Jornal da Batalha, edição maio 2012

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PORTE PAGO

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W págs. 4 e 5

Variante da Batalha pode ficar sem portagens?

Idoso desaparecido quatro dias foi encontrado vivo

Câmara reclama isenção mas o Governo não se pronuncia

Temeu-se o pior, mas o homem de 80 anos reapareceu na Perulheira

Partidos revelam perfil do próximo presidente

PSD, PS e CDS definem requisitos do sucessor de António Lucas

| DIRETOR: Carlos dos Santos Almeida | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXII nº 262 | Maio de 2012 |

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Tradicionais Festas da Batalha correm o risco de desaparecer W págs. 11 a 15

Freguesia onde Nossa Senhora apareceu celebra 500º aniversário Terá Fátima ofuscado o Reguengo do Fetal, palco de aparições marianas? O tema ainda divide a freguesia, local onde surgiu um popular santuário. Quando, em 1512, a paróquia foi criada, já a tradição local fazia eco da aparição da Senhora e do milagre que lhe é atribuído. Meio milénio depois, conferimos a realidade de uma freguesia que combate a desertificação, preserva as tradições e aposta no turismo. Até ao final do ano, o Reguengo do Fetal envolve associações e coletividades para assinalar o meio milénio de existência. 24 de junho será a data “gorda” das comemorações.

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Wpág. 10 Tasquinhas regressam com gastronomia, artesanato e animação É já esta quinta-feira, dia 24, que arranca mais uma edição, a 22ª, da FIABA – Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha.

Wpág. 6 Quim Barreiros é cabeça de cartaz nas festas da Santíssima Trindade Se há tradição antiga, a Festa da Santíssima Trindade, é efetivamente uma delas. Festejos decorrem de 2 a 4 de junho.

Wpág. 16 O seu contador da luz vai ser mais inteligente ainda este ano Concelho está na linha da frente de projeto pioneiro que pretende tornar mais “inteligente” a relação de fornecedores e consumidores de eletricidade.


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Opinião Espaço Público

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_ Editorial

Baú da Memória

As festas da crise

Onde é hoje a Praça 14 de Agosto Já há anos publiquei nesta secção uma outra fotografia da primeira feira de gado que se fez na que é hoje a praça 14 de Agosto de 1385 e que durante muito tempo foi conhecida por “praça nova”. Adquirida pela Câmara Municipal nos finais dos anos 30 ou princípios de 40 do século XX, passou a ser um novo e amplo espaço da Vila onde primeiro se realizaram feiras, a do gado para ali transferida do “Rossio”, agora largo de Goa, Damão e Diu (as antigas possessões portuguesas na Índia), e mais tarde ocupada por edifícios, tendo há pouco beneficiado de obras que lhe proporcionaram o agradável aspecto que tem e a tornaram mais funcional.

Como se vê na imagem, há 70 anos era enorme a quantidade de gado que se transaccionava e esta feira extremamente concorrida por gente de toda a região. É interessante verificar que por aquela altura se empreendeu, com este novo espaço, uma tentativa de alargamento da Vila, então confinada à cintura das casas que rodeavam o Mosteiro. Pouco antes, uma pequena parcela da Cerca passara também para o Município: o pequeno parque arborizado e mais alguns metros a norte e leste do monumento, altura em que a preciosa grilhagem de calcário, hoje muito danificada, foi trasladada do jardim do terreiro conventual para o

local onde está, marco de separação entre o que D. Júlia Charters Crespo cedera ao Turismo/Câmara e o que

havia de deixar ao Seminário de Leiria. Parte dos cabeços em volta da Vila ainda estavam

vazios de casario. José Travaços Santos

L Cartas

500 anos da freguesia do Reguengo Relativamente à notícia publicada na página 10 do nº 259, de Fevereiro de 2012, e com o título “… e a freguesia de Reguengo do Fetal também”, permita-me como natural de Reguengo do Fetal, apresentar a V. Exª., que recebi o mesmo no passado dia 27 de Fevereiro, o qual me merece repúdio e contestação, pelo descrito no 1º parágrafo. Não se compreende, que o jornal da Batalha, possa chegar-me às mãos pelos CTT, na aludida data, reportando e anunciando factos de data anterior.

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos dos Santos Almeida (C.P. nº 2830)

É lamentável que tal tenha acontecido, pois a entidade que terá comunicado para publicação o conteúdo da notícia, decerto que nega aos naturais e ou residentes na freguesia de Reguengo do Fetal, a liberdade e vontade, de poderem comparecer voluntariamente à descrita reunião. Ao longo dos anos, fui procurando nas vitrinas da sede da Junta de Freguesia, alguma informação, que era suposto haver, convidando as pessoas para eventual reunião, com auscultação da população, bem como to-

das as associações recreativas, desportivas e culturais, escolas, Igreja e outro tipo de associações, para em franca liberdade, poderem, manifestar as suas opiniões, que decerto, poderiam merecer aceitação, para um melhor e mais rico programa para se comemorarem os 500 ANOS DA FREGUESIA DO REGUENGO DO FETAL. Como tal não aconteceu, porque fecharam ás portas à possibilidade de diálogo fraterno e solidário, a minha pretensão com esta carta é… INDIGNAÇÃO!

Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Carlos Ferreira, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)

Jornal da Batalha

Reguengo do Fetal não é de qualquer grupo, mas dos seus habitantes e naturais. Dispunha e disponho da relação dos antigos combatentes da freguesia, que heroicamente aceitaram o desafio imposto de participar na Guerra Colonial, com tudo o que de pior o ser humano se submeteu e sofreu, tendo na sua retaguarda, a proteção de Nossa Senhora do Fetal, em resposta diária às lamentações e proteção, sempre presente, nas famílias que choravam pelos seus entes queridos. Os que, participaram

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

nessa Guerra (que durou 13 anos) tratou-se de uma geração heróica. A Junta de Freguesia, deve aos militares que estiveram na Guerra do Ultramar, ou Colonial, um reparo. Uma manifestação inequívoca e pública de desagravo, como a todos os que durante os 500 ANOS, honraram a sua freguesia. Portanto, deve-lhes maior respeito, consideração, atenção e lealdade. António Carvalho Mendes

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário Região de Leiria Rua D. Carlos I, 2-4 - 2415-405 Leiria-Gare Apartado 102 - 2401-971 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

Pode a crise extinguir uma identidade? Esta é a questão que o atual contexto permite colocar. Com o sublinhar dos sintomas de crise, que se avolumam, realidades que tínhamos como imutáveis, afinal são sobretudo relativamente frágeis. Por cá, é o caso das Festas da Batalha, evento que há largas décadas é incontornável na agenda dos batalhenses: dos de cá e daqueles que visitam o concelho natal, no mês rei de férias, provenientes de um país que os acolheu. Este ano, tudo indica, no mínimo, as festas vão sofrer alterações, adequando-se à realidade atual. A data do feriado do município, radicada na comemoração da vitória da Batalha de Aljubarrota, mantém-se como um marco a assinalar. Mas de forma mais tímida, assim parece. Provavelmente, o fulgor titubeante que estes festejos vinham manifestando, ditava este desfecho mais cedo ou mais tarde. O que provavelmente poderá ficar como pista de reflexão futura será a seguinte possibilidade: Não faria sentido “casar” a feira de artesanato e gastronomia que nos preparamos para receber, com o mês de agosto que nos habituamos a ser de festa? Por último, uma nota incontornável: por motivos de aposentação, o jornalista Armindo Vieira deixou de estar vinculado ao Jornal da Batalha. Durante largos anos foi o rosto desta publicação e é óbvio o agradecimento pela dedicação que sempre emprestou às funções que desempenhou. Ele foi e continua a ser, um amigo do Jornal da Batalha.

Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal ; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


Jornal da Batalha

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Atualidade Batalha

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Atualidade

Festas da Batalha à beira do fim m José Cid corre o risco de ter sido, sem o saber, o artista que atuou no último serão das até aqui habituais Festas da Batalha

A decisão ainda não está definitivamente tomada, avisa o presidente da Câmara da Batalha, António Lucas, mas o risco existe e é elevado: as Festas da Batalha, tal como as conhecemos, não vão voltar. Esta semana é decisiva, explica

o autarca. Contudo, parece ser quase uma certeza que o figurino que vinha imperando nas festas que mobilizam a vila em agosto, sucumbiu perante a crise e a legislação apertada. Em causa está, sobretudo, a Lei dos Compromissos, que António Lucas diz cumprir desde sempre, mas sobre a qual contesta alguns aspectos que, embora pontuais e sobretudo técnicos, apelida de fulcrais para a boa aplicação da lei. A Lei dos Compromissos estipula que a autarquia não pode avançar com despesa sem que tenha garantida receita

que a amortize. “A Câmara da Batalha cumpre a lei dos compromissos há muitos anos, ou seja, não gasta mais do tem”, refere António Lucas. O problema, diz, prende-se com alguns pormenores da lei que tornam a sua aplicação, em muitos casos, impossível de concretizar de acordo com os interesses dos munícipes. A conjuntura económica adversa, bem como a queda de receitas das autarquias – a crise na construção e no sector da habitação reflete-se numa queda das receitas do IMI e dos licenciamentos -

acompanhada de atrasos nas transferências de verbas por parte da administração central também não ajudam. A situação é ainda agravada com o crescimento das despesas correntes. António Lucas lembra que só o aumento do IVA na eletricidade implicou um acréscimo de 100 mil euros na despesa da autarquia. Por outro lado, com uma elevada taxa de cobertura da rede de saneamento, a Batalha acaba por ser prejudicada com o impacto da subida dos preços de tratamento de efluentes. “Seria necessário que todo este esforço

fosse feito sem beneficiar o infrator”, lamenta. Em suma, as Festas da Batalha, e o seu figurino tradicional – composto por concertos sem entrada paga – deverão ter terminado. “Continuaremos a assinalar a data com algumas iniciativas, como o encontro de emigrantes, por exemplo, mas com o atual figurino…não há milagres”, desabafa o presidente de Câmara. O município chegou a estudar a possibilidade de aumentar a receita, cobrando bilhetes para as entradas nos espetáculos, mas também neste caso

seria necessário avançar com o investimento que o permitisse. E mais uma vez, a Lei dos Compromissos não iria ajudar na tarefa. GALA DE FOLCLORE GARANTIDA. Independentemente do que acontecer ao figurino das Festas da Batalha, a habitual gala internacional de folclore terá lugar este ano. O Rancho Rosas do Lena, da Rebolaria, levará a cabo a 27º edição do certame que reúne agrupamentos nacionais e internacionais. Será dia 11 de agosto em local ainda a definir.


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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

Do que falam os partidos quando discutem a sucessão de António Lucas?

m Desde que foi eleito presidente, em 1997,

s Opinião

s Opinião

António Lucas leva 750 semanas na liderança dos destinos do concelho. A lei, impede-o de se recandidatar. A sua sucessão está agora na mão dos batalhenses, nomeada e especialmente, das estruturas partidárias locais.

“Experiência, honestidade e competência”

A Lucas o que é de Lucas

O Jornal da Batalha lançou o desafio aos partidos que já passaram pelo executivo autárquico da Batalha para que traçassem o perfil desejável do futuro sucessor de António Lucas na presidência. O sucessor terá de ser encontrado em eleições autárquicas que se vão disputar em finais de 2013. Confira as respostas dos responsáveis das estruturas locais do partido. Para facilitar a análise, publicamos a núvem de palavras que traduz os termos mais frequentes que os responsáveis partidários utilizam quando se referem ao perfil que desejam para o próximo presidente de Câmara. A imagem deixa claro que o mais importante será encontrar alguém capaz de “fazer”, de forma “transparente”, com “respeito” e “responsabilidade”. Está lançado o desafio.

