PORTE PAGO
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Variante da Batalha arranca em Setembro deste ano
Há um voto a mais nas eleições europeias
Debate sobre alta tensão não descansa moradores
Via vai desviar trânsito da frente do Mosteiro de Santa Maria da Vitória
Um eleitor votou, sem o poder fazer, na freguesia da Golpilheira
Especialistas nacionais e estrangeiros estiveram na conferência
| DIRECTOR: Carlos dos Santos Almeida | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XIX nº 227 | Junho de 2009 |
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Câmara apela ao governo para ajudar empresas lesadas com burla
QUIOSQUE DA BATALHA De José Manuel Matos Guerra
• Lotarias • Totoloto • Raspadinhas • Euromilhões Largo Mestre Mateus Fernandes APARTADO 24 Telf: 244 767 720 Fax: 244 767 228 2440-901 BATALHA
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Livros ao domicílio têm meio século
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37 conselhos para ajudar o planeta e melhorar a sua qualidade de vida Suplemento especial subordinado ao tema do Ambiente deixa dicas para o quotidiano e sublinha o trabalho que várias instituições estão a realizar nesta área.
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EO/MB
Rede de Mosteiros tem 15 milhões de euros para investir O Mosteiro da Batalha congrega uma rede de monumentos que vão apostar na melhoria do produto turístico para atrair visitantes e melhorar o estado de preservação do património. O investimento vai chegar, também, à Batalha.
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Opinião Espaço Público
Junho 2009
Jornal da Batalha
Espaço Público s Há 15 anos
G gente da nossa terra
Artigo do Jornal da Batalha premiado Um artigo, publicado na edição do Jornal da Batalha, de Setembro de 2008, foi premiado pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Trata-se do artigo “Martim Gonçalves de Macedo: Um Herói ignorado na Batalha Real”, do nosso colaborador Saul António Gomes, Professor da Universidade de Coimbra e investigador histórico, a que foi atribuído o “Prémio da Sociedade Histórica da Independência de Portugal – Imprensa Regional”. A entrega dos prémios, teve lugar no passado dia 25 de Maio, Dia da SHIP (Sociedade Histórica da Independência de Portugal), em sessão comemorativa da efeméride. O prémio foi atribuído exaequo com o artigo “O Colégio Militar”, de João José Brandão Ferreira, publicado no “Jornal de Coruche”.
A edição de Junho de 1994 do Jornal da Batalha, na sua primeira página destacava as eleições europeias com o título, “Concelho dá vitória ao PSD nas Eleições Europeias”, aos Jogos sem Fronteiras com a peça “Perdemos a Batalha Ganhámos a Guerra” e “Escola de Artes e Ofícios mantém vivas tradições”. Nas páginas interiores havia várias notícias com interesse, a saber: “Raul Castro nega irregularidades”, “Madredeus: o canto da sereia”, “Coleccionismo na Batalha”, “Não às provas globais” e vários artigos de opinião. A encerrar, para além dos resultados das Eleições Europeias no concelho, falava-se do “seminário sobre a «Conservação Preventiva» no Mosteiro da Batalha”.
Y janela indiscreta
Quando a tradição sai à rua Na Batalha, os festejos em honra da Santíssima Trindade encerram um ritual que se refere a uma lenda de séculos e que se reporta à forma como uma praga de formigas foi expulsa. Este ano, a tradição voltou a sair à rua. E desta feita com vigor renovado. O ritual perdurou, tal como a lenda, e continua a ser perpetuado em paralelo com a tradição religiosa. No passado domingo, dia 7 de Junho, a festa regressou à rua com a procissão a passar pelo local onde desapareceram as formigas, de acordo com a lenda. Foi aí que voltou a ser depositado pão bento. A foto não é propriamente indiscreta, mas deixa clara a participação da população numa das mais antigas tradições do concelho.
Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Director Carlos dos Santos Almeida (C.P.nº 2830) Coordenador Armindo Vieira (C.P. nº 6771)
Redactores e Colaboradores Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Carlos Ferreira, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Henriqueta Ligeiro
Redacção e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:
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Impressão: Mirandela, S.A. Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501 Lisboa Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal ; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.
Jornal da Batalha
Junho 2009
Espaço Público Batalha
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Este eleitor decidiu testar o sistema eleitoral e a sua fiabilidade. O que é bom. Mas será preciso cometer um crime para o fazer? Não bastaria confirmar que poderia votar e denunciar a situação na mesa de voto? Vítor Santos,
Carlos Santos,
eleitor
presidente de Junta da Golpilheira
A mais jovem freguesia do concelho está de parabéns, pois cumpre 25 anos de existência. A efeméride foi mesmo motivo para festa na sede da freguesia.
J baú da memória
_ editorial
1º Centenário da Imprensa Batalhense
O melhor amigo do homem
A Imprensa escrita surge pela mão de Álvaro Máximo de Sousa Freitas Sampaio, na nossa vila, em 31 de Outubro de 1909. Estão a completar-se cem anos. Era Álvaro Sampaio descendente duma antiga família batalhense que chegou a ter no Picoto, Golpilheira, um solar com capela de que resta, suponho, ainda uma parede. Além de figura prestigiada era homem de múltiplos talentos. Foi professor, o primeiro a leccionar na Escola António Cândido da Encarnação, doada à nossa Misericórdia, farmacêutico estabelecido na praça Mouzinho de Albuquerque e mais tarde director de farmácias em Lisboa, presidente da nossa Câmara Municipal nos últimos anos da Monarquia Liberal e jornalista, fundador do primeiro jornal batalhense, “A Batalha Nova”, um quinzenário “independente, noticioso e defensor da Batalha”, de que se haveriam de publicar 15 números, datando o último de 29 de Maio de 1910. Não obstante o fundador ter partido para Lisboa logo após a saída do primeiro número, o seu nome continuou a figurar como director e proprietário, tendo a acompanhá-lo, como administrador, José Maria da Silva. Creio que Matias de Sousa Silvério teria desempenhado, também, um papel importante no aparecimento do periódico, a que me referi já no “Jornal da Batalha” nos apontamentos 35, 36, 37 e 38, subordinados ao tema “Jornais que existiram na Batalha”, trasladados para o 1º volume dos “Apontamentos…”. Na altura foi um significativo acontecimento local e é hoje um acto de cultura, um instrumento motivo para evocação e come- ao serviço de regionalismo e um moração. Um jornal era, então, porta-voz das populações. E este, um claro sinal de progresso, um de que tive oportunidade de ler
todos os números, o que devo à conterrânea e amiga Drª Rita Bagagem, que se deu ao trabalho de copiar os que me faltavam, foi-o
sem sombra de dúvida. A imagem reproduz o nº 1. José Travaços Santos
L Carta ao Director
A reflectir as últimas eleições No domingo dia 7 foi dia de eleições europeias e o resultado foi o que se sabe e se ouviu dizer. O PSD ganhou, o PS perdeu o BE subiu e os outros dois (CDU e CDS) mantiveram-se. Mas, há duas coisas que devem colocar os grandes senhores dos partidos, pelo menos dos dois maiores. Uma, é a subida do Bloco de Esquerda e outra a subida dos votos em bran-
co, em que o distrito de Leiria foi o campeão. Isto, para além dos nulos (muitos deles anulados propositadamente) e da abstenção, como a qual já se contava, a fazer fé na “excelente” campanha efectuada. Por acaso, já alguém pensou na grande parte dos eleitores que se deslocou às assembleias de voto só para votar em branco ou anular os
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boletins? Outro assunto interessante, seria o de se poder divulgar os comentários que se fazem nos boletins nulos… Até seria bom que os nossos políticos os lessem e reflectissem sobre eles. Leitor devidamente identificado (Enviado por correio electrónico)
São memórias que perduram. Há décadas, a Batalha esteve na linha da frente no que se refere à implementação do serviço quase domiciliário de leitura. Ou seja, foi por cá que arrancou a primeira biblioteca itinerante do país. Dos muitos investimentos que o concelho conheceu na segunda metade do século passado, porventura este pode inscrever-se entre os mais produtivos. Não pela quantia envolvida. Mas pelo resultado que terá produzido. Quantos não terão sido os habitantes do concelho que, através da velha carrinha que calcorreava as aldeias, assim se terão habituado a trazer o livro para os seus hábitos diários. Assim aumentando um capital único e preciso: a cultura que cada um transporta consigo e usa para trilhar um caminho na vida. É este o tipo de esforço que permite dotar o comum dos cidadãos das ferramentas essenciais para interpretar e perceber o mundo, cada vez mais complexo, que o rodeia. Assim se adquirem as competências suficientes para, por exemplo, saber escolher um candidato nos actos eleitorais que nestes tempos são cada vez mais comuns, ou mesmo ser o candidato que pode ajudar a transformar a nossa comunidade num local mais desenvolvido. O livro é, mesmo, o melhor amigo do homem.
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Batalha Actualidade
Junho 2009
Jornal da Batalha
Actualidade
m Foi há 50 anos que a Fundação Calouste Gulbenkian instituiu as Bibliotecas Itinerantes, um passo importante para fomentar a leitura e combater o analfabetismo. A Batalha foi a primeira
Festejam-se este ano os cinquenta anos das Bibliotecas Itinerantes (BI), da Fundação Calouste Gulbenkian, que proporcionaram a milhares de pessoas do nosso país, sobretudo das aldeias, onde, na altura, o acesso aos livros era difícil. Mas, como surgiu a ideia desta tão nobre inovação? Segundo conseguimos apurar, por elementos fornecidos pela Biblioteca Municipal da Batalha, tudo terá começado cerca de seis anos antes, pela mão de Branquinho da Fonseca, escritor e, aquando, Conservador-bibliotecário do Museu-Biblioteca do Conde de Castro de Guimarães, de Cascais, que,
neste concelho iniciou um projecto de itinerância de livros, tornando assim, acessível à população, de forma gratuita, o livro, através de empréstimo. Este projecto foi por ele proposto, mais tarde, à Fundação Calouste Gulbenkian, para alargar, ao território nacional, esta bem sucedida experiência local. E foi a partir daqui que, no ano de 1958, se criou o Serviço de Bibliotecas Itinerantes (SBI) da Fundação Calouste Gulbenkian, que Branquinho da Fonseca dirige, durante cerca de 16 anos, “emergindo um serviço de leitura pública moderna”. Tratava-se de um projecto que tinha por missão fazer chegar livros a todas as pessoas que, por dificuldades financeiras ou por dificuldades de deslocação, não os conseguiam. Assim, os livros chegariam às localidades, nas viaturas equipadas com livros e transformadas em BI, pelas mãos de homens com alguma formação e cultura, que tinham por objectivo “provocar ao leitor, ou futuro leitor, o apetite pela leitura”. Encontravamse ali livros de distracção e
Foto EO / MB
Meio século de bibliotecas itinerantes arrancou na Batalha
cultura, para que o leitor pudesse aceder a obras relacionadas com os seus diversos interesses. É a partir de 1959, que as carrinhas-bibliotecas começam a chegar às pequenas e distantes aldeias rurais, procurando conciliar os horários e os percursos, com as disponibilidades e necessidades das populações. Segundo as normas do SBI, os horários teriam de se ajustar com as conveniências da população rural, uma vez que em muitas localidades “os leitores não poderão ir à biblioteca antes do fim
da tarde”. Na BI, para além do encarregado e do auxiliar-motorista, seguiam cerca de dois mil livros, assinalados e arrumados, conforme as idades dos leitores a que se destinavam, “fazendo sala” em locais de fácil acesso, permitindo assim que crianças, jovens e adultos pudessem aceder aos vários géneros de publicações, embora algo limitadas, por imposição do regime vigente, como referem as normas do SBI “...as bibliotecas itinerantes têm características fundamentalmente populares, não po-
dendo, pela sua intenção e orgânica, comportar obras eruditas, de especialização científica, ou em línguas estrangeiras”. Pelo que apurámos, durante este meio século de existência de das BI, foram percorridos muitos milhares de quilómetros e requisitadas “mais de 97 milhões de obras literárias”. Batalha a primeira. A BI sedeada na Batalha teve o nº 1 e foi uma das primeiras a ser inaugurada, no decorrer dos meses de Junho a Dezembro de 1958.
De acordo com os dados disponibilizados pela Fundação Calouste Gulbenkian, e que nos foram facultados pela Biblioteca Municipal da Batalha, a BI nº 1, emprestou, “só no ano de 1961, 66.215 obras, tendo o número de leitores inscritos dois anos depois, chegado aos 12.222”. A carrinha-biblioteca da Batalha percorria as localidades da região, a saber: concelho da Batalha e parte do de Porto de Mós, Leiria, Marinha Grande, Ourém, Alcobaça, Alcanena, Nazaré e uma freguesia do de Caldas da Rainha. As deslocações faziam-se sempre em horário pós-laboral, de terça a sexta-feira, ao sábado de tarde, porque se trabalhava de manhã e ao domingo todo o dia, folgando à segundafeira, mais tarde passou a terse folga ao domingo e a sair à segunda-feira também. A rotação era feita de quatro em quatro semanas, sempre ao mesmo dia da semana, no mesmo local e hora, à excepção das sedes de concelho que tinha uma rotação de duas em duas semanas. Armindo Vieira armindo.vieira@jornaldabatalha.pt
Bibliotecas Itinerantes em debate Para assinalar a comemoração dos cinquenta anos das Bibliotecas Itinerantes, e tendo o concelho da Batalha sido “premiado” com a número um, o Município da Batalha levou a efeito, no passado dia 12, uma Confe-
rência subordinada ao tema: “As Bibliotecas Itinerantes no Século XXI: Que desafios, estratégias e públicos?”, que contou com a presença de especialistas espanhóis e ingleses, para além de portugueses. Nesta conferência
foram debatidos diversos temas relacionados com a promoção da leitura, como “O aparecimento das Bibliotecas Itinerantes em Portugal”, defendido por Rui Neves, Chefe da Divisão das Bibliotecas do Município do Montijo; “As
Bibliotecas Itinerantes da actualidade”, por Roberto Soto Arranz, Presidente da ACLEBIM - Asociación de Profesionales de Bibliotecas Móviles (Espanha); “As Andanças da Bibliomóvel por Terras e Gentes de Proença-a-Nova”,
por Nuno Marçal; e “Novas estratégias, recursos e projectos de dinamização da leitura no Século XXI”, apresentado por Mario Aladro e Mercedes Herrero, Sección de Bibliobuses da Comunidad de Madrid e Ian Stringer,
Membro da IFLA, Responsável pelas linhas de orientação das novas Bibliotecas Itinerantes. Foram ainda apresentados alguns vídeos com as visitas de alguma bibliotecas itinerantes.
