Jornal dce 2013

Page 1

“Não há silêncio que não termine.” Pablo Neruda

Jornal do Diretório Central dos Estudantes da PUCRS. Porto Alegre, Abril de 2013, nº 1/ ano 1

Gestão 2013 do DCE da PUCRS começa a confeccionar o Cartão TRI por R$ 5,00. Bolsistas do Prouni, Fies e Credpuc estão isentos do pagamento.//2

www.dcepucrs.wordpress.com

1º Congresso dos Estudantes A

atual gestão chama todos os estudantes a participarem do 1º Congresso de Estudantes da PUCR$ para prosseguir nossa luta e romper com os resquícios ditatoriais, dando voz e vez a todos os estudantes e também para alterar o estatuto de nossa entidade.//p.5

Calouradas em abril

A

facebook/odcepucrs

Espaço Aberto Espaço dedicado a todos os estudantes, Diretórios e Centros Acadêmicos que queiram publicar alguma matéria, notícia, poema ou expressar sua opinião frente a algo.//p.4 • CADEL: Calouradas em Combate às Opressões; • CAAP: Tempos nebulosos voltam a tomar corpo; • CASTA: Ofensiva conservadora no Brasil;

nova gestão “Quem é estudante também vai cantar” do DCE/PUCRS informa a todos os estudantes que a semana das calouradas está chegando. De 8 a 12 de abril será uma semana

bem intensa na PUCRS, com debates, atividades culturais, oficinas de grafite, show de bandas e uma baita festa para encerrar. Mais informações no DCE //p.6

Movimento Estudantil

Diretório Central dos Estudantes volta às mãos dos estudantes após 20 anos de gestão mafiosa.

N

a noite de 15 de novembro se encerrou, com uma linda vitória, um ciclo de 20 anos de lutas contra a máfia ligada ao atual secretário de obras da Prefeitura de POA, Mauro Zacher/PDT, que tinha se apossado do DCE da PUCRS. Foi quando

saiu o resultado das eleições, com a chapa vencedora obtendo 2334 votos, ou seja, quase 60% do total de 4004 votantes. Foram três chapas e 21 dias intensos de campanha. //p.4 //p.4


Editorial

“Tenho em mim todos os sonhos do mundo.” Fernando Pessoa

Uma Gestão aberta aos estudantes A

gestão eleita para o DCE agradece a todos os estudantes que se envolveram no longo processo de lutas que levou à conquista de uma representação estudantil de verdade e à derrubada da máfia que estava à frente da entidade. Damos as boas-vindas aqueles que estão chegando na Universidade e também aos que já estão há mais tempo, mas agora começam a compreender e participar do movimento estudantil. Assumimos a gestão em dezembro, herdando das gestões anteriores dívidas e descaso com os ex-funcionários. Apesar disso, estamos nos organizando para transformar o DCE no que queremos: uma entidade dos estudantes, um contraponto político na Universidade a serviço das lutas. Mas lembremos que o que acontece na PUCRS não está deslocado do restante da sociedade. O momento político que vivemos revela desinteresse e descrença política compreensíveis. Esta situação é resultado do desenvolvimento do capitalismo que gerou fragmentação e flexibilização do trabalho, em um sistema que para sobreviver tudo deve ser rápido, e no qual trabalhamos muito e refletimos pouco. Por outro lado, essa apatia política é reflexo da herança das lutas políticas do nosso país, em que trabalhadores veem suas entidades representativas e parlamentares retirando. Quando há luta, geralmente é por algo pontual, que envolve uma situação específica de um setor da sociedade com pouca conexão com a totalidade. A educação reflete uma nova necessidade do período: nosso país tornou-se a 7ª economia do mundo. Por isso, as empresas precisam de trabalhadores qualificados para atender as novas demandas do mercado. Isso representa a necessidade de um aumento de vagas nas Universidades e a solução apresentada pelos governos foi o REUNI, nas públicas, e o PROUNI, FIES e demais créditos educativos

para as Privadas. O REUNI aumentou o número de vagas nas Federais, mas não houve investimento em infraestrutura, nem aumento do quadro docente. Nas universidades privadas, a solução encontrada retirou dos governos a responsabilidade em garantir educação e optou por injetar dinheiro público em instituições privadas, garantindo a isenção de impostos e custeamento dos estudos pelo governo em troca de vagas. Essa parece ser uma boa alternativa, mas muitos desses estudantes não têm condições para arcar com os demais gastos que a vida universitária exige (alimentação, transporte, livros, xerox, moradia), ameaçando o acesso a universidade. Neste sentindo, o reajuste anual das mensalidades faz com que muitos - com ou sem créditos educativos abandonem a universidade ou diminuam drasticamente o número de matérias cursadas, elevando o custo por disciplina e tornando a formatura cada vez mais distante. Entendemos que o direito de uma propriedade privada não pode se sobrepor à liberdade de expressão. A PUCRS recebe inúmeras isenções fiscais, os serviços que ela oferece dizem respeito a todos e ela tem responsabilidades perante a sociedade que não pode ser ocultada por ser uma instituição privada. É papel do DCE e do movimento estudantil estarem atentos e ativos, pensando junto aos estudantes formas de conquistar o que precisamos para que todos tenham condições de estudar com qualidade. Chamamos todos os estudantes a participarem do movimento estudantil, a ajudar na construção do 1º Congresso de Estudantes da PUCRS, a mudar o Estatuto do DCE, a exigir democracia na universidade, a unir forças contra o aumento das mensalidades, da alimentação, do xerox no campus e com isso mudar os rumos do movimento estudantil da PUCRS!