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Paulo Batista Santos PSD da Batalha

As próximas eleições autárquicas terão lugar apenas em finais de 2013, pelo que sobre a matéria o PSD ainda não tomou qualquer iniciativa, conferindo toda a prioridade na sua ação ao apoio dos eleitos e muito em particular ao presidente da câmara, António Lucas. De fato, os tempos que vivemos colocam novas e difíceis exigências a quem dirige a autarquia, não só pelos condicionalismos orçamentais, mas sobretudo porque alguns segmentos da população exigem uma redobrada dedicação por parte dos eleitos, ao nível do município e também das freguesias. Sabemos que o Município é liderado por um autarca prestigiado, detentor de uma vasta experiência e que em muito tem contribuído para o desenvolvimento. Inúmeros projetos de qualidade concretizados nos últimos quinze anos estão indissociavel-

mente ligados à ação de António Lucas e das suas equipas. Nessa medida, não ignoramos a enorme responsabilidade de apresentar aos batalhenses novos dirigentes que possam assegurar a continuidade do trabalho. Por isso, o compromisso que podemos assumir perante a população é que tudo iremos fazer para corresponder a essa expectativa e sobretudo garantir que os próximos escolhidos tenham como primeira prioridade a qualidade de vida dos batalhenses, bem como sejam portadores de experiência, honestidade e competência adequadas às funções de autarca. No passado sempre soubemos colocar os interesses da Batalha acima de qualquer conveniência partidária, será isso que iremos fazer no futuro, procurando envolver todos num projeto que se pretende mobilizador e de esperança para a nossa terra.

Entendo a presidência de António Lucas (e os anos como vereador de Raúl Castro) como positiva para o concelho da Batalha. Reconheço ao homem, ao gestor e ao político, as capacidades e visão necessárias para servir a causa pública e os interesses de um concelho com as especificidades geográficas, patrimoniais e históricas como a Batalha. Escrevo-o sem qualquer tipo de constrangimento ou ironia. António Lucas pode orgulhar-se de exercer, e ter exercido, o poder em prol das gentes que o elegeu. Não lhe reconhecer o trabalho feito seria no mínimo deselegante ou estar alheado da realidade. Mais poderia ser feito? Claro que sim. É sempre possível

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Jornal da Batalha

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Atualidade Batalha

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Contas do Município da Batalha aprovadas na Assembleia Municipal

s Opinião

“Rigor, respeito e responsabilidade” Miguel Chagas

Horácio Moita Francisco

PS – Batalha

CDS- Batalha

fazer mais e melhor. Basta querer, não baixar os braços e colocar de parte ideias e ideais pré concebidos que, apesar de válidos na sua essência, entravam e contrariam a evolução normal da sociedade, das suas gentes e das legítimas aspirações destas. Quem vier a seguir, ainda falta tempo, que seja capaz, competente, lutador e voluntarioso para fazer o que falta ser feito e quebrar com o conservadorismo, muitas vezes excessivo, de mentes tidas como brilhantes mas que mais não passam de que “velhos do Restelo”. Como socialista só posso desejar que o meu partido tenha a visão, capacidade e vontade de fazer eleger um socialista à presidência da Câmara Municipal da Batalha. Quanto a futurismos, “o caminho faz-se caminhando”.

O CDS da Batalha, responde ao repto feito pelo Jornal da Batalha, quanto ao perfil do futuro Presidente da Câmara. O CDS e a sua estrutura concelhia defendem que o presidente da Câmara, bem como, de todos os candidatos aos restantes órgãos autárquicos, devem assentar no seguinte perfil: a) Serem pessoas diretas, abertas, leais e frontais, terem uma conduta de vida que assente em princípios éticos, cívicos, cidadania, morais e humanistas. b) Para o CSD, terá de ser uma pessoa com vivência e conhecimento profundo da vida real, conhecedor do concelho e das suas estruturas civis e públicas, e que, de uma forma muito clara e transparente se paute pela Coerência, Dignidade e Seriedade, o que de todo, salvo o devido respeito, aparentemente não aconteceu nos

últimos anos. c) Ser uma pessoa que defenda acerrimamente, perante o poder central, seja ele qual for, todos os Munícipes, diga-se, todas as pessoas e bens, Micro Pequenas e Médias Empresas, sejam elas, comerciais, industriais, turismo, ou quaisquer outros ramos de atividade. d) Ser uma pessoa que se paute pelo rigor, respeito e responsabilidade, que tenha uma forma de estar totalmente leal e transparente, que não use de subterfúgios do politicamente correto, ou de charme, para dizer que está a tratar dos assuntos, iludindo os Munícipes, o que, nem sempre corresponde à verdade, e quando se chega à hora H, ouve-se dizer: foi feito tudo o que estava ao alcance, mas obviamente que “esse assunto está morto e enterrado” nada mais há a fazer.

A aprovação das contas do exercício de 2011 do Município da Batalha, foi o ponto mais importante da sessão da Assembleia Municipal da Batalha (AM), que teve lugar na passada sexta-feira, dia 20 de abril. Sobre as contas, António Lucas, presidente do Município da Batalha, começou por referir que “apesar da crise, se tratou de um ano de forte investimento”, totalizando “as despesas de capital e atividades mais relevantes em cerca de 8 milhões de euros”. Assim sendo, as despesas de capital e corrente apresentaram os valores, respetivamente, de 5.615.122,00 euros e 7.079.450,00 euros, enquanto as receitas de capital e correntes totalizaram, 5.736.699,00 euros e 7.097.491,00, respetivamente. O elogio ao “rigor das contas e de gestão a que fomos habituados pelo Município da Batalha”, partiu de Paulo Batista Santos, do PSD, acrescentando que “esta ação é um exemplo para muitos concelhos”. Paulo Batista Santos, falou sobre a nova lei da reforma administrativa autárquica, em que “há um ganho em relação ao concelho da Batalha”, pois já não vai perder uma freguesia, o que se entende que “há mais sessenta concelhos no país na mesma situação”, como explicou. Armindo Vieira

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Batalha Atualidade

Jornal da Batalha

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Festas para apaziguar as formigas contam com Quim Barreiros

s Opinião

José Batista de Matos Consultor do Consulado Geral de Portugal em Paris

m A lenda é antiga e pelo sim, pelo não, é respeitada. As Festas da Santíssima Trindade realizam-se de 2 a 4 de junho Se há tradição antiga na Batalha, a Festa da Santíssima Trindade, é efetivamente uma delas. Este ano, os festejos decorrem de 2 a 4 de junho. Como é sabido, a origem desta festa estará associada à lenda segundo a qual apareceram formigas no celeiro dos frades e estes, quando viram o seu sustento arruinado, fizeram uma promessa, que consistia na feitura de uma festa anual em honra da Santíssima Trindade. A festa era feita e quando a procissão era feita na zona do Carvalho do Outeiro, eram deitadas merendeiras de pão, em jeito de tributo às

formigas que não voltaram a assaltar o celeiro dos dos frades. Ou quase. A lenda estipula que num ano em que as festas não se realizaram e o castigo regressou. Seja como for, a festa é agora uma tradição anual. E ainda hoje se atiram as merendeiras, na zona do Carvalho do Outeiro e são tidas como muito eficazes a afastar dos armários a traça e outros insetos. Este ano, a festa tem uma imperatriz, Catarina Alexandra Machado Pragosa. No dia 2, pelas 15 horas, dáse a abertura do arraial. O ponto alto será mesmo a benção do pão, das ofertas e dos andores, programada para as 19 horas. A noite será preenchida com a atuação do agrupamento “Fronteira”. No dia seguinte, domingo, a missa da festa decorre pelas 11 horas e seguir-se-á a procissão que costuma mobilizar as atenções na vila, com a ha-

É efetivamente um escândalo nacional

bitual passagem pelo Carvalho do Outeiro. À tarde haverá musica popular e à noite um festival de folclore, durante o qual será realizada a entrega de prémios às oferendas melhor classificadas. Às 22 horas os festejos contarão com a atuação de Quim Barreiros. O último dia de festas, segunda, dia 4, conta, pelas 19 horas, com a realização de

uma missa pelas intenções dos mordomos. Seguir-seá uma resenha histórica sobre a paróquia, a cargo do historiador Júlio Órfão que será seguida da oferta de uma merendeira a cada um dos presentes. As festas terminam com a atuação de Vergílio Pereira, pelas 20h30.

Reformados da Batalha em passeio Mais de cinco centenas de reformados e pensionistas da freguesia da Batalha, foram em passeio à Penha de Guimarães, no passado dia 19. Tratava-se do habitual passeio promovido pela Junta de Freguesia da Batalha que todos os anos leva os seus pensionistas e reformados a passear pelo país, este ano inserido nas comemorações dos 500 anos da Paróquia/Freguesia da Batalha. Logo pela manhã os dez autocarros que levavam os batalhenses partiram da

vila da Batalha em direção ao norte, efetuando duas paragens até ao destino onde, após prévia marcação do local pelos autarcas da Batalha, as mesas de pedra si-

tuadas por entre o arvoredo da Penha, aguardavam os viajantes para o almoço, desejado, e que antes haviam preparado em suas casas. Depois do repasto houve

tempo para visitar o Santuário da Penha e as diversas capelas e ainda, dar um pezinho de dança, ao som de um grupo de música local contratado para o efeito pela autarquia da Batalha. Depois o regresso fez-se com duas paragens, uma numa área de serviço na zona de Ovar e outra na costa nova, onde se merendou. Já era noite quando os autocarros chegaram à Batalha depois de uma viagem alegre e divertida.

Um jornal diário nacional, que até se chama “Diário de Notícias”, informou há já três dias a vigarice material de muitos milhões de euros, que afundaram um banco, denominado BPN (Banco Português de Negócios), onde milhões de portugueses e, ainda, dezenas de milhares de compatriotas que trabalham e vivem por muitos países do mundo, foram vigarizados pelos “Exmos. Senhores” Diretores desse banco nacionalizado. O atual Presidente da República, Dr. Cavaco Silva, segundo o dito jornal, foi “muitíssimo” beneficiado materialmente em euros… É espantoso e, ao mesmo tempo, inconcebível, da parte de um Presidente da República Portuguesa, saído da revolução patriótica de 25 de Abril de 1974… Este cidadão deveria ser verdadeiro português, onde a honra e a responsabilidade, sejam sempre, mas sempre, atos quotidianos, onde quer que estejamos. A ser verdade, aquilo que lhe peço Senhor Presidente é o seguinte: demita-se, deixe o seu honorífico cargo e dê um exemplo nobre, para com os seus concidadãos de Portugal, que é universal. Diga aos nossos compatriotas que realmente se enganou, ou foi enganado, não deixe no ar esta suspeição. É grave e é imperdoável da parte do detentor do mais alto cargo da nossa Pátria, a Nação Portuguesa! Os milhões e milhões de euros, desviados ou mesmo roubados, têm feito muita falta aos nossos compatriotas, os mais carenciados, infelizmente muitos milhões no nosso país, que nos envergonham e entristecem! E tanto dinheiro desviado, Senhor Presidente… Ainda tem tempo, para se exprimir nos nossos meios de comunicação social e dizer a verdade ao nobre povo português e do Mundo… Esta camada de “enzuneiros” que delapidaram Portugal, dos tempos modernos, é mais um atentado, à Nobre Nação Portuguesa, que ao longo da sua história de mais de 900 anos, tem ombreado com as Nações mais em vista no mundo, e os seus filhos, sobretudo os emigrantes, têm tido a força de dignificarem o seu país, mas que gostavam que a vigarice acabasse e a honra e a honestidade fossem revigoradas! Ainda é tempo!...