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Jornal da Batalha
Junho 2009
Actualidade Batalha
A não devolução de livros não era punida
m Eduardo Oliveira, encarregado da Biblioteca Itinerante Nº 1, explica como foram os primeiros tempos daquele serviço, na região da Batalha
Batalha, por proposta da Fundação Calouste Gulbenkian. Constituída por uma viatura e duas pessoas, um motorista e um encarregado, esta BI percorria aldeias, vilas e cidades da região, proporcionando a leitura e aquisição de livros por quem, até ali, não tinha tido essa oportunidade, ou se eventualmente a tinha tido, ela era muito escassa. Para se perceber como funcionava, o Jornal da Batalha, ouviu Eduardo Oliveira, funcionário aposentado da Câmara Municipal da Batalha e, durante muitos anos encarregado da BI da Batalha, que começou por explicar que inicial-
mente “foi com algumas reservas que as pessoas a visitavam a BI e adquiriam livros”, mas passado algum tempo “já era normal crianças e adultos recorrerem à BI para requisitarem livros”. Entretanto “íamos contactando as populações através dos padres, de pessoas influentes, presidentes de junta e professores” para irem recomendando este novo serviço. O antigo encarregado na conversa que teve com o Jornal da Batalha, voltou um pouco atrás e explicou que do serviço de bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian ligaram para a secretaria da Câmara Municipal e “perguntaram se havia possibilidade de arranjar dois indivíduos” – um para encarregado e outro para motorista -, para “tomar conta de uma biblioteca itinerante”, tendo logo “respondido se mais delongas que se arranjava”. Depois de se ter exposto o assunto “ao então presidente da Câmara, Engº Francisco Ramos Moura, fui questionado se estava
interessado neste complemento de serviço”, sendo o mesmo feito ao António Carreira, também funcionário, “tendo ambos aceitado de imediato”, disse o antigo encarregado. A BI da Batalha passou então a percorrer todo o concelho da Batalha e parte dos concelhos vizinhos, Porto de Mós, Leiria, Marinha Grande, Alcobaça, Alcanena, Nazaré, Caldas da Rainha e Ourém (ao tempo Vila Nova de Ourém), “em horário pós laboral todos os dias da semana, excepto segunda-feira e, também ao sábado de tarde, porque se trabalhava de manhã e ao domingo, das 9 às 18 horas”, adianta Eduardo Oliveira, acrescentando que isto se fazia “numa primeira fase, pois mais tarde passámos a descansar ao domingo e a trabalhar à segunda-feira”. A passagem da BI pelas localidades era feita “quinzenalmente, para as sedes de concelho, e mensalmente (de 4 em 4 semanas), sempre ao mesmo dia da sema-
na e no mesmo local”, disse o exencarregado, que adianta que “os livros eram requisitados e as pessoas iam entregá-los depois de lidos aquando da nova visita mas, se por acaso não estivesse lido era feita uma nova requisição do mesmo livro”. Mas, não se pense que era só andar de carro, pois era preciso fazer outros serviços relacionados com biblioteca. Por exemplo, diz o ex-funcionário, “os leitores iam-se esquecendo de entregar os livros e, ao fim de dois meses, tínhamos de enviar avisos para os entregarem”, o que muitas das vezes não acontecia e então, “ao fim de dois avisos, comunicávamos superiormente, mas nunca acontecia nada”, pois “o director, quando o alertávamos para o facto, respondia «deixe ficar»”. Assim sendo, “deve haver centos de milhar de livros que nunca foram devolvidos, por esse país fora”, disse. Mais tarde, explica, “na década de oitenta do século passado, a frequência começou a decrescer”,
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porque foram criadas muitas associações e dotadas de bibliotecas, assim como as próprias escolas, que também tinham as suas. Face a isso a Fundação Calouste Gulbenkian “começou lentamente a encerrar as BI”. Também à medida que o pessoal atingia o limite de idade, “ia sendo dispensado e, no caso da Batalha, foi a BI entregue à Câmara Municipal que se responsabilizou pela manutenção e pelo pessoal da mesma”, tendo funcionado assim “ainda alguns anos”. Eduardo Oliveira refere, com orgulho, que se sente satisfeito, por ter contribuído para “aumentar o gosto pela leitura e, ao mesmo tempo, para a diminuição do analfabetismo”, mas não foi só ele na BI da Batalha, e refere os nomes de António Carreira, José Magno Pereira Grosso, ambos falecidos, e Amadeu Ceiça (pai) que, com ele “calcorrearam várias estradas da região, durante muitas horas, quer de noite quer de dia”. Armindo Vieira
Bibliotecas Itinerantes em exposição O Município da Batalha apresentou no passado dia 12 uma nova Biblioteca Itinerante que substitui a até agora utilizada na distribuição de livros às escolas.
A cerimónia teve lugar na Praça Mouzinho de Albuquerque, espaço escolhido para a exposição de Bibliotecas Itinerantes de Portugal e Espanha, que se rea-
lizou de 12 a 14 deste mês, com a pretensão de assinalar os cinquenta anos das Bibliotecas Itinerantes em Portugal. Naquele espaço esteve
presente uma das viaturas inicialmente utilizadas na distribuição de livros pelo país, com a chancela da fundação Calouste Gulbenkian, que veio de Lisboa proposi-
tadamente para o efeito. Eram onze as viaturasbiblioteca ali expostas, a saber: Batalha – com duas, a recem-apresentada e a anterior, Lisboa – com duas
viaturas, uma antiga e uma actual -, Loulé, Mealhada, Montijo, Porto de Mós, Proença-a-Nova e as espanholas de Léon e Comunidade de Madrid.
Jornal da Batalha
Junho 2009
Actualidade Batalha
Autarquia da Batalha quer explicações da Estradas de Portugal
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Y Opinião
“Não há duas sem três”... Silvino Damásio
m Explicações pedidas à empresa Estradas de Portugal sobre sondagens no traçado do IC9 tardam em chegar
A Câmara Municipal da Batalha aguarda explicações sobre a eventualidade de estarem a fazer-se sondagens em terrenos do concelho da Batalha, em locais onde deverá passar o IC9. O presidente da Câmara da Batalha ficou “bastante surpreendido”, durante uma sessão de esclarecimento sobre os traçados do IC9 e da variante ao IC2, que teve lugar no passado dia 2, com revelações feitas por vários munícipes ao afirmarem já ter visto máquinas a fazer sondagens, em terrenos do concelho da Batalha. Estupefacto, António Lucas disse não ter conhecimento de que já “estavam no território municipal da Batalha em obra”, uma vez que “realizar sondagens já é pré-obra” pelo que “deviam ter-nos dado conhecimento pré-
vio”, referindo ainda que iria contactar “a empresa Estradas de Portugal (EP) e o consórcio a quem foi adjudicada a obra para pedir explicações”. O autarca, explicou também que “se se estão a fazer obras no local onde irão ficar implantadas as passagens inferiores e superiores, isso indica que existe um projecto definitivo”, no entanto, acrescentou que o que ficou acordado “com a EP e com o consórcio é de que existiria uma interlocução estreita com os municípios em relação à evolução dos projectos”. Ainda relativamente ao IC9, António Lucas, disse que a autarquia se opõe a grande parte do traçado indicado, porque “há pontos de conflito detectados”, apesar de “termos só um projecto de orientação do que se prevê construir”, no entanto, afirma “opomo-nos terminantemente a este traçado, porque há habitações que ficam com a via a uma distância de dez ou 20 metros, uma coisa que se não compreende”. Assim sendo, o autarca incentivou a população a juntar-se à Câmara na
luta para que o projecto seja rectificado, de modo a corrigirem-se alguns erros detectados, nomeadamente no nó de ligação no Alto Celeiro e na passagem junto ao lugar da Torre. “O corredor em estudo vai levar à demolição de três a quatro habitações, cruzando ainda estruturas municipais”, disse. Sobre o pedido de esclarecimentos efectuado pela autarquia, à hora do fecho da presente edição, ainda havia qualquer resposta, quer da EP ou do consórcio. Variante pode ser um investimento inútil. Em relação à obra da Variante ao IC2, António Lucas, diz temer “um efeito contrário ao pretendido”, que é o desvio do trânsito da zona frontal do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, “devido à aplicação de portagens”, cujo corredor “já foi aprovado
no âmbito de declaração de impacto ambiental”. O autarca adianta ainda que, a confirmar-se o pagamento de portagens nesta via, “vamos gastar milhões numa via cuja razão de ser primeira era o desvio do trânsito na zona frontal do Mosteiro e não vai resolver esse problema”, porque os camiões não irão “pagar uma factura significativa”, uma vez que podem fazer aquele trajecto, aproximadamente com “o mesmo número de quilómetros, em mais cinco minutos e sem pagar”. Contudo, o presidente do município batalhense diz que para que isto não aconteça deverá “modificar-se o piso e criar-se uma só via em cada sentido”. Armindo Vieira
s Curiosidade Que o traçado do IC9 tenha previsto uma área de serviço, na zona do Covão da Carvalha, tudo bem, até porque a distância é relativamente grande. Agora que se indique uma área de serviço na zona do Vale do Horto, na Variante ao IC2 não lembra a ninguém.
Nos dois artigos anteriores escrevi sobre problemas existentes em dois lugares da freguesia da Batalha - Cela e Casal do Marra - que afectam as respectivas populações e cuja resolução cabe, em primeiro lugar, aos autarcas concelhios. Quanto a Casal do Marra, referi apenas um problema, indo hoje abordar mais dois, que, no entanto e infelizmente, ainda não esgotam a lista dos existentes. 1 - As pocilgas que cercam a povoação. Algumas destas “indústrias” “perfumadoras” duma boa parte da aldeia já existiam antes do “25 de Abril” e, com o advento da democracia, os habitantes pensaram que rapidamente lhes iria ser feita justiça. Pura ilusão! Não só isso não aconteceu como o problema se agravou, pois outras se instalaram, completando o cerco! Até hoje, esta indecorosa situação subsiste com total impunidade dos seus autores. Recentemente o panorama foi ainda agravado com a descoberta duma vala a céu aberto, onde apodrecem dezenas de porcos que vão morrendo, sabe-se lá com que doenças. Ninguém conseguirá aproximarse dessa vala sem máscara, para além de todos temerem possíveis consequências para a saúde pública local. Promessas de solução não vão faltando, em particular em tempo de eleições, mas já poucos acreditam nelas, ou melhor, cada vez mais, as gentes só acreditam no que vêem. Este problema talvez ainda se resolvesse se algum autarca responsável morasse na aldeia ou se ao menos se desse à maçada de, devidamente incógnito, ir passar uns serões por lá, em especial durante o verão e particularmente às sextas-feiras... Perante casos destes e tantos outros que infelizmente continuam a existir e até a proliferar por este “jardim à beiramar plantado”, às vezes apetece-nos desabafar, dizendo que nos últimos 35 anos só as moscas mudaram... 2 - Saneamento. Com excepção da freguesia de S. Mamede, caso muito especial, devido à dispersão do seu povoamento e à morfologia e constituição dos solos, mas que mesmo assim já está a ser resolvido, as únicas povoações do concelho da Batalha que ainda não dispõem de rede de esgotos públicos são Casal do Marra, Casais dos Ledos, Casal do Arqueiro e Pinheiros. Há meses atrás, os mais crédulos começaram a cantar loas, perante a deslocação para os Pinheiros de algumas máquinas de características adequadas a este tipo de obras. A miragem durou 8 dias! Ao fim desse tempo o empreiteiro abriu falência! Parece que quase toda a gente, até alguns dos tais crédulos, sabia que a empresa estava falida, coisa que, pelos vistos, não seria do conhecimento da Autarquia! Ou seria?... É que nem sei o que é mais grave: se a Câmara não dispor de mecanismos que detectem estas situações; se, tendo desta tido conhecimento antecipado, ter permitido o arranque duma obra que sabia ir parar de imediato. A ser este o caso, a acção quase se reveste de um certo sadismo para com as populações... O facto é que, pelo menos durante mais um ano, estas localidades vão continuar sem saneamento, resultando daqui uma dupla penalização para os seus moradores: 1ª, porque não dispõem dum bem público que praticamente toda a população do concelho já tem; 2ª, porque, no Concelho, são os únicos a necessitar de construir fossas sépticas, individuais, cujos custos têm de suportar. Espero que, ao menos, nas facturas da água não lhes venha já sendo também cobrada a taxa de saneamento. Seria o cúmulo da ironia! Terá a falta de alternância no “Poder Local” algo a ver com o arrastar destas injustiças? Se assim for, não é mal feito para quem vota, vota, vota e não abre os olhos...
Jornal da Batalha
Junho 2009
Actualidade Batalha
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A Rede Mosteiros poderĂĄ requalificar a Vila m A zona envolvente do Mosteiro da Batalha, sobretudo o largo junto Ă s Capelas Imperfeitas deverĂĄ sofrer obras de requalificação dentro em breve A zona envolvente do Mosteiro de Santa Maria da VitĂłria, deverĂĄ ser objecto de requalificação, uma vez que faz parte do Programa EstratĂŠgico de Rede Mosteiro PatrimĂłnio da Humanidade, cuja apresentação teve lugar no passado dia 1, na Torre de BelĂŠm, em Lisboa, numa cerimĂłnia a que presidiu JosĂŠ AntĂłnio Pinto Ribeiro, Ministro da Cultura. AntĂłnio Lucas, presidente da Câmara Municipal da Batalha, em declaraçþes aos jornalistas, Ă margem da apresentação do Programa EstratĂŠgico, explicou que “hĂĄ vĂĄrios projectos que depois de todos executados, permitirĂŁo um objectivo comum, a requalificação integral da vila da
Batalhaâ€?, uma vez que deste programa constam “linhas de actuação que passam pela intervenção fĂsica patrimonial e reabilitação das zonas envolventes do Mosteiroâ€?. Nesta zona, especialmente o Largo anexo Ă s Capelas Imperfeitas, cuja requalificação ĂŠ hĂĄ muito
reclamada, necessita de uma intervenção urgente, cujo projecto estå a ser
elaborado pelos serviços do IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Ar-
s registo: Variante A construção da variante ao IC2 que irå desviar o trânsito que afecta o Mosteiro da Batalha com poluição, finalmente, colmatando um erro que tem vårias dÊcadas, deve acelerar-se.
