessidade de entrar nisso com alguém, e é por isso que eu fui tão idiota. Quando tenho uma coceira, preciso arranhá-la e, depois de um dia de merda, não queria nada além de entrar nela com alguém. — O cara não teria pressionado as acusações, porque ele tinha sua própria merda para se preocupar. — Isso não importa, — diz Rath, provavelmente se perguntando por que ele se tornou meu amigo. Quando você está em uma fraternidade juntos e vê um ao outro sendo esbofeteado na bunda nua como um bebê novinho em folha por todos os irmãos, você forma um vínculo especial e infeliz. — Cara, você é o melhor agente esportivo da porra de Nova York. Você tem uma lista de espera clamando para se inscrever com você. Não jogue fora por uma maldita mancha de ketchup. Ele tem um ponto. Sempre o esperto. — Sim, tudo bem. — Arrasto minha mão sobre o meu rosto. — Eu vou tentar mudar. — Ou que tal você simplesmente não entrar em brigas? O último soco que você deu fez aquele cara Ralph parar na calçada.
Eu rio. Ralph, uma fodida maneira de dizer vômito. — Você sabe o que eu sempre quis saber? Irritado, Rath diz: — O quê? — Que tipo de violenta reviravolta Ralph passou para conceder-lhe o título de rei do vômito? O sulco na testa de Rath alivia quando um pequeno sorriso passa por seus lábios. — Não faço ideia, mas estou feliz por não ser o Ralph. — Meu telefone vibra de novo. — Você vai responder a isso? — Meus clientes sabem que vou ligar de volta quando estiver disponível. — Uh... cara, você não se lembra de ter acabado com o telefone daquela garota ontem à noite? — Mas que po...— Oh filho da puta. Eu corro para o telefone na minha mesa de cabeceira com a capinha roxa e atendo a ligação. — Olá. — Olá? — Porra, ela parece irritada. — Você está brincando comigo agora? Você sabe que horas são? Eu me sento na minha cama, me preparando para a lição dela. — Devo estar atrasado para algo pelo tom de vadia em sua voz. — Desculpe? Você acabou de me chamar de vadia? — Não. Eu disse tom irritado. Totalmente diferente. — Você está duas horas atrasado. Eu estive sentada neste restaurante esperando por você trazer de volta o meu telefone. — Oh sim. — Passo a mão pelo meu cabelo molhado. — Eu dormi. Desculpe por isso, moça. — Você está... Eu não posso... Você me disse para estar aqui às sete em ponto e dormiu? Dou de ombros mesmo que ela não possa me ver. — Eu bebi ontem à noite. Eu não posso ser responsabilizado pelo que eu disse. — Você... você é tão rude. — Whoa, olha, ela está atirando insultos. — Eu me inclino para trás em uma mão. Há um silêncio do outro lado do telefone, e mesmo que eu não conheça essa garota e tenha uma
lembrança vaga de como ela é de ver suas fotos, posso imaginá-la contando até dez. Finalmente, — Você sabe, eu tenho sido muito gentil em atender suas chamadas sem parar e dizer às pessoas que você está sem o seu telefone, mas vai retornar para elas. — Por que não deixa ir para o correio de voz? Dessa forma, posso realmente ouvir o que eles têm a dizer. — Bem... — Ela faz uma pausa e eu rio. — Eu achei que era educado, já que seu telefone não parava de tocar. — Ser educado não está no meu radar, e eu já tenho uma secretária, então não atenda as chamadas. —Machucaria dizer obrigado? — Não, mas eu não sou grato, então seriam palavras desperdiçadas. Ela bufa. — Você é um idiota. Eu estou ... Eu vou jogar seu celular na lata de lixo. — Jogue, estou bem em usar o seu. Além disso, as selfies que você tirou são um bônus adicional. — Pare de olhar para as minhas fotos. — Eu sorrio para mim mesmo, mas quando olho para Rath, seus braços estão cruzados sobre o peito, e ele balança a cabeça para mim. — Podemos por favor marcar outro encontro? Eu realmente preciso do meu telefone de volta. — Claro, moça. —Eu coço a barba em minha bochecha. — Como está sua agenda na próxima terça-feira? — Próxima terça-feira? — Ela pergunta, indignada. — Próxima terça não dá. Que tal na próxima hora? — Ah, estou nu e não decente. Vai levar pelo menos duas horas para colocar as calças. Eu tenho um olho roxo, você sabe. Difícil de ver. — Ela não precisa saber que eu já estou meio vestido. Eu não tenho ideia do porque eu estou sendo tão idiota com essa garota. Honestamente, eu meio que gosto da raiva em sua voz, as faíscas de fogo sendo lançadas em meu caminho. — Não é minha culpa que você tenha brigado por causa do ketchup. — Não me julgue. Não julguei você e as fotos com lábios de pato no seu telefone.
chutar
— você
Vou nas
bolas. — Você não está me fazendo querer te encontrar tão cedo. Soltando um suspiro frustrado, ela diz: — Apenas me diga quando... hoje. Não na próxima terça-feira. Eu olho para o meu relógio de cabeceira e penso sobre isso. — Hoje à noite, oito, no Marlo. — Marlo, eu não sei... Eu desligo e jogo o telefone na cama, exausto. — Você é um idiota. — diz Rath com um revirar de olhos. Eu não posso parar a risada que borbulha fora de mim. — Eu sei. Mas é da minha natureza. Levantando da cama, ando até o banheiro e olho no espelho, olhando novamente meu olho. Parece ainda pior agora que estou mais acordado. — Quantos olhos roxos você já teve até agora? — Rath pergunta, apoiando-se na porta. — Demais para contar. Sutton: Eu não posso acreditar que você acabou de desligar. Sutton: Eu não tenho ideia do que é esse lugar Marlo. Sutton: Olá? Se você não vai atender minhas ligações, pelo menos me mande uma mensagem. Sutton: Sério, vou chamar a polícia por roubar telefone. Sutton: Por que você é o pior humano de todos os tempos? Roark: Alguns de nós temos que trabalhar e não podemos passar o dia inteiro tirando selfies. Sutton: Eu não tiro tantas! Por que você desligou na minha cara? Roark: Tive que mijar e não queria que você escutasse. Sutton: Você é tão vulgar. Roark: Porque eu disse mijo? Eu poderia dizer muito pior. Sutton: Me poupe. Apenas me diga onde é esse lugar que iremos nos encontrar. Roark: É chamado de Google Maps. Sutton: Eu tentei e não consegui encontrá-lo. Roark: Você colocou Marlowhit? Sutton: O que? Não, você acabou de dizer Marlo.
Roark: Você é exaustiva. Marlowhit é um clube. Coloquei seu nome na lista como garota do telefone. Apenas diga ao segurança que você tem o telefone do Roark, e ele te levará até mim. Sutton: Você não pode me encontrar lá fora? Roark: Eu posso, mas não quero. Vejo você às oito. Não se atrase. Sutton: Você não se atrase!
Sutton: Enviando um lembrete, você deve me encontrar em uma hora. Sutton: Envie-me um texto de volta para que eu saiba que você vai estar lá as oito. Sutton: Ainda vamos nos encontrar as oito? Sutton: Trinta minutos, por favor envie um texto para mim! Roark: Algo surgiu. Não podemos nos encontrar hoje à noite. Sutton: O que? Você não pode estar falando sério. A troca de telefone levará dez segundos, o que possivelmente poderia ter acontecido? Roark: Meu pau. Conheci uma garota. Outra hora. Sutton: Você não pode estar falando sério. Roark: Sexo é muito mais importante. Sutton: Pegue o telefone. Sutton: Eu vou te ligar a noite toda. Sutton: Você é tão... você é um idiota.
CAPITULO TRES Querida Terrance, Terry Posso te chamar de Terry? E quanto ao Tdawg8? Você é um fã? Eu não sou. Isso é um trabalho em progresso. Eu vou ser honesto com você, porque é disso que se trata, certo? Ser honesto um com o outro? Bem, eu tive toda a intenção de me encontrar com aquela garota ontem, eu realmente fiz, mas então Carmella veio até mim com um olhar sensual no rosto e as intenções de me fazer gozar quando ela sentasse no meu colo. Eu realmente não tive escolha. Não havia nenhuma maneira que eu pudesse negar ao meu pau outra oportunidade perdida, então eu peguei. Eu me sinto um pouco mal? Talvez. Mas não é como se a garota não tivesse um telefone para contatar pessoas para emergências. Ela tem o meu. Então mais um dia não vai matá-la. Foi o que pensei até que acordei com os peitos de Carmella na minha mão e vinte mensagens de texto assassinas à minha espera da senhorita impaciente. Não se preocupe, eu acalmei minha alma apavorada com os peitos de Carmella na minha boca. Eu me sinto muito melhor. Obrigado, T-man. Roark ***
8
Cantor de Rap
— Eu odeio a vida. — Caio na mesa, minha pequena mochila caindo no topo da mesa. — Hey, —Maddie diz, pegando seu café e segurando-o enquanto ela me estuda. — Estou supondo que você não conseguiu o seu telefone de volta? — Não, ele cancelou ontem à noite quando eu estava tentando lutar com o segurança para entrar no clube. — O que você quer dizer? — Ela toma um gole de sua xícara, olhando para mim. — O idiota disse que eu estaria na lista para entrar, mas quando cheguei lá, o segurança disse que não havia ninguém na lista sob 'garota do telefone' e se eu ia tentar entrar, eu deveria ser mais criativa com meu nome, porque ninguém acreditaria em mim do contrário. Maddie bufa e depois cobre a boca. — Isso é meio engraçado. — Não foi. — Bato na mesa furiosamente. — Não foi engraçado, especialmente quando as pessoas na fila atrás de mim começaram a zombar de mim enquanto eu fazia a caminhada da vergonha pela calçada. Acho que nunca conheci um idiota maior em toda a minha vida. — E Joseph Aphern? Lembra dele do primeiro ano? Ele continuou roubando suas canetas naquela aula de literatura britânica. — Esse cara é muito pior que o Joseph. É como se ele se alegrasse em manter meu telefone longe de mim. O que aconteceu com os bons samaritanos? Estamos tão cansados com uma sociedade em que não podemos simplesmente devolver o telefone de uma garota? — Para ser justo, — Maddie diz com uma inclinação de cabeça, — ele está tentando devolver, apenas em seu próprio tempo. — Em seu tempo, exatamente. — Jogo seu telefone na mesa, várias chamadas perdidas que não foram atendidas, mensagens de texto de mulheres aleatórias conectadas em seu telefone sob descrições ao invés de nomes. — É tão rude, e olhe para todas essas correspondências perdidas.
Eu jogo o telefone na direção de Maddie que o pega. — Quem diz correspondência? — Maddie torce o nariz e, em seguida, passa o dedo através da tela inicial, recebendo todas as notificações. — Meu, meu, meu. Eu me pergunto quem é a Morena Peituda. Ah, e olhe para isto: Ruiva Escandalosa. — Há também Ruiva com Peitos Longos, Loira com Olhos Loucos e Olhos Verdes que Chupa Duro. — Maddie ri. — Olhos Verdes que Chupa Duro parece ser um bom momento. — Elas são todas rotuladas assim em seu telefone. Ele não pode colocar seus nomes? Isso é demais? — Bem, depois do problema que você passou com ele, eu vou assumir que reunir um nome pode muito bem ser muito difícil para ele. Relaxo na mesa e solto um longo suspiro. — Eu não suporto o cara e nem o conheço. Mas não se preocupe, ele disse que se eu precisasse de algo para olhar, eu poderia vasculhar as fotos nuas em seu telefone. Os olhos de Maddie se arregalam quando ela se atrapalha com o telefone. — Ele tem fotos nuas aqui? Ele tem um pênis grande? Eu sinto que ele tem. — Não fotos nuas de si mesmo. — Embora eu não possa ter certeza. — Selfies nuas de mulheres. — O que? Sério? — Maddie coloca o telefone na mesa e abre o álbum de fotos. — O que você está fazendo? — Eu tento tirar o telefone, mas ela bate na minha mão. — Estou apenas checando... Oh meu Deus, ele tem fotos nuas aqui. — Sua cabeça surge e um brilho perverso cruza seu rosto. — Você sabe o que você deve fazer? — Eu vou gostar disso? — Eu acho que você vai. Vamos mandar um texto ameaçador para o seu amigo. Realmente chame sua atenção. Sustento meu queixo na minha mão. — Você realmente acha que podemos chamar a atenção dele? — Oh sim. Ela digita e então segura o telefone para mim para ler sua mensagem de texto já enviada. Sutton: [Imagem de loira nua] você tem duas opções, ou me encontrar
no Starbucks em 58 th ao meio-dia de hoje, ou todas as suas preciosas fotos vão ser excluídos de seu telefone. Eu rio e olho para Maddie. — Oh isso é bom. Você acha que vai funcionar? — Cem por cento. — Ela se senta com a xícara de café. — Ele vai ser massa em suas mãos.
Sutton: Você viu minha mensagem de texto? Sutton: São 11, uma hora de apagar todas as fotos nuas do seu celular. Sutton: Não pense que eu não farei isso. Porque eu vou. Eu vou deletar tudo. Sutton: Olá?? Roark: Cristo, mulher. Basta apagá-las. Eu tenho tudo com backup na nuvem. Mas se isso faz você se sentir vingativa, vá em frente e apague. Sutton: Você é tão irritante! Por que você apenas não vem me encontrar? Roark: Alguns de nós temos que trabalhar. Sutton: Eu trabalho! E como você pode trabalhar quando eu tenho seu telefone? Roark: Eu tenho um escritório. Minha vida não é tudo em um único dispositivo. Sutton: Você tem um escritório? Isso é difícil de acreditar. O que você faz? Dando nomes as todas as garotas do seu celular? Roark: Estou detectando uma pitada de ciúmes. Sutton: Você gostaria disso. Roark: Não, não poderia me importar menos. Sutton: Você vai me dizer quando podemos nos encontrar? Sutton: Olá?
— Eu realmente não acho que haja mais homens decentes nesta cidade. — Eu acaricio Louise, minha gata, nas costas. —
Porque se houvesse, eu não teria que lidar com o constante zumbido deste telefone esquecido por Deus, e eu teria o meu de volta. Ele está me fazendo perder a cabeça. Perder realmente, Louise. Eu gritei com um motorista de táxi hoje, e eu nunca faço isso, mas eu estava tão cansada que descontei minha raiva no pobre homem e disse a ele que ele precisava lavar seus assentos. Com certeza, eles eram assentos muito sujos e podiam ser lavados, mas eu não tinha que envergonhar o homem daquele jeito, reclamar da higiene de seu carro. Pressiono minha mão na minha cabeça e respiro fundo. — Eu também descontei na garota da Starbucks quando ela perguntou qual era o meu nome para o pedido e então ela chamou Sully ao invés de Sutton. Peguei o copo dela com muita força e quase abri a tampa com o aperto. No rastro da minha ira, atravessei a loja, ainda sem telefone. Coloco uma ervilha na minha boca. — E sabe de uma coisa? Acho que fui rude com a bibliotecária hoje também. Quando perguntei onde estavam os livros de Kendra Elliot e ela não tinha ideia do que eu estava falando, bufei e disse que os encontraria eu mesma. Isso foi rude. Soube disso na hora, mas não pude evitar. Esse cara irlandês me faz questionar minha sanidade. Pego minha água e tomo um gole. — Com ciúmes. Ele é louco? Com que diabos ele poderia pensar que eu estava com ciúmes das mulheres nuas em seu telefone? Estou mais convencida de que ele é um prostituto, e deve haver milhões de doenças no telefone que tenho usado nos últimos dias. Louise esfrega a cabeça na minha mão. — E o mataria ser um pouco mais educado? Ele deve saber dizer por favor e obrigado, dado a todas as mulheres que parecem entrar e sair de sua vida. Relaxo na minha cama no meu pequeno apartamento e olho para o teto branco primorosamente esculpido. Quando encontrei este apartamento em Park Slope, eu sabia que tinha que tê-lo por causa de toda a arquitetura e história da cidade de Nova York. Mesmo que minha cozinha, quarto, sala de jantar e sala de estar estejam todos dentro de um raio de dois pés, eu ainda tinha que tê-lo. Ele foi feito para Louise e eu. Duas meninas, vivendo no Brooklyn, perseguindo nossos
sonhos de ervilhas e água em uma noite de sexta-feira. Cuidado, mundo. Quem estou enganando? Esse cara não vai entrar em contato comigo esta noite quando é uma noite de festa. Meia noite em uma sexta-feira? Ele provavelmente está com a bebida até os joelhos, com uma garota sentada em cada uma das pernas dele. Muito preciso. Eu ponho ervilha na minha boca. Provavelmente tem uma camiseta com decote em V. Todos os idiotas usam decotes em V. Eu estremeço. Não foi um pensamento muito bom. Meu pai me ensinou melhor que isso. Mas... ele provavelmente está usando um decote em V e mostrando seu peito de homem. Isso é o que idiotas fazem, mostram o seu peitoral. Ok, essa é a última vez que vou chamá-lo assim. Suspirando, inclino minha cabeça contra Louise, seu ronronar crescendo mais alto. — Você sabe... O telefone vibra ao meu lado e vejo meu número piscar na tela. Gah, milagres acontecem. Talvez ele queira se encontrar. Isso só me agradaria. Mas então novamente... Eu olho para o meu pijama de gatinho. Oi, eu não estou vestida para uma mudança de telefone, quem realmente se importa neste momento. Tudo o que me preocupa é pegar meu telefone de volta e me livrar desse homem irritante. Roark: O que você está vestindo? Ele está falando sério agora? Eu li isso corretamente? A coragem desse homem. Uma abundância de raiva ilumina minhas veias, enviando um rubor furioso direto para minhas bochechas enquanto eu solto uma resposta. Sutton: Como você se atreve a me perguntar isso? Você tem sido nada além de um completo idiota comigo, ficando com meu telefone como refém e pulando de reunião após reunião. Você não pode agir
como se fôssemos amigos agora, seu idiota pomposo.
Pronto. Isso deve resolver. Com um sorriso, eu coloco o telefone para baixo, satisfeita com a minha resposta. Até ele mandar de volta. Roark: Eu vou tentar adivinhar o que você está vestindo, aposto que está vestindo um macacão com gatinhos perseguindo fios nele. Com a boca caindo, eu examino meu pijama, imaginando como ele sabia disso... Minhas malditas fotos. Sutton: Pare de olhar meu celular. Isso é tão rude. Roark: Ah, apenas observando, moça. Eu poderia ter enviado alguns para o meu amigo por segurança. Sutton: Isso é uma enorme invasão de privacidade e eu vou te processar. ** Soco ** Vou te processar. Roark: Se você fosse boa em mensagens de texto, não precisaria colocar asterisco em suas ações. Você seria capaz de transmiti-la usando apenas suas palavras. Sutton: Você está realmente me dando lições de mensagens de texto agora? Você realmente acha que é uma ideia inteligente? Roark: Eu quero dizer... Eu posso te ligar se for mais conveniente. Realmente vá em frente. Você pode fazer anotações. Sutton: Me dê meu telefone de volta!!!!!!!!! Roark: Uma exclamação teria sido suficiente, mas você saberia se você me deixar te ensinar o protocolo de mensagens de texto adequado. Sutton: Eu te odeio. Roark: Whoa, essa é uma afirmação forte. Sutton: E eu quero dizer isso. Roark: Você sabe o que acontece quando você joga palavras assim no universo, certo? Sutton: Ah, então você vai ficar todo filosófico comigo? Fungando, afundo em minha cama. Louise sobe na minha barriga e fica confortável. Na minha cabeça, gosto de acreditar que ela está tentando me consolar, quando na verdade eu sei que ela está apenas buscando calor
nesta noite fria de fevereiro. Eu amo muito o meu apartamento, mas é velho, o que significa que há correntes de ar frio nas fendas das janelas e portas. Roark: Muita hostilidade. Talvez se você realmente relaxasse, seria capaz de aproveitar a vida. Sutton: Eu gosto muito da vida. Obrigada. Roark: É? Quando foi a última vez que você fez sexo? Eu pisco algumas vezes, lendo sua pergunta várias vezes. Bem... isso não é da conta dele. Mesmo que tenha muito tempo que não faço sexo. Dois anos eu acho. Sim... dois. Com Kent, meu último ano de faculdade, na mesma noite ele terminou comigo. Que cavalheiro. Depois que ele conseguiu o que queria - e eu quero dizer que ele só conseguiu o que queria - ele se levantou e saiu, dizendo que estava deixando o país e não planejava manter um relacionamento de longa distância. Um mês depois, eu o vi trabalhando em um Starbucks. Voltando-me para o telefone, sem saber por que ainda estou me envolvendo com esse homem - talvez porque estou preocupada de que se não o fizer, ele nunca me devolverá meu telefone. Sutton: Eu não vejo como isso é da sua conta. Roark: Não é. Bem, pelo menos ele é honesto - isso é um pouco refrescante. Roark: Mas eu ainda quero saber. Claro. Sutton: Estamos saindo do assunto. Quando posso pegar meu celular? Os pontos que estavam pulando para frente e para trás na tela, indicando que ele estava digitando uma resposta, pararam. E depois há silêncio. Por quê? Por que isso é algo que ele está evitando? Eu não entendo. Ele gosta de atormentar as mulheres? É um passatempo favorito dele? O que ele poderia querer com o meu telefone? — Louise, eu posso muito bem perder a cabeça. E então o que acontece com você? Eu diria que você pode ir
viver com meu pai em seu rancho, mas eu não acho que ele vai te tratar como a princesa que você é. Ele iria te deixar do lado de fora com o resto dos gatos, e você teria que se virar sozinha. —Eu coço o lado de sua cabeça. — Você é bonita demais para ser uma gata de celeiro. Soltando um longo suspiro, balanço em direção à lâmpada na minha mesa de cabeceira e desligo quando meu telefone toca. Eu olho para baixo, vendo meu número. É melhor ele estar fazendo essa ligação local - e é melhor que ele seja sério sobre isso - ou eu poderia dar um soco em alguma coisa. — Olá? Ele suspira. — Ei, moça. — Eu odeio admitir isso, eu realmente não quero admitir isso, mas seu sotaque irlandês... é sexy. Tudo bem. Não há como negar, ouvir a voz dele pelo telefone faz algo em meu interior, iluminando-o de uma maneira estranha que causa arrepios na espinha. Tudo a partir de uma palavra... moça. — O que você quer? Ele ri. — Você parece um pouco tensa. — Talvez porque você ainda está com meu telefone. — É tudo o que você quer falar? Eu coloco meu braço sobre meus olhos, contando até cinco. O que meu pai sempre diz para mim? Você pode pegar mais moscas com mel, algo assim. Talvez eu esteja fazendo tudo errado. Esse cara parece ser alguém que consegue o que quer quando se trata de mulheres, então talvez eu precise flertar um pouco para pegar meu telefone de volta. O único problema com isso? Eu realmente não sei flertar. Mesmo quando Kent e eu estávamos namorando, ele disse que eu era terrível nisso. Mas neste ponto, farei qualquer coisa, então se isso significa flertar, então que seja. — Acho que não, — engulo em seco, me odiando. — Sobre o que você quer falar, garotão? — Pergunto e quero acreditar que é a minha melhor voz sensual. E em vez de uma resposta, há silêncio e não o bom tipo de silêncio. Eu o assustei, sei disso. Diabos, eu me assustei. Garotão? De onde veio isso? Eu culpo Maddie.
Oh Deus. Se Maddie ouvisse o que eu disse, ela teria sufocado em sua própria risada. — Você acabou de me chamar de garotão? — Ele finalmente pergunta depois de deixar minhas palavras sem jeito se estabelecerem entre nós. — Quero dizer... você não gosta disso? — Eu estremeço. Me mate agora. Me tire da minha miséria. Talvez Louise pudesse se mudar, me enforque. — Apesar das fotos e mandando mensagens de texto, você não parece ser uma pessoa que fica chapada, mas... você está chapada? — Não, — eu gemo. — Esqueça. Eu estava tentando ser legal para poder pegar meu celular. E desde que você parece ser um homem de várias mulheres, pensei que talvez você quisesse ser chamado assim. Mas foi estúpido. Esqueça que isso aconteceu. Ele ri e o som áspero dele espalha arrepios para cima e para baixo no meu braço. — Se você quiser me chamar de garotão, fique à vontade. — Eu realmente, realmente não quero. — Justo. Posso ter um apelido para você? — Não, — eu respondo rapidamente, meu comportamento agradável vacilante. — Eu não acho que nos conheceremos o suficiente para ganhar apelidos. — Ah, agora isso me machuca. E eu aqui pensando que estávamos formando um laço eterno. — Desculpe desapontar. — Nós não vamos ser amigos depois disso? — Assim que isso terminar, e eu espero que seja amanhã, não acho que iremos. Parece que temos maneiras diferentes de ver a vida... — Como assim? — Ele pergunta, um desafio em sua voz. Ele não pode ser tão obtuso. Só das minhas fotos, ele deveria saber que eu sou tímida. Faço tudo dentro das regras, e mesmo que eu tenha muitas selfies, elas são sempre doces, nunca são sexy, porque eu não sou aquela garota. Nunca serei. — Eu não quero te insultar, então acho que devemos apenas marcar um horário para nos encontrarmos amanhã.
— Meu dia é cheio de reuniões, — ele responde sucintamente, como se eu já o insultasse. Mesmo em um sábado? — Apenas me diga onde posso encontrar você e farei todo o trabalho. — Não, —ele responde com naturalidade. — Meus clientes são de alto perfil, então a privacidade deles é importante. Não posso ter você invadindo nenhuma das minhas reuniões. De alto perfil? O que ele faz? Eu quero perguntar, mas decido melhor. Quanto menos eu souber sobre esse cara, melhor, porque já estou atraída por sua voz. Eu quero manter minha opinião sobre sua personalidade em um momento de aborrecimento de todos os tempos. Descobrir que ele salva animais ameaçados e seus clientes são pessoas como Leonardo DiCaprio e Ellen DeGeneres seria prejudicial. Um protetor de animais com aquela voz e aqueles olhos quero dizer, não, não aqueles olhos, não me importo com os olhos dele - não seria bom. Nada disso seria bom. — Que tal em outro clube? Talvez você possa adiar a ligação com alguém antes de eu chegar lá. Isso é possível? — Não posso fazer promessas. Eu vou te mandar uma mensagem amanhã. Boa noite moça. — Espere, nãoEle desligou. Ugh, filho de uma mãe. Por que eu me incomodei em tentar flertar? — Não posso fazer promessas. Roark qualquer que seja seu último nome, é um idiota egoísta, e este jogo acabou. Eu deveria ter trocado o telefone quando ele se recusou na primeira vez. Eu não conheço esse cara. Bem, o que eu conheci, não gostei. Amanhã vou voltar para onde comprei meu celular, cancelar o serviço, ter um novo SIM emitido. Feito. O Sr. Sexy Irlandês estará fora da minha vida para sempre e minha vida continuará. Talvez eu apenas jogue o celular dele no lixo pela merda que ele me fez passar. Rá toma isso, irlandês.
CAPITULO QUATRO Querido Garotão, Sutton pode não ser capaz de fazê-lo bem, mas eu tenho que admitir, rola bem da minha língua. Embora eu não queira que meu diário tenha a ideia errada, vou continuar procurando um nome. Por que eu estou torturando essa garota você está se perguntando? Bem, eu não necessariamente chamaria isso de tortura, mais como entretê-la. Das fotos em seu celular, parece que ela precisa de um pouco mais de emoção em sua vida, e por que não ser o único a dar isso a ela, pelo menos por um tempo. Se minha terapeuta soubesse disso, ela provavelmente teria algumas opiniões muito fortes sobre o assunto, algo como ser um idiota toda a sua vida não vai te levar a lugar nenhum tenho certeza que ela diria isso de uma maneira muito mais sofisticada, mas Você entendeu a ideia. E talvez eu esteja tentando encontrar prazer de outras maneiras além de uma mulher espalhada na minha cama. Talvez eu goste da brincadeira, e talvez eu goste de ouvir sua voz doce pelo telefone. Não há nada de errado com isso. Ela vai pegar o celular dela... quando eu estiver pronto para devolver. Roark
— O que você acha do seu novo escritório? — pergunta Whitney, parada na minha porta, com uma da xícara de café vermelha na mão. Mãos na minha mesa, um enorme sorriso no rosto, eu digo: — Eu absolutamente amo isso.
Whitney examina o espaço e balança a cabeça. — Você está no que costumava ser o armário do zelador. — Eu sei. — Eu rio como o material de limpeza de limão chamuscando os meus pelos do nariz. — Mas é melhor que nada. — Vamos colocar você em algo novo em breve. Isso é apenas temporário até que a construção seja concluída. — Sério, isso é ótimo. Obrigada. A planta adicionada realmente dá vida ao espaço. Whitney ri. — Você quer dizer a planta falsa dilapidada que Millie encontrou no desembarque do piso do século XX? — É de onde veio? — Olho para suas folhas mortas e ramos dobrados, mas não quebrados. — Bem, foi um bom achado. — Sempre positiva, é por isso que amamos você. — E eu acredito nela. Eles poderiam me favorecer, dando-me um bom escritório em vez do armário do zelador, ou poderiam ter encontrado uma planta que não fosse arrastada atrás de um trator durante a época de plantio, mas eles não o fizeram. Eles me trataram como um funcionário regular, não a filha do chefe, e eu aprecio isso mais do que qualquer coisa. — Uma vez que você esteja pronta, eu adoraria rever seus projetos. — Estou pronta. — respondo entusiasticamente em pé. É meu primeiro dia e posso estar um pouco excitada demais, mas não posso evitar. Trabalhei duro para chegar a esta posição, e mal posso esperar para começar a trabalhar com a fundação que meu pai criou. Rindo, Whitney me dá um breve aceno de cabeça. — Ok, mas vamos para o meu escritório para termos mais espaço. — Boa ideia. — Pego meu caderno e caneta, trago o telefone, porque quem sabe se ele vai decidir devolvê-lo, e sigo Whitney até o escritório dela. Talvez depois que eu resolver o problema do telefone no almoço, eu seja capaz de jogá-lo no lixo de qualquer maneira. Branco brilhante com detalhes em azul bebê, seu escritório é lindo com janelas de parede a parede, fotos dos muitos garotos e garotas que ajudamos e flores frescas em vasos espalhados. Isso é uma coisa que eu sei sobre Whitney, ela ama flores frescas.
— Sente-se. — Ela aponta para a cadeira branca em frente à sua mesa. Ela pega alguns arquivos e os empurra para mim. — Eu tenho dois projetos para você. Um é imediato e o outro começará na temporada de setembro. — Oh, tudo bem. — Pego as pastas e olho através delas enquanto Whitney fala. — Como você sabe, vai ser a temporada de despedida do seu pai com o Steel neste outono, o que significa que temos muito planejamento para fazer. Como uma nova tradição, as equipes da liga apresentam jogadores que tiveram um enorme impacto no esporte com presentes de despedida. Estou encarregando você de se comunicar com cada equipe e garantir a doação deles para o Gaining Goals. Seu pai deixou bem claro que ele não quer nenhuma lembrança, apenas doações para sua instituição de caridade. — Sim, isso faz sentido. Eu posso lidar com a organização disso. — E então a coisa imediata é obviamente o acampamento Gaining Goals no rancho. Nós temos todas as crianças escolhidas. Seis garotas, seis garotos. Você está, obviamente, familiarizada com o acampamento e os terrenos desde que você cresceu lá, então pensei que você gostaria de dirigir o acampamento este ano. — Sério? — Pergunto, um pouco chocada. Whitney está sempre no comando. Desde que meu pai criou o acampamento para as crianças melhorarem suas habilidades enquanto criavam metas saudáveis por toda a vida, Whitney estava no comando, habilmente colocando-se no acampamento sem uma falha. Eu estive em muitos acampamentos e a assisti criar uma atmosfera positiva com tanta facilidade que não acho que é algo que eu possa replicar, mas vou dar o meu melhor. Estou realmente honrada por ela achar que estou pronta para assumir um projeto tão grande, e tudo que quero fazer é abraçar e agradecer a ela, mas Whitney é toda negócios, então eu escuto atentamente. — Sim, você vai ser ótima para o projeto, e vai liberar meu tempo para fazer outros projetos que seu pai está fazendo. — Isso é excitante. Coisas de aposentadoria?
Whitney gentilmente sorri. — Sim, você o conhece, sua mente está sempre mudando com a próxima grande ideia. — Costumava deixar minha mãe louca, — respondo com um sorriso triste. O próximo outono será o vigésimo aniversário de sua morte. Ela deixou este mundo muito cedo, deixando-me sem mãe aos quatro anos de idade. Eles engravidaram muito jovens, aos dezesseis anos. Eu fui uma surpresa, mas eles nunca me deixaram saber. Eles aceitaram o desafio, trabalharam juntos com a ajuda da família e criaram-me enquanto o papai conseguia perseguir seus sonhos. Vovó e Vovô foram parte fundamental na minha criação, mas meu pai também estava lá, ele estava sempre lá, especialmente quando minha mãe se foi com a idade de vinte anos. — Pelo menos é o que papai me disse. — Tenho certeza, — diz Whitney enquanto limpava a garganta. — Tudo o que você precisa saber está nesses arquivos e no servidor com o qual você está familiarizada. Você tem alguma pergunta? Balanço minha cabeça. — Não, eu acho que estou bem. Ajudei com os dois últimos acampamentos, então isso não deveria ser um problema. — Perfeito e não se esqueça de sincronizar seu calendário com seu telefone. — Sim, nenhum problema. — Eu sorrio, embora eu esteja morrendo lentamente por dentro. Preciso pegar meu telefone de volta. Hoje. Quando estou saindo pela porta, Whitney grita: — E bemvinda ao time, Sutton. Estamos muito animados em ter você conosco. Eu sorrio por cima do meu ombro. — Estou animada por estar aqui. E com isso, fecho a porta atrás de mim e corro para o armário do zelador. É hora de acabar com isso. Ele está tendo mais uma chance de fazer a coisa certa... pelo menos é o que eu digo a mim mesma.
Sutton: Onde você está? Quer comer alguma coisa? Roark: Me perguntando já? Eu pensei que você levaria um pouco mais de tempo. Acho que te achei um pouco tímida demais. Sutton: Ah, é isso que estou fazendo. Por favor, saia comigo. Eu quero muito ter um encontro com você. Roark: Você sabe, isso soa muito como sarcasmo. Sutton: Como você sabe? Eu não usei nenhum asterisco para enfatizar minhas ações. Roark: Desnecessário. Sutton: Vamos apenas comer algo. Roark: Eu não sei. Você parece muito agressiva agora, um pouco louca. Eu não acho que estou pronto para isso. Sutton: Você quer me fazer chorar? É isso que você está tentando fazer? Porque eu vou chorar. Bem aqui, agora mesmo, vou chorar. Roark: É uma coisa boa que eu não posso te ver então. Sutton: Eu vou explodir seu telefone com fotos das minhas lágrimas. Roark: Não estou surpreso, já que você é a rainha da selfie. Sutton: Eu vou te chutar nas bolas. Roark: Sim? Eu gosto das coisas um pouco brutas. Sutton: Você sempre tem uma resposta para tudo? Roark: Depende do meu humor. Sutton: Você está com vontade de me conhecer? Roark: Não, eu tenho reuniões durante todo o dia. Desculpe moça. Boa sorte amanhã. Sutton: Por que diabos você quer manter meu telefone? Isto é ridículo.
— Eu vou matá-lo Maddie. — Isso de novo? — Ela geme para o telefone. — Quando vamos parar de falar sobre essa coisa toda do telefone? — Quando eu pegar o meu telefone de volta. — Deixe-me adivinhar, ele não está disposto a negociar hoje.
— Não. —Eu me inclino para trás na minha cadeira. — Diz que ele tem reuniões durante todo o dia. Rolo pelo meu e-mail e clico no meu calendário, olhando através das minhas próximas reuniões. — Como alguém que soca outra pessoa com ketchup tem tantas reuniões? Ele não parece o tipo de negócio. Eu clico no mês, percorrendo tudo. — Eu não faço ideia. Ele não se... — paro, uma lâmpada gigante clicando na minha cabeça. — Oh meu Deus, Maddie. — O que? Eu vou para o aplicativo de calendário no telefone. E é aí que vejo minha salvação. Bingo. — Eu tenho toda a sua programação no telefone dele.— Eu percorri hoje. — Ele tem uma reunião de almoço com um FG no Mirabelle's na 70´s avenida. Será em trinta minutos. Um enorme sorriso se espalha pelo meu rosto. — Bem, o que você está esperando? Vai.
Eu não deveria estar nervosa. Eu deveria estar furiosa, pisando com passos furiosos, deixando o mundo saber que estou tomando esse dia pelos chifres e fazendo as coisas acontecerem. Mas, em vez disso, estou parada do lado de fora do restaurante, nervosamente me contraindo, imaginando se posso simplesmente passar por aquelas portas, interromper a reunião desse cara e exigir meu telefone de volta. Estou dez minutos adiantada, por isso não vou interromper a reunião dele. Eu vou ser apenas um prelúdio para isso, então não será tão ruim. Mas ainda assim, me deixa nervosa. O que eu mais odeio em toda essa situação é perceber o quanto meu educado charme sulista me forçou a deixar de ser implacável. Eu não acho que há um osso implacável no meu corpo, e é exatamente por isso que estou tendo dificuldades para entrar no restaurante.
Uma brisa fria levanta minha jaqueta, enviando um frio profundo direto para os meus ossos. Ok, eu não me vesti para ficar aqui fora o dia todo. Reunindo minha coragem, faço o meu caminho para dentro, dando as boas-vindas ao calor enquanto olho em volta, tentando identificar um irlandês irritável. — Sutton Grace, o que você está fazendo aqui? Há apenas uma pessoa neste planeta que me chama assim. É a única voz que pode acalmar os nervos correndo soltos pelo meu corpo também. Eu giro e encontro meu pai, de pé e abotoando o paletó. Sua estrutura alta e larga faz com que a entrada do restaurante pareça pequena, e suas mãos grandes que seguraram muitas bolas de futebol alcançam as minhas. — Pai, oh meu Deus. —Ando para seus braços, deleitando-me em seu abraço. — Tentei ligar para você algumas vezes para dizer que estou na cidade. Você está realmente tão ocupada com seu novo emprego que não consegue encontrar tempo para o seu velho? E é exatamente por isso que preciso do meu celular. — Não, outra pessoa tem meu telefone, foi acidentalmente trocado e estou aqui para recuperá-lo. — Esse alguém é, você sabe... alguém especial? — Meu pai balança as sobrancelhas e em troca eu dou a ele um gigante revirar de olhos. — Não papai, ele não é. — Oh, é um ele, — ele caminha junto comigo, sacudindo meu ombro. — Ele chamou sua atenção? Sim, mas nunca admitiria isso. Para ninguém. — Nem um pouco. — Eu não sei. Eu posso contestar isso, moça. Girando ao redor, Roark está atrás de mim, vestindo uma jaqueta preta grossa, cabelos debaixo de um gorro e um olho perdendo o tom de roxo. Por que eu tenho que me sentir atraída por ele? — Roark, é bom ver você, cara. — Meu pai avança, oferecendo sua mão. Desculpe?
Como se o tempo parasse, eu observo Roark e meu pai trocando apertos de mão que se transformam em um abraço, seguido por algumas provocações de um lado para o outro. Minha mente voa para o seu calendário, as iniciais me atingindo no estômago. FG. Foster Green. Meu Deus, meu pai está se encontrando com o cara que está com meu telefone como refém nos últimos dias. — O que aconteceu com o seu olho? Você não entrou em outra luta, não é? — meu pai pergunta, uma mão no quadril, um olhar preocupado em seus olhos. Como se eu não estivesse ali, Roark diz: — Tropecei outra noite e bati em uma parede. Porra quase tirou minha cabeça. Jogando a cabeça para trás, meu pai ri e dá um tapinha nas costas de Roark. — A velha língua irlandesa que você tem, não é? — Isso não foi o que aconteceu, — eu digo, surpresa comigo mesma. Os dois homens se viram para mim, a sobrancelha do meu pai levanta, e um olhar alegre no rosto de Roark. — Sim, você tem uma história diferente, moça? — Roark cruza os braços sobre o peito. — Uh, sim. Uma história muito diferente, além da parte bêbada. — Espere um segundo— os movimentos do meu pai entre nós — vocês se conhecem? — Infelizmente, — eu murmuro. — Ele é o cara que roubou meu telefone. — Roubar é uma palavra dura. Acidentalmente peguei, e nem fui eu que o peguei, foi meu amigo. — Oh, isso mesmo. —Eu aceno. — Isso é porque você estava muito ocupado esmurrando um cara na cara com ketchup. Grunhindo, meu pai se vira para Roark. — Esmurrando? Desconfortavelmente, Roark muda, e não posso deixar de me perguntar como diabos meu pai conhece Roark. Roark foi alguém que ele ajudou ao longo dos anos? Um dos casos de caridade do meu pai? Tem havido muitos
homens que meu pai ajudou ao longo dos anos, orientando-os e ajudando-os a sair de um lugar escuro. Roark parece que ele poderia ter sido puxado de um lugar escuro. — Eu poderia ter entrado em uma briga. Virando-se para mim, meu pai diz: — Você vai nos desculpar, por favor? Desajeitadamente, eu me encolho e me movo em direção a Roark, sabendo o que é estar no final de uma das palestras do meu pai. — Vou pegar meu telefone e seguir meu caminho. Eu estendo minha mão, mas Roark não se move. Em vez disso, ele mantém os olhos no meu pai. — Tudo o que você tem a dizer, você pode dizer na frente dela. Realmente não a conheço e não a verei novamente. Com o nariz enrugado agora, meu pai me puxa pelo ombro. — Roark, esta é minha filha, Sutton Grace Green. — Sua filha? — Roark parece chocado, mas apenas por um segundo, e então aquela fachada fria desliza sobre seus olhos verdes irlandeses. — Que porra de coincidência. — Sim, bem. —Eu mexo meus dedos, a mão estendida para ele. — Eu vou pegar meu telefone e seguir meu caminho para que vocês possam voltar para sua orientação. Balançando nos calcanhares, Roark sorri para mim, um brilho diabólico em seus olhos. — Orientação? Eu acho que você está enganada, moça. Seu pai não é meu orientador, ele é meu cliente. — Cliente? — Eu olho para o meu pai. — O que você poderia ter contratado com esse cara? Aulas de Barista? Oh Deus, por favor, não me diga que ele vai ser seu parceiro. — O que? Não. — Insultado, meu pai diz:— Por que você acha isso? — Eu não sei. Quer dizer, você não namora há tanto tempo, pensei que talvez você quisesse alguma ajuda agora que está na sua última temporada. Ele brinca com as abotoaduras em sua camisa e diz: — Confie em mim, eu não preciso de ajuda em namoro. — Mais do que eu queria saber. — Roark é meu agente. — O quê? —Eu grito. Não há como Roark ser o agente do meu pai. O cara é irresponsável, um desastre total e.... jovem. Os
agentes supostamente não são velhos com cabeças carecas de passar a mão pelo cabelo por muitos anos? Eu sacudo minha cabeça. — Pare de brincar comigo. Ele não é seu agente. Dando um passo à frente, Roark estende a mão para mim e diz: — Roark McCool, o melhor agente da cidade de Nova York. Eu afasto a mão dele e volto para o meu pai. — Ele é uma piada. Eu não posso acreditar que você está usando-o. Ele entrou em uma briga por causa do ketchup, papai. Como isso é profissional? — Nunca disse que ele tinha o melhor nível de profissionalismo pessoal, mas ele fez mais por mim nos últimos dois anos do que qualquer outro agente. Ugh, se eu pensar em todos os endossos e contratos importantes que meu pai assinou nos últimos anos, especialmente em sua idade de quarenta anos, eu posso ver o que ele está falando, mas ainda assim.... Roark é seu agente? — Papai, você não pode estar falando sério. — Por mais que eu ame essa conversa sobre sua falta de confiança em mim, eu acredito que tenho uma reunião com seu pai. Roark aponta para a anfitriã, mas eu o interrompo antes que ele possa fazer um movimento. — Só me dê o meu telefone e eu vou embora. Ele encolhe os ombros. — Não está comigo agora. — O que? Sim, você está com ele. — Sem pensar, eu vou em direção a ele e cubro minhas mãos nos bolsos de sua jaqueta. — Tem que estar aqui em algum lugar. — Eu abro a jaqueta procurando por um bolso interno. Quando eu paro, pego os bolsos da calça, mas uma mão segura meu ombro e me afasta. — Sutton Grace, pare de apalpar o homem na frente de seu pai. — Não há necessidade de impedi-la. — Um sorriso cheio se espalha pelo rosto de Roark. — Eu estava gostando disso. Ignorando os dois, aponto para as calças dele. — Esvazie seus bolsos. Olhos fixos em mim, ele puxa os bolsos do avesso, revelando... nada. — Filho de um cracker Ritz. Eu jogo
minhas mãos no ar. — Por que você não está com meu telefone? — Não precisava disso para meu encontro com seu pai. Deixei na minha casa. Eu puxo meu cabelo, frustração me eclipsando. — Eu preciso dele. — Você sabe, isso é perfeito, na verdade, — diz meu pai, — porque eu queria que vocês dois se conhecessem de qualquer maneira. — Ele dá a Roark um olhar sério e aponta para ele. — Nós teremos essa conversa particular um pouco mais tarde, mas por enquanto, que tal todos nós sentarmos para comer? Estou morrendo de fome e quero falar com vocês dois. — O que? Por quê? — Pergunto, mas minhas perguntas ficam sem resposta enquanto meu pai me guia com a mão nas minhas costas. Que diabos meu pai poderia querer conversar com Roark e comigo? Não temos nada a ver um com o outro. E por que Roark sorri cada vez que fazemos contato visual? E por que ele cheira como se Deus o abençoasse com todos os feromônios que Ele havia engarrafado?
CAPITULO CINCO Querido Gary, Você sabe qual música sempre toca quando eu ouço o nome Gary? Essa porra da estúpida canção que Ron Howard canta quando criança, com um palpite no The Music Man. Gary Indiana, Gary Indiana, Gary Indiana, meu lar doce lar. Fodendo o pequeno Howard. Gary não vai dar certo, porque eu não posso estar cantando um maldito show na minha cabeça todos os dias. Desculpe amigo. Eu tenho uma reunião com Foster Green hoje e vou ser honesto, eu vou mentir sobre o meu olho, porque sei que ele vai encher meu saco se ele descobrir que eu estava em outra briga. E mesmo que ele seja meu cliente, eu admiro o homem. É por isso que trabalho duro para o seu saco de bolas velho e enrugado. Eu tenho algumas opções que posso fazer quando se trata do olho roxo. O que você acha que eu deveria dizer? Andando e enviando mensagens de texto, corri para um poste de luz? Sim, meio chato. A senhora idosa me bateu na cara com a bolsa dela porque ela pensou que eu estava roubando-a quando de fato, eu a estava ajudando do outro lado da rua? Totalmente inacreditável, eu sei. Então eu vou com um velho clássico: tropecei e bati em uma parede. Sempre um vencedor. Mais uma vez, você foi um soldado. Obrigado, Gary Roark
Eu preciso de outra maldita bebida. Seriamente. Esta está perdendo o efeito. Se eu soubesse que a garota com o celular era filha de Foster Green, não teria como dizer a ela sobre as fotos nuas em meu telefone. Eu ainda teria dado a ela um tempo difícil, naturalmente - porque esse é o tipo de idiota que eu sou - mas as fotos nuas eu teria considerado muito. E quais são as probabilidades? E por que ela é tão linda pra caralho? Ela é mais bonita na vida real com seu cabelo loiro platinado e grandes olhos azuis, todos de aparência inocente, mas cheios de raiva inédita. E os peitos dela... Foster precisa dizer a ela para bloquear essas coisas. Sua camisa é muito decotada. Eu continuo me pegando, meus olhos são como ímãs para seus peitos, tentando ver através do tecido de sua camisa. Este pequeno almoço é desconfortável por muitas razões, e uma grande delas está pressionando o zíper da minha calça jeans. Se eu soubesse que ficaria atraído pela garota, poderia ter devolvido o telefone um pouco mais cedo e depois a convidado... para uma bebida. Eu não tenho encontros. — Se você tiver alguma dúvida sobre os especiais, deixeme saber, —diz a garçonete, dando-me um olhar astuto antes de recuar, um balanço extra em seus quadris. Bom. Quais eram os especiais? Entre os peitos de Sutton e a garçonete me fodendo, não sei o que aconteceu nos últimos minutos. — A salada do chef parece boa, não acha? —Pergunta Foster. — Mas alface, eu não sei. Sutton se inclina, um sorriso puxando o canto de seus lábios. Sexy. — Mas papai, a alface é de alta qualidade.
— Com nutricional comer o
valor zero. Também pode hambúrguer de guacamole e os anéis de cebola. — Nem perto do mesmo. — Sutton olha para o pai. Ele dá um tapinha na barriga e diz: — É a baixa temporada, Sutton Grace, o que significa que seu pai pode comer o que quiser. Bem, isso não é apenas fofo? Pai e filha com brincadeiras lúdicas. Não é nada nauseante. E o idiota em mim é tentado a fazer um comentário sarcástico sobre querer vomitar depois daquela pequena demonstração de laços familiares, mas eu me retiro porque Foster Green é um dos meus maiores clientes, e quero mantêlo, especialmente com os endossos. Eu fui capaz de marcá-lo ultimamente. Em vez disso, sento na minha cadeira, levo o meu copo para os meus lábios, e tomo um longo gole, deixando o líquido âmbar deslizar pela minha garganta, me cobrindo com dormência. — O que você vai pedir, Roark? — Foster pergunta, olhando para mim por cima do cardápio. Levanto meu copo em sua direção e dou uma pequena sacudida. — Bebendo meu almoço hoje. Um som de desaprovação vem de sua filha que eu ignoro quando tomo outra - longa - dose da minha bebida. Quando coloco o meu copo vazio, ela zomba de mim, claramente não concorda com a minha ideia de almoço. — Você tem um problema com o meu almoço, Sutton? — Eu pergunto, seu nome saindo da minha língua com facilidade. Queixo erguido, olhos ainda treinados no cardápio, ela diz: — Sem problema. Eu só não acho que é muito profissional, mas eu acho que você deixou de ser profissional, não é? — Eu acho que seu pai ficaria preocupado se eu não tivesse uma bebida em uma de nossas reuniões. Nós dois olhamos para ele, e como o homem inteligente que ele é, ele levanta o cardápio, evitando contato visual conosco. Jogando na Suíça. Foster Green sempre foi um dos meus clientes mais inteligentes. — Talvez tente uma reunião sem isso, — sugere Sutton. — Obtenha algumas fibras em seu corpo.
— Fibra, quando todos eles estão servindo alface americana hoje em dia? Foda-se isso. — Pego o cardápio e vejo a primeira coisa sob os pratos de massa. Eu coloco de volta. — Vou pegar o macarrão com queijo. Feliz? — Eu não poderia me importar menos. É a sua escolha. — Não poderia me importar menos? — Eu rio. — Você acabou de me dar uma palestra sobre não beber meu almoço. Eu só estou pegando macarrão com queijo, então você vai parar de me julgar com aquele desdém. Ela cobre a boca. — Não há desdém. Foster se inclina para o lado e fala baixinho, mas não o suficiente. — Houve um pequeno desdém. — Papai! — O quê? — Ele ri. — Houve, — responde com um encolher de ombros e, em seguida, define o seu menu. — Além disso, vocês dois terão que começar a se dar bem se vocês vão trabalhar juntos. Isso me faz sentar em linha reta. — Trabalhar juntos? — O quê? — Sutton praticamente grita, olhos selvagens. O sentimento é mútuo, querida. Empurrando as mãos para baixo para controlar nossa explosão, ele diz: — Vamos pedir e então podemos negociar. — Virando-se para mim, ele aponta para o meu copo e diz: — Esse é o seu último drinque para essa reunião. Pegue um pouco de comida, cara. Com um sorriso puxando seus lábios e um elevar em seus ombros, Sutton orgulhosamente pega seu cardápio de novo e o lê, agindo como se ela tivesse me superado. Vai levar muito mais do que isso para me superar, moça.
E é por isso que eu realmente não como comida ou refeições pesadas. Macarrão com queijo foi uma ideia tão ruim. Parece que acabei de engolir um pedaço de queijo. Está girando no meu estômago com o meu uísque da pior maneira possível. Estou inchado.
Quero desmaiar nesta mesa, a testa no prato meio comido. E os arrotos. Cristo. Tantos desagradáveis, o que parece ser um arroto de cerveja que eu tive que esconder discretamente porque, Deus me livre, se eu soltar um com a Srta. Boas Maneiras sentada na minha frente. Ela pode murchar em sua cadeira. — Você parece estar pronto para tirar uma soneca. Olho para o relógio Gucci todo preto no meu pulso, fazendo um show dele, e digo: — Bem, estamos nos aproximando da hora do meu cochilo. Foster ri, mas Sutton não parece nem um pouco divertida. — Eu não quero ficar com você por muito tempo, então vou direto ao assunto. Marquei esta reunião não apenas para conversar com você, Roark, mas para discutir as horas que você tem que fazer. — Horas? — Pergunta Sutton. — Horas de serviço comunitário, — esclarece Foster e depois se vira para mim. — Você se importa se eu compartilhar com minha filha? — Minha vida é um livro aberto. — Acenei para ele. É realmente. Eu não poderia me importar menos com o que as pessoas sabem sobre mim. Quanto mais eles souberem, melhor na verdade, porque talvez eles tenham a dica de que eu não estou procurando por novas conexões na vida, e estou perfeitamente bem com apenas meus dois melhores amigos. Quer saber da minha infância? Era simples, chata. Criado na Irlanda, tinha um pai que não dava a mínima para mim e uma mãe irlandesa católica rigorosa que usava - e quebrava - colheres de madeira em mim mais vezes do que posso contar. Faculdade, sim, eu diria a você se eu pudesse lembrar. O que eu sei é que eu fazia parte de uma fraternidade. Estava bêbado todos os dias, vomitava em latas de lixo no campus a maior parte do tempo - eu era aquele cara - e meu jogo social era tão bom que acabei gerenciando as carreiras de alguns dos meus amigos mais próximos da faculdade. E agora, eu sou um dos melhores quando preciso fazer negócios, obtenho algumas das maiores ofertas de
endosso e contrato no campo esportivo, e festejo quase todas as malditas noites para me afastar do resto do mundo. Esquecer. É uma vida simples, com a qual estou feliz. E sim, eu poderia entrar em algumas brigas, e poderia ter ido para a cadeia, mas apenas porque o idiota peludo que eu socava na cara era uma merda para me dar um soco de volta. Ele chamou a polícia e me denunciou. Tenho certeza de que não será a última vez que isso acontece. Limpando sua garganta, Foster se vira para Sutton e diz: — Roark entrou em uma briga de bar recentemente e em vez de ir para a cadeia— os olhos de Sutton se arregalam — ele está em liberdade condicional, tem que cumprir várias horas de serviço comunitário, e tem que ir para cursos de controle da raiva. Ela bufa. — E como isso está sendo para você? Arranco um pedaço de algodão do meu jeans preto. — O terapeuta e eu ainda estamos nos conhecendo. — E desde que ele vá para o gerenciamento de raiva e marcando a caixa... — Não parece estar funcionando, já que ele claramente ainda se perde pela coisa mais idiota. Papai, — diz Sutton, — ele brigou por causa do ketchup. — O pau estava fazendo um grande negócio por nada e precisava ser colocado em seu lugar. — Você quase me atropelou com sua idiotice. — É disso que estamos falando? — Eu pergunto. — Você estava com medo? — Sim, eu estava com medo. Eu estava apavorada. Como você sabia que o cara não tinha uma faca ou uma arma? Eu dou de ombros. — Você acabou de descobrir. Sutton joga as mãos no ar. — Eu não posso acreditar que esse cara é seu agente. De todas as pessoas, papai, você escolheu o cara mais mal comportado, não profissional e falante do planeta. — No planeta? — Ergo minha sobrancelha. — Uau, agora isso é um título. — Finjo escrever na minha mão. — Vou anotar isso para o meu currículo.
— Chega, — diz Foster, esfregando a mão sobre a testa. — Cristo, é como se eu tivesse dois filhos. — Sim, exatamente, — ressalta Sutton. — Estou tão feliz que você esteja finalmente percebendo isso. Este homem é uma criança. Inclinando-me para frente, eu aceno para ela. — Ele disse crianças, no plural, o que significa que você está agindo petulante também. — Você está Sutton Grace, — diz Foster. — E isso está me fazendo questionar se você está pronta para trabalhar para a fundação. — O quê? — Ela pergunta, pânico atravessando seus olhos. — Pai, eu trabalhei duro e fiz um mestrado, mesmo que não fosse necessário para a minha posição. Isso é mais do que posso dizer por ele. — Ela aponta para mim, e embora eu possa ser ainda mais frio na maior parte do tempo, basta uma pessoa para ligar meu interruptor e voar para longe. Ela está mexendo no meu interruptor. — Como você sabe que eu não trabalhei duro para chegar onde estou? Ela cruza os braços sobre o peito. — Por favor. Você chegou na faculdade? — Ele foi para Yale, — diz Foster com um sorriso. — Yale? — Sutton fica um pouco mais alta. — Você foi para Yale? — Sim, eu fiz, moça. E eu me formei com um GPA de três pontos e oito. Compreender a economia era uma droga para mim. E também, era a turma mais nova, e eu tive um bom tempo tentando ficar acordado com isso. — Oh. — Sim, oh. De lá, consegui tirar Tyler Gaines, Henry Kumar e Westin Hanks da faculdade. Cometi alguns erros, mas depois criei algumas grandes oportunidades. De lá, meu negócio cresceu. Tenho vinte funcionários que trabalham comigo, represento mais de cinquenta atletas profissionais, incluindo seu pai, e consegui alguns dos maiores contratos da história do esporte. Eu faço vinte por cento - sim, vinte porque sou muito bom - com todos os atletas que gerencio. Seu pai fez mais de cem milhões de dólares entre seu
contrato patrocínio
último e os que eu
contratos de consegui com ele. Faça as contas. Ela está em silêncio, refletindo sobre tudo, então eu continuo. — Eu posso beber como meus ancestrais e me meter em problemas sangrentos sempre que ponho minhas mãos nisso, mas quando o empurrão chega, meu trabalho vem primeiro, e eu faço um ótimo trabalho nisso. Então, antes de ir e me julgar, saiba disso: Eu sei que sou um fodido socialmente, mas quando se trata de negócios, eu falo sobre qualquer contrato, triplicando a renda do meu cliente cada maldita vez. Finalmente, ela levanta os olhos azuis e tristes para mim e diz: — Você ainda pode ser mais profissional. Jesus Cristo. Foster ri alto e dá um tapinha nas costas de Sutton. — Essa é minha garota. Criada com doce charme sulista. É isso que a sociedade está chamando de bruxas feias agora? Senhoras com doce charme do sul? Eu peço desculpa, mas não concordo. — E tão divertido quanto eu estou vendo vocês dois, eu preciso ir. Mas antes de sair, quero que vocês dois saibam que falei com Whitney e, desde que eu confirmei seu patrocinador, Roark, preparei uma maneira de atender a todas as suas necessidades de serviço comunitário enquanto me ajudava também. Eu olho para Sutton, cuja mente parece estar girando uma milha por minuto, e antes que Foster possa me dizer quais são os planos, ela estende a mão para ele. — Papai, não. — Sutton Grace. — Por favor pai. Eu nunca lhe peço nada, mas, por favor, não faça isso. —Você me pediu na semana passada ingressos para o show do Justin Timberlake. Eu bufo - em voz alta - o que me dá um mau pressentimento de Sutton. — Só porque você estava tirando fotos com ele em um jogo. Eu não estava falando sério. Inteiramente... boa maneira de colocá-lo.
— Mas, falando sério, pai, não posso trabalhar com esse homem. Trabalhar comigo? Espere um segundo. — Trabalhar com ela? - Eu pergunto, apontando para a mulher em questão. — Sim, vocês dois estarão trabalhando juntos no acampamento Gaining Goals no rancho. Sutton geme e eu me endireito. — No rancho? O que isso significa? — Isso significa que você vai passar algum tempo no Texas. — Texas? — Sim, Texas. — Foster se levanta e coloca o paletó enquanto olha para nós dois. — Eu acho que será bom para os dois se conhecerem. A melhor maneira de moldar nossas vidas e adicionar mais cultura a isso é aprender a entender os outros que podem não ser como nós. — Ele se vira para mim e com um olhar severo diz: —Não me decepcione, Roark. Você me deve isso. Porra do inferno. Maneira de colocar o sentimento de culpa espesso. Embora ele esteja certo. Eu devo a Foster Green, já que ele pisou onde outros talvez não. Merda. Inclinando-se, ele dá um beijo na cabeça de Sutton e depois aperta minha mão. — Eu tenho a conta, — diz ele antes de nos deixar em nosso estado atordoado e sem palavras. Texas? Trabalhando com Sutton? Trabalhando de graça? Parece que Foster acabou de criar meu próprio inferno pessoal. Quando eu olho para Sutton, ela está olhando para mim, preocupação e raiva em seus olhos. Antes que eu possa dizer qualquer coisa, ela diz: — Temos que sair disso. Como os jovens vivem nas nuvens. Eu poderia passar meus dias com uma garrafa na minha mão, mas também conheço a realidade quando me bate no pau, e Foster Green apenas puxou minhas calças e me deu uma boa surra de pau. Eu ouvi finalização em sua voz. Sua mente está pronta, e não há como um de nós sair da nossa situação sem perder uma parte valiosa do nosso trabalho. — É fofo como você é delirante. — Dobro minhas mãos sobre minha barriga. — Você não tem que ser um idiota condescendente, — ela contrapõe,
estremecendo com o palavrão. Eu não deveria achar isso adorável, mas infelizmente eu acho. — Só te dizendo que é assim. Não há como o seu pai mudar de ideia sobre isso, então é melhor você descobrir como podemos trabalhar juntos sem realmente ter que trabalhar juntos. — O que você quer dizer? — Ela pergunta, parecendo curiosa. — Você é quem irá planejar o evento. Apenas me dê uma tarefa que me garanta uma tonelada de horas e muitas e muitas milhas longe de você. Com a mão no quadril, ela diz: — Mal consigo ver por que você quer ficar longe de mim. Não é como se eu tivesse feito alguma coisa para você. Você é quem mantém meu telefone como refém. — Sim, e por causa disso, aprendi todas as suas tendências irritantes e gostaria de ficar o mais longe possível delas. Ela sacode a cabeça em descrença e se levanta da cadeira. — Você realmente é outra coisa, Roark McCool. — Obrigado, moça. — Eu sorrio com orgulho. — Isso não foi um elogio. — Eh, eu peguei como um. Fumegando, ela caminha até mim e puxa minha manga. Eu a afasto, mas ela puxa de novo. — O que diabos você está fazendo? — Encorajando você a ficar de pé. Estamos indo pegar meu telefone. — Isso é o que você chama de encorajador? Se você quisesse me encorajar a ficar de pé, você teria segurado uma garrafa de uísque entre suas tetas, e eu estaria à sua disposição. — Oh meu Deus. — Ela puxa a jaqueta junto. — Não seja tão grosseiro. — Só dando-lhe uma pequena lição sobre Roark, isso é tudo. -Eu me levanto, me sentindo mais pesado a cada segundo. Amaldiçoando o macarrão e o queijo, coloco meu casaco sobre os ombros. Parece que vou estar fazendo um maldito coração esta noite, a tarefa do diabo.
— Eu não preciso de uma lição. Preciso fazer isso tão indolor quanto possível. — Ela segura sua bolsa por cima do ombro e me puxa pela jaqueta para fora do restaurante e para a rua fria. — Cristo, —murmuro, abotoando minha jaqueta. — Ok, leve-me para o meu telefone. — Eu não tenho tempo, — eu minto, saltando na ponta dos pés enquanto o vento me dá um soco no rosto. Em desafio, ela diz: — Bem, vou ser sua sombra até conseguir. — Tudo bem por mim. — Eu dou de ombros e estendo a mão para pegar um táxi. — Siga-me o quanto quiser. — Eu vou, — diz ela, deslizando ao meu lado, seu pequeno corpo alinhado contra o meu. — E não tente me abandonar também. Eu vou ficar presa a você como cola. — Isso vai ser divertido... ou epicamente ruim.
CAPITULO SEIS Querido Ebenezer, Estou digitando isso no meu telefone - que eu confisquei facilmente de Sutton quando ela não estava olhando - enquanto eu ando pelas ruas de Nova York, tentando parecer que estou fazendo alguma coisa. Eu poderia ter feito um grande show desnecessário sobre o meu trabalho, e sim, trabalhei semi-duro para chegar onde estou hoje. Eu bebi muito, fiz amigos e sei como agradar as pessoas certas com histórias da terra do outro lado da lagoa. Mas agora que Sutton está assistindo cada movimento meu, eu sinto a necessidade de agir como se eu estivesse enviando uma merda de e-mails, quando, na verdade, eu sou um filho da puta triste fazendo uma anotação que eu não poderia me importar menos. E enquanto estamos no assunto de ser um filho da puta triste, eu realmente acho que Ebenezer é um nome terrível. Se há uma coisa que eu sei, nenhuma dama que se preze vai foder um cara chamado Ebenezer. Desculpe, amigo, mas fatos são fatos. Você pode ter um pau gigante, mas ninguém nunca vai vêlo. Desculpe, sua vida sexual é uma merda. Roark
Eu não estava brincando quando eu disse que ia ser a sombra dele. Eu não deixei esse cara fora da minha vista e me recuso até que eu pegue o meu telefone, especialmente desde que ele já tomou o seu nas minhas costas quando eu não estava prestando atenção. Bem, eu poderia estar exibindo um pouco
na
minha mão, tentando provocá-lo no táxi, então quando ele empurrou minha mão, derrubando seu telefone, fui pega de surpresa. E quando estendi a mão, tentando roubá-lo de seu aperto de ferro, fui instantaneamente assaltada por sua colônia, sua colônia maravilhosamente hipnotizante. Eu falhei e fiquei atordoada por alguns segundos antes de reconhecer que meu nariz estava plantado na manga de seu casaco, cheirando. Quando ele perguntou o que eu estava fazendo, felizmente me recuperei rapidamente dizendo que estava procurando por drogas. Talvez um pouco insultado - ainda não consegui lê-lo bem - ele me disse que poderia ser uma droga, mas não usava drogas. Ele não parecia que usava, mas eu não queria ser pega farejando seu braço como um perseguidor assustador que finalmente conseguiu sua cativa sozinha em um pequeno espaço. — Onde estamos indo agora? — Pergunto, batendo no meu joelho enquanto olhava pela janela. — O correio era um verdadeiro deleite. — Sim, uma porra de alegria. —Ele olha para o relógio e sorri. Eu posso dizer que tem algo na manga e quero saber o que é. Já fomos ao escritório dele, onde andamos pelo andar principal, batemos nos cubos e depois saímos. Depois disso, fomos para um local de suco, e vi quando ele tomou dois copos de suco de verde, o que foi um choque total. Fomos então a um alfaiate onde ele estava ajustando um terno, que poderia ter feito alguma coisa nas minhas entranhas, vendo este último bad boy se encaixar, o tecido se esticando perfeitamente sobre seus músculos bem definidos. Essa foi uma hora difícil para mim, querendo olhar para qualquer lugar, menos para ele, e quando ele me chamou para evitá-lo no espelho, corri ainda mais. Não ajudou que ele se despisse na minha frente, vestindo nada além de cuecas pretas. Cuecas! Que homem só usa cuecas nos dias de hoje? Um homem confiante, com certeza. Tudo o que eu vi foi sua bunda apertada envolta em preto. Eu acho que foi isso que levou o braço a cheirar.
Não posso ter certeza. O táxi para - estou surpresa que ele usa o transporte público, dada a quantidade de dinheiro que ele ganha - e ele rapidamente dá ao taxista algum dinheiro e sai pela porta. Eu tropeço para fora da porta, tentando acompanhá-lo enquanto ele entra em um spa. Um spa? Quando eu o alcanço, eu digo: — O que você está fazendo? Ele mal olha para mim. — Recebendo uma massagem, o que parece? Antes que eu possa responder, a recepcionista diz: — Sr. McCool, é tão bom ver você. Por aqui. Eu o sigo? Quer dizer, eu disse a ele que ia ser a sombra dele, mas uma massagem? Isso parece bastante pessoal. Você acabou de vê-lo em sua cueca. Isso não foi pessoal? Então, novamente, e se houver uma saída? Essa não é uma chance que estou disposta a arriscar. Estou pegando meu telefone de volta hoje, e esse é o fim dele. Sem pensar nisso, eu o alcanço. Sinto o humor em sua voz quando ele diz: — Teve que pensar sobre isso por um segundo, não foi? — Talvez um pouco. — Eu mordo meu lábio inferior. Ele ri. — Bem, estou feliz por você estar cumprindo sua promessa. Estou impressionado. Impressionado? Não, isso não me faz feliz. Realmente não. Eu não quero sua aprovação. Mas... Um pequeno pedaço de mim é talvez ter o menor momento alegre. É estúpido, e conto essa pequena parte de mim mesma para prendê-lo e ser um profissional, mas... É estúpido. A recepcionista nos conduz por uma porta nos fundos, onde há duas mesas de massagem no meio, e as luzes estão apagadas. O que ele está tramando? — Você gostaria de água para você e sua convidada, Sr. McCool? — Eu estou bem. Sutton, você quer alguma coisa?
— O que? Não. — Eu balancei minha cabeça, confusa. — O que está acontecendo? Eu não sou sua convidada. A recepcionista sai, deixando-nos saber que nossos massagistas estarão conosco em breve, deixando-me sozinha em um quarto escuro com Roark. — Eu não quero uma massagem com você. —Ele está delirando? — E você seriamente não poderia ter remarcado isso? Você disse que não tinha tempo para pegar meu telefone. Isso parece mais um luxo do que uma responsabilidade. — Eu nunca disse que tinha responsabilidades a cumprir, apenas disse que não tinha tempo. Essa foi a verdade. E se eu for receber uma massagem, prefiro pagar por você para conseguir uma do que você se sentar no canto e olhar para mim o tempo todo. — Eu não quero uma massagem, — falo com firmeza. Ele tira o paletó e coloca a mão atrás da cabeça e tira a camisa. Piedoso. Inferno. Dobras sobre dobras de músculos flexionam-se sob as luzes baixas desta sala pouco iluminada, os peitorais dele claramente definidos acima de seu pacote de seis que ondula com seus movimentos, e o V em sua cintura, nitidamente definido.... Como na terra este homem pode ter um corpo tão bom com a quantidade de álcool que ele bebe? —Fique à vontade moça, — diz ele, afastando meu olhar de seu peito. — Mas pelo que parece, você precisa dessa massagem mais do que eu. — Ele desfaz a calça jeans e empurra para o chão, em pé apenas em sua cueca agora. Novamente. Senhor tenha piedade. Eu engulo em seco. Seu... oh Deus, seu pacote está bem ali na minha frente, todo saliente e.... grande. Doce mel, é grande. — Deu uma boa olhada? — Pergunta ele, antes de virarse para a mesa e tirar as cuecas, exibindo sua bunda perfeita. Eu me viro, protegendo meus olhos, mesmo que a imagem de sua bunda esteja impressa em minha memória, como se estivesse apenas
estampada na parte interna de minhas pálpebras, então toda vez que eu pisco, eu vejo. — O que você está fazendo? — Eu pergunto, estupefata com a sua audácia de despir na minha frente. — Com o que se parece? Não vou ser massageado com roupas. — Você tirou a sua cueca? — Sim. Agora tire a roupa. — Ele estende a mão e dá um tapinha na mesa ao lado da dele. — É hora de tirar o pau da sua bunda. - O pau da minha bunda? Insultada, puxo minha jaqueta para mais perto. — Eu não tenho um pau na minha bunda, nem vou tirar minha roupa na sua frente. E também não vou receber uma massagem para casais. — Fique à vontade. Há uma cadeira no canto que você pode esperar. Sufocando meu descontentamento, vou até a cadeira e retiro minha jaqueta antes de me sentar. — Quanto tempo dura esta massagem? — Duas horas. — Duas horas? — Eu grito. — Você está brincando comigo. — Não, então aproveite sua cadeira, moça. Espero que seja confortável.
Eu acabei recebendo uma massagem? Não. Mas eu tirei uma soneca na segunda mesa enquanto Roark estava sendo esfregado? Sim. Depois de quinze minutos de música serena, óleos essenciais e um quarto escuro, não tive escolha senão ceder e descansar a cabeça. Eu só queria que eu não caísse em um sono tão pesado que Roark tivesse que me sacudir pelos ombros para me acordar. Eu também gostaria de não deixar uma mancha de baba no chão de onde eu enfiei meu rosto no buraco da cabeça. Isso foi meio embaraçoso.
— Você ainda tem um anel vermelho em volta do seu rosto. Roark aponta enquanto estamos no táxi indo para quem sabe onde. E não há nada que eu possa fazer sobre isso. — É a minha pele clara, - eu respondo. — Vai sumir. — Pele clara, mas cresceu no Texas; como isso funciona? — Mergulhando em protetor solar todos os dias, — eu respondo. — Minha avó foi inflexível sobre ter certeza de que eu estava totalmente coberta sempre que saía. Ele concorda, mas não responde. Em vez disso, ele puxa o celular do bolso e disca um número. Eu acho que nossa conversa acabou. Está tarde. São nove horas da noite, conhecimento obtido graças ao relógio do táxi. Nós temos que estar indo para a casa dele, certo? Mas quando ouço sua conversa unilateral com quem quer que esteja na outra linha, percebo que estamos longe de ir para a casa dele. — E aí cara. Sim, estou acabado. Vamos nos encontrar no sétimo andar? Killer bebe esta noite. Sim, estou indo para lá. Não, não comi e não planeje isso. — Claro que ele não fez. Enquanto isso, meu almoço já passou por mim e estou muito pronta para outra refeição. — Sim, vejo você em dez. O nome está na lista, te encontro na parte de trás. Quando ele desliga, ele envia um texto. Eu bato nele no ombro com o dedo indicador. — Uh, para onde estamos indo? Ele não olha para mim quando responde: — Sétimo andar. É uma boate. — Você não pode parar em sua casa rapidamente para que eu possa pegar meu telefone? Tenho certeza que você não vai perder muito a festa. — Eu estou a um tempo longe de chutar este homem nas joias da família, roubar sua carteira e comprar um jantar muito agradável, acompanhado por uma viagem a loja de telefone celular. — Não, tenho que encontrar um cliente. — Em uma boate? — Eu pergunto, minha voz histérica. — Sim, é onde eu o conheci primeiro. Eu cuido de meus clientes e como eles gostam de conduzir negócios.
