Jornal da Batalha - Outubro 2011

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PORTE PAGO

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O que pensam os pais sobre a escola dos seus filhos?

USF deixa de fora centro de saúde da Golpilheira

Misericórdia aguarda certificação de excelência

Associação de pais realizou mega-inquérito para descobrir a resposta

Nova unidade de saúde arrancou dia 30 de Setembro

Unidade de Cuidados Continuados à beira do reconhecimento mundial

| DIRECTOR: Carlos dos Santos Almeida | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXII nº 255 | Outubro de 2011 |

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Tribunal de Lisboa declara insolvência da fábrica Bonvida W págs. 4 e 5

Por que razão se apaixonaram os holandeses pela Batalha? São dois exemplos de quem deixa o coração da Europa e ruma à Batalha por questões de coração. Descobriram a Batalha e decidiram seguir a vontade de conseguir uma vida mais calma. Ype e Trijntsje Sijperda são um simpático casal de holandeses que se transferiu, de armas e bagagens, para Portugal, mais propriamente para zona da Batalha. Cees trabalhava no comércio internacional de flores. Dini trabalhava como esteticista e gestora num hospital. São holandeses e abriram um espaço hoteleiro junto à vila. Descubra o que os levou a apostar no concelho para viver.

QUIOSQUE DA BATALHA De José Manuel Matos Guerra

• Lotarias • Totoloto • Raspadinhas • Euromilhões Largo Mestre Mateus Fernandes APARTADO 24 Telf: 244 767 720 Fax: 244 767 228 2440-901 BATALHA

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“Eu não falo para adormecer, falo para despertar” Batista de Matos, ícone da imigração portuguesa em França, em entrevista, fala do seu percurso

W pág. 7 Colégio de São Mamede assaltado durante a noite Assaltantes partiram um vidro da porta da frente do colégio, arrombaram a porta da secretaria e partiram a parede onde se encontrava o cofre


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Opinião Espaço Público

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_ editorial

Baú da Memória

Um olhar para a Batalha vista de fora

Na despedida do Dr. Júlio Órfão Esta fotografia ficará para memória futura. Em Setembro de 2011 o próprio director do Mosteiro, Dr. Júlio Ribeiro Órfão, procede à recolocação da cabeça de um dos santos menores, talvez um papa canonizado pois aparenta ter tiara, do pórtico principal do monumento. Cabeça segura por um espigão de madeira, agora substituído por espigão de bronze, em vista da deterioração provocada pela fragilidade do suporte e pelos muitos anos, mais de cem desde o último restauro, acabou por cair (sem se partir) no lajedo uns metros abaixo. Com verdadeiro desvelo o director recolocou-a agora com material mais seguro e durável. Porém, todo o precioso e único entre nós, conjunto escultórico está a precisar de cuidados urgentes de conservação. Há mesmo o perigo de outros pedaços soltos das imagens se despenharem no patim. Na grua, cedida pela Câmara Municipal e acompanhado pelo funcionário municipal Carlos Jorge Almei-

da Vieira, o Dr. Júlio Órfão prepara-se para a complicada operação de restauro. Infelizmente não tornaremos a vê-lo no cumprimento destas delicadas missões, pois desde 1 de Outubro e ao fim de 19 anos de serviço meritório, se encontra na

situação de aposentado, o que me desgosta profundamente. O seu zelo, a sua preocupação constante com a situação do nosso património, que nos últimos tempos, talvez todo o primeiro decénio do século XXI, tem sido progressivamente

abandonado pelo Estado, a sua sensibilidade e a sua boa relação com a população, que é essencial no desempenho destas funções, irão fazer falta ao Monumento e a todos nós. Que continue, doutra forma e noutras actividades

como é a da Música Portuguesa Tradicional, de que é um exímio executante, a ser um empenhado defensor do tesouro patrimonial e artístico que nos resta.

te pelos responsáveis empresariais. A questão que eu coloco é a seguinte: será que vale a pena a luta dos trabalhadores pelo posto de trabalho, quando o empresário não quer devolvê-los? Porque razão o empresário falta às reuniões com entidades pú-

blicas, com vista a procurar uma solução? Enquanto isto se passa, os empresários continuam a fazer a sua vida normal, como se nada tivesse acontecido, enquanto os outros, neste caso os trabalhadores, se encontram a passar mal, pois não recebem desde Ju-

lho e o dinheiro para comer está a escassear. Não nos compete tomar posição sobre este assunto, mas que ele é grave, isso é! Deixamos a pergunta no ar, será que vale a pena?

José Travaços Santos

G Carta ao director

Será que vale a pena? Desde o princípio de Setembro que os trabalhadores da fábrica de porcelanas Bonvida, dos Pinheiros, estão sem trabalho, situação com que se depararam, após o regresso de férias. E são mais de cento e cinquenta as pessoas que se encontram numa situação

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Director Carlos dos Santos Almeida (C.P.nº 2830) Coordenador Armindo Vieira (C.P. nº 6771)

de desespero, pois os responsáveis pela empresa não dialogam com eles, o que não se compreende. Os trabalhadores continuam a fazer vigílias, à porta da fábrica ou junto da residência do proprietário, mas, na maioria das vezes, são provocados verbalmen-

Redactores e Colaboradores Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Carlos Ferreira, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)

Jornal da Batalha

Redacção e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

MS (Enviada por correio electrónico)

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário Região de Leiria Rua D. Carlos I, 2-4 - 2415-405 Leiria-Gare Apartado 102 - 2401-971 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

Esta edição publicamos um trabalho que dá conta da opção de vários cidadãos holandeses que escolheram o concelho da Batalha para darem continuidade a uma vida que vinha sendo preenchida no seu país natal. É, sobretudo, uma oportunidade para olharmos para aquilo que, de positivo, temos na nossa terra. Em tempos difíceis, rapidamente ganham terreno as opiniões e os sentimentos derrotistas. Não se trata de uma forma de fazer a apologia de um olhar acrítico, mas antes uma maneira de reflectirmos sobre os aspectos positivos que nos caracterizam. Importa que mantenhamos presentes as nossas vantagens, argumentos, aspectos que nos diferenciam dos demais. Nota ainda para a saída do director do Mosteiro da Batalha, Júlio Órfão que, por se ter aposentado, deixou o serviço onde estava há largos anos. Para trás deixa um monumento que é uma referência nacional. E certamente que para esse facto terá dado o seu contributo enquanto director. Por último, referência para a entrevista a Batista de Matos. É importante que, concordando ou não, tenhamos oportunidade de reflectir sobre alguém que olha para a realidade com espírito crítico. Inegavelmente, um olhar crítico é sempre positivo na medida em que nos permite parar para pensar sobre a nossa realidade.

Impressão: Grafedisport Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal ; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


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Actualidade Batalha

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Actualidade

Presidente da União das Misericórdias visitou o Centro Hospitalar das Brancas m Manuel Lemos esteve no Centro Hospitalar das Brancas e disse que aquela unidade sofreu do fundamentalismo do Estado. Mas também há boas notícias: a Unidade de Cuidados Continuados aguarda a mais alta certificação a nível mundial As Misericórdias terão de “esperar por melhores dias”, afirmou, Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portugueses (UMP) no passado dia 10, no final de “uma visita de cortesia” ao Centro Hospitalar Nossa Senhora da Conceição (CHNSC), nas Brancas, Batalha. Após uma visita rápida às instalações, Manuel Lemos, disse que “a palavra de ordem é aguentar” adiantando que este aguentar significa “esperar por melhores dias, uma vez que “devemos esperar em 2013 mais alguma abertura, porque é ano de eleições”. Antes, porém, afirmou que o CHNSC “sofreu aquilo a que costumamos chamar o fundamentalismo do Estado, que confundiu luxo com qualidade” ao fazer “exigências descabidas”, o que levou a unidades, como esta, “terem equipamentos de excelência, que poderiam ser mais bem aproveitados”. Depois de recordar que cada doente “custa nos hospitais do Estado entre 500 a 700 euros, podendo ir até mil euros”, no caso de “internamento de urgência”, o presidente da UMP, disse que a comparticipação “às unidades de cuidados continuados fica pelos 67 euros

p Manuel Lemos com Carlos Agostinho, provedor da Misericórdia da Batalha e o presidente da Câmara da Batalha, António Lucas para a média duração e 28 para a longa duração”. Contudo, adiantou, “nós já nem pedimos aumentos, mas sim que o Governo pague a tempo e horas o que está protocolado”, pois temos conhecimento que devido aos atrasos “já há Misericórdias que não puderam pagar ordenados”. Manuel Lemos explicou ainda que é do conhecimento público que não há dinheiro mas “esse argumento não pode ser usado, pois tem de haver opções”, ou se “encontra financiamento para o internamento nestas unidades, mais barato para o Estado”, ou então “deixam-se os doentes em casa, que regressarão aos serviços de urgência, com preços muito mais avultados”. Por sua vez Carlos Agostinho Monteiro, provedor da Misericórdia da Batalha, nas declarações que antecederam o visitante,

referiu que estava ali “uma unidade de topo, sustentável e com capacidade de crescer”, com o processo de acreditação que está a decorrer pela JCI (Joint Commission Internacional, ver texto ao lado), “mas não temos luz verde para os projectos que queremos desenvolver”. Depois de lembrar que o CHNSC tem espaço para acolher mais doentes de média duração “mas teve de reduzir camas por imposição legal”, podendo até, se isso não acontecesse, “ser um parceiro de qualidade na resposta de cuidados de saúde para os cerca de 40 mil utentes dos concelhos de Batalha e Porto de Mós”, no entanto, “o Ministério da Saúde não dá resposta aos pedidos de contratualização feitos há anos”. Para além disso, “poderíamos oferecer ajuda no serviço domiciliário de enfermagem, fisiotera-

pia e medicina, mas não se consegue a integração nos serviços do Estado”. São estas algumas das limitações com que a unidade luta, para “poder fazer face a compromissos financeiros”, pois “alguns serviços de saúde estão com atrasos no pagamento de cerca de sete meses”, contudo, o provedor está confiante ao referir que “o projecto é sustentável e contribui muito para a dinâmica de emprego local”, pois conta com 70 funcionários e 35 colaboradores externos, mas “está a tornar-se difícil com os cus-

tos a aumentar e os apoios a diminuir”. António Lucas, presidente da Câmara Municipal da Batalha, salientou a entrada em funcionamento da Unidade se Saúde Familiar como sendo “um passo positivo” para os cuidados de saúde primários do concelho, lamentando que não se “aproveitem as mais-valias que esta unidade poderia oferecer para um serviço mais eficaz e de qualidade à população”.

Armindo Vieira

s Manuel Lemos Esse argumento [falta de dinheiro] não pode ser usado, pois tem de haver opções, ou se encontra financiamento para o internamento nestas unidades, mais barato para o Estado, ou então deixam-se os doentes em casa, que regressarão aos serviços de urgência, com preços muito mais avultados.

Cuidados continuados à beira da excelência A Unidade de Cuidados Continuados da Batalha está a um passo de atingir o patamar da excelência no que se refere à qualidade dos cuidados de saúde aí prestados. A semana passada, vários especialistas da Joint Comission International estiveram na Unidade de Cuidados Continuados do Centro Hospitalar Nº Sra. da Conceição, em Brancas, Batalha, no âmbito dos trabalhos de auditoria visando a certificação daquela unidade, e respectivos serviços complementares. Assim, para além dos cuidados continuados, os especialistas norte-americanos analisaram igualmente, entre outros, o serviço de alimentação, medicamentos e de meios complementares de diagnóstico. A Joint Comission International, sediada nos Estados Unidos da América, é a principal entidade certificadora de cuidados de saúde em todo o mundo e o processo de certificação que envolve a unidade hospitalar da Misericórdia da Batalha decorre em paralelo com outras três unidades do país. A concretizar-se a certificação, a UCC da Batalha será uma das quatro primeiras no país a obter esta distinção da principal entidade certificadora de cuidados de saúde no mundo. De acordo com Carlos Agostinho, dentro de poucas semanas será conhecido o resultado final do processo de auditoria que, a concretizar-se com êxito, colocará a unidade da Batalha, no topo nacional em termos de certificação de qualidade. CSA


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Batalha Actualidade

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Holandeses “apaixonados” pela m São dois exemplos de quem deixa o coração da Europa e ruma à Batalha por questões de coração. Descobriram a Batalha e decidiram seguir a vontade de conseguir uma vida mais calma.

