Projeto Jornal Frente Mais Vale o Que Será

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A PEDRA NA LAGOA

»As consequências da Crise no país da Pátria Exploradora »PUCR$ promete reforma para 2016 Página 3

Jornal da Frente de Oposição

Mais vale o que será! Por um movimento autônomo a partidos, governos e reitoria

Pela Reativação da Casa do Estudante já! Página 5

fora Máfia »MAE: Os herdeiros políticos da Máfia do PDT »PSOL promove farra com nosso dinheiro Páginas 6-7


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Conjuntura e Educação

Frente de Oposição Mais Vale o Que Será!

EDITORIAL

Organizar-se de forma independente e autônoma é preciso Para permanecermos na universidade e resistir aos ataques que os trabalhadores e filhos de trabalhadores estão sofrendo aqui dentro - precisamos nos organizar. Por isso, construímos a Frente de Oposição“Mais Vale o Que Será”, composta por diferentes coletivos políticos, muitos prounistas, bolsistas e estudantes trabalhadores – incluindo trabalhadores da educação. Somos um grupo comprometido, na prática, com a luta por democracia, assistência e permanência. Defendemos um movimento autônomo e independente a partidos, governos, empresas e reitorias.

PORQUE NÃO ESTAMOS NA ATUAL GESTÃO DO DCE

Participamos dos processos de luta na universidade como o Movimento 89 de Junho (Fora Máfia), eleições livres e democráticas, construção do CEB-LIVRE, abertura do “Restaurante Universitário” (RU) noturno, lutas contra o aumento das mensalidades e a recente campanha por um RU a preço de custo. Também fizemos parte das gestões do DCE “Quem é estudante também vai cantar” (2013/14) e “Nossa Voz uma Só Nota” (2014/15), ambas compostas por grupos políticos e indivíduos de concepções distintas em unidade contra a Máfia. Ao longo desse processo, diversos entraves foram criados por parte do PSOL, PCR e PT contra a organização da base estudantil e suas demandas. Várias situações foram vivenciadas, dentre elas podemos citar: boicote à construção do 1º Congresso de Estudantes e, mais recentemente, ao 1º Seminário de Educação dos Estudantes. Ambos garantidos com muito esforço pelo Conselho de Entidade de Base – Livre. Outro grave episódio foi o arquivamento da ultima prestação de contas da Máfia, através da qual seria possível evidenciar o uso do dinheiro dos estudantes para fins partidários e pessoais. Por que tamanha indisposição em expor esses documentos? É verdade que houveram avanços, porém o distanciamento das lutas, a burocratização e o aparelhamento da entidade não poderiam continuar impedindo aqueles que se dispõem a resistir. Por isso tomamos a decisão de construir a Frente de Oposição "Muito vale o que foi feito, MAIS VALE O QUE SERÁ!" 2

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Mais Vale o Que Será PUCR$

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A PEDRA NA LAGO As consequências d na pátria explorad A Crise pode ser comparada a uma pedra jogada em uma lagoa. As ondas, subsequentes, se alastraram influenciando eventos pelo mundo todo. Os Estados Nacionais cumprem seu papel de defender a burguesia e aplicar as medidas de austeridade. No Brasil não é diferente. Diante das políticas implementadas para salvar os industriais, o agronegócio e o sistema financeiro fica claro que mulheres, negros, indígenas, trabalhadores e camponeses serão os mais atingidos. O Partido dos Trabalhadores tornou-se o seu contrário, não restando sequer espaço para o projeto de conciliação de classes. Dada a natureza inevitável e cíclica da crise do capital, as diferentes facções das classes dominantes também entram em conflito entre si. Cada qual quer salvar seus negócios, consensuam apenas sobre quem deve pagar pela crise: os trabalhadores. Para manterem os interesses do capital justificam a redução de salário, demissões, aumento dos preços, cortes da previdência, dentro desse mesmo pacote, a ampliação das terceirizações (PL 4330) e o ataque a direitos como o seguro-desemprego e a aposentadoria (MPs 664 e 665) e fazem da classe trabalhadora a carne mais barata do mercado. O Programa de Proteção ao Emprego, criado pelo governo Dilma em medida provisória, é um plano de socorro aos patrões que autoriza redução salarial de até 30%.