— Nós estamos indo para uma boate, para negócios? — Uma hora no máximo eu acho. Uma reunião não pode durar muito mais, especialmente em um ambiente como esse. — Claro que não. Eu nunca vou a uma boate apenas para uma reunião. Você vai ser minha companheira esta noite, Sutton. Oh infernos não. — Você sabe, aquele segurança poderia ter sido mais legal, — eu digo sobre a música alta que está batendo no centro do meu peito, sacudindo cada osso do meu corpo. Roark me dá uma olhada. — Para ele, você parece uma freira. — Porque eu estou vestindo uma jaqueta e lenço? Sinto muito por não querer estar com frio. — Eu não acho que ele aceitou seu pedido de desculpas, — Roark diz, sua boca perto do meu ouvido, sua mão na parte inferior das minhas costas enquanto ele me guia através da boate, passando por uma cortina e em um espaço isolado. A música não é tão alta que sinto que meus tímpanos estão prestes a se romper, mas alto o suficiente para que, se você quisesse dançar, não se sentisse um idiota. E acredite em mim, não vou dançar. Eu dou uma olhada no espaço enquanto Roark rapidamente se serve de bebida. — Então, isso é como uma boate é, huh? — Eu corro um dedo sobre o sofá de couro preto. — Chique. Com o copo perto da boca, Roark olha para mim. — Espere, você nunca esteve em uma boate? — Não, nunca encontrei um motivo para estar em uma. Eu sou a boa menina e as boates não são minha coisa. Eu sempre as achei muito intimidantes. — Ele se aproxima. — É por isso que a coloco na lista de resoluções de Ano Novo, porque me assusta. Eu coloquei todas as coisas que me assustam lá. Sua sobrancelha se ergue e ele se aproxima ainda mais. — Resoluções de ano novo, né? O que mais está lá?
Sentindo-me um pouco sufocada, dou um passo para trás. — Isso não é da sua conta. — Deixe-me adivinhar, um deles nadar pelada? — Não, Sr. Espertinho. Não é. Ele bebe sua bebida, os olhos ainda treinados em mim. — Isso é surpreendente. Você parece uma daquelas garotas borbulhantes de algodão doce que teriam isso em uma lista de desejos ou algo assim. Deixe-me adivinhar — ele coça o lado da mandíbula — uma de suas resoluções é tentar anal? — Oh meu Deus. Não. O que há de errado com você? Ele sorri. — De sua reação, eu vou adivinhar que você nunca tentou. — Sim, e eu planejo nunca pensar duas vezes. Isso não é para mim. Ele acena, olhando-me de cima a baixo, depois se afasta. Ele já teve anal antes? Sinceramente, eu ficaria surpresa se ele não teve, do jeito que ele parece... temperado. O simples pensamento disso dispara o calor do meu corpo, forçando-me a tirar minha jaqueta e meu cachecol. Coloco meus pertences no sofá e olho o espaço. Ele me observa e acena para as mesas recheadas de comida preparada na hora, incluindo coquetel de camarão e entradas, além da exibição imaculada de álcool. — Sirva-se, vamos ficar aqui por um tempo. — O que você quer dizer com um tempo? Ele está de costas para mim, seus ombros apertando o tecido de sua camisa enquanto ele se inclina e agarra a pequena parede na frente dele. Ele não responde imediatamente. Eu o vejo inspecionar o clube e os festeiros que parecem ter começado cedo. Se há uma coisa que eu sei sobre discotecas - que eu sei quase nada - são nove horas é muito cedo para as pessoas começarem a ficar bêbadas e dançar. Que significa.... Um tempo muito bom pode ser de três horas. Porcaria. Finalmente, ele se vira, tomando seu copo. Estalando seus lábios, ele olha
para mim e diz: — Não faço ideia de quando meu cliente vai chegar aqui. — Espere, você não marcou um horário? Ele balança a cabeça lentamente, quase de um jeito condescendente. — Você pode dar a eles todos os prazos que quiser, mas até que eles decidam aparecer, sua reunião não começa. Derrotada, eu me inclino contra um poste e digo: — Você deve estar brincando comigo. Este foi o dia mais exaustivo da minha vida. — Exaustivo? — Sua testa se enruga. — Você tirou uma soneca de duas horas e babou no chão, então me explique como isso é cansativo. — Mentalmente cansativo — digo. — Isso é mentalmente desgastante. Se você tivesse me encontrado na primeira hora de manhã, tudo isso poderia ter sido evitado. — Por quê? Você não está se divertindo? — Ele sorri. — Não. Eu não estou. Como isso é divertido? Desfilar pela cidade com você não foi meu dia ideal. — E eu aqui pensei que você estava se divertindo, moça. — Como você conseguiu essa impressão? Ele dá de ombros e rapidamente olha para o meu peito. — Seus mamilos estão duros o dia todo. Eu vou assassiná-lo. Assassinar. Ele.
Não foi assim que imaginei minha noite. Eu imaginava me aconchegar com Louise na minha cama e 9 assistir Outlander enquanto comia minha comida tailandesa favorita do lugar a duas quadras de distância. Imaginei usar uma das minhas camisas para dormir, meias felpudas e amarrar meu cabelo para cima. Um pouco de óleo de lavanda nos meus pulsos e o familiar conforto de um felino fofo ao meu lado. A noite perfeita. 9
Seriado da Netflix
Em vez disso, tenho o som terrível de música de clube explodindo na minha cabeça. Ainda estou usando um meu jeans apertado, meu cabelo está constantemente caindo sobre o meu rosto, e em vez de um felino felpudo, estou sentada entre dois pares de casais fazendo o seu melhor para conseguir alguma ação esta noite, seus corpos ansiosos batendo constantemente contra mim. Tão nojento. Eu me inclino para frente e olho para a morena com longos cabelos ondulados, lábios carnudos e pernas realmente brilhantes que Roark escolheu para a noite. Ela deve ter colocado óleo neles, depois que ela deixou metade de sua camisa em casa. Não vejo bem o apelo, mas, novamente, sou uma garota do campo que nunca pensou em mostrar que metade do meu peito é o caminho para conquistar o afeto de um homem. Apesar de como me sinto sobre a garota, eu provavelmente ainda deveria avisá-la. Inclinando-me mais para a frente, corro ao redor do corpo de Roark e bato no joelho dela. Quando ela olha para mim, me dando um dos olhares mais desagradáveis que recebi o dia todo, aceno para ela. — Ei olá. Eu sou Sutton, — eu grito sobre a música e aponto para Roark. — Eu pensei em avisar você. Durante nossas atividades hoje, nós paramos no médico para verificar como está sua doença venérea. Os resultados vão sair em breve. — Eu levanto meus dedos cruzados para ela. Quando ela dá uma parada total em Roark e fica em pé, sei que meu trabalho está terminado. Nós não fomos ao médico hoje, mas se ele quiser fazer da minha vida um inferno, eu posso facilmente ser um bloqueador de pau. Uma vez que ela se foi, Roark solta um longo suspiro e depois se inclina contra o sofá. Ele olha na minha direção e diz uma palavra. Uma palavra que me satisfaz, sabendo que ganhei essa rodada. — Fofa. Ele balança a cabeça e termina sua bebida, coloca na mesa à nossa frente, depois fica de pé. Antes que ele possa ir longe, eu puxo sua camisa. — Ei onde você está indo?
— tomar
Lá um
fora, pouco de ar fresco. — Eu também vou. — Eu me levanto e tropeço nas pessoas ao meu lado. Roark me autoriza e decola, parecendo muito mais irritado do que o necessário. Ele é rápido, então eu entro em pânico enquanto faço meu caminho através de multidões, negligenciando minha jaqueta e lenço. Passo dois seguranças, que me conhecem agora, e acompanho Roark pela porta dos fundos que ele abre com um pedaço de madeira. Uma vez fora, o frio do ar me atinge primeiro, e então ouço o movimento de um isqueiro. Encostado na parede, com a cabeça inclinada para cima, Roark acende um cigarro e descansa a cabeça contra o tijolo quando acende, soprando uma longa nuvem de fumaça. Fumar nunca foi atraente para mim, mas por algum motivo, neste momento com Roark sob uma luz fraca, seu pomo de adão aparecendo, uma perna levantada contra a parede, há algo muito quente em toda a imagem. Não se incomodando em olhar para mim, ele estende o cigarro e diz: — Quer um trago? — Não. Eu não fumo. — Boa. Nunca comece. Cruzo meus braços sobre o peito e me movo para frente e para trás, minha camisa de manga comprida não faz nada para impedir que o frio chegue aos meus ossos. Por favor, deixe-o ser um fumante realmente rápido. Ele acalma a cabeça para o lado e me olha de cima a baixo, balançando a cabeça. — Você sabe que pode voltar lá. Eu não vou abandonar você, não em uma boate. Eu tenho uma moral melhor do que isso. E por alguma razão, eu acredito nele. — O intervalo da música é bom. Ainda me encarando, ele suspira e desencosta da parede para tirar o paletó que ele sabiamente lembrou-se. Ele joga para mim, e graças a Deus por reflexos rápidos, eu o agarro antes que ele atinja o chão. — Coloque-o para que você não congele até a morte. A lã do casaco dele é tão quente. — Mas e você?
— Você precisa mais. Não faça disso um grande negócio; coloque a maldita coisa. Bem, quando ele coloca assim.... Eu coloco o casaco, imediatamente sendo sugada pelo cheiro dele me enquadrando em um grande abraço. Oh garoto, isso é perigoso. Não é de admirar que a pernas brilhantes estivesse em cima dele. Seu perfume só vai atrair um bando de mulheres, mas jogar sua boa aparência e sotaque e ele é o homem que você não pode deixar de ser atraída. Mesmo se ele te irritar. E eu ainda não consigo tirar o almoço da minha mente. Meu pai respeita claramente Roark, e uma vez que ele explodiu suas credenciais e eu percebi que ele não era apenas um bebedor profissional, eu me senti mais confusa. Meu pai não é alguém para apoiar tolos, e se ele patrocinou Roark, isso significa que ele acredita nele. E isso é o que confunde minha mente. Roark McCool é uma contradição e eu não sei como processá-lo. Eu engulo em seco e tento me concentrar em qualquer coisa além de sua colônia. — Então, — eu limpo minha garganta, — isso é o que você chama de ar fresco? Ele solta uma nuvem de fumaça. — O mais fresco. — Você sabe que não é bom para você. — Obrigado, Pollyanna10. Sim, eu mereci isso. Eu estou nervosa. Nervosa por muitas razões, a maior delas é como sou atraída por ele. É uma loucura - realmente louca - porque mesmo que ele tenha sido rude e grosseiro, eu continuo me sentindo atraída para ele pelo menor dos gestos, como ele me dando sua jaqueta, ou seu leve sorriso quando eu fico com raiva. Eu deveria ir embora agora e considerar meu telefone uma causa perdida, mas pela minha vida, não posso. E então, em vez disso, dou um passo à frente. Ele olha para mim, aqueles olhos verdes cortando a espessa cor de sua barba curta. — O que? — Nada. 10
Uma pessoa excessivamente ou cegamente otimista ou exagerada ou ilogicamente otimista.
está
me
— Você olhando
estranho. Porcaria. — Eu estou? — Sim, pare com isso. — Desculpe. — Olho para longe e para o chão, tentando chegar a algo para dizer. — Uh, quantos anos você tem? — Mais velho que você. — Obviamente, mas quanto? Como quarenta? — O que? Foda-se. — Ele ri, felizmente. — Tenho trinta e dois. — Esse era o meu segundo palpite. — Eu sorrio. Ele dá outra tragada no seu cigarro cada vez menor. — Espertinha. O silêncio se estende entre nós, então eu pergunto: — Você não quer saber quantos anos eu tenho? — Só os jovens dizem coisas assim, como se precisassem provar que são experientes, não tão jovens quanto parecem. Ignorando-o, eu digo: — Tenho vinte e quatro anos. Preguiçosamente, seus olhos arrastam meu corpo e se fixam em meu rosto. — Sim, parece. — O que isso deveria significar? Apagando o cigarro no chão, ele fica de pé e enfia as mãos nos bolsos enquanto me avalia. — Você está ansiosa, pronta para o trabalho e muito borbulhante para realmente ter experimentado as dificuldades da vida ainda. Ilesa, inocente e fresca do útero educacional, você tem muito a aprender sobre a vida real. Ele passa por mim, sua pequena palestra não me incomoda, pois vem de um homem pessimista. Homem gostoso, mas muito pessimista. — O quê? – Ele pergunta, olhando para a minha mão pressionada contra o seu braço. Grandes flocos de neve começam a cair do céu, iluminando a área ao nosso redor. Com meu melhor sorriso, aponto seu cigarro descartado e digo: — Você vai pegar isso? Deve jogar no lixo. Exasperado, ele pega a ponta do cigarro enquanto murmura: — Inacreditável.
Não tenho a menor ideia de que horas são, pois parece que o tempo está parado neste escuro abismo de uma boate. Eu sei que eu tive três aperitivos, provavelmente vinte camarões - se é que estou sendo honesta - algumas bolas de macarrão e queijo, e pelo menos quatro pequenos macarons11 que tinham gosto de céu na minha língua. Tenho bebido água o tempo todo, sendo aquela garota, e ocasionalmente meu dedo do pé bateu em algumas músicas que eu achei que eram um pouco cativantes. Roark estava sentado ao meu lado, um braço sobre o encosto do sofá, o outro segurando um copo de uísque que ele mal tocou desde que voltamos para dentro. Seu cliente está aqui. Eles falaram pelo que pareceram dez segundos, apertaram as mãos e então o gigantesco jogador de basquete estava a caminho. Ele está agora em um canto escuro com uma garota no colo e ela está fazendo todo tipo de giro. Vamos apenas dizer que esta foi uma noite reveladora para mim. Eu olho para Roark, cujos olhos não estão olhando para nada em particular. — Então...Você está pronto para ir? Estou esperando uma resposta espirituosa, algo para me colocar no meu lugar como ele fez o dia todo, mas em vez disso, ele se levanta do sofá e deixa sua bebida parcialmente pronta na mesa de café. — Sim, vamos lá. Graças a Deus. Rapidamente coloco minha jaqueta, envolvo meu cachecol em volta do meu pescoço, e então puxo meu chapéu de inverno da minha bolsa e seguro na minha cabeça. Quando eu me viro para Roark para ele liderar o caminho, sua testa está enrugada. — Você age como se vivêssemos no Alasca. — Está frio e nevando; pelo menos da última vez que vimos o exterior estava nevando. Eu gosto de ficar quente.
11
Nome derivado da palavra italiana macarone.
Revirando os olhos, ele acena para algumas pessoas e se dirige para a frente do clube. Eu tento acompanhar seus longos e decididos passos, mas continuo sendo derrubada, esfregada e empurrada em direções diferentes. — Cristo. — Ouço o sotaque irlandês de Roark bem antes de sua mão apertar a minha e me puxar para trás. Quente e grande, sua mão envolve a minha, prendendo firmemente, enviando uma onda de calor para o meu braço. Eu dei as mãos antes, então isso não é novidade, mas o que é novo é a maneira como os dedos dele seguram minha mão com tanta força, ou a textura áspera de sua pele como se ele não estivesse atrás de um telefone para sua mão. Trabalho diurno. Estou tão consumida pela sensação de nossas palmas pressionadas juntas que nem percebo o cara bloqueando meu caminho até que ele bate em mim, me mandando para trás. Se não fosse Roark se agarrando a mim, eu teria facilmente plantado no chão pegajoso e coberto de álcool. — Hey, idiota – Roark ressoa, ainda segurando a minha mão enquanto agarrava a camisa do cara e fitando seu rosto. — Veja onde você está indo. Eu vi esse olhar nos olhos de Roark antes. Ele tinha antes que ele socasse o cara na loja de cachorro quente. Eu preciso difundir isso antes que fique pior. Especialmente se meu pai for padrinho do Roark. Ele ficaria tão chateado se Roark tivesse mais problemas. Entrando, eu coloco minha mão contra o peito de Roark e passo entre os dois homens. O peito de Roark vibra quando ele dá um passo mais perto. — Pare, — eu digo severamente, afastando sua atenção do cara. Quando seus olhos pousam em mim, eu digo: — Não comece nada. Não vale a pena. Sua mandíbula trabalha para frente e para trás, e posso ver seu temperamento começar a diminuir. Eu prendo a respiração, esperando pelo seu próximo movimento, esperando que eu difundisse a situação. A velocidade com que esse homem fica zangado me surpreende. É como um interruptor imediato. Assustador
realmente. Eu sinto seu coração batendo tão rápido contra a minha mão, ele está tremendo. Eu nunca vi esse tipo de coisa... raiva crua a tão perto. E foi só eu quem foi atacada, não ele. Ele toma uma respiração rápida e superficial e se afasta, indo em direção à frente do bar, ainda segurando minha mão, e eu sorrio para mim mesma. O que ele está pensando agora? Mas esse sorriso rapidamente falha quando saímos para o que parece uma nevasca total. Pelo menos meio pé de neve já caiu. Todas as calçadas estão cobertas, as ruas estão claras e não parece haver uma alma à vista. — Era para nevar tão forte? — Eu pergunto, puxando meu capuz sobre a minha cabeça. — Nenhuma ideia. Não preste atenção. — Sem outro pensamento, ele se vira para a direita e começa a andar, sua mão não segura mais a minha. — Ei, espere — eu chamo. — Onde você vai? — Casa. — Para pegar o telefone? — Certo, — ele chama, com a cabeça virada para baixo e se escondendo da neve caindo rápido. — Certo? —Eu corro através da neve espessa e fria para alcançá-lo. — O que você quer dizer com certo? — Eu acho que você tem coisas maiores para descobrir. — O que você quer dizer? Ele pega o ritmo e atravessa a rua, mal olhando para os dois lados, mas, novamente, ele não precisa, porque as ruas são claras. Não admira que ele não tenha chamado um táxi. — São duas da manhã, está nevando e você mora no Brooklyn. Como diabos você planeja voltar para casa? Oh. Porcaria. Ele desce uma rua elegante e corre até a entrada de um prédio bonito. Um porteiro abre a porta enquanto dá um rápido aceno a Roark. — Muito frio, Sr. McCool. — Congelando minhas bolas, —ele grita. — Fique quente, Harris. Batendo os pés no chão para derrubar um pouco da neve, ele vai até os elevadores e aperta o botão
para cima, enquanto admiro a opulência do piso de mármore e das paredes negras com luminárias douradas. Muito New York tempos antigos, muito legal. O elevador soa, e assim como o resto do dia, sigo Roark e vejo como ele coloca um cartão no elevador e pressiona o botão C, que eu estou assumindo que significa cobertura. Se eu não soubesse que ele ganha muito dinheiro, eu sei agora. Estamos em silêncio na subida, minha mente girando. Duas da manhã? Eu nunca saio tão tarde, especialmente sozinha. Como na terra eu deveria chegar em casa? Eu poderia usar o metrô, mas isso tarde da noite? Isso me assusta. Até mesmo andar por aí com Roark me assusta, e nós só caminhamos a uma curta distância. As portas do elevador se abrem direto para o apartamento de Roark, seu apartamento muito esparso. Não há decorações, sem frescuras. Móveis e é isso. Hmm, não sei por que pensei que haveria mais na casa dele. Roark tira o casaco e joga no sofá antes de ir para a cozinha. Ele abre a geladeira enquanto a observa. Ele pega uma garrafa de água e segura uma para mim. — Quer um pouco de água? — Eu estou bem, — eu digo nervosamente. Isso estranhamente parece muito com aquele momento estranho que você tem com um cara logo antes de começar a fazer sexo. Você sabe, aquele em que ele leva você até a casa dele para fazer conversa fiada, mas em cinco minutos você está arrancando roupas? Espero que Roark não tenha essa impressão de mim. Ele vai estar muito enganado se pensar isso. Garrafa de água na mão, ele se inclina contra o balcão e toma metade da garrafa em um gole. É estranho que eu esteja impressionada. — Então, sobre esse telefone. — balanço em meus calcanhares, olhando em volta. — Sim, está na minha mesa de cabeceira, carregando. Pelo menos ele teve a decência de carregar. — Você pode pegá-lo para mim? — Eu posso. Ele não se move.
— OK. Tipo, agora? — O que você vai fazer? Voltar para o Brooklyn? Eu ajusto minha bolsa no meu ombro. — Uh, eu realmente não pensei muito nisso. — Figura. —Ele termina sua bebida e joga a garrafa na pia. — O quarto de hóspedes fica à direita. Tudo que você precisa está no banheiro anexo. — O que? Você acha que eu vou ficar aqui? Ele dá de ombros e passa pela sala de estar. — Sua escolha. Ele caminha por um corredor estreito e eu estou tentada a segui-lo novamente, mas penso melhor, sabendo que ele está pegando meu telefone, mas quando ele não retorna depois de uns bons dez minutos, eu me pergunto se eu deveria tê-lo seguido. Por que ele tem que dificultar as coisas? Incerta, mas também desesperada por ter um pequeno pedaço de mim de volta, eu ando pelo corredor e chamo seu nome. Quando ele não responde, eu me movo ainda mais para uma porta parcialmente aberta. Seu quarto. Se eu abrir essa porta e ele estiver desmaiado na cama, roncando, eu vou chutar ele direto na bunda. Mas quando eu prossigo, a cama dele está vazia e, em vez disso, eu o encontro andando em uma toalha baixa, cabelo molhado e gotículas de água caindo em cascata pelo seu peito perfeitamente definido. Oh meu Deus. Ele olha em minha direção. — Demorou o suficiente. — Ele pega meu telefone da mesa de cabeceira e joga para mim, em seguida, volta para o banheiro, onde eu o escuto escovando os dentes. Eu estou aqui. Insegura. Eu tento ir para casa? Não vou andar sozinha pelas ruas, especialmente a essa hora. Mas ficar na loucura dos gritos de Roark. Embora, a loucura descreva meu dia perfeitamente. A única coisa que me faz pensar em ficar é que ele é o agente do meu pai, e se Roark alguma vez tentasse alguma coisa, papai iria ouvir sobre isso e não ficaria feliz.
— Você ainda está de pé aí? — Roark pergunta, a mão equilibrada no nó de sua toalha. — O quê? — Meu olhar se fecha. Bem, eu me incomodo com o olhar dele, nervosa com o que dizer, — nós, uh... nós não nos despedimos. Fora de todas as coisas para dizer... — Se você está procurando alguém para te aconchegar ou se despedir com um beijo de boa noite, você veio ao lugar errado. Virando-se, ele tira a toalha e desliza para a cama. É a segunda vez que vejo sua bunda hoje e ainda tem o mesmo efeito em mim, colocando uma bola de fogo no meu estômago, aquecendo todas as minhas veias. Eu mastigo meu lábio e ele deve notar porque ele suspira e diz: — O que? Você não iria se oferecer para me acompanhar até o Brooklyn? — Nem mesmo se você se oferecesse para chupar meu pau antes de sairmos. Estou nu, na cama e prestes a ir dormir. Você pode sair ou você pode ir para o quarto de hóspedes. De qualquer forma, diga-me agora para que eu possa configurar o sistema de segurança. Estranhamente, essa é a reação que eu esperava dele. Eu acho que não tenho escolha no assunto. Não vou sair às ruas nesta nevasca sozinha, o que significa uma coisa: vou me encontrar com Roark McCool durante a noite. Apontando meu dedo para ele, eu digo: — Não é engraçado, ok? Eu vou trancar a minha porta e tenho sono leve, então qualquer movimento no meu quarto eu vou ouvir. Vou denunciá-lo se você tentar alguma coisa. — Cristo, —ele murmura, arrastando as mãos sobre o rosto. — Confie em mim, moça. Você não precisa se preocupar comigo chegando perto de você. Agora saia daqui. Estou cansado. Ouvindo você alto e claro. Eu mastigo no lado da minha boca. — Você sabe, você poderia ser um pouco melhor. Afinal, passamos o dia juntos. — Não por minha escolha. — Ele afofava seu travesseiro. Não é realmente por minha escolha, Sr. Idiota. Eu mexo com meus dedos. — Você sempre dorme nu? Levantando-se da cama, ele aponta para a porta. — Vai. Agora.
— Ok. Certo. Noite, noite12. Noite, noite? Vamos lá, Sutton. Tente melhor não parecer uma idiota. Quando olho para trás por cima do meu ombro, tudo o que posso ver é a leve sacudida de sua cabeça. Figura. Eu me humilhei o suficiente hoje, por que não terminar o dia inteiro com uma simples noite, noite? Simplesmente perfeito.
12
Em inglês se diz night, night. É um jeito fofo de se dizer boa noite.
CAPITULO SETE Querido Sebastian, Quem diabos diz noite, noite? Quem, aos vinte e quatro anos, diz noite, noite a um homem adulto? Sutton Grace, é quem diz. Cristo. Que dia maldito. Eu não poderia afastá-la de mim para salvar minha vida, e você sabe o que realmente está errado na maldita coisa da minha cabeça? Eu gostei. Sim, eu gostei de tê-la por perto. Eu gostei de seu choque, sua inocência, o jeito que ela resmungava sempre que eu fazia algo que ela não aprovava. Eu gostei de cada segundo, e se isso não é uma bandeira vermelha, eu não sei o que é. Então, eu comecei a me livrar dela. Eu achava que a boate seria a última gota, mas em vez disso ela sentou no sofá, comeu como uma rainha em seu palácio, e docemente bateu o pé com a música. Bateu seu maldito pé. O que eu fiz com isso? O que todo outro homem idiota faria. Eu a trouxe de volta para minha casa e disse a ela para dormir no quarto de hóspedes. Lembre-se, a sala está muito longe para eu notar, mas é como se eu pudesse senti-la respirando o mesmo ar. Eu sei que ela está lá, e é por isso que estou acordado às três da manhã, escrevendo para você como um adolescente agonizante. Inferno... Durante todo esse tempo, pensei que estava escrevendo para um caranguejo falante, bem legal, mas que não funcionaria para mim. Desculpe Sebastian. Roark
Sono leve... besteira. Totalmente vestido para o dia e bebendo uma xícara de café quente, eu olho para Sutton, cuja boca está entreaberta, babando em todo o meu travesseiro de penas de ganso, bunda no ar e braços estranhamente flanqueados ao seu lado. Eu nunca vi nada assim. Honestamente, parece que ela é uma avestruz com a cabeça presa no chão. Eu não sei o que fazer com isso. Há realmente apenas uma coisa que posso fazer neste momento... Para manter minha reputação, eu poderia ter tirado algumas fotos para uso emergencial depois. Não posso deixar passar uma oportunidade assim. Eu seguro meu telefone e ando mais perto da cama, sem saber como acordá-la. Eu poderia gritar, assustar a merda, ou eu poderia ligar um alarme ao lado de sua orelha, garantindo um mijo direto para meus lençóis de algodão egípcio. Eu poderia cutucá-la com uma vassoura - se eu soubesse onde estava. Bater na bunda como se ela fosse um bebê recémnascido. Gentilmente balançar para frente e para trás até que suas pálpebras se abrissem ou suavemente esfregar suas costas. Talvez deixar o sol brilhar através das cortinas. Não, eu não sou tão legal assim. Em vez disso, pego um travesseiro do chão e atiro nela ela. Cabelo espalhado por todo o rosto, ela levanta e olha em volta, tentando se orientar. Tirando o cabelo do rosto com a mão, ela faz contato visual comigo e grita, espantando-se para trás na cama. Eu tomo meu café casualmente. — Bom Dia. Ela afaga seu corpo, claramente procurando por roupas e, em seguida, suspira em alívio audível. — Nós não fizemos sexo. — Foda-se obrigada, certo? — Eu pressiono a minha mão no meu peito. — Que alivio. Eu não posso me dar ao luxo de engravidar agora. Ela estreita os olhos. — Não seja um idiota.
— É minha natureza, moça. É o que eu faço. — Eu aceno para ela. — Agora tire sua bunda da minha cama; eu tenho que começar a trabalhar, e estou apostando que você também. Seus olhos se arregalam. — Oh meu Deus, que horas são? Eu olho para o meu relógio e, em seguida, tomo outro gole do meu café. — Nove e quinze. — O quê? — Freneticamente ela sai da cama e começa a correr pela sala reunindo coisas. — Por que você não me acordou? — Eu pareço com o seu maldito despertador? Não é minha responsabilidade. — Eu não posso acreditar que eu dormi. — Deslizando em seus sapatos, mas tateando terrivelmente, eu seguro o sorriso que tenho certeza que me daria um chute direto para a virilha. — Que tipo de truque você tem naquela cama? Divertido, eu pergunto: — Do que você está falando? — Você sabe exatamente do que estou falando. É como se você tivesse uma poção para dormir ou algo assim. — Chama-se dinheiro, Sutton. Isso te compra para dormir. Ela olha para mim. — Não é verdade, algumas das pessoas mais ricas têm insônia. — Então eles não estão fazendo certo. Embora, eu mal tenha dormido na noite passada, porque o bom e velho avestruz-no-ar estava no outro quarto, fodendo com a minha cabeça. Mas eu não vou mencionar isso para ela. Terminando com seu último sapato, ela se levanta, pega sua bolsa e começa a sair pela porta quando eu limpo minha garganta e aceno em direção à mesa de cabeceira quando ela olha para mim. — Esquecendo alguma coisa? Ela vê o telefone e geme. — Esta engenhoca. Eu não estaria aqui se não fosse por essa maldita coisa. Claramente não no melhor humor - eu não acho que ela é uma pessoa matinal - ela pisa na minha cobertura, mas gagueja quando vê a ilha da cozinha. Voltando ao redor, ela me dá um olhar interrogativo. — Você fez café da manhã para mim?
— Não se iluda. Eu pedi alguma merda do lugar do outro lado da rua. Sinta-se livre para levar alguma coisa para ir. Sim, eu poderia ter conseguido algo especificamente para ela. — Há ovos de granja aqui. — Eu aponto para o topo da caixa para ir. — Você sabe, desde que você é do Texas. — Esse é o meu favorito. — Ela pega a caixa e me dá um olhar agradecido, que rapidamente se transforma em um grunhido. — Oh não, você não pediu isto. Não tente ser legal comigo agora. Esse navio partiu. Delicadezas foram jogadas pela janela no minuto em que você pegou meu telefone como refém e perdeu nossa primeira reunião agendada. — Não estou tentando ser legal. - Deixo minha xícara vazia no balcão. Minha empregada vai limpar mais tarde. — Só não quero que você reclame com seu pai sobre o mal que eu fiz. Eu ando em direção ao elevador e ela segue, comida para ir na mão junto com uma xícara de café que eu poderia ter conseguido pra ela também. — Oh, não vamos contar ao meu pai sobre isso. Ele não precisa saber. Eu pressiono o botão para baixo no elevador. — Eu não minto para meus clientes. — Isso não é mentira; isso é apenas não falar sobre isso. Isso é tudo. — Eh. — Eu dou de ombros. — Eu prefiro dizer a ele. - O elevador se abre e eu entro, jogando minha jaqueta sobre meus ombros. Ela segue rapidamente, um pouco irritada em seu passo. — Por que você tem que ser tão difícil? — Porque isso te deixa louca. Eu lanço um sorriso em sua direção que ela praticamente cospe de volta com os olhos. — Sério, não conte ao meu pai. — Tarde demais, eu já enviei um texto para ele esta manhã. Olhos ainda mais largos do que antes, ela diz: — Não, você não fez. O que ele disse? Você realmente contou a ele?
— Disse-me que não poderia ter escolhido um cara melhor para cortejar sua filha. Disse que sempre achou que seríamos ótimos juntos. Ah, a propósito, ele acha que estamos namorando. Tenho certeza que fogo dispara de suas orelhas quando ela grita: — O que? Por que ele pensaria isso? — De acordo com o Antigo Testamento, se você dormir na minha casa, isso significa que estamos namorando. — O antigo Testamento? Você está bêbado? — Eu queria estar. As portas do elevador se abrem e eu começo a me afastar quando ela me alcança e me prende com a mão no meu peito. Por ser uma coisa tão pequena, ela com certeza dá um grande soco. — Ele realmente acha que estamos namorando? Eu sorrio. — Não. Eu não contei nada a ele, mas ver sua reação valeu a pena. — Eu lhe dou um tapinha no braço, me sentindo mais alegre agora e digo:— Tenha um bom dia, Sutton. E com isso, eu saio do meu prédio e marco um táxi, deixando uma muito irritável Sutton Grace atrás de mim. Pela primeira vez na minha vida, estou saindo do meu apartamento com um sorriso no rosto - porque esse pequeno furacão é tão divertido de provocar.
Sutton: Nós precisamos nos reunir. Roark: Já faz duas horas. Você realmente não pode ficar longe de mim por tanto tempo? #grude Sutton: Eu não sou um grude! Temos que nos reunir para falar sobre o seu serviço comunitário. Roark: Não, eu estou bem. Sutton: Eu não acho que você tenha uma escolha no assunto. Roark: Você não é um prazer.
Sutton: Oh, desculpe, estou interrompendo sua massagem? Ou suas múltiplas visitas aos correios? Roark: Você está interrompendo um bom cigarro. Agora minha boca está amarga. Sutton: Talvez você devesse parar de fumar. Essa é uma ideia. Roark: Você pega o seu telefone de volta e agora você é atrevida? Como isso funciona? Sutton: Apenas tentando encontrar uma maneira eficaz de me comunicar com você. Roark: Efetivo seria sem a sua camisa, porque então eu iria prestar atenção. Sutton: Não seja um porco. Roark: Você sabe, você não ouve as pessoas chamando um ao outro com muita frequência. Eu meio que gosto disso. Sutton: Você não deveria gostar disso. Roark: É uma pena que você não possa controlar minhas emoções. Sutton: Estamos saindo do assunto. Precisamos nos encontrar. Roark: Hmm... você realmente prevê que isso aconteça? Sutton: Por favor, não seja difícil. Roark: Onde está a diversão nisso?
— É por isso que você abandonou seus amigos que se envolvem em um relacionamento — resmungo, curvando-me na cadeira. — Ele está cinco minutos atrasado, — diz Rath. — E eu quero uma maldita bebida. Por que não posso pedir uma até ele chegar aqui? — Você está agindo como uma criança. Talvez, mas eu preciso de algo. Cristo, eu tive uma reunião após a reunião desde que recebi meu telefone de volta - uma enorme razão pela qual eu não estava incomodado em negociar com Sutton - e estou exausto. Todo mundo precisa de algo, todo mundo quer mais dinheiro, e todo mundo está procurando o próximo grande endosso. Eu não sei
quantas vezes hoje eu disse que as coisas boas vêm para aqueles que esperam. Mesmo pensando isso me faz querer vomitar na minha boca, porque é uma besteira. Quem quer que tenha pensado nisso provavelmente nunca recebeu nada de bom em sua vida porque ficou do lado de fora e esperou em vez de agir. Agir para os meus clientes é o meu trabalho, e eu estou fazendo merda nos bastidores que eles não precisam se preocupar. Portanto, eu digo a eles que precisam ser pacientes. Atletas nunca são pacientes. Quando recebo um contrato de sapatos? Quando eu vou estar no The Tonight Show13? Quando eu vou ter um contrato multimilionário de vários anos? Você sabe quando? Quando você puxar sua cabeça para fora de sua maldita bunda e marcar alguns touchdowns14. Eu poderia ter gritado isso para um cliente hoje. Era o final do dia e eu já estava irritado. Felizmente o cara era legal, riu e concordou comigo. Ele bateu no ginásio depois disso. Mas eu realmente poderia usar uma bebida agora mesmo para esquecer o meu dia ruim, e Rath está sendo uma droga, não me deixando pedir até que nosso melhor amigo, Bram, chegue aqui. — Ah, aí estão vocês, — diz Bram, as mãos juntas, olhando para nós. — Meus meninos. Jesus Cristo. Ele flutua - sim, porra flutua - até nós, um enorme sorriso no rosto, vigas de amor saindo de seus olhos como se Cupido estivesse bem atrás dele, permanentemente batendo em sua bunda. Rath é levado para um abraço - um abraço completo - e depois se acomoda em sua cadeira. De cima da cabeça de Rath, Bram aponta para mim e mexe o dedo. — Venha aqui, seu belo bastardo irlandês. Eu levanto minha mão. — Eu estou bem. 13
Programa de TV parecido com o The Noite com Danilo Gentili. Quando um jogador de futebol coloca a bola no chão dentro da área de pontuação enquanto ainda segura a bola, marcando alguns pontos depois de ter evitado ser derrubado ou ter a bola roubada de um membro da equipe 14
— Não. — Ele balança a cabeça. Você não pode deixar Bram aconchegar-se. Antes que eu possa me mover, ele se ajoelha e enterra a cabeça no meu peito... e aconchega-se. — O que porra você está fazendo? — Eu pergunto, meu sotaque forte com a minha raiva enquanto eu tento afastá-lo. Seu nariz corre ao longo da lapela do meu paletó. — Você cheira a céu. — Saia daqui. — Eu pego o rosto dele e empurro-o para longe. Com uma risada, ele se retira para seu assento, desabotoa sua jaqueta e se senta. Mãos na mesa, ele olha entre nós e depois diz: — Estou apaixonado. Cristo. — Nós sabemos, — Rath e eu dizemos ao mesmo tempo, irritação pesada em nossas vozes. Bram está namorando a irmã de Rath há alguns meses, então não é surpresa que ele seja assim - um idiota borbulhante com um sorriso implacável. Inferno, ele está apaixonado pela garota há anos. Levou muito, muito tempo para admitir - não admitir, mas fazer um movimento. Ele era Ross Geller15 ao extremo. Ele ajusta o colarinho enquanto diz: — Você não precisa ser rude com isso. Eu só estou compartilhando. Não é disso que se trata tudo isso? Compartilhando? — Sim, compartilhar coisas que já sabemos, — diz Rath, sinalizando a nossa garçonete. Graças a Deus. Quando ela chega, eu falo acima dos caras e rapidamente digo: — Jameson, limpo. — Stella, por favor, — diz Rath. Quando ela se vira para Bram, ele esfrega seu estômago e diz: — Você sabe, um bom leite quente seria delicioso agora. Qual a foda real? — Não. — Eu entro, acenando para ele. — Ele vai ter uma tequila. Obrigado.
15
Personagem do seriado Friends.
Um pouco confusa e provavelmente um pouco perturbada, ela sai quando Bram reclama. — Ei, eu realmente queria um leite morno. — Você não está bebendo essa merda ao meu redor. Não está acontecendo. E também, você é um homem crescido, tão louco e bebe um pouco de cerveja. — Droga. — Bram desdobra o guardanapo e coloca no colo dele. — O que aconteceu com sua bunda? — Nada. — Eu empurro minha mão através do meu cabelo espesso. — É uma menina, — diz Rath, fazendo com que Bram praticamente pule de seu assento e faça uma corrente de kickball16 bem na nossa frente. — Uma menina? - Ele jorra. — Não Roark McCool, solteiro para sempre. Meu maldito coração não aguenta. Você sabe quando as pessoas dizem que o retorno é uma puta? Este é o meu retorno. Eu poderia não ter sido o melhor dos amigos quando Bram estava passando por problemas com Julia. Sim, eu o ajudei, mas eu era um idiota a maior parte do tempo. Eu posso senti-lo recuando e deixando-me ter agora, especialmente com aquele brilho maligno em seus olhos. Mas para ser justo, isso não é a mesma coisa, nem mesmo perto. Eu não estou apaixonado pela garota, nem quero sair com ela. Sim, ela é linda e tem seios incríveis, mas isso não significa que eu vou me mexer. OK... e sim, ela é divertida de enlouquecer, mas não é a mesma coisa que Bram tem com Julia ou a luta que ele passou. — Não é o que Rath está fazendo parecer. — Ele segurou o telefone dela como refém por dias e ela dormiu na casa dele na noite passada. — O quê? — Os olhos de Bram quase caem de suas órbitas. — Uma interação recorrente? O que é esse absurdo? Roark McCool não tem interações recorrentes com as mulheres. 16
Jogo parecido beisebol a diferença é que no Kickball você chuta uma bola ao invés de rebater a bola com bastão.
Cristo. Agradecidamente a garçonete traz nossas bebidas naquele momento assim eu tenho um segundo para me recompor e não atacar, enquanto trazendo questionamentos não desejados de meus amigos. — Você já transou com ela? - Bram pergunta, tomando sua bebida, em seguida, franzindo os lábios. Estar em um relacionamento realmente amoleceu o bastardo. Uma vez o cara mais popular no campus, ele agora passa suas noites de sexta-feira enroladas com sua namorada. Não me lembro da última vez que ele saiu com a gente. Faz muito tempo. — Eu não transei com ela. — Você não fez? — Rath pergunta, surpreso. — Quando você disse que ela ficou a noite, eu pensei que você teve relações sexuais com ela. — Como você sabe sobre essa garota e eu não sei? — Bram reclama. — Cara, você sabe que eu sou o romântico. Rath aqui tem um coração de tijolo, você precisa discutir essas coisas comigo. — Eu não tenho um coração de tijolo, — diz Rath. — Não, você está apenas pendurado na sua ex, — eu digo com um sorriso. Ele muda de posição na cadeira, mas não diz nada. Seu silêncio é tudo que eu preciso. Agora preciso conseguir que Bram cale a boca. Eu me viro para ele, e ele cruza os braços sobre o peito em desafio, como se dissesse que você não tem nada em mim. E é verdade, eu não tenho. Eu costumava quando ele estava ansiando depois de Julia, mas agora é como se ele fosse um livro aberto para todos. — Assim... Quem é a garota? Porra, porra. Pode muito bem acabar com isso. — Eu vou começar com isso, eu não estou interessado nela, então antes que seu pequeno coração comece a bater descontroladamente por um potencial acoplamento, isso não vai acontecer. Em um tom sarcástico, Bram responde: — Nunca diga nunca. Ele é tão chato. — Nós nos encontramos no Gray's Papaya antes de eu entrar naquela briga. Eu deixei cair o meu
telefone e ela também. Eles estavam misturados e Rath pegou o errado. Naturalmente curioso, eu olhei o telefone dela, que não estava bloqueado, e comecei a olhar por toda a porcaria dele. Bram acotovela Rath e diz: — Eu teria feito o mesmo. Eu amo bisbilhotar. — E eu poderia ter tomado meu tempo entregando o telefone de volta. — dou de ombros. — Eu não sei, isso deu à minha personalidade idiota algo para fazer. Isso foi até que descobri que ela é filha de Foster Green. — O que? Sério? — Bram pergunta. — Quais são as possibilidades? Eu puxo a parte de trás do meu pescoço. — Me fale sobre isso. Ela então me seguiu o dia todo ontem até as duas da manhã quando eu finalmente a levei de volta para minha casa para lhe devolver o telefone. Naquele momento já era tarde demais, as ruas estavam cobertas de neve e ela estava nervosa demais para voltar ao Brooklyn. Ela dormiu no quarto de hóspedes. É isso aí. Fim da história. — Além de ter que trabalhar com ela agora, — acrescenta Rath, encontrando sua voz novamente. Bram bate as mãos em diversão. — Que reviravolta; eu não esperava isso acontecer. — Ele toma um gole de sua bebida e diz:— Deixe-me adivinhar, você tem que trabalhar para a fundação de seu pai para cumprir seu serviço comunitário? Eu coço o lado do meu queixo. — Algo parecido. — Caralho, perfeito. Vocês dois vão se apaixonar. — Nós não vamos nos apaixonar. Não só ela é filha do meu cliente, ela tem apenas vinte e quatro anos. — Então? —Bram encolhe os ombros. — Oito anos não é muito quando você pensa sobre isso. E Julia é mais nova que eu. — Julia é apenas dois anos mais nova que você, — eu digo, concordando que a idade não importa muito. Ela só parece mais jovem para mim porque eu trabalho com o pai dela. E ela é tão ingênua e antiquada... e incrivelmente adorável. Não. Raspe isso. Filha do cliente... — Dois anos, oito anos. - Ele pesa as mãos. — A mesma coisa. - Ele é tão
delirante. — Diga-me isso, você a acha atraente? — Eu ficaria cego se não achasse. Mas ela não é meu tipo. Muito inocente. Ela tem toda aquela coisa de boa garota com os olhos grandes e a incapacidade de xingar. Eu sentiria como se estivesse roubando sua inocência, se eu tentasse fazer alguma coisa com ela. — Você já pensou sobre isso, - diz Rath com um sorriso. — Não do jeito que você está pensando. Não é algo que me interesse. — Você diz isso agora... - Bram se retira — mas apenas espere. Você vai estar implorando para ir a um encontro com ela. Eu posso ver isso em seus olhos. Eu não sei o que diabos ele está vendo, mas não há nada lá, nada mesmo.
Sutton: Eu te dei um dia para se recompor. Agora você pode, por favor, agir como um adulto e me dizer quando podemos nos encontrar? Sutton: Evitar-me não é uma escolha que você vai querer fazer. Sutton: Não tenho medo de envolver meu pai. Não me faça jogar esse cartão. Sutton: Ok, você está me tentando. Eu tenho um e-mail digitado para ele, pronto para enviar, te entregando. Sutton: Acabei de colocar o nome dele na barra de endereços. Sutton: Estou prestes a pressionar enviar. Roark: Jesus, seis textos em uma hora. Eu tenho um maldito trabalho, você sabe. Sutton: Oh oi. Como vai o seu dia? Roark: O que você quer? Sutton: Você sabe o que eu quero. Roark: Você não precisa perguntar, moça. Venha e leve. Sutton: Você está falando sobre o seu pau? Roark: Céus não. Isso seria pouco profissional. Sutton: Ah, eu vejo o que você fez lá com o sarcasmo.
Roark: Veja, asterisco não é necessário. Sutton: Veja essa brincadeira divertida. Você não quer fazer isso pessoalmente e falar sobre o acampamento? Roark: Não. Sutton: Temos que nos encontrar. Roark: A única coisa que EU TENHO que fazer é urinar. Falo com você mais tarde. Sutton: Você pode... “urinar” e falar comigo ao mesmo tempo. Sutton: Olá? Sutton: Quanto tempo você leva para fazer xixi? Sutton: Seu xixi sempre queima. Sutton: ^^^ sinal de uma DST. Roark: Você é tão chata.
Sutton: Você fumou hoje? Lembra quando você me disse que ia desistir? Roark: O que? Eu nunca disse isso para você. Sutton: Ah ha! Você tem que responder no primeiro texto. Roark: Inacreditável. Ninguém te disse que mentir é pecado? Sutton: Você mente para mim constantemente. Roark: Nunca aleguei ser um santo. Sutton: Nem eu. Roark: Você não está enganando ninguém, Sutton. Você é uma boa menina. Sutton: Não é verdade. Eu faço coisas. Roark: Alguém que é malvado não diz que “faz coisas”. Sutton: Ah sim, bem... Eu costumava roubar Tic Tacs enquanto estava na fila do supermercado. Roark: Quantos anos você tinha? Sutton: Irrelevante. Roark: Você tinha sete anos? Sutton: Não... Roark: Sim, tudo bem. Boa Noite, Sutton.
Sutton: Levante-se e brilhe. Você está pronto para nosso encontro hoje às nove? Estou levando bolinhos. Roark: Nós não temos uma reunião. Sutton: Nós poderíamos ter. Roark: Estou ocupado. Sutton: Você não está! Eu sei que você não está. Por favor, pelo amor de Jesus, encontre-se comigo. Roark: Por que você precisa tanto de mim? Apenas me dê um emprego. Sutton: Seu trabalho é co-organizador. Roark: Que porra é essa. Sutton: Você não lê seus emails? Whitney disse que a única maneira pela qual ela vai aprovar seu horário é se você me ajudar a organizar. Estamos nisso juntos. Roark: Ela não disse isso. Sutton: Sim, ela disse. Verifique seus e-mails. Sutton: Você os verificou? Sutton: Olá? Roark: Eu vou ter uma conversa com seu pai sobre isso. Sutton: Nem se incomode. Eu já tentei falar com ele. Ele está decidido nesta decisão. Roark: Então faça tudo sozinha e coloque meu nome nele. Sutton: Eu gostaria de poder, seria muito mais fácil, mas é muito trabalho e preciso da sua ajuda com as celebridades. Roark: Cristo Sutton: Então... nove? Scones17? Roark: Não. Sutton: Roark! POR FAVOR!! Sutton: Olá? Sutton: Não me ignore!
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Bolinhos
CAPITULO OITO Querido Ralph, Ralph, Ralphy? Ralph-sef? Sim, não sentindo isso. Você ouviu as notícias? A palavra na rua é que Foster Green é um idiota com imaginação e mal. Eu amo o cara por muitas razões, milhões delas sentadas em minha conta bancária carregada, mas desde que ele decidiu ser meu patrocinador, é como se ele de alguma forma pegasse minhas bolas, enfiasse-as em sua pequena mochila e as usasse em torno de sua cintura, mantendo-as em quartos próximos, tornando impossível contornar o seu joguinho. Co-organizador? Eu pareço um maldito planejador? Eu não faço nada assim. Eu contrato pessoas.... Whoa, espere um segundo. Uma ideia apenas surgiu na minha cabeça. Sim, muito brilhante. Uma ideia incrivelmente brilhante. Talvez essa coisa do diário não seja tão ruim, afinal. Não fique animado, isso foi uma mentira. Prefiro enfiar um lápis recém afiado do que sentar aqui e escrever para você. Roark
Sutton: Você sabia que eu faço os melhores biscoitos amanteigados? Roark: Você só vai me enviar mensagens aleatórias agora? Sutton: Você está se recusando a atender meus telefonemas.
Roark: Você pode parar de ligar. Eu nunca vou atender. Pare de desperdiçar seu tempo. Trabalhe de forma eficiente. Sutton: Eu duvido que você seja o único a dar conselhos sobre ética no trabalho. Roark: Eu não sei. Minha conta bancária pensa o contrário. Sutton: Você é tão cheio de si mesmo. Roark: E ainda assim você continua me mandando mensagens. Sutton: Quando vamos nos encontrar? Roark: Amanhã, ao meio-dia, no Makers na Broadway. Sutton: O que? Você está falando sério? Roark: Sim, não se atrase. Sutton: É melhor você não estar brincando comigo. Roark: Eu nunca faria isso. Sutton: Sim, certo.
Segurando minha pasta perto do meu peito, eu mudo de um lado para o outro, procurando por Roark. Estou adiantada, então eu não preciso entrar em pânico ainda, mas ele tem um histórico de não aparecer, e sua mudança instantânea no coração foi um pouco surpreendente. Eu quase não acreditei nele, então quando liguei para o restaurante para ver se ele fez reservas e ele fez, fiquei chocada para dizer o mínimo. — Senhorita Green, sua mesa está pronta. Por aqui. — Obrigada. — Eu olho para a porta mais uma vez antes de ir em direção ao fundo do restaurante. Ela me senta ao lado de uma janela, me oferecendo uma visão da rua. Pelo menos eu posso ficar de olho em Roark se ele passar por aqui. Depois de me instalar, eu pego o cardápio, mas todas as palavras flutuam juntas, impossibilitando a concentração. Para ser honesta, estou um pouco nervosa em ver Roark novamente. Não por causa do que nós temos que falar, mas por causa do jeito que meu corpo reage a ele sempre que ele está por perto. Eu fico toda quente e incomodada, meu rosto fica vermelho e, por algum motivo,
tudo que consigo imaginar é a bunda dele quando ele fala comigo. Eu também poderia pensar nisso quando ele me manda mensagens. Eu o culpo. As nádegas devem ser sagradas, não é algo que você mostra a um estranho e sabe por quê? Porque quando você tem bochechas bonitas e justas, é tudo o que a outra pessoa pode pensar. E isso é justo? Não. Agora você pode ver minha apreensão de ver Roark. Bochechas. Bumbum firme e apertado. — Senhorita Green? Assustada, eu rio nervosamente e olho para cima para encontrar uma jovem de cabelos castanhos em pé sobre mim, um sorriso de boas-vindas em seu rosto e uma bolsa de laptop agarrado ao seu lado. — Sim? Ela estende a mão com orgulho e diz: — Eu sou Siri, como a dama no telefone. — Uh... oi. — Eu aperto a mão dela, porque eu não quero ser rude. — É tão bom conhecê-la. — Ela abaixa a bolsa e tira o casaco antes de se sentar à minha frente. — Você acredita no clima? Eles não têm ideia do que fazer com toda a neve, mas é claro que a cidade nunca dorme, certo? — Ela pega o cardápio e engasga. — Oh, eu amo uma boa salada. Estou esquecendo de algo? Quem é essa Siri e por que ela me conhece? E por que ela está agindo como se eu estivesse esperando por ela esse tempo todo? — Posso pedir algo para você beber? Siri olha para a garçonete e acena com a cabeça. — Chá gelado sem açúcar, por favor, e posso pegar a salada? Estou faminta. — Ela entrega o cardápio e sorri para mim. — E para você, senhorita? Eu pisco algumas vezes, completamente perplexa. O que está acontecendo agora? — Uh, eu vou ter o mesmo, - eu respondo, perplexa.
Depois que a garçonete sai, Siri recomeça. — Você tem um caso de amor com salada wedge18 também? Eu vou te dizer, é um problema absoluto para mim. Sempre que vejo uma, sempre entendo porque não posso me ajudar. É o bacon. Eu realmente acho que é o bacon. E você? Sorrindo igual um psicopata - Eu posso sentir isso - eu aceno e gentilmente coloco minhas mãos na mesa, tentando ser o mais legal possível. — Sinto muito — eu engulo em seco — Mas nos conhecemos? Ela ri. — Não, mas eu cheguei um pouco agressiva, então posso ver como você teve essa impressão. Ainda confusa, eu olho em torno do restaurante procurando por Roark, me perguntando se ele está de pé à distância, me observando, como se isso fosse alguma piada estranha que ele está fazendo comigo, mas quando eu não vejo nenhum sinal dele, eu volto para Siri que está sentada lá... me encarando. — Você é muito bonita. – Ela cobre a boca, quase envergonhada. — Eu não quero ser estranha, mas sou um pouco franca. – Jura? — Mas você é muito bonita. Seus olhos são lindos. Tais cílios longos. Eles são reais? Ok, isso é uma configuração estúpida? Estou em um encontro e nem sei disso? — Eu sinto muito. – Eu tento ser o mais educada possível. — Mas estou um pouco confusa. Eu deveria estar me encontrando com Roark McCool no almoço... — Oh meu Deus, é claro que ele não te contou. Isso é tão Roark. – Isso é tão Roark? Como se eles estivessem realmente familiarizados um com o outro. Quem é essa Siri, realmente? — Eu sou sua assistente. Ele me colocou neste projeto. Ele quer que eu encabece tudo com você. Estou super animada. Eu estava pesquisando a manhã toda e tenho tantas ideias maravilhosas. Começando com a mudança de todo o acampamento para a cidade. Poderíamos ter mais celebridades à nossa disposição e a cobertura da mídia seria
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Salada com itens básicos, como alface, tomate, cebola roxa e carregadas com molho caseiro.
explosiva. Nós poderíamos realmente transformar isso em uma peça promocional. Eu levanto minha mão, minha polidez escorregando. — Com licença, mas os planos estão definidos para o rancho no Texas. Nós não queremos a atenção da mídia, porque não é disso que se trata. Roark deveria me encontrar e fazer a ligação com os atletas selecionados escolhidos. Me desculpe se isso é rude, mas temo que seu envolvimento nesse projeto não seja necessário, Siri. — Ele disse que você diria isso. – Ela sorri, mas não é tão charmosa desta vez. — Vou me igualar a você, Sutton. Roark é um cara ocupado. Ele não tem tempo em seu dia para falar sobre coisas insignificantes como acampamentos de crianças. — Insignificante? — Minha voz se eleva. — Deixe-me dizer-lhe isto, Siri. Passei um dia inteiro com o homem, seguindo todos os seus movimentos, e se ele tiver tempo para ir a agências de correio aleatórias e fazer massagens de duas horas, o mínimo que ele pode fazer é ter a decência de comparecer a essa reunião de negócios. – Eu jogo meu guardanapo sobre a mesa, agora desprovida de todo o meu charme sulista. — E eu vou deixar você a par, o que meu pai faz por essas crianças é tudo menos insignificante. Eu sugiro que você pesquise um pouco mais da próxima vez. Com isso, pego minhas coisas e saio furtivamente do restaurante com um pensamento em minha mente, dando a Roark uma grande chicotada sulista. Sutton: Eu perdi todo respeito por você. Roark: Nem sabia que tinha sobrado um pouco. Sutton: Por que você não veio para a reunião? Roark: Siri não explicou? Sutton: Desculpe minha linguagem, mas Siri é uma vadia. Ela foi muito rude e desagradável. Roark: Engraçado, eu ouvi a mesma coisa sobre você. Sutton: Ela chamou o acampamento do meu pai insignificante. Eu não sei sobre você, mas isso é ao mesmo tempo condescendente e insultuoso para mim. Eu não aceito gentilmente as pessoas depreciando meu pai e os
anos de trabalho duro que ele dedica a ajudar os outros. Ele tem mais orgulho nisso do que as estatísticas que ele acumulou e os prêmios que ganhou ao longo dos anos. Então, para a sua assistente, enviada em SEU nome para representar SEUS pensamentos, menosprezar seu legado é inaceitável, Roark. Eu sei que você não tem respeito por mim. Tanto faz. Mas isso certamente me ensinou o quanto você respeita meu pai. E aos meus olhos, isso é ainda pior. Claramente, tudo o que importa é o dinheiro que você ganhou dele. É nojento. Você me enoja. Roark: Inferno, Sutton. Eu sinto muito. Roark: Sutton? Roark: Ei, você está aí? Roark: Foda-se. Depois de um longo banho, um grande chocolate quente com uma xícara de marshmallows e metade de um pacote de Oreos, finalmente me acalmei e posso agir como um adulto racional. Pelo menos foi o que eu disse a mim mesma quando estava no meu apartamento, mas agora que estou andando pelo saguão do prédio de Roark, esperando que ele saia do turno da boate, estou pensando que adulto racional não está em lugar algum e a pessoa louca está presente. Eu pensei que eu disse tudo através da mensagem, mas quando eu vi seus textos depois, o pesar em suas palavras, eu tinha que ver se ele quis dizer isso, se ele realmente sentia muito. Mas ele está festejando, então há a minha resposta. Com certeza... Talvez um pouco louco, talvez um pouco desesperado, mas é onde eu estou, porque é onde ele me colocou. Eu não sinto muito pelo que eu disse a ele, porque era tudo verdade, e isso ainda me irrita. Mas se ele sente muito... — Posso te dar uma garrafa de água, Senhorita Green? — Pergunta Harris. — Eu estou bem, Harris. — Eu olho para o meu telefone. Uma e quinze. — Quanto tempo o Sr. McCool costuma ficar fora? — Depende da noite. Eu gostaria de poder ser mais exato.
— Tudo bem. — Eu tomo um assento em um dos sofás duros na entrada. — Ele fica fora até tarde toda noite? — Quase todas as noites, mas pelo menos uma vez por semana ele fica. — Ele pisca. — Mas você não ouviu isso de mim. A porta se abre e Harris corre para abri-la para um Roark muito instável e de olhos vítreos. Oh ótimo, ele está bêbado. Eu deveria saber. Esta foi uma ideia estúpida. Por que eu me incomodei? — Sr. McCool, boa noite. — Hey Harris. — Ele dá um tapinha no ombro dele e faz o seu caminho para a entrada. Ele me lança um breve olhar antes de continuar em direção aos elevadores. Ele está prestes a pressionar o botão para cima novamente quando ele lentamente se vira e olha para mim, com a cabeça inclinada. — Sutton? – Ele me estuda por algumas batidas antes que algo cruze suas feições. Antes que eu possa me dirigir a ele, seus olhos se estreitam e ele caminha em minha direção, pegando minha mão na sua, me puxando para os elevadores. — O que você está fazendo? Ele aperta o botão para cima e o elevador se abre imediatamente. Ele me puxa para dentro, insere o cartão e aperta o botão C. Ele então se vira e enlaça seus dedos com os meus, um abraço íntimo para o qual eu não estava preparada, e nesse segundo enquanto subimos os múltiplos andares em seu prédio, seu calor se espalhando através de mim, eu sinto a fachada gelada que eu tinha erguido começar a derreter. Eu quero ficar com raiva, quero gritar e gritar com ele, fazê-lo sentir-se tão mal quanto antes, mas com um olhar para o olhar de pesar em seu rosto, percebo que ele era sincero em seus textos. Não apenas sincero, mas sincero e que resfria a raiva que se agitava dentro de mim enquanto eu esperava lá embaixo. Eu sei que não deveria... mas isso acontece. Há algo sobre esse homem que assusta o meu coração de maneiras que eu nunca experimentei antes. Ele corre quente e frio, confundindo-me e lançando minha opinião sobre ele de bom a ruim em segundos. Ele é divertido com sua boca inteligente e inteligência rápida, mas há também um lado
mais suave dele que eu poderia apostar minha vida, ele não mostra para muitas pessoas. E sei que posso dizer honestamente que sou uma das poucas pessoas que tem o privilégio de ver além da personalidade do bad boy. As portas se abrem e ele me puxa para seu apartamento, com os olhos fixos em mim, o calor em suas pupilas enviando um grave alarme de aviso. Não passou despercebido que ele chegou em casa sozinho, ou que quando ele me viu, houve o menor dos sorrisos que enfeitavam seus belos lábios e agora ele está desesperadamente segurando minha mão, querendo que eu fique com ele. E com todos os sentimentos estranhos circulando dentro de mim, eu sei que deveria soltar sua mão e ir embora, mas meu cérebro não consegue mover meus pés, não importa o quanto grite e grite com eles. Eu quero ficar, eu quero ver onde essa eletricidade que está acendendo entre nós vai. Eu quero saber o que aquele olhar suave e sincero me trará. — Hey, — diz ele, empurrando um pedaço do meu cabelo atrás da minha orelha. Meu rosto se volta para ele por um breve momento. Oh Deus, isso não é bom. Eu não vim aqui por intimidade, nem vim aqui para uma ficada - não tenho certeza se é isso que ele quer, mas pelo olhar dele me sinto nervosa com o próximo passo dele. — Roark. Ele cobre meu rosto, seu polegar passando pela minha bochecha, meu estômago dando cambalhotas pelo toque. — Sinto muito, — finalmente diz, sua voz mais rouca do que o normal, mas a intenção em suas palavras é tão genuína, tão sincera. É confuso ... e tentador. Engolindo em seco, eu olho para ele. — Você realmente quis dizer isso? Ele concorda. — Sim. Eu realmente quero dizer isso. — Seu polegar acaricia minha bochecha novamente enquanto seus olhos procuram os meus. Eu mal conheço esse homem, mas há essa atração que sinto por ele, uma dor começando a se formar na boca do meu estômago, uma dor só para
ele. Uma dor que eu quero aliviada. Ele acena atrás de mim em direção ao corredor quebrando o feitiço e diz: — Vá. Esperar O que? — Vá? — Minha excitação cai. Ele acena novamente, como se estivesse tentando se convencer e recuasse, enfiando as mãos nos bolsos. — Quarto de visitas. Agora. Ele está falando sério? Ele quer que eu vá para o quarto de hóspedes? Depois de tudo isso, o olhar, a desculpa, o toque. Ele só quer que eu vá embora? Se realmente pensa nisso, não quero ficar aqui. Mas também não quero sair. Me endireitando, eu digo: — Eu não vou ficar aqui novamente. Ele me olha com aqueles olhos verdes ardentes. — São quase duas. Você vai mesmo voltar para o Brooklyn agora? Eu odeio que ele esteja certo. — Eu posso conseguir um quarto de hotel. — Não seja idiota, Sutton. —Ele acena novamente. — Vai. Dormir. — Mas eu quero falar com você. — Agora não. Não assim. — Ele dá um passo para trás enquanto passa a mão pelo cabelo. — Vá, Sutton. Eu não quero falar com ele assim também, no entanto, eu não quero esse fim abrupto para a nossa noite. Mas parece que não tenho escolha. Suspirando pesadamente, eu me viro e caminho em direção ao quarto de hóspedes, desejando que ele não estivesse bêbado, desejando que pudéssemos analisar tudo isso. Logo antes de tocar na maçaneta, ouço-o dizer que sente uma última vez. Ugh, por que ele tinha que estar bêbado? Ele parece tão aberto, tão vulnerável, como se deixasse cair a parede sarcástica e espirituosa que ele gosta de esconder, tornando-o muito mais fácil de se comunicar. Mas, novamente, talvez ele esteja nesse estado porque está bêbado. Passo os próximos minutos me preparando para dormir, pegando uma camiseta que ele deixou na
cômoda, o que me faz pensar se ele estava me esperando, se ele me conhece bem o suficiente para que um texto não fosse suficiente. Mas quando ele colocou aqui? Por que ele pensaria? A camisa cheira como ele, e eu tomo uma respiração profunda enquanto deslizo sobre o meu corpo nu. Escovo os dentes, lavo o rosto e, em seguida, vou para a cama, onde conecto meu telefone a um carregador. É quando vejo um texto dele. Roark: Você está linda esta noite. Eu fecho meus olhos e seguro meu telefone perto do meu peito. Oh Roark.... Sutton: Você está bêbado. Roark: Eu sei. Sutton: Por que, Roark? Roark: Eu não gostei de como eu te tratei. Eu tive que esquecer o dia. Sutton: Você poderia ter apenas me mandado uma mensagem, chamado, vindo ao meu escritório. Roark: Eu poderia ter feito isso. Sutton: Mas você não fez. Roark: Eu sou um idiota, Sutton. Quanto mais cedo você perceber isso, melhor. Sutton: Tem momentos em que não é um idiota. Roark: Não se apegue a isso, porque eles são poucos e distantes entre si. Sutton: Eles são, mas quando você tem esses momentos, eles causam um grande impacto. Roark: Como quando? Sutton: Alguns minutos atrás, quando você disse que eu estava bonita. Roark: Fique longe, Sutton. Fique longe, bem longe. Mas e se eu não quiser...
CAPITULO NOVE Querido Sal, Eu sempre fui fã de álcool. Tem sido desde o meu primeiro gole aos treze anos. Tem sido um amigo, um confidente, um protetor contra as emoções e um bom tempo. Nunca uma vez fiquei bravo com o álcool, nem nunca disse nada de mal, mesmo quando fui chutado na virilha e afastei-me no dia seguinte de tanto embebedar. Mas ontem à noite, Sal, ontem à noite o álcool me traiu. Alguns podem ter pensado que eu estava bêbado demais para lembrar de alguma coisa sobre a noite passada, mas eu não estava tão bêbado. Eu sou o sortudo idiota embriagado que se lembra de todas as coisas idiotas que disse e fez, incluindo dizer merda a uma garota que ele não tem o direito de dizer nada. Você adivinhou, eu poderia ter dito algumas coisas para Sutton sem querer. Você sabe, coisas como — você é bonita— que eu sei que toda garota quer ouvir - mas nem todo cara quer dizer em voz alta, especialmente quando ele não quer dar à garota falsas esperanças. Eu culpo o álcool. Eu culpo por tudo. Por ser um idiota para ela na maior parte do tempo em que ela não merece - mesmo que a maioria dos meus movimentos duros acontecesse sóbrio. Eu culpo por segurar a mão dela no elevador, por enlaçar nossos dedos, por ter um momento para respirar nela, algo que eu nunca faria sóbrio. E eu culpo pelos pensamentos maldosos que tive sobre ela na noite passada, especialmente aquela em que minha cabeça estava enterrada entre as pernas dela. E eu culpo o álcool por ter que me masturbar no banho esta manhã, então estarei um pouco apresentável quando for acordar o avestruz. Cristo. Obrigado, Sal. Você sabe, eu poderia considerar manter o nome. Veremos. Roark
Apenas abra a maldita porta. É o seu apartamento, você possui aquela maçaneta, então ponha sua mão nela e torça. Eu alcanço, mas não agarro. Inferno, e se ela estiver nua ou algo assim? Eu mal estou conseguindo passar pela minha manhã lembrando daqueles grandes olhos arrojados dela e do jeito que ela cheirava como um prado fresco, mesmo que fosse tão tarde. A mão que não segura meu café arrasta pelo meu rosto enquanto minha mente debate. Ela ficou chateada da última vez quando não a acordei, embora tecnicamente não seja minha responsabilidade. Ainda... Eu suspiro e alcanço a maçaneta novamente, abrindo-a lentamente. Por favor, não deixe ela estar nua. Por favor, não deixe ela estar nua. Apesar.... Um pequeno deslize não me mataria. Não! Mataria. Isso me destruiria. Não esteja nua. Eu abro a porta e olho para dentro. Que diabos? Eu empurro a porta todo o caminho e encontro a cama completamente arrumada e vazia. A luz do banheiro está desligada, e parece que ninguém esteve aqui. Que porra é essa? Ela foi para casa ontem à noite? É melhor que ela não tenha ido. Eu puxo meu telefone do bolso e caminho para a cozinha, onde eu coloco meu café para escrever um texto para Sutton. Roark: Você foi para casa ontem à noite? Eu espero por uma resposta, imaginando se ela possivelmente acordou cedo e foi para casa, mas quando eu não ouço de volta depois de dez minutos, eu começo a entrar em pânico. Tantas coisas poderiam ter acontecido com ela se ela fosse para casa ontem à noite, e eu não acho que me perdoaria se ela tivesse tido problemas. Andando, considero meu próximo passo. Uma chamada telefônica. Isso é simples. Disquei o número dela e esperei. E esperei.
— Oi, você chegou a Sutton. Desculpe, eu perdi sua ligação, mas se você me der um pouco de tempo, eu ligo de volta. Tenha um ótimo dia. Foda-se. Eu desligo. Sua voz soa tão alegre, tão doce com a mais bela sugestão de um sotaque texano. Por que ela não respondeu? Eu bato no balcão, meus dedos tamborilando na superfície dura enquanto decido o que fazer. Talvez outro texto. Sim, um texto. Talvez ela esteja em uma reunião e não possa responder. Um texto que ela pode responder com discrição. Roark: Ei, você pode me falar se está bem? Simples. Se ela tivesse alguma decência, ela me mandaria uma mensagem de volta. Dado seu charme viciante do Sul, ela nunca deixaria um texto sem resposta, especialmente um que claramente mostrasse preocupação. Inferno, eu deveria ter usado asteriscos para mostrar preocupação? Eu mordo meu lábio e olho para o texto. Talvez. Porra, tudo bem... Roark: Apenas um texto rápido. * por favor * Eu tenho sido legal. Estou controlando o pânico que atualmente está flutuando no meu peito, mas aquele texto, sim, me fez parecer desesperado. Muito desesperado. Mas você sabe, eu estou desesperado para ter certeza de que ela está bem, porque ela é a filha do meu cliente, um dos meus clientes mais próximos, e eu me sentiria como um merda se algo acontecesse com ela. Não que ela seja minha para vigiar, mas ela estava aqui ontem à noite, e se ela estava chateada, realmente chateada e ela partiu, isso tem a ver comigo. Eu não quero decepcionar meus clientes. Sempre. É por isso que estou fazendo isso. Para meu cliente. Não porque estou começando a sentir algo por ela...
