Jornal da Batalha - Abril 2012

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PORTE PAGO

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Acusado de desviar 800 mil euros sai em liberdade

Comerciantes contestam obras na vila

Nova lei “salva” freguesia da Golpilheira

Tribunal obriga Rui Trovão a pagar 40 mil euros para escapar à prisão

Intervenção na rua da Estrada de Fátima não é consensual

Afinal, a reforma administrativa fica às portas do concelho da Batalha

| DIRETOR: Carlos dos Santos Almeida | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXII nº 261 | Abril de 2012

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Consultas no centro de saúde cresceram 17% no último ano W págs. 4 e 5

“Bombeiros não são uma empresa” Fátima Lucas, a nova presidente dos Bombeiros Voluntários da Batalha, em entrevista, explica o que vai mudar na corporação e os planos para o futuro da associação.

QUIOSQUE DA BATALHA De José Manuel Matos Guerra

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Wpágs. 10 a 14 Centro BTT “alimenta” 256 km de trilhos Saiba tudo sobre o novo centro que abre as portas do concelho aos praticantes do BTT. Este é o primeiro centro do país homologado pela Federação Portuguesa de Ciclismo.

Wpág. 19 Golpilheira vence taça e campeonato Equipa de Futsal Feminino do Centro Recreativo da Golpilheira, conquistou a Taça Distrito de Leiria de Seniores Femininos – Futsal. E o campeonato distrital.

Wpág. 22 Hospital das Brancas ganha nova valência Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição (CHNSC), nas Brancas, Batalha, inaugurou, no passado dia 11 a nova Unidade de Imagiologia.


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Opinião Espaço Público

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_ estatuto editorial

Baú da Memória

1. O Jornal da Batalha é um jornal mensal. 2. O Jornal da Batalha tem como preocupação dominante a defesa dos valores. 3. O Jornal da Batalha é um jornal independente de quaisquer forças políticas e/ou económicas. 4. O Jornal da Batalha rege-se, única e exclusivamente, pelos valores e princípios deontológicos que norteiam o exercício de uma Comunicação Social livre, democrática, aberta e responsável. 5. O Jornal da Batalha assume-se como palco privilegiado da reflexão necessária ao desenvolvimento do concelho da Batalha. 6. O Jornal da Batalha é pluralista na opinião. 7. O Jornal da Batalha é um espaço aberto a todas as opiniões, conscientes sobre temas de interesse para a região onde se insere. O Diretor

Evocando Joaquim Trovão Homem de grande integridade e de sensibilidade, apaixonado pela Música, tendo sido incansável divulgador do Fado e da guitarra para o que criou em sua casa uma aula, regida por Joaquim Rocha, para o ensino desse característico instrumento português, e com vários amigos, um grupo de interpretação de fados, componente e impulsionador da Orquestra Típica e Coral da Batalha, fundada pelo saudoso Joaquim Ceiça, antigo componente do Rancho Rosas do Lena, tocador exímio de instrumentos de cordas, fundador da Rádio Batalha, onde exerceu cargos nos corpos gerentes e onde manteve,

Jornal da Batalha

comigo, durante cerca de vinte anos a rubrica “Vila Heróica”, Joaquim Pinheiro Trovão, falecido em 19 de Março, é um batalhense que tem um lugar de relevo na história da nossa vila. Demais, pessoa de grande generosidade e com clara compreensão dos deveres cívicos e do serviço em prol do bem comum, tudo o que fez fê-lo graciosamente, com um notável espírito de doação dos seus dotes e virtualidades. Cumpre-nos fixar esta sua imagem de homem que soube servir a sua comunidade e de homenagear a sua memória.

José Travaços Santos

L Iniciativa

Livro conta história da família Guerra Com o salão do Centro Recreativo da Rebolaria completamente cheio, teve lugar no passado dia 24 de março, a apresentação da obra “Aniceto de Oliveira Guerra – A descendência de um exposto da roda do Hospital Real da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”, da autoria de Fernando Eduardo Guerra Pina. O autor nesta obra procurou ir ao início da família Guerra desenvolvendo as suas “ramificações da Batalha à Marinha Grande”.

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos dos Santos Almeida (C.P.nº 2830) Coordenador Armindo Vieira (C.P. nº 6771)

Em declarações ao Jornal da Batalha, Fernando Guerra Pina, depois de referir que é um autodidata “com gosto pela arte, pela escrita e pela história”, explicou que “há bastante tempo que me dedico à pesquisa das origens familiares”, e por isso, “me envolvi num trabalho de grande escala indo ao início da origem da família, contactando os familiares residentes na região da Batalha”. Fernando Guerra Pina adianta que recolheu ele-

mentos em várias instituições, desde o Arquivo Histórico da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ao Arquivo Distrital de Leiria, cruzou as informações e “decidi transcrever a história”, o que considera “muito motivador ter levado a cabo este trabalho, e penso que todos os descendentes desta família estarão igualmente satisfeitos com isso”. Contudo, remata “recordar a memória dos nossos antepassados, saber o que foram e donde vieram, é im-

Redatores e Colaboradores Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Carlos Ferreira, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)

portante nas nossa vidas”. Esta é a segunda obra editada por Fernando Guerra Pina – a primeira intitulase “Família Pina” – estando neste momento com três trabalhos em mãos, dois deles ligados à Marinha Grande sobre atividades culturais e um outro de geneologia. O livro da Família Guerra encontra-se à venda no Centro Recreativo da Rebolaria e no Quiosque da Batalha.

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário Região de Leiria Rua D. Carlos I, 2-4 - 2415-405 Leiria-Gare Apartado 102 - 2401-971 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal ; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


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Atualidade Batalha

Batalha mantém as quatro freguesias

Atualidade

Consultas no centro de saúde da Batalha crescem 17% m De acordo com dados divulgados em plena reunião do executivo camarário, com a entrada em funcionamento da nova unidade de saúde familiar, o número de consultas prestadas subiu de forma significativa

O número de consultas prestadas no Centro de Saúde da Batalha, agora Unidade de Saúde Familiar Condestável, aumentou 17,2 por cento no último trimestre do ano passado, quando comparado com período idêntico do ano anterior. Os dados foram recentemente revelados em reunião do executivo da Câmara da Batalha, depois de terem sido solicitados pelo vereador socialista, Francisco Meireles. A estatística é do Sistema de Informação das Unidades de Saúde e está publicada na ata da reunião de Câmara de 16 de fevereiro deste ano. Como se pode constatar

no quadro publicado nesta página, o crescimento no número de consultas varia entre uma subida de 13 por cento no ambulatório de adultos e os 560% no caso de consultas ao domicílio Em comentário a estes números, António Lucas, presidente da Câmara da Batalha, considerou que “os dados apresentam um crescimento exponencial, o que não pode deixar de ser considerado um dado positivo, revelando um es-

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forço em melhorar o serviço de saúde existente no concelho”. Já o vereador socialista adianta, de acordo com a ata da referida reunião, que “seria mais elucidativo se a informação versasse sobre o período anterior ao funcionamento da Unidade de Saúde Familiar (USF)”. Ainda assim, realça o “crescimento exponencial” de 560%, das visitas domiciliárias que passaram de 5 para 33; apesar do crescimento é um número de visitas domiciliárias baixo, no universo da população tão idosa das freguesias do Reguengo do Fétal e S. Mamede, que com certeza nunca deixará esta USF progredir para Modelo B pois qualquer contratualização, não se compadece com números tão baixos”. Recorde-se que a USF Condestável entrou em funcionamento em outubro do ano passado, tendo sido apresentada como uma unidade que privilegia situações de doença aguda durante todo o seu período de funcionamento, privilegiando o atendimento pelo próprio médico/enfermeiro de família. Funciona na sede, nos dias úteis das 8h às 20 h e, ao sábado, das 9 às 13 horas, e nos pólos de segunda a sexta, das 9 às 17 horas.

O concelho da Batalha vai ficar, afinal, inalterado no que se refere ao número de freguesias. Uma alteração final na lei que define a reorganização administrativa territorial autárquica, já aprovada no parlamento, deixa intactas as quatro freguesias do concelho. A versão final da lei, permite retirar um concelho do distrito de Leiria da lista daqueles que têm de reduzir o seu número de freguesias: e esse concelho é a Batalha. Até aqui, apenas os concelhos com menos de quatro freguesias poderiam escapar à reforma. O limite foi alargado para cinco. Resultado, a Batalha passa a juntar-se a Castanheira de Pera menos, Marinha Grande, Nazaré e Pedrógão Grande, nos concelhos que não vão necessitar de preocupar com este processo. Recorde-se que até aqui, a Batalha surgiu como tendo de reduzir para três o número de freguesias. Embora ainda sem uma decisão final, discutia-se a possibilidade de fusão entre Golpilheira e a Batalha, sendo que o próprio presidente da Câmara da Batalha, António Lucas, chegou a admitir propor que a sede da freguesia da Batalha deixasse a sede do concelho. Mas este é um cenário que agora já se não coloca. A lei está aprovada, e deixa a Batalha tal como está, como quatro freguesias: Batalha, Reguengo do Fetal, São Mamede e Golpilheira.

António Caseiro Pós Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Mestre em Fiscalidade Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Ediİcio Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 • Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 • Site: www.imb.pt • e-mail: imblda@mail.pt


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Batalha Atualidade

Entrevista

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Jornal da Batalha

Presidente dos Bombeiros fala ao Jornal da Batalha

“Este é um trabalho de grupo e não de uma pessoa só” Afirma-se como uma mulher simples e humilde, mas uma mulher de causas. Tem como um dos objetivos, ajudar os que mais necessitam e ser solidária com todas as associações. Chama-se Fátima Lucas, é gestora duma empresa de contabilidade e gestão e é, desde o passado mês de fevereiro, a presidente da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha. Quando a instituição comemora 34 anos, o Jornal da Batalha ouviu Fátima Lucas.

“ Atualmente, quais são os grandes desafios dos Bombeiros da Batalha? Neste momento os Bombeiros da Batalha têm como objetivo, conseguir fazer face aos serviços, porque todos sabemos que o país está a passar uma grande situação de crise económica e, neste momento, fazemos esforços por conseguir efe-

tuar serviços de modo a que, esses serviços façam face às despesas. Temos 21 trabalhadores e os encargos com pessoal são cerca de 300 mil euros por ano, com segurança social incluída. Por exemplo, no mês de janeiro deste ano, houve uma diferença nos serviços prestados na ordem dos 20 mil euros. Trata-se

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de uma diferença substancial, em que o Governo não quer ou não queria participar, nas situações que eles [Governo] consideram que não são urgentes, como é o caso das pessoas que fazem hemodiálise ou fisioterapia, assim como no transporte dos hospitais para as Unidades de Cuidados Continuados. O Governo con-

Isto não é uma empresa privada, mas sim uma associação com vários órgãos de gestão

sidera que não são casos urgentes e não querem, ou não queriam, efetuar esses pagamentos. Por vontade deles, as pessoas teriam que pagar esses serviços, o que não faz sentido, uma vez que as pessoas não têm dinheiro e então reduziram os serviços, porque se o Estado não paga, elas não têm dinheiro para o transporte

…se o Estado não paga, elas [pessoas] não têm dinheiro para o transporte e assim não podem fazer os tratamentos

e assim não podem fazer os tratamentos. Mas, a Liga dos Bombeiros Portugueses está a tentar tudo para que isso seja alterado. Quer então dizer que se o anunciado corte de financiamento do Ministério da Saúde, relativo ao transporte de doentes, for por diante, a situação dos Bombeiros agrava-se?

Sem dúvida. Agrava-se a situação dos Bombeiros da Batalha e de todos os outros Bombeiros. Por isso, agora temos procurar fazer uma boa gestão, reduzir custos, sobretudo, e tentar não esbanjar os nossos recursos e procurar que tenhamos o maior número de associados possível e procurar controlar a situação.