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Jornal da Batalha

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Atualidade Batalha

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p O IC9 entrou em funcionamento no início do mês e permite o acesso à A19

Governo em silêncio sobre portagens da A19 m O apelo já tem dois meses, mas para já continua sem resposta. Saber quantos veículos circulam na Variante da Batalha é tabu. Abolir as portagens, também.

A 23 de março, aproveitando a presença do secretário de Estado da Cultura na Batalha, para inaugurar um novo centro de interpretação no Mosteiro da Batalha, António Lucas lançou o repto ao Governo: acabe com as portagens na A19 (Variante da Batalha) pois são poucos os que por lá passam. “Um dos objetivos para a construção da A19 era precisamente o de desviar o trânsito da proximidade do Mosteiro da Ba-

talha. Só que apenas circulam naquela via, porque é paga, algumas centenas de viaturas. Continuam, por isso, a passar junto ao mosteiro 40 mil veículos, sendo que desses oito mil são pesados”, referiu na altura o autarca. O argumento é simples, se poucos por lá passam e se o objetivo da nova autoestrada é evitar o trânsito junto ao Mosteiro da Batalha, então acabemse as portagens para que os automobilistas passem a usar aquela via. O Jornal da Batalha procurou saber que acolhimento obteve o apelo de António Lucas junto do Governo, questionando há várias semanas o Ministério da Economia sobre esta matéria. Mas até ao momento, o ministério de Álvaro Santos Pereira nada respondeu. De resto, apesar de ser clara a fraca afluência de trânsito na A19, ninguém sabe ao

certo quantos veículos utilizam a via. A Estradas de Portugal está obrigada por lei a divulgar esses dados, mas o mais recente relatório do Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (que trimestralmente revela o tráfego nas autoestradas) não continha quaisquer dados referentes à A19. Entretanto, o deputado do PSD, Paulo Batista Santos, solicitou esses dados ao Ministério da Economia, precisamente para poder aferir qual o grau de utilização da via que diz acreditar ser muito reduzido. O pedido efetuado a 10 de maio, continuava ao início desta semana, sem resposta. Para já, o parlamentar aponta para a possibilidade de se estudar um modelo de descontos para os veículos pesados que circulem na A19. É que o trânsito pesado é o mais prejudicial ao Mosteiro da Batalha e Paulo Ba-

Adriano Manuel Solicitador

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tista Santos considera que o desconto no preço das portagens poderá ser um incentivo à sua utilização. Os responsáveis do setor do transporte de pesados aguardam pelas decisões nesta matéria, muito embora António Sousa, responsável regional do Centro da Antram-Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias, tenha já vindo a público dar conta da existência de um cenário segundo o qual estaria a ser equacionado pelo Governo a interdição de trânsito pesado no IC2 junto ao Mosteiro. Uma possibilidade que agradaria à Câmara da Batalha. Enquanto isso, e apesar da variante, o Mosteiro continua a ser vizinho de milhares de veículos todos os dias. IC9 ABERTO MAS NÃO AGRADA A TODOS. Abriu ao trânsito a 2 de maio e é a

via que coloca a Batalha na rota da estrada que liga vários pontos de interesse turístico. Falamos do IC9, via sem portagens que conta com um nó a cerca de dois quilómetros da vila, no Celeiro. A nova via torna mais rápido o acesso a Fátima, Ourém e Tomar, além de facilitar o acesso a o litoral. O troço do IC9 que faz a ligação a Tomar, desemboca em São Jorge junto da A19. Seguindo alguns quilómetros para sul, no IC2, é possível tomar o segundo troço do IC9 que, com a extensão de 17 quilómetros, permite a ligação a Alcobaça e Nazaré. Se a proximidade do nó do Celeiro da sede da freguesia do Reguengo do Fetal ainda deixa Fernando Lucas, presidente da Junta local, dividido na hora de fazer contas às vantagens e desvantagens da nova estrada, Silvestre Carvalhana,

presidente da Junta de São Mamede, não tem dúvidas, a estrada não serve a sua freguesia. De facto, uma das expectativas quanto às vantagens da nova estrada para o concelho, seria permitir uma ligação mais rápida entre São Mamede e a sede de concelho. Contudo, o nó mais próximo de São Mamede situa-se em Pedrome, Santa Catarina da Serra. Demasiado distante, portanto. “Ficamos com os incómodos da estrada, que atravessa a freguesia, e sem qualquer vantagem”, lamenta Silvestre Carvalhana. Com a conclusão do IC9, que atravessa os concelhos de Nazaré, Alcobaça, Batalha, Porto Mós, Leiria, Ourém e Tomar, estão terminadas as obras que integravam a subconcessão Litoral Oeste, rede de 110 quilómetros de estradas, dos quais 84 foram construídos de raiz.


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Batalha Saúde

maio 2012

s Notícias dos Combatentes

Ocupação dos talhões dos Combatentes (II) No artigo de Março, procurámos informar quais os requisitos necessários para que um Combatente possa ser sepultado nos Talhões que temos nos Cemitérios da Batalha e Golpilheira. Face a algumas dúvidas que, entretanto, nos foram apresentadas, concluímos que a nossa informação não abrangeu todos os pormenores possíveis para aquele efeito, pelo que passamos a divulgar todos esses pressupostos: 1 - Ser sócio ativo (quotas em dia) da Liga dos Combatentes; 2 - Assinar essa pretensão num livro apropriado, existente no Núcleo (Notese que se posteriormente a esta assinatura o Combatente mudar de ideia, naturalmente que poderá desistir); 3 - Na eventualidade do Combatente

não ter as quotas em dia, desde que a família venha a cumprir este requisito; 4 - Na hipótese do Combatente ser sócio mas não ter assinado o livro, basta que tenha manifestado esse desejo à família ou esta o pretenda e nos informe do facto; 5 - No caso do Combatente não ser sócio da Liga mas, à “última hora”, o queira ser; transmita esse desejo à família ou esta pretenda que ele seja sepultado no Talhão; a título excecional, também essa pretensão será viável, desde que seja liquidado à Liga o valor equivalente a 10 anos de quotas. No caso de, acerca deste tema, ainda haver alguma dúvida, é favor contactarem-nos.

Talho

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Cremos que o que no nosso Stand poderá ser visto não só irá ser do agrado geral como também irá avivar a memória da população acerca do que representam as guerras para as nações e seus povos, bastando lembrar-nos que, por exemplo, só de 1961 a 1974, combateram nos territórios de África cerca de um milhão de Portugueses (na altura mais de 10% da nossa população!), o que significará que poucas famílias, direta ou indiretamente, não tenham sido afetadas por essa triste ocorrência. Recordemos ainda que desse milhão de jovens Combatentes mais de 10.000 morreram naquelas guerras, para além de muitas dezenas de milhares que de lá vieram com mazelas físicas e mentais, que ainda hoje os afetam. Visitem o nosso Stand na FIABA que, por certo, não darão o tempo por mal gasto!

António Cerejo Rua António Cândido da Encarnação, nº 24 A 2440-036 Batalha Telefone: 244768405 Telefone (Residência): 244 765 872 Telemóvel: 967792920

Tome nota 10 acontecimentos a não perder

p A dupla de humorista está dia 22 de junho na Quinta do Sobrado

Os Combatentes na FIABA Como os batalhenses já saberão, este ano as festas da FIABA (Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha), realizar-se-ão de 24 a 27 de Maio. Contando com a disponibilidade e compreensão da nossa Autarquia, pela primeira vez, a Liga dos Combatentes irá estar presente neste certame, não com uma “Tasquinha” mas, sim, com um Stand na sua área institucional, que julgamos vir a ter suficientes motivos de interesse para merecer a visita dos Combatentes em particular e dos batalhenses em geral. Com efeito, graças à colaboração de vários dos nossos associados e outros amigos, iremos expor diversos objetos e fotos que recordarão a passagem dos Combatentes de Portugal pelas guerras da Guiné, Angola e Moçambique. Acresce que também iremos contar com a colaboração direta da Direção Central da Liga, que inclui um excelente programa áudio visual sobre este tema e o da Guerra de França (1914-1918).

Jornal da Batalha

NB-LC

Tem lugar no próximo dia 26 de maio, o I Encontro de Colecionadores do Reguengo do Fetal. O evento, que integra as comemorações dos 500 Anos da Paróquia e Freguesia de Reguengo do Fetal, realizase nas instalações da Casa do Povo local, a partir das 9 horas.

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A Quinta do Sobrado vai ser palco de um torneio de futsal que tem início a 4 de junho. As inscrições estão abertas até ao final de maio. Tome nota dos contactos para inscrições: 244767068 e 914668583.

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Se quer saber mais sobre o programa informático “Photoshop” não perca o workshop que a Associação Recreativa Batalhense promove dia 2, pelas 10h30, na Batalha. É gratuito. Serão projectadas várias funções importantes que o programa permite executar, com muitos exemplos elucidativos no tratamento de imagem.

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A Associação Recreativa de Garruchas promove um mini torneio de Sueca, dias 8 e 9 de junho. Um presunto será o prémio para o primeiro classificado. As inscrições estão abertas até dia 5 de junho. Saiba mais contactando 917697929

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Dias 9, 10 e 11 de junho são de festa na Rebolaria, Batalha. Regressam os festejos em honra de Santo António. Sábado, dia 9, destaque para a atuação dos Darromba, a partir das 22 horas. No dia seguinte, para além da missa e procissão, pelas 12 horas, referência ainda para a animação musical à noite, a cargo de Raquel e Vera. No último dia de festa, a 11 de junho, saliente-se a tradicional Corrida de Frangos, às 19 horas, seguida de animação musical por Vergílio Pereira e Manuel Ribeiro, a partir das 21h30.

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O pavilhão multiusos da Batalha recebe dia 10 de junho, uma Grande Concentração de Bicicletas Antigas. A iniciativa insere-se na comemoração dos 500 anos da freguesia da Batalha. O evento arranca pelas 9 horas e mais informações estão disponíveis em www. jf-batalha.pt

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A sede da coletividade da Quinta do Sobrado, Batalha, é palco da “Stand up Summer Party 2012”, que decorre dia 22 de junho. Em cartaz, a participação da dupla Quim Roscas e Zeca Estacionâncio. João Paulo Rodrigues e Pedro Alves prometem uma noite de humor. A noite será ainda recheada com a música de dj

Miss lala e Mc Guy. O preço do ingresso – que pode ser adquirido na sede da coletividade – é de 8 euros em pré-venda ou 10 euros no próprio dia.

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A Academia de dança, Vanda Costa, sediada no Shopping Batalha (antigo Rino & Rino), está a preparar um espetáculo de dança para dar a conhecer o trabalho desenvolvido no decorrer do ano letivo 2011/2012. O espectáculo vai ser apresentado no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, dia 16 de Junho, às 21h30.

