JORNAL MEIO AMBIENTE PARANÁ

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Ano II Nº 9 março.2009 www.jornalmeioambiente.com.br

Água Uma canção orvalhada escuto. Neblina nos olhos, vejo um balde espatifar no poço a água plena de mistérios do fundo da alma, do fundo dos mares, do fundo dos rios, do fundo do mundo. No copo, indiferente aos meus sonhos, ela, cristalina, beija-me os lábios e lava pensamentos. Despenca corpo adentro, tateando paredes lúdicas, percorrendo vielas, artérias e as barrancas de um riacho manhoso. Procuro seu rosto. E ele escapa, líquido, feito a bruma da manhã. Nilson Monteiro

Primeiro mercado de orgânicos do país

Aniversário de Curitiba Pág. 2

Captação da água da chuva

Turismo Ecológico

Feira da Reciclação Pág. 11

Fotos: Luiz Costa/SMCS

Pág. 7

Tráfico de animais

Pág. 5

Pág. 13

Produto inovador: Sistema Ecológico Acquastar

Lâmpadas fluorescentes Pág. 14

Cultura Pág. 15

Págs. 8 e 9

Pág. 10


Aniversário

Parcerias A satisfação gerada pela favorável repercução da nova fase do Jornal Meio Ambiente é o maior estímulo para que possamos atingir os objetivos estabelecidos de contribuir, como um efetivo canal de comunicação, com a coletividade no cotidiano de suas ações em pról do meio ambiente. Afinal, somos parte integrante do meio em que vivemos. É preciso sair do discurso para a prática, questionar os modelos ultrapassados da visão capitalista pela busca incessante do lucro sem medir as consequências ambientais. É preciso adotar um comportamento responsável, e aí, todos estão diretamente envolvidos, as empresas, os governos em todos os níveis e a sociedade em geral, numa participação conjunta em defesa da vida. Ninguém faz nada sozinho e só com a união de todos poderemos fortalecer os caminhos da responsabilidade social. Por isso, para difundir essa conscientização em relação a uma mudança de atitude frente aos problemas ambientais, apresentando soluções para um desenvolvimento sustentável, é imprescindível contar com a participação de todos que, como parceiros nessa empreitada, possam, ao nosso lado, levar adiante esse projeto de educação para a sustentabilidade. Os desafios são muitos e a informação é o agente disseminador mais eficaz para essa mobilização. Pense nisso. Uma ótima leitura.

2 Dicas literárias

Curitiba, 316 anos

e d i t o r i a l Quem diria que a Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, 316 anos depois da sua fundação e batizada em 1721 de Curitiba, fosse privilegiada como referência para outras metrópoles, pelas iniciativas pioneiras de seu planejamento urbano. Um modelo bem sucedido que há décadas foi implantado e que, felizmente, teve continuidade em todas as administrações que se sucederam, preocupadas em dar sequência aos projetos inovadores que ajudaram a mudar a cara da nossa cidade que, aliás, esta cada vez mais bonita. E não só pelos seus parques e bosques que dá aos seus moradores uma média de 55 m2 de área verde por habitan-

c a l e n d á r i o

te, tres vezes superior ao índice considerado ideal pela Organização das Nações Unidas, ou pelas questões ambientais dos programas inéditos de sustentabilidade como, por exemplo, o "Lixo que não é Lixo", o Câmbio

Verde ou o transporte coletivo diferenciado, cujas ações representam uma melhor qualidade de vida e cidadania. É claro que todo progresso tem seu preço. A fama de cidade de primeiro mundo atraiu para Cu-

ritiba pessoas das mais diversas regiões, ocasionando um crescimento populacional incompatível com a realidade social de uma cidade em desenvolvimento. Resultado: ocupações irregulares, desemprego, aumento do índice de violência, problemas de todas as grandes cidades, uma realidade que nós, curitibanos, não estávamos acostumados. Mas, Curitiba mesmo com seus problemas é assim, diferente, sedutora, crítica, charmosa e, sobretudo, acolhedora, apesar da fama dos curitibanos, quem aqui convive, não volta mais a sua terra de origem. Parabéns Curitiba. Gilberto Costa é curitibano

t e l e f o n e s

21 22 23 29 -

Dia Internacional da Floresta Dia Mundial da Água Dia Internacional da Metereologia Aniversário de Curitiba

ú t e i s

Copel ......................................................................................0800 510 0ll6 Bombeiros -Siate ....................................................................................193 Sanepar ............................................................................................................. 115 Defesa Civil ................................................................................................199 Polícia Militar ...........................................................................................190 Polícia Federal .........................................................................................194 Polícia Civil ................................................................................................197 Guarda Municipal ............................................................................... 153 SEMA - Sec. Estadual do Meio Ambiente . 3304-7700 SMMA - Sec. Municipal Meio Ambiente ... 3350-9182

IBAMA .......................................................................................... 3363-2525 Licenciamento Ambiental ........................................ 3350-9160 Fiscalização Ambiental ................................................ 3350-9241 Prefeitura Municipal .........................................................................196 Coleta de lixo tóxico ......................................................................... 156 Solicitação de poda de árvores ................................................ 156 IAP - Instituto Ambiental do Paraná ...............3213-3700 SUDHERSA ............................................................................... 3213-4700 Limpeza Pública ................................................................ 3338-8292 Aterro Sanitário ................................................................... 3265-8497

expediente

J O R N A L

M E I O

Prevenção de desastres naturais Conceitos básicos Editora Organic Trading Vários autores Uma análise profunda sobre as principais causas do aumento dos desastres naturais, a relação do homem com a natureza, além de estabelecer metas de prevenção aos fenômenos naturais. Pedidos para: www.terraverdi.com.br

Aproveitamento da água da chuva Editora Organic Traiding - Autor Group Raindrops - Japão 1995 Guia prático ilustrado sobre maneiras criativas de coletar e aproveitar a água da chuva Pedidos para: www.terraverdi.com.br

O Beija Flor e o Aquecimento Global Editora - Abba Press Edit. e Divulgadora Cultural Ltda. Autora -Kasuco Sakiara Miyasaka Dirigida ao público infanto juvenil demonstra que foi adotado como cartilha oficial do Ministério da Educação do Japão. Pedidos para: www.terraverdi.com.br

Bonecos de Neve e Chernobyl

e c o l ó g i c o

Março 01 - Dia do Turismo Ecológico 14 - Dia Mundial da Luta dos Atingidos por Barragens 20 - Início do Outono

Cultura

A M B I E N T E

E D I Ç Õ E S

L T D A

Diretor Responsável: José Leonardo de Oliveira | Jornalista: Gilberto Costa - DRT 3951-PR | Instituto Ambiental, Cultural e Turístico CARIJÓ: Nelson Edison de Moura Rosa e Graça Santiago de Moura Rosa | Correspondentes: Jeová Cabral e Juarez Fernandes | Novo endereço: Praça Ozório, 351 - 2o andar - sala 25 | Telefones: 3042-6290 -3042-6291 | Site: jornalmeioambiente.com.br | E mail: jornalmeioambiente@gmail.com | Diagramação e Arte: Aldemir Batista - Editora Exceuni (41) 3657-2864 / 9983-3933 | Colaboraram com esta edição: Jornalista Nilson Monteiro, Engº Florestal Ricardo Iantas e o Professor PhD na Área de Inovação Tecnológica e Sustentabilidade da UTFPR Elói F. Casagrande Jr.

