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Na metade da década de 50, muitos desses blocos e cordões começaram a evoluir em questões de organização, na forma de se apresentarem e de celebrar o Carnaval. Influênciados pela forte popularização das escolas de samba a nível nacional, surge em Arroio Grande, no ano de 1957, a primeira agremiação denominada escola de samba, a Academia de Ritmos (Figura 15), porém ela não apresentava de fato as características que identificam uma escola de samba. “... na verdade ela era uma junção de cordão com bloco, por que ela era somente uma bateria, mestre de bateria e uma passista só, mas ela era batizada como Escola de Samba Academia de Ritmos.” (CARVALHO, 2021). Figura 15 - Desfile da Escola de Samba Academia de Ritmos, 1958.
Fonte: Acervo do Memorial do Carnaval de Arroio Grande, 2021.
O Bloco Papagaio da Rua Nova, fundado em 1962, possuía, embora se denominasse bloco carnavalesco, características mais definidas de uma escola de samba. Foram os pioneiros em Arroio Grande a apresentarem carros alegóricos, bonecos gigantes, alas com fantasias mais elaboradas, além de bateria e passistas. “Sua última participação no carnaval local foi por volta de 1976. Em 1977, os jornais locais já não mais faziam referência a sua presença na passarela do samba.” (CARVALHO, 2021). Em 1972 é fundada a Escola de Samba Pé de Arroz (Figura 16), a de fato considerada a primeira escola de samba de Arroio Grande, pois foi a primeira com tal nomenclatura que apresentou os elementos que classificam uma entidade carnavalesca como escola de samba. Muito similiar ao que aconteceu entre a Portela