Ype e Trijntsje Sijperda são um simpático casal de holandeses que se transferiu, de armas e bagagens, para Portugal, mais propriamente para zona da Batalha. Tudo começou em 1999, quando o Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria, Batalha, foi à Holanda e dois dos seus elementos ficaram “hospedados” na residência deste simpático casal de comerciantes. Não conheciam o nosso país, mas já tinham ouvido falar e, com a presença ali do grupo batalhense, ficaram interessados em visitar, o que aconteceu no ano de 2001. Em declarações ao Jornal da Batalha, Ype e Tina (como faz questão de dizer) explicaram que se “apaixonaram” pelo nosso país, ao ponto de adquirirem, em 2002, uma moradia em construção, na urbanização das Boiças, perto da Rebolaria com vista para a vila e para o Mosteiro. Concluída em 2004, foi nela que se instalaram definitivamente. “Gostámos de Portugal a primeira vez que visitámos, porque tem mar, que

p Ype e Tina integraram-se facilmente na comunidade local também temos na Holanda, e tem montanha que nos agrada bastante e por onde passeamos muitas vezes”, confessa Ype, logo confirmado pelas palavras de Tina que acrescenta, para além de todos os anos “visitarmos outros países da Europa, passamos a maior parte do tempo em Portugal”. Sentados na varanda da sua moradia das Boiças, com o Mosteiro e a vila da Batalha em fundo e beneficiando do sol outonal, adiantam que “normalmente, estamos na Batalha nove meses do ano e os restan-

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tes três, passamos com a família que deixámos na Holanda e visitamos pelo menos, um outro país”, explica Ype, logo corroborado por Tina que adianta “temos duas filhas e dois netos na Holanda, para além de outros familiares”. Na Holanda onde exerciam a actividade comercial - possuíam um estabelecimento de comércio misto -, em que “comercializávamos tudo menos roupas”, referem, adiantando que “vendemos tudo o que lá tínhamos e viemos para Portugal”. Na Rebolaria, a integração

na comunidade não foi difícil, pois “temos cá alguns amigos”, dizem e “colaboramos e ajudamos o Rancho Folclórico Rosas do Lena”. Tina chega mesmo a trajarse e a participar nas saídas do grupo, como elemento da cantata. Para além deste, integra também o Grupo Coral do Hospital de Santo André, de Leiria. Já Ype tem colaborado nas festas do agrupamento da Rebolaria, especialmente nas tendas de venda de pão com chouriço. DA CONFUSÃO PARA A HOTELARIA. Cees traba-

lhava no comércio internacional de flores. Dini trabalhava como esteticista e gestora num hospital. São holandeses. Há alguns anos, perceberam “que a vida poderia ser diferente. Longe da vida agitada na Holanda, queríamos ir para um local onde a vida é agradável, com um clima mais soalheiro”, contam. Rapidamente se tornou claro que “deveríamos ir para Portugal. Contudo, abrir um espaço de Bed&Breakfast [espaço hoteleiro] não estava nos nossos planos”. A ideia surgiu quando vi-

ram na internet um espaço com essas características à venda nas imediações de Caldas da Rainha. Era um espaço agradável, mas longe de tudo. “Um estudo apurado permitiu-nos perceber que na zona de Marinha Grande e Batalha havia falta de espaços dedicados à hotelaria.”, recordam. Além do mais, “já tínhamos visitado a Batalha e ficámos impressionados com o Mosteiro pelo que a escolha foi rápida: Batalha”. Em 2007 entraram em contacto com um construtor e avançou a construção do imóvel que abriu portas em Julho de

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Batalha

s Opinião

Pistas para a resolução da agricultura no vale do Lena

p Casa Ceedina apaosta nos hóspedes europeus 2010. Chama-se Casa Ceedina Bed and Breakfast & Beauty . Cees e Dini referem que o processo de arranque do negócio não foi complicado: “Tivemos a sorte de termos encontrado as pessoas certas que nos ajudaram. Tanto os técnicos como a autarquia local, colaboraram de forma positiva, o que fez “com que nos sentíssemos sempre bem-vindos”, explicam. A crise económica que aflige o país é mesmo o aspecto mais negativo que encontram por cá. “Temos de

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ser positivos e olhar para o futuro”, referem. Já o lado bom do país, passa em boa parte pela Batalha. “É importante que a Batalha continue a apostar no turismo, nomeadamente no sentido de permitir que os visitantes fiquem mais tempo por cá. Além do mais, a Batalha tem imenso potencial”, acrescentam. “A vila é simpática, com bons espaços verdes, restaurantes e lojas. A paisagem é bem cuidada e as pessoas são educadas e simpáticas”. A proximidade de Fátima, Coimbra, Alcobaça, e

Tomar, o Mosteiro da Batalha, o CIBA, o Parque Natural e a Pia do Urso, são exemplos dos atractivos que satisfazem os hóspedes. Que são sobretudo provenientes do estrangeiro: Bélgica, Holanda, França, Alemanha e Suíça. “Na última primavera até recebemos hóspedes da América”, lembram. Mas também já alguns portugueses passaram pelo espaço situado na Batalha. “O nosso objectivo é que os hóspedes sintam que podem desfrutar do Portugal puro, tradicional, algo que

ainda é possível fazer nesta zona, temos um bom feedback dos hóspedes que têm ficado bastante satisfeitos”, concluem. A Casa Ceedina pode ser visitada na internet em www.bedandbreakfastcasaceedina.com . Será a oportunidade de conferir como é que uma dupla holandesa olhou para a Batalha e dela fez uma oportunidade de negócio e uma vida alternativa à “confusão” do centro da Europa. Carlos S. Almeida e Armindo Vieira

A Caixa de Crédito Agrícola da Batalha foi fundada para apoio aos agricultores do concelho e o seu desenvolvimento e expansão a estes muito se deve, pelo aforro e também os depósitos dos mais abastados. Assim, a quem mais compete ajudar os agricultores do concelho, senão à Caixa? A seguir, passo a dar pistas para o aproveitamento das terras, a maioria das quais estão já em pousio ou plantadas de árvores, que em nada servem a própria rentabilidade e função do vale, dadas as suas particulares qualidades, quer no que respeita ao solo, quer no que respeita à água: Fazer um levantamento de todos os proprietários do vale. Inventariar o que lá está implantado, quer de culturas, quer de instalações. Reunir com todos os proprietários para indagar quais as suas disponibilidades para que seja criada uma associação de todos os donos dos terrenos, para que os mesmos sejam agrupados no sentido de se fazer uma agricultura em conjunto. A Caixa de Crédito ficaria a liderar o processo, quer no que respeita à implantação agrícola, financiamento, apoio do Ministério da Agricultura, quer no que respeita à garantia de propriedade dos actuais proprietários, quer na escolha das culturas que os serviços técnicos do Ministério acharem mais apropriadas. A titulo de exemplo, veja-se o que foi o plano de rega do vale do Lis, pense-se que no ano passado foram importados cerca de 4.000 camiões de maçã e veja-se o que o Vale do Lena poderia produzir só... em maçãs de Alcobaça. Veja-se, por fim, se é melhor deixar ao abandono, a criar silvas ou a plantar carvalhos, um vale que tem um bem essencial que é ter ao longo do ano água do rio Lena. Quantas terras haverá com tão boa qualidade como a nossa? Olhe-se para o futuro, a crise veio para ficar, e quem se deixar tomar pelo desânimo, aos descendentes, um pesado encargo lhes deixará. O tempo do passado, em que os da minha geração diziam querer deixar um bocadinho de terra para o seu filho fazer a sua casinha, já passou. Olhem para o que custa a todos nós termos uma casinha no terreno que era dos nossos pais. A ligação da rede da electricidade, da rede de esgotos, da rede de águas e o caminho. Quanto isso nos custa? As contribuições que o Estado nos suga já não bastam e que obriga, qual pedinte de mão estendida, a suplicar e a entregar a nossa soberania que ao longo dos séculos tanto custou a ganhar. Pensem bem... é o futuro dos nossos filhos que está em causa. António P. Grosso

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papa stress

Jornal da Batalha

Município da Batalha Câmara Municipal

g i n á s i o

Subsídios Ano de 2011 – 1.º Semestre De acordo com o nº. 1, conjugado com o artº. 2º. da Lei nº. 26/94, dou conhecimento que o Município da Batalha atribuiu, durante o primeiro semestre de 2011, os seguintes subsídios: Entidade Valor (Euros) Associação Humanitária Bombeiros Voluntários da Batalha (Comparticipação Protocolo Utilização do Pavilhão) ........................................... 2.437,50 (Comparticipação Conforme Plano Plurianual de Investimento)...................... 45.000,00 (Comparticipação Prova de BTT) ......................................................................... 2.800,00 BAC – Batalha Andebol Clube (Comparticipação Actividades Desportivas) ...................................................... 38.900,00 UDB – União Desportiva Batalhense (Comparticipação Actividades Desportivas) ....................................................... 17.250,00 (Comparticipação Despesas Campo de Futebol) ................................................1.500,00 (Comparticipação Abertura do Complexo de Ténis) ........................................... 2.000,00 (Comparticipação Torneio de Ténis)......................................................................1.500,00 (Comparticipação I Torneio Páscoa/Futebol 7) ....................................................1.324,00 Nota: “Mais se informa que estes são apenas os subsídios que ultrapassam o limite obrigatório”

CANCELAS | BATALHA www.papastress.pt

Paços do Concelho da Batalha, 14 de Setembro de 2011 O Presidente da Câmara, António José Martins de Sousa Lucas Jornal da Batalha, ed. 255, 18 de Outubro de 2011


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Colégio de São Mamede assaltado

Foto: Joaquim Dâmaso

O Colégio de São Mamede, no concelho da Batalha, foi assaltado durante a noite de 11 para 12 de Outubro, pelo sistema de arrombamento. Segundo uma fonte do estabelecimento de ensino, os assaltantes “partiram um vidro da porta da frente do Colégio, arrombaram a porta da secretaria e partiram a parede onde se encontrava o cofre que arrombaram e de onde furtaram dinheiro”, não quantificando a quantia. Contudo, em declarações a uma televisão, Manuel António Madama, director pedagógico do Colégio de São Mamede, adiantou terem levado “entre cinco e sete mil euros”. A mesma fonte sublinhou desconhecer o número de assaltantes e por onde terão entrado, uma vez que “a rede das traseiras se encontra aberta e o motor do portão principal foi danificado”. A GNR do Posto da Batalha tomou conta da ocorrência.

Caracóis iluminam Reguengo Nossa Senhora apareceu a uma pastorinha, em Reguengo do Fetal, no século XV, reza a lenda. A fé da população local fez o resto. Milhares de caracóis enfeitam as ruas numa festa religiosa única. A tradição reacendeu-se dias 23 de Setembro e 1 de Outubro. A população voltou a mobilizar-se para construir um espectáculo único que atraiu milhares de pessoas.

Batalhenses de 1968 em encontro Os naturais do concelho da Batalha nascidos no ano de 1968, levam a efeito no próximo dia 5 de Novembro, a partir das 19,30 horas, no Restaurante D. Abade, a terceira edição do jantar/convívio da “Geração de Batalhenses nascidos em 1968”. Os interessados em participar deverão contactar Valdemar Varino, através do telemóvel 966 802 660 ou do email: valdemar.varino@lubrigaz.pt.


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Passeio de bicicleta junta 400 quilos de vidro m A Valorlis, sedeada em Leiria, lançou um desafio à população dos vários concelhos da sua jurisdição, para participarem num passeio de bicicleta, que teve lugar no passado dia 25 de Setembro

Na resposta ao desafio, 185 pessoas, com idades compreendidas entre os 4 aos 67 anos, participaram naquele que foi o 1º Passeio de Bicicletas da Valorlis, dedicado ao vidro e à reciclagem e que tinha por objectivo “sensibilizar para a deposição de embalagens de vidro no ecoponto”, pois encontrava-se inserido na campanha “Os Amigos do Vidrão”, como explica uma nota enviada à nossa redacção. O passeio iniciou-se junto às instalações da Valorlis,

p A adesão dos ciclistas foi grande “teve como destino a Marinha Grande, cidade do vidro, contando com dois percursos, um mais curto de apenas 10 quilómetros, onde os participantes regressaram de autocarro para a Valorlis e um percurso mais longo de 30 quilómetros”, como refere o ci-

tado documento. Na Valorlis, onde se situava o ponto de chegada, “houve animação para as crianças e um lanche convívio para todos os participantes”, lê-se na nota, que adianta como “forma de integrar na iniciativa o conceito do vidro e da

reciclagem” a presença de um artesão vidreiro. O administrador-delegado da Valorlis, Miguel Aranda da Silva, citado no documento enviado, refere que este passeio se inseria “na política de proximidade que a Valorlis mantém desde sempre, em que con-

Jornal da Batalha Jantar de beneficência

seguimos juntar num domingo de manhã famílias inteiras numa actividade diferente, mas com o nosso objectivo de sempre, alertar para a importância da reciclagem”. De acordo com o responsável “o sucesso da iniciativa, um passeio de bicicleta divertido em que o mote é a reciclagem, e os vários pedidos dos participantes no final, levam-nos já a pensar no próximo passeio”. Note-se que as inscrições “tiveram o valor simbólico de três embalagens de vidro, que cada participante depositou no ecoponto colocado na partida”, sendo que “numa manhã foi possível juntar perto de 400 quilogramas de vidro, numa média de 2 quilogramas de vidro por participante”. O 1º Passeio de Bicicleta da Valorlis teve a organização do Palco da Aventura, contando com o apoio da Câmara Municipal da Marinha Grande e com a colaboração da fábrica Santos Barosa.

A OASIS – Organização de Apoio e Solidariedade para a Integração Social, vai levar a efeito, no próximo dia 25 de Novembro, um jantar de beneficência, com vista à angariação de fundos. Neste jantar, que terá lugar pelas 20,00 horas, na Quinta das Palmeiras, Pousos, Leiria, contará com a presença de alguns fadistas para animação, pelo que a OASIS convida todos os que queiram participar. As inscrições deverão fazer-se até ao dia 21 de Novembro, para os contactos 244 814 173/912 333 386. A OASIS é uma Instituição de solidariedade, sem fins lucrativos, que apoia pessoas com deficiência e doença mental, com faixas etárias entre os 18 e os 60 anos. Alguns clientes da Instituição são naturais e residem no Concelho da Batalha.

