Jornal da Batalha, edição de Setembro de 2011

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PORTE PAGO

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Reguengo do Fetal prepara festa dos caracóis

Armazém em S. Mamede escondia carros roubados

Caso Contibatalha sem data de julgamento

A tradicional procissão iluminada com cascas de caracol decorre dia 23

GNR apreendeu dezenas de veículos já desmantelados

Tribunal ainda está a decidir quantos arguidos serão julgados no processo

| DIRECTOR: Carlos dos Santos Almeida | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXII nº 254 | Setembro de 2011 |

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Suspensão da fábrica Bonvida coloca 168 empregos em risco W págs. 4 e 5

2.500 regressam à escola entre críticas e preocupações Um novo centro escolar abriu portas enquanto a “velha” escolas sede do novo agrupamento vê as obras congeladas. A escola pública recebe mais alunos e o o Colégio de São Mamede perde uma turma. Estas são algumas das contradições no arranque de um novo ano lectivo que, não obstante, começou dentro da normalidade. Entretanto, no concelho nascido da vitória militar sobre os espanhóis, a língua materna de nuestros hermanos nunca foi popular. Saiba mais sobre o impressionante crescimento do ensino de espanhol nas escolas da Batalha.

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Wpág. 13 Tecnologias ajudam idosos a partir do próximo ano Projecto alia tecnologias com cuidados à população idosa e poderá ser realidade já em 2012

Wpág. 8 Dezenas de automóveis estrearam encontro de clássicos Mais de noventa automóveis participaram no encontro nacional de carros clássicos da Batalha

Wpág. 10 ONGD organiza nova missão humanitária à Guiné-Bissau ONGD Santa Maria da Vitória prepara nova missão humanitária e de defesa da língua portuguesa àquele país africano


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Opinião Espaço Público

Setembro 2011

_ editorial

Baú da Memória Um campanário barroco nas Capelas Imperfeitas É possível que muitos leitores desconheçam que existiu um campanário barroco, para além do campanário gótico encimado pela bandeirinha de ferro a servir de catavento, nas Capelas Imperfeitas, conforme se vê na fotografia que o distinto director do Mosteiro, Dr. Júlio Ribeiro Órfão, teve a amabilidade de me ceder. Provavelmente construído nos finais do século XVI ou princípios do século XVII, talvez no tempo do mestre Baltasar Álvares ou do mestre Mateus do Couto (tio). Veio a ser demolido no século

As lições do novo ano lectivo O novo ano lectivo arrancou sem problemas que se possam considerar como absolutamente novos. Ainda assim, a verdade é que o arranque de um novo ciclo para pais, professores, funcionários e, sobretudo, alunos, é um marco incontornável no desenrolar da vida da nossa comunidade. Este ano, como nos anteriores, apesar da normalidade que rodeia mais um ano lectivo, há mudanças que deixam a sua marca. Para já, a abertura de um novo centro escolar: novas instalações com melhores condições visando uma prática pedagógica de sucesso. Contudo, há igualmente fortes indicadores que apontam que as melhorias no complexo de escolas da Batalha, agendadas no âmbito das intervenções da Parque Escolar, estejam adiadas ou tenham mesmo sido afastadas de vez. A crise dita esta opção, tudo indica. Lamentavelmente, nesta onda austera que invadiu a vida nacional, há projectos necessários que parecem estar a ser abandonados. A concretizar-se este cenário, espera-se que as autoridades levem em linha de conta o facto de existirem problemas nas instalações das duas escolas que agora completam o novo Agrupamento. Quer isto dizer que se o país não tem capacidade financeira para levar a cabo a enorme empreitada que estava programada para o local, não esqueça, pelo menos, que há melhorias urgentes a efectuar. Tal como acontece nos bancos da escola, é importante que também nós, enquanto colectivo, saibamos aprender com as lições do passado e também com as lições deste presente que promete toldar o futuro. É uma questão de educação, portanto.

XIX, quando dirigia a obra o arquitecto Lucas José dos Santos Pereira (1852-1884). Só as primeiras fotografias tiradas ao Mosteiro o revelam, pelo que creio que a demolição teria sido levada a efeito nos anos 60 desse século. Tente caro leitor descortinar o campanário entre a varanda inferior do Coruchéu da Cegonha e o telhado de protecção da Abóbada da Casa do Capítulo. José Travaços Santos

G Curiosidades

Grande tomate biológico Afinal ainda se cultivam tomates graúdos. Este que a foto mostra pesa um quilo e duzentos gramas e, na mesma horta, há ainda mais, embora não tão grandes. “São um pouco mais pequenos, talvez menos 200 ou 300 gramas”, como explica Arménio Santos, aposentado da função pública e morador na Jardoeira que,

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Director Carlos dos Santos Almeida (C.P.nº 2830) Coordenador Armindo Vieira (C.P. nº 6771)

nas horas vagas se dedica a cultivar uma pequena horta, “ali para os lados dos Pinheiros, mais concretamente nas Lagoas”. São belos exemplares “cultivados sem quaisquer produtos químicos, só com estrume de coelhos e galinhas”, este e outros que tenho lá, para além de outros produtos que ali cultivo.

Redactores e Colaboradores Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Carlos Ferreira, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)

Jornal da Batalha

Redacção e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário Região de Leiria Rua D. Carlos I, 2-4 - 2415-405 Leiria-Gare Apartado 102 - 2401-971 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

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Teatro dia 21

Actualidade

O grupo de teatro “O Nariz” organiza, em colaboração com o município da Batalha, a XVI edição do Festival de Teatro “Acaso”. O Auditório da Batalha recebe no dia 21 de Setembro, Quarta-feira, o primeiro espectáculo, “A Princesa do Amor de Sal”, dirigido a alunos dos 1º e 2º CEB, bem como ao público em geral. A primeira peça tem início às 15h00 e é dedicada em exclusivo às Escolas. A segunda sessão, às 21h30, é aberta a toda a população.

Revolução na saúde ainda sem data m Entrada em funcionamento da nova USF continua uma incógnita. Autoridades não avançam data para a implementação dos novos moldes de gestão da saúde no concelho

A Unidade de Saúde Familiar Condestável, sedeada na Batalha, terá de assegurar médico de família para a população da freguesia Golpilheira. Esta é a posição que a Câmara da Batalha quer ver concretizada no terreno, assim que entrar em funcionamento a nova estrutura de cuidados de saúde no concelho. Muito embora seja dada como quase inevitável o encerramento da extensão de saúde da Golpilheira, os responsáveis municipais apostam em assegurar que a freguesia estará incluída no plano de assistência médica da nova USF. A possibilidade de funcionamento da extensão de saúde daquela freguesia, de forma isolada, sem associação à USF sedeada na Batalha, abriria portas à deslocação dos habitantes da freguesia a uma unidade de saúde exterior ao concelho, caso o médico de família da Golpilheira estivesse impedido de prestar serviço. Ou seja, esse cená-

Jazz a 24 Llibert Fortuny, músico, residente na Catalunha e natural de Las Palmas, considerado um dos saxofonistas mais consistentes de toda a Espanha, com diversas composições jazísticas da sua autoria, vai estar em concerto na Batalha, dia 24 de Setembro. Será pelas 22 horas no Auditório Municipal. Em palco estarão Llibert Fortuny (saxofone), Gary Willis (baixo) e David Gomez (bateria). As entradas são gratuitas mas carecem de reserva.

E passeio a 25

p Há várias semanas que o Centro de Saúde ostenta o dístico da USF rio implicaria que, caso o médico de família faltasse por motivo de férias ou doença, por exemplo, os habitantes da freguesia teriam de ser deslocar a uma unidade de saúde fora do concelho para assegurar uma consulta. E esse é o cenário que a autarquia tem sublinhado ser inaceitável. A segunda quinzena de Setembro era a data inicialmente equacionada para a entrada em funcionamen-

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to da nova USF. Contudo, até ao fecho desta edição, as autoridades oficiais não adiantam qualquer data concreta para a sua entrada em funcionamento. Os moldes de funcionamento da nova USF, bem como a data em que esta seria realidade, foram algumas das questões que o JORNAL DA BATALHA colocou atempadamente à Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC),

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entidade responsável pela gestão deste processo. Contudo, a informação sobre a nova forma de gestão dos cuidados de saúde no concelho não foi disponibilizada em tempo útil. António Lucas, presidente da Câmara da Batalha, adiantou ao nosso jornal estar igualmente a aguardar indicações da ARSC sobre a nova estrutura. Ao que apuramos, há vários meses que a autarquia está envol-

vida num processo negocial que pretende assegurar várias contrapartidas na área da saúde, em consequência da alteração que está a ser preparada. A utilização de vários meios de diagnóstico do Centro Hospitalar Nossa Senhora da Conceição (nas Brancas) no âmbito da USF é um dos pontos em análise, bem como o reforço no número de camas na respectiva Unidade de Cuidados Continuados.

Dia 25 de Setembro decorre mais uma edição do Passeio Pedestre “Rota dos Moinhos”. A caminhada deste ano está inserida no âmbito da comemoração do Dia Mundial do Coração. A concentração dos participantes tem lugar junto à Escola dos Crespos, em São Mamede, às 9h15. As inscrições são gratuitas e obrigatórias através do email: cultura@ cm-batalha.pt. Informações pelo número 244 769 110.

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Preocupações e críticas marcam arranque do ano escolar m O novo ano escolar arrancou dentro da normalidade, apesar de alguns problemas que persistem. Há um novo centro escolar e o Agrupamento de Escolas da Batalha recebeu mais alunos enquanto o Colégio de São Mamede tem menos uma turma.

que no ano anterior, por imposição da DREC (Direcção Regional da Educação do Centro)”, segundo a informação obtida junto da sua direcção. Relativamente aos recursos humanos, o AEB conta com 182 docentes e 67 não docentes, no entanto, “neste momento falta a colocação de 6 professores para substituições temporárias”, enquanto o Colégio de São Mamede tem 41 docentes e 15 não docentes.