Uma hora depois, sem resposta. Eu vou matá-la se ela não estiver morta. Lembra quando eu disse que estava em pânico? Isso não foi nada comparado ao que estou sentindo agora. Estou em pleno modo de ataque cardíaco enquanto faço o caminho para o escritório dela na fundação do pai dela. Eu não tenho ideia de onde ela mora ou eu teria ido lá, e tenho certeza como a merda que não ia pedir para o pai dela. O escritório era a melhor coisa seguinte. Quando os elevadores abriram, eu invadi a recepção e perguntei: — Sutton Green está aqui? — Assustada, a mulher que trabalhava atrás da mesa há anos, a mesma mulher cujo nome eu nunca consigo lembrar, me cumprimenta com um sorriso. — Sr. McCool, que bom te ver.... Eu agarro a mesa e me inclino sobre ela, tentando não parecer tão louco quanto me sinto. — Sutton Green está aqui? A pobre senhora engole em seco e balança a cabeça enquanto aponta. — No final do corredor, terceira porta à direita. E assim mesmo, a tampa da minha cabeça se desprende e uma bola de fogo me atira quando giro no meu calcanhar e caminho para a terceira porta à direita. Isso vai acontecer. Eu vou matá-la. Bem aqui, na empresa do pai dela, eu vou matar a primeira e única filha dele. Sem me incomodar em bater, abro a porta, fazendo Sutton pular drasticamente em sua cadeira e derramar chá por toda a mesa. Mão no peito, respirando com dificuldade, ela olha para mim em choque total. — Roark, o que diabos você está fazendo? Com o meu pé, eu fecho a porta, então me inclino sobre a mesa, as mãos segurando a madeira, meus olhos estreitados. — Por que diabos você não atendeu o seu telefone? — O quê? — Ela genuinamente parece confusa. — Enviei-lhe vários textos e liguei. Você está tentando me punir? É esse o seu jogo, Sutton? Estou fervendo de raiva e não há chance de que eu possa me
acalmar, não quando há muitas indesejadas e confusas
emoções fluindo através de mim agora. — Eu... Não. — Espalhada, ela pega a bolsa e procura enquanto limpa o chá com alguns guardanapos. — Eu não estou com o meu celular. Está... Aqui está. Foda-se. Eu o alcanço. — Me dê isso. — Ela não precisa ver meus textos. Ela com certeza não precisa ver o meu uso de asterisco. Ela se afasta mais rápido do que o esperado, afastando a cadeira e batendo na parede atrás dela. Ela agarra o telefone no peito e diz: — Não. Esse é meu telefone. — Foi meu por um tempo. – Há maturidade e lógica enterradas profundamente dentro de mim. — Agora, dê isso. — Eu estendo minha mão. Cabeça pensativamente inclinada para o lado, ela diz: — O que você não quer que eu veja ou ouça? — Nada, apenas dê para mim. Eu preciso checar... uh.... Para um vírus. Houve vírus em todo o meu apartamento ontem à noite, e quero ter certeza de que ele não entrou no seu telefone. — Você é um mentiroso. — Ela olha para a tela e seus olhos suavizam. — Ah, você usou asteriscos. — Cristo, — eu murmuro, me afastando, mão no cabelo. — E você ligou. — Bem, você não está morta, então eu vou embora. — Espere. – Ela levanta da sua cadeira e anda em torno sua mesa onde ela puxa a minha mão para me manter no lugar. Uma onda de lavanda me atinge de uma só vez enquanto ela me puxa, forçando-me a olhar para ela. — Roark, você estava preocupado. Ela não vai deixar isso passar. Eu posso ver nos olhos dela. Suspirando, eu digo: — Sim, tudo bem. Eu estava preocupado. Eu esperava que você estivesse no quarto de hóspedes, então quando você não estava lá, eu pensei que talvez você tivesse tentado ir para casa, e quando você não estava respondendo seu telefone, eu pensei o pior. — E Harris não estava em turno, compreensivelmente, então eu não podia nem perguntar quando ela foi embora. Seus dedos se prendem aos meus e sei que devo me afastar. Eu sei
que preciso desencorajar o aperto íntimo, mas pela minha vida, não posso. Não quando eu tenho essa estranha sensação de ter certeza que ela está bem. — Eu coloquei um alarme desta vez, imaginando que você não estaria acordado, dado seu estado na noite passada, e voltei para a minha casa para me preparar para o trabalho. Eu concordo. — Sim, faz sentido. Sua mão alcança e agita com a lapela do meu casaco. Cristo, ela está muito perto. — Obrigado por me checar. Isso me faz pensar que você realmente tem um coração. — Um pequeno, mas está lá... — Sabendo que devo a ela um pedido de desculpas, eu sugo meu orgulho e tento manter minhas mãos para mim mesmo, embora meus dedos estejam coçando para empurrar o seu cabelo atrás da orelha. Oito anos mais nova. Filha do meu cliente. Doce e inocente. Não é o tipo de garota para você. Não, eu não sou o tipo de homem para ela. Lembretes sutis a respeito de por que preciso manter distância. — Ei, eu, uh— eu puxo a minha mão para a parte de trás do meu pescoço, eu não sou bom nessa coisa de desculpas — Sinto muito por ontem, e como tudo aconteceu com Siri. Eu tive uma longa conversa com ela, e haverá um pedido de desculpas dela também. — Eu não me importo com Siri. Quero dizer, eu meio que me importo. – Ela olha para o chão. — Eu me importo com o modo como você trata o trabalho que eu valorizo. Você age como se fosse uma piada quando isso significa muito para mim. Eu não estou aqui para perseguir você por aí. Se você realmente não quer ajudar, eu posso fazer tudo sozinha, mas peço que você me dê os números de telefone das celebridades que podem ajudar no acampamento. Não vou forçá-lo a fazer nada que você não queira fazer. Com que diabos isso está acontecendo? — Sinto muito, Sutton. Eu não estava... o envio de Siri, não era para minar você ou seu trabalho. E eu
certamente não pensei sobre como ficaria em relação ao seu pai também. Eu nunca o desrespeitei, Sutton. Por favor acredite nisso. Eu sou meio idiota e não reconheço quando estou machucando alguém. — Eu não posso acreditar que você está realmente se desculpando — ela brinca quando eu me afasto, precisando de alguma distância. — Sim, bem, não se acostume com isso. Estou me sentindo melancólico esta manhã, então você teve sorte. Ela ri e dá um passo para trás para se sentar em sua mesa. — Então, você vai me ajudar? Por que ela tem que parecer tão linda nesse escritório minúsculo? Está fazendo coisas para mim, especialmente quando aqueles cílios ridiculamente longos tremulam, recuando como uma cortina para revelar piscinas gigantes de azul. Cristo. Quando eu já me referi aos olhos como piscinas de azul? Não até agora, com certeza. Evitando sua pergunta, porque passar mais tempo com essa mulher está me aterrorizando, eu olho em torno das quatro paredes de seu escritório. Sem janelas, sem sala de passeio, e ela mal tem uma luz funcional. — O que diabos é isso? Será que costumava ser um... um armário de zelador? — Sim. É o cheiro de limão que te deu uma pista, não é? — Aqui é onde eles deixam você? A filha do fundador? Que tipo de tratamento é esse? — Furioso, viro-me para a porta, prestes a dizer a Whitney para colocar Sutton em um lugar melhor para trabalhar, quando, mais uma vez, Sutton puxa a minha mão. — Não. — Você não pode trabalhar neste espaço. O cheiro é horrível. — Eles estão reformando. É temporário e não é grande coisa. Não quero tratamento especial só porque Foster Green é meu pai. — Bem, você com certeza deve receber um tratamento especial.
Ela sacode a cabeça. — Você, mais do que ninguém, provou para mim que eu não mereço respeito por ser filha do meu pai, Roark. Então não. Eu também não mereço tratamento especial, mas agradeço a sua preocupação. Agora... o acampamento, por favor? Porra. Ela não está errada. Você, mais do que ninguém, provou para mim que eu não mereço respeito. Eu sou tão idiota. Mantendo seu telefone, fazendo com que ela seguisse atrás de mim para compromissos estúpidos, dizendo a ela que ela tinha que ficar no quarto de hóspedes quando eu deveria ter certeza que ela chegasse em casa com segurança... Mandando Siri para se encontrar com ela ontem... E ela nem está dizendo essas palavras com raiva. Como eu mereço. É como se ela estivesse... resignada. E ela tem um mestrado de merda. Eu sou um fodido, e ela é uma pessoa muito melhor do que eu. — Sim! — eu suspiro, irritado. Irritado comigo mesmo, não com ela. Não há mais como evitá-la. — E você promete que vai aparecer nas reuniões em que concordamos? Olhando para o chão, eu aceno. Mas possivelmente porque isso não é bom o suficiente para ela, ela levanta meu queixo com seus dedos delicados e me força a olhar nos olhos dela. Naquele momento, percebo que é assim que vai ser entre nós: uma exigência de honestidade, respeito e tempo. Todas as qualidades que nunca consegui dar a um único humano. Eu sempre hesitei em pelo menos uma categoria, mas a forma como os olhos dela me avaliam, uma consciência surpreendente me impressiona: eu quero tentar por ela. — Olhe para mim e diga-me sim, que você vai dedicar seu tempo para me ajudar. Lambendo meus lábios, eu a estudo por um tempo antes de dizer: — Eu vou aparecer. Um lindo sorriso brinca em seus lábios enquanto ela deixa cair as mãos e volta para sua mesa, tentando agir profissionalmente, mas é terrível em esconder sua alegria. Ela abre o Outlook e pergunta: — Quando?
Eu empurro minha mão pelo meu cabelo. — Eu não me importo. Esta noite? — Eu acabei de dizer isso? Chocada, ela timidamente sorri. — Esta noite funciona. Que tal oito? — Sim, tudo bem. — Você não precisa olhar para a sua agenda? Eu dou um passo em direção à porta. — Eu vou mudar as coisas se houver um conflito. — Eu paro e depois digo: — Você quer se encontrar na minha casa? Eu posso pedir meu cozinheiro fazer alguma coisa e podemos trabalhar. — Claro, se você está bem com isso. Eu abro a porta do escritório dela. — Vai ser mais fácil assim, - eu respondo, mesmo sabendo muito bem que não será mais fácil, porque a tentação de ver o que esses lábios gordos podem fazer será uma enorme distração. — Oito. Vejo você então. Eu saio antes de ouvir sua resposta, imaginando o que eu acabei de aceitar.
Copo na mão, eu me inclino contra uma das muitas janelas do meu apartamento, contando os segundos até Sutton chegar. Harris já me informou de sua chegada, então agora eu estou esperando o elevador apitar. Dizer que mal consegui fazer alguma coisa hoje seria um eufemismo. Depois que eu saí do escritório de Sutton, fui ao meu e tentei, como o inferno, me concentrar em alguns contratos que precisavam de outro olhar, mas não consegui me concentrar para salvar minha vida. Tudo o que eu conseguia pensar era como, em questão de vinte e quatro horas, minha vida parece ter sido virada de cabeça para baixo. Eu mostrei muita preocupação com outro ser humano, e está me assustando. Eu mal mostro preocupação por Rath e Bram, então por que eu deveria me importar tanto com Sutton? Eu vou culpar o pai dela e a conexão que temos. Novamente. Eu posso admitir que eu desejo que todos os meus clientes fossem como Foster Green. O que Sutton disse sobre Gaining Goals era tão verdadeiro. Ele é
genuinamente filantrópico, e eu provavelmente não tenho ideia do quanto ele doa para instituições de caridade, mas eu estou supondo que é uma fortuna. Ele nunca divulga isso e eu honestamente respeito esse homem. E sua filha, que poderia ser uma mimada e rica socialite, que aceita humildemente que sua mesa está em um armário com cheiro de limão, é cortada do mesmo tecido. Genuinamente altruísta. Eu sou tão idiota em comparação, mas ela persistiu em me perseguir para ajudá-la. Porra, ela estava disposta a fazer tudo sozinha para a caridade, apenas pedindo números de telefone de mim. Muito bem idiota. Mas a antecipação que sinto sobre sua chegada vem do meu respeito por seu pai. Isso tem que ser isso. Nada mais. Eu termino minha bebida e pulo algumas vezes enquanto sacudo meus braços. Vamos, seu filho da puta, aja como um idiota. Aja como um idiota. Eu bato minhas bochechas algumas vezes, bato meu pescoço de um lado para o outro, e penso em pensamentos maldosos. Eu posso fazer isso. Esqueça o bastardo sensível que apareceu esta manhã. Você está de volta ao seu eu normal. Se alguma coisa, Sutton espera por ele e eu não posso decepcioná-la, não mais. O elevador soa e as portas se abrem. Sutton dá um passo para dentro da sala, sorrindo radiante e animada, usando leggings e um suéter justo, largo e surrado, que revela um pouco do estômago ao se mexer. Jaqueta na mão, ela se entra na minha casa, colocando-a ao longo das costas de uma cadeira e, em seguida, fazendo o seu caminho para a sala de estar depois que ela tira as botas. — Puxa, está frio hoje à noite. — Ela tira o chapéu e balança a cabeça para trás e para frente, afofando seus longos cabelos loiros. Porra. Porra do inferno. Isto não é bom. Não. Ela tem que ir para casa. Aquela camisola, o que diabos ela estava pensando? Seus seios têm a forma de globos redondos perfeitos contra o tecido, e a renda preta da
alça do sutiã é revelada pela larga concha do decote. Começar o trabalho com ela usando isso vai ser quase impossível. E então ela se vira. Cristo. Eu arrasto minha mão sobre o meu rosto. Suas leggings de cintura alta se moldam a sua bunda deliciosa e se estendem até as costas pequenas, não deixando nada para minha imaginação. E não há uma maldita linha de calcinha à vista. Simplesmente perfeito. — O que você disse que tem para o jantar? — Ela pergunta, procurando por algo em sua bolsa. Você. Você é o jantar. — Uh, nenhuma pista. Está no forno. Ela levanta a cabeça, com o caderno na mão, completamente alheia ao quão duro ela está me deixando no que tenho certeza que ela considera uma roupa — confortável. Para mim, ela poderia estar usando lingerie. — Cheira incrível. Está pronto? Estou faminta. — Sim, apenas aquecendo. — Perfeito, — ela responde com alegria. — Vamos nos sentar à mesa para comer e trabalhar? — Podemos comer primeiro e depois trabalhar. — Ótimo. Quer que eu ponha a mesa? — Não. — Forço minhas pernas para começar a trabalhar e faço o meu caminho para a cozinha, onde eu puxo a caçarola no forno e, em seguida, pego pratos e talheres para nós dois. — Parece que ele fez escondidinho. — Oh, isso não é um prato irlandês tradicional? — Ela salta ao meu lado. Quando diabos ela chegou lá? — Sim. Você já comeu isso antes? — Não. — como se ela morasse aqui, ela se move ao redor da cozinha, pegando a água da geladeira e, em seguida, levanta uma garrafa para mim. — Você gostaria de uma? — Eu vou tomar uma bebida. — Não beba enquanto estamos trabalhando. — ela aponta o dedo para mim. Severamente. — Eu preciso de você coerente. Eu dividi algumas porções e levei os pratos e talheres para a mesa onde os coloquei. — Desculpe desapontar, mas comecei a beber antes de você chegar aqui.
Com um passo a passo, ela joga uma garrafa de água para mim e joga o cabelo por cima do ombro. — Bem, então, sóbrio, temos muitas coisas para passar esta noite. Quando ela diz isso, me faz querer pegar a garrafa ainda mais. Suportando uma longa noite com ela nessa roupa, cheirando tão incrível, vai ser pura tortura tentando manter minhas mãos para mim. Ela se senta na minha frente, dobra o guardanapo que peguei de uma das gavetas sobre o colo e segura a garrafa de água para mim. Eu relutantemente levanto a minha. — Para uma parceria maravilhosa. — Você é brega. — Eu tilinto minha garrafa de água com a dela, o plástico colidindo fazendo um som menos do que satisfatório. — Não, estou animada. Nós vamos trazer este acampamento em alto nível. Eu posso sentir isso. Mesmo? Porque tudo que eu posso sentir é a minha fúria contra o zíper do meu jeans. — Você murmurou alguma coisa? — Ela pergunta, com o garfo a meio caminho da boca. — Não. Tomei algumas decisões realmente ruins na semana passada, mas convidar Sutton para jantar aqui antes de trabalhar tem que ser a pior ideia de todas. Apesar do cheiro de batatas e carne bovina, posso sentir o cheiro da fragrância de lavanda, um cheiro que cheguei a conectar com ela agora. O jeito que a boca dela envolve o garfo... inferno, eu continuo imaginando meu pau como o utensílio que alimenta seu escondidinho ao invés de seu garfo, e está fodendo com meu cérebro confuso. O silêncio se estende entre nós enquanto nós dois comemos nosso jantar. O meu é silêncio intencional, mas o de Sutton não é. Ela está muito consumida pelo sabor de seu jantar e fazendo pequenos sons apreciativos que ela não disse uma palavra. — Então, em que parte da Irlanda você mora? Conversa fiada, obrigada eu passo. — Nós podemos apenas comer em silêncio. – Eu coloco uma grande garfada
na minha boca e mastigo, olhando para longe dela. — Você sabe, nós vamos trabalhar muito um com o outro, então pode ser bom saber alguns fatos divertidos sobre o outro. Você não acha? — Não. Mastigar. Engolir. Beber água. — Que tal você me dizer três coisas sobre você e eu farei o mesmo. Como isso soa? — Não. Seu garfo bate no prato, finalmente puxando minha atenção. — Não se feche para mim, Roark. — Eu não estou me fechando. Eu estou escolhendo não compartilhar. — Por quê? Eu dou de ombros e dou outra mordida. — Roark McCool, diga-me três fatos sobre você. Eu levanto uma sobrancelha de sua tentativa de ser rigorosa. — Você realmente acha que isso vai funcionar? — Sim, acho. Eu dou-lhe um breve sorriso antes de voltar para o meu jantar. — Isso não funcionou. Ela geme e soa mais sexy do que eu acho que ela pretendia. Ou isso ou o meu tesão é disparado pelo telhado agora e tudo o que ela faz será sexy - mesmo que ela tenha arrancado um fio de cabelo da cabeça e começasse a usar fio dental nos dentes com ele. — Tudo bem, eu vou te dizer três coisas sobre mim. — Não é necessário. — Eu fiquei menstruada na sexta série. — O que? – Eu me encolho. — Por que isso é um fato que você diz às pessoas? Surpresa, com os olhos arregalados, ela diz: — Honestamente, eu não estava esperando dizer isso. Eu não sei porque eu fiz. Mas agora você sabe. — Eu não precisava saber. — Considere isso um fato divertido. – Ela encolhe os ombros. — Eu só fiz sexo com dois caras. – Ela bate a mão sobre a boca, parecendo absolutamente mortificada. Um ataque de pura raiva começa a subir na minha espinha
enquanto penso nos dois possíveis tipos que fizeram sexo com ela. — Oh Deus, eu realmente não sei porque eu disse isso. Estou nervosa e quando estou nervosa, digo a primeira coisa que me vem à mente. Controlando-me, eu aceno, não querendo mergulhar na coisa toda do sexo, porque há muitas perguntas rolando na minha cabeça. Muitas coisas que eu quero responder como: eles a fizeram gozar com suas línguas? Eles adoraram seus seios perfeitos por horas a fio? Eles apreciaram os pequenos gemidos que eu conheço passando por seus lábios quando ela está gozando? — Isso foi tão pouco profissional de mim. Aqui estou eu, repreendendo você por ser pouco profissional e então a primeira reunião que eu tenho eu estou contando sobre meu período e minha vida sexual, bem, falta dela. Tem sido um tempo desde que eu estive em contato com um pau. Ou um bom pau. Não que você precise saber disso. Você não precisa. — Ela morde o lábio inferior. — Era pequeno, o último, muito, muito pequeno, e eu sei que não é sobre o tamanho, mas eu sinto como se estivesse dentro de mim. — Pare. Ela acena com a cabeça. — OK. Nós dois voltamos para a nossa comida, minha mente girando com o excesso de informações. Pau pequeno. Faz um tempo. Falta de vida sexual Porra, meus braços estão coçando para limpar essa mesa, jogá-la sobre ela e mostrar a ela exatamente o homem que sou: ganancioso com um apetite. — O que você está pensando? – Ela pressiona a mão contra a testa. — Estou tão envergonhada agora. Eu não posso sentar aqui em silêncio. — obviamente. — Apenas me diga o que você está pensando. Eu mastigo meu jantar e trituro: — Você não quer saber. — Sim eu quero. Qualquer coisa para tirar minha mente desse constrangimento. Eu cortei um olhar afiado em sua direção e disse: — Você. Não. Quer. Saber.
— Oh, — ela foge. — OK. Mais silêncio. Se ela está vestindo roupas íntimas, quais são? Tanga? Fio-dental? Renda para combinar com seu sutiã? Como é a bunda dela? Firme? Nossa conversa sobre o jogo anal pula para a frente da minha mente. Deus, ela nunca fez isso antes. Ela gostaria disso? Mesmo que fosse só um pouquinho ou sondagem, ela gostaria? — Sua mandíbula está bem apertada. Você está bem? Não, eu não estou bem. Estou duro como uma rocha sem promessas de liberação por pelo menos algumas horas. — Bem. — Você não parece bem. Há uma veia na testa que está começando a parecer assustadora. Você está tenso? Eu faço você ficar tenso? — Ela se inclina para frente, seu suéter caindo para que eu tenha a visão perfeita de seus seios envoltos em seu sutiã de renda preta. Filho da puta. Afasto-me da mesa, surpreendendo-a e vou direto para o bar, onde me escondo atrás do balcão e me sirvo dois dedos de uísque. — Ei, o que eu disse sobre beber? — Eu preciso de uma dose. — Mesmo? Você não pode esperar isso... — Sutton, apenas cale a boca por dois malditos segundos. Ok? — Eu agarro a parte de trás do meu pescoço, puxando com força, tentando aliviar o fluxo pesado de sangue indo direto para o meu pau. Isto nunca me aconteceu antes. Eu tenho tesão muitas vezes, e eu quis muitas mulheres, mas nada como agora. Nada tão intenso que eu sinto que vou sair da minha própria pele com necessidade. E eu não sei se é porque ela está fora dos limites, ou se é a inocência dançando ao seu redor, mas com cada palavra que goteja de seus lábios e cada movimento de seus pequenos e suaves dedos, eu a quero mais e mais. — Não seja mau, Roark. Por favor. Ela fica de pé, mas eu aponto meu dedo para ela severamente. — Não saia dessa cadeira. — Por que você está sendo um idiota agora?
— Porque...— Eu grito, perdendo todo o senso de controle. É o suéter. Aquele maldito suéter perfeitamente atraente que molda todos os pedaços sensuais de seu peito. — Por que o que? — Porque, Sutton, eu nunca quis foder alguém tanto quanto eu quero foder com você, — eu grito. — Você queria um fato sobre mim, bem, lá vai. Eu acho que você está bem pra caralho, e se eu estou sendo um idiota com você é porque eu quero você. Sua boca se abre e seus olhos se arregalam, um completo e absoluto choque cruza seu rosto. — Você quer transar comigo? — Eu quero foder você. — Oh Ela olha para o lado e vai dizer alguma coisa, mas não fala. — Isso não vai acontecer, — acrescento, vendo como seus pensamentos começam a fluir. — Então tire isso da sua cabeça. — Não vai? — Ela balança a cabeça, como se percebesse o que ela acabou de pedir. — Quero dizer, não vai. Somos colegas. — E você é oito anos mais nova do que eu e a filha do meu cliente e, francamente, acho que você seria um grude. Seus olhos se estreitam quando ela expele o peito. — Eu não seria um grude. Eu não sou uma virgem. — Sim, entendi essa parte quando falou dos seus fatos divertidos. – Há uma boa distância entre nós, e eu quero continuar assim, então eu fico atrás do bar. — Mas pelos sons de suas descrições sem inspiração e sem brilho, você nunca experimentou uma boa foda. — Eu sei sobre sexo, — diz ela. — Mas você já gozou? — Sim. — Com um homem? Ela olha para o lado. Bingo. — Isso foi o que eu pensei. Depois que eu te foder, tenho cem por cento de certeza de que você seria um grude.
— Você é muito cheio de si mesmo. — Ela cruza os braços sobre o peito amplo, sustentando seus seios, me seduzindo. — Como você sabe que eu seria um grude? Eu dou a ela uma vez. — Confie em mim. Eu sei. Claramente irritada com a minha confiança, ela volta para sua comida, bufando no processo e esfaqueando a carne com o garfo. Eu interiormente me encolho, esperando que ela não esteja me prevendo em seu ataque brutal ao escondidinho. Isso pode parecer um pouco insensível, mas eu acredito no que eu disse. Ela seria um grude... ou ela se apaixonaria. Porra. Não. Onde Sutton está envolvida, não há casual. Ela não é o tipo de garota que pode ter uma noite e depois seguir em frente com a vida. Ela é muito doce com o coração mole. De jeito nenhum, não indo lá, não importa o quanto sua bunda nessas leggings implore por isso. Querendo cortar a tensão crescente, uma vez que ainda temos que trabalhar juntos, eu limpo minha garganta. — Então, você só me contou dois fatos, qual é o último? Ela olha para cima na minha direção, raiva atada em suas pupilas. Bom, deixe ela ficar com raiva. A raiva é muito melhor do que feliz em me ver. Pensando sobre isso, ela leva alguns segundos antes de responder, mas quando o faz, é um soco infernal. — Meu terceiro fato? Fácil.... Meu tamanho de sutiã é 44. Esperta, ela sorri para mim e depois volta para sua comida. Touché. Sim, ela é um 44. Estou confirmando pela vigésima vez esta noite. Toda vez que ela se inclina para escrever algo em seu bloco de notas na mesa de café, eu olho para baixo em seu suéter. É uma ótima visão que me manteve forte o tempo todo em que estivemos conversando sobre o acampamento. Não posso dizer nada sobre o que estamos planejando, pois minha mente está em qualquer lugar, menos em ajudar crianças. Em vez disso, tem sido a maneira como ela lambe os lábios a cada poucos minutos, ou a maneira como ela coloca a caneta na boca quando pensa, ou como ela se ilumina quando tem uma ideia. E.... os peitos dela.
Eu estou obcecado por eles desde que eu os vi. Agora que conheço um pouco mais sobre eles, quero nos tornar melhores amigos bem informados. Eu nunca fui melhor amigo dos seios antes, mas estou aberto à ideia. — Você está prestando atenção? — Ela se agarra a mim, afastando meu olhar do seu peito. — O que? Sim. – Eu coço o lado do meu queixo. — Você estava falando sobre equipamentos. — Eu estava falando sobre restrições alimentares. — A mesma coisa. – Eu dou de ombros. — Não é a mesma coisa. – Ela suspira exasperada. — Roark, eu preciso que você se concentre. Eu me inclino de volta no sofá. — Não há foco quando você está usando esse suéter. Está me desconcentrando. Por que você vestiu isso? Ela olha para o suéter e realmente parece chocada que eu tenho um problema com isso. — É confortável. — É um cachecol maldito. – Eu levanto do meu lugar no sofá e vou para o meu quarto, onde eu puxo uma camiseta de mangas compridas e levo para ela. Eu o coloco no colo dela e digo: — Mude para isso. Nós vamos evoluir mais. — Eu não vou mudar a minha camisa porque você está excitado e frustrado pelos meus seios, como você tão elegantemente os chamou. Eu não vou negar sua avaliação de mim, então eu apenas dou de ombros e digo: — Tudo bem, boa sorte. Eu coloco meu braço sobre as costas do sofá e fico confortável. Eu não vou olhar descaradamente para o peito dela, mas eu sei que vou dar outra espiada em cerca de um minuto, porque a necessidade de olhar para eles se tornou como um relógio para os meus olhos hoje à noite. Ela começa a tagarelar sobre alguma coisa e, como esperado, ela se inclina para frente, dando-me uma ótima visão do tamanho de seus seios. Eu suspiro de felicidade. Lá estão eles de novo. — Você está seriamente olhando minha camisa de novo, depois que eu te chamei de excitado? — É o que os homens excitados fazem, eles olham para baixo,
especialmente depois que você revela o tamanho do sutiã. Estou apenas verificando. Ela geme e bufa e em segundos puxa o suéter para cima e sobre a cabeça. Minha boca se abre quando vejo o sutiã de renda preta mal conter seus seios. Eles balançam ao redor com seus movimentos, quase revelando o mamilo, e enquanto ela se esforça para desdobrar minha camisa, eu imploro para o seu sutiã se abrir bem ali mesmo. Mas não adianta. Deus me odeia, e antes que eu possa realmente conter a visão na minha frente, ela está puxando minha camisa por cima da cabeça. As mangas são inteiramente compridas demais, então ela começa a dobrá-las, e os ombros pendem dela de um jeito fofo. Droga. Isso deveria ajudar. Depois de terminar de arrumar as mangas, ela dobra as mãos no colo e me olha de olhos arregalados. — Estou pedindo uma hora. Você pode se concentrar por tanto tempo? Mudando no meu lugar, eu sento e aperto minhas mãos juntas. — Sim. Ela balança a cabeça e diz sarcasticamente: — Uau, você é corajoso, homem corajoso. Eu vou dar isso a ela. Ela tem a sagacidade do pai, o que é um problema. Porque eu gosto muito do pai dela. Uma hora se transformou em duas, tornando-se meianoite no momento em que terminamos. Sem álcool no meu sistema, graças às garrafas de água que Sutton continuava jogando na minha direção e me fazendo beber, eu estou completamente sóbrio e cansado como merda. Acho que não senti esse nível de exaustão em muito tempo, provavelmente porque meu trabalho à noite é me impedir de sentir qualquer coisa. Aparentemente, tenho feito um bom trabalho. Depois de arrumar sua bolsa, Sutton se dirige para o elevador até que eu a pare. — Onde você vai? — Casa. — Ela olha para a camisa e diz: — Oh... desculpe. — Ela coloca suas coisas no chão e, mais uma vez, tira a camisa na minha frente, me dando a melhor visão da noite, então
coloca aquela maldita camisola de volta. — Aqui. — Ela segura a camisa. — Eu não me importo com a maldita camisa, você não vai para casa. Ela exala. — Eu não posso passar a noite toda vez que é tarde, Roark. Eu preciso crescer em algum momento. Eu pego a mão dela e a puxo para o quarto de hóspedes. — Não se trata de crescer. — Deslizo meus dedos pelos dela, deleitando-me com a sensação por um momento e manobrando-a para a porta do quarto de hóspedes. — É sobre estar segura. — Muitas mulheres solteiras andam pela cidade à noite. — Sim, bem, eu não quero que arrisque. O que eu não daria para estender a mão e pressionar minha mão na bochecha dela, sentir o quão suave é a pele dela, para ver se ela cai no meu toque. Curiosamente ela sorri, nossas mãos ainda se entrelaçam quando ela dá um tapinha na bolsa. — Eu trouxe roupas só para o caso de nos atrasar. Eu mordo meu lábio inferior, meu controle começa a escorregar enquanto vejo quão fofo é o seu tédio. Ela é problema, grande problema, e eu preciso ficar o mais longe possível. Eu dou um passo para trás, mas a mão dela segura firme na minha. Quando eu olho para a nossa conexão, a voz dela me puxa de volta para seus olhos. — Obrigada por esta noite, Roark. Mesmo que tenhamos começado um pouco devagar, fizemos muita coisa. — Sim claro. Ela dá um passo à frente e eu juro pelo próprio Cristo, meu coração inesperadamente balança no meu peito. Inclinando-se para a frente na ponta dos pés, ela aperta um beijo doce, mas puro em minha bochecha e depois se afasta. Sorrindo para mim, uma mecha de seu cabelo loiro caindo sobre um olho, ela diz: — Tenha uma boa noite. — E então ela se retira para o seu quarto, fechando a porta suavemente. Passando minha mão pelo meu cabelo, eu pressiono meus lábios firmemente e me forço a ir
embora, enquanto seu perfume de alfazema gruda em mim. Vou precisar de uma zona neutra na próxima vez que nos encontrarmos. Jantar na minha casa não é mais uma opção. Não quando tudo nela me tenta. Eu menti quando disse que não estava com ela no outro dia para Bram e Rath - óbvio, eu sei. Relutantemente, eu chego ao meu quarto, me apronto para dormir, tiro a roupa e escorrego sob minhas cobertas, meu pau ainda balança com força da noite inteira. Não, é por não fazer sexo... porra em semanas. Como diabos isso aconteceu? É tudo culpa dela, e só há uma maneira de resolver esse problema. Eu deslizo minha mão até a base da minha ereção pulsante e aperto com força. — Foda-se, — gemo, meus olhos se fechando. Eu esperei toda a maldita noite por isso. Minha mão se move para cima do meu pau só para cair de volta quando meu telefone apita ao meu lado na mesa de cabeceira. Eu paro, minha cabeça embalando para o lado para ver se é Sutton. Quando o nome dela aparece na tela, eu considero ignorá-lo, mas, novamente, e se ela precisar de alguma coisa? Droga. Eu chego e pego o telefone. Sutton: Você está... tocando-se agora mesmo? Cristo. De todas as pessoas, eu não esperava que Sutton perguntasse isso. Eu gemo e, sozinho, digito uma resposta enquanto minha mão volta à minha ereção. Roark: O que você acha? Ela responde imediatamente. E se ela... e se ela está se tocando também? Esta noite foi tão torturante para ela quanto foi para mim? Provavelmente não, porque eu não era o único a saltar em um suéter brincando de se esconder. Sutton: Eu acho que você está. Roark: Você me conhece bem. Sutton: Você está pensando em mim? Roark: pergunta ousada. Sutton: Estou me sentindo um pouco ousada esta noite. Espero que Deus não seja muito ousado, porque se ela entrar em meu quarto, não haverá como me parar.
Roark: Sim,
estou pensando em você. Eu puxo meu pau, uma longa expiração me escapando enquanto vejo os pontos saltarem na tela, esperando sua resposta. Sutton: Está nu? Ela está agora... Roark: Sim. Sutton: O que você vê? Ela é real agora? O que aconteceu com a menina doce e inocente? Eu nunca teria esperado que algo assim viesse de Sutton, nunca em um milhão de anos. Roark: Você está procurando elogios? Sutton: Eu quero saber o que você vê quando pensa em mim. Roark: Isso é perigoso, Sutton. Sutton: Apenas me diga. Inferno. Eu libero meu pau e uso duas mãos para digitar, tornando-o mais rápido. Roark: Você está nua na minha cama, sua pele de porcelana um contraste brilhante contra o meu edredom preto. Seu cabelo está espalhado, lábios entreabertos, mamilos duros como pedrinhas, pernas abertas, e sua boceta está molhada e pronta para mim. Você está se contorcendo debaixo de mim enquanto eu dirijo meu pau profundamente dentro de você. E à distância, eu posso ouvir seus gritos de prazer enquanto eu faço você gozar de novo e de novo. Eu lanço meu telefone para o lado e aperto meu pau mais apertado, a imagem que eu pintei tão vívida em minha mente que eu esqueço de mensagens de texto e me concentro no prazer rasgando através do meu corpo. Peito movendo-se rapidamente para cima e para baixo, meus dentes rangendo juntos, sinto meu sangue acumulando na base do meu pau, meu orgasmo a segundos de distância... quando há uma batida na minha porta. Eu ainda me pergunto se imaginei o som. — Roark? — Sutton, — respiro pesadamente. — Volte para o seu maldito quarto. A porta se abre e em segundos eu estou voando para fora da cama, pegando uma camisa descartada
do chão para cobrir meu lixo enquanto ela espreita ao redor da porta, vestindo apenas a camisa que eu deixei para ela. Seus olhos se arregalam quando ela me vê, caindo direto para a minha virilha e depois de volta para cima. Graças a Deus eu tenho a camisa me cobrindo ou então ela estaria recebendo bastante o show. — Vá embora, Sutton. Ela dá outro passo à frente, minha resolução há segundos de estalar quando ela estende a mão para a minha mão. Eu a deixei pegar porque eu sou um idiota. Ela me puxa para mais perto, e a única coisa que bloqueia sua visão do meu pau é uma camiseta preta. Seus dedos dançam do meu braço para o meu ombro. Eu fecho meus olhos enquanto ela explora levemente meu peito, suas unhas raspando ao longo da minha pele e sobre o meu mamilo. Eu respiro fundo e rapidamente a prendo contra a parede, sua mão errante acima da cabeça enquanto olho para ela. — O que você está fazendo? — Explorando, — ela responde descaradamente. — Você disse que estava pensando em mim. Por que não ter a coisa real? Meu pau pula com o pensamento. Eu poderia facilmente levá-la agora. Jogá-la na cama, abrir suas pernas e fazer o meu mau caminho com ela. Mesmo que meu corpo esteja zumbindo para que isso aconteça, minha cabeça está me dizendo não. — Você sabe que eu não posso ter a coisa real. – Tirando a mão da parede, eu acaricio sua bochecha e lentamente esfrego meu polegar em sua pele. Tão macia. — Eu não posso. Seus olhos esperançosos escurecem. — Por que não? — Você sabe por que não. — Mas você me quer? — Eu aceno, incapaz de expressar minha necessidade. — Ok então. — Ela solta um suspiro. — Isso é sempre bom de ouvir. Com um sorriso triste, ela caminha até a porta, e eu me sinto como um imbecil gigante. — Sinto muito, Sutton. — Eu sei, eu também.
CAPITULO DEZ Querido Winston, Eu vi a moça do mal hoje. Ela me disse que ainda tenho muita raiva interior. Mais como frustração reprimida. É como se alguém tivesse colocado uma rolha na minha uretra e me dissesse que eu não posso vir. Talvez uma reação exagerada desde que eu me masturbei duas vezes por dia, todos os dias esta semana. Mas quando estou perto de Sutton, o que é muito, parece que estou bloqueado, e a pressão continua crescendo e aumentando até eu ficar louco. E por alguma razão desconhecida, não consigo encontrar meu caminho para nenhuma boate. Elas não me interessam. Em vez disso, fico em casa, com o copo na mão, assistindo a algum programa irrelevante na TV enquanto digito um texto a Sutton. Eu não sou um texter19. Eu nunca fui um texter, mas bom Cristo, quando eu vejo o nome dela aparecer no meu celular, eu fico... porra, fico tonto. O que é essa merda? Eu não deveria estar tão animado para receber um texto, especialmente porque o que falamos não é sequer importante. Existem alguns textos aqui e ali sobre o acampamento, mas a maioria dos nossos textos é sobre algo positivo, e eu sendo um idiota sobre isso. De qualquer forma, quando a terapeuta - não consigo lembrar o nome dela para salvar minha vida, mas quem se importa-me perguntou se havia novidades na minha vida, eu quase disse: — Tem essa garota. Mas, caralho, eu me controlei. Isso estaria abrindo uma lata de minhocas para as quais eu não estava preparado. Então, você é quem consegue ouvir sobre isso. Lá vai você, Winny. Roark 19
Pessoa que prefere enviar mensagens de texto do que fazer uma ligação.
— Aqui está o meu homem, — diz Foster, aproximandose de mim com a mão aberta. Eu a agarro antes de ele me puxar para um abraço. — Como tá indo? — Você sabe. — Eu rio, tentando esconder o pânico em meus olhos. Sutton falou com ele? Ela contou alguma coisa sobre nós? Não que haja um nós, mas ela disse alguma coisa? Você sabe, algo incriminatório como eu vi o traseiro de seu agente, ou seu agente me disse que ele quer me foder, ou seu agente não pode parar de olhar para os meus seios quando estamos trabalhando. Por que eu não chequei com ela antes? Porque então parece que estamos escondendo alguma coisa e acredite em mim, não estamos escondendo nada. Se estivéssemos escondendo algo, meu pau saberia sobre isso. Nós dois nos sentamos na mesa em que eu estava tentando trabalhar enquanto esperava Foster, mas não consegui fazer muito além de uma passagem através de um contrato. Eu aponto para o copo na mesa e digo: — Já pedi seu bife, e ele deve estar pronto em breve. Ele pega seu chá gelado e toma um gole. — Você é serviço completo, não é? — Só para as divas, — eu digo, ganhando uma risada de Foster. — Eu posso ser mais que uma diva se você quiser. — Não, tudo bem. Recostando-se em sua cadeira, ele diz: — Então, como está a terapia? Ótimo, vai ser uma dessas reuniões. — Fantástico, — respondo com um sorriso na ponta do meu copo de água. Sim, água, e não porque Sutton acha que eu não deveria beber durante os negócios, mas porque Foster provavelmente me daria uma palestra, e eu não estou com disposição para uma palestra agora. Ou nunca, na verdade. E por que eu me preocupo com o fato de que ambos os Green estão me ensinando sobre beber... Porra.
Ele considera minha resposta e depois diz: — Isso soa muito como um sarcasmo. Acertou em cheio; nada passa por ele. Se estivesse escrito em um texto de Sutton, minha resposta teria sido colocada em asteriscos. — Algumas pessoas são destinadas à terapia, outras não. Eu não sou um cara delicado, então sentar nessa hora de loucura parece uma pura tortura para mim. — Ser aberto e expressar seus sentimentos não é uma coisa ruim, você sabe. Não faz de você menos homem. — Eu notei que o dia em que você chorou na frente da imprensa quando disse que o próximo ano seria o último. Você mal conseguia tirar duas palavras da sua boca. Ele sorri. — Eu sou um homem emocional e hey, me deu esse patrocínio com Kleenex. — Ele conscientemente aponta o dedo para mim. — Verdade, não posso esquecer essa oportunidade de ouro. — É mais divertido do que qualquer coisa. Os fãs adoram isso. Eu bebo minha água, odiando que não queime enquanto ela desce pela minha garganta. — Você sabe, eu ouvi que o novo requisito que os fãs estão procurando em um quarterback é ultrassensível e chora diante das câmeras. — É por isso que o Steel me manteve por tanto tempo; eles amam um cara que pode agradar os fãs. Nós dois rimos e eu começo a nivelar com ele, sabendo muito bem que ele vai ficar sério no minuto seguinte, então pode muito bem cortá-lo para a perseguição. — Eu escrevo no diário todos os dias. — Você escreve? Pensei que você teria gostado das sessões de terapia no diário. Eu sacudo minha cabeça. — O diário é pessoal. Eu guardo isso para mim mesmo. As sessões de terapia parecem que estou me forçando a me cortar cruamente para o terapeuta julgar. Eu odeio isso. Odeio cada segundo disso, na verdade. — Isso faz sentido. Você sempre foi um homem privado. — Se você perguntar, eu vou te dizer, mas eu não estou prestes a distribuir
informações como se fosse um cookie no Natal. — Eu posso respeitar isso. — Ele solta um longo suspiro. — Desde que você esteja progredindo, é tudo com o que me importo. Você é como um filho para mim, Roark, um filho que me traz muito dinheiro. — Nós rimos. — Eu quero ter certeza que você está bem. Você é como um filho para mim. Exceto eu sei que na mente de Foster, é uma coisa positiva. Ao contrário do meu pai, que me considera um idiota e não quer nada comigo. — Eu aprecio isso, Foster. Ele olha em volta e coloca as duas mãos nos braços da poltrona. — Não estragando a intimidade dessa conversa, mas há um banheiro por perto? Eu aponto atrás de nós. — No final do corredor à direita. — Obrigado. — Ele diz, e eu puxo meu telefone do bolso para me manter ocupado. E então eu sorrio. Sutton: Você mandou um email para Brock, Freddie e Carmichael? Roark: Sempre trabalhando. Sutton: Alguém tem que trabalhar. Assim, você enviou? Roark: Quem disse que eu não estou trabalhando agora? Sutton: Você está? Roark: Em uma reunião de almoço. Sutton: E você está me mandando mensagens... Roark: Corte a atrevida, ele está no banheiro. Eu sou multitarefa. Sutton: Um homem moderno você é. Então você enviou um e-mail para eles? Roark: E se eu não enviei? Sutton: Roark! Eu te pedi gentilmente. Roark: E eu pedi uma foto dos seus peitos, e eu não recebi. Sutton: Você poderia ter tido meus * peitos * uma semana atrás. Roark: Eu gostava mais quando você não era tão atrevida. Sutton: Mentira. Agora por favor mande um e-mail para eles! Roark: Já fiz, moça.
Sutton: Por
que você me tortura? Roark: Porque é fácil. — Olhe para esse sorriso no seu rosto, — diz Foster, vindo de trás e me assustando. — Cristo. – Eu rio. — Não sabia que a próstata estava funcionando tão bem em você, meu velho. Rápido em fazer xixi. — Eu posso ter um pouco de sal no meu cabelo, mas tudo ainda está funcionando perfeitamente. – Ele aponta para o meu telefone. — Eu conheço esse sorriso. É o sorriso de um homem que está apaixonado. Quem é a garota? E uma gota real de suor se forma nas minhas costas e desce pela minha espinha no espaço de um segundo. Primeiro de tudo, eu não estou apaixonado, nunca fui e nunca serei. Em segundo lugar, não há nenhuma maneira no inferno que eu estou dizendo a Foster que estou mandando mensagens para sua filha, então eu inventei uma mentira. — Nenhuma menina. Apenas algo que um dos meus amigos me enviou. Merda idiota. — Ah. – Ele balança a cabeça. — Parecia que você estava entretido nesse texto. Eu dou de ombros, incapaz de responder. Eu estava no texto? Quer dizer, talvez eu não me lembre de nada nos últimos minutos. Sutton escreveu a palavra peitos. Então, naturalmente, estou pensando nela. Surpreso posso formar palavras... Tentando seguir em frente, eu digo: — Sutton tem uma forte influência sobre o acampamento. Ela é organizada. Meio que engajei nisso. Concordando com um aceno de cabeça, ele bebe sua água. — Ela é muito boa no que faz e parte da razão pela qual ela é tão boa é porque ela realmente se importa. Ela sempre é assim. Ela é a razão pela qual eu ainda tenho a base, porque ela me empurrou para continuar trazendo alegria para os outros, mesmo durante os tempos difíceis. — Eu posso ver como isso é um fator enorme. — Você já discutiu quando você está indo para o Texas? — Uh, o que? — Eu pergunto, trazendo meu ouvido mais perto, tentando ver se eu o ouvi direito. — Texas. Você tem que estar lá para o acampamento.
—
Ah sim, eu sabia disso. Provavelmente apenas no dia anterior e depois voltar assim que acabar. A testa de Foster se enruga. — Você só vai ficar por cinco dias? Sutton sabe disso? — Eu não tenho ideia. Nós não falamos sobre isso. A garçonete traz nossa comida, interrompendo tudo o que Foster ia dizer. Ambos os nossos bifes parecem bem preparados, bem como as saladas de acompanhamento que eu pedi para nós dois. Assim que ela sai, Foster se vira para mim quando ele começa a cortar seu bife. — Vamos precisar de você lá por pelo menos duas semanas. — O quê? – Eu digo, praticamente engasgando com a minha própria saliva. — Duas semanas? Por quê? — Há o pré-acampamento, o acampamento e pósacampamento. Nós precisamos de você por todos os dias. É prático e ajudar com isso lhe dará o último horário de serviço da comunidade que você precisa. — Duas semanas? Eu não sei, Foster. Eu tenho clientes... — Que vão entender que você precisa trabalhar remotamente. Nem todos moram em Nova York, então estão acostumados a não ter você à sua disposição. Temos internet e telefone no rancho, então você ainda poderá trabalhar. Vamos precisar dessas mãos para preparar tudo. Por que eu imagino Foster cumprimentando-me à sua porta com um laço na mão e botas de cowboy emprestadas para mim? — Vou ter que verificar minha agenda, — digo, tentando evitar duas semanas no Texas. — Tenho a sensação de que ficará bem, — diz Foster com convicção. Inferno. Alguém vai receber uma ligação.
— Você Finalmente decidiu ligar de volta, — eu digo, deitado na minha cama, completamente nu e assistindo a um documentário sobre ursos polares na Netflix. Observando a ausência de
Você
uísque. — levou tempo
suficiente. Sutton ri baixinho. — Longo dia no escritório. Achei que o que você tinha para me dizer não era tão importante ou você teria me mandado uma mensagem. — Eu poderia estar morrendo. — Bem, da próxima vez, se você estiver morrendo, deixeme saber seus últimos desejos para que eu não me sinta mal por não ligar para você. — Cruel, mas justo. Sua risada doce ecoa pelo telefone. — O que você quer, Roark? — Seu pai te disse que jantamos hoje à noite? Ela faz uma pausa e depois diz: — Não. Oh Deus, você disse a ele que eu tentei fazer sexo com você? — Eu sou um idiota, Sutton, mas não tão grande assim. Eu na verdade não contei a ninguém, além do meu diário tonto. — Oh, graças a Deus. – Ela exala. — Isso teria sido tão embaraçoso. Se você tivesse contado, eu teria dito a ele que você foi quem me mostrou sua bunda primeiro. — Você continua mencionando isso. A imagem da minha bunda está enraizada no seu cérebro? — Está — responde honestamente. — Era uma bela bunda. — Era? Não é mais uma bela bunda? — Eh, está tudo bem agora. — Mentirosa. – Eu rio. — Chega de sua bunda. Diga-me o que você falou com o meu pai. Eu sustento minha mão atrás da minha cabeça. — Seu pai me disse algo hoje que eu acho que você esqueceu de me informar. — Oh não, ele te contou sobre o Texas? — Bingo, - eu respondo, brincadeira na minha voz. — Quando você ia me contar sobre isso? — Eu estava vendo uma forma de falar com você. Você não parece com alguém que pode apenas se jogar no interior do Texas. — Sim, não tanto. Eu prefiro a cidade.
fresco
— O ar não vai te
matar. — Você sabe o tipo de ar fresco que eu gosto, — eu digo. Um gemido irritado cai de seus lábios. — Você não continua a fumar, certo? Isso é tão ruim para você, Roark. — Você sabe o que é ruim para mim? Você. — Eu? — Ela pergunta, e diabos eu gostaria de poder ver seu rosto. Eu amo a expressão que ela faz quando eu a deixo chocada. — Sim, você. — Como eu sou ruim para você? Eu pressiono meus dedos no meu couro cabeludo, dando a minha cabeça uma pequena massagem enquanto falo. — Você está tentando eliminar todos os meus vícios. Não é bom para mim e está arruinando minha imagem. — Oh, — ela responde baixinho. — Você não precisa fumar e beber para manter sua imagem, sabe. — E de que outra forma você espera que as pessoas pensem que eu sou um bad boy sem um uísque em uma mão e um cigarro na outra? — Você não precisa de acessórios para ser um bad boy, Roark, é tudo sobre a atitude. — Atitude não é tudo, moça. Eu prefiro meus acessórios, como você diz. — Seus acessórios vão levar você a uma morte prematura. — Bem, poderia viver a vida agora então, — eu digo. — Envie-me uma foto de seus seios, para que eu possa começar a viver a vida. — Você é implacável. Não que eu não confie em você, mas eu nunca enviaria uma foto dos meus seios nus para ninguém, especialmente porque eu sou a filha de Foster Green. Se isso acabar nas mãos erradas, eu poderia estragar tudo o que meu pai construiu. — Eu vou ser muito cuidadoso com isso. — Não. Nunca vai acontecer, mas se você quiser vê-los na vida real, posso fazer isso acontecer. — Não. — Eu copio sua resposta, mesmo que meu pau esteja endurecendo com o pensamento. — Uma pena. De qualquer forma, de volta ao Texas.
Pau duro, eu segurei o gemido irritado borbulhando na minha garganta. — Duas semanas no Texas não vai rolar. — Ah vai. Desculpe, mas precisamos de você por duas semanas, além disso, meu pai vai querer dar-lhe a experiência completa do rancho. Torcendo meus lábios para o lado, tentando me imaginar em uma atmosfera campestre, pergunto: — Qual é exatamente a experiência completa da fazenda? — Você sabe... — Ela murmura algo que não consigo entender. — Você pode repetir isso? Ela resmunga de novo e tudo que consigo entender é cavalo. — Uh, que tal um cavalo? Ela boceja alto. — Estou cansada. Eu realmente deveria ir para a cama. A menos que tenha mais alguma coisa que você queria conversar. Eu vou desligar. — Sim, eu quero saber sobre este cavalo, — eu pressiono, pensamentos selvagens se formando na minha cabeça. — Então, mais nada? OK. Bem, obrigado por enviar email aos caras. Deixe-me saber o que disseram quando você descobrir. Boa Noite, Roark. — Espere — Mas ela desliga antes que eu possa ter outra palavra. Megera. Droga. Sua esquiva me deixa nervoso. Eu não sou muito um homem de cavalo. Eu nunca montei um, e não planejo ficar atrás de um deles a qualquer momento. Nem mesmo para ver um ótimo par de peitos.
— Que tal esse? Como meus olhos parecem enquanto o mantenho perto do meu rosto? — O que seus olhos têm a ver com um diamante? — Eu pergunto a Bram, que me arrastou para fazer compras. — Seus olhos vão ficar injetados de tanto chorar. — Eu não vou chorar. – Antes que eu possa contrariar sua declaração, ele ri e balança a cabeça. — Quem eu estou
enganando? Eu vou ficar louco. Você acha que ela vai dizer sim? — Não faça perguntas estúpidas. — Eu pego um anel de rubi e o seguro para ele. — Se você está procurando algo para combinar com seus olhos naquele dia, este será perfeito. Bram olha para o anel e depois olha para mim. — Este é um dia importante para mim. Você pode não ser um idiota sarcástico por um segundo? Eu coloquei o anel para baixo. — Se você quisesse alguém para ajudar, deveria ter perguntado a Rath. Ele é irmão de Julia, afinal de contas. — E é por isso que não pude perguntar a ele. Eu queria ser capaz de encontrar isso sozinho. — Então por que diabos você está pedindo minha opinião, se você quer fazer isso por conta própria? — Para confirmação, — ele responde, segurando um anel para a luz. — Ainda não está fazendo isso sozinho. Frustrado, ele abaixa o anel e me dá uma olhada. — Por que você está sendo um bastardo agora? Você não transou com ninguém ultimamente? Sempre que você fica assim, impossível estar por perto, é porque você está com dificuldade. Esse é o problema? Deus sim. — Não. — É? - E então ele faz uma pausa, um lento sorriso brincando em seus lábios. — Oh inferno, é aquela garota? Eu empurro o balcão de vidro e começo a andar em direção à porta. Eu não quero falar sobre isso com Bram porque ele vai fazer um grande negócio quando não é, e eu não sinto vontade de ficar por perto enquanto seu coração feliz se ilumina com entusiasmo. — Envie-me uma foto quando você encontrar o anel. — Espere. — Bram rapidamente se levanta e fica na minha frente, de mão em peito. — Você não está indo embora, né? Você não pode ir. Eu preciso de ajuda. — Você não precisa de ajuda. Você conhece Julia melhor que ninguém. Você é o único que poderia escolher o anel perfeito.
— Eu sei, mas agora eu quero ouvir sobre seus problemas com a menina. — Eu não tenho problemas com garotas. Você está prestes a ter problemas com garotas se não sair do meu caminho. Nem um pouco assustado, Bram diz: — Qual é o nome dela de novo? Sally? — Saia da minha frente. — Espere, não, não é Sally. É Sara, certo? — Bram... Estalando os dedos, ele diz: — Não, é Sassafrás. Está certo. — Sutton, seu fodido idiota. E eu sei que era exatamente o que ele estava procurando, mas, Cristo, eu não queria que ele pensasse que o nome dela era Sassafrás. — Ah, sim, boa e velha Sutton. Como ela está? — Ela está muito melhor do que você está prestes a ficar. Bram bate na minha bochecha e depois na outra, mas um pouco mais forte. Eu me afasto assim que ele entra em mais um golpe. — Que diabos está fazendo? — Despertando seus sentimentos. Aquela alma negra está viva? — Ele alcança para mim novamente, mas eu empurro sua mão para longe. Meu punho aperta ao meu lado. Ele é seu melhor amigo; não dê um soco nele. Você conseguiu mais de dez anos sem nunca enfiar o punho na garganta dele. Agora não é a hora. — Não me toque de novo ou você não vai gostar do que acontece. Bram revira os olhos. — Cara, acorde e veja como você está reagindo. Você claramente gosta da garota. Por que você está torturando todo mundo com sua atitude ranzinza? — Porque torturar as pessoas é o que eu faço melhor, — eu respondo e o desvio para que eu possa alcançar a porta. — Pegue o anel de seis quilates, você sabe que ela vai adorar. — São mais de trezentos mil dólares. Eu olho por cima do meu ombro. — Ainda bem que você é um filho da puta rico.
A porta se fecha atrás de mim e o sol brilhante me atinge primeiro, uma raridade na cidade de Nova York. Geralmente é bloqueado por todos os edifícios altos. Eu protejo meus olhos e pego um táxi. Os garotos acham que eu sou louco por pegar o transporte público, mas eu prefiro não ter um cara esperando por mim em um carro quando eu posso facilmente sinalizar alguém e estar em movimento. Vou usar um motorista de vez em quando, mas no dia a dia sou eu em um táxi. Afundo no banco depois de dar a ele minhas ruas transversais e olho pela janela enquanto as palavras de Bram saltam na minha cabeça. Sua alma negra está viva? Eu normalmente não pensaria muito sobre o mingau de Bram, mas não sei se minha alma negra quer ser ressuscitada. No entanto, com certeza encontrou um pequeno batimento cardíaco.
Eu tenho acordado às seis horas nos últimos dias, trabalhei e tomei um café da manhã não-líquido - e estou tão chocado quanto você. Veja o que um sono decente lhe trará responsabilidade. Mas não acho que goste. Eu não gosto de ser esse cara. Você sabe, aquele que lê o jornal pela manhã depois de uma perfeita execução de sua rotina matinal. Eles são chatos. Eu gosto da imprevisibilidade de acordar em alguma hora estranha e tentar espremer tudo o que tenho que fazer antes de ir as minhas reuniões. Eu admito, eu tenho sido capaz de trabalhar alguns contratos no início da manhã e talvez digitar alguns e-mails vencedores que trouxeram uma merda de dinheiro para meus clientes e para mim. Mas eu ainda nem me reconheço quando olho no espelho. Não há bolsas pesadas sob meus olhos, nem meus olhos estão vermelhos. Não tenho a tosse de um fumante
decente pela manhã e, em vez de 20 Baileys como — creme— no meu café, bebo-o preto, com um pouco de açúcar, porque, por que não? O que está acontecendo comigo? A próxima coisa que eu sei é que vou usar gravata e acenar para as pessoas na rua quando eu as ver passar, jornal debaixo do meu braço com uma disposição ensolarada no rosto. Eu não gosto disso. Mas eu também meio que faço. Porra. Sentado no meu escritório, olho para o horizonte e considero todos os filhos da puta tristes como eu que têm uma rotina matinal. Eles são homens dignos e bem estabelecidos, cada um com uma boa cabeça nos ombros. Eu pego meu reflexo na janela.... Esse sou eu? Eu realmente perdi meus acessórios de bad boy. Agora sou apenas um ... Cristo, sou como Rath, um homem de negócios implacável. Ah inferno. Eu pressiono minha mão na minha testa, um pequeno sorriso espreitando por meus lábios. Quem teria pensado que eu seria como Rath? Pelo menos eu ainda tenho meu sarcasmo, obrigado por isso. Meu telefone vibra ao meu lado. Um número internacional aparece, o que só pode significar uma coisa: é minha mãe de merda. A essa altura, você pensaria que eu ignoraria o telefonema e não atenderia, mas, se fizesse isso, ela continuaria ligando, ligando e ligando; é o jeito dela de conseguir o que ela quer. Rangendo meus dentes, respiro fundo e respondo. — Olá? — Sim, sou eu menino, — ela responde, sua voz espirrada, suas palavras em voz baixa. A maçã não cai longe da árvore da minha família. — Ei mãe, o que está acontecendo? — Eu tento manter o tom irritado fora da minha voz, me preparando para a razão 20
Creme de licor Irlandês.
pela qual ela está chamando, a única razão pela qual ela está chamando. Esse telefonema acontece uma vez por mês e, se eu tiver muita sorte, duas vezes. Parece que vamos para a segunda rodada este mês. — Roark, quando você vai voltar para casa? Quando você vai parar de abandonar sua família? Oh, uau, ela vai pular direto para este ponto. Eu arrasto minha mão sobre o meu rosto. — Quanto você quer? — Você não fale comigo assim, - usando aquele tom irritado. –Não sou eu quem deixou família com nada além de algumas batatas no campo que seu pai nem mesmo pode colher por causa de sua deficiência. Sua — deficiência, - como ela afirma incorretamente, é o alcoolismo. — Se você estivesse aqui, não estaríamos famintos, pobres e lidando com um telhado furado. Você abandonou sua família. Mesma história todas as vezes. Mesma viagem de culpa. O mesmo ódio em sua voz... por seu próprio filho. — Você deixou suas raízes por um arranha-céu. — Eu sei, mãe. Você me lembra a cada maldito mês. — Não se atreva a usar o nome de Deus em vão21, assim. Ensinei-lhe melhor. — Ela não me ensinou nada além de como derrubar uma bomba da Guinness22 sem vomitar depois. — Pelo menos eu pensei que sim, mas parece que eu não fiz uma impressão duradoura. - As lágrimas começam a se formar, e eu solto um longo suspiro. — O que eu fiz para merecer esse tratamento de você? Você nunca vem para casa, você não nos ama. Seu pai está doente e precisa de você, Roark. Ele só quer meu talão de cheques. Ele precisa apoiar seus maus hábitos. 21
Nesse caso ele disse “maldito” que em inglês é “godman” por isso ela diz para não usar o nome de Deus em vão. 22 Bebida alcoólica.
— Eu tenho uma reunião, mãe. Eu tenho que ir. Um soluço alto lhe escapa. — Você sempre foi ingrato por tudo que eu te dei. Neste ponto, seria mais fácil se você estivesse morto. Pelo menos eu poderia lamentar a perda do meu filho mais velho e seguir em frente, em vez de ser insultada constantemente, sabendo que você está na América, vivendo uma vida elegante enquanto sua família mal consegue comprar comida para por na mesa. Antes de você morar naquele arranha-céu, você morava nesta casa de pedra. Eu conto até três, mas ainda não funciona. Minha pele coça, minha raiva começa a ferver, enquanto minha mãe pressiona cada um dos meus botões, e uma nuvem escura começa a se mover sobre a minha cabeça. Dentes rangendo juntos, há uma grosseria na minha voz quando falo. — Me desculpe, eu sou uma decepção para você, mãe. — Eu só queria que você mostrasse mais cuidado para nós, para as pessoas que sempre estiveram lá por você. — Certo. E? — Eu pergunto, querendo que isso acabe. — Você pode nos enviar algum dinheiro? Apertando meus olhos, eu balanço minha cabeça, sabendo exatamente o que minha noite vai implicar.
CAPITULO ONZE Querido eu não dou a mínima, Tudo o que eles querem de mim é dinheiro. Eles não se importam com como eu ganhei esse dinheiro, como eu estou me saindo ou o nome que eu fiz para mim mesmo. Tudo o que importa é o verde nos bolsos e a rapidez com que posso conectá-los a eles. Eu temo o telefonema mensal. Eu sei que está chegando, e eu tenho medo disso. É um lembrete agudo de que, mesmo que pareça que tenho família, realmente estou sozinho neste mundo. Bram diz que eu tenho uma alma negra, bem, há uma maldita razão para isso. Um brinde. Roark ***
Bang. Bang Bang Eu salto da minha cama, assustando Louise, que corre no ar e foge para debaixo da cama. Cobertor agarrado ao meu peito, coração batendo, eu olho em direção à porta. Isso foi uma batida na minha porta? Ou um vizinho? Que horas são? Escuridão total, eu acendo meu telefone para ver um monte de mensagens de texto sem resposta e a hora. Três horas. Bang, Bang, Bang. Eu viro minha cabeça para a porta. Isso definitivamente vem do meu apartamento. A frequência cardíaca aumenta ainda mais, peso minhas opções. Ninguém que eu conheça estaria acordado tão tarde, então pode ser um vizinho bêbado que se
perdeu em nosso pequeno prédio de arenito. Isso aconteceu antes. Em vez de me levantar para atender a porta - não sou a garota que é morta primeiro em um filme de terror, levo meus joelhos ao peito e abro minhas mensagens de texto, todas de Roark. Ah não. Meus olhos estão ligeiramente embaçados por causa do meu abrupto despertar, mas ainda consigo vê-los. Roark: Oi. Roark: O que você está fazendo? Roark: Dormindo? Claro que você está dormindo. Como um avestruz, certo? Do que ele está falando? Roark: Desejaria que você estivesse dormindo no meu apartamento. Eu gosto quando você dorme lá. Roark: Você está vestindo minha camisa? Eu olho para baixo e mordo meu lábio inferior. Sim, eu estou e não lavei, porque gosto do cheiro... como ele. Roark: Se você estivesse vestindo minha camisa, eu deslizaria minha mão até sua coxa para ver que tipo de roupa íntima você está usando. Roark: É uma tanga, certo? Roark: Porra, eu quero te ver em uma tanga. No meu colo, quero você no meu colo. Meu rosto aquece enquanto há outra batida na minha porta e depois... uma voz. Coração batendo contra o meu peito, eu abro meu telefone e caminho até a minha porta o mais silenciosamente que posso, na ponta dos pés contra o piso de madeira. Eu pressiono minhas mãos contra a porta de madeira e espio através do olho mágico e prendo a respiração. É quando vejo Roark inclinado, a cabeça batendo levemente contra a porta. Como na terra ele sabe onde eu moro? E por que ele está aqui? — Sutton, — ele sussurra, assim como outro bang bate na porta. — Abre. — Roark? — Eu pergunto através da porta, fazendo-o se levantar. Ele balança para trás e para frente, em seguida, levanta a mão como um bem-vindo. Ele está completamente perdido.
Oh, Roark. Eu suspiro e abro a porta, abrindo-a apenas o suficiente para caber meu corpo na entrada. Apesar de seu estado óbvio de embriaguez, meu corpo não pode deixar de reagir a ele. Eu o olho - calça jeans preta, sapatos pretos, camisa preta de mangas compridas, sem jaqueta e seu cabelo perfeitamente penteado no alto da cabeça. Ele parece absolutamente delicioso com sua camisa agarrada a seus músculos e seus jeans andando baixo em seus quadris. Escuro e com um toque de sensibilidade sob aquele olhar abrasador, ele é todo problema, e eu quero fazer parte disso. Ele dá um passo à frente e coloca a mão contra o batente da porta do meu apartamento, seus olhos examinando minhas pernas nuas e peito sem sutiã. — Hey, — ele diz suavemente. — Eu acordei você? Eu rio. — Sim. São três da manhã. — São? — Ele pergunta, e eu sinto o cheiro do uísque em sua respiração. Concordo com a cabeça e cruzo os braços sobre o peito enquanto me inclino contra a parede. — E você me fez pensar como você sabe onde eu moro. Ele sorri maliciosamente para mim, e a travessura em sua expressão me provoca e brinca. — Eu tenho meus caminhos. Mãos nos bolsos, ele balança em seus calcanhares e acena em direção ao meu apartamento. — Posso entrar? — Você está bêbado. — Eu sei. — Esta não é uma chamada para sexo. Sua testa franze a testa. — Você nunca seria um espólio para mim, Sutton. Deus, derrete meu coração quando ele diz coisas assim. Eu deveria dizer a ele para ir para casa, mas meu corpo reage de forma diferente quando eu me afasto e o deixo entrar. Quando ele começa a passar por mim, ele estende a mão e segura minha mão, apertando com força o limiar do meu apartamento... Não é nada comparado ao dele. São dois quartos – sala de estar e banheiro - mas é perfeito para mim. Tudo que eu preciso. Eu ligo a luz do criado-mudo, fornecendo alguma luz para o
espaço enquanto Roark olha em volta. Ele não diz nada, apenas observa. O que ele está pensando? Ele está mesmo pensando em alguma coisa? Ele é um bêbado muito lúcido, mesmo quando está vacilando nas pernas. Finalmente, ele se vira para mim e pergunta: — Posso usar seu banheiro e escova de dentes? — Banheiro, sim, escova de dentes, não. Eu tenho uma sob a pia. A pasta de dentes está no armário de remédios. — Obrigado moça. — Ele olha ao redor e pergunta: — Uh, há um banheiro? Eu rio e aponto atrás dele. — A única porta à direita lá. Assentindo, ele solta minha mão. Sem saber o que fazer, volto para a cama. Ele veio até o Brooklyn quando provavelmente estava bebendo perto de seu apartamento. Se ele não está aqui por um telefonema, por que ele está aqui? E o que o levou a ficar tão bêbado? Eu olho para a minha camisa, a maneira como meus mamilos estão enrugados contra o tecido, algo que acontece sempre que ele está por perto. Meu corpo implora por ele, e não há nada que eu possa fazer para pará-lo. Recolocando meu celular de volta, termino de ler os textos que ele enviou, esperando uma pista de por que ele está aqui. Roark: Eu já te disse que quero te foder? Eu acho que sim. Eu releio o texto acima do último, lembrando-me de como ele quer que eu me sente em seu colo. Bem, se isso não é uma chamada para sexo, eu não sei o que é. Dos textos que ele enviou, parece que há apenas uma coisa em mente. Volto para os textos. Roark: Eu não quero mais estar nessa boate. Eu quero te ver. Você está dormindo ou está me ignorando? Roark: Por que o Brooklyn é tão longe? Roark: Eu preciso contratar um serviço de carro para que eu possa transportá-la com segurança. Isso faz meu coração inchar. Mesmo bêbado, ele pode ser atencioso. Pensativo, mas confuso. Ele não quer nada comigo, e ainda assim, ele quer me proteger, ele está constantemente enviando mensagens de texto, e ele está aqui na calada da noite, aparentemente não por um telefonema.
Eu não que poderia
acho estar mais confusa. A porta do banheiro se abre, e Roark entra em meu minúsculo apartamento usando nada além de uma cueca preta. A luz do banheiro ilumina cada contorno de seu peito e seus braços esculpidos. Alcançando de volta, ele apaga a luz e depois se aproxima de mim. Engolindo em seco, minha pele formigando pela necessidade, eu o vejo fechar a distância entre nós. Quando ele me alcança, eu prendo a respiração, me perguntando onde isso está indo. Ele acena para o colchão. — O Scoot23 se foi, moça. - Ele deve ver a incerteza em meus olhos, porque ele diz: — Estamos apenas dormindo, Scoot se foi agora. Ok, com isso, apago a luz na mesa de cabeceira e me movo na cama. Ele desliza logo atrás de mim. Sem saber o que fazer, eu sento e sem jeito o vejo ficar confortável. Uma vez que ele está resolvido, deitado, uma mão apoiada atrás da cabeça, seu olhar acalma para o lado. — Você vai se deitar, Sutton? — Você quer que eu deite? — Eu com certeza não quero você pairando em cima de mim enquanto eu durmo. - Ele puxa minha mão. — Venha aqui. Ele se vira de lado e me guia para a cama, de modo que estamos de frente um para o outro, ambas as mãos enfiadas debaixo de um travesseiro. Preguiçosamente, ele sorri para mim e empurra uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. — Obrigado por atender à sua porta. — Por que você está aqui, Roark? Ele encolhe os ombros e passa o polegar pela minha bochecha, nossos corpos a apenas 30 centímetros de distância do toque. — Eu não queria ir para casa, e nenhuma das garotas da boate me interessou. Isso me faz afastar. — Você estava com alguma delas? Isso me deixaria doente, se ele tivesse garotas penduradas em cima dele, em seguida, vem para a minha casa. Eu posso estar desesperada por seu toque, mas não
23
Bebida uísque
estou tão desesperada. Eu tenho meus padrões, e ser a segunda opção não é uma delas. — Como eu poderia? - Ele pergunta. — Não quando você é a única coisa que eu penso. Sorrindo, eu me inclino de volta em seu toque, derretendo sua resposta. — Você pensa em mim, mas você não quer ficar comigo. Ele sacode a cabeça. — Não, eu não te mereço, Sutton. Você é o tipo de garota que se leva para conhecer seus pais e eu não sou o cara que leva as mulheres para casa. E assim, ele quebra o fio de esperança dentro de mim. Ele poderia ser esse cara. Eu posso ver isso nele, nos pequenos atos de consideração que ele mostra, a sinceridade em seus olhos sempre que ele me vê, mas por alguma razão, ele se recusa a aceitar isso. — Então por que você está aqui? — Eu pergunto em voz baixa, incapaz de olhá-lo nos olhos. — Porque eu precisava de você. — Sua mão se move para baixo do meu corpo para o meu quadril, onde ele descansa. — Dia difícil, Sutton. Eu precisei de você. O ritmo do meu coração pula uma batida. — Você... você quer falar sobre isso? Ele balança a cabeça e boceja. — Não, eu só quero você em meus braços. — Ele balança a cabeça atrás de mim. — Vire para o outro lado. — Você vai me dar uma colher chá? — Eu pergunto, provocando-o. — Sim, eu vou te dar uma porra tão forte, agora vire. Sua resposta desencadeia uma onda de borboletas no meu estômago. Incapaz de esconder o meu sorriso, eu viro para o outro lado apenas para ser puxada para o peito quente de Roark pelo seu braço impressionantemente forte. Ele ajusta nossos travesseiros e enterra a cabeça no meu cabelo, seu braço em volta da minha cintura, nossos corpos pressionados juntos. Eu não posso respirar, estar tão perto dele, tê-lo me segurando de forma protetora. Parece demais. — Porra, você cheira bem, — diz ele, acariciando meu cabelo, em seguida, no meu pescoço. Uma onda de
arrepios se espalha pela minha pele. — Lavanda, — ele murmura. Sua mão que está enrolada na minha cintura desliza para a minha coxa, onde ele a manobra sob a minha camisa. Eu paro quando sua mão desliza de volta pelo meu corpo, passando pelo meu osso do quadril, até a minha barriga, onde se instala. Respiração mantida em meus pulmões, ainda não sei o que fazer enquanto sua mão se estende pelo na minha barriga e seu nariz corre contra o meu ouvido. — Você está bem se eu tocar? Um pulsar maçante lateja entre minhas pernas, meus mamilos franzem firmemente contra a minha camisa, e eu tenho esse desejo intenso de esfregar minhas pernas juntas, para de alguma forma ceder ao sentimento pesado que se instala em meu núcleo. — Sim, — eu respiro pesadamente. Felizmente, ele está cansado demais para perceber o desespero na minha voz ou a necessidade que atravessa meu corpo. Seu polegar está tão perto do meu peito, apenas mais alguns centímetros e ele estaria tocando. Estou tentada a fugir, e penso nisso por um segundo antes de me parar. Eu não quero uma besteira acidental, não de Roark. Eu quero que sua intenção seja querer me tocar, sentir cada centímetro meu. — Obrigado, Sutton, — sussurra. — Pelo quê? Seus lábios roçam minha orelha, incendiando todos os nervos do meu corpo, pulsando, pulsando. Tão carente. Eu me movo contra ele, movendo minha bunda contra sua virilha, e ele geme e mordisca minha orelha. Eu preciso que ele faça isso de novo. Eu chego por traz e enrolo meus dedos em seus cabelos, encorajando-o. Sua respiração filtra meu ouvido antes que seus dentes puxem meu lóbulo. Sim. Eu movo minha parte traseira contra sua virilha novamente, e desta vez sou bem recebida por sua ereção dura. Sua mão aperta mais forte minha barriga, seu polegar acariciando minha pele. Eu levemente lamento quando ele move sua boca pelo meu pescoço. Ele não beija, ele
não belisca, mas é quase como se ele estivesse sentindo o contorno do meu pescoço com seus lábios. Isso faz com que uma sensação de pena role pelos meus braços e pelo meu estômago. Ele mal está fazendo nada apenas um movimento de seus lábios e um movimento de seu polegar - e eu já estou molhada, pronta, desesperada para ele me dar mais. Incapaz de controlar meus movimentos mais, eu me viro em suas mãos para que minhas costas fiquem no colchão. Sua mão gira sobre minha barriga, seu polegar quase diretamente entre meus seios. — Sutton, vire novamente. Sentindo-me ousada, eu digo: — Toque-me, Roark. Eu quero sentir você por todo o meu corpo. — Cristo, — ele geme, a ponta do seu polegar roçando meu peito. — Sutton, pare de se mover. Peito levantando agora, a junção entre minhas coxas necessitadas para este toque, eu abro minhas pernas, deixando uma aberta e coloco minha mão em cima da dele. — O que você está fazendo? — Pergunta ele. Em vez de responder, deslizo a mão pela minha barriga e, quando começo a passar pelo umbigo, ele para. Eu gemo de frustração. — Roark, por favor. — Não, — ele sussurra no meu ouvido. — Não agora, não assim. Sua língua espreita e lambe minha orelha. Aproveito a oportunidade para passar a mão pela bainha da minha calcinha box. Ele respira fundo, seus dedos dançando perigosamente onde eu os quero. — Toque-me, — eu sussurro. — Estou tão molhada, Roark. — Foda-se — ele suspira, sua respiração acelerada. — Porra, Sutton. Seus dedos deslizam ao longo do meu osso púbico, me provocando. — Apenas um dedo, é tudo que preciso. Estou prestes a entrar em combustão, Roark. Apenas me dê alguma coisa. Eu posso ouvi-lo engolir com força antes de falar. — Eu não posso. Estou bêbado, Sutton. — Eu não me importo.