Expediente Presidente | Natane Hammarstron (Nati), Ciências Sociais, Vice-Presidente | Gabriela Hammerschmitt (Gabi), Psicologia, Secretário Geral | Aline D’avila, Serviço Social, 1º Secretário | Guilherme Narcizo (Guiga), Relações Públicas, Comissão de Finanças | Cíntia Brogni, História, Comissão de Finanças | Rafael Alba, Direito, Representante do CONSUN | Paulo Sieburger (Jesus), História SECRETARIAS Administrativa | Amanda Bocchi, Thais Marques. Comunicação | Jonathan Hirano (japa), Andre Sagin, Amanda Bocchi, Marcelo Ximenes, Guilherme Oliveira. Financeiros | Cintia Brogni, Gabriela H, Rafael Alba. Juridico Institucional | Aline D’avila, Ernani Juriatti, Rafael Alba, Renata Rodrigues.

JORNAL TODAS AS VOZES tiragem: 10 mil exemplares facebook: /odcepucrs Blog: www.dcepucrs.wordpress.com

A nova gestão do DCE apoia os movimentos sociais e entidades representativas de trabalhadores da cidade e do campo que estão em luta por seus direitos e contra os diversos ataques de governos, empresários, latifundiários e contra os diversos setores conservadores e preconceituosos existentes na sociedade.

Agenda

Reunião - CEB-Livre

Data: 04/04 Hora: 18:30 Local: Arena 1° andar do prédio 15

Concurso da Identidade Visual do DCE Data: 02 à 12 de Abril Informações: no blog do dce www.dcepucrs.wordpress.com

Calouradas

Data: 8 a 12 de abril Local: PUCRS

Assembleia dce

Data: 29/04 Hora: 18:00 Local: ver no blog do DCE

Gestão 2013 do DCE da PUCRS começa a confeccionar o Cartão TRI por R$ 5,00. A nova gestão do Diretório Central de Estudantes (DCE) da PUCRS – Quem é Estudante Também Vai Cantar – informa que os estudantes da PUCRS já podem encomendar suas carteirinhas do TRI pelo valor de R$ 5,00 reais, sendo isento o valor aos bolsistas do PROUNI, FIES e CREDPUC, mediante apresentação de comprovante. Além de haver uma redução de mais de 60% no valor, em relação aos anos anteriores, o cartão é confeccionado em menos tempo – 5 dias úteis. O estudante pode solicitar a renovação do seu cartão ou a 1ª via, pelo valor de R$ 5,00 reais, ou também a 2ª via, em caso de perda, no valor de R$ 7,00.

Renovação

• • • •

Preencher a Ficha de Inscrição de Beneficiário (FIB); Cópia do TRI ESCOLAR; Comprovante de Matrícula (assinado e carimbado pela faculdade); Taxa de R$ 5,00 (isento para os bolsistas)*

1º e 2º Via

• • • • • • •

Preencher a Ficha de Inscrição de Beneficiário (FIB); Cópia do RG e CPF; Cópia do Comprovante de residência (atual - máx. três meses); Comprovante de Matrícula (assinado e carimbado pela faculdade); 1 Foto 3x4 (para primeira via) 1º Via - Taxa de R$ 5,00 (isento para os bolsistas)* 2º Via - Taxa de R$ 7,00 (sem isenção)

* Atenção: os bolsistas são isentos mediante atestado adquirido na Central de Alunos, localizado no prédio 15.

02 || Jornal todas as vozes por democracia na pucrs já


Espaço Aberto

“Se não pode se vestir com nossos sonhos, não fale em nosso nome.” Mauro Iasi CADEL - Centro Acadêmico Democracia e luta

Calouradas em Combate às opressões Sendo a universidade uma instituição burguesa, em seus espaços presenciamos muitos estudantes reproduzindo toda a ideologia dominante, preconceitos estabelecidos por uma sociedade divida em classes. Torna-se fundamental as entidades representativas dos estudantes – CA, DCE, constituírem mecanismo nos espaços da universidade que possibilitem a discussão para além da sala de aula. Discussões sobre as contradições da sociedade e universidade, as opressões de classe, suas especificidades e seus desdobramentos dentro e fora dos espaços acadêmicos. O Serviço Social inicia o ano de 2013, mais uma vez, negando calouradas opressoras, pois historicamente presenciamos trotes homofóbicos, machistas, racistas e não só em trotes e calouradas, mas práticas que vivenciamos diariamente nos espaços acadêmicos! A ENESSO - Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social lança a