O ano escolar 2011/2012 iniciou-se dentro da normalidade, apesar de haver algumas preocupações dos responsáveis locais, quer sejam responsáveis dos estabelecimentos de ensino, pais ou autarcas. No Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB), segundo o director, Luís Novais, “houve um ligeiro aumento do número de alunos” e mais uma sala do préescolar “mantendo as restantes turmas”, sendo que no Colégio de São Mamede, “houve estabilidade, no entanto há menos uma turma

PAIS PREOCUPADOS. Sobre este assunto a Associação de Pais do Agrupamento de Escolas da Batalha (APAEB), ciente de que o início do ano lectivo “não depende somente da direcção de uma escola, mas sim de um conjunto de organismos”, deseja que “a burocracia que normalmente acompanha estes processos, não limite um início de ano eficiente e não nos traga as habituais contingências, como falta de professores, auxiliares, etc.”. No entanto, o AEB convocou a associação “no sentido de sermos devidamente informados acerca do início

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do novo ano lectivo”, estando a APAEB disponível para colaborar com aquela direcção “demonstrando uma grande vontade de melhorar o processo educativo nas nossas escolas”. Contudo, a Associação de Pais aponta como preocupações “já submetidas à direcção do agrupamento de escolas”, a segurança escolar, limpeza das instalações, violência em espaço escolar, apoio a crianças com dificuldades de aprendizagem, articulação entre departamentos das várias disciplinas e o serviço de refeitórios na Escola Básica e Secundária. CRÍTICAS DA AUTARQUIA. Para a Câmara Municipal da Batalha e de acordo com

as declarações do presidente António Lucas, existem neste início do ano escolar “duas dificuldades principais”, sendo “a primeira decorrente da constituição do actual Agrupamento”, com as Escolas Secundária, Profissional de Artes e Ofícios e o Agrupamento de Escolas “numa única unidade de gestão, sem a necessária intervenção física nos equipamentos existentes, alguns deles muito degradados e insuficientes para albergar todos os alunos”. Para além disso, “o projecto de intervenção está concluído mas as obras ainda não começaram”. Por outro lado “e não obstante todos os nossos alertas à Direcção Regional da Educação, não se salvaguardou a área da can-

s registo Constrangimento: O Colégio de São Mamede queixa-se de alguns constrangimentos para época escolar, uma vez que houve, como é do domínio público “alteração das regras de financiamento” ao ensino privado e cooperativo e “consequente diminuição, muito significativa, do valor a atribuir ao Colégio por turma”

taria, o que representa uma enorme perda para a Escola e para o concelho”. A outra dificuldade prende-se com a situação recorrente nos últimos anos de “não serem afectados atempadamente os recursos humanos (Assistentes operacionais), necessários para o normal funcionamento das escolas”, nomeadamente na “área da higienização de espaços escolares”. FILOSOFIA NO 1º CICLO. No que diz respeito às ofer-

tas formativas para a nova época escolar, enquanto o “mantém as ofertas formativas que tinha no ano anterior”, o Colégio de São Mamede introduziu “o ensino da Filosofia no 1º ciclo”, continuando, nos 2º e 3º ciclos, com as academias, sendo que neste campo “há uma nova academia de Multimédia”. Nos SAAA (Serviços de Apoio às Aprendizagens) “continuamos com o apoio à Língua Portuguesa e à Matemática, sala de estudo com o Director de Turma

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e acompanhamento ao estudo de Ciências Naturais (7º e 8º anos) e Inglês (9º ano)”, dizem. OBRAS NECESSÁRIAS. Sobre as obras previstas nos edifícios sede do Agrupamento de Escolas da Batalha, Luís Novais refere simplesmente que “continuamos a aguardar informações” enquanto a Associação de Pais diz não ter “informação segura de que o projecto seja concretizado”, no entanto, “muito desejamos que a escola sede do Agrupamento seja intervencionada”, pois “as actuais infra-estruturas são débeis”. Uma observação que surge na sequência das posições tomadas pelo Governo e que apontam para o cada vez mais provável cenário de congelamento das obras da Parque Escolar. A vila da Batalha conta ainda com um novo Centro Escolar, instalado nas imediações da zona desportiva e que é ocupado “de acordo com o previsto na Carta Educativa concelhia”, rece-

bendo no presente ano lectivo, “cinco turmas do 1º Ciclo e funcionará com 4 salas de Actividades de Jardimde-infância”, e acordo com a informação da Câmara Municipal. Em relação ao Centro Escolar que está a construir-se em São Mamede, António Lucas refere que “complementado com a oferta disponível no Colégio de São Mamede, responde às necessidades da freguesia”, no entanto, terá que “ser acompanhada a evolução do número de alunos do pré escolar e 1º Ciclo do Casal Vieira”. Para a APAEB a nova infra-estrutura “criou um claro benefício para o concelho da Batalha, elevando a qualidade de ensino”, contudo e apesar de os utentes do novo centro escolar “demonstrarem satisfação com a obra realizada, o tempo decorrido não nos permite uma conclusão final”.

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Número de alunos do concelho da Batalha - Agrupamento de Escolas da Batalha conta com 1954 alunos, distribuídos pelos Jardins-de-Infância e Escolas do concelho, com a seguir se indica: - Jardins-de-Infância: 13 salas, 4 das quais no Centro Escolar da Batalha; - 1º Ciclo: 29 turmas, 5 delas no Centro Escolar da Batalha e 5 na Escola sede; - 2º, 3º ciclos e Secundário: 52 turmas do 5º ao 12º anos, incluindo cursos profissionais). - Colégio de São Mamede conta com 554 alunos, distribuídos pelo ensino préescolar, 1º, 2º e 3º ciclos.

Armindo Vieira

- 17 turmas do 2º e 3º Ciclos “número aprovado pela Rede Escolar.”

“Invasão” espanhola, sete séculos depois de Aljubarrota Quase sete séculos depois da derrota na Batalha de Aljubarrota, o castelhano está de regresso à Batalha. A vitória espanhola é disputada ao milímetro nas escolas. No concelho que surgiu graças à vitória lusa sobre o exército castelhano em finais do século XIV, a “vingança” serve-se muitos anos depois.

E é cada vez mais uma evidência: o ensino da língua espanhola tem vindo a ganhar terreno no Agrupamento de Escolas da Batalha. E este ano o aumento da procura de alunos pelo ensino do idioma do nuestros hermanos foi acima do esperado. “ Este ano houve aumento da procura da língua espanhola, nós só temos

um professor que lecciona a disciplina e como não estavam previstos tantos alunos a fazer esta inscrição, houve necessidade de fazer reorganização com reforço da carga horária do docente”, explica Luís Novais, director do Agrupamento de Escolas da Batalha. Efectivamente, este processo suscitou mesmo a in-

tervenção da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas da Batalha, no sentido de assegurar uma resposta da escola às solicitações de alunos e encarregados de educação. No total, a língua espanhola conta, este ano lectivo, com quatro turmas no sétimo ano, três no oitavo e uma outra no nono ano

de escolaridade. Este será o terceiro ano de ensino de espanhol no Agrupamento de Escolas da Batalha e são já mais de uma centena os alunos que têm aulas de espanhol (serão, de acordo com dados provisórios do Ministério de Educação, 195 alunos). No caso do sétimo ano de escolaridade, o número de alunos de lín-

gua espanhola ultrapassou já o de alunos inscritos em francês. Para Luís Novais, “é difícil prever se vai continuar a registar-se este tipo de aumento Este é um fenómeno que depende do interesse do s alunos e encarregados de educação e dos recursos humanos que a escola tenha para o efeito”.

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Dezenas de veículos roubados encontrados em São Mamede s registo

m A GNR apreendeu

Lista de material apreendido

diversos veículos, que eram furtados em todo o país, num armazém, situado na freguesia de São Mamede.

As autoridades suspeitam que as viaturas automóveis que eram furtadas em vários pontos do nosso país, eram posteriormente desmanteladas num armazém situado na freguesia de São Mamede. A busca no armazém começou no passado sábado, dia 27 de Agosto e terminou na segunda-feira seguinte, tendo sido levada a cabo pelos militares do Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial de Leiria e dos postos territoriais de Batalha e Mira de Aire. De acordo com a própria GNR, “este acto de inquérito sur-

p O material apreendido consistia também em cabines de viaturas ge na sequência de uma denúncia anónima, que dava a conhecer que o principal suspeito estava na posse de um veículo furtado”. Consequentemente, a GNR “promoveu diligências de avaliação da notícia, tendo-se conseguido recolher indícios de confirmação e que viriam a consubstanciar o pedido de mandados

de busca para a Oficina Auto, a fim de preservar os objectos de proveniência ilícita. Neste sentido e já na posse do respectivo mandado de busca, os militares cumpriram formalmente aquele acto, do qual resultou a apreensão de diversos veículos e artigos furtados por todo o país, que se supõe

estarem relacionados com aquela actividade”. E é bastante extensa a lista de veículos apreendidos pela GNR. No total, foram detectados 20 motores, 25 cabines de viaturas ligeiras e pesadas de mercadorias, uma viatura ligeira de passageiros, dois semi-reboques, três veículos pesados de mercadorias e 27 carro-

Vinte motores das marcas Mitsubishi, Toyota, Mercedes-Benz, Citroen; 25 cabines de viaturas ligeiras e pesadas de mercadorias, das marcas: Toyota, Nissan, Mitsubishi, e Volvo; uma viatura ligeira de passageiros de marca Ford, modelo Maverick; dois semi-reboques de matrícula espanhola, três veículos pesados de mercadorias; 27 carroçarias em madeira e metal, de veículos ligeiros de mercadorias; diversas peças desmanteladas, de entre as quais rodas/pneus, pára-choques, portas, capots, etc… ; ferramentas e equipamentos variados relacionadas com o desmantelamento das viaturas.] çarias de veículos ligeiros de mercadorias. Peças e ferramentas, juntam-se à lista de artigos. As suspeitas das autoridades recaem sobre os indivíduos que arrendaram o referido armazém. Em comunicado, a GNR revela que o principal suspeito, “encontra-se já referenciado”. As autoridades procuram um

homem de 67 anos de idade e que “possui antecedentes criminais relacionados com esta mesma actividade”. A investigação aponta para um caso que assume contornos de prática de actividades ilícitas relacionadas com furto, receptação, desmantelamento e viciação de veículos.


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Noventa carros clássicos em primeiro encontro m Mais de noventa automóveis clássicos, participaram no passado dia 4, no primeiro encontro nacional de carros clássicos, que teve lugar na vila da Batalha.

Carros de diversas marcas e modelos, alguns deles desconhecidos para muitos dos mirones que por ali andavam. Desde o Renault Fragate de 1954, um modelo que quase não chegou a Portugal, ao Ford Capri, passando pelos Minis, Fiat 600 (4 portas), Volkswagen Carocha, Simca Aronde, Ford Taunus, Opel Rekord e Peugeot 203 e 403. Faltaram alguns modelos, como por exemplo, o Fiat 127 e o Renault 4L. No final, Victor Moniz,

responsável pela organização, visivelmente satisfeito, declarava ao Jornal da Batalha que “este primeiro encontro correu bem”, pois “vieram muitas viaturas com famílias inteiras, o que resultou num convívio familiar”. Apesar de entender que o encontro teve algumas falhas, Vítor Moniz, explicou que “este foi o primeiro, e há sempre algumas coisas a correrem menos bem”, no entanto, acredita que “no próximo encontro vamos tentar corrigir o que correu pior neste encontro”. Os carros concentraramse nas imediações do Pavilhão Multiusos da Batalha, dando depois uma volta pela vila a caminho da Aldeia de Santo Antão, onde foi servido o almoço. Depois do almoço os clássicos deram um passeio pela região e, no regresso à Batalha, foram entregues prémios aos participantes que se destacaram. Armindo Vieira

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Batalha presente no festival de gastronomia

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Y Opinião

m Vários produtos do concelho da Batalha ligados à gastronomia marcaram presença no certame que apresenta o melhor que se faz na região. Restaurante Pérola do Fetal, Adega Cooperativa da Batalha, Frutas Madalena Santos e o Rancho Folclórico “Lavadeiras do Vale do Lena”, foram os representantes do concelho da Batalha no XIX Festival Regional de Gastronomia de Leiria, promovido pela Entidade Regional de Turismo de Leiria-Fátima (ERTLF) e a Câmara Municipal de Leiria, que decorreu de 26 de Agosto a 3 de Setembro. Na sessão inaugural, António Lucas, presidente do Município da Batalha e vogal da ERTLF, referiu que se tratava de “um evento importante, em que a gastronomia regional se apresenta em força” e esta seria “uma forma de cativar os turistas de modo a permanecerem