— Eu sim — diz ele, retirando a mão e colocando de volta na minha barriga. Eu gemo de pura frustração e viro para o meu lado, me afastando dele. Por que ele tem que fazer isso ser tão complicado? É só sexo. Não é como se eu estivesse pedindo para ele fazer um bebê comigo. Eu só quero um pouco de prazer. Não, isso não é tudo que eu quero. Eu quero que Roark seja o único me dando prazer. Fazendo-me sentir desejada, ligada... sexy. Eu sei que não sou, mas cara eu preciso disso agora. O toque dele. Sua carícia. Seu corpo sobre o meu. — Não seja rancorosa, moça — diz ele perto do meu ouvido, seu polegar desenhando círculos leves na minha barriga. Eu não falo nada. Em vez disso, enterro uma mão sob a cabeça e fecho os olhos. O latejar no meu corpo fica mais persistente, lembrando que não haverá alívio para mim tão cedo. Recusada duas vezes por este homem. Ele vai dizer sim? Ele nunca vai desistir? Estou começando a pensar que ele não vai. Se ele esperasse a oportunidade se deitar comigo, esta noite seria a noite, mas mesmo bêbado, ele tem o senso estúpido de me deixar em paz. — Sutton, você sabe que eu quero. — Suas palavras não significam nada para mim agora, Roark. — Ooo, — ele diz. — Declaração afiada. — Não seja brincalhão. Eu estou brava com você. — Ah, vamos lá, — diz ele. É um sussurro e parece uma carícia. Mas não o tipo de carinho que preciso. — Apenas aproveite o abraço, moça. Isso não acontece... sempre. Considere isso uma vitória esta noite. — Seus lábios pressionam um beijo doce contra a minha bochecha enquanto ele se aconchega mais perto, sua ereção encaixada na minha bunda, seu peito cobrindo minhas costas como um cobertor pesado, e a segurança do seu braço em volta da minha cintura. Oferece-me uma sensação de segurança que acho que nunca tive. E pelos sons disso, ele provavelmente também não tem. Mesmo que eu esteja completamente ligada ao ponto de
dor, eu considero o que ele está me oferecendo. Pode não ser sexo, mas de certa forma, é maior. É uma intimidade que ele não compartilha com os outros. Para isso, preciso ser grata. A outra parte disso virá - eu vou me certificar disso - porque se há algo que eu percebi esta noite é que Roark está começando a entrar no meu coração. Lentamente, mas ele está traçando um caminho.
— Ahhh porra — eu ouço ao meu lado um gemido doloroso, me assustando. Eu pulo pelo menos alguns centímetros no ar e me viro para encontrar Roark, segurando sua virilha, os olhos fechados em dor. A noite passada vem de volta para mim: o texto de Roark, sua visita de fim de noite - ou melhor, de manhã cedo. O toque. O não tocar. O tesão que senti ontem à noite. Suas confissões. O jeito que ele me segurou. Seus beijos doces ao longo da minha orelha e pescoço. — Você me pegou nas bolas, Sutton. — Ele respira fundo. — Essa é uma maneira de cuidar da madeira da manhã. Minha simpatia finalmente entra em ação quando eu aperto minha mão no braço dele. — Eu sinto muito. Eu devo ter esquecido que você estava aqui. Meu joelho se conectou com você de maneira errada? — Sim, poderia dizer isso. — Deixando escapar um longo suspiro de ar, seus olhos verdes se abrem e sua respiração parece estável. — Porra, mulher. Se você quisesse me acordar, me dava uma sacudida. Eu rio. — Eu sinto muito. Eu realmente não quis dar uma joelhada nas suas bolas. — Tem certeza que você não estava se vingando de mim por perturbar o seu sono na noite passada? — Não, você é o rancoroso, lembra? — Eu me sento na cama. Imediatamente seus olhos caem para o meu peito, onde eu sei que ele está vendo meus mamilos duros. É um fato. Estou quase acostumada a isso agora.
Uma vez que ele dá uma boa olhada, seus olhos viajam de volta para o meu corpo. — Você cheira bem, como flores. Eu não estava esperando isso. Pressiono a mão contra os lençóis e digo: — Uso spray de lavanda na cama, me ajuda a dormir. — Cheira como você, me dá uma porra de tesão. — Eu sinto que tudo faz isso com você. Ele estende a mão e me puxa de volta para baixo na cama, sua mão serpenteando ao redor da minha cintura. — Nem tudo, moça. – Ele afasta uma mecha de cabelo do meu rosto antes de suspirar e se virar, deixando-me sem fôlego. Ele joga os lençóis para o lado e se dirige para o banheiro, com os músculos das costas flexionados a cada passo que ele dá. Eu estou tão focada em seu traseiro, sou quase pega olhando quando ele para e gira para me encarar. Coçando o lado da cabeça, ele olha em volta e pergunta: — Existe um segundo andar para este apartamento? — Há um segundo andar, mas não pertence a mim. O que você vê é o que você recebe. É isso. Com os olhos arregalados, ele pergunta: — Esse é seu apartamento inteiro? Meu quarto é maior que isso. — Ele olha a cozinha. — Você nem tem uma geladeira de verdade. Isso é algo que eu tive na faculdade. Que tal um forno? Divertida, eu me sento na cama novamente. — Eu tenho uma torradeira que funciona perfeitamente bem. — Onde está a sua pia da cozinha? — No banheiro. Ele zomba. — E quanto você paga? — O suficiente para fazer você questionar minha sanidade. — Eu gesticulo para o lado. — Mas olhe para a bela lareira e a luz que flui pelas janelas do chão ao teto na frente e a pequena e fofa alcova. É perfeito. — Você não tem um sofá. — Por que eu preciso de um sofá quando tenho uma cama? —Eu pergunto, mexendo minhas sobrancelhas. — Você precisa de um sofá para foder. — A cama é pra quê então? — Muito mais, — diz ele com um sorriso antes de ir ao banheiro.
Suspirando como uma adolescente apaixonada, eu caio de volta na cama e coloco meu braço sobre os olhos. Deus, o que eu não daria agora para que Roark saia do banheiro completamente nu e me empurre contra o colchão, só para espalhar minhas coxas e finalmente me dar o que eu tenho desejado por semanas agora. Para evitar ficar quente com o pensamento e ter uma repetição da noite passada, concentro-me no velho teto e nas intrincadas esculturas que foram pintadas muitas vezes para contar. É uma das razões pelas quais eu amo tanto este apartamento - muita história embalada em quatro pequenas paredes. E mesmo que a lareira não funcione, e eu não tenha uma verdadeira cozinha, e há uma corrente de ar que sai das janelas antigas, eu adoro isso aqui. A porta do banheiro se abre e eu viro a cabeça para o lado para ver Roark vestido em suas calças, mas é isso, não está nem fechada. Eu evito que minha língua saia do lado da minha boca quando ele se aproxima, seu cabelo uma bagunça, um olhar sonolento em seus olhos e um sorriso preguiçoso no rosto. É assustador como, a cada passo que ele dá, meu batimento cardíaco corre mais rápido, meus nervos disparam e meu desejo por ele cresce. — Você é uma daquelas pessoas. — Huh? - Eu pergunto, esperando que eu não estivesse olhando muito. Ele se senta ao meu lado na cama e aperta a mão na minha coxa, olhando para mim. — Isso vai soar realmente piegas. — Eu gosto de piegas. — Eu sorrio para ele. — Eu percebi, mas você acorda linda. — Sua mão desliza pela minha coxa, e minha respiração engata quando ele atinge meu osso do quadril. — Você sabe que eu queria ir muito mais longe com você na noite passada, certo? — Eu podia sentir que você queria. — Eu olho para sua virilha e ele ri. — Ok, eu não quero que você pense de outra forma desde que eu não levei mais longe.
— Sim. — Meus dentes rolam sobre o meu lábio inferior. — Você é um provocador. — Não de propósito. Você é apenas uma tentação. Você sabe onde eu estou. — Infelizmente. — Eu suspiro, minha esperança quebrando mais uma vez. — Posso te fazer uma pergunta? — Eu não sei, eu vou precisar de café para isso? — Ele passa a mão pelo cabelo rebelde. — Talvez. De pé, da cama, ele caminha até a minha “cozinha” e puxa sua nuca enquanto a examina. Seu bíceps salta, uma pedra no centro dela enquanto os pequenos músculos acima de sua bunda se contraem. Eu quero saber como eles se sentem sob o meu toque, como eles ondulam. — Onde estão suas outras canecas? — Ele grita, conectando em minha pequena cozinha. — Eu só tenho o uma. Ele faz uma pausa no que está fazendo e olha por cima do ombro. — Você só tem uma caneca? Por quê? — Sou só eu. Por que eu precisaria de mais? Ele pega a caneca branca simples com um logotipo Gaining Goals. — Você poderia ter escolhido algo com um pouco mais de personalidade. — Ele continua a fazer café enquanto eu falo. — Como se você tivesse canecas com personalidade. Tenho certeza de que encontraria um monte de canecas pretas no seu armário. — Sim, mas eu não sou o cara com a personalidade que grita canecas divertidas. — E que tipo de personalidade eu tenho? O café termina e ele olha em volta das pequenas prateleiras em busca de açúcar, que ele vê rapidamente e deixa cair um pouco na xícara antes de mexer. Há algo sobre Roark encontrar seu caminho em torno da minha cozinha com facilidade que é tão reconfortante e sexy. Andando em minha direção, ele responde: — Borbulhante, fofo, doce. - Ele olha para cima. — Você precisa desse tipo de canecas. Rosa com bolinhas. Algo parecido.
— Rosa com bolinhas? — Eu rio. — Eu vou manter isso em mente. Ele faz um gesto para eu pular na cama, então eu faço, e ele não demora muito para escorregar para debaixo dos lençóis comigo e coloca o braço em volta do meu ombro, me puxando para perto. Ele me entrega a caneca e diz: — Podemos compartilhar. Compartilhar. Tudo isso parece tão doméstico, como se houvesse algo fermentando entre nós, em vez de simplesmente tensão sexual. Eu poderia ter adivinhado que ontem à noite, quando ele apareceu no meu apartamento bêbado e querendo abraçar. Precisando me segurar, me tocar. Há realmente algo fermentando, eu só quero saber o que. Eu pego a caneca e dou um golpe antes de olhar para ele, um sorriso brincando nos meus lábios. — Eu costumo adicionar leite também. — Você não poderia ter dito isso enquanto eu estava de pé? — Ele pega a caneca de mim e vai para a cozinha. — Eu não sabia que estávamos compartilhando. Ele espirra um pouco de leite no café e dá outra rápida mexida. — Que tipo de idiota eu seria se eu fizesse café para mim e pra você não? Agora, se você tivesse mais de uma caneca, não haveria confusão. — Você não é inteligente? — Eu pergunto assim que ele volta para a posição, mas desta vez, ele mantém a caneca para si. Braço em volta dos meus ombros, ele me puxa para o lado dele, seu cheiro fresco aquecendo meus dedos dos pés. — Ok, qual é a sua pergunta? Café na mão, estou pronto. Me questionando, eu digo: — Umm, não importa. — De jeito nenhum. - Ele balança a cabeça. — Eu fiz café na menor cozinha que já vi, então você está me fazendo essa pergunta. Rindo, eu descanso minha cabeça contra seu ombro, sentindo-me incrivelmente nervosa, mas também curiosa sobre sua resposta. — Então, o que está acontecendo entre nós? Ele fica em silêncio por um segundo, e minha respiração
depende de cada palavra sua. Finalmente, — Inferno se eu sei. — Ele coça o lado de sua mandíbula. — Eu sei que não posso ter você, mas eu não consigo ficar longe também. — Isso não faz sentido. Você me toca como se estivéssemos juntos. Você fala comigo como se houvesse mais do que amizade, mas quando se trata de algo físico, você foge. — Eu não me afasto. Eu me detenho e por um bom motivo. — Por quê? — Pergunto frustrada. — Você sabe por que, Sutton. — Então, você pode basicamente me excitar quando estiver por perto e depois ir, deixando-me ansiosa por seu toque? — empurro seu peito e viro para olhá-lo nos olhos, que estão focados na parede do outro lado de nós. Silenciosamente, ele diz: — Não é fácil para mim, Sutton. Não pense que isso é algo que eu gosto. Ok? — Ele esfrega o queixo. — Escute, me desculpe por ter vindo ontem à noite e confundido as coisas. Eu confundi as linhas e não deveria ter feito isso. Agora ele está se afastando. Eu sabia que deveria ter mantido minha boca fechada. — Estava tendo um momento difícil na noite passada, e eu simplesmente... foda-se. — Ele suspira e joga as duas pernas para o lado da cama, pronto para recuar, mas eu agarro seus ombros antes que ele possa. — Não vá, Roark. Fale comigo. Por que foi uma noite difícil? — Você não vai entender. Como se ele tivesse me esbofeteado, recuo, insultada. — Eu posso não ser torturada como você, Roark, mas me orgulho de ser empática. A dor na minha voz deve se registrar porque ele coloca o café no chão e se vira, arrependimento no rosto. — Eu não quis insultar você. — Bem, você fez. Suspirando, ele se inclina contra a cabeceira da cama e puxa minha mão até que eu esteja em seu colo. Suas mãos vão para minhas coxas, esfregando-as suavemente para cima e para baixo. São momentos como esse que
absolutamente me confundem. Quando chegamos a este ponto? Esta parte íntima do nosso relacionamento, onde eu sinto que podemos lidar com qualquer coisa juntos, onde eu quero ouvir sobre todos os seus problemas e suavizar a dobra entre sua testa com o meu incentivo suave. Onde foi esse ponto de virada? É por isso que estou confusa, porque agora, isso é o que eu quero com ele, e ele me dá em pequenas doses, mas não se compromete totalmente. Seja paciente, eu me lembro. — Sinto muito, Sutton. Eu não queria te insultar. Você só tem esse relacionamento perfeito com seu pai, e esse não é o caso da minha família. Inclinando-me para frente, pressiono minha mão contra o peito dele. — É por isso que você estava chateado ontem? Suas mãos sobem até a minha cintura e ele me puxa para mais perto para que nossos peitos estejam quase se tocando. Ele desliza as mãos para a minha bunda, onde ele segura com força e descansa a cabeça contra a cabeceira da cama para o seu pomo de Adão aparecer. Estou tentada a inclinar-me para a frente e saborear seu pescoço, para correr minha língua ao longo dele, em seguida, para seus lábios, onde eu iria devorá-lo desesperadamente. — Sim. — Seu aperto em mim fica mais forte. — Meus pais são... inferno, eles são terríveis. — Eu realmente não posso acreditar que ele está se abrindo para mim. Eu me sento e escuto, minha mão esfregando lentamente contra seu peito grosso. — Eu cresci em uma pequena cidade fora de Killarney. O melhor trabalho de ganho é a agricultura, e não é isso que eu queria para a minha vida. Eu fiz um programa de intercâmbio em Yale, gostei tanto que fiquei e estudei lá. Eu sabia que a América era onde eu queria estar, onde eu iria tirar o máximo de mim mesmo. Meus pais não aceitaram muito gentilmente isso. Ainda não. Eles não se importavam muito comigo, sempre confiavam em mim como um segundo par de mãos em vez de me tratar como uma criança, então quando descobriram que eu estava ganhando dinheiro, eles começaram a ligar todo mês, fazendo uma viagem de culpa que eu devo à minha família para provê-los.
Minha sobrancelha se une. — Eles te chamam por dinheiro? — Como um relógio. E eu dou a eles todas as vezes. — Porque? Uma de suas mãos deixa o aperto no meu traseiro para que ele possa puxar o cabelo em frustração. — Mais fácil assim. Ouço o abuso emocional que minha mãe faz para mim, pergunto quanto e depois faço a transferência. — Roark, — eu suspiro, pressionando minha mão em sua bochecha. — Família nunca deve usar você assim. — Eu sei. — O olhar triste em seus olhos, a frustração em seus músculos, quase me parte vê-lo assim. — É outra razão pela qual não posso ter você. No minuto em que descobrirem que estou namorando a filha de Foster Green, as exigências seriam infinitas. E parece que o verdadeiro motivo começa a aparecer. Ele não está apenas me protegendo dos hábitos autodestrutivos que ele parece ter, mas também de sua família. Sabendo disso, me faz mais determinada a estar em sua vida. Uma amiga. Sua confidente. Alguém que não tira dele, mas devolve. Não querendo oferecer sugestões vazias, eu tento acalmar sua alma, passando a mão pelo cabelo. — Sinto muito, Roark, mas vou lhe dizer isso. Você nunca vai me ver te querer por nada, exceto pelo homem que vive dentro de você. Seus olhos se voltam para o meu, o verde tão lindamente musgo hoje de manhã, mesmo depois de uma noite pesada de bebida. Sua mão desliza pelas minhas costas, arrastando a camisa com ele enquanto ele lentamente dança seus dedos sobre a minha pele. — Você é especial, Sutton. — E você não acha que é hora de você ter algo especial em sua vida? Cabeça inclinada, ele me estuda. — Eu quero algo especial, com certeza. — Sua mandíbula trabalha lado a lado enquanto ele pensa, seus olhos procurando os meus. Finalmente, ele diz: — Eu tenho este evento que eu tenho que ir na próxima semana, você quer ir? Meu pulso salta uma batida quando um sorriso puxa meus lábios. — Como um encontro? — Tipo de... como um parceiro de negócios.
E mais uma vez a esperança cai. Frustrada, eu escorrego de seu colo e gemo enquanto eu caio para o lado da cama. Olhando para o teto, sinto a cama mudar quando ele paira acima de mim, seu cabelo caindo para frente. Antes que ele possa dar uma palavra, eu digo: — Você me frustra. — Você não é a primeira pessoa a me dizer isso. Sentando-se, ele se levanta da cama e pega nossa caneca compartilhada. Ele toma um longo gole e entrega para mim enquanto eu sento também. Enquanto Roark se retira para o banheiro, eu me sento lá, contemplando minha vida e quão irritante ela é. Naturalmente, sinto um sentimento pelo homem mais teimoso da cidade de Nova York. Com as calças fechadas, Roark volta para a sala enquanto puxa a camisa de mangas compridas por cima da cabeça. Meus olhos treinados agora, eles vão direto para seu torso nu e relutantemente o assistem cobrir isto. Eu estava tão perto e agora me sinto tão longe. Ajustando sua camisa, ele caminha de volta para mim e para no pé da cama. A colônia da noite passada se agarra às roupas dele, me envolvendo em calor. Lentamente, ele estende a mão e cobre minha bochecha, abaixando a cabeça na minha, nossas testas se conectando. Ele respira fundo e diz: — Obrigado pela noite passada e por esta manhã. Isso significou muito para mim, Sutton. Levantando a cabeça, ele pressiona um beijo doce na minha testa, me iluminando por dentro, então ele se afasta, enfiando as mãos nos bolsos, como se para se impedir de me tocar de novo. — Pense no evento. Eu falo com você depois. Tenha um bom dia, moça. Com uma onda de despedida, ele se solta. Uma vez que a porta está fechada, solto um suspiro desapontado e deito na minha cama. O que no mundo aconteceu nas últimas vinte e quatro horas? Como eu me tornei a pessoa que ele veio quando estava com problemas? Eu sinto como se tivesse recebido uma entrada minúscula em seu mundo, mas depois fui rapidamente empurrado para longe. É tão confuso. Ele é tão confuso.
Eu não tenho vontade de realmente fazer nada. Roark me confunde, e não há ninguém com quem eu possa falar sobre isso. Eu não estou de coração partido, mas..., mas é como se estivesse. Eu quero ser a amiga que ele usa quando nenhuma das garotas do clube faz isso por ele? Gah é um dia monótono e cinzento, tornando o clima perfeito para eu ter um dia preguiçoso, enrolada na minha cama assistindo filmes. Eu comecei com uma comédia romântica começando com Como perder um homem em dez dias - que Kate Hudson é uma personagem tão atrevida - então eu mudei para Quando Harry Conheceu Sally - em que Billy Crystal canta Surrey com o Fringe no topo, meu favorito - e agora estou quase terminando com Crazy Rich Asians. Deus, a parte em que a garota caminha pelo corredor e parece que o tempo pára enquanto a água flui e me faz chorar o tempo todo. Louise está enrolada em cima do meu colo, substituindo a necessidade de um cobertor pesado. Quem precisa de um quando eu tenho um gato de dezesseis quilos que faz o truque? Seu ronronar vibra contra a minha mão a cada golpe que faço em seu corpo, e enquanto o filme toca, não posso deixar de permitir que minha mente se desloque para a noite passada. A intimidade que compartilhei com Roark, a necessidade que senti vibrando dele, mas a restrição de ferro que ele tinha - mesmo quando bêbado - o impediu de dar o próximo passo. A menos que ele realmente não queira. Eu vi as mulheres a quem ele é atraído, e embora ele tenha dito que não consegue parar de pensar em mim, eu certamente não me encaixo nesse molde. Meu pai é seu cliente. É um obstáculo, mas eu não acho que seria um bom negócio. Papai pensa muito bem de Roark, caso contrário ele nunca teria nos unido para o acampamento. Nossa idade? Tal não é um problema. A família dele? Eu não tenho ideia do quanto eles pedem, nem por quê, mas se Roark tem dado a eles por todos esses anos, por que ele acha que namorar comigo faria alguma diferença? Ele permitiu que eles o explorassem por anos. Eu acho que a verdadeira questão é, por que isso é um problema para mim? Eu quero algo mais com ele? Suas razões não parecem intransponíveis para mim, então
talvez eu precise aceitar que existem barreiras auto erguidas que só ele pode remover se ele quiser. Sim, quero ter intimidade com ele, porque nunca conheci esse tipo de atração física em minha vida. Ele está certo. Eu nunca tive um orgasmo durante o sexo com um cara. Mas algo me diz que não é apenas a falta de sexo que me frustra. Eu quero mais de Roark McCool do que sexo quente. Eu o quero, corpo e alma. Paciência nunca foi o meu ponto forte, e ele está testando minha capacidade de sentar e deixar as coisas acontecerem. Eu continuo me lembrando, toda vez que fico frustrada, respiro fundo e penso sobre o que a paciência poderia me trazer. Se eu me mover muito rápido, posso assustá-lo, e essa é a última coisa que quero. Eu também quero a amizade dele.... Estranhamente. Toc Toc Louise continua no meu colo e eu cuidadosamente a movo para o lado, tiro meu cobertor das minhas pernas, e sigo até a porta para olhar pelo olho mágico. Meu coração gagueja no meu peito quando vejo Roark parado do outro lado da porta. Animada, eu destranco tudo e abro. Um sorriso cruza seu rosto quando ele me dá uma rápida olhada. Eu estou usando leggings térmicas roxas e um top combinando com meu cabelo empilhado em um coque no topo da minha cabeça, e eu não estou usando uma grama de maquiagem. E pelo jeito que ele está olhando para mim, acho que ele gosta disso... muito. Encostada no batente da porta, com a mão na porta, pergunto: — O que você está fazendo aqui? Ele dá um passo à frente, mãos atrás das costas. Sua colônia é a primeira coisa a agarrar meu coração, em seguida é o sorriso devastador que cruza seu rosto quando ele traz um saco de suas costas entre nós. — Eu tenho uma coisa para você. — Você tem algo pra mim? — Deus, ele me faz sorrir tão duro. — Sim. — Ele acena para o meu apartamento. — Posso entrar? Eu passo para o lado, permitindo que ele entre. Usando jeans escuro, botas bege e uma jaqueta preta, ele gira e me entrega o presente quando eu fecho a porta.
Eu pego - é meio pesado - e digo: — Quer tirar o seu casaco? Ele mete as mãos nos bolsos e balança a cabeça. — Eu não vou ficar, apenas entregar isso. Eu escondo minha decepção quando eu ando até a minha cama e cruzo minhas pernas, deixando o presente descansar no meu colo. Ainda no meio da sala, Roark mantém distância, mas observa atentamente quando começo a puxar o lenço de papel da bolsa. — Você embrulhou isso sozinho? — Você ficaria impressionada se eu dissesse que sim? — Talvez. Ele sorri maliciosamente. — Eu paguei alguém para fazer isso. Isso me faz rir em voz alta. Claro que ele fez. Balançando a cabeça, pego um objeto redondo e começo a desembrulhá-lo, revelando uma caneca rosa.... Com bolinhas brancas. Eu não consigo esconder o sorriso que está nos meus lábios. — Você me deu uma caneca fofa. — Duas. — Ele levanta os dedos. Eu alcanço a bolsa e pego outra. Esta não é rosa com bolinhas, em vez disso, é uma cabeça de gato com pequenas orelhas e bigodes. — Oh meu Deus, isso é tão fofo. Parecendo tímido, ele dá de ombros e diz: — Quando eu vi, achei que você precisava, já que você tem um gato e tudo mais. — Eu amo isso. — Eu me agarro a ele com força. — Obrigada, Roark. — Por nada. — Ele se dirige para a porta. — Apenas prometa que você vai se livrar dessa caneca chata e usá-los a partir de agora. — Promessa. Ele pega a maçaneta da porta e eu rapidamente saio da cama, colocando as canecas para baixo e indo para ele. — Espere, espere um segundo. — Eu passo entre ele e a porta, bloqueando sua saída. — Você vai me deixar agradecer corretamente? — O que implica corretamente? — Um abraço. — Apenas um abraço?
— Você quer mais? — Eu pergunto, pressionando-o. — Você sabe que eu quero mais. —As veias do pescoço dele estão tensas. — Mas um abraço é bem-vindo. — Antes que eu possa responder, ele me puxa pela mão e envolve seus braços em volta de mim, seu queixo descansando na minha cabeça. — Obrigada, — eu sussurro. — Isso foi muito atencioso. Acho que nunca recebi algo tão criativo de um cara. — Então você não está saindo com as pessoas certas. — Ele gentilmente pressiona um beijo no topo da minha cabeça e se afasta. Ele deve esperar que eu mude para o lado. Mas quando eu não faço, ele brinca na barra da minha camisa. — Você vai me deixar sair? — O que você está fazendo pelo resto do dia? — Eu tenho algumas coisas que eu tenho que cuidar. Sua mão permanece na minha camisa, seus dedos brincando com o tecido. — Você tem coisas para cuidar aqui também. — Bom Deus, isso acabou saindo da minha boca? Minhas bochechas coram da minha ousadia, mas deve fazer o truque porque Roark geme e fecha o espaço entre nós, me empurrando contra a porta. A mão brincando com a minha camisa agora desliza para a minha pele nua, o polegar esfregando meu osso do quadril exposto. Sua outra mão cai na porta, perto da minha cabeça, apoiando-a. Sua testa se conecta com a minha e seu nariz esfrega contra o meu por alguns segundos. Minha respiração se acalma em meus pulmões enquanto uma tentação quente passa por mim. Seja paciente, deixe-o fazer o movimento. — Por que você é tão perfeita? — Estou longe de ser perfeita, Roark. Seu olhar se conecta com o meu. — Você é perfeita aos meus olhos. Seus olhos ardentes, mas bonitos, abriram um buraco direto no meu coração, aproveitando a respiração dos meus pulmões e impedindo que o sangue bombeasse em minhas veias. Por favor apenas me beije. Todo músculo, todos os ossos do meu corpo vibram com a
necessidade desse homem. Apenas um gosto, é tudo que eu quero, um gostinho de me deixar saber como é ter os lábios dele nos meus. Sua mão se move para o meu lado quando sua respiração começa a pesar. Eu posso sentir isso, ele vacilando, sua parede quebrando e desmoronando. Eu posso sentir sua indecisão. Eu posso sentir sua necessidade por mim no aperto firme que ele tem no meu corpo. Ele quer isso, tanto quanto eu. Incapaz de parar mais uma vez, eu coloco meus dedos através das presilhas do cinto e trago-o para mais perto. Ele suga a respiração enquanto eu movo uma das minhas mãos para sua jaqueta e a abro, apenas para deslizar minha mão sob o suéter marrom que ele tem sobre seu corpo. Quem é essa megera, e o que ela fez com a Sutton doce e recatada? Quase como se estivesse com dor, seus olhos se fecham. — Sutton... Meu nariz roça contra o dele, nossa respiração se misturando, nossos lábios a centímetros de distância. — Beijeme, Roark. — Sutton... — ele repete, desta vez mais tenso. — Por favor, Roark. Apenas me beije. — Minha mão viaja sobre seu abdômen ondulado que se contrai e recua sob o meu toque. Seu aperto no meu lado fica mais apertado, sua mão se estende sobre as minhas costelas. — Você sabe o que eu quero? - Ele pergunta, seu nariz escorrendo pelo lado da minha cabeça até a clavícula. — Eu quero tirar essas roupas de você, devagar, depois levá-la para a sua cama e abrir suas pernas. — Minha respiração fica presa no meu peito. — Eu beijaria cada polegada de suas pernas até chegar a sua boceta que estaria tão molhada e pronta para mim, mas eu não te beijaria lá. Em vez disso, eu beijaria você na sua barriga até seus peitos, onde eu os adoraria. — Seus lábios deslizam sobre a minha pele, mas nunca se movem, quase apenas um toque. — Chupando, beliscando, mordendo. Eu provaria cada centímetro deles até que suas mãos estivessem puxando meu cabelo, seus gemidos implorando por libertação, seu corpo se contorcendo debaixo do meu.
Um suspiro baixo me escapa, porque sou incapaz de esconder o quanto quero tudo o que ele descreveu. Cada beijo. Cada toque. Todo o gosto. Eu quero tudo isso. Preciso de tudo. — Então eu baixaria para suas pernas e faria tudo de novo até que você gozasse com meus beijos. Eu observaria você desmoronar embaixo de mim e então.... Eu deveria sair. — O quê? — Eu pergunto, como se ele tivesse acabado de realizar toda essa sedução em mim e disse que estava saindo. — Por quê? — Porque, — ele murmura contra a minha pele antes de se afastar e me olhar nos olhos. Ele aperta meu queixo com o dedo indicador e o polegar. — Você merece mais do que eu, Sutton. Ele empurra a porta, pega minha mão me ajuda a me mover para o lado. Chocada e atordoada, e também ridiculamente ligada, sou incapaz de protestar quando ele abre a porta e sai pela metade do meu apartamento. — Eu vou te ver mais tarde, Sutton. E então ele sai, me deixando mais irritada e mais chateada do que estava esta manhã. Quem faz isso?
Roark: Eu posso sentir sua raiva daqui. Sutton: Uau, você está bem sintonizado com meus sentimentos. Roark: Eu não tive que ir muito longe para saber como você pode estar fervendo. Sutton: Fervendo não é uma palavra boa o suficiente. Roark: Por que tão brava? Sutton: Hmm, eu não sei, talvez porque você continua me excitando e então me deixa pendurada sem nenhuma liberação. Roark: Você... fez alguma coisa para cuidar disso? Sutton: Sim, e foi bom ter minha mão entre minhas coxas, resolvendo a frustração que você colocou lá. Roark: Foda-se. Sutton: Uma pena, Roark. Toda vez que você sai do meu apartamento, ou me deixa pendurada assim, apenas
sua.
saiba que isso significa que é minha mão que faz o trabalho, não a
Eu não sei o que aconteceu comigo. Talvez porque são onze da noite e Roark está me mandando mensagens. Talvez seja porque eu fui fisicamente ferida duas vezes hoje sem liberação do homem que eu quero mais do que tudo, mas estou me sentindo ousada e nem sinto muito por isso. Meu telefone toca na minha mão, o nome de Roark na tela. Estou tentado deixar isso para o correio de voz, mas conhecendo ele, ele ligaria de novo, então eu respondo. — O que? — Eu deito na minha cama, meu dedo torcendo uma mecha do meu cabelo. — A menos que isso seja sobre o acampamento, eu não quero falar agora. — É sobre o acampamento. Meu coração cai. Eu não quero que ele me chame sobre o acampamento estúpido - eu não quero dizer estúpido, não é idiota. Estou frustrada. Sexualmente frustrada e ferida como uma bola apertada. Tentando esconder o quanto estou irritada, eu digo: — E aí? — Reservei meu voo para o Texas no dia seguinte àquele evento para o qual tenho que ir. — OK.... — Eu digo. — É isso aí. — Isso é tudo para o que você me chamou, para me dizer que você reservou um voo quando você poderia ter facilmente tomado um jato particular? — Você sabe como eu sou quando se refere a transporte pessoal. Não me importo de andar com o transporte público. Esfrego um dos meus olhos, tentando compreender esse homem. — Ok, bom saber. Obrigada por me ligar às onze da noite para me dizer isso. A menos que você tenha mais alguma coisa para me dizer, eu vou desligar. Ele fica em silêncio por um segundo, e eu estou prestes a desligar quando ele finalmente diz: — Você pensou sobre o evento? — Sim, a resposta é não – eu respondo mais amargamente do que eu gostaria. — Sutton... — ele suspira. Por favor, vá comigo.
Ok, eu preciso dar um passo para trás por um segundo. Por que estou com raiva? Porque ele não vai fazer sexo comigo. Eu deveria estar com raiva disso? Bem, não realmente, já que tecnicamente ele não me deve nada. Nós não estamos namorando, e nós realmente somos apenas colegas. Não é como se ele tivesse feito algo tecnicamente errado. As linhas estão desfocadas? Sim, grande momento, mas se este caso foi levado a um juiz, Sutton Green tem o direito de ficar brava com Roark McCool? Não, realmente não. Resignada, eu digo: — Para quem é o evento? — Jericho Stanton. — O jogador de basquete? — Sim, é um levantamento de fundos para as ACMs locais aqui na cidade. Ele levanta muito dinheiro; é um evento de alto nível. Ele disse que minha doação não é boa o suficiente este ano. Ele me quer lá... com um encontro. Isso coloca um sorriso no meu rosto. — Seus clientes sempre tentam moldar sua vida? Meu pai, Jericho, mais alguém? Ele ri, a vibração profunda ressoando em meu próprio corpo, como se ambos estivéssemos sentados na minha cama e minha cabeça estivesse descansando em seu ombro. — Sim, todos eles têm uma mão tentando me fazer melhor. Eu acho que eles se preocupam comigo voando no fundo do poço e ferindo suas carreiras. — Preocupação válida. — Não vai acontecer. Eu sei que quando as coisas começam a ficar ruins eu me afasto dos meus, como você gosta de chamar de acessórios. — Você tem que se afastar muito? — Não, eu estou muito bem. Há apenas algumas ocasiões em que tive que avaliar o que estou fazendo. — solta um suspiro. — Isso é irrelevante. Você acha que pode fazer isso? — Qual é o código de vestimenta? — Vestido vermelho curto, muito decote. — E essa resposta aí é porque eu estou tão confusa, porque eu sinto que vou entrar em combustão em segundos do meu
estômago sendo constantemente enrolado em uma bola apertada. Incapaz de confirmar, eu digo: — Eu não sei, deixe-me pensar sobre isso. - Antes que ele possa responder, eu acrescento: — Eu tenho que desligar. Tenha uma boa noite, Roark. Eu desligo e jogo meu telefone para o lado, sem saber o que fazer. Mordendo meu lábio inferior, eu considero minhas opções. Eu posso deixá-lo continuar a flertar comigo, me provocar, me fazer sentir elétrica por dentro só para apertá-lo com uma toalha molhada. Ou, eu posso ser a única a definir o limite fora dos limites, para deixá-lo saber que estamos trabalhando puramente juntos, e é isso. Afinal, é tudo o que ele oferece. Se ele quer falar comigo, precisa ser profissional - não que ele realmente saiba o que é profissional. O pensamento de parar seus toques íntimos quase corta meu coração, mas, novamente, hoje foi um dia difícil. Não sei quantos mais desses dias posso ter. Eu acho que pode ser hora de desenhar uma linha na areia.
CAPITULO DOZE Querido Travis, Não tenho certeza se gosto de Travis para você; parece que estou falando com uma criança de dois anos em vez de um guerreiro ouvinte. Eu acho que Travis é um não rápido para mim. Eu fiz mais de dois milhões de dólares hoje. Com uma assinatura, garantiu-o na antiga conta bancária. Normalmente eu ficaria exultante, mas por algum motivo, parece um outro dia. Desde que deixei o apartamento de Sutton no domingo - seu pequeno maldito apartamento - me senti mal. Como se eu tivesse deixado algo para trás, mas pela minha vida não consigo descobrir o que é. Isto é o que eu faço. É o que eu sou bom pra caralho. Dois milhões no banco. Devia estar no clube... mas não é onde eu quero estar. Eu vou para o Texas em breve. Eu estou temendo isso e não porque eu não sou ótimo com crianças, ou porque a coisa do rancho de cowboy não é realmente um farol brilhante da minha personalidade, mas porque eu sei que estarei vendo Sutton todos os dias. Eu não acho que posso enfrentar essa tentação constante. Eu mal consegui passar a semana passada e só a vi algumas vezes. E a tensão entre nós está aumentando a um ritmo insalubre. Eu sei que deveria ter ficado longe na outra noite, que eu deveria ter ido para casa e não para o apartamento dela, mas quando eu pensei que estava dando meu endereço para o motorista de táxi, era de Sutton. Eu deveria ficar longe, mas não posso. Eu preciso parar de pensar nela, mas não posso. Eu sei que estou frustrando-a, mas não consigo parar. Inferno... quando esse diário se tornou uma garota? Provavelmente no momento em que a vi no Gray's Papaya. Eu deveria saber que ela ia me destruir. Roark
Eu não tenho ideia do porque estou no meu escritório hoje. Eu poderia ter feito todo o meu trabalho em outro lugar, como no meu apartamento, ou em uma daquelas casas de café que todos os descolados gostam de sair, mas ao invés disso decidi ir ao meu escritório. Meu escritório chato e simples que não tem personalidade nem calor. Não que meu apartamento seja melhor, mas pelo menos tem minha cama. E por duas noites, teve Sutton. Pernas cruzadas sobre meu joelho, eu olho para a cidade abaixo de mim, os tanques de água no topo dos edifícios, as nuvens cinzentas que parecem nunca desaparecer no inverno, e os escritórios em frente aos meus com pessoas andando, realizando tarefas que eu tenho certeza que eles odeiam. Três contratos estão no topo da minha mesa, meu e-mail está cheio de pedidos e meu telefone vibra na minha mesa a cada cinco minutos. Fodidas segundas-feiras. Eu arrasto minha mão sobre o meu rosto. O interfone ganha vida na minha mesa. — Sr. McCool, Senhorita Green está aqui para te ver. Bem, porra, acho que minha segunda-feira ficou bem melhor. Eu aperto o botão vermelho e digo: — Mande-a entrar. Eu olho em volta do meu escritório, pensando em arrumá-lo, mas decido melhor. Em vez disso, faço uma pose casual e espero que ela passe pela minha porta. Não demorou muito e inferno, minha respiração trava no meu peito quando ela atravessa, um sorriso no rosto e um agradecimento a minha assistente em seus lábios. Vestindo um casaco de lã cor-de-rosa e calça preta apertada com salto alto, ela entra no meu escritório com confiança, seu cabelo levemente ondulado soprando para trás com seus passos. Ela destacou aqueles olhos devastadores com rímel preto e seus lábios, brilhantes e tão sexy. Eu engulo em seco, sabendo muito bem que vai ser difícil manter minhas mãos para mim, especialmente quando seu perfume de lavanda começa a tomar conta do
meu escritório. Merda, isso vai ficar por algum tempo e provavelmente me enlouquecer com necessidade mais tarde. — Hey, —! digo enquanto ela se senta em frente a mim. Minha assistente fecha a porta, deixando-me sozinho com Sutton, do jeito que eu gosto. Ela dobra as mãos no colo e levanta o queixo. Cristo, acho que estou prestes a ouvir algo que não quero ouvir. — Por que você não tira a jaqueta? Eu posso vê-la pensando em não fazê-lo, mas, considerando o quão quente é meu escritório, ela desabotoa sua jaqueta. Como se fosse um show de strip erótico, eu vejo seus dedos mexerem nos botões, separando sua jaqueta levemente até que ela dá de ombros, revelando uma blusa de seda branca com sutiã de renda preta por baixo. Roupas de guerreiro. Minha garota significa negócios. Ok, talvez ela deveria ter mantido a jaqueta. Sabendo que tenho a tendência de olhar para seus seios, eu me inclino para trás em minha cadeira, o braço apoiado, e cubro minha boca com a mão enquanto me forço a olhá-la nos olhos. É doloroso, mas estou fazendo isso. — A que devo o prazer de sua presença, senhorita Green? Espero que ela me pergunte quando me tornei tão bom, mas, em vez disso, ela vai direto ao assunto. — Eu vim falar com você sobre o nosso relacionamento de trabalho. Sim, eu estava certo. Eu não acho que vou gostar do motivo dela estar aqui. — E? — É preciso continuar assim, um relacionamento de trabalho. Eu concordo. — Eu não poderia concordar mais. — O que significa que precisamos nos manter profissionais. — Eu amo ser profissional, — eu digo, enquanto meus olhos olham para as mamas dela. Suas narinas se inflam. — Você sabe o que a atuação profissional implica, Sr. McCool? — Sr. McCool? — Um sorriso se espalha no meu rosto. — Inferno, eu gosto do jeito que soa saindo da sua boca, mas você pode me fazer um favor? Sussurre da próxima vez.
Roark,
eu
— estou
falando sério. — Eu posso dizer, a partir da vara que parece ser empurrada na sua bunda. Se você quer que eu responda, seja real. Eu não quero essa falsa - certinha - Sutton para me dizer o que ela quer. Não, eu quero a beleza tenaz, astuta e irrestrita que eu conheci nas últimas semanas. Eu quero que essa garota me enfrente. — Você quer que eu seja real? — Seus olhos começam a subir. Merda, eu não esperava que ela se emocionasse. — Bem. — Ela respira fundo e diz: — Eu não posso mais fazer essa coisa de tocar e flertar com você. Nós namoramos ou somos colegas. Nada no meio disso. O peito dela estufou. — Eu sei o que eu valho, Roark, e eu mereço mais do que ser amarrada, esperando pelo próximo tratamento que você decidir jogar no meu caminho. Se você quiser me tocar, sentir minha pele, afagar minhas costas, cheirar a lavanda no meu cabelo, então eu preciso de um compromisso de você; eu também quero tudo de você. Se isso não é algo que você pode fazer, então os textos param, o toque para, o flerte para, e o olhar para os meus seios para. Se você não pode me dar isso, então retomamos o trabalho, terminamos este acampamento e seguimos nossos caminhos separados. Porra. Eu sei que ela está certa, nós não podemos continuar essa charada “essa réplica sexy” sem progresso ou alguém se machucando, mas eu estou realmente disposto a desistir da chance de sentir sua pele contra a minha? Estou disposto a jogar fora as conversas de fim de noite e os doces e divertidos textos dela? Eles me aterraram. Me acalmaram. Posso perder isso? Não, eu não acho que posso. Na verdade, não. Mas posso dar o que ela quer? Namoro? Comprometimento? Porra, eu não penso assim. Eu devo ter pensado por muito tempo porque ela se levanta da cadeira e coloca sua jaqueta de volta. — Eu vou tomar o seu silêncio como sua resposta que você não
pode se comprometer. — Ela tira o cabelo do colarinho, deixando-o cair graciosamente sobre os ombros e caminha em direção à porta do meu escritório. — Eu vou te ver no Texas, Roark. — Espere, — eu finalmente digo, descolando-me da minha cadeira e fazendo o meu caminho para ela. Eu pego a mão dela na minha e lentamente a empurro contra a parede, sem saber qual é o meu próximo passo. Eu vejo como o peito dela sobe e cai um pouco mais rápido, como seus lábios se separam, e seus olhos procuram os meus, procurando por respostas que eu não tenho. — O que, Roark? — Ela pergunta, seu corpo duro, sua mão solta na minha, em vez de segurá-la firmemente como ela fez no passado. Eu não posso perdê-la. Não posso. — Eu.... — Eu engulo em seco. — Eu não quero que você vá. — Mas você pode me dar o que eu quero? — Tem que ser tão preto e branco? — Sim, — responde com convicção. — Isso não é justo comigo, me dar pequenos pedaços, mas não a coisa completa. Se vamos ser íntimos, quero todo você, não vislumbres. — Ela olha para as mãos e murmura:— Dói. Sentindo-a escapar segundo a segundo, soltei uma respiração profunda. — Você sabe que eu não posso deixar você ir. — Você vai ter que deixar — diz ela, afastando-se de mim. Eu agarro seu pulso antes que ela faça uma retirada completa. — Eu não sei o que você quer que eu diga, Sutton. Eu não tenho relacionamentos. — Você disse que eu mereço mais, então por que você não tenta ser mais? Por que você não quer mais? ... comigo? — Foda-se. Ela não deveria estar questionando isso. Nunca. — Porque eu sei que não posso. — Não pode... ou não vai? — Existe realmente alguma diferença? Ela puxa o pulso para longe de mim. — Existe para mim. Um mostra sua fraqueza, o outro mostra sua indiferença. Eu posso lidar com a fraqueza de um homem, mas a indiferença, é algo que me incomoda. — Ela olha para mim timidamente, em
seguida, balança a cabeça. — Você é indiferente. Vejo você no Texas, Roark. Com um puxão final, ela sai do meu escritório, deixandome em um estado de pânico desconfortável e inesperado. Eu sei que não posso dar a ela o que ela quer - pelo menos eu não acho que posso - mas não posso deixa-la ir. Eu empurro minha mão com raiva pelo meu cabelo e me viro para as janelas do meu escritório, longe das costas de Sutton recuando. — Porra... — eu murmuro, meu corpo vibrando de frustração, minha boca seca, minhas veias implorando por alívio. Além do telefonema da minha mãe, eu não precisava disso há semanas, senti essa inquietação inexplicável dentro de mim. Como pode vêla... inquietação? Essa inquietação? Porque ela é quem te deu a razão para não entrar. Eu ando até a mini geladeira e pego algumas garrafas pequenas de uísque, destampando-as em um só giro. Eu tomo um longo gole, jogo a garrafa vazia e depois tiro a outra. Eu não posso tê-la, então eu preciso de ajuda para aliviar a dor que está começando a irromper em toda a minha pele.
Roark: Posso passar por aí? Sutton: É uma da manhã. Eu não trabalho tão tarde. Roark: Não é sobre o trabalho. Sutton: Então não. Roark: Deixe-me ir. Eu quero me aconchegar em você, abraçar você. Sutton: Você vai me dar o que eu quero? Roark: Você sabe a resposta para isso. Sutton: Então você conhece a minha. Boa noite, Roark. Roark: Amanhã é o fundraiser24. Eu tenho um estilista reservado para você na Bloomingdales. Sutton: Diga-lhes para não perder seu tempo. Eu não vou. 24
Recurso para angariação de fundos
Roark: Venha como uma parceira de negócios. Sutton: Porque isso é tudo que sou para você? Roark: Eu não posso fazer mais. Roark: Por favor, Sutton. Venha. Sutton: Sinto muito, Roark. Eu não sou como você. Vai ser muito confuso. Roark: Por favor...
Roark: Eu continuo pensando que vou te ver. Sutton: Você não vai. Roark: Você realmente não vai? Sutton: Sim, eu realmente não vou. Roark: Foda-se. Sutton: O que você esperava, Roark? Roark: Talvez você deixe de lado seus desejos por uma maldita noite e esteja lá por mim. Afinal, não somos pelo menos amigos? Sutton: Somos colegas. Nós trabalhamos juntos. Depois do acampamento, terminamos. Roark: Besteira. Você não pode simplesmente parar de falar comigo. Sutton: Eu posso e vou. Espero que eles levantem muito dinheiro esta noite. Não perca o seu voo amanhã. Nossa agenda está lotada e precisamos que você esteja pronto para trabalhar. Roark: Por favor, venha. Roark: Suttttton. Onde você está? Roark: Eu quero ver você. Roark: Foda-se. Eu juro que continuo esperando você aparecer nessa festa. Roark: Você está dormindo? Roark: Eu posso ir? Roark: Moça...
Ela me disse para não ir. Ela disse que não queria nada comigo. Ela quer muito mais do que eu posso dar a ela e, no entanto, aqui estou eu, parado do lado de fora da
porta, desesperado, cansado da necessidade e prestes a fazer a única coisa que ela me disse para não fazer: pegar algo que eu não mereço. Eu levanto o meu punho, mas depois paro e descanso a minha testa na madeira. Eu bebi demais esta noite. Inferno, eu bebi demais nos últimos dias. Desde que ela saiu do escritório com aquela dor nos olhos, não consegui entender direito. Estou realmente com tanto medo de intimidade que a afastei? Sim eu estou. Eu não tenho a menor ideia do que é amor; eu nunca fui ensinado a ter emoção. Eu não tenho ideia de como sentir ou como dar. Sutton é uma garota que você ama. Ela é.... Deus, ela é perfeita pra caralho. O longo cabelo loiro que passa por seus ombros, aqueles olhos ardentes e inocentes, e seu doce sotaque sulista que rola de sua língua. Ela é viciante e eu preciso de um pedaço dela. Antes que eu possa me impedir, eu bato na porta, alto. Já passam das duas da manhã. É tarde demais, ou talvez cedo, da maneira que você quiser, mas isso não pode esperar. Eu preciso vê-la, preciso olhar nos olhos dela, preciso segurar a mão dela. Algo, qualquer coisa, só preciso que ela abra essa porta. Para me deixar entrar, embora seja imprudente. — Sutton, abra. — Eu bato de novo, me preocupando que, embora eu saiba que ela pode me ouvir - eu estou sendo alto o suficiente - ela pode não abrir por princípio. Eu dou à porta outra batida, assim que as fechaduras começam a destravar, enviando uma onda de calma através de mim. A porta se abre, e ela está na minha frente, vestindo uma das minhas duas camisas que ela ainda tem, seu cabelo uma bagunça emaranhada, e seus olhos mal se abrem. Porra, ela é linda. — Roark, por favor, não faça isso comigo. — Você parou de mandar mensagens, — eu digo, entrando no apartamento e fechando a porta atrás de mim. — Está tarde. Eu me movo para frente, mas ela dá um passo para trás, então dou outro passo à frente e fazemos a mesma
— dança— até que ela está pressionada contra a parede oposta, eu bloqueando-a... — Eu queria você no evento hoje à noite. — Às vezes não conseguimos o que queremos, Roark. Eu estendo a mão e pego sua mão na minha, meus olhos abaixados. — Você está me punindo. Eu a ouço suspirar e olho para cima a tempo de vê-la balançando a cabeça. Ela se move para mim e descansa a mão no meu peito, seus dedos brincando com a lapela do meu paletó. — Eu não estava te punindo, Roark. Estou tentando manter meu coração seguro. Sinto muito por você e não posso continuar jogando esse cabo-de-guerra. — Eu sinto muito. — Deslizo minha mão pelo braço dela, passando pela clavícula dela, até a bochecha onde eu levemente a coloco. Ela se inclina para o meu toque e meu coração pula uma batida. Meu corpo zumbe, minha mente é uma pilha de mingau, toda a claridade desapareceu. Eu a quero, tão malditamente. Eu não posso ficar mais um momento sem saber que gosto ela tem, sem aprender a sensação de seus lábios passando por cima dos meus. Estou desesperado para ouvir como ela soa quando estou trabalhando minhas mãos sobre seu corpo. — Porra.... Sutton. — Peito pesado, meu pulso batendo, eu me inclino. Com os olhos arregalados, a mão dela segurando mais firme no paletó, o corpo dela zumbindo, os seios subindo e descendo, esperando pelo meu próximo movimento. O ar fica estagnado enquanto a cidade dorme ao nosso redor, nem um único som ecoa pelas paredes de gesso, fazendo meu pulso trovejar em meus ouvidos. Não faça isso. Eu mordo o lado da minha bochecha, incapaz de ouvir a parte racional do meu cérebro. A demanda por ela é muito forte e é por isso que me sinto puxando-a para a cama. — O que você está fazendo? — Ela pergunta, e quando suas pernas batem no colchão, ela é forçada a se sentar. Um pequeno suspiro sai dela, mas quando eu me ajoelho na cama e a guio de volta até
ela estar deitada, seus olhos suavizam. — Roark.... Minha mão cai para a perna onde eu passo meus dedos levemente sobre sua coxa, até seu quadril, arrastando sua camisa com ela. É então que noto que ela não está usando calcinha. Minha mão trêmula faz uma pausa enquanto eu olho para ela. E como um galho quebrado na floresta, minha vontade se rompe, ecoando em minha cabeça com uma força tão poderosa que explodo a todo vapor. Removendo minha mão, levanto-me, seus olhos preocupados procurando os meus até que eu tiro o paletó e arregaço as mangas. Um sorriso satisfeito cruza seus lábios enquanto me posiciono entre suas pernas e ofereço minha mão. Quando ela pega, eu a puxo para a posição sentada e alcanço a bainha da camisa, puxando-a para cima e sobre a cabeça dela. Ela está completamente nua. É a primeira vez que a vejo de peito nu e me fode. Seios redondos e rechonchudos com mamilos pontiagudos. Um pouco mais do que um punhado, e estou prestes a me perder neles. Não admira que eu fiquei obcecado. Eu arrasto minha mão sobre a minha boca, levando-a antes de abaixá-la sobre a cama. — Linda - eu murmuro. Por onde eu começo? Eu pensei sobre esse momento inúmeras vezes no chuveiro, na cama, no meu escritório enquanto estava em uma teleconferência, e agora que está acontecendo, estou congelando. Talvez seja porque eu não deveria estar fazendo isso - me entregando a um pequeno gosto, um breve toque, qualquer coisa para aliviar essa dor ardente dentro de mim. Estou sendo egoísta, mas não posso não ser. Ela é uma deusa. Minha âncora. Eu levanto sua perna e começo a beijá-la, deixando minha marca na sua pele branca e sedosa, marcando-a momentaneamente como a minha. Suas mãos seguram o edredom sob ela enquanto eu faço meu caminho para mais perto de sua coxa. Eu me abaixei na cama e a levantei para poder usar a cama como apoio enquanto eu explorava seu
corpo. Em uma posição melhor, eu abaixei minha boca para sua coxa, minha cabeça bem ao lado de sua boceta. Eu pressiono pequenos beijos ao longo de sua pele, levemente sacudindo minha língua, fazendo-a tremer de surpresa e depois gemendo enquanto ela relaxa. Eu trabalho minha boca para cima e para baixo em sua perna, nunca ficando muito perto da junção entre suas pernas. Eu não estou pronto para isso ainda, nem mesmo perto. Eu vou saboreá-la, saborear esse momento. Voltando sobre para cima, eu arrasto minha língua pelo seu quadril, onde faço pequenos círculos por um minuto antes de deslizar sobre sua barriga. Olho para o rosto dela - os olhos dela estão fechados e os lábios entreabertos - e depois percebo seus seios subindo e descendo rapidamente. — Você está molhada para mim, Sutton? Sua cabeça acalma para o lado. — Tão molhada, — ela sussurra. Estou tentado a me abaixar e sentir por mim mesmo, mas ainda não, preciso me familiarizar com seus seios primeiro. — Seus peitos, porra, eles são tão quentes. Desde que eu vi você apenas de sutiã, é como se eles estivessem me torturando em meus sonhos. — Deslizei minha mão para um e dei-lhe um aperto. Merda. Eu respiro fundo enquanto meu pau se esforça contra o zíper das minhas calças. — Eu queria tanto isso. Pensei em chupá-los, brincar com seus mamilos bonitinhos e depois fodê-los com meu pau. — Roark, — diz ela sem fôlego, com os olhos arregalados quando eu abaixo minha boca para um de seus mamilos enquanto massageio seu outro seio. — Oh, Roark, — geme enquanto seus dedos tecem através do meu cabelo. Então, maldito som erótico, ouvir meu nome sair de sua boca assim, como se eu fosse a chave para sua felicidade. Eu puxo e chupo, e agito minha língua sobre o mamilo, amando o jeito que ela geme debaixo de mim, seus quadris se movendo para cima e para baixo, buscando qualquer tipo de alívio. Está quente pra caralho. Eu me movo para o outro seio, dando o mesmo tratamento, quando uma das minhas mãos cai entre nós. Dos sons que ela está fazendo para o impulso de
seus quadris contra os meus, ela está extremamente excitada, mas eu preciso saber como ela está molhada, como ela está pronta. Quando ela sente o que eu estou fazendo, a garota bonita abre as pernas ainda mais, me deixando saber que eu posso fazer o que diabos eu quero, e eu planejo isso. Minha mão passa pelo seu umbigo, direto para sua boceta. Eu pairo por um segundo antes de passar levemente o dedo indicador ao longo de sua fenda. — Porra, tão molhada — murmuro contra seu seio. Cristo, tão ligada, tão disposta. Isso me faz perder o controle. Eu deslizo meu dedo dentro dela, firme e perfeita, e então escorrego para fora. Eu adiciono outro dedo, e ela grita de prazer quando meu polegar esfrega contra seu clitóris. — Roark, oh meu Deus. — Suas mãos vão para os meus ombros e eu considero como ela é experiente. É como se ninguém jamais a tocasse assim. — O que você quer? — Eu pergunto, rolando minha língua sobre o mamilo. — Eu quero você. — Suas mãos apertam meus ombros ainda mais quando eu pressiono seu clitóris. — Eu... quero... você. Incapaz de processar o que isso realmente significa, eu solto seu mamilo e movo minha boca pelo seu corpo até que eu esteja posicionado na frente de sua boceta. Eu libero minha mão, fazendo-a gritar, apenas para substituí-la com a minha boca. — Sim — diz ela, seu tronco levantando da cama. Eu pressiono minha mão contra o peito dela, abaixando suas costas, ajudando-a a relaxar enquanto minha língua vai para o trabalho. Eu sabia que ela ia ser doce, eu sabia que estar com ela seria uma experiência nova para mim, mas nunca em um milhão de anos eu teria adivinhado que ela faria isso malditamente bem ou soaria tão incrível. Seu corpinho convulsiona sob minha língua, contorcendo-se para cima e para baixo, sua cabeça acalma de um lado para o outro enquanto seus dentes marcam seu lábio inferior. Seus dedos se agarram desesperadamente aos lençóis, e eu assisto fascinado enquanto a levo
a um orgasmo completo em segundos. Com zero vergonha, ela grita meu nome, seu corpo doendo por mais. Eu a seguro e agito minha língua sobre o clitóris de novo e de novo enquanto ela continua em espasmo, até que ela diz que não aguenta mais e joga o braço sobre os olhos. — Oh meu Deus, — ela murmura, seus quadris empurrando uma última vez antes que ela finalmente se acomode. Eu pressiono alguns beijos ao lado de suas pernas antes de levantar e puxá-la para debaixo das cobertas. Eu chuto meus sapatos e caio atrás dela, meu pau duro como pedra, acariciando seu corpo nu. Leva alguns minutos, mas depois ela move a cabeça para o lado e tenta olhar para mim por cima do ombro. Eu faço isso duro quando meu aperto em torno de sua cintura, e eu tento enterrar minha cabeça em seu cabelo, seu sedutor cabelo lavanda-perfumado. — Roark. — Hmm, — eu respondo, o sono começa a me consumir. — E quanto a você? — E quanto a mim? — Eu beijo seu ouvido enquanto minha mão volta para seu seio, como se fosse meu próprio travesseiro pessoal. — Você é muito difícil. — Eu sei. — Deixe-me cuidar disso. — Ela começa a se mover, mas eu a paro. — Não. Apenas deite aqui comigo. Deixe-me abraçar você. — Roark, isso não é justo. — Ela começa a mover seu corpo ao longo do meu eixo, mas eu a paro. — Só durma comigo, Sutton. Por favor. — Com um suspiro pesado, ela aceita e me permite puxá-la para mais perto. — Obrigado, — sussurro em seu ouvido. É a última coisa que eu lembro antes de acordar... duro.
CAPITULO TREZE Querido senhor, Esta entrada nem sequer merece um nome. Eu fodi, regiamente. Eu sei que sim, e não precisei ser confrontado sobre isso. São sete da manhã e, em vez de deitar no abrigo de lavanda de Sutton, aconchegado ao lado dela, eu fugi no minuto em que ela ligou o chuveiro. Eu deixei uma nota? Não. Nem sequer lhe dei um texto. Acabo de sair. Entrei em pânico, porque acordei com essa sensação matinal... porra, me sentindo como se estivesse no topo do mundo. Mesmo depois de uma pesada noite de bebedeira, nada poderia ter me derrubado, exceto o conhecimento de que uma pessoa fez isso comigo - me levou ao auge da felicidade. E isso me fez entrar em pânico. Sutton me deixa feliz. Eu nunca disse isso sobre outra pessoa, o que também é aterrorizante. Mas não posso negar o que sinto quando ela está por perto. O único problema? Eu sei que não posso tratar esse sentimento do jeito que ela quer que eu faça. Ela quer um homem, merece um homem, que vai estar lá para ela, cuidar dela, emocionalmente e fisicamente. Eu não posso entregar dessa maneira. Esta manhã foi um excelente exemplo disso. E eu não posso te dar uma explicação do porque eu parti, além de que entrei em pânico. Agora tenho que pegar um voo para o Texas e passar duas semanas num maldito rancho com ela. A aeromoça vai estar muito ocupada me trazendo bebidas hoje. Roark ***
— Você não está no Texas? — Sim — respondo, segurando as lágrimas ameaçando cair. — Então, qual é a emergência? Eu inclino minha cabeça contra a cabeceira da minha cama de infância e aperto minhas cobertas, meu coração pesado no meu peito. Eu olho para o lado, meu nariz queimando das emoções borbulhando dentro de mim. Depois que eu saí do chuveiro e vi que Roark tinha ido embora, sem nem mesmo uma nota, eu fiquei no meio do meu apartamento, chocada. Então a raiva tomou conta, e fiquei tentada a mandar uma mensagem para ele, para dar a ele um pedaço do meu sentimento, mas conhecendo Roark, ele provavelmente daria um jeito de voltar às minhas boas graças. Ele é afiado no texto, e eu não poderia fazer isso comigo mesmo. Então eu desliguei meu telefone, terminei de fazer as malas para o Texas e fui para o aeroporto. Eu segurei as seis horas de viagem até chegar ao rancho, fui para o meu quarto e desabei na minha cama. Foi quando o embaraço seguido pela raiva me atingiu. Como ele ousa? Depois que eu disse a ele que não podia fazer isso de um lado para outro, tango. Ele ainda mexeu com a minha cabeça... mexeu com um pequeno pedaço do meu coração. — Roark veio ontem à noite. — Oh gostoso. Você fez alguma coisa excitante? Você tocou no pau dele? — Não, mas ele caiu sobre mim. — Lembro-me do sentimento eufórico que ele entregou. — Eu nunca senti nada parecido antes, Maddie. Eu gozei tão forte que não achei que fosse parar. — Bem... Isso só me deixou com tesão. — Maddie, eu estou tentando ser séria aqui. — Eu também, me conte mais. — Ele saiu quando eu estava no chuveiro. Silêncio.
— Espere o que? Ele saiu? Ele deixou uma nota? — Não. Ele não deixou nada além de seu perfume e uma razão para minha humilhação. — Eu limpo uma lágrima perdida. — Alguns dias atrás eu disse a ele que não poderia mais fazer essa coisa ambígua. Ele poderia namorar comigo, ou teríamos que voltar a ser apenas colegas. — Uau, Sutton. Estou totalmente impressionada. O que ele disse sobre isso? — Não muito. Eu acho que é minha culpa. Eu não recebi uma resposta firme dele. Ele veio ontem à noite, e eu ia afastálo, mas quando vi o olhar em seus olhos, acreditei que ele queria mais. E então, as coisas aumentaram e antes que eu percebesse, eu estava nua e ele estava entre as minhas pernas. — Isso é tão quente. — Maddie, — eu gemo. — Por favor. — Ok, sim, desculpe. Deveres de melhor amiga. Uh... bem, me desculpe, ele é um idiota, mas pelo menos você teve um orgasmo. Lá está ela, sempre olhando para o lado positivo das coisas. — Sim, o melhor orgasmo da minha vida. — Eu suspiro. — Foi além de qualquer coisa que eu já senti antes. — Ele parece um cara que proporciona orgasmos que mudam a vida. Seus olhos só prometem isso. Vamos pensar sobre isso racionalmente. Você não está apaixonada por ele, certo? — Não. Quero dizer, tenho sentimentos por ele. — Sentimentos estão bem. Isso é solucionável. Quando ele chega ao Texas? — Hoje á tarde. Ele fica no quarto em frente ao meu. — Gah, isso será estranho. — Conte-me sobre isso. — Eu posso agradecer ao meu pai por essa configuração, embora ele não saiba o que está acontecendo. — Eu estou com medo de vê-lo, Maddie. Eu mordo o interior da minha bochecha, tentando me manter forte. Não chore. — Por quê? Esta é a oportunidade perfeita para vingança. Vingança? — Do que você está falando? — Eu pergunto, - sentando na
minha cama. — Como eu poderia me vingar e por quê? — Por mexer com sua cabeça. Pelo que você me disse, Roark parece um homem complicado com um passado sombrio, então ele está fadado a fazer algo para estragar sua chance com você. Eu acho que está no sangue do menino malvado. Não é uma desculpa, mas acho que é um fato. — Sim, mesmo que eu queira pensar que ele é o maior idiota do mundo, eu concordo com isso. Ele está um pouco quebrado e não tem uma bússola moral que funcione. É como se ele estivesse flutuando, tentando tomar as melhores decisões possíveis com o que recebeu. — Espera — Maddie diz com uma voz severa. — Ele está quebrado, sim, mas não estamos sentindo pena dele, não depois de ele ter errado com você. Ele precisa aprender sua lição. É a única maneira que ele pode crescer e ser o cara que você está procurando. — E como você propõe que eu faça isso? — Vingança. Eu rolo meus olhos e me levanto da cama, me sentindo um pouco melhor. Eu começo a desfazer minha mala. Mesmo que eu tenha muitas roupas aqui, eu trouxe mais alguns itens confortáveis comigo. — Você já disse isso. Elabore. Há um tom sinistro em sua voz quando ela fala, e não posso deixar de sorrir por causa de minha amiga diabólica. — Ele chega mais tarde hoje, está dormindo no quarto em frente ao seu e isso me diz uma coisa: você tem a oportunidade de transformar sua vida em um inferno. Exiba, Sutton. Mostre a ele o que ele está perdendo e quando ele tentar segurar sua mão ou ficar íntimo, seja forte e vá embora. Depois de ter um pedaço de você na noite passada, ele está com fome de mais. — Como você sabe disso? — Ele me deixou. — Por que ele se incomodou em vir ainda me irrita. — Sim, mas o cara está apaixonado por você. Não há dúvida em minha mente que ele está pensando em cada segundo que ele teve com você na noite passada e tentando beber a memória, porque ele quer mais. Para homens como Roark, quando eles colocam seus olhos em alguém, os perseguem e então finalmente têm um gosto, eles não
podem ir embora. Acredite em mim, ele ainda quer muito você, mas ele não sabe como lidar com os sentimentos dele. — Você não sabe com certeza. — Eu não, —! ela cede. — Mas também sei que um homem não vai na casa da menina no meio da noite para abraçá-la se não houver sentimentos envolvidos. Ele gosta de você, Sutton, e sendo o idiota que ele é, ele não sabe o que fazer com isso. Ela tem razão. — Então, ao invés de lhe dar um ultimato, eu deveria mostrar a ele o que ele está perdendo? — Exatamente, — diz ela, e se eu pudesse ver seu rosto, eu sei que haveria um brilho animado em seus olhos. — Ele conhece Nova York Sutton, mas nunca viu Country Girl Sutton. Use esses shorts curtos e tops brancos. Atire um pouco de feno, monte um cavalo, mostre como seus quadris podem balançar para cima e para baixo naquele poderoso cavalo... Eu bufo, só de pensar nisso. — Isso é tão malvado. — Mas perfeitamente merecido. Monte a câmara de tortura, Sutton. É hora de fazer esse idiota perceber o que ele poderia ter. Me sentindo mais leve, e agora com um sorriso no rosto, penso em todas as maneiras pelas quais vou fazer o suor de Roark. Ele acha que está aqui para um acampamento de caridade, mas mal sabe que estou prestes a sacudir seu mundo inteiro. — Obrigada Maddie. Eu te amo muito. — Também amo você, garota. Agora, se você acha que ele vale o esforço, prenda o cara e traga-o de volta para que eu possa dar a ele o melhor aviso de amigo. — Eu estou trabalhando nisso.
Há distância, vejo um carro preto da cidade subindo a longa estrada recém-pavimentada de Green Ranch. Hora de começar. De pé ao meu lado está meu pai, usando sua assinatura Levi's -
que ele pagou para endossar, é claro, obrigado, Roark - e uma camiseta cinza de mangas curtas. Seu robusto Stetson25 preto está em sua cabeça enquanto suas botas pretas se encaixam na varanda. Ele está em seu lugar, mais do que quando ele está no campo de futebol. Ele é um homem do Texas de ponta a ponta, então sempre que volta para o rancho, não leva tempo para ele parecer e se sentir parte do lugar novamente. Não querendo parecer muito sacana na frente do meu pai e querendo deixar Roark desse lado da minha vida, eu coloquei meu jeans, minhas botas gastas e uma camiseta branca muito justa. E para completar, coloquei meu Stetson branco. Eu lembro de ter meu primeiro chapéu de verdade. Eu tinha seis anos. Papai disse que eu sempre seria uma garota de chapéu branco, e ele manteve assim. Como ele diz, meu chapéu branco deve enfeitar minha cabeça quando estou no rancho. Mal sabe ele, há chifres de diabo espreitando através do meu chapéu. O carro da cidade se aproxima - meu pai pediu para Roark - e eu me endureci. Eu estou no controle. Ele é quem saiu, aquele que deveria estar se sentindo estranho. Eu não. Missão seduzir Roark está em pleno movimento quando o carro para. Eu prendo minha respiração enquanto avançamos. A porta do carro se abre, e meu pai e eu paramos em nossa caminhada enquanto Roark sai do carro, pequenas garrafas caindo no concreto com ele enquanto ele agarra a maior garrafa de Jameson que eu já vi. Oh, Roark. Eu olho para o meu pai, que tem um olhar muito desapontado no rosto. Ele coloca a mão no meu ombro, silenciosamente dizendo-me para ficar onde estou enquanto ele se dirige para o homem bêbado em nossa garagem. Roark olha para cima, empurrando o Ray-Ban preto de seus olhos, e dá um sorriso torto para meu pai. — Fosterrrr, ele diz: — Eu consegui. Ele se esforça para se levantar, mas quando o faz, ele se encosta no carro e segura sua garrafa de uísque como um 25
Marca de chapéu
bebê. Pela primeira vez, a assinatura da combinação quente de jeans skinny e uma camisa da Henley, como se ele tivesse sido arrancado direto de uma boate em Nova York e transplantado para cá. Que ele provavelmente foi. Sua barba é mais grossa, não aparada, e de onde seus óculos se ergueram, posso ver círculos escuros sob seus olhos, pesados e ousados. Parece que Maddie estava certa. Ele está sentindo mais do que eu, o que é bom saber. Ou ele simplesmente recorreu ao que mais gosta. — Você tem bebido o dia todo? — Meu pai pergunta, sua voz aumentando. Nem mesmo se importando, Roark concorda. — Sim. — Ele levanta a mão. — Mas não se preocupe — ele balança para o lado - — Eu não entrei em uma briga. Dando um passo à frente, os ombros poderosos do meu pai se flexionam quando ele alcança e pega a garrafa de álcool de Roark. — Você não pode ter isso aqui. Roark se inclina para trás. — As crianças não estão aqui ainda. Considere isso como um presente de boas-vindas. — Eu não quero dizer no rancho. Eu quero dizer neste condado. A testa de Roark aperta mais forte. — O que? Roark está em um despertar muito rude. Estou quase tonta quando tento esconder meu sorriso. — É um condado seco26. Há muito poucos no Texas, mas a fazenda fica dentro de uma das linhas do condado, o que significa que não há álcool. Os olhos de Roark se arregalam. — Sem álcool? — Não. — Meu pai estende a mão e diz: — E não fumar também. Entregue-os. — O que? Não fumar aqui também? — Roark olha em volta, o sol brilhante fazendo com que ele puxe os óculos escuros de volta. — Que tipo de condado é esse? — O não fumar é minha regra. Agora entregue-os.
2626
Pratica a Lei Seca.