Batalha mantém IMI e Derrama

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As taxas do IMI e da Derrama para o próximo ano no concelho da Batalha, foram aprovadas, por unanimidade, na última sessão da Assembleia Municipal, que teve lugar na passada sextafeira, dia 23. Assim, as taxas do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) para o ano de 2012, mantêm-se iguais às executadas no corrente ano, ou seja, 0,7 por cento para os prédios não avaliados e 0,35 por cento para os prédios avaliados no termos do Código do IMI. Já a Derrama, uma taxa aplicada sobre a tributação dos rendimentos (IRC) do ano de 2011 a cobrar em 2012, irá manter as mesmas taxas aplicadas no ano de 2011, ou seja, 1,2 por cento sobre o lucro tributável e 0,95 por cento para as microempresas. De acordo com o pre-

sidente da Câmara Municipal, António Lucas, esta taxa “constitui uma importante receita municipal que contribui significativamente para a autonomia financeira do orçamento camarário” que assegurará, no próximo ano, a realização de “avultados investimentos em obras postas a concurso nos domínios de saneamento básico, educação, reabilitação urbana e abastecimento público de água”. No período Antes da Ordem do Dia, a bancada do CDS na AM entregou à mesa um comunicado, manifestando apoio e solidariedade aos trabalhadores da Bonvida. Depois de alguma discussão à volta do assunto, o comunicado ficou-se pela apresentação, não havendo lugar a votação. Armindo Vieira


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Actualidade Batalha

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Quem ajuda no Mosteiro por gosto, não cansa m No Mosteiro da Batalha, há quem passe boa parte dos seus dias a executar, gratuitamente, tarefas que ajudam na dinamização do monumento e que contribuem para a sua qualidade de vida. São os cooperadores. “Foi uma abertura nova para a minha vida”, confessa, satisfeita, Luísa Bernardino, professora aposentada que agora passa ter tardes por semana a organizar a biblioteca do Mosteiro da Batalha. Cansada da crescente burocracia que lhe invadia os dias de professora na escola sede do Agrupamento de Escolas José Saraiva, em Leiria, Luísa Bernardino deixou a docência há três anos. A experiência que adqui-

riu na biblioteca da escola onde trabalhava, assentou que nem uma luva na tarefa que executa gratuitamente no monumento. “Faço este trabalho com muita satisfação era o que eu sempre gostaria de ter podido fazer”, revela. Acresce que além da organização da biblioteca, tem ainda tempo para aprofundar algumas obras que por lá moram: “aproveito para aprofundar conhecimentos na área da História da Arte de que gosto muito”. Pedro Redol, técnico superior do Mosteiro da Batalha, responsável por supervisionar o trabalho dos “cooperadores”, explica que “esta casa [o Mosteiro da Batalha] tem de ser habitada”. É certo que “se o monumento se limitasse a receber visitantes e a vender produtos nas lojas, estas pessoas não eram necessárias”. Mas a direcção do monumento permitiu-lhe ampliar a acção. Espaços que

p As cooperadoras com Pedro Redol antes eram ocupados pelos bombeiros ou pela repartição de finanças que “morou” no mosteiro, têm vindo a ser recuperados para diversos usos. Assim surgiu a biblioteca, espaços de restauro e outros. Manuela

Grosso dedica algumas tardes por semana no trabalho de restauro de vitrais. Aposentada, era desenhadora num gabinete de desenho. “Quando estou aqui até me esqueço do tempo a passar”, refere. “Gosto muito

do que faço, contribuindo para a preservação do património”, adianta enquanto procede à limpeza de um vitral do espólio de Ricardo Leone. “Sinto-me uma felizarda”, acrescenta Apolónia Monteiro, comerciante apo-

sentada. Há alguns meses que colabora com o monumento também na preservação de vitrais. “Apreendi a fazer vitrais há uns anos e gosto muito. Há algo que me chama a isto, talvez por ser bisneta de pessoas que trabalharam no restauro dos vitrais”. Pedro Redol recorda que há cerca de três anos que o monumento recebe cooperadores e tem as portas abertas para quem sentir “vocação” para este tipo de trabalho. “Vamos ao encontro do que a pessoa mais gostar fazer, levando em conta o que sabe fazer”, afirma. O processo dá algum trabalho: “enquanto estou a enquadrar a pessoa não estou a fazer outras coisas, mas é gratificante e prefiro fazer isso porque sinto que o meu trabalho não é uma coisa virada para dentro”, diz.

Tertúlia sobre voluntariado No âmbito do Ano Europeu do Voluntariado, teve lugar no passado dia 4, na Batalha a primeira sessão do Ciclo de Tertúlias subordinadas ao tema “Sou Voluntário e…”. Nesta sessão que decorreu na Sala de Sessões do Município da Batalha, participaram, como convidados, José Travaços Santos, etnógrafo, poeta e membro do Rancho Folclórico Rosas do Lena, Estrela Neiva, di-

rigente associativa e voluntária no Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição e Celine Pedro, que integra o Grupo Missionário Ondjoyetu da diocese de Leiria-Fátima. Travaços Santos falou do voluntariado no movimento associativo onde “se nota muito mais” e falou da sua experiência a lidar com reclusos, quando trabalhou como preceptor na Prisão– Escola de Leiria.

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Depois de afirmar que “mal vai uma associação em que as pessoas, sobretudo os seus responsáveis, ganham dinheiro”, Travaços Santos destacou o Rancho Folclórico Rosas do Lena “como um exemplo de voluntariado ao longo dos anos”. Estrela Neiva começou por referir que era voluntária “e sinto-me orgulhosa por isso”, adiantando que aprendeu a ser voluntária “quando fiz parte dos ór-

gãos sociais da Associação do Bairro dos Anjos, em Leiria, em que fazíamos tudo, desde participar nas festas populares até apoiar as equipas dos escalões de formação de diversas modalidades desportivas”. Por sua vez Celine Pedro, falou da sua experiência como voluntária na missão em que participou na diocese de Sumbe, em Angola.

p António Lucas presidiu ao encontro

Carlos S. Almeida


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Batalha Actualidade

Outubro 2011

Aljubarrota assinala terceiro aniversário m Arranjos exteriores terminados e a possibilidade de receber visitas no Núcleo da 1ª Posição do Exército marcam, no que ao concelho da Batalha diz respeito, o terceiro aniversário do Centro de Interpretação Batalha de Aljubarrota.

A cerimónia que marcou os três anos de actividade, decorreu dia 11 de Outubro, em São Jorge. Na altura, Patrício Gouveia, presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota, recordou que, por marcação, já é possível visitar o núcleo que está instalado junto à Ponte de Boutaca. Local onde se pode saber mais sobre o local que as tropas portuguesas ocuparam na manhã de 14 de Agosto de 1385, e que pode ter tido um papel decisivo no desfecho do confronto que decorreu horas mais tarde em São Jorge, sendo ainda possível acompanhar uma produção multimédia que permite constatar em ritmo acelerado como decorreu a da construção do Mosteiro da Batalha, que nasceu da promessa de D. João I em caso de vitória. Presente na cerimónia dos três anos de actividade, Cíntia Silva, vereadora da Cultura da Câmara da Batalha, sublinhou a importância da promoção e valo-

p Patrício Gouveia corta bolo de aniversário rização do património ligado à Batalha de Aljubarrota e as relações de colaboração com a FBA. Para já, de acordo com Alexandre Patrício Gouveia, o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, em São Jorge, que assinala e narra os acontecimentos que culminaram com a vitória portuguesa sobre o exército espanhol, em 1383, está a conquistar o público espanhol. “Entre os visitantes estrangeiros, os espanhóis são, de longe, o grupo que mais nos visita”, revela Alexandre Patrício Gouveia, presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota, entidade responsável pelo CIBA. “O que aqui está apresentado não está de forma hostil para nenhum povo”, acrescenta para jus-

tificar a aposta nos visitantes espanhóis. De resto, recorda que “a investigação histórica da Batalha de Aljubarrota começou com Pedro López de Ayala que veio com o exército espanhol e foi feito prisioneiro”. A própria fundação apostou na edição de um livro destinado aos visitantes espanhóis, denominado “A Batalha e Aljubarrota vista pelos castelhanos”, até porque este é um acontecimento que também influenciou a história da nação espanhola, reforça. O presidente da FBA está confiante que o número de visitantes espanhóis tenderá a aumentar e adianta que têm sido realizados contactos com operadores turísticos espanhóis que “depois de conhecerem o CIBA, mostram interesse e vontade de vir aqui”.

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No terceiro aniversário do centro de interpretação, Alexandre Patrício Gouveia mostra-se satisfeito com a procura registada naquele equipamento, bem acima das expectativas iniciais. O ano passado o espaço contou com 50 mil visitantes e este ano espera-se que a cifra se mantenha ou registe mesmo algum crescimento. O certo, adianta, é que vão continuar a existir motivos para visitar São Jorge. O filme que retrata a Batalha de Aljubarrota e que é um dos principais atractivos, está a ser melhorado – nomeadamente no que se refere às cenas do confronto militar – e há já projectos para introduzir, a médio prazo, novos filmes: a vida de D. Nuno Álvares Pereira e o cerco de Lisboa são temas que poderão ser retratados.

Jornal da Batalha

Cinema da Batalha fecha portas “Fim”. A palavra que habitua lmente dita o final das películas que há dez anos eram projectadas no Auditório Municipal da Batalha, escreve-se agora em relação ao serviço de cinema naquela sala. A queda de audiências, o aumento da pirataria na internet e a proliferação do cinema em casa via televisão por cabo, ajudaram a escrever a sentença de morte da única sala de cinema no concelho. E, não menos importante, um investimento estimado em 70 mil euros que seria necessário assegurar no início de 2012, visando adoptar a sala às mais recentes exigências técnicas. O fim das projecções semanais de cinema no Auditório Municipal da Batalha foi anunciado pela Câmara da Batalha que, via empresa municipal Iserbatalha, explorava o espaço. As audi-

ências têm vindo a cair, admite o município em comunicado. Muito graças “aos filmes pouco atractivos que a empresa distribuidora disponibiliza”. “Os filmes chegavam algumas semanas mais tarde, depois de terem passado em Leiria e o público da Batalha já os tinha visto”, acrescenta António Lucas, presidente da Câmara da Batalha. Ponderada toda a equação de factores que pesam na exploração da actividade no concelho, “o município da Batalha entende não haver condições para manter as sessões de cinema no Auditório Municipal”, refere em comunicado a autarquia. As exibições arrancaram no Auditório Municipal em 2001 e terminaram no mês de Setembro. Uma década depois do início, este é um filme que chegou ao fim. Sem um final feliz.

Pedro Redol poderá substituir Júlio Órfão no Mosteiro Tudo indica que Pedro Redol, técnico superior do Mosteiro da Batalha, venha a desempenhar, interinamente, as funções de direcção do Mosteiro da Batalha, em substituição do até aqui director, Júlio Órfão, que se aposentou. Deverá prevalecer o princípio de substituição do director pelo técnico superior com maior anti-

guidade, situação que aponta para que o cargo seja assumido por Pedro Redol, mestre em Arte, Património e Restauro, director do Convento de Cristo de 1999 a 2002. O novo director do Mosteiro da Batalha deverá ser seleccionado por concurso público, apenas após a conclusão da reformulação orgânica do IGESPAR.

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Jornal da Batalha

Outubro 2011

Actualidade Batalha

USF arranca e deixa Golpilheira de fora

Quartel dos bombeiros vai ser requalificado Uma candidatura efectuada pelo Município da Batalha ao Programa POVT – Programa Operacional Temático Valorização do Território assegura uma verba de mais de 433 mil euros aos Bombeiros Voluntários da Batalha, tendo por base a execução de diversas obras de requalificação do Quartel. A candidatura efectuada, prevê que com a execução das obras a efectuar, a associação humanitária fique dotada de melhores condições de trabalho para toda a corporação, designadamente no que toca à segurança e à higiene do pessoal. As obras a empreender prevêem a criação de duas novas camaratas, a reestruturação dos balneários existentes, a construção de novas salas de equi-

m Já entrou em funcionamento a Unidade de Saúde Familiar Condestável, sedeada no Centro de Saúde da Batalha e com pólos de atendimento em Reguengo do Fetal e S. Mamede. A extensão da Golpilheira ficou de fora.

A nova USF, coordenada por Maria Soledade Fino Lopes, arrancou a 30 de Setembro e é constituída por 9 médicos, 9 enfermeiros e 8 assistentes técnicos, e vai permitir prestar cuidados de saúde a mais de 16 mil utentes. Funcionará, na sede, nos dias úteis das 08H00 às 20H00 e, ao sábado, das 09H00 às 13H00, e nos pólos de 2ª. a 6ª. feira das 09H00 às 17H00. A área de influência da USF Condestável abrange todo o concelho da Batalha, a saber, Batalha, Golpilheira, Reguengo do Fetal e S. Mamede, “possibilitando médico de família a todos os utentes, bem como serviço domiciliário aos residentes no concelho”, assegura a Administração Regional de Saúde do Centro. A mesma entidade refere que no âmbito dos cuida-

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pamentos e de formação, bem como a substituição dos sistemas de comunicações por uma moderna plataforma de telecomunicações. Aponte-se ainda que estão previstas a adopção de medidas de poupança energética no edifício, nomeadamente através da utilização de painéis solares e da instalação de novas caldeiras de aquecimento de águas, mais eficientes. No entender de António Lucas, presidente da Câmara da Batalha, a aprovação desta candidatura ao POVT assume-se fulcral para a execução das obras, “permitindo a readaptação do Quartel dos Bombeiros Voluntários da Batalha aos nossos dias e às novas exigências da corporação”.

p Cuidados médicos para a população Golpilheira estão garantidos dos de saúde, a USF Condestável dará resposta a situações de doença aguda durante todo o seu período de funcionamento, privilegiando o atendimento pelo próprio médico/enfermeiro de família. A marcação de consulta, mesmo a motivada por doença aguda, pode ser efectuada por telefone, correio electrónico ou presencialmente. O certo é que esta nova orgânica nos cuidados de saúde no concelho determinou que a extensão de saúde da Golpilheira deixa de funcionar como tal. A medida já vinha sendo dada como certa e fica claro que essa parece ser uma decisão irreversível.