José Batista de Matos Consultor do Consulado Geral de Portugal em Paris

Viver e dar sentido à vida p Restaurante Pérola do Fetal foi um dos representantes do concelho mais tempo na região”. Falando à margem do festival, o autarca, depois de defender “a fusão deste pólo turístico com outros pólos, de forma a racionalizar custos, ganhar escala e aumentar o leque de oferta de produtos turísticos”, reconhecia que a ERTLF “atravessa uma situação de grande aperto financeiro, devido à drástica redução das transferências do Orçamento de Estado”, reduzidas a um terço desde há três anos, e “ao atraso das transferências das verbas referentes às candidaturas apresentadas a fundos co-

munitários”. Contudo, acrescenta que “estes atrasos nas transferências de verbas levam a uma asfixia completa das instituições, sobretudo das que têm uma situação financeira mais frágil”, como é o caso dos pólos de turismo, que, “a nível de transferências financeiras recebem hoje um terço do que recebiam há três anos”. O festival, que tinha como tema “às mil Maravilhas”, contou com a colaboração dos municípios de Batalha, Marinha Grande, Ourém, Pombal e Porto de Mós e

abordava o Concurso das 7 Maravilhas Gastronómicas, uma vez que nos 21 finalistas das Maravilhas, se encontrava o arroz de Marisco da Praia da Vieira, considerado como um forte candidato. Como nos anos anteriores, para além da participação dos vários restaurantes, estiveram presentes diversos stands com exposições e promoção/venda de produtos locais, especialmente: mel, licores, vinhos, bolos, fruta e outros. Armindo Vieira

Região “ganha” terceira maravilha O Arroz de Marisco da Praia da Vieira, assegurou para a região um trio de maravilhas, único no país: o Mosteiro da Batalha (património), Grutas de Mira de Aire (natural) e o recém-eleito Arroz de Marisco (gastronomia). Foi dia 10 de Setembro que o prato característico da região conseguiu a eleição como maravilha

gastronómica portuguesa. No top sete das maravilhas da gastronomia eleitas depois de contabilizados quase um milhão de votos, para além do prato característico do concelho da Marinha Grande, contam-se a Alheira de Mirandela, Queijo Serra da Estrela, Caldo verde, Sardinha Assada, Leitão da Bairrada e o Pastel de

Belém. O galardão de maravilha da gastronomia foi entregue na cerimónia oficial que decorreu na noite de dia 10 em Santarém. Na altura Álvaro Pereira, presidente da Câmara da Marinha Grande sublinhou que “mais uma vez as pessoas da Vieira conseguiram dobrar o cabo das Tormentas e conseguiram uma

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vitória importante para o concelho. Já António Lucas, presidente da ADAE - Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura, entidade promotora da candidatura a maravilha, lembrou que “na região temos muitas outras maravilhas”que, recordou, merecem a atenção dos visitantes.

Nestes tempos conturbados na ética, moral e honra, vêm-me muitas vezes ao espírito célebres palavras heivadas de oportunismo, hipocrisia e desonestidade, vividas na nossa própria vida. Estas palavras ditas muitos milhares de vezes, são o arcaboiço da sociedade actual dita democrática, que uns poucos, modelaram aos seus interesses de classe, na tal sociedade liberal da Europa capitalista e injusta. É por isso mesmo que a miséria social e cultural se alastra assustadoramente no nosso bom e belo país, que até há poucos anos se chamou Portugal. Entre ventos e marés, conseguiu ao longo de da sua fantástica história, resistir aos mais vis atentados à sua soberania, à sua história e língua de Camões, aos atentados à dignidade dos cidadãos portugueses e, em especial, aos trinta milhões com nome portugueses, hoje nos habitantes nos cinco continentes do globo terrestre, que são apelidados de emigrantes, portanto portugueses de 2ª ou 3ª classe – se existe classificação ou pelo menos explicação!... Deixar morrer a noção de “Estado-Nação” para se enveredar pela globalização de tudo, mesmo o Hino Nacional, a começar pela cultura, língua, história e civilização de Portugal, é horrível! É por isso mesmo que este alerta, responsável e urgente, é uma guerra declarada à ignorância e ao abandono, desejada pelas potências económicas e belicistas, hoje representadas pelos Estados Unidos da América e pela Alemanha de Angela Merkel, secundados pela França de Sarkozi, agora com medo, mesmo medo, do país de Mao Tsé-Tung, a China. Pobre povo que sempre passou fome e que a Igreja Católica portuguesa rezou pela sua conversão e que hoje compra dívida soberana de Portugal. Hipocrisia!!!


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Notícias do Combatentes da Batalha

Professores partilham utilização das TIC

O Centro de Competência entre Mar e Serra (CCEMS), da Batalha, levou a efeito mais um Encontro das TIC na Educação, este ano subordinado ao tema “Tecnologia com Prioridade à Aprendizagem”, contando com a presença de cerca de duas centenas de professores e educadores. O décimo segundo encontro, foi desenvolvido nos passados dias seis e sete, sendo que no primeiro dia houve uma sessão de debate, com a presença de

David Justino, da Universidade Nova e Pedro Veiga, da Fundação para a Computação Científica Nacional, durante a manhã e à tarde sessões temáticas com partilha de práticas. Já o segundo dia foi dedicado exclusivamente à implementação da componente presencial de acções de formação contínua de ápio à utilização educativa das TIC nos contextos de aprendizagem. António Rodrigues, Director do CCEMS, na ses-

são de abertura, explicou que este encontro aparece “como um desafio à reflexão sobre a necessidade da utilização das TIC deixar de se justificar por si”, como estratégia de inclusão digital ou mesmo por facilitar as metodologias de ensino, “propondo-se que a sua utilização seja equacionada em função dos reais benefícios para eficácia das aprendizagens dos alunos”. António Lucas, presidente do Município da Batalha, salientou o relacionamento

existente entre a autarquia e o CCEMS. Para Fernando Egídio Reis, director do DGIDC (Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular), o tema escolhido para este encontro “tem muito interesse, pois avança no sentido da utilização das novas tecnologias na aprendizagem”, no entanto, deixou um aviso “não basta ter os recursos à disposição, é preciso utilizá-los no dia a dia e bem”. Armindo Vieira

ONGD prepara missão à Guiné-Bissau A ONGD Santa Maria da Vitória, da Batalha, está a preparar uma nova missão humanitária e de defesa da língua portuguesa à GuinéBissau.

Segundo o presidente da ONGD, Amadeu Ceiça, esta missão humanitária, para além de levar roupas, livros, medicamentos e uma viatura de bombeiros, “levará

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também materiais e equipamentos para uma leprosaria lá existente e que se encontra em mau estado”. O dirigente apela a quem estiver interessado em doar

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alguns objectos “que não façam falta cá” para a missão, poderá fazê-lo junto da ONGD Santa Maria da Vitória.

Poucos anos após o fim da Guerra de 1914-1918, por todo o país começaram a ser construídos, em muitos cemitérios, Talhões destinados à última morada dos Combatentes que nos iam deixando e desde que, ainda em vida, manifestassem o desejo de ali serem sepultados. Aos Talhões seguiu-se a construção de Ossários, naturalmente com o objectivo de para aqui irem sendo transladadas a ossadas dos que há mais anos tinham falecido. Com o advento das guerras coloniais onde, como sabemos, durante os mais de13 anos da sua duração, tombaram cerca de onze mil portugueses, nos anos subsequentes foram-se construindo mais Talhões e Ossários. Na Batalha não se fugiu à regra e no cemitério da Vila existe também, há muitas décadas, um Talhão e um Ossário, tendo aquele já sido acrescentado. Recentemente, com o aumento da área do cemitério da Golpilheira, foi igualmente possível construir um Talhão para os Combatentes e reservar um espaço para a construção do Ossário. As obras do Talhão, constituído por oito covatos, foram concluídas Junho de 2006, tendo o mesmo sido benzido (felizmente ainda não foi “inaugurado”…) em 26 desse mês, em cerimónia que contou com as principais autoridades do nosso concelho, para além de gentes Golpilheirenses, com destaque para os seus Combatentes.

Por essa altura chegámos a informar, a quem nos questionou sobre isso, que tencionávamos arrancar com a construção do Ossário logo que os custos assumidos com o Talhão estivessem completamente saldados, o que ocorreu em finais de 2008. Todavia, como, nessa data, era já sentida a crise e não se perspectivando que a mesma fosse passageira, aconselhava a prudência que aguardássemos por melhores dias. Porém, quase três anos volvidos, a crise não só se agravou como ainda estará para durar, pelo que se tivermos de esperar pelo seu fim, tarde ou nunca construiremos o Ossário. Nesta conformidade, tomámos a resolução de reactivar o processo, convictos de que, apelando à generosa e solidária participação das populações, do nosso Concelho em Geral e da Golpilheira em particular, será possível concretizarmos o objectivo. No próximo jornal daremos mais pormenores do andamento do processo, talvez até já o custo da obra, tal como alvitraremos as formas como as pessoas, que o queiram e passam fazer, poderão prestar as suas ajudas. A propósito, lembramos os nossos sócios combatentes que pretendam ser sepultados nos Talhões dos Combatentes que continua a ser necessário manifestarem esse desejo, através da assinatura do respectivo livro existente no Núcleo. NB-LC

Adriano Manuel Solicitador

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Festa dos Caracóis aposta no mercado espanhol m Aproximam-se os tradicionais Festejos em honra de Nossa Senhora do Fetal, que têm lugar no Reguengo do Fetal, nos próximos dias 23 de Setembro, prolongando-se pelos dias 1 e 2 de Outubro. Estas festas são conhecidas pelas suas procissões nocturnas, tradicionalmente iluminadas com cascas de caracóis, onde é colocada uma torcida e são cheias de azeite, ao longo do per-

curso que vai da Igreja matriz à Capela de Nossa Senhora do Fetal. Todos os caminhos anexos e encostas são iluminados, conferindo ao percurso das procissões uma beleza extraordinária. A origem desta tradição remonta aos séculos passados, tendo nos últimos anos sofrido grande impulso. Deve-se ao facto, da população da freguesia de Reguengo do Fetal se dedicar à agricultura, produzindo maioritariamente vinho, cereais e azeite. Como se sabe, o azeite era, para além de outras utilidades, usado na ilumina-

ção doméstica, pelo que foi esse o combustível também utilizado na iluminação das ruas de passagem da imagem de Nossa Senhora do Fetal. Como as candeias seriam escassas, optou-se pela utilização de cascas de caracóis, que se enchiam de azeite e onde eram colocados pavios. De acordo com declarações de António Lucas, presidente da Câmara da Batalha e vogal da Entidade Regional e Turismo de Leiria-Fátima, publicadas no Jornal da Batalha de Junho passado, é intenção desta entidade promover o evento no país vizinho,

p As iluminações produzem vários efeitos pelo que deverão estar na nossa região, por ocasião daqueles festejos, jornalistas espanhóis, com vista à promoção dos festejos naquele país. Do programa, destacamse as procissões nocturnas de 23 de Setembro e de 1 de Outubro. A primeira tem lugar após o cortejo da Igreja Paroquial para o santuário, que se realiza pelas 20,30 horas, seguido de celebração da missa e procissão do santuário, com a imagem de Nossa Senho-

ra do Fetal, para a Igreja Paroquial, onde permanecerá cerca de uma semana. Depois destas cerimónias haverá arraial na Praça da Fonte com o grupo musical Jorge Miguel. No dia 1 de Outubro depois da celebração da missa na Igreja Paroquial, pelas 21,00 horas, realiza-se a procissão com a imagem de Nossa Senhora do Fetal para o santuário, havendo depois arraial na Praça da Fonte, com a actuação do Duo Musical Fronteira.

