Imagine-se você em um lugar repleto de glamour, beleza, irreverência, criatividade e autoconfiança? Imagine-se você esbanjando todas essas características para um grupo de pessoas que estão te celebrando. Essas pessoas são a sua família. Seu pai, sua mãe, suas irmãs e irmãos. Você está lá se sentindo lindo ou maravilhosa! Como se fosse um concurso de beleza, ou um desfile de moda!, mas com mais sorrisos, autenticidade e afeto. Você vai ler uma reportagem sobre a Cultura Ballroom em Florianópolis. Hm… talvez você não saiba muito bem o que é a Cultura Ballroom, ou sequer tenha ouvido falar dela alguma vez na vida. Mas lembra do videoclipe da música Vogue da Madonna? Como uma boa artista pop, a Madonna buscou referências alternativas e as tornou um grande sucesso. Nesse caso, estamos falando da modalidade de dança Vogue, que na época do clipe nos Estados Unidos, estava inserida dentro da Cultura Ballroom. No entanto, a cantora apresentou apenas uma parte de uma cultura criada por corpos LGBTQ+ e negros. Isso foi em 1990, há trinta anos.A verdade é que a cultura ballroom e a dança já existiam antes de Madonna, e continua existindo até hoje. Nessa reportagem voce vai descobrir como funciona a Cultura Ballroom em Florianólis e se deleitar com diversas imagens de um Ball de tirar o fôlego. Aproveite!
o que é o ballroom?
ACultura Ballroom surgiu nos anos 1970 nos Estados Unidos, onde as primeiras manifestações ocorreram no bairro do Harlem, na cidade de Nova Iorque. Historicamente foi organizada por pessoas da comunidade negra, latina e LGBTQIAP+ que moravam no norte da ilha de Manhattan, como uma resposta aos bailes e desfiles de drag queens que eram atração turística e sucesso na região.
Pessoas negras e latinas iam aos bailes para competir e desfilar, mas eram as brancas as favorecidas nas categorias, por causa do racismo. Nesse contexto, elas criaram seus próprios bailes de beleza.
eram expulsas de casa e iam viver na rua. “Havia uma pessoa que passou pela mesma situação e conseguiu se profissionalizar a partir de moda, maquiagem e trabalhos como drag. E vendo essas pessoas vivendo na rua, resgatam e levam pra dentro da própria casa”, ela conta. Com isso, essa pessoa mais velha se torna uma referência e ensina seu ofício de maquiagem, costura e styling, e assim “elas se reconhecem como uma família”.
Na imagem acima, Crystal LaBeija (À esquerda) e Lottie (À direita) em concurso de beleza. A revolta de Crystal contra os concursos de beleza pode ser visto no documentário The Queen. Imagem: Reprodução.
No surgimento da Cultura, muitas pessoas LGBTQIAP+ foram expulsas de casa e encontraram refúgio na rua através de pessoas com vivências semelhantes. Jô Gomes, dançarina e Mother da Pioneer House of Hands Up (Distrito Federal), a primeira house do Brasil, lembra que o surgimento das Casas é marcado pelo preconceito contra a população negra, latina e LGBTQIAP+ nos Estados Unidos. Essas pessoas
Em “Let’s Have a Kiki”, seu Trabalho de Conclusão de Curso, o jornalista Guilherme Tomazoni explica como surgiu a primeira casa (house) de Vogue: “Por conta dessa diáspora, em 1972, Lottie decide criar seu próprio baile e convida Crystal LaBeija, já conhecida por ser um ícone nos desfiles de beleza e ter sua presença em um baile era garantia de sucesso. Crystal aceita participar, mas com a condição de criar um grupo chamado House of LaBeija, tendo Crystal como sua líder, a sua mother. O evento foi nomeado como “Crystal & Lottie LaBeija apresentam o primeiro baile da House of LaBeija”.