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Atualidade Batalha

m “…ser casada com o presidente da Câmara, não

m “Haverá uma ampliação do quartel em termos

influencia em nada o que faço nesta associação”

de espaço interior, o que em situações de emergência facilitará o trabalho”

Vai lançar uma campanha de angariação de sócios? Sim, vamos lançar uma nova campanha com vista à angariação de novos associados e, ao mesmo tempo, procurar cobrar as quotas dos associados, porque há muitas delas em atraso. Há associados com quotas com cinco, seis ou sete anos de atraso, o que não faz sentido nenhum, razão porque os iremos abordar e tentar saber se querem continuar ou desistir. Desempenha as funções de presidente da Direção. O que vai mudar na forma como a instituição é dirigida? Será um trabalho de continuidade? Será um trabalho com maior abertura, porque todas as minhas colegas, que compõem os órgãos sociais, têm capacidade. Isto não é uma empresa privada, mas sim uma associação com vários órgãos de gestão. O meu objetivo é delegar funções nas minhas colegas, uma vez que se trata de um trabalho de grupo e não de uma pessoa só. A gestão passa por todos os elementos diretivos, embora eu coordene toda essa gestão, pois terei de saber tudo o que se passa dentro da instituição. Trata-se de um trabalho de grupo, que terá de trabalhar em simultâneo com o Corpo Ativo, porque eles têm sempre uma palavra a dizer; há situações que eles sabem e eu não sei, mas com certeza me irão explicar. Este é um trabalho de grupo e não de uma pessoa só, volto a repetir. Como classifica o apoio que a comunidade canaliza para os bombeiros? O apoio da comunidade

é muito positivo. Até hoje não tive conhecimento de ninguém que se recusasse a dar qualquer donativo para os Bombeiros. Pelo conhecimento que tenho, todos os pedidos que efetuámos, por mais pequenos que fossem, foram aceites de boa vontade. As pessoas nunca negam qualquer oferta para os Bombeiros, porque sentem uma admiração e um carinho muito especial. Apesar da situação atual, as empresas, embora tenham alguma dificuldade em nos ajudar, fazem-no tal e qual e sempre de boa vontade. O mesmo se passa com os associados. Quer seja nos eventos ou em quaisquer outras ajudas, as pessoas nunca negam qualquer apoio.

uma maior redução de custos energéticos. Este será um investimento superior a 400 mil euros, em que haverá uma comparticipação comunitária, no âmbito do Programa POVT, de setenta por cento. Os Bombeiros da Batalha comemoram dentro de alguns dias34anosdeatividade.Como irão ser as comemorações? Serão de contenção. Vamos fazer os possíveis e os impossíveis para gastar o mínimo possível. Temos já algumas ofertas e vamos fazer desta comemoração um convívio entre bombeiros, famílias e responsáveis, porque no fundo, todos somos voluntários. Depois das obras concluídas poderá, talvez, haver outro tipo de festejos.

E o apoio camarário, é o devido? O apoio que a Câmara dá aos Bombeiros é o mesmo de há vários anos a esta parte. Não nos podemos esquecer que o presidente da Câmara é a autoridade máxima da Proteção Civil no concelho, portanto sempre apoiou e continuará a apoiar. Tem isso por dever. Sendo esposa do presidente da Câmara, esse fator poderá ser uma vantagem para a corporação? Está fora de questão ser vantagem ou desvantagem essa situação. Neste momento até está com algum atraso, até porque a Câmara também está com dificuldades. Tenho a sorte, felizmente, de ser casada com o presidente da Câmara, mas isso não influencia em nada o que faço nesta associação. Ele tem a tarefa dele e eu a minha, porque estas ativi-

dades são institucionais e ficam à porta de casa. Se não sentisse que tinha capacidade para aceitar este desafio não aceitava, até porque tenho humildade suficiente para reconhecer as minhas capacidades e até para pedir ajuda, quando dela necessito. A Câmara tem colaborado com os Bombeiros e, no futuro, continuará a colaborar do mesmo modo.

Adriano Manuel Solicitador

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O Quartel dos Bombeiros vai entrar em obras. O que vai melhorar com estas obras? Vai melhorar muita coisa. Haverá uma ampliação do quartel em termos de espaço interior, o que em situações de emergência facilitará o trabalho. As camaratas terão outras condições que até agora não tinham, com uma melhoria das condições de higiene, saúde e conforto. Iremos alterar os

balneários, a sala de equipamentos, a sala de formação, que terá capacidade para 45 pessoas, substituir a plataforma de telecomunicações, o que é urgente, e garantir a utilização eficaz de energia, com vista a uma redução de custos. Vamos instalar uma máquina de combustível para aquecimento de água, mas o objetivo é a instalação de coletores solares, para que haja

Com o atual contexto de crise, como se motiva os bombeiros a manterem a boa vontade e o voluntarismo para com os outros? Penso que é nestes momentos que temos que ser mais solidários para com os outros. Talvez a situação atual nos leve a ver as coisas noutra perspetiva e se calhar, tornamo-nos mais solidários para com os outros, porque a solidariedade é extremamente importante. Podemos não ter dinheiro, mas se tivermos um sorriso para um idoso ou para um voluntário que pôs a vida em risco e deixou um filho pequeno em casa, sem saber se volta, isso muitas vezes basta. Ajudar os outros é muito gratificante. Armindo Vieira Carlos S. Almeida


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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha Comerciantes e ATM alvos de encapuzados

Tribunal condena ex-contabilista que escapa à prisão m Apesar de ter de indeminizar os lesados em cerca de 800 mil euros, Rui Trovão tem de pagar 40 mil euros para permanecer em liberdade. A decisão do caso Contibatalha foi conhecida dia 9

O caso Contibatalha teve o seu desfecho dia 9 de abril a decisão judicial. Três anos depois de terem sido conhecidos os desvios de verbas do fisco e da Segurança Social, que se estimavam algures entre os 1,5 e os 2 milhões de euros e que se apontava terem lesado cerca de meia centena de empresas, o coletivo de juízes de Porto de Mós dá como provado um

desvio de cerca de 800 mil euros, referente a contribuições de não mais que dezena e meia de empresas. Muitas desistiram pelo caminho e a dimensão do caso foi-se esvaziando. Quando finalmente chegou o julgamento em fevereiro último, eram pouco mais de três dezenas de empresas. Metade apresentou queixa fora de tempo. Já o ex-contabilista, até à eclosão do caso figura proeminente na comunidade batalhense, saiu em liberdade, com uma pena de prisão de quatro anos e oito meses, suspensa por igual período. Até ao final da pena terá de depositar à ordem do tribunal, 40.880 euros, isto é, 5% do montante total que, apurou o tribunal, lesou as empresas. Ainda assim, se do património de Rui Trovão, atualmente totalmente

onerado, for possível retirar verbas que compensem as empresas, essas serão descontadas aos 40 mil euros. Para o tribunal, este montante é o “exequível” atendendo aos rendimentos atuais – cerca de 9.900 euros auferidos o ano passado – e expectáveis no futuro próximo do agora consultor, Rui Trovão. Maria Joana Morgado, juíza presidente do coletivo, sublinhou que atendendo aos factos provados, a pena suspensa é entendida pela “comunidade esclarecida”. E lembrou: não foi provado que o dinheiro tivesse sido utilizado para proveito próprio, tendo ficado claro o sincero arrependimento de Rui Trovão e a sua reinserção social, já em curso, com o apoio da família. Mais: o ex-contabilista já foi alvo de uma

larga exposição mediática. Agora, “poderá prosseguir a sua vida dentro do possível”, rematou a juíza no final da leitura do acórdão. Francisco Luís, advogado de Rui Trovão, aplaude a decisão.” A justiça está de parabéns quando decide assim, de acordo com critérios técnicos e longe das câmaras”, considera. Já Pedro Santiago, advogado de nove empresas lesadas em cerca de 700 mil euros, admite recorrer da decisão, visando aumentar a percentagem a pagar. Cinco por cento é curto. Quanto à decisão é claro: “face à prova feita em julgamento, é equilibrada”. A “comunidade só pode queixar-se de si própria”. Quando o caso surgiu, participou numa reunião de meia centena de lesados. Todos estavam indignados e tinham pistas

sobre o destino dado ao dinheiro. “Lamentavelmente, apenas dois ou três apareceram em tribunal para testemunhar isso mesmo”, reforça. Raquel Ferreira, que em tribunal representou uma instituição pública lesada em cerca de 60 mil euros, tem a mesma opinião. A sociedade que Rui Trovão geria, a Contibatalha, que era também arguida neste processo e cuja insolvência foi já declarada, foi condenada a pagar 20 mil euros de multa, sendo Rui Trovão responsabilizado pelo seu pagamento. O Tribunal de Porto de Mós decretou ainda a proibição do contabilista em exercer durante quatro anos a sua atividade, apesar de ter já sido expulso da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, na sequência de um processo disciplinar.

Três homens encapuzados, imobilizaram o segurança do centro de exposições Exposalão e roubaram o dinheiro da máquina ATM que aí se encontra, na madrugada do domingo de Páscoa. Tudo se passou cerca das quatro da manhã, altura em que o segurança do edifício efetuava a ronda, tendo sido imobilizado por três homens com a cara tapada. Foi amarrado a uma cadeira, tendo sido fechado numa casa de banho às escuras. Os assaltantes terão, depois, com o auxílio de um maçarico, roubado uma quantia não divulgada de dinheiro da máquina da rede multibanco. Terão sido auxiliados por um quarto elemento que entrou depois de aberto um portão. Os assaltantes fugiram pelas traseiras e colocaram-se em fuga num automóvel. O segurança permaneceu quatro horas amarrado, até que um seu colega chegou pela manhã e deu o alerta. A PJ está a investigar o caso. Já a habitação de um casal comerciante de ouro em mercados e feiras, foi assaltada na noite de dia 5, em São Mamede. O assalto foi levado a cabo por dois encapuzados, armados, cerca das zero horas. De acordo com a informação divulgada pela agência Lusa, que cita fonte da GNR, os dois indivíduos “levaram algum dinheiro”, num montante ainda por determinar, algumas caixas com ouro e uma viatura. A viatura foi encontrada incendiada a cerca de cinco quilómetros do local do assalto.

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Caro Munícipe, sabe que pode ajudar a nossa Associação de Bombeiros do Concelho sem qualquer custo?! Bastará que, aquando do preenchimento da sua declaração de IRS, preencha o quadro 9 do anexo H com uma cruz na frente dos dizeres “Instituições Particulares de Solidariedade Social ou Pessoas Coletivas de Utilidade Pública” e no campo 901 coloque o número de identificação fiscal da Associação de Bombeiros que é: 501239995. Com este acto, uma parte - 0,5 % - do IRS que pagou ou pagará aos cofres do Estado, reverterá a favor da nossa Associação de Bombeiros. Se tiver direito a reembolso, este manter-se-á intocável. Ajude-nos para que possamos ajudar a si ou a quem precise e um bem haja pelo seu contributo para esta causa humanitária.