O dia 2 de Outubro, dia dos festejos propriamente dito, pelas 10,00 haverá recolha de ofertas e uma hora depois, terá lugar o cortejo da igreja paroquial para a cap0ela de Nossa Senhora do Fetal, onde será celebrada missa solene, Pelas 13,30 horas abrirá o arraial, com quermesse, venda de ofertas, serviço de restaurante e bar e concerto pela Filarmónica das Cortes, que abrilhanta os festejos e acompanha as procissões.


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Caso Contibatalha continua sem julgamento marcado

Grutas assinalam dia sem carros

m Sete meses depois

As Grutas da Moeda / Centro de Interpretação Científico – ambiental levam a efeito no próximo dia 25 de Setembro, domingo, aquele que será o 1.º Passeio Turístico de Bicicleta, que se realiza no âmbito do Dia Mundial sem Carros, celebrado anualmente a 22 de Setembro. “Deixe as “rodinhas” em casa e venha pedalar connosco” – foi o mote escolhido para a realização deste evento que consistirá num passeio de bicicleta, aberto a toda a população e com encontro marcado para as 9h00 no largo das Grutas da Moeda. O percurso será de fácil execução e far-se-á por entre a frescura e o verde da vegetação da serra envolvente, na freguesia de S. Mamede, concelho da Batalha, incluindo ainda uma passagem pela cidade

de conhecida a acusação, Tribunal ainda pondera sobre o número de arguidos que serão sujeitos a julgamento

Continua sem data marcada o arranque do julgamento do caso Contibatalha. Actualmente, o Tribunal de Porto de Mós ainda analisa a possibilidade de alargar o leque de arguidos no processo. O episódio mais recente em todo o processo passou pela a audição de uma testemunha no, dia 8 de Setembro. Contudo, esta testemunha foi ouvida ainda no âmbito da abertura de instrução, solicitada por várias empresas lesadas. Em Fevereiro, o Ministério Público acusou o conta-

bilista Rui Trovão, de 34 crimes de abuso de confiança, nas formas simples, agravada e continuada, quatro crimes de falsificação de documento, simples e agravado, e um crime de peculato na forma continuada. O ex-sócio gerente da empresa de contabilidade Contibatalha, foi o único acusado neste processo que aponta para suspeitas de uso indevido de verbas destinadas ao pa-

gamento de contribuições para a Segurança Social e fisco num montante superior a um milhão de euros. Sete meses depois, o caso continua sem data para chegar a julgamento, uma vez que ainda decorre a instrução do processo, pedida por várias empresas lesadas, com o intuito de conseguir levar a julgamento um funcionário da empresa, braço direito do contabilista já

acusado. O debate instrutório – fase em que Ministério Público e advogado das empresas esgrimem argumentos quanto à acusação do funcionário - ainda não decorreu. Só depois dessa fase deverá o Tribunal de Porto de Mós decidir quanto à pronúncia (acusação) do funcionário. Só então será, finalmente, conhecida a data para o arranque do julgamento.

de Fátima. O passeio, que se pretende descontraído, terminará já perto da hora de almoço no ponto onde começou, ou seja, no largo das Grutas da Moeda. A participação é gratuita e está aberta a pessoas de todas as idades, mediante uma inscrição prévia até ao dia 22 de Setembro. A organização conta com o apoio da Câmara Municipal da Batalha e prevê a oferta de vários brindes aos “turistas em quatro rodas”. Os organizadores pretendem, através desta actividade que alia o exercício físico ao convívio, alertar a população para a necessidade de se reduzir a emissão de gases poluentes para a atmosfera, a redução da poluição sonora gerada pelo excesso do uso do automóvel e, ainda, promover hábitos de vida saudável.

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Tecnologias vão ajudar idosos em 2012 m Um projecto que alia tecnologias com cuidados à população idosa poderá ser realidade já no próximo ano. Numa primeira fase serão apoiados dezena e meia de idosos

O ano de 2012 pode marcar o arranque de um novo sistema de apoio a vários idosos do concelho da Batalha. Dezena e meia de idosos do concelho deverão passar a contar com o auxílio das novas tecnologias para combater a solidão e assegurar uma rede de apoio em caso de emer-

gência. Na prática, o projecto assenta numa rede de comunicação “on-line” entre idosos que estão integrados nos serviços de apoio domiciliário, centros de dia ou lares do concelho. Contarão com equipamentos que vão permitir a comunicação “on-line” com recurso a vídeo e som, com a população sénior que ainda reside em casa, instituições particulares de solidariedade social, bombeiros, unidades de saúde e autarquias. O sistema compreende ainda o acompanhamento por vídeo-conferência e o funcionamento de uma linha de emergência que pode ser accionada caso o idoso necessite de auxílio. O programa é candidato a fundos comunitários, vai avançar em parceria com a

Câmara de Ourém e já recebeu “luz-verde” da Associação de Desenvolvimento

da Alta Estremadura. António Lucas, presidente da Câmara da Batalha estima

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Câmara assume posto de turismo

que esta rede piloto possa avançar no terreno durante o próximo ano, faltando ainda ultrapassar algumas etapas burocráticas e a fase de ensaios. “Este projecto inovador que pretende combater a solidão dos idosos e garantir uma rede de apoio e vai implicar ajustes e experiências no terreno”, explica. O autarca admite que, no futuro, a rede de apoio possa ser alargada. Com este sistema, cada utente deverá contar com um computador com ecrã táctil que facilita a utilização, sendo igualmente instalado material informático nas restantes instituições que compõem esta rede de apoio. No caso do concelho da Batalha, estima-se que o projecto implique um investimento na ordem dos 40 mil euros.

Os custos de funcionamento do Posto de Turismo da Batalha vão passar a ser suportados pela Câmara da Batalha. A medida surge na sequência das dificuldades de tesouraria que vêm sendo sentidas no Turismo de Leiria-Fátima. O Turismo tem sido confrontada com uma queda nas transferências por parte dos organismos da administração central, tendo já assumido dificuldade em assegurar a massa salarial para pagamento dos colaboradores. A autarquia deverá assim assumir os custos de funcionamento do posto de turismo que, no universo dos 11 que integram o Turismo de Leiria-Fátima, tem um menor custo quando contabilizada a relação custo total por turista que o visita.


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Festas da Batalha num minuto m A vila da Batalha e o concelho, reviveram, de 12 a 15 do passado mês de Agosto, as tradicionais Festas que se realizam naquele mês. Confira o essencial do que se passou

A Mostra de Actividades Económicas, onde algumas empresas do concelho apresentaram os seus produtos, teve honras de abertura das festas no dia 12, onde se contou também com a animação de rua pelo Grupo Terranova e a actuação da banda GNR, à noite. No dia 13, houve, durante a tarde, um Torneio de Xadrez e animação pelas ruas da vila do Grupo de Grupo de Bombos do Paço, Canas de Senhorim.

Antecedido pela recepção aos grupos participantes, na Sala de Sessões do Município, teve lugar à noite a XXVI Gala Internacional de Folclore da Batalha, organizada pelo Rancho Folclórico Rosas do Lena e com a participação de grupos nacionais e estrangeiros. Saliente-se o quadro etnográfico que antecedeu o serão, com os elementos do agrupamento da Rebolaria a representarem a vivência duma festa popular com lançamento de balão. Os festejos deste dia encerraram com a actuação da banda Virgem Suta. O dia 14, Feriado Municipal e Dia do Município, foi assinalado com as comemorações dos 626 anos da Batalha de Aljubarrota, com deposição de flores junto ao túmulo de D. João I, na Capela do fundador do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Ainda durante a tarde, o Auditório Municipal foi pal-

co de uma sessão solene evocativa do Dia do Município, com a apresentação de dois livros, “O portal de Santa Maria da Vitória da Batalha e a arte europeia do seu tempo: Circulação dos artistas e das formas na Europa gótica”, de Jean-Marie Guillouët, e “Uma vida de militância cívica e cultural”, de José Batista de Matos. Foi ainda apresentado um Passaporte Cultural editado pelo Município da Batalha, que contou com a presença do secretá-

rio de Estado da Administração Local e da Reforma Administrativa, Paulo Júlio. Na altura, o governante lembrou que “não podemos continuar a fazer investimentos descompensados da realidade”, deixando perceber ainda a importância da reforma da administração. De seguida procedeu-se à inauguração da zona desportiva da Batalha e teve lugar, no pavilhão Multiusos, o habitual Encontro de Emigrantes batalhenses.

A animação de rua teve a responsabilidade da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários da Batalha. Ao final da tarde iniciouse o Torneio de Futebol Inter-Freguesias “São Nuno de Santa Maria” e à noite, depois da actuação do Rancho Folclórico do Penedo, realizou-se um concerto com as bandas Anakim e Deolinda. As festas da Batalha encerraram no dia 15 de Agosto, tendo logo pela manhã assistido ao Grande Prémio

de Atletismo Mestre de Avis, que constou de provas de atletismo nos vários escalões e uma caminhada. Durante a tarde realizaram-se jogos tradicionais e actuou a Filarmónica das Cortes. À noite teve lugar a final do Torneio de Futebol Inter-Freguesias “São Nuno de Santa Maria”, a actuação do um grupo folclórico e um concerto com José Cid.

Estudo elogia empreendedorismo no concelho Um trabalho académico da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, intitulado Determinantes do empreendedorismo ao nível do poder político local em Portugal, apontou o município da Batalha como um dos mais empreendedores. Pelo cruzamento dos diversos indicadores analisados, o trabalho “Determinantes do empreendedorismo ao nível do poder político local em Portugal”, enfatiza que o empreendedorismo municipal é resultado de um processo complexo que envolve as características pessoais do Presidente de Câmara (factores como a experiência profissional, as qualificações e as suas características, bem como algumas características socioeconómicas da região envolvente. No caso em apreço, o Município da Batalha é citado como um dos municípios mais empreendedores do país, fazendo parte deste grupo concelhos como

Mirandela (Trás-os-Montes), Vila Real de Santo António (Algarve), Cascais (Grande Lisboa, Lisboa) e Vila da Praia da Vitória (Região Autónoma dos Açores). O trabalho efectuado, (em anexo) recorreu ao nível da metodologia científica aplicada ao recurso de inquéritos directos a um conjunto de individualidades/peritos nesta matéria, aos municípios portugueses e à recolha de dados secundários, designadamente junto da Marktest, Instituto Nacional de Estatística (INE) e o Centro de Investigação de Contabilidade e Fiscalidade (CICF) do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), faculta indicadores bastante positivos e que ajudam a compreender diverso de variáveis, entre elas a demográfica, o território, a educação, as finanças locais e a dinâmica empresarial e o poder de compra. No entender de António

Lucas, Presidente da Câmara Municipal da Batalha, o estudo em causa, face às distintas variáveis que analisa quanto ao empreendedorismo autárquico, leva em linha de conta as diversas iniciativas que o município da Batalha tem apresentado nesta área e destaca, a título de exemplo, a recente assinatura do protocolo com a Federação das Câmaras de Comércio e Indústria da América do Sul, que visa fomentar uma rede de contactos e oportunidades entre empresas sedeadas no Município da Batalha e entidades e empresários dos nove países da América do Sul. Para o autarca os municípios devem, ainda mais face à situação actual do mundo e do país, olhar para o empreendedorismo como uma prioridade e assumir essa aposta como uma das soluções para o desenvolvimento sustentável das regiões e da melhoria da qualidade de vida das suas populações.