Editado pela "Chernobyl-União Social Ecológica da Bielo-Russia Coordenação de produção Claudio Tsuyoshi Um relato surpreendente e emocionante sobre as crianças que sofreram com a radioatividade em Chernobyl Pedidos para: www.terraverdi.com.br

Coletânea Ambiental Ferramentas e cases sustentáveis Editôra IEPG Autores: Roberto Ari Guindani Pedro Carlos Schenini Este livro trás reflexões atuais sobre o meio ambiente e é voltado tanto à pesquisadores como iniciantes na área. Pedidos para: guindani @facet.br MOSTRE SEU PRODUTO PARA UM PÚBLICO QUALIFICADO

ANUNCIE NO JORNAL MEIO AMBIENTE - 3042-6290 E-mail: jornalmeioambiente@gmail.com

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Melhores filmes sobre meio ambiente Por Deborah Zabarenko

Uma coisa pode ser dita sobre o Festival de Cinema do Meio Ambiente: não se trata de Cannes nem de Sundance. Não se trata nem mesmo de Missoula. Mas faz parte de uma tendência norte-americana de exibir filmes sobre a natureza e os ataques que ela vem sofrendo. No meio da programação do Festival, alguns sucessos caíram no gosto popular, como o documentário "A Marcha dos Pinguins", premiado com o Oscar. Outro destaque é a trilogia de filmes do cineasta suíço Christian Frei, que inclui "The Giant Buddhas", sobre a destruição das estátuas gigant e s c as em Bamiyan pelo ex-governo afegão do Taliban. UMA VERDADE INCONVENIENTE O filme produzido pelo exvice-presidente americano Al Gore é um dos ícones dos filmes sobre meio ambiente. Lançado em 2006, "Uma Verdade Inconveniente" ajudou a colocar o problema do aquecimento global na mídia. De quebra, Al Gore ainda levou o Oscar de melhor documentário e o Nobel da Paz (neste caso, junto com os cientistas do IPCC).

A ESTÓRIA DAS COISAS O filme a Estória das coisas ou em inglês Story of stuff é o melhor resumo sobre o sistema de consumo que já vi. Vale a pena ser visto. Resume perfeitamente que nós destruímos nosso planeta porque poucos, querem fazer muito dinheiro, e a qualquer custo tendo os governos e governantes seus grandes parceiros. Hoje sabemos e divulgamos o resultado de todas essas barbaridades que fazemos todos os dias contra o nosso planeta. Acesse o site: www.storyodstuff.com ERIN BROCKOVICH - UMA MULHER DE TALENTO O filme é baseado em uma história verídica e rendeu o Oscar de melhor atriz para Julia Roberts. MIGRAÇÃO ALADA Nesse documentário, o cineasta francês Jacques Perrin acompanhou a migração de várias espécies de pássaros por 40 países. Você encontra esses e outros filmes no site colunas.epoca.globo.com/ planeta/2008/04/11/os-melhoresfilmes-ambientais/


Reciclagem

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Lâmpadas fluorescentes: os cuidados para o descarte na natureza mbora as lâmpadas fluorescentes sejam infinitamente superiores às lâmpadas comuns, tanto pela economia como pela durabilidade, o seu descarte junto ao lixo doméstico é que pode gerar conseqüências para o meio ambiente e para as pessoas. Em sua composição, são utilizados metais pesados como o mercúrio, fósforo e sódio, além do alumínio e vidro e, os vapores produzidos pelos gases mantidos sob pressão podem ficar no ar por muito tempo e, uma vez inalados, causam intoxicação. No meio ambiente, os metais contaminam o solo e podem atingir os lençóis freáticos, comprometendo a qualidade da água. As lâmpadas fluorescentes devem ser separadas dos outros materiais, como lixo orgânico e do reciclável como vidro, papel e plástico, pois são

produtos classificados como resíduos perigosos. Sempre que possível, devem ser guardados nas próprias embalagens originais para evitar quebras acidentais, armazenadas em locais secos e protegidos para evitar quebras. As lâmpadas quebradas acidentalmente deverão ser separadas das demais e embaladas corretamente e colocadas em recipientes vedados. Segundo o CEMPRE (Compromisso Empresarial para a Reciclagem), mais de 30 milhões de lâmpadas fluorescentes são descartadas anualmente como resíduos. Cerca de 90% dos componentes das lâmpadas são materiais recicláveis:

Mercúrio - pode ser reutilizado na construção de novas lâmpadas, termômetros e outros. Vidro - pode ser utilizado na fabricação de contêineres não alimentícios, misturado ao as-

falto e manilha de cerâmica. Alumínio - pode ser reciclado e utilizado para diversos fins. O único componente da lâmpada que não é reciclado é o isolamento baque-

lítico existente nas extremidades das lâmpadas. LEGISLAÇÃO Apesar dos riscos que as lâmpadas oferecem, não existe uma legislação específica que regulamente a manipulação, a destinação e o tratamento pósuso das mesmas, mas alguns requisitos legais devem ser cumpridos por empresas e instituições que busquem realizar atividades de recuperação de mercúrio a partir de resíduos. Além do licenciamento ambiental, obtido junto às agencias de controle dos respectivos estados, há outros requisitos legais importantes a serem considerados.