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A terceira edição do Torneio de Amizade de Futebol 11 veteranos do Centro Recreativo da Golpilheira, decorre dia 16 de junho a partir das 9 horas e conta com a participação de uma equipa de Trujillo, Espanha, a equipa da casa, o Régua e o Concha Azul.

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O Banco Alimentar Contra a Fome de Leiria-Fátima vai integrar a Campanha Nacional, de Recolha de Alimentos, coordenada pela Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, a realizar nas superfícies comerciais, a 26 e 27 de maio. A campanha vai abranger também o concelho da Batalha. Não deixe de participar, ajudando.


Jornal da Batalha

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Atualidade Batalha

Feira do Livro regressa dia 5 de junho m O livro, o jogo, o teatro, o humor, e multiplas outras atividades, voltam a estar no centro das atenções na praça Mouzinho de Albuquerque.

A Feira do Livro e do Jogo regressa dia 5 de junho à Praça Mouzinho de Albuquerque, em pleno centro da vila da Batalha. Com oito expositores de livros e jogos, o certame conta igualmente e como vem sendo hábito, com atividades de cariz cultural, que prometem animar a praça vizinha do Mosteiro da Batalha. Assim, dia 6 de junho, quarta-feira, o serão será de

contos com Jorge Serafim - conhecido pela sua participação no programa de televisão “Levanta-te e ri” - apresenta precisamente o espetáculo “Serão de Contos”, pelas 21h30. Já na sexta-feira, dia 8, igualmente às 21h30, o Teatro ao Largo leva ao palco a peça “O Mentiroso”. Dia 9 de junho, sábado, o espetáculo cómico toma conta do certame com os NKT-RSR que apresentam “Rei Sem Roupa “A Pesca”, também às 21h30. No dia de encerramento da Feira do Livro e do Jogo, dia 10, pelas 18 horas, o teatro Pandora leva à cena a peça “O Rei que comia histórias”. Não menos relevante é o facto de que durante o certame, a Biblioteca da Batalha vai receber o certifi-

p Jorge Serafim sobe ao palco dia 6 de junho às 21h30 cado de adesão à Rede de Bibliotecas Associadas da UNESCO. A sua inclusão na rede da UNESCO resulta do reconhecimento do trabalho levado a cabo pela biblioteca que agora está inserida numa rede que visa a promoção dos direitos humanos e da paz, do diálogo

intercultural, da proteção do ambiente e da luta contra a iliteracia. No fundo, esta Rede, formada por cerca de 500 bibliotecas de todo o mundo, visa difundir o espírito e os valores proclamados pela UNESCO. Nota ainda para o facto de serem divulgados os vencedores

da quarta edição do concurso “O Fio da Memória - O Conto” - concurso literário que aborda e estimula a criação de contos elaborados por alunos do 2º, 3º ciclo e secundário – e será apresentada a edição do livro de contos referentes à terceira edição do concurso.

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“O Penedo” apurados para Pig’s on Spetayde O grupo “O Penedo” venceu o concurso de bandas Pigueiro de Bandas, garantindo a presença no festival Pig’s On Spetayde, que decorre dias 1 e 2 de Junho em Moinhos de Carvide, Carvide, Leiria. A banda da Batalha toca punk rock e assume influências dos Tara Perdida, Fita Cola e Nirvana. “O Penedo” vai atuar no dia 2 de junho, no mesmo dia em que sobem a palco os Sede Bandida e Agarra Ké Ladrão, de Coimbra. No primeiro dia atuam The Peorth e M.A.M. O festival Pig’s On Spetayde vai já para a sétima edição.


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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

Atenção: as tasquinhas estão de regresso É já esta quinta-feira que arranca mais uma edição, a 22ª, da FIABA – Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha. São quatro dias de gastronomia, artesanato e animação. Feitas as contas, se passar por duas tasquinhas a cada uma das refeições dos quatro dias de certame, vai poder provar um pouco de todos os petiscos que abrem o apetite dos visitantes da FIABA que está prestes a começar. É evidente que terá de ir munido de muito apetite e de uma carteira anti-crise. Os preços são competitivos, mas 16 refeições, convenhamos, já não

são uma possibilidade para todos. Seja como for, quintafeira, dia 24, abrem as “hostilidades”. Como já vem sendo hábito – afinal já lá vão 22 anos – as tasquinhas prometem mobilizar milhares para a vila da Batalha. Importa ainda salientar que, para além das coletividades, e como é habitual, estarão representadas diversas instituições do concelho. Para que possa agendar a sua passagem pela FIABA, fica a indicação dos eventos agendados. A abertura está prevista para as 18h30 de dia 24. Os gaiteiros da Batalha – Gaitilena asse-

guram a animação pelas 19 horas, sendo que meia hora mais tarde terá lugar a outorga dos apoios ao associativismo. À noite, a banda Kroll sobe ao palco. No dia seguinte, sexta-feira, um espetáculo do Colégio de São Mamede começa pelas 21h30, seguindo-se a música de Orlando Luís e Shortcut. No fim de semana, a demonstração de karaté a cargo da Associação tigre Shotokan Karatedo (15h30) e a demonstração de hip hop do Centro Recreativo da Golpilheira e da Sociedade Recreativa da Jardoeira (16h30) e a atuação do Rancho Folclórico

do Penedo, da Quinta do Sobrado, preenchem o programa da tarde de sábado. À noite, a música estará a cargo dos bascos Xarnege - ou Charnegue, é uma palavra gascoa, com a qual se denominam os povos fronteiriços entre o País Basco e a Gasconha – e logo de seguida dos Téada, considerada uma das mais talentosas bandas do panorama musical irlandês. No domingo, a manhã co-

meça com o passeio Fiaba 2012 – Trilhos do Centro (ver página 19). À tarde, pelas 15 horas, atuam o Rancho Folclórico de Pouca Pena de Soure e o Rancho Folclórico Lavadeiras do Vale do Lena, da Golpilheira. Os Sons do Lena ecoam no recinto pelas 17h30 e às 19 horas será possível ouvir a fanfarra dos Bombeiros Voluntários da Batalha. À noite, a animação estará a cargo dos portugueses Dazkarieh.

Será a oportunidade de conferir a banda autora do tema “Tempo Chão”, incluído na banda sonora da novela da TVI “Remédio Santo”. Acresce ainda que a FIABA vai voltar a apostar numa zona dedicada aos mais pequenos, com a instalação de insufláveis e que o artesanato de todo o país, trabalhado ao vivo, estará representado por seis dezenas de artesãos.

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500 anos Reguengo do Fetal

Antes de Fátima, Nossa Senhora passou por aqui m Terá Fátima ofuscado a aldeia que foi palco de aparições que lhe marcaram a identidade? As opiniões dividem-se numa freguesia que comemora meio milénio

A história da paróquia do Reguengo do Fetal, que agora assinala 500 anos, confunde-se e anda de mão dadas com os relatos que originaram a devoção local e mesmo além das fronteiras da freguesia e paróquia. A pacatez da aldeia, que impõe uma luminosidade própria dos lugares que estão em paz com a paisagem, está longe de fazer adivinhar a tradição religiosa que lhe molda a identidade. A verdade é que esta aldeia, vizinha do altar ca-

tólico que é Fátima, tem tatuada na sua história, aparições marianas bem anteriores às que colocaram a Cova de Iria no topo do mundo religioso católico. Quantos serão os peregrinos que atravessam o Reguengo do Fetal, rumo a Fátima, e que desconhecem que antes de surgir perante os pastorinhos de Fátima, reza a tradição local, Nossa Senhora terá estado naquela pequena aldeia, intervindo igualmente na vida de crianças? Por lá, há consciência desse desconhecimento e de como Fátima retirou o protagonismo no contexto religioso à aldeia. Fernando Lucas, presidente da Junta local afirma: “É certo que o lugar é mais pequeno e não tem as condições de Fátima, mas efetivamente faltou o aproveitamento devido quanto às aparições do Reguengo do Fetal”. O presidente deixa perceber

aquele que de quando em vez é assunto de conversa em jeito de lamento mais ou menos já assimilado: “se não fosse Fátima….”. Fernando Lucas admite mesmo que o santuário vizinho “ofuscou” o valor patrimonial religioso das aparições no Reguengo. Mas do que falamos, quando falamos em aparições? O texto ao lado – que é o relato das aparições, tal como as apresenta a própria diocese de Leria-Fátima, no seu site da internet -, deixanos bem presente a narrativa de aparição da Senhora que, há séculos, é transmitida localmente. A data, ao certo, da aparição é desconhecida, mas a ermida sugerida pela Senhora, foi efetivamente edificada. Em finais do século XVI, acabou por ser construído um templo de maior dimensão, “aonde acorriam, em tempos idos e durante todo o ano, gran-

des e numerosas levas de peregrinos, alguns vindos de muitas léguas de distância; e aonde ainda hoje afluem numerosos devotos, principalmente na Quaresma, a cantar o terço do Rosário; no mês de Maio, a ofertar flores; e dos fins de Setembro, até ao primeiro Domingo de Outubro, a preparar com solene novena a tradicional festa de Nossa Senhora do Fetal, que se celebra nessa data. O maior atrativo, deveras espetacular, desta festividade, reside nas deslumbrantes iluminações dos caracóis”, descreve a diocese de Leiria-Fátima. Efetivamente, ano após ano, e recentemente com recrudescido fervor, as ruas da aldeia do Reguengo do Fetal ganham um rendilhado único, com milhares de cascas de caracóis que, com azeite e uma torcida a servir de pavio, funcionam como única ilumina-

ção. Dois grandes cortejos anuais, separados por uma semana de intervalo, transformam a aldeia no palco de um espetáculo religioso e cultural raro. Ruas e encostas repletas de originais candeias alimentadas a azeite: Milhares de caracóis que, nas horas que antecedem as cerimónias religiosas, foram sendo colocados nos múltiplos locais que irão iluminar. O uso dos caracóis e do azeite resulta do facto da população da freguesia se dedicar à agricultura, produzindo maioritariamente vinho, cereais e azeite. E este património cultural e religioso, mantém-se inscrito na identidade local de uma freguesia criada no ano de 1512 pelo Prior-Mor de Santa Cruz de Coimbra. Contudo, até ao início do século XX, Reguengo da Magueixa era a denominação porque era conhecida. Fetal, tal como era conhe-

cida a Senhora das aparições, acabou por lhe tomar o apelido. A freguesia civil, contudo, apenas foi criada muito mais tarde. Numa altura em que a paróquia a que tem a seu cargo assinala 500 anos, Nuno Gil, o atual pároco sublinha a relevância da data: “uma data muito importante”, diz. Mas retira a carga histórica que as aparições representam na história local, quando justapostas às ocorridas em Fátima. “São fenómenos diferentes”; adianta para sublinhar que Fátima não ofuscou o Reguengo do Fetal. Seja como for, por lá esse é um assunto que há muito não espicaça conversas para além do tom normal de uma agradável discussão. Não obstante, a senhora do Fetal continua a mobilizar peregrinos e o Reguengo a assinalar aniversários. Este é apenas um dos mais significativos: são 500 anos.