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Cartório Notarial da Batalha Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas noventa e cinco a folhas noventa e seis, do Livro Cento e Setenta e Cinco – B, deste Cartório. António Ferreira dos Santos, NIF 105 233 250 e mulher Júlia Rino Soares, NIF 105 233 277, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia e concelho da Batalha, onde residem na Rua Santa Maria Madalena, nº 9, no lugar de Jardoeira, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores de cinco doze avos do prédio rústico, composto de vinha com oliveiras, com a área de quatro mil seiscentos e sessenta e sete metros quadrados, sito em Poço Coxo ou Golfeiros, freguesia e concelho da Batalha, descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o número cinco mil setecentos e doze/Batalha, sem registo de aquisição quanto ao referido direito, e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 9.534, com o valor patrimonial correspondente de € 33,00, para efeitos de IMT de € 964,70. Que adquiriram o referido direito no prédio, no ano de mil novecentos e oitenta e três, por compra verbal a Emília Cerejo Rino, viúva; a Suely Marcelo Magalhães e marido João Rino dos Santos; a Nilda Fernandes Rino e marido Manuel Cerejo Rino; a Álvaro Rino dos Santos e mulher Maria Glória Belli Rino; a Maria do Carmo Rino da Silveira e marido José Luís Machado da Silveira e a António Rino dos Santos e mulher Maria de Fátima Malta Rino, todos residentes no Brasil, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, possuem o identificado direito no prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o direito no prédio por usucapião. Batalha, doze de Agosto de dois mil e onze. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos Jornal da Batalha, ed. 254, de 16 de Setembro de 2011

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G carta ao director

Táxis na freguesia da Batalha… uma bandalheira! Foi aberto um concurso para a atribuição de uma licença do contingente da freguesia do Reguengo do Fetal que tinha sido cancelada pela Câmara Municipal da Batalha por não exercer actividade. Posteriormente, foi posta a concurso relâmpago, na minha opinião e dos colegas da freguesia (…) Parecenos que na Câmara da Batalha há várias interpretações do regulamento para os concursos (…)

Diz o Diário da República que as câmaras municipais devem informar as associações do sector e publicarem o concurso, na nossa opinião em dois jornais da área do concelho, pois lamentamos não o terem feito no Jornal da Batalha. (…) Questiono a Câmara da Batalha se informou as autoridades desta licença atribuída? Para os industriais de táxis da freguesia da Batalha, a licença em causa pertence à

freguesia do Reguengo do Fetal e ostenta os dísticos da Batalha, o que consideramos ilegal. Andamos a pedir à Câmara, há cerca de um ano, uma placa de estacionamento para viaturas de táxi junto ao mercado e à rodoviária, pois os utentes manifestam a necessidade de uma praça de táxis junto desses locais, ao que a Câmara Municipal da Batalha tem mostrado desprezo por este

pedido (…) Mas no local de Alcanadas, onde não há qualquer necessidade da existência da referida placa, esta foi lá colocada sem qualquer problema e o carro pertencente a este lugar raramente lá está. Este é um local que, ao abrigo do código da estrada, parece-nos não ter as condições mais adequadas. Abel Teixeira

Cartório Notarial da Batalha

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro

Cartório Notarial da Batalha

Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Rua Francisco Serra Frazão, lote B, 4º r/c dto 2480-337 Porto de Mós

Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e dezanove a folhas cento e vinte e um, do Livro Cento e Setenta e Quatro – B, deste Cartório. Maria Elisete Cerejo de Matos Tábuas Soares, NIF 171 285 743 e marido José Gordinho de Matos Soares, NIF 171 285 751, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ela da freguesia de Porto de Mós (S. Pedro), concelho de Porto de Mós, ele da freguesia e concelho da Batalha, onde residem na Rua dos Emigrantes, nº 11, no lugar de Fornaria, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios: A) Prédios sitos na freguesia e concelho da Batalha: Um – rústico, composto de terra de semeadura com oliveiras, com a área de setecentos e noventa metros quadrados, sito em Moinho de Vento, a confrontar de norte com Gracinda Monteiro Frazão, de sul com Francisco Rino e de nascente e poente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 5.103, com o valor patrimonial de € 6,66, para efeitos de IMT e atribuído de € 194,08. Dois – rústico, composto de terra de semeadura com oliveiras, com a área de novecentos e oitenta metros quadrados, sito em Casal das Carvalhas, a confrontar de norte com Francisco de Matos Soares, de sul com António Monteiro Cerejo, de nascente com Francisco da Costa Marcelino e de poente com Manuel Duarte Júnior, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 4.086, com o valor patrimonial de € 10,31, para efeitos de IMT e atribuído de € 299,74. B) Prédios sitos na freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha: Três – rústico, composto de vinha, com a área de mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, sito em Zambujeira, a confrontar de norte e de poente com caminho, de sul com António Tomé e de nascente com José da Silva Franco, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 1.405, com o valor patrimonial de € 31,17, para efeitos de IMT e atribuído de € 908,52. Quatro – rústico, composto de mato, com a área de mil novecentos e vinte metros quadrados, sito em Casal Comprido, a confrontar de norte com Joaquim Henrique Trindade, de sul com caminho, de nascente com Joaquim Frazão e de poente com José Santos, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 1.829, com o valor patrimonial de € 1,39, para efeitos de IMT e atribuído de € 39,79. Que adquiriram os prédios, no ano de mil novecentos e oitenta e três, por doação meramente verbal de João António da Conceição de Matos Tábuas e mulher Joaquina Rino Cerejo, pais da justificante mulher, residentes que foram no lugar de Alcanadas, Batalha, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para os registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição dos mesmos. Que em consequência daquela doação verbal, possuem os identificados prédios em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram os identificados prédios por usucapião. Batalha, vinte de Julho de dois mil e onze. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos Jornal da Batalha, ed. 254, de 16 de Setembro de 2011

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cinco a folhas seis verso, do Livro Cento e Setenta e Seis – B, deste Cartório. Custódio dos Anjos Gomes, NIF 121 819 531 e mulher Gracinda Carvalho da Conceição, NIF 121 819 540, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, onde residem na Rua Carlos Ribeiro, nº 7, no lugar de Lapa Furada, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de terra de cultura com oliveiras, pinhal e mato, com a área de quatro mil trezentos e sessenta e oito metros quadrados, sito no lugar de Moinho Velho, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Câmara Municipal, de sul e nascente com Marcelino Vieira Laranjeiro e de poente com caminho público, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 12.727, com o valor patrimonial de € 15,71, para efeitos de IMT e atribuído de € 458,46. Que adquiriram o referido prédio, no ano de mil novecentos e sessenta, por doação verbal de António Gomes e mulher Maria dos Anjos, pais do marido, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o prédio por usucapião. Batalha, seis de Setembro de dois mil e onze. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes Jornal da Batalha, ed. 254, de 16 de Setembro de 2011

Assine e Divulgue

Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e três de Agosto de dois mil e onze, exarada a folhas cento e seis do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Quarenta e Oito – A. a) Deolinda da Conceição Neto e cônjuge José de Oliveira dos Santos, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ela da freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, ele da freguesia de Atouguia, concelho da Ourém, residentes em Chainça, Leiria, Nifs: 232 296 316 e 196 489 288. b) Henrique da Conceição Pereira Neto e cônjuge Maria Madalena Covas, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, ela da freguesia de Vilarouco, concelho de S. João da Pesqueira, residentes em Chainça, Leiria, Nifs: 207 021 481 e 207 021 490, declararam: Que em comum, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, de dois sextos indivisos, do prédio rústico sito em Vages, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, composto de terra de cultura com oliveiras e árvores de fruto, vinha e pinhal, com a área de oito mil e quinhentos metros quadrados, a confrontar do norte com António Francisco Catarino, do sul com João da Silva Oliveira, do nascente com Limite do concelho de Leiria e do poente com caminho, inscrito na matriz sob o artigo 368, com o valor patrimonial correspondente à fracção de € 11,07. O imóvel está descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha na ficha mil trezentos e dezasseis. Que os direitos justificados se encontram registados a favor de Manuel da Conceição Neto e Catarina Alves Domingos pela inscrição apresentação cento e cinquenta e três de treze de Dezembro de dois mil e dez. Que o título que originou esta apresentação cento e cinquenta e três foi rectificado por escritura de hoje como é do meu conhecimento pessoal, rectificação que consistiu na redução dos direitos inscritos para apenas uma sexta parte. Que as referidas duas sextas partes indivisas vieram à posse dos ora justificantes por doação verbal de Manuel Joaquim Pereira Neto e esposa Rosária da Conceição, residentes que foram na Chainça, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e oitenta, já no indicado estado de casados. Não obstante não terem título formal de aquisição dos referidos direitos, foram eles que sempre os possuíram, em compropriedade, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram todas as utilidades por eles proporcionadas, cultivaram e colheram os frutos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendoo ostensivamente e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa-fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição dos referidos prédios, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro em Porto de Mós, vinte e três de Agosto de dois mil e onze. A Colaboradora com delegação de poderes, Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes Jornal da Batalha, ed. 254, de 16 de Setembro de 2011


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Batalha Economia

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Jornal da Batalha

Economia

Bonvida dispensa trabalhadores m Trabalhadores da Bonvida foram dispensados do trabalho, durante três semanas, através de comunicado

Uma delegação de cerca de meia centena de trabalhadores da Bonvida Porcelanas S.A., sedeada em Pinheiros, Batalha, deslocou-se, no passado dia 7, ao Ministério da Economia e do Emprego, com vista a defenderam os seus postos de trabalho. Em causa estão as dificuldades da empresa que, no passado dia 5, dispensou, através de comunicado, a partir do dia seguinte

e até e até ao próximo dia 26, os trabalhadores, alegando “interrupção no fornecimento de gás”. Os trabalhadores da Bonvida foram recebidos pelo adjunto do secretário de Estado da Economia e Desenvolvimento Regional e, no final do encontro, foi revelado que “foi positivo”, uma vez que “está aberto o caminho para a viabilização da empresa”, como referiu José Valentim, da União de Sindicatos do Distrito de Leiria, que acompanhou a comitiva. Ao que se apurou, deste encontro resultou a necessidade de agendar uma reunião com a administração da Bonvida e a Câmara Municipal da Batalha. Para além disso, serão

ainda encetados contactos com o IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas), no sentido de avaliar eventuais mecanismos de apoio. De acordo com o sindicalista, as entidades “demonstraram ter conhecimento da situação da empresa, manifestando empenhamento na procura de soluções para impedir o seu encerramento”, no entanto, acrescenta que o recurso da empresa à “dispensa” até ao dia 26 de Setembro, traduz uma forma de “despedimento encapotado”. TRABALHADORES À PORTA. No passado dia 6 cerca de 170 trabalhadores da empresa, concentraram-se à porta da unidade, em pro-

testo contra a possibilidade de extinção dos seus postos de trabalho. A interrupção do fornecimento de gás foi a justificação apresentada para justificar a dispensa de funcionários de mais de duas dezenas de secções, de que se destacam o desenho gráfico, serigrafia, preparação de pasta e vidro, olaria, cozedura decorado, portaria e limpeza. Na ocasião, os trabalhadores queixavam-se que para além da falta de gás, “há falta de matérias primas”, mas que a “empresa tem condições de fabrico – se houver as matérias primas – no entanto rejeitou uma encomenda de cerca de seiscentos mil euros, no passado dia 5”.

seja, € 12,13 por dependente) à colecta assim apurada. Importa salientar que para os trabalhadores dependentes e pensionistas (Categorias A e H), serão sujeitos a uma retenção na fonte à taxa de 50% que incidirá sobre o subsídio de Natal que, depois de efectuadas as retenções de IRS e Segurança Social, na parte que exceda o valor da retribuição mensal garantida (€ 485). Esta retenção será efectuada até 23 de Dezembro de 2011 a título de pagamento por conta da sobretaxa devida dado apurar-se-á o valor final na entrega da declaração de rendimentos existindo pagamento ou reembolso conforme os casos. Em forma de resumo, indico na prática a aplicação da sobretaxa em função das diversas categorias de rendimentos:

1) Categoria A: a. Dois sujeitos passivos sem filhos com rendimentos tributáveis de trabalho dependente, auferindo cada um salário mensal bruto de € 1.300. i. Valor do subsídio de Natal bruto: € 1.300 ii. Retenção na fonte a título da sobretaxa por sujeito passivo (1.300 – 12% x 1.300 (retenção na fonte) – 11% x 1.300 (Seg. Social) – RMMG - 485) x 50% = 258. iii. Resultado: 1.300 – 258 = € 1.042. b. Apuramento da Sobretaxa devido a final i. Rendimento anual bruto: € 1.300 x 2 sujeitos passivos x 14 meses = € 36.400. ii. Rendimento colectável para efeitos da sobretaxa: Rendimento colectável IRS (€ 28.192) – RMMG Anual (2 x € 6.790)] = € 14.612.