CAAP - Centro Acadêmico Arlindo Pasquilini

Tempos nebulosos voltam a tomar corpo A posse do Pastor Marco Feliciano como Presidente da Comissão dos Direitos Humanos é o estopim de uma crise não só econômica, mas também da democracia como a conhecemos. Na Grécia, berço dos valores ocidentais, já não se pode tapar os ouvidos para o grito de que o conceito de democracia formulado a milhares de anos atrás não existe. A crise do modelo econômico vigente, iniciada em 2007, abre espaço para uma nova ofensiva do capital predatório e de sua ideologia atrasada e opressora. Hospitais e aeroportos são privatizados, assim como pastores racistas e homofóbicos assumem um espaço cada vez maior. O atual Presidente da Comissão dos Direitos Humanos é um teórico do fundamentalismo religioso, tendo formulado teorias do tipo “AIDS

campanha de Combate às Opressões! A campanha tem como objetivo unificar os estudantes em torno de pautas e lutas em comum, bem como fortalecer e criar espaços de discussão frente às opressões de classe e a partir da unificação do Movimento Estudantil Estudantil de Serviço Social contribuir na luta dos trabalhadores! Os estudantes de Serviço Social convidam a todos/as estudantes da PUCR$ a concretizarem essa campanha e construírem calouradas de Combate às Opressões! Estudantes de Serviço Social do Brasil inteiro estão na luta contra a opressão de classe! O CADEL – Centro Acadêmico Democracia e Luta do Serviço Social da PUCR$ estará realizando de 1 a 3 de abril espaços que possibilitem à discussão e crítica a sociedade moderna e suas opressões.

é o câncer gay” e que “os africanos são descendentes de um ancestral amaldiçoado por Noé”. Estas declarações do pastor não correspondem à democracia, pois oprimem e atenuam a ignorância que gera o extermínio do povo negro e o espancamento, com mortes, de homossexuais. Assim como a privatização dos bens públicos sem consultar a população não é de modo nenhum correspondente a democracia. Você leitor, escolheu Renan Calheiros para Presidente do Senado? É preciso atenção e, mais do que nunca, a participação de todos. Outro caso grave ocorrido nesta semana mostra que todo cuidado é pouco. O ex-presidente da OAB Wadih Damous sofreu um atentado a bomba justamente no momento em que assumiria a Comissão da Verdade que apura os crimes cometidos pelo Estado durante o período da ditadura civil-militar. Pelos que morreram para que pudéssemos hoje escolher e opinar livremente e pelos que virão, devemos nos mobilizar urgentemente. O movimento estudantil precisa tomar as ruas.

CASTA - Centro Acadêmico Santo Tomás de Aquino

Ofensiva conservadora no Brasil Douglas Porto, Ciências Sociais - CASTA No atual momento histórico emergem diversas manifestações populares em diferentes partes do mundo, primordialmente se reclama da precariedade das condições econômicas e da incapacidade das atuais estruturas políticas superarem os desafios que se apresentam. No Brasil não é diferente visto que possuímos um histórico movimento de luta pela terra (MST) e a crescente organização de movimentos sociais urbanos. Demonstrando que estamos expostos às mesmas precariedades geradas pelo sistema global de produção e reprodução material. Atualmente, deflagra-se no Brasil uma intensa ofensiva CONSERVADORA, de caráter preventivo, lançada pelas elites (econômicas e/ ou políticas) assustadas pela possibilidade de transformação social que emerge no Brasil e na América Latina. Essa ofensiva propõe-se a proteger a ORDEM existente. As elites utilizam-

se de duas eficientes ferramentas preventivo-ostensivas de controle: a primeira caracteriza-se pela utilização da violência “legítima” monopolizada pelo Estado, ou seja, o pronto emprego da repressão policial às manifestações populares; a segunda é a utilização dos meios de comunicação de massa para difundir posições/opiniões que visam criminalizar e estigmatizar as manifestações contestatórias. Com isso, as elites buscam manufaturar uma “opinião pública” conservadora, objetivando incidir sobre as classes subalternizadas, pois sua revolta seria fulminante para o status quo. Durante as manifestações de centenas de trabalhadores e estudantes contra a privatização dos espaços públicos em Porto Alegre, ocorreu um brutal ataque da polícia militar aos manifestantes, sob pretexto de estarem defendendo o mascote de plástico da Copa/CocaCola. O que se observou na ocasião foi o emprego imediato e harmonioso das duas ferramentas de controle: os cidadãos foram reprimidos/

criminalizados pela polícia, e criminalizados/ estigmatizados pelos meios de comunicação de massa. Estes empreendimentos já surtem efeitos em macro escala. Se olharmos com atenção, perceberemos a emergência de diferentes organizações ideologicamente CONSERVADORAS brotando no seio da sociedade: Pastor evangélico Marco Feliciano (PSC-SP) eleito para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados; movimento para refundar a ARENA; surgimento da União Conservadora Cristã; aparecimento de grupos neonazistas; processo de rearticulação do movimento integralista; o criminoso despejo das famílias do Pinheirinho, orquestrado pelos poderes econômico, judiciário e executivo do Estado de São Paulo e avalizado pelo estado democrático de direito (do capital). Leia na íntegra o texto no blog do DCE www.dcepucrs.wordpress.com

Jornal todas as vozes por democracia na pucrs já || 03


Movimento Estudantil

Tchau, Máfia!