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Especial 500 anos Reguengo do Fetal

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Jornal da Batalha

O relato das aparições da Senhora do Fetal

m A diocese Leiria-Fátima descreve da forma que se transcreve de seguida, a aparição da Senhora do Fetal e o milagre que lhe está associado Era uma vez uma pastorinha, que apascentava o seu rebanho pelas encostas áridas e ermas do Reguengo. Em ano de grande e apertada estiagem, andava ela, um dia ali no cabeço, onde agora se encontra o santuário de Nossa Senhora, e, vendo-se ela cheiinha de fome, as suas ovelhinhas tísicas de todo, só com pele e osso, sem febra de verdura para retouçar, encheu-se de tristeza e largou-se a chorar. Erguendo do regaço o rosto magoado e com os olhos inundados de lágrimas, viu com surpresa, no meio dum tufo de fetos, uma estranha Senhora, que lhe falou assim: - Porque choras tu, minha menina? - Tenho fome ... - Vai pedir pão à tua mãe. - Já lho pedi, mas ela não o tem. - Vai a tua casa, - insistiu a Senhora -, e torna a dizer-lhe que te dê pão. Dize-lhe que uma Mu-

lher te mandou dizer-lhe que está pão na arca. E fe c t i v a m e n te , ve r ificou-se que a arca estava inexplicavelmente cheia de fresco e saboroso pão, que mais parecia ter sido amanhado por mãos de anjos do que por mãos de hábil padeiro. Voltando de novo, já satisfeita e alegre ao sítio onde a Senhora lhe aparecera, eis que a pastorinha mais uma vez a pôde ver e com Ela dialogar, recebendo então dos Seus lábios a seguinte mensagem: - Dize à gente do teu lugar que Eu sou a Mãe de Deus e quero que, no sítio deste fetal, me edifiquem uma ermida, na qual Eu seja louvada e venerada. A fama do caso espalhou-se com a rapidez do relâmpago e logo ali acorreu, em justificado alvoroço grande e esperançada multidão, achando naquele mesmo sítio uma pequenina e misteriosa imagem de Nossa Senhora e, junto dela, uma fonte miraculosa, com cujas águas se começaram a alcançar assinaladas graças do Céu. Com o produto das promessas e outras esmolas, fácil e rapidamente se construiu uma pequenina ermida, onde se expôs à veneração dos fiéis a miraculosa imagem ali encontrada.


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Especial 500 anos Reguengo do Fetal

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Especial 500 anos Reguengo do Fetal

Entrevista

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Jornal da Batalha

Fernando Lucas, presidente da Junta do Reguengo do Fetal

“Esta é uma data muito importante” Que importância têm estas comemorações dos 500 anos de freguesia e paróquia do Reguengo do Fetal? É uma data importante, afinal são cinco séculos e poucas são as freguesias com essa idade. É um evento que pretendemos comemorar dignamente mas sem entrar em grandes despesas, porque estes têm sido anos de contenção e crise. Vamos comemorar com dignidade mas dentro das nossas limitações, muito embora esta organização seja uma parceria com a paróquia porque efetivamente é essa a entidade quem faz 500 anos, pois a freguesia em termos civis só muito mais tarde é que foi criada. É uma parceria e estamos partilhar as despesas. A ideia inicial das comemorações passou por reunir todas as comissões de igreja e coletividades da freguesia com o intuito de elaborar um programa para as comemorações. A ideia principal é descentralizar, levar a cada lugar da freguesia algo das comemorações dos 500 anos.

cara que as construções de raiz e os jovens acabam por se dispersar pelo país. Em termos de emprego, estamos muito confinados a uma empresa com grande dimensão que cria bastantes postos de trabalho e a maioria das pessoas estão integradas nessa empresa. A freguesia é conhecida pela paisagem,percursospedestres, escalada e as festas religiosas. Parece-lhe que são produtos turísticosquepodemserpotencializados no futuro?

Foi fácil conseguir a colaboração das instituições? Sim, todas as comissões de igreja e associações aderiram e pretendemos que nas datas comemorativas das diversas localidades, estejamos presentes com algo sobre os 500 anos da freguesia e paróquia. Esta é uma data que deixa perceber que o Reguengo do Fetal é uma terra como muita história. Mas enquanto presidente de junta terá certamente uma maior preocupação com o presente e futuro. Tem projetos que estejam na sua agenda de prioridades? A nossa preocupação, quando fomos eleitos, foi e continua a ser, fazer pequenas obras para servir a população. Queremos resolver os problemas da

população, sem grandes obras pois estamos limitados em termos de orçamento. Estamos a alargar um espaço para estacionamento aqui perto da sede da junta, vamos ter a demolição da Casa Amarela: trata-se de uma obra da responsabilidade da Câmara e será um espaço de estacionamento, com mais uma zona de acesso à casa

do povo. A extensão de saúde está mal servida em termos de estacionamento e pretendemos melhorar o acesso. O reguengo tem cativado um crescente interesse turístico. Acha que esse sector é uma aposta de futuro? Penso que provavelmente teremos de partir por aí, numa aposta nesse

sector, para atrair pessoas ao Reguengo do Fetal. A nossa população está a envelhecer e tem sido difícil manter os jovens por cá. Estudam fora e acabam por ficar nas cidades para onde foram estudar. Temos alguma dificuldade, atendendo ao PDM, em permitir novas construções. A recuperação de habitações é, muitas vezes, mais

Sem dúvida. Contudo, temos dificuldade em acolher tanta gente. O ano passado, tivemos cerca de oito mil pessoas nas festas religiosas. O estacionamento é sempre difícil e os visitantes acabam por estacionar à beira da estrada, longe do centro. A festa da Senhora do Fetal sofreu um grande impulso nos últimos anos e tem vindo a aumentar o número de pessoas que nelas participam. Penso que estamos a atingir uma dimensão que pode ser difícil ampliar. No que se refere aos percursos pedestres, temos um percurso bastante bonito e um outro que está a ser preparado para ser colocado ao serviço dos visitantes que é o percurso das Pedreiras Históricas. Em termos de escalada, contamos com a zona do Malhadouro que é muito bela. Provavelmente, em termos de escalada, é das melhores do país. Aliás, nas comemorações dos 500 anos estamos a preparar o encontro nacional de escalada. Este tipo de visitante tem algum impacto na economia da freguesia? É marginal, reduzido. Temos pouco comércio no centro da localidade. As pessoas chegam ao Reguengo do Fetal, utilizam os percursos pedes-

tres ou a escalada, e depois acabam por sair da localidade. Abriu agora o IC9 que rasga a freguesia. No deve e haver, a freguesia foi prejudicada ou beneficiada com a nova estrada? Para já é difícil fazer esse balanço. No que se refere à construção, é evidente que a freguesia foi prejudicada porque houve expropriações de terrenos, casas que foram demolidas. Esta é uma via que aparentemente tem bastante tráfego, mas aferir se é ou não uma mais-valia, ainda não o podemos dizer. A freguesia tem parques eólicos que marcam a paisagem. São benéficos para a freguesia? Sim, essa é uma aposta benéfica. Foi e continua a ser. É uma fonte de receita bastante boa. Embora não tenhamos feito grandes obras, se assim não fosse, nem as pequenas obras conseguiriamos fazer. O impacto limita-se à paisagem e, por vezes, com vento forte, nota-se algum barulho. Está apreensivo em relação aofuturodoReguengodoFetal, atendendo à desertificação da freguesia que mencionou? Não é fácil inverter esse processo. Cada vez temos pessoas mais idosas. Os jovens saem, outros compram habitação na Batalha ou Leiria, resultado das dificuldades de construção. Por outro lado, chegou a ser equacionada uma zona industrial, que nunca avançou. Agora, atendendo à atual situação económica, é complicado dizer se poderia ter sido benéfica para o desenvolvimento da freguesia Não está muito otimista? Estou moderadamente otimista.


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Especial 500 anos Reguengo do Fetal

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Matança do porco à antiga em Alcanadas m A tradição ainda é o que era em Alcanadas. A coletividade local associou-se às comemorações da freguesia, recriando a matança do porco. Uma prática que atualmente ainda tem lugar pontualmente. Mas dia 19, tudo foi feito como se estivessemos no início do século passado. A matança do porco é uma tradição que se mantém na freguesia do Reguengo do Fetal. E nada melhor que recriar uma

tradição para recordar o património da freguesia. Isso mesmo aconteceu na tarde de sábado, dia 19, em Alcanadas. A coletividade local avançou com a recriação da matança do porco, tal como ela era feita na primeira metade do século passado. O animal foi morto com o recurso a uma faca, chamuscado com o auxílio de mato apanhado nos pinhais vizinhos, lavado com água e com um telho de barro e posteriormente desmanchado. Tal como era feito antigamente. Não faltou a boa disposição, apesar da chuva que teimou em cair. Cerca de uma dezena de pessoas participou ativamente na matança. O animal foi posteriormente as-

sado no espeto, e serviu para deliciar os participantes no passeio pedestre à Mata do Cerejal que decorreu na manhã seguinte. Ambas as iniciativas decorreram no âmbito das comemorações dos 500 anos da freguesia e paróquia do Reguengo do Fetal.

s registo O dia grande das comemorações dos 500 anos da freguesia e paróquia será a 24 de junho. Estão agendadas diversas iniciativas, com destaque para a presença do bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto e para a inauguração do monumento comemorativo dos 500 anos. Daremos mais pormenores do programa detalhado de comemorações – que se vão desenrolar durante o resto do ano – na próxima edição.

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Batalha Economia

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Economia

Batalha integra projeto pioneiro para poupar na conta da luz m O concelho da Batalha está na linha da frente de um projeto pioneiro da empresa EDP Distribuição que pretende tornar mais “inteligente” a relação de fornecedores e consumidores de eletricidade

Parece-lhe estranho o conceito? Na prática, a ideia é até bastante simples. Enquanto que, atualmente, aos consumidores é apenas pedido que façam chegar os seus consumos à empresa fornecedora de eletricidade (ou então que se sujeitem a leituras por estimativa), com o InovGrid – assim se chama o projeto – serão instalados contadores inteligentes em casa dos consumidores. E o que são e fazem estes contadores

que começam a chegar a 10 mil lares dos batalhenses a partir de junho? São aquilo a que a empresa chama de EDP boxes, e que na prática estarão ligados à rede através de ligações sem fios (wi-fi e gprs, por exemplo). Os próprios contadores vão comunicar à empresa fornecedora de eletricidade qual o consumo de cada cliente. Acabam-se pois as leituras ou as estimativas. Mais. O consumidor passa a poder aceder aos seus dados de consumo através de uma ligação à internet, num computador ou num smartphone, por exemplo. Com esta monitorização, o consumidor passa a poder controlar de perto e mesmo a gerir, os seus consumos, visando atingir a redução da fatura da luz. Depois de, no último ano, a EDP Distribuição ter testado a introdução das redes elétricas inteligentes em Évora, avança agora para 100 mil clientes em sete outros concelhos em todo o país: Alcochete, Batalha, Faro, Guimarães, Lamego, Marinha Grande e S. João

da Madeira. No total serão gastos cerca de 15 milhões de euros. A experiência em Évora permitiu perceber, explicam os responsáveis da EDP Distribuição, que se registaram quedas médias na ordem dos 3,9% nos consumos, embora nalguns casos tenham superado os 20%. E menos energia gasta, significa menos energia paga, naturalmente. Este é um projeto pioneiro a nível europeu e mesmo mundial, referem os responsáveis da empresa. efetivamente, esta nova forma de distribuir e consumir energia elétrica, foi elogiada pela Comissão Europeia que destacou este projeto entre 260 de toda a Europa. Os novos contadores, que começam a chegar a casa dos clientes no segundo semestre deste ano, estão já preparados para uma gestão adequada dos equipamentos de microgeração (onde pontuam sobretudo painéis fotovoltaicos) e dos automóveis elétricos. Do lado da empresa que distribui a energia elétrica,