PRNCIPAIS MUDANÇAS DA RE


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Frente de Oposição Mais Vale o Que Será!

Conjuntura e Educação

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GOA da crise dora

Dada a natureza inevitável e cíclica da crise do capital, as diferentes facções das classes dominantes também entram em conflito entre si. Cada qual quer salvar seus negócios, consensuam apenas sobre quem deve pagar pela crise: os trabalhadores.” Diante dessa conjuntura, a parcela mais conservadora da burguesia, que foi muito beneficiada pelos governos do PT, procura acirrar o desgaste político desse partido, apelando em especial para a pauta do combate à corrupção. Já a oposição reformista dá passos largos à direita enquanto propõe uma reforma políti-

ca para resolver os problemas de beber, vestir e morar da classe trabalhadora. Resistir se fez necessário. Aqui no estado, os servidores foram obrigados a reagir diante do parcelamento dos salários feitos pelo governador Sartori. Muitas greves eclodiram no país, no entanto, a imensa maioria são defensivas, com pautas como o ajuste do salário aos índices e a defesa do emprego. Na educação os trabalhadores de várias universidades federais estão em greve contra os cortes do governo. O enxugamento do FIES está colocando vários estudantes para fora da universidade com uma dívida impagável. A PUCR$ fez esse ano um empréstimo de 40 milhões de reais para reduzir a máquina administrativa e com o reaproveitamento dos espaços físicos da Universidade, vários centros acadêmicos estão

ameaçados. Os estudantes também vêm sofrendo as consequências da crise com o aumento dos custos com alimentação, transporte e moradia que são parte essencial para sua permanência na universidade. A pedra na lagoa criou ondas que, assim como tsunamis, vêm devastando a qualidade de vida da classe trabalhadora. O momento é de seguirmos com a organização e mobilização em nossos locais de trabalho, estudo e moradia, de fomentar a luta e a solidariedade no seio de nossa classe e promover o intercâmbio de experiências e acúmulos nas nossas frentes de trabalho. É preciso criar uma unidade trabalhadora e estudantil para enfrentar os efeitos do capital.

EFORMA ADMINISTRATIVA DA PUCR$ PARA AUMENTAR SEUS LUCROS A partir de 2016, a PUCR$ vai passar por reformas administrativas e teremos muitas mudanças dentro da universidade. Uma delas é a unificação de todas as faculdades em 7 escolas de ensino – o que pode levar a precarização do ensino e o enxugamento de vários trabalhadores. Agora nas férias de julho foram registradas quase 200 demissões e mais estão previstas para as férias de verão. A qualidade da educação está ame-

açada pois várias disciplinas serão unificadas e os conteúdos serão condensados para dar conta das unificações das faculdades – como no caso das licenciaturas. Os professores, em número cada vez mais reduzido, estarão diante de um número maior de alunos por turma. Além da contínua cobrança de produtividade nas pesquisas desenvolvidas – o que acarreta na intensificação do trabalho e do estresse aos trabalhadores da educação.

Essa mudança está baseada no realinhamento que a universidade vem adotando para enfrentar a crise econômica. Uma das propostas dessa reforma é o fomento de pesquisas e tecnologias para as empresas que se instalarem no TecnoPUC. Através disso, mais estudantes serão contratados, por uma bolsa medíocre de estágio, para aumentar a produtividade e os lucros das empresas e da PUCR$.

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Mais Vale o Que Será PUCR$


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Assistência Estudantil

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Frente de Oposição Mais Vale o Que Será!