A empresa que faz recuperação de mercúrio deve possuir o Cadastro Técnico Federal - Atividades Potencialmente Poluidoras - emitido anualmente pelo IBAMA, conforme Lei n o 6938, de 31 de agosto de 1981, alterada pela Lei no 10.165, de 27 de dezembro de 2000. Todas as empresas possuem tal documento. Outro dispositivo legal também faz parte dessa empresas, o Decreto Federal 97.634, de 10 de abril de 1989, bom como a Portaria Ibama no 46, de 06 de maio de 1996 que dispõe sobre o controle da produção e da comercialização de substância que comporta risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente. No Estado do Paraná, a empresa deverá estar licenciada junto ao Instituto Ambiental do Paraná - IAP, vinculado a SEMA. Fonte: Desperdício Zero

Terminais e dias de coleta do lixo tóxico domiciliar Leve até ao terminal: Pilhas, baterias, toner, tintas, embalagens de inseticidas,remédios vencidos,lâmpadas fluorescentes (até 10 unidades) , óleo animal e vegetal embalados em garrafa pet de 2 Litros . Horário de permanência do caminhão nos terminais: 7h às 15h. Recebemos somente pequenas quantidades de DOMICÍLIOS! TERMINAIS CENTENÁRIO VILAS OFICINAS CAPÃO RASO VILA HAUER CARMO BOQUEIRÃO SÍTIO CERCADO PINHEIRINHO FAZENDINHA CAIUÁ CIC PORTÃO CAMPINA DO SIQUEIRA CAMPO COMPRIDO SANTA FELICIDADE GUADALUPE RUI BARBOSA SITES CABRAL BOA VISTA SANTA CÂNDIDA BARREIRINHA BAIRRO ALTO CAPÃO DA IMBUIA

Mar 2 3 4 5 6 7 9 10 11 12 13 14 16 17 18 19 20 21 23 24 25 26 27 28

Abr 1 2 3 4 6 7 8 9 11 13 14 15 16 17 18 20 22 23 24 25 27 28 29 30

ANO: 2009 Mai Jun 2 1 4 2 5 3 6 4 7 5 8 6 9 8 11 9 12 10 13 12 14 13 15 15 16 16 18 17 19 18 20 19 21 20 22 22 23 23 25 24 26 25 27 26 28 27 29 29

Jul 1 2 3 4 6 7 8 9 10 11 13 14 15 16 17 18 20 21 22 23 24 25 27 28

Ago 1 3 4 5 6 7 8 10 11 12 13 14 15 17 18 19 20 21 22 24 25 26 27 28

Set 1 2 3 4 5 8 9 10 11 12 14 15 16 17 18 19 21 22 23 24 25 26 28 29

Destaque

Out 1 2 3 5 6 7 8 9 10 13 14 15 16 17 19 20 21 22 23 23 26 27 28 29

Nov 3 4 5 6 7 9 10 11 12 13 14 16 17 18 19 20 21 23 24 25 26 27 28 30

Dez 1 2 3 4 5 7 8 9 10 11 12 14 15 16 17 18 19 21 22 23 24 26 28 29

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Tratamento de resíduos orgânicos é alternativa para empresas que geram grandes quantidades de lixo Responsáveis por 800 toneladas de lixo por dia, os grandes geradores de Curitiba e Região Metropolitana podem contar com uma alternativa sustentável para o tratamento dos resíduos orgânicos. Por meio da compostagem, a Tibagi Sistemas Ambientais (TSA) já é responsável pelo tratamento de 300 toneladas por mês de resíduos orgânicos de empresas da região. De acordo com o engenheiro da TSA, Nivaldo Ferrarine, essa alternativa vem sendo procurada cada vez mais por aquelas empresas que acreditam na responsabilidade que têm sobre tudo o que produzem, inclusive o próprio lixo. "As empresas sérias estão conscientes dessa responsabilidade e procuram soluções que não sejam as já consideradas ul-

todos os dias", completa.

trapassadas, como os aterros sanitários", avalia o engenheiro. A partir do tratamento dos resíduos orgânicos é gerado um composto usado para recuperação de áreas degradadas. Para Ferrarine, essa é uma das alternativas mais viáveis para a destinação do lixo orgânico. "Ainda não se sabe

quanto irá custar, em termos financeiros e ambientais, o uso dos aterros sanitários nas grandes cidades brasileiras. É urgente a mudança de atitude em relação ao lixo que supermercados, restaurantes, fábricas, indústrias, escolas, universidades e tantas outras organizações produzem

TSA Desde 1997, a Tibagi Sistemas Ambientais, empresa do grupo Tibagi, acompanha e vem implantando as tendências mais modernas de reciclagens direcionadas ao desenvolvimento sustentado. Com sede em Curitiba e três unidades operacionais em São José dos Pinhais, a empresa procura oportunidades de investimentos na área da conservação ambiental e saneamento básico. Mais do que tecnologia adequada, a empresa aposta em soluções no tratamento do lixo, realizado uma análise da situação do cliente no gerenciamento dos resíduos para orientá-lo quanto à engenharia e logística do tratamento desses resíduos.


Cidade

Crime

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Tráfico de animais: um crime contra a natureza Estima-se que o comércio ilegal de animais silvestres movimenta US$ 20 bilhões em todo mundo Considerado o terceiro maior negócio ilegal do mundo, perdendo apenas para o tráfico de armas e drogas, o tráfico de animais é uma atividade altamente rentável para os contrabandistas, pois estima-se que 38 milhões de animais silvestres são retirados do seu habitat por ano, somente no Brasil. Segundo o Departamento de Estado americano, o comércio ilegal de vida selvagem geraria entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões anualmente. O Brasil participa com cerca de 5% a 15% da atividade no planeta. QUADRILHA Uma das maiores operações de combate ao tráfico de animais silvestres realizada pela Polícia Federal, levou a prisão no início deste mês, 72 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha internacional que contrabandeava espécies dentro do Brasil e para o exterior. A ação que ocorreu em vários Estados, batizada de Operação Oxóssi - Orixá do Candomblé da Caça e da Fartura- foi deflagrada após investigações iniciadas em 2008 e contou com a participação de 450 agentes, inclusive militares da Marinha, para prender caçadores, cinco policiais militares, contrabandistas e vendedores de animais no Pará, Maranhão, Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro onde ocorreu o maior número de prisões, 42 no total, entre eles uma mulher de

68 anos e um tcheco, apontados como líderes do grupo no Brasil. Outras 26 pessoas continuam sendo procuradas, um português, um suíço e três tchecos que estariam em seus países de origem. A Policia Federal informou que a maioria dos bichos era capturada no

nove não sobrevivem. Em muitos casos, para deixar os animais mansos para não chamar a atenção da fiscalização, os traficantes dopam os bichos com remédios ou bebidas alcoólicas, furam os olhos, quebram o osso externo das aves, arrancam as garras entre outras crueldades.

Acredita-se que tenha sido o maior desmantelamento de uma quadrilha especializada no comércio ilegal de animais e que chegava a faturar R$ 20 milhões por ano. O

Parque Nacional da Serra da Bocaina, em Paraty e na Reserva Biológica do Tinguá, em Nova Iguaçu, a 32 quilômetros do Rio. Também nas matas da Bahia, do Pará e do Amazonas, cujo principal destino interno era uma feira de animais em Duque

produto mais caro era o ovo de arara azul, vendida na Europa por cerca de R$ 9.000,00, um tucano R$ 500,00 e o papagaio valia R$ 400,00.

de Caxias, na Baixada Fluminense, considerado um dos cinco maiores pontos de tráfico de animais do país, onde, segundo a in-

vestigação da Polícia Federal, alguns contrabandistas chegavam a negociar 100 animais por semana.