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Atualidade Batalha

Freguesia da Batalha entrega donativos

s Opinião

O sonho comanda a vida

José Batista de Matos Consultor do Consulado Geral de Portugal em Paris

Sonhar é fácil, sonhar é necessário e, ao mesmo tempo, indispensável na nossa vida. Cada um de nós, com as nossas diferenças físicas, linguísticas e culturais, tem obviamente necessidade de sonhar, sonhar, sonhar, para vivermos os diversos sonhos, possíveis, impossíveis e imaginários. Naturalmente, para que a vida seja mais tranquila e responsável, é necessário para além dos sonhos tentar ser, pelo menos solidário, em especial para os mais frágeis física e intelectualmente. É sempre um sonho permanente e em constante renovação, viver e, se possível, ajudar o vizinho, o amigo ou inimigo, a viver no interior de cada um, para felicidade de todos! Esta constante do sonho faz parte da nossa constituição mental e física, que será sempre necessária, na

p Entrega do donativo à Santa Casa da Misericórdia

nossa própria vivência e no nosso planeta… Os sonhos ajudam a tranquilizar os espíritos, que só com eles a vida é muito mais doce, inventiva e poderá ser muito mais participativa às coisas da vida em comum, o que, queira-se ou não, é frutífera, para a humanidade e para os habitantes “dispersos” nos meios cósmicos do planeta. A criatividade está inexoravelmente ligada ao tal “sonho” tão badalado, na nossa atividade, tanto profissional como mundana, onde, naturalmente aparece o espiritual, inequívoco, para os sonhadores patenteados de realizações sonhadoras de riquezas milionárias, na outra fase da existência material, doença mental do outro lado da barricada, escancarada das imagens criadas pelos supostos donos do material do mundo atual, que nos dá a impressão do

desmantelamento da nossa actual sociedade que é inquietante, que faz crescer muitos cabelos brancos, na cabeça dos amigos da solidariedade e do amor!... Não será tarefa fácil, mas se tudo fizermos para convencer o maior número de homens e mulheres, sinceras e, pelo menos “puras”, a vitória será, temos esperança, uma vitória importante para o planeta. Estes velhos sonhos, que tão necessários são para a humanidade, será o grito da ressurreição tão prometida há mais de 20 séculos, e que só “agora” se tornará uma realidade, com a ajuda, e isto é “religioso”: dos que nos ajudam religiosamente na sub-consciência, na nossa prática quotidiana. De toda a maneira o sonho comanda a vida!

p Entrega do donativo à Associação dos Bombeiros Voluntários da Batalha No âmbito da comemoração dos 500 anos da criação da Paróquia e Freguesia da Batalha, a Junta de Freguesia procedeu à entrega de dois cheques de 1.200,00 euros cada, à Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha e à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha. Estas verbas resultaram da iniciativa da autarquia, que teve lugar no passado mês de Março, com um Festival de Sopas, apresentadas pelas coletividades da freguesia e realizada no âmbito das comemorações dos 500 anos da criação da Paróquia e Freguesia da Batalha, cuja receita total se saldou em 2.400,00 euros e cuja receite revertia a favor daquelas duas instituições. No âmbito dos festejos dos 500 anos, a Junta de Freguesia da Batalha leva a efeito, no próximo dia 21 de abril, a partir das 21,00 horas no Pavilhão Multiusos

da Batalha, conta com animação musical a cargo de Dj’s, uma festa destinada aos jovens. Nesta festa, serão entregues os prémios aos vencedores dos Concursos de Poesia e Fotografia, promovidos pela autarquia no mesmo âmbito e cujos resultados serão divulgados naquele dia. PASSEIO DE IDOSOS. Do programa constam ainda outras iniciativas, como o habitual passeio dos pensionistas, em 19 de maio, que este ano tem como destino a cidade de Guimarães, este ano Capital Europeia da Cultura. Segundo informação da autarquia batalhense, este passeio tem o seguinte itinerário, que se inicia na vila da Batalha, às 07,30 horas, seguindo pelas autoestradas, onde se farão duas paragens (Mealhada e Trofa), seguindo até à cidade de Guimarães, onde se almo-

çará na Penha. Daqui tomam-se de novo as autoestradas pela Ponte da Arrábida, seguindo até ao Furadouro (Ovar) onde haverá lugar ao lanche, regressando depois à Batalha. As inscrições deverão fazer-se na sede Junta de Freguesia, entre os dias 2 e 14 do próximo mês de maio. Para além destas iniciativas irão desenvolver-se outras, como a participação institucional e especial na FIABA e nos festejos da Santíssima Trindade e uma concentração de bicicletas antigas, no dia 10 de junho. No mês de julho realizase um Sarau desportivo e no de Agosto atuarão dois grupos musicais juvenis. Já em setembro terão lugar as comemorações oficiais, com apresentação de livros, concertos e folclore, cerimónias religiosas e passeio pedestre, entre outros.

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Município da Batalha Câmara Municipal

Subsídios Ano de 2011 – 2.º Semestre De acordo com o nº. 1, conjugado com o artº. 2º. da Lei nº. 26/94, dou conhecimento que o Município da Batalha atribuiu, durante o segundo semestre de 2011, os seguintes subsídios:

Associação Humanitária Bombeiros Voluntários da Batalha (Comparticipação Protocolo Utilização do Pavilhão) € 2.062,50 (Comparticipação Conforme Plano Plurianual de Investimento) € 45.000,00 (Comparticipação Participação no Carnaval) € 800,00 Nota: “Mais se informa que estes são apenas os subsídios que ultrapassam o limite obrigatório Paços do Concelho da Batalha, 13 de Março de 2012 O Presidente da Câmara, António José Martins de Sousa Lucas Jornal da Batalha, ed. 261, 17 de Abril de 2012


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Batalha Atualidade

abril 2012

Obras dividem comerciantes da vila

Jornal da Batalha

s Fiscalidade

António Caseiro Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade

m No verão deverão ficar concluídas as obras que estão a redimensionar a forma como se circula na Estrada de Fátima, na vila da Batalha. Mas entre os comerciantes da zona, a opção tomada com a intervenção está longe de ser pacífica. Pedro Coelho, responsável pelo posto de abastecimento de combustíveis no final da rua da Estrada de Fátima, já faz contas à vida. Tem quatro funcionários, vê o preço dos combustíveis a subir e a perspetiva de perder uma boa parte da clientela. “Se for assim, tenho de pensar em dispensar pessoas”, admite. Fala das alterações ao trânsito naquela via. As obras já decorrem. Quando estiverem terminadas, deixa de ser possível circular em dois sentidos. E o sentido único apenas permite entrar para a vila e não sair. “Os turistas utilizam pouco esta entrada na vila, mas usavam a via para sair. Assim, perco boa parte do negócio”, queixa-se. Nuno Cerejo também conhece bem a dinâmica daquela artéria. “Em tempos de crise, julgo que foi uma oportunidade única para requalificar a zona, uma vez que esta obra é comparticipada em cerca de 85% do seu custo por

Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração Técnico Oficial de Contas

Orçamento do Estado para 2012 (Parte 2)

fundos da União Europeia, se assim é há que aproveitar”, diz. E acrescenta: “É de louvar o facto de se contratar construtores e trabalhadores da nossa terra, assim, ajudamos os nossos conterrâneos a ultrapassar a crise, e garantimos postos de trabalho, todos sabemos a crise que afeta a construção civil”. Mas deixa o reparo: “será que os comerciantes desta zona serão beneficiados? Agora e no futuro? Parece-me que não, esta era das ruas mais movimentadas da vila, e além dos transtornos das obra, necessários para que se melhore, estes verão os seus potenciais clientes reduzir para metade”. Nuno Serrada, comerciante, afirma compreender a opção por colocar aquela rua com circulação

num só sentido, mas não o sentido escolhido. “Espero que a rua fique melhor para o acesso pedonal, mas o sentido que ficou determinado é o pior”. Algumas dezenas de metros mais à frente, Anabela Louro mostra-se otimista: “penso que vai ficar muito melhor”, afirma. Já o comerciante António Cerejo, com um estabelecimento na rua António Cândido da Encarnação, lamentou o que denomina de “falta de capacidade da Câmara para levar em conta a opinião dos comerciantes”. No seu entender, a rua deveria manter os dois sentidos. Chegou a manifestarse disponível para ceder terreno para que isso fosse possível, mas não foi atendido, reclama. “Estamos a ter muitos prejuízos e es-

tou muito revoltado com a situação”, diz. António Lucas, presidente da Câmara da Batalha, admite que nem todos fiquem satisfeitos com a opção tomada. “Sempre que há uma alteração este tipo de dialética é normal”, afirma. Lembra que reuniu com os comerciantes e que a alteração no sentido do trânsito foi determinada numa dessas reuniões. “Se as pessoas tinham outro tipo de preocupações, deveriam ter participado na reunião, porque foram convocados”, diz. O certo é que as obras estão para ficar, acrescentam dimensão aos passeios, melhoram as condições de circulação pedonal e deverão estar concluídas no verão. Representam um investimento de 440 mil euros.

CEPAE elege novos corpos sociais O Centro de Património da Estremadura (CEPAE), sedeado na vila da Batalha, elegeu em Assembleia Geral realizada no passado dia 19 de Março, novos corpos sociais para o biénio 2012/2013. Joaquim Ruivo mantém a presidência da Direção, apesar da entrada de dois novos elementos para este órgão, Ana Saraiva Neves e

Sérgio Barroso. Os corpos sociais do CEPAE, após esta eleição, ficaram constituídos do seguinte modo: ASSEMBLEIA GERAL P residente: Ca rlos Henriques, em representação da Câmara Municipal da Batalha; Vice-Presidente: João Salgueiro, que representa a Câmara Municipal de Porto de Mós;

Secretário: Cidália Maria Ferreira, em representação da Câmara Municipal da Marinha Grande. CONSELHO FISCAL Presidente: Raul Castro, da Câmara Municipal de Leiria; Vogal: Narciso Mota, da Câmara Municipal de Pombal; e Vogal: Maria da Conceição Pereira, da Câmara Municipal das Caldas da Rainha.

CONSELHO CONSULTIVO Presidente: José Alho, da Câmara Municipal de Ourém. DIREÇÃO Presidente: Joaquim Ruivo; Vice-Presidente: Gonçalo Cardoso; Secretária: Ana Saraiva Neves; Tesoureiro: Eduardo Oliveira; e Vogal: Sérgio Barroso.

Aumenta para 25% a taxa especial aplicável a rendimentos de capitais (incluindo juros e dividendos) que não tenham sido sujeitos a retenção na fonte em Portugal. A taxa especial que incide sobre os rend i mentos pred i a i s auferidos por sujeitos passivos não residentes em território português passa a ser de 16,5%. Passam a ser tributados autonomamente à taxa de 30%, os rendimentos de capitais devidos por entidades residentes em território com um regime fiscal claramente mais favorável, pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos residentes, que não tenham sido sujeitos a retenção na fonte em Portugal. Nas deduções à coleta, reduz-se, de 30% para 10%, a dedução relativa a despesas de saúde, até um limite máximo de € 838,44. Este limite é majorado em €125,77 por cada dependente a cargo no caso de agregados familiares com 3 ou mais dependentes, desde que todos tenham despesas de saúde. O limite máximo mensal, por beneficiário, dedutível a título de encargos com pensões de alimentos, foi reduzido, de 2,5 vezes o valor do IAS (2,5 x 419,22 = 1.048,05), para 1 vez o IAS, €419,22. Nos encargos com imóveis, a dedução à coleta é reduzida a 15% dos encargos com juros de empréstimos e rendas, com o limite de €591,00. Atualmente, para o IRS de 2011 é ainda dedutí-

vel o valor respeitante à amortização de capital. Quanto a juros de empréstimos, juros relativos a contratos com cooperativas de habitação e rendas de locação financeira, o limite de €591,00, será considerado em 75%, 50% e 25% do seu valor nos anos de 2013, 2014 e 2015, respetivamente, deixando de se aplicar a correspondente dedução a partir de 2016. Enquanto for aplicável, esta dedução fica limitada aos encargos relacionados com contratos celebrados até 31 de dezembro de 2011. Relativamente às rendas, o limite de € 591,00 será de 85%, 70%, 55%, 40% e 25% do seu valor, para os anos de 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017, respetivamente, deixando de se aplicar a correspondente dedução a partir de 2018. De salientar que a aplicação desta dedução não está condicionada à data de celebração do contrato de arrendamento. A totalidade das deduções à coleta com despesas de saúde, despesas de educação, formação e importâncias suportadas a título de pensões de alimentos e encargos com imóveis e lares, sofrem uma nova limitação em função do escalão do rendimento coletável. Nos casos de divórcio ou separação judicial de pessoas e bens em que o poder paternal é partilhado, as deduções pessoais relativas ao dependente passam a ser consideradas em 50% do seu valor por cada um dos pais.