Na ocasião, José Valentim, revelou que, após a comunicação ter chegado aos trabalhadores, “foi-lhes dito que quem quisesse levantar a carta para o fundo de desemprego que o podia fazer até sexta-feira”. Uma representação dos trabalhadores, foi recebida no mesmo dia pelo presidente da Câmara Municipal da Batalha, António Lucas, que no final explicou temer que “a estatística do desemprego na Batalha dispare, caso se concretizem os despedimentos”, lembrando que “cerca de 50 por cento dos trabalhadores são do concelho”, mostrando-se bastante preocupado pelo facto de “atingir muita família” e isso “poder trazer graves problemas sociais”.

O autarca adiantou ainda que solicitou, por carta, uma reunião de urgência com o ministro da Economia para evitar fecho de uma empresa que “faria disparar no concelho o desemprego em 38 por cento”, disse à Lusa o autarca. A Bonvida Porcelana, possui cerca de 170 trabalhadores e labora no sector da cerâmica utilitária e decorativa

iii. Sobretaxa devida a final (agregado): € 511 [€ 14.612] x 3,5% = € 511 iv. Sobretaxa a pagar/receber (agregado): Reembolso de € 5 [€ 511 – (2 x € 258)] = - € 5.

= € 407 iv. Sobretaxa a pagar/receber (agregado): Pagamento de € 407 Concluindo, o Governo procurou nesta sobretaxa extraordinária criar uma medida universal e razoavelmente equitativa, apesar de não tributar rendimentos de capitais significativos, tributados a taxas liberatórias, como exemplos os juros e de dividendos, em resposta à crise da dívida soberana e de emergência nacional para o controlo do défice orçamental. Com isto, os cofres do Estado estimam que as receitas repartidas em 2011 e 2012 atinjam aproximadamente 1.025 milhões de euros.

Armindo Vieira

s Fiscalidade

Sobretaxa Extraordinária O actual Governo, representado pelo ministro do Estado e das Finanças, apresentou no passado mês de Julho, o imposto extraordinário (sobretaxa extraordinária) a ser aplicado aos rendimentos passivos de IRS residentes em território português. Esta sobretaxa extraordinária irá incidir sobre todos os tipos de rendimentos englobados em sede de IRS, cujos rendimentos resultem do trabalho dependente (Categoria A), empresariais e profissionais (Categoria B), de capitais desde que sejam englobados (Categoria E), prediais (Categoria F), por incrementos patrimoniais (Categoria G) e pensões (Categoria H), bem como rendimentos

sujeitos a taxas especiais como as mais-valias de partes sociais e outros valores mobiliários e instrumentos financeiros derivados. Não incidirá sobre os dividendos e rendimentos de aplicações financeiras (juros de depósitos a prazo ou resultantes de suprimentos, abonos ou aditamentos de capital efectuados pelos sócios às sociedades). Fixada num máximo de 3,5%, a sobretaxa incide sobre a parte do rendimento colectável que exceda o valor anual do salário mínimo (€ 485,00 x 14 meses = € 6.790), por sujeito passivo, sendo possível efectuar uma dedução por dependente (equivalente a 2.5% x Retribuição Mensal Mínima Garantida – RMMG, ou

2) Categoria B – Regime Simplificado: a. Dois sujeitos passivos casados, sem filhos com rendimentos empresariais e profissionais (Categoria B - Regime simplificado e não opção por regras da categoria A), auferindo cada sujeito passivo de um montante mensal de € 1.500. i. Rendimento Anual Bruto: € 36.000 ii. Rendimento colectável para efeitos de sobretaxa: € 11.620 [Rendimento colectável de IRS (€ 25.200) – RMMG Anual (2 x € 6.790)] = € 11.620 iii. Sobretaxa final (agregado): € 407 [€ 11.620] x 3,5%

António Cerejo Moreira Caseiro Técnico Oficial de Contas Mestrando em Fiscalidade Pós-Graduação e Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração


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Cultura Batalha

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Cultura

Mosteiro volta a receber jornadas do património

Mercado do século XIX

m É mais uma oportunidade para conhecer melhor o Mosteiro da Batalha. De 23 a 25 de Setembro, o monumento abre as portas para mais umas jornadas Sob o tema “Património e Paisagem Urbana” celebram-se, nos próximos dias 23, 24 e 25, as Jornadas Europeias do Património, coordenadas pelo IGESPAR, sendo o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, responsável na Batalha pela implementação de várias actividades. Assim, naqueles dias o Mosteiro da Batalha promove às 10,00 e às 15,00 horas (dia 24 só às 10,00 horas), visitas guiadas “com ênfase na importância que o Mosteiro teve para as mudanças efectuadas na vila da Batalha”.

p A ida ao cimo das Capelas Imperfeitas é uma das iniciativas previstas Nos mesmos dias, pelas 11,00 e 16,00 horas (no dia 25 só às 11,00 horas), “Passado & Presente - visualização de filme mostrando mudanças na vila da Batalha e pequena explicação”. “Olhar o passado” é uma actividade que terá lugar somente no dia 24, entre as 14,00 e as 16,00 horas e que consiste numa “subida às Capelas Imperfeitas

e visualização de fotos que mostrem o presente, com um ‘pé’ no passado”. Para participar nesta actividade é necessária inscrição e os participantes, cujos grupos não poderão ultrapassar 15 pessoas, terão que ter idade mínima obrigatória de 14 anos. Todas as actividades se destinam ao público em geral, no entanto para quais-

sLivros O portal de Santa Maria da Vi Vitória da Batalha e a arte eu europeia do seu tempo: Ci Circulação dos artistas e das fo formas na Europa gótica Je Jean-Marie Guillouët Trata-se da primeira obra da nova colecção “Portugalia Sacra”, da editora Textive verso. Com 252 páginas, este volud me conta com uma edição bilingue – Português e Francês -, e tem a autoria do historiador francês Professor Jean-Marie Guillouët. A obra foi apresentada no passado dia 14 de Agosto, pelo historiador e estudioso do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Professor Saul António Gomes, que acompanhou durante alguns anos o autor no seu trabalho sobre o Mosteiro da Batalha, durante a sessão solene comemorativa do Dia do Município da Batalha. Na ocasião, Saul António Gomes explicou que “este livro, pelo seu carácter inovador e pela profundidade de abordagem, vai fazer história nos domínios da História de Arte em Portugal”. Para além disso, o portal principal do Mosteiro “tem constituído um enigma no panorama monumental português do final da Idade Média”, uma vez que “nenhum exemplo anterior se diria ter preparado um conjunto estrutural de uma tal novidade, tanto iconográfica como estilística”. O autor compara o pórtico principal de Santa Maria da Vitória com outros portais de monumentos europeus.

É uma edição Textiverso.

Um Uma vida de militância cív cívica e cultural Jo José Batista de Matos Com apresentação no di 14 de Agosto, no âmdia bit da comemoração dos bito 62 anos da Batalha de Al626 jubarrota jub e do Dia do Município ni da Batalha, este pequ queno livro relata, embora esumidamente toda a vida v resumidamente, do emigrante batalhense em França, José Batista de Matos. A apresentação esteve a cargo do Professor Moisés do Espírito Santo, que também escreveu o prefácio, onde se pode ler que o autor é “filho de pai mineiro e de mãe agricultora, de Alcanadas, e com apenas a antiga 4ª classe, foi emigrante em França onde se reformou como chefe de obras na construção do Metro Regional de Paris”. Mas, Batista de Matos foi também um activista sindical e de defesa dos emigrantes em França, foi eleito municipal em Fontenay-sous-Bois, onde fez erguer um monumento ao 25 de Abril (o único instalado fora de Portugal), fundador e durante anos dirigente da Associação Portuguesa de Fontenay-sous-Bois. Para além disso, é o principal dinamizador dos encontros de emigrantes batalhenses em França, é colaborador do jornal da Batalha e de outros órgãos de imprensa regional e foi agraciado com diversas distinções oficiais.

Trata-se de uma edição do Município da Batalha.

quer informações ou inscrição, poderão os interessados contactar o monumento

através do telefone 244 765 497 ou email: mosteiro.batalha@igespar.pt.

No próximo dia 25, vai realizar-se na vila da Batalha, mais uma edição da reconstituição do Mercado do Século XIX. O evento, que tem lugar na Praça Mouzinho de Albuquerque, conta com a colaboração dos diversos Ranchos Folclóricos da região e pretende dar a conhecer o funcionamento de um mercado do século XIX, onde os populares se encontravam e confraternizavam. Assim sendo, a iniciativa irá recriar o ambiente popular, com animação diversificada, produtos alimentares tradicionais e as figuras habituais das feiras e mercados da época.


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Batalha Cultura

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Rosas do Lena na rota dos grandes festivais internacionais O Rancho Folclórico Rosas do Lena, efectuou, de 20 a 25 do passado mês de Agosto, a sua 30ª digressão ao estrangeiro, mais propriamente à Ucrânia. Esta viagem permitiu ao agrupamento da Rebolaria, Batalha, participar no festival internacional “Bola de Neve no Verão do Dniepre”, que se realizou na cidade industrial de Komsomolsk, na região de Poltava, no centro da Ucrânia. Neste festival, o Rosas do Lena “actuou na Casa da Cultura daquela cidade, que é a capital da siderurgia ucraniana e na fábrica do aço, num palco montado no rio Dniepre, rio com cerca de dois mil quilómetros”, desde a Bielorrússia

até ao Mar Negro, e que em Komsomolsk atinge as dimensões de um grande lago, “noutras cidades da região e em desfiles, a que assistiram milhares de pessoas, com o do Dia da Independência da Ucrânia, no dia 24 de Agosto”, como explica uma nota enviada à nossa redacção. O agrupamento nesta viagem, “mais uma vez prestigiou o nome de Portugal e da nossa região num país estrangeiro”, neste caso a um país que é o segundo maior da Europa, tendo “despertado imenso interesse e sendo alvo das maiores manifestações de carinho”, deixando ali “uma imagem prestigiosa do nosso país”, adianta o documento.

