JORNAL DA BATALHA EDICAO DE JUNHO DE 2021

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| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXX Nº 371 | JUNHO DE 2021 |

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Misericórdia inaugura residência para idosos já com lista de espera W pág. 24

Comprar habitação 2 custa 699 euros/m W pág. 16

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Balança comercial com saldo superior a 2,5 milhões de euros

Avança desconfinamento apenas com um caso ativo

Um movimento e quatro partidos na corrida autárquica

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PORTE PAGO


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Jornal da Batalha

Espaço Público s A Opinião de André Loureiro

Afinal está um elefante no meio da sala? “Está um elefante no meio da sala” é uma popular expressão metafórica usada para referir realidades ou problemas que, de tão evidentes, não podem ser ignorados. A expressão é frequentemente usada com ironia, nomeadamente quando a realidade é intencional ou desleixadamente ignorada por quem não tem interesse em notá-la e valorizá-la, ou pretende esconder uma verdade inconveniente. Esta imagem retórica assenta como uma luva na anunciada candidatura independente liderada pelo deputado socialista Raul Castro, que no seu mais recente anúncio e formato procura vincar ainda mais a boa nova da ausência de dependência da política e liberdade face aos par-

tidos. Este exercício protagonizado por tão ilustres personalidades ditas apolíticas e que decidiram voltar à nossa terra, numa abordagem que os livros de marketing político referem como “oportunismo” estratégico e assenta na ideia simples que, em política, ser-se independente é um mais. Não é; é legítimo, mas não é um mais. António Lobo Xavier, José Pacheco Pereira, António Costa, Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes, e tantos outros comentadores ou ex-comentadores que são, nos media, opinião publicada, e, por isso, elemento decisivo na formação da opinião pública, são militantes com cartão partidário. Sabe-se, exatamente, donde vêm e que projeto

político propõem. E por isso ouvimo-los - a eles e à sua circunstância. Os outros, ditos independentes e que agora surgem na política, às dezenas, quase todos ex-políticos ou zangados com os partidos que os elegeram no passado, surgem agora com a ilusão de que os eleitores não têm memória dos interesses que representam e cargos de poder que desempenham ou desempenharam no passado. Todos sabemos que a ideia subjacente à aceitação de candidaturas de independentes foi a de alargar a participação eleitoral a cidadãos que, sem m i l itâ ncia pa r t idá r ia , pretendessem participar nos atos eleitorais locais, pondo fim ao monopólio dos partidos. A ideia era

boa e a sua consagração na Constituição e na lei recebeu aplauso praticamente geral. O que, porventura, não se previu foi um efeito colateral desta abertura que consistiu no aparecimento de candidaturas não de independentes, mas de militantes que não conseguiram o apoio do partido a que estavam ligados ou, como parece ser a situação que conhecemos na nossa terra, os ditos independentes não querem ser fiscalizados pelos órgãos e militantes partidários, entidades que desdenham, mas não recusaram no passado recente. São opções respeitáveis, embora surpreenda quando se trata de personalidades que acumulam vários cargos de eleição ou nomeação a

reboque dos partidos e de diferentes áreas políticas. Má consciência ou “posicionamento” estratégico, dizem também por aí. No entanto, confesso a enorme dificuldade em compreender esta abordagem que pretende ser inovadora, dinâmica e transparente, sendo ao mesmo tempo apresentada por protagonistas que há mais de quatro décadas acumulam benefícios da democracia dos partidos em várias funções públicas. Dito isto, estamos cientes de que a vida partidária está longe de ser exemplar e que as escolhas dos partidos nem sempre parecem ser as mais razoáveis para quem observa. Mas uma certeza todos temos, quando tal sucede, os partidos são penalizados

Presidente do PSD Batalha

e a democracia funciona nos diferentes partidos da esquerda à direita. Afinal está mesmo “um elefante no meio da sala”, que todos já vislumbramos e apenas alguns procuram esconder a todo o custo. Será que conseguem? Cabe a cada um de nós decidir.

s A Opinião de Dário Florindo Coordenador Financeiro do Núcleo Territorial de Leiria da Iniciativa Liberal

Obras públicas em ano de eleições Nas últimas décadas assistimos a um investimento significativo (e necessário) – quase exclusivamente através de fundos comunitários – em infraestruturas básicas de saneamento, abastecimento de água, rede elétrica, equipamentos culturais, de saúde e educação. O papel das autarquias foi neste aspeto, determinante neste movimento de modernização do país, mas não isento de críticas. Com maior ou menor impacto foram-se multiplicando (sobretudo em ano de eleições) fenómenos de investimentos, muitos deles prometidos qautro anos antes, mas não raras vezes redundantes quer seja via proximidade geográfica com outros equi-

pamentos semelhantes, quer seja pela inadequação ao território e às verdadeiras necessidades das populações locais. E depois vem a festa! Cortam-se fitas, desatam-se bandeiras e erguem-se as vozes ao vento - ou como agora é mais comum, fazem-se publicações diárias nas diversas redes sociais - afirmando que o autarca de determinado município é o mestre do desenvolvimento do território, o único capaz de levar o concelho rumo ao sucesso…sem ele nada nos faltará! Este foi o rumo das últimas décadas. Importa agora perguntar o que falta para acabar de construir o que ainda não foi feito: mais betão ou uma