quitectĂłnico e ArqueolĂłgico). Sobre este assunto, o autarca adianta que solicitou ao IGESPAR “a apresentação do projecto o mais rĂĄpido possĂvelâ€?, porque sĂł depois â€œĂŠ que se podem fazer os concursosâ€?, sendo eles “muito difĂceis por imposição do novo CĂłdigo da Contratação PĂş-
Monumentos ligados em rede Com um investimento previsto de 15,3 milhĂľes de euros atĂŠ 2012, o Programa EstratĂŠgico Rede Mosteiros PatrimĂłnio da Humanidade, que deverĂĄ unir os Mosteiros de Batalha, Alcobaça e JerĂłnimos, em Lisboa, e o Convento de Cristo em Tomar, foi apresentado em Lisboa, numa cerimĂłnia onde, para alĂŠm do Ministro da Cultura, estiveram ElĂsio Summavielle, presidente do IGESPAR, AntĂłnio Lucas, Gonçalves Sapinho e Corvelo de Sousa, presidentes das Câmaras de Batalha, Alcobaça e Tomar, e RosĂĄlia Vargas, vereadora da câmara de Lisboa, para alĂŠm dos directores dos respectivos monumentos e outros convidados. ApĂłs a apresentação do Programa EstratĂŠgico, AntĂłnio Lucas, presidente da Câmara da Batalha,
referiu que deveria acelerar-se a construção da variante ao IC2 que “irĂĄ desviar o trânsito que afecta o Mosteiro da Batalha com poluição, finalmente colmatando um erro que tem vĂĄrias dĂŠcadasâ€?, insistindo ainda na construção do IC9 que ligarĂĄ NazarĂŠ a Tomar, “uma via importante que serĂĄ uma oportunidade Ăşnica e inovadora, para o desenvolvimento localâ€?. Depois de realçar a importância destas vias, o autarca batalhense adiantou que os municĂpios tĂŞm ainda “outros projectos locais que ajudarĂŁo no desenvolvimentoâ€? da regiĂŁo em que se inserem e, a traços largos, falou de algumas “coisas boas que temos para ver no nosso concelhoâ€?. A aceleração do IC9 foi tambĂŠm o mote de Gonçalves Sapinho, pre-
sidente da Câmara de Alcobaça, aquando do uso da palavra, acrescentando que se trata duma rota importante, uma vez que “recebe anualmente mais de um milhĂŁo de visitantesâ€?. O presidente da Câmara de Tomar, Corvelo de Sousa, disse que o programa deverĂĄ “criar uma marca nova com alcance a nĂvel supranacionalâ€? e RosĂĄlia Vargas, vereadora da câmara de Lisboa, referiu que este programa era “um bom exemplo da partilha de recursos e de conhecimentoâ€? Antes, porĂŠm, o presidente do IGESPAR (Instituto de GestĂŁo do PatrimĂłnio ArquitectĂłnico e ArqueolĂłgico), ElĂsio Summavielle, falou do programa agora apresentado, que tornarĂĄ “sustentĂĄveis os monumentos envolvidosâ€?,
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procurando assim “evitar as crises que se verificaram no passadoâ€?. Por sua vez, o Ministro da Cultura, depois de elogiar a capacidade de mobilização conjunta das entidades envolvidas com vista â€œĂ reabilitação patrimonialâ€?, regozijou-se com a concretização do projecto que “evitarĂĄ redundâncias e obterĂĄ eficĂĄciaâ€? na ĂĄrea do patrimĂłnio e turismo. Recorde-se que se trata de um programa com vĂĄrias parcerias pĂşblicas e privadas com universidades, empresas e associaçþes culturais, num investimento de 65 por cento de fundos comunitĂĄrios e 35 por cento do IGESPAR e das autarquias envolvidas.
blicaâ€?. Para alĂŠm disso, “a autarquia batalhense terĂĄ sempre uma palavra a dizer sobre o projectoâ€? diz AntĂłnio Lucas. TambĂŠm ElĂsio Summavielle, presidente do IGESPAR, se pronunciou sobre este caso, dizendo que se trata de “uma obra que serĂĄ sujeita a concurso pĂşblico ainda este anoâ€?, o que permitirĂĄ “melhorar aquela zona envolvente que necessita de uma requalificação importanteâ€?. Tratase de “um projecto essencialmente de arquitectura paisagĂstica minimalista, mas com algum gostoâ€? e ao mesmo tempo “um projecto paisagĂstico sem ferir a visibilidade do Mosteiroâ€?. O projecto a que se refere o Programa EstratĂŠgico de Rede Mosteiros PatrimĂłnio da Humanidade, tem candidatura aprovada ao abrigo do Programa Operacional Centro e uma das linhas de actuação passa pela intervenção fĂsica patrimonial e reabilitação das zonas envolventes. Armindo Vieira
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Batalha Actualidade
Jornal da Batalha
Junho 2009
Debate sobre alta tensão não afasta receios m Especialistas nacionais e estrangeiros fizeram o ponto de situação da investigação na área dos campos electromagnéticos. Os habitantes do Celeiro mantêm receio quanto às consequências negativas para a saúde
“Se virmos nas entrelinhas, chegamos à conclusão que os investigadores admitem que os dados estão provados, mas não estão a 100 por cento”, comentou Rogério Paulo, presidente da Comissão de Moradores de Celeiro e Lugares Vizinhos dirigente do Movimento Nacional Contra as Linhas de Alta Tensão em Zonas Habitadas, no final do seminário sobre alta
tensão e qualidade de vida que reuniu dia 30 de Maio, na Batalha, especialistas, autarcas, deputados e moradores em zonas atravessadas por linhas de alta tensão. E a exposição feita pelos especialistas apaziguou os receios? “Continuo a pensar que as linhas de alta tensão são altamente prejudiciais”, refere Rogério Paulo. O trabalho da investigadora suíça Anke Huss que estudou a relação entre a proximidade de linhas de alta tensão e a incidência da doença de Alzheimer esteve em destaque na conferência que encheu o auditório municipal. A investigadora da Universidade de Berna, Suíça, apresentou a investigação que liderou, a qual refere que quem reside a menos de 50 metros de uma linha de alta tensão pode duplicar o risco de contrair a doen-
ça de Alzheimer. Apesar da correlação, Anke Huss refere a evidência estatística mas escusa-se a concluir definitivamente que os campos magnéticos das linhas de alta tensão estejam na origem de um risco acrescido de Alzheimer. Sem relações causais provadas pelos estudos – o dobro da incidência de Alzheimer foi notada em “vizinhos” de linhas de alta tensão, mas a investigadora sublinhou que o numero de casos é muito reduzido – a tónica foi apontada para a necessidade de ser adoptados cuidados preventivos. A VANTAGEM DAS MEDIDAS PREVENTIVAS O investigador António Bastos Leite, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, defendeu ser de “bom senso adoptar medidas preventivas” no sentido de afastar as linhas
eléctricas de alta tensão ou campos magnéticos de zonas povoadas. “Considerando que não está provado que haja ou não haja riscos para a saúde decorrentes da proximidade de linhas eléctricas de alta tensão ou campos electromagnéticos de extremamente baixa frequência, é de bom senso adoptar medidas preventivas”, afirmou António Bas-
tos Leite. Para o professor auxiliar, tais medidas devem passar por, “nomeadamente, afastar este tipo de infraestruturas de áreas povoadas tanto quanto possível, particularmente ao planear a construção de novas linhas”. Para já, avança o enterramento de algumas linhas junto à subestação do Ce-
leiro, anunciou o presidente da Câmara da Batalha, António Lucas. Apesar de várias vezes instado a intervir, o director-coordenador da REN, Artur Lourenço, presente na plateia manteve-se em silêncio. Contudo, aos jornalistas referiu que a REN tem actuado de acordo com o quadro legal existente e a directivas governamentais. Sobre o estudo que Anke Huss apresentou, Artur Lourenço sublinhou a inexistência de uma relação causa-efeito. Já Rogério Paulo manifestou a convicção de que em poucos anos o problema poderá ser resolvido. Se a nível nacional a legislação mais cautelosa sobre os Campos Electromagnéticos tem sido chumbada, o Parlamento Europeu aprovou recentemente uma recomendação para que a Comissão tome medidas sobre a questão, adiantou.
A história do homem que votou duas vezes Há um voto a mais nos resultados eleitorais do concelho da Batalha. E porquê? Simplesmente porque um eleitor votou na freguesia da Golpilheira sem o poder fazer. Foi Vitor Santos, residente na Maceira, mas natural da Golpilheira quem conseguiu a “proeza” de votar duas vezes nas eleições europeias em duas freguesias distintas. Vítor Santos votou primeiro na freguesia da Golpilheira. Mais tarde, no
mesmo dia 7, voltou a votar na freguesia da Maceira, concelho de Leiria, onde reside há mais de 28 anos. E como é que isto foi possível? Na Batalha utilizou o cartão de eleitor número 9, documento que possui desde os 18 anos. Na segunda localidade, através do cartão de cidadão que tem desde o ano passado e que o recenseou automaticamente em Maceira, com o número 12.300. Mas o que pretendia provar Vítor Santos? “Saber se o meu nome
continuava nos cadernos eleitorais da Golpilheira. E estava”, confirma este homem de 53 anos. “Votei no mesmo partido”, faz questão de salientar. Contudo a experiência pode sair-lhe cara. A Lei Eleitoral prevê que quem votar mais do que uma vez incorre num crime que pode ser punido com pena de prisão de seis meses a dois anos e multa entre 100 e 500 euros. E a verdade é que a Comissão Nacional de Elei-
Vítor Santos, mas os mesmos só podem ser confirmados ou pelos próprios, ou através da consulta dos cadernos eleitorais, adianta Nuno Godinho de Matos, portavoz da CNE. O responsável esclarece que os resultados eleitorais não estão em causa, já que “para saírem viciados teriam que existir dezenas de milhar de erros semelhantes”. ções (CNE ) admitiu a existência de outros casos. Po-
dem ter existido “quatro a cinco casos” iguais aos de
Marina Guerra
Variante avança em Setembro - Contabilidades - Constituição de empresas - Consultoria de gestão - Ficalidade - IRS - IRC - IVA Telef/Fax: 249 881 360 Telemóveis: 965 080 238 - 934 705 970 - 912 383 181 E-mails: figferreira@100escala.com - info@100escala.com
As obras de construção da Variante da Batalha ao IC2 deverão avançar em Setembro. A informação tem vindo a ser avançada por alguns órgãos de comunicação social que citam informação das Es-
tradas de Portugal. Para já avançam os trabalhos de elaboração do projecto de execução. A Variante da Batalha terá perfil de auto-estrada, com uma extensão de aproximadamente 13 qui-
lómetros e integra a Subconcessão Litoral Oeste.
Jornal da Batalha
Junho 2009
Actualidade Batalha
Golpilheira em festa celebra bodas de prata
Autarca pede atenção do governo para consequências de burla mO presidente da Câmara Municipal da Batalha pediu ao ministro do Trabalho e da Solidariedade Social a criação de “medidas de excepção” para os empresários alegadamente lesados pelo gabinete de contabilidade da Batalha, acusado de desviar verbas dos clientes.
Uma sede nova em folha foi a “prenda” que a Golpilheira ganhou em dia de comemoração das bodas de prata de criação da freguesia. Foi no domingo, dia 14 que, em clima de festa, o reconstruído imóvel onde a sede da junta sempre morou desde a fundação em 1984, abriu portas revelando o resultado de um investimento de 140 mil euros, repartido pela Junta e Câmara da Batalha. O novo salão nobre e diversos gabinetes moram no piso superior, e no “andar” de baixo existe agora um salão que poderá mesmo vir a servir de apoio à população
sénior. Carlos Santos presidente da Junta da Golpilheira sublinha as deficientes condições de trabalho e a utilização limitada a que o antigo imóvel obrigava. “Agora temos um edifício com todas as condições”, afirma. Na cerimónia de inauguração, sublinhou o apelo que António Lucas, presidente da Câmara da Batalha, deixou no seu discurso: “usem e abusem deste equipamento, ele é vosso”. E se alguém duvidava da viabilidade da mais jovem freguesia do concelho, Carlos Santos reforçou que ela tem dado provas de fazer sentido. E a nova sede
é apenas mais um exemplo disso mesmo, lembrou. Um fórum para debate do desenvolvimento da freguesia e a edição de livros sobre a Golpilheira, são alguns dos eventos programados para as celebrações dos 25 anos da freguesia que se vão prolongar até ao final do ano. No domingo, para além da homenagem a várias personalidades e entidades da freguesia, foi ainda descerrada uma lápide de homenagem a Afonso Maria Coelho Pereira, benemérito local falecido há 37 anos e cujo nome baptizou a praça frontal à nova sede.
CDS elege concelhia e PS escolhe candidato A “valorização da tradição e da inovação” é a receita de Horácio Moita Francisco, novo líder da concelhia da Batalha do CDS/PP. Sábado, 23 de Maio, a tomada de posse dos novos órgãos locais do partido decorreu na Golpilheira, no restaurante da colectividade local, numa cerimónia que contou com a presença de Ribeiro e Castro, ex-líder nacional dos populares. No discurso de tomada de posse, Horácio Moita Francisco direccionou duras críticas ao actual executivo camarário Para além da presença de Ribeiro e Castro, o respon-
sável dos centristas na Batalha recebeu ainda duas mensagens de apoio, lidas no jantar, de Maria José Nogueira Pinto - ex-vereador do CDS/PP em Lisboa – e de Francisco Coutinho, ex-presidente da Câmara da Batalha. Entretanto, o líder do CDS na Batalha já fez saber que pretende avançar para a candidatura à liderança da distrital de Leiria do partido. Segundo Horácio Moita Francisco, a sua intenção de avançar com uma candidatura à distrital “deve-se ao facto de existir um vazio desta estrutura já há largos meses, sem que o partido a nível nacional tenha toma-
do medidas de fundo para resolução do problema”. Socialistas apostam em Meireles. No PS, Francisco Meireles, médico e coordenador do Centro de Saúde da Batalha é o candidato pretendido para avançar como cabeça de lista nas próximas autárquicas na corrida pela liderança da Câmara da Batalha. Actualmente o único vereador da oposição no executivo camarário, mas com responsabilidades partilhadas no pelouro da Saúde, é o nome preferido pela concelhia socialista local.
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p Vieira da Silva O envio da carta ao governante foi tornado público no início do mês pela agência Lusa. Nela, e de acordo com a referida agência noticiosa,. António Lucas explica ao ministro que o gabinete de contabilidade, a Contibatalha, terá lesado “mais de seis dezenas de empresas, que empregam mais de 300 trabalhadores”. “Sinteticamente, o gabinete de contabilidade em causa ter-se-á apropriado das quantias que lhe eram entregues de boa fé por parte das empresas suas clientes, para pagamento das contribuições para a Segurança Social”, escreve o autarca. Para António Lucas, “esta situação obrigará estas pequenas empresas a suportar essas contribuições em duplicado, agravadas pelos custos inerentes a eventuais e juros de mora”. Nesse sentido, o presidente solicita que sejam “criadas medidas de excepção, através da aceitação de
planos de pagamentos ajustados à capacidade de cumprimento de cada entidade, isentos de coimas e juros de mora”. Também o advogado Pedro Santiago, em nome de 42 empresas supostamente lesadas pelo gabinete de contabilidade em cerca de 768 mil euros, dirigiu uma missiva ao ministro. Na carta, Pedro Santiago refere que, “ao longo de vários anos e até ao dia 26 de Abril último”, as sociedades “confiaram na Contibatalha os pagamentos efectivos das contribuições à Segurança Social, para a qual lhe entregavam previamente os montantes respectivos”. Contudo, o gabinete de contabilidade “fez seus tais valores e não os entregou onde devia”, ou seja, na Segurança Social. Pedro Santiago pede, assim, a concessão às empresas de “um prazo razoável não inferior a doze meses para procederem ao pagamento dos débitos das contribuições da Seguran-
ça Social (…) sem quaisquer juros, coimas e custas processuais, para assim poderem continuar a sua laboração e manutenção dos postos de trabalho”. Este caso foi desencadeado no final de Abril. A 06 de Maio, um grupo de empresários, representantes de 49 empresas que terão sido lesadas em 1,1 milhões de euros, reuniu com o governador civil de Leiria e ainda com a Polícia Judiciária, que está a investigar eventuais crimes de abuso de confiança e burla qualificada. Uma das queixas contra o gerente da Contibatalha, Rui Trovão, partiu da Associação de Propaganda e Defesa da Região da Batalha, instituição particular de solidariedade social e com estatuto de utilidade pública, da qual foi presidente até Abril último. Fonte da direcção da associação afirmou que esta “foi lesada em cerca de 50 mil euros”. “São cerca de 50 mil euros de contribuições à Segurança Social que estão em causa”, disse a mesma fonte, acrescentando que se detectou que o antigo presidente duplicava os pagamentos. “Eram dois cheques para o mesmo pagamento: um para ele, outro para a Segurança Social”, declarou. Segundo este responsável, a situação foi detectada na sequência de uma auditoria “em consequência da qual a associação apresentou queixa ao Ministério Público”. Contactado pela Agência Lusa, Rui Trovão não quis prestar declarações.