O grupo batalhense participou também numa cerimónia religiosa no templo ortodoxo da cidade. Na Ucrânia, tal como noutros países do Leste Europeu, o folclore é extremamente apreciado e atinge uma invulgar qualidade artística. Segundo a nota referida, o Rosas do Lena “logo depois de chegar da Ucrânia, tomou parte no FolkFaro/2011, o maior festival do Algarve”. Esta deslocação contou com o apoio da Câmara Municipal da Batalha, que fez acompanhar o vereador Carlos Henriques.


Jornal da Batalha

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Cultura Batalha

Academia Vanda Costa instala-se na Batalha A Academia Vanda Costa, que se dedica a administrar aulas de dança, em diversas modalidades, instalou-se no passado dia 10, no Casal da Amieira, Batalha. Criada há cerca de três anos, com vista a “desenvolver a formação de crianças, jovens e adultos na área da dança proporcionando bem-estar, saúde e beleza”, como explicou Vanda Costa, directora da Academia, em declarações ao Jornal da Batalha, acrescentando que “primamos por proporcionar um ambiente reconfortante e agradável, tanto na decoração do espaço como nos serviços que prestamos”. Refere ainda a responsável que como o mais importante “é o bem estar das

pessoas que procuram os nossos serviços”, aconselham-se os interessados “a experimentar as modalidades que lhes interessam e depois, sim, decidirem se pretendem ou não inscrever-se na academia”, uma vez que “todas as nossas modalidades podem ser experimentadas sem qualquer compromisso de inscrição”. A instituição opptou por estas instalações e pela localização actual “devido às boas condições do espaço físico, ao fácil acesso e porque tínhamos já alunos do concelho da Batalha”, para além de “querermos desenvolver mais a dança neste concelho”, adianta Vanda Costa. A Academia Vanda Costa

contava “até à abertura das novas instalações, com cerca de 90 alunos, de idades compreendidas entre os 3 e os 48 anos”, no entanto, actualmente o número de alunos “ascendeu aos, sensivelmente, 140 alunos, com idades compreendidas entre os 2 e os 61 anos de idade”. Apesar de ter iniciado somente com as modalidades de Ballet e Dança Moderna, actualmente desenvolve também as de Hip Hop, Danças Latinas e Pilates, contudo “esperamos apresentar outras modalidades em breve”, diz a responsável pela instituição, que se encontra instalada no edifício do Shopping Batalha. Armindo Vieira

p A abertura das instalações contou com algumas alunas

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Batalha Desporto

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Desporto

Pedro Paulinho vence etapa na Batalha m Os 172,4 quilómetros da segunda etapa da Volta a Portugal do Futuro terminaram na Batalha. Paulo Paulinho foi o vencedor.

O ciclista Pedro Paulinho, da Mortágua/Basi, foi o brilhante vencedor da segunda etapa da 19ª Volta a Portugal do Futuro Jogos Santa Casa, que terminou na vila da Batalha. Os ciclistas participantes nesta etapa, partiram de Águeda pelas 11,20 horas, tendo chegado à Batalha cerca das 16,00 horas depois de percorrerem 172,4 quilómetros, naquela que foi a etapa mais longa desta volta. Segundo uma nota enviada à nossa redacção, a etapa decorreu com algum calor e fugas “sempre controladas à distância pela equipa do líder, a corrida entrou no último quilómetro com tudo por decidir e foram os jovens da equipa de Mortágua, que melhor se posicionaram para atacar a recta da meta onde Pedro Paulinho e o com-

p O ciclista Pedro Paulinho e o presidente da Câmara da Batalha, António Lucas, no final da etapa panheiro António Carvalho entraram já com ligeira vantagem”. Pelo que relata o documento, na véspera a equipa Liberty Seguros/Sta. Maria da Feira, “conseguira as três primeiras posições”, sendo que “foi a forma-

ção Mortágua/Basi quem garantiu os dois primeiros lugares da etapa e viu Pedro Paulinho chegar ao quarto lugar da geral a 3 minutos 58 segundos do camisola amarela Jogos Santa Casa”, Joni Brandão da Liberty Seguros/Sta. Maria da Feira,

que chegou à Batalha “integrado no pelotão com o tempo do vencedor”, mantendo “o comando da prova” com quatro segundos de diferença para o segundo classificado, Domingos Gonçalves e seis para José Gonçalves.

Depois de Pedro Paulinho ter subido ao pódio, referiu que “foi uma vitória de muito trabalho. Sabíamos à partida que eu ou o Toni [António Carvalho] podíamos ganhar aqui na Batalha. A equipa trabalhou muito bem e dedi-

camos o triunfo ao Pedro Silva [director desportivo Mortágua/Basi]”. A 19ª Volta a Portugal do Futuro Jogos Santa Casa teve lugar de 7 a 11 de Setembro, com partida em Aveiro e fim em Alenquer.

Centenas de atletas no prémio Mestre de Avis Quase três centenas de atletas participaram na edição deste ano do Grande Prémio Mestre de Avis, que decorreu no passado dia 15 de Agosto na Batalha. Segundo uma nota que chegou à nossa redacção, verificou-se nesta edição um aumento significativo do número de participantes, alguns deles internacionais “como Mónica Rosa,

Hermano Ferreira, Catarina Carvalho, só para citar os vencedores dos escalões seniores e juniores”, fazendo com que “a prova passasse a ter uma dimensão nacional”. A edição de 2011 do grande prémio voltou a contar com as provas jovens, que obtiveram uma participação de mais de meia centena de atletas.

No final, Hermano Ferreira, do C.D. Conforlimpa, e Mónica Rosa, Individual, sagraram-se vencedores em Seniores Masculinos e Femininos, enquanto em Juniores Femininos e Masculinos, se destacaram Catarina Carvalho, da U.D.R. Zona Alta, e João Gonçalves, da A.D.R. Águas Belas. Nos escalões jovens des-

tacaram-se Ema Madureira (C.A. Óbidos) e Paulo Martinho (C. Benfica Abrantes), em Benjamins; Késsia Silva (A.C. Vermoil) e Sérgio Rodrigues (A.E. D. Dinis), em Infantis; Diana Cordeiro (A.C. Vermoil) e Tiago Vieira (Juv. Vidigalense), em Iniciados; e Susana Rosa (C. Benfica Abrantes) e Rafael Lopes (Individual), em Juvenis.

Já nos escalões de Veteranos, encontrámos como vencedores Carla Machado (U.D. Várzea) nos Femininos; e nos Masculinos, João Vaz do C.C.D. “O Alvitejo”, em M40; Alberto Almeida, do G.D. 3 Santos Populares, em M45; Amílcar Duarte, do Boavista do Pico, em M50; Silvestre Gomes, também do Boavista do Pico, em M55; e António

Miranda, do C.A.Óbidos, em M60. Na classificação colectiva geral do Grande Prémio Mestre de Avis, venceu o Boavista da Ilha do Pico (Açores) com 20 pontos, seguido do Grupo Desportivo 3 Santos Populares com 24, com a Equipa da DESMOR, Empresa Municipal de Rio Maior a ser a 3ª classificada com 53 pontos.


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Dra. Ana Carolina

Psicologia e Neuropsicologia

Dr.ª Ilidia

Psiquiatria

Dr. António Cabeço

Terapia da Fala

Dra. Andreia Salvador

O.R.L.

Dr. Elio Moura

Urologia

Dr. Crisóstomo

SERVIÇOS Avaliação psicológica para os condutores Enfermagem Fisioterapia ao Domicilio Dança para Bebés Preparação para o Parto Check-up dentário gratuito Avaliação da Tensão Arterial Electrocardiogramas Análises Clínicas Rastreio Auditivo

Especialidades - Medicina Dentária – Drª. Ana Freitas Restauração, próteses fixas e amovíveis, branqueamentos e implantes - Osteopatia – Dr. Carlos Martins Tratamento de hérnias, ombros, tendinites e correcção postural - Acunpuntura Médica - Dr. Francisco Fernandes Auricoloterapia, Tratamento de Dor e Estética - Psicoterapia e Hipnose Clínica – Dr. António Venâncio Auto-ajuda, depressões, baixa auto-estima. - Psicologia de crianças e adolescentes Problemas de hiperactividade, medos, crises familiares, dificuldades de aprendizagem. - Terapia da fala – Drª. Eva Pinto Problemas de dislexia, paralisia cerebral, gaguez, dificuldade em engolir e problemas de compreensão. - Aulas de preparação para o parto – Enfª. Carina Carvalho (Enfermeira especialista do Hospital de Leiria) Acordos AXA, BES Seguros, Medis, Advance Care, Multi-Care, Tranquilidade, SAMS, CGD e outros

Contactos para marcações e informações: 911 089 187 ou 964 108 979 Rua dos Bombeiros Voluntários, Loja D Batalha


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Batalha Cultura

Setembro 2011

Jornal da Batalha

Património

Património e a nossa obrigação de o preservar (1) Agradeço ao Rui Manuel de Sousa Pinheiro, um batalhense preocupado com os patrimónios construído e natural, a quem se devem acções e colaborações culturais relevantes, sobretudo na Rebolaria, a descoberta duma jazida de dinossáurios nas proximidades do Casal Novo e a entrada da Batalha nos roteiros paleontológicos, por me dar a conhecer a notável palestra proferida, suponho que em 1997, pelo Arquitecto Doutor Nuno Santos Pinheiro, subordinada ao tema “Património construído – marcos da história de um povo que não acaba em nós: como reconstruí-lo? Como conservá-lo?”. Toda repleta de interesse e a merecer transcrição completa, o que evidentemente não cabe nos propósitos e limites desta secção do “Jornal da Batalha”, vou retirar dela alguns pequenos pedaços que me vão ajudar a expor a minha humilde opinião sobre o nosso património e a sua preservação. Antes de mais, quero lembrar aos leitores que o principal dos nossos patrimónios, alicerce da nossa identidade, é a Língua Portuguesa, hoje desprezada pelos órgãos mais altos do Estado e vilipendiada por todos nós, invadida e a ser destruída pelos termos ingleses, mas não é a ela que me vou referir. Conta o Doutor Santos Pinheiro que estando em meados de 1996 na Escola Superior de Arquitectura de Madrid, na abertura do Primeiro Congresso sobre a História da Construção, lhe confidenciou o grande Arquitecto Chueca Goitia que um seu amigo inglês lhe disse um dia que a Península Ibérica era a detento-

ra do maior património do Mundo. Ante o espanto do interlocutor, o inglês explicou: o maior porque “na Península Ibérica estavam há 500 anos a tentar destruí-lo e ainda não o tinham conseguido fazer…”. Como refere o Doutor Santos Pinheiro, haveria exagero em relação à Espanha que “tem mantido um grande esforço no trabalho de recuperação e na própria consciencialização do cidadão perante o seu património, é um facto sensível, que o mesmo se não passa em Portugal onde os problemas que se põem ao nível destes bens são muito graves quer no que se refere à manutenção como ainda à sua recuperação. São bens que definem a História de um povo, bens que definem a cultura de uma nação, bens que estão a ser esquecidos de uma forma preocupante no nosso País”. Diversos casos na Batalha e no seu aro, sobretudo nos séculos XIX e XX, são exemplificativos da forma como se tem tratado o património no nosso País. Rica a região da Batalha em vestígios da ocupação humana desde os tempos mais recuados, entre outros, como os do paleolítico e do neolítico, possui um dos mais importantes da Península: Collippo, com relevância tanto para o estudo da presença romana como para o conhecimento do povo túrdulo que tudo indica ter sido o fundador, e habitante durante séculos, do ópido situado em S. Sebastião do Freixo. Abandonado, como parece, talvez pelo século V, após as invasões dos bárbaros, nos primeiros tempos da Nacionalidade as suas pedras vêm a ser utilizadas

p Igreja de Santa Maria-a-Velha, ainda completa, pelos anos 20 do século XX. em construções, nomeadamente no Castelo de Leiria e no de Porto de Mós e durante séculos são carreadas para outras públicas e particulares. No século XIX procedese ao levantamento de alguns dos seus mosaicos, como já descrevi em “À volta de Collippo” (I e II volumes de “Apontamentos para História da Batalha”) que acabam por levar descaminho, conservando-se apenas dois no Museu Arqueológico Professor José Leite de Vasconcelos” em Belém-Lisboa. É curioso saber como o do “hipocampo”, cuja réplica está exposta no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, chegou às mãos do Professor Leite de Vasconcelos: foi comprado por este notabilíssimo arqueólogo e etnógrafo num antiquário (!). No século XX, o abandono e a destruição da estação arqueológica não só se mantêm como se agravam, com excepção da inesquecível acção do então presidente da Comissão Regional de Turismo de Leiria/Rota do