Não basta ter acesso à Universidade,

é preciso garantir permanência! Os programas do governo de acesso ao ensino superior como PROUNI, FIES E REUNI permitiram que estudantes trabalhadores e filhos de trabalhadores ingressassem na Universidade – instituição que antes era majoritariamente frequentada por burgueses e filhos de burgueses. Porém, esse acesso é apenas um passo desses estudantes para conseguir o diploma e qualificar sua força de trabalho. Sem condições de se manter na universidade e arcar com moradia, alimentação, transportes, xerox, livros e etc, muitos acabam desistindo ou se endividando para continuar a graduação. A permanência na universidade torna-se cada vez mais difícil. A PUCR$ não oferece nenhum tipo de assistência: não temos uma casa de estudante, não temos creches para os nossos filhos e nem um restaurante universitário de verdade. Este ano a PUCR$ bateu o martelo que construirá um aeromóvel para a travessia da Ipiranga, trajeto HOSPITAL - CAMPUS, que a pé não demora mais que dez minutos. Esse projeto custará 5,5 MILHÕES de reais. A universidade também está construindo dois prédios EXCLUSIVOS para pesquisas de outras empresas privadas, que utilizarão da força de trabalho dos estudantes quase que gratuita para executarem os seus projetos. A PUCR$ é uma empresa que visa unicamente o lucro obtido através da exploração dos trabalhadores (professores, técnicos etc) que produzem a mercadoria educação. A oferta de assistência estudantil vai de encontro aos interesses da reitoria. Ao garantir nossa permanência e atender nossas demandas, ela teria que abrir mão de uma pequena parcela de seus lucros. Portanto, nossos interesses enquanto estudantes trabalhadores e filhos de trabalhadores são opostos aos da universidade e seus capachos (reitoria e coordenação de curso). 4

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Quadro Geral e perfil dos estudantes da PUCR$ 45,03%

10.895 Estudantes não recebem bolsa de estudos.

54,97%

13.300 Estudantes recebem algum tipo de bolsa.

24.195

Estudantes de Graduação

24,25%

3.224 são bolsas diversas

8.60%

1.144 são bolsas funcionários

41.56%

5.526 são bolsistas do Prouni

13.300 Estudantes bolsistas

13.15%

1.748 são bolsistas do FIES

12,43%

1.144 são bolsas CredPUCRS

Perfil do estudante trabalhador bolsista Tempo de deslocamento até a PUCR$

69%

dos estudantes tem até 25 anos

57,7%

Levam entre 30 a 90 minutos

80%

Exercem função remunerada com relação a sua graduação

29,9%

Levam até 30 minutos

55,8%

Moram em Porto Alegre

(o que incluem estudantes vindos de outros Estados e do Interior do RGS)

12,1%

Demoram mais de 90 minutos

44,2%

Moram fora de Porto Alegre (Região Metropolitana)

70%

Utilizam o transporte público

FONTES: Relatório Social da PUCRS 2012/2013 - Artigo: Estudantes prounistas sul-brasileiros: caracterização relevante à permanência no Ensino Superior. Publicado no 4º CLABES/2014.

Queremos sair da universidade com o diploma em mãos! Não podemos permitir que nossos esforços cotidianos em busca desse objetivo sejam interrompidos. Somente através da luta autônoma e independente garantiremos que nossas demandas avancem. Mais Vale o Que Será PUCR$

“Felicidade! Passei no vestibular Mas a faculdade ela é particular Livros tão caros tanta taxa prá pagar Meu dinheiro muito raro Alguém teve que

emprestar Morei no subúrbio Andei de trem atrasado Do trabalho ia prá aula Sem jantar e bem cansado” Martinho da Vila


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Assistência Estudantil

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Pra estudar Pra se formar O estudante tem que ter onde morar!

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Espaço KIDS

Outra dificuldade que encontramos é ter com quem deixar nossos filhos para podermos estudar, apesar de haver na PUCR$ espaço e estrutura para receber os filhos dos estudantes. A criação de um espaço kids também seria uma oportunidade de estágio para os estudantes de pedagogia.

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De prounista em prounista a PUCR$ enche o bolso

Desde a criação do PROUNI em 2005 até 2013, o número de vagas oferecidas em universidades privadas aumentou em 100% . A PUCR$ concentra mais de 50% dos prounistas de todo o estado. Cerca de 23% dos estudantes da PUCR$ são prounistas. Com isso a PUCR$ pôde preencher as vagas que antes estavam ociosas e lucrar ainda mais. Isso significa que muito dinheiro público foi investido no setor privado.

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Você sabe o que é R.U? Nunca vi nem comi eu só ouço falar!

O Restaurante Universitário (RU) a preço de custo, que ofereça alimentação de qualidade e acessível aos estudantes não é uma realidade na PUCR$. Os bares oferecem lanches a preços altíssimos, inviáveis para o estudante trabalhador – além disso, um lanche não supre a necessidade de quem trabalhou o dia inteiro. O que chamamos de RU é, na verdade, um restaurante terceirizado que utiliza esse nome-fantasia, ou seja, não temos um Restaurante Universitário de verdade.