GABINETE CONTABILIDADE SANTO ANTÃO CONTABILIDADE, FISCALIDADE, GESTÃO EMPRESAS TOC’s/ECONOMISTA 30 ANOS DE ACTIVIDADE E.N.1 – Nº 33 – SANTO ANTÃO – 2440-053 BATALHA Email: joseaafonso@oninet.pt Telefones: 244766783, 244766917 – Fax: 244766915 Telemóveis: 914107527, 918304395, 917473490
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Batalha Actualidade
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São Mamede vai ter Centro de Interpretação m Com o objectivo de explicar a formação e evolução do maciço calcário estremenho, as Grutas da Moeda, da freguesia de São Mamede, estão a construir um centro de interpretação.. Trata-se de um Centro de Interpretação Científico-Ambiental, que deverá estar concluído no próximo mês de Novembro, com a pretensão dos visitantes da estrutura poderem interpretar “o que acabam de ver”, como explica Danilo Guimarães, relações públicas da empresa, citado pela Agência Lusa, uma vez que “a maioria das pessoas não entende, no fundo, a sua formação, o seu desenvolvimento”, e o centro “pretende apoiar nesse sentido, a interpretação da formação da gruta, desde a sua génese até aos dias de hoje”. Para além disso, há a necessidade de fazer entender aos visitantes “que o calcário é uma parte importante das nossas vidas”, pois até o papel leva uma ínfima percentagem de calcário, assim como “serve para tratar as terras, verificar as águas, construir e até ornamentar”. Ainda de acordo com a citação
do relações públicas, o Centro de Interpretação, que será instalado num edifício autónomo e paralelo, conta com três espaços, em que os
visitantes visualizam um filme sobre a formação do maciço calcário estremenho, que “remonta ao tempo jurássico, e a formação das
grutas”, no primeiro, enquanto no segundo haverá uma maqueta do maciço, que conta com uma área de 75 mil hectares, entre Rio Maior e Leiria, dos quais 40 mil estão integrados em área protegida, para além do terceiro espaço, onde haverá um simulador geo-sensorial que está a ser desenvolvido pelo Centro de Desenvolvimento Rápido e Sustentado de Produto, unidade de investigação do Instituto Politécnico de Leiria. “Vamos ter um painel táctil que permite às crianças ou aos adultos ‘entrar’ nas várias épocas geológicas, desde a génese do calcário até à idade de hoje”, adiantou o responsável, acrescentando que “este simulador quer explorar os sentidos das pessoas”, estando prevista a utilização de técnicas que passam “pelos cheiros e sensações térmicas e visuais”. Para além disso, através do simulador, os visitantes vão poder ver as fases de desenvolvimento do maciço calcário estremenho, desde a sedimentação dos calcários aos movimentos tectónicos, passando pela infiltração das águas pluviais que modelaram a rocha e criaram as grutas, e, por sua vez, originaram estalactites e estalagmites, observou Danilo Guimarães.
Cartão Jovem na Câmara da Batalha Com a presença de João Paulo Rebelo, presidente da Movijovem e de João Paulo Henriques, director do Cartão Jovem, foi assinado, no passado dia 9, no recinto da Feira do Livro e do Jogo, junto à estátua equestre do Condestável, o acordo de colaboração entre o Município da Batalha e a Movijovem, que permite a criação do Cartão Jovem Euro 26 Batalha.Trata-se de um cartão dirigido aos jovens dos 12 aos 25 anos, que é uma iniciativa nacional e de âmbito europeu, que proporciona descontos, reduções, isenções e serviços exclusivos, prestados por empresas privadas ou públicas, associações, entre outros. Este cartão poderá ser agora solicitado nos Serviços da Cultura da autarquia batalhense que, para além dos inúmeros benefícios a nível nacional e europeu, tem benefícios a nível local, como por exemplo, “descontos, ou até mesmo isenção, de pagamento de licença de construção no concelho da Batalha”, como referiu
Jornal da Batalha Cães de caça em exposição Vai realizar-se nos próximos dias 21 e 22 de Junho, em Santo Antão, Batalha, mais uma edição da Canicaça. Trata-se de uma exposição, venda e troca de cães de caça, com a presença de criadores de todo o país. Assim em ambos os dias haverá exposições de cães de caça e demonstrações de cachorros iniciados na caça ao coelho e de cães de parar, sendo que no primeiro dia haverá também exposição de uma Matilha de Caça Maior. A Canicaça’2009 inicia-se no primeiro dia às 10,00 horas e no segundo às 09,30 horas e tem entrada livre. Para quaisquer informações adicionais, deverão os interessados contactar Pedro Monteiro, através do telemóvel 963 328 830.
Idosos e Pensionistas da Batalha em passeio Tal como nos anos anteriores, também neste, os idosos e pensionistas da freguesia da Batalha têm oportunidade de visitar algumas terras deste país, a convite da Junta de Freguesia local. O passeio tem data marcada para o próximo dia 20 de Junho, sábado. Este ano o itinerário é o seguinte: Batalha, Pombal, Coimbra, Oliveira de Azeméis, onde se almoça, Aveiro, Praia de Mira, onde será o lanche, Figueira da Foz e Batalha. A viagem será totalmente suportada pela Junta de Freguesia da Batalha, devendo os participantes levar o respectivo farnel.
Recolha de Sangue na Batalha
na ocasião, António Lucas, presidente do Município da Batalha, que acrescentou que o acordo agora assinado “veio refrescar o cartão que já tínhamos”. Por sua vez, João Paulo Rebelo, adiantou que o Cartão Jovem “foi criado há 23 anos” e que a Movijo-
vem, entidade tutelada pela secretaria de Estado da Juventude e que gere este cartão, “detectou a prestação de idêntico serviço por iniciativa de algumas autarquias”, pelo que no ano de 2006 “estabeleceu um acordo com a Associação Nacional de Municípios Portugueses”, com vista
a aliar “as vantagens num Cartão de duas marcas, a marca nacional e no verso o Cartão Local”. O responsável disse ainda que até ao final do ano “serão celebrados uma centena de protocolos com diversas autarquias”.
Tem lugar no próximo dia 12 de Julho, no Centro Paroquial da Batalha, mais uma recolhe de sangue. A iniciativa, que se realiza entre as 09,00 e as 13,00 horas, é do Centro Regional de Sangue de Coimbra, que ali se desloca para o efeito. Dar sangue é dar vida.
O que podemos fazer pelo ambiente? A tarefa de preservar o nosso ecossistema é cada vez mais de cada um de nós. A nível local, ou global, há pequenos gestos, atitudes e procedimentos que podem ajudar a evitar o desequilíbrio do planeta. A propósito da comemoração do Dia Mundial do Ambiente, a 5 de Junho, o Jornal da Batalha questionou as entidades que de alguma forma actuam na área ambiental do concelho sobre o que estão a fazer em prol do ambiente. E deixou o repto para que enunciassem alguns conselhos base para que todos possamos ajudar a deixar o planeta um pouco melhor que o encontrámos.
Conselhos SIMLIS para ajudar o planeta: 1. 2. 3. 4. 5. 6.
Não deixe a torneira a pingar.
uma garrafa com água no autoclismo.
7.
Não coloque cotonetes, óleos ou outros resíduos pelo esgoto.
Não lave os dentes e as mãos com água a correr. Usa um regador quando rega as plantas. Ao encher a máquina de lavar, poupas água e energia. Não coloque na sanita: cotonetes, beatas, óleo de fritar ou outros resíduos. Carregue sempre no botão de economia do autoclismo, ou coloca
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Especial Ambiente Batalha
O que nós estamos a fazer pelo ambiente? A empresa SIMLIS – Saneamento Integrado dos Municípios do Lis, SA, foi constituída em Dezembro de 1999, tendo-lhe sido atribuída pelo Estado Português, a concessão da construção, exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Saneamento do Lis. São seus accionistas a empresa Águas de Portugal e os municípios da Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém e Porto de Mós. OS SEUS PRINCIPAIS OBJECTIVOS SÃO: -Construção de um sistema integrado de recolha e tratamento de águas residuais; -Contribuição para a resolução da poluição industrial, agro-industrial e das suiniculturas; -Contribuição para a melhoria dos ecossistemas naturais; - Melhoria da qualidade de vida das populações. No final de 2008, o Sistema Multimunicipal de Saneamento do Lis dotou a
região de 9 Estações de Tratamento de Águas Residuais, 26 Estações Elevatórias e 339 quilómetros de Emissários, servindo 220 mil habitantes (370 mil habitantes equivalentes), garantindo assim um serviço de qualidade numa área com mais de 1200 km2. Desta forma, a empresa assume um forte compromisso com a região, ao contribuir de uma forma decisiva para a requalificação ambiental da bacia hidrográfica do rio Lis, potenciando o seu valor económico, social, ecológico e ambiental. Concluiu-se assim, um importante conjunto de infra-estruturas, de que se destacam pela sua importância estratégica para o projecto e para a região, as Estações e Condutas Elevatórias do Sistema Norte e a ETAR Norte, permitindo dotar a região da Alta Estremadura de uma das mais importantes infra-estruturas no domínio da engenharia sanitária até hoje construídas na região.
Tal como o sol, a água é essencial para a vida de todos os seres vivos. No entanto, a água potável e acessível ao Homem ocupa uma parcela muito pequena do total da água do planeta. Embora a Terra seja composta por mais de 2/3 de água, 97% dessa água é salgada, os restantes 3% são água doce, que se encontra nos gelos e nas calotes polares; no vapor da atmosfera, na chuva, nos lagos, rios e aquíferos subterrâneos, e da qual apenas 1% está disponível para nós consumirmos.
Jornal da Batalha
Teste a sua pegada ecológica
O homem utiliza a água nas diversas actividades, como agricultura, indústria, pesca, entre outras. Por ser um bem escasso, é muito importante recuperar a qualidade da água depois de a utilizarmos, para que ela possa ser devolvida ao ambiente com Qualidade. A água não é inesgotável, por isso a sua conservação e bom uso são fundamentais para garantir a vida no Planeta. A administração da SIMLIS
Finalizado o questionário, some os seus pontos e consulte a tabela na página seguinte, de modo a ver a sua pegada ecológica.
Conselhos do Município da Batalha para ajudar o planeta 1. Não deite lixo para o chão. Utilize os ecopontos e os contentores de Resíduos Sólidos Urbanos disponíveis para o efeito. 2. Separe todos os resíduos recicláveis: vido, papel/cartão, plástico, pilhas, óleos usados, equipamentos eléctricos e electrónicos. Se tiver um jardim inicie a compostagem. 3. Não despeje os óleos alimentares usados no lava-louça. Depositeos nos pontos de recolha aderentes existentes por todo o Concelho.
4. Mantenha os espaços verdes limpos e em bom estado. Não arranque flores ou plantas. 5. Não deposite os monos e monstros em locais inapropriados. O Município disponibiliza a sua recolha gratuita através dos serviços da SUMA (244 766 077). 6. Utilize a água e a energia racionalmente. Feche sempre as torneiras e desligue as luzes. 7. Evite viagens curtas de carro e sempre que possível, partilhe o au-
tomóvel com amigos ou colegas nas deslocações diárias. 8. Se detectar fugas de água na rede pública informe de imediato os Serviços Municipais. 9. Preserve as linhas de água. Não despeje lixo nas suas margens nem águas contaminadas. 10. Preserve a paisagem do Concelho. Deposite o entulho somente nos locais adequados para o efeito.
Teste elaborado por Escola Secundária da Batalha Turma: A Curso EFA Área de formação: Cidadania e profissionalidade
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O que a Valorlis está a fazer pelo ambiente
Miguel Aranda da Silva Administrador Delegado
O que nós estamos a fazer pelo Ambiente? Tendo como missão a prestação de um serviço público que garanta o bem estar e a qualidade de vida dos seus munícipes e visitantes, o Município da Batalha desenvolve diversos projectos integrados que visam a qualificação ambiental orientada para aquele que deve ser o grande objectivo do desenvolvimento humano: o desenvolvimento sustentável. De momento estão em curso um conjunto de iniciativas ambientais, nomeadamente: Agenda 21 Local, Recolha de Óleos Alimentares Usados, distribuição de Compostores Domésticos, Instalação de Redutores de Água em Edifícios Municipais, Recolha de Monos e Monstros, para além das acções específicas desenvolvidas nos Estabelecimentos de ensino. O Município encontra-se também envolvido, juntamente com algumas empresas privadas, num projecto de recuperação de uma antiga pedreira para reconversão num aterro de resíduos inertes/RCD, bem como em projectos de microgeração, para poupança de energia em edifícios públicos. Será de salientar igualmente os fortes investimentos em redes de saneamento, emissários e ETAR’s, tendo em vista a melhoria das condições de vida da população. O Município da Batalha, ciente de que o exemplo de boas práticas ambientais deverá ter início nos Edifícios Municipais, implementou no Edifício dos Paços de Concelho um Manual de Boas Práticas que visa um uso mais eficiente dos recursos disponíveis. Cabe à geração actual criar as oportunidades com vista a uma educação que desenvolva competências ambientais no que se refere aos actores do futuro.
de um ambiente melhor. Apostamos em novas tecnologias para o tratamento de resíduos. O Projecto da Central de Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos é também uma aposta num ambiente melhor para as gerações futuras. A preocupa-
VALORLIS Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos S.A.