CRUELDADE Os animais são transportados em pequenos espaços, escondidos em caixas , casacos e até em tubos de PVC, sem água ou alimentos o que gera brigas, mutilações e mortes. De cada 10 animais tirados da natureza,

TRÁFICO Todos podem ajudar a combater o tráfico de animais. Basta não comprar animais silvestres sem origem legal, assim como não adquirir artesanatos e objetos de decoração que possuam partes desses animais e, sobretudo, denunciar os traficantes. O Ibama orienta as pessoas a não comprarem o bicho, mesmo que fiquem com pena porque isso incentiva o crime. A LEI A Lei Federal nº 9605/ 98, que dispõe das sanções penais e administrativas para atividades lesivas ao meio ambiente , traz no Artigo 29 que matar, perseguir, caçar, apanhar , utilizar espécies da fauna silvestre nativa ou em rota migratória sem a devida permissão e autorização do órgão competente dá pena de seis meses a um ano de detenção, mais multa. TRÁFICO DE ANIMAIS: NÃO ENTRE NESSA, AJUDE A PRESERVAR A NOSSA FAUNA

Serviço: Como denunciar 0800 61 80 80 ou nas sedes do Ibama


Data Os automóveis fazem a notícia e as bicicletas sumiram do jornal

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Dia Internacional da Floresta

Ricardo - ricardo.i@ambiotech.com.br

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1º de março: Dia do Turismo Ecológico O prazer de compartilhar os encantos que a natureza oferece, aumenta o interesse pelo turismo ecológico

Ricardo Iantas

Curitiba está cada vez mais igual a qualquer outro centro urbano que conhecemos. As inovações que tornaram a nossa cidade conhecida por aí afora, como o calçadão da XV, a via do Expresso, as ciclovias e as várias modalidades de integração do transporte coletivo, por exemplo, já fazem parte da história, perderam a sua função em meio ao inchaço metropolitano e deixaram de ser sinônimos de qualidade de vida. A ilusão de que vivemos numa cidade moderna e bem planejada se desfaz em toda hora de rush, duas vezes por dia, quando o trânsito cada vez mais lento e caótico nos rouba tempo e paciência a cada sinal fechado nos engarrafamentos que agora se espalham pelos bairros e cidades vizinhas. Nesse sentido a cidade é bem igualitária, mas no desconforto que essa situação proporciona, pois todos experimentam a mesma sensação de impotência diante da monstruosidade que se tornou o nosso trânsito. E não tem rota de fuga. O piloto do carrão importado e o motorista do ônibus coletivo, o cobrador e o passageiro, o motoboy e o motoqueiro, e até mesmo os poucos ciclistas compartilham a mesma sensação de aprisionamento nessa coreografia estática. Ou seria mórbida? O pedestre ainda tem um alento, pode até pisar fora da faixa sem risco de atropelamento. Mas tem que respirar o excesso de fumaça e suportar a cacofonia das buzinas e dos motores roncando sem parar, roncando sem parar, roncando sem parar... parados nos sinaleiros. É possível que algum cidadão momentaneamente abstraído desse mecanicismo, talvez o motorista no fusca verde ou o malabarista argentino no sinal vermelho, tenha observado que quanto mais ruas são abertas e avenidas são alargadas, mais automóveis aparecem para demonstrar que esse ciclo não terá fim... pois até a economia mundial tem como referência de desenvolvimento a produção sempre crescente de automóveis e mais automóveis. E mesmo o motorista do fusca, passada a abstração, talvez volte a sonhar com o carro novo que vai comprar no ano que vem, se o governo mantiver o incentivo ao consumo que foi noticiado com euforia nos telejornais e ocupam todo o espaço publicitário da novela das oito (que ele só chega a tempo de assistir a última parte). É compreensível que cidadãos abstraídos ou distraídos já não se importem mais com o que deixam de viver quando estão presos ao trânsito, e sequer percebam que a sociedade do automóvel tornou-se uma espécie de vírus planetário que devora recursos naturais e combustíveis fósseis, invade o espaço que era das pessoas e expele gás carbônico. Os cidadãos são jogados à impotência na medida em que as cidades lhes roubam espaço e tempo, de convivência e de ócio. Mas, e os urbanistas? ... os caras do IPPUC que transformaram a XV, nos idos de 70 e 80, numa agradável sala de estar coletiva, e inauguraram novos conceitos para a harmonização das necessidades das pessoas com o espaço urbano? Parece que perderam o senso de vanguarda e não conseguem mais enxergar soluções além da sincronização de semáforos, alargamento de ruas e estreitamento de calçadas... parece que agora a referência deles também é o automóvel, apenas. Nessa história toda, talvez o único personagem feliz seja o malabarista argentino. Passada a balbúrdia, o chapéu cheio de moedas, ele continua a arremessar suas maças ao ar numa sincronicidade perfeita, distraindo e abstraindo os poucos motoristas que circulam no centro e que param nos sinaleiros depois das onze. Antes do show acabar ele ainda pode ver ao longe a aproximação da galera da bicicletada e, na evolução de seus malabares, procura a sincronia com os pedais em movimento para estimular o fluxo de ar puro e de movimentos silenciosos que retornam às ruas quando os motores param de roncar...

Ecoturismo

No dia 21 de março foi comemorado o Dia Internacional das Florestas. Embora seja uma data pouco conhecida da sociedade em geral, gostaria de propor algumas reflexões: conhecemos bem nossas florestas? Sabemos qual sua importância em nosso dia-a-dia? Notícias na grande imprensa quase sempre dão conta de problemas principalmente em relação ao desmatamento, com destaque para a Floresta Amazônica. Sem dúvida nenhuma, é a nossa preocupação mais importante para a manutenção do equilíbrio ambiental. Entretanto, necessitamos ampliar nossos olhares e enxergar que as florestas estão presentes em nosso diaa-dia muito mais do que imaginamos. Devemos também distinguir entre as florestas nativas de nosso País, rico patrimônio de biodiversidade, e as florestas plantadas, que usam espécies florestais nativas e exóticas para proporcionar produtos e serviços utilizados diariamente em nossa sociedade. Móveis, construção civil, papel, são produtos de fácil visualização e sua matéria-prima, normalmente originada em plantios florestais, nos passa muitas vezes despercebida. O que dizer, então, de outros bens que as florestas nos propor-