Cartório Notarial da Batalha Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas noventa e três a folhas noventa e quatro, do Livro Cento e Setenta e Seis – B, deste Cartório. José da Silva Santos, NIF 110 061 020 e mulher Dirtilde Silva Carreira, NIF 122 296 710, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, onde residem no lugar de Perulheira, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de terra de cultura, com a área de quatro mil quinhentos e dezassete metros quadrados, sito em Algarão, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, a confrontar de norte e de poente com Câmara Municipal da Batalha, de sul com caminho público e de nascente com Manuel da Silva Moleiro e Manuel Carreira Carvalho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 1.461, com o valor patrimonial de € 31,39, e para efeitos de IMT de € 39,79. Que adquiriram o referido prédio, no ano de mil novecentos e cin-

Carlos Santos, presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira, num comunicado publicado pelo Jornal da Golpilheira, lamenta que a freguesia tenha sido derrotada “pelo autismo das instituições governativas e dos organismos de gestão intermédia do Estado”. O autarca aconselha os utentes a trasnferirem-se para a nova USF até porque “foi-nos dito que, os que não o fizerem, ficarão impedidos de ser atendidos na USF da Batalha e terão de se deslocar a outros postos de saúde, tais como Leiria ou Marrazes”. Além do mais, acrescenta “o edifício fica, e nunca se sabe se um dia não será possível integrar a

nossa extensão na USF da Batalha, ou encontrar outro modelo qualquer de serviço à população”. Carlos Santos acrescenta que ainda não desistiu de lutar para que “possamos vir a ter um serviço decente de saúde na nossa freguesia”. Citado pela Rádio Batalha, Carlos Santos adianta que estão a ser estudadas soluções com a Câmara Municipal da Batalha para apoiar a população nas deslocações ao Centro de Saúde, a cerca de três quilómetros da sede de concelho.

quenta, por doação verbal de José dos Santos Barreiro e mulher Adelina da Silva Rosa, pais do marido, residentes que foram mo dito lugar da Perulheira, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o prédio por usucapião. Batalha, quatro de Outubro de dois mil e onze. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes Jornal da Batalha, ed. 255, de 18 de Outubro de 2011

Insolvência da Bom Vida decretada em Lisboa A isolvência da Bon Vida foi já decretada pelo Tribunal do Comércio de Lisboa. O pedido de insolvência da empresa Bon Vida, deu entrada no Tribunal do Comércio de Lisboa, no passado dia 7 de Outubro. O pedido foi apresentado pela administração da empresa, que conta 170 trabalhadores. A sede social foi mudada da Batalha, onde fica a fábrica, para Lisboa. Entretanto, dia 13 de Outubro, foi proferida senten-

ça de declaração de insolvência do devedor Bonvida - Porcelana, S.A., agora sedeada na Rua Ferreira Chaves, em Lisboa. Arnaldo Pereira, de Caldas da Rainha foi nomeado administrador da insolvência estando agora agendado para dia 10 de Janeiro a realização da reunião de assembleia de credores de apreciação do relatório. O prazo para a reclamação de créditos foi fixado em 30 dias.

Tribunal Judicial de Porto de Mós 1º Juízo ANÚNCIO Processo 1214/11.3TBPMS – Interdição/Inabilitação – N/Referência: 2130157 – Data: 10-10-2011 Requerente: Porto de Mós – Tribunal Judicial (serv. M. P.) Requerido: Sílvia Cruz Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a acção de Interdição/Inabilitação em que é requerido Sílvia Cruz, com residência em domicílio: Rua Pinheiro Manso, Nº 6, Casal Suão, 2495-017 Batalha, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. O Juiz de Direito, Dr(a). Carla Marisa Rodrigues O Oficial de Justiça, Filomena Fatima S. L. Silva Jornal da Batalha, ed. 255, de 18 de Outubro de 2011


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Batalha Actualidade

Outubro 2011

Notícias dos Combatentes

Simulacro de incêndio no Centro Hospitalar m Bombeiros rumaram ao centro hospitalar. A situação de emergência era, afinal, uma simulação.

“Um curto-circuito no frigorífico industrial instalado na copa da Unidade de Cuidados Continuados do Centro Hospitalar Nossa Senhora da Conceição (CHNSC), originou um pequeno incêndio, que os colaboradores da Unidade efectuaram uma pequena intervenção, não evitando a presença dos bombeiros”. Isto não passou de um simulacro e aconteceu no passado dia 26 de Setembro, com a finalidade de testar os serviços de segurança do CHNSC. Os Bombeiros Voluntários da Batalha (BVB) acorreram ao local com três

viaturas (sendo uma delas ambulância) e um total de 8 elementos, efectuando a segunda intervenção e a evacuação das salas circundantes e dos quartos mais próximos. Já no exterior das instalações, após o simulacro, foi realizado um treino real do manuseamento de extintores, com incêndio controla-

do pelos BVB. Com a formação em segurança contra incêndios e evacuação, dada nos últimos tempos a todos os colaboradores do CHNSC, assim como com a preparação e realização deste simulacro, é intenção dos responsáveis “fomentar no seio da Instituição uma cultura de segurança activa”, como

Jornal da Batalha

referiu ao Jornal da Batalha, o responsável pela segurança Miguel Carvalho, adiantando que “queremos assim, estar cada vez mais preparados para uma qualquer ocorrência, protegendo colaboradores, utentes, visitantes e também as próprias instalações”. Armindo Vieira

Oficina de Teatro A partir de 3 de Novembro, pelas 18,30 horas, tem início a Oficina de Teatro e Movimento, na sede da Associação de Propaganda e Defesa da Região da Batalha (APDRB, direccionada para crianças com idades compreendidas entre os 8 e os 12 anos. A iniciativa é da Sociedade Artística Musical dos Pousos (SAMP), e da APDRB/Centro Infantil Moinho de Vento. As inscrições decorrem durante o mês de Outubro, através dos telefones: 244 765 681 ou 939612032.

Periodicamente, sempre à segunda-feira, por ser dia de mercado e haver mais gente na Vila, como aconteceu a última vez no dia 19 de Setembro, p.p., a Batalha é “invadida” por grupos de indivíduos que, em locais estratégicos, tentam abordar toda a gente que por ali passa, pedindo um donativo. Os “pedintes” são, em regra, homens de meia-idade, de sofrível apresentação, que envergam um colete vermelho, peça de vestuário que mais dá nas vistas e os identifica como grupo organizado. À primeira vista, esse colete pode levar os transeuntes a confundi-los com Bombeiros, embora depois de alguma conversa eles se identifiquem como “veteranos de guerra”, conforme também é possível ler no colete. Seja porque se podem confundir com bombeiros, instituição da qual toda a gente gosta, acarinha e tenta ajudar, seja porque os “veteranos de guerra” foram combatentes que muito deram pela pátria (cerca de dez mil a própria vida), para, depois do seu regresso, terem sido quase completamente esquecidos pelos poderes públicos, a verdade é que a população portuguesa é muito sensível a tais causas ou similares e tenta quase sempre ajudar, quantas vezes dando o que tanta falta lhe faz, por pequena que seja a “esmola”. No entanto, ao observarmos melhor estes “pedintes de colete vermelho”, duvidamos que, pelo menos alguns tenham, sequer, idade para terem andado na guerra!... Entretanto, tanto quanto sabemos, além da Liga dos Combatentes, existem mais cinco ou 6 associações de combatentes, entre elas, uma que tem na sua designação as palavras “veteranos de guerra”, sendo que esta será, em termos de associados, a segunda maior, depois da LC, pois informa ter, além da sua sede numa cidade do norte do país,

mais 16 delegações e 46.500 sócios espalhados pelo território nacional. Ora, será possível que uma instituição de tal grandeza necessite de manter periodicamente na rua, cremos que um pouco por todo o país, grupos de indivíduos a fazer peditórios, como já ocorreu, este ano, pelo menos três vezes na Batalha e outras tantas em Alcobaça e em Leiria? Por outro lado, como é possível que tantos “veteranos de guerra”, se de facto são verdadeiros “veteranos de guerra”, se sujeitem a andar de mão estendida pelas ruas? Apesar da nossa incredulidade, tal é capaz de ser verdade, porque, entretanto, nos chegou a seguinte explicação: a tal associação de “veteranos de guerra” terá estabelecido acordos com uma ou mais “firmas” da “especialidade” e são homens arregimentados por tais “empresas” que andarão a fazer os peditórios por aí, cabendo a maior parte do “bolo” a estas e uma percentagem bastante mais pequena à associação. E uma última interrogação: como é que as “partes interessadas” fazem a divisão do “bolo”, se os “pedintes” não transportam consigo, pelo menos de forma visível, quaisquer recipientes invioláveis, como, por exemplo, acontece nos peditórios para a Caritas, para a Liga contra o cancro, etc.? Resumindo, o que sabemos é que os Bombeiros não gostam de ser confundidos com estes indivíduos, o mesmo acontecendo com os verdadeiros Combatentes, incluindo os da Batalha, que já foram seriamente lesados por esta confusão, restando saber se intencional ou não Por ta nto, caros Batalhenses, quando forem abordados por estas pessoas para as ajudarem, não Vos restem dúvidas que essa ajuda não é para os Bombeiros nem para os Combatentes da Batalha! (NB-LC)


Jornal da Batalha

Outubro 2011

Desporto Batalha

Casa do Benfica abre dia 22

Golpilheira vence Supertaça distrital em futsal feminino m As atletas que defendem as cores da Golpilheira em futsal feminino voltaram a vencer. Desta feita, acrescentaram a vitória na Supertaça distrital a um extenso palmarés. Depois de ter estado a perder, a equipa do concelho da Batalha acabou por vencer com um resultado dilatado. p A equipa da Golpilheira com a taça A equipa do Centro Recreativo da Golpilheira voltou a conquistar a Supertaça distrital em futsal feminino. A final disputou-se dia 8 de Outubro, no Pavilhão Gimnodesportivo dos

Pousos. Frente a frente estiveram as equipas do Centro Recreativo da Golpilheira e a Academia – Associação Desportiva da Caranguejeira. O jogo até nem começou da melhor forma para a

equipa do concelho da Batalha, que ao intervalo já perdia por 1-0, tendo sofrido um golo logo aos três minutos. Contudo, na segunda parte do encontro a equipa liderada por Teresa Jordão conse-

guiu anular a desvantagem, dando a volta ao jogo que acabou por vencer por um expressivo 4-1. A recuperação da equipa da Golpilheira começou a desenhar-se logo no início da segunda

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parte, com um golo de Sandrita, Carol colocou a Golpilheira em vantagem Pisco e Rita Eusébio, fecharam o resultado. O Centro Recreativo da Golpilheira juntou desta forma mais um título ao seu extenso palmarés que conta já com o título de campeãs distritais e vice-campeãs nacionais na época 2006/2007, campeãs distritais e terceiras classificadas no campeonato nacional na época 2007/2008, vencedoras da taça distrital em 2007 e 2008, vencedoras da supertaça 2008 e 2009, campeãs distritais 08/09, Vencedoras da taça 08/09, campeãs distritais 09/10 e vencedoras da taça distrital 09/10,terceiras classificadas na taça nacional e, agora, vencedoras da supertaça 2010/11.

A Casa do Benfica da Batalha, situada na Rua D. Filipa de Lencastre, vai abrir oficialmente no próximo dia 22, a partir das 16,00 horas, contando com a presença do vice-presidente do Sport Lisboa e Benfica, Domingos Almeida Lima, e do vereador do desporto da Câmara Municipal da Batalha, Carlos Henriques. A Comissão Instaladora convida toda a população a estar presente e a participar no convívio que se segue durante a tarde, assim como a inscrever-se como associado e a assistir, naquelas instalações, ao jogo Beira Mar-Benfica.


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Entrevista

Outubro 2011

Entrevista

Jornal da Batalha

Batista de Matos, ícone da emigração portuguesa em França

“Houve uma acção com a Semana Cult Recentemente galardoado com a Ordem do Mérito pelo Presidente da República, Cavaco Silva, Batista de Matos é um dos principais responsáveis pelas Semanas Culturais de Alcanadas. Agora, olhando para o país deixa a análise: “pessoas como eu e outras, estamos sempre a ser condenados por sermos contra a letargia reinante. O país precisa de acordar e já vai tarde”.