Após 20 anos o DCE da PUCRS volta a ser dos estudantes

N

a noite de 15 de novembro se encerrou, com uma linda vitória, um ciclo de 20 anos de lutas contra a máfia ligada ao atual secretário de obras da prefeitura, Mauro Zacher/ PDT, que tinha se apossado do DCE da PUCRS. Foi quando saiu o resultado das eleições, com a chapa vencedora obtendo 2334 votos, ou seja, quase 60% do total de 4004 votantes. Foram três chapas e 21 dias intensos de campanha. Porém, esse foi apenas o momento final da vitória. Foram longos anos e diversas batalhas na

tentativa de derrubá-los. Lutas e enfrentamentos que nem sempre tiveram conquistas imediatas, mas que certamente contribuíram para a vitória final, em novembro de 2012. Em todos esses anos, diversos estudantes passaram pelo posto de oposição à antiga gestão do DCE, foram muitos os lutadores que por vezes colocaram suas vidas em risco. Não foram poucas as vezes em que os estudantes oposicionistas, hoje situação, foram agredidos fisicamente pela antiga gestão do DCE e seguranças da PUCRS, ameaçados pela reitoria

de expulsão, entre diversas outras tentativas de coagir o movimento estudantil e combativo da PUCRS. Alguns estudantes foram suspensos e outros tantos sofreram inúmeras sindicâncias. Nesses anos todos, desde meados da década de 1990, os estudantes colecionaram derrotas e vitórias, e cada luta e tentativa de derrubar a máfia contribuiu de alguma maneira para a grande e tão almejada vitória de 2012, desde enfraquecê-los pouco a pouco até o aprendizado nas experiências vividas. Também é verdade que no contexto da PUCRS – onde não

se pode passar em sala de aula para conversar com os estudantes, distribuir panfletos e colar cartazes no Campus – fazer um ato com mais de 100 pessoas já é uma vitória por si só. Em todos esses anos, a oposição conseguiu, por diversas vezes, reunir mais de mil estudantes em protestos conta a antiga gestão. E outras inúmeras vezes trancaram a Avenida Ipiranga para que a sociedade soubesse o que acontecia dentro da Universidade.

20 anos de luta contra a máfia do DCE/PUCRS Como vitórias podemos citar principalmente as conquistas dos anos de 2004 e 2005. Os triunfos desses dois anos foram reflexos de uma forte mobilização no primeiro semestre de 2004, em outra eleição fraudada pro DCE. Mais de duas dezenas de estudantes acamparam por oito dias na PUCRS, entre a sede do DCE e o prédio 15. Na noite do sétimo para o oitavo dia estavam acampados cerca de 04 | Jornal todas as vozes por democracia na pucrs já

30 estudantes, quando a antiga gestão do DCE adentrou o Campus com mais de 60 pessoas para agredir quem protestava contra mais essa fraude. Nessa noite, a PUCRS foi conivente com a máfia do DCE, fechando todos os portões e desligando as luzes ao redor de onde estavam os estudantes acampados. Os integrantes da antiga gestão do DCE atiraram fogos de

artifício contra o acampamento e deram início a uma batalha campal que acabou com diversos feridos. Essa situação resultou na formação de uma sub-comissão mista de investigação parlamentar da Assembleia Legislativa, que quase resultou em CPI. Foram investigadas as diversas denúncias contra o grupo mafioso que estava no DCE há anos, incluindo a morte de um estudante no final da década de 1990 que


Movimento Estudantil

“Apenas quando somos instruídos pela realidade é que podemos mudá-la.” Bertolt Brecht foi tesoureiro da gestão e saiu fazendo denúncias graves. Já no ano seguinte, com o apoio do Ministério Público, foi suspensa uma contribuição mensal de R$ 3,00 que todos os estudantes eram obrigados a pagar, um dos motivos pelo qual esse grupo se mantinha no DCE. Ainda em 2005, a oposição venceu a eleição do CAAP (Centro Acadêmico da Famecos), e em 2006 o CASTA (Centro Acadêmico do prédio 5) foi reaberto após uma importante luta, que gerou a suspensão arbitraria de três estudantes, com métodos semelhantes aos utilizados na ditadura civilmilitar brasileira. Poucos anos depois, o DAPSI (Diretório Acadêmico da Psicologia) foi refundado e uma nova sala no prédio 11 foi garantida (antes, a sala do antigo DA era dentro do Centro Acadêmico do Direito, que é ligado ao grupo que estava no DCE). No mesmo ano, a antiga gestão do DCE realizou eleições sem convocação pública e o movimento estudantil conseguiu impugnar o pleito por alguns dias. Decisão que o grupo mafioso conseguiu reverter na justiça. Dois anos depois, em 2008, aconteceu nova fraude nas eleições e os estudantes organizados por seus direitos conseguiram novamente uma vitória parcial na justiça, que poucos dias depois também foi revertida.