cionam? Se olharmos em volta, nas nossas casas, uma infinidade de benefícios estão à nossa disposição e chegamos a nos surpreender quando descobrimos que até alguns chicletes, muito consumidos por nossos filhos, precisam da matéria-prima florestal para produzir a goma. Esmaltes e batons, que embelezam a mulher brasileira, também contam com matéria-prima florestal em sua formulação. E o que dizer daquela pizza deliciosa do fim de semana? As que são assadas em fornos movidos a energia de madeira são consideradas as mais gostosas. Chás, chimarrão, alguns refrigerantes, palmito... todos alimentos que prescindem da floresta para existir. E muito mais poderia ainda ser citado. Se bem conduzido, o plantio e uso das florestas é benéfico, gera renda e é sustentável. Do contrário, não teríamos acesso a muitos produtos e serviços imprescindíveis hoje à sociedade. Mais do que preservar, o Brasil precisa saber utilizar suas florestas com a sabedoria, para gerar benefícios à sociedade sem perder sua biodiversidade e os serviços ambientais por elas proporcionados. Edson Tadeu Iede Chefe Adjunto de Comunicação e Negócios - Embrapa Florestas

"Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza"- nesta conhecida música, País Tropical, Jorge Benjor definiu com muita inspiração o que é o nosso Brasil. Privilegiado pela natureza em toda extensão do seu território, o Brasil oferece um invejável acervo de belezas naturais para os amantes do turismo ecológico. Fugir da rotina estressante da cidade, trocar a agitação e a violência urbanas por uma saudável caminhada em meio a natureza, ou mesmo a simples contemplação da imensa riqueza da fauna e da flora são estímulos para a crescente procura pelo chamado ecoturismo. Também os amantes dos esportes radicais como o rafting, escaladas, descidas em cachoeiras, rapel, etc., encontram nestes cenários os lugares perfeitos para as suas aventuras. Atrativos não faltam. Curitiba, as cidades próximas e o litoral apresentam passeios, roteiros ecológicos, trilhas, grutas, estâncias, pousadas, cachoeiras que são ótimas opções para quem deseja, nem que seja por algumas horas, conviver com a natureza.

Vila Velha

Canion do Guartelá

O turismo rural aliado a ecologia e a educação ambiental vem mudando o perfil dos pequenos municípios. O ecoturismo é, sem dúvida, um fator de desenvolvimento para a região que conta com esses atrativos naturais, pois a crescente presença de turistas gera, inevitavelmente, trabalho e renda para as comunidades locais, pois já corresponde a 10% das atividades do setor. Hoje, o ecoturismo vem ganhando espaço e empresas especializadas vem aproveitando as potencialidades turísticas da nossa região para oferecer, principalmente para grupos, excelentes opções, tanto para os mais radicais como para aqueles que gostam apenas de estar em contato com a natureza. ATRAÇÕES Na região dos Campos Gerais, o principal cartão-postal das cidades de Castro e Tibagi, o Cânion de Guartelá é o sexto maior do mundo com 32 quilômetros de extensão e o único recoberto com vegetação nativa que se estende pelas terras das duas cidades. O Parque Estadual do Guartelá, criado para proteger a região, abriga muitas cachoeiras e cavernas e o rio Iapó, a medida

que se aproxima do cidade de Tibagi transforma-se num dos melhores lugares para os praticantes de esportes radicais como rafting, especialmente ao encontrar com o rio Tibagi. Além do cânion de Guartelá, um passeio obrigatório é o Parque Estadual de Vila Velha, já em Ponta Grossa, mas apenas 40 quilômetros de Castro, onde curiosas formações rochosas lembram formas de animais e objetos e que começaram a ser esculpidas há 600 milhões de anos pelas águas do subsolo e por explosões vulcânicas. No Parque também,

fica a Lagoa Dourada, com águas cristalinas e as furnas, imensas crateras surgidas pela degradação da areia em grande profundidade. No litoral, encontram-se inúmeras áreas de preservação ambiental e reservas ecológicas. A histórica Antonina que preserva suas tradições culturais e oferece aventura e ecoturismo. Morretes com suas reservas naturais e o rio Nhundiaquara que corta a cidade, a paradisíaca Ilha do Mel, onde a natureza encanta seus visitantes e o Santuário Ecológico Guaraqueçaba, um privilegiado ambiente natural que é um dos mais ricos do mundo. A ilha de Superaguí, de fundamental importância para a sustentação da fauna marinha na região, abriga também, várias espécies ameaçadas de extinção, além de restingas, manguezais, praias desertas e diversas trilhas ecológicas. Criado em 1989, o Parque, com uma área de 3.398 hectares, abrange a Ilha do Superaguí, Ilha das Peças e fica na Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, na Mata Atlântica reconhecido pela Unesco com Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade, em 1998.

Ilha do Mel


Cidade

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informe da Câmara Municipal

Comissão dá parecer sobre novos projetos Diversos projetos receberam parecer favorável dos integrantes da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Meio Ambiente da Câmara de Curitiba. Alguns seguem para votação em plenário e outros para análise pelas demais comissões da Casa. A reunião contou com a presença dos vereadores Aldemir Manfron (PP), presidente; João do Suco (PSDB), Noemia Rocha (PMDB), Professor Galdino (PV) e Renata Bueno (PPS). Projeto da vereadora Julieta Reis (DEM) que dispõe sobre a coleta, destinação final e reutilização de embalagens, garrafas plásticas e pneumáticos em Curitiba seguirá para análise na Comissão de Educação e Cultura. Será enviada para inclusão na ordem do dia do plenário proposta que ins-

Foto - Irene Roiko

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Vereadores João do Suco, Professor Galdino, Aldemir Manfron, Noemia Rocha e Renata Bueno, na reunião desta quarta

titui o Dia de Prevenção às Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/ Dort), que deverá ser comemorado anualmente no dia 28 de fevereiro, de autoria do vereador Roberto Hinça (PDT).

Para a Comissão de Urbanismo e Obras Públicas foram encaminhados os projetos que dispõem sobre a obrigatoriedade de equipar as academias de ginástica e estabelecimentos similares com desfibriladores cardíacos, do vereador Zé Maria

(PPS); das concessionárias de serviços telefônicos da capital paranaense disponibilizarem um medidor de pulsos telefônicos, do vereador Roberto Hinça, e o que determian o horário para realização de obras e serviços em vias públicas, áreas comerciais

e residenciais de Curitiba, do vereador Sabino Picolo (DEM). Projeto que dispõe sobre a substituição do papel convencional por papel reciclado nos órgãos públicos municipais, do vereador Paulo Frote (PSDB), e o que aborda a prestação de serviços de assistência social nos postos de saúde da rede pública municipal, do presidente da Casa, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), serão encaminhados à Comissão de Serviço Público. SUGESTÕES A vereadora Renata Bueno sugeriu a criação de um grupo envolvendo todas as comissão, para estudos sobre o aquecimento global. A proposta da parlamentar é debater os projetos de lei sobre o assunto antes de serem analisados pelas comissões.