Se recuarmos 10 anos na nossa região conseguimos facilmente identificar onde a VALORLIS contribui para a melhoria do Ambiente. As Lixeiras encerradas e recuperadas ambientalmente, a criação de infra-estruturas adequadas para o tratamento dos resíduos e a implementação de um sistema de recolha selectiva de embalagens para reciclagem fazem parte da razão de ser da VALORLIS nos últimos anos. Hoje os desafios são outros e diariamente trabalhamos para a melhoria da qualidade do ambiente. Continuamos a apostar fortemente na consciencialização das populações para a importância da separação de resíduos e para a sua valorização. As campanhas que desenvolvemos são sem dúvida um forte contributo para a melhoria do ambiente da nossa região. A aposta na dinamização da Compostagem Doméstica com o objectivo de prevenir e reduzir a produção de resíduos são também um forte contributo para a construção
ç ã o com o ambiente faz parte do nosso dia-a-dia e decorre da nossa actividade base de tratamento e valorização de resíduos mas também de pequenas acções que podem e devem ser partilhadas por todos. Por exemplo a poupança de recursos energéticos com a utilização de viaturas mais eficientes ou a utilização de fontes de energia renovável (a VALORLIS produz energia eléctrica a partir dos resíduos que trata que excede as a suas necessidades). A VALORLIS foi dos primei-
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ros sistemas de resíduos sólidos urbanos do nosso Pais a certificar a sua actividade pela norma ISSO 14001:2004 para o Ambiente o que atesta a nossa preocupação pela sustentabilidade da nossa actividade e pelo meio onde estamos inseridos.
Município da Batalha
Conselhos Enerdura para ajudar o planeta Iluminação 1. Substitua as lâmpadas incandescentes normais por lâmpadas de baixo consumo energético (LCF - Lâmpadas Compactas Fluorescentes). 2. Apague as luzes quando já não necessitar delas acesas. 3. Instale sensores de presença em locais pouco frequentados, para que as luzes se desliguem sempre que um espaço está desocupado, evitando dessa forma que estas permaneçam acesas por largos períodos de tempo devido a esquecimento.
4. Pinte as divisões da casa com cores claras aumentando assim a luminosidade (as tintas escuras absorvem a luz enquanto que as claras a reflectem). Isolamento 5. A primeira regra para poupar energia num edifício é o isolamento. Para poupar energia na climatização, deve antes de mais proceder ao correcto isolamento do edifício em relação ao exterior (paredes, janelas, portas, vidros duplos), para que a energia se conserve no seu interior.
Climatização 6. Instale, no seu sistema de aquecimento, um dispositivo para regular de forma automática a temperatura desejada e os períodos de funcionamento (termóstato, relógio programável, ou outro). Desta forma irá gastar apenas a energia que precisa para as suas necessidades. Equipamentos 7. Quando comprar um aparelho, procure a etiqueta energética ou peça informações sobre a sua eficiência energética, optando pelo mais eficiente.
8. Desligue os equipamentos quando não necessitar deles ligados, evitando deixá-los em “stand-by”. O modo “stand-by” consome energia desnecessariamente. Aquecimento de Águas Quentes Sanitárias 9. Deve considerar a instalação de colectores solares térmicos para o aproveitamento da energia solar, podendo e devendo este equipamento ser complementado com o actual sistema de aquecimento de águas que tem instalado. A utilização dos colectores solares reduz substancialmente o consu-
mo de gás ou electricidade, podendo atingir valores máximos de redução da ordem dos 80%. Meio de Transporte 10. Evite usar o veículo em deslocações com percursos inferiores a 2 - 3 Km. Nestes percursos, o consumo de combustível pode chegar a ser mais do dobro do consumo alcançado em estrada, a uma velocidade de 90 Km/h. Utilize preferencialmente modos suaves de deslocação (andar a pé ou de bicicleta) ou os transportes públicos para este tipo de deslocações.
Jornal da Batalha
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Especial Ambiente Batalha
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O que nós estamos a fazer pelo ambiente
Miguel Lacerda Enerdura
A actividade desenvolvida pela ENERDURA (Agência Reg. de Energia da Alta Estremadura), incide, sobretudo, no lado da procura da energia (no lado dos consumidores), promovendo acções de sensibilização através de actividades de rua e da organização de seminários junto da comunidade dos 8 municípios seus associados
Conselhos Valorlis para ajudar o planeta 1.Evite comprar produtos embalados em excesso (é preferível comprar um garrafão de 5 litros de água do que muitas garrafas de menor capacidade). É que além de produzir mais resíduos está a pagar mais caro o produto. 2.Procure levar de casa os seus sacos para as compras, reutilize sacos já usados ou utilize sacos de pano. 3.Muitas embalagens podem ser utilizadas pelas crianças para fazer novos objectos como, porta canetas, carteiras, fantoches, etc. 4.Vá juntando as suas embalagens em sacos distintos ou num único saco e leve-as, periodicamente, aos Ecopontos. 5. À boca do Ecoponto, cumpra as regras da deposição. Um engano seu pode estragar todo um carregamento. Os Ecopontos têm autocolantes com estas regras e a Valorlis tem vários folhetos à sua disposição.
6.As embalagens de cartão devem ser, sempre, espalmadas. Desmanche-as se tiverem grandes dimensões. 7.Escorra as embalagens de cartão de bebidas, as garrafas de vidro, de plástico e as latas, para que não sujem o Ecoponto, mas não é necessário lavar. 8.Se a sua casa tem um pequeno espaço exterior a Compostagem Doméstica é ideal para si, contacte a Valorlis e receba um compostor onde pode aproveitar restos de comida, resíduos da horta e do jardim, obtendo um fertilizante natural de grande qualidade. 9.Coloque os óleos alimentares usados nos oleões existentes no seu concelho, assim poderão ser reciclados. 10. Para a recolha de objectos volumosos, como móveis ou electrodomésticos, contacte a sua câmara municipal, nunca os abandone.
(Alvaiázere, Ansião, Batalha, Marinha Grande, Leiria, Pombal, Porto de Mós e Ourém). Além das acções de sensibilização, a ENERDURA desenvolve ainda projectos na área da Energia, juntamente com os seus associados e particulares que demonstrem essa vontade, incidindo os mesmos sobre questões como a da Eficiên-
cia Energética (promovendo a Utilização Racional da Energia) e do aproveitamento dos Recursos Energéticos da nossa Região (biomassa, energia eólica e energia solar). Um dos projectos actualmente em curso consiste na realização da 2ª fase do estudo de “Optimização Energética em Edifícios Escolares do 1º Ciclo de En-
sino Básico”, a desenvolver em cada um dos municípios associados da ENERDURA, consistindo na realização de diagnósticos energéticos em 20 escolas por município, identificando medidas de eficiência energética a implementar nas mesmas. Outro dos projectos no qual a ENERDURA se encontra também envolvida, em par-
ceria com a C.M. de Leiria e com o IPL – Inst. Politécnico de Leiria é o projecto “T.aT. – Students Today, Citizens Tomorrow” que pretende identificar, definir e aplicar políticas de intervenção no Campus 2 do IPL, reduzindo os impactos ambientais e os consumos energéticos relativos à mobilidade da comunidade académica.
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Batalha Actualidade
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Câmara critica lei dos poços
Novo restaurante
m Até ao mês de Maio do próximo ano, todos os poços, furos ou cisternas, quer sejam para consumo humano ou industrial, terão de ser legalizados, sob pena dos seus proprietários serem punidos com pesadas coimas.
Sobre este assunto, o Jornal da Batalha, procurou ouvir António Lucas, presidente da Câmara Municipal da Batalha, que começou por dizer que se trata uma lei “feita em gabinetes por quem não tem nenhuma noção do que é país” e que depois vem “provocar constrangimentos e dificuldades enormes ao cidadão comum”. Acrescenta, contudo, que “é uma determinação do Ministério do Ambiente” que tem como objectivo, “em minha opinião, sustentar financeiramente as Administrações de Região Hidrográfica (ARH), entidades criadas recentemente”. O autarca explica que o Município da Batalha, apesar de “não ter qualquer responsabilidade neste assunto”, porque “a legalização de poços e furos terá de ser efectuada nas ARH”, no caso concreto da Batalha “em Coimbra e tem uma delegação em Leiria”, vai procurar “facilitar a vida aos munícipes, sobretudo
aos que têm mais dificuldades de locomoção e aos mais idosos”, uma vez que “é pedida a marcação dos poços em cartas que não é qualquer cidadão que chega lá”. Como os municípios têm a informação pedida, os técnicos da autarquia “irão deslocar-se às sedes das juntas de freguesia do concelho”, em períodos previamente definidos, “afim de darem formação às suas funcionárias”, no sentido de “localmente poderem ajudar os munícipes a resolver o problema”, disse o presidente da Câmara. Referindo sempre que a autarquia não tem nada a
ver com o assunto, António Lucas, diz que a autarquia pretende facilitar os munícipes, por se tratar de “um imperativo legal e para evitar que se paguem multas com valores exorbitantes”. O que diz a lei. De acordo com o Decreto-Lei nº 226A/2007, de 31 de Maio, todos os proprietários e arrendatários de utilizações dos recursos hídricos, que à data da entrada deste decreto-lei não disponham de título que permita essa utilização, têm que pedir as devidas autorizações. O pedido é obrigatório sejam poços, noras, furos, minas, charcos, barragens e ou
açudes, quer se destine para consumo humano, rega ou actividade industrial. A Regularização deve ser feita mediante requerimento com as características da captação, localização, exploração e o relatório. A inexistência deste, deverá ser substituída pela entrega de um relatório de peritagem técnica da captação, efectuada por um técnico com formação na área da hidrogeologia. Após apreciação será emitido o respectivo título de acordo com a legislação (Licença ou Autorização). Só através de declaração, os serviços da Administração da Região Hidrográfica, I.P.
(ARH) poderão atribuir as concessões, licenças e autorizações necessárias para cada tipo de utilização. Caso seja detectada qualquer utilização não declarada depois do prazo terminar, o seu proprietário incorre numa contra-ordenação muito grave, cuja coima mínima, para particulares, pode ir de 25 mil a 37.500 euros. No caso de pessoas colectivas, a coima pode ir de 60 mil a 2,5 milhões de euros.
Piscina de São Mamede e Casa da Juventude têm financiamento São várias as obras que o Município da Batalha terá de concretizar até 2013, uma vez que contam com o apoio de fundos comunitários. Estão nesta situação a Piscina coberta de São Mamede, uma promessa eleitoral de António Lucas e que não tem avançado, por diversos motivos, dos quais se destaca o decretolei 124/2006, que produziu “alterações nas construções em espaços rurais”, como explica o presidente da Câ-
mara da Batalha, em declarações ao Jornal da Batalha. Para que a obra avance, uma vez que “tem financiamento garantido e temos de o utilizar até 2013” é necessário “desbloquear os terrenos, com a alteração que se fez ao PDM”, por força do Decreto-Lei 124/2006 “que nos veio impedir de construir esta obra”, disse o autarca. Outra das obras já com apoios garantidos é a da construção do Pavilhão
Gimnodesportivo da Golpilheira, apesar de não poder avançar de imediato, porque é “preciso desbloquear uma parcela do terreno que está em REN”, revela António Lucas, adiantando que também, o Museu da Comunidade Concelhia, a requalificação do Largo 14 de Agosto de 1385, a requalificação da zona envolvente da sede da freguesia de São Mamede e a reparação da estrada Torre-Perulheira, têm já o financiamento ga-
rantido. Encontra-se também na mesma situação de financiamento, a construção da Casa da Juventude da Batalha, a instalar no antigo Hospital da Misericórdia. Sobre esta obra, o autarca batalhense refere que foi objecto de um “concurso de ideias com arquitectos jovens da região” e seleccionou-se um projecto, a partir do qual se fez “a aprovação do estudo prévio, por força da sua localização”, junto do
Jornal da Batalha
Abriu as portas no passado dia 22 de Maio e chama-se “A Tertúlia”, o novo estabelecimento de restauração da vila da Batalha. Trata-se de um restaurante e cervejaria, situado na Rua António Cândido da Encarnação, que tem gerência de Fernando Gimenes, Silmara Carraro e Carlos Andrade. Em declarações ao Jornal da Batalha, Fernando Gimenes, explicou que todos “temos experiência no ramo da restauração” e com os conhecimentos que foram adquirindo ao longo dos anos, “resolvemos juntar-nos e criar o nosso próprio restaurante”. No que respeita aos pratos apresentados, “são de grande variedade em carnes peixes e grelhados, dentro da cozinha tradicional portuguesa”, como disse Carlos Andrade, adiantando que “temos também petiscos e cervejaria”. Para além disso, “servimos também mini doses”, disse. O funcionamento será das 09,00 às 02,00 horas e “por enquanto não encerramos para folga”, referiu Silmara Carraro, acrescentando que “trabalhamos aqui os três e temos mais três pessoas a darnos apoio”. A escolha da Batalha para o início de actividade deve-se ao facto de “ser um local agradável onde há bastante diversidade de visitantes”
Irineu expõe na Batalha
IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico) e da empresa Estradas de Portugal, o que “se tornou moroso”, no entanto “conseguiu-se entendimento” e o gabinete seleccionado está “a elaborar o projecto com vista a preparar-se o concurso”. Armindo Vieira
Está patente até dia 5 de Julho na Galeria Mouzinho de Albuquerque, na vila da Batalha, a exposição de pintura intitulada “Fragmentos: Olhar Nostálgico de Irineu Alves”. O artista, natural da Baía, é reconhecido unanimemente pela qualidade pictórica dos seus trabalhos, onde o quotidiano, as gentes e as vivências do Brasil aparecem fielmente retratadas.
Jornal da Batalha
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Batalha
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Economia
Hotel Villa Batalha abre portas em Agosto
s Fiscalidade
O Novo Modelo Contabilidade 2010
António Caseiro Técnico Oficial de Contas Licenciatura em Contabilidade e Administração, Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade
Uma nova unidade hoteleira, denominada Hotel Villa Batalha, tem a sua abertura prevista para finais do próximo mês de Agosto. Trata-se de uma unidade de 4 estrelas superior, que pretende introduzir um conceito totalmente inovador na hotelaria em Portugal, “de residência temporária, destinado a um público exigente”, como se pode ver na sua página de internet. Ali, pode-se desfrutar de todo “o conforto da hospitalidade hoteleira, numa localização única – uma vila histórica erguida no século XIV, situada na prestigiada Costa de Prata Portuguesa”, pode ler-se no mesmo local, acrescentando que a missão é proporcionar “aos
nossos hóspedes-residentes a experiência de se sentirem na sua própria casa” integrando-os na vida local, descobrindo os muitos recursos naturais, culturais, sociais e históricos de uma região tão particular. A nova unidade hoteleira da Batalha, enquadrada num “magnífico jardim de 20 000 metros quadrados, junto ao rio Lena, disponibiliza 94 quartos, integra ginásio, Spa, campo de ténis e padell, putting green, peach and putt, salas de reuniões, biblioteca, uma zona de espectáculos e um jardim aromático. Segundo apurámos, o hotel “foi construído de forma a promover o respeito pelo meio ambiente”, daí
que na sua construção “tenham sido utilizados materiais nobres, sistemas de gestão eléctrica inteligente, aquecimento solar térmico e economia dos recursos hídricos”, pormenores que “marcam a diferença”. O Hotel Villa Batalha, que terá na “modernidade das suas instalações e equipamentos uma das suas grandes mais-valias”, encontra-se situado no centro da vila da Batalha, com vista para o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, classificado pela UNESCO como Património da Humanidade e, eleito, recentemente, como uma das Sete Maravilhas de Portugal.