Enfiando a mão no bolso de trás, Roark pega um maço de cigarros e coloca-os na mão do meu pai. O que Roark vai fazer sem seus “acessórios”? Talvez, na verdade, se limpe um pouco. Acenando para o carro, meu pai diz: — Pegue sua bagagem. Sutton irá mostrar-lhe o seu quarto enquanto eu me desfaço dessa porcaria. Você deve tomar um banho, ficar sóbrio e se preparar para um trabalho duro. Precisamos de um par extra de mãos para fazer as tarefas antes do jantar. — Tarefas? Meu pai acena com a cabeça. — Você acha que isso é uma viagem de férias? Longe disso. — Ele se inclina para frente e se aproxima do rosto de Roark. — Você acabou de entrar no inferno e está prestes a se limpar, goste ou não. Você é um cara legal, Roark. Já é hora de você começar a atingir todo o seu potencial. Murmurando algo em voz baixa, Roark pega sua mala do motorista e começa a andar em direção à casa, e é quando seus olhos se focam em mim pela primeira vez. Seus passos gaguejam e seus olhos me tiram de baixo dos óculos de sol, abrindo os lábios um pouco. Apenas o tipo de reação que eu estava procurando. Colocando um sorriso alegre, eu digo: — Por aqui, Roark. Eu giro em minhas botas e dou a ele um bom balanço enquanto faço meu caminho dentro de casa. Eu seguro a porta aberta para ele e o guio subindo as escadas. Eu olho para trás algumas vezes e o vejo lutando para se manter em linha reta enquanto seus olhos estão fixos diretamente na minha bunda. Maddie estava tão certa. Isto vai ser divertido. Quando chegamos ao seu quarto, abro a porta e gesticulo para dentro. — Aqui é onde você vai ficar. — Aponto para a porta em frente a ele, e mesmo que ele esteja olhando para os meus seios, eu continuo falando. — Meu quarto fica bem em frente ao seu. Estamos dividindo o banheiro bem ali. Certifique-se de bater antes de entrar. — Bater, claro, entendi. Ele se inclina contra a parede, parecendo absolutamente exausto. Ele
conseguiu dormir na noite passada? Pelo que parece, ele não fez. — Eu sugiro que você tome um banho como o papai disse e tome um pouco de café. Vai ser uma tarde longa. Tudo que você precisa está na sua cama. Bem-vindo ao rancho. Eu começo a ir embora quando ele agarra meu braço para me impedir. Só para enlouquecê-lo, levanto a cabeça e sorrio para ele. — Sim, há outra coisa? — Sutton, — ele resmunga. — Eu estou.... Eu estou. Eu chego e acaricio-o na bochecha. — Não se preocupe, Roark. Deixe-me saber se você precisar de alguma coisa. Eu me afasto e desço as escadas, deixando-o com um olhar confuso no rosto e um desejo inexplorado em seus olhos.
Não bufe! Você só vai piorar. Oh cara, é tão difícil não pensar nisso. Eu nunca vi um homem lutar tanto na minha vida. Quase sóbrio, parecendo destruído, Roark levanta outro fardo de feno e tenta jogá-lo na traseira do caminhão, desaparecendo mais uma vez. — Filho da puta, — ele grita, chutando e enxugando a testa com o antebraço. O calor do sol é implacável hoje em dia, especialmente para um cara que não está acostumado a isso, e graças às exigências do meu pai, as mãos do rancho não estão diminuindo. — Vamos, rapaz, - diz um dos rapazes. — Esses músculos só são bonitos ou eles realmente funcionam? Tenho certeza que eles funcionam, não há dúvida em minha mente, mas Roark mal recuperou sua coordenação e está lutando. O suor escorre de cada parte de sua camisa, há sujeira em seu rosto, e seus jeans são um marrom acinzentado, em vez de preto da quantidade de vezes que ele tropeçou em suas tarefas. Há apenas uma coisa, alimentar os cavalos, mas ele obviamente está pronto para o dia.
— Fodase, — murmura Roark enquanto alcança o fardo de feno novamente. Passo por ele, um fardo ao meu alcance, e o jogo no caminhão, usando apenas o balanço certo para levantá-lo sobre a escotilha. Roark me observa. Eu aponto para o seu fardo. — Quer que eu faça isso por você? Seus olhos se estreitam. — Não. Deixa comigo. — Tem certeza? Parece que você está lutando um pouco. — Eu não estou lutando. Eu estou apenas, foda-se. — Ele limpa a testa novamente. — Eu acho que estou de ressaca, por uma das primeiras vezes na minha vida. Eu acaricio seu ombro como se fôssemos amigos, ao invés de duas pessoas que se acham atraentes, mas não conseguem descobrir como fazer isso funcionar entre elas. — Isso é o que acontece quando você bebe: as ressacas seguem.
Eu não tive um dia duro no rancho por muito tempo por causa da escola e tentando fazer minha carreira acontecer, mas hoje me senti bem. Eu sei, estranho, estar feliz em fazer trabalho físico, mas é com o que eu cresci. Durante a temporada de futebol, eu ia e voltava para Nova York para visitar papai, mas minha verdadeira casa era o Texas, e papai era muito inflexível sobre eu carregar meu peso pelo rancho. Se ele soubesse que eu não estava fazendo minhas tarefas, ele voaria de Nova York para me dar uma palestra, só para voltar para treinar no dia seguinte. Eu aprendi rapidamente que ele odiava isso, e a língua que eu peguei seria a prova disso, então eu me certifiquei de puxar meu peso. E aprendi a apreciar isso. Talvez não de imediato, porque que adolescente quer limpar a porcaria do cavalo no fim de semana? Mas com o tempo, eu entendi porque meu pai era rigoroso comigo. Ele queria que eu percebesse o benefício do trabalho duro, tanto acadêmico quanto físico. Super acredito que ganhei minha posição na Gaining Goals e estou orgulhosa de mim mesmo. Deixando a água escorrer pelos meus músculos doloridos por
mais alguns segundos, eu respiro o vapor ondulando abaixo e solto um longo suspiro. Que dia. Que dia maravilhosamente longo e gratificante. Eu desligo o chuveiro, me seco e, em seguida, enrolo a toalha em volta do meu corpo, enchendo o final entre os meus seios para manter a toalha no lugar. Escovo meu cabelo longo e molhado, hidrato meu rosto e coloco um toque de lavanda atrás das orelhas e nos pulsos. Satisfeita, eu abro a porta do banheiro e caminho pelo corredor em direção ao meu quarto, onde vejo Roark encostado em sua porta, com os olhos fechados, uma toalha pendurada em sua mão. Quando ele me ouve, ele se levanta e olha na minha direção. Imediatamente seus olhos começam a se espalhar pelo meu corpo, e pelo olhar ardente que Roark tem em seu rosto, eu estou muito feliz que eu decidi deixar minhas roupas no meu quarto. — O chuveiro é todo seu. Ele coça a barba, os olhos ainda focados em mim. — Obrigado. Eu paro na frente dele, deixando-o dar uma olhada mais longa, enquanto o cheiro de lavanda que eu sei que o deixa louco flutua entre nós. — Você precisa de ajuda para ligar o chuveiro? Eu posso te mostrar como isso funciona. — Eu, uh.... Eu acho que posso lidar com isso. Eu pressiono minha mão contra seu peito, inocentemente golpeando meus cílios para ele. — Você tem certeza? Seus olhos caem para a minha mão, em seguida, de volta para mim. — Sim. Eu acaricio seu peito e ando até a minha porta. Olhando por cima do meu ombro, eu digo: — Bem, estou do outro lado do seu quarto. Você sabe onde me encontrar. Eu começo a entrar no meu quarto quando Roark diz: — Espere. Mão ainda na porta, eu me viro para ele. — Sim? — Podemos conversar? — Eu não acho que seja necessário. —Eu sorrio brilhantemente. — Nós realmente não temos nada para falar. — Besteira, — ele rosna. Eu estou anotando isso, ele não gosta de quão
bom e doce eu estou sendo. Meu pai estava certo, você pega mais moscas com mel. Virando-me completamente para ele, eu alcanço e limpo um pedaço de lama da sua testa. Ele tenta se inclinar para o meu toque, mas eu me afasto antes que ele possa fazer muito contato. — Ouça, não há nada realmente a ser dito. Foram momentos bons. Não se preocupe com isso. — Minha toalha começa a se desfazer, então eu aperto o nó, mas certificandome de mantê-lo baixo. Seu olhar desce para a abundância de peitos que estou exibindo. Ele passa a mão sobre a boca e aperta os olhos com força. — Tem sido um dia longo e doloroso, Sutton. Não me tente. — Do que você está falando? Eu não estou tentando você. — Você não está? — Sua testa dispara. — Você tem sido doce comigo o dia todo depois que eu saí do seu apartamento sem dizer uma palavra, e você está andando pela casa como uma maldita sedutora com suas camisas brancas apertadas e danças de toalha. — Danças de toalha? — Meu nariz se enrola. — Eu duvido muito que ficar aqui no corredor e falar com você como um adulto é considerado uma dança de toalha. — Você sabe o que quero dizer, — ele responde exasperado. — Você está me punindo. Eu acaricio seu peito e dou a ele o sorriso mais doce que posso reunir. — E por que eu faria isso, Roark? Nós somos amigos... Apenas Amigos. Você deixou isso bem claro esta manhã. Eu estou bem com isso. Agora, se você me der licença, há alguns feijões caseiros no fogão que eu quero ter certeza de que sou a primeira da fila. Apresse-se e tome banho; Papai não gosta quando as pessoas se atrasam para o jantar. Satisfeita, eu entro no meu quarto e fecho a porta, um enorme sorriso estampado no meu rosto. Isso realmente vai ser muito divertido.
CAPITULO QUATORZE Querido satã, Sim, Satanás, porque estou realmente esperando que, de alguma forma, este diário esquecido por Deus chegue às suas mãos. Eu estou vivendo no inferno. Inferno puro e tortuoso. Que tipo de condado decide proibir o álcool? Eu vou te dizer, o tipo que foi banhado e vestido pelo próprio diabo. Não há outra explicação. Porra. Realmente essa é a única maneira de descrever como estou me sentindo agora. Somente... Porra. Já é ruim o suficiente que meus vícios tenham sido arrancados de mim, deixando-me sentindo cru e exposto, mas tendo que dormir em um quarto em frente ao de Sutton e dividir um banheiro com ela, isso é uma maldita tortura. Depois que ela saiu do chuveiro e se dirigiu para mim naquela toalha branca, minha língua quase caiu da minha boca. Recentemente molhada e sexy com sua toalha baixa, eu fiquei duro em segundos. E todo esse bom ato que ela está fazendo comigo? Eu não confio, não há como ela estar bem com o que eu fiz. Eu a conheço e ela usa suas emoções como carta na manga, então não acredito nem por um segundo que ela esteja bem. O que torna essa situação ainda mais irritante porque eu gostaria que ela ficasse com raiva de mim, gritasse, chorasse, fizesse alguma coisa, mas ao invés disso, ela está andando de um lado para o outro como se nada tivesse acontecido. E eu juro a Cristo, seu inimigo, que ela é a mais quente no seu país. Eu não sei se é o ar fresco, ou estar de volta a sua casa de infância, mas ela tem esse ar inebriante sobre ela. É diferente e muito gostosa. É por isso que passei uns bons dez minutos masturbandome no chuveiro com seu aroma de lavanda misturado com o vapor do chuveiro. Era como se Sutton estivesse ao meu redor. Sim, estou perdendo isso, Satanás. Por favor, pelo amor de
Deus, acabe com minha miséria e me leve ao seu calabouço. Faça coisas estranhas para mim, eu não me importo, mas apenas me leve para longe deste purgatório. Eu não vou durar mais treze dias. Roark
— Não é maravilhoso vê-la? — pergunta Foster, de pé ao meu lado enquanto nós dois nos apoiamos na cerca de trilhos do cercado redondo. Depois de duas horas trabalhando e perseguindo galinhas - nem pergunte -, agora tenho o prazer de ver Sutton exercitar os cavalos com Josh. Quem é Josh? Ah, o treinador de cavalos que Sutton parece ser muito íntima. Toda vez que ele lhe concede um elogio, ela lhe dá um belo sorriso sob seu chapéu perfeitamente branco. Josh está prestes a ter seu pescoço torcido se ele gritar que ela parece bem mais uma vez. Porque ela parece bem, muito bem. Foster está assistindo como um pai orgulhoso, seu corcel galopando ao longo do ringue, sua filha habilmente treinada e encorajando o cavalo com tons suaves. Josh está de pé no meio do cercado, oferecendo orientação ocasional, um chapéu preto estúpido na cabeça e uma camisa xadrez que parece louca para ele. E eu estou aqui, um filho da puta patético, olhos fixos em duas coisas: o jeito que os seios de Sutton saltam para cima e para baixo em sua camiseta preta, e o jeito que seus quadris balançam para cima e para baixo no cavalo. Pau totalmente ereto, eu me inclino contra a cerca, praticamente babando. Quem sabia que se exercitar em um cavalo poderia ser tão quente? Juro pelo próprio Satã, toda vez que ela olha para mim, ela sabe exatamente o que está fazendo comigo. Atormentando com os quadris, soprando o peito para fora, aquela risada, aquele sorriso. É como uma maldita adaga no meu estômago, girando e girando. — Ela é muito astuta, — eu respondo, sem saber o que dizer a Foster que não vai me meter em
problemas. Porque eu tenho certeza que dizer algo como — Eu espero que os peitos de sua filha saiam dessa camisa em algum momento— não seja realmente apropriado. Nós passamos a manhã trabalhando ao redor do rancho, enquanto estabelecendo algumas coisas para o acampamento, como as cabanas e os obstáculos, e agora, depois do almoço, nós estamos nos preparando para ir em um passeio longo com os cavalos. Deve ser legal o passeio, mas tudo o que posso pensar é como eu vou ter que montar um desses animais e não parecer um idiota na frente de Sutton ao fazê-lo. A grande mão de Foster agarra meu ombro e dá uma pequena sacudida. — Você parece nervoso. Não precisa se preocupar com o passeio. Vai ser divertido. Nervoso, sim. Duro, definitivamente. Desesperado por uma bebida e um cigarro, cem por cento. — Nunca andei a cavalo. Não muito nervoso, mas não quero parecer um idiota, sabe? Foster ri. — Sim, nós temos orgulho de sabermos montar a cavalo. — Sempre. — Eu esperava que Foster iria implicar comigo por não saber montar, mas ele não o fez. E eu me sinto tão patético e envergonhado, independentemente disso. — Não se preocupe, estou arrumando a minha égua mais calma e doce. O nome dela é Grammy, e ela vai cuidar bem de você. — Grammy, né? De que cor ela é? — Preta. Eu aceno em apreciação. — Assim como minha alma. Vamos nos dar bem. — Tudo pronto? — Foster chama. — Sim, — responde Sutton, trazendo o cavalo para uma parada. Ela joga o cabelo por cima do ombro e para o meu horror, eu vejo quando Josh estende a mão e agarra-a pela cintura, trazendo-a para o chão. Eu fico mais nervoso, os cabelos na parte de trás do meu pescoço com atenção total. Eles ficam por alguns segundos, conversando enquanto suas mãos ficam em seus quadris. O aperto que tenho na cerca fica letal enquanto conto os segundos em que eles terminem com suas intimidades.
diabos
O que eles estão
falando? Eles têm uma história? É por isso que Sutton é tão calma comigo, porque ela sabia que ela veria esse cara o tempo todo? Jogando a cabeça para trás, ela ri e, em seguida, dá um tapinha no peito de Josh, e eu quase passo através da cerca como um tornado e corro para Josh, pronto para dobrar os joelhos com um pedaço da cerca. Finalmente, eles se separam e Sutton despreocupada caminha em nossa direção, mãos enfiadas nos bolsos de trás, um enorme sorriso no rosto. — Aquilo foi muito divertido. Não me lembro da última vez que fiz isso. Lady é um cavalo tão bom. Josh tem feito um ótimo trabalho com ela. Fodido Josh. — Josh tem sido de grande valia para o rancho, cuidando muito bem dos cavalos enquanto eu estou fora. Ele é ótimo — responde Foster e então bate palmas. — Estamos prontos para dar um passeio? — Não posso esperar. — Sutton me dá uma olhada. — Você vai voltar para a casa? — Não. Eu estou indo com você. Um pequeno sorriso passa por seus lábios. — Você já montou um cavalo antes? — Não, mas me sinto confiante no vínculo que vou desenvolver com Grammy. — Você o colocou com o Grammy? — Sutton olha para o pai. O que é esse olhar? O que eles sabem que eu não sei? — Ela é muito dócil. — Ela também é muito teimosa, — contesta Sutton. — Ele vai ficar bem, certo, Roark? — Foster pergunta com um sorriso. Eu não gosto da palavra teimosa, mas não é como se eu estivesse prestes a colocar uma briga sobre isso também, então eu mantenho firme com a minha confiança. — Do que estamos falando? — Josh pergunta, brincando com Sutton, que lhe concede outro dos seus belos sorrisos. Eu vou ficar louco se ela fizer isso de novo. — Nós estamos indo para um passeio, quer se juntar a nós? - Sutton pergunta.
— Ele não tem nada para fazer? — pergunto, as palavras escapam da minha boca antes que eu possa detê-las. Todo mundo se vira para mim e eu tenho um momento de merda, então eu rapidamente tento me recuperar. — Quero dizer, você tem alguma coisa para fazer antes de ir? Eu posso ajudar. — Isso seria incrível, — responde Josh, o filho da puta que ele é. — Você pode pegar o esterco e eu vou selar os cavalos com Foster. Como isso soa? Parece que eu apenas me dei merda de dever. — Sim, claro, — murmuro, indo embora para o carrinho de mão e pá enquanto todo mundo vai para o celeiro. Como isso se tornou minha vida? Não muito tempo atrás, eu estava na cidade, me divertindo em boates, saindo com meus amigos, fazendo meu trabalho com a minha experiência esperada. Tudo foi jogado fora quando esta pequena bomba apareceu em minha vida, derrubando meu contentamento por deboche habitual com seu sorriso e coragem. Um gosto de sua boca e eu estava dirigindo minha língua para cima e para baixo na bela boceta dela. Agora eu estou enfiando merda de cavalo em um velho carrinho de mão enferrujado enquanto Sutton está com Buddy e Josh. Onde foi que eu errei? Eu sei o momento exato em que eu errei. Quando eu saí da cama de Sutton como um fodido merda. Esse foi o ponto de virada para mim, a pior decisão que tomei em muito tempo, porque em vez de sair em uma bela fazenda com Sutton debaixo do braço, sorrindo para mim, eu consigo vê-la balançar seus quadris sobre este lugar esquecido por Deus enquanto todo homem que trabalha aqui assiste. Eu rolo o carrinho de mão até a primeira pilha e começo a recolher uma carga de excrementos de cavalo. Porra, ridículo. Eu continuo movendo o carrinho de mão ao redor até que eu peguei o último dele. É quando eu me viro para encontrar Sutton sentada em cima do muro, as mãos apoiadas ao seu lado, me observando. — Você é bom nisso. — Ótimo. — Eu rolo meus olhos e coloco o carrinho de mão de volta com a pá. — Algo para adicionar à minha lista de
realizações. Poder cavar a merda do cavalo. — Você nunca sabe quando vai ser útil. - Quando eu a alcanço, ela salta da cerca e tira a poeira de sua bunda. Claro, ela pode pular da cerca sozinha, mas ela precisa de ajuda de Josh para descer do cavalo. — Grammy está pronta. Quer montá-la? Há outra pessoa que prefiro montar. — Claro. —Eu espano minhas mãos no meu jeans e ignoro o fato de que eles estão mais uma vez cobertos de poeira. — Meu pai não te disse que o preto não faz bem aqui? Devemos colocar você em algum equipamento de caubói. — Eu prefiro cair morto. — Você não acha que pode usar botas de cowboy? — Eu posso usá-las facilmente. Eu simplesmente não quero. Ela balança a cabeça enquanto me dá uma olhada. — Eu não sei. Eu não acho que você pode usá-los, mas, novamente nem todo mundo pode parecer tão bom quanto Josh em suas botas. Ela sabe exatamente o que está fazendo. Ela tenta se afastar, mas eu seguro seu pulso antes que ela possa ir longe demais e a puxo de volta. Sério, levanto o queixo e olho-a nos olhos. — Me tente tudo o que você quiser. Mostre sua bunda bonitinha naqueles jeans, use a camisa com o corte mais baixo enquanto monta um cavalo, eu não dou a mínima, faça tudo o que você quiser. Mas eu juro por Deus, Sutton, não jogue outro homem na minha cara. Não jogue esses malditos jogos. Ela me estuda. — Eu não vou jogá-lo na sua cara. — Besteira. Por que mais você falaria sobre ele desse jeito e o deixaria tocar em você? Você está tentando me deixar com ciúmes. — Você fez sua escolha comigo quando saiu do meu apartamento ontem de manhã. Esta é minha casa. Não faz sentido atirar outro homem na sua cara, Roark. Você saiu. — Não brinque comigo, Sutton. —Ela está certa. Ela está tão certa. Eu não mereço sentir ciúmes. Mas, infelizmente, não posso esconder que estou tão chateado. Ela revira os olhos, claramente não me levando a sério. — E o que
você vai fazer? Me ignorar? Me deixar em paz? Nunca mais falar comigo? Você já está fazendo isso, então qual é a diferença? — Não foda comigo, — eu repito. — Ou então você não vai gostar do que pode acontecer. — Tente-me, Roark. Eu posso lidar com praticamente qualquer coisa que você jogue em mim. Meu queixo se move para frente e para trás enquanto eu mastigo essa informação. Honestamente, o que eu faria? Estou apenas lançando ameaças vazias, sem saber como lidar com toda a situação. E ela sabe disso. Eu estou com ciúmes? Foda-se, sim eu estou. Não quero que ninguém olhe para Sutton, muito menos tocá-la. E sim, eu não tenho direito a ela, mas isso ainda não significa que eu quero ver outros caras jogando seus paus na direção dela. Eu dou um passo para trás e ponho a mão no rosto, irritado comigo mesmo, irritado com toda a situação. — Vamos pegar os cavalos e acabar com isso. — Se você vai agir azedo, você não precisa ir. — Tenho certeza que é exatamente o que você quer, que eu não vá, então você pode sair com Josh um pouco mais. Quando eu me tornei tão petulante? — Por que isso importa? - Ela responde. — Eu não pertenço a você. — Você está certa — eu digo antes que eu possa me impedir. Raiva escorre dos meus poros enquanto minhas mãos se contorcem ao meu lado, a percepção de que eu a quero mais do que qualquer coisa me atingindo no peito. Eu fecho a distância entre nós e falo através dos meus dentes. — O momento em que você gozou na minha boca foi o momento em que você se tornou minha. Não foda comigo. Nem mesmo vacilando, ela diz: — Para que eu seja sua, eu tenho que querer também e honestamente, Roark, eu superei isso. — Se você estivesse superado, você não estaria exibindo seus peitos a cada chance que tivesse. Ela me dá uma olhada. — Quem disse que era para você? — Eu juro por Cristo, Sutton. — Mas antes que eu possa jogar outra ameaça vazia, ela se afasta.
Porra.
Grammy é uma cadela temperamental. Você sabe o que mais? Montar um cavalo não é bom para as velhas bolas. Meu saco está entorpecido. Minhas costas estão tensas por não querer assustar Grammy. E eu não posso sentir minhas malditas coxas. Como as pessoas acham isso agradável? Sim, claro que o cenário é bom e tudo, mas bom o suficiente para suportar essa tortura? De jeito nenhum. E depois há Josh e Sutton tendo uma festinha de riso à frente, compartilhando piadas e andando em sincronia enquanto eu estou atras com Grammy tentando ter certeza de que ela não vai me chutar novamente. Sim .... Novamente. Quando eu montei pela primeira vez a garota excêntrica, ela não queria nada comigo e resistiu. Felizmente eu sou ágil e caí de pé. Foi uma queda impressionante, e se eu estivesse bêbado, não tenho dúvidas de que teria jogado meus braços para o alto como uma ginasta, esperando minha pontuação. Em vez disso, dei um tapinha na velha égua e a montei novamente, segurando firme, silenciosamente implorando ao mamífero para trabalhar comigo. E desde então ela fez. — O que você acha? — Foster pergunta, manobrando seu cavalo ao lado do meu como um profissional. É estranho vê-lo neste cavalo, onde ele parece um quarterback enorme em um cavalo. Eu estou tão acostumado a vê-lo em um terno ou equipamento de futebol, mas vê-lo assim - um chapéu de cowboy na cabeça, rasgos nos jeans, rédeas nas mãos - parece tão estranho, mas também natural. Isso é casa para ele. — Você tem uma grande propriedade, Foster. — Obrigado. Eu amo isso aqui. — Ele olha em direção a sua propriedade enquanto seguimos para o celeiro. Ele parece contente. — Esta última temporada será difícil, dizendo adeus às muitas pessoas que tiveram um papel importante na minha carreira, mas há a promessa de um novo começo no
final. — Ele gesticula em direção ao celeiro. — Paz ... e muitos e muitos banhos. Eu ri quando o Grammy desacelera. — Você está pensando em se estabelecer aqui? — Foster me dá uma olhada e eu reviro os olhos. — Vamos, quem você está enganando? Eu sei que entre você e Whitney está rolando algo. Seus olhos se estreitam e ele desacelera o cavalo também. — Quieto, — ele sussurra, seus olhos piscando para Sutton, que está em uma conversa profunda com Josh. Fodido Josh. — Ela não pode ouvi-lo e, mesmo que pudesse, ela tem vinte e quatro anos. Tenho certeza que ela gostaria de ver você com alguém, então você não estará sozinho pelo resto da vida. Ele puxa o chapéu e mantém a voz baixa, então mal posso ouvi-lo. — Eu adoraria me acalmar, colocar um anel no dedo de Whitney, mas há muita coisa me impedindo. Ela é seis anos mais nova que eu, por exemplo. Eu escondo meu estremecimento. — A diferença de idade não significa nada atualmente. — Ela também trabalha comigo. Cristo. — Você sabe, os romances de escritório estão em alta. — E quanto a Sutton? Eu aceno para ele. — Ela provavelmente tem suas próprias coisas com as quais está lidando. Só de conhecê-la através deste projeto de acampamento, eu diria que ela seria aceitaria numa boa. — Eu não sei. Eu dou de ombros. — Tudo bem, seja um bastardo solitário. Apenas apareça para suas obrigações, para que eu seja pago. Ele ri e depois fica sério. — E você? — E eu? — Eu pergunto, sabendo exatamente o que ele está falando, mas querendo parar a conversa. — Quando você vai se acomodar? — Eu noto que ele não diz se acalmando, mas novamente, eu quero ignorar essa brincadeira. Ele não está sendo cruel. O sol começa a descer atrás do horizonte, lançando o céu em uma felicidade alaranjada, as nuvens
limitadas em púrpura. Eu posso ver porque Foster adora isso aqui. Tranquilidade, longe de tudo. Isso me lembra um pouco de Killarney, mas não é tão exuberante. Eu poderia me ver relaxando em um lugar como este um dia, menos toda a merda de cavalo. — Estabelecer-se não é para mim. Vida acelerada, sou eu. — Não é, e eu não disse se acalmando. Eu disse resolver. Ele para seu cavalo, então eu puxo as rédeas de Grammy e felizmente ela ouve. — Para se acalmar, você precisa descobrir o que lhe traz calma. Está em você e, por uma semana, eu vi. E agora se foi. Você gosta de pensar rápido é a vida que você precisa, mas você está encobrindo a vida que você realmente quer. — Oh sim? — Eu rio. — E que vida eu realmente quero? — Aquela que você nunca teve quando criança. Inferno, eu vou dar um ponto para Foster, ele sabe como identificar o ponto fraco de alguém. Ele deveria ser meu terapeuta, porque em uma frase ele praticamente resumiu toda a minha vida em poucas palavras. — Sim, bem, nem todo mundo pode ter a cerca branca. — Você pode, você apenas escolhe não fazer isso. Eu olho para Sutton, que desmonta seu cavalo menos Josh desta vez. Droga certo. — É mais fácil assim. — Para não sentir? — Foster pressiona. — Exatamente. O minuto em que você se permite sentir é o minuto em que é jogado de volta na sua cara. Eu prefiro ficar entorpecido, o que tem sido muito difícil de fazer desde que cheguei aqui. Obrigado por isso. Ele não responde de imediato, mas em vez disso olha para o pôr do sol, parecendo régio pra caralho em seu cavalo. — Eu trabalhei com muitos jovens que tiveram essa atitude. Eu vi alguns se tornarem homens que encontram o caminho através da escuridão deste mundo, e eu vi alguns não conseguirem. — Foster se vira para mim. — Você não é um menino, mas também não é homem, Roark. Você está em algum lugar entre os dois lados. Um homem leva sua vida em suas mãos e aproveita ao máximo. Você é um ótimo agente, e eu sou grato por você, mas você também está andando em uma linha fina de perder tudo pelo que você já trabalhou. Não seja
um idiota, seja um homem. — Me olhando nos olhos, ele diz:— Chega um momento na vida de um homem quando ele tem que decidir se vai agir e fazer algo de si mesmo, ou se ele vai ficar de braços cruzados e nunca atingir seu potencial total. — Ele aperta meu ombro. Minha boca está seca e meu estômago está dando voltas. — Você tem muito a dar, permita-se entregá-lo. Você ficaria surpreso com a forma como a felicidade pode mudar toda a sua visão da vida. Sorrindo torto para mim, ele me dá mais um tapinha antes de sair em direção ao celeiro. Eu não deveria gostar do que ele disse para mim, mas ao invés disso eu sou pego por suas palavras. . . . Você também está andando em uma linha fina de perder tudo o que você já trabalhou. Não seja um fodido, seja um homem. Seja um homem. Não seja um idiota. Isso é um maldito golpe de se ouvir, ainda assim, de alguma forma ressoa comigo inesperadamente. Minha mente está girando com possibilidades. Não seja um idiota. Seja um homem. Dois dias depois, as palavras de Foster ainda estão pulando na minha cabeça. Eu sei que nós trabalhamos juntos por um tempo, mas ele foi capaz de me separar em segundos. Há razões pelas quais não quero me permitir verdadeiramente sentir além da luxúria. A luxúria é fácil. Seguro. Nunca leva a decepção, seja em mim ou na outra pessoa. O amor é condicional. Limitado. — Você sempre foi ingrato por tudo que eu te dei. Neste ponto, seria mais fácil se você estivesse morto. Pelo menos eu poderia lamentar a perda do meu filho mais velho e seguir em frente. Minha própria mãe preferiria que eu estivesse morto. O que isso diz sobre o amor? As pessoas que deveriam me amar incondicionalmente só dão a intenção sobre o dinheiro que tenho no banco. Queria estar morto. O que isso diz sobre mim? Porra, eu preciso de uma bebida. Eu preciso de algo para
livrar esse sentimento de inadequação de dentro de mim. Beber faz com que seja fácil esquecer rapidamente. É por isso que eu vivo em uma dieta de uísque, então eu não fico acordado à noite, pensando em todas as coisas que eu poderia ter, mas estou com muito medo de tentar ter. Como Sutton. Eu a quero, não só fisicamente. Eu quero o cérebro dela, o coração dela, a alma dela. Eu quero saber como é ficar acordado a noite toda e falar com ela sobre nada. Eu quero saber como é confortá-la quando ela está chateada. Quero sentir suas lágrimas em meus dedos, sabendo que sou a única pessoa no mundo que pode consolá-la. Quero saber como é ser completamente viciado em alguém, a ponto de, quando nos separamos pela manhã, sentir falta dela dez segundos depois. Eu quero tudo isso, o bom, o ruim e o feio que vem quando estou apaixonado. E eu acho que não... Eu sei que Sutton pode ser aquela garota. Mas e se, porra, e se ela mergulhar em um relacionamento e perceber, assim como meus pais, que eu sou inútil? Não é uma chance que eu possa aceitar. Eu já estou a ponto de cair da face na terra a qualquer segundo, não preciso do empurrão extra. Porque se Sutton me amou e eventualmente perdi o amor dela... Eu não posso. Suspirando, minha testa pressionada contra a moldura de madeira da parede, eu agarro a maçaneta e me preparo para outro dia de tarefas brutais, mais instalação de acampamento, e vendo Sutton ser ela mesma, bonita. Eu abro a porta assim que Sutton abre a dela também. Eu paro no meio do caminho quando eu a puxo para dentro do quarto. Vestida com o menor short que eu já vi, suas botas de sempre e... oh foda-se não. — O que é isso? — Eu pergunto, apontando para o peito dela. Ela olha para baixo e depois de volta para mim. — Minha camisa. Minha sobrancelha sobe. — Você chama isso de camisa? Está cortada. Eu posso ver todo o seu diafragma. Eu me inclino um
Você
pouco. — está usando
um sutiã? Ela aponta para o corredor. — Deixei no banheiro. Eu ia pegar. Perfeita e perfeita, seus seios me tentam mais uma vez e mesmo que ela estivesse usando sutiã, eu seria capaz de ver isso. Não tem como ela usar essa camisa do lado de fora com tanta gente no rancho. Não, não vai acontecer. Antes que ela possa ir ao banheiro, empurro-a pela porta do quarto e a fecho atrás de mim. Por um segundo, observo seu modesto quarto de criança: paredes bronzeadas, colcha floral, um pôster de um cavalo acima de sua cama. É fofo. — O que você acha que está fazendo? — Ela pergunta, com as mãos nos quadris, a camisa alta. — Você não vai sair assim. Eu posso ver seus mamilos. Ela revira os olhos. — Vou usar sutiã. E honestamente, isso não é da sua conta, Roark. Eu puxo meu cabelo e me afasto, frustrado com toda essa situação. Ela está me deixando completamente maluco e não sei o que fazer sobre isso. Ela está certa, não é da minha conta como ela se veste, e mesmo que eu queira que ela use uma camisa de gola alta e calça comprida, eu sei que não posso pedir a ela para fazer isso. — Porra, — eu murmuro. Mão ainda no meu cabelo, eu digo: — Se você vai usar isso, por favor, fique longe de mim. Há uma suavidade em sua voz enquanto ela pressiona a mão nas minhas costas. — Está tudo bem, Roark? Eu balancei minha cabeça, meu corpo formigando de quão perto ela está. — Não. Estou com dificuldades, Sutton. Ela vem para o meu lado e tenta me olhar nos olhos, mas eu não viro a cabeça. — Você pode falar comigo, você sabe. — Eu não posso. — Roark... Eu a prendo contra a parede ao lado de sua porta em um movimento rápido, pegando-a desprevenida. Seus olhos estão um pouco selvagens, seu peito sobe e cai contra o meu quando ela pergunta: — O que você está fazendo? — Eu não sei, — respondo, minhas mãos presas em sua cintura, coçando para subir. Quando eu inspiro
profundamente, sua respiração fica presa no peito, então eu levanto minha mão ainda mais alto até que a parte de baixo de seu seio está esfregando contra o meu dedo. — Roark, — ela solta o ar. Pesadamente. Eu me inclino para frente e pressiono minha boca no ouvido dela e belisco seu lóbulo. Sua cabeça cai para o lado e mesmo que ela não tenha sido nada além de uma sedutora gigante nos últimos dias, sinto a necessidade que ela tem por mim na maneira como suas mãos caem nos meus ombros e depois no meu pescoço para tecer através do meu cabelo. Eu me aproximo, pressionando meus quadris contra os dela enquanto eu seguro seu seio ao mesmo tempo. — Você está me deixando louco, Sutton. — Meus lábios trabalham para cima e para baixo em seu pescoço. — Você acha que isso é fácil para mim? Estando aqui, meu quarto em frente ao seu, vendo você conversar com outros caras? Está me matando. — Então faça algo sobre isso. — O que você quer que eu faça? — Eu pergunto enquanto abaixo minha cabeça para o seu peito, levantando sua camisa e chupando o mamilo na minha boca. — Sim, — ela diz com um suspiro. — Isso é tão bom, Roark. Seu encorajamento me estimula e quebra algo dentro de mim. Eu a levanto pela cintura e a levo para a cama, onde a deito gentilmente. Eu pressiono meus quadris contra os dela, deixando-a saber o quanto ela me afeta. Eu levanto a blusa sobre sua cabeça, expondo seus seios. Ela é tão linda que chega a doer. Eu abaixo minha boca de volta para eles enquanto eu balanço meus quadris para ela, minha ereção encontrando pequeno alívio no atrito. Mas eu quero mais. Ela deve ler minha mente, porque sua mão alcança o espaço entre nós e cai sob a barra da minha calça jeans, onde seus dedos passam sobre a minha protuberância. Levanto a cabeça para baixo e dou um longo suspiro, dando-lhe mais acesso. Meus músculos se apertam, meus olhos se fecham e sua pequena mão se enrola em volta do meu pau, minha cueca a única barreira.
— Porra, eu— murmuro. — Sutton... Eu... — Sua mão desliza dentro da minha calça, e eu juro que estou a segundos de gozar só com o seu toque. Eu olho para cima para ver sua boca entreaberta, seus olhos selvagens quando ela diz: — Você é tão grande, Roark. E essa é a minha ruína. Esse olhar inocente, a surpresa, mas a alegria que atravessa seu rosto, quebra minha determinação. Eu me abaixo e tiro seu short, puxando-o em um movimento suave, em seguida, empurro meu jeans para baixo, tirando minha calça. Como um adolescente, pressiono minha ereção ao longo de suas pernas abertas e busco o conforto de seu calor. Minha ereção espia pelo cós da minha cueca enquanto deslizo para cima e para baixo em seu centro tanga. — Oh. Meu Deus... — ela geme e eu a silencio, trazendo minha boca para seu pescoço novamente, meus quadris balançando contra os dela em longos golpes e depois rápidos e curtos, meu corpo realmente inseguro do que quer. Nenhuma roupa seria melhor, mas eu não posso fazer isso com ela, não quando não tenho certeza dos sentimentos em mim, mas porra, eu só quero um pouco de alívio. — Eu nunca quis algo tanto em minha vida, — eu digo, me surpreendendo, mas... é a verdade. — Você me deixa louco de necessidade, Sutton. Os últimos dias foram um inferno para mim. — Mas você não sabe? Você pode me ter, Roark. Eu aperto meus quadris com mais força, minhas pernas começam a formigar, minhas bolas começam a apertar. — É com isso que estou preocupado. Você não deveria estar tão disposta onde eu estou preocupado. Eu não estou certo sobre você. Ela abre ainda mais as pernas e põe as mãos atrás do meu pescoço. — Por que você não me deixa julgar isso? Eu mecho nossos quadris juntos enquanto levanto a cabeça para olhar para ela. Lábios molhados e prontos, olhos focados em mim. Beijá-la traria essa necessidade a um nível totalmente novo. Eu sei que no momento em que meus lábios encontrarem os dela, não haverá retorno. Eu não vou conseguir parar.
Isso é algo que eu quero que ela esteja ciente, oferecer a ela um homem que não tem certeza se pode retornar o que ela lhe dá? Eu não sei se posso fazer isso com ela. Então, em vez de abaixar a cabeça, mantenho meus olhos fixos nela enquanto conduzo meus quadris sobre os dela, balançando os dois. Ela morde o lábio inferior, o pescoço esticado, o orgasmo flutuando, pronto para cair. Cristo, eu estou bem ali com ela, meu coração batendo na minha cabeça, meu corpo vibrando de prazer. TOC, Toc. — Sutton, você está aí? — A voz de Foster chama, acalmando meus quadris em um instante. Foda-se. Eu rapidamente me levanto, minha ereção dolorosamente dura enquanto eu me afasto e olho ao redor do quarto dela. Eu localizo seu armário e fujo rapidamente enquanto puxo minhas calças para cima. Um pequeno gemido sai dela durante a minha saída, e isso ecoa na minha cabeça enquanto eu inclino meu corpo contra a porta fechada do armário, incapaz de recuperar o fôlego. Tensa, Sutton diz: — Sim... apenas tive... um acidente em minha roupa. — Algum acidente com sua roupa, sim, eu diria que perder metade da sua camisa é um acidente com a sua roupa. — Oh ok, apenas checando. Você viu Roark? — Oh não... você verificou no celeiro? Ele é muito bom em cuidar de todos os excrementos. Foster ri enquanto franzo a testa. Muito engraçado. — Bom ponto, vou checar. Depressa, temos muito o que fazer antes que as crianças cheguem amanhã. — Sim, já desço. — Os passos fortes das botas de Foster ecoam pelo corredor enquanto ele se retira. Devemos ter ido tão longe para nem notar sua abordagem anterior. Em um suspiro pesado, eu inclino minha cabeça contra a porta do armário quando ela se abre. De costas, pau duro como pedra e recheado no meu jeans, virome para encontrar Sutton vestindo nada além de uma tanga. Vamos lá,
isso realmente não é justo, especialmente com outro dia de trabalho duro à minha frente. Eu estendo a mão para ela e a levo para um abraço onde minhas mãos caem para sua bunda nua. Eu beijo o topo de sua cabeça e digo: — Sinto muito. — Desculpe por quê? — Por deixar isso sair do controle, por ser um idiota para você, por acreditar que você pertence a mim quando você não faz. Ela levanta e me olha nos olhos. — Mas é aí que você está errado, Roark. Não importa o quanto você tente me afastar, isso não muda o que eu sinto por você. — Ela morde o lábio inferior e agarra a frente da minha camisa. — Eu tentei agir como se você não importasse para mim, para que eu pudesse passar por essa afeição maluca que tenho por você, mas é impossível. — Com um olhar na minha direção, — você me derrete aos seus pés. E não há nada que eu possa fazer sobre esse sentimento. Então, quando você entra no meu quarto e pressiona seus lábios por todo o meu corpo, eu sempre vou ceder, porque é o que eu desejo. — E isso faz de mim um bastardo sortudo, algo que eu não mereço. — Você não deveria, — eu digo em um sussurro. — Eu sei, acredite em mim, eu sei, mas não consigo resistir a você. Não importa o quanto eu tente, não posso. — Sua mão alcança e acaricia minha bochecha, seus olhos se enchendo de lágrimas não derramadas. — Por favor, não se afaste de mim. Eu gostaria que você pudesse ver o valor em nós estarmos juntos. Infelizmente, ela abaixa a mão e passa por mim, onde puxa seu jeans e uma camisa normal. Quando ela sai do armário, eu chamo: — Sra. Sutton. Ela me dá um sorriso triste. — Ainda no banheiro. E então ela sai do quarto. Eu me inclino contra as prateleiras dela, uma sensação esmagadora de Sutton me cercando enquanto tento descomplicar minha cabeça. Eu queria que você pudesse ver o valor de estarmos juntos. Eu posso ver, inferno, eu posso sentir isso, quase como se ela estivesse gravando lentamente nos meus
ossos
nas últimas semanas. Enfraquecido e cansado, saio de seu quarto e desço as escadas, onde vejo Sutton abraçar seu pai antes de saírem juntos da casa. O que eu não daria para ser o homem que ela abraça, o homem que ela admira com aquele sorriso ou o homem que a protege do resto do mundo. — Não importa o quanto você tente me afastar, isso não muda o que sinto por você... Eu tentei agir como se você não importasse para mim, para que eu pudesse passar por essa afeição maluca que tenho por você, mas é impossível. — Mas como eu me torno o homem que a merece? Como eu me torno seu homem? E então eu ouço os pensamentos de Foster, que se combinam para cimentar ainda mais esses pensamentos. Um homem leva sua vida em suas mãos e aproveita ao máximo. Foster estava certo, eu não sou esse homem - ainda mas talvez seja hora de descobrir como começar a agir como ele.
CAPITULO QUINZE Querido Jasper, Jasper é o nome de um porco com quem conversei outro dia enquanto o alimentava com o que parecia esgoto. Ele tinha olhos gentis, então eu pensei em experimentar o nome aqui. Não tenho certeza se funciona, apenas me lembra do velho porco. Eu sinceramente não sei o que dizer agora. Se minha terapeuta estivesse aqui, ela me faria perguntas irritantes como você se sente? O que está em sua mente? Quais são os obstáculos que você teve que enfrentar ultimamente? Bem... já que ela não está aqui - não que eu gostaria de falar com ela -, mas como ela está do outro lado do país, provavelmente vagando por aí em seu bloco de rabiscos, escreverei as respostas aqui. Como você está se sentindo? Como uma merda. O que está na sua mente? Sutton. Todos os dias tem sido Sutton. Quais são os obstáculos que você teve que enfrentar ultimamente? Apenas alguns, você sabe, desejos de nicotina, a necessidade de uma dose de uísque. Sutton, doce porra de liberação. E depois há o maior obstáculo de todos eles... emoções. Estou lidando com um monte de emoções que nunca senti antes. Coisas como... inveja, vazio, saudade. Eu posso me ver soltando minhas paredes e estendendo minha mão para Sutton. Eu posso sentir minha guarda desmoronando e precisando de algo diferente de álcool para me consolar. Eu quero segurar a mão de Sutton. Eu quero beijar Sutton sempre que eu desejar. Eu quero dizer a ela merda, sobre meus medos e meus triunfos. Eu quero compartilhar as refeições com ela. Ela pega minhas batatas, eu tomo a couve de Bruxelas. Merda assim. Eu quero que ela use minha camisa à noite, e eu quero acordar com meu braço em volta dela pela manhã.
Roark
Jesus Cristo... Eu acho que quero um relacionamento.
— O que você acha de tudo? — Papai pergunta, sentandose ao meu lado perto do fogo. Banhada e em confortáveis espreguiçadeiras, eu me inclino para trás em minha cadeira de acampamento e olho para as chamas crepitantes. Foi um longo dia, preparando todas as cabines, organizando o registro, certificando-se de que as sacolas de presentes estavam todas corretas com os tamanhos certos. Mas nós fizemos isso e estamos mais do que prontos para as festividades começarem amanhã. Meu trabalho está terminado e agora posso me sentar e deixar o resto da equipe assumir o controle. Eu coloco meu cobertor sobre meus ombros. — Eu me sinto muito bem. Eu não acho que poderíamos estar mais preparados. — Eu não poderia concordar mais. Meu pai dá um tapinha na minha perna e olha para mim, os vincos perto de seus olhos enrugados com um sorriso. — Estou orgulhoso de você, Sutton Grace. Você se tornou uma mulher muito bonita e trabalhadora. — Obrigada, pai, — digo sem jeito, não tenho certeza de como reagir. — Estou feliz que Whitney tenha me dado a oportunidade de assumir. Ela irá vir? Ele acena e se inclina para trás em sua cadeira, cruzando a perna sobre o joelho. — Ela está em um hotel, e deve chegar amanhã de manhã antes dos campistas. — Oh bom. Seria estranho se ela não aparecesse. — Eu estremeço. — Você acha que ela vai criticar o meu trabalho? Ele sacode a cabeça. — Ela não é esse tipo de chefe, mas vai atropelar tudo, checando duas vezes para ter certeza de que cobrimos todas as nossas bases. Eu não esperaria nada menos. — Eu também não. — Eu olho em direção ao céu claro, estrelas brilhando
mais brilhantes do que eu já vi. — Você vai ficar triste quando se aposentar no próximo ano? — Vou sentir falta do jogo e das pessoas, mas acho que é hora. Eu estou me adequando há quase duas décadas. Acho que é hora do velho fazer uma pausa. — Acho que você vai treinar o time local do ensino médio? — Eu sorrio para ele. — Você sabe que eles estão apenas esperando por você para oferecer sua ajuda. Ele levanta o chapéu e passa a mão pelo cabelo. Ele é o único ainda a tomar um banho, oferecendo a chance a todos os outros primeiro. — Eu acho que vou tirar meu primeiro ano de folga e então provavelmente vou entrar e ajudar. Eu não acho que posso ficar longe do esporte por tanto tempo. — Ele me dá uma cutucada. — O que me lembra, quando você vai me dar netos? Estou me aposentando; Estou pronto para ser um vovô agora. — Ele ri baixinho. — Uh, não por um tempo. Não tenho a necessidade de ter um cara na minha vida em primeiro lugar, mas eu quero estabelecer minha carreira. Você vai estar esperando um pouco. Desculpa. Ele estala os dedos em decepção. — Há algum prospecto por aí? Apenas alguém que se esconde atrás de um escudo de armadura tão impenetrável que tenho certeza de que vou me tornar uma velha antes de conseguir passar por ela. Eu dou de ombros, realmente não querendo falar sobre Roark com meu pai. É um tópico muito sensível, especialmente porque o homem que eu realmente quero está a uns quinze metros de distância da casa. — Isso é tudo que você vai me dar? Um encolher de ombros? Tem alguém na cidade com quem você está falando? Deveria ter sabido que ele seria persistente. Talvez se eu mantiver as coisas vagas, eu posso tirar esse peso dos meus ombros, e então talvez reunir alguns conselhos, porque se tem uma coisa, meu pai é realmente bom em me guiar, sempre foi. — Bem, tem um cara. Esfregando as mãos juntas, ele se inclina para frente. — Agora estamos
conversando, conte-me tudo sobre ele. Sim, isso não vai acontecer. — Nós nos conhecemos há algumas semanas e no começo eu realmente não gostava dele, mas com textos e alguns encontros casuais, desenvolvi sentimentos por ele. — Ele compartilha o mesmo tipo de afeto? — Eu aceno, sabendo muito bem que Roark compartilha. — Se ele gosta de você, por que você tem esse olhar em seu rosto? Eu rolo meus dentes sobre o meu lábio inferior, tentando colocar em palavras o que eu sei sobre Roark sem defini-lo para o meu pai. — Ele não cederá a seus sentimentos, pelo menos não na maior parte. Eu não quero entrar em muitos detalhes, você sabe, já que você é meu pai e tudo mais ... — Tudo que eu peço é que você use proteção. Preciso ter essa conversa novamente? — Deus, não. — Eu levanto a minha mão. — Por favor, pai, não faça isso. — Ok, mas tenha certeza de que você está seguindo tudo o que eu te ensinei. — Eu estou. — Meu rosto queima, e eu sei que não tem nada a ver com o fogo na minha frente, mas sim o embaraço desta conversa. — Boa menina. — Ele faz movimentos com a mão. — Continuando. Você disse que ele não cederá aos sentimentos dele? — Sim, ele teve uma infância muito ruim e está afetandoo agora. Eu acho que ele está com medo que ele possa me machucar, mas o que ele não percebe é que ele já está me machucando por não estar realmente comigo. — Eu suspiro e relaxo na minha cadeira, puxando minhas pernas para o meu peito. — Tudo que eu quero é sair com ele, pai. Eu quero ser capaz de sair em datas comemorativas e abraçá-lo quando eu o vejo. Eu quero ser carinhosa e ajudá-lo em seus dias ruins, mas toda vez que eu tento, ele me diz que não é bom o suficiente para mim e não importa o que eu diga, ele não vai mudar de ideia. Sorrindo para si mesmo, ele diz: — É assim que sua mãe era. Não achava que ela era boa o suficiente para estar
comigo, quando na verdade, ela era a razão pela qual eu estava tão feliz o tempo todo. Como você sabe, você veio mais cedo do que eu tinha planejado — ele riu. — E ela pensou que estava destruindo minhas chances em uma carreira. Mal sabia ela, ela reforçou-os. Sim, eu tinha mais responsabilidades, mas ter vocês duas.... Você me ajudou a fazer o meu melhor. Eu fui o sortudo. — Ele se vira para mim e diz:— O mais fácil seria desistir e seguir em frente, mas é a luta que faz o resultado final valer a pena. Não desista do que você quer, Sutton Grace, mesmo que você se machuque. Se ele tem sentimentos por você - como ele deveria -, não desista de tentar. De pé, ele estica as mãos sobre a cabeça e solta um longo bocejo. — Boa noite. Acha que pode apagar o fogo sozinha? — Como se você tivesse que perguntar. — Bem, agora que você é uma garota da cidade e tudo, pensei que poderia ter que lembrá-la. Ele aperta um beijo contra a minha cabeça enquanto eu digo: — Você nunca pode tirar a cidade da garota, pai. — Verdade. — Ele dá um passo em direção à casa e diz por cima do ombro: — Temos uma semana sobrando aqui, então você pode voltar para a cidade para aquele seu homem. Talvez lhe mande alguns textos enquanto estiver aqui, deixando-o saber que você está pensando nele. É um gesto legal. — Ele está dizendo isso por experiência própria? — Boa noite, Sutton Grace. Vejo você pela manhã. — Vejo você de manhã, pai. Quando ele está fora de vista, volto minha atenção para o fogo, olhando para as chamas dançantes e pensando no que meu pai disse. Ele acha que a coisa mais fácil seria desistir, e isso quase parece mais torturante do que não tentar, porque não acho que superar Roark seria muito fácil. Mas mesmo cedendo hoje cedo, ele ainda me afastou, ainda pediu desculpas por ser íntimo. E mais uma vez, ele não me beijou nos lábios. Por quê? São roubados - pediu desculpas - momentos que valem isso? Não, eu não quero isso. Eu quero que ele nunca se desculpe por me tocar, quer me tocar mais. Eu quero que ele tenha confiança de que eu verdadeiramente,
loucamente o quero e não apenas seu corpo, mas sua alma. E mesmo que uma pequena parte de mim acredite que isso pode acontecer, há uma grande parte de mim que acredita, não importa o que eu diga, não importa quantas vezes eu tente mostrar a ele o quanto eu me importo, ele nunca mudará de ideia, e eu vou estar constantemente lutando uma batalha perdida. A percepção de que nada acontece entre nós me atinge mais do que eu esperava, e lágrimas começam a aparecer nos meus olhos. Eu gostaria que ele pudesse ver o homem que eu vejo; este imbecil irresistivelmente carinhoso, um homem leal. Eu gostaria que ele pudesse se livrar de sua auto aversão e entender como ele me faz feliz, mesmo quando ele está me provocando, o que é a maior parte do tempo. O brilho em seus olhos e o tom em sua voz revelam que há uma conexão mais profunda entre nós. Olhando para o fogo, deixei cair as lágrimas, permitindome ter este momento. Eu não posso mais segurar isso; é muito desgastante, muito avassalador. Inclinando-me para a frente, eu descanso meus braços sobre meus joelhos dobrados e então coloco meu queixo em meus braços, cedendo à tristeza, a dor, o desamparo que sinto quando se trata de Roark. Se ao menos ele nos desse uma chance, se ao menos ... — Aqui fora sozinha, moça? Assustada, eu limpo meus olhos rapidamente e giro ao redor para ver Roark de pé ao lado, olhando para mim. Como eu não o ouvi se aproximando? Há uma pontada em sua testa enquanto ele se ajoelha ao meu nível, seu perfume fresco e ensaboado me atingindo primeiro, depois sua respiração menta. — Você está chorando? — Não. — Eu limpo meus olhos de novo, mesmo que isso esteja claramente na minha cara. Sua boca se inclina para o lado. — Seus olhos imploram para explicar. — O que está acontecendo? — Nada. Apenas a fumaça chegando até mim. Ele se vira para o fogo à nossa frente, percebendo a fumaça soprando na direção oposta. Maldito vento. —
Sim, tudo bem. — De trás dele, ele pega uma cadeira e puxa para meu lado e se senta, de frente para mim completamente. — Fale comigo. Você está nervosa com o amanhã? — Não. — Balanço minha cabeça. — Estou muito confiante sobre o amanhã. — Ok, então por que você está chateado? Eu pressiono minha bochecha em meus braços e olho para ele, dando-lhe um sorriso triste. — Só nós, é tudo. — Nós? — Sua sobrancelha se ergue e ele se aproxima um pouco mais. — Sobre nós? Eu solto um longo suspiro. — Meu pai perguntou se havia algum cara na minha vida e eu disse a ele... — Você não contou a ele sobre mim, não é? Pânico absoluto cruza seu rosto quando ele olha para a casa, como se meu pai estivesse prestes a correr pela varanda, empunhando uma espingarda. — Não, eu não faria isso, mas eu falei casualmente sobre esse cara que eu gostava e disse a ele o que eu estava passando. Ele franze a testa. — O que você está passando? — Os altos e baixos de querer estar com você, mas chegar a lugar nenhum. — Eu olho para o fogo, incapaz de olhá-lo nos olhos. — Eu gosto muito de você, Roark, mas não sei quanto mais consigo lutar pelo que quero. Estou emocionalmente desgastada, mas toda vez que você está perto de mim, não posso deixar de esperar e desejar, e rezo para que talvez seja a hora de você desistir, que esta será a hora que você me convida para sair, que esta será a hora que você finalmente me beija. — Eu encolho meus ombros, pressionando meu queixo contra meus braços. — Uma garota pode desejar. A tensão enche o ar quando o silêncio nos atinge. Se eu fosse como Mel Gibson em Do que as Mulheres gostam e pudesse ler seus pensamentos, então todo esse tango seria muito mais fácil. Em vez disso, eu tenho que sentar aqui sem jeito e esperar que ele diga alguma coisa, algo que provavelmente vai me machucar a longo prazo. Finalmente, — falei com o seu pai também.
— O quê? — Eu sorrio, incapaz de conter o humor na ideia de nós dois conversando com meu pai sobre o outro, mas nunca revelando de quem estamos falando. — Quando você falou com ele? — Outro dia, enquanto andava a cavalo. Ele me perguntou se eu planejava me estabelecer a qualquer momento. Me deu uma palestra inteira sobre ser um homem. — Roark esfrega a mão sobre sua nuca. — Foi a conversa mais honesta que eu já tive. Ele me fez pensar em muitas coisas e no futuro que eu quero ter, a vida que quero levar. — Ele ri para si mesmo. — Inferno, naquele momento, ele foi mais um pai para mim do que meu pai já foi. Isso aquece meu coração. — Ele é um bom homem. Fico feliz que você possa confiar nele. Ele gosta de você, Roark, e só quer o melhor para você. — Sim, eu sei. — Ele olha para o chão. — Ele, ele me fez pensar sobre o que está acontecendo entre nós, meio que explodiu minha mente. — O que ele disse? Roark cruza as mãos juntas. — Nada que você precise saber, mas uma coisa se destacou. — Ele balança a cabeça, como se pudesse ouvir meu pai dizendo isso agora. — Seja um homem. — Seus olhos encontram os meus, e estou surpresa ao ver a intensidade que ele olha para mim. Eu não vi essa expressão antes. — Eu quero ser o homem que você merece, Sutton, mas eu não sei como fazer isso. — Ele coça a parte de trás do seu pescoço, parecendo nervoso. — Eu não sei nada sobre relacionamentos ou como cuidar de alguém. Tudo o que sei é que esse sentimento que tenho por você, essa sensação de entorpecer a mente e de quebrar a alma percorrendo meu corpo, não vai desaparecer, então eu posso continuar tentando lutar contra isso, ou posso pedir-lhe ajuda. — Ajuda? — Eu pergunto, surpresa quando meu coração gagueja no meu peito. Ele balança a cabeça e desdobra meus braços, tomando uma das minhas mãos nas dele. — Eu quero isso, eu quero nós, mas não tenho ideia do que estou fazendo. Vou precisar de sua orientação e compreensão e uma promessa de que, se eu estragar tudo, sei
que sim, você paciente. Isso
será tudo é novo para mim. — Roark — eu pressiono minha mão livre contra essa bochecha e esfrego meu polegar sobre sua nuca — somos humanos, então estamos fadados a errar em algum momento. — Mas eu nunca recebi verdadeiramente amor antes. — Bem, há sempre espaço para aprender. — Arrasto meu polegar sobre o lábio inferior, meu corpo coçando para estar perto do dele. — Isso significa que você quer me levar para um encontro? Um sorriso lindo puxa as bordas de sua boca. — Sim, eu acho que sim. Minha felicidade combina com a dele enquanto nós dois sorrimos um para o outro. — E você não vai mais me afastar? Ele morde meu polegar, fazendo-me rir e se afastar. — Foda-se não. Eu não acho que meu pau pode levar mais tortura. — E isso significa que você vai parar de fumar? Sua testa aperta juntos. — Parar de fumar? Eu não sabia que isso estava no plano. — Está se você me quiser. — Inferno. — Ele arrasta a mão sobre o rosto. — Você vai tirar todos os meus acessórios, não vai? Faça de mim um garoto preppy27. Eu sacudo minha cabeça. — Não, eu quero você do jeito que você é, tendências idiotas e tudo. — Então por que você está tirando meus cigarros? — Porque eu quero que você seja capaz de me foder sem perder o fôlego. — Eu sorrio brilhantemente para o olhar chocado em seu rosto. Eu posso estar um pouco chocada. — Preocupada com a minha resistência, moça? Talvez, dou de ombros. — Eu não sei, você soou um pouco sem fôlego quando você estava esfregando-se em mim no meu quarto.
27
Uma pessoa preppy é alguém que não se limita marcas como Polo, Lacoste, Brooks Brothers. Usam sempre estilos parecidos como blusas amarradas no pescoço, fitas no cabelo. Eles compram clássicos ao invés de tendências e não mudam seus estilos de vida com modismo.
— Sem fôlego? — Ele pergunta, sentando de volta. — Você pensou que eu estava sem fôlego? — Eu dou de ombros novamente. — Eu não estava sem fôlego, eu estava desesperado. Você tem alguma ideia do quanto tem sido difícil para eu me segurar? Não te levar contra uma parede toda vez que te vejo? Eu tive que me controlar por semanas, então se eu estava respirando com dificuldade enquanto esfregava meu pau grosso ao longo de sua boceta, não é porque eu estava sem fôlego, — diz ele, suas palavras iluminando todo o meu corpo. — É porque eu queria desesperadamente você. Está quente aqui fora, ou é só eu que estou sentindo calor? Eu mordo meu lábio inferior e seus olhos caem para minha boca. Eu molhei meus lábios e ele faz o mesmo. Eu mudo de posição na cadeira, e ele senta na beirada do meu lado. — Você vai me beijar, Roark? — Eu não sei, — diz ele, colocando a mão na parte de trás do meu pescoço e me puxando para mais perto antes de tecer os dedos pelo meu cabelo. — Você quer que eu a beije? — Você sabe o que eu quero. Eu estou esperando a séculos para saber como é ter seus lábios nos meus. — Se for esse o caso... — Ele acena para eu me aproximar e depois dá um tapinha no seu colo. — Venha aqui, Sutton. A excitação bate em minhas veias enquanto desdobro da minha cadeira e me movo em direção a ele, levando o cobertor comigo. Eu coloco sobre meus ombros e escalo seu colo, meus joelhos caindo para os lados do corpo dele. Ele agarra o cobertor e puxa-o com mais força em volta de mim antes de mover as mãos para o meu rosto, onde ele gentilmente acaricia minhas bochechas. — Você é tão linda. Não sei por que me nego há tanto tempo. — Oh, você sabe, porque você é mais velho do que eu, porque meu pai é seu cliente, porcaria estúpida assim. Ele ri. — Ah, então estamos tomando a rota madura, eu vejo. — Só deixando você saber como você foi estúpido.
— Eu acho que é algo que eu posso contar quando se trata de nós. colo.
Nós. Isso me faz sorrir enquanto me coloco mais em seu
— Eu gosto de ouvir você dizer isso. Nós. Parece tão certo. — É, parece. — Ele pressiona a testa contra a minha. — Cristo, Sutton. Eu estou nervoso. — Nervoso? — Minhas mãos deslizam até o peito grosso. — Por quê? — Porque eu realmente não quero estragar tudo. — Oh Deus, eu poderia amar esse homem. Eu finalmente sinto como se estivesse vendo tudo dele. Ele é mais... cru, menos mascarado. Como ele pode ter tão pouca fé em si mesmo? Tem a ver com a sua família horrível. Se eles soubessem o dano que infligiram. Isso me deixa com tanta raiva. Minha mão esfrega sobre o coração dele. — Você não vai. — Eu encosto minha cabeça na dele e digo: — Agora me beije sob as estrelas. Nos dê um momento para lembrar por um longo tempo. Seus lábios se separam, sua mão segura meu queixo, inclinando-o ligeiramente para trás, antes que seus lábios se pressionem contra os meus. Eu suspiro na conexão e exploro. Ele é doce no começo, deslizando sua boca sobre a minha, aprendendo a contornar, e então a intensidade começa a crescer quando ele me agarra mais apertado. Ele suavemente me beija, mantendo minha cabeça firme enquanto ele inclina a cabeça de um lado para outro, sem perder um centímetro da minha boca. Eu mudo em seu colo e ele geme em minha boca, passando a língua em meus lábios, me seduzindo, procurando por mais. No minuto em que nossas línguas se chocam, elas se entrelaçam, e nosso aperto um no outro se fortalece, nossa necessidade se intensifica. Isso é muito mais do que eu esperava. Eu sabia que ele era bom, simplesmente pelo jeito que ele me fez gozar com sua língua. Mas o contraste entre suave e duro em seus beijos, o modo como ele toma conta, o gosto dele em minha boca, é mais do que eu pensava ser possível. Com cada beijo, ele está me arruinando para
qualquer outro homem lá fora ... não que eu queira beijar outro homem depois disso. Bocas conectadas, ele desliza as mãos pelo meu corpo até meus quadris, onde ele segura com força. Eu lentamente começo a balançar para frente e para trás em cima dele. Ele me interrompe e quebra nosso beijo. — Não aqui, Sutton. — Não aqui, o que? Empurrando meu cabelo para trás da minha orelha, ele olha para mim docemente. — Nós não estamos prestes a transar em um lugar onde seu pai poderia facilmente nos ver. Nós não deveríamos estar fazendo isso... Aqui. Minha sobrancelha se levanta, chocada a lição de moral que está me dando. — Você está me dizendo que não quer ser pego? Isso vem do cara que raramente dá a mínima para qualquer coisa? Ele ri e me agarra mais apertado, e aquele sorriso diabólico corta através de mim. — Se fosse qualquer outra pessoa, eu estaria colocando-a na terra agora, mas é diferente com você. Por alguma razão, isso não resolve bem comigo. — Não há paixão suficiente entre nós para você me tirar do chão? — O completo oposto, — ele responde. — Eu ficaria perdido demais para poder parar se seu pai viesse aqui... ou aquele idiota Josh. Eu rio e brinco com a gola da camisa dele, o fogo iluminando as linhas em sua testa. — Você realmente não gosta dele, não é? — Nem um pouco. Ele tem te checado demais, e ele tem sido muito divertido. Eu fui insultado por você. — Josh é um bom... — Josh é um babaca, fim da história. — É assim que isso vai ser? Você vai ser um tolo ciumento? Ele concorda... sem pedir desculpas. — E você tem o direito de ser ciumenta também. Sabe, a senhorita Angélica estava flertando comigo no outro dia, tentando fazer com que eu comesse seu biscoito. Eu reviro meus olhos.
—A senhorita Angélica tem setenta e cinco anos e estava tentando fazer com que você comesse seus biscoitos no plural. Não seja um pervertido. — Eu não sei, havia um certo brilho nos olhos dela que me dizia, se eu a seguisse de volta para a cozinha, ela me mostraria seu armário, se você sabe o que quero dizer. — Você é estúpido. — Eu rio. Ele ri também e move as mãos pelas minhas costas nuas. — E ainda assim você ainda quer estar comigo. — Sim, eu devo estar louca. — Eu agradavelmente agarro suas bochechas e planto um beijo em seus lábios. Quando eu vou me afastar, ele me mantém no lugar e mais uma vez, sua boca cai sobre a minha. Eu suspiro em seu abraço e o deixo assumir. Eu estava junto com Roark e olhei para o céu, apreciando as estrelas brilhando acima de nós enquanto ele me mantinha quente com o braço em volta de mim. Eu mexo minha mão sobre o peito dele e me aconchego, ainda um pouco chocada por ele estar aqui, ao meu lado, depois do tempo que passamos. — Você já se viu se mudando de volta para cá? — Ele pergunta, sua voz ressoando sobre mim. — Talvez um dia, mas agora estou focada em minha carreira. — Você poderia realmente fazer isso em qualquer lugar, então se você tivesse que escolher um lugar para morar, onde estaria? Eu pressiono meus lábios e penso um pouco. — Você sabe, eu não acho que estou realmente preparada para a cidade de Nova York. Eu amo a atmosfera, mas muito tempo me sinto fora do lugar. — Você é uma garota do campo. Você parece estar fora do seu lugar. O sorriso em seu rosto ao exercitar seus cavalos quase me pôs de joelhos. — Você está tentando me fazer voltar pra cá? — Claro que não, mas posso ver você fazendo isso em algum momento e não culpo você. É lindo aqui. Eu posso
ver porque seu pai está animado com a aposentadoria. A vida parece desacelerar no país. — É por isso que ele ama tanto, porque ele sente que tem tempo para sentar e respirar o ar fresco. Estou animada por ele ter uma folga do cronograma difícil que ele está mantendo. — Ele vai usar a aposentadoria bem. Levantando a cabeça, eu encontro os olhos de Roark. — Isso vai parecer idiota, mas obrigada por cuidar dele nos últimos anos, garantindo que ele consiga bons negócios que representem sua marca e fundação. — Você não precisa me agradecer, Sutton. É o meu trabalho. — Um trabalho que você faz bem. Sua sobrancelha se ergue. — É assim mesmo? Eu pensei que era a pessoa mais anti profissional que você conhece. — Você é, mas você ainda é capaz de fazer um bom trabalho. Eu não entendo, mas funciona para você. — Eu tive sorte, — responde, puxando uma mecha de cabelo e, em seguida, envolvendo-o em torno de seu dedo. — Quando cheguei aos Estados Unidos e estava frequentando aulas em Yale, fiquei um pouco selvagem com as festas. — Você? De jeito nenhum. Eu não acredito nisso por um segundo, — eu digo sarcasmo escorrendo dos meus lábios. Ele aperta meu quadril, um sorriso em seus belos lábios. — Eu estava animado por estar livre dos meus pais, então eu bebia e festejava muito. Foi assim que acabei na mesma fraternidade que meus dois melhores amigos, Bram e Rath. A partir daí, eu vi oportunidades, conversei com as pessoas certas e não demorou muito para que eu ganhasse credibilidade entre os amigos - apesar das minhas farras. Por algum motivo, eles confiaram em mim com suas carreiras, e foi assim que me tornei o gerente deles. Não faço ideia de como explicar o modo como entrei nesse negócio, além da pura sorte irlandesa, mas levo o trabalho a sério, mesmo que às vezes não pareça que eu faça isso. — Isto é óbvio. Todos os seus clientes estão felizes? — Eh, nem todos eles. Eu perdi alguns, mas acho que é porque nossas personalidades não se mesclaram. Eu realmente não posso trabalhar com os atletas
pomposos e tensos. Muito carente e não lidei com essa porcaria. — Você não quer lidar com pessoas que são carentes, e ainda assim você é o homem mais necessitado que eu já conheci. — O que? Eu não sou carente. — Você foi ao meu apartamento naquela noite porque precisava me segurar. — Isso foi diferente. — Sua voz fica suave. — Foi uma noite muito ruim para mim, e você era a única pessoa que eu conhecia que tiraria essa dor. E agora eu me sinto como uma idiota por brincar com isto. — Eu sinto muito... Ele me acalma com um dedo na minha boca. — Não se desculpe. Só sei que você me ajudou naquela noite. — Ele brinca com meu cabelo, e eu amo o quão carinhoso ele é quando sua personalidade parece exatamente o oposto. — Sempre que você está por perto, eu me sinto à vontade. — Você está me elogiando, Roark? — Dizendo a verdade. — Sentando-se, ele me abaixa na espreguiçadeira, onde ele paira acima de mim. — O que eu vou fazer amanhã? — O que você quer dizer? — Haverá todos esses garotos adolescentes no rancho, e eu não quero que eles pensem que podem olhar para a minha garota como quiserem. Eu reviro meus olhos. — Não seja ridículo. Eles vão estar olhando para o meu pai o tempo todo. Acredite, eu não sou nada quando meu pai está por perto. — Você não planeja usar esse top, não é? — Ele levanta uma sobrancelha questionador. Eu rio baixinho. — Não, isso foi apenas para deixá-lo louco. Na verdade, esperei no meu quarto que você abrisse sua porta para que eu pudesse encontrar você no corredor. Seus olhos se estreitam. — Você estava me provocando. Eu sabia. Eu sabia que você estava me deixando louco de propósito. E Josh? Eu dou de ombros. — Ele é apenas um cara legal, e ajudou você a ficar com ciúmes dele...
Ele arrasta a mão sobre o rosto e depois sacode. — Você percebe que você quase me deu uma coronhada nestes últimos dias? — Se você não fosse tão teimoso, talvez eu não tivesse que deixá-lo louco. — Eu não acredito nisso por um segundo. Eu ainda acho que você teria me torturado. — Verdade. — Eu rio. Eu teria. — Estranhamente, é uma das razões pelas quais sou atraída por você. Você me deixa louca. — Só quando você merece. — Ele ri. Inclinando-se, ele pressiona um beijo suave contra meus lábios, sua mão emaranhada no meu cabelo. Quando ele se afasta, ele diz: — Você levará aquele top branco de volta para Nova York? Eu quero ver você tomar banho com ele. — É assim mesmo? Ele concorda. — Sim, eu pensei em você no chuveiro com isso, toda molhada e sexy. — Você se masturbou no chuveiro? A risada que se arrasta dele é sexy e totalmente demais. — Eu tive minha mão no meu pau a cada maldito dia em que estive aqui, às vezes duas vezes por dia. Meus olhos se arregalam. — Você está falando sério? — Não seja tão ingênua, Sutton. Você realmente acha que eu poderia estar tão perto de você e não ser afetado? Se eu quisesse andar direito, teria que fazer algo a respeito. — Você deveria ter pedido ajuda. Ele sacode a cabeça. — Não tem como eu chegar perto de você assim, não com seu pai na mesma casa. Eu quase perdi a cabeça esta manhã. Eu não posso ter outro incidente como esse. Nós não deveríamos nem estar aqui agora. — Ele não pode nos ver. — Não importa, é muito perto para correr o risco. Não haverá qualquer merda até estarmos de volta à cidade. Bem, isso não é bom para mim, e ele deve perceber porque ele coloca um beijo nos meus lábios e então conecta nossas testas. — Não se preocupe, quando estivermos de volta à cidade, vou me certificar de que compensarei todos esses dias perdidos. — Promessa?