Terra Verdi Café Orgânico Cafés personalizados para pessoas exigentes e especiais Localizada no Piso Veneza do Shopping Itália, a Terra Verdi á a primeira cafeteria orgânica do Brasil. Um ambiente agradável e aconchegante onde você pode

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Reciclação 2009 De 08 a 11 de Julho de 2009, Curitiba sediará a 4ª edição da RECICLAÇÃO Feira e Jornada Brasileira de Reciclagem Preservação & Tecnologia Ambiental evento técnico - cientifico voltado para apresentação e exposição de empresas interessadas na geração e realização de negócios nos segmentos de reciclagem preservação tecnologia e saneamento ambiental. O objetivo do evento é congregar importantes setores ligados à reciclagem, preservação do meio ambiente, saneamento, energias renováveis e outros setores promotores da sustentabilidade e inclusão sócio ambiental. Fazendo com que expositores e visitantes encontrem um evento completo e possam gerar e realizar negócios ambientais e de reciclagem. O Objetivo dos organizadores é aumentar em 40% a participação na

feira, tanto em expositores, como em visitantes em relação à edição anterior, que contou com 83 expositores e onze mil visitantes. Empresas e instituições Nacionais, do segmento ambiental e de reciclagem já se movimentam para participação nesta 4ª edição, estão entre as empresas confirmadas 3R AMBIENTAL e BIO-ACCESS como apoio de realização e também como expositores a Universidade Positivo estará com stand e também promovendo o Seminário de Gestão Ambiental e Mudanças Climáticas; evento simultâneo a feira, outras importantes instituições como, Associação Brasileira de Embalagens de Aço ABEAÇO, Associação Brasileira das Indústrias Automáticas do Vidro - ABIVIDRO, Prefeitura Municipal de Curitiba - SMMA, Associação Comercial do Paraná - ACP, Secretaria Estadual de Meio

Ambiente e Recursos Hídricos - SEMA, entre outras que já aderiram e garantiram participação. A Reciclação 2009 é Patrocinada pela Ambisol Soluções Ambientais e Bombas Beto que participa pela primeira vez e aderiu como patrocinadora oficial do evento. MOTIVO: A reciclagem aliada à tecnologia e conscientização ambiental é hoje em todo o mundo um negócio altamente lucrativo de grande interesse econômico e sócio-ambiental para empresas preocupadas com a preservação, redução, reutilização, sustentabilidade e inclusão social. Curitiba é considerada mercado modelo, capital ecológica, famosa pelo seu planejamento urbano e ambiental responsável e eficiente e merece ser a capital brasileira em eventos desta natureza.

O sucesso obtido durante a realização das edições anteriores sinaliza que a "ação" ainda é o melhor caminho para o desenvolvimento de projetos que visam a redução e preservação, além de promover a multiplicação de uma consciência ambiental responsável e eficiente. A Feira traz diversos "cases" de sucesso na reciclagem, redução e reutilização de materiais, assim como técnicas de preservação e conservação através do tratamento do meio ambiente, e da reciclagem em escala cooperativista, industrial e domiciliar. Para os organizadores este é o primeiro evento voltado exclusivamente à realização de negócios dire-

cionados a reciclagem e preservação ambiental, um grande passo para disseminar entre o empresariado e a comunidade cientifica a importância da responsabilidade com as riquezas ambientais. - A feira irá apresentar novas alternativas científicas e mercadológicas para o segmento e principalmente mostrar que existem soluções aplicáveis para empresas ou indústrias que tenha responsabilidade sócio-ambiental", e com retorno financeiro garantido a quem investe, recicla e preserva o meio ambiente. - Recicle seus conceitos, pratique o desenvolvimento sustentável e amplie seus negócios.

IV RECICLAÇÃO - De 08 a 11 de Junho de 2009. Centro de eventos EXPOUNIMEDCURITIBA. Fonte e Informações: Montebello Eventos Fones: (41)3203-1189 (41)3022-0383 montebello@montebelloeventos.com.br.


Destaque

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Linha Ecologia Acquastar - eficiente por natureza! A Starquímica Tintas Especiais é uma empresa 100% nacional, fabricante de tintas automotivas e industriais que iniciou sua história fabricando produtos a base de solventes e que nos últimos meses vem investindo intensamente em pesquisa e desenvolvimento de produtos a base d'agua - Sistema Ecológico ACQUASTAR. Quando falamos de produtos a base d'agua, o foco central é a questão ambiental. Há outras ações que a Starquímica desenvolve que consolida a preocupação com preservação do meio ambiente e melhoria na qualidade de vida das pessoas, sendo: - foi pioneira, em caráter mun-

dial, na implantação de um sistema de exaustão e tratamento de odores a base de biotecnologia, que renova o ar de toda planta produtiva da fábrica, eliminando os gases oriundos da evaporação de solventes utilizados durante o processo de fabricação dos produtos; - a parceria com o Ciesp de Indaiatuba/SP no replantio de 80.000 mudas em toda cidade; - o compromisso de diminuir continuamente a emissão de gases em suspensão provenientes do processo de pintura e repintura automotiva investindo no desenvolvimento da linha ecológica ACQUASTAR (diluida totalmente com

água), promovendo benefícios aos profissionais que manipulam os produtos e ao meio ambiente; Os produtos que fazem parte da linha Acquastar, são inovadores no mercado de repintura e foram totalmente desenvolvidos no centro de Pesquisa e Te c n o l o g i a d a S t a r q u m i c a onde serão apresentados ao mercado automotivo, seguradoras, faculdades, institutos e outros órgãos que tenham atividades ligadas ao setor automotivo e preservação do meio ambiente em evento de lançamento no CESVI Brasil, dia 26/05/2009 em São Paulo. A linha ACQUASTAR é composta por primer, tinta e verniz,

produtos utilizados na repintura automotiva, todos a base d'agua e com uma característica especial: a diluição destes produtos, que tem índices muito superiores ao que são oferecidos hoje no mercado. Sistema Ecológico Acquastar - Sistema completo a base d'agua contendo: Primer PU Bi-componente com diluição de 80% a100% com água Acquastar (água desmineralizada); Base Coat diluição de 80% a 100% com água ACQUASTAR (água desmineralizada); Verniz PU Bi-componente com diluição a partir de 50% com água ACQUASTAR (água desmineralizada);