prosperidade realista? Acorda Batalha! Da descentralização de competências à confiança na governação local A transferência de competências para as autarquias locais e o reforço da sua autonomia deve ser encarado como uma oportunidade única, mas exige um esforço não apenas em termos técnicos, mas também de recursos humanos e financeiros, e a necessária articulação como agentes do sector privado, social e demais estruturas intermunicipais. Não importa, ao Município da Batalha assumir-se como piloto em todas as iniciativas de descentralização, da saúde à educação, se não conseguir assumir as

responsabilidades atribuídas. Como o exemplo de outros países europeus, será necessário prosseguir um caminho de aperfeiçoamento da autonomia local, no sentido de gerar vantagens significativas na tomada de decisão, implementação e avaliação das políticas publicas locais. Em democracia, um correto processo de descentralização de competências não deve criar suspeitas sob esquemas de favorecimento e uma constante campanha política de anúncios vazios. Espera-se antes um modelo de decisão transparente, do Município da Batalha para todos o batalhenses, que permita uma melhor relação custo-be-

nefício e um maior envolvimento e participação dos cidadãos na esfera da decisão política. Perante a reorientação das exigências dos cidadãos, que esperam uma resposta eficaz que promova o crescimento económico e dê suporte às questões do envelhecimento da população, o sector público passará progressivamente a estar mais vocacionado para as funções de planeamento, coordenação, auditoria, fiscalização e controlo das atividades executadas por terceiros. Em simultâneo também o perfil dos dirigentes políticos das autarquias está destinado a mudar: menos mestres de obras e mais competências analíticas e fi-

nanceiras e sensibilidade socioambiental. Porque pa ra mud a r rumo a uma verdadeira autonomia local, não é possível continuar a aceitar nem os atores que sonham em imortalizar-se no poder nem aqueles que trocam de cadeiras em função da direção do vento. Os batalhenses merecem mais.


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Espaço Público Opinião

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s A Opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Novas competências para os municípios Nos últimos tempos temos ouvido falar com mais frequência na transferência de novas competências para os municípios, oriundas do Estado central, com especial ênfase nos sectores da saúde e da ação social. Estas são inquestionavelmente duas áreas muito importantes e de uma influência extrema na qualidade de vida dos cidadãos. Tendo em consideração esta importância, a sua gestão deve ser muito especializada e competente, e completamente afastada de interesses eleitorais ou partidários. Só assim haverá lugar a decisões equilibradas qualitativa e quantitativamente. Os equipamentos modernos e muito agradáveis à vista são importantes. Mas muito mais importante do que os

equipamentos são os recursos humanos alocados aos projetos, no caso, médicos, enfermeiros, pessoal administrativo e auxiliar, psicólogos, assistentes sociais, etc. A boa formação, os equipamentos móveis e especialmente a elevada formação e motivação destes profissionais é de longe mais importante do que um qualquer novo centro de saúde. Não quero com isto dizer que os equipamentos novos ou rejuvenescidos, não sejam importantes, só que, em primeiro lugar estarão os outros aspetos e só depois os edifícios. Se for possível dar os dois passos em simultâneo, então, tanto melhor. Mas temos que ter consciência de que na maioria das vezes tal não será possível. O que não faz mesmo qual-

quer sentido é investir milhões em novos edifícios, por via da receção de novas competências, alocando verbas substanciais do orçamento municipal para resolver competências que são do Estado central, como acontece com demasiada frequência. Pior ainda é quando isto acontece e pouco tempo depois chove em salas de aula e não se resolve o problema com a celeridade que o assunto merecia. Estando a nova competência já na dependência de uma autarquia. Algumas competências do Estado devem estar o mais próximo possível de quem usufrui delas, ou seja, os cidadãos. Se a decisão estiver mais próxima, a probabilidade de ser mais barata e de chegar mais cedo aos destinatários, será maior do

que se for um qualquer gabinete em Lisboa a gerir essa competência. Mas desde que quem tem a competência delegada faça bem o que tem de fazer. Preocupe-se em gastar o mínimo possível, com o máximo de aproveitamento para os cidadãos. Isto é fazer bem a política, em que o que é importante é resolver bem os problemas dos cidadãos ao mais baixo custo, sob o permanente e constante controlo dos cidadãos através das entidades competentes, nomeadamente a IGF - Inspeção Geral de Financas, Tribunal de Contas, etc. Temos vindo a ouvir frequentemente que vem aí a “bazuca”, com muitos milhões de euros da União Europeia para gastar, pelo Estado central, pelos municípios, pelas universidades e

politécnicos e também pelas empresas. O Estado central vai também aproveitando este tema para transferir mais umas quantas competências para os municípios. Não vem daí qualquer mal, se a preocupação dos intervenientes for tão só a de fazer o melhor pelos cidadãos, ao melhor preço. Temo que nem sempre assim seja e que se compre gato por lebre, com custos futuros irreparáveis para os municípios. Espero que a competência dos negociadores seja superior à enorme vontade de uma fotografia para colocar nas redes sociais, a qualquer preço. Não nos esqueçamos que esta década será excecional no que toca a apoios comunitários e que provavelmente nunca mais haverá disponi-

bilidade da UE para apoiar os países a partir de 2030. Façam-se os investimentos públicos com total parcimónia e competência, sob pena de se colocar em causa definitivamente o desenvolvimento do país e claro dos municípios, com enormes custos para as gerações vindouras, que nunca nos perdoarão se deixarmos para elas um país pior do que aquele que encontrámos.