Pela reativação da Casa do Estudante já! A PUCR$ já teve uma Casa de Estudante, ela funcionou até o final da década de 70, no prédio três. Hoje a construção é conhecida como prédio do R.U, do buffet livre, da associação dos funcionários e da pós-graduação em História. Vários professores da PUCR$ já moraram nessa Casa, o que garantiu sua permanência – visto que vieram do interior do estado. Muitos estudantes bolsistas também vêm do interior ou de outras localidades do Brasil e ficam reféns das precárias condições de moradia que estão próximas da PUCR$. O aluguel de um quarto varia entre R$ 450,00 e R$ 800,00, preço inviável para um estagiário ou para quem recebe apenas um salário mínimo. Os que moram fora de Porto Alegre gastam muito com transporte. Alguns chegam a pegar mais de 4 ônibus por dia, podendo levar até duas horas de deslocamento da sua casa até a universidade. O Passe Livre Estadual não garante a isenção total do transporte, além do processo para a isenção ser muito burocratizado e demorado. A Casa do Estudante é necessária para garantir a permanência e a qualidade da formação dos estudantes trabalhadores e filhos de trabalhadores. Sabemos que é pos-

Precisamos de Assistência Estudantil, da Casa do Estudante, de bolsas e auxilio pedagógico sem contrapartida de trabalho.” sível existir uma Casa de Estudantes autônoma e gerida pelos próprios estudantes, como é o caso da Casa do Estudante Cristo Rei (CEUNI) da Unisinos. Outro exemplo é a Casa do Estudante Universitário da PUC-MG (CEU), que garante a moradia e assistência estudantil como R.U, assistência médica e apoio pedagógico. A PUCR$ tem recursos para construir ou reativar sua antiga Casa de Estudante, por isso nós estudantes da Frente de Oposição “Mais Vale o Que Será!” estamos construindo a campanha “Casa do Estudante na PUCR$ Já!”. Não precisamos de um aeromóvel que vai custa mais de 5 milhões de reais ou de um prédio para abrigar ratos de laboratórios, precisamos de assistência estudantil, da Casa do Estudante, de bolsas e auxilio pedagógico sem contrapartida de trabalho.

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Movimento Estudantil

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fora Máfia MAE: Os herdeiros políticos da máfia do PDT na PUCR$ Qual a história desse grupo corrupto que tanto combatemos e denunciamos? Nosso DCE esteve por 20 anos nas mãos de um grupo político ligado ao PDT – tendo como principal figura o vereador Mauro Zacker, hoje secretário de obras de Porto Alegre. Durante esse período, não realizavam eleições e utilizavam o DCE e demais entidades estudantis para fins partidários e particulares. Além disso, perseguiam e agrediam os estudantes que lutavam por democracia. Ameaçavam e coagiam, em especial as mulheres, às quais eram frequentemente direcionadas ameaças de estupro e xingamentos racistas. Todas essas atitudes foram feitas com vistas grossas ou apoio descarado da reitoria, que ajudou na perseguição à oposição através de processos judiciais, sindicância administrativa e acionamento da força policial contra os estudantes. Um relatório sobre o DCE da PUCR$, divulgado pela subcomissão mista da assembléia legislativa de 2004, aponta indícios de formação de quadrilha e relação com a reitoria. Um movimento estudantil ativo, que luta pelos interesses dos estudantes, entrando em conflito com a reitoria e ameaçando seu lucro, não é de interesse da universidade. Atualmente, os “herdeiros” desse grupo criminoso lideram o MAE (movimento apartidário estudantil). Dirigidos pelo PDT, PMDB, PP, PSDB servem6

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Dirigentes do MAE, ligados ao PDT, PMDB, PP e PSDB, servemse da despolitização dos estudantes, para comprar votos por meio do suborno”

-se da despolitização dos estudantes. Reivindicam não pertencer a nenhum partido “sem militantes, de estudantes pra estudante”. Conseguem apoio de parte dos nossos colegas com subornos. Sim, subornos. Não há outro nome para a troca de simpatia por cervejas, festas, etc. Esses estudantes são facilmente localizados na PUCR$, basta ir até o CAMC (Direito), CAEE (Engenharias) e CVM (Adm, Economia, etc). Quais as ações do PSOL-PT no combate a máfia? Como gestão do DCE, lembram da máfia apenas em época eleitoral, quando ela ameaça retomar à entidade. No dia a dia vemos tapinhas nas costas, troca de sorrisos, ausência de denuncia e a tentativa do apagamento do histórico de lutas e da palavra de ordem “FORA MÁFIA”. Aliás, o PSOL tem demonstrado disposição em dar continuidade a velhas práticas... Mais Vale o Que Será PUCR$