“ Foi distinguido com a Ordem do Mérito por parte do Presidente da República, lançou recentemente um livro em jeito de autobiografia. Considera-se um homem realizado? Há muito por fazer. Sou insaciável. O importante é o que se realiza, tenho muitos projectos e se realizar um em cada cem fico contente. Amo o Portugal universal, que não é só feito pelos responsáveis. Pelo que verifiquei nas viagens que fiz pelo mundo, sinto que o país é mais conhecido lá fora que cá dentro. Isso irrita-me. Nós aqui não ligamos a Portugal. Temos folhetins e distracção. Em Portugal ninguém liga ao 25 de Abril, por exemplo. É um facto histórico que nos permite falar com liberdade e isso não é

valorizado. Este é um país que deu lições ao mundo, que tem milhões de falantes, que tem antigas colónias unidas pela língua. Gostava que as pessoas na Batalha fizessem propostas e perguntassem e dissessem o que sabem. Todos sabem muito. Damos demasiado a palavra aos senhores doutores que duvido que saibam muito a nível cultural. A honra desapareceu, porque todos se querem safar, desenrascar e enganar. Optou por sair, na sua juventude, do nosso país porque não tinha a liberdade que ansiava. Agora há muitos que deixam o país. Falhou alguma coisa nestes anos? Claro que sim. Não sou economista, mas não é ne-

cessário ser um especialista para perceber que o 25 de Abril e que com ele se propôs e os avanços que se fizeram, foram tapados porque não convinham aos donos materiais deste país. O país é de todos e é preciso ensinar as pessoas a investir, progredir e terem a chama da pátria. Sou um homem do 25 de Abril e foi um dia mágico. Não tanto para mim que estava em França com a minha vida organizada, mas para o país universal, para os milhões que saíram com fome e descalços, miseráveis. Muitos fugiram da guerra colonial que matou irmãos por ordem daquele governo. Foram assassinos à solta. Eram benzidos, a Igreja católica mandou padres para

Este é um país que deu lições ao mundo

Nunca me considerei como um imigrante

O sistema actual é a negação da condição cristã

Quem fala é considerado subversivo e comunista

benzer a guerra. Nem gosto de pensar nisso pois sou católico e dói-me o coração. Avançamos muito com o espírito do 25 de Abril, mas o os donos deste país nunca poderiam permitir que Portugal avançasse para o bem geral. E temos novamente a emigração. Agora vêemse emigrantes que chegam a França com telemóvel. Não é a miséria dos anos 60. O peso dos donos materiais deste país, a maior parte analfabetos e maus, fizeram com que Portugal chegasse ao estado actual. Há milhões de pessoas que passam mal e as empresas têm lucros fabulosos. Não se admirem que as pessoas saiam à rua. Se não houver repartição de riqueza, haverá violência. Defendo

que as empresas tenham rendimentos, mas não que sejam só para o proveito de alguns. O sistema actual é a negação da condição cristã. Quando vejo que o actual presidente de Portugal vendeu a agricultura e as pescas à União Europeia e tem 74 por cento de votos… sou democrata e isso é legal. Aceito o voto democrático. Mas isto só prova que os portugueses não têm sentido de responsabilidade e só pensam em mostrar o que não são. Mas os portugueses que saíram acabaram por vencer. A satisfação que sinto, apesar das angústias que sofri na emigração, foi que ensinei muito portugueses a assinarem o seu próprio nome…

as pessoas não podem compreender o que foi isso. Mas hoje há 45 mil empresas portuguesas em França. Foi a vontade de vencer.

Como se explica que os trabalhadores portugueses sejam considerados no estrangeiro? Estão a sair os mais capazes ou o país não cria condições para quem trabalha? São muito bem considerados. Há um analfabetismo forte nos empresários. Eu era encarregado geral e posso falar de trabalho. Não há organização. No nosso país há o lema de te desenrascares, dar o menos possível a quem trabalha para enriqueceres sozinho. Não sou contra as fortunas, o problema é que quem fez a fortuna do outro, tenha de


Jornal da Batalha

Entrevista

Outubro 2011

m “Em todas as terras há um grupo restrito que

m “As revoltas no nosso país são do povo e

domina tudo”

temos a necessidade de nos revoltarmos”

concertada para acabar tural de Alcanadas” pedir para comer. No nosso país falta organização e os dirigentes das empresas, muitas vezes, não têm capacidade para desenvolver aqueles que trabalham para a empresa. No seu entender, quem pensa sair do país, deve ficar ou desistir de remar contra a maré e procurar mudar de vida noutro local? Há sempre aqui lugar. A questão é como, com a nossa mentalidade judaico-cristã, organizar as pessoas para lutarem. Deve ser a maioria das pessoas a comandar e não só dois ou três. E chegar a esse ponto é muito difícil, por causa da falta de cultura. Mesmo entre quem anda na universidade. Vale sempre a pena lutar pelo nosso país. Tem condições, mas não se pode trabalhar e os lucros de empresas continuarem a sair para paraísos fiscais. Somos

nós os responsáveis pelo estado em que isto está porque não dizemos nada e deixamos os donos e senhores continuarem como estão. Quem falar é considerado subversivo e comunista. Dáse algo para comer aos milhares que passam fome… e deixam-se estar quais rebanhos. Sou contra a caridade, temos de nos organizar para que existam estruturas para apoiar quem tem necessidade. São os nossos impostos que devem suportar esse apoio. Mas em todas as terras há um grupo restrito que domina tudo. A Batalha é também um espelho do país? A semana Cultural de Alcanadas, por exemplo, só desapareceu porque eles queriam. Era subversivo. Eu sou um bocado incómodo. No Jornal da Batalha, um deputado disse que eu merecia umas pauladas na praça pú-

blica. Quando um deputado da Nação tem a coragem de escrever que este cidadão, porque escreve livremente, merecia levar umas paulitadas… Porque escrevia, eu era vaidoso e comunista. E há poucos que fazem isto. O que interessa é beber uns copos e viver a vida. EraorostoprincipaldaSemana Cultural de Alcanadas e, se bem percebo, deixa entender que houve vontade de acabar com o evento? Houve uma acção concertada, que se soube depois. Houve a oferta de cinco mil contos para os dirigentes [da colectividade] que eram pessoas simples e sem espírito construtivo que foram enviados para destruir, modéstia à parte, a melhor realização cultural do país. Digo isto de acordo com os convidados. Tivemos a honra de convidar as pessoas mais impor-

tantes do nosso país. O actual ministro dos negócios estrangeiros esteve lá duas vezes, o ex-primeiro ministro José Sócrates esteve lá, o professor Adriano Moreira, ex-ministro de Salazar, também. A ideia era mostrar a abertura democrática. A semana cultural foi alvo de uma concertação política e empresarial. Aquilo era uma espécie de espinho na garganta de algumas pessoas: uma aldeia simples, com colóquios e actividades em que as pessoas se exprimiam. Tenho orgulho que ainda hoje se fale dessa realização. Era boa para Alcanadas, Batalha e Portugal. Os convidados ficavam admirados com as pessoas que nunca tinham ido à escola e que participavam. Era isso que me interessava. Pegando nas suas palavras: foramosdonosmateriaisdaBa-

G perfil

talha que acabaram com a Semana Cultural de Alcanadas? Não só. Da Batalha, de Leiria… isto chegou muito mais longe do que isso. Era uma ferida para eles. Ainda para mais um “emigrante”, um “comunista”, todas essas palavras que eles diziam… Mas esta era a minha luta. Não foi por acaso que o senhor Presidente da República me concedeu a Ordem do Mérito. Mas tenho outras comendas, seis ou sete, tanto do governo de França como do de cá. A minha vida tem sido a promoção de Portugal, da cultura, da unidade e do serviço dos outros. Em 1982, quando decorreu a inauguração do monumento ao 25 de Abril em França, um jovem português de vinte e poucos anos, veio abraçar-se a mim a dizer-me obrigado, com lágrimas nos olhos. Só isso valeu a pena.

“Eu falo para despertar” Esse é o momento mais alto do seu percurso? Sim. O momento mais alto não foi quando o presidente da Republica Costa Gomes lá foi ou o actual presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, lá esteve. O mais forte foi o moço e o abraço do general Vasco Gonçalves que ficou sensibilizado quando viu o monumento… Depois disso, nos aniversários dele em Lisboa, convidava-me e lá descobri um santo, alguém muito humilde. O senhor é o ícone da emi-

gração portuguesa em França, tanto assim que a representa num museu sobre a migração naquele país. Mas prefere ser considerado um cidadão em detrimentode ser denominado de imigrante…. Desde o primeiro dia em que cheguei a França, nunca me considerei como um imigrante. Sou um homem, um cidadão, com carências como toda a gente, mas nem mais nem menos que um alemão, um francês ou um magrebino. Portanto, é um cidadão igual aqui ou em França…

É isso. Uma vez, num debate num canal de televisão francês, o animador da emissão apresentou-me como imigrante e eu disselhe que não era. Disse-lhe que era cooperante. E expliquei que na minha posição ensinei muitos franceses e não só, a trabalhar. O cooperante é alguém que vai para outro país também para o desenvolver. E disselhe que os dois milhões de franceses que existem espalhados no mundo são considerados cooperantes ou expatriados. Por que devem os portugueses e os outros ser

considerados imigrantes? Eu queria provocar o debate. Eu quero ser um cidadão português, no mundo. Já percebi que nada lhe dá mais prazer que uma pequena provocação… Uma vez, em Paris, o cantor Sérgio Godinho disseme que não canta para adormecer mas para despertar. Eu não falo para adormecer, falo para despertar, dentro das minhas limitações. E todos temos o dever de despertar as pessoas. Chegou a hora de despertar

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e já vamos atrasados? Nunca é tarde. O país teve momentos difíceis mas sempre conseguimos dar a volta. Penso que vamos dar a volta, mas depende de nós. As revoltas no nosso país são do povo e temos a necessidade de nos revoltarmos. Não para estragar. Temos de mostrar ao mundo que estamos revoltados com a situação. Depende de nós, e não dos governos, o progresso. Somos nós os responsáveis.

Nasceu na pequena aldeia de Alcanadas, Batalha, em 1934. É lá que regressa com frequência, nos meses que passa em Portugal, agora que reparte a vida entre a terra natal e o país que o acolheu na década de 60: França. Contudo, não pode dizer-se que José Batista de Matos tenha sido um emigrante comum. Mas não também não destoa no movimento migratório que engrossou a população gaulesa. Assim, quem visitar o museu francês da migração (La Cité nationale de l’histoire de l’immigration, em Paris), é confrontado com o seu testemunho para ilustrar a imigração vinda de Portugal. Apesar de levar quase meio século de vida em França, mantémse orgulhosamente português. Para trás deixa um percurso de quem ensaiou uma vida normal no país de Salazar mas que nas leituras e nas emissões de rádio que escutava às escondidas da PIDE – “na altura era proibido sonhar”, sublinha – descobriu que tinha de deixar o seu país para respirar a liberdade. E quando a revolução de Abril eclodiu por cá, recorda a data com satisfação. Antes, já tinha ensaiado a sua própria revolução: “em Maio de 1963, quando desfilei em Paris com a bandeira portuguesa, as lágrimas corriamme pela cara a baixo”. Recorda a inauguração de um monumento ao 25 de Abril em Paris, facto pelo qual se empenhou, como o ponto alto de todo um percurso.


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Batalha Economia

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Azeite Pia do Urso de São Mamede para o mundo

Jornal da Batalha

s Fiscalidade

António Caseiro Técnico Oficial de Contas Mestrando em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade

m Foi lançado em 2006, no ano seguinte recebeu o prémio de Melhor Embalagem do Ano e em 2010 foi considerado, por um jornal canadiano, como um dos melhores do mundo. É o azeite Pia do Urso.

Licenciatura em Contabilidade e Administração

A Crise Financeira nos Estados Unidos da América

p A embalagem obteve um prémio em 2007 Produzido num lagar que funciona há mais de setenta anos e que se encontra localizado na pequena aldeia de Pia do Urso, na freguesia de São Mamede, deste concelho da Batalha, o azeite Pia do Urso é uma marca de qualidade que, desde que foi apresentada ao mercado, o volume de vendas tem aumentado, dum modo especial para o exterior, sendo que, quase 80 por cento da sua produção, se destina a países como Holanda, Inglaterra e Canadá. De acordo com Marco Santos, responsável pela área comercial da empresa Preciosa Carvalhana & Filhos, Limitada, detentora da marca, “os prémios recebidos contribuíram positivamente para o nosso reconhecimento e crescimento”, contudo acrescenta que “iremos continuar a inovar e possivelmente a concorrer em provas específicas de azeites para consolidar o nome e o reconhecimento de qualidade do

nosso azeite”. Aquele responsável explica ainda que as vendas foram direccionadas para o mercado externo por diversas razões, e aponta algumas “como o volume potencial de vendas ser bastante mais apetecível e, também, para dar a conhecer um azeite português além fronteiras”, uma vez que “infelizmente pelo mundo fora associam o azeite outros países que não o nosso”. Por outro lado, a crise em que “o nosso país se encontra levou a uma drástica redução no consumo e consequentemente nas vendas e, acima de tudo a aposta inicial de produzir um azeite de excepcional qualidade e apresentação, para se poder posicionar em qualquer mercado externo a competir em pé de igualdade com outras marcas”, são factores também apontados pelo gestor. Para além dos países já referidos, Marco Santos adianta que “neste momento estamos a finalizar pro-

tocolos com outros países”, mas o azeite Pia do Urso não se comercializa somente naqueles países, mas também no nosso, pois a marca é “cada vez mais conhecida e apreciada pela sua qualidade”, pelo que se poderão encontrar “os nossos produtos somente em lojas gourmet, mercearias finas e alguns locais seleccionados com produtos de qualidade”. Ao contrário do que se possa pensar a produção do azeite em Portugal “tem vindo a aumentar todos os anos e, felizmente, tem havido um grande esforço por parte dos produtores, de modo a que isso aconteça e possamos afirmar Portugal como um ponto de referência na produção de azeite”, esclarece Marco Santos, acrescentando que, para que a produção aumente ainda mais, “é necessário olhar os olivais de uma forma mais profissional, criar mecanismos de divulgação, promover acções de sensibilização no país e no estran-

geiro e fiscalizar de forma séria e rigorosa, de modo a que exista uma concorrência leal no mercado”. O responsável pela comercialização do azeite Pia do Urso, adianta que “temos excelentes pequenos produtores de azeite pelo país fora, que têm feito um trabalho incansável de busca de qualidade neste mercado” e é necessário que exista “mais divulgação por parte dos organismos competentes junto do público para que esse esforço não seja em vão”, pois “deveria existir uma ‘democratização’ da promoção externa e interna, que neste momento não é uma realidade”, porque “quando se diz que ela existe, parece-me que estão a ser um bocado poupados na verdade”. Para além da marca Pia do Urso, a empresa produz o azeite com a marca Tio Pedro e comercializa vinagres com a mesma marca. Armindo Vieira

PapaStress aniversariante A boa forma física é uma boa estratégia para combater o espírito recessivo dominante nestes tempos de crise económica, defende Nuno Fabião, sócio do giná-

sio PapaStress, da Batalha. O ginásio assinalou uma década de actividade no passado dia 24 de Setembro. O lançamento de novas coreografias das modalidades de Body

Pump e Body Combat e a realização de um jantar de gala foram alguns dos eventos que marcaram o aniversário. Apesar de aniversariante, foi o ginásio quem distribuiu

prendas: a efeméride foi assinalada com a oferta de uma semana de férias para quatro pessoas no Algarve a todos quantos se inscreveram no PapaStress.