— Prometo. — Ele abaixa a cabeça e pressiona mais um beijo em meus lábios antes de se levantar. Ele pega a minha mão na sua para me ajudar a sair do chão. Juntos, sacudimos o cobertor e depois o dobramos. Nós caminhamos em direção ao rancho de mãos dadas, e isso parece sublime. Uma coisa tão pequena, mas, finalmente, ser capaz de segurar sua mão parece tão certo. Alcançamos as escadas de madeira e Roark se vira para mim. Seu polegar se arrasta sobre o meu lábio antes de se abaixar e me beijar suavemente. É íntimo e tudo que eu sempre quis dele. Eu sinto todos os meus músculos se transformarem em mingau. Quando ele se afasta, meu corpo dói por mais. — Boa noite, Sutton. Eu te vejo de manhã. Amanhã é seu grande dia. — Não poderia ter feito isso sem a ajuda de todos e suas habilidades épicas de escavar o esterco. — Espertinha. — Ele me beija uma última vez e se dirige para a porta da frente. Pela primeira vez, não me importo de vê-lo ir embora. Com seus quadris estreitos, costas largas e arrogância sexy, não é absolutamente uma dificuldade. Nunca em um milhão de anos eu teria acreditado que eu iria querer um cara como Roark - arrogante e rude - mas depois que eu derrubei sua armadura, eu encontrei um homem gentil, carinhoso e doce. Um homem que mal posso esperar para aprender mais. Um homem que quer estar comigo. Um homem que quer que sejamos nós.
CAPITULO DEZESSEIS Querido Gerald, Vou começar dizendo que no passado afirmei que não quero tratar este diário como um lugar para parecer uma adolescente na puberdade, mas... SANTA FODA poder beijar Sutton. Eu sabia que aqueles lábios iam causar danos ao meu exterior, mas eu não acho que eles derrubariam todas as paredes que eu já ergui. Com uma pequena pressão de sua boca contra a minha, tudo desmoronou ao meu redor, deixando-me exposto, vulnerável e implorando como um menino desesperado e cheio de luxúria. É o jeito que ela cuidadosamente cobre minha bochecha e, em seguida, move lentamente as mãos pelo meu cabelo. É a leveza em seu beijo, apesar de sua língua ser exigente. Luz e depois dura, leve e dura. Porra, se ela pode me deixar louco apenas com seus beijos, o que mais ela pode fazer com aquela boca pecaminosa dela? Aposto algumas coisas realmente más. E sabendo que ela está no quarto ao lado, sim, eu não tive um pingo de sono na noite passada e é por isso que estou acordado antes do sol esta manhã. Até antes do sol... esse é um termo que eles usam aqui no rancho. Eu acho que eles estão me marcando, e por alguma razão eu estou bem com isso. Um cowboy irlandês, sem saber ao certo o quanto isso é popular, mas acho que poderia conseguir, contanto que eu possa usar minhas próprias botas de não-vaqueiro e um gorro. Então estou bem. O caubói rebelde, eu posso lidar com isso. Roark
Estou com dor.
Toda a tensão reprimida por não ser capaz de tocar Sutton, a retirada dos cigarros e as incontáveis horas que passei fazendo trabalho manual em torno do rancho, está chegando ao fim nesta manhã enquanto eu me movo pelo meu quarto me preparando para o dia. Depois que tomei um banho, observei o sol nascer da janela do meu quarto, as mãos apoiadas atrás de mim na cama, desejando que Sutton estivesse ao meu lado apreciando a vista, mas sabendo o jeito que ela dorme - posição de avestruz e tudo - eu acho ela não acordou cedo o suficiente. Os campistas devem chegar entre dez e meio-dia hoje. Eu vou ajudar com registro e orientar quem precisa de ajuda para encontrar o caminho de volta. Eu também uso uma camisa verde-neon e chapéu, então... Isto é engraçado. Jeans, eu alcanço a minha camisa quando uma batida soa contra a porta. — Entre, — eu digo, apenas para ver um Sutton saída do banho passar pela porta. Um sorriso enfeitando seus lábios, ela vai na ponta dos pés em minha direção e pressiona as mãos contra o meu peito, em seguida, desliza-as até o meu pescoço, onde ela dá um beijo. Eu deixo cair a monstruosidade verde-limão e pego sua bunda generosa em minhas mãos, puxando-a ainda mais para perto. Vestindo seu jeans apertado e uma camisa de acampamento, ela parece natural, mas de tirar o fôlego. Ela não precisa de todos os babados como maquiagem e cabelo enrolado. Quem acaba de tomar um banho, bochechas um pouco rosadas, cabelo molhado, ela é deslumbrante. Lentamente ela se afasta, mas não antes de dar alguns beijos rápidos. Com um suspiro, ela dá um passo para trás. — Eu deveria ter esperado para te beijar até depois que estivéssemos de volta à cidade. Suas mãos deslizam para baixo para as minhas onde elas se juntam. — Porque agora que eu tive seu gosto, vai ser uma tortura não poder ter mais. — Nós sempre podemos nos encontrar no celeiro para um rolo no feno. — Você já fez isso? — Ela pergunta, uma ruga no nariz, mas um brilho de conhecimento em seus olhos.
Um pouco chocado, pergunto: — Eu sou aquele que deveria estar perguntando se você já fez isso? — Não realmente, mas eu já fiz topless no feno antes, e não me senti bem. — Por favor, me diga que você estava fazendo uma festa de topless com suas amigas e você não estava com um cara. Ela ri. — Pense o que você quer. — Ela olha para trás e suspira. — Eu devo descer para ajudar. — Ela olha a camisa na cama. — Você vai parecer tão bom nisso. Eu te dei um tamanho menor, então tudo é apertado e grudado em seus músculos. — Você realmente fez isso? Ela acena com a cabeça. — Mesmo se não estivéssemos juntos até hoje, garanto a mim mesma uma boa visão para passar pelos próximos dias. — E então foram seus planos para me torturar com essa camisa no corredor de novo? — Talvez. — Ela morde o lábio inferior. — Você sabe— eu empurro o cabelo dela por cima do ombro - — Você parece inocente e doce, mas por dentro, você é uma pecadora. — Não conte meu segredo. — Meu telefone toca na mesa de cabeceira, e ela aproveita esse momento para se separar. — Eu te encontro lá embaixo. Eu ando até o meu telefone, mas vejo sua bunda balançar enquanto ela se afasta. Deus, mal posso esperar para ela ficar nua novamente. — Olá? — Eu atendo o telefone, nem mesmo olhando para o identificador de chamadas. — Sr. McCool, é Darcy. — Olho para a hora, notando que são nove da manhã no escritório. Porquê Darcy estaria me chamando? — Hey Darcy, o que está acontecendo? — Sinto muito incomodá-lo, mas algo surgiu com o contrato de Xavier Memphis, e precisamos de você no escritório. Ele está pirando. Porra, Xavier joga beisebol para o New York Bobcats, e nós estamos no meio de descobrir uma extensão em seu contrato. De perfil muito alto, um que não podemos
nos dar ao luxo de confundir bem, não podemos permitir que ele perca o contrato. — O que está acontecendo? — Algo sobre os royalties de jérsei não serem aprovados. Estou recebendo ligações de Xavier e The Bobcats. Ele já esteve no escritório duas vezes esta manhã, exigindo ver você. — Merda. — empurro minha mão pelo meu cabelo. — Ok, deixe-me descobrir o que fazer. Vou te ligar. Diga a eles que você está em contato comigo e voltarei a eles em breve. — OK. Obrigado, senhor McCool. Eu desligo e pego uma camisa preta da minha mala. Parece que eu vou ter que usar a camisa verde-neon para Sutton outro dia.
Roark: Desembarquei e já estou no carro. Obrigado pelo avião. Foster: Precisando está à disposição a qualquer momento. Roark: E sobre o serviço comunitário, eu vou inventar. Eu prometo. Foster: Não tenho dúvidas que você vai. Faça Xavier se endireitar. Nós não queremos que ele chore no abrigo novamente. Roark: Ele nunca vai fazer isso. Me desculpe novamente. Foster: Você é bom. Obrigado por toda a ajuda no acampamento. E ei, tente ficar longe dos cigarros. Roark: Não planejo comprar um pacote. Boa sorte. Eu coloco meu telefone no chão e olho pela janela enquanto o motorista de Foster me leva diretamente ao meu escritório para o controle de danos. A última coisa que eu queria fazer esta manhã era pegar um avião particular e voltar para a cidade, especialmente porque não tive a chance de dizer tchau a Sutton porque ela estava ocupada com a preparação do acampamento. Eu nunca tive uma dor na consciência antes, mas desde que Sutton entrou na minha vida, foi criando
sua cabeça feia, deixando-se ser conhecida, e agora eu sinto todos os tipos de culpa por ter que deixá-la, especialmente quando eu estava para começar a ajudar. Eu penso em mandar uma mensagem para ela. Ela vai saber por Foster que eu não estou lá, mas eu deveria deixá-la me conhecer? Provavelmente. Soa como algo que um cara responsável faria. Eu pego meu telefone do banco e digito um texto, me sentindo estranho ter que dar satisfação a outra pessoa. Roark: Acabei de desembarcar em NY. Estou assumindo que seu pai lhe contou que tive uma emergência que me tirou do acampamento. Me desculpe, moça. Eu pressiono o botão enviar e descanso meu telefone no meu colo enquanto eu olho para a paisagem urbana, imaginando quando isso se tornou minha vida, onde eu seguro cada palavra de uma garota, desesperada para não estragar tudo. Bram e Rath provavelmente cairiam e morreriam se me vissem agora, ou pelo menos pudessem ouvir meu diálogo interno. Eu sempre fui o solteiro convicto, aquele que nunca se espera que se estabeleça, o solteiro maluco nos casamentos de todos os outros. E de jeito nenhum eu estou me estabelecendo, mas um relacionamento, isso é o primeiro. Eu considero mandar mensagens para eles, deixando eles saberem que eu fiquei um pouco meloso, mas eu recebo um texto de Sutton antes que eu possa puxar os nomes dos meus amigos. Espero que sua resposta rápida não signifique que ela está com raiva de mim. Sutton: Nunca mais fale comigo. Uh... Ok, não é a resposta exata que eu estava esperando. Um leve brilho de suor irrompe sobre minha testa enquanto tento pensar em uma resposta. Sutton: Brincadeira. Eu gostaria de ter visto seu rosto quando você leu isso. Aposto que foi puro pânico. Estou certo? Fodendo espertinha. Ela tem estado muito perto de mim.
Roark: Onde está a doce garota que vi pela primeira
vez no Gray's Papaya? Sutton: Ela foi corrompida por um irlandês. Roark: Aparentemente. Cristo, você me deixou suando. Sutton: Eu sei que deveria me sentir mal, mas não senti. Não depois de tudo que você me fez passar quando nos conhecemos. Às vezes, o retorno é atrasado, mas ainda gratificante. Roark: Eu vou lembrar disso. Sutton: Não se atreva a pensar em me torturar. Roark: Não sonharia com isso. Sutton: Mentiroso. Roark: Eu realmente sinto muito que tive que sair. Sutton: Eu sei. Você vai ficar na cidade? Roark: Sim, eu preciso ver essas negociações contratuais. Sutton: Que inconveniente. Quem eu vou beijar agora? Roark: Se você disser Josh, eu vou bater em você. Sutton: Ooh, me espancar, hein? Roark: É oficial, você está corrompida. Sutton: Estou prestes a dar uma corrida pelo seu dinheiro. Roark: Eu com certeza espero que sim.
— Por que você continua olhando para o seu relógio? — Rath pergunta, tomando seu copo de uísque. — E por que diabos você não está bebendo? Depois de horas de negociações com The Bobcats e seu escritório central, conseguimos estabelecer um número de royalties satisfatório para ambas as partes, mas estou mantendo meus olhos neles. Eles são conhecidos por fazer alguma coisa obscura, e eu não iria passar por eles para fazer uma mudança quando os contratos forem redigidos. Eu levei Xavier para jantar para acalmar seus nervos e tentei reforçar que tudo ficaria bem. Ele está limitado, mas depois de um dia agitado como hoje, não me importo de fazer um esforço extra. Depois que nos separamos e ele voltou para casa para comemorar com sua esposa, eu respondi os cinco
textos perdidos de Rath, que estava me chamando para sair hoje à noite. Como eu não tinha mais nada, fui até ele e fomos a um pequeno pub irlandês na Quinta. — Não estou com vontade de tomar uma bebida, — eu respondo, sabendo que a resposta não vai colar com Rath. Ele se senta e me olha nos olhos. — Você não sente vontade de tomar uma bebida? — Ele me dá uma olhada e depois fica sério. — Cara, você está doente? Você tem algum tipo de doença terminal? — Não. — Eu reviro meus olhos. — Eu só não quero beber, ok? Eu olho para o meu relógio de novo, contando os minutos até eu saber que Sutton estará em seu quarto sozinha. — Tem alguma coisa acontecendo. Em todos os anos que te conheço, nunca você recusou uma bebida. Estás tudo bem? Aconteceu alguma coisa com você que eu não sei? — Não. Só não estou bebendo, então largue isso. — Não posso. — Rath balança a cabeça. — Desculpe, mas ... Ele faz uma pausa e seus olhos se iluminam. Oh Cristo Às vezes eu realmente odeio o quão esperto o homem é. Não levou um minuto para descobrir. — Você gosta da filha de Foster Green, não é? Sério, nada passa por esse homem. Eu nem vou tentar negar isso, então, eu me inclino contra a mesa e com minhas mãos juntas. — Sim. — E ela é uma boa menina, certo? — Sim. — Puta merda, — diz Rath em reverência. — Eu não posso acreditar que você encontrou uma garota que pode domar você. — Ela não está me domesticando, — eu digo, já cansado dessa conversa. — Eu só estou tentando fazer diferente, sabe? —Você está domado e se enfraquecendo. — Ele levanta o copo para mim. — Bom para você. Fico feliz em ver que você não está vivendo a vida de viver rápido e morrer duro. Eu gostaria de ter meu amigo por perto por um tempo. — Se ainda não morri, não acho que vou morrer. Rindo, Rath acena com a cabeça. — É assustador como isso é verdade, mas sério, você gosta dela?
— Sim. Estamos... namorando. — Sério? — O humor na voz de Rath se dissipa quando ele pergunta: — Quando isso aconteceu? — Ontem. — rio. — Um pouco novo. — Só um pouco. O que aconteceu? Eu mudo no banco do bar, meus joelhos ficando apertados da posição curvada. — Eu não sei, cara. — Eu esfrego meu queixo. — Eu não consegui tirá-la da minha cabeça. Eu tentei, cara, eu tentei muito, mas a cada tentativa, meu desejo por ela só ficava mais forte. Mesmo que seja assustador e eu nunca fiz isso antes, eu sabia que não havia nenhuma chance no inferno que eu pudesse cair fora. Há algo especial nela que eu não posso identificar que me deixa tão carente quando ela está por perto. Um sorriso conhecedor cruza seu rosto. — Você realmente gosta dela, não é? — Eu gosto. Eu realmente gosto muito dela. — Eu solto um longo suspiro. — Porra, me escute ser um idiota na luxúria. — Só de ouvir você dizer a palavra luxúria me faz querer vomitar. — Ele toma um gole de sua bebida e, em seguida, muda de posição na cadeira. — O que está acontecendo conosco? Primeiro Bram, agora você. O que aconteceu com os solteiros? — Você não está vendo aquela menina Farrah? — Não. — Ele acena pra mim. — Ela foi apenas um bom momento, nada sério. — Não quer falar sobre ela? —Eu mexo minhas sobrancelhas para ele. — Quando digo não falo sobre ela, quero dizer, como um todo, nem sequer mencionar que não falamos sobre ela. Porra, cara. — Merda, você é tão sensível. — Eu bato no seu ombro. — Solte-se. — Quando isso virou sobre mim? Nós estávamos conversando sobre sua vida amorosa e o fato de que você é um futuro namorado de uma mulher que é filha de um de seus clientes. O que você vai fazer sobre isso? — Nada. — dou de ombros enquanto meu telefone vibra. —
Eu vou ver onde isso vai. Não adianta fazer uma grande coisa enquanto estamos descobrindo as coisas. — Parte de mim se sente bem sobre Foster. Ele é o único homem que demonstrou fé em mim como pessoa. Mas vamos ver. Eu pego meu telefone e vejo que é um texto de Sutton. — Parece que eu tenho que ir. — Eu dou tapinhas nas costas de Rath. — Vejo você mais tarde. — Espere, você vai me deixar aqui? — Sim. Eu saio sem um segundo olhar, chamo um táxi, e dou ao cara meu endereço antes de pegar meu telefone para ler o texto dela. Sutton: Estou tão cansada. Roark: Dia difícil no trabalho? Sutton: Ocupada. Nós estávamos tão bem, por que tinha que vir alguém enganar um homem crescido. Roark: Seu pai realmente te contou tudo. Sutton: Ele me mostrou o vídeo de Xavier chorando no banco de reservas. Eu assisti três vezes e não conseguia parar de rir. E o mundo achava que Kim Kardashian tinha uma cara feia ao chorar. Eles não têm ideia. Roark: Nós tentamos lidar como ele sendo ultrassensível, mas não conseguia fazer funcionar. Sutton: Ele chorou igual um bebê e depois deu chilique igual uma criança pirracenta. Roark: Bem consciente. Foi a única falha na minha carreira, incapaz de fazer melhor uso da situação. Pelo menos eu poderia ter conseguido um patrocínio de lenços para ele como seu pai, mas ele não iria glorificar suas emoções. Sutton: É a coisa mais ridícula que eu já vi. Roark: Mudando de assunto, como foi o acampamento? Sutton: Foi ótimo. Você deveria ter ouvido os aplausos quando meu pai os cumprimentou. Adoro ver os olhares nos rostos das crianças, o espanto, a admiração. É tão maravilhoso ver como as crianças olham para ele. Roark: Me desculpe, eu perdi isso. Sutton: Onde você está? Roark: Indo para casa. Saí com Rath. Eu não bebi.
Sutton: Você não tem que se reportar a mim, Roark. Roark: Eu sei, mas eu queria que você soubesse mesmo assim. Eu queria estar presente quando conversarmos hoje à noite. Sutton: Você está planejando me ligar? Roark: Apenas esperando até eu voltar para o meu apartamento. Me dê alguns minutos.
Roark: Face time? Sutton: Eu não tenho fones de ouvido e não quero que meu pai ouça. Disquei o número dela e ela responde no primeiro toque. — Esqueceu seus fones de ouvido? Não parece uma coisa muito parecida com Sutton, — eu provoco quando eu deslizo para a minha cama e sustento uma das minhas mãos sob a minha cabeça. — Pois é, mas, novamente, naquela manhã um cara meio que partiu meu coração, então esqueci. — Ah, tudo bem, me culpando pelo seu esquecimento. Eu vejo como isso vai ser. — E vejo que você não está assumindo responsabilidade. Eu sorrio, amando como ela se sente confortável o suficiente para lutar comigo. — Você sabe que eu me senti um merda naquela manhã. — Eu sei, — ela suspira. — Posso te perguntar uma coisa? — Qualquer coisa. — Se você não tivesse saído naquela manhã, o que acha que teria feito? Olhando para o teto, penso nisso. — Eu não sei. Fugir parece ser a única coisa que sei fazer. Eu não acho que estava pronto naquele momento para começar algo com você. Eu provavelmente teria dito algo realmente ruim e destruído você. Sair foi provavelmente a melhor ideia. — Eu queria que você não tivesse saído. — Sim, eu sei. — Eu suspiro, odiando que eu não posso ser a pessoa
equilibrada que ela merece. — Eu não farei isso de novo, se isso ajudar. — Eu sei que você não vai. O que você estará fazendo no resto da semana, terminando as negociações do contrato? — Sim, talvez comprando lençóis novos. — Lençóis novos? Isso é estranho. — Ela ri. — Por quê? — Eu suponho que você vai querer ficar comigo a noite quando você voltar para a cidade. — Você não precisa comprar lençóis novos para mim, — diz ela. Com um sorriso, eu digo: — Eu não quero suas grandes unhas dos pés rasgando meus lindos lençóis. — O quê? — Ela pergunta. — Eu não tenho unhas dos pés grandes. — Vou colocar uma etiqueta neles. Esses lençóis só são usados quando Sutton vier a minha casa. Eu já registrei o estado que ficou os lençóis do quarto de hóspedes depois que você dormiu aqui. — Eu não estraguei seus lençóis. — Eu vou ter que enviar evidências? — Sim, — diz ela, desafiando-me. Abrindo o navegador no meu celular, eu rapidamente pesquiso lençóis rasgados, salvo uma foto de lençóis brancos esfarrapados, e envio para ela em uma mensagem de texto. — A evidência está a caminho. Ela espera, e eu sei o minuto em que o texto chega porque ela zomba alto. — Esses não são seus lençóis. — Eu sei que é difícil dizer pelo massacre que eles passaram, mas posso garantir que eles costumavam estar na minha cama de hóspedes. — Você está tentando me conquistar? Porque não está funcionando. — Você quer mais? Pfft, — eu digo brincando. — Você é uma viciada. Estou tentando treiná-la. — Treinar-me? — Eu juro por Deus, se ela estivesse aqui eu estaria assistindo seus olhos saírem de suas órbitas. — Não haverá treinamento para mim. Eu sou aquela que treina você. — Por quê? Já sou perfeito. — Você é cheio si mesmo.
Eu rio. — Tem que ser um pouco cheio de si mesmo se você for fazer contratos. — Isso está certo? — Sim. Olhe para todos os grandes atletas que estão por aí, como seu pai. Ele não se senta e deixa todos pensarem que ele é mediano. Mesmo os mais humildes estufam o peito de vez em quando. Você tem que ser assim. Tente estufar seu peito, Sutton. — Se eu estufar meu peito, você acabaria encarando meus peitos. Ela não poderia ser mais precisa. — E há um problema com isso porque? — Porque eu tenho olhos. — Sim, você tem. Bonitos. Ela fica em silêncio por um segundo e depois diz: — Quando seu sotaque fica pesado assim, é muito quente. — Sim, sua boceta está molhada? — Roark! Oh meu Deus, não diga isso. O que há de errado com você? Uma gargalhada completa me escapa. Segurando meu estômago, deixo o riso encher o telefone quando ouço uma pequena risada do outro lado. — Você não gosta que eu fale sobre sua boceta molhada? — Quero dizer... não é assim. — A garota inocente que eu sinto falta tem uma boceta molhada. Por um segundo, achei que ela fugiu e foi substituída por uma megera louca por sexo. — Eu dificilmente me chamaria de uma megera louca por sexo. Maneira de exagerar. — Você não sabe, Sutton, que esse é o jeito dos irlandeses? Se não estamos exagerando, não estamos contando uma história corretamente. — Agora você me faz questionar cada história que você já me contou. — Nunca questione um irlandês e suas histórias; é má sorte. — Eu mudo de posição na cama e coloco o telefone no alto-falante para que eu possa me virar de lado e ainda falar com ela. — É realmente? — Não, isso foi um exagero.
Ela longo
solta um suspiro. — Você é exaustivo. — Apenas espere até que eu te pegue nua. Eu vou te mostrar o quão exaustivo eu sou. — E se não formos compatíveis sexualmente? Cara, que decepção seria isso. — O que você quer dizer? Claro que seremos compatíveis. — Quero dizer, nós podemos não ser. Minha amiga Stacey estava namorando um cara há um ano, e ela jurou que ele era o cara certo. Eles eram o casal mais fofo que já vi. Ele era super quente, tinha toda essa coisa de macho alfa acontecendo: peitoral enorme, bíceps, o mais bonito ... — Vai em frente. Ela ri e limpa a garganta. — Realmente atraente. De qualquer forma, eles resistiram por um mês e meio antes de fazer sexo, mas a tensão entre eles era ridícula. Repetição, tocar, beijar, mas nunca se envolver totalmente no ato. Sempre que eu estava na mesma sala que eles, pensava que o ar ia implodir com o quão tenso estava sendo ao redor deles. Os olhares que eles deram um ao outro... Eu não tenho ideia do por que eles esperaram tanto tempo, mas era uma tortura para todos ao redor deles. E então, finalmente, depois de uma noite de jogo cheia de tensão, eles voltaram para o apartamento de Stacy e transaram como coelhos. Pelo menos, foi o que pensamos que aconteceu. Stacy ligou no dia seguinte, disse que finalmente transou com Harrison e terminou com ele naquela manhã. Quando lhe perguntei por que, ela disse que era tudo o que poderia ter pedido quando se tratava de sexo: pênis gigante, grande atenção ao corpo, marcando-a em todos os pontos certos. A atração estava lá, o ritmo estava lá, o grunhido, o gemido, mas quando chegou a hora, nenhum deles conseguia orgasmo. Era como se estivessem se debatendo por horas, incapazes de encontrar liberação. Eles acabaram saindo antes de irem para a cama. De manhã, eles descobriram que não podiam se misturar sexualmente, então eles terminaram. De que diabos ela está falando? — Então, você está me dizendo, tudo foi ótimo, ambos foram sexualmente atraídos um pelo outro e estavam fazendo as coisas certas, mas não conseguiram gozar?
— Exatamente. Isso não é triste? E se formos nós? — Não será. Eu já sei como fazer você gozar. Lembra? — Mas foi com a sua língua. Seu pênis é totalmente diferente. Stacy disse que Harrison tinha um pênis enorme, então, comparado a você, você poderia ser ainda pior. — Espere. — Eu me sento na cama. — Você está dizendo que não acha que eu tenho um pênis enorme? — Apenas dando-lhe uma pequena margem de manobra para decepção. Eu pisco algumas vezes, mesmo que ela não possa me ver. Não faço ideia do que está acontecendo agora, mas não gosto disso. Ela acha que podemos não ser sexualmente compatíveis, que talvez eu não tenha um pênis grande o suficiente para ela. Quem é essa garota e o que ela fez com Sutton Green? — Eu... — Inferno, eu nem sei como responder e antes que eu possa, ela começa a rir. E se eu não estivesse tão perturbado, poderia rir junto com o som contagiante, mas, em vez disso, espero que ela pare. — Oh, Roark... é assim que você exagera uma história. — Filha da puta. Eu mordo meu lábio inferior, tentando não sorrir. — Tenho que ir. Eu falo com você depois. E ela desliga antes que eu possa dizer tchau. Ela me superou. Porra ela era a melhor, e eu gosto de todo maldito segundo disso. Bem, exceto quando eu pensei que ela duvidava do meu pênis...
Roark: Assim.... sobre a noite passada. Sutton: O que tem? Bom dia, a propósito. Roark: Bom dia, moça. Quando você estava falando sobre ser compatível, você estava brincando, certo? Sutton: Você prefere que eu esteja brincando? Roark: Eu prefiro que você pare de puxar meu pau. Sutton: Ah, então você não quer que eu te dê um trabalho de mão? ** Qual o problema ** Isso pode ser um sinal de não ser sexualmente compatível. Roark: Sutton. Sutton: Sim?
Roark: Eu
estou falando sério. Sutton: Você está com medo? Talvez tente a dramatização quando estiver em casa sozinho. Você pode não estar tão nervoso quando isso acontece pela primeira vez... Roark: Eu não estou nervoso. Sutton: Parece que você está nervoso. Roark: Como você pode dizer? Eu não usei o seu asterisco cobiçado. Sutton: É porque eu posso ler bem seus textos. Tudo bem, papai grande, você pode realizar todos os orgasmos. Roark: Seu encorajamento sarcástico não é apreciado. Sutton: pobre bebê. Venha ao meu peito. * Fique calmo * Roark: Eu quero minha doce e inocente garota de volta. Sutton: Eu acho que ela ficou para trás em Nova York. Roark: Posso te perguntar uma coisa? Sutton: Se é sobre o tamanho do seu pênis... não. Roark: Vou te mandar uma foto do meu pau. Sutton: Me poupe. Nenhuma garota em sã consciência quer um close do pau. Roark: Como você sabe? Você nunca viu o meu, e você pode realmente gostar disso. Sutton: É um pedaço de carne. Eu estou bem. Roark: Você faz meu pênis soar tão sem brilho. Sutton: As mulheres não idolatram os genitais masculinos como os homens. Roark: Claro você não viu um bom pênis antes. Eu vou mudar uma foto para você. Sutton: Não perca tempo.
Sutton: Mais dois dias e posso ver seu rosto. Roark: Estou voando para a China por uma semana para me encontrar com uma marca de roupas. Sutton: O que? Você está falando sério? Roark: Não, só queria sentir sua decepção.
Sutton: Você é um idiota. Eu estou muito chateada. Roark: Bom, apenas significa que você está animada em me ver. Sutton: Você sabe que eu estou. Roark: Eu não sei, não com toda essa falta de conversa de compatibilidade sexual. Sutton: Pare. Você sabe que eu quero ver você. Roark: Eu quero ver você também. Sutton: Quando você diz coisas assim, faz todo o meu corpo aquecer. Roark: Sim? Sutton: Sim. Posso te perguntar uma coisa? Roark: sempre. Sutton: Isso é realmente estúpido, então sinta-se à vontade para me dizer não. Roark: Cuspa, moça. Sutton: Você vai me pegar no aeroporto? Roark: Já planejei isso.
CAPITULO DEZESSETE Querido Tommy, Isso vai ser rápido porque eu tenho três reuniões para resolver antes de ir buscar Sutton no aeroporto. Você ouviu direito, estou indo buscar uma garota no aeroporto. Por pura vontade própria também. Eu sei o que você está pensando, você está tentando impressioná-la com sua atenção. Nem perto, espertinho. Eu realmente quero vê-la, e acho que não posso esperar que ela ande pela cidade sozinha. Eu quero vê-la assim que puder. E o que isso faz de mim? Um homem apaixonado. Eu culpo a falta de álcool no meu sistema... ou aqueles grandes olhos azuis que eu não consigo tirar da minha cabeça. Porra, mal posso esperar para ver minha garota. Roark
***
Que semana longa, mas tão recompensadora. Ontem, eu assisti todas as crianças pessoalmente agradecer ao meu pai pela oportunidade de participar do seu acampamento. Cartas e cartas foram colocadas em sua mão enquanto ele tirava incontáveis fotos com cada criança, fazendo o ano delas. Eu assisti com admiração enquanto ele tirava um tempo na semana passada para aprender o nome de todas as crianças, algo especial sobre elas, assim como seus pontos fortes e fracos dentro e fora do campo. Eu nunca estive
mais orgulhosa nem amei meu pai mais do que amo esta semana. Eu disse a ele que o amo quando ele me deixou no aeroporto. Ele não me deixaria voar para casa em um voo comercial, é claro - pegar um jato particular é sempre estranho, mas pelo menos consigo voar de volta com Whitney. — Você deve estar exausta, — diz Whitney, com uma perna cruzada sobre a outra, vestindo um terno branco, parecendo tão bonito quanto antes. — Eu estou. Foram longas duas semanas, mas valeram a pena. — Você me impressionou, Sutton. Vendo você se importar tanto com cada campista. Você intensificava sempre que precisávamos de um conjunto extra de mãos, mesmo que fosse o trabalho sujo. Alguém na sua posição pode não ter feito a mesma coisa, e isso me mostra que você tem um ótimo caráter, assim como seu pai. — Aprendi com os melhores. Só porque pode haver mais dinheiro na minha conta bancária do que a de outra pessoa, não significa que eu seja melhor do que eles. Papai me ensinou isso. — Ele é um homem inteligente, — diz Whitney com um sorriso suave enquanto olha pela janela. — Temos alguns meses para descobrir os detalhes da temporada final do seu pai, então você está pronta para voltar ao trabalho na segundafeira? — Eu não vou para o escritório amanhã? Ela sacode a cabeça. — Tire folga amanhã, tenha um ótimo final de semana de três dias e, depois, volte revigorada para começar a mexer em todos os detalhes da aposentadoria do seu pai. Sua opinião vai ser vital. — Isso significa muito, obrigada. Ela pisca para mim. — Você mereceu. Olhando pela janela de novo, vejo como ela permanece equilibrada, sempre confiante e justa. É por isso que gosto muito de Whitney. Ela pode esperar muito de mim e exigir que eu trabalhe duro, ela é justa, e eu aprecio isso, especialmente desde que eu sou a filha do chefe. Ela nunca me dá tratamento especial, e eu
não poderia estar mais feliz com isso. O resto do voo nós tivemos conversa fiada, mas eventualmente nós acabamos fechando nossos olhos até que nós pousamos, o avião pequeno que para em uma parada no asfalto ao lado de um hangar. Pego minhas malas e sigo Whitney para fora do avião e desço as escadas, onde vejo Roark de braços cruzados, encostado em um carro preto da cidade. Porcaria. No minuto em que Whitney o vê, ela gagueja por um segundo e depois se vira para mim. Estremecendo, dou-lhe um pequeno sorriso e espero e rezo para que ela entenda. Ela olha de novo para Roark, que abre os braços e enfia as mãos nos bolsos. Ele parece tão bom, e tudo que eu quero fazer é soltar tudo em minhas mãos e correr para ele, mas com a mente de Whitney confusa, eu me contenho. Quando recebemos nossas malas, Whitney me interrompe e pergunta: — Isso é algo com que eu preciso me preocupar? Eu não tenho ideia do que isso significa, então dou de ombros. Ela dá uma olhada outra vez em Roark antes de se virar para mim. — Ele está aqui por você, não é? Eu engulo em seco, sentindo como se tivesse sido pega pelo meu pai. — Ele está. Eu digo a verdade porque eu não consigo me convencer a mentir para a mulher, não quando ela tem sido tão maravilhosa para mim por tantos anos. — Ele está sendo gentil com você? — Sim, — eu respondo, minha garganta se contraindo. — Muito. Ela balança a cabeça e pressiona a mão no meu braço antes de dizer: — Tenha cuidado. Eu gosto de Roark, mas ele tem um lado sombrio, e eu odiaria ver você se machucar. — Eu sei, — eu respondo, minha boca seca. — Mas eu não posso ficar longe. Whitney ri baixinho. — Eu entendo esse sentimento mais do que você imagina. Mastigando o lado da minha bochecha, digo: — Por favor, não diga
nada ao meu pai. Deixe-me dizer a ele quando for a hora certa. Batendo minha mão, Whitney diz: — Eu não sei de nada. — Ela olha para Roark uma última vez. — Cuidado com o sotaque irlandês, é letal. Eu ri. — Nem me fale. Obrigada, Whitney. Eu aprecio sua sensibilidade. — A qualquer momento. — Ela me dá um breve sorriso antes de caminhar na direção oposta para outro veículo que está esperando. Antes de me mover em direção a Roark, dou a Whitney um segundo para entrar em seu carro, para poder ter mais um momento privado com o homem por quem tenho sofrido a tempo. Quando o carro de Whitney desaparece, eu faço o meu caminho para Roark, que não moveu um músculo desde que colocou as mãos nos bolsos. A poucos metros de mim, ele sorri suavemente e estende a mão. Eu pego imediatamente e deixo ele me puxar para seu corpo forte. Seu aperto cai no meu quadril quando eu passo minhas mãos em volta do seu pescoço, minha mala abandonada atrás de mim. — Oi, — eu digo timidamente. — Ei moça. — Com a mão livre, ele acaricia minha bochecha enquanto olha nos meus olhos. — Eu não pensei que Whitney estaria no avião. — Nem eu. Preocupação em seus olhos verdes, ele pergunta: — Tudo bem? Eu concordo. — Ela disse que não diria nada e que eu deveria ter cuidado com o seu sotaque irlandês. Disse que poderia ser letal. — Sim? Ele sorri. — Eu acho que ela é uma mulher inteligente. É letal. — Eu sei. — De pé na ponta dos pés, eu enrosco meus dedos pelo cabelo dele e empurro em sua direção. — Beije-me, — sussurro, tão perto de seus lábios. Sorrindo, ele fecha o resto do espaço entre nós e pressiona um beijo doce nos meus lábios, me derretendo em seus braços. Mesmo que tenha sido apenas uma semana, parece que tem sido uma eternidade desde que eu
o vi, desde que eu fui capaz de provar sua boca na minha, e agora que estamos juntos novamente, eu quero nada mais do que gastar os próximos três dias descansando em seu apartamento - ou no meu - nus e não fazendo nada além de explorar um ao outro. Eu gosto tanto da ideia que quando ele se afasta, eu digo: — O que você está fazendo nos próximos três dias? Ele sorri e passa a mão pelas minhas costas. — Você. Excitada, eu o puxo para o carro antes de pegar minha mala e dizer: — Meu apartamento ou o seu? Ele bate o queixo e diz: — Lata de atum ou suíte de luxo? Hmm... — Meu apartamento não é uma lata de atum. — Eu posso andar de sua cama para o banheiro em quatro passos. — Suas pernas são longas. — Seu apartamento é pequeno, — ele responde. — Nós estamos indo para o meu apartamento, fim da história. Além disso, precisamos testar meus lençóis novos. Eles foram colocados na cama hoje. — Ele me ajuda no carro e pressiona um beijo na minha testa antes de me puxar para o lado dele e me segurar, sem me deixar sair de perto enquanto nós andamos pela cidade até o apartamento dele.... Excitação e antecipação borbulham dentro de mim. — Tem certeza de que não quer parar na sua casa para pegar qualquer uma das suas coisas? — Roark pergunta enquanto nós subimos o elevador para o seu apartamento. — Tudo o que eu preciso está na minha bolsa, além de não planejar usar muitas das minhas roupas. Ele levanta as sobrancelhas. — Você está planejando um final de semana de sexo irado nessa linda cabeça? — Talvez. — Eu mordo meu lábio inferior. — Não é isso que você estava planejando? As portas do elevador se separam e ele leva minha mala para dentro enquanto entramos em seu apartamento. — Você nem quer saber o que eu tenho planejado. Uma vez na sala de estar, ele se vira para mim, me pegando em seus
braços... quando alguém aparece no sofá e assusta a porcaria de nós dois. — Eu estraguei tudo, — ele grita, braços voando para o lado. — Jesus, Bram, — diz Roark, agarrando-me com força. — O que diabos você está fazendo aqui? Um homem de cabelos loiros, de moletom vermelho rasgado e um suéter de cashmere macio, se aproxima, parecendo um pouco louco, apesar de seu rosto incrivelmente bonito e dos penetrantes olhos azul-esverdeados. Ele puxa o cabelo que parece ter passado por uma luta. — Eu estraguei tudo, cara, tudo. Todo o meu trabalho duro foi direto para o ralo. — Ele olha para mim e coloca um sorriso gentil em seu rosto, como se ele não estivesse prestes a pular de um penhasco. — Bram Scott, você deve ser Sutton. Roark me coloca no chão. Pego a mão de Bram na minha e digo: — Prazer em conhecê-lo. Ele aperta minha mão e então se volta para Roark, com pânico em seus olhos. — O que diabos eu faço? Irritado, Roark responde: — Bem, desde que eu não tenho ideia do que merda você está falando, eu não sei. — A proposta, eu estraguei a proposta. Ooo... Se ele está falando sobre uma proposta de casamento - da vista dele, vou adivinhar o que é - isso não pode ser bom. Dando um passo para trás, eu digo: — Você sabe, eu acho que vou dar a vocês algum tempo. O aperto de Roark fica mais firme. — Você não vai a lugar nenhum. Bram pode sair. — Eu preciso da sua ajuda... — implora Bram e eu realmente me sinto muito mal por ele. — Vá ver Rath. Ele é irmão dela, afinal de contas. Que pessoa melhor para o ajudar do que seu irmão? — Eu fiz, mas ele está com uma garota. Roark faz um gesto para mim. — Que porra você acha que eu estou fazendo agora? Dando-me um sorriso suave de reconhecimento, ele diz: — Mas você ainda está completamente vestido, então na minha cabeça, é um jogo justo.
Rindo, eu digo: — Ele tem um bom argumento. Roark dispara um olhar em minha direção. — Não concorde com ele. — Você sabe, eu gosto de você, Sutton, — diz Bram. — Eu acho que ela deveria ficar. Ela pode ter uma boa ideia. — Claro, ela vai ficar, mas você está indo embora. — Roark pega Bram, mas ele sai de seu alcance. Segurando as mãos, ele diz: — Não fique à vontade comigo. — Cristo, Bram, você vai apenas sair? — Não. Eu preciso de ajuda. Tenso e irritado, Roark diz: — Aqui está uma ajuda, diga a ela que você é uma idiota e entregue-lhe o anel. Resolvido. — Ele aponta para o elevador. — Agora sai daqui. Pobre Bram. Descansando a mão no braço de Roark, eu gentilmente digo: — Por que não pedimos comida, nos sentamos com Bram, o ajudamos, e então podemos ter uma boa noite? — Sim, é um ótimo plano. — Bram caminha em direção à cozinha, tirando o celular do bolso. — E porque eu sou um cara legal, o jantar é comigo. — Você está certa... — Roark diz, exasperado, antes de levar minha mala para o seu quarto. Ele não está feliz. Estranhamente, isso me faz rir. Eu gosto de Roark com raiva, porque isso só traz coisas boas para mim.
— Bem, você vai continuar enchendo seu estômago ou você vai nos dizer por que diabos você está no meu apartamento? — Roark pergunta, sentando-se no sofá, com o braço atrás de mim. Comendo o macarrão tailandês, Bram coloca a tigela e enxuga um guardanapo no rosto. — Parece que meu boas vindas expirou. — Suas boas vindas expiraram no minuto que cheguei em casa, então continue com isso. Com as sobrancelhas juntas, ele diz: — Sabe, estou precisando
muito de um melhor amigo agora, seria bom se você não fosse um idiota por um segundo. Eu descanso minha mão na coxa de Roark e tento acalmar a raiva que está crescendo dentro dele. Seu olhar se encaixa na minha mão e percebo que talvez o meu posicionamento não tenha sido o melhor, talvez um pouco alto demais. Eu retiro a minha mão, e antes que ele possa gritar com Bram novamente, eu me inclino e sussurro no ouvido de Roark. — Eu sei que você não quer nada mais do que estar sozinho comigo agora, mas se você mostrar um pouco de compaixão ao seu melhor amigo, eu vou tirar essa pequena camisa para você hoje à noite. Sobrancelhas levantadas, um sorriso no rosto, ele diz: — Isso é uma promessa? — Eu aceno e gosto do homem desesperado que ele é, ele chama sua atenção para Bram. — Tudo bem, fale. Bram me olha, um olhar grato no rosto dele. — Tudo o que você sussurrou para ele, eu aprecio isso. Eu sorrio e pego as mãos de Roark, descansando minha cabeça em seu ombro, desfrutando do conforto de estar perto dele. Eu queria cair na cama no minuto em que chegamos aqui? Sim. Mas ver um dos melhores amigos de Roark também é bom. Vê-lo se relacionar com um amigo, não um cliente, e não alguém que ele está tentando dormir, me dá mais informações sobre quem ele é como homem. Bram confia nele. — Eu tinha tudo planejado, jantar, vinho, seu cheesecake favorito de uma padaria no centro da cidade. Tudo foi feito perfeitamente. Ela chegou em casa do trabalho, eu estava vestido como um maldito modelo GQ28, um avental em volta da minha cintura. Que mulher não quer voltar para casa pra isso? — Parece uma boa imagem para casa, —eu digo, tentando aliviar a preocupação em todo o rosto de Bram.
28
GQ (Gentlemen’s Quarterly) - Revista americana mensal sobre moda, estilo de cultura para homens, através de artigos sobre alimentação, cinema, fitness, sexo, música, viagens, tecnologias e livros.
— Foi e tudo estava indo muito bem. O anel estava no meu bolso, estávamos jantando, falando sobre nossos dias e quando chegava a hora... Eu engasguei. — Você estava com medo? Ele sacode a cabeça. — Não, eu fisicamente engasguei com uma couve de Bruxelas29. — Oh Deus, você está bem? — Eu pergunto. Ele balança a cabeça, a mão esfregando a testa. — Quero dizer, obviamente, eu ainda estou vivo, mas no meio de Julia me dando o Heimlich30 e surtando, eu, ele faz uma pausa, torcendo as mãos juntas — Eu fiz xixi na calça. — O quê? — Roark levanta do sofá e cai no riso, claramente não preocupado em fazer seu amigo se sentir melhor. — Você está chateado? — O rosto de Bram não se move quando Roark bate o joelho e continua a rir. Eu tento segurá-lo, mas o riso de Roark é muito contagiante. Eu cubro minha boca, não querendo ser rude. — Ela espremeu o mijo para fora de você. Ok, eu bufo. Sentado ali, com os lábios franzidos, Bram espera até que Roark se acalme, enxugando as lágrimas debaixo dos olhos. — Oh merda, isso é ótimo. Você ficou nervoso durante a sua proposta. Você realmente estragou tudo. — Essa não foi a parte ruim. — Espera? Há mais? — Agora, verdadeiramente entretido na história, Roark se senta com a mão na minha coxa. Pobre Bram. — O que aconteceu depois? — Depois que ela desalojou a couve de Bruxelas obrigado pela preocupação a propósito - fiquei parado ali, incapaz de me mexer porque tinha feito xixi na calça. Ela perguntou se eu estava bem e, em vez de respondê-la, fui para o nosso quarto. — Oh isso é ótimo. Você sabe o que? Estou feliz que você tenha ficado, esta é uma das melhores histórias que já ouvi. 29
Couve de Bruxelas é uma verdura que lembra pequenos repolhos e por isso, também é chamada de repolhinho. É do mesmo gênero da couve. 30 Manobra de Heimlich é o melhor método pré-hospitalar de desobstrução das vias aeras superiores por corpo estranho.
— O que eu disse sobre não ser um idiota? Outra limpeza sob seus olhos. — Desculpa. Continue... por favor continue. Exalando, narinas dilatadas, Bram diz: — Eu fui ao armário para trocar de roupa, por razões óbvias. Não era muito xixi, mas apenas o suficiente para justificar uma nova cueca e, portanto, jeans também, só por segurança. Quando eu estava de bunda, curvada, saco de nozes em exibição, procurando calça jeans, Julia se aproximou e pegou minhas calças, perguntando se estava tudo bem. — Oh não, ela sentiu o anel? Ele lentamente balança a cabeça. — Sim. Lá estava eu, pau mole e dor de garganta, vendo minha namorada fazer malabarismos com minhas calças mijadas e o anel que eu comprei para ela. — Roark solta outro riso, mas Bram continua apenas olhando para mim. — Quando ela perguntou o que era, eu surtei, peguei a calça mais próxima que eu tinha e fugi para a casa de Rath. — Em desespero, Bram esfrega suas coxas para cima e para baixo. — Eu não sei o que fazer. Eu não sei por que eu corri, talvez porque eu estava tão nervoso que ela ia dizer não depois que ela espremeu meu xixi, eu não tenho ideia, mas agora vai ser estranho. Ela sabe que eu ia propor, então eu ajo como se eu não estivesse indo fazer o pedido ou sugasse meu orgulho e perguntasse se ela quer se casar com o cara que engasga e faz xixi nas calças? Ainda rindo, Roark diz: — Essa é uma ótima pergunta. Quero dizer, se eu fosse você, estaria em um bar agora, tentando esquecer a noite inteira. E então, quando eu voltasse para casa e ela perguntasse sobre isso, eu desmaiava em seus seios e diria boa noite. — Roark. — Eu bato no braço dele. — Isso é um conselho terrível. Ele encolhe os ombros como se ele não se importasse. Eu me volto para Bram. — Não dê ouvidos a ele. O álcool não resolve problemas. — É claro que os esconde, — Roark interrompe e se inclina para trás no sofá, me puxando com ele, mas eu dou de ombros. — Primeiro de tudo, se eu fosse Julia agora, estaria preocupada e gostaria de
saber se você está bem. Você está com seu telefone? Bram balança a cabeça. — Eu estava com tanta pressa, não me incomodei em pegá-lo. Ela provavelmente já tentou ligar algumas vezes até agora. — Claro, porque ela ama você e está preocupada. Sua melhor aposta é ir para casa, mostrar a ela que você está bem e então guardar seu orgulho. Diga a ela que você tinha esses grandes planos para tornar o momento perfeito, mas às vezes ser perfeito não é o que a vida é. — Aproximando-me um pouco mais, eu continuo, — Eu a tocava docemente e depois me ajoelhava, e diria a ela o quanto ela significa para você, o quanto você é grato por ela estar em sua vida, por momentos que salvam vidas também - é sempre bom adicionar um pouco de humor - e depois perguntar se ela passará o resto de sua vida com você. Não tenho dúvidas de que ela dirá sim. — Mesmo depois de tudo que aconteceu hoje à noite? Você não acha que ela está correndo para as colinas tentando ficar o mais longe possível de mim? Eu balancei minha cabeça, tentando colocar Bram à vontade. — Acho que não. Eu acho que ela vai ser grata por você estar bem e excitada que o homem que ela ama está propondo. Os olhos de Bram começam a se iluminar, seu peito começa a estufar, enquanto seus ombros se endireitam. — Eu acho que você está certa. Tudo bem — ele levanta e bate as mãos bem alto — Eu vou fazer isso. Eu vou pedir a minha namorada em casamento. — Bram estende a mão para um high five31 que eu dou um rápido estalo. — Você é um salvavidas, Sutton. Muito obrigado. — Não precisa agradecer. — Eu também me levanto. — Eu vou sair com você. Deixe-me pegar minha mala. — Espere, o que? — Roark diz, em pé também. Eu rapidamente recupero minha mala, as rodas ecoando pelo corredor. — Onde você vai?
31
Toque de cumprimento com as mãos
Eu deslizo no meu casaco e coloco minha bolsa por cima do meu ombro. — Eu estou indo para casa. Acho que é melhor chamá-lo de noite. — Uh... O que aconteceu com a sua promessa? — Roark pergunta enquanto Bram assiste com humor. — Você perdeu esse privilégio quando deu ao seu amigo conselhos ruins. Não teria te machucado tentar. — Sim, não teria te machucado tentar, — acrescenta Bram com um aceno de cabeça confiante. Roark aponta o dedo para Bram. — Você fica fora disso. Esgueirando-se para longe, Bram se dirige para o elevador e pressiona o botão para baixo. Eu sigo trás. As portas se abrem e eu entro atrás de Bram. Roark bloqueia a porta e me olha nos olhos. — Você realmente está indo agora? — Sim. Eu estou. — Eu empurro seu peito para fora da porta do elevador e deixo as portas se fecharem em um Roark muito fumegante. Quando o elevador começa a descer, Bram diz: — Isso não vai ser bom. — Não vai, — eu respondo, um sorriso puxando meus lábios. — Por que você fez isso? — Ele é mais sexy quando está com raiva. Bram ri. — Você é malvada, mulher, mas eu gosto de você. — Obrigada. Ele estará no meu apartamento dentro de uma hora. Bram se inclina contra a parede do elevador, me estudando. — Oh, ele vai e você vai ter um inferno de um tempo explicando pra você. — Nenhuma explicação necessária para o que eu planejei. Bram levanta uma sobrancelha. — Você vai cumprir essa promessa que você fez a ele? — Nunca foi minha intenção quebrá-la. Eu dou-lhe um grande sorriso que o faz rugir de tanto rir. — Merda, Roark está perdido com você.
Roark: Que porra foi essa?
Sutton: Você está gritando comigo através do texto? Roark: Sim. Porque você saiu? Sutton: Eu não respondo bem a gritos. Uma vez que você o reduza, falarei com você. Roark: Sutton, eu juro por Cristo. Sutton: Isso não está diminuindo. Roark: * Respira fundo * Que porra foi essa? * Disse enquanto segurava uma borboleta * Sutton: Eu bufei. Roark: Onde você está? Sutton: Eu te disse, fui para casa. Roark: Por quê? Sutton: Me senti como se precisasse de um segundo. Roark: Bem, você teve seu segundo, agora abra sua porta. Sutton: Você está do lado de fora? Roark: Sim, então abra sua maldita porta agora mesmo. Engolindo em seco, mas cheia de excitação, eu ajusto meu top, afofo meu cabelo e me preparo para quando abrir a porta para encontrar Roark, a mão na parede, olhando para o seu telefone, seu cabelo uma bagunça. Ele está fumegando. Eu acho que acordei uma fera. E eu não sinto muito por isso.
CAPITULO DEZOITO Querido Ralph, Bram se mijou enquanto propunha Julia em casamento. Puta merda, essa é a melhor coisa que eu ouvi o ano todo. Bem, isso não é inteiramente verdade, a melhor coisa que ouvi durante todo o ano foram os gemidos de Sutton enquanto eu a toquei com a minha língua. Ainda assim, pobre bastardo. Eu me sinto um pouco mal por ele. Ele ama tanto a Julia, e sei que tudo o que ele quer fazer é casar com a garota. É por isso que depois que ele saiu eu lhe enviei alguns textos encorajadores. Por que eu não disse essas coisas na frente de Sutton? Porque eu estava chateado e irritado. Eu ainda estou chateado e irritado, mas agora por uma razão completamente diferente. Sutton saiu. Ela saiu como se não fosse nenhum problema, e a única razão pela qual eu não estou em pânico e tendo um completo colapso mental sobre isso é por causa do menor dos sorrisos que eu vi tocando em seus lábios quando as portas do elevador se fecharam. Ela está brincando de gato e rato, sua ideia de preliminares. Minha ideia de tortura. Mas se é sexo raivoso que ela quer, ela está prestes a conseguir. Me deseje sorte, Ralph. Esta vai ser uma noite que me lembrarei por muito tempo. Roark
Foda-se.
Eu espero que Sutton abra a porta do apartamento dela. Maldita mulher - por sair do meu apartamento, ao lado do meu amigo. Isso me colocou em um ataque de raiva, mas também me fez sorrir. Sutton Grace, minha Sutton Grace, não só se deu bem com Bram, mas mostrou compaixão e gentileza em seu tempo de necessidade. Eu nunca duvidei que ele gostasse dela - porque ela é incrível - mas Bram é um dos únicos caras que eu realmente me apoiei, e ela mergulhou e o colocou sob sua asa, ajudando-o com o problema dele. Isso me fez quere-la ainda mais, e então ela fugiu. Eu não estou feliz. A porta do seu apartamento é destrancada e eu pressiono a mão contra a porta, tentando conter a minha raiva. A porta se abre e eu não vejo nada, apenas o interior do apartamento dela. Quando vou dizer alguma coisa, ela abre mais a porta, mas fica atrás da madeira, fora de vista. Eu entro e ela fecha a porta rapidamente. É quando eu a vejo. Em pé na minha frente, em nada além de uma tanga preta e aquela camisa branca cortada... molhada, então cada centímetro do tecido é estampado em seus seios fantásticos. Sem palavras, eu olho enquanto ela se aproxima de mim e coloca a mão no meu peito. Imediatamente eu seguro sua bunda e a trago para perto, minha blusa molhando também. Suas mãos subiram pelo meu pescoço até o meu cabelo quando ela diz: — Por que você demorou tanto para chegar aqui? Eu fiquei esperando. Eu aperto sua bunda, amando o quanto tenho para apertar. — Por que você está jogando jogos, Sutton? — Está tudo bem para você jogar, mas não eu? — Quando eu joguei jogos? —Eu pergunto, baixando a boca para o pescoço, onde começo a mordiscar a coluna. — Quando nos conhecemos, com o meu celular. — Isso não conta. Nós não estávamos juntos então. — Você ainda me torturou. —Ela move as mãos pelas minhas costas para o meu jeans, onde ela desliza as mãos sob a minha camisa e começa a puxá-la para cima e sobre a minha cabeça. Eu a ajudo
e jogo a camisa no chão, trazendo meus lábios de volta ao seu pescoço. — Ainda é diferente. Agora que estamos namorando, não brigamos um com o outro. — Você está me ensinando? — Ela pergunta, seus mamilos esfregando em meu peito com suas respirações pesadas. Amando seu cheiro, eu corro meu nariz ao longo de sua orelha, até sua clavícula enquanto minhas mãos viajam pelas suas costas. Ela cheira tão bem, e sua pele macia é diferente de tudo que eu senti. É como se nunca tivesse sido tocado antes. Eu posso me ver me perdendo em seu corpo com muita facilidade. — Sim, eu estou. — Eu levanto e olho nos olhos dela. — Não foda com a minha cabeça, Sutton. Já é uma bagunça como está. Seus olhos suavizam quando ela alcança e pressiona os dedos ao longo da minha nuca. — Eu queria te pegar aqui e te surpreender. Ela me empurra para trás até que eu me sento em sua cama. Eu rapidamente tiro meus sapatos antes que ela se sente no meu colo. Eu a circulo com meus braços, minhas mãos pousando em seu traseiro, onde eu as deslizo sob sua calcinha. Ela descansa os braços sobre os meus ombros, inclina a cabeça para o lado para que seus longos cabelos loiros caiam com ela, e ela começa a mover seus quadris. Eu gemo e não perco tempo fazendo seus lábios meus. Suaves e dispostos, seus lábios combinam com meus beijos carentes, nossas línguas se chocando no meio. As mãos dela penetram no meu cabelo e minhas mãos começam a deslizar sua calcinha pelas pernas. Ela levanta e eu ajudo a guiar o tecido para fora de seu corpo com a ajuda de cada perna. Eu jogo junto a minha camisa e rapidamente alcanço entre suas pernas, onde eu pressiono um dedo em sua umidade. Ela geme em minha boca enquanto meu dedo encontra seu clitóris, e eu começo a esfregar enquanto seus quadris trabalham muito lentamente para frente e para trás sobre o meu dedo. É tão gostoso que meu pau pula contra o zíper do meu jeans.
Eu endireito o meu dedo e a deixo andar, seus beijos se intensificando, seu aperto ficando mais forte. Tão molhada, ela desliza para cima e para baixo quando eu adiciono outro dedo e deslizo dentro dela. — Sim... — ela geme, agora se movendo para cima e para baixo. Sua cabeça cai para trás e eu aproveito o pescoço exposto e a camisa transparente. Do pescoço até o peito até os mamilos. Eu arrasto um na minha boca e aperto seu outro seio com a minha mão que escorregou debaixo de sua camisa. Ela continua a andar pelos meus dedos, seu canal apertado se fechando ao meu redor, e tudo que consigo imaginar é o meu pau recebendo o mesmo tratamento. Desesperado para descobrir como é estar dentro dela, eu a coloco na cama para que suas costas atinjam o colchão e puxo um pacote de preservativos do bolso de trás. Eu jogo na cama e pego sua blusa, passando-a por cima da cabeça, expondo-a completamente. Nem um pouco tímida, ela está, nua e linda enquanto olha para mim. Ela abre as pernas e eu assisto em câmera lenta enquanto sua mão percorre seu estômago até sua protuberância, e ela começa a massageá-la com dois dedos. Seus quadris giram e seus mamilos se franzem enquanto ela morde o lábio inferior. Sagrada Foda. Ela acena para a minha calça e diz: — Tire-as, Roark. Olhos nos dela, eu me abaixei e desfiz minhas calças, arrastando-as pelos meus quadris junto com minha cueca. Eu os chuto para o lado junto com minhas meias e fico em pé enquanto meu pau se projeta para ela. Nem mesmo tentando ser tímida, seu olhar cai imediatamente para o meu pau e sua boca se abre. Melhor reação de todas. Ela olha para mim e suas bochechas coram - a coisa mais gostosa que eu já vi. Lá está ela, a garota que eu conheci, pureza transbordando de seus olhos. Eu agarro meu pau e pego nele, olhando para ela enquanto ela continua a se esfregar, as pernas se abrindo ainda mais. — Você é tão bonita, Sutton. — pego uma camisinha da caixa na cama, rasgo-a e enrolo-a sobre a minha ereção mais do que pronta antes
de me inclinar para frente e pairar sobre ela. — Você tem certeza que quer isso, que você me quer? — Mais do que tudo, Roark. Eu acaricio sua bochecha, e o momento se acalma, tornando-se mais íntimo. — Eu nunca me senti assim sobre outra pessoa. É diferente e é aterrorizante. — Se isso ajuda, estou sentindo a mesma coisa. — Seus polegares passam sobre o meu lábio. — Eu desenvolvi sentimentos por você, e eu tenho medo que eles evoluam mais fundo do que eu esperava. — Seus olhos se tornam vítreos com a umidade. — Eu gosto muito de você, Roark. Porra. Eu pressiono um beijo contra cada um dos seus olhos e, em seguida, seu nariz, tentando acalmar a preocupação gravando sua testa. Eu esfrego meu nariz sobre o dela e sorrio. — Eu também gosto muito de você. — Eu abaixo meus quadris, meu pau pressionando contra sua entrada. — Eu não sei de onde você veio, mas eu não quero deixar você ir. E essa é a verdadeira verdade de Deus. Eu não posso imaginar minha vida sem essa mulher. Ela se abaixa e envolve sua pequena mão em volta do meu comprimento antes de me guiar para dentro. Sua boca se abre, ela inala e, em seguida, move seus quadris até que eu esteja totalmente dentro dela. Porra, ela parece tão bem. Meus músculos se apertam. Tão bom. — Porra, Sutton, você é minha agora. Você entende isso? Ela balança a cabeça e traz minha boca para a dela. Antes de me beijar, ela diz: — A posse é mútua. Você é meu. Eu paro, meus quadris se acalmam quando eu conecto meus olhos com os dela. — Eu... porra, — expiro, meu coração inchando no meu peito escuro e vazio. — Você não sabe o que isso faz comigo, ouvir você dizer isso. — É verdade. Ela desloca seus quadris, e eu trinco meus dentes juntos. —Eu preciso me mover. — O que você está esperando? Essa garota está me matando. Eu coloco meus lábios nos dela e a
molho com beijos de boca aberta enquanto lentamente começo a mover meus quadris dentro e fora dela. Eu deslizo uma das minhas mãos em seu cabelo e aperto seu peito com a outra, levemente amassando seu mamilo. Seu peito sobe, seus gemidos me enchem, e sua boceta doce ilumina cada nervo do meu corpo. Tão bom. Tão apertado. Tão perfeito. — Deus... — eu gemo, liberando sua boca por um segundo, precisando recuperar o fôlego. Eu empurro nela com mais força, pegando meu ritmo. — Sim... — ela canta, o pescoço esticando, os dedos cavando nas minhas costas. — Oh Roark, oh meu Deus, Roark. A maneira como ela diz meu nome, o sussurro ofegante que ela usa, pulsa em minhas veias como oxigênio, enviando meu corpo em um frenesi. Eu conecto nossas testas, minhas mãos se apoiando em ambos os lados de sua cabeça, meu peito forçando acima dela. Porra, meu orgasmo começa a crescer nas pontas dos pés e sobe pelas minhas pernas, centímetro por centímetro glorioso. — Foda-se, — respiro pesadamente quando minhas bolas começam a apertar. Aperto de Sutton fica mais forte, sua boceta aperta em torno de mim e sua cabeça inclina para trás enquanto ela grita em êxtase. — Roark, sim. Oh meu Deus. Eu bombeio com mais força, mais rápido, usando seu orgasmo para acertar o meu enquanto ela pulsa em volta do meu pau. Como um fogo batendo na grama seca, o calor em meu corpo se inflama em um flash, meu estômago cai, e o prazer entra em erupção dentro de mim enquanto eu ainda estou e entro em Sutton. — Cristo, — eu murmuro, lentamente trabalhando meus quadris para dentro e para fora até que nós dois abrimos os olhos e olhemos para as almas um do outro. E então eu sinto algo que nunca senti antes. Uma compreensão passando entre nós. Isso é real.
Isso é mais do que eu esperava. Do que ela esperava. Isso poderia ser facilmente para sempre.
No minúsculo apartamento de Sutton, descanso minha cabeça em seu travesseiro fofo. Ela está enrolada ao meu lado e eu acaricio seus cabelos, me sentindo consumido por uma vasta gama de emoções. O primeiro sentimento é.... eu quero protegê-la. Eu nunca quero que nada de ruim aconteça com ela, e dado que ela mora aqui no Brooklyn, me assusta saber que eu não posso estar aqui o tempo todo. Eu prometo a mim mesmo contratar motorista para ela. Nos dias em que não posso estar com ela, quero saber que ela está segura. Pode ser ridículo, mas dada a forma como nos conhecemos, acho que vale a pena. Em segundo lugar, quero falar com ela. Inferno, eu quero falar com ela sobre tudo, e eu não sou um falador, apesar da minha herança irlandesa. Eu prefiro beber uma cerveja Guinness do que sentar e conversar. Mas eu tenho essa necessidade crescendo dentro de mim enquanto estamos aqui, seus sons suaves de sono enchendo a noite, para acordá-la e falar sobre a minha infância, dizer a ela meu prato irlandês favorito - mesmo que seja idiota - contar tudo sobre a pequena cidade onde eu cresci. Eu quero que ela saiba cada pedacinho sobre mim, e isso nunca aconteceu antes. Então, há uma paixão correndo por mim. Se nós não tivéssemos transado 2 vezes, estaria acordando-a agora para tê-la novamente. Relacionamentos e emoções nunca foram meu forte, mas com Sutton, eu quero tudo. Eu quero emoções envolvidas quando estamos fazendo sexo. Eu quero que ela me diga que ela gosta de mim... muito, quando estou dentro dela. Eu quero que ela estremeça quando meus lábios a acariciam, dizendo como ela me faz sentir. O sexo é diferente com Sutton da melhor maneira possível, e eu quero mais disso... eu quero tudo isso. E aquele aroma de lavanda esquecido por Deus. Está ao seu redor o tempo todo, e isso está me deixando louco. Agora, quando sinto o cheiro, mesmo quando ela não
está
por perto, fico duro. Está ficando fora de controle e, no entanto, deitada aqui com ela, eu respiro fundo, tentando sentir o máximo de seu cheiro dentro de mim. Quem sou eu agora? Eu não sou esse cara. Mas mesmo que eu não seja, não há como voltar atrás, não quando de alguma forma tive sorte e consegui segurar Sutton como minha garota. Ela é diferente, ela é desafiadora, ela é doce, e ela também é picante quando quer ser. Ela me faz querer ser melhor, ela prova para mim que eu posso ser melhor, e ela acredita em mim. Ela acredita em mim. E eu não tinha ideia do quanto eu precisava disso. Eu pressiono um beijo suave no topo de sua cabeça e a aperto mais forte. Agora que estou comprometido, dando uma chance a essa coisa de relacionamento, não há nenhuma maneira de eu acabar com isso, e se eu fizer isso, estarei pronto para rastejar. — Coloque sua roupa, — Sutton diz, em pé ao lado do banheiro, uma mão no quadril enquanto a outra escova o cabelo molhado. — Por quê? — Porque nós estamos saindo. Já passou do meio dia e não comemos nada. Eu sorrio maliciosamente para ela. — Eu não sei sobre você, mas eu estou bem cheio de comer sua boceta duas vezes só hoje. Seu rosto cai enquanto suas bochechas coram em um tom furioso de vermelho. — Você não pode dizer isso assim? Você torna isso tão vulgar. — Eu faço soar tão quente. — Eu acaricio o lado da cama e esfrego o edredom. — Agora volte aqui, estou com fome novamente. Ela revira os olhos e desaparece no banheiro. — Precisamos de comida real ou vou começar a ficar enjoada.
— Eu disse a você que podemos fazer o pedido. — Precisamos de ar fresco, — ela responde, saindo do banheiro com o roupão atoalhado que eu estava morrendo de vontade de tirar. — Minha forma de ar fresco não é mais permitida, então estou bem aqui. — Roark, — ela bufa. — Por favor, vamos sair para almoçar - vem comigo - e então podemos voltar aqui e você pode fazer o que quiser comigo. Eu zombei. — Você não pagará nada, não quando estou por perto. — Não seja esse cara. — Que cara? Eu pergunto, testa franzida, ainda esfregando a cama, tentando seduzi-la. — O cara alfa que exige que ele pague por tudo. Eu trabalho, e posso pagar as coisas também. — Quanto você ganha? Mão no quadril, ela pergunta: — Por que isso importa? — Porque, eu provavelmente ganho seu salário em um dia, é por isso. — Isso não é verdade. Alguns dias eu provavelmente ganho seu salário anual em uma hora, mas não estou dizendo isso a ela. Eu bato na cama novamente. — Agora venha sentar-se; vou ligar para comida. — Isto foi horrível. — O olhar brincalhão em seus olhos desaparece, e eu interiormente gemo, sabendo que minhas chances de a levar de volta para a cama simplesmente despencaram. Eu arremesso as cobertas para trás e pego meus jeans. — É a verdade. Acima de qualquer coisa, eu sempre vou te dizer a verdade. — Só porque é a verdade não significa que não seja rude. Eu soco minhas pernas através da minha calça jeans e fico em pé, enfiando meu pau semi-duro pelo zíper. Seus olhos me observam o tempo todo, olhando para o meu pau, seu peito subindo e descendo um pouco mais rápido. Ok, talvez minhas chances não tenham evaporado completamente. — Nunca disse que não era rude, apenas disse que é a verdade. Eu ando em direção ao banheiro e quando passo por ela, eu puxo seu robe, solto as tiras para que os
lados caiam, então continuo até o banheiro onde eu Olho no espelho e ajusto meu cabelo. Eu olho para o lado e confiro sua barriga parcialmente exposta e decote. — Você está sendo um idiota, — ela aponta, não consertando o manto. Eu ajustei meu cabelo mais alguns segundos antes de sair do banheiro, então eu levanto seu queixo para cima e sussurro: - Sinto muito por ser um idiota... mas é verdade. Ela golpeia meu peito fazendo-me rir. — Você é irritante. — Sim, eu sei, moça. Agora você vai se vestir ou você está indo assim? Eu preciso saber, então eu sei como vou abordar todos os caras na rua. Lábios apertados, olhos estreitados, ela me encara e deixa cair o roupão no chão, expondo seu belo corpo. Eu balancei minha cabeça para ela. — Não é uma jogada inteligente, moça. Ela cruza os braços na frente do peito. — Se você tentar agir como um bárbaro e me jogar na cama, vai ficar em apuros. Eu dou um passo em direção a ela e ela levanta a mão. — Roark, estou falando sério. Nem pense nisso. Outro passo. — Roark. Eu fecho os últimos centímetros e a coloco no meu ombro. — Roark, — ela grita e, em seguida, ri quando eu pressiono um beijo na bunda dela e levo-a para a cama. Eu a jogo no colchão e vejo como o cabelo dela se espalha e as mamas dela saltam com a queda dela. Perfeita. Eu tiro minha calça jeans em segundos e, em seguida, pairo acima dela, mas antes que eu possa fazer qualquer coisa, ela me empurra e eu bato no colchão, então minha cabeça está na cabeceira da cama. Merda, eu não previ essa reação, mas eu gostei. — Boa jogada, moça. Ela não responde, em vez disso, ela senta na minha barriga, as mãos no meu peito. — Você realmente acha que estamos prestes a fazer sexo agora?
— Meu pau acha. — Ela põe a mão para traz, encontra meu pau já ereto e revira os olhos. — Você tem trinta e dois anos, você não deveria ser menos... sexualmente potente? — Você está me chamando de velho? Ela encolhe os ombros com um sorriso. — Você não é um frango de primavera. De olhos arregalados, eu respondo: — Eu não sou um velhote com uma bengala. Seu sorriso cresce. — Pode ser também desde que você está em seus trinta anos. — Você está procurando por mim para bater em você? É isso que você está pedindo? Eu posso organizar isso. — Isso é uma coisa de homem mais velho, gosta de punir a garota com quem ele está? Eu sou tão jovem, eu não tenho ideia, — ela diz em uma voz inocente, mas desagradavelmente sarcástica. Eu corro minha língua sobre os meus dentes, contemplando o que devo fazer. Eu deveria puni-la, mas antes que eu possa fazer um movimento, ela gira e olha de volta para mim e de uma só vez, se inclina para frente, tomando meu pau em suas mãos. — Ah, porra. — respiro lentamente, minhas mãos instintivamente indo para sua bunda. — Sutton... Ela aperta a base do meu pau com força e abaixa a boca para o meu pau, onde ela lambe levemente a ponta. Um silvo escapa dos meus lábios, então ela faz isso de novo, mas desta vez ela gira sua língua ao redor da cabeça e bombeia meu comprimento. Puta merda, isso parece incrível. Eu descanso minha cabeça contra o travesseiro e tento relaxar meu corpo no colchão enquanto ela trabalha sua língua em volta do meu pau. Com cada redemoinho, cada passo de sua língua, eu me sinto afundando mais e mais em êxtase. Ela não precisa se esforçar para me deixar contorcer em êxtase. Eu abro meus olhos e é quando eu vejo isso, sua bunda no ar, sua boceta tão molhada que eu sinto um raio de prazer subir em meu pau. Ela está feliz de me levar em sua boca.
preciso
fazer
Eu algo
sobre isso. Mãos na bunda dela, eu a puxo para o meu rosto e passo minha língua em sua boceta. Sua boca se acalma e depois um longo gemido passa por seus lábios enquanto dou outro golpe. Levando alguns segundos, ela se reúne enquanto eu continuo a trabalhar o pequeno feixe de nervos. Apertando sua boceta novamente, ela começa a mover a boca para cima e para baixo do meu comprimento, sua língua girando, seus gemidos vibrando meu pau da melhor maneira possível, então eu retribuo o favor. Eu cantarolo contra seu clitóris e ela empurra seus quadris para trás, seus gemidos guturais como um raio de luz em minhas veias. Meu corpo inteiro explode em suor, minhas bolas começam a apertar, e meus dedos começam a enrolar quando meu orgasmo iminente descansa na base do meu pau. Porra. Eu não posso gozar sem ela. Segurando o melhor que eu posso, todo o meu corpo vibrando com uma liberação iminente, eu trabalho minha língua sobre seu clitóris, passando, sacudindo, pressionando com força e depois me afastando levemente. Em segundos, seus quadris estão girando contra a minha boca e ela grita, seus sons são abafados quando ela bombeia meu pau para cima e para baixo com a mão. Meu foco se estreita, os sons da rua lá fora se afogam quando o prazer percorre meu corpo. Meus músculos, meu tórax tenso, minhas coxas apertam, e eu expulso um gemido alto quando eu gozo, apertando sua bunda. Demoro alguns instantes para recuperar o fôlego, mas quando o faço, torço Sutton e a puxo para o peito, onde beijo sua testa. E eu não tinha ideia do quanto eu precisava disso. Ela poderia ser mais perfeita? Depois de alguns momentos de silêncio, ela diz: — Eu nunca fiz nada parecido antes. — Foi quente pra caralho. Ela espreita para mim. — Foi. — O doce sorriso que cruza seu rosto me lembra, embora ela possa estar aberta e disposta a tentar coisas novas, ela ainda é uma garota inocente. — Quer pedir alguma comida?