JOM da Batalha abre portas em Julho Nos primeiros dias do próximo mês de Julho, um novo estabelecimento especializado em mobiliário e artigos para o lar abre as suas portas em Santo Antão, Batalha. Trata-se da JOM, empresa sedeada em Guimarães, que se encontra em actividade há duas décadas e tem lojas em Guimarães, Ovar, Braga, Viseu e Castelo Branco. Segundo Tiago Mendes, responsável pelo Departamento de Marketing da empresa, são investidos 4,5 milhões de euros, nesta nova loja que “ocupa uma área co-
mercial de quatro mil metros quadrados e vai contar com o apoio de duas dezenas de pessoas”. Neste novo espaço, são disponibilizados vários artigos, como, móveis, electrodomésticos, sofás, decoração, utilidades, carpetes, iluminação e móveis wc. A escolha desta zona para a instalação da nova loja, que tem inauguração prevista para o próximo dia 3 de Julho, deve-se à dimensão populacional que, segundo o estudo realizado, se situa em 602 812 habitantes, entre os distrito de Leiria e Santarém, à localização e
boas vias de acesso, adianta aquele responsável. O novo estabelecimento JOM situa-se à beira do IC2, no lugar do Santo Antão e o seu “objectivo é alcançar um volume de negócios na ordem dos 3,5 milhões de euros”, explica Tiago Mendes, acrescentando que a empresa pretende diferenciar-se “através da relação preço/qualidade e das facilidades de pagamento”. Armindo Vieira
Em virtude da aprovaçäo do Novo Sistema de Normalizaçäo Contabilística, (SNC) por parte do Conselho de Ministros no dia 23 Abril deste ano, apraz-me dizer que será um desafio interessante no sentido que ao longo da minha experiência de 30 anos assisti a constantes alteraçöes, no entanto, esta mais recente e a vigorar a partir do próximo dia 1 de Janeiro de 2010, caracteriza-se por aquela a que vai obrigar a um esforço adicional por um lado dos profissionais de contabilidade por outro dos empresários. Carecendo do diploma legal que aprova o SNC por ainda näo ter sido publicado no Diário da República, o facto da revogaçäo do Plano Oficial de Contabilidade (POC aprovado pelo Decreto-Lei n.º 47 / 77 de 7 de Fevereiro) rege-se para num futuro próximo existir uma aproximaçäo aos padröes internacionais respeitando as Normas Internacionais de Contabilidade segundo o International Accounting Standards Board (IASB). A génese do Sistema de Normalizaçäo Contabilística apresentado há dois anos atrás na Comissäo de Normalizaçäo Contabilística promoveu o seu debate, discussöes e interpretaçöes das linhas orientadoras por parte dos profissionais da contabilidade. Com a publicaçäo do diploma, assistimos a uma maior adaptaçäo ao te-
cido empresarial português às normas referidas, actualizando-se a terminologia utilizada ao longo dos anos bem como a introduçäo de um conjunto de conceitos novos, com o objectivo de tornar internacionalmente comparáveis as demonstrações financeiras das empresas. A competitividade é acrescida em virtude da capacidade de apresentaçäo das demonstraçöes financeiras das empresas, Balanço; Demonstração das alterações do capital próprio; Demonstração dos resultados; Demonstração dos fluxos de caixa; Anexo (divulgação), como também aquando das necessidades de financiamento internacionais. Assistiremos a um esforço de adaptaçäo das empresas e dos Técnicos Oficiais de Contas uma vez que poderá considerar-se alguma ambiguidade na análise ao SNC. Conceitos como justo valor ou perdas de imparidade dos activos poderäo ser alvo de maior análise de exigência junto dos seus clientes pormenorizando o grau de conhecimento das empresas destes repercutindo-se as especificidades das mesmas na apresentaçäo das contas de cada empresa. Termino a coluna, referindo que parece-me reforçada a transparência e a comparabilidade das empresas portuguesas na Uniäo Europeia competindo aos profissionais da contabilidade o seu empenho e interesse na sua formação.
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Batalha Diversos
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Cartório Notarial da Batalha Notária: Sónia Marisa Pires Vala
Cartório Notarial da Batalha Notária: Sónia Marisa Pires Vala
Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas oitenta e oito a folhas oitenta e nove, do Livro Cento e Quarenta e Sete – B, deste Cartório. Joaquim Sousa Ribeiro, NIF 125 089 082 e mulher Emília Vieira Bastos Ribeiro, NIF 125 089 090, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia e concelho da Batalha, onde residem no lugar de Casal do Quinta, declaram que com exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico composto de terra de semeadura, com a área de novecentos metros quadrados, sito em Quinta do Pinheiro, freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte com José Henriques Pragosa, de sul com caminho público, de nascente com herdeiros de José Costa e de poente com José Carreira Franco e outros, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica, em nome do justificante marido, sob o artigo 9.330, com o valor patrimonial e atribuído de € 507,34. Que adquiriram o referido prédio no ano de mil novecentos e setenta e nove, por doação verbal de José Ribeiro e mulher Beatriz da Conceição, seus pais e sogros, residentes que foram no lugar de Brancas, freguesia e concelho da Batalha, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o identificado prédio por usucapião. Está conforme o original. Batalha, oito de Maio de dois mil e nove. A funcionária com delegação de poderes Assinatura ilegível Jornal da Batalha, ed. 227 de 17 de Junho de 2009
Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas noventa a folhas noventa e duas, do Livro Cento e trinta e quatro – B, deste Cartório. José Coelho Menitra, NIF 109 049 233 e mulher Carolina de Jesus Ferreira, NIF 222 910 283, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, onde residem no lugar sede, declaram que com exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores do seguinte: Prédios sitos na freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha: Um - prédio rústico, composto de vinha, terra de cultura, sito em Ribeira de Baixo, com a área de cento e oitenta e dois metros quadrados, a confrontar de norte com Manuel Gomes Menitra, sul António Coelho Menitra, nascente Francisco Nazaré Sebastião e de poente com caminho, inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 3.614, com o valor patrimonial de € 4,53, a que atribuem o valor de cem euros. Dois - prédio rústico, composto de vinha, terra de cultura e oliveiras, sito em Ribeira de Baixo, com a área de novecentos metros quadrados, a confrontar de norte com serventia, sul Adelino Espírito Santo, nascente Manuel Mendes Caixeiro e de poente com caminho, inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 3.623, com o valor patrimonial de € 20,24, a que atribuem o valor de cento e cinquenta euros. Três - prédio rústico, composto de vinha, sito em Barrozinha, com a área de quatrocentos e trinta e dois metros quadrados, a confrontar de norte com Manuel da Piedade Gomes Mira, sul com Manuel Gomes Menitra, nascente António Mendes Capela e de poente com Luís Gomes Carvalho, inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 4.317, com o valor patrimonial de € 10,06, a que atribuem o valor de cem euros. Quatro - prédio rústico, composto de vinha, sito no referido lugar de Barrozinha, com a área de quinhentos metros quadrados, a confrontar de norte com António Rodrigues Capela, sul com José Rodrigues Sebastião, nascente Maria da Piedade Menitra e de poente com Manuel Gomes Menitra, inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 4.319, com o valor patrimonial de € 11,31, a que atribuem o valor de cem euros. Cinco - prédio rústico, composto de vinha, no dito lugar de Barrozinha, com a área de setecentos e quinze metros quadrados, a confrontar de norte com Ermelinda Fetal Coelho, sul e poente com José Coelho Menitra e de nascente com Maria da Piedade Menitra, inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 4.320, com o valor patrimonial de € 14,96, a que atribuem o valor de cento e cinquenta euros. Seis - prédio rústico, composto de terra de cultura, mato e pinhal, sito em Andorinha, com a área de mil cento e oitenta metros quadrados, a confrontar de norte e poente com José Frazão, sul Augusto Domingues das Neves e de nascente com caminho, inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 7.974, com o valor patrimonial de € 7,17, a que atribuem o valor de cem euros. Prédio sito na Freguesia de São Mamede, Concelho da Batalha: Sete - prédio rústico, composto de terra de cultura com oliveiras e pinhal com mato, sito em Dagorda, com a área de dois mil setecentos e trinta metros quadrados, a confrontar de norte com Adelino do Espírito Santo, sul com Joaquim Carreira dos Reis, nascente com caminho e de poente com serventia, inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 12.960, com o valor patrimonial de € 16,60, a que atribuem o valor de cento e cinquenta euros. Os identificados prédios encontram-se todos omissos na Conservatória do Registo Predial da Batalha. Que adquiriram os identificados prédios no ano de mil novecentos e cinquenta e sete, por doação meramente verbal de João Maria Menitra e mulher Maria do Fetal Coelho, pais do marido, residentes que foram no referido lugar e freguesia de Reguengo do Fetal, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para os registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição dos mesmos. Que em consequência daquela doação verbal, possuem os identificados prédios em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram os prédios por usucapião.
Tribunal Judicial de Porto de Mós 1º. Juízo Anúncio 1ª. Publicação
Processo: 57-A/1997 Alteração da Regulação do Poder Paternal N/ Referência: 1494626 Data: 12-05-2009 Requerente: Serviços do Ministério Público – Porto de Mós Requerido: Maria Adelina Silva Santos Carreira e outro(s)… Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o(a) Requerido: Fernando Carreira Carvalho, profissão: Calceteiro, filho(a) de Domingos da Conceição Carvalho e de Ilda Vitória Carreira, estado civil: Divorciado, nascido(a) em 14-12-1955, concelho da Batalha, freguesia de São Mamede [Batalha], nacional de Portugal, BI - 044650809, domicílio: 4 Bis Tessier, 77320 Beton Bazoches França, com última residência conhecida na morada indicada, para no prazo de 10 dias, decorrido que seja o dos éditos alegar o que tiver por conveniente, nos termos do disposto no artº 182º nº 3 da OTM, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando. Terminando o prazo em dia que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil seguinte. Fica advertido de que não é obrigatória a constituição de mandatário judicial, salvo na fase de recurso. O Juiz de Direito, Dr(a). Maria Joana de Castro Oliveira O Oficial de Justiça, Isabel dos Santos V. Miguel Jornal da Batalha, ed. 227, de 17 de Junho de 2009
Cartório Notarial da Batalha Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas setenta a folhas setenta e duas, do Livro Cento e Quarenta e Oito – B, deste Cartório. Joaquim Pereira da Silva, NIF 164 603 344 e mulher Maria Luísa do Rosário Valério, NIF 175 164 681, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia e concelho da Batalha, onde residem no lugar de Casal do Quinta, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores de dois terços indivisos do prédio rústico, composto de vinha com oliveiras, com a área de mil oitocentos e trinta e sete metros quadrados, sito em Casal Novo, freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte com Herdeiros de Joaquim Sousa Silva, de sul com estrada, de nascente com Francisco Sousa da Silva e estrada e de poente com Joaquim Rino, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respectiva matriz predial sob o artigo 1.822, com o valor patrimonial correspondente à fracção e atribuído de € 22,50. Que adquiriram o direito do referido prédio no ano de mil novecentos e cinquenta e sete, por doação verbal de António Pereira da Costa e mulher Júlia da Silva, casados, residentes que foram no Casal de Santa Joana, Batalha, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, possuem o referido do identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram aquele direito por usucapião. Está conforme o original. Batalha, vinte e nove de Maio de dois mil e nove. A funcionária com delegação de poderes Assinatura ilegível Jornal da Batalha, ed. 227 de 17 de Junho de 2009.
Está conforme o original. Batalha, vinte e nove de Outubro de dois mil e oito. A funcionária com delegação de poderes Assinatura ilegível Jornal da Batalha, ed. 227 de 17 de Junho de 2009
Jornal da Batalha
Cartório Notarial Alexandra Heleno Ferreira
Rua Dr. António Justiniano da Luz Preto, nº 31, Ed. Conde Ferreira, Loja 6 2490-552 Ourém Extracto Certifico, para fins de publicação e em conformidade com o seu original, que por escritura de Justificação lavrada neste Cartório, no dia dezoito de Maio de dois mil e nove, de folhas doze a folhas treze verso do respectivo Livro de Notas para Escrituras Diversas número Noventa, Américo Rodrigues Gonçalves, NIF 120.332.418 e mulher Maria da Silva Pereira, NIF 122.292.162, casados sob o regime da comunhão geral, naturais ele da freguesia de S. Mamede, concelho da Batalha e ela da freguesia de Alvados, concelho de Porto de Mós, residentes na Rua dos Casais, nº 42, Casais de São Mamede, São Mamede, Batalha, declararam: Que, são com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores do seguinte prédio: Rústico, composto de terra de cultura, com a área de mil duzentos e sessenta e quatro metros quadrados, sito em Casais de São Mamede, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, a confrontar do norte com Maria José (viúva), do sul com Filipe Vieira Gonçalves, do nascente com Armindo Pereira e do poente com caminho, inscrito na matriz sob o artigo 6053, com o valor patrimonial de € 183,47 e a que atribuem igual valor; Que o indicado prédio não se acha descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha e veio à posse de ambos por doação verbal feita por José Gonçalves e mulher Albertina de Jesus, residentes no dito lugar de Casais de São Mamede, em mil novecentos e oitenta, sem que dela ficassem a dispor de título suficiente e formal que lhes permita fazer o respectivo registo. Que possuem o indicado prédio em nome próprio, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente da freguesia de São Mamede, lugares e freguesias vizinhas, traduzida em actos materiais de fruição, conservação e defesa, nomeadamente usufruindo dos seus rendimentos, cultivando e recolhendo os respectivos frutos, limpando-o de mato, pagando os respectivos impostos e contribuições, agindo sempre pela forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, pelo que adquiriram o dito prédio por usucapião. Ourém, dezoito de Maio de dois mil e nove. A Colaboradora da Notária, por competência delegada, nos termos do artº 8º do Estatuto do Notariado Eugénia Maria Vieira Arrabaça Jornal da Batalha, ed. 227, de 17 de Junho de 2009
Cartório Notarial da Batalha Notária: Sónia Marisa Pires Vala
Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas dezanove a folhas vinte, do Livro Cento e Quarenta e Oito – B, deste Cartório. Nuno Miguel Heleno Gil, solteiro, maior, natural da freguesia de Souto da Carpalhosa, concelho da Leiria, onde reside, que outorga na qualidade de legítimo representante da “Fábrica da Igreja Paroquial do Reguengo do Fetal” pessoa colectiva religiosa nº 500 766 509, entidade canonicamente erecta e com personalidade jurídica no foro civil, com sede na freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, declara que, a Fábrica da Igreja Paroquial do Reguengo do Fetal, que ele representa, é dona e legítima possuidora do prédio rústico, composto de terra de cultura, oliveiras e sobreiros, com a área de nove mil duzentos e trinta metros quadrados, sito no Santuário de Nossa Senhora do Fetal, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, a confrontar de norte e nascente com caminho, de sul com Laura do Nascimento Rosa e outro e de poente com caminho, Laura do Nascimento Rosa e outros, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica, em nome de Fábrica da Igreja Paroquial do Reguengo do Fetal, sob o artigo 3.791, com o valor patrimonial e atribuído de € 29,90. Que, a sua representada adquiriu o referido prédio no ano de mil novecentos e sessenta, por doação verbal do Padre José do Espírito Santo, solteiro, maior, residente que foi no dito lugar de Reguengo do Fetal, sem que no entanto ficasse a dispor de título formal para proceder ao registo, mas desde logo entrou na posse e fruição do mesmo. Que, assim, a sua representada, possui o identificado prédio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com a ocupação do prédio, o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriu o identificado prédio por usucapião. Está conforme o original. Batalha, vinte e um de Maio de dois mil e nove. A funcionária com delegação de poderes Assinatura ilegível Jornal da Batalha, ed. 227 de 17 de Junho de 2009.