Para analisar a crise financeira que se vive a nível mundial e que teve origem nos Estados Unidos da América, em 2008, temos de olhar, em retrospetiva, a situação vivida, após a Grande Depressão, quando os EUA viveram quarenta anos de crescimento económico (como economia dominante e como hegemonia político-militar), sem qualquer espetro de crise, uma vez que os bancos eram impedidos de especular com as economias dos depositantes e os bancos de investimento, que lidavam com títulos e ações, tinham adotado uma atitude protecionista, sendo, o mais possível, cuidadosos com o dinheiro dos investidores. A crise financeira mundial teve origem, como acima foi referido, em 2008, quando, a 15 de setembro, o Lehman Brothers, um dos maiores bancos de investimento, declarou falência e o Merrill Lynch foi posto à venda. A falência do Lehman Brothers e o colapso da maior companhia de seguros, a AIG, levaram à queda de várias bolsas, inclusive as asiáticas. A queda das ações conduziu a uma recessão que levou 30 milhões de pessoas ao desemprego e à duplicação da dívida pública dos EUA. Temos de nos reportar à década de 1980, aquando da Administração Reagan, quando se dá a explosão do setor financeiro e o consequente enriquecimento dos investidores de Wall Street, dada a total desregulamentação financeira. Esta Administração era apoiada por grandes “lobbies” financeiros e as empresas financeiras não se coibiam de pôr em risco o dinheiro dos investidores, levando à falência muitas empresas e particulares. Muitos executivos financeiros foram, então, presos. Charles Keating foi um deles, pois investia o dinheiro dos seus clientes, tendo chegado a contratar um economista para lhe dar cobertura e o apoiar. Contudo, isto não o impediu de ser preso, quando a polícia federal o investigou. Allan Greenspan, o economista contratado por Keating, foi nomeado pelo Presidente Reagan para Presidente do Banco Central dos EUA, daí que a desregulamentação financeira tenha continuado mesmo durante Administração Clinton. O setor financeiro de Wall Street enredou o sistema político, tanto o Democrata como o Republicano, levando ao crescimento de empresas que eram apoiadas pelo Presidente Clinton. Foi em 1999 que o Citigroup, a maior empresa de serviços financeiros no mundo, foi formado a partir da fusão do Citicorp e do Travelers. Esta fusão acabou por violar a lei Glass-Steagal que impedia os bancos, com depósitos de clientes, de participarem em atividades bancárias de risco. Posteriormente, o Congresso aprovou a lei Glemm-Leach-Biley que anulava a Glass Steagal, abrindo caminho a novas fusões e, consequentemente, ao ganho de importâncias astronómicas pelo vice-presidente do Citigroup. Continua na próxima edição (Escrito ao abrigo do acordo ortográfico)


Jornal da Batalha

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Cultura Batalha

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Cultura Congresso da Alta Estremadura

Batalha promove-se em Espanha e Holanda m Jornalistas espanhóis e holandeses estiveram na Batalha, afim de se inteirarem das suas realidades turísticas

O concelho da Batalha e a região envolvente, receberam a visita de jornalistas espanhóis e holandeses, com o objectivo de tomarem contacto com a nossa realidade e, ao mesmo tempo, promoverem a região. Com esta finalidade, no início do mês de Setembro, duas jornalistas holandesas visitaram o concelho da Batalha e a região da Estremadura, como refere uma local publicada na página digital do Município da Batalha. Já no passado fim-de-se-

mana de 23 a 25 de Setembro, seis jornalistas espanhóis estiveram de visita ao concelhio da Batalha, “com o objectivo de tomarem contacto com os diversos produtos turísticos existentes”, pode ler-se na referida notícia. A comitiva de jornalistas de Espanha “teve ainda a oportunidade de participar na Procissão de Nossa Senhora do Fetal, manifestação religiosa ancestral que se realiza na freguesia de Reguengo do Fetal”, explica a local em causa, adiantando tomaram con-

tacto também com “a gastronomia local, património natural edificado e ainda com as potencialidades da natureza”. A iniciativa, que trouxe ao concelho da Batalha, jornalistas de títulos como ABC, Época, Expreso, Alba, Más Viajes e Osaka, foi organizada pelo Município da Batalha e pretendia “promover turisticamente este território e as suas potencialidades, bem como alcançar mais visitantes do país vizinho”.

O CEPAE - Centro do Património da Estremadura, de colaboração com o Município de Ourém, vai levar a efeito nos próximos dias 28, 29 e 30, na cidade de Ourém o 1.º Congresso de História e Património da Alta Estremadura. Os temas a apresentar, que terão de abranger a área geográfica do distrito de Leiria e do concelho de Ourém, comportam as seguintes secções: Arqueologia, História, História da Arte, Património Cultural e Património Natural. As sessões decorrerão em duas salas, onde serão apresentadas as comunicações em simultâneo, nos dias 29 e 30, a partir das 09,00 horas. Da Comissão de Honra do Congresso, que é presidida pelo Secretário de Estado da Cultura, fazem parte algumas personalidades ligadas à educação e cultura e os presidentes dos 16 municípios do distrito de Leiria e de Ourém. A Comissão Científica é constituída por Saul António Gomes, que preside, João Pedro Bernardes, Pedro Redol, Fernando Magalhães e José Alho. Já da Comissão Executiva fazem parte Joaquim Ruivo, Ana Saraiva, Eduardo Oliveira, Gonçalo Cardoso e Mário Rodrigues.

P livros O Diário “perdido” da viagem de José Cornide por Espanha e Portugal em 1772 Mário Rui Simões Rodrigues M

Como se refere na Nota Pr Prévia “a presente obra te como objectivo printem cipal dar a conhecer o diário da viagem de José Cornide, por Espanha e Portugal, em 1772, que se pensava estar perdido”. Esta obra, escrita em português e castelhano, transcreve algumas notas de um manuscrito “desconhecido em Espanha”, que pretende dar a conhecer o que José Cornide escreveu aquando da sua passagem pela nossa região, especialmente, por Pombal, Leiria, Marinha Grande, Batalha, São Jorge, Alcobaça, Caldas da Rainha e Óbidos. Se acordo com a obra, José Cornide chegou à Batalha, numa primeira visita, em 3 de Maio de 1772 e, numa segunda visita, em 5 de Dezembro de 1800, tal como acontecera com São Jorge, em cuja ermida esteve em 4 de Maio de 1772 e 6 de Dezembro de 1800. Esta obra é a primeira de uma nova colecção do CEPAE, intitulada “Estudos e Documentos”. Trata-se de uma edição do CEPAE – Centro do Património da Estremadura.

A Estrada de Rio Maior a Leiria em 1791 Ricardo Charters d’Azevedo Ri Trata-se da mais recente ob de Ricardo Charters obra d’A d’Azevedo, cuja apresentaçã teve lugar no passado ção di 17 de Setembro, no Ardia quivo Distrital de Leiria. Com mais de centena e meia de páginas e quatro cartografias, a obra “constrói-se” a partir de um mapa topográfico existente no Instituto Geográfico Português, mandado levantar, por ordem de D. Maria I, em 1791, com o fim de determinar o percurso da Estrada Real desde a serra de Rio Maior a Leiria. Este livro, mais concretamente “um estudo alargado”, detém-se sobre os elementos concretos do mapa, do traçado à toponímia, mas muito especialmente sobre os seus autores porque, à excepção de um dos oficiais que o elaboraram, todos os outros têm ligações com Leiria. O extenso mapa, com 2,38 metros, “a todos os títulos precioso”, não só apresenta a orografia como indica as povoações e as propriedades particulares que, ao tempo, se encontravam de um e outro lado da nova estrada. Desde a antiguidade foram sendo usados cinco percursos diferentes entre Rio Maior e Leiria pelo que o delineamento da Estrada Real entre estes dois pontos, nos finais do século XVIII, obrigou a uma escolha, que teve razões, mas também consequências, técnicas, económicas e sociais. É uma edição Textiverso.

Mosteiro de Santa Maria de M Cós (Alcobaça) Có Ana Margarida Louro An Martinho M

Este livro sobre o antigo complexo cisterciense de Santa Maria de Cós corresponde a uma parte substancial da dissertação de mestrado em Recuperação do Património Arquitectónico e Paisagístico, que a autora defendeu na Universidade de Évora, em Janeiro de 2007. O estudo foi elaborado sob a minha orientação científica; daí, o meu acrescido contentamento por apresentar aos leitores a difusão do trabalho académico de uma aluna atenta e esforçada. Com este volume monográfico, resultado de um manifesto amor pela sua terra natal de Alcobaça, a Mestra Ana Margarida Louro Martinho propõese contribuir para um entendimento mais aprofundado daquele singular recanto histórico e arruinado conjunto monástico regional e apelar à sua salvaguarda e valorização, apropriadas e integradas. Num país ainda muito órfão de ensaios consistentes acerca da percepção técnica, histórica e patrimonial da cultura arquitectónica cisterciense, é deveras gratificante observar o recente desenvolvimento que está a merecer o ensino e a investigação da arte de construir desta Ordem. É uma edição Folheto – Edições e Design.

O último silvo do vapor Luís Lu Vieira da Mota

Jaime, o decano e centená nário passageiro da Linha do Douro, retirado e muito de desiludido com o fim das lo locomotivas a vapor, recebe a visita do seu amigo Quim, o experiente maquinista mágico do fogo, que lhe anuncia uma boa nova: a Companhia vai promover uma viagem especial com máquina a vapor, para a qual convida os passageiros que mais assíduos foram naquela linha. Jaime rejubila, desperta do letargo de há muitos anos e aceita o convite. No dia aprazado, ao reencontrar os antigos companheiros de muitas viagens, revê e reconstitui os dramas, as cenas jocosas, as disputas, as invejas e ciúmes, os enredos de muitas histórias e, principalmente, os tremendos estragos que em todos eles provocou a aparição daquela morena quando embarcava no comboio da manhã e saía à noite na estação do Juncal, todas as quintas-feiras. Luís Vieira da Mota retrata o ambiente da Linha do Douro, com a sua lufa-lufa, concebendo uma trama à volta da figura de uma jovem que não deixa nenhum homem indiferente, mas que tem um fim trágico, arrastando consigo todos os que tinham nela um motivo aliciante para fazer a viagem. É uma edição Textiverso.


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Batalha Ensino

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Jornal da Batalha

Ensino

Dia do Diploma comemorado

Dia Mundial da Música

m Sem o cheque de

O Dia Mundial da Música foi comemorado no Colégio de São Mamede, na semana de 30 de Setembro a 7 de Outubro. Uma nota informativa enviada à nossa redacção começa por definir a música que não é tarefa fácil, porque apesar de ser intuitivamente conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que abarque todos os significados dessa prática”, pelo que mais do que qualquer outra manifestação humana, “a música contém e manipula o som e organiza-o no tempo” e é talvez por essa razão, que “ela esteja sempre a fugir de qualquer definição, já que ao buscála, a música já se modificou, já evoluiu”. E esse jogo do tempo “é simultaneamente físico e emocional”. A música também “pode ser definida como uma forma linguagem em que se utilizam a voz, os instrumentos musicais e outros artifícios, para expressar algo a alguém”. Para que melhor se entenda esta definição, durante aquela semana, teve lugar “um concurso de instrumentos, construídos pelos alunos inscritos nas aulas de Educação Musical”, adianta o documento, que acrescenta que “os alunos construíram os instrumentos individualmente ou em grupo, utilizando materiais reutilizáveis, tendo depois, os restantes alunos da escola, “oportunidade de visitar a exposição, que esteve patente no 1.º piso do edifício principal, e votar no instrumento que, na sua opinião, é o melhor de todos”.

quinhentos euros, o Agrupamento de Escolas da Batalha, entregou os diplomas aos melhores Da n iel a Montei ro Henriques, com a média final de 18,1 e Telmo Alexandre Vieira Vicente, com 17,3, finalistas dos cursos de Ciências e Tecnologias e Profissional Técnico de Informática e Gestão, respectivamente, foram os melhores alunos do Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB), no ano lectivo 2010/2011, agraciados com os Diplomas de Mérito. A cerimónia teve lugar no passado dia 30 de Setembro, nas instalações de Escola Secundária da Batalha e contou com a presença da Directora Regional da Edu-

cação do Centro (DREC), Cristina Oliveira, que fez a entrega dos diplomas aos alunos vencedores. Na ocasião, Cristina Oliveira, regozijou-se com esta cerimónia e incentivou os alunos a acreditarem no futuro, pois “é possível realizar os vossos sonhos, embora para isso, seja necessário muito trabalho e empenho”. Lançou também um apelo aos professores para que “sejam exigentes para com os alunos” e aos pais para que “apoiem os seus filhos e também os professores nesta tarefa difícil”. A cerimónia iniciou-se com o grupo de teatro do Agrupamento a recitar versos do poema de António Gedeão “Pedra Filosofal”. Entre a apresentação dos melhores alunos de cada ciclo, elementos do grupo iam apresentando peque-

p Telmo Vicente e Daniela Henriques nos poemas. Também, a meio da cerimónia, se realizou um momento musical, com a participação dos alunos de Educação Musical, do 6º ano. Os alunos galardoados, para além dos diplomas, receberam material didác-

tico, oferecido pela Porto Editora, uma vez que o Ministério da Educação cancelou a oferta monetária que havia sido instituída pela ministra Maria de Lurdes Rodrigues. Armindo Vieira


Jornal da Batalha

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Ensino Batalha

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Mega-inquérito ouve pais sobre escola pública m Foi um mega-inquérito. Quase dois mil encarregados de educação inquiridos, mais de mil responderam. Pela primeira vez, a opinião que pais e encarregados de educação têm sobre a escola pública do concelho da Batalha, ficou preto no branco.