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Atualidade Batalha

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s Opinião

LMFerraz

Nos 500 anos da freguesia do REGUENGO DO FÉTAL

Emigrantes batalhenses em convívio Teve lugar no passado dia 24 de Março o habitual encontro de emigrantes batalhenses da região de Paris, França, que contou com a presença de António Lucas, presidente do Município da Batalha, que se fez acompanhar do vereador Tiago Duarte, de Luís Miguel Ferraz, em representação da Assembleia Municipal e de Germano Pragosa, presidente da Junta de Freguesia da Batalha. Segundo apurámos, no jantar, que juntou cerca de 120 pessoas, marcou presença o cônsul-geral em Paris, Luís de Almeida Ferraz. Em ambiente de festa, este encontro, onde quase só se falou português, houve lugar para se deliciarem com

as iguarias portuguesas, chegando, durante o convívio musical que se seguiu, a cantar-se o fado, cuja intérprete é natural do Reguengo do Fetal, ouvindose ainda outros cantares de Portugal. Durante o jantar, António Lucas, depois de convidar os emigrantes batalhenses a estarem presentes no encontro que se realiza na Batalha, na altura das Festas de Agosto, deixou algumas informações sobre a situação actual do país, dum modo especial no seu concelho, revelando alguma incerteza quanto ao futuro. Contudo, apelou para uma ajuda, no que respeita a um contributo que poderão dar na promoção das exporta-

ções e do crescimento económico do nosso país. Falou ainda do processo de reavaliação dos imóveis, ao abrigo do IMI (Imposto Municipal sobre os Imóveis), que poderá fazer com que o valor deste imposto aumente substancialmente. Houve lugar ainda à entrega, por António Lucas, a José Batista de Matos António Lucas entregou a Batista de Matos do voto de louvor, aprovado pela Câmara e pela Assembleia Municipal da Batalha, por ocasião da comenda recebida no mês anterior das mãos do Embaixador de Portugal na capital francesa. Na véspera deste encontro, os representantes batalhenses foram recebidos

pelo Embaixador de Portugal, em Paris, Seixas da Costa, que falou do trabalho que ali se desenvolve, de relação diplomática, política, cultural e económica, esta com mais intensidade no momento actual. Um dos motivos para que isso aconteça, é o contributo que a grande comunidade portuguesa oferece neste país, também em termos económicos; basta verificar que é dos poucos, senão o único, em que a balança comercial pendeu este ano positivamente para o nosso lado, referindo ainda que ouve falar, com frequência da comunidade emigrante batalhense. Fonte: Jornal da Golpilheira

Junta gere Centros da Pia do Urso A Junta de Freguesia de São Mamede passa a ter à sua responsabilidade a gestão do Centro de Acolhimento e Interpretação da Pia do Urso (CAIPU), mediante protocolo, assim como a sua dinamização. Trata-se de uma delegação de competências dada pelo Município da Batalha, devido à proximidade daquela autarquia, coisa que

já se fazia aquando de visitas guiadas aos fins de semana e nos meses de maior afluência, ou seja nos meses de Verão, em paralelo com a empresa municipal Iserbatalha, que até agora detinha essa competência. A entrega desta responsabilidade à Junta de Freguesia de São Mamede, é justificada pelo Município, devido à possibilidade de a

mesma “ser de difícil articulação por existir mais do que uma entidade envolvida, devendo prevenir-se a eficiência e a optimização dos recursos aplicados” e, ao mesmo tempo, devido “à proximidade local”. Para Silvestre Carvalhana, presidente da Junta de Freguesia de São Mamede, esta decisão tem por objectivo “rentabilizar cus-

tos e recursos humanos”, pois trata-se de “uma gestão de proximidade”. Para além disso, com a abertura do Centro de BTT é necessário “maior acompanhamento no local e, por a estarmos mais próximos, pode-se fazer-se uma maior dinamização” e, ao mesmo tempo, “uma maior vigilância”.

- Os centros de arquivo histórico nacionais hão-de, por certo, ter ciosamente guardados inúmeros documentos relacionados com o Reguengo e com pessoas que o habitaram. Descobri-los é tarefa guardada a quem tem conhecimentos para isso. Por essa razão esperamos com mal contida ansiedade, pelo trabalho de recolha que o erudito Professor Doutor Saul António Gomes está preparando, e var dar à estampa, durante as comemorações dos cinco séculos da freguesia do Reguengo. Estamos esperançados em que, por ele, ficaremos todos muito mais ricos em saber sobre a terra em que nascemos. Sem querermos arrogar-nos de pergaminhos que não temos, trazemos hoje à liça dois extractos de documentos que, casualmente encontrámos e se firmam noLº 20 das Legitimações e Perdões, da Chancelaria do rei espanhol Filipe II, que reinou em Portugal como Filipe I, entre 1581 e 1598. Reza assim o primeiro, a fls. 284 vº: “Dom felipe etc. faço saber que domingos alvez morador no Reguengo termo da cidade de lejria me enviou dizer que elle estava preso e fora acusado pela justiça pla culpa que lhe fora posta na devassa ynal. de formigueiro e fora cõdenado pr. setença da Relação em seis meses de degredo pª. fora da cidade e seu termo cõ pregão na audª. e tinha molher e fºs. pelo q me pedia lhe perdoasse os ditos seis meses de degredo e Rª. mercê E vtº. seu requerjmtº. e h~u parecer cõ meu passe ej por bê e me prz se asj he como o sup.te diz e ahj mais não há de lhe perdoar os seis meses de degredo em q declara visto o q alegua a pagara mil rs. pº. a piedade w pr. quanto os já tem pagos vos manda stc. ê forma el Rey nosso Sor. o mandou plos. d.res. belchior do amaral …. Ambrosio daguillar a fez ~e lixª a oito dagosto do anno de mil bclxxxiiij lucas vrª. a fez escrever.” Nota:- Para uma melhor compreensão esclarece-se que, o Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, de Basílio castelo Branco, na edição de 1881, na palavra FORMIGUEIRO, diz: “Ladrão formigueiro –o que se esconde para furtar e furta coisas de pouco valor. Portanto, terá sido esse o delito do peticionário Domingos Alvarez, pelo qual fora condenado a seis meses de degredo, do que veio a implorar perdão ao rei que lho concedeu. O segundo, a fls 332/3, é do seguinte teor: “Dom felipe…. faço saber q pº. de gois mºr no lugar do Reguengo termo da villa dio da cidade de lejria me eviou dizer pr. sua petição q elle fora culpado na devassa q por mandado se tirara na dita cidade e seu termo dos daninhos e pr. q elle não tinha culpa no descudo do seu m~ceboe dito lugar se aRequadarãoas perdas de qu~e a fazia p.los officiaes do Reguengo p.la terra semtº arentada? se nã podião leixar de fazer dano n~us aos outros cõ suas crjações e o.lo dano não ser jmportante e esta ser a primª. vez pedindo me lhe perdoasse do caso e Rª. mcê. E vtº. seu Requerimtº. e h~u parecer cõ meu passe ey pr. bê e me praz se assj he de perdoar aoi sup.te. a culpa de daninho de q faz m~enção p.la manrª. q declara v.tº o q alegua e pagara mil rs. pª. as despesas da mesa do despacho e o dano as p.tes e prq~já pagou os ditos mil rs. vos mando etc ~e forma el Rey nosso Sºr. o mandou pl.os d.res jmº. prª. de saa e belchior damaral, etc. g.ar velho a fez em lixª. aos onze de novº do anno de mil e quinhentos oytenta e quatro.

Mapone


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Especial Centro BTT

Centro de BTT ponto de partida para 265 km de trilhos

A freguesia de São Mamede convida a usufruir paisagens deslumbrantes por trilhos centenários

abril 2012 O Centro de BTT da Pia do Urso é uma realidade, após a inauguração oficial que teve lugar no passado domingo, dia 25 de março, com a presença do secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Alexandre Mestre, e do presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Artur Lopes. Na ocasião, António Lucas, presidente do Município da Batalha, referiu pretender que este seja “um projecto sustentável mercê da capacidade que temos e que vai ter por envolver os agentes locais em torno dele”, acrescentando que deverá ser “um projeto ganhador”, e que só o será se todos aqueles que estão envolvidos e muitos outros “olharem para ele como uma cana de pesca que está a dotar o concelho de uma infraestrutura”, que consiga “mexer com a economia local, gere mais riqueza e mais emprego”. Por sua vez, Alexandre Mestre, depois de salientar o facto desta iniciativa ser “um bom exemplo, por conseguir parcerias com os pri-

Jornal da Batalha vados”, disse que “não podemos estar sempre dependentes dos poderes local ou central”. O Centro de BTT da Pia do Urso destina-se a todo o tipo de praticantes de BTT, tendo uma orientação principalmente turística e de lazer, sendo o ponto de partida de 265 quilómetros de trilhos cicláveis, devidamente sinalizados e divididos em sete percursos, com quatro níveis de dificuldade, sendo que cinco percursos se iniciam na ia do Urso e dois na vila da Batalha. No âmbito do Centro de BTT da Batalha – Pia do Urso, foi criada uma parceria com diversas infraestrutura hoteleiras, de restauração e lojas de bicicletas que pretende criar uma cadeia de valor associada ao conceito do Turismo de Natureza, com descontos e promoções. O Centro de BTT da Batalha é o primeiro do país homologado pela Federação Portuguesa de Ciclismo, dada a qualidade da rede de trilhos e das instalações que disponibiliza ao público.


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Centro BTT Especial

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Técnico e praticantes falam do Centro BTT m Para nos falar do

meio do ciclismo”, tendo marcado o início dos processos de homologação oficial pela Federação Portuguesa de Ciclismo deste tipo de infraestruturas, “resultado de um processo e de um desejo também pessoal que vinha sendo trabalho desde há 3 anos, quando o primeiro centro foi criado em Portugal”. Por outro lado, “a Batalha tem assim lugar na história desta modalidade e espero que seja o primeiro de muitos, pois a base de praticantes não competitivos de BTT em Portugal não tem tido até hoje a atenção e a oferta que merece, principalmente face às condições (excelentes) que o País oferece para a prática deste desporto e actividade de lazer”, disse.