Bungalow modular O Bungalow Green é a mais recente novidade da SIT Modular Solutions, sedeada em São Jorge. A SIT lançou um desafio ao atelier GvMAA para desenvolver um espaço premium que se enquadrasse em harmonia com zonas verdes. De arquitetura contemporânea e design apelativo, mas com conforto e comodidade. Um Bungalow Green, disponibilizado em duas versões base, tem capacidade máxima para 4 pessoas, sendo indicado

para projetos de turismo rural. Para Pedro Alves, responsável comercial da SIT, este conceito “segue uma linguagem de continuidade dentro da filosofia da SIT Modular Solutions. São duas formas de experimentar, saborear e coexistir com a natureza, destinadas a um público específico e ambas com objetivos comuns: qualidade e bemestar.” O Bungalow Green destaca-se pela sua simplicidade, funcionalidade e pelo seu preço competi-

tivo. O preço para o Bungalow Green 6x3m é de 11.500 euros e para o de 8x4m é de 16 mil euros. Estes valores contemplam acabamentos, WC completo e as pré-instalações de ar condicionado e termo-acumulador. Não incluem eletrodomésticos, transporte, montagem e IVA. Os modelos têm áreas de 18m2 na versão mais reduzida e 32m2 na versão de 8x4m.

as vantagens são igualmente evidentes: é possível verificar e gerir os picos de consumo e detetar avarias. Para além dos contadores inteligentes, denominados de EDP boxes, também os postos de transformação estarão dotados de um equipamento similar que permite a monitorização em tempo real de toda a rede. A EDP distribuição acredita ainda que este novo modelo de rede, permite que a cada cliente seja proposto um tarifário mais adequado ao seu perfil de consumo, bem como alterações de portência ou de contrato realizadas remotamente. Para António Lucas, ~presidente do município da Batalha, a escolha da Batalha pela EDP Distribuição a nível nacional como o segundo a ver implementado este projeto, “reforça a profunda transformação no mercado doméstico de consumo de energia e abre um novo capítulo ao nível das chamadas redes inteligentes, que aproximam e envolvem os clientes no processo de consumo energético”.


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Economia Batalha

Nova empresa aposta em pescar mercado do peixe fresco

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s Fiscalidade

António Caseiro Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração Técnico Oficial de Contas

E que tal receber peixe fresco, diretamente da lota, em casa, pronto a cozinhar? Essa é a ideia de negócio que está na base da “Frescos do Mar ”, uma nova empresa que surgiu bem recentemente na Batalha. O funcionamento é simples: o cliente recebe a tabela de manhã, encomenda até às 15 horas (por telefone ou na internet, em www.frescosdomar. com) de recebe o peixe em casa do dia seguinte. É certo que a concretização deste projeto, ganha relevância graças ao “conhecimento existente com uma grande empresa na distribuição de peixe fresco e marisco vivo”, explica Paula Antunes, responsável desta nova empresa que conta com três pessoas ao seu serviço. O contacto com a empresa de distribuição criou a “oportunidade de por um lado ter acesso diário a uma vasta gama de produtos frescos assim como preencher uma lacuna existente na entrega e consumo caseiro dos referidos produtos”, refere. Acresce que o negócio cresce à medida da lista de contactos. “A ideia

Valor dos fluxos de pagamentos com cartões de crédito e de débito

p Paula Antunes, rosto do “Frescos do Mar” é conseguir ter uma rede de contactos, disponíveis para receber as nossas tabelas diariamente, preferencialmente por e-mail”, refere a responsável. São essas tabelas que permitem ao cliente escolher “como e quando querem receber o nosso peixe fresco pronto a cozinhar sem qualquer acréscimo no preço”. Paula Antunes lembra que a entrega do produto e a sua preparação (amanhado, es-

calado, à posta, para cozer, fritar, assar, grelhar, etc.), não acarretam custo para o cliente. “Vendemos grande parte do peixe fresco, que conseguimos comprar em lota na noite anterior: a qualidade e frescura dos mesmos são a nossa mais-valia, situação que tem contribuído para um excelente feed back em relação aos nossos serviços”, acrescenta. De facto, o peixe é pescado no “mar

de Peniche”, adianta Paula Antunes, pelo que a aquisição de uma carrinha frigorífica foi o investimento mais significativo deste projeto que arrancou há cerca de um mês. Para já, as entregas são efetuadas nos concelhos de Batalha, Leiria, Porto de Mós e Marinha Grande. Este é um projeto empresarial fresco no mercado da Batalha, apostado em revelar-se uma pescaria bem-sucedida.

Casa em exposição e dinossauros quase de saída Mobiliário, decoração, iluminação, têxteis e acessórios para o lar, bem como os serviços integrados na criação e renovação de espaços interiores, são algumas das áreas centrais de mais uma edição da Expocasa -Salão de mobiliário para a casa, que decorre no Exposalão, até dia 27 de maio. Fabricantes, importadores e distribuidores de mobiliário e decoração são os participantes neste certame. Entretanto, está a entrar

em contagem decrescente a exposição “Mundo dos dinossauros”, que desde finais de março é possível visitar naquele centro de exposições. A mostra continua aberta aos visitantes até dia 3 de junho. De acordo com a organização, esta é uma oportunidade para “poder ver, bem de perto, os grandes répteis do “Parque Jurássico”, como os temíveis Velociraptors, Oviraptor e T-Rex, ou outros mais simpáticos e enormes como o Braquiossauro”.

Portaria n.º 34B/2012, de 1 de fevereiro De acordo com o disposto no n.º 3.º - (Os pagamentos respeitantes a faturas ou documentos equivalentes de valor igual ou superior a 20 vezes a retribuição mensal mínima devem ser efetuados através de meio de pagamento que permita a identificação do respetivo destinatário, designadamente transferência bancária, cheque nominativo ou débito direto), do artigo 63.º -A “- Informações relativas a operações financeiras” da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, as instituições de crédito e sociedades financeiras têm a obrigação de fornecer à Autoridade Tributária e Aduaneira, até ao final do mês de julho de cada ano, o valor dos fluxos de pagamentos com cartões de crédito e de débito, efetuados por seu intermédio, a sujeitos passivos que aufiram rendimentos da categoria B de IRS e de IRC, sem por qualquer forma identificar os titulares dos referidos cartões. A Portaria supra, vem aprovar a declaração

modelo 40 – Valor dos fluxos de pagamentos com cartões de crédito e de débito a ser apresentada por transmissão eletrónica de dados com produção de efeitos a partir do ano de 2012 e reporta-se ao valor dos fluxos de pagamentos com cartões de crédito e de débito, realizadas no ano civil anterior. A declaração deve ser apresentada pelas instituições de crédito e sociedades financeiras relativamente aos clientes que sejam sujeitos passivos que aufiram rendimentos da categoria B de IRS e de IRC, que tenham contas bancárias associadas a Terminais de Pagamento Automático (TPA), destinatárias de qualquer fluxo de pagamentos efetuados através cartões de crédito e de débito. Assim, as instituições de crédito e sociedades financeiras até ao próximo mês de julho deverão informar os movimentos efetuados com cartões de crédito e de débito desde o início de 2011. O Ministério das Finanças pretende assim dispor de mais um instrumento de controlo e combate à evasão fiscal.


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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

s a fechar

Ensino

Encontrado com vida idoso desaparecido durante quatro dias Foi encontrado debilitado, mas com vida, o homem de 79 anos de idade que dia 16 de maio tinha desaparecido em Perulheira, São Mamede. O idoso foi encontrado pelas 19h45 de dia 19, dia do seu aniversário, a cerca de dois quilómetros de sua casa, e a cerca de 50 metros da habitação mais próxima. O idoso foi conduzido para o Hospital de Leiria e encontra-se bem, adiantou ao Jornal da Batalha, Fernando Oliveira, comandante dos Bombeiros da Batalha. O idoso sofre de várias doenças, entre elas Alzheimer e terá alterado as suas rotinas diárias, acabando por se desorientar e perder. Nas operações de busca participaram patrulhas da GNR, elementos dos bombeiros da Batalha, bem como cerca de três dezenas de populares. No total, participaram nas operações de busca cerca de 60 pessoas. Nota ainda para a importante prestação de binómios homem-cão dos Bombeiros Voluntários de Ortigosa e também da corporação de Portalegre. De acordo com Fernando Oliveira, estas equipas mostraram-se muito importantes para o sucesso das operações que culminaram com a localização de José de Oliveira Gomes.

Colecionadores no Reguengo dia 26 Dia 26 de maio, nas instalações da Casa do Povo do Reguengo do Fetal, tem lugar o I Encontro de Colecionadores do Reguengo do Fetal. O evento integra as comemorações dos 500 Anos da Paróquia e Freguesia de Reguengo do Fetal. Assim, a partir das 09,00 horas, e até às 16,30 horas, a Casa do Povo terá grande movimentação.

"Genesse" ligam Batalha ao Algarve

Chamam-se “genesse” e são um grupo de amigos da Batalha que, entre o BTT e o ciclismo de estrada, de quando em vez lançam-se em aventura. A última ocorreu no primeiro fim de semana de maio. De bicicleta, um grupo de uma dezena de ciclistas, fez a ligação entre a Batalha e Montegordo, no Algarve, percorrendo cerca de 400 quilómetros em dois dias. O grupo de amigos já está a pensar na próxima aventura. Ficamos à espera.

p Grupo de alunos e professores que participaram no evento

Alunos apresentam sugestões de futuro Cerca de duas dezenas de alunos do 12º ano da Escola Secundária da Batalha mostraram dia 4 de maio no auditório municipal da Batalha, trabalhos que se propõem apresentar pistas

para o futuro. Novas abordagens ao tratamento do cancro, a bionanotecnologia na medicina, novas pilhas de combustível, técnicas nas ciências forenses e mesmo bactérias que aju-

dem a melhorar a qualidade da água do rio Lena, foram alguns dos temas abordados. Estas são as áreas genéricas dos trabalhos que respondem aos desafios colocados pela escola. O evento

foi denominado de “Preparados para o futuro?! Desafio 2012” e visa motivar os alunos para os bons resultados escolares, refere o professor Paulo Portugal, que dinamiza a iniciativa.

Quatro boas notícias na educação

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EQUIPA DA BATALHA CHEGA À FINAL NACIONAL. A equipa 100% Nacional é da Escola Secundária da Batalha e está na final nacional do concurso DN Escolas. A final decorre dia 23 de maio e a equipa da Batalha está entre as 18 finalistas deste concurso. Recorde-se que esta equipa concorreu com a reportagem “Cá se fazem, cá se compram”. Também com base neste trabalho foi feito o convite e consequente entrevista a Marcelo Rebelo de Sousa, que veio à Escola Básica e Secundária da Batalha no dia 9 de março.