O Movimento 8/9 de Junho Reivindicamos o Movimento 89 de Junho, que ocorreu em 2011, como a batalha definitiva na conquista de eleições democráticas para o DCE. Naquele ano, a eleição para a escolha dos representantes da PUCR$ para o Congresso dos Estudantes da UNE (CONUNE) foi fraudada pela máfia. Exigindo novas eleições, um grupo de 13 estudantes decidiu passar as noites de 08 e 09 de junho em frente à sede do DCE. Muitos estudantes se somaram, daí o nome do movimento. Saímos do local forçados pela polícia que foi acionada pelo DCE e pela reitoria. Contra a fraude e a agressão que a máfia dirigiu às mulheres do movimento, foram realizadas manifestações que contavam com cerca de 800 estudantes e que repercutiram por todo país. Conquistamos novas eleições para o CONUNE e passamos a reivindicar “FORA MÁFIA DO DCE: Eleições para o DCE já!”. Recebemos declarações de apoio de centros acadêmicos, DCEs, executivas de cursos, sindicatos e associações de professores do Brasil inteiro. Com muita coragem e determinação denunciamos os crimes cometidos pela máfia, impulsionamos o CEB-Livre e forçamos a realização de eleições limpas 2012.


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Mais Vale o Que Será PUCR$

Frente de Oposição Mais Vale o Que Será!

Movimento Estudantil

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Escracho realizado pela oposição na mesa de gênero e diversidade sexual, nas calouradas do DCE.

PSOL promove Farra com nosso dinheiro Os motivos que nos levaram a construir a Oposição “Mais Vale O Que Será!” ficam cada vez mais evidentes no decorrer da gestão atual do DCE, composta por Psol(Juntos)/ PT (Levante)/ PCR(Voz Ativa). Enquanto penamos para permanecermos na universidade vemos o DCE: Quebrar a autonomia do movimento em relação a partidos: gastar cerca de 60 mil reais para a ida de militantes do PSOL, PCR, PT, / PCdoB(UJS) e também do MAE (herdeiros da mafia do PDT), ao Congresso dos Estudantes da UNE – sem consultar os estudantes sobre isso. Ao invés de debater temas pertinentes à vida estudantil e de forma democrática, utilizam da entidade para promover militantes e figuras públicas do PSOL. Quebrar a autonomia em relação a empresas privadas: sortear bolsas-votos do curso Yázigi (convênios desse tipo marcaram o período em que a máfia do PDT se manteve na

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PSOL utiliza do Movimento Estudantil e das entidades para promover militantes e figuras públicas para as eleições” entidade). Quebrar a autonomia em relação à reitoria: Fazer parceria com a PUCR$ propagandeando a incubadora de empreendedorismo social, com professores explicando uma maneira "social" de lucrar. Ignorar a democracia e as necessidades dos estudantes: Discutir nas calouradas temas alheios às necessidades dos estudantes na luta por permanência na universidade e pela qualidade da formação profissional. Perseguir a oposição com violência física

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Juntos/PSOL nos Centros Acadêmicos Durante 4 anos o juntos esteve a frente do CAAP e apenas agora, no último mês de gestão, por pressão da oposição, resolveu rever o estatuto da máfia. Esse estatuto antidemocrático prevê 2 anos de gestão e não prima pela autonomia dos estudantes da Famecos, pois a comissão eleitoral deve ser formada pelo CEB. O edital para convocação das eleições foi afixado em local de difícil acesso, atrás da porta do CAAP, sendo tirado de lá somente depois da denúncia de estudantes. Este ano montaram uma chapa para o CASTA, ocultando dos estudantes independentes quem realmente é do PSOL e aceitaram na composição a participação de um militante de direita, para depois de vencidas as eleições tentar expulsá-lo. Omitem informações importantes à gestão como reuniões do CEB-Livre, das quais participam em nome dos estudantes do CASTA defendo a política do Juntos.