Surge o Movimento 89 de Junho

A

pós anos de mobilização, de avanços e retrocessos, o acontecimento mais determinante para a derrubada da máfia que estava no DCE aconteceu em junho de 2011. A antiga gestão fraudou as eleições para eleger os delegados que representariam os estudantes da PUCRS no Congresso Nacional dos Estudantes da UNE (CONUNE). Alguns corajosos estudantes decidiram dormir em frente à sede do DCE na PUCRS na noite do dia 8 para 9 de junho exigindo novas eleições. Por conta disso surgiu o “Movimento 8/9 de junho”. Construção do CEB - Livre Fruto da mobilização do “M89J” a oposição conquistou as eleições para o DAEF (Diretório Acadêmico da Educação Física), DAPSI e voltaram a vencer eleições do CAAP. Essas entidades se somaram ao CADEL (Diretório Acadêmico do Serviço Social) e CASTA e fundaram um novo Conselho de Entidades de Base, agora Livre (CEB-Livre). A avalição dos estudantes que compunham na época essas entidades foi de que o antigo CEB era antidemocrático e totalmente controlado pela

“Cantamos porque o grito só não basta e não basta o pranto nem a raiva cantamos porque cremos nessa gente e venceremos a derrota” M. Benedetti

máfia da antiga gestão do DCE. Do CEB Livre saíram algumas lutas pontuais por Assistência Estudantil, como o RU e que este abrisse no turno da noite e tivesse preço acessível e uma manifestação contra o aumento das mensalidades. Quem é estudante também vai cantar! Depois de toda essas lutas, o M89J e os Centros e Diretórios Acadêmicos livre conquistam as eleições para o DCE. A chapa “Quem é estudante também vai cantar” trava uma intensa campanha dentro da Universidade. Panfletos, adesivos, camisetas, saraus, acampamentos, exibição de vídeos, foram as armas que os estudantes usaram para tirar a máfia do DCE. em novembro de 2012, começa uma nova história do Movimento Estudantil Nacional, o DCE da PUCRS volta às mãos dos estudantes. Venha participar do DCE reconstruindo ele com suas próprias mãos!

Agora que são estudantes de verdade na gestão do DCE a tarefa central é refundar a entidade e concomitantemente garantir a democracia na PUCRS. As ações prioritárias da nova gestão do DCE serão: 1) realização do 1º Congresso de Estudantes da PUCRS; 2) Alterar o estatuto do DCE para torna-lo democrático; 3) fazer a gestão ser abertos aos estudantes; e 4) lutar por assistência estudantil.

Jornal todas as vozes por democracia na pucrs já || 05


Movimento Estudantil

“Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos.” Eduardo Galeano

1º Congresso dos Estudantes da PUCRS

Por democracia na Universidade e pela mudança Estatutária do DCE

Por que precisamos nos organizar enquanto estudantes? Ter derrubado uma máfia de mais de 20 anos foi o início, mas ainda temos muitas lutas a travar! São muitos os problemas enfrentados pelos estudantes. Entre eles podemos citar o de acesso e permanência na universidade/ assistência estudantil: impossibilidade de fazer rematrícula quando aumenta a mensalidade ou por dívidas anteriores, inclusive com a biblioteca, o altíssimo preço da alimentação e do Xerox na universidade, o valor do transporte, a ausência de assistência à moradia estudantil. Os estudantes também enfrentam dificuldades nos locais de estágio, seja pela precarização de seu exercício, fazendo do estagiário um sub-empregado,

além disso, não podemos opinar sobre o currículo que nos forma, não temos participação na elaboração (e nos raros cursos em que isto foi conquistado, tratase de uma participação quase nula), muito menos escolher o diretor e coordenador das faculdades. Por que a falta de democracia dificulta a organização estudantil? Como vamos fomentar a participação dos estudantes considerando que o “clima” da sociedade hoje, com as óbvias exceções, é de aceitar as migalhas que lhe são concedidas? Como mudar a estrutura universitária depois de tanto tempo sem democracia, se as entidades estudantis têm inúmeras dificuldades de chegar até os estudantes? Os espaços de organização estudantil são dificultados ao máximo pela reitoria e direção de cursos que, impõem barreiras burocráticas e censura quando, nos organizarmos, não permitem a passagem em sala de aula para divulgação de atividades, não reconhecem como hora complementar, não liberam os estudantes de aula para participação de debates e assembleias estudantis (variando de um curso para outro, conforme, justamente, a pressão exercida pelos estudantes através de seus diretórios e centros acadêmicos).

Assembléia em frente ao DCE no dia 9 de junho de 2011

Fonte: movimento 89 de junho

T

oda a luta realizada antes, durante e depois do Movimento 89 de Junho em 2011 nos possibilitou cantar por democracia e vencer mais de 20 anos de derrota do movimento estudantil combativo. A partir desse ano, o movimento estudantil da PUCR$ tem um novo desafio: fomentar e qualificar os espaços de discussão dos estudantes, bem como planejar coletivamente suas ações. Um DCE que representa mais de 24 mil estudantes deve atuar conforme aquilo que se propôs durante a campanha eleitoral, mas também ouvir novas reivindicações debatidas e deliberadas coletivamente. A atual gestão chama a todos os estudantes a participar do 1º Congresso de Estudantes da PUCR$ para prosseguir nossa luta, para romper com os resquícios ditatoriais, dando voz e vez a todos os estudantes no que diz respeito a tantos problemas que enfrentamos e para alterar o estatuto de nossa entidade, com o principal desafio de criar uma executiva horizontal, que possua reuniões abertas, gestões de um ano, e, por fim, tornar o Congresso a principal instância deliberativa do movimento estudantil na universidade.