Primeira Kiki house do Sul do Brasil
ACultura Ballroom é dividida entre duas estruturas: a cena mainstream, denominação dada apenas para as casas que são fundadas em Nova Iorque, local onde surgiu a primeira House em 1976 e a cena Kiki, denominação dada para todas as casas que não são as originárias fundadas em Nova Iorque.
Em meados de 2018 existiam em Florianópolis pessoas que trabalhavam a dança Vogue dentro do contexto de estúdios de dança, mas misturada com outras linguagens artísticas, como as das danças Waacking – estilo associado a música disco com poses e contorcionismos de braços –, High Heels ou Stiletto – tipo de dança que ganhou força no final dos anos 1990 usando sapatos de salto alto. As primeiras manifestações explícitas da Cultura Ballroom em Florianópolis nasceram através do coletivo das pessoas que dançavam e trabalhavam com Vogue, fundando a Casa das Feiticeiras – na época House of Sorceress –, a primeira Kiki House no Sul do Brasil.
A Casa das Feiticeiras aproveitou o Ball do Sul - Floripa is Burning para anunciar novo nome, membros e funções da casa. Antes se chamavam House of Sorceress. Imagem: Matheus Trindade/Reprodução.
A Casa das Feiticeiras teve como um dos fundadores Will Mário, dançarino especialista em Vogue New Way e High Hells. O primeiro contato de Will com a dança Vogue ocorreu em 2013, quando ele morava em Erechim, uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. Em seguida ele se mudou para Florianópolis.
Em 2016 acontecimentos importantes provocaram o desenvolvimento da Cultura Ballroom na capital catarinense. Will relembra que naquele ano ocorreu uma aula de Vogue ministrada por Juana Chi, importante bailarina e coreógrafa de Vogue, numa antiga escola de dança da cidade. Depois da aula “fizeram um Ball, mas um Ball muito tímido. A gente não sabia de nada”. Esse foi o primeiro Ball que ocorreu na cidade. Para Will, o mais importante no desenvolvimento da Cultura Ballroom em Florianópolis foi ter conhecido Ednei Brito, o outro fundador da Casa das Feiticeiras, através de um grupo do WhatsApp que reunia pessoas de todo país que dançavam Vogue. Os dois se conheceram pessoalmente através da aula da Juana em 2016. Em 2017, decidiram criar um labora-
tório de voguing em uma escola de dança. No movimento apareceram outras pessoas que mantiveram interesse no tema e até hoje fazem parte da Cultura, como Diogo e Luís Eduardo Silveira (Father Izhy Feiticeira). Depois desse Laboratório, Ednei revelou para Will a proposta de criar uma casa de Vogue e assim nasceu a House of Sorceress – sorceress significa feiticeira em inglês. A escolha do nome faz referência aos contos de Franklin Cascaes, escritor e folclorista florianopolitano, que sempre escreveu sobre bruxas e feitiços.
A ideia era que Ednei fosse o Pai da casa e, Will, a Mãe. “Foi muito natural. Era pra eu ser a mãe naquele momento”. Mas, foi somente a partir de 2018 que a Casa das Feiticeiras começou suas primeiras performances e a se entender como família.
A HISTÓRIA RECENTE
Amudança do nome da Casa das Feiticeiras foi anunciada no Ball do Sul, no primeiro Floripa is Burning, que ocorreu em novembro de 2021. Will explica que “fazia muito sentido trocar de nome porque a gente estava em uma outra geração.” A partir disso, a Casa passou a adotar diversos membros e hoje conta com mais de 20 participantes. “Floripa is Burning foi um Ball muito importante para Florianópolis. Mudou a cidade, eu acho. Como foi pós-pandemia, a gente viu o rolê acontecer. A gente viu uma cena que a gente não via antes da pandemia”, revela Will.
À direita, Mother Will Feiticeira apresenta sua performance na categoria Arms Control (controle dos braços). Categoria avalia performance de Vogue utilizando as mãos. Imagem: João Wesley.