Centro de BTT da Pia do Urso nada melhor do que quem sabe do assunto. Por isso, o Jornal da Batalha ouviu o técnico coordenador e dois praticantes da modalidade, utilizadores dos trilhos já marcados e que fazem parte do grupo de três dezenas de voluntários que ajudaram a conceber todos os percursos e ajudaram na concretização deste projeto.

p Pedro Pedrosa, da A2Z-Consulting by Ytravel, Lda., explica o funcionamento das instalações ao secretário de Estado A CRIAÇÃO DO CENTRO DE BTT TEVE IMPACTO POSITIVO. “O Centro de BTT da Pia do Urso, é uma infraestrutura de animação turística e desportiva permanente de nova geração e inovadora em Portugal”, refere Pedro Pedrosa, responsável pela coordenação técnica, que justifica a afirmação, dizendo que “vem oferecer aos praticantes de BTT o apoio à pratica desta modalidade através das instalações de acolhimento apropriadas e da sinalização e classificação dos trilhos”. Acrescenta, contudo, que “é um passo em frente nas políticas de investimento público, indo de encontro às tendências dos utilizadores e das actividades de lazer maioritariamente preferidas actualmente”. Este técnico consultor adianta que se trata de uma mais valia para a Batalha e região, porque se trata do “primeiro na região e um dos primeiros a nível nacional”, vindo “potenciar todo um vasto conjunto de recursos turísticos que a região apresenta, permitindo a sua visitação através da bicicleta, ou seja

mobilidade sustentável, e atrair e alavancar negócio aos empresários de serviços turísticos da região”. Para além disso, “o que está a ser feito ao nível das iniciativas lançadas pelo Município da Batalha, em estabelecer e firmar parcerias quer com a sociedade civil, com uma rede de voluntariado (ao fim e ao cabo uma rede social) para a manutenção mas também resultando em divulgação, faz com que muitos praticantes venham à região ”, diz Pedro Pedrosa, acrescentando que “agentes privados de lojas, restauração e alojamentos que se tornam parceiros oficiais” irão colaborar activamente com a dinamização do centro “tendo notoriedade acrescida junto dos seus utilizadores, e este é o caminho correcto e lança as bases para que o projecto cresça de forma sustentável”. O responsável pela coordenação técnica do Centro de BTT, salienta o impacto positivo que “o projecto tem tido junto da comunicação social, com ecos vindos dos mais variados meios e locais, e junto do

p Paulo Gregório na Maratona do Centro 2012

CENTRO DE BTT BENEFICIA TODA A REGIÃO. Para Paulo Gregório, de 38 anos, residente na Batalha, o Centro de BTT “será benéfico” para o concelho da Batalha e para a região, porque “existe já na região um significativo número de praticantes da modalidade” que tem vindo a aumentar de ano para ano, e esta infraestrtura “veio trazer uma mais valia importante, que é, fazer um trilho ou um caminho, defini-lo e marcá-lo”. Este empregado de balcão numa loja de bicicletas, refere também que “muitas das vezes as pessoas lançam-se por diversos sítios, sem conhecem os caminhos ou trilhos e têm que os procurar, correndo alguns riscos” e com este Centro de BTT “os trilhos já se encontram sinalizados e marcados e, se seguirem as setas sabem que vão por bons trilhos”. Para além disso, este Centro de BTT “com toda aquela estrutura, está implementado num local fabuloso, a Pia do Urso”. Depois de referir que uma semana depois da inauguração e entrada em funcionamento do Centro de BTT da Pia do Urso,


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Especial Centro BTT

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Centro de BTT o “nosso estádio de futebol”

p José Vieira na ultramaratona “Oh Meu DeusTrail bike_Lisboa” “estavam ali instalados praticantes de Btt que vieram da zona de Lisboa, para percorrer os nossos trilhos”, Paulo Gregório, adiantou que “esta unidade será uma atracção para muitas pessoas, não só do concelho da Batalha e sua região”, mas também de “praticantes que venham de outras zona do país. Quase de certeza que virão pessoas de todo

o país”, porque, com partida da Pia do Urso “estão definidos trilhos no concelho da Batalha, saindo um pouco para concelhos vizinhos”, mas os praticantes “poderão procurar outros trilhos em toda região, especialmente no concelho de Porto de Mós”. A partir da Pia do Urso “poderão criar-se muitos outros trilhos, pois temos na nossa região uma área excelente

para a prática desta modalidade”, disse o ciclista. O praticante de BTT deixa um apelo no sentido de se “preservar a sinalética dos trilhos, pois é importante que não se danifiquem as placas nem sequer os trilhos”, porque se está “a prejudicar o nosso trabalho e a estragar o que foi oferecido ou feito com o dinheiro de todos nós”.

José Vieira, arquitecto de profissão, natural da freguesia de São Mamede e praticante de BTT, começou por dizer ao Jornal da Batalha que o Centro de BTT da Pia do Urso é “o nosso estádio de futebol”, onde finalmente “temos um espaço dedicado à modalidade, que é muito acolhedor”, sendo por isso “a nossa jóia da coroa, que iremos acarinhar, porque será também o nosso cartão de visita”. O jovem arquiteto, explica que houve “uma coisa interessante por parte da organização do Centro”, que foi o de “envolver todas as pessoas da zona que gostam do BTT e isso foi muito importante, porque faz com que sintamos que aquilo também é nosso e faz com o estimemos”. Por outro lado, é “uma mais valia importante para a economia da região, sobretudo no que respeita a alojamento, alimentação e lazer”. José Vieira, adianta com orgulho que esteve ligado à elaboração do projecto, o que lhe deu muito prazer, tanto como técnico como praticante da modalidade. “Como técnico permitiu-me enquadrálo naquele espaço rural, clássico, com as casas em pedra, fazendo um ponto de equilíbrio”. Para além disso, “proc-

urou-se com aquele edifício colmatar uma parte da Pia do Urso que estava um pouco perdida”. Já no que diz respeito aos trilhos, o arquiteto, refere que “são o ideal e estão muito bem elaborados e equilibrados, em que temos vários níveis de dificuldade”, e até no que se considera mais difícil “conseguimos ir buscar zonas de altos relevos em calcário, passando por zonas rolantes que nos permitem apreciar melhor a paisagem, zonas de areia, zonas abertas ou mais fechadas”. “Consegue-se “ter uma polivalência importante, fazendo a ligação Batalha/Pia do Urso, que nos permite percorrer o concelho”, disse, acrescentando que “é lógico que seria complicado cingir-nos só ao limite do concelho, mas foi um trabalho excepcional porque vamos até à encosta de Mira de Aire, onde temos uma perspectiva das serras de Aire e Candeeiros até ao extremo da Maceirinha, uma zona de areia, uma zona fechada, que não tem nada a ver, mas que nos permite ter essas sensações”. Para além disso, “não há zona desertas, pois encontramos sempre pequenas aldeias onde poderemos sempre ter algum apoio”.


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Centro BTT Especial

O Centro BTT foi construído com os módulos SIT

Mobiliário Urbano Construção Modular Av. Nossa Sra. da Vitória, 8 . São Jorge - 2480-062 Porto de Mós Tel.: +351 244 482 525 | Fax: +351 244 481 385 Site: www.sitmodular.com | Email: info@sitmodular.com GPS: 39º 37' 50.71'' N 8º 51' 10.44'' W

Rua Nossa Sra. do Caminho, nº 6A 2440 -121 Batalha Telf/Fax +351 244 764 174 http://burrovelho.com geral@burrovelho.com

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Especial Centro BTT

Glossário BTT TRILHOS - Os trilhos de BTT correspondem aos caminhos por onde os ciclistas pedalam, podendo ou não estar sinalizados. Localizam-se, por norma, nas matas, em florestas e nas serras, podendo existir também em localidades urbanas. CROSS-COUNTRY - Crosscountry ou simplesmente “XC”, consiste na prática de pedalar através de diversos tipos de terreno, ultrapassando os todos os obstáculos existentes. DOWNHILL - Downhill corresponde ao ciclismo todo-o-terreno, normalmente praticado em áreas com declives altimétricos e com vários obstáculos. Esta modalidade de ciclismo é bastante exigente e os seus praticantes devem dominar com facilidade diversas técnicas ciclísticas. As provas de downhill consistem em realizar um determinado

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Regras básicas para a prática do BTT percurso o mais rápido possível e os seus praticantes necessitam de uma bicicleta específica para a prática desta vertente. FREERIDE - Na prática do Freeride são utilizadas grandes descidas, declives acentuados e obstáculos artificiais. É uma das disciplinas do ciclismo mais espectaculares, mas que envolve também mais riscos para os praticantes, razão pela qual as bicicletas utilizam equipamento específico e muito resistente e com suspensões com bastante curso. SUSPENSÃO TOTAL - O termo suspensão total designa uma bicicleta equipada com suspensão à frente e amortecedor atrás. A utilização de suspensão cumpre dois grandes objectivos: torna a condução mais suave e garante maior segurança, especialmente nas descidas efectuadas com velocidade.

A prática do BTT deve ser precedida por uma consulta junto do Médico e de uma observação rigorosa do estado de saúde; É importante conhecer e respeitar os limites do nosso corpo; A postura correcta na bicicleta e a gestão da respiração são factores de enorme importância para os praticantes de BTT; Deter um conhecimento abrangente acerca da bicicleta e dos seus componentes. O “saber como funciona” propicia melhores rendimentos por parte do ciclista e contribui para a redução das avarias; Os praticantes de BTT devem fazer uma alimentação correcta e nunca sair para “a estrada” sem água e sem um suplemento alimentício (fruta, chocolate, barras energéticas…) Nunca sair para pedalar sozinho em zonas desconhecidas. Pelo menos, um dos elementos do grupo deve levar telemóvel. O uso de capacete é obrigatório; CONTATOS ÚTEIS / USEFUL CONTACTS Emergência: 112 GNR (Batalha) Tel.: 244 769 120 Bombeiros Voluntários da Batalha Tel.: 244768 500 Bombeiros Voluntários da Batalha (Secção de São Mamede) Tel.: 244 704 234 E-mail: centrodebtt@cm-batalha.pt

A utilização das instalações Sendo o primeiro Centro de BTT do país homologado pela UVP/Federação Portuguesa de Ciclismo, esta infraestrutura turística e desportiva é dirigida aos praticantes do BTT, independentemente da sua condição física e técnica, sendo de utilização gratuita, à excepção dos banhos e das lavagens das bicicletas. Para a utilização destas áreas, os visitantes do Centro de BTT devem adquirir as respectivas fichas no Centro de Acolhimento e Interpretação da Pia do Urso, no

“Bar da Pia”, no Restaurante “Piadussa”, na “Loja de Artesanato Gamm” ou na “Loja do Urso” localizados na Aldeia da Pia do Urso, onde está instalado o Centro de BTT. Os equipamentos em causa não aceitam moedas. O edifício do Centro de BTT da Pia do Urso, funciona diariamente, no seguinte horário: Verão das 09,00 às 19,00 horas Inverno das 09,00 às 17,00 horas.


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Ministro na Batalha, deixa promessa de reformas m No dia do Combatente, Aguiar Branco salientou que o governo prepara mudanças de fundo nas Forças Armadas. E aproveitou para explicar por que razão faz sentido lembrar os combatentes no aniversário de uma derrota militar

A crise ou a austeridade não são desculpas ou pretextos para reformar as Forças Armadas. A garantia foi deixada sábado, dia 14, na Batalha, pelo ministro da Defesa, Aguiar Branco. “As reformas não servirão para fazer umas Forças Armadas mais baratas ou económicas. As reformas têm de

servir para construir umas Forças Armadas melhores”, garantiu na cerimónia que evocou o dia do Combatente e o 93º aniversário da batalha de La Lys. Este governo, assegurou o ministro, “não quer desinvestir nas Forças Armadas”. E vai começar no próprio ministério. Será “no exemplo e na capacidade de implementar metodologias que minimizem recursos desperdiçados em funções secundárias, terciárias e administrativas”, acrescentou. Aguiar Branco aproveitou ainda para explicar por que razão fazia sentido assinalar o dia do combatente no aniversário de uma das mais pesadas derrotas do exército português. Efetivamente, naquela batalha da primeira grande guerra, na Flandres, as tropas portuguesas sofreram aquela que é considerada a sua maior

derrota depois da batalha de Alcácer Quibir, calculando-se que tenham perdido cerca de 7.500 homens entre mortos, feridos, desaparecidos e prisioneiros. Faz todo o sentido o país as-

sinalar o seu Dia dos Combatentes a 9 de abril. Aguiar Branco defendeu que faz sentido assinalar a data, atendendo à ação dos combatentes: “são esses homens que hoje assinalamos. Os

que voltaram, os que ficaram deficientes ao serviço do nosso país e aqueles que não puderam regressar”, referiu. Antes, o presidente da Liga dos Combatentes, Joaquim Chito Rodrigues,

recordou que nos últimos séculos, as forças armadas foram chamadas mais do que uma vez por século para defender o país em períodos de crise.