do movimento estudantil, pois requer participação ativa dos estudantes, para além do voto. É no congresso que temos a possibilidade de debatermos nossos principais problemas com o maior número de estudantes possível e identificar as ações que faremos para enfrentá-los. Nesse sentido, as Qual é o papel do Congresso de deliberações do congresso estão acima da própria gestão do Estudantes na luta por democracia? DCE, que junto com os demais estudantes, tem o dever de O Congresso dos Estudantes é o maior colocar em prática aquilo que foi debatido e encaminhado. e A gestão do DCE não possui todas as respostas e precisa conhecer os problemas Como funciona o Congresso? dos estudantes. No Congresso os estudantes participam de oficinas, O Congresso dos Estudantes é o maior mesas, grupos de discussão. O congresso encerra com e mais qualificado espaço de discussão um momento chamado de plenária final, um rico espaço e decisão do Movimento Estudantil. O de formação onde os estudantes apontam os rumos e as Congresso é uma oportunidade de formação, diretrizes a serem seguidas pelo Movimento Estudantil e que pode contribuir para a compreensão de pelo DCE nos próximos anos. algumas questões próximas do seu dia a dia Participe dos encontros do pré-congresso! Você pode e também questões relativas à sociedade também enviar uma tese ao congresso! Fique atento ao como um todo Facebook e ao Blog do DCE para maiores informações! O Congresso é o espaço mais democrático

Quem é Estudante também vai cantar nas Calouradas por Democracia Novos ares, novos ventos. Ventos de primaveras que sopraram nas greves das Universidades Federais, nas ocupações da USP contra a repressão policial, na PUCSP contra o golpe nas eleições da reitoria. Mais do que nunca surgiram duvidas e precisamos de respostas, com a certeza de que não é esta sociedade que queremos deixar para nossos filhos. Precisamos debater, nos conhecer, unirmos e construirmos uma universidade diferente. Mais humana, solidária, colorida. 06 || Jornal todas as vozes por democracia na pucrs já

Nessa linha, nossa gestão apresenta as Calouradas 2013, com uma serie de atividades culturais e a experiência dos movimentos estudantis, sindicais e docentes. PUCSP traremos a experiência de companheiros que enfrentam, assim como nos, a falta de democracia dentro da Universidade. Sobre Educação a experiência do Nucleo de Educação Popular 13 de Maio, da rede de pré-vestibular Popular Emancipa e da analise refinada da Sociologia da Educação. Oficias culturais como grafite, teatro e show

circense embalam a segunda semana de abril na Universidade, encerrando com uma grande festa organizada pelo novo DCE. Participe, proponha, se oponha, concorde, opine. Muitos formados em outras universidades relembram seus semestres de estudos com referencia nos debates e convidados trazidos pelo DCE da época. Que assim também aconteça aqui, que sejamos um reflexo critico e ativo do momento histórico e da construção política da nossa época.


“Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.” Fernando Pessoa

Assistência Estudantil

PUCSP

Fonte: www.facebook.com/democracianaPUCSP

A luta por Democracia unifica professores, estudantes e funcionários N

o final de 2012, estudantes, professores e funcionários da PUC-SP entraram em greve. O motivo: “a perda de alguém muito importante: nossa democracia”. Diferente da PUC-RS, a PUC-SP realizava eleições democráticas para a reitoria da universidade desde o início da década de 1980, uma conquista do movimento estudantil. Estudantes, funcionários e professores elegiam por voto direto seu reitor, cabendo ao cardeal nomear um entre os 3 mais votados. A decisão da comunidade acadêmica foi respeitada inclusive na época da ditadura militar, e o reitor nomeado era aquele que havia recebido mais votos. No final de 2012, o cardeal Dom Odilo Scherer anulou violentamente a democracia, sem qualquer diálogo, e nomeou como reitora a professora Anna Cintra, que havia ficado em 3º lugar nas eleições. A comunidade acadêmica reagiu exigindo democracia na universidade através de greve, debates e manifestações. Inclusive o Conselho Universitário (CONSUN) decidiu pela suspensão do pleito, decisão revogada por Dom Odilo Scherer. Alguns meses após esse sério incidente, Anna Cintra, já como reitora, começa a represália e a perseguição contra os envolvidos nas manifestações. Professores e funcionários correm o risco de serem demitidos. Um processo administrativo foi aberto contra a professora Beatriz Abramides, diretora da Associação de Professores da PUC-SP(Apropuc), pela sua participação em uma manifestação estudantil no dia 27/02. A decisão da participação foi tomada em assembleia e a entidade

Ato silencioso em 23 de fevereiro de 2013 na missa de D. Odilo na PUCSP está convocando todos os professores para uma nova assembleia dia 25/02 com as palavras de ordem: “Abaixo qualquer tipo de represália! Pelo livre direito de manifestação!”. Para Beatriz Abramides*, “o que ocorre nesse momento é o coroamento de um conjunto de elementos que vêm destruindo a democracia dentro da universidade. Esse processo já vem desde o final de 2005, com a intervenção da igreja na PUC-SP, à época com conivência da reitora Maura Véras, dizendo que ou a Igreja entrava, ou