Para o criador do Floripa is Burning, Diogo Vaz Franco, o evento surgiu com o objetivo de desenvolver a cena na região Sul. Ele relembra que na sua trajetória na Cultura Ballroom, precisou viajar para lugares do Brasil onde a Cultura é mais fortalecida, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. “Eu não queria
que todo mundo que quisesse conhecer ou ter uma experiência mais profunda com a Cultura [Ballroom] precisasse se deslocar do seu estado, viajar quilômetros, gastar uma grana para ter essa experiência”.
Diogo inscreveu o projeto e foi aprovado no Edital Elisabete Anderle de estímulo à cultura em 2020. Isso permitiu que a realização do evento tivesse uma estrutura financeira adequada. “Todas as pessoas que estavam ali trabalhando, os jurados, os professores, os temas das categorias, eram tudo voltado para cultura daqui da nossa região. Esse era o meu desejo de fazer um evento para gente olhar para a gente mesmo, parar de olhar para fora e olhar para dentro do que a gente tá produzindo aqui.”
Através do projeto Floripa is Burning, foram realizados três bailes. O primeiro em novembro de 2021, e o segundo no evento Maratona Cultural, em abril de 2022. Esses dois ocorreram em um contexto contemplado pelo Edital Elisabete Anderle. O
terceiro ocorreu na Feira de Cascaes, em setembro de 2022. A Casa das Feiticeiras também já organizou outros bailes. Em 2022 foram dois, o primeiro no mês de agosto e outro em setembro, com o nome Ball Vote com Orgulho. Em 12 meses, cinco bailes Vogue aconteceram na capital catarinense. Will não lembra com exatidão o tanto que ocorreram antes da pandemia, mas crê que foram três.
As casas, independente de serem Mainstream ou Kiki, organizam os bailes, conhecidos também como Balls. Segundo Ademir Corrêa, autor do livro Cinema Queerité: Gêneros e Identidades no Documentário “Paris is Burning”, os bailes são divididos em “categorias específicas ligadas ao vestuário, aos trejeitos (capacidade de mimetização), aos movimentos de dança e mímica”. O autor também diz que as houses são como as gangues gays que brigam por troféus. “Embora envolvidas nas disputas por prêmios, formam um coletivo e diminuem a equação de opressão.”
tição. A competição avança para a etapa das batalhas, quando os jurados escolhem a melhor performance. Vence quem ficar por último. As categorias podem ter performances solo ou em grupos, onde uma Casa batalha contra outra.
A seguir, uma sessão de fotos do Ball: Vote Com Orgulho, organizado em setembro de 2022 pela Casa das Feiticeiras.
House of Avalax e Casa das Feiticeiras batalham na categoria Old Way, com a temática de Ministério da Defesa, onde o pré-requisito deveria ser o uso de uma roupa de estampa camuflada. Isso porque a modalidade de Vogue Old Way é inspirada por poses e movimentos vindos de lutas marciais e militarismo. À esquerda Lazúli Avalax, e À direita Mother Will Feiticeira. Foto: João Wesley.
Os balls possuem diversas categorias de estilo, moda e performance de Vogue. No início, os participantes caminham sozinhos e passam pelo painel de jurados a fim de receber aprovação e avançar para as etapas de batalha. Normalmente, os balls e categorias possuem temas e pré-requisitos. Se o participante não cumprí-los, ele ganha um chop (corte) e é desqualificado da compe-
kiki Ball vote com orgulho
Em setembro, a Casa das Feiticeiras organizou o Kiki Ball Vote Com Orgulho. O objetivo era preparar-se para as Eleições 2022 através de uma “brincadeira despretensiosa sobre política e orgulho”. Nome das categorias faziam alusão aos minitérios do governo, como a categoria Old Way, com a temática de Ministério da Defesa, onde o pré-requisito deveria ser o uso de uma roupa de estampa camuflada. Imagens: João Wesley
Dentro da Ballroom existe uma série de titulações hierárquicas conforme a contribuição da pessoa para o desenvolvimento da Cultura.