Estarão os pais satisfeitos com a qualidade das instalações escolares? Acreditam que os seus filhos estão em segurança? Têm uma boa relação com os professores? Estas são algumas das opiniões para as quais eram urgente encontrar a resposta. E a associação de Pais do Agrupamento de Escolas da Batalha partiu em descoberta das respostas. Mais ainda num ano re-

pleto de mudanças: o novo agrupamento juntou as diversas escolas do concelho, funcionou com uma direcção provisória, teve de se adaptar a algumas imposições do Ministério da Educação e aguardava a intervenção na reabilitação das escolas por parte da empresa Parque Escolar. A Batalha, era, afinal, um exemplo do processo de mudança que se passa em muitos locais do país. E a incerteza era muita. Mas como se pode saber o que vai na cabeça dos encarregados de educação? Perguntando-lhes, pois claro. “Quando participamos nas reuniões com os vários órgãos das escolas, por vezes colocamos questões e alertas e boa parte das vezes o que recebíamos de resposta eram ‘nins’ uma vez que não há informação”, explica Nuno Monteiro, presidente da Assembleia-Geral da Associação de Pais. Os representantes dos encarregados de educação rapidamente perceberam que havia um conjunto enorme de informação que ninguém detinha. “Decidimos

ir procurar essa informação junto dos pais”. Em boa verdade, essa é uma decisão que é mais fácil de tomar do que implementar. Não obstante, avançou um inquérito por questionário, entregue aos encarregados de educação dos 1.954 alunos do agrupamento que reúne todos os graus do ensino público existente no concelho da Batalha. Nuno Monteiro não esconde que foram surpreendidos pela taxa de resposta. “Recebemos 1.125 questionários, o que representa uma taxa de 58% de respostas. Confesso que estávamos à espera de uma taxa de resposta de 15 ou 20%”. Naturalmente, com mais de um milhar de questionários para analisar, o trabalho foi imenso. Mas os representantes de pais e encarregados de educação não têm dúvidas: têm em mãos um instrumento valioso. “É essencial para podermos melhorar o nosso desempenho na defesa do interesse dos alunos, pois permite-nos aferir quais são as principais áreas em que temos

de trabalhar”, refere Nuno Monteiro. A análise dos resultados revelou algumas surpresas. Afinal, apesar do ano conturbado, 82% dos encarregados de educação consideram boa ou muito boa a qualidade de ensino. 76% por cento avaliam como boa ou muito boa a evolução na aprendizagem dos alunos e 62% consideram boa ou muito boa a segurança na escola, por exemplo. “Perante tantas dificuldades, atropelos e situações difíceis com o novo agrupamento, imposições por parte do Ministério da Educação, esperávamos que os pais tivessem um voto de protesto, embora não desejássemos que isso acontecesse”, admite Nuno Monteiro. Ainda assim, alerta: “a percentagem de pais insatisfeitos também é preocupante. Enquanto houver um pai insatisfeito, há trabalho a fazer”.

Qualidade da alimentação no refeitório Sem Opinião 12%

Mau 4%

Muito Bom 12% Suficiente 33% Bom 39%

Relacionamento dos professores com alunos Sem Opinião 5%

Mau 1% Suficiente 13%

Muito Bom 32%

Bom 49%

Segurança espaço escolar Sem Opinião 5%

Mau 6%

Muito Bom 15%

Bom 47%

Associação de Pais da Batalha tem novos dirigentes A Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos do Agrupamento de Escolas da Batalha (APEEAAEB), reuniu em Assembleia-Geral no passado dia 23 de Setembro, a fim de, entre outros assuntos, eleger novos órgãos sociais. Assim, a APEEAAEB passou a ter na presidência Elisabete Guilhermino, que se encontra na direcção acompanhada de Patrícia Kelly, como vice-presidente, Luís Conceição,

como secretário, Cecília Gomes, como tesoureira, para além de Natividade Sousa, Irene Valverde, Pedro Dias, Ivone Neves, Lina Sousa, Paulo Soares, Célia Ferreira, Sandra Damião, Lurdes Monteiro, Elisabete Ferreira, Helena Gomes, Hélder Ribeiro, Natalina Carreira, Fátima Calhau, Sofia Novo, Paulo Gomes, Carlos Repolho, Maria José Valério e António Sobreira, como vogais. A Mesa da Assembleia-

Geral é presidida por Nuno Monteiro que tem como vice-presidente Carlos Valverde, Noélia Oliveira, como secretária e Carlos Agostinho e Ernesto Jordão, como vogais. A presidir ao Coselho Fiscal está Paulo Batista Santos, que tem como secretária Elisabete Guerra e como vogais Paulo Vieira, Nelson Sousa e Núria Serra. Enqua nto Nuno Monteiro, Paulo Batista Santos, Carlos Valverde e

Elisabete Guilhermino, representam a Associação no Conselho Geral, Patricia kelly, Célia Ferreira e Elizabeth Guerra, fazem-no no Conselho Pedagógico. Na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens/CPCJ estão Elizabeth Guerra e Nuno Monteiro, no Observatório de Qualidade está Nelson Sousa e na Comissão de Conflitos / Gabinete do Aluno encontra-se Helder Ribeiro.

p Os novos dirigentes da Associação de Pais

Suficiente 27%


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Batalha Saúde

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Jornal da Batalha

Saúde

Policlínica D. Nuno promove rastreios gratuitos m Rastreios dos factores que são os principais responsáveis pelas doenças cardiovasculares, rastreios auditivos e de medicina dentária e outros, são algumas acções que a Policlínica D. Nuno, sedeada na vila da Batalha, está a implementar, com vista à boa saúde dos batalhenses.

Uma dessas acções, teve lugar no passado dia 1 de Outubro, destinado ao despiste dos factores de risco das doenças cardiovasculares, que consistiu em , verificar “os níveis de colesterol, açúcar controle de tensão arterial e peso”, cuja afluência “superou as nossas expectativas”, uma vez que “mais de meia centena de pessoas estiveram no rastreio”, como explicou ao Jornal da Batalha, Manuel Órfão, médico e um dos responsáveis pela Policlínica D. Nuno, acrescentando que “em paralelo decorria uma rastreio auditivo” promovido por “uma empresa com quem mantemos parceria”. Segundo o clínico, esta iniciativa, assim como outras “que nos propomos efectuar”, vêm no sentido “recuperar algumas acções anteriores que se faziam há algum tempo na Batalha”, não por iniciativa desta Policlínica, mas do Centro de Saúde, que tinha por finalidade “a promoção e divulgação de alguns cuidados de saúde”. A Policlíni-

ca D. Nuno como entidade prestadora de serviços de saúde tem uma função social e serviço público, apostou nestas iniciativas com duas vertentes, “primeiro a prevenção para a saúde e a segunda para mostrarmos que existimos e apesar de sermos uma instituição privada, não funcionamos num circuito fechado, mas sim procuramos prestar um serviço à população”, disse. Para além destes ras-

treios “que surgem esporadicamente”, a Policlínica D. Nuno, promove “um rastreio permanente que tem a ver com a higiene oral, também gratuito, e, em que se faz um ‘chek-up’ à boca e dentes”, para o qual deve “efectuar-se marcação prévia”, adianta Manuel Órfão. Outro serviço que a Policlínica efectua, é o da medicina desportiva, em que “efectuamos exames médicos aos atletas das co-

s registo A Policlínica D. Nuno como entidade prestadora de serviços de saúde tem uma função social e serviço público, apostou nestas iniciativas com duas vertentes, “primeiro a prevenção para a saúde e a segunda para mostrarmos que existimos e apesar de sermos uma instituição privada, não funcionamos num circuito fechado, mas sim procuramos prestar um serviço à população”, refere o médico Manuel Órfão, um dos responsáveis pela Policlínica.

lectividades do concelho”, com quem “mantemos parcerias”, explica o clínico. Este serviço é prestado nas instalações da Policlínica mas também nas magníficas instalações desportivas do município, que realçou como exemplares, onde se pode ver uma população jovem a praticar desporto com alegria na zona periférica inúmeros pessoas a fazerem caminhada, outra maneira de prevenção das doenças cardiovasculares e outras, disse. A avaliação psicológica para condutores “obrigatória para os motoristas de pesados”, como explica o médico da Policlínica D. Nuno, consta também dos “serviços que prestamos com a qualidade que todos os que por lá passaram podem comprovar”. A Policlínica D. Nuno é uma instituição privada, com instalações próprias na zona do Moinho de Vento, na vila da Batalha, que presta cuidados de saúde e tem uma função de serviço público, pois sempre que “somos convidados a participar fazemo-lo, uma vez que estamos abertos à comunidade, no sentido de participar em actividades que visem a promoção de saúde, quer sejam promovidas por nós quer por outras entidades, com a nossa colaboração”, no entanto, “não podemos esquecer o papel do Centro de Saúde, e muito menos substituí-lo, mas podemos e queremos complementar algumas actividades na comunidade”, adiantou o clínico responsável. Para além destes rastreios estão pensados, a curto/médio prazo, a promoção de outras acções e serviços. Armindo Vieira


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Outubro 2011

CLÍNICA DE MEDICINA DENTÁRIA DA BATALHA

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Clínica Dentária e Osteopática Direcção Clínica: Drª. Ana Freitas

CONSULTAS DE 2.ª S A SEXTAS DAS 9.30 H ÀS 12.30 H E DAS 14.00 H ÀS 19.00 H

AOS SÁBADOS DE MANHÃ

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Dr. Carvalho Dr.ª Delfina Dr. Órfão

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SERVIÇOS Avaliação psicológica para os condutores Enfermagem Fisioterapia ao Domicilio Dança para Bebés Preparação para o Parto Check-up dentário gratuito Avaliação da Tensão Arterial Electrocardiogramas Análises Clínicas Rastreio Auditivo

Especialidades - Medicina Dentária – Drª. Ana Freitas Restauração, próteses fixas e amovíveis, branqueamentos e implantes - Osteopatia – Dr. Carlos Martins Tratamento de hérnias, ombros, tendinites e correcção postural - Acunpuntura Médica - Dr. Francisco Fernandes Auricoloterapia, Tratamento de Dor e Estética - Psicoterapia e Hipnose Clínica – Dr. António Venâncio Auto-ajuda, depressões, baixa auto-estima. - Psicologia de crianças e adolescentes Problemas de hiperactividade, medos, crises familiares, dificuldades de aprendizagem. - Terapia da fala – Drª. Eva Pinto Problemas de dislexia, paralisia cerebral, gaguez, dificuldade em engolir e problemas de compreensão. - Aulas de preparação para o parto – Enfª. Carina Carvalho (Enfermeira especialista do Hospital de Leiria)