Assistência Estudantil

Restaurante Universitário e a “ética Cristã” Por Douglas Porto, Marcelo Ximenes (Administração de Empresas)

O

perfil dos estudantes das universidades privadas vem sofrendo modificações. O acesso das classes subalternizadas ao Ensino Superior através do Programa Universidade para Todos (ProUni) e o contingente cada vez maior de trabalhadores/as em busca de aperfeiçoamento profissional coloca em pauta a necessidade de se garantir Assistência Estudantil para estes. Analisando o valor praticado pelo Restaurante Universitário, RU, da PUCRS em 2013, constatamos que o aumento de R$ 5,50 para R$ 5,90, ficou acima da inflação, tendo subido 7,23%. Caso o reajuste fosse dado pela inflação de 2012 o valor ficaria em R$ 5,82. Um fator que contribui significativamente para o encarecimento do Restaurante Universitário é o fato de a PUCRS não prestar esse serviço diretamente, terceirizando a tarefa. A partir dessa transferência de responsabilidade a Universidade desvirtua-se de duas de

(Ciências Sociais) e Gabriel Sampaio suas premissas orientadoras: a não busca pelo lucro, uma vez que é filantrópica; e a ética cristã, que confessa a solidariedade como elemento central. Acaba por respeitar e imbuir-se apenas das regras do mercado, pois onera seus estudantes sem aparentemente levar em conta suas realidades materiais, tratando-os apenas como fregueses em detrimento de sua dimensão humanossocial. os RUs aparecem como ferramenta indispensável para a garantia do atendimento desta demanda estudantil, especialmente, pois, afora suas funções laborais, muitos estudantes frequentam aulas em mais de um turno, dedicando boa parte de seu tempo a atividades realizadas no campus da Universidade. Assim, políticas governamentais e ações da própria universidade voltadas para a permanência dos/as estudantes são urgentes.

era o colapso financeiro da universidade. A Igreja entra e a primeira atitude tomada é a demissão de mil professores e funcionários”. O DCE da PUCRS declara apoio total aos estudantes, professores e funcionários que estão em luta por democracia na PUCSP! Chamamos o movimento estudantil das universidades privadas a iniciar uma luta unificada pelo direito de organização e manifestação, contra o aumento das mensalidades e por assistência estudantil! *Em entrevista para vermelho.org.br

“na PUCRS, viver esse mundo é pagar bem caro por ele!”

TANTO AUMENTO EU NÃO AGUENTO!

Enquanto a grande maioria dos estudantes da PUCRS passa por inúmeras privações, e faz grandes esforços para se manter na universidade, em busca de um futuro melhor para si e suas famílias, a direção da universidade parece virar as costas totalmente para essa dura realidade de nossos colegas, quando permite aumentos absurdos como os que ocorrem anualmente sobre as mensalidades ou quando permite aumentos extremamente abusivos em serviços como estacionamentos e R.U. (Restaurante Universitário). Esse descaso da Reitoria, cada dia mais focada no lucro e nos aumentos de receita da instituição, faz com que cada dia mais estudantes tenham que deixar seus cursos, abdicando de seus sonhos e vendo seus esforços se perderem frente a uma política que elitiza a universidade e nega o desenvolvimento intelectual e profissional a milhares de estudantes. O DCE da PUCRS, através de sua nova gestão, quer articular uma política de assistência estudantil, onde a renda gerada por estabelecimentos de maior custo, como redes de lanchonete multinacionais, agências de viagem, bancos e restaurantes de luxo, financie os subsídios ao R.U., para que possamos “reduzir” seu preço. E que as mensalidades sejam imediatamente “congeladas”, até que se possa ter uma forma mais transparente de discussão sobre os reais custos e investimentos que a universidade faz em seu ensino e sua estrutura.

Nossas revindicações Contra a terceirização do RU! que a universidade garanta a alimentação aos estudantes Jornal todas as vozes por democracia na pucrs já || 07


Movimento Estudantil

“Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das conseqüências.” Pablo Neruda Especulação imobiliária

A Copa dos ricos despejando famílias pelo Brasil

A

“A memória guardará o que valer a pena. a memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo.” Eduardo Galeano

Fortalecer a participação e a democracia na PUCRS Durante o processo eleitoral pautamos que a gestão deve funcionar da maneira mais democrática possível, incentivando e facilitando a participação de todos os estudantes. nesta perspectiva de uma gestão horizontal, em que nenhuma pessoa tenha poder politico e/ou legal acima das demais, propomos que a gestão se organize na forma de colegiado, composto por 4 secretarias e 1 coordenação. As secretarias são permanentes, fechadas e compostas por ate 5 estudantes. A elas cabe a execução daquilo que foi decido na reunião aberta, bem como, propor ações na reunião aberta. com a mudança estatutária, serão a executiva do DCE. São elas:

A FIFA e a CBF estão sendo investigadas por envolvimento em escândalos de corrupção. No entanto, no Brasil essas entidades, associadas a empresas transnacionais, estão mandando e desmandando nas cidades-sede da Copa do Mundo, com o aval do Governo Federal e de inúmeras prefeituras, como a de Porto Alegre. Não bastou o secretário geral da FIFA dizer que “o Brasil tinha que levar um chute na bunda” para entendermos que os que verdadeiramente levariam “um chute na bunda” seriam milhares de brasileiros que, por medidas higienizadoras, foram expulsos de suas casas de modo criminoso. Um exemplo é a Vila Chocolatão, uma comunidade de recicladores que há mais de trinta anos ocupava uma área junto ao centro de Porto Alegre e que foi removida pela prefeitura e “atirada” em uma zona distante, dificultando o sustento de diversas famílias que faziam o recolhimento de materiais recicláveis no centro da cidade e, com isso, acentuando sua situação de risco e vulnerabilidade social.