Estrutura da Cultura Ballroom PIONEIRO
Apesar da sua contribuição ser menor ao tempo necessário para obtenção do título, Diogo Vaz Franco, que começou a estudar a Cultura em 2018, é reconhecido como Legendary por sua trajetória, prêmios e momentos memoráveis dentro da Ballroom. A porta de entrada do artista com o movimento foi com o estilo de dança
cultura negra e LGBT, fiquei muito interessado em atuar nela”.
Na cena Kiki, Diogo atua de maneira independente e adota o 007 em seu nome, mas isso não o impede, nem ele e nem ninguém, de representar Casas da cena Mainstream. Diogo é um dos cinco membros da House of Milan no Brasil, Casa originária
Dada a pessoa que chega primeiro em determinada localidade e desenvolve um trabalho de criação e fomento da Cultura. Casas também podem receber este título, como é o caso da Pioneer House of Hands Up.
Titulação dada a pessoa que chega primeiro em determinada localidade e desenvolve um trabalho de criação e fomento da Cultura. Casas também podem receber este título, como é o caso da Pioneer House of Hands Up.
ICON
Titulação dada às pessoas que tenham uma contribuição de ao menos 20 anos para o desenvolvimento da cultura.
LEGENDARY
Legendary
São todos aqueles que dominam as categorias em que competem, com contribuição mínima de cinco anos.
Statement
STATEMENT
O tempo necessário para receber esse título é de 3 a 5 anos. Além do mais, é preciso ter vencido alguns prêmios ou ter chegado à final de alguma categoria.
ST
Titulação dada às pessoas que tenham uma contribuição mínima de até dois anos.
2018, é reconhecido como Legendary que buscava se aproximar de manifes
O artista já foi aos Estados Unidos e tem noção do quão a cultura se expan
Novos significados de casa e família
Na Cultura Ballroom existe um conceito de família que dá um novo significado à estrutura familiar biológica. A hierarquia familiar de uma Casa de Vogue – Kiki ou Mainstream –, não segue os padrões sociais de gênero. A função de Pai pode ser exercida por uma mulher trans ou cis, assim como a função de Mãe também é encabeçada por um homem cis – por exemplo. A estrutura de uma Casa também pode ser física ou não. Esses ambientes não são físicos, mas uma figura de linguagem para definir os interesses em comuns das pessoas que o compartilham. O período da pandemia aproximou os membros da Casa das Feiticeiras. “A gente começou a aprender o que é família quando a gente começa a ter
dificuldades. Apoio emocional, apoio de lugar para morar, apoio de transporte. Ali que a gente começa a entender que a gente tem um suporte. Isso fica muito forte na pandemia”. A Casa, por causa da distância causada pelo isolamento social, funcionou de modo remoto através de grupo no WhatsApp.
Alguns membros até moravam perto e conseguiam se encontrar de vez em quando. Como líder da casa, o Pai ou a Mãe têm um papel importante no fornecimento de suporte e conhecimento para a Casa e dos filhos. Pai e mãe, para Will, mãe da Casa das Feiticeiras, é uma função de liderança, mas às vezes são necessárias trocas dentro de uma casa. Todas as casas possuem mãe, mas não necessariamente um pai. Jô Gomes, dançarina e Mother da Pioneer House of Hands Up (Distrito Federal) explica que a Mother na Cultura Ballroom ocupa um papel
A Casa das Feiticeiras se reúne semanalmente em uma escola de dança localizada no bairro da Trindade, onde fazem ensaios e treinos de Vogue. Com frequência realizam festas e ensaios temáticos de Vogue. Da esquerda para direita, em destaque Will, Greg Malaquias (Bicha Feiticeira) e Emily Jandt (Emi Feiticeira). Foto: João Wesley.
familiar de cuidado e acolhimento, e que “qualquer título na Cultura Ballroom é um lugar de muita responsabilidade e cuidado com a vida e corpos das outras pessoas.”
Há também o Príncipe ou Princesa, funções atribuídas àqueles que podem se tornar substitutos na ausência do Pai ou da Mãe. A função de Imperatriz, segundo Will, funciona como uma Mãe da Casa em outra localidade. A
Casa das Feiticeiras tem Imperatrizes em Criciúma e Curitiba. Os filhos e filhas são os demais membros da Casa.