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Publicidade

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Cartório Notarial da Batalha

Cartório Notarial da Batalha

Cartório Notarial da Batalha

Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas sessenta e uma a folhas sessenta e duas, do Livro Cento e Oitenta – B, deste Cartório. António José Martins de Sousa Lucas, casado, natural da freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, onde reside no lugar sede, que outorga na qualidade de presidente, em representação do Município da Batalha, pessoa colectiva número 501 290 206, com sede na Rua Infante D. Fernando, Batalha, declara que o Município da Batalha, que representa, é dono e legítimo possuidores dos seguintes prédios, ambos na freguesia e concelho da Batalha: 1 - rústico, composto de terreno com árvores, com a área de mil duzentos e sessenta e quatro metros quadrados, sito no Casal da Ponte Nova, a confrontar de norte, nascente e poente com Estrada do Casal Novo e de sul com Joaquim Silva Santos, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, e inscrito na respectiva matriz predial em nome do Município da Batalha, no artigo 10.287, com o valor patrimonial de € 1.095,51; 2 - rústico, composto de terreno com árvores, com a área de três mil cento e trinta e sete metros quadrados, sito no Casal da Ponte Nova, a confrontar de norte com Município da Batalha, de sul e nascente com Estrada do Casal Novo e de poente com Escolas Preparatória e Secundária da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, e inscrito na respectiva matriz predial em nome do Município da Batalha, no artigo 10.288, com o valor patrimonial de € 2.718,84. Que o Município da Batalha, que representa, adquiriu os identificados prédios, no ano de mil novecentos e setenta e nove, aquando da construção das Escolas Preparatória e Secundária da Batalha, por compra meramente verbal a Joaquim Ribeiro, residente que foi em Brancas, Batalha. Que, tendo a referia compra sido meramente verbal, não tem o Município da Batalha, título formal de aquisição dos referidos prédios, porém, possui os mesmos em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com a ocupação do prédio, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo o Município da Batalha, que representa, adquiriu os referidos prédios por usucapião.

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas trinta e sete a folhas trinta e oito, do Livro Cento e Oitenta – B, deste Cartório. Primeiro: Carlos Joaquim da Silva Moreira, Ivone Trindade Neves; e João Nuno do Rosário Novo, todos casados, naturais da freguesia e concelho da Batalha, onde residem, respectivamente, no lugar de Jardoeira, no lugar de Santo Antão e no lugar da Faniqueira, que outorgam na qualidade de Presidente, Vice-Presidente e Tesoureiro, em representação da União Cultural e Recreativa de Santo Antão, NIPC 501 963 510, com sede na Rua da Associação, nº 2, Santo Antão, Batalha, com poderes para o acto, declaram que por escritura de Justificação outorgada no Cartório Notarial da Batalha, no dia sete de Abril de mil novecentos e noventa e sete, iniciada a folhas trinta e oito verso, do livro de notas para escrituras diversas quarenta e nove-F, a representada dos primeiros outorgantes adquiriu por usucapião o prédio urbano, composto de edifício sede, com salão amplo, palco, cave, arrumos, cozinha, salas, bar, instalações sanitárias e um pavilhão polidesportivo, balneários, bancadas e um átrio e respectivos logradouros, sito no lugar de Santo Antão, freguesia e concelho da Batalha, à data inscrito na matriz sob o artigo 4.093 e actualmente lá inscrito sob o artigo P-8971, melhor identificado no título; Que o referido prédio se encontra presentemente descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, sob o número três mil seiscentos e sessenta e sete/Batalha, onde se mostra registada a aquisição a favor da justificante pela apresentação dois, de sete de Junho de mil novecentos e noventa e sete; Que pela presente escritura, em nome da sua representada, rectificam a identificada escritura de justificação, quanto à composição e área do prédio, no sentido de nela passar a constar que o prédio justificado é composto de um campo desportivo e bancadas com a área de mil cento e noventa e oito metros quadrados, balneário com a área coberta de cento e vinte e dois metros quadrados e logradouro com a área de dois mil e quatrocentos metros quadrados, e confronta de norte com ribeiro, de sul com arruamento, do nascente com caminho público e António de Almeida Monteiro e de poente com Joaquim Rodrigues Silva. Que em tudo o mais confirmam o inicialmente exarado. Está conforme o original.

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas quarenta e três a folhas quarenta e quatro, do Livro Cento e Oitenta – B, deste Cartório. Artur Jorge da Silva Pereira, NIF 190 776 250 e mulher Cristina Figueiredo Nogueiro dos Santos Pereira, NIF 214 108 333, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, ela do Brasil, residentes na Rua Infante D. Fernando, lote 9, 3º Dto, Batalha, declaram que, com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de vinha, com a área de quinhentos e quatro metros quadrados, sito em Torre, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Manuel Pereira Novo, de sul com caminho, de nascente com Domingos Neto dos Reis e de poente com Manuel Oliveira Quinta, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 6.630, com o valor patrimonial de € 10,31. Que adquiriram o identificado prédio, no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, por compra verbal a Manuel Augusto Fetal Neto, viúvo, residente na Travessa das Vitórias, nº 1, Chainça, Leiria, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o prédio por usucapião. Batalha, vinte e três de Março de dois mil e doze. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes Jornal da Batalha, ed. 261, de 17 de Abril de 2012

Cartório Notarial da Batalha Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas sessenta e três a folhas sessenta e quatro, do Livro Cento e Oitenta – B, deste Cartório. Arlindo Mendes Ribeiro, NIF 186 236 816 e mulher Maria de Fátima Chaves Pinto Ribeiro, NIF 186 328 451, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia e concelho de Leiria, ela natural da freguesia de Moreiras, concelho de Chaves, residentes no lugar de Garruchas, Reguengo do Fetal, Batalha, declaram que, com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de vinha com árvores de fruto, com a área de mil e cem metros quadrados, sito em Barros, Garruchas, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Joaquim Caetano, de sul com Manuel da Rosa Leal, de nascente com José Gomes Carreira e de poente com parte urbana do próprio, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 169, com o valor patrimonial de € 24,51. Que adquiriram o identificado prédio, no ano de mil novecentos e oitenta e dois, por doação verbal de Joaquim Leal Ribeiro e mulher Gracinda Mendes dos Santos, pais do marido, residentes no lugar de Garruchas, Reguengo do Fetal, Batalha, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio por usucapião. Batalha, vinte e três de Março de dois mil e doze. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana Santos Jornal da Batalha, ed. 261, de 17 de Abril de 2012

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Batalha, vinte e oito de Março de dois mil e doze. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana Santos Jornal da Batalha, ed. 261, de 17 de Abril de 2012

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro Rua Francisco Serra Frazão, lote B, 4º r/c dto - 2480-337 Porto de Mós Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e nove de março de dois mil e doze, exarada a folhas quarenta e três do livro de Notas para “Escrituras Diversas” Duzentos e Sessenta e Dois – A. Aires Henrique Rosa da Silva, solteiro, maior, natural da República Federal da Alemanha, residente na Rua de Santo António, 9, Alcanadas, Reguengo do Fetal, Batalha, Nif: 189 942 355. Declarou: Que, com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor do prédio rústico sito em Pião, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, composto de terra de cultura com oliveiras e mato, com a área de dois mil oitocentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com Francisco de Matos, do sul com Manuel de Matos, do nascente com João Frazão e do poente com Herdeiros de José Carreira, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 1102, com o valor patrimonial IMT de € 154,29. Que o prédio veio à sua posse por compra verbal a Maria Palmira de Jesus Soares Frazão, viúva, residente em Alcanadas, Reguengo do Fetal, Batalha, compra essa que teve lugar no ano de mil novecentos e oitenta e oito. Não obstante não ter título formal de aquisição dos referido prédio, foi ele que sempre o possuiu, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, gozou todas as utilidades por ele proporcionadas, pagou os respectivos impostos, cultivou-os, colheu os seus frutos sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecido como seu dono por toda a gente, fazendo-o ostensivamente e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que o justificante invoca, como causa de aquisição do referido prédio, por não poder comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Conferida está conforme o original. Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, vinte e nove de março de dois mil e doze. A Colaboradora com delegação de poderes, Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes Jornal da Batalha, ed. 261, de 17 de abril de 2012

Batalha, dezanove de Março de dois mil e doze. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana Santos Jornal da Batalha, ed. 261, de 17 de Abril de 2012

Cartório Notarial de Lisboa Notário: Frederico Soares Franco Certifico Para efeitos de publicação, que por escritura lavrada hoje neste Cartório a folhas cinquenta e dois do livro cinquenta e quatro -A de escrituras diversas, que: Antónia Portela Lourenço Saramago, casada com Luís Alberto Saramago, sob o regime da separação de bens, natural da freguesia de Milagres, concelho de Leiria, e residente na Rua da Escola, n.º 14, Laranjeiro, Almada, contribuinte fiscal número 161.868.428; Declarou que: Que é, com exclusão de outrem, dona e legítima possuidora do prédio rústico sito em Canal, na freguesia e concelho da Batalha, que se compõe de terra de cultura, com a área de cento e trinta metros quadrados, confrontando do norte com ribeiro, do sul com caminho, do nascente com Capitolina Branco e do poente com caminho, inscrito na respectiva matriz predial rústica sob o artigo 7487. Mais Certifico Segundo Alega: Que o referido prédio veio à sua posse, em virtude de o ter adquirido por compra verbal no ano de mil novecentos e noventa e um a Adelino Morgado Vala e sua mulher, Rosa Maria da Silva Tomaz, casados sob o regime da comunhão geral e residentes no Lugar de Calvaria de Baixo, freguesia e concelho da Batalha, que por sua vez o tinham adquirido da mesma forma, em ano anterior, a Felisbela Vitorino Louro da Silva. Que, desde a referida aquisição, possui o prédio rústico em nome próprio, sem interrupção desde o seu início e, portanto, há mais de VINTE ANOS, permitindo que outros o cultivassem, colhendo os respectivos frutos, promovendo a limpeza do terreno, e praticando todos estes actos com a convicção de ser proprietária do mesmo, com intenção de se comportar como tal, à vista de toda a gente, sem a menor oposição de quem quer que seja, tratando-se, portanto, de uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriu o dito prédio por USUCAPIÃO, causa de aquisição que invoca, justificando o seu direito de propriedade para fins de registo predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial. Lisboa e Cartório Notarial, aos 11 de Abril de 2012. O Colaborador do Notário Frederico Fernandes Soares Franco, com Cartório na Avª. Fontes Pereira de Melo, nº. 21, 3º piso, em Lisboa; Florbela Maria Inácio Joaquim Inscrita na Ordem dos Notários , sob o número 332/5, conforme autorização do Notário Frederico Fernandes Soares Franco, publicitada no sitio da Ordem dos Notários em 02-01-2012. Jornal da Batalha, ed. 261, de 17 de Abril de 2012


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Ensino Batalha

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Ensino

Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos O Colégio de São Mamede, representado por três alunos de cada ciclo do Ensino Básico, participou na final do 8.º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos (CNJM8), que teve lugar no Estádio Universitário de Coimbra, no passado dia 9 de março. Segundo uma nota enviada à nossa redação, “o primeiro ciclo contou com a participação de alunos do 4.º ano de escolaridade, Juliana Cordeiro, no jogo Cães e gatos, Melanie Santos, no Ouri, e Guilherme Campos, no Semáforo. No 2.º ciclo, concorreram os alunos Marina Calixto, no jogo Cães e gatos, Lucas Faustino, no Ouri, e Frederico Gonçalves, no Hex. Relativamente ao 3.º ciclo, o aluno João Ferreira jogou Rastros, o aluno Gabriel Brites, Ouri e o aluno António Tomás jogou Hex”, destacando-se “as participações dos alunos Marina Calixto, Lucas