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Educação Batalha
Educação
Empresários da Finlândia visitam escolas da Batalha Estiveram na Batalha vários representantes de empresas finlandesas, ligadas à área da Educação daquele país, representantes do Ministério da Educação, ligados ao Future Learning Finland, e da Embaixada da Finlândia em Portugal. Esta visita surgiu na sequência do evento que teve lugar em Lisboa, promovido pelo “Finland Trade Center”, com vista a abordar a importância das empresas privadas no sucesso do ensino finlandês. Depois de uma recepção na Câmara Municipal da Batalha, para apresentação de cumprimentos, teve lugar, durante a manhã, uma visita à Escola do Primeiro Ciclo e ao Jardim de Infância da Golpilheira e uma visita guiada ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Durante a tarde, houve uma visita à Escola Secundária da Batalha, onde os visitantes puderam apreciar vários espaços, como, Laboratórios de Informática e Ciências e a Mediateca. Tiveram ainda oportunidade de trocar impressões com os professores e os alunos, que naqueles espaços estavam em aula.
p Empresários finlandeses na apresentação da CCEMS Visitaram ainda as instalações do Centro de Competência Entre Mar e Serra (CCEMS) e do Centro de Formação da Rede de Cooperação e Aprendizagem (CFRCA), onde assistiram a uma apresentação das suas iniciativas e projectos. Segundo Marco Neves, do CCEMS/CFRCA, a opinião dos representantes do Future Learning Finland, era de que “o CCEMS é um caso de sucesso pela sua forma de actuar junto das Escolas e conceber/dinamizar projectos”. Para além disso, esta visita “permitiu dar a conhecer
o que de melhor se faz no país na área da Educação” bem como “as várias maravilhas deste concelho”, tendo ficado “em aberto excelentes perspectivas de parcerias conjuntas entre várias entidades finlandesas e o CCEMS”, adiantou Marco Neves. Para finalizar, houve uma visita ao Parque Ecosensorial da Pia do Urso, onde foi oferecido aos visitantes um “Porto de Honra” no Centro de Interpretação da Pia do Urso. Os visitantes foram acompanhados, por António Rodrigues, presidente
do CCEMS/CFRCA, Helena Pintor, em representação da Escola Secundária da Batalha, Isabel Oliveira, em representação da DirecçãoRegional da Educação do Centro, Fernando Sarmento, director do Agrupamento de Escolas da Batalha, do presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira – estes últimos na visita à Golpilheira -, Carlos Henriques, vice-presidente da Câmara Municipal da Batalha – na Pia do Urso -, para além dos restantes elementos formadores do CCEMS/CFRCA. Armindo Vieira
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Aluna da Secundária premiada Adriana Marques dos Santos é aluna da Escola Secundária da Batalha e, durante este ano lectivo frequentou o 11º ano. Isto não teria nada de especial se tivesse sido premiada com um trabalho, apresentado a nível nacional. O trabalho em causa, subordinado ao tema “Flexissegurança – que viabilidade para Portugal?” foi elaborado no âmbito da disciplina Economia A e proposto por Célia Murta Cadima, docente da disciplina, ao concurso ISEG-Santander Totta, promovido pelo Instituto Superior de Economia e Gestão – Universidade Técnica de Lisboa. O trabalho de Adriana Santos foi um dos seleccionados para a final. Assim, no passado dia 26 de Maio, a autora do trabalho foi defendê-lo. Perante um júri, composto pelo Prof. José Pereirinha, presidente do Conselho Científico do ISEG, um representante da instituição bancária patrocinadora e um representante da Associação de Professores de Economia do Ensino Secundário. A jovem batalhense, sempre “segura de si, nunca hesitou” e, durante os vinte minutos disponibilizados para o efeito, “soube apresentá-lo de forma concisa, mas muito clara e incisiva”, como refere Célia Cadima que, com alguns alunos da turma, acompanhou a aluna. O júri, depois de apreciar e ter ouvido a apresentação do trabalho, decidiu atribuir-lhe o primeiro lugar, “apesar do segundo concorrente na categoria ser, também, um excelente orador e ter apresentado um interessante trabalho sobre Bolhas Financeiras”, explica a docente. Adriana Marques dos Santos, recebe um prémio monetário de quinhentos euros e, se ingressar no ISEG, a gratuitidade de propinas. Este concurso destina-se a premiar trabalhos de Economia ou temas relacionados, apresentados por alunos do ensino secundário, e compreende três categorias: 10º ano, 11º ano e 12º ano. Para a deslocação a Lisboa, foi utilizado o transporte cedido pelo BAC – Batalha Andebol Clube, quem se agradece, assim como à Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária da Batalha, que apoiou a autora do trabalho.
Concurso de contos dá prémio Quase meia centena de contos escritos por jovens alunos das escolas do concelho da Batalha Escola EB1/2 Mouzinho de Albuquerque, Colégio de São Mamede e Escola Secundária da Batalha -, foram analisados pelo júri do Concurso “O Fio da Memória – O Conto”, promovido pelo Município da Batalha em parceria com Jornal da Batalha, cuja divulgação dos premiados e consequente entrega de prémios teve lugar no passado dia 10 de Junho, junto à estátua equestre do Condestável, no decorrer da Feira do Livro e
do Jogo. Na ocasião, António Lucas, presidente do Município, congratulou-se com a grande participação de escritos “para este concurso”. Também Carlos Santos Almeida, director do Jornal da Batalha, ficou surpreendido com “a quantidade de trabalhos apresentados”, o que é interessante, uma vez que os alunos “começaram a desfiar o novelo” e, daí o Fio da Memória. Por sua vez José Travaços Santos, salientou o facto da iniciativa “pôr os mais pequenos a escrever, para que a memória é uma
coisa que se não deve nem pode perder”. O júri, composto por Cristina Nobre, Fátima Gaspar, José Travaços Santos, Carlos Santos Almeida e Rui Borges da Cunha, resolveu classificar os seguintes contos: Categoria 2.º Ciclo Ensino Básico: 1.º “A Fuga do Castelhano”, de Carolina Vala; 2.º “O Almocreve e a Mala”, de Tiago Vieira; 3.º “Caça ao Tesouro”, de
Daniela Quaresma. Categoria 3.º Ciclo Ensino Básico: 1.º “Uma batalha… na Batalha”, de Jorge Oliveira; 2.º “Por uma Lenda”, de Bernardo Carapito; 3.º “O Mistério da Boitaca”, Mário Vala. Categoria Secundário: 1.º “O Sonho”, de Daniel Carvalho; 2.º “O Caminho de Memória”, de João Gameiro;
3.º “A Lagoa da Torre”, de Beatriz Conniot. Cheques-livro e máquinas fotográficas digitais, foram os prémios entregues. Recorde-se que este concurso tinha por objectivo promover o género literário do conto, com “ênfase para as «histórias» relacionadas com a realidade do concelho da Batalha” e destinava-se aos alunos do concelho da Batalha, matriculados nos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico e Secundário.
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Batalha Saúde
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Saúde
Mostrar a verdade, imagens de aviso, salvam vidas A dependência da nicotina constitui a causa evitável, mais importante das doenças e morte prematura. É a segunda droga mais consumida entre os adolescentes. O cigarro mata 5,4 milhões de pessoas por ano no mundo, número que deve aumentar para 8 milhões em 2030, em que 80% dessas mortes irão ocorrer nos países pobres. Só 5% da população mundial é protegida por legislação ou seja pelas seis medidas preconizadas pela OMS (MPOWER): monitorização do consumo, ambientes livres de fumo, programas públicos para parar de fumar, alertas sobre doenças nos maços, proibição da publicidade e aumento dos impostos. O consumo de tabaco é um factor de risco para várias doenças tais como: doenças da cavidade bucal; doenças cardiovasculares como a Hipertensão e enfarte agudo do miocárdio: cancro em várias localizações do corpo, nomeadamente o do pulmão; doença pulmonar obstrutiva crónica; aparecimento precoce da osteoporose; complicações cirúrgicas; o fumador é mais susceptível a infecções; entre outras doenças tanto no fumador como no não fumador. Ao iniciar o consumo de tabaco, o consumidor fez uma opção e não seria razoável esperar outras consequências que
não fossem os danos para a saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde o consumo de tabaco está em queda nos países ricos, mas em crescimento nos países pobres e na classe média. Este ano a OMS definiu o tema para o Dia Mundial Sem Tabaco “Mostrar a verdade, imagens de aviso, salvam vidas”, as advertências, mais propriamente as imagens, poderão ser o principal factor decisório do fumador para a cessação tabágica. Em alguns países que aderiram à Convenção Quadro da OMS para o Controlo do Tabaco têm optado, paralelamente com a legislação, em nos maços de tabaco constarem imagens, para alertar os fumadores e protegerem o fumador passivo.
Em Portugal foi publicada a lei nº 37/2007 de 14 de Agosto, que não determina a existência de imagens nos maços, mas só advertências (mensagens de texto). O Canada foi o primeiro país a exigir que os fabricantes de cigarros imprimissem nas embalagens imagens mostrando a relação entre o cigarro e algumas doenças, como o cancro do pulmão e a impotência. Segundo alguns estudos os fumadores mostraram-se mais preocupados com os efeitos nocivos do tabaco desde que as imagens que ocupam metade da frente dos maços passaram a ser exibidas influenciando deste modo a sua motivação para a cessação. A Directiva da União Europeia de 2003 veicula que as tabaqueiras come-
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çassem a vender o tabaco com as advertências que jamais teriam imaginado ou pretendido, estas mensagens vêm dizer a verdade que durante muitos anos foi ocultada. O impacto que trás para os fumadores a presença de imagens nos maços de tabaco é enorme, do mesmo modo que era feita a publicidade ao tabaco para atrair novos fumadores, estas pelo contrário querem aumentar o número de ex fumadores. O tamanho e o tipo das imagens de alertas têm um vínculo directo com a vontade de abandonar o consumo, tornam o maço menos atractivo para os fumadores como para os não fumadores. Maria Manuel Açafrão ACES Pinhal Litoral II
Doença venosa É fundamental a prevenção e detecção precoce da doença venosa. O que é a doença venosa? Consiste na disfunção do sistema venoso dos membros inferiores, que compromete o retorno do sangue para o coração, sendo causada por uma insuficiência valvular ou obstrução. Esta resulta no aparecimento de varizes, e repercute-se na zona capilar da pele, promovendo o aparecimento de derrame e as formas mais avançadas da doença, de que são exemplo os eczemas venosos, várias alterações da pele, as flebites e, no seu estádio mais grave, a ulcera de perna. Em Portugal cerca de 1/3 da população sofre de doença venosa e as mulheres afectadas são cerca do dobro dos homens. Quais os grupos de risco para este tipo de doença? Todos os grupos em que haja obesidade, as mulheres que tomam a pílula durante muito tempo, as grávidas, os indivíduos em que se tenha verificado um redução súbita na sua actividade muscular, os indivíduos que permaneçam em ambientes muito quentes, os grupos etários superiores a 40 anos, os doentes com antecedentes familiares
para este tipo de doença, entre outros. Quais os sintomas ou sinais de alerta? A doença venosa traduz-se por uma evolução de sintomas e sinais. Inicia-se pela sensação de peso, fadiga e dor difusa dos membros inferiores, de predomínio vespertino, geralmente associado ao edema, prurido e caimbras nocturnas. Estes são os sinais de alerta, com a evolução da doença, aparecem as varizes de vários tipos, a hiperpigmentação e a úlcera da perna entre outras. Qual a importância dos rastreios? O rastreio da doença venosa tem como objectivo detectar doença nas fases iniciais, nos portadores assintomáticos e nos portadores não tratados, mas também para alertar a população em geral de um problema que afecta um grande numero de pessoas, que interfere com a disponibilidade familiar, com a convivência social e com o absentismo. Por todos estes motivos proteja-se e previna esta doença, se o mesmo não for possível uma detecção precoce é fundamental para o seu bem-estar. Enfªs. Annabell Talhadas, Inês Damásio, Mafalda Dionísio
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Cardiologia Cirurgia geral e Vascular
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Clínica Geral Dermatologia Endocrinologia Gastroenterologia Ginecologia e Obstetrícia Higiene Oral Medicina Dentária Medicina Desportiva Medicina Estética Medicina no Trabalho Neurologia Nutrição Oftalmologia Otorrinolaringologia Ortodontia (aparelhos dentários) Ortopedia e Traumatologia Pediatria Podologia Psicologia e Neuropsicologia Psiquiatria Terapia da fala Tratamento da dor Urologia Enfermagem Aulas de Preparação para o Parto Electrocardiogramas
Dra. Delfina Carvalho, Dr. Manuel Carvalho, Dr. Manuel Orfão Dr. Álvaro Machado Dr. Miguel Melo Dr. Rui Mesquita Dra. Fátima Matias, Dr. Gonçalo Ramos Dra. Teresa Ferreira Dra. Ana Freitas Dra. Delfina Carvalho, Dr. Manuel Carvalho, Dr. Manuel Orfão Dr. Tropa de Sousa, Dr. Francisco Domingues Dr. Manuel Carvalho Dr. Alfredo Sá Dra. Patrícia Coelho, Dr. Francisco Domingues Dra. Filipa Ponces Dra. Maria do Carmo Migueis Dr. Nuno Oliveira Dr. Ernesto Moura, Dr. José Mouzinho Dr. António Cruz Dra. Anabela Vieira Dr. Tiago Santos Dr. António Cabeço Dra. Andreia Salvador Dr. Tropa de Sousa Dr. Crisóstomo
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Batalha
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Património
Notas sobre as Modificações na Batalha dos Séculos XIX e XX (2)
José Travaços Santos
Continuamos a transcrição de excertos da brilhante comunicação do Dr. José Maria Pereira Gens, subordinada ao tema “O Mosteiro da Batalha e o Plano de Urbanização da Vila Heróica”, apresentada no Segundo Congresso das Actividades do Distrito de Leiria, que decorreu de 9 a 12 de Setembro de 1948: “(…) Nem sempre o Mosteiro da Batalha mereceu das entidades encarregadas da sua guarda e conservação aqueles cuidados que a tão importante monumento são devidos; e, assim, através dos cinco séculos e meio (estava-se em 1948) da sua existência, atravessou fases de carinho e de abandono, sofrendo os desgastes da acção dos homens, dos elementos e da idade, sendo o mais grave o que se seguiu em 1834 com a expulsão das ordens religiosas. “Expulsos os frades dominicanos, seguiu-se o abandono mais doloroso, chegando algumas dependências a servir de estábulo (aconteceu nas Capelas Imperfeitas) e foi mesmo anunciada a venda em hasta pública de todo o monumento (creio que teria sido o Claustro de D. Afonso V), o que não se efectivou por falta de utilidade. “Pôs termos a este abandono o Príncipe Dom Fernando (marido de D. Maria II), por cuja influência em 1840 as obras de conservação e reparação foram iniciadas (sob a orientação de Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque).