s Tesouros da Música Portuguesa João Pedro Matos

Rão Kyao, o fado e o jazz Rão Kyao é um músico português bem conhecido pelas suas influências da música indiana e do Jazz. A propósito, ele tem um novo álbum, intitulado Um Português Homenageia Gandhi e constitui, tal como o nome indica, um sentido tributo a um dos maiores vultos espirituais do século XX. A carreira do músico iniciou-se em 1965, marcadamente inspirada pelo jazz, visto Rão Kyao haver-se revelado como intérprete de saxofone tenor, apenas com dezanove anos de idade. A partir daí surge em sessões do Hot Club de Portugal e, mais tarde, no Whisky Jazz Club de Madrid. Em 1971, participa no Festival Internacional de Jazz de Cascais, mas desde então passa a estudar profunda-

mente a cultura indiana e a sua música, pois considera ser esta uma das fontes da música tradicional portuguesa pela relação que manteve com a nossa cultura através do território ultramarino de Goa. A música da União Indiana depressa tornou-se numa paixão e, anos mais tarde, em discos como Estrada da Luz ou Oásis, converteu Rão Kyao num fenómeno em termos comerciais. Todavia, seria o jazz em contato com o fado que constituiria o seu primeiro êxito junto do grande público: no álbum Fado Bailado cujo sucesso mereceu ser o primeiro disco de platina atribuído em termos de vendas no nosso país. Fado Bailado, é um disco de jazz? Ou é um disco de fado? Não é simplesmente

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 856 A) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, André Loureiro, António Caseiro, António Lucas,

um disco de fado e os mais puristas do jazz podem torcer o nariz ao que resulta deste encontro, por talvez esperarem outros voos de improviso. A realidade é que Rão Kyao neste trabalho tem a preocupação de respeitar a tradição fadista, a tal ponto que faz questão de fazer-se acompanhar por dois nomes maiores do fado: António Chainho, na guitarra portuguesa e José Maria Nóbrega, na viola e viola baixo. O saxofone de Rão Kyao também improvisa, mas ele é principalmente uma voz que canta o fado, uma voz afim à de um Alfredo Marceneiro ou de uma Amália. Aliás, não é por acaso que o tema que abre o disco e lhe dá nome, Fado Bailado, é da autoria de Alfredo Marceneiro, e também não admira

Augusto Neves, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

que Rão Kyao dedique esta mesma faixa a Amália Rodrigues. Onde mais improvisa é nos temas que são da autoria do próprio Rão Kyao: Dedicatória e Contemplação. Este último tem o claro contributo do produtor, Luís Pedro Fonseca, um homem que vem de universos musicais exteriores ao do fado, oriundo de grupos como os Salada de Frutas. Fado Bailado é um disco de um músico de jazz, isso parece incontestável. Mas também um disco de um homem que tem o mundo todo a correr-lhe nas veias: a tradição indiana, a tradição africana e a universalidade portuguesa. Porque o fado sempre soube expressar essa mesma universalidade, expressar os sentimentos da partida e da saudade, da ausência e do so-

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

nho, da idealidade de estar sempre a caminho rumo ao infinito. Mas continua a ser um disco de jazz, pois é de alguém que assinou trabalhos tão fundamentais como Malpertuis, este considerado o primeiro álbum de jazz editado por um músico português. Não devemos ignorar que Rão Kyao tocou ao lado de personalidades míticas do jazz, tais como Dexter Gordon ou Don Byas. E fez uma importante carreira internacional, participando em festivais de jazz como o Festival de Música Jazz Yatra, em Bombaim, na Índia, onde integrou a Big Band de Clark Terry. E tocou no estrangeiro um pouco por toda a parte, atuando em países como o Japão, Dinamarca, França e Canadá, entre outros.

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares

Mas, até hoje, o fado constitui uma das referências incontornáveis para Rão Kyao, e estabelece a proximidade da música oriental com a nossa música tradicional. E mesmo quando a flauta Bansuri é o seu instrumento de eleição, em detrimento do saxofone, o fado permanece omnipresente, talvez por a música ser expressão do espírito universal, tal como Rão Kyao aprendeu com o mestre Raghunath Seth.

Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.