Eu rio. — Eu fodi a sua cabeça. Ela beija meu peito e ri sozinha. — Eu odeio admitir isso, mas você fez.
— Como você era quando criança? — Sutton pergunta enquanto lambia um pouco o molho de queijo do dedo. Nós acabamos pedindo salgadinhos de queijo, e o que eu pensei que seria uma refeição simples se transformou em um show erótico de Sutton encaixando o sanduíche na boca dela e lambendo cada dedo. Não foi fácil me controlar. Limpando minha garganta, eu tomo um gole da minha Coca-Cola - simplesmente Coca-Cola, nada nela, uma merda chata. — Um encrenqueiro. Um idiota - você diria um punk – enchia o saco de todos. Eu aterrorizei as pessoas na cidade, pelo menos quando eu era mais jovem. Quando fiz dez anos, fui colocado para trabalhar. — O que você quer dizer com colocado para trabalhar? Eu limpo meus dedos e sento contra a cabeceira da cama. Eu escolhi usar minhas calças enquanto Sutton está usando minha camisa. — No pub, eu lavava a louça por quatro dólares por hora todos os dias depois da escola. E então, quando eu terminava, fazia o dever de casa no canto até que meu pai chegasse com cara de merda, e é quando eu ia embora triste para casa. — Quantas horas você trabalhou? —A voz de Sutton está preocupada, e faz algo em meu coração, tropeçando. — Dependia do dia, mas em média cerca de cinco horas por noite. — Você conseguiu o dinheiro? — Não. — Eu balancei minha cabeça. — Pagava a conta do meu pai com isso. Ela pressiona a mão contra o peito, provavelmente não acreditando no que está ouvindo. — Desde os dez anos, você teve que trabalhar para que seu pai pudesse beber? — Bastante. Como ele diz, eu estava fazendo a minha parte para a família. — Isso é horrível, Roark. Eu dou de ombros. — Era tudo que eu conhecia, mas era a principal
razão pela qual eu queria sair. Quando meu professor de inglês me contou sobre o programa de intercâmbio em Yale com oportunidades de bolsas de estudo, eu me candidatei. Nunca pensei em entrar, mas quando o fiz, sabia que era a minha saída. Quando eu estava estudando em Yale e festejando - ela revira os olhos — Eu também estava estudando para obter meu green card32. Suas sobrancelhas se erguem de surpresa. — Você tem green card? — Eu tenho. Ela estala os dedos em decepção. — Droga, lá vai a minha chance de ter um casamento de green card em minha lista de desejos. — Desculpe desapontar. Ela pisca. — Eu vou te perdoar. — Então ela fica séria. — Estou impressionada, Roark, que você é autossuficiente e foi capaz de construir um negócio bem sucedido sem qualquer ajuda. — Impressionada, hein? — Eu a puxo para mais perto. — Essa não foi sua primeira opinião sobre mim. — Porque você brigou com um cara por causa do ketchup. — Ah, eu não posso controlar o que acontece quando eu tenho álcool correndo em minhas veias, o que não tenho tido por um longo tempo, eu poderia acrescentar. Ela sorri timidamente. Porra, eu quero beijá-la. — Você pode beber, Roark. Você simplesmente não podia beber no rancho. — Estou ciente do que posso fazer. Eu sou um homem crescido, e se eu quiser deixar o álcool, eu vou. Ela se inclina para frente e passa o dedo no meu peito. — E fumar? Eu puxo a parte de trás do meu pescoço. — Sim, isso tem sido difícil, e eu estou fazendo isso por você. Ou então, depois do que fizemos meia hora atrás, eu estaria fumando um cigarro com certeza. — Isso não torna o meu tipo de ar fresco melhor? 32
Visto Permanente para residir nos Estados Unidos
Ela
— Não. ri. — É
bom que você desista. — Eu não diria desistir, mais como estou sofrendo. — Pobre bebê, posso ajudá-lo com seus desejos? — Seu dedo passa sobre meu mamilo. Eu levanto uma sobrancelha em questão. — Que tipo de ajuda estamos falando? — O tipo sexual, — ela responde antes de tirar a blusa. Quem sou eu para negar a garota o que ela quer? Eu movo a comida para fora do caminho e a empurro contra o colchão. Seu cabelo se estende pelo edredom, enquadrando-a como um maldito anjo. Eu movo minhas mãos pelos lados e me inclino acima dela. — Você é viciante, você sabe disso? — O melhor tipo de vício, certo? Eu aceno e trago minha boca para o pescoço onde murmuro: — O único tipo de vício que eu quero.
CAPITULO DEZENOVE Querido Branson, Branson... hmm, parece que eu sou um gerente, chamando Branson, o desgraçado da empresa, para entrar no meu escritório para que eu possa arrancar um novo. Não se preocupe, Branny. Isso não vai acontecer. Apenas parando para avisar que eu falei com a bruxa malvada, disse a ela que eu estava falando com você consistentemente, e então eu poderia ter mencionado Sutton. Eu sei eu sei. O que diabos eu estava pensando? Apenas escorregou. Ela me chamou para sair sorrindo, o que eu venho fazendo como um maldito dia idiota todos os dias, e aparentemente eu não consigo acalmar isso enquanto estou em terapia. Claro, sua boca se contorceu, e eu sabia que ela estava escondendo um sorriso conhecedor, era evidente pelo brilho irritante em seu sorriso feliz. Como se ela estivesse tonta por eu ter uma garota na minha vida. Foi a primeira vez que vi um fragmento de personalidade através de seu verniz durão. E você sabe o que esse brilho nos olhos dela me fez fazer? Isso me fez dizer a ela que Sutton é a filha de um dos meus clientes. Eu sei Bran-man, estou me encolhendo também. O brilho em seus olhos desapareceu rapidamente e foi substituído por um sorriso zombeteiro, apagando toda a humanidade de seu rosto. Você sabe como os terapeutas não devem derrubar sua opinião? Eles só deveriam se sentar e ouvir, fazendo perguntas estúpidas? Ela aparentemente esqueceu isso, porque ela me disse que namorar Sutton não parecia uma boa ideia, apesar dos corações flutuantes dançando ao redor da minha cabeça sempre que eu falo sobre ela. Você pode imaginar meu choque quando ela me disse para pensar em fazer uma mudança em relação a Sutton. Eu queria dizer a ela que eu consideraria fazer uma mudança bem, e ela estaria atirando na bunda dela. É claro que o sistema judiciário não se importaria com isso, então, em vez disso, eu
me levantei do sofá, abotoei o paletó e disse que ela tinha uma semente de papoula nos dentes e saiu pela porta. Ela não me procurou. Mas eu vi que ela tinha um bagel de tudo e decidiu fazê-la suar. Eu não preciso dela me julgando, não quando eu já sei o que estou fazendo não é totalmente vazio. E sim, eu vou ter que dizer a Foster, homem a homem, que estou namorando a filha dele, mas quando for a hora certa. Eu tenho tudo planejado. Não se preocupe. Roark
— Por favor, não me envergonhe. — O que eu poderia fazer que te envergonharia? — Maddie pergunta enquanto ela empurra seu cabelo castanho atrás da orelha. — Eu tenho algum decoro, você sabe. — Eu sei, eu estou apenas... nervosa. — Conhecer o melhor amigo é difícil, eu sei, especialmente depois da última vez que o vi. Não se preocupe, não farei nada para te envergonhar. A porta da pequena cafeteria se abre, deixando entrar uma brisa, seguida por um Roark empacotado vestindo seu gorro, calças pretas e jaqueta preta. Sua nuca está habilmente aparada, e há um tom claro e rosado nas bochechas da manhã fria. Ele é tão bonito que me faz querer suspirar como uma adolescente. Ele dá uma rápida olhada no local e nos vê. Um sorriso torto no rosto, ele faz contato visual comigo e se aproxima. Maddie aproveita esse momento para olhar para cima de seu telefone e localizá-lo. — Bem, lá está ele, em carne e osso, o melhor sexo que Sutton já teve. Roark faz uma pausa quando ele chega à mesa e levanta uma sobrancelha na minha direção. Honestamente, Maddie? Rindo, ele se inclina e prende meu queixo com o dedo e coloca um
beijo doce em meus lábios antes de sussurrar, — Melhor, huh? Eu gosto disso. Corando, eu pressiono outro beijo rápido em seus lábios e me afasto enquanto ele se senta ao meu lado, aproximando sua cadeira para que ele possa colocar o braço atrás de mim. Depois que ele está acomodado, ele atravessa a pequena mesa e estende a mão. — Maddie, é bom conhecê-la oficialmente. Ela olha para mim e se vira para Roark. — Sim, bom conhecê-lo oficialmente. — O que foi esse olhar? Eu não gosto desse olhar em seus olhos. — Você pode dizer foda-me? Oh Maddie... Confuso, com a sobrancelha comprimida, ele elogia minha amiga e diz: — Foda-me... — Você ouviu isso? — Maddie bate palmas e faz uma imitação horrível. — Foda-me. Deus, isso é quente. Não admira que ele seja o melhor que você já teve. — Maddie... — eu repreendo em voz baixa. — Fique tranquila. — É sobre isso que vocês conversam? Foda? — Roark pergunta, seu sotaque ficando mais pesado, o que eu tenho certeza que ele está fazendo de propósito. — Falamos sobre outras coisas em que você está envolvido, mas geralmente começa com isso. — Oh sim? — Ele gira um pedaço do meu cabelo em torno de seu dedo. — Dê-me detalhes. — Não é necessário, — digo enquanto balançando a cabeça. Aparentemente, Maddie tem uma ideia diferente. — Ela me conta tudo, desde posições até a espessura do seu pau. — Espessura do meu pau? — Roark se inclina para trás para olhar para mim enquanto eu coro terrivelmente. — Sim, espessura do seu pau, e devo dizer, parabéns. — Maddie toma um gole de sua bebida e depois continua. — Além disso, obrigada por dar à minha garota sua primeira experiência de sessenta e nove. Ela não parava de falar sobre isso. — Maddie, pelo amor de Deus, pare. — Eu pressiono minha mão na minha testa, totalmente humilhada.
Inclinando-se para mim, Roark pressiona seus lábios contra o meu ouvido e diz: — Não fique envergonhada, é quente que você fale sobre isso. — Um arrepio corre pelo meu braço enquanto ele se afasta e se dirige a Maddie. — Há quanto tempo você conhece Sutton? Graças a Deus ele mudou de assunto. — Desde o primeiro ano na faculdade. Bem pequena, Sutton estava perdida na NYU, e ela pediu ajuda. Eu não tinha ideia de onde estava indo, mas precisava de uma amiga, então fingi encontrar o prédio de admissões. Felizmente nós tropeçamos por aí. Depois disso, fomos ao refeitório, conversamos sobre tigelas de cereal e nossa amizade se solidificou. — Maddie olha em minha direção. — Melhores amigas para a vida. — Não tenho certeza depois disso, — murmuro, cruzando os braços sobre o peito. Sentindo minha irritação, Roark move a mão para trás do meu pescoço e massageia suavemente a tensão com seus dedos experientes. Eu vou dizer isso, mesmo que ele não tenha experiência em relacionamentos, ele sabe como fazer tudo certo. — Alegre-se! —Maddie cutuca minha perna por baixo da mesa. — Você sabia o que ia acontecer quando você me pediu para conhecer seu namorado. — Você disse que seria legal, — murmuro entre meus lábios. Ela encolhe os ombros e toma um gole de sua água. — Acho que todos nós sabíamos que isso era mentira. Roark ri ao meu lado, a vibração de sua risada aliviando a tensão em meus ombros. — Eu gosto dela, moça, — diz ele suavemente. — Apenas espere até conhecer Rath e Bram quando ele não estiver em pânico por fazer xixi nas calças. — Fazer xixi nas calças? — Maddie pergunta, descansando o queixo na mão apoiada. — Diga por que seu amigo fez xixi nas calças. — Ele estava engasgado com uma couve de Bruxelas, teve o Heimlich e depois fez xixi. Foi uma produção. Ele não apenas fez xixi nas calças. Ele é um cara muito legal, — eu digo, esperando que Maddie não pense que Roark sai com caras com próstatas vacilantes.
— Isso soa horrível. — Ela olha para o lado antes de voltar sua atenção para nós. — Este Bram é comprometido? Oh Maddie — Recentemente fez seu pedido de casamento para sua namorada, — Roark responde, tirando uma surpresa alegre de mim. — Ele fez seu pedido de casamento para sua namorada? Roark acena com a cabeça. — Ele aceitou seu conselho, perguntou quando chegou em casa e, claro, Julia disse que sim. Eles estão em Barbados agora comemorando. Eles estarão de volta na sexta-feira. Maddie estala o dedo em decepção. — Por que todos os bons sempre são comprometidos? — A única coisa que você sabe sobre Bram é que ele come couve de Bruxelas e faz xixi nas calças. Você chama isso de bom? — Roark pergunta, um pouco perplexo. — Se um homem pode admitir fazer xixi nas calças, eu quero conhecê-lo. Mostra que ele não está muito cheio de si mesmo. Eu gosto disso. — Maddie dá uma nova olhada em Roark. — Você já fez xixi, Roark nas calças? Ele encolhe os ombros. — Provavelmente. Eu já estive bêbado o suficiente. Eu gostava de fazer xixi na cesta de lavanderia de Bram na faculdade. Maddie ri quando me viro no meu lugar, um pouco horrorizada. — Você fez xixi em cestos de roupa suja? Seu sorriso perverso me atravessa. — Quando você é tão maldito, qualquer coisa redonda e branca se parece com um banheiro. Não se preocupe moça, eu lavei a roupa dele na manhã seguinte. — Isso é certo, diz Maddie, apontando o dedo para Roark. — Muito atencioso. Você é bom. Mesmo que esta seja provavelmente uma das conversas mais ridículas que eu já tive, eu não acho que poderia concordar mais com Maddie. Eu encontrei um homem bom apesar do xixi em cestas de roupa. Roark é o tipo de homem que eu sei que sempre me protegerá, que sempre se esforçará para me fazer feliz como eu faço o mesmo. Cada um de nós encontrou o nosso jogo e eu posso ver meu futuro com esse homem ao meu lado.
Espero sinceramente que ele esteja se sentindo da mesma maneira. Enquanto Maddie e Roark conversam sobre a faculdade, eu olho para ele e vejo a pequena ruga perto de seus olhos enquanto ele sorri e ri, o jeito que ele tão facilmente se mistura com minha melhor amiga. Isso torna muito mais fácil saber que estou com o cara certo. De nossa interação inicial, eu nunca teria pensado que este é o homem que eu quero estar, com suas deixas espirituosas e gestos doces e improváveis, ele me conquistou.... Completamente. E agora, não consigo parar de pensar nele. Eu odeio não estar ao seu lado ou descansar em uma de nossas camas, falando sobre qualquer coisa e nada enquanto abraçamos, pele na pele. Atrás do imprudente, do bad boy e dos comentários idiotas, ele é realmente um homem adorável e viciante, que eu não planejo abandonar....
— Bom, eu conheci Maddie. — Roark coloca uma noz gigante e fudge brownie33 na mesa e toma o assento em frente a mim em sua mesa de jantar. — Quando vamos contar ao seu pai? Eu sabia que isso estaria vindo. Não é a primeira vez que ele menciona contar ao meu pai sobre nós, e eu acho que é porque ele respeita muito o meu pai, e reter algo assim dele está causando estragos na mente de Roark. Mas eu me sinto nervosa. Eu sei que meu pai gosta de Roark e o respeita, mas meu pai sempre foi protetor, e dada a história de Roark, eu não tenho certeza se ele é o tipo de cara que meu pai teria escolhido para mim. Mas Roark é muito mais do que seu histórico passado. Ele é protetor, ele é doce, e ele se importa comigo mais do que eu acho que qualquer um, incluindo o meu pai, se é que isso é possível, já é. Ele fará qualquer coisa por mim e se esforça para colocar um sorriso no meu rosto todos os 33
Bolinho de chocolate muito molhado
dias. Esses são os atributos que eu quero focar quando conversar com meu pai sobre Roark, e acho que se eu adotar essa abordagem, ele pode muito bem aprovar. Eu preciso encontrar o momento certo. Tudo acontece com o tempo com o meu pai; Eu aprendi isso da maneira mais difícil. Ainda me lembro do tempo na escola que eu disse a ele que eu estava indo a um encontro com Luke Jameson. Eu disse a ele cinco minutos antes de Luke aparecer. Desnecessário dizer que meu pai, com um metro e noventa e três, era muito intimidante para o pobre Luke, e também é desnecessário dizer que o encontro não aconteceu. E nunca fui chamada para um encontro depois disso durante todo o ensino médio... Ou quando eu disse a ele que estava pensando em ir para a escola fora do estado, que eu não queria mais morar no Texas, mas queria explorar Nova York, onde ele passou muitos anos jogando futebol. Ele não estava muito feliz com isso também, porque ele queria que eu estivesse segura no conforto do Texas. Sim, eu era esperta e não sabia muito sobre o mundo, mas queria mudar isso. É quase ridículo que foi Maddie quem me fez ficar fora depois das nove, depois de todos os meus protestos sobre ser madura o suficiente para assumir a vida na cidade. Ele sempre quis ser o único a me proteger, vetar qualquer coisa que ele pensasse que me mudaria de maneira negativa. Então, com Roark, preciso andar com cuidado. Eu sei que ele se importa com o homem, eu só preciso ter certeza de que ele está em uma boa posição para aprender sobre o nosso novo relacionamento. Eu pego uma porção de brownie com o garfo que Roark trouxe e começo a mastigar enquanto olho para a sobremesa. — Acho que ainda precisamos de mais um tempo antes de contarmos a ele. — É isso mesmo? — Roark pergunta, inclinando-se para trás em sua cadeira, o braço grande sobre a cadeira ao lado dele. Sem camisa, seus músculos do peito se contraem enquanto ele se desloca, seus olhos se fixam em mim enquanto seu cabelo rebelde cai sobre a testa. — Você acha que ainda precisamos de mais
tempo? O que exatamente isso significa? Ele não está com raiva, nem mesmo um pouco chateado, apenas curioso. Isso quase me deixa mais nervosa. — Acho que devemos passar mais tempo nos conhecendo antes de contarmos ao meu pai. — Pensando em mudar sua decisão, moça? — O que? Não. Claro que não. — Respiro fundo. — Eu gosto de como estamos, e eu não quero perder isso. —Eu mordo meu lábio inferior e digo meu maior medo em voz alta. — E se ele não aprovar, Roark? O que então? Não estou pronta para te perder. — Se ele não aprovar, você vai terminar comigo? — Ele pergunta, mudando para frente agora e juntando as mãos debaixo da mesa. — Não, — eu balancei minha cabeça. — Isso tornaria as coisas exponencialmente mais difíceis se ele não aprovar, e eu não quero lidar com isso agora. Eu gosto de como as coisas estão entre nós. Não podemos continuar assim por mais algum tempo? Compreensão vem dele e ele visivelmente cede. — Sim, nós podemos. — Obrigada. — Eu levanto do meu lugar e faço a volta na mesa onde eu escarrancho seu colo e coloco meus braços em volta do seu pescoço. Vestindo nada além de sua camiseta e suas roupas íntimas, eu me acomodo facilmente em suas coxas e pressiono um beijo quente em seus lábios que ele retribui facilmente. Mãos nas minhas coxas, ele respira fundo e se inclina para trás para olhar para mim. Uma expressão séria passa por seus olhos antes de ele dizer: — Você tem vergonha de mim, Sutton? Ele não pode estar falando sério. — Oh meu Deus, não. — Como ele poderia pensar isso? Eu seguro suas bochechas. — Roark, se você acha isso, eu claramente não tenho feito o meu trabalho para tranquilizalo sobre o quanto você significa para mim. Ele esfrega minhas coxas para cima e para baixo, o calor de suas mãos espalhando-se por toda a minha pele. — Me desculpe, por ter perguntado; foi estúpido.
— Não foi, e se você perguntou, é porque eu coloquei algo em sua cabeça para duvidar de mim, para duvidar de nós. — Eu o forço a olhar para mim, aqueles olhos raramente sérios penetrando diretamente em meu coração. — Por favor, não duvide de nós, Roark. Quando eu digo que estou mais feliz do que já estive porque estou com você, estou falando sério. Eu sei que você quer contar ao meu pai, acabar logo com isso, mas me dê um pouco mais de tempo, ok? Ele concorda. — Eu vou te dar todo o tempo que quiser, contanto que você seja minha. — Eu sou toda sua. — Eu mudo em seu colo, enganchando meus pés em torno de suas pernas. — É melhor você ser. — Ele traz a minha boca para a dele e explora meus lábios com os seus, ocasionalmente, passando a língua sobre eles, enviando um raio de excitação em linha reta através do meu centro. Quando ele se afasta, ele arrasta meu lábio por um segundo com os dentes, me provocando. — Se não estamos contando ao seu pai imediatamente, acho que é hora de conhecer os garotos... oficialmente. — Os garotos? Ele concorda. — Bram e Rath. Oh... Os garotos. Isso deve ser muito interessante. Muito interessante e divertido.
— O que acontece se eu achar Rath mais atraente que você? Você não está nervoso com isso? — Não. Roark está ao meu lado, sua mão firmemente presa ao redor da minha enquanto caminhamos para o restaurante onde Rath e Bram escolheram para me encontrar. Apenas mais alguns quarteirões na velocidade do andar potente de Roark. — Como você pode ter tanta certeza? Ele não é incrivelmente inteligente, implacável e rico? — Tomando notas quando falo com você, moça?
— Talvez. — Eu rio. — Mas, falando sério, você não está nem um pouco preocupado? — Não. — Ele para em frente ao restaurante, pega a porta e se vira para mim, seus olhos concentrados em se conectar com os meus. — Eu não estou preocupado, porque depois do que eu fiz para você esta manhã e do jeito que você gritou meu nome em adoração, confie em mim, estou me sentindo muito seguro agora. Além disso, sou mais sexy que Rath. — Ele pisca e então me guia até o restaurante enquanto meu rosto se aquece com a lembrança desta manhã. Não que eu algum dia me interessaria por ninguém além de Roark - é divertido provocá-lo, mas claramente isso não é algo para provocá-lo, porque ele nunca vai se apaixonar por isso. Esta manhã, oh Deus, eu nunca gozei tão duro. Ele algemando minhas mãos com lençóis na sua cabeceira, em seguida, passou o que parecia meia hora correndo seus lábios para cima e para baixo do meu corpo até que eu estava tão ligada que eu não conseguia pensar em mais nada. E quando ele me soltou, eu gemi seu nome alto o suficiente para o prédio inteiro ouvir. Foi diferente de tudo que eu já experimentei, e eu não acho que é simplesmente a habilidade de quarto de Roark em jogo aqui. Eu confio nele. Completamente. E isso me permite entregar controle a ele, e puta merda, vale a pena. Apenas Roark poderia gerar tal arrebatamento dentro de mim. — Você sabe, se você continuar corando assim, eu vou pular o jantar e levá-la de volta para o meu apartamento para fazer algo sobre suas bochechas vermelhas, — ele sussurra no meu ouvido. Eu me viro para ele e sorrio, envergonhada, ele pode ver o efeito que ele tem em mim. Ele ri e envolve o braço em volta de mim, me puxando para seu peito. — Você é tão doce, Sutton. — Ele coloca um beijo no topo da minha cabeça e dá a anfitriã o nosso nome. Ela nos leva através da área de jantar para uma porta traseira coberta por uma cortina de veludo. Quando ela puxa o tecido pesado, dois homens estão sentados à mesa, bebidas na mão, sorrisos em seus rostos enquanto
conversam. Os dois se viram na nossa direção e, enquanto Bram me cumprimenta com uma mão amiga, Rath me dá uma olhada mais séria. Sozinha, a cortina se cobriu de novo, Rath e Bram ficam de pé enquanto Roark faz apresentações. — Bram, você já conhece Sutton. — Eu tenho certeza que conheço, — diz ele, puxando-me para um abraço. — Parabéns pelo seu noivado. Estou tão feliz por você, — murmuro contra seu peito largo que me mantém cativa por alguns segundos a mais. — Tudo bem, — diz Roark, puxando-me para longe. — Chega dessa merda. Rindo, Bram me dá uma piscada e depois se senta. — Obrigado, Sutton. Quando nós voltamos para Rath, sou um pouco levada de volta pela intensidade de sua expressão. Alguns centímetros mais altos do que a altura já elevada de Roark, Rath dá um passo à frente, seus ombros largos e volumosos, sua mandíbula se contorcendo enquanto ele continua a me avaliar. Eu posso ver porque Roark o chamou de implacável. Ele não parece ser do tipo suave e sensível, nem parece que sabe sorrir. É meio confuso, como esses três homens são melhores amigos, porque suas personalidades parecem ser tão diferentes, mas talvez seja por isso que funciona. Eu ofereço minha mão enquanto Roark me apresenta. — Rath, esta é Sutton. Ele pega minha mão e aperta com força antes de soltar. — Prazer em conhecê-la, Sutton, — diz ele em uma voz profunda e grave, que eu acredito que você só ouve quando um homem acorda de uma longa noite de sono. Mas olhando para Rath, aposto que ele não sabe o que é uma longa noite de descanso. — Prazer em conhecê-lo. — Eu engulo em seco, sentindome muito intimidada por ele. Talvez seja por isso que Roark sabia que minha provocação era apenas isso, provocante. Não há como eu ser capaz de lidar com um homem como Rath, a intensidade dele sozinha me esgotaria em uma hora.
Roark puxa minha cadeira e tira minha jaqueta antes de sentar, sua cadeira deslizando ao lado da minha, como quando nos encontramos com Maddie. Mas ao contrário do café casual, jantar em um espaço com cortinas de veludo parece muito mais íntimo, mas acho que não posso esperar menos do que esses três homens de negócios poderosos - empresários que costumavam ser garotos de fraternidade do que Roark contou a mim. Ele me encantou na outra noite com algumas histórias antigas de faculdade de seus meninos, o tipo de histórias que eu nunca teria acreditado se eu conhecesse esses dois em seu elemento profissional. As infrações do passado de Bram de andar sem camisa e tirar tiros de alguém em seu caminho, eu poderia acreditar parcialmente dada a maneira que eu o conheci. Mas se eu encontrasse Rath em seu escritório, e alguém me dissesse que ele já foi encontrado em posição fetal em seu armário, segurando seu travesseiro como um ursinho de pelúcia da infância, falando com ele, eu não acreditaria. Do outro lado da mesa, Rath me olha com cautela enquanto Bram esfrega as mãos, se preparando para a inquisição. — Conte-nos o segredo, Sutton. Confuso, pergunto: — Que segredo? Bram traz sua bebida aos lábios, acena para Roark e responde: — O segredo para domar o libertino irlandês sentado ao seu lado. — Cristo, Roark geme. — Ele se desloca em sua cadeira antes de sussurrar em meu ouvido: — Você não precisa responder a nenhuma das perguntas idiotas deles. Com um pequeno sorriso passando por meus lábios, eu coloco minha mão na coxa de Roark, mantendo-o perto, assim como ele está me mantendo perto, e eu digo: — É tudo sobre fazê-lo gritar como uma dama no quarto. Bram cospe sua bebida enquanto o menor sorriso passa sobre o rosto de Rath. Com o guardanapo do colo, Bram rapidamente limpa a boca antes de dizer: — Eu não estava esperando essa resposta. Roark olha para mim e diz: — Nem eu. Eu acho que você tem as coisas confusas, moça. Não foi você quem gritou esta manhã quando meus
dedos estavam apertando seus mamilos? Imediatamente, meu rosto se inflama. Eu deveria saber melhor do que testar Roark, especialmente na frente de seus amigos. Suavemente, como se para me acalmar, ele beija o lado da minha cabeça e ri. Ele me superou desta vez. Com quem estou brincando? Ele provavelmente sempre será melhor que eu, e eu sei que é uma das razões pelas quais estou me apaixonando por esse cara. Ele me provoca sem vergonha, mas sua versão de suave e doce me seduz. — Você beliscou o mamilo de Roark? — Bram pergunta, aquecendo meu rosto ainda mais. — Ele ama isso. — Como você sabe? — Roark pergunta, sua postura completamente relaxada em sua cadeira enquanto seu polegar lentamente desenha pequenos círculos na parte de trás do meu pescoço. Com um sorriso perverso, Bram fala sobre o seu copo. — Você me pediu para beliscar em uma noite na faculdade. — Besteira... — Roark fala sério, apesar de haver risos em sua voz. — Você provavelmente sonhou que eu perguntei a você, porque você estava sempre querendo me ajudar. — É o sotaque irlandês, estou certo, Sutton? — Bram pisca e toma um gole de sua bebida, fazendo-me rir. A amizade que Roark compartilha com seus amigos me lembra muito do meu relacionamento com Maddie. Por trás da brincadeira há lealdade, honestidade e vontade de ser para sempre. Afinal, Bram achava completamente razoável aparecer no apartamento de Roark quando ele acreditava que ele havia arruinado sua proposta de casamento. Dado o que Roark compartilhou sobre sua família, eu estou tão feliz que ele teve esses caras em sua vida. Parece que Rath e Bram foram os irmãos que ele precisava, entrando no vazio que sua família criou. E mesmo que só estivéssemos namorando há algumas semanas, quero agradecer a ambos, por serem tão leais e amorosos com esse homem. Agora sinto a pressão para que eles gostem de mim ainda mais. Pelo menos eu sei que já tenho o voto de Bram. É com Rath Westin que estou preocupada. — E você, Rath, você gosta dos seus mamilos?
Não sei porque perguntei. Eu não sei o que diabos passou pelo meu cérebro naquele momento. Mas com seus olhos quentes e contemplativos me encarando, os nervos tremulando no meu estômago, e a necessidade de ser amada, acabou saindo. Eu não posso dizer pela ascensão da sobrancelha dele se ele está se divertindo. Pelo menos Bram e Roark estão, porque eles riem enquanto eu espero desajeitadamente pela resposta de Rath. Rath se move em seu assento, seus olhos ainda treinados em mim, e percebo naquele momento por que Rath é o empresário de sucesso que Roark se vangloria. Nos poucos segundos em que ele mantém contato visual comigo, estou começando a murchar sob o olhar dele. Eu não gostaria de enfrentar esse homem em uma sala de reuniões. Nem por um segundo. Finalmente, ele responde, um pequeno sorriso puxando seus lábios. — Só quando Bram faz isso. Bram pressiona a mão no peito dramaticamente. — Cara, isso me toca profundamente. Rath encolhe os ombros. — Você tem os melhores dedos da cidade. Eu rio enquanto Roark balança a cabeça. — É muito assustador, vocês dois. Bram aponta para mim. — Ela é a única que começou a falar sobre mamilos. — Eu? — Eu aponto para o meu peito. — Roark foi quem trouxe os mamilos, eu acabei de falar de gritos. — Ela tem você na palma da mão, — diz Rath enquanto a garçonete coloca um prato de nachos no meio da mesa. Nachos. Não estava esperando isso. Nem eu esperava que os três homens mergulhassem com tanta urgência quanto o queijo pingando das batatas fritas. Chame-me de louca, mas dado onde estamos e a posição social desses homens, eu teria apostado o salário da minha semana neles pedindo algo como
atum tártaro, em vez de uma pilha de nachos com queijo e 34 jalapenos . Quem sabia que esse lugar servia algo assim? — Coma, Sutton... — diz Roark, com a boca cheia de batatas fritas. — Eles vão embora antes que você perceba. E ele está certo, porque quando eu pego meu primeiro chip, cada cara pega o terceiro, fazendo um dano significativo no prato. Enquanto mastigo o queijo grudento e a tortilha de batata frita, dou uma risadinha, observando os três homens lambendo os dedos e bebendo suas bebidas. Eu acho que Roark estava certo: você realmente não pode arrastar o garoto da fraternidade para fora deles. Rath pergunta: — Então, sabemos que o sotaque irlandês é um assassino para a maioria das mulheres, mas fora isso, o que fez você querer ficar com esse cara? Eu acho que a pergunta do mamilo o aqueceu, porque em vez de um olhar intenso, Rath parece mais relaxado e isso coloca alguma facilidade em meus ombros. Ou pode ser que ele esteja comendo. Os homens adoram comida. Eu olho para Roark, apenas algumas espaço de distância, e tomar em suas belas feições: aqueles olhos que pode mostrar malícia e paixão, sua barba perfeitamente aparada que se sente sensacional quando esfregado contra minha coxa, o sorriso que muitas vezes ainda torna-me sem palavras... São todos atributos físicos que atrairiam qualquer mulher, mas está além da superfície que me viciou. — Eu vou ser honesta, — eu respondo, mantendo meus olhos em Roark. — Não foi um jogo no começo. Eu realmente desprezei o homem. — Segurar seu telefone como refém não foi legal, cara... — Bram diz do outro lado da mesa. Eles sabiam disso? — Não senti vontade de devolvê-lo. Roark sorri para mim. — Ele me frustrou, acrescento. — Frustrou-me mais do que qualquer pessoa que eu já conheci, mas dentro dessa frustração, ele me desafiou. — Os olhos de Roark se 34
Pimenta doce e de variedade média para grande originária do México, valorizada pela sua calorosa ardência na degustação.
suavizam. — Ele me ajudou a me defender, algo que eu nunca fui boa. Ele me forçou a ser mais assertiva, outro atributo que faltava. Ele me forçou a sair da minha zona de conforto e cumprir uma das resoluções que estabeleci para mim este ano - viver a vida ao máximo. Eu não acho que haja outra pessoa neste planeta que poderia ter me empurrado tanto quanto ele. E então meu apreço por ele lentamente se transformou em outra coisa quando comecei a ver seu lado mais suave. — Ele realmente é um ursinho de pelúcia, não é? — Bram interrompe. Eu inclino minha cabeça contra o ombro de Roark e digo: — Ele é. Ele finge ser esse garoto malvado de 'dar nota zero' quando, na verdade, ele é completamente carente. — Ele é um bom homem, — diz Rath, a seriedade em cada palavra. — Eu não confio em muitas pessoas, nem me preocupo em perder meu tempo com pessoas que não têm um impacto positivo direto em minha vida, e mesmo que Roark tenha feito alguma merda estúpida no passado, ele é leal e faria qualquer coisa para mim, para nós. O tom da sala muda drasticamente da admissão de Rath, deixando Roark se contorcendo e Bram jorrando. — Cara, você sente o mesmo por mim? — Bram pergunta, me fazendo rir. Rath revira os olhos. — Quantas vezes eu tenho que te dizer isso? Se não sentisse, não deixaria você namorar minha própria irmã. Bram pressiona os lábios e abaixa a cabeça antes de se aproximar e apertar a mão de Rath. — Eu te amo muito, cara. Se eu gostasse de pau, eu me casaria com você ao invés da sua irmã. — Jesus, — murmura Roark e abaixa a boca no meu ouvido. — Eu esqueci de dizer o quão assustador é o seu romance. — Estou feliz que você não falou... — eu sussurro de volta. — Eu gosto de ver em primeira mão. É muito divertido. — Não deixe que eles saibam disso. — Ele aperta um beijo rápido em meus lábios antes de envolver completamente seu braço em volta de mim e me reivindicar bem na frente de seus amigos.
É um pequeno gesto, mas significa muito para mim. E quando vejo seus sorrisos retornando, relaxo confortavelmente no abraço de Roark. Atravessando os lençóis de cetim de Roark - os novos que ele adquiriu para mim -, faço círculos preguiçosos sobre seu peito nu enquanto nos deitamos no escuro, nossas respirações finalmente saindo da rigorosa atividade que terminou dez minutos atrás. Todo o caminho para casa ele continuou sussurrando coisas impertinentes no meu ouvido, me dizendo tudo o que ele planejava fazer no minuto em que chegássemos ao seu apartamento. E ele não mentiu. Ele cumpriu todas as promessas que fez no carro, incluindo sexo contra a janela do seu quarto, seguido pelo carinho que estamos compartilhando. Seus dedos dançam ao longo do meu couro cabeludo, torcendo meu cabelo, enquanto pressiono meu corpo nu contra o dele, deleitando-me com o cheiro de sua colônia. — Então você acha que eles gostaram de mim? — Eles acham que você é perfeita para mim. — Eles te disseram isso? — Eu pergunto, levantando para que eu possa olhá-lo nos olhos. Ele concorda. — Sim, eles já sabiam que você era perfeita para mim antes de conhecê-la, porque eles podiam ver o quão feliz eu estava. — Seu polegar acaricia minha bochecha suavemente. — Você me faz tão feliz, Sutton. Na sala iluminada pela lua, deitada nos lençóis mais macios que já senti, sinto meu estômago dar uma cambalhota. Eu o faço feliz, esse incontrolável idiota de homem. Eu faço ele feliz. Eu não sei como, mas eu estou feliz com isto, porque eu não posso imaginar um dia sem ouvir sua voz sensual, sem sentir seu toque carinhoso, sem ver seu rosto se iluminar sempre que entro em um quarto. É viciante. Ele é viciante, e eu não estava mentindo quando disse que ele é um vício que eu nunca quero desistir. — Você me faz feliz também, Roark. — Sim... — ele pergunta, um sorriso tímido passando por seus lábios, uma sombra de dúvida em seus olhos.
— você
Sim. Como pode duvidar disso? Ele morde o lábio inferior e olha para o teto por um segundo. — Eu nunca estive em um relacionamento. Eu nunca tive experiência com esses sentimentos avassaladores para mantê-la perto de mim em todos os momentos, para protegê-la, para ter certeza de ver aquele lindo sorriso seu todos os dias. É tudo novo, e há momentos em que tenho esse peso no centro do meu peito, me perguntando se estou fazendo certo, se estou estragando tudo. — Ele encostou minha bochecha. — Eu não quero estragar nada com você, Sutton. — Você não vai estragar tudo, Roark. — Eu estraguei tudo. Eu sacudo minha cabeça. — Isso não é verdade, nem perto você chegou. Você já estragou um contrato de negócios? — Isso é diferente. Isso é negócio. Quando se trata de relacionamentos pessoais, eu sou um fodido. — Mesmo? Porque eu acabei de jantar com dois caras que pensam no seu mundo, que são seus amigos desde a faculdade. E todos os seus clientes, eles ficaram por aí porque não gostam apenas do dinheiro que você traz, mas do relacionamento que eles têm com você. É assim que sua empresa começou, através de sua capacidade de se conectar com os outros, para ler suas necessidades e antecipar seus desejos. A palavra não se presta apenas ao romance, Roark. Você tem estado em relacionamentos com as pessoas por muitos anos, mas você não entendeu como você é bom para eles. É como se você estivesse escondido atrás de uma fachada de indiferença e comportamento idiota, como se você duvidasse que eles realmente gostassem de você. Mas o seu sucesso, o seu negócio, prova o contrário. Então, você tem estado em relacionamentos e isso é o que te faz tão bem com a nossa relação. Ele arrasta a mão sobre o rosto e solta um longo suspiro. Quando olho nos olhos dele, é uma dor que vejo lá. — Então por que diabos minha família não me ama? Meu doce homem. O amor deles? Eles não sabem o que a palavra significa. Eu odeio como eles danificaram seu incrível coração e alma. Eu odeio como sua ganância e ignorância ainda moldam como ele se vê. Mas eu entendi. Se
meu pai não me amasse incondicionalmente, eu não seria quem eu sou hoje. — Roark, olhe para mim. — Eu inclino seu queixo com o meu dedo, então ele é forçado a encontrar meus olhos. Quando tenho a atenção dele, digo: — Gostaria de ter uma resposta para você, uma razão exata pela qual sua família trata você com algo menos que amor incondicional. Eu queria desesperadamente ter as respostas, mas não tenho. Tudo o que sei é o que tenho visto desde que te conheci. Você é amoroso, carinhoso, leal, gentil e genuíno, todos atributos que compõem um homem impressionante, que eu quero para sempre ao meu lado. Dói-me que sua família não possa ver o mesmo cara que eu vejo. Isso me irrita porque eles não se importaram em conhecer o homem que você se tornou, os amigos que você fez, os relacionamentos duradouros que você solidificou. Essa é a perda deles, não a sua. — Eu suavemente arrasto meu polegar sobre seu lábio inferior antes de me inclinar e pressionar um beijo suave em seus lábios. Ele quer ir mais longe, pressionando a mão na parte de trás da minha cabeça, mas eu levanto, sem terminar o que tenho a dizer. Respirando fundo, eu continuo: — Eu me importo com você, Roark, profundamente. — A palavra ‘te amo’ está na ponta da minha língua, mas eu me contenho, não querendo me mover muito rápido. — E porque eu me importo com você, vou ser franca. A maneira como sua família trata você manipula você - como eles fazem com que você se sinta mal consigo mesmo por querer mais, não é assim que uma família amorosa age. Não é assim que os pais devem tratar seus filhos. E eu sei que você sente essa culpa esmagadora para ajudá-los, e isso é algo que você vai ter que combater com o tempo, mas eu quero que você saiba, não é bom para eles usarem você, para fazer você se sentir menos do que você é, para culpá-lo em enviar-lhes dinheiro todos os meses. Isso não está correto, e enquanto eu estiver em sua vida, vou lhe mostrar todos os dias como você deve ser tratado. Seu rosto suaviza, seus olhos se abrem quando ele me puxa para mais perto, nossas testas se conectando. — Você me mudou de todas as maneiras, Sutton. Duvido que eu encontre as
palavras para dizer o quanto você significa para mim. — Então me mostre, — eu digo, trazendo meus lábios aos seus, onde ele os leva suavemente e me rola para de baixo dele. Tomando um momento, ele me estuda. Seu dedo percorre o lado do meu queixo. Seus olhos buscam os meus, e uma onda de nervos vibra no meu estômago. E então eu vejo isso em seus olhos... amor. Está bem ali, inconfundível. Ele não precisa dizer isso, porque nesse momento eu posso sentir isso. Veja. Ele me ama. E eu amo ele. Sem outra palavra, Roark pressiona seus lábios contra os meus e pela primeira vez desde que nos conhecemos, fazemos amor, devagar e docemente. Não é apressado, e não há necessidade de brincar e provocar uns aos outros. Em vez disso, nos conectamos da maneira mais profunda possível, com nossos corações.
CAPITULO VINTE Querido Ned, Ganhou. Piedosos. Fodido. Merda. Estou apaixonado. Eu sei, estou tão chocado quanto você. Demorei alguns dias para descobrir. Depois que eu levei Sutton para conhecer os garotos, voltamos para a minha casa e a fodi com força. Foi incrível, mas então algo aconteceu, algo mudou em nosso relacionamento. Algumas pessoas podem chamar isso de um momento crucial. Eu me sinto seguro ao seu redor, o que me fez abrir sobre a única coisa que pesa no meu peito: minha família. E mesmo que tudo o que Sutton me disse seja verdade, que minha família não me trata da maneira que mereço, sei que aceitar isso vai levar tempo, porque sempre haverá a pergunta na minha cabeça, imaginando porque eles não podem me amar como Foster ama Sutton. Se eu reiterasse o que meu terapeuta me disse ontem - o que me dói - viver minha vida, procurar por seu amor só vai continuar a me frustrar, porque não consigo controlar seus sentimentos ou ações... Mas eu posso controlar minha vida e como eu trato as pessoas positivas que tenho em minha vida. Profundo, certo? E normalmente eu teria zombado, mas com Sutton na minha vida, eu vejo o que ela está falando. Eu tenho a oportunidade de ser feliz, a chance de sentir amor pela primeira vez. Isso significa que posso fazer uma escolha. Em vez de chafurdar sobre o que não posso consertar, aproveito a oportunidade para provar a mim mesmo que, de fato, sou alguém que merece amor. E eu posso retribuir o sentimento. Sutton é tudo que eu nunca soube que queria em minha vida, e é hora de me deixar sentir, ao invés de viver em um estado constante de dormência. Desculpe pelo desabafo, rapaz. Roark
Eu olho para o relógio mais uma vez, as mãos mal se mexendo no mostrador. Estou sendo impaciente. Realmente impaciente. Já faz dois dias desde que eu vi minha garota porque eu estava fora da cidade a negócios, cuidando de um dos meus clientes da Costa Oeste, e agora que eu estou de volta, tudo que eu quero fazer é envolvê-la em meus braços, levando-a de volta para o meu apartamento e pressionando meus lábios por todo o seu corpo doce. Mas alguém queria jantar primeiro... Eu acho que comer é uma necessidade, isto é uma característica de Sutton. Encostado na parede do restaurante, eu examino as ruas de Nova York, procurando incessantemente por uma onda de cabelo loiro brilhante. Acho engraçado que é aqui que estou na minha vida, desesperado por um vislumbre da garota que capturou meu coração. E mesmo que esteja fora da norma para mim, parece tão certo, como se houvesse essa peça que faltava na minha vida e Sutton me completa. Lembra como eu disse que posso ser um maldito cavalheiro às vezes e usar palavras como bobo? Bem, eu estou apaixonado por Sutton. E eu não tenho vergonha de admitir isso... Na minha cabeça. Irritado, levanto e puxo a parte de trás do meu pescoço a coceira por um cigarro é forte - e então vejo Sutton virando a esquina em sua jaqueta de lã rosa brilhante. Seu cabelo está enrolado e saltando por seus ombros e suas bochechas raiadas pelo vento são um bonito rubor que combina com a cor dos seus lábios. Impressionante... E então ela olha para cima, me encontra e seu rosto se ilumina. Porra, sim. A minha garota. Ela corre na minha direção, uma proeza dada a seus saltos assassinos e calças justas. No minuto em que ela me alcança, eu a trago em meus braços e a
levanto para a minha boca, onde coloco um beijo desesperado em seus lábios. Eu me derreto em seu toque, na forma como sua mão roça minha barba e as suaves demandas de sua boca, procurando por mais. Eu a seguro com força, puxando-a da calçada e mais perto do restaurante, de modo que não estamos impedindo que os nova-iorquinos cheguem onde precisam ir. Dois dias, foi isso, ficamos separados por dois dias e foi uma tortura. Isso é o quão longe eu estou com essa garota. Afastando-me, respiro fundo e descanso minha testa contra a dela enquanto minhas mãos circulam sua cintura. — Eu senti tanto a sua falta. — Eu também senti sua falta... — responde, com aquela doce voz sulista. — Por que pareceu uma semana? — Não faço ideia, mas que tal saímos do jantar e irmos direto para a minha casa? Ela ri e puxa minha mão. — Boa tentativa. Lembre-se de que nosso relacionamento não é apenas sobre sexo. Há mais para nós. Temos química e não precisamos gastar cada momento na cama. — Cérebros femininos são um mistério. — Por que diabos não? Não me lembro de concordar com essa teoria. Podemos ter química na cama. — Eu a sigo até o restaurante e falo perto de seu ouvido. — Que tal experimentarmos? Eu vou me enterrar bem dentro de você, e podemos discutir onde queremos ir nas férias enquanto sua boceta apertada convulsiona em torno do meu pau — Ooof. Sutton me dá uma cotovelada no estômago e fala do lado da boca dela. — Você pode, por favor, se controlar? Estamos em público. Eu movo minha mão sobre sua bunda sem pedir desculpas. — Isso é o que você ganha quando me força a ir jantar depois de não ter visto você por dois dias. Você é um fogo tentador, Sutton. Olhando para mim, um olhar sedutor em seus olhos, ela diz: — Se você realmente quer jogar esse jogo, não tenho problema em te excitar enquanto jantamos. É isso que você realmente quer, McCool? Um tesão com seu hambúrguer? Um sorriso puxa meus lábios. Maldita e sua boca atrevida. —
Não consigo pensar em uma maneira melhor de comer meu jantar. Ela levanta uma sobrancelha na minha direção. — Oh sim? - Com cuidado e muito indiferente, ela volta para mim e move a mão atrás das costas e me cobre, como se a mão dela é um ímã para o meu pau. Ela dá um leve aperto, enviando minha libido através do telhado quando eu pulo para trás. A pequena risada de seus lábios me diz que ela está completamente satisfeita com a minha reação. — Cuidado, Roark. Eu aprendi com o mestre sobre como não jogar de maneira justa. Agarrando seus ombros agora, eu me inclino em seu ouvido e digo: — Você vai pagar por isso, moça. Antes que ela possa responder, a anfitriã nos cumprimenta e Sutton lhe dá o nosso nome. — Serão cerca de quinze minutos. Você gostaria de se sentar no bar enquanto espera? Sutton olha para mim e depois balança a cabeça. — Isso seria adorável. A anfitriã gesticula para a esquerda. — Depois do arco. Eu vou chama-los quando sua mesa estiver pronta. — Obrigada. — Sutton pega a minha mão na dela e faz o seu caminho para o bar. — Você sabe, quinze minutos é muito tempo, talvez devêssemos apenas fazer o pedido. Quando ela me enfrenta, eu pego um olho gigante. — Nós vamos ser um casal civilizado e ter um jantar. — Ela se senta em um banco do bar e eu a bloqueio, prendendo-a com meu corpo grande. O barman coloca um guardanapo no balcão na frente de Sutton e pergunta: — Posso pegar alguma coisa para você? Mantendo meus olhos em Sutton, eu digo: — Jameson para mim e um Shirley Temple35 para a senhora. O barman acena e começa a cuidar de nossas bebidas. — Shirley Temple?
35
Coquetel não alcoólico, tradicionalmente feito com ginger ale e um toque de groselha, e decorado com uma cereja marrasquino.
Eu pego uma mecha de seu cabelo um puxão rápido e sorrio. — Pareceu certo. E não me lembro da última vez que tomei uma bebida. Se eu vou passar por essa refeição, vou precisar de algum incentivo líquido. — Você age como se fosse uma tarefa ter uma refeição comigo. — Não é uma tarefa, Senhorita Green. É uma tortura, especialmente quando você está vestida com essas calças justas e sexy e balançando em saltos altos. Ela timidamente sorri. — Eu poderia ter caprichado na minha roupa hoje à noite. Eu descanso minha mão em sua coxa, a outra nas costas de sua cadeira. Ela está sentada de lado, então eu tenho uma boa pegada em seu assento. — Caprichado na sua roupa? Você está me torturando de propósito? — Não. — Ela balança a cabeça e os dedos na lapela do meu paletó. Ela sabe do meu guarda-roupa normal para reuniões casuais, então eu também poderia ter me vestido para ela. Pensando que minha garota também aprecia. — Eu só queria parecer bem para o meu homem. — Você parece boa pra caralho. — Minha mão desliza por sua coxa. — Muito boa, moça. O barman empurra nossas bebidas e eu pego minha carteira para tirar uma nota de cinquenta, quando ele levanta a mão. — Vou adicioná-lo a sua guia, Sr. McCool. Quando ele recua, Sutton leva a bebida aos lábios sensuais e diz: — Sr. McCool? Amizade com o barman? Eu dou de ombros. — Eles podem me conhecer aqui, provavelmente não pelas melhores razões. Mas eles têm hambúrgueres incríveis, e você disse que era isso que estava com vontade. Estou surpreso que eles não tenham uma mesa preparada para nós. Ela dá um tapinha na minha bochecha. — Oh, que terrível, o homem rico tem que esperar com os plebeus. — Continue me provocando, moça, veja onde você parar. — Espero que embaixo de você. — Ela pisca enquanto toma seu canudo, a sucção de suas bochechas me deixando louco. — Você vai fazer isso ser tão duro quanto possível, não é?
Ela olha para a minha virilha e sorri. — Sim. O mais difícil é sempre como eu gosto. Eu tomo um gole do meu uísque e agito lentamente ao redor da minha boca por um segundo antes de engolir. — Você está fodida hoje à noite, Sutton. — Eu me movo e abaixei minha cabeça para sua orelha. — Eu vou arrancar as calças de você, empurrá-la para o lado do meu sofá, abrir as pernas e ... — Oh Deus, oh merda. — Sutton empurra meu peito, empurrando-me para trás, dizendo: — Afaste-se de mim. — O quê? — Eu pergunto, completamente confuso com o pânico nos olhos dela. — Meu pai, — ela murmura, endireitando-se. — Ele acabou de entrar no restaurante. Oh foda-se — Esconder. Eu olho para trás. — Eu não posso me esconder, Sutton. — Bem, então tire sua mão da minha coxa. Ok, esse é um ponto válido. Apesar de não querer, eu dou um passo para trás e coloco alguns metros entre nós, uma pequena parte de mim desejando que Foster me pegasse com a mão em sua coxa para que pudéssemos terminar com isso. Não é como se estivéssemos mentindo para Foster; nós simplesmente mantivemos as coisas quietas. Mas na última semana, senti essa necessidade de contar a ele, de ter sua aprovação, e agora parece um ótimo momento para acabar com isso. — Vamos chamá-lo. — Você está louco? — Sutton pergunta, com os olhos arregalados. — Este não é o momento nem o lugar para dizer ao meu pai que estamos namorando. — Ele é um cara legal, Sutton. Tenho certeza de que ele vai ficar bem com isso. — Você não o conhece como eu. Ouch. Ela pode estar certa, mas ainda assim, meu relacionamento com Foster é um que eu respeito tremendamente. Eu penso muito no homem, quase como se ele fosse a figura
eu
paterna que estava
procurando. Estou prestes a responder, quando um homem bate em mim, me desequilibrando. Quando me viro para olhá-lo, ele sorri e se senta ao lado de Sutton, com os olhos fixos no peito dela. Ele estende a mão para ela e diz: — Ei, eu sou John. Sutton olha na minha direção e gentilmente pega a mão do cara na dela. A raiva vibra dentro de mim apenas pelo vapor que sopra através dos meus ouvidos quando ela sorri para ele. Na minha cabeça, eu sei que ela está sendo educada - esta é sua natureza - mas isso não significa que eu não estou chateado com isso. — Sutton, prazer em... — Ela está comigo, rapaz, — digo com uma voz severa, dando um passo à frente, mas não muito perto, no caso de Foster se voltar em nossa direção. John me olha de cima a baixo e balança a cabeça. — Eu assisti ela empurrá-lo para longe, então eu não acho que ela quer alguma coisa a ver com você, rapaz. Ranjo os dentes, tentando permanecer o mais calmo possível, lembrando-me da técnica de respiração idiota que meu terapeuta fez em uma de minhas sessões. O que foi isso? Inspire e expire contando até dez? Sim, essa merda não está funcionando agora. A mão que não está segurando meu copo de uísque aperta ao meu lado, coçando para dar um exemplo para todos os outros caras no restaurante. Sutton é minha. — Ela não estava me afastando, — eu grito. — Cara, acalme-se. A mão dela estava no seu peito, ela não quer você perto dela. A qualquer momento Sutton quer entrar aqui seria ótimo. — Ouça, vai se fo.... — Sutton? — A voz de Foster questiona atrás de mim, e então ele se aproxima do bar. Os olhos de Sutton se arregalam e sua mão se agita no colo. — Foster Green, santa merda, — diz John, como ele se levanta e estende a mão. — Eu não posso acreditar
que você está indo para a sua última temporada. Você é meu ídolo. Sendo o homem legal que Foster é, ele sorri para John e aperta sua mão. — Obrigado, mas o velho tem que pendurar suas almofadas em algum momento. Esperando terminar com uma nota alta. — Espero que o front office possa fazer alguns bons rascunhos este ano, ajudá-lo um pouco no campo. — Eu tenho confiança que eles serão capazes... — Dando a John um último sorriso, ele pede desculpa, puxa a mão de Sutton, e me dá uma olhada. Eu os sigo até a esquina do bar, meu coração batendo na garganta. Por que ele me deu esse olhar? Ele está chateado? Ele sabe? Espero que ele não saiba, porque eu realmente queria poder dizer a ele mesmo. Eu acho que ele apreciaria isso vindo de mim. Cautelosamente, eu me aproximo do pai e da filha. Ele estende a mão e nos cumprimentamos. — Roark. — Eu vou respondê-lo, tentando encontrar o meu pé em meio a esse constrangimento, quando Foster olha por cima do meu ombro. — Eu não estava esperando ver vocês dois aqui. Sutton ri nervosamente. — Mundo pequeno, hein? Eu estava pegando uma bebida depois do trabalho e esbarrei em Roark. Ok, acho que não vamos dizer a verdade esta noite. Eu corro minha língua sobre a frente dos meus dentes, enquanto uma leve pontada de dor irradia na boca do meu estômago. Eu sei que ela não iria simplesmente acordar e contar para o pai dela, mas isso poderia ter sido a escolha perfeita. Nós realmente não falamos sobre como vamos dizer a ele, porque toda vez que eu tento trazer o assunto à tona, Sutton muda de assunto, e agora que penso nisso, me pergunto se existe uma razão profundamente enraizada para isso. Minha mente briga com meu coração enquanto tento me convencer de que a preocupação de começar a marcar minha mente é apenas isso... preocupação. Preocupação infundada. — Vocês dois iriam comer sozinhos? — Foster pergunta, olhando por cima do meu ombro novamente.
— Uh, eu convidei Maddie, — diz Sutton. As mentiras continuam girando em sua língua. — Mas ela cancelou. Roark me deu esse Shirley Temple. Não foi legal da parte dele? — Foi. — Foster olha para a bebida e depois para a minha. — Como você está, Roark? Eu não vejo você faz um tempo. Eu seguro minha bebida ao meu lado, não querendo que ele pense que eu estava no bar bebendo sozinho. — Bem. —Eu aceno sem jeito. — Isso é bom... — responde Foster, parecendo distraído. — Eu sinto muito que Maddie cancelou com você. Eu ia comer alguma coisa, poderíamos convidar John para se juntar a nós se você quiser. — Piscando, Foster acrescenta:— Ele não pode ser ruim se ele é fã do seu pai, eu acho. E quanto ao agente do velho? As palavras quase passam pelos meus lábios, mas eu os seguro de volta. — O que você acha? Ele é um cara bonito, — continua Foster, parecendo um pouco desconfortável em tentar jogar matchmaker36. Ele não está tão desconfortável quanto eu estou agora. Por cima do meu ombro, Sutton dá uma olhada em John, pois Deus sabe que razão e diz: — Sim, pode chama-lo. Uh... Que porra é essa? Ela está tentando explodir minha cabeça? Porque eu estou prestes a perder minha merda de controle se ela olhar para aquele idiota mais uma vez. — A menos que você ainda esteja envolvido com aquele cara de quem falamos? Você se encontrou com ele quando voltou para a cidade? Aguardo sua resposta, sabendo muito bem que Foster está falando de mim. Sutton aproveita esse momento para beber sua bebida, evitando todo contato visual em minha direção. Fale sobre a oportunidade perfeita para abrir a
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Uma pessoa que sente a necessidade de colocar as pessoas uma contra as outras.
conversa sobre nós namorarmos. No entanto, ela diz: — As coisas são complicadas com ele. Quando ela rapidamente olha para mim, minha sobrancelha se ergue. Complicado, né? Por último eu sabia, nós éramos tudo menos complicados, mas eu entendo, nós estamos em um lugar público e ela está nervosa. Mas foda-se. Eu sei que sua intenção não é me tratar como seu pequeno segredo sujo, mas parece que ela está tratando. Porra dói. — Bem, então, eu deveria trazer esse cara para cá, apresentá-lo à minha linda filha? — Não. — Ela balança a cabeça. — Eu não acho que seja uma boa ideia. Roark está aqui e não quero deixá-lo desconfortável. Foster ri e agarra meu ombro. — Tenho certeza que ele não se importaria, ele pode me ajudar com o cara. Sobre o meu cadáver. Por que ele está empurrando isso? Ela disse que não, pelo amor de Deus. Eu envio feixes de morte para Sutton, tentando comunicar com meus olhos que ela precisa impedir seu pai de sua terrível ideia e rapidamente. — Eu realmente não estou pronta, pai... — diz ela com mais força, insistindo Foster para soltá-la. — Certo. Bom. — Eu nunca vi Foster assim desconfortável. Estranho. Ele limpa a garganta. — Você poderia obter o número dele. — Pai... — geme Sutton, o que faz com que ele ria. Ele puxa Sutton para um abraço e beija o topo de sua cabeça enquanto olha para a porta novamente. Seus olhos foram desonestos o tempo todo, o que me faz pensar... — Oh meu Deus. Olha, é Whitney, — diz Sutton quando ela se afasta de Foster. Não é de admirar que ele tenha estado a um passo da nossa conversa o tempo todo. Foster estava se encontrando com Whitney aqui. Sua distância faz muito sentido agora. E parece que as coisas estão prestes a ficar interessantes. — Hey Whitney, por aqui. — Sutton acena para ela.
Foster fica tenso ao lado de Sutton e rapidamente olha em minha direção como se implorando por ajuda. Mesmo que eu soubesse o que fazer, acho que não ajudaria porque, sinceramente, Sutton é uma adulta, e se o pai dela está namorando alguém, ela deveria saber. E vice-versa, mas eu não vou voltar a esse assunto novamente. Whitney se aproxima com cautela, parecendo deslumbrante em um vestido vermelho justo e saltos pretos. Seu cabelo está enrolado em ondas em cascata sobre os ombros, e seus lábios combinam com o tom de seu vestido. Eu olho para Foster, que tem um olhar ardente de apreciação em seu rosto. Cristo. Se não for óbvio agora, o olhar no rosto de Foster revela que ele está apaixonado. — Ei, vocês. — Ela evita todo o contato visual com Foster - não é óbvio em tudo. — Uau, Whitney. Você está incrível, — diz Sutton. — Essa cor fica linda em você. — Obrigada. — Whitney se agita com a mão e tenta sorrir, mas parece incrivelmente forçada. Ainda inconsciente, Sutton diz: — Quais são as chances de estarmos todos juntos ao mesmo tempo? Meio estranho, hein? — Ela dá uma olhada no pai. — Você parece que está aqui para um encontro, e Whitney, qual é a ocasião? Eu acho que nunca vi você tão vestida além de um evento de trabalho. Foster e Whitney olham um para o outro, com um olhar preocupado em seus olhos. Agora, se eu fosse o namorado de Sutton neste momento, em vez de estar escondido, eu chegaria ao lado dela e explicaria o que está se desdobrando na frente dela. Em vez disso, eu me inclino para trás em meus calcanhares e tomo um gole do meu copo, observando as rodas começarem a girar na cabeça de Sutton. — Vocês dois estão aqui, parecendo muito legais. — Ela torce os lábios para o lado, pensando. — Não havia nada importante no calendário para esta noite. —Ela olha para o pai e depois para Whitney. De volta ao pai dela. — Você está.... — Eu acho que ela
está quase lá; ela está juntando as peças do quebra-cabeça. — Vocês dois estão saindo? Whitney morde o lábio inferior e parece que ela está prestes a vomitar, enquanto Foster enfia as mãos nos bolsos e pensa sobre sua resposta. — Eu não queria que você descobrisse assim, querida. Eu queria sentar e te contar, mas com o seu novo emprego e tudo o mais acontecendo em sua vida, eu não queria deixar as coisas estranhas. — Endireitando-se, ele envolve o braço em volta da cintura de Whitney, que rapidamente derrete em seu lado e diz: — Mas como é meio óbvio, Whitney e eu estamos namorando há um tempo. Nós estamos.... Apaixonados. Lentamente, eu me viro para Sutton, com um estrabismo nos olhos enquanto espero a reação dela. Ela pisca algumas vezes enquanto sua mente se processa, mas quando isso acontece, uma pequena lágrima escorre pela sua bochecha, e tudo leva em mim para não estender a mão e enxugá-la para ela. — Papai, isso é... isso é tão incrível. Não posso acreditar que você não me disse antes. — Sutton estende a mão e puxa Whitney para um abraço. — Puxa, eu estou tão feliz por vocês dois. E se eu já não estivesse apaixonado pela garota, estaria agora. Isso poderia ter acontecido de muitas maneiras, mas em vez de enlouquecer, ela imediatamente aceita a nova informação de braços abertos, fazendo com que seu pai e Whitney pareçam à vontade. Sutton não é apenas bonita por fora, mas é absolutamente linda por dentro. — Obrigada... — diz Whitney, parecendo bastante aliviada. — Eu não tinha certeza de como você aceitaria, já que sou sua chefe, mas não posso dizer o quanto isso significa para mim que você está bem com isso. — Desde que você esteja feliz, é tudo o que importa pra mim... — Sutton também dá um abraço no pai, um que dura muito mais do que o esperado. Ela diz algo em seu peito, mas eu não consigo entender com todo o ruído de fundo. Este poderia ser o nosso momento. Vendo que ele entende estar apaixonado, tenho
certeza de que ele verá o mesmo olhar em meus olhos para Sutton que ele tem para Whitney. Sem jeito, volto-me para Whitney e digo: — Parabéns. — Obrigada. — Ela ri e acena com a cabeça. — E parabéns para você também. Oh. Merda. Eu fecho meus olhos quando Foster diz: — Parabéns? Cristo. Não é assim que as coisas deveriam ir. Eu olho para Sutton, que empalidece imediatamente, o pânico percorrendo seus olhos. Normalmente rápido no raciocínio, eu sinto a língua presa, sem saber o que dizer, sem saber o que Sutton quer que eu diga. Devemos ficar em silêncio por muito tempo porque Foster começa a olhar entre nós dois. É isso. É aqui que ele vê meu amor por sua filha. Nós não deveríamos ter que soletrar isso também. — Sutton, — sua voz fica séria, — há algo que você precisa me dizer? — Quando Foster olha em minha direção, ele não parece feliz. Um homem menor iria murchar sob seu olhar, mas em vez disso, eu mantenho minha posição e não quebro o contato visual. — Eu, uh... Eu ia contar a você... — Sr. Green, sua mesa está pronta — a anfitriã diz, quebrando a tensão em nosso pequeno círculo. Foster passa os dentes pelo lábio, olhando entre nós dois antes de acenar com a cabeça - não de um jeito feliz - e pegar a mão de Whitney na dele. Sem outra palavra, ele segue a anfitriã em direção à sala de jantar, enquanto Whitney sussurra sem jeito para nós — Desculpe. Não há um único comentário. Nada. Eu esperava que ele tivesse algo a dizer, mas silêncio? Porra. Eu não acho que posso ficar em silêncio. Uma vez fora da sala, Sutton pressiona a mão na testa enquanto as lágrimas começam a brotar em seus olhos. Estou ao lado dela imediatamente, mas novamente ela me afasta. — Isso foi tão ruim, —diz ela, com a voz trêmula. — Ele está tão louco. — Sutton — dou um passo à frente, mas ela dá outro passo para trás —
Podemos
ir ao meu apartamento e conversar sobre isso? — O que há para conversar, Roark? — Ela gesticula em direção a seu pai em retirada. — Ele está claramente com raiva. — Ele está processando. Ela sacode a cabeça. — Ele não está processando, ele está fervendo. — Vamos voltar para o meu apartamento — Ei, ela claramente não quer ir a qualquer lugar com você. Meu ombro está sendo puxado para trás, me arremessando para encontrar John, mais uma vez. Esse idiota. Tomando uma respiração calmante, eu digo: — Se você fosse inteligente, você se importaria com o seu próprio negócio. — Se você fosse inteligente, você entenderia uma dica, — responde John, pisando em mim e tomando a mão de Sutton na sua. — Venha comigo. O rosto de Sutton diz tudo. Ajude-me. — Solte a mão dela agora, — eu digo, dando-lhe um aviso justo. Em vez disso, o idiota tece Sutton através da multidão de pessoas, mesmo quando ela diz: — Ele é o meu namorado. — Se ele é, ele está te tratando como merda, — eu o ouço dizer antes de sair do alcance da voz. Eu quero jogar o filho da puta na parede, mas não posso. É um restaurante grandioso e não posso entrar em outra briga. Mesmo que um idiota chamado John acha que ele pode ser super-herói. De onde diabos esse cara veio? Então, em vez disso, coloquei meu copo em cima de uma mesa alta e os segui... calmamente. Mas quando dou a volta para o corredor que leva aos banheiros, tudo que vejo é vermelho. John tem Sutton pressionado contra a parede, prendendo-a enquanto ela tenta afastá-lo, mas ele não se move. Porra. Não. Este filho da puta mexeu com a pessoa errada. Ninguém tira minha garota de mim ou a prende contra sua vontade. Fúria. É onde estou agora.
— Afaste-se, — eu a ouço gritar, logo antes de eu rasgar o ombro do cara para trás e socar meu punho através de sua mandíbula. Ele tropeça para trás alguns passos e pisca antes de olhar para mim e cai, intimidando meu corpo e me batendo contra a parede. Ele dá alguns socos no meu lado antes que eu o ajoelhe no estômago e me liberte de seu alcance. No fundo, eu ouço os gritos estridentes das mulheres enquanto eu corro atrás de John, meu punho se conectando com o lado dele antes de ele cruzar meus olhos, enviando uma dor emocionante através do meu crânio. — Roark, pare, — grita Sutton. Eu não posso parar Ele tinha as mãos na minha garota. Mas antes que eu possa puxar meu braço para trás novamente, um par de mãos fortes me puxa de volta pelo colarinho da minha camisa e me puxa através da entrada e para as ruas onde estou empurrado para frente. Eu me viro para encontrar Foster, em pé, corajosamente, com as mãos nos quadris, um olhar de raiva feroz em seus olhos. Ainda estou com raiva do que aquele filho da puta fez com a minha garota. Sutton se move em minha direção, mas antes que ela possa me tocar, Foster gesticula seu braço para o lado. — Saia daqui, Roark. Eu pego meu equilíbrio, inclinando-me para a frente enquanto o sangue escorre do meu nariz para o chão. Passei a mão pelo rosto e olhei para o homem que eu respeito mais do que qualquer outra figura masculina da minha vida. — Foster, não é como parece. — Parece que você não mudou. Eu estendi meu pescoço para você e bati meu nome no seu como patrocinador. —Ele empurra a mão pelo cabelo. — Eu esperava mais de você. — Pai. — Sutton tenta puxar o braço, mas Foster se move para frente, fechando o espaço entre nós. — Quando te conheci, Roark, sabia que você levaria minha empresa e minha imagem para o mais alto nível. Você eleva os atletas e ajuda a retratar uma imagem positiva em torno deles e, ainda assim, aqui está você, ainda bebendo, ainda entrando em lutas, escondendo os malditos segredos. — Ele dá mais um passo, aproximando-se do meu
rosto. — Namorar minha filha e não dizer nada para mim. — Ele balança a cabeça. — Eu pensei que você tinha mais respeito por mim do que isso. — Pai, por favor. Não... — Não, Sutton. Não agora — ele diz para ela, fazendo-a recuar com um soluço. Foster concentra sua fúria mal contida de volta em mim. — Você não é o homem que eu pensei que você fosse, e você provavelmente nunca será o homem que eu acreditava que você tinha o potencial para ser. — Ele me olha de cima a baixo. — Não tem como eu deixar minha filha namorar alguém menos do que ela merece. E você, Roark, não está nem perto do nível dela. Recuando, ele pega Sutton pelo ombro e a guia de volta para o restaurante. — Sutton, — eu chamo. Mas não é amor que eu vejo em seus olhos cheios de lágrimas quando ela brevemente olha por cima do ombro. Ela está com raiva também? Desapontada? Ela se vira e segue o pai para o restaurante, deixando-me sozinha nas ruas. Porra. Eu limpo meu nariz novamente e, em seguida, olho para o céu, me perguntando o que diabos acabou de acontecer. Como eu fui de provocações e brincadeiras com a minha garota a ser expulso de um restaurante de luxo com juntas ensanguentadas e nada para mostrar? Que porra é essa? Estou ansioso para dar um soco em alguma coisa... alguém. Aquele filho da puta, melhor, não mostra o rosto dele aqui fora. Você está longe de seu nível. Palavras que eu nunca quis ouvir validadas. Mas lá estão eles, caindo dos lábios de Foster. Eles soam mais verdadeiros do que qualquer coisa que eu já ouvi. Há pelo menos uma coisa que eu sei com certeza, apesar de tudo que Sutton disse para mim, querendo estar ao meu lado, pensando que sou o homem que ela queria, ela foi muito rápida em recuar uma vez que seu pai expressou seus pensamentos.
diabos
— você
Que está
fazendo aqui? Eu olho por cima do meu ombro para encontrar Rath com uma toalha enrolada na cintura e o cabelo em desalinho. — Me servindo uma bebida. Com o que se parece? Ele se aproxima e acende uma luz, queimando minhas retinas com o brilho. Eu tento cobrir meus olhos enquanto eu balanço meus pés. — O que diabos aconteceu? — O que não aconteceu? — pergunto, cobrindo meu copo até a borda com uísque. Eu me viro e me inclino contra o balcão do bar, dando a Rath meu melhor sorriso sobre o meu copo cheio. — Cristo. — Rath olha para trás e ajusta o nó em sua toalha. —Imagino que você não vai a lugar nenhum tão cedo. — Não... — eu respondo. — E Bram não estava disponível? — Bram é tudo sobre essa merda de amor agora. Não aguentei, então vindo para cá. — Sorte minha — diz Rath, soprando um longo suspiro. — Sente-se na sala enquanto eu cuido de alguma coisa. — Não se importe se eu quiser... — eu respondo, indo em direção ao sofá, a sala girando em torno de mim. Depois de ser expulso do restaurante, fui ao primeiro bar que encontrei e bebi até ficar bêbado o suficiente para pegar um táxi para o apartamento de Rath. Porque aqui? Simples, não posso estar na minha casa, não agora. Não quando Sutton continua ligando e me mandando mensagens. Eu desliguei meu celular, não aguentei mais. Eu li alguns de seus textos. Ela sentia muito, ela precisa falar comigo. Por favor tenha cuidado, merda assim. Mas isso não significa nada para mim. Não pode significar nada para mim. Não depois do que Foster me disse. Não depois do olhar que ela me deu enquanto se afastava. Eu vi nos olhos dela, quase como se ela concordasse com o pai. Do corredor, Rath aparece em calça de moletom e segura a mão de
uma menina enquanto a leva até o elevador. Eu o ouço sussurrar algo enquanto pressiona o botão para baixo, mas não consigo entender. Sentindo-me um pouco culpado, aceno a mão na direção deles e grito: — Desculpe pela interrupção. Rath me lança um olhar mortal e, em seguida, pressiona um beijo rápido nos lábios da menina antes de mandá-la embora. Uma vez que as portas estão fechadas, ele solta um longo suspiro e agarra um copo de uísque antes de se juntar a mim no sofá. — Ela parecia legal — digo, tentando preencher o silêncio. — Sim. Eu dou de ombros. — Ela tinha boas pernas. — Ela tem... — Diz Rath, inclinando-se para trás e olhando para o teto. — Mas ela não é a garota sobre quem não falamos, não é? — Nós não estamos aqui para conversar sobre a minha vida amorosa... — ele rosna para mim. — Agora me diga o que aconteceu para que eu possa ir para a cama. — Onde devo começar? — coço o lado do meu queixo. — Foster descobriu sobre mim e Sutton. — Merda, ele te socou? — Rath pergunta, sentando-se e de frente para mim agora. Eu tomo um gole do meu copo e assobio a queimadura antes de dizer: — Não, esse era um cara chamado John que estava abusando sexualmente de Sutton em um corredor. — Porra? — Rath pisca algumas vezes. — Comece do começo. Passo os próximos minutos lembrando de tudo, desde ver Sutton depois de duas longas noites sozinhas, até a ducha tentando se mudar, para localizar Foster, para descobrir sobre seu relacionamento, para o deslize de Whitney apenas para seguir tudo isso até a luta no corredor. — Puta merda, — Rath respira pesadamente. — Então Foster arrastou você para fora do restaurante. Ele não parece estar feliz. — Sim, você poderia dizer isso. — Eu olho para frente, enquanto as palavras que ele soltou para mim
reverberam na minha cabeça. — É como se ele levasse todas as coisas que eu odeio sobre mim e as confirmasse. — Eu balanço minha cabeça. — Você deveria ter visto o olhar em seus olhos. Eu sei que sou seu agente, e nós temos um relacionamento comercial, mas eu sempre olhei para o homem, e nunca me senti tão doente por desapontar alguém. Isso é como ele está, desapontado. Ele pensou que eu estava lutando por lutar e depois disse... — Eu solto um longo suspiro. — Merda. Que porra está acontecendo? Lágrimas começam a se formar na parte de trás dos meus olhos e eu juro a Cristo se elas caírem, eu vou no fundo do poço. Respirações profundas, assim como o terapeuta disse. — Cara, você está bem? —Rath pergunta, parecendo preocupado. Ele deveria estar, estou prestes a ter um maldito colapso. — Não, eu não estou. — Eu inclino minha cabeça para trás e tento aliviar a tensão na minha garganta. — Eu sou tão foda, Rath. Quando se trata de negócios, eu sou implacável, mas qualquer coisa a ver com minha vida pessoal eu não consigo acertar. — Eu arrasto minha mão sobre o meu rosto. — Eu a amo, cara. Eu a amo tanto assim. — O que Foster disse para você? — Apenas me disse a verdade que eu já sabia. Que eu não sou bom o suficiente para Sutton. — Ele disse o que? — Algo parecido. Mas para resumir, sim, eu não sou digno de sua filha. — Merda... ele não está certo, você sabe. Eu zombei disso. Ok, talvez Rath tenha bebido, e eu não sabia até agora. — Ele está certo. — Ele não está. — Rath diz, balançando a cabeça. — Você é mais do que suficiente para ela. Pelo que tenho observado, vocês se equilibram. Porra, poucos minutos depois de me conhecer, ela corajosamente perguntou se eu gostava de brincar com mamilos. Isso foi engraçado pra caralho, cara. Green foi pego de surpresa. Com o tempo, ele verá que você adora o chão em que
ela caminha e mostra a mesma lealdade e atenção que você faz para nós e para seus clientes. Eu balanço minha cabeça e depois bebo um grande gole de uísque, sentindo o líquido âmbar no meu estômago. — Há uma razão pela qual minha família não quer nada comigo, Rath. Eu não sou o tipo de cara que consegue andar no pôr do sol em um cavalo com o amor de sua vida, um feliz para sempre ao virar da esquina. Eu não sou Bram. Eu não tenho a capacidade de realmente dar a uma mulher o que ela merece, porque eu não sei como fazer isso. — Só porque você não sabe como não significa jogar a toalha. Você aprende, você se adapta. Você não sabia nada sobre ser um agente, mas encontrou seu caminho até o topo. Isso é a mesma coisa. Você tem que ensinar a si mesmo e chegará até você. Você tem a capacidade de usar seu coração. Você faz isso comigo e Bram. — Vocês são diferentes. — Não somos. Ainda é um relacionamento que você manteve por mais de doze anos. Para mim, isso é algo para se orgulhar e isso prova para mim que você é mais do que capaz de estar em um relacionamento com Sutton. — Isso me lembra o que Sutton pensava. Do que eu temporariamente acreditei. A palavra relação não se presta apenas ao romance, Roark. Você tem relações com pessoas há muitos anos... É como se você estivesse escondido atrás de uma fachada de indiferença e idiota... — Que porra de sempre Rath, — respondo. — Estou tão cansado dessa merda. Sutton se foi da minha vida agora. Eu coloco meu copo vazio na mesa e levanto o assento. Eu tropeço pelo corredor, pressionando a minha mão contra a parede cinzenta silenciada. — Onde você vai? — Para a cama. — Nós não terminamos aqui, Roark. — Nós terminamos... — eu falo por cima do meu ombro. — Não há nada que você possa dizer que mude a dolorosa compreensão que Sutton e eu não podemos acontecer.