Reciclagem do couro A indústria do setor coureiro-atacadista é um setor que produz mais de 45 milhões de peças de couro por ano (dados de 2007), e o Brasil é o maior produtor mundial que chega a 300 milhões de peças anuais. Por isso, os resíduos químicos dos curtumes podem gerar impactos na natureza e riscos para a saúde. Um estudo a química e pesquisadora brasileira, Joana D'arc Félix de Souza, de F r a n c a , S ã o Pa u l o , c u j a tese de pós-doutorado, realizada em Harward, nos Estados Unidos, e intitulado Reaproveitamento de Resíduos de Curtume e Fábrica de Calçados, consiste em separar o cromo do colágeno e retirar taninos, óleo de engraxe e corantes, visando a reciclagem para que esses produtos possam retornar ao mercado. A química explica que o trabalho de separação do cromo dos retalhos e couro é simples, pois é feito de forma natural a partir de enzimas retiradas das

Geral

Joana D'Arc foi premiada por sua pesquisa nos Estados Unidos

plantas nativas. -" Todos esses resíduos são reutilizados pela indústria química", explica. O reaproveitamento dos resíduos, além de preservar o meio ambiente é dar um rápido retorno financeiro às empresas, pode resultar em novos postos de trabalho. "A geração de empregos e os benefícios ao meio ambiente são os grandes pontos positivos da minha pesquisa", afirma a pesquisadora. Fonte: Revista Lançamentos Indústria

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Captação de água de chuva: a solução que vem do céu

Água...vida pelo ralo abaixo!

O aproveitamento da água de chuva é uma alternativa inteligente para evitar o desperdício da água potável

DICAS PARA A CAPTAÇÃO: Qualquer recipiente pode ser utilizado para o armazenamento, porém devem ser observadas algumas condições: - não pode haver vazamento - o material utilizado não pode conter nenhum ingrediente que possa contaminar a água armazenada. - deve ser bem tampada para evitar a evaporação, a entrada de sujeira e luz para prevenir o desenvolvimento de algas. - qualquer recepiente como baldes e barris, pode ser utilizado para captar e armazenar a água da chuva

O Fórum Mundial da Água (FMA), organizado pela ONU e que encerrou no dia internacional da água, dia 22 de março, em Istambul, entra para a história como mais uma reunião de líderes mundiais onde os resultados escoaram para o Estreito de Bósforo, certamente poluído! De 150 países participantes, somente um grupo de 25 países críticos decidiu assinar uma declaração alternativa na qual, como primeiro ponto, se reconhece "o acesso à água e ao saneamento como um direito humano", e os signatários se comprometem "a realizar as ações necessárias para a implementação progressiva deste direito". Para a decepção de vários países da América Latina, como Bolívia, Equador, Cuba e Uruguai, além de Suíça e Espanha, que instigaram o debate, o Brasil, alinhado com os Estados Unidos e o restante dos países ficou de fora desta posição mais sensata. Nada de anormal aqui, tendo em vista as conexões diretas dos interesses privados dos que controlam o abastecimento e tratamento de água e administrações públicas neste país! Se ganha muito dinheiro com estes serviços e ninguém quer colocar a mão neste ralo! Em geral, é o que se passa na maioria dos países mundo afora. A água é uma mercadoria a ser vendida, deve gerar lucro para empresas e seus acionistas. O lado humanitário da sua distribuição entupiu nos canais do capitalismo! Enquanto isto, mais de um bilhão de pessoas não têm acesso a água. A diarréia causada pela água contaminada mata 5 mil crianças com menos de cinco anos a cada dia. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) contidos no relatório indicam que o "acesso a um melhor saneamento diminuiria em 32% as doenças diarréicas". Para completar o quadro, as conseqüências das mudanças climáticas sobre a água devido ao aquecimento global são catastróficas. A seca australiana, que recentemente provocou a pior onda de incêndios florestais na história do país, matando mais de 100 pessoas, é um claro exemplo disto. Na África, até 2020 entre 75 e 250 milhões de pessoas devem ser expostas a complicações hídricas decorrentes da mudança climática. Em alguns países, cultivos abastecidos pela água da chuva podem ter redução de 50 por cento na sua produtividade. Na América Latina, a produtividade de algumas lavouras importantes irá diminuir, enquanto a desaparição de geleiras andinas afetará a disponibilidade de água para o consumo humano. Enfim, as simulações climáticas para o século 21 antevêem aumento das chuvas em latitudes elevadas e em áreas tropicais, e redução das precipitações em regiões subtropicais. Quem já não vê isto acontecendo em todo o Brasil? A propósito, quanto tempo voce demorou no banho hoje? Lavaste seu carro com mangueira? Adiou aquela instalação de coleta de água de chuva para regar o jardim? Comeu carne a semana toda? O maior consumo de água está na irrigação de monoculturas, principalmente de soja e milho, que por sua vez alimentam bois, vacas e porcos! Chama-se isto de água virtual, que é o volume de água demandada para a produção de uma determinada commodity. A produção de um quilograma de bife bovino pode representa o consumo de até 43 mil litros de água! A saber, em 2005, o Brasil exportou cerca de 34 bilhões de m3 de água virtual através da carne! Isto representa mais de 8 vezes o consumo diário de água da cidade de São Paulo. Números para se pensar quando se for fazer aquele churrasquinho no final de semana!

Colaborou com esta matéria: Engeplas Engenharia da Reciclagem e Meio Ambiente - www.engeplas.com.br

Eloy F. Casagrande Jr., PhD - Professor na área de Inovação Tecnológica e Sustentabilidade, UTFPR

A

demanda dobrou nas últimas duas décadas e a disponibilidade de água por habitante no planeta caiu 60% nos últimos 50 anos, situação que faz com que 250 milhões de pessoas sofram com a escassez de água. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), dentro de 25 anos, 2,8 bilhões de pessoas estarão nessa situação. Encontrar soluções imediatas para esse problema não é tarefa fácil, porém ações preventivas podem contribuir para reduzir o desperdício da água potável. A captação de água de chuva, por exemplo, é um importante aliado para a economia dos recursos hídricos. O Brasil é o país com maior índice de chuvas do mundo, e aproveitar esses recurso disponível e ilimitado é a solução mais inteligente para se evitar o desperdício de água potável e colaborar com o meio ambiente. Muito utilizado em países como Austrália e Alemanha onde novos sistemas vem sendo desenvolvidos, armazenar água de chuva, além das vantagens de reduzir o consumo de água da rede pública e a consequente economia no custo, ajuda a conter as enchentes amenizando os impactos sobre as cidades. Um exemplo dos mais significativos e que há um bom tempo vem sendo utilizado acontece nas re-

No desenho acima, a água poderá ser captada de um ou dos dois lados do telhado, dependendo do sistema de calhas

giões semi áridas do Nordeste brasileiro, onde captar água de chuva para armazenar em cisternas e reservatórios construídos em áreas remotas do sertão, tornou-se uma solução e uma benção para as populações mais isoladas e que antes caminhavam quilômetros para conseguir um pouco de água. As águas captadas podem ser utilizadas na limpeza dos banheiros e vasos sanitários, lavagem de carros, limpeza de pisos, regas de jardim e algumas outras atividades que não exigem água potável e

que, segundo estatísticas, representam cerca de 50% do consumo da água das cidades. Residências, escolas, estabelecimentos comerciais e industriais, condomínios, podem se beneficiar desse sistema. Atualmente existe empresas especializadas na instação de sistemas da captação da água de chuva, que projetam e instalam sistemas de acordo com a necessidade do usuário e com a disponibilidade pluviométrica local para a correta instalação.