O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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Atualidade

Garante líder do Batalha é de Todos: “Vamos fazer melhor do que está a ser feito” m O candidato à assembleia municipal é Joaquim Ruivo, diretor do Mosteiro O “movimento independente Batalha é de Todos”, liderado por Raul Castro, apresentou no dia 28 de maio o mandatário da candidatura e o cabeça de lista à assembleia municipal, numa sessão que decorreu no Reguengo do Fetal. O mandatário da candidatura é António Lucas, presidente da autarquia da Batalha entre 1997 e 2013. O cabeça de lista à assembleia municipal é Joaquim Ruivo, diretor do Mosteiro da Batalha. O candidato à câmara municipal, como já era público, é Raul Castro, que conduziu os destinos do município nos anos 90. Na apresentação, António Lucas destacou o facto de esta candidatura “ser verdadeiramente independente,

p António Lucas, Raul Castro e Joaquim Ruivo uma vez que agrega representantes de todas as forças políticas”. “O nosso partido é a Batalha. Somos cidadãos com militância ativa e é isso que nos move. Queremos voltar a aproximar a au-

tarquia dos munícipes, com disponibilidade constante e permanente para ouvir os cidadãos, e alterar o paradigma dos dois últimos mandatos, de uma gestão autocrática e centrada em alguém. O

Raul Castro já deu provas de que sabe descomplicar e resolver os problemas”, disse. Joaquim Ruivo, por sua vez, sublinhou que tem uma ligação de 25 anos com a Batalha, em que manteve uma

“militância cívica pela cultura e património”. “Ao longo deste tempo, pude testemunhar a qualidade da ação do Raul Castro e do António Lucas em prol da Batalha e da sua população. O Raul Cas-

tro fez a diferença quando foi presidente e vai voltar a fazer a diferença”, considerou. Na sua intervenção, Raul Castro explicou que este movimento independente “surgiu de um conjunto de vontades, de pessoas de vários quadrantes, que se articularam para devolver a Batalha aos batalhenses”. “São pessoas que não querem uma carreira política, mas que querem estar mais perto dos munícipes”, frisou. Defendendo uma campanha eleitoral com “debate de ideias para a Batalha” e sem respostas a “provocações”, o candidato garantiu que esta “é uma candidatura para ganhar”. “Estamos todos aqui para desempenhar uma missão cívica e disponíveis para darmos o melhor de nós mesmos, em equipa. Sabemos o que é preciso fazer; não sabemos se podemos fazer tudo o que queremos, mas vamos fazer melhor do que está a ser feito”.

Chega candidata Sara Santos à liderança do município

p Sara Santos A candidata do Chega, Sara Santos, “apresenta a candidatura para fazer uma rutura com os vícios patentes nesta câmara”, pois “há anos que a Batalha é governada pelos mesmos, onde para alguns a burocracia não existe e para outros é-lhes imposta uma série de obstáculos dificultan-

p Bruno Oliveira do-lhes a vida, onde uns podem fazer tudo e outros nada”. “O principal objetivo” da candidatura “é melhorar a vida dos batalhenses, nomeadamente eliminar drasticamente a burocracia vivida nesta câmara”. “Nos últimos anos, a proximidade para com a popu-

lação do concelho nunca foi uma prioridade”, adianta a médica veterinária, de 31 anos, residente na Batalha, que “também tem como objetivo apoiar e incentivar o empreendedorismo no concelho, nomeadamente apoiar o crescimento do turismo, incentivar os empresários locais e apoiar as

p Edmundo Caetano ideias dos jovens empresários”. “Queremos que seja um concelho em que as famílias gostem e sintam orgulho em viver”, refere Sara Santos, acrescentando que o “Concelho da Batalha é o povo e será tanto mais desenvolvido quanto maior a diversidade de pensamen-

p José Bento to e da opinião de todos nós”. Na sua opinião, “um autarca tem o dever de ouvir os seus munícipes para poder resolver os problemas concretos do concelho”. Para já foram também anunciados os candidatos à assembleia municipal (Edmundo Caetano) e às jun-

tas de freguesia da Batalha (José Bento) e do Reguengo do Fetal (Bruno Oliveira). A candidatura de Sara Santos foi conhecida no dia 9 de junho, em Leiria, na apresentação de candidatos autárquicos do Chega no distrito, com a presença do líder do partido, André Ventura.


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Atualidade Batalha

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Afirma o candidato social-democrata: “Nós não precisamos de mudar de personalidade” m “Os próximos tempos exigem projetos capazes, equipas competentes e com capacidade de realização para solucionar os problemas das pessoas”, diz Paulo Batista Santos O atual presidente e recandidato do PSD à Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, afirmou na sessão de apresentação da candidatura que está na corrida para “vencer com muita determinação, coragem, respeito e dignidade”. O candidato fez um profundo “agradecimento aos profissionais da saúde, forças de segurança, empresários, comerciantes, professores, bombeiros, funcionários