Faustino e António Tomás, que obtiveram o segundo lugar na eliminatória em que participaram”. Recorde-se que nesta edição do Campeonato participaram cerca de 2500 alunos de 532 instituições de ensino de todo o país. PALESTRA. Nos dias 19 e 23 de março, decorreram palestras informativas sobre doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), dirigidas aos alunos do 8.º ano de escolaridade, no Colégio de São Mamede. As palestras estiveram a cargo da médica Sara Queirós, com a colaboração da enfermeira Dina Pascoal, da unidade de Saúde Pública do ACES Pinhal Litoral 2 – Centro de Saúde da Batalha. “Cada uma das palestras teve como objetivo principal, dar a conhecer aos nossos alunos quais são as DSTs e as formas de prevenção, bem como orien-

tar os nossos jovens sobre os possíveis problemas que podem ser obtidos em relações sexuais sem proteção”, explica uma nota enviada à nossa redação, que acrescenta que “foram explicadas didaticamente as diversas doenças sexualmente transmissíveis, tendo sido abordadas as causas, os sintomas e os riscos dessas doenças”. A mensagem mais importante obtida pelo conhecimento destas doenças “é a necessidade de prevenção (nomeadamente através do uso de preservativo) e a procura de um serviço de saúde/ técnico de saúde, no caso de surgir qualquer dúvida”, adianta a referida nota. A taxa de incidência de doenças sexualmente transmissíveis “é muito elevada, no entanto, tem vindo a diminuir, ao ser ‘combatida’ com muita informação, no entanto, ‘é na faixa etária entre os

14 e os 25 anos que não se consegue obter uma redução significativa’ referiu a Dra. Sara Queirós”, como se lê no documento em causa, que adianta ser “muito importante refletir sobre o porquê desta faixa ser a mais atingida… uma vez que é a altura em que os jovens iniciam a sua vida sexual e, muitas vezes, não têm noção das consequências”, pelo que “é muito importante alertar os jovens para a necessidade do uso de preservativo aquando de uma relação sexual”. Segundo a nota, os jovens alunos esclareceram as dúvidas sobre este tema com as profissionais de saúde, “nomeadamente sobre a prevenção, sintomas, diagnóstico, tratamento e outras consequências”. Por outro lado, “foi-lhes dado a conhecer os diferentes locais onde se podem dirigir, em especial em Leiria, Batalha e Porto de Mós, para se in-

formarem/ esclarecerem sobre qualquer dúvida que lhes possa surgir”, pode ler-se no documento. JORNADAS CULTURAIS. Nos dias 22 e 23 de Março decorreram, no Colégio de São Mamede, as Jornadas Culturais. “Esta iniciativa, teve como principal objetivo envolver os alunos em diversas atividades lúdicodidáticas, no âmbito das diferentes áreas curriculares, de modo a fazer entender que a brincar também se aprende”, explica uma nota que, entretanto, chegou ao Jornal da Batalha. “Cada Departamento Curricular e o grupo responsável pela organização das Jornadas Culturais, organizaram e dinamizaram uma série de atividades, nas quais os alunos se puderam inscrever à sua escolha”, adianta o documento, que acrescenta que “as mesmas estavam

disponíveis para todos os alunos”. Entre as diversas atividades desenvolvidas destaca-se “o Down School, o Canguru Matemático, os Atelieres de Dança e Pintura, a Lan-Party, o Jogo Duplo, o Royal Ascot/ 24h de Le Mans/ Las Fallas, a Feira de Rochas, Minerais e Fósseis, o jogo Joga num Minuto, a eleição do Miss e Mister Colégio de São Mamede, entre outras”, sendo que “a recetividade foi muito positiva, tendo os alunos aderido com entusiasmo a esta iniciativa”, refere a nota. Durante as atividades, “os alunos mostraram franca disponibilidade e aceitaram que, efetivamente, estas atividades de natureza mais lúdica são focos motivacionais facilitadores da aprendizagem”, pode ler-se no documento.


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Batalha Desporto

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Desporto

Andebol com casa nova A antiga escola António Cândido da Encarnação, na vila da Batalha, é desde o passado dia 14, a nova sede do BAC – Batalha Andebol Clube. O edifício foi cedido para o efeito pelo Município da Batalha. Na cerimónia de inauguração, Luís Dias, presidente da coletividade, começou por referir que o BAC se achava merecedor deste espaço, “neste edifício histórico, em que muitos dos batalhenses aprenderam a ler e a escrever” e, por isso “foi com grande alegria que, dentro das nossas possibilidades, deitámos mãos à obra para embelezar e dignificar todo o espaço”. O dirigente, emocionado, adiantou que aquele espaço seria “o ponto de encontro de toada a ‘família do clube’, que a partir deste dia estará à disposição dos sócios, responsáveis, atletas, pois isto é deles e para eles”.

Luís Dias destacou, com orgulho, “os troféus de disciplina que o BAC tem conquistado, em quase todos os campeonatos e torneios que tem disputado” e ainda, o facto de dois ex-atletas do clube, “um que é árbitro nacional de Andebol” e outro “que hoje é uma referência na Seleção Nacional de Andebol). Por sua vez, António Lucas, presidente do Município da Batalha, elogiou o trabalho voluntário desenvolvido pelos responsáveis e atletas do BAC e, depois de salientar o facto desta coletividade ser detentora de vários troféus de disciplina, disse que o edifício agora cedido “se encontra classificado, mas ao ficar à responsabilidade do BAC, irá manter as funções educativas”, uma vez que se trata de “um clube que forma jovens”. Usaram da palavra ainda,

p Mário Bernardes, da Associação de Andebol, no uso da palavra o treinador Ricardo Cardoso, em nome de todos os treinadores do clube, Germano Pragosa, na dupla função de presidente da Assembleia Geral do clube e da Junta de Freguesia da

Batalha e Mário Bernardes, presidente da Associação de Andebol do Distrito de Leiria O Batalha Andebol Clube foi criado no ano de 2000 e, atualmente, conta com 156

atletas, sendo 62 femininos e 94 masculinos, (um quarto dos atletas são da freguesia de Reguengo do Fetal). Durante as 12 épocas da sua existência, conquistou vários títulos distritais e

regionais (dois deles, Iniciados e Infantis masculinos já na presente época) e dois títulos nacionais. Armindo Vieira

Maratona do Centro juntou 1500 participantes Fábio Ferreira, da Xyami/ Fagor/Nova Vida, e Ana Antunes da JP Bike Clube, venceram a Maratona do Centro, primeira prova da Taça de Portugal de Maratonas (XCM) Sport Zone, que teve lugar no passado dia 25 de Março, na Batalha. De acordo com o texto inscrito na página de internet da Federação Portuguesa de Ciclismo (UPV/FPC), Fábio Ferreira dominou completamente a corrida, isolandose cedo e concluindo os 90,5 quilómetros da prova, em 3h35m43s, deixando o segundo classificado, o colega de equipa Carlos Gomes, a 8m05s. O terceiro foi o vencedor da Taça de Portugal de 2011, Nelson Sousa (Amigos da Montanha/

Bike Space/Ledechem), a 8m52s. A campeã nacional de maratonas e detentora do título na Taça de Portugal de XCM Sport Zone, Ana Antunes, também não deu hipótese às adversárias. A ciclista do JP Bike Clube cumpriu os 70 quilómetros da prova feminina em 3h30m39s. No segundo lugar ficou a estoniana Marju Kivi (LivePlace by Pagagessos/Bicicletas Santiago), a 3m51s, e no terceiro posto colocou-se Celina Carpinteiro (BTT Loulé/BPI), a 12m52s. Os vencedores absolutos foram também os primeiros na categoria de elite. O melhor veterano A foi Carlos Gomes, o antigo profissional de estrada José Rosa

(Ser e Parecer Team) venceu em veteranos B e João Marques (BTT Seia) triunfou em veteranos C. Lia Seabra (Galitos/Ciclismo 1904-Slowdown) impôs-se entre as veteranas, enquanto o individual Pedro Garcia se cotou como o melhor na categoria de

paraciclismo, uma categoria que se estreia na Taça de Portugal de XCM Sport Zone em 2012. O BTTSeia ganhou colectivamente. A Maratona do Centro juntou cerca de 1500 participantes, entre os quais quase 500 federados, um

novo recorde de participação de atletas de competição numa maratona da Taça de Portugal. A maratona para os não federados foi ganha por Paulo Remígio, com o tempo de 4h15m15s, secundado por Paulo Cruz, da equipa Os Fincadas Btt Juncal, com 4h16m28s e o terceiro foi Hélio Bragança, do Clube De Praça Da Armada, com 4h16m33s, todos na categoria de Veteranos A. Ainda nos não federados e no setor dos Femininos, Paula Pita, da Trilhos Sem Fim, foi a vencedora com 5h02m52s. Na meia maratona, também para não federados, sagraram-se vencedores, Daniel Pacheco, da equipa

Maxigym, com o tempo de 2h08m06s, seguido de David Pacheco, da Pedalsempre Acdazagaes, com 2h10m27s, e o terceiro foi Mário Frazão, da Mfcaleiras, com 2h13:m55s. Daniel Pacheco foi o vencedor do escalão Veteranos A e David Pacheco do escalão Sub23/Elite. Nos femininos, sagraram-se vencedores Ana Cebola, da equipa Pedaleiras A.C. Évora, com o tempo de 3h09m10s, seguida de Judith Rosario Ribeiro, da Bike Zone Leiria, com 3h10m33s, e em terceiro classificou-se Helena Jacinto, da Firstbikefocusteam, com 3h24m50s.


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Desporto Batalha

Golpilheira ganha taça e campeonato

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Encontro de motorizadas Vai realizar-se na vila da Batalha, no próximo dia 20 de Maio, o I Encontro de Motorizadas da Batalha. A concentração farse-á no parque de estacionamento da Danceteria Luna, em Santo Antão, Batalha, entre as 09,00 horas e as 10,30 horas, altura em que se fazem as respectivas inscrições. Pelas 11,00 horas inicia-se o passeio que durará até cerca das 13,30 horas, hora em que será o almoço na Danceteria Luna. Para quais informações e inscrições antecipadas deverão os interessados contactar Victor Limousines através do telemóvel 934 090 386 ou do email: geral@victorlimousines.net

Em jogo disputado no Pavilhão Gimnodesportivo da Martingança, dia 31 de março, a equipa de Futsal Feminino do Centro Recreativo da Golpilheira, conquistou a Taça Distrito de Leiria de Seniores Femininos – Futsal. Nesta final, as atletas da Golpilheira defrontaram a Academia da Caranguejeira, que derrotaram por 7-3. Esteve presente o selecionador nacional de Futsal, Jorge Braz, que entregaria a taça à equipa vencedora. Na semana anterior, a equipa do Centro Recreativo da Golpilheira sagrou-se campeã distrital da modalidade, ao vencer a equipa da Associação Recreativa Amarense, no seu reduto, por 8-1, faltando ainda uma jornada para concluir o respectivo campeonato.