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Batalha Cultura

Outubro 2011

Jornal da Batalha

Património

Património e a nossa obrigação de o preservar (II) Os pombos estão a ser um problema grave no Mosteiro. As suas fezes, que empestam as escadas das torres de acesso aos terraços do Monumento, corroem o calcário, e os seus ninhos entopem, os escoadouros das águas pluviais, ou seja: as gárgulas, causando a formação de charcos perigosos para as coberturas do edifício. Houve um longo período em que o Mosteiro esteve livre desta praga, mas há poucos anos, por razão que desconheço, os pombos voltaram. Mas em épocas mais recuadas eles já eram uma preocupação das entidades oficiais do mais alto nível, quero dizer: do próprio Rei, embora por outros motivos: a população ao tentar caçálos, para fazer uma canjinha ou outros petiscos, acabava por destruir à pedrada ou mesmo a tiro os preciosos vitrais e lascar o frágil calcário. Em 30 de Janeiro de 1521 el-rei D. Manuel I rubrica alvará, que peço licença ao grande Historiador, Professor Doutor Saul António Gomes, notável investigador da história batalhina, para transcrever, embora actualizando a grafia, o que lhe tira o sabor mas o torna acessível ao comum dos cidadãos como eu, do 4º volume das suas “Fontes Históricas e Artísticas do Mosteiro e da Vila da Batalha”: “Nós el-Rei fazemos saber a quantos este nosso alvará virem que somos informados de que algumas pessoas atiram com bestas e espingardas ao Mosteiro da Batalha às pombas que nele andam com os quais tiros fazem muita perda e dano no dito Mosteiro, pelo qual defendemos e mandamos que uma pessoa não

atire ao dito Mosteiro tanto aos telhados como em redor com besta ou espingarda sob pena de quem o contrário fizer perder a besta ou espingarda para o dito vedor. E assim para a perda que no dito Mosteiro fizer (a pagar) com cadeia. E mandamos a todas as justiças que assim o cumpram e este alvará se apregoará na dita vila para a todos ser notório e depois não invocarem ignorância. Feito em Lisboa aos 30 dias de Janeiro. Diogo Rodrigues o fez. Ano de 1521.” Contudo se o problema ficou resolvido no tempo de D. Manuel I, o que lhe restava pois havia de falecer em 13 de Dezembro do mesmo ano de 1521, e talvez durante mais alguns anos, em 1611 já há notícia de novos estragos no Mosteiro provocados pela mesma, e parece que desenfreada e cega, caça aos pombos. Conforme o Professor Saul António Gomes, numa série de artigos publicados em Junho e Julho de 1995 no semanário leiriense “O Mensageiro”, subordinada ao tema “A Protecção do Mosteiro da Batalha nos Séculos XVII e XVIII”: “(…) Em correição de 17~/IV/1611, o corregedor da Comarca de Leiria, Licenciado Gonçalo Pires Vinhato, determina pena de prisão com dois mil reais de multa a todos os que atirassem com pelouros ou munições de espingarda a gralhas e pombas pousadas nos coruchéus, tectos e cimalhas do Mosteiro. Donde advinha muita vidraça partida, com natural prejuízo para se reporem os vitrais danificados. A decisão foi apregoada na praça da vila, num domingo, 8/V/1611, quando muita cópia de gente saía da missa. (…) Os estragos

p Nada pode exemplificar melhor os cuidados a ter com a conservação do Mosteiro do que esta imagem em que vê a cabeça de um dos santos menores do pórtico principal, caída há pouco e logo recolocada. Segura-a o Dr. Júlio Órfão. O Mosteiro requer constante exame e constantes restauros, avolumando-se-nos a preocupação de que o estado lastimoso das finanças do nosso País venha a ter graves repercussões na defesa e preservação do nosso património nos vitrais contudo não pararam. Em 22/XII/1784 (cento e setenta e três anos depois da citada correição), o doutor Luís Xavier Valente Gouveia, corregedor da Comarca de Leiria, fez saber aos juízes ordinários da vila da Batalha que era interdito que se caçasse junto ao Mosteiro, quer aos que possuíam espingarda e procuravam atirar às pombas pousadas nos telhados conventuais, quer aos “filhos de família” e “criados de servir” que atiravam com pedras de mão, ou de funda aos coruchéus, tectos, capelas, cimalhas e vidraças do edifício (mas aqui parece que não era apenas

o desejo de caçar as aves, mas pura malvadez dalguns rapazinhos da vila). Aos infractores reservava-se pena de cadeia com multa de dois mil reis. Mais se proibia que “os filhos e criados” ou seja, os jovens de então causassem motins e alaridos juntos dos patins e portas da igreja conventual. Em 8/ IV/1796, estas determinações foram renovadas (…)”. Como se adivinha pelo que atrás é dito, não eram apenas os pombos, e até as gralhas, o motivo do Monumento ser alvejado constantemente com toda a sorte de projécteis. Havia uma outra razão de que se dá conta a seguir, servindo-

me de novo do estudo que o Professor Saul Gomes publicou em “O Mensageiro”, em 1995: a falta de educação e de sensibilidade da população. “(…) De uma correição de 6/V/1791 e de uma postura da autarquia da Batalha de 14/V/1791, escreveu o Professor Saúl Gomes, se colhe a notícia de um grupo de rapazes da vila terem ido “à portaria deste Convento de São Domingos e lançarem abaixo um dos apóstolos fazendo-o em migalhas”. O que era corrente pois que “os rapazes (e raparigas) desta vila tomam todos os dias por empresa despedirem pedradas às portarias, vidraças e a todo o mais edifício do referido Convento e Igreja com grave prejuízo deste e dos religiosos e de toda a sua família”, o que nascia de “que os Pais e Mães de família não dão aquela Educação que devem a seus filhos, netos e familiares, não os castigam nem os repreendem”. Ficamos, assim, com uma ideia do comportamento do rapazio da vila, tanto “os meninos” das famílias abastadas como os das mais humildes, os criados de servir, como se regista no texto, naquele século XVIII em que se supunha mais respeito na população e uma vida de maior sossego para a comunidade dominicana. Não há dúvida que a História, a grande mestra da Vida, nos vai ensinando coisas de que nem suspeitávamos. Embora sem se ir a pormenores como estes de que aqui damos fé, a História, liberta de engulhos ideológicos e político-partidários que a distorcem a seu favor e por sua inteira conveniência, devia ser, em todos os graus de ensino, ensinada

nas Escolas e transformada, como a Língua e a Literatura Portuguesas, numa das principais e mais exigentes cadeiras. E o amor ao património histórico também ali devia ser incutido desde as mais tenras idades. Ainda a propósito dos pombos, indesejáveis habitantes do Mosteiro, é curioso registar outras espécies que habitualmente nidificam no monumento como os andorinhões (que o habitam entre Abril e fins de Julho), os morcegos e as corujas, as três úteis como caçadoras de insectos, os peneireiros das torres (milhafres, para se entender de que aves se trata) e uma infinidade de pequenas aves como os verdilhões, os xaréus (pardais de telhado), os melros, os ferreiros, etc.. Ultimamente tem-se assistido à permanência de uma das variedades de andorinhas, que me parece tratarse das andorinhas das rochas, sedentárias da Península Ibérica, mas que até há pouco eram sobretudo vistas nas margens do Guadiana durante o Inverno. A alteração do clima, que se está a verificar, é capaz de ser a responsável por esta nova habitante do Mosteiro. É também curioso referir que em tempos passados, as cegonhas por ali nidificaram (daí talvez a razão do Coruchéu da Cegonha) e que nos anos 90 do século XVIII conforme William Beckford, um noviço do Convento tinha à sua guarda uma cegonha domesticada (1º volume dos “Apontamentos para a História da Batalha”). José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (107) Obras consultadas: As indicadas no texto


Jornal da Batalha

Outubro 2011

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro Rua Francisco Serra Frazão, lote B, 4º r/c dto - 2480-337 Porto de Mós Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia dezassete de Outubro de dois mil e onze, exarada a folhas cento e vinte e três do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Cinquenta e Dois – A. José Luís Costa Vieira da Silva e cônjuge Maria Delfina Pimpão Monteiro, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia e concelho da Batalha, lá residentes em Casais dos Ledos, Nifs: 114 268 762 e 185 206 468, declararam: Que, com exclusão de outrem, ele marido é dono e legítimo possuidor do seguinte bem: Prédio urbano, sito em Casais dos Ledos, freguesia e concelho da Batalha, composto de rés do chão para garagem, com a área coberta de vinte e dois vírgula cinquenta metros quadrados e descoberta de trezentos e trinta e quatro vírgula cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com Rua Principal, sul e poente com Maria Piedade Santos Pimpão, nascente com Maria da Piedade Santos Pimpão e Maria Rosa, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 8.918, com o valor patrimonial de € 1.970,00. Que adquiriu este prédio por doação verbal de Pedro Vieira da Silva e esposa Maria Irene da Piedade Costa, residentes em Golpilhiera, Batalha, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e oitenta e oito, ainda no seu estado de solteiro. Não obstante não ter título formal de aquisição do referido prédio, foi ele que sempre o possuiu, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defendeu a sua posse, pagou os respectivos impostos, gozou de todas as utilidades por ele proporcionadas, fez obras de conservação, guardou a sua viatura, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecido como seu dono por toda a gente, fazendo-o ostensivamente e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que o justificante invoca, como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, dezassete de Outubro de dois mil e onze. A Colaboradora com delegação de poderes, Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes Jornal da Batalha, ed. 255, de 18 de Outubro de 2011

Cartório Notarial da Batalha Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas oitenta e três a folhas oitenta e quatro verso, do Livro Cento e Setenta e Seis – B, deste Cartório. Maria Rosa Moreira Cordeiro, NIF 137 386 710, solteira, maior, natural da freguesia e concelho da Batalha, residente no lugar de Bico Sacho, Golpilheira, Batalha, declara que por escritura de Justificação outorgada neste Cartório, no dia treze de Junho de mil novecentos e noventa, exarada a folhas sessenta e nove e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número cento e vinte e oito-B, adquiriu por usucapião, entre outros, o prédio rústico, com a área de dois mil e sessenta metros quadrados, sito em Freixo, freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, a confrontar de norte e poente com José Oliveira Guerra, de sul com José Monteiro Filipe e de nascente com ribeiro não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, e inscrito na matriz predial rústica da freguesia da Batalha, sob o artigo 2561; Que veio depois a constatar, após levantamento topográfico efectuado, que a área do citado prédio se encontrava incorrecta, pelo que, por este acto rectifica aquela escritura de justificação, no sentido de nela passar a constar que o prédio nela justificado, identificado na verba um do documento complementar (artigo 2561 da freguesia da Batalha), tem e sempre teve a área de mil metros quadrados; Que rectifica ainda as confrontações do prédio para que passe a constar que confronta de norte com herdeiros de Manuel de Oliveira Guerra, de sul com Maria Gracinda Cordeiro Filipe, de nascente com ribeiro e de poente com herdeiros de Edmundo Monteiro Pereira; Que em tudo o mais confirma o inicialmente exarado na referida escritura de justificação. Está conforme o original. Batalha, três de Outubro de dois mil e onze. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes Jornal da Batalha, ed. 255, de 18 de Outubro de 2011

Necrologia / Publicidade Batalha

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Manuel Monteiro Jorge, de 82 anos, viúvo de Carmen Sousa Carreira, natural e residente em Golpilheira, Batalha. Faleceu no dia 18 de Setembro, no Lar Nossa Senhora do Fetal e foi sepultado no cemitério de Golpilheira.

Deolinda Inácia Frazão Joaquim Pereira de Carvalho, de 82 anos, casado com Júlia da Conceição Gomes Carvalho, natural de Calvaria de Baixo e residente em Calvaria de Cima. Faleceu no dia 22 de Setembro, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultado no cemitério de Calvaria de Cima. Maria da Glória Carvalho, de 98 anos, viúva de António Carreira Santos, natural e residente em Reguengo do Fetal. Faleceu no dia 2 de Outubro, no Lar Nossa Senhora do Fetal e foi sepultada no cemitério de Reguengo do Fetal.

Alcanadas – Batalha N. 23 – 10 – 1923 | F. 08 – 10 – 2011

Seu marido, Joaquim de Jesus Franco, filhos, Maria Madalena, Virgílio, Maria Lídia e Ramiro Frazão Franco, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer a todos os que os acarinharam nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como a todos os que acompanharam a D. Piedade até à última morada, esperando agora que descanse em Paz. Por tudo e a todos, bem-haja. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Maria Emília de Pina e Moura, de 93 anos, viúva de Luís da Piedade Rino, natural e residente em Faniqueira, Batalha. Faleceu no dia 2 de Outubro, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultada no cemitério de Batalha. Deolinda Inácia Frazão, de 83 anos, casada com Joaquim de Jesus Franco, natural da freguesia de Reguengo do Fetal e residia em Alcanadas, Batalha. Faleceu no dia 8 de Outubro, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultada no cemitério de Alcanadas. Carlos Manuel Dinis, de 52 anos, casado com Maria Irene Carreira Lavrador Dinis, natural da freguesia de Marrazes, Leiria e residia em Brancas, Batalha. Faleceu no dia 9 de Outubro, no Hospital de Santo André, em Leiria e foi sepultado no cemitério de Batalha. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Francisco Reis dos Santos 4º Ano de Falecimento

Passaram já quatro anos que partiste. Mas, o vazio da tua ausência parece maior a cada dia que passa.

Cartório Notarial da Batalha Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas oitenta e cinco a folhas oitenta e seis verso, do Livro Cento e Setenta e Seis – B, deste Cartório. Maria do Carmo Cordeiro Filipe Costa, NIF 179 971 484 e marido Abílio José Vieira Costa, NIF 160 192 102, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia e concelho da Batalha, ele da freguesia de São Pedro, concelho de Porto de Mós, residentes na Rua Nossa Senhora da Boa Viagem, nº 458, Bico Sacho, Golpilheira, Batalha, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores de metade indivisa do prédio rústico, composto de vinha com árvores de fruto, com a área do todo de mil quatrocentos e cinquenta e seis metros quadrados, sito em Porto Cheiinho, freguesia da Golpilheira, concelho da Batalha, a confrontar de norte com José Vieira da Silva, de sul com Maria do Carmo Cordeiro Filipe Costa, de nascente com estrada e de poente com ribeiro, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, e inscrito na matriz predial rústica da freguesia da Batalha sob o artigo 3172, com o valor patrimonial correspondente para efeitos de IMT e atribuído de € 562,35. Que adquiriram o identificado direito predial no ano de mil novecentos e oitenta e nove por compra verbal a Emília de Jesus Amaro e marido António Vieira da Silva, residentes na Batalha, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, possuem o identificado direito no prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o direito predial por usucapião. Batalha, três de Outubro de dois mil e onze. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes Jornal da Batalha, ed. 255, de 18 de Outubro de 2011

Maria Emília Pina e Moura Faniqueira – Batalha N. 08 – 09 – 1918 | F. 02 – 10 – 2011

Seus filhos, Luís, Fernando, Maria Fernanda e Joaquim Rino, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer a todos os que os acarinharam nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como a todos os que acompanharam a D. Emília até à última morada, esperando agora que descanse em Paz. Por tudo e a todos, bem-haja. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Funerária Santos & Matias, Lda. Serviços Fúnebres www.funerariasantosematias.pt.vu Telefone 244 768 685/244 765 764/967 027 733

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