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ALUNOS EM SEGUNDO EM AMBIENTE. Os alunos

da Escola Secundária da Batalha participaram dia 5 de maio no Encontro Nacional do Projeto Radiação Ambiente que teve lugar no Cacém. Na sequência da apresentação de um poster científico relativo às atividades experimentais realizadas ao longo do ano, os alunos Cristiano Sales (10ºB), Ana Rita Ferreira, Núria Rebelo, Liliana Carvalho e Sara Malheiro (alunas do 12ºB), conseguiram o 2º lugar (Ensino Secundário) no concurso de posters apresentados pelas escolas participantes. O projeto é da responsabilidade do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), financiado pela Ciência Viva e pela Sociedade Portuguesa de Física (SPF) e contou com o apoio da au-

tarquia de Sintra e da Escola Nacional de Bombeiros. Os alunos foram acompanhados pela professora Idalina Carapito.

6,01 s, sendo assim considerada vice-campeã nacional da modalidade”.

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OLIMPÍADAS DO AMBIENTE. O aluno Alexandre José Ferreira Vala, do 9.º ano, turma C, do colégio de São Mamede, foi selecionado para a Final Nacional das XVII Olimpíadas do Ambiente 2011/2012, na modalidade “Ambiente à Prova”. Alexandre Vala foi selecionado para a final nacional, pois “em consequência da classificação obtida”, está colocado “entre os 25 melhores a nível nacional”, explica o documento. A final das Olimpíadas do Ambiente “foi adiada para o final do presente ano letivo, em data a definir”.

MEGAS. A aluna Joana Carlos, do Colégio de São Mamede participou, no passado dia 14 de Abril, na fase final dos Megas, prova realizada no âmbito do Desporto Escolar, que teve lugar em Vagos, Aveiro. Joana Carlos “na prova MegaSalto ficou em 1.º lugar, no escalão de Infantis Femininos, com a marca de 4,79 m, sendo assim considerada campeã nacional da mesma modalidade”, enquanto na “prova de atletismo MegaSprinter, obteve um honroso 2.º lugar, no mesmo escalão, com a marca de

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Desporto Batalha

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Desporto

Eles são vigilantes todo-o-terreno m Um grupo de amigos cresceu e tornou-se numa associação que defende o BTT e o nome da Batalha. Depois de terem estado na organização do Carnaval na Batalha, preparam agora um passeio para divulgar a FIABA e a modalidade. E ainda encontram tempo para vigiar os trilhos do concelho.

BAC chega à final nacional A equipa de Infantis Masculinos do BAC depois de ter sido campeã distrital de andebol e ter passado à fase seguinte do campeonato nacional, apurou-se dia 12 de maio para a fase final de apuramento do campeão nacional na categoria. Um jogo muito emotivo contra o Canelas que o BAC venceu por 20-25. A fase final disputa-se em Braga dias 7, 8, 9 e 10 de junho, estando presentes além do BAC - Batalha, o ABC de Braga, o Benfica e três outras equipas. Esta presença assegura, no mínimo, o sexto posto a nível nacional para a equipa da Batalha.

Amarense falha subida de divisão

p Os BatalhaBikers apostam em promover o concelho Tudo começou há meia dúzia de anos com meia dúzia de amigos. Em comum, o gosto pelo BTT. Paulo Ribeiro, que atualmente preside aos BatalhaBikers, esteve na génese do grupo de amigos que tinha no BTT uma paixão. Há algum tempo que praticava a modalidade “com o dono da BTTERRA, amigos e clientes dele”, explica. O grupo foi crescendo e “em conjunto com mais três amigos chegados, por esta sequência, João Henriques (Cocas), Pedro Leitão e João Paulo Cerqueira”, arrancou o grupo a que deram o nome de BatalhaBikers “por serem ou terem ligações à vila da Batalha”, refere o presidente, Paulo Ribeiro. O passa-palavra desempenhou um papel importante e o grupo engordou: “amigos, irmãos, vizinhos, primos, cunhados e todos aqueles que gostavam de BTT” juntaram-se aos bikers e surgiu um “um grupo

cheio de boa disposição, com a criação de novas amizades. E de muitos locais como Batalha, Golpilheira, Leiria, Azoia, Codiceira, Pombal e vários locais do país”, conta Paulo Ribeiro. A ideia era colocar de parte as diferenças e partilhar o gosto pela modalidade que assenta no todo-o-terreno sobre duas rodas. Em 2010 surge formalmente a ABB- Associação BatalhaBikers. Sediada na Batalha, visa, entre outros objetivos, “participar em eventos desportivos essencialmente ligados à prática do BTT, representando desta forma a vila da Batalha”, explica o presidente que lembra que a associação tem igualmente a missão de fomentar e divulgar esses eventos “no concelho, na região e por vezes, sempre que possível, no país”. E a verdade é que a ABB tem participado em eventos por todo o país e tem já associados – no total são 33, de

momento – que participam no campeonato nacional de BTT. VIGILANTES TODO O TERRENO. Para além dos passeios da equipa BatalhaBikers, habituais aos domingos e feriados, estes amantes do BTT desempenham ainda a função

de vigilantes: pertencem aos bike patrols do Centro de BTT da Batalha/Pia do Urso. Quer isto dizer que eles são voluntários que desempenham o papel de vigilantes e auxiliam na manutenção das placas e trilhos daquele centro, “em conjunto com outros grupos e associações. No nosso

s BTT é uma oportunidade Paulo Ribeiro conta-se entre aqueles que veem o BTT como uma boa oportunidade para o concelho. E essa oportunidade está a ser agarrada, defende. “O BTT é um desporto que já se pratica no concelho há muitos anos e com grandes campeões e praticantes. Mas com cada vez mais adeptos da prática do BTT de lazer e com a abertura do Centro de BTT da Batalha/Pia do Urso, temos visto o crescimento muito grande deste desporto. Como sabe temos quatro lojas da especialidade na zona e três das quais muito perto da Vila da Batalha. Assim o crescimento BTT está numa fase muito boa e positiva”, remata.

grupo ainda contamos com a ajuda do Paulo Crespo, Jorge Clérigo, Carlos Pias e outros praticantes”, reforça Paulo Ribeiro. A mais recente “missão” dos BatalhaBikers, passa por levar a bom porto o FIABA BTT 2012 - Trilhos do Centro. É já no dia 27 de maio, numa organização em que contam com o de Paulo Crespo, AirBike, Câmara Municipal da Batalha e o Centro de BTT da Batalha/Pia do Urso. Com este passeio de BTT “queremos divulgar a FIABA - Feira Internacional de Artesanato da Batalha”, explica o presidente Paulo Ribeiro, para além de se pretender “divulgar também o Centro de BTT da Batalha/ Pia do Urso e todo o concelho da Batalha”. Não menos importante, a ideia é igualmente “ajudar a sociedade civil a beneficiar com a oportunidade de negócio que estes eventos podem trazer para o concelho”.

A equipa de futsal da Associação Recreativa Amarense falhou a subida à primeira divisão nacional, ao terminar o campeonato da II divisão B em quarto posto, com 20 pontos, menos cinco que o segundo classificado, o G.D.S. Cascais que, a par com o G.D. Fabril do Barreiro (campeão da II B) subiram à primeira divisão. O campeonato terminou a 28 de abril, e apesar do Amarense ter assegurado duas vitórias nas duas últimas jornadas (4 - 1 frente ao Albufeira Futsal Clube e 2-6 frente ao A.B.C. Nelas), as derrotas anteriores frente a equipas do fundo da tabela, terão ditado o destino da turma batalhense. Recorde-se que a três jornadas do fim do campeonato, o Amarense estava em segundo lugar, posição que lhe assegurava a subida.


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Batalha Património

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Património Romances, Rimances, Xácaras, Quadras Populares A notável obra “A Origem do Fado” do Dr. José Alberto Sardinha, que é o maior etnomusicólogo português do nosso tempo, veio despertar-me a lembrança de que naquelas cantigas de ceguinhos, pelos mercados e feiras, que ainda se ouviam nas décadas de 30, 40 e 50 do século XX, se escutavam afinal fados ou, se quisermos, as raízes donde o Fado brotou. Duma grande simplicidade e, tantas vezes, ingenuidade, a poesia popular que as configurava veio a ser, sem dúvida, uma forma de arte apreciável e cada vez mais considerada por etnógrafos, músicos e outros intelectuais de nomeada, porque exprime sentimentos genuínos, tem indiscutível beleza e reflete uma filosofia e uma moral originais. A uma das modalidades chamou-lhe o povo de rimances, corruptela de romance, xácaras ou simplesmente quadras. São os rimances “espécie de poema em versos simples e curtos, baseado em assunto comovedor e próprio para ser cantado” e as xácaras, que com os rimances se confundem na terminologia popular, “melopeias populares antigas que se cantavam ao som de violas”. Eram os rimances que, com a aliciante da música instrumental e do canto, música executada, quase sempre, em violas e guitarras e mais recentemente em concertinas, tanto atraíam a atenção popular, um género de folhetins noticiosos em que se dava conta de acontecimentos trágicos na maior parte, cómicos algumas vezes e também épicos, sendo assim uma maneira de os divulgar mas com a originalidade dum conteúdo moral em que se condenavam os prevaricadores, se ridicularizavam os caricatos e se exaltavam os heróis.

Meu irmão era mais novo Devia-se de calar. Devia-se de calar Já eu não faria assim Eu matei e estrangulei Foi pior para mim. A primeira machadada Esmoreceu, caíu por terra Eu te peço ó António Que me leves minha serra. Quando eu cheguei a casa Minha mãe estava a chorar Que é do teu irmão António Ficou no pinhal a serrar Eu te peço ó António O teu irmão vás buscar Embrulhado num lençol Eu quero ver a acabar

p O Dr. Alberto Sardinha em conversa com D. Júlia Frazão, no Casal do Alho, na visita que o etnomusicólogo lhe fez em 1 deste mês de maio

Era frequente, também, serem apenas cantados, sem acompanhamento instrumental ou acompanhados por simples instrumentos de percussão (na nossa região, o cântaro tangido por abano, reco-reco de cana, castanhola de cana e pinhas). Ora, de dois, um trágico e outro épico, vou dar exemplo aos prezados leitores. O primeiro, “Quando eu era Serrador”, é muito curioso que tenha sido recolhido por um jovem de 13 anos, Bryan Carvalho, junto de sua avó, de 85 anos, Júlia da Silva Vieira Frazão, do Casal do Alho, freguesia da Batalha. Aprendeu-o esta senhora, pelos finais da década de 30, ao ouvi-lo às pessoas mais velhas que com ela andavam na monda e na safra do arroz que então se cultivava na Quinta da Várzea. Muita gente desconhece que nesta quinta, também da freguesia da Batalha, que até 1834 pertenceu ao con-

vento dominicano de Santa Maria da Vitória, o nosso Mosteiro, se cultivou o arroz desde pelo menos o século XVIII. Como se sabe, a quinta foi adquirida em 1837 por Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque, razão porque aí nasceu o seu neto Joaquim Mouzinho de Albuquerque em 1855. Creio que nos anos 30 do século XX era seu proprietário José Rino, natural da Rebolaria e grande lavrador sobretudo com várias propriedades no concelho de Alcobaça onde se fixou (a sua casa, que ainda existe, é um sumptuoso palacete à entrada daquela cidade da nossa região). Infelizmente, a quinta, com duplo significado histórico, está hoje ao abandono. Ora, este trágico “Quando eu era Serrador”, primorosamente entoado pela D. Júlia Frazão, que alia a uma bela e fresca voz uma memória prodigiosa, conta a história de uma serrador que assassinou o irmão,

tentando esconder o crime à mãe e acabando por ir preso para o “limoeiro”, a conhecida cadeia de Lisboa a que fui algumas vezes em trabalho quando estava nos Serviços Prisionais. Creio que este rimance era uma das “cantigas ou fados de ceguinhos” do século XIX, o que me foi confirmado pelo Dr. Alberto Sardinha na sua recente vinda à Batalha em continuidade das suas investigações etnográficas. O grande etnomusicólogo ouviu e gravou a D. Júlia Frazão que deu a conhecer todo um reportório de rimances, fados, cantigas e cânticos religiosos, alguns no nosso tempo já totalmente esquecidos. Eis o primeiro: Quando eu era serrador, Serrador, serrar madeira, Um caso me sucedeu No pinhal da Feteira. No pinhal da Feteira Começámos de ralhar

Eu cá vou para o limoeiro Para o limoeiro vou Adeus terra dos Casais Tanta pena me deixou Adeus terra dos Casais Largo dos olivais Adeus minha querida mãe Adeus para nunca mais. Transcrito conforme é cantado. Possivelmente teria ainda outras quadras, que se perderam. O outro, épico, é dedicado à proeza de Joaquim Mouzinho de Albuquerque ao aprisionar o Gungunhana, é constituído por décimas e subordinado ao seguinte mote: Teve um êxito brilhante A Expedição africana, Conseguiu aprisionar O terrível Gungunhana.