municipais e voluntários sociais que ao longo do último ano ajudaram o concelho da Batalha a superar as exigências de uma crise pandémica sem paralelo recente”. “A todas e a todos deixo o nosso muito obrigado e profundo reconhecimento pelo bem que fizeram ao concelho da Batalha”, afirmou Paulo Batista Santos na sessão, que decorreu no dia 21 de maio, no Centro de Exposições da Batalha. O cabeça de lista dos social democratas deixou um apelo: “passem esta mensagem de ambição e de vontade de fazer melhor pela a nossa terra. Passem a mensagem que nós não precisamos de mudar de personalidade: estamos na mesma! Gostamos do que somos! Somos Batalha” [referência ao slogan escolhido para a campanha au-

tárquica]. Para o candidato à Câmara da Batalha, “o projeto que lidera é, antes de mais, uma ambição coletiva que procura valorizar o capital humano e imaterial (cultural e sociológico) da história do concelho”, que pretende “apostar mais na promoção turística, na modernidade da tecnologia e da indústria para construir uma comunidade cada vez mais colaborativa”. “Os próximos tempos exigem projetos capazes, equipas competentes e com capacidade de realização para solucionar os problemas das pessoas: o emprego, a habitação, a saúde, a mobilidade, a educação, a cultura, a sobrevivência dos espaços rurais”, acrescentou Paulo Batista Santos. Em termos de propostas, a candidatura fala em “criar

p Paulo Batista Santos recandidata-se pelo PSD uma agenda mobilizadora e elegível aos apoios do Compete e Plano de Recuperação e Resiliência para as áreas mais dinâmicas do concelho,

como o turismo, as indústrias da cerâmica, do plástico e moldes, da construção civil e ainda da agroindústria” e desenvolver um

“ programa de revitalização dos centros cívicos das freguesias e de apoio ao comércio tradicional”, entre outras propostas.

CDS revela candidatos às freguesias

Iniciativa Liberal concorre para “alterar o modo de governar”

O CDS também apresentou nas últimas semanas os candidatos a três das freguesias do concelho, nas próximas eleições autárquicas, sob o lema “A alternativa somos nós”. O candidato à assembleia municipal é Francisco Coutinho, 70 anos, professor universitário. Este antigo presidente do Município da Batalha “propõe-se continuar a ser a voz crítica e construtiva, tal como tem sido no atual mandato, sempre com a única intenção de defender e promover o que é melhor para a Batalha e para todos os batalhenses”. O técnico de mecatrónica, Samuel Moniz, 34 anos, é o candidato à junta da Golpilheira, com “a convicção que pode fazer a diferença e trazer o dinamismo que falta a esta freguesia”. Já Diana Felgueiras, 30 anos, gestora de património, é a candidata em Re-

O partido Iniciativa Liberal concorre às eleições autárquicas no Concelho da Batalha e vai apresentar, a 27 de junho, Dário Florindo como cabeça-de-lista à câmara municipal e Ricardo Vala como candidato à assembleia municipal. “Confiantes na necessidade de uma alteração no modo de governar localmente, o partido Iniciativa Liberal apresenta-se com o objetivo de devolver o poder às pessoas e dar-lhes condições para fazerem mais por si próprias e pelo seu concelho”, refere a candidatura em comunicado. “Este programa assenta em pilares como a transparência da governação, o crescimento e o desenvolvimento económico do município, a capacitação e a melhoria das condições de saúde no concelho e o desenvolvimento de uma política de proximidade”, adianta. “Os batalhenses são um povo orgulhoso do seu esforço e da sua história. Que-

p Diana Felgueiras

p Fernando Bastos

p Francisco Coutinho

p Samuel Moniz

guengo do Fetal. “É a mais nova candidata de sempre! Fiel às suas raízes e conhecedora por isso das lacunas da freguesia, propõe-se enfrentar este novo desafio com a determinação que lhe é característica”, refere o partido. À junta da Batalha can-

didata-se Fernando Bastos, 54 anos, enfermeiro e comandante do Quadro de Honra dos Bombeiros da Batalha. “Habituado a servir e a ajudar os outros, propõe-se a fazer o mesmo em benefício de toda a comunidade da Batalha”.

rem um município orientado para o futuro, com decisões transparentes, com menos taxas, com menos burocracias, com menos propaganda política e mais e melhores cuidados de saúde, mais prosperidade e oportunidades de negócio, um turismo mais forte e um município com uma visão estratégica a longo prazo, capaz de responder aos desafios climáticos e tecnológicos, com projetos que tragam valor acrescentado e que permitam gastar melhor os nossos impostos. Enfim um município orientado para a melhoria da qualidade de vida dos batalhenses”, afirma Dario

p Dário Florindo

Florindo, residente em São Mamede. Para Ricardo Vala, “deve ser função da assembleia municipal fiscalizar a ação governativa da câmara, garantindo aos cidadãos do nosso concelho a liberdade para realizar o seu projeto de vida”. “Para tal, comprometo-me com as minhas decisões, garantir que a câmara será um agente facilitador e não um obstáculo na vida dos munícipes. Além disso, quero provar a todos os nossos eleitores, incluindo os mais jovens, que a Iniciativa Liberal é o verdadeiro projeto político alternativo, sério, e que veio para ficar”.