Outra situação que merece destaque é o recente incêndio na Vila Liberdade/ Areia junto à Arena do Grêmio/OAS. Na ocasião viu-se o Corpo de Bombeiros chegar horas após o início do incêndio com o caminhão sem água, o que motivou um pedido de explicação por parte do Ministério Público. Segundo relatos de moradores, a OAS recusou-se, no primeiro momento, a ceder água e abrigo para as vítimas do incêndio. Inúmeros estudantes da PUCRS – membros do DCE e do CASTA (Prédio 5) – e da UFRGS permaneceram por vários dias mobilizados junto aos moradores, apoiando a luta da comunidade que conquistou a garantia da construção de moradias populares na mesma área. O DCE da PUCRS e as entidades de luta popular estão atentos para o cumprimento dos acordos feitos e, sempre que necessário, estarão apoiando as comunidades contra abusos e desmandos do Estado e do Mercado. Leia mais no blog do DCE: www.dcepucrs.wordpress.com

Estrutura e funcionamento da gestão •

• •

Secretaria Administrativa: cabe a essa secretaria organizar o funcionamento do DCE no que se refere a estrutura física(consertos, reformas), materiais, a organização da confecção de carterinhas TRI, entre outras. Secretaria Institucional Jurídica: cabe a essa secretaria organizar as questões legais. Lembrando que as gestões anteriores nos deixaram com vários problemas nesse sentido. Também cabe a essa secretaria a convocação das reuniões da gestão, bem como o dialogo com a PROEX sobre assuntos institucionais.

Secretaria de Finanças: organização das finanças como prestação de contas, pagamentos, previsão de gastos. Também aqui “herdamos” vários problemas das gestões anteriores como cheques sem fundo e contratos fantasmas. Secretaria de Comunicação: cabe a essa secretaria a organização do jornal, do blog, divulgação de atividades e informações atraves de redes sociais, panfletos, cartazes, folders e cartilhas. Coordenação de Combate às Opressões: A diferença dessa coordenação para as secretarias, e que a coordenação de Combate às opressões tem uma nominata fixa,

As reuniões: As reuniões da gestão serão abertas e deliberativas, isso significa que qualquer estudante pode participar e tem poder de decisão. Serão 3 reuniões por mês e serão convocadas com uma semana de antecedência, com pauta previa (decidida na reunião anterior). Cabe a secretaria jurídico/institucional convocar a reunião bem como a publicação da ata. Quando um aluno quer discutir algum assunto, deve pedir para que seja incluído no ponto de pauta da próxima reunião com 1 semana de antecedência. Em caso de situações urgentes poderá ser avaliado a inclusão de um ponto na pauta ou mesmo a convocação de uma reunião extraordinária. Reuniões Fechadas da Executiva: A executiva (secretarias e coordenação) terá uma reunião fechada por mês, com caráter organizativo, não deliberativo. O consenso: Entendemos que se faz necessário o exercício do consenso, isso significa que na primeira vez que algum assunto for ponto de pauta, tentaremos sempre chegar a um consenso sobre o que fazer. Caso

08| Jornal todas as vozes por democracia na pucrs já

composta por ate 5 estudantes, mas também eh aberta para que outros estudantes se somem na execução e elaboração de projetos. Grupos de Trabalho - Gts: Os grupos de trabalhos são abertos, qualquer estudante pode fazer parte deles e são criados de acordo com as necessidades: por exemplo, os estudantes querem organizar um campeonato esportivo, na reunião aberta cria-se um GT responsável por organizar, se for decido que o DCE ajudara na confecção de camisetas para o campeonato, então o GT deve se articular com a secretaria de finanças.

isso não seja possível, o assunto será ponto de pauta de uma próxima reunião e só então recorreremos ao voto. Também eh possível , no caso de não haver consenso, avaliar a necessidade de convocar uma assembleia. As assembleias: As assembleias tem um poder deliberativo maior que as reuniões e portanto devem ser convocadas quando há algum assunto mais serio a ser discutido e com ate 3 semanas de antecedência. Exemplo: assembleia para discutir a mudança estatutária do DCE. 1º Congresso dos Estudantes da PUCR$: O Congresso dos estudantes é o maior e mais importante espaço de discussão e deliberação dos estudantes, esta acima das reuniões e assembleias, cabendo a gestão eleita a tarefa de ajudar na concretização das politicas deliberadas. Junto ao Congresso de Estudantes acontecera uma assembleia em que essa proposta de funcionamento de gestão (mais aprimorada, aceitamos sugestões) de funcionamento da gestão devera ser aprovada e posteriormente legalizada.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.