Foi isso que motivou Da nossa tropa, a partida; A perda de muita vida, Que a zagaia ceifou. Se muito sangue custou Alcançaram nome e fama!... A Pátria seus filhos chama, Para os levar à vitória!... Deve ficar de memória A expedição africana. D’Albuquerque, o destemido Corajoso capitão, Dirigiu esta acção, Valoroso, atrevido. De seus avós o ap’lido Assim tão bem soube honrar; Entre os seus, que a batalhar Só avança e não recua!... O feroz régulo vátua Conseguiu aprisionar. Com mil p’rigos arrostaram Nossos valentes soldados, Que alegres e animados Forças maiores atacaram. Noites horrendas passaram Entre gente desumana, Sem uma pobre choupana; Das feras ouvindo os berros, Só p’ra nos trazer a ferros O terrível Gungunhana. Destas décimas tinha o folheto, que se vendia pelas feiras, a 20 réis, e tive a honra de fornecer cópia ao Dr. Alberto Sardinha, que o publica no seu volume “A Origem do Fado”. Só no próximo número poderei comentá-las. Obras consultadas: “Encyclopedia Portugueza Ilustrada”, dirigida pelo Prof. Maximiano Lemos; “Tradições Musicais da Estremadura”,

Ninguém pode ignorar Os tramas do inglês Que o domínio português Nos deseja empolgar. D´há muito fez germinar A intriga insinuante Entr’o régulo mais possante Tão pod’roso e cheio de manha, Porém a nossa campanha Teve um êxito brilhante.

do Dr. José Alberto Sardinha; “A Origem do Fado”, do Dr. José Alberto Sardinha; “Cancioneiro de Entre Mar e Serra da Alta Estremadura”, do Prof. José Ribeiro de Sousa; “Etnografia Portuguesa”, do Prof. José Leite de Vasconcelos.

José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (111)


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Necrologia / Publicidade Batalha

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA

Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas sessenta e cinco a folhas sessenta e seis verso, do Livro Cento e Oitenta e um - B, deste Cartório. António Vitoria de Oliveira, NIF 109 201 574 e mulher Júlia Neto Ferreira, NIF 109 201 582, casados sob o regime de comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia do Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, onde residem no lugar de Torrinhas, declaram que com exclusão de outrem, são donos legítimos possuidores do prédio rústico, composto de vinha, com a área de quatrocentos e cinquenta metros quadrados, cito em Pardieiros, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Joaquim Pereira Gaspar, de sul com José Espírito Santo Oliveira, de nascente com António Joaquim Pereira e de poente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 6.013, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de €299.74. Que adquiriram o identificado prédio, no ano de mil novecentos e sessenta e oito, por compra verbal a José da Maternidade Moniz e mulher Maria do Espírito Santo Reis, residentes no lugar de Alcaidaria, Reguengo do Fetal, Batalha, portanto há mais de vinte anos, sem que no entanto ficassem a dispor do título formal, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que na consequência daquela compra verbal, possuem o referido prédio em nome próprio á mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, como o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o identificado prédio por usucapião. Batalha, quatro de Maio de dois mil e doze. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas onze a folhas treze, do Livro Cento e Oitenta e um – B, deste Cartório. João Silva Costa, NIF 121 141 152 e mulher Maria Luísa Vieira de Oliveira, NIF 183 511 395, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia e concelho da Batalha, onde residem na Rua da Quinta Nova, nº 36, no lugar de Quinta do Sobrado, declaram são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios: Verba um – prédio rústico, composto de terra e cultura e vinha, sito em Maria Linha, freguesia e concelho da Batalha, com a área de seiscentos e vinte metros quadrados, a confrontar de norte com José dos Santos Francisco Rino, de sul com Joaquim dos Santos Vieira, de nascente com ribeiro e de poente com Joaquim Monteiro Cerejo, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 8.247, com o valor patrimonial de € 15,46; Verba dois – prédio rústico, composto de vinha e oliveiras, sito em Barro, na dita freguesia da Batalha, com a área de dez mil metros quadrados, a confrontar de norte com caminho, de sul com ribeiro, de nascente com Rodrigo da Silva e outros e de poente com Manuel da Silva, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 8.602, com o valor patrimonial de € 98,93; Verba três – prédio rústico, composto de vinha e oliveiras, sito em Quinta do Sobrado, na referida freguesia da Batalha, com a área de dois mil duzentos e oitenta metros quadrados, a confrontar de norte com caminho, de sul com António Monteiro Júnior, de nascente com Manuel Moreira da Silva e de poente com Manuel Monteiro Cerejo, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 8.940, com o valor patrimonial de € 52,42; Verba quatro – prédio rústico, composto de vinha, sito em Barro, na mencionada freguesia da Batalha, com a área de mil e duzentos e oitenta metros quadrados, a confrontar de norte e de poente com Amílcar Monteiro Guerra, de sul com ribeiro e de nascente com Manuel da Silva, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 8.609, com o valor patrimonial de € 32,68; Verba cinco – prédio rústico, composto de cultura, vinha, oliveiras e tanchas, sito em Barro, na dita freguesia da Batalha, com a área de dois mil e trezentos metros quadrados, a confrontar de norte com caminho, de sul com ribeiro, de nascente com Amílcar Monteiro Guerra e de poente com António Oliveira Zuquete herds e outros, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 8.611, com o valor patrimonial de € 38,47. Que adquiriram os identificados prédios e direitos prediais, no ano de mil novecentos e sessenta por doação verbal de João Maria da Costa e Maria da silva Trovão, pais do marido, residentes que foram no lugar de Quinta do Sobrado, Batalha, sem que no entanto ficassem a dispor de títulos formais para proceder ao registo, mas desde logo entraram na posse e fruição dos mesmos. Que em consequência daquela doação verbal, possuem os identificados prédios, em nome próprio, há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram os referidos bens, por usucapião. Batalha, vinte de Abril de dois mil e doze. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes

Jornal da Batalha, ed. 262, de 21 de Maio de 2012

Oração REZE nove Ave-Marias durante nove dias, peça três desejos, um de negócios e dois impossíveis. Ao nono dia publique este aviso e cumprir-se-ão mesmo que não acredite. C.S.

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do Jornal da Batalha

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Maria Isabel Magalhães Castanheira Azevedo 50 anos 11.11.1961 - 10.05.2012 Pinheiros – Batalha

Seu marido: José Augusto Azevedo, filhos: Daniella e Alexandre Azevedo e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Serviço fúnebre completo Trasladações e Cremações Serviços de documentação ADSE, Segurança Social, Estrangeiro Funeral Social Micael Cantanhede 912 331 162 Paulo Pragosa 916 002 216 Marinha Grande | Batalha/São Jorge

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E-mail: fune_santosematias@sapo.pt

Estrada de Fátima, nº 10 B - 2440-100 Batalha


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Batalha Saúde

maio 2012

Jornal da Batalha

Saúde

É hora de ouvir o coração m Maio é o mês do coração. Confira alguns conselhos para prevenir as doenças cardiovasculares

Doenças como acidente vascular cerebral e enfarte do miocárdio são a principal causa de morte em Portugal. Prevenir começa em

si. Comece já a cuidar do seu coração. Evite as doenças: prevenir é a solução. Muitos dos fatores de risco associados às doenças coronárias são evitáveis com alimentação e hábitos de vida saudáveis. Conheça alguns fatores de risco e comece já a prevenir e a cuidar do seu coração: quanto mais elevada a tensão arterial, maior o risco de sofrer de doenças do coração; a mortalidade devida a doen-

ças coronárias é cerca de 70% mais elevada para os fumadores; ter o colesterol elevado, nomeadamente o LDL (o chamado “mau colesterol”), está associado a um maior risco de doenças do coração como o enfarte; cerca de 70 a 80% das mortes em pacientes com diabetes deve-se a doenças cardiovasculares; as pessoas obesas com menos de 50 anos apresentam um risco duas vezes superior

de vir a sofrer de doenças cardiovasculares face às pessoas com um peso normal. Dor no peito que pode passar para os ombros, pescoço ou braços, acompanhada de fraqueza, suores frios, náuseas ou falta de ar são sinais de alarme relacionados com as doenças do coração. Se estes sintomas persistirem por mais de 15 minutos, e para prevenir complicações mais graves, dirija-se às urgências hospitalares ou ligue para o 112 que poderá ativar a chamada “ Via Verde Coronária ”, um serviço coordenado pelo Instituto Nacional de Emergência Médica

(INEM). Mudar de hábitos para afastar as doenças O controlo dos fatores de risco associados a doenças coronárias reduz, por exemplo, a frequência das crises de angina nos pacientes que já sofrem deste mal e permite prevenir o aparecimento de outros problemas. O tabaco aumenta o risco de aterosclerose e do número de mortes por doenças do coração, em particular, por enfarte do miocárdio. Para prevenir, deixe de fumar. Uma alimentação demasiado rica em calorias, gorduras de origem animal,

colesterol e sal está associada a um maior risco de doenças coronárias. Prevenir estas doenças exige hábitos saudáveis à mesa. Fazer exercício regularmente previne o desenvolvimento de doenças do coração, pois reduz o risco de ter hipertensão arterial, colesterol elevado, excesso de peso e diabetes de tipo 2. O colesterol LDL (ou “mau” colesterol”) pode depositar-se nas paredes das artérias e contribuir para o desenvolvimento de doenças como a aterosclerose. Recorre-se à medicação para reduzi-lo, nomeadamente estatinas. In www.deco.pt

s registo O controlo dos factores de risco associados a doenças coronárias reduz, por exemplo, a frequência das crises de angina nos pacientes que já sofrem deste mal e permite prevenir o aparecimento de outros problemas. Saúde – Contactos Unidade de Saúde Familiar Condestável - Batalha Tel.: 244 769 920 Extensão de saúde do Reguengo do Fétal Tel.: 244 705 146 Extensão de saúde de S. Mamede Tel.: 244 704 354 Centro Hospitalar N.ª Sra. da Conceição - Brancas Tel.: 244 769 430


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maio 2012

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