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Batalha Património

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Património A Restauração do Concelho da Batalha em 1898 (II) O século XIX, no período liberal, contém uma expressiva lição sobre como não devem ser feitas reformas administrativas apressadas, com modificações radicais e ao arrepio das populações. Sucessivas extinções e, pouco depois, restaurações de concelhos criaram um clima de instabilidade, custaram rios de dinheiro e causaram incontáveis prejuizos locais sobretudo àquelas vilas que tiveram a desdita dos seus municípios serem definitivamente extintos. Estas, por vezes centenárias capitais concelhias, entraram em tal declínio que quase foram varridas do mapa. A Batalha teve então sorte, e muito principalmente o benefício da acção pronta e decidida dos seus munícipes, não obstante os sustos por que passou em 1836, 1867 e 1895, este que havia de durar até 1898. Transcrevi já alguns textos da representação enviada em Março de 1897 ao Rei D. Carlos I pelos batalhenses, em que se incluíam vários naturais do Reguengo da Magueixa, em 1855 integrado no concelho da Batalha. Trata-se, esta representação, dum documento de comprovada importância histórica, de modelo de regionalismo e de municipalismo e de bem elaborada intervenção popular junto dos poderes constituídos. Como disse, encabeçava o movimento restauracionista batalhense o Dr. José Taibner de Morais que ainda em 1897 dá à estampa a petição juntando-lhe pertinentes considerações. E como se vê, pelos argumentos que se transcrevem a seguir, não houve no processo de extinção motivos de ordem económica que a justificassem: “(…) Ora o extinto concelho da Batalha, dispondo

de uma receita de 3.324$213 réis, não só não devia coisa alguma, quando foi suprimido, mas os adicionais às contribuições directas eram apenas de 40%. E esta receita, em absoluto pequena, na verdade, era contudo mais do que suficiente para ocorrer às despesas obrigatórias do concelho. Não só bastavam para satisfazer pontualmente, como ainda chegavam para a execução de melhoramentos de relativa importância. Nos anos de 1888, 1889 e 1890 reedificou o paço municipal (o actual edifício Mouzinho se Albuquerque na praça do mesmo nome, crendo eu que na altura lhe foi acrescentado o 2º piso), onde funcionavam também a administração do concelho, repartição de fazenda, comissão de recenseamento eleitoral e militar, tribunal judicial e a aferição de pesos e medidas, dispendendo apenas de 2,000$000 réis! Nos últimos dez anos, anteriores à extinção, canalizou águas para a vila, terreplanou a praça comercial, construiu matadouro (junto à Ponte Nova, na margem do rio Lena), açougue e as estradas para as povoações mais importantes do concelho, tais como Brancas, Golpilheira, Rebolaria, Casal do Rei e Quinta do Sobrado. E com receita tão diminuta! E sem deixar uma dívida! E sem lançar um adicional superior a 40%! E deixando um saldo de 600$000 réis para o cofre leiriense (nesta terceira extinção, a Batalha fora reintegrada no concelho de Leiria) (…)”. E agora, o reverso da medalha: “(…) Foi anexado ao concelho de Leiria e logo essa percentagem subiu a 55% e nem mais um palmo de estrada se construiu, e ficaram os seus habitantes, até aí isentos do real de água,

sujeitos a imposições sobre o açúcar e arroz e sobrecarregados com a contribuição braçal, que até então nunca lhes fora imposta! Mas em compensação, ficaram com a glória de pertencerem a um concelho enorme, rico e a cuja sede o Lena leva, com as suas frescas águas (que o eram então), as lágrimas de gratidão dos povos assim glorificados! Triste tributo esse, que Leiria, honra lhe seja, nem requereu, nem deseja que se mantenha. (…)”. E outros argumentam lhe acrescentam os peticionários batalhenses: “(…) Era prospérrima a agricultura da Batalha antes da invasão da filoxera e hoje, graças ao exemplo dos mais abastados proprietários e ao espírito de economia do geral dos seus habitantes, de novo se vai ela avigorando, prometendo readquirir, em breve tempo, aquela prosperidade. E tanto que a produção vinícola, no ano de 1896, já foi tal que permitiu o funcionamento de 5 máquinas de destilação de vinhos. O seu comércio e a sua indústria são relativamente importantes, tornando-se ocioso insistir neste ponto (…)”. Como não poderia deixar de ser ainda iria pesar outro argumento, o mesmo que já levara el-Rei D. Manuel I a fazer da Batalha vila e sede de concelho: “(…) É na vila da Batalha que se acha levantado esse formoso monumento que provoca a admiração dos estrangeiros e nacionais e que reflecte o brilho da espada de um grande rei e do mais arrojado e egrégio defensor da pátria. É ali que repousam as venerandas cinzas do senhor D. João I e dos ínclitos infantes, que tanto se extremaram por feitos e virtudes.

p Gravura dos princípios do século XIX em que se reproduz o Pelourinho Manuelino, símbolo da autonomia batalhense. Este belíssimo Pelourinho haveria de ser destruído nos anos 60 daquele século. Recorda-o hoje a formosa réplica da autoria de Mestre Alfredo Neto Ribeiro É naquele templo augusto que, como diz Pinheiro Chagas, está mais profundamente assinalado o cunho religioso e cavalheiresco da idade média, cuidando a gente soletrar naqueles primores inexcedíveis as três palavras que melhor podem falar ao coração de um povo cristão, patriota e bom: - Deus, pátria e amor! É naquele grandioso e augusto monumento que se admiram, encantando os olhos e alevantando o espírito até aos tempos do rei venturoso, as capelas imperfeitas (na realidade quem as mandou construir foi o rei D. Duarte I, tendose iniciado a construção, dirigida por mestre Huguet, em 1437, cerca de um ano antes tanto da morte do soberano como do arquitecto), assim chamadas por estarem incompletas, mas de uma perfeição, de uma delicadeza tal, que mais parecem obra de fadas do que de homens. E el-Rei, o senhor D. Manuel, que sabendo que foi com a pedra daqueles sítios que se edificou o grandioso monumento, e que os braços dos seus habitantes trabalharam nesse padrão de glória pátria, foi ele quem não só elevou à categoria de vila a povoação da Batalha,

mas também lhe fez doação de um jogo de pesos, desde meia oitava até duas arrobas, onde se acha esculpido o cunho régio. Até essa gloriosa e querida memória lhes levaram os algozes do nosso concelho. (Recuperou a Batalha a sua caixa de pesos e está hoje exposta no seu Museu da Comunidade Concelhia, acompanhada de uma réplica que as pessoas podem tocar para melhor apreciar os seus delicados relevos). Como, porém, nos ficou dentro do peito o acrisolado amor da nossa terra, o respeito pelas suas belas tradições, o ansiado desejo de reaver a nossa autonomia, o direito de administrarmos a nossa fazenda e de gozar os frutos do nosso trabalho e da nossa economia, os abaixo assinados pedem a Vossa Magestade que se digne ordenar que seja restaurado o extinto concelho da Batalha, suprimido por decreto de 7 de Setembro de 1895”. E em Janeiro de 1898, por intercessão de el-Rei D. Carlos e decisão do governo do Partido Progressista chefiado por José Luciano de Castro, o concelho da Batalha foi definitivamente (creio e desejo) restaurado. No dia 26 daquele mês

tomou posse a comissão administrativa constituída por Joaquim Sales de Simões Carreira, que a preside, da vila da Batalha, José de Sousa Bento, dos Casais dos Ledos, António José de Almeida, do Casal da Faniqueira, e José da Cunha Vigário, do Reguengo. Foi nomeado administrador do concelho o Dr. Joaquim Tavares Alçada Pimentel…” Cerca de um mês depois procedeu-se à eleição da nova Câmara que vem a ser presidida, também, por Joaquim Sales de Simões Carreira e será composta por José de Sousa Bento, vicepresidente, António José de Almeida, Manuel da Cunha Fortunato e Augusto Martins. Foi instalada em 14 de Março de 1898. Obras consultadas: “A Restauração do Concelho da Batalha”, do Dr. José Taibner de Morais; edição de 1897; “No Centenário da Restauração do Concelho da Batalha”, edição da Câmara Municipal, 1998; “História de Portugal”, vols. VIII, IX e X, do Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão; “História de Portugal”, vol. V, dirigida pelo Professor Doutor José Mattoso.

José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (110)


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Batalha Saúde

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Centro Hospitalar com nova unidade de imagiologia O Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição (CHNSC), nas Brancas, Batalha, inaugurou, no passado dia 11 a nova Unidade de Imagiologia. O novo espaço, que entrou em funcionamento no passadio dia 2 de janeiro, encontra-se dotado de equipamentos modernos e recentes, enquanto que as equipas técnica e médica são especializadas na utilização de tecnologia de última geração, assegurando qualidade e rapidez na execução dos exames de diagnóstico. Isto mesmo foi referido na ocasião por Nuno Pinto Leite, diretor clínico da Unidade de Imagiologia, ao dizer que se “procedeu a uma transforma-

ção nesta área fulcral da saúde, respondendo a um desafio dos responsáveis do CHNSC”, acrescentando que “temos equipamento de qualidade para abranger quase toda a área da radiologia”, pois o que se pretende “é inserirmonos na comunidade e darmos uma resposta célere, e de qualidade, com diagnósticos perfeitos e fidedignos”. Para António Lucas, presidente do Município da Batalha, este “é um projecto concretizado, apesar de ter sido difícil, conseguiu concretizar-se”, pelo que “hoje pode-se olhar para o futuro com mais esperança, por termos na área da saúde, no nosso concelho mais um equi-

p Nuno Pinto Leite, à esquerda, explica o funcionamento na nova unidade pamento de elevada qualidade”, com vista “a servir a população do concelho

e as populações vizinhas, uma vez que a proximidade é um factor impor-

tante”. Por sua vez, Carlos Agostinho, Provedor da

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Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, detentora do CHNSC, explicou que para estes serviços há acordos firmados com o Serviço Nacional de Saúde, através da Administração Regional de Saúde do Centro e outras instituições “nomeadamente dos setores dos seguros e dos bancários”, adiantando que “infelizmente ainda não foi possível contratualizar com a ADSE, que teimosamente insiste em não querer um equipamento de qualidade como este”, que poderia servir “a comunidade batalhense e não só, apesar das várias insistências que se têm feito”. Armindo Vieira


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Necrologia / Publicidade Batalha

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Júlio Jorge Moreira

Joaquim Pinheiro Trovão

Joaquim Moreira Rodrigues

N. 20 – 03 – 1912 F. 28 – 03 – 2012 Bico Sacho – Golpilheira

63 Anos N. 05.02.1949 - F. 19.03.2012 Natural e Residente em: Batalha Foi sepultado no Cemitério da Batalha

71 Anos N. 30.10.1940 - F. 17.03.2012 Natural de: S. Jorge da Beira - Covilhã Residente: Casais de Além – Calvaria de Cima Foi sepultado no Cemitério de Calvaria de Cima

Seus filhos Maria Margarida, José Manuel, Francisco e Guilhermina Vieira Moreira, netos, bisnetos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era de se desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Agradecimento Sua esposa, filhos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, muito obrigado Tratou Funerária Espírito Santos - Batalha

Agradecimento Sua esposa, filhos, netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, muito obrigado. Tratou Funerária Espírito Santos - Batalha

Júlia Carreira Madeira

José Bento Ribeiro

Joaquim de Jesus Ferreira

89 Anos N. 02.04.1922 - F. 15.03.2012 Natural de: Batalha Residente em: Maceira Foi sepultada no Cemitério Nº1 Maceira

Arneiro – Batalha Ex-funcionário da RDP (Rádio Difusão Portuguesa)

Leiria 72 anos N. 10 – 05 – 1939 F. 27 – 03 – 2012

Agradecimento Suas filhas, genros, netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, muito obrigado. Tratou Funerária Espírito Santos - Batalha

A 10 de Maio nós queremos recordar Os teus 78 anos gostaríamos de festejar Agora no nosso pensamento estás presente. Da tua esposa e filhos que não te esquecem e restante família

Delfina do Carmo Cipriano Fino

Francisco Matos Soares

87 anos Cavadas – Pedreiras – Porto de Mós N. 28 – 04 – 1924 F. 29 – 03 – 2012

Alcanadas – Batalha N. 23 – 09 – 1921 F. 19 – 03 – 2012

Seu marido, José Carreira Fino, filhos, Maria do Carmo, Adriano, Maria Isabel e Artur Cipriano Fino, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Sua esposa, Júlia Cerejo Gordinho, filhos, José, Gracinda, Joaquim e Maria da Purificação Cerejo Soares, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Sua esposa, Maria Lídia Ferreira Monteiro, filhos, Hugo e Marco Monteiro Ferreira e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer a todos os que os acarinharam nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como a todos os que acompanharam o Sr. Joaquim até à última morada. Por tudo e a todos, muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

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