CAPITULO VINTE E UM Querido Diário... Onde eu começo mesmo? Estou quebrado, de muitas maneiras, do meu nariz sangrando ao meu coração despedaçado. Meus pulmões parecem não estar funcionando como costumavam, como se um peso pesado agora estivesse sobre eles, tornando impossível respirar fundo. E, em vez de cair num coma induzido pelo álcool, estou bem acordado, olhando para o teto da cobertura de Rath, repetindo a noite repetidamente em minha cabeça: O olhar no rosto de Sutton. As palavras cruéis e precisas de Foster. Eles continuam batendo em mim como uma onda de maré em repetição, me afogando, me sufocando em tristeza e perda. Perda por algo que eu nunca soube que queria, mas sintome desesperado por ter novamente. Ela continua tentando entrar em contato comigo. Liguei meu telefone para ver mais cinco mensagens dela. Ela quer me ver, falar comigo. Eu estou tentado. Porra eu a quero. Mas eu sei que no fundo, mesmo que respirar seja muito mais fácil com ela do meu lado, vou ter que viver com respirações superficiais pelo resto da minha vida. Roark ***
— Eu paro meu braço e tento sair pela porta para encontrar Roark. — Por que permiti que meu pai me levasse de volta ao restaurante está além de mim. — Sutton Grace, não saia por essa porta, porque você me deve uma explicação. Uma muito longa. —
Sua voz explode no meu ouvido, silenciosa para as pessoas ao nosso redor, mas claro para mim com sua proximidade. — Eu preciso verificar ele. — Quanto mais mantivermos nossa distância, melhor. Eles têm uma sala privada para nós na parte de trás. Encontre seu lugar na mesa enquanto eu cuido de alguma coisa. Ele é severo e seus olhos dizem — não foda comigo. Então, apesar de eu querer nada mais do que correr atrás do Roark e ver se ele está bem, eu sei que meu pai não vai tolerar eu deixar este restaurante sem uma explicação. Mas a decisão não é fácil enquanto mastigo meu lábio inferior e olho em direção à porta. — Sutton Grace, não me desafie. Crescendo frustrada com a tentativa do meu pai de me transformar em uma garotinha, eu me aproximo e digo: — Eu sou uma mulher adulta, pai, então comece a me tratar como uma. — Eu vou quando você começar a agir como uma —, ele recua e, em seguida, vai para a parte de trás do restaurante sem fazer barulho, como todos os olhos são treinados em nós. Sabendo que a imagem do meu pai é muito importante, eu sucumbo às exigências dele e vou para a sala onde Whitney está sentada nervosamente, as mãos torcendo no colo, os olhos lacrimejando. Quando fecho a cortina pesada, me sento à mesa e descanso minha cabeça em minhas mãos. Whitney está imediatamente ao meu lado, mão nas minhas costas. — Sutton, sinto muito. Não acredito que deixei isso escapar. — Tinha que sair em algum momento. — Eu suspiro e viro para ela. — Eu deveria ter dito a ele há um tempo atrás. Eu pego meu celular da minha bolsa e começo a digitar uma mensagem de texto quando papai vem através da cortina. Ele não se senta imediatamente, mas, em vez disso, caminha pelo pequeno espaço, seu passo gigantesco devorando o piso de madeira lindamente polido. Finalmente, ele pára e olha para mim, as mãos nos quadris. — Cuidado para explicar o que estava
acontecendo? Eu só tinha que prometer que o homem VIP ingressou no primeiro jogo do Steel nesta temporada, então ele não irá processar Roark. Por que ele está pagando alguém que me agrediu? — Papai, ele estava.... — O que diabos você estava pensando, Sutton? Primeiro de tudo, o homem é oito anos mais velho que você. — Papai.... Ele levanta a mão. — Segundo, ele é meu agente. Ele lida com uma parte muito importante do meu negócio, então por que você se envolveria com alguém que é um atributo tão vital para o meu sustento? Eu mordo de volta uma observação, lágrimas começando a transbordar em meus olhos. — E terceiro, mesmo que eu respeite suas técnicas de negócios, sua vida pessoal é menos do que qualquer coisa que eu aprovaria para minha filha, e você deveria saber disso. E esta noite, infelizmente, prova que ele não vai mudar. O homem não pode passar uma semana sem entrar em uma briga. Eu o conheço há muito tempo e tenho visto muitos olhos negros em seu rosto, então, porque em seu juízo perfeito acha que é uma boa ideia sair com ele? Ele é um rebelde, Sutton, alguém que sempre será egoísta quando se trata de seu temperamento. — Ele agarra a parte de trás do pescoço com as duas mãos e puxa, com os braços cheios de tensão. — Cristo, o que diabos você estava pensando? O que eu estava pensando? Eu estava pensando e ainda acho que há um homem belamente quebrado por quem eu me apaixonei e não havia nada que eu pudesse fazer para parar. E nada me faria mudar minha opinião sobre o homem que amo. Crescendo no rancho enquanto meu pai estava em Nova York, jogando suas temporadas de futebol ano após ano, eu fui parcialmente criada pelos meus avós, mas sempre me disseram para cuidar do meu pai, mesmo que ele não pudesse estar perto de mim. E eu levei isso para o coração, porque durante o período de entressafra, ele estava presente. Ele poderia ter sido um pai não convencional com o seu horário de trabalho, mas nunca houve uma época em que eu o cruzasse porque, mesmo ao
telefone, ele me dava uma bronca de língua para lembrar. Mas neste momento, com meu pai agindo tão errado, eu coloco minhas botas de menina grande e o enfrento, pronto para, pela primeira vez, colocá-lo em seu lugar. Sugando as lágrimas, tentando o meu melhor para deixar a emoção fora disso, eu digo: — O que você sempre me disse sobre reagir, pai? — Ele faz contato visual comigo, mas não diz nada, então eu continuo. — Você me disse uma e outra vez que, antes de reagir, preciso obter todos os fatos. Bem, é hora de você ter os fatos. Sentindo-me mais calma, sentei-me mais alto no meu lugar e gesticulei para a cadeira ao meu lado. — Sente-se, pai. — Eu espero por alguns segundos enquanto ele decide o que fazer. No final, ele é um homem honrado e puxa a cadeira. Seu corpo grande engole o assento de madeira enquanto ele descansa o braço sobre a mesa. Sua estatura, por si só, é intimidante, mas seus olhos dizem tudo - sempre foram - ele não está feliz. Eu pretendo mudar isso. — Roark e eu começamos a namorar há pouco mais de um mês —. Sua mandíbula trava. — Não era algo que estávamos planejando. Honestamente, eu o desprezei quando o conheci, mas com o tempo, algo aconteceu entre nós, uma mudança em nosso relacionamento, uma apreciação um pelo outro, o mesmo tipo de mudança que tenho certeza que você teve com Whitney. Ele olha para Whitney, que coloca a mão no meu braço, incentivando-me a continuar. — Eu não esperava me apaixonar por ele, mas o fiz, e estou feliz por ter feito isso porque ele realmente me faz feliz, pai. Ele me ama, eu sei que ele ama, e ele cuida de mim, me encoraja, me protege ... — Protege você? — Ele entrou em uma briga... duas vezes ao seu redor. — Papai, o homem que você pagou hoje à noite estava me atacando, tinha as mãos em mim... — O quê? — Meu pai explode, levantando-se da cadeira. — Roark estava me protegendo, — eu adiciono e evito que papai cause outra cena. — Não se preocupe com ele por enquanto. Você
precisa
me ouvir sobre Roark. Ele é um bom homem. Ao contrário daquela bola fina... — O que. Ele. Fez. Para. Você? Eu respiro fundo. Eu mal estou segurando isso do que aconteceu com Roark, da sensação das mãos de John em mim... — Começou no bar. Ele continuou insistindo que eu não queria Roark perto de mim, que era a coisa mais distante da verdade. Você entrou no restaurante e eu pedi a Roark para manter distância. John entendeu que eu não queria nada com Roark e mergulhou dentro. Roark tomou insultos do homem, engoliu seu orgulho enquanto me observava conversando, mas nunca agia. Ele estava calmo e reservado, quando eu sei que ele queria me reivindicar como dele, mas ele não podia. — Eu penduro minha cabeça com vergonha. — Ele não podia porque eu disse a ele que não. Eu não estava pronta para te contar porque eu não queria a reação que você teve quando descobriu. Eu queria preservar nosso relacionamento o máximo que pudesse. — Você poderia ter me contado, Sutton. Eu teria entendido. Eu sacudo minha cabeça. — Claramente você não entenderia, pai. — Ele estava batendo a merda de outro homem; o que eu deveria pensar? — Antes disso, você saiu. Ele arrasta a mão sobre o rosto em frustração. — Porque.... Eu fui pego de surpresa. — Fiquei surpreso com você e Whitney, mas agi como uma adulta e fiquei feliz por sua felicidade. E quando você nos deixou depois de descobrir, foi quando John me puxou para o corredor e tentou se aproveitar de mim. Roark me encontrou e disse a John para se afastar de mim. Quando ele não fez, sim, ele avançou em cima dele. — Ele tinha as mãos em você... — Sim. — Estou tremendo. Eu não quero pensar sobre isso. — Roark me ama, pai, então imagine como ele se sentiu vendo isso. Peça ao restaurante por filmagens, se você não acredita em mim. Aposto que está tudo lá. Ele estava me protegendo, papai, e
você o tratou como se ele fosse um monstro. — Porra... — ele murmura, pressionando a mão na palma da mão e movendo-a lentamente para frente e para trás. — Por que você não disse nada? — Eu tentei, mas você não me deixou. E eu não poderia deixar você acreditar em outra coisa senão a verdade. Ele é um bom homem, pai. Ele pode ser rude as vezes e tomou algumas decisões ruins no passado, mas ele é um bom homem, um que você deveria se orgulhar de ter em minha vida... na sua vida. Inclinando-se para trás, ele solta um longo suspiro de ar e olha para o teto. — Merda. As coisas que eu disse a ele, Sutton. Deus, sinto muito. Por que ele não falou comigo sobre vocês dois? Antes desta noite, eu tinha visto uma mudança nele. — Ele queria falar com você. Desde o começo. E pedi a ele que esperasse. Eu estava errada, pai, não Roark. - Eu estava tão errada. Meu pai tranca os olhos em mim e inclina a cabeça para o lado em questão. — Mas você o ama? Eu aceno, nem mesmo tendo que pensar nisso. — Eu o amo, papai. — E ele trata você com respeito. — Sim. — E você está feliz? Eu sorrio baixinho. — O mais feliz que eu já estive. Ele brinca comigo, ele aperta meus botões, ele me deixa com raiva, mas de um jeito que me mostra como somos compatíveis. E ele nunca me pede nada além da minha presença. Ele só quer estar comigo, segura minha mão, me segura. Isso é tudo. — Faço uma pausa e recupero o fôlego. — Ele me faz sentir especial, pai. Adorada. Amada. Lentamente ele assente e coloca as mãos nos joelhos. — Precisamos ir encontrá-lo. Uma lágrima passa pelos meus olhos quando eu me aproximo e dou um grande abraço nele. Quando ele abaixa a cabeça no meu ouvido, ele sussurra: — Sinto muito, Sutton. Se você está feliz, eu estou feliz. E você está certa sobre Roark. Me desculpe por deixar minha ignorância me cegar.
— Tudo bem, pai. — Eu me inclino para trás e dou um tapinha no rosto dele. — Você não pode sempre ser perfeito. Whitney zomba desse comentário e cruza os braços sobre o peito, com um sorriso brincalhão nos lábios. — Ele é tudo menos perfeito, Sutton, você pode confiar em mim sobre isso. — Estou de olho... — Ele aponta o dedo para Whitney. — Eu não preciso de você me derrubando na frente da minha filha. — Oh, você fez isso tudo sozinho. — Ela ri, fazendo-me rir também. Parece que meu pai encontrou seu par e eu não poderia ter escolhido uma pessoa melhor para ele estar. Estou chocada por não ter visto isso antes. Fale sobre ser profissional. Eu nunca teria adivinhado. — Venha. — Meu pai se levanta de sua cadeira. — Vamos encontrar, Roark. Eu tiro, os lençóis que estão entre as minhas pernas. O sol brilha através de uma fenda nas cortinas, e o cheiro de café permeia a sala enquanto tento me orientar. Meus olhos se abrem, pesados pela falta de sono, ajustando-se ao sol da manhã. E é quando percebo onde estou. Eu pulo para frente, olhando para o lado vazio da cama. O travesseiro está intacto. Eu rapidamente balanço meu olhar para o banheiro e não vejo nenhum sinal de vida também. Pegando o roupão que Roark comprou para mim, o que eu guardo na casa dele, eu o jogo sobre os ombros e corro para a sala, procurando por Roark. Nada. A cozinha está igualmente vazia, a única — vida— sendo o café gotejado lento devido a um temporizador pré-definido. Ele não voltou para casa ontem à noite? Meus olhos embaçados leem o tempo no forno. Seis horas da manhã. Ele nunca fica fora tão tarde. Onde ele poderia estar? Meus olhos vagueiam para o quarto de hóspedes e me pergunto se talvez ele chegou em casa, me viu em sua cama e preferiu dormir no quarto de hóspedes. Com o coração batendo forte, eu ando até a porta fechada, fecho
os olhos com esperança e abro a porta. Uma cama perfeitamente feita e não uma alma à vista. Ele não voltou para casa. Em absoluto. Talvez ele tenha respondido a um dos meus textos. Eu ando de volta para o quarto, com o robe agitado ao meu lado e pego meu telefone, mas quando a tela vem à vida, não vejo nada. Depois que saímos do restaurante, passamos umas boas horas procurando por Roark, ligando e mandando mensagens para ele, mas ficamos sem resposta. Papai ligou a noite e me disse para entrar em contato com ele no minuto em que Roark chegasse em casa. Passei o resto da noite chorando ao telefone com Maddie. Ela escutou baixinho, interpondo suas exclamações de surpresa de vez em quando, e quando eu disse a ela que o amava e fiquei com medo de que ele não me quisesse de volta, ela me tranquilizou, dizendo que não havia como ele conseguir ficar longe. Ele não fez a primeira vez. E eu gostaria de acreditar nisso, mas agora, sozinha em seu apartamento com o silêncio como minha companhia... isso me faz pensar. Eu poderia realmente tê-lo perdido? Eu abro um texto para enviar para Maddie quando ouço a campainha distinta do elevador ligando a chegada de alguém. Soltando meu telefone, eu saio pelo corredor bem a tempo de ver Roark entrar na sala de estar, a cabeça virada para baixo, as mãos nos bolsos. Quando ele olha para cima para me ver, não há um recuo em sua reação. Não tem um sorriso. Não há uma sugestão de surpresa, quase como se a noite passada tivesse sugado cada emoção dele. — Roark, — eu respiro, sentindo-me aliviada e preocupada simultaneamente. — Onde você esteve ontem à noite? — Rath, — ele responde, sua voz rouca. Quando ele olha para cima, vejo o hematoma em torno de seus olhos e nariz e me encolho. Deus, isso deve doer... e está lá por minha causa. Mãos ainda nos bolsos, ele pergunta: — O que você está fazendo aqui, Sutton? — Você não recebeu nenhum dos meus textos ou ligações? — Eu desliguei meu telefone.
Ele fala em um tom monótono, evitando todo contato visual comigo, a brincadeira habitual em sua voz se foi. Estou preocupada. Com medo, na verdade. — Roark, podemos por favor conversar? Noite passada... — Ontem à noite foi o tapa na cara que eu precisava. — Ele finalmente olha em minha direção, seus olhos cansados circulados em vermelho brilhante. Ele passa pela sala, passa por mim e segue pelo corredor até o quarto, onde começa a tirar o paletó e a camisa de botão. Não tenho certeza do que ele quer dizer, eu o sigo. — Tapa na cara? Do que você está falando? — Você não pode ser tão inocente, Sutton, — responde, uma dose de malícia em sua voz. — Você foi embora a noite toda, deixando-me preocupada com textos não respondidos e chamadas, então me desculpe se eu quiser uma explicação, — respondo. — Seu pai disse assim: não devemos ficar juntos. Eu sabia disso no minuto em que comecei a ter sentimentos por você, mas eu precisava do lembrete. Eu engulo em seco, tentando não reagir às suas palavras, mas me imaginando em seu lugar. Ele está ferido, chateado e, provavelmente, um pouco machucado da conversa da noite passada. Eu não posso levar suas palavras muito pesadamente, não quando ele provavelmente está tentando proteger seu coração. Cautelosamente, eu entro em seu armário, fechando-o no espaço e encostando o na porta. — Eu entendo que você está chateado. Eu não posso imaginar o que está passando por sua mente depois de ontem, mas não me afaste quando pudermos facilmente trabalhar com isso. Papai sabe que ele estava errado. Ele admitiu isso e.... — Não importa. Não estamos trabalhando em nada, Sutton. Acabou. — Ele passa por mim, uma camisa nova e um jeans na mão. — Você vai desistir, assim? Depois que você estava tão desesperado para me ver ontem? É isso, você está jogando em mim? Ele tira o resto de suas roupas e pula no chuveiro, não deixando
aquecer. Eu vejo como ele rapidamente lava seu rosto, corpo e cabelo. Depois de um minuto no máximo, ele sai do banho e enrola uma toalha na cintura. Quando ele percebe que não me movi, solta um longo suspiro. — Você sabe que eu não posso simplesmente superar você assim, Sutton. — Então por que você está lutando contra seus sentimentos? Por que não fazer tudo certo em vez disso? — Porque... — ele dispara de volta, olhando para mim no espelho, suas mãos segurando o balcão do banheiro, seu peito flexionando sob seu olhar imponente. — Eu nunca vou ser bom o suficiente para você, e prefiro não me sentir uma merda toda vez que você estiver perto de mim. Eu já me odeio como sou, então não preciso do lembrete quando estiver por perto. Eu sou forte, mas isso doeu. Não deixando minha dor tirar o melhor de mim, eu digo: — Não importa o que eu penso? Porque eu acho que você é bom o suficiente, você foi feito para... — Esqueça, Sutton. Apenas saia, porra. Eu dou um passo para trás, chocada. Suas palavras são como um tapa físico. — Roark. Ombros crescendo, ele me olha no espelho e, naquele momento, não vejo o homem que amo, nem o homem que conheço em um nível mais profundo. Em vez disso, vejo a máscara de um homem irritado e ferido. — Não faça isso pior do que já é. Apenas saia, ok? — Ele abaixa a cabeça e empurra a mão pelos cabelos violentamente. — Roark, por favor. Sinto muito. — Minha voz fica mais apertada. — Eu não queria que você fosse embora sem mim, eu não queria que você tivesse que passar a noite sozinho. É por isso que eu estava mandando mensagens. Eu deveria ter ficado com você, mas eu sabia que tinha que acalmar as coisas com meu pai, explicar o que aconteceu no restaurante. Eu sinto muito, por favor, vamos apenas falar sobre isso. Eu não... — Eu seguro o soluço que ameaça escapar. — Eu não quero perder você. Mal erguendo os olhos para me olhar no espelho, ele fala em tom desanimado. Uma palavra. Uma palavra que me parte ao meio. — Saia.
Eu não quero sair. Eu quero ficar aqui, resolver as coisas, tranquiliza-lo do meu amor, mas da tensão que se forma em suas costas, sei que qualquer coisa que eu disser esta manhã vai saltar direto dele, intocado e inaudível. Dói eu fazer isso, mas eu dou um passo para trás e depois outro, me retirando para minhas roupas que eu rapidamente coloco antes de juntar minhas coisas. Eu espio cautelosamente pela porta do banheiro para ver se ele se mudou de ideia, mas não. Ele fica imóvel além do puxão que ele tem nos grossos fios castanhos de seu cabelo. Eu fico lá, com a bolsa e o telefone na mão, sem sapatos, imaginando se eu deveria falar com ele mais uma vez, se eu deveria tentar preencher a lacuna que tão rapidamente cresceu entre nós. Eu não posso reunir as palavras, não passado o caroço grosso que se formou na minha garganta. Oh Deus, por favor. Eu não posso tê-lo perdido para sempre. Então, com o coração pesado e as bochechas manchadas de lágrimas, eu de alguma forma chego ao elevador, esperando e rezando para que esta não seja a última vez que o vejo. Eu não posso perder esse homem da minha vida. Ele carrega meu coração em suas mãos e eu estou doendo deste buraco dentro de mim. Eu te amo, Roark. Eu vou te amar para sempre. E então o primeiro soluço se solta.
TOC, BATIDA. Através dos olhos vermelhos, eu olho para cima do meu computador para encontrar meu pai parado na porta. Os pequenos limites do meu escritório encolhem exponencialmente no minuto em que ele pisa dentro e fecha a porta atrás de si. — Ei papai, — digo, me inclinando para trás na minha cadeira. Ele se senta e cruza as mãos sobre a barriga, examinando-me antes de falar. — Whitney estava certa. Você não parece ótima, Sutton.
— Não consigo ouvir o suficiente, — digo com um sorriso suave. — Recebi uma ligação do escritório de Roark. — Ele está bem? — Eu pergunto, uma pequena fatia de pânico cortando através de mim. — Ele está bem, mas eles disseram que ele me designou para um de seus agentes juniores. — O que? Você está falando sério? O que você disse? — Eu disse a eles que era inaceitável e que, de acordo com meu contrato com ele, ele é o único a lidar com meus assuntos e que não espero nada menos do que isso. — Você põe panos quentes na situação? Ele sacode a cabeça. — Não há panos quentes nos negócios. Eu agendei uma reunião com ele para quinta-feira. Eu adoraria ir nessa reunião, mas sei que não vai adiantar nada. Ele não quer conversa. Não responde os textos ou os telefonemas, ou mesmo os e-mails. E quando eu vou ao seu apartamento para ver se ele está bem, Harris educadamente me diz que eu tenho que ir embora, apesar de claramente doer. Quando Roark diz que acabou... realmente acabou. Whitney pode pensar que eu pareço horrível do lado de fora, mas não é nada comparado à desolação interna. — Sobre o que você vai falar? Papai esfrega a mandíbula com a mão grande e diz: — Isso não é nada com que você precisa se preocupar. — Bem, estou preocupada, pai. Ele não vai falar comigo, nem vai me ver. — Minha garganta começa a ficar tensa de novo, tornando difícil vocalizar meus sentimentos. Eu tomo uma respiração calmante e meu estômago para parar de girar com os nervos. — Estou com medo que eu realmente o tenha perdido antes que eu pudesse tê-lo totalmente. — Eu acho que ele precisa de tempo. Hora de pensar e sentir, é assim que trabalhamos. Os homens não são como mulheres que podem processar seus sentimentos imediatamente. Precisamos dar um passo atrás e pensar. Roark é um homem inteligente, então dê tempo a ele; ele vai perceber o quão importante você é para ele. — Mas o pai não ouviu as palavras de Roark ou viu seu
desânimo. Eu nunca vou ser bom o suficiente para você, e prefiro não me sentir como uma merda toda vez que você estiver perto de mim. Ele não me quer. — Ele teve uma semana. Quanto mais tempo ele precisa? Quanto tempo antes que ele esqueça o nosso amor e me esqueça? Papai encolhe os ombros. — Depende. Ele ficou ferido e as cicatrizes que ele usou durante anos foram reabertas, graças a mim. Ele precisará de tempo para reavaliar e descobrir a verdade versus falsidade. — Por que ele não me deixa ajudá-lo? Ele me deixou no passado. Ele precisava de mim no passado. — Porque, querida, você é o que ele está tentando reavaliar. Se ele te ama como você diz, não há dúvida em minha mente que ele vai perceber o quão especial você é para ele. Com Roark, uma vez que você está em seu coração, você está dentro. Ele é extremamente leal, mas deixar que ele aceite você em sua vida que vai levar tempo. — E se ele não o fizer? — Então ele é um idiota. — Pai... — gemo. — Não é a resposta que eu estava procurando. Ele se inclina para frente e pega minha mão, que eu dou a ele. Seu polegar acaricia meus nós dos dedos antes de dizer: — Se ele é um homem inteligente, o que eu acho que é, ele vai descobrir. — Eu gostaria que fosse o caso. — Eu puxo minha mão e empurro uma mecha de cabelo para trás da minha orelha. — Uma coisa que aprendi sobre Roark enquanto estávamos juntos, quando ele está decidido em alguma coisa, não há muito que você possa fazer para mudar de ideia. Acho que quando ele disse que acabou, ele realmente quis dizer isso. — Ele é um homem de palavra, — meu pai confirma, aumentando o pânico em meu coração. — Mas há uma coisa que você não sabe sobre o homem. Quando ele percebe que está errado, ele é dono disso. — Bom dia, sim, — Maddie diz, quando eu olho para ela. — Uh -
ela se inclina para frente e sussurra para mim enquanto ela rapidamente olha em volta da cafeteria — você percebe que você parece com a morte? — Ah, é mesmo? — respondo sarcasticamente, colocando minha xícara de café na mesa enquanto Maddie se senta com a xícara na mão. — Eu pensei que parecia uma debutante digna esta manhã. Maddie sacode a cabeça. — Verifique o espelho novamente, Sutton. Eu te amo, mas você parece uma boneca Barbie que foi arrastada pelos trilhos do trem a noite toda. — Você é incrivelmente doce. — Sinto muito, mas quando eu nunca te disse a verdade? — Eu sei, mas pelo menos você pode terminar de dizer bom dia antes de me insultar. — Sinto muito, — diz ela sinceramente. — Eu fui pega de surpresa. Vou adivinhar que ele não entrou em contato com você? Eu sacudo minha cabeça. — Não, e ele falou com meu pai há dois dias. — Você falou com seu pai sobre a conversa? Eu aceno, lembrando como ele estava de boca fechada. — Ele não me disse nada realmente. Ele disse que era entre ele e Roark, e o que Roark faria com a discussão deles é com ele. Claramente ele não quer fazer nada. — E ele ainda não está respondendo? — Honestamente, eu joguei a toalha tentando me comunicar com ele. Comecei a sentir-se desesperada, em vez de preocupada. Eu não quero ser essa garota. Se ele me quer, ele me quer. — Meu estômago se agita quando lágrimas começam a ficar bem em meus olhos. — E está claro que ele não me quer... — Oh, Sutton. — Maddie leva a cadeira para o meu lado enquanto eu enterro minha cabeça na minha mão, odiando que estou chorando em público. Maddie me puxa para um abraço, seus braços firmemente ao meu redor. — Eu sinto muito. Eu gostaria de poder dizer algo que faria você se sentir melhor, mas eu não quero te encher de esperança. Roark, pelo que você me disse, não se abre facilmente, nem se permite sentir.
— Ele não faz, e é disso que eu tenho medo, que ele vai se afastar, sem nunca se permitir descobrir seus sentimentos por mim. — Você foi ao escritório dele? Eu balancei minha cabeça enquanto Maddie se afastava, mas descansava sua mão na minha, mantendo seu conforto perto. — Isso seria muito desesperado, e se ele me afastasse? Eu seria humilhada, assim como eu foi quando Harris me disse que Roark não queria me ver. — Lágrimas descem pelo meu rosto enquanto eu mal expresso o que está na linha de frente da minha mente. — Eu realmente... Acho que acabou. — Eu respiro fundo, meu peito chocalhando com tristeza. Eu me sinto tão quebrada e odeio isso. Eu odeio essa dor. Esta agonia. Maddie mais uma vez me puxa para um abraço e pressiona a mão na parte de trás da minha cabeça. — Eu sinto muito, Sutton. Eu sei que esta é provavelmente a última coisa que você quer ouvir, mas o amor é imprevisível. Às vezes, isso te tira do chão e te leva para o pôr do sol. E depois há momentos em que o amor é uma lição de aprendizado, um pequeno capítulo de experiência em sua longa e bela vida. Tenha seu momento, aprenda com o amor que você teve com ele, e quando for a hora certa, a dor em seu peito começará a diminuir e as cores ao seu redor começarão a brilhar novamente. Mesmo que eu saiba que ela está certa, que com o tempo eu provavelmente superarei isso, eu sei que no fundo, não tem como eu realmente poder deixar esse amor ir embora. Essa foi a primeira vez que senti outro ser humano se enterrar na medula dos meus ossos. Sempre haverá uma parte da minha vida que parece um pouco mais maçante antes de conhecer Roark McCool, e isso é uma conclusão com a qual vou viver o resto da minha vida.
CAPITULO VINTE E DOIS Querido que se foda, Eu não sei porque eu ainda estou escrevendo nesta maldita coisa, não é como se eu tivesse outra coisa para realmente dizer diferente... Eu bebi até escurecer na noite passada. Eu fumei o que parece ser três caixas na noite anterior. E eu bati em um idiota em um bar três noites atrás para me pegar no beco. Ele fez um trabalho de merda. Agora eu fiquei com olhos negros abaixo do normal, uma tosse perversa e uma ressaca enorme que me fez arrastar minha bunda ainda pior do que antes. Pela primeira vez desde que comecei a minha empresa, estou tendo um dia doente. Liguei para minha assistente, fingindo tossir, dizendo que ia ao médico, mas ela e eu sabemos que o único tipo de doença que eu tenho é estar apaixonado. Foda minha vida. Roark
Fiz cerca de três a quatro bochechos com enxaguante bucal para me levar até aqui esta manhã, mas consegui, óculos de sol cobrindo meus olhos e uma barba espessa cobrindo meu maxilar contundido. Sentado no banco de trás, com o café na mão, inclino-me para a cabine e fecho os olhos, desejando que a dor de cabeça latejando no crânio para de me incomodar o suficiente para que eu não jogue meus biscoitos durante a reunião.
Eu sei por que ele quer se encontrar, e não é para discutir negócios, dado que não há nada urgente acontecendo. A única razão pela qual ele está aqui é para falar sobre ela, e mesmo que esta seja a última conversa que eu quero ter, eu sei que tenho que fazer isso porque está em nosso contrato estar aberto e disponível sempre que o cliente acena. Foster Green acenou. Portanto estou aqui. A porta da cafeteria se abre e não preciso abrir os olhos para ver quem é; sua presença é óbvia a partir do som de seus fortes passos nos antigos andares da cidade de Nova York. Ele se senta à minha frente e, sem olhar, eu lhe deslizo uma xícara de café, bem como um daqueles croissants de chocolate que sei que ele ama, porque, se é que tenho alguma coisa, ainda sou um ótimo agente. — Foi em algum abatedouro? — ele pergunta, sua voz rouca. — Se é isso que você quer chamar — eu murmuro, os olhos ainda fechados. — Acho que isso é o mais profissional que já vi em você. Você está tentando me perder como cliente? — Seria muito mais fácil se esse fosse o caso. — Eu finalmente levanto a cabeça, batendo na frente do meu crânio incessante. — Mas, dada a sua personalidade teimosa, eu sei que você não vai me deixar sair do nosso contrato. — Droga, certo, eu não vou. — Ele chega do meu lado da mesa e tira meus óculos de sol, revelando meus olhos enegrecidos. Ele balança a cabeça em derrota e depois se inclina para trás na cabine. — Roark, o que você está ...? — A menos que sua pergunta tenha a ver com seus contratos pendentes, sugiro que você não pergunte nada. Eu não estou aqui para conversar sobre minha vida pessoal. — Eu empurro meus óculos escuros de volta no meu nariz dolorido e descanso a minha cabeça contra a cabine novamente. — Você é melhor que isso, Roark. Eu ri. Sarcasticamente — Vindo do cara que não pensa muito de mim. Audivelmente ele exala e se desloca no assento de couro embaixo dele. — Sobre isso.
— Esqueça, — eu digo, e começo a sair do meu estande, sem vontade de conversar. — Não se mexa. Eu tenho algo a dizer para você... — diz Foster com autoridade. — Salve isso, — respondo de volta, saindo do meu lugar. Eu começo a andar por ele quando ele aperta meu pulso com força. — Vamos embora, Foster, ou você não vai gostar do que vai acontece. — O que você vai fazer? Lutar comigo? Porque isso resolve tudo, certo? Seja homem, sente-se e converse comigo. Seja homem. Por alguma razão, isso me irrita sempre que ele usa esse termo, provavelmente porque eu nunca realmente me senti como um homem por direito próprio. Apenas um menino de trinta e dois anos que não consegue arrumar sua vida pessoal. — Sente-se, — Foster reitera. Eu faço o que ele diz, porque Foster tem esse efeito em mim. Ele cava fundo dentro de mim e puxa para fora esse garoto desesperado que quer agradar. Sento-me, com o braço sobre a mesa enquanto empurro a mão pelo meu cabelo. — Fala. — Olhe para mim, sem seus óculos de sol. Eu deveria saber que isso não seria fácil. De frente para ele, eu removo meus óculos de sol, dobro-os e os deixo ao lado. Ele me estuda por um momento até que as arestas duras em seu rosto fiquem suaves e seus olhos se voltem sinceros. — Sinto muito, Roark. Eu estava fora de mim no outro dia, não deveria ter agredido você. Porra. Eu estava certo, não quero ouvir isso. Ele deve sentir o quão desconfortável eu estou, porque ele me olha para baixo, prendendo minha atenção. — Eu fui pego de surpresa, e nessa mentalidade, tirei conclusões extremamente erradas. As coisas que eu disse para você. Merda, cara, você estava protegendo minha filha... Não suporto pensar no que viu acontecer com ela, Roark. Mas eu também não posso agradecer o suficiente por ter jogado aquele idiota para longe dela. Batendo-o. Eu sinto muito. — Sim, não se preocupe — respondo. — Você a ama, não é?
Exausto e sem luta deixada dentro de mim, eu lentamente aceno. — Sim, eu a amo. — Eu olho Foster nos olhos e digo: — Eu a amo mais do que a minha própria vida confusa. — Por quanto tempo? Eu dou de ombros. — Isso realmente importa? — Isso importa. Eu corro minha língua sobre os dentes e penso em todas as minhas interações com Sutton, o bom e o ruim. Os momentos que estávamos provocando, os momentos em que nos abraçávamos, as interações iniciais que tínhamos através do texto. Através de tudo isso, há um momento que se destaca para mim, um momento que nunca vou esquecer. — Foi num maldito dia. Minha mãe me ligou, procurando dinheiro novamente. Suas palavras penetraram na armadura que costumo usar quando falo com ela. Então eu me virei para os meus vícios para sufocar a dor, mas eles não funcionaram. Foi quando apareci no apartamento de Sutton, bêbado e precisando de ajuda. Em vez de me julgar e me afastar, ela me deixou abraçá-la naquela noite e buscar conforto em seu calor. Eu soube então, eu nunca seria o mesmo. — Eu pressiono minha testa em minha mão, chegando com minhas próximas palavras. — Eu sei que ela é melhor do que eu. Eu não sou cego para o quão perfeita ela é, e eu sabia que me envolver com ela não era a ideia mais brilhante que eu já tive, mas eu não podia ficar longe, não importa o quanto eu tentasse. Eu não poderia ficar longe. — E agora eu a perdi para sempre e meu coração se transformou em pedra. — E agora? — E agora o que? — Eu pergunto, olhando para ele. — Como você se sente sobre ela agora? — Meus sentimentos não mudaram. — Então, por que ela chora ao telefone quando eu falo com ela? Por que você não está com ela? Eu olho para ele de cima a baixo. — Eu acho que você sabe a resposta para isso. — Quando você já deixou a opinião de alguém impedi-lo de fazer qualquer coisa? — Desde que a pessoa que eu mais respeito me disse que eu não era nada, uma merda — eu respondo, a
verdade voando antes que eu possa pará-lo. Por que eu tenho que ser tão honesto? Eu arrasto minha mão sobre o meu rosto. — Eu sei que o que você disse era a verdade, é o que eu penso de mim mesmo, então mesmo que você tenha se desculpado, isso não apaga o fato de que você estava certo. Eu não estou no nível dela. Eu não sou bom o suficiente, nunca serei. — Eu estava errado, Roark. — Foster responde com sinceridade. — Eu estava realmente errado. Naquele momento, eu estava com raiva, com raiva por vocês terem sentido a necessidade de manter seu relacionamento em segredo, louco por Whitney, louco por você estar em outra briga. Não é uma desculpa para a maneira como eu te tratei, e estou completamente envergonhado de mim mesmo, mas as palavras que eu falei para você foram puramente de raiva e não do coração. Eu olho para longe — Você é uma das melhores pessoas que conheço, Roark. Você se importa profundamente com seus clientes e com o bem-estar deles. Você é fiel por completo, trabalhador e auto suficiente. E acima de tudo, você também é apaixonado e tem um amor eterno por minha filha que eu nunca vi em outro homem e por isso, eu sempre penso em você com a mais alta consideração. — Ele se levanta da mesa, demorando-se acima de mim. Enquanto ele abotoa o paletó. — Apesar do que você pensa de si mesmo, você é mais que suficiente para Sutton. Eu sugiro que você encontre uma maneira de aceitar isso, porque se você a ama, e se você não pode acreditar que você é o homem inspirador, inabalável e confiável que eu vejo, você não vai deixá-la esperar mais do que ela imagina. Ele começa a se afastar, mas eu chamo por ele. — Você acha que eu sou um homem digno? Foster olha por cima do ombro e diz: — Mais do que digno, Roark. E essa afirmação quase me deixa de joelhos.
— O que você está vestindo? — Bram pergunta, pegando minhas roupas
enquanto eu sento na mesa. — E por que você tem dois olhos negros? Desabotoo meu paletó e pego o cardápio na minha frente. — É um terno e você também está usando um. — Sim, mas você está usando uma gravata com isso. Você nunca usa gravatas. Você deixa os botões no topo desfeitos para que você mostre seu decote de homem. — Ele gesticula para a minha gravata cinza-aço. — E você está vestindo azul, enquanto você sempre usa preto. O que há com o azul? — Ele se inclina para trás em sua cadeira e me dá um olhar sólido de novo. — Sua barba foi cortada e seus olhos não estão vermelhos. Ele processa e eu deixo. — Você não tem cheiro de álcool também. Ainda mais processamento. — Você tem um corte de cabelo. Você parece fresco. E mais uma vez... — Puta merda. — Ele agarra meu braço. — Você vai recuperá-la? — Acho que sim. — Você acha? — Bram vira minha cadeira, então eu sou forçado an encará-lo completamente. — Qual é o plano? O que mudou sua cabeça? Você vai propor casamento? — Devagar. — Eu olho para ele. — Estou longe de propor. Eu preciso ter certeza de que ela quer namorar comigo novamente depois que eu a forcei a deixar minha vida. — Apenas mostre um sorriso seu, chame sua moça - pese no sotaque - e então enfie sua língua na garganta dela. Simples. — Nem mesmo você aceitaria esse conselho, — eu falo. Ele sorri. — Sim, isso é um conselho muito ruim. Falando sério, o que aconteceu, o que fez você mudar de ideia? Por último eu sabia que estava acabado. — Então, notícias boas viajam rápido entre você e Rath. — Por favor, com o jeito que você está olhando e agindo, era óbvio. Você conversou com Foster? — Eu conversei. — Eu pego o copo de água na minha frente e tomo um grande gole. — Quando? — Alguns dias atrás. — Eu abaixei meu copo e me movi na cadeira
para ficar confortável. — Foi uma boa conversa, uma que eu acho que era muito necessária. Foster me ajudou a reconsiderar o que Rath e Sutton disseram. Minha família não tem senso de amor incondicional, me manipula, não tem fibra moral e não deve ter qualquer influência sobre como me sinto sobre mim mesmo. Eles são os fiascos. — Eles sempre foram. Eu sei como navegar pelos relacionamentos. Afinal, eu não destruí minhas amizades com Rath e Bram, e dada a merda que eles me fizeram passar ao longo dos anos, isso merece uma merda de medalha. E ele também estava certo. Sutton não merece esperar mais. Se ela vai me aceitar de volta... — Você viu Sutton? Eu sacudo minha cabeça. — Não, e por um bom motivo. Eu não estava pronto. Eu precisava ver meu terapeuta primeiro. — A Bruxa Malvada? — Sim, ela mesma. Pedi-lhe conselhos. — Você realmente procurou seu conselho? — Bram pergunta, seus olhos quase saltando para fora de sua cabeça. — Eu queria que ela assumisse minha família e como eu deveria interagir com eles. — Ficando sério, Bram se inclina um pouco mais perto. Ele passou por tudo isso quando se trata da minha família, então tenho certeza que ele está esperando por mim para entender o que estou prestes a dizer. — Eu sabia que o telefonema estava chegando a qualquer momento e queria estar armado com ferramentas para combatê-los, porque eles são a principal razão pela qual eu bati tantos obstáculos com Sutton. Quando estou com ela, não quero que ela tenha que se preocupar comigo e com qualquer coisa fodida que esteja se formando na minha cabeça. Eu quero que fiquemos juntos sem nada entre nós, e minha família é uma barreira enorme. — Uau. Estou orgulhoso de você. O que ela disse? — Ela basicamente me disse que eu tenho o direito de dizer não, que eu deveria dizer não, e qualquer coisa que minha mãe ou meu pai possam me dizer em troca é apenas para estimular uma reação minha. Ela me disse para ficar calmo, para dizer a eles que se querem ter um relacionamento comigo, eles sabem onde
me encontrar, mas eu não vou enviar mais dinheiro para eles. — E eles ligaram? Você disse a eles? — Bram pergunta, agora ansioso na sua cadeira. — Não. Ele esvazia. — O que? Por que não? Eu sorrio. — Eu tinha meu próprio jeito de dizer as coisas. Oh inferno, — ele ri. — O que você disse? — Ela ligou ontem, como eu sabia que ela faria. Ela pediu algum dinheiro para comida. Disse que eles estavam morrendo de fome. Eu escutei seus pedidos e no final de seu discurso, eu disse a ela que sinto muito por não estar lá, desculpei-me, ela acredita que eu sou um fodido que lhes deve alguma coisa. Disse a ela que eu queria e criei minha própria vida e ela deveria se orgulhar disso. Se ela não pode aceitar isso, é sobre ela, não eu. — Você acredita nisso? — Com o tempo eu vou. E então eu disse a ela que se ela quisesse mais dinheiro, ela teria que fazer um empréstimo com juros, mas para conseguir o dinheiro, ela tem que me pagar tudo que eu dei a ela primeiro. — Merda. — Ele ri. — Aposto que não foi bom. — Nem um pouco. Me chamou de coisas bem ruins, mas eu deixei entrar em um ouvido e sair do outro. Eu sei que nunca vou ter um relacionamento positivo com eles, mas espero que os telefonemas parem depois de um tempo. É um começo. — Você parece bem... Eu brinco com o garfo na mesa, movendo-o para cima e para baixo. — Eu não estou dizendo que sou completamente melhor. Eu ainda me perdi em uma garrafa na noite passada, mas pelo menos não lhes enviei nenhum dinheiro. Isso é progresso. — Isso é progresso. Qual é o próximo? — Me livrar desses olhos negros. — E depois...? — Bram pergunta, levando-me ao meu próximo tópico de conversa. — E então eu ver se Sutton me quer de volta.
— Ela vai. Você vai fazer isso hoje à noite? Eu gesticulei para os meus olhos. — O que eu acabei de dizer? — Se eu fosse você, não esperaria muito tempo. Já está perto de duas semanas. Você não quer que ela crie hostilidade em relação a você. E como tenho certeza de que Sutton e seu pai têm um relacionamento muito próximo, ela provavelmente sabe que seu pai conversou com você. — Oh merda, — digo como o medo começa a encher a boca do meu estômago. — Eu não pensei sobre isso. — Sim. Se ela sabe que você falou com ele, e vocês dois são legais um com o outro, ela provavelmente pensa que você não a quer mais. Imaginando por que não apareceu na sua porta imediatamente depois de conversar com Foster. Sutton e Foster são super próximos. Ela é a razão pela qual ele veio me ver, porque ela contou a verdade. Então ela sabe que eu me encontrei com Foster. Porra. A última coisa que eu quero que ela pense é que eu não a amo mais, mesmo depois que seu pai falou comigo, me deu sua bênção, que eu ainda não a quero. Eu olho para Bram, que concorda. — Sim, você pode sair. Vou pedir algo para mim e para Julia. — Obrigado. — Eu me levanto e começo a me afastar quando Bram me interrompe. — Espere. — Ele acena para o meu peito. — Tire a gravata, você parece um idiota nela. Rindo, solto o nó, puxo a gravata por cima da cabeça e atiro para Bram, que olha para o rótulo. — Stefano Ricci. Agradável. Essa coisa é cara. — Considere um muito obrigado. — Um obrigado? Por quê? Com um sorriso, eu digo: — Por ser uma constante na minha vida. — Cara, — ele respira, — você não me faz chorar porra. Eu reviro os olhos e saio do restaurante com uma coisa em mente: fazendo com que Sutton volte.
CAPITULO VINTE E TRES Querido Yori, Esse é o nome que meus pais originalmente me deram. Yori Que tipo de nome é esse? Não é um forte, com certeza. Você sabe o que eu amo em Nova York? Estar vivo todas as horas do dia. Você sabe o que eu odeio em Nova York? Tráfego, especialmente quando está preso na ponte do Brooklyn quando estou tentando chegar até na minha garota. Eu estive neste maldito táxi por mais de uma hora, ouvindo os mesmos anúncios na TV na minha frente várias vezes porque a tela sensível ao toque não funciona, e eu não posso desligar o volume. Depois de uma hora, estou quase convencido de que isso poderia ser considerado uma tortura psicológica e eu deveria entregar esse taxista às autoridades competentes. Eu precisava de uma distração, então é por isso que estou digitando meu aplicativo de anotações enquanto meu joelho balança para cima e para baixo com impaciência. Eu pensei que talvez escrever meus sentimentos pudesse me ajudar a descobrir o que eu vou dizer para Sutton quando eu a ver, mas, francamente, eu não consigo pensar em outra coisa senão: me desculpe, por favor, me aceite de volta, e eu te amo muito. Eu sei que isso deve ser bom o suficiente, mas uma parte de mim acha que não é. Sutton é especial. Ela merece uma grande declaração. Então, novamente, quando ela já foi aquela garota? Ela até pagou por algumas das nossas refeições quando estávamos fora, mesmo quando eu lhe disse para não. Talvez algo simples seja tudo o que ela precisa... é tudo que ela quer. Só há uma maneira de descobrir. Roark
NÃO FIQUE olhando para mim, ok? Estou bem. Posso comer dois sanduíches de sorvete se quiser. Sou adulta e tomo minhas próprias decisões. Louise olha para mim, um olhar de julgamento em seus olhos de gato. Eu sei o que ela está pensando. Esse não é o seu segundo sanduíche de sorvete; esse é o seu terceiro. E talvez seja. Talvez eu goste de ficar de mau humor e se entregar à comida que cure quando estou triste. Não há nada de errado com isso, e já que eu quase não comi nada durante a semana passada, acho que não há problema em reabastecer com sanduíches de sorvete. Além disso, eu comprei uma caixa de quatro pacotes, o que significa que eu não tinha muito espaço no meu minúsculo e pequeno freezer. Realmente, estou fazendo um serviço para mim mesma, não desperdiçando dinheiro e comendo comida que comprei antes que as coisas corram mal. Isso é ser uma boa pessoa. Eu dou uma mordida grande no sanduíche e mastigo, olhando para o meu computador enquanto The Great British Baking Show37 toca. A única parte do programa que eu realmente gosto é o técnico. Bem, isso não é verdade, eu gosto quando eles chamam as coisas de indigesto ou dizem: — que decepção. Os olhares nos rostos dos competidores são inestimáveis. — Você sabe, Louise, eu realmente acho que deveríamos começar a usar a palavra indígena em nosso vernáculo cotidiano. Nós soaríamos tão chiques. O que você acha? — Ela pula para fora da cama e caminha até a caixa de areia onde ela começa vai fazer suas necessidades. — Eu vou tomar isso como um não.
37
Programa de televisão britânico que é uma busca animada e divertida para encontrar e coroar os melhores confeiteiros amadores.
Suspirando, eu me inclino contra a cabeceira da cama e coloco o resto do meu sanduíche de sorvete para o lado, não realmente com vontade de comer. Eu olho para o meu telefone na mesa de cabeceira, disposta a tocar ou fazer um som de alerta de texto, mas nada. Já se passaram quatro dias desde que meu pai conversou com Roark, e eu odiava o silêncio absoluto do rádio. E mesmo que eu não queira concluir que realmente acabou, não posso deixar de começar a acreditar. Se Roark realmente me queria, pensei que depois que ele tivesse resolvido as coisas com papai, ele pelo menos me mandaria uma mensagem. Isso é o que fazemos, texto um ao outro. Mas não houve nada. Eu caio mais fundo na minha cama, empurrando o meu computador para o lado, não muito interessado em Paul Hollywood destruindo os sonhos de um padeiro. Meus olhos se concentram no bloco de notas na minha mesa de cabeceira e eu estendo a mão para abri-lo. Minhas resoluções de ano novo. Ainda estamos no primeiro trimestre do ano e tudo nesta lista parece uma piada, especialmente o último. Viver a Vida. Experimente todos os alimentos icônicos da cidade de Nova York. Vá para uma boate. Passe um dia se passeando no Central Park. Apaixonar-se. Sim, esse último me faz rasgar. Eu posso aceitar isso. Eu me apaixonei e caí dura. Se apenas esse amor fosse retribuído. Quando escrevi essa resolução, pensei que talvez encontrasse alguém que quisesse passar o resto da vida comigo. Eu nunca sonhei que acabaria tendo meu coração partido por um homem com sotaque irlandês e olhos cheios de alma que penetram no coração. Estendendo a mão, eu pego a caneta cor-de-rosa Paper Mate na minha mesa de cabeceira e coloco uma marca de seleção na caixa ao lado para me apaixonar, enquanto uma única lágrima rola pelo meu rosto. Eu então viro de lado e olho pelas amplas
janelas do meu pequeno apartamento e há uma batida na minha porta. Levantando, olho para a porta, como se tivesse visão de raio-x e pudesse ver através da madeira. Quando outra batida vem, minha respiração fica presa na minha garganta enquanto eu corro através da minha mente quem poderia ser. Meu pai? Definitivamente poderia ser ele. Falei com ele hoje e ele não gostou do quão triste eu soava ao telefone. Pode ser Maddie. Ela estava me implorando para sair com ela esta noite, mas eu disse a ela que não estava me sentindo bem. Ela não aceitou. Pode ser Roark... Com quem estou brincando? Tiro minhas cobertas, caminho até a porta, pego a maçaneta e abro só para não encontrar ninguém. O que? Enfio a cabeça para fora da porta e olho para a direita em direção à entrada da frente, e é quando vejo suas costas recuando, vestidas com um terno azul-marinho, os cabelos recém-aparados. — Roark? — pergunto, minha voz engasgando na minha garganta. Ele se vira, revelando dois círculos escuros sob os olhos e uma expressão preocupada no rosto. — Sutton. Você está em casa. — Sim, —eu respondo sem jeito, enquanto náuseas rolam em meu estômago de nervosismo. — Você quer alguma coisa? Ele dá um passo à frente, a mão segurando a parte de trás do pescoço. — Eu estava esperando que eu pudesse falar com você. Não tenha esperanças, Sutton. Isso pode ser absolutamente nada. — Claro, — eu digo, parando ao lado e deixando-o entrar no meu apartamento. Quando ele passa por mim, olho para o meu short xadrez verde e o top combinando. Por que eu não uso coisas mais legais quando estou curtindo uma deprê? Uma vez que a porta está fechada, ele se vira e é quando eu dou uma boa olhada em seu rosto. Seu nariz está levemente inchado e ambos os olhos têm um tom perturbador de púrpura sob eles, me
dando a entender que ele entrou em outra briga. Quando ele percebe que estou olhando os hematomas, ele diz: — Eu, uh... fiz algo estúpido. — Parece que sim. — Eu me inclino contra a porta e torço minhas mãos na minha camisa, sem saber o que devo fazer. Meu instinto inicial é me jogar para ele e beijar seu rosto até que fique melhor. Meu segundo instinto é caminhar até ele e chutá-lo nas bolas por me colocar no inferno nas últimas duas semanas. Vou esperar para ver o que ele tem a dizer antes de agir. — Podemos nos sentar? — Eu prefiro ficar de pé, mas se você quiser se sentar, vá em frente. — Não há nenhuma maneira que eu possa sentar em uma cama com ele agora, não quando parece que meu coração está batendo na minha garganta. Tomando meu convite, ele se senta na minha cama e olha para as mãos por alguns segundos antes de dizer: — Eu sou... —Ele olha para cima e seus olhos se fixam no caderno na minha mesa de cabeceira. Meu estômago cai e vejo o momento em que ele lê minha última resolução, porque sua testa franze quando ele olha para mim. Ele aponta para o caderno e diz: — O que é isso? Rapidamente, em alguns passos, estendo a mão, puxo o caderno, fecho e jogo no chão ao lado. — Nada. Nada mesmo. Ele se levanta, abandonando seu lugar na cama e começa a andar em minha direção, enquanto meu pulso aumenta para um ritmo de maratona. — Sutton, o que foi isso? — Nada de sua preocupação. — Não minta para mim. — Mentir para você? — digo, minha voz ficando mais alta. — Como se você tivesse espaço para conversar. Você quer falar a verdade, por que você não começa? — Tudo bem, — diz ele com determinação em sua voz enquanto fecha o espaço entre nós. — Me desculpe se eu machuquei você. Me desculpe por um curto período de tempo, eu não fui o homem que você precisava. Me desculpe, eu fiz você duvidar da importância do que nós tivemos um com o outro. — Ele me prende contra a porta. — E eu
sinto muito que demorei tanto para perceber que apesar de tudo que eu fiz de errado, você é a única na minha vida. — Ele cobre minha bochecha enquanto lágrimas escorrem pelo meu rosto, lágrimas da verdadeira felicidade. — Eu te amo, Sutton, e não quero que você duvide disso de novo. — Essas palavras. São as palavras mais bonitas do mundo, e eu precisava tanto ouvilas. Ele me ama. Me quer. Eu pressiono meu rosto em sua mão e fecho meus olhos, apreciando a sensação dele novamente, me tocando, me amando. Quando abro os olhos, eu digo: — Eu também te amo, Roark. Um sorriso cruza seu rosto. — Então aquela pequena caixa que você verificou na sua lista, foi para mim? Eu concordo. — Foi, mas quando eu chequei, nunca pensei que estaria curtindo um coração partido ao mesmo tempo. — Sinto muito, moça, — ele sussurra, puxando-me em seu peito e envolvendo os braços em volta de mim. Uma de suas mãos embala a parte de trás da minha cabeça e ele pressiona seus lábios no meu cabelo. — Eu estou tão arrependido. Eu não estava em um bom lugar. Eu mal consegui me ressuscitar do estado de ódio auto imposto pelo qual passei. Eu planejei esperar até que eu sentisse que eu estava completo o suficiente para você, mas percebi, eu realmente não estaria completo até que você estivesse de volta em minha vida novamente. — Você não tem que tentar ser perfeito para mim, Roark. — Eu levanto a cabeça e olho-o nos olhos. — Eu te amo porque você não é perfeito, porque você é rude. Eu te amo porque você é a única pessoa que me faz sentir em casa. Quando estou em seus braços, envolvida em seu calor, tudo parece certo, e nunca mais quero perder isso de novo. — Você não vai. —Ele beija minha cabeça novamente, me puxando para outro abraço. — Você não vai me perder de novo, Sutton Grace. Eu sorrio em seu peito. — Isso é uma promessa? — Eu preciso usar asteriscos para enfatizar isso?
— Eu acho que sim. — rio, movendo minha mão até o peito para os botões de sua camisa. — Agora me diga o que aconteceu com o seu belo rosto. — Não é importante, porque tudo o que importa agora é que estamos totalmente vestidos. — Ele desliza a mão pela frente da minha camisa, pega a bainha e levanta-a e sobre a minha cabeça. Quando ele olha para baixo, sua testa franze. — Um sutiã, desde quando você começou a usar sutiã com seu pijama? Rindo, eu digo: — Desde que eu estou curtindo uma foça. — Meio que perdi tudo para ser elegante, hein? Eu acaricio meus dedos sobre sua barba áspera. — Quando você tira a única coisa que eu mais amo, sim, eu posso perder um pouco de classe por um tempo. Ele me leva para a cama onde ele me coloca suavemente. Ele desliga o meu computador e coloca na mesa de cabeceira, em seguida, tira sua jaqueta e camisa. Eu corro meus dedos sobre seus peitorais fortes, e o cabelo curto no peito que ele deixa crescer. Sexy. — Não se preocupe moça, eu não vou a lugar nenhum. Você pode parar de usar pijamas em geral agora. Eu reviro meus olhos. — Você é ridículo. — Você sabe o que é ridículo? Que você não está nua ainda. — Então faça algo sobre isso, — eu digo, passando o dedo sobre o mamilo. Seus olhos se estreitam e antes que eu perceba, sua boca está no meu pescoço e suas mãos estão deslizando por todo o meu corpo, me despindo para nada. Como ele pressiona beijos doces para cima e para baixo no meu pescoço, eu me sinto grata que, mesmo nos tempos difíceis, o amor tem um jeito de curar feridas abertas. Caso contrário, eu não saberia o que é o amor verdadeiro, o belo e o feio. — Olha que bom, coisa quente — eu assobio enquanto me inclino para trás sobre o cobertor que eu espalhei no gramado do Central Park. — Não perca essa peça, — Maddie interpela enquanto nós duas
assistimos Roark terminar o seu último serviço comunitário enquanto checa outra resolução na minha lista: passar o dia inteiro no Central Park. Acontece que casava quando Roark tinha que fazer o serviço de lixo no parque. Funcionou perfeitamente, porque assim que ele terminar essas duas horas, ele se juntará a nós. Erguendo o olhar do chão, ele olha para o coordenador de serviço e olha para trás, para onde ele aponta o dedo do meio. Maddie e eu rimos, enquanto ele balança a cabeça e ri também. — Quanto tempo falta? — Maddie pergunta, colocando uma uva em sua boca. — Cinco minutos. — Uau, isso passou rápido. — Quando você tem um bom colírio para olhar, o tempo voa. Eu pego uma fatia de queijo e mordisco, ainda olhando para Roark, principalmente aquele traseiro perfeito envolto em jeans escuros. — Ele é muito bonito, — Maddie olha para cima e para baixo. — Quando ele conseguiu aquela tatuagem? — Ele tem isso desde que eu o conheço. — Huh. — Ela come outra uva. — Acho que nunca o vi sem mangas, mas novamente sobrevivemos à tundra invernal da Costa Leste. Ele só tem a tatuagem no antebraço? Nada na bunda dele? — Não. — Eu rio. — Apenas uma. — Lembro-me do momento em que o vi pela primeira vez - falar sobre uma enorme excitação. Eu não estava esperando, então, de repente, ele tinha essa tinta escura em volta do antebraço direito. Fez todos os tipos de coisas para mim. — Eu posso imaginar. Está fazendo todo tipo de coisa para mim agora. — Hey. — Eu golpeei divertidamente para ela. — Pare de cobiçar meu namorado. — Eu tenho que cobiçar alguma coisa. — Ela suspira. — Acha que Roark quer me apresentar a alguém? — Isso realmente não é o meu tipo de coisa, — sua voz explode acima de nós. Quando ele chegou lá? Eu juro que ele acabou de passar por aquela árvore.
Ele se senta ao meu lado, me puxa entre as pernas e envolve seus braços em volta do meu umbigo. — Hey, — eu digo por cima do ombro enquanto ele pressiona um beijo na minha bochecha. — Ei você. — Ele acaricia a lateral da minha orelha antes de dizer: — Todos os que incomodam você tem algum problema sério. — Oh, mal posso esperar para descobrir de que tipo. — Hãan, — Maddie limpa a garganta. — Você não pode fazer isso enquanto eu estou bem aqui? Além disso, por que você não me apresenta alguém? — Rath é solteiro. Roark balança a cabeça. — Rath não é solteiro. Tecnicamente, ele pode não estar com alguém agora, mas ele está completamente envolvido em sua ex. Isso estaria fazendo um desserviço a Maddie. — Droga. —Ela estala os dedos em decepção. — Ouvi dizer que ele tem esses olhos penetrantes que cortam até a sua alma. — Você disse isso a ela? —Roark pergunta, afastando-se para olhar para mim. Eu sorrio timidamente. — Quero dizer, ele é quente e intimidante, uma espécie de combinação letal. — E o que eu sou? Eu me aconchego nele. — Um gigante urso de abraço irlandês. — Cristo, — ele murmura atrás de mim, enquanto eu rio. — Sério, você não tem nenhum atleta com quem você trabalha? Maddie pergunta. — Eu gosto de esportes. — Não vai acontecer. Seus olhos se iluminam. — Então, você tem alguns clientes únicos. Quem são eles? Vamos planejar um encontro fofo. — Não é realmente um encontro bonito, se você planeja, — eu digo. Ela acena a mão para mim. — Eles não precisam saber disso. Vamos lá, Roark. — Ela cutuca o pé dele. — Me apresente. Eu sou livre de drama, amo uma boa risada e aprecio músculos. Eu faço meu próprio dinheiro, então
não precisa se preocupar comigo sendo uma garimpeira, e sou muito flexível e aberta às coisas — ela balança as sobrancelhas —, se você sabe o que quero dizer. — Infelizmente, sei o que quer dizer. — Ele coça o lado da barba, dando-lhe algumas ideias. — Ainda não vai acontecer. — Ugh, — ela geme, mas depois faz contato visual comigo, um brilho maligno em seus olhos. — Vamos ver sobre isso. — Eu não gosto do olhar dela, — Roark diz para mim. — Eu deveria estar preocupado? — Muito.
— Suas bolas não doem? — Roark pergunta ao meu pai enquanto eles andam lado a lado em seus respectivos cavalos. Roark encontrou um apego em Grammy, mesmo que ela ainda o abata toda vez que ele fica com ela. Ele se acostumou a uma desmontagem adequada. — Eles se acostumaram com isso ao longo dos anos. Roark muda. — Eu tenho medo que eu nunca vou poder dar a você netos se você continuar me forçando a fazer esses passeios ao longo da propriedade. — Planejando crianças já? —Papai pergunta enquanto eu me inclino em uma orelha, querendo ouvir a resposta de Roark. Ele olha na minha direção e depois de volta para o meu pai. — Sim, eu gostaria de seis. — Seis? — Eu grito, assustando meu cavalo que eu rapidamente me acalmo. — Você quer seis filhos? Meu pobre útero. — Por que não. Quanto mais, melhor, certo, Foster? — Seis soa como um bom número. É claro que ambos os homens pensariam que seis é um bom número. Não são eles que os carregam por nove meses e depois os expulsam. — E quanto a dois? — Quatro, — disse Roark. — Que tal um anel primeiro? — Meu pai corta.
Roark ri e diz: — Tudo a seu tempo, meu velho. Que tal passarmos pela sua última temporada primeiro e vermos onde estarei com minha garota. Quem sabe, as coisas podem mudar. — O quê? — Pergunto ao mesmo tempo que meu pai, fazendo Roark rugir de tanto rir. — Vocês dois, juram a Deus, como duas ervilhas em uma vagem. — Uh, o que aconteceu com você é minha para sempre, Sutton? Eu pergunto, recebendo o meu cavalo para alcançar Roark. Ele se vira na minha direção e seus olhos suavizam quando ele diz: — Você é minha, para sempre. Estou feliz que você não tenha esquecido. Chegamos ao celeiro depois de uma boa meia hora de caminhada ao redor da propriedade e Roark pula primeiro antes de me ajudar a descer. Ele insiste, embora eu possa fazer isso sozinha. Eu acho que ele quer fazer isso só porque ele viu Josh me ajudar nessa hora. Colado em mim, ele diz: — Posso levar essa garota embora um pouquinho? — Claro. Eu vou ver como Whitney está indo. Esta gravidez está deixando ela ruim. A única razão pela qual eu fui no passeio foi porque ela queria dormir um pouco depois de vomitar a manhã toda. — Você precisa de nós para pegar alguma coisa para ela? Pergunto, preocupada com a minha madrasta. — Eu acho que estamos bem, obrigado, querida. — Papai da um beijo rápido no topo da minha cabeça e, em seguida, se vira para a casa com uma corrida rápida. Eles se casaram há um mês atrás. Foi pequeno e privado, apenas Roark e eu fomos convidados, e depois passaram duas semanas no Taiti. Papai tem algumas semanas antes de ter que voltar ao campo, então ele está tentando aproveitar o máximo de tempo privado possível com Whitney. O sol começa a se pôr, lançando um brilho alaranjado sobre a terra, tornando-a uma bela noite no rancho. Enquanto Roark me leva para a fogueira, eu me inclino para ele, amando que eu possa ser natural com ele ao redor do meu pai. A última vez que estivemos no rancho juntos, tive que esconder meus sentimentos não apenas do meu pai, mas também
de Roark, até a única noite fatal na fogueira, quando ele finalmente sucumbiu aos seus sentimentos. Roark se senta em uma ampla cadeira em volta da fogueira já acesa. Ele me puxa para baixo em seu colo, então estou sentada de lado. Eu me inclino para ele, acariciando mais perto de seu lado enquanto ele liga nossas mãos e entrelaça nossos dedos. — É realmente lindo aqui. Não acho que consegui apreciá-lo da última vez porque fiquei tão distraído por você e fiquei de ressaca no que parecia ser os primeiros dias. — Você não parecia bem quando saiu do carro. Foi difícil não correr para o seu lado. — Estou feliz que você não tenha feito - diz ele, sua voz suave. — Eu tive que aprender a ficar em pé sozinho antes de ser capaz de realmente levá-la comigo. — E agora que você me tem? — Eu estou querendo saber o que você pensa sobre casamento. Meu coração pula uma batida. — Sério, sobre casamento? — Sim. — Seu polegar esfrega sobre as costas dos meus dedos e brinca casualmente com o meu dedo anelar. — Eu quero saber o que você realmente pensa sobre isso. Se é algo que você pode se ver fazendo... comigo. Eu levanto minha mão para acariciar sua bochecha e forçar ele a me olhar nos olhos. — Eu só quero você e quero tudo. O casamento, a casa, as crianças. Eu quero tudo isso. — Mesmo com esse velho? Eu rio. — Especialmente com este homem velho. — Eu pressiono um beijo contra seus lábios e me maravilho com a forma como ele casualmente passa a mão pelas minhas costas, enviando arrepios pela minha pele. — Agradeço ao seu pai que é um bom homem e nos deu a casa de hóspedes. — Por que isso? — Porque eu vou me divertir muito fodendo minha futura esposa hoje à noite. — Eu vou precisar de um anel antes que você possa me chamar assim, — eu
digo, minha testa pressionada dele, nossos lábios a
contra a centímetros de distância. — Virá moça. Paciência. — Então não há nada escondido nesse seu bolso agora? Ele ri e balança a cabeça. — Não, eu tenho que pedir permissão ao seu pai primeiro e então encontrar o anel perfeito. Isso vai levar tempo. — Eu não preciso do anel perfeito. Eu apenas preciso de você. — E é por isso que eu amo você e porque eu quero o anel perfeito. Eu suspiro e inclino minha cabeça no seu pescoço, deixando-o acariciar meu cabelo enquanto apreciamos as cores diferentes no céu. — Mas você vai propor casamento? — Eu vou, porque de jeito nenhum eu vou deixar você ir de novo. Mal sabe ele, mesmo se ele tentasse, eu não o deixaria.
EPILOGO Querido diário, Nós passamos por muito, nome após nome, depois do nome, e o que acontece é.... Eu vou agir como uma adolescente obcecado com raios de coração vomitando de seus olhos hormonais. Aprendi muito ao longo deste ano, mas uma das coisas mais importantes é que valho a pena. Não por causa dos milhões na minha conta bancaria, não por causa da mulher ao meu lado. Eu. Minha mãe não desistiu de me perseguir por dinheiro ainda, mas eu permaneci forte e não cedi uma vez. Seus comentários não têm mais o mesmo efeito prejudicial, o que é grandioso. Um sinal de cura, me disseram. Isso pode ser um choque para você, depois de tudo que escrevi, mas adivinhe? Eu propus casamento a Sutton, minha garota. E você sabe o que ela disse? Ela disse sim! Fale sobre o orgulho que enche o peito de um homem. Pode ser uma coisa estranha de se dizer, mas eu nunca estive mais orgulhoso de mim mesmo do que quando a garota dos meus sonhos olhou para mim com olhos cheios de lágrimas, mãos entrelaçadas sobre a boca enquanto ela assentia com a cabeça, concordando em se casar comigo. Eu. O punk de Killarney38 sem futuro. O garoto de fraternidade de Yale sem esperança. O maior bebedor de whisky e Guinness em Nova York sem química. Ela disse sim para mim. Ainda não sei como consegui convencê-la a namorar comigo em primeiro lugar, quanto mais se casar, mas sei que uma coisa é certa: tem que ser a sorte dos irlandeses. Roark 38
É um lugar localizado na Irlanda