p Ricardo Vala


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Opinião s Baú da Memória

Descobrimentos, Museus e a Língua Portuguesa (IV) Enquanto se tenta desvirtuar, perante o silêncio inexplicável das entidades oficiais e dos políticos, o sentido de um futuro Museu dos Descobrimentos que, como tenho repetido, devia ser sobretudo uma forma de explicar como um pequeno povo, na altura de

pouco mais de um milhão de almas, alcançou a primazia de descobrir meio mundo, de revolucionar a navegação, de obter conhecimentos, invulgares na altura, de astronomia, de espalhar e de alcançar culturas, um outro Museu, o da Língua Portuguesa, continua à espera

que governos e academias se decidam a levá-lo avante na pátria que a criou. Infelizmente este desleixo não se refere apenas à fundação do Museu mas essencialmente à destruição do Idioma cada vez mais minado pelos termos ingleses, na maior parte desnecessários.

Vejamos dois: shopping e task force. Shopping devia ser rapidamente substituído por Centro Comercial e task force por Comissão Executiva, Força de Acção, Comando. Continuo sem entender como foi possível chegarmos a esta situação que de forma alguma prestigia

José Travaços Santos

as entidades oficiais e as academias. Situação que é enxovalhante para o Povo Português. A ilustrar este breve apontamento reproduzo uma possível imagem do Padre António Vieira, a que Fernando Pessoa chamava o Imperador da Língua Portuguesa.

s Espaço do Museu

D. Filipa de Lencastre, a mãe da Ínclita Geração

“Atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher”: determina o ditado popular. É precisamente a uma grande mulher que dedicamos este artigo. D. Filipa de Lencastre, rainha consorte, esposa de D. João I, recordando a importância de uma figura incontornável na História de Portugal Philippa of Lancaster nasceu em Leicester, Inglaterra, a 31 de março de 1360.

Era neta do rei de Inglaterra, Eduardo III e de Filipa de Hainault. Casou aos 27 anos, uma idade considerada avançada para um casamento com um monarca. Esta não foi, porém, razão para que o povo português não a acarinhasse e a aceitasse como sua soberana. O matrimónio celebrou-se a 2 de fevereiro de 1387, na cidade do Porto, tendo sido festejado durante cerca de 15 dias em todo o

território nacional. Com o enlace, reforçaram-se as relações diplomáticas entre Portugal e Inglaterra, criando uma das mais antigas alianças entre nações que se conhece. Mulher de moral, de cultura e de fé, teve um papel preponderante junto do rei como conselheira de Estado. Vários foram os assuntos onde terá intervindo junto de D. João I, nomeadamente no Tratado de Paz

com Castela, em 1411, e na expedição a Ceuta, em 1415. A exímia educação que dedicou aos seus filhos deu origem à criação de notáveis personalidades de grande destaque na sociedade, nomeadamente D. Duarte, D. Henrique, D. Fernando, D. Pedro, D. João e D. Isabel. O poeta Luís de Camões descreveu-os como a “Ínclita Geração”, no Canto IV de “Os Lusíadas”.

Apesar de terem sido cuidados por amas e aios, os infantes viveram integrados na Corte, convivendo assiduamente com os monarcas, constituindo assim uma família real devota, virtuosa e unida. D. Filipa de Lencastre faleceu vítima de peste, em Odivelas, a 19 de julho de 1415. Quando ainda estava doente, manteve os filhos mais velhos junto de si, afastando os mais jovens por temer o risco de contágio. Armou, simbolicamente, os mais velhos de cavaleiros em Cristo. Para tal, terá solicitado uma cruz em madeira, quebrando-a pelos seus quatro braços e atribuindo cada parte aos filhos D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique. A última parte da cruz ficou destinada ao rei D. João I. O corpo da rainha foi trasladado, em 1416, para o Mosteiro da Batalha, tendo ficado primeiramente na Capela-Mor da Igreja até à conclusão da Capela do Fundador, onde passou a integrar o túmulo conjugal com D. João I. Trata-se da primeira arca tumular do género em Portugal. O túmulo assenta em leões e sobre ele erguem-se as estátuas jacentes dos monarcas, cobertas por dois baldaquinos simbolizando

grandeza e devoção. D. Filipa está representada com a sua coroa, vestindo túnica cintada e uma capa ricamente ornamentada. Na mão esquerda segura um livro, símbolo das suas leituras religiosas - por ser uma mulher de fé - e profanas, devido à sua elevada cultura. Está representada com um rosto jovem apesar de ter falecido em idade madura. Apresenta-se de mão dada com o rei D. João I, simbolizando a união entre o casal e as boas relações entre as coroas portuguesa e inglesa. Nesta singela homenagem que dedicamos a D. Filipa de Lencastre, deixamos também o convite à visita do túmulo que é a maior arca gótica quatrocentista em Portugal, e toda a envolvente arquitetónica da Capela do Fundador, cujo requinte do traço se deve ao Mestre Huguet. Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)