Sol, Dr. Rui Acácio da Silva Luz que, com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, consegue que se realizem escavações no local, orientadas pelos professores conimbricenses Bairrão Oleiro e Jorge Alarcão, que propiciaram informações preciosas sobre a milenar povoação e deram azo a achados que mais uma vez se dispersaram, salvandose a imponente estátua do magistrado romano, a cabeça de Minerva e pouco mais, também expostos no museu batalhense. Após mais umas tentativas de investigação e da publicação dalguns estudos como os dos professores João Pedro Bernardes e José da Silva Ruivo, este sobre a numismática romana, e não obstante saber-se que ali ainda há bastante, sobretudo em profundidade, para investigar, Collippo voltou a cair no esquecimento. E em selvagem destruição. A propósito deste e doutros casos, volto a perguntar para que tem servido o departamento ministerial da Cultura, seja Ministério ou Secretaria de Estado, sem

intervenção, que se descortine, na defesa e rigorosa preservação dos nossos patrimónios a começar pela Língua Portuguesa e a acabar no histórico, arqueológico e etnográfico. No século XX, na Vila, é de bradar aos céus o arrasamento da Igreja de Santa Maria-a-Velha, primeiro a sua nave em 1931 e depois a sua capela-mor em meados dos anos 60. Ora este templo, que foi o primeiro da Batalha, mandado edificar por el-Rei D. João I para assistência religiosa aos obreiros do Mosteiro e para com certeza, serviço dos Dominicanos que entretanto se instalavam na povoação nascente, antes de poderem usufruir da sua igreja conventual, também entre 1512 e 1532 matriz da paróquia, teve uma função que se reveste de especial importância e de grande significado histórico: foi o panteão dos grandes mestres que dotaram o nosso País com um património arquitectónico hoje considerado e classificado como património da Humanidade. Comprovadamente

ali foram sepultados Huguet, Guilherme e Boytac (ou Boitaca), sendo provável a sepultura doutros e inclusivamente a de Afonso Domingues (cuja morte e sepultamento não estão documentados). Sobre o que resta deste templo, em Dezembro de 1962 ainda publiquei em “O Alcoa”, prestigioso jornal de Alcobaça onde criara com José Pereira Grosso e António do Rosário Matias uma secção dedicada ao concelho da Batalha, um artigo defendendo as suas preservação e recuperação. Não teve qualquer eco, aliás como as sugestões posteriores. Irremediável o mal que foi feito, continua a aguardar-se que o espaço que foi ocupado pelo velho templo, campo sagrado repleto de sepulturas, seja devidamente resguardado. Antes de qualquer outra obra, é urgente delimitá-lo e assinalá-lo com visível inscrição onde se diga o que foi e que ali estão, num sono eterno constantemente perturbado pelo nosso desrespeito, algumas das maiores figuras da arte em Portugal. Sobre Santa Maria-a-Velha, o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha tem uma expressiva exposição permanente, mostrando, entre as relíquias do templo, as inscrições tumulares de mestre Boytac e de sua mulher Isabel Henriques, filha de Mateus Fernandes, e sobre ela uma extraordinariamente bem elaborada e documentada obra da jovem historiadora Drª. Renata Vieira. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (105)


Jornal da Batalha

Setembro 2011

Necrologia /Publicidade Batalha

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Laura Costa Santos, de 85 anos, viúva de Joaquim Batista Franco, natural da freguesia de Batalha e residia em Alcanadas, Batalha. Faleceu no dia 1 de Agosto, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultada no cemitério de Batalha. Alexandrina de Jesus Grosso, 89 anos, viúva de António Bento dos Santos Valério, natural da freguesia de Batalha e residente em Golpilheira. Faleceu no dia 5 de Agosto, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultada no cemitério de Golpilheira. Maria Celeste Meneses Monteiro, 83 anos, viúva de Abílio do Rosário Franco, natural da freguesia de Batalha e residente em Alcanadas, Batalha. Faleceu no dia 10 de Agosto, no Lar Nossa Senhora do Fetal, Reguengo do Fetal e foi sepultada no cemitério de Batalha. Joaquim Hermínio Meneses Garrucho, de 61 anos, casado com Arminda Maria Carvalho Sereno Garrucho, natural da freguesia de Reguengo do Fetal e residia em Torre e em França. Faleceu no dia 10 de Agosto, em França e foi sepultado no cemitério de Torre.

António Vieira Bagagem

Jaime Marto de Sousa Ligeiro

74 anos N. 19 – 09 – 1936 | F. 19 – 08 – 2011 Rebolaria – Batalha

81 Anos N. 13.10.1929 | F. 18.08.2011 Natural de Rebolaria – Batalha Residente em: Batalha

Sua esposa, Maria Júlia Pereira Borges, filhos, António José e Carlos Manuel Pereira Borges Bagagem, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todo o apoio e conforto nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Por tudo e a todos, muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Foi sepultado cemitério de Batalha Agradecimento Seus Irmãos, Sobrinhos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, muito obrigado. Tratou Funerária Espírito Santo - Batalha

Maria Madalena Reis Batista Silva, 61 anos, casada com José Guerra da Silva, natural de Quinta do Sobrado, Batalha e residente em Golpilheira. Faleceu no dia 10 de Agosto, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultada no cemitério de Golpilheira. José Emílio Ferreira, de 85 anos, casado com Emília Gonçalves Castelhano, natural e residente em Reguengo do Fetal. Faleceu no dia 11 de Agosto, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultado no cemitério de Reguengo do Fetal. António Vieira Bagagem, de 74 anos, casado com Maria Júlia Pereira Borges, natural da freguesia de Batalha e residia em Rebolaria, Batalha. Faleceu no dia 19 de Agosto, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultado no cemitério de Batalha. Josefa dos Santos Lino, de 89 anos, viúva de Manuel Miguel de Oliveira, natural e residente em Torre, Reguengo do Fetal. Faleceu no dia 20 de Agosto, no Centro Hospitalar Nossa Senhora da Conceição, Brancas, Batalha e foi sepultada no cemitério de Torre. Adriano Gomes, de 92 anos, viúvo de Gracinda do Rosário Carreira, natural da freguesia de S. João Batista, Porto de Mós e residente em Casais de Além, Calvaria de Cima. Faleceu no dia 20 de Agosto, em Casais de Matos, Calvaria de Cima e foi sepultado no cemitério de Calvaria de Cima. Maria da Esperança Cândido Gomes, de 81 anos, viúva de António Gomes dos Santos, natural e residente em Reguengo do Fetal. Faleceu no dia 21 de Agosto, no Lar Nossa Senhora do Fetal, Reguengo do Fetal, e foi sepultada no cemitério de Reguengo do Fetal. Luísa de Jesus Carreira, de 87 anos, viúva de João Carvalho, natural da freguesia de S. João, Porto de Mós e residia em Casais de Além, Calvaria de Cima. Faleceu no dia 24 de Agosto, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultada no cemitério de Calvaria de Cima. Isaura de Jesus Gomes, de 97 anos, viúva de Manuel Carreira Sapateiro, natural da freguesia de S. João Batista, Porto de Mós e residia em Casais de Além, Calvaria de Cima. Faleceu no dia 28 de Agosto, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultada no cemitério de Calvaria de Cima. Lurdes de Sousa Carvalho, de 88 anos, casada com Diamantino Santos Gomes, natural e residente em Reguengo do Fetal. Faleceu no dia 2 de Setembro, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultada no cemitério de Reguengo do Fetal. Maria Amélia da Conceição Santos, de 81 anos, natural da freguesia de Batalha e residia em Jardoeira, Batalha. Faleceu no dia 6 de Setembro, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultada no cemitério de Batalha.

Joaquim Pereira da Silva

Lurdes de Sousa Carvalho

82 anos N. 13 – 12 – 1928 | F. 09 – 09 – 2011 Casal do Quinta – Batalha

88 anos N. 01 – 01 – 1923 | F. 02 – 09 – 2011 Reguengo do Fetal

Sua esposa, Maria Luísa Rosário Valério, filhos, Maria Teresa, Maria Alice e Joaquim Valério Silva, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todo o apoio e conforto nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Por tudo e a todos, muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Maria Amélia da Conceição Santos N. 26 – 01 – 1930 | F. 06 – 09 – 2011 Jardoeira – Batalha

Seus filhos, Alda, Maria Isabel, Maria José e João Pedro Ribeiro, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todo o pessoal do Lar Verde Pinho, Pocariça, pelo carinho e dedicação com que sempre trataram a sua familiar. A todos, muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

95 anos N. 09 – 12 – 1915 | F. 06 – 09 – 2011 Forneiros – Batalha

Seus filhos, Maria Júlia, Maria Idalina, João e Maria Alice Moreira ligeiro, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Por tudo e a todos, muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Serviço fúnebre completo Trasladações e Cremações

Júlia do Espírito Santo e Cunha, de 82 anos, casada com Joaquim de Jesus Oliveira, natural e residente em Reguengo do Fetal. Faleceu no dia 8 de Setembro, na residência e foi sepultada no cemitério de Reguengo do Fetal.

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Emília da Conceição Moreira

Visita a página

Emília da Conceição Moreira, de 95 anos, viúva de José de Jesus Ligeiro, natural da freguesia de Batalha e residia em Forneiros, Batalha. Faleceu no dia 6 de Setembro, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultada no cemitério de Batalha.

Joaquim Pereira da Silva, de 82 anos, casado com Maria Luísa do Rosário Valério, natural da freguesia de Batalha e residente em Casal do Quinta, Batalha. Faleceu no dia 9 de Setembro, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultado no cemitério de Batalha.

Seu marido: Diamantino dos Santos Gomes, filhos, Alfredo José e António Diamantino de Sousa Gomes, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todo o apoio e conforto nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Por tudo e a todos, muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Serviços de documentação ADSE, Segurança Social, Estrangeiro Funeral Social

do Jornal da Batalha

Micael Cantanhede 912 331 162 Paulo Pragosa 916 002 216 Marinha Grande | Batalha/São Jorge

Funerária Santos & Matias, Lda. Serviços Fúnebres www.funerariasantosematias.pt.vu Telefone 244 768 685/244 765 764/967 027 733

E-mail: fune_santosematias@sapo.pt

Estrada de Fátima, nº 10 B - 2440-100 Batalha



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