Para participar dos bailes e competir nas categorias não é obrigatório defender uma Casa e ser parte de uma família. As pessoas que atuam na Cultura Ballroom de maneira independente adicionam o ‘007’ após o sobrenome, em vez do nome de uma Casa, como é o caso de Diogo.
A PARTIR DAQUI
Os capítulos de Florianópolis da House of Avalanx, uma das primeiras casas de Vogue do Brasil, preparam um baile para o ano que vem. La Prem Avalax é uma das organizadoras do evento, que deve ser o primeiro organizado por uma Casa de outra região do país.
O interesse de La Prem pela dança Vogue começou após assistir os seriados de TV Rupaul’s Drag Race e Pose. Antes da pandemia, ela começou a procurar por aulas de Vogue na Ilha, mas por causa do isolamento teve que adiar as aulas. Ela conta que, por indicação de sua psicóloga, procurou aulas de dança com o objetivo de voltar a socializar após um período de depressão e do isolamento social imposto pela pandemia.
Foi nas aulas de Vogue, ministra-
das por Izhy Feiticeira, que ela conheceu as cenas Kiki e Mainstream da Ballroom e se aproximou das pessoas que movimentam a cena na capital catarinense. Em abril, na Maratona Ball, “rolou meu primeiro ball, fiquei super nervosa, não sabia se eu ia caminhar ou não. A primeira vez que eu caminhei no ball eu levei o prêmio final. Foi bem surpreendente e bem incrível pra mim”, ela conta. La Prem ainda era 007 quando desfilou e venceu pela primeira vez.
Depois da Maratona Ball ela recebeu o convite de Ákira Avalax, Mother da House of Avalax, para ser o primeiro capítulo da Casa da região Sul. Desde então, La Prem já viajou para Porto Alegre, São Paulo, Curitiba, Joinville e Fortaleza representando a House of Avalax. Recentemente foi anunciada como Princesa Avalax e membra da Iconic House of Mizrahi, Casa da cena mainstream de Nova Iorque em atividade desde 1992. Em sua experiência na Ballroom, já recebeu 6 prêmios nas categorias de desfile e costura.
Meses depois da Maratona Ball, La Prem Avalanx foi convidada para ser jurada da categoria Runaway Beginners no Ball Show - Floripa is Burning. Hoje ela é especialista nas categorias de desfile e costura. Junto com outros capítulos da House of Avalax, promove treinos abertos de Runaway na região da Universidade Federal de Santa Catarina. Foto: João Wesley.
Sobre o atual momento da Cultura Ballroom, Will percebe que quando alguém fala sobre Vogue já traz as referências de tudo aquilo que está por trás da dança. “Vogue tá dentro da Cultura Ballroom, não é uma dancinha qualquer, não é palhaçada, não é bagunça”. E cita referências midiáticas que podem ter contribuído para a expansão e popularidade da Cultura, como o seriado de TV Pose, o reality show de competição Legendary, e o novo álbum da cantora Beyoncé. “São materiais feitos com muita responsabilidade por pessoas da Ballroom. Então tá levando informação de verdade, mesmo que romantizada, mas mesmo assim chega nas pessoas.”
Beyoncé lançou RENAISSANCE, seu sétimo álbum, em julho de 2022. Além das referências visuais que remetem à Cultura Ballroom, a artista dedicou o trabalho ao seu tio Johnny, homem negro e gay que morreu em decorrencia do HIV. “Ele foi meu padrinho e a primeira pessoa a me apresentar muitas das músicas e cultura que servem de inspiração para esse álbum”, agradeceu a cantora. Imagem: Reprodução.
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO DEPARTAMENTO DE JORNALISMO
Jornalismo especializado em Cultura
Professora: Isabel Colucci
Estudante: João Wesley Araújo da Silva
Texto, imagens (exceto do sumário e das páginas 4, 6, 29 e 30) e diagramação: João Wesley