Fontes: COELHO, Maria Helena da Cruz: D. Filipa de Lencastre – A Rainha Inglesa; Academia Portuguesa da História. 2011 COELHO, Maria Helena da Cruz: D. João I O da Boa Memória; Academia Portuguesa da História. 2009 Fonte web: www. mosteirodabatalha.gov.pt



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Misericórdia inaugura residência para idosos já com lista de espera m Após um investimento de 1,6 milhões de euros. Instituição está a trabalhar no sentido de minimizar o endividamento A Santa Casa da Misericórdia da Batalha inaugurou no dia 5 de junho a Residência para Idosos Nossa Senhora da Vitória, nas Brancas, após um investimento de 1,6 milhões de euros. A cerimónia de inauguração da ERPI [estrutura residencial para pessoas idosas] contou com a presença da secretária de Estado da Ação Social, Rita da Cunha Mendes, e do presidente do município, Paulo Batista Santos, e tem capacidade até 30 utentes. Para ajudar a financiar a obra, a instituição concorreu ao PARES [Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais], mas ainda não obteve uma decisão. No entanto, contou com “apoios do programa Centro 2020, do município (120 mil euros) e da Caixa de Crédito Agrícola da Batalha. No total são na ordem dos 500 mil euros, mas não chegam. Estamos a fazer esforços no sentido de minimizar o endividamento”, explicou o provedor da Misericórdia, Carlos Agostinho. A residência situa-se paredes meias com a unidade de cuidados continuados do Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição, “tendo uma ligação física”. Na perspetiva do provedor, a ERPI “beneficia da unidade hospitalar. É um lar com uma vocação reabilitativa forte, beneficiando das sinergias do centro de reabilitação e das equipas clínica e de enfermagem que dispomos no centro hospitalar”. As restrições provocadas pela Covid-19 impossibilitaram a participação da comunidade, “como era desejo dos órgãos da instituição”. “Numa cerimónia simples que ocorreu dentro do edifício, o presidente da

assembleia geral, António Lucas, e o provedor, “solicitaram a celebração de acordo com a Segurança Social para apoio aos futuros residentes, de modo a tornar a ERPI mais acessível para as famílias com maiores dificuldades económicas”. Segundo uma nota da Misericórdia, “a secretária de Estado ficou sensível a este apelo, manifestando total abertura para o apoio às novas respostas sociais” e também “acolheu com entusiasmo o pedido do provedor para a abertura de uma Unidade de Dia e de Promoção

da Autonomia”. A ERPI entrou em funcionamento no dia 7 de junho, “com a capacidade esgotada e lista de espera” e a visita das ministras da Saúde, Marta Temido, e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho. A visita assinalou o 15º aniversário da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), da qual faz parte a unidade da Batalha desde 2007. A RNCCI foi criada em 2006 e resulta de uma parceria entre os Ministérios do Trabalho

Solidariedade e Segurança Social e da Saúde, com os objetivo de prestar cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência. Na ocasião, Carlos Agostinho disse que a Misericórdia está “disponível para outros projetos que ambiciona”, reforçando a intenção de criar uma Unidade de Dia e Promoção da Autonomia, “projeto candidatado à Administração Regional de Saúde há dois, três anos”, e de “redes-

cobrir a vocação do início deste projeto, durante muitos anos o hospital psiquiátrico de Leiria”. “Nos cuidados continuados entram todos os dias doentes que precisam de cuidar da saúde mental. Nesse sentido, estamos disponíveis para redescobrir essa vocação. Para podermos estar ao serviço dos cuidados de saúde ao domicílio na área da saúde mental e também na área reabilitativa”, explicou o provedor. Além da ERPI, a Misericórdia dispõe das valências de apoio domiciliário,

centro de dia, casa de apoio a vítimas de violência doméstica, cantina social e programa de distribuição de alimentos a famílias carenciadas, e fornece refeições nos estabelecimentos do pré-escolar e 1º ciclo do concelho. O Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição possui uma unidade de cuidados continuados, uma unidade de medicina e reabilitação e outra de radiologia, além de análises clínicas. No total, tem 155 trabalhadores e 30 prestadores de saúde externos.


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Pandemia

Concelho mantém vítimas e regista apenas um caso ativo Foto: icsilviu © Pixabay

Pombal (3.378) e Alcobaça (2.999) apresentam o maior número de pessoas infetadas desde março de 2020. Entretanto, no dia 10 de junho Portugal continental apresentava uma incidência 70,6 novos casos de Covid-19 por cem mil habitantes e um índice de transmissibilidade (Rt) de 1,08. Quatro concelhos não avançaram no desconfinamento: Braga, Lisboa, Odemira e Vale de Cambra, permanecendo com as regras que vigoravam para todo o país desde o dia 1 de maio.