Militantes do PSOL agridem estudantes da Oposição em emboscada Membros da oposição foram surpreendidos por militantes do PSOL/Juntos em uma emboscada no fim de uma festa do DCE da UFRGS. Depois de negarem publicamente o ocorrido as imagens em que aparecem militantes do Juntos agredindo covardemente

um homem e duas mulheres foram divulgadas. Frente à repercussão dos fatos, a "retratação" se deu através de uma nota pública que culpabiliza os agredidos. Seguimos de cabeça erguida na coerência da nossa posição política e nas Calouradas do DCE,

fizemos um escracho. O objetivo era denunciar as agressões e exigir uma retratação pública das entidades dirigidas pelo JUNTOS na PUCR$. A gestão do DCE emitiu uma nota pública eximindo-se da responsabilidade contra atos de violência.

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Movimento Estudantil

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Frente de Oposição Mais Vale o Que Será!

Defendemos um movimento autônomo e independente a partidos, governos, empresas e reitorias.

Pelo 2º Congresso dos estudantes da PUCR$

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I Congresso de Estudantes da PUCR$ ocorreu em outubro 2013. Proposto com o modelo de decisões assembleístas, o congresso teve origem e organização inicial via Conselho de Entidades de Base (CEB-LIVRE), composto por representantes do DCE e de outros centros acadêmicos da universidade. Foi impulsionado por uma necessidade concreta dos estudantes que buscavam um espaço para discutir suas pautas, planejar e deliberar ações coletivamente. Precisamos lem-

brar que o congresso foi construído por aqueles que hoje se encontram na oposição à atual gestão do DCE. OS MEMBROS ATUAIS DO DCE BOICOTARAM A REALIZAÇÃO DO I CONGRESSO DE ESTUDANTES DA PUCR$, demonstrando que para eles a discussão e a democracia no movimento não são importantes. Sabemos das demandas que temos enquanto estudantes para permanecer na universidade e conseguir concluir o curso. A gestão do DCE não possui todas as respostas e precisa conhecer nossas pautas, sendo assim as deliberações do Con-

gresso devem ser soberanas ao DCE. A gestão vigente junto com os demais estudantes tem a obrigação de cumprir as decisões que foram deliberadas nos espaços de discussões e plenárias. Por isso, exigimos a realização do II Congresso dos Estudantes da PUCR$ em 2015, conforme foi deliberado no congresso de 2013. Os centros e diretórios acadêmicos que compõem o CEB-Livre devem fazer reuniões abertas ou assembleias juntos aos estudantes dos seus cursos para que sejam propostos os temas de discussão mais urgentes aos estudantes da PUCRS nesse momento.

Consolidar o CEB-Livre independente e autonomo! O Conselho de Entidades de Base (CEB-Livre) foi criado durante a derrubada da máfia do DCE da PUCR$, logo após o M89J. Havia necessidade de articulação entre os estudantes de diversos cursos para que fosse possível dar seguimento na luta por democracia e assistência estudantil. A máfia tinha total controle do CEB oficial no qual também não havia democracia. Decidimos então criar o CEB-Livre composto por CA´s e DA´s eleitos democraticamente e que faziam oposição à máfia. No primeiro momento, compuseram esse espaço o DAPSI (psicologia), o CADEL (serviço social) e o DAEF (Ed. Física). O

CAAP (comunicação), dirigido pelo PSOL, embora tivesse recentemente derrotado a máfia com a ajuda do movimento geral, não teve interesse de participar. Também o CASTA, não quis compor com as demais entidades democráticas. Através do CEB-Livre, antes de vencermos a máfia nas eleições do DCE, conquistamos a abertura do RU noturno. Também realizamos a denuncia da fraude nas eleições do CAMC (direito) e demos continuidade à luta por democracia. A atual gestão do DCE agita tais conquistas como “suas”, demonstrando o oportunismo e o desrespeito com as discus-

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sões e lutas dos estudantes. Depois da derrubada da máfia do DCE, as principais atividades que proporcionaram discussão e democracia ao movimento estudantil da PUCR$ foram organizadas através do CEB-Livre, como o I Congresso e o 1º Seminário de Educação dos Estudantes da PUCR$. O CEB-Livre tem como principio a autonomia e independência e é um importante espaço que deve seguir vivo e nunca subordinado a alguma gestão do DCE.


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