Eloy F. Casagrande Jr.


Comércio

Comércio

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O prefeito Beto Richa e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, inauguraram em fevereiro, o Mercado Municipal de Orgânicos de Curitiba, o primeiro mercado público de orgânicos do Brasil. Construído pela Prefeitura em parceria com o Ministério, o Mercado de Orgânicos oferece mais de 1.100 tipos de produtos com selo de produto sem agrotóxicos nem aditivos químicos. "O Mercado de Orgânicos é mais um braço da política de segurança alimentar de Curitiba e marca uma nova época, com a oferta de um modelo de consumo que promove a saúde por meio da melhoria do padrão de ali-

mentação e que cria oportunidades para o desenvolvimento da agricultura familiar regional", disse Richa. O novo espaço de compras e de lazer fica num local estratégico, perto do Centro da cidade e integrado ao Mercado Municipal, por onde circulam, em média, 55 mil pessoas por semana. O investimento total foi de R$ 3,1 milhões, feito em parceria entre a Prefeitura de Curitiba, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, e com recursos de emendas ao Orçamento da União, feitas pelos deputados federais Gustavo Fruet e Dra. Clair. A construção tem 3.700 metros quadrados, com

Prefeito Beto Richa inaugura o Mercado de Orgânicos

dois pisos e estacionamento, onde foram instalados 22 espaços comerciais, ocupados por duas lanchonetes, um restaurante, três mercearias, um açougue, uma loja de artesanato, uma loja de cosméticos, uma loja de confecção e oito bancas de vegetais e produtos processados. No primeiro piso ficam as lojas e bancas de hortifrutigranjeiros. Na parte de cima do mercado um anfiteatro servirá para cursos e reuniões para lojistas, agricultores e empresários. A idéia é estimular rodadas de negócios orgânicos. O andar conta também com uma cozinha, especialmente montada para cursos de culinária. Na inauguração do mercado, o prefeito Beto Richa assinou um convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), o Sistema Nacional de Aprendizagem Rural e o Serviço de Apoio a Micro e Pequena Empresa do Paraná (Sebrae), para de-

Primeira loja especializada em cosméticos orgânicos certificados Produtos terapêuticos: - Rosto - Corpo - Cabelo Aromaterapia Óleos Essenciais Mercado Municipal - Setor de Orgânicos - Loja 514 www.cativanatureza.com.br 3363-0905 | 3362-7718

Fotos: Luiz Costa/SMCS

Primeiro Mercado de Orgânicos do País tem mais de mil produtos sem agrotóxicos

senvolver cursos e outras ações de formação para agricultores, comerciantes e outros agentes da cadeia produtiva de orgânicos. Os 22 empreendedores foram selecionados por meio de pregão eletrônico. Duas cooperativas paranaenses de agricultores orgânicos ocupam as bancas de hortifrutigranjeiros,

entre eles um grupo de quatrocentos agricultores do sudoeste do Paraná, integrantes da Cooperativa de Comerciali-

O mais novo empório de produtos orgânicos no primeiro mercado de orgânicos de Curitiba Deliciosos, Saudáveis e Irresistiveis Vinhos - Doces - Condimentos Farinhas - Produtos Funcionais Nacionais e Importados Mercado Municipal - Setor de Orgânicos

zação da Agricultura Familiar Integrada (Coopafi). Todo o circuito de comércio dentro do mercado conta com certificação orgânica, feita por instituições como o Instituto Biodinâmico (IBD) e o

Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). São dois tipos de certificação, para os produtos e para as lojas. "Esse controle reforça e garante aos consumidores a procedência de produtos industrializados e naturais, produzidos sem agrotóxicos e outros aditivos químicos, e também o espaço onde eles são comercializados", explica o secretário municipal do Abastecimento, Norberto Ortigara.

ESTRUTURA DO MERCADO O prédio de arquitetura moderna fica na rua da Paz, 608, e está interligado ao antigo Mercado Municipal, para que o público possa circular nos dois ambientes. A integração é pela praça de alimentação, ao lado do Box Curitiba. O prédio conta com sistema de captação de água de chuva. Uma calha especial no telhado transporta a água para um reservatório para ser usada em ambientes e serviços que não necessitam de água potável, como limpeza de piso e sanitários. A arquitetura do ambiente interno

Produtos orgânicos e certificados Nacionais e importados Massas - Molhos - Geléias - Grãos - Sucos Vinhos - Licores - Cachaças - Frios Especiarias em Geral

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do Mercado de Orgânicos favorece a luminosidade natural e ajuda na economia de energia elétrica. O prédio conta com segurança monitorada por 12 câmeras instaladas em pontos estratégicos. As câmeras serão controladas pela Guarda Municipal, que já tem um espaço reservado dentro do novo Mercado. CENÁRIO ORGÂNICO A Secretaria Municipal do Abastecimento coordena também feiras orgânicas em 9 pontos da cidade, e vai expandi-las para

13 pontos. Atualmente são 48 famílias de agricultores de 11 municípios da região metropolitana beneficiados com a venda direta nestes espaços, que comercializam 470 toneladas/ano. Em 19 municípios da região metropolitana são cultivados 553 hectares de área de lavoura orgânica, envolvendo 430 famílias de agricultores. São cultivadas, basicamente, hortaliças, com uma produção anual de 3,8 mil toneladas, que corresponde a cerca de 40% da produção de hortaliças orgânicas cultivas no estado. O cultivo de hortaliças marcou o início da agricultura orgânica no Paraná, que começou em 1982 com um pequeno grupo de agricultores no município de Agudos do Sul. Hoje, são mais de 300 produtores na Região Metropolitana de Curitiba.

Serviço: Mercado Municipal de Orgânicos de Curitiba Endereço: Rua da Paz, 608, Jardim Botânico (ao lado do Mercado Municipal de Curitiba) Horário de Funcionamento Terça-feira a sábado, das 7h às 18h Segunda-feira, das 7h às 14h Domingo, das 7h às 13h

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