“Ultimamente, ao serviço de reparação e conservação dos monumentos (isto, na década de 40 do século XX) nacionais foi dado grande incremento, tendo a respectiva Direcção Geral feito uma larga e meritória obra por todo o País, livrando da ruína verdadeiras jóias arquitectónicas e reintegrando muitas outras que, por virtude de obras mal dirigidas, ainda que bem intencionadas, haviam sofrido, através dos tempos, graves atropelos nas linhas que definiam a sua estrutura artística. “Porém, uma vez reparados, os monumentos têm necessidade de ser vigiados e conservados (isto tem plena actualidade) para não voltarmos, com o tempo, a vê-los novamente deturpados ou em ruína. “E esta vigilância tem de ser contínua e não por jactos. “(…) Principalmente deve evitar-se tudo o que possa trair o pensamento que presidiu à execução do conjunto, não alterando, não alterando nada, absolutamente nada. “Ultimamente, por exemplo, foi levantado, para reparação, o pavimento da nave do transepto, e ao proceder ao seu assentamento, alterouse a disposição das lajes, cujas juntas estavam dispostas em forma de cruz. Ficou talvez mais bonito, mas alterou-se a traça primitiva, modernizouse. Em nossa modestíssima opinião, cometeu-se um atropelo, e por isso um erro (aliás, também creio que o altar mor mudado para o meio do transepto foi outro erro). Ao lado do Mosteiro, se criou e desenvolveu, a pouco e pouco, a pequena povoação da Batalha, que cresceu com a importância do monumento e Dom Manuel elevou à categoria de Vila, dotando-a com a elegante Igreja Matriz iniciada em 1514 e concluída já em tempo de dom João III no ano de 1532. “Criada sem preocupações de estética, apenas com o fim de fornecer moradia ao numeroso operariado, mes-
p Expressiva fotografia de 1854, vendo-se a horta instalada no Claustro Real e o respectivo poço. As grilhagens da parte superior do Claustro estavam por colocar, obra que viria a ser feita, creio, durante a direcção dos restauros pelo arquitecto Lucas José dos Santos Pereira (cargo que desempenhou de 1852 a 1884). tres e funcionários que nas obras se empregavam, as suas edificações, embora por vezes com certo ressaibo artístico, têm em alguns sítios uma disposição inconveniente, não permitindo que se observe por vezes devidamente, toda a grandeza do precioso monumento. “Um quadro de tão rara beleza é necessário encaixilhálo numa moldura condigna. “Precisa a Vila da Batalha do seu plano de urbanização, mas de tal maneira deve ser elaborado e realizado, que ele venha a ser antes, como muito bem disse o Senhor Ministro das Obras Públicas, o plano de defesa do monumento.w “Admira realmente que não esteja ainda feita e executada uma obra de tão grande alcance patriótico e cultural. “Não é certamente a Câmara da Batalha com o seu reduzido orçamento (lembramos que isto é dito em 1948) de duas escassas centenas de contos que há-de realizar tal obra. “O monumento transcende muito os limites do concelho; é nacional e por isso à nação pertence cuidar dele e cuidar da sua moldu-
ra condigna. “Como lhe competia, porém, ao assunto tem a Câmara da Batalha dedicado todo o seu melhor interesse. “Já em 14 de Agosto de 1936 (presidia à Câmara o próprio Dr. José Maria Gens), em carta entregue ao Senhor Presidente do Conselho (que, como se sabe, era o Prof. Doutor Oliveira Salazar), a Câmara da Batalha dizia: ““A ideia por Vossa Excelência lançada em romagem a São Jorge e Batalha, para vir retemperar, nos campos onde os nossos antepassados firmaram a independência de Portugal, a fé nos destinos da Pátria, obriga-nos a encarar de frente o problema da transformação da pequena Vila da Batalha. “É necessário desafogar este grandioso monumento e transformar o pequeno aglomerado de casario velho, de aspecto miserável, em vasto anfiteatro, onde Portugal possa mandar seus filhos assistir às grandes comemorações patrióticas. “Não é isso tarefa compatível com as forças da Câmara ou da Comissão de Turismo deste concelho (nos anos 30 e 40, a comissão de turismo
tinha poderes que, na execução de obras, igualavam praticamente os das Câmaras). Afigura-se-nos que está aqui uma das obras mais proveitosas a realizar na época de engrandecimento que Vossa Excelência anunciou em Braga”.” Ora, em 10 de Outubro igualmente de 1936, refere o Dr. José Maria Gens que a pedido do Presidente do Conselho de Ministros, se juntou à carta uma exposição, também transcrita na comunicação ao Segundo Congresso das Actividades do Distrito de Leiria, de que só reproduzimos este trecho: (…) Destas considerações se deduz que o problema se resume ao seguinte: “1º - Elaboração dum plano de urbanização da Vila da Batalha, em ordem a tirar todo o partido do Mosteiro, dando-lhe o devido relevo, e indicando na parte urbana da Vila todos os elementos necessários a uma povoação desta categoria. “2º - Execução desse plano metodicamente por etapas, mas com continuidade. (…) Dada a extensão da comu-
nicação, temos de ficar, neste número, por aqui. Não obstante, não podemos deixar de observar que começava a prevalecer a ideia de que o Mosteiro tinha de ser liberto do casario que o rodeava, não só algumas casas menos dignas, como no número anterior se pôde verificar nas palavras do Dr. Afonso Lopes Vieira que se transcreveram da sua palestra proferida em 1940 na Casa do Distrito de Leiria em Lisboa, mas todos os edifícios que lhe ficavam a sul e sudoeste. O que na realidade veio a acontecer nos anos 60. Agradecimento: Devo a fotografia à amabilidade dos amigos e conterrâneos Alfredo José Saldanha Barros, que a adquiriu, e António Luís Sequeira, que a recuperou pelos modernos meios da que a arte fotográfica dispõe no nosso tempo.
Consultas: “Leiria Ilustrada”, nº 127, de 4/6/1907; “Nova Demanda do Graal”, do Dr. Afonso Lopes Vieira, edição de 1940; Actas do “Segundo Congresso do Distrito de Leiria”, 1948, edição da Casa do Distrito de Leiria.
Apontamentos sobre a História da Batalha (78)
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Diversos Batalha
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Óbitos Maria Rosa Carreira, de 82 anos, viúva de José de Jesus Marcelino, natural da freguesia de Batalha e residia em Garruchas, Reguengo do Fetal. Faleceu no dia 4 de Maio, no Hospital de Santo André, em Leiria, e foi a sepultar no cemitério de Reguengo do Fetal. Maria da Piedade Sapateiro Freitas, de 71 anos, casada com Álvaro de Freitas, natural da freguesia de Calvaria de Cima e residia em Calvaria de Cima, Porto de Mós. Faleceu no dia 7 de Maio, no Lar das Almoinhas, em Leiria e foi a sepultar no cemitério de Calvaria de Cima. Maria Júlia Ventura Rino, de 82 anos, casada com João Baptista Rino, natural da freguesia de Batalha e residia em Casal da Amieira, Batalha. Faleceu no dia 10 de Maio, no Lar dos Barreiros e foi a sepultar no cemitério de Batalha. Emília Santana Ferreira, de 80 anos, viúva de Manuel Pereira de Oliveira, natural da freguesia de Batalha e residia em Casal do Quinta, Batalha. Faleceu no dia 14 de Maio, no Hospital de Santo André, em Leiria, e foi a sepultar no cemitério de Batalha.
Adriana Olímpia Cerejo da Silva Quinta do Sobrado 19-05-2007 - 19-05-2009
2º Ano de eterna saudade
Minha filha querida As saudades que eu tenho de ti Não as sei descrever Mas sei filhinha adorada Que nunca te vou esquecer A tua mãe e irmãs que muito te amam jamais te esquecerão. (Por lapso sai com atraso, facto de que pedimos imensa desculpa)
Maria da Conceição Magalhães, de 85 anos, viúva de António Nogueira, natural da freguesia de Batalha e residia em Brancas, Batalha. Faleceu no dia 15 de Maio, no Hospital de Santo André, Leiria, e foi a sepultar no cemitério de Batalha.
Funerária Santos & Matias, Lda.
Telefone 244 768 685/244 765 764 967 027 733
E-mail: fune_santosematias@sapo.pt
Estrada de Fátima, nº 10 B 2440-100 Batalha
José Fernandes, de 80 anos, viúvo de Emília da Piedade Rosa, natural da freguesia de Milagres, Leiria e residia em Jardoeira, Batalha. Faleceu no dia 18 de Maio, no Hospital de Santo André, Leiria, e foi a sepultar no cemitério de Batalha. Pedro de Jesus Carreira, de 73 anos, casado com Maria de Lurdes Leal, natural da freguesia de Reguengo do Fetal e residia em Torrinhas, Reguengo do Fetal. Faleceu no dia 20 de Maio, no Centro Hospitalar Nossa Senhora da Conceição, em Brancas e foi a sepultar no cemitério de Torre. Francisco Rodrigues Vieira, de 79 anos, casado com Maria de Lurdes Sousa Moreira, natural da freguesia de Batalha e residia em Faniqueira, Batalha. Faleceu no dia 20 de Maio, no Hospital de Santo André, Leiria, e foi a sepultar no cemitério de Batalha. Joaquim Rodrigues Vala, de 67 anos, casado com Maria Lisete Pires Vala, natural da freguesia de Azoia, Leiria e residia em Fonte dos Marcos, Porto de Mós. Faleceu no dia 24 de Maio, na sua residência e foi a sepultar no cemitério de Fonte do Oleiro.
www.jornaldabatalha.pt
Emília Santana Ferreira
Casal do Quinta – Batalha N. 22/01/1929 - F. 14/05/2009 Seus filhos, Joaquim, Júlio, Maria Fernanda e Armindo Ferreira de Oliveira, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer a todas as pessoas que os acarinharam neste momento de perda e também a todos aqueles que acompanharam a sua querida mãe até à última morada, para que agora descanse em Paz. A todos, muito obrigado.
Maria Noémia Moura Ramos Arede de Carvalho, de 87 anos, viúva de Armindo Arede de Carvalho, natural da freguesia de Batalha e residia em Leiria. Faleceu no dia 24 de Maio, no Hospital de Santo André, Leiria e foi a sepultar no cemitério de Batalha. Eduardo Farinha Ferreira, de 58 anos, casado com Alzira Pereira Matos Ferreira, natural da freguesia da Sertã e residia…… Faleceu ???????
José Fernandes
Jardoeira – Batalha N. 30/07/1928 - F. 18/05/2009
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Seus filhos, netos e restantes familiares vêm agradecer a todas as pessoas que com eles se solidarizaram neste momento de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos aqueles que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado.
Lg. Paulo VI, Batalha
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Descansa em Paz Tia Lucinda Tia Lucinda, há sempre muitas coisas para dizer àqueles que mais gostamos, mas nunca irei esquecer todo o carinho com que sempre me trataste a mim e aos meus filhos. Sabemos o quanto sofreste porque nos contavas e se eu te tentasse animar, o teu rosto triste sorria para mim, querida Tia. Estejas onde estiveres o teu carinho e amizade irá sempre ser recordada e ficará para sempre bem guardada nos nossos corações, onde mais ninguém poderá tocar… Que Deus esteja ao teu lado… Até um dia Tia Lucinda Teu sobrinho Adelino
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Telefone 244 765 449 244 767 683 22/06 a 28/06 06/07 a 12/07
Maria da Conceição Magalhães Brancas – Batalha N. 07/04/1924 - F. 15/05/2009
Seus filhos, Maria de Lurdes M. Nogueira Soares e António S. Magalhães Nogueira, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêem de forma reconhecida agradecer a todas as pessoas que os acarinharam neste momento de profunda tristeza e ainda a todas aquelas que os acompanharam no último adeus à sua querida extinta, esperando agora que descanse em Paz. A todos, um bem-haja.
Pedro de Jesus Carreira
Torrinhas – Reguengo do Fetal N. 11/12/1935 - F. 20/05/2009 Sua esposa, Maria de Lurdes Leal, filhos, Francisco José Leal Carreira, Maria Natividade L. Carreira Gaspar e Rosa Maria L. Carreira Zeferino, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm sensibilizados, agradecer a todas as pessoas que os acarinharam neste momento de profunda tristeza e sentimento de perda e ainda a todas que com eles estiveram no último adeus, esperando agora que o seu querido familiar descanse em paz. Por fim, um agradecimento especial ao Centro Hospitalar N. Sra. da Conceição, pela dedicação e profissionalismo com que sempre trataram o seu querido marido, pai e avô. Por tudo e a todos, um bem-haja!
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Batalha Publicidade
Junho 2009
Oftalmologia Dr. Joaquim Mira Dr.ª Matilde Pereira Dr. Evaristo Castro Ortoptica Técn. Pedro Melo Clínica Geral/Mesoterapia/Geriatria Dr.ª Emília Júlia Reis Massoterapia Tec. Marina Silva Medicina Interna Dr. Amílcar Silva Nutrição Clínica Dr.ª Rita Roldão Urologia Dr. Edson Retroz Neurologia Dr. Alexandre Dionísio Neurocirurgia Dr. Gustavo Soares Dermatologia Dr. João Sequeira Psicologia Clínica Dr. Jaime Grácio Otorrinolaringologia Dr. José Bastos Cirurgia Plástica Dr.ª Carla Diogo Pneumologia/Alergologia Dr. Monteiro Ferreira Ginecologia Obstetrícia Dr. Paulo Cortesão Terapia da Fala Dr.ª Débora Franco Dentista Dr.ª Sílvia Eleutério Electrocardiogramas Ortopedia Dr. António Andrade Endocrinologia Dr.ª Cristina Ribeiro Pediatria Dr. Frederico Duque Acons e Estimulação do leite Materno Enfª Eduarda Oliveira Psiquiatria Dr. Carvalhinho Cirurgia Geral/Vascular Dr. Carlos Almeida
Sábado Sábado, Quinta-feira Terça-feira Sábado Segunda a Sexta-feira Segunda a Sexta-feira Terça-feira Segunda-feira Quinta-feira Sexta-feira Terça-feira Quinta-feira Sexta/Sábado Quarta-feira Terça-feira Sexta-feira Quarta-feira Terça/Quinta-feira Segunda/Sábado Segunda a Sexta-feira Segunda -feira Quarta-feira Quarta-feira Quarta -feira Quinta-feira (tarde) Sexta-feira (tarde)
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Jornal da Batalha