Há dez concelhos em situação de alerta (+ de 120 casos/100 habitantes em regiões de alta densidade ou +240 casos/100 mil habitantes para regiões de baixa densidade): Albufeira, Alcanena, Arruda dos Vinhos, Cascais, Loulé, Paredes de Coura, Santarém, Sertã, Sesimbra e Sintra. O Governo decidiu ainda prolongar a situação de calamidade em Portugal continental até 27 de junho, o nível de resposta a situações de catástrofe mais alto previsto na Lei de Base da Proteção Civil,

que entrou em vigor a 1 de maio e tem sido renovado quinzenalmente. “A situação de Lisboa e Vale do Tejo é preocupante, os números não só têm crescido como há maior abrangência territorial. O que vemos é uma incidência nas camadas mais jovens, não vacinadas, e uma dispersão territorial significativa, o que dificulta uma conclusão sobre a origem dos casos. Muitos destes casos estão associados a surtos”, explicou a ministra ministra do Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Casos da doença confirmados no distrito Município

Casos confirmados Recuperados

Leiria Pombal Caldas da Rainha Peniche Marinha Grande Ansião Figueiró Vinhos Bombarral Alcobaça Porto de Mós Óbidos Batalha Castanheira Pêra Nazaré Alvaiázere Pedrógão Grande Total

7 178 3 378 2 790 1 856 1 973 1 203 448 592 2 999 1 494 622 833 167 723 476 200 26 932

6 966 3 240 2 647 1 795 1 919 1 164 424 566 2 919 1 454 571 813 161 707 455 194 25 995

Casos ativos 46 31 23 13 7 4 4 3 2 2 2 1 1 0 0 0 139

Falecimentos 166 107 120 48 47 35 20 23 78 38 49 19 5 16 21 6 798

Fonte: Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria, municípios e autoridades de saúde/Região de Leiria (11 de junho)

m Em meados do mês de junho havia apenas três municípios do distrito de Leiria com o número de ativos inferior O número de pessoas falecidas no concelho da Batalha com Covid-19 manteve-se em 19 no último mês, segundo o boletim sobre a pandemia divulgado no dia 11 de junho pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS)

de Leiria. No distrito de Leiria já não há concelhos sem registo de falecimentos, apresentando Castanheira de Pera (5) Pedrógão Grande (6), Nazaré (16) e a Batalha os números mais baixos. No caso da Batalha, há ainda a registar a morte de um cidadão natural do município, mas residente no distrito de Aveiro. O concelho de Leiria apresenta o maior número de vítimas mortais (166), seguindo-se Caldas da Rainha (120) e Pombal (107).

No que respeita aos casos ativos, a Batalha apresenta um, havendo três concelhos com números inferiores. O município de Leiria concentra 46 situações, seguindo-se Pombal (31) e Caldas da Rainha (23). Desde o início da pandemia, revistaram-se 833 infetados confirmados no concelho da Batalha. Os municípios de Castanheira de Pera (166), Pedrógão Grande (200) e Figueiró dos Vinhos (448) são os menos afetados. Pelo contrário, Leiria (7.178),

O que mudou As atividades de comércio de retalho alimentar e não alimentar passam a funcionar de acordo com o seu horário de atendimento; Na restauração e equipamentos culturais, os horários de funcionamento passarão a ser até à 1h00, com última hora de admissão às zero horas; Restaurantes, cafés e pastelarias com máximo de 6 pessoas por mesa no interior ou 10 pessoas em esplanadas; Atendimentos públicos desconcentrados (e não se incluem aqui as lojas de cidadão) que prestem atendimento presencial passam a poder ser acedidos sem necessidade de marcação prévia; As lojas de cidadão mantém as regras atuais, com atendimento por marcação; Os eventos de natureza familiar continuam a ter de respeitar uma redução de 50% do espaço utilizado;

A prática desportiva passa a poder ter público, no caso das modalidades amadoras, com lugares marcados e uma restrição de 33% da lotação total. Os transportes coletivos de passageiros devem assegurar, quando existem lugares sentados e em pé, a lotação máxima de 2/3. Mas nos transportes em que não existe a possibilidade de ir em pé, a lotação deixa de ter restrição. Nos táxis ou TVDE [ transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica] o banco de trás deixa de ter limitação de ocupação, já o lugar do “pendura” não pode ser ocupado. São incluídas duas novas regras de testagem, aplicáveis a todo o território continental: As empresas com mais de 150 trabalhadores

no mesmo local de trabalho são obrigadas a fazer testes aos seus trabalhadores; Passa, igualmente, a estar sujeito à realização de testes de diagnóstico de SARS-CoV-2, de acordo com as normas e orientações da DGS, quem pretenda assistir ou participar em eventos natureza cultural, desportiva, corporativa ou familiar, designadamente casamentos e batizados, sempre que o número de participantes exceda o definido pela DGS para efeitos de testagem de participantes em eventos. Deixa de existir a obrigatoriedade de teletrabalho a nível nacional, permanecendo em duas situações: no caso de indivíduos imunodeprimidos; nos quatro concelhos que não avançam no desconfinamento, desde que o teletrabalho seja possível nas atividade em causa.


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Batalha Opinião

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s Fiscalidade

O que deve fazer para beneficiar do programa IVAucher O decreto regulamentar n.º 2-A/2021, de 28 de maio, entrou em vigor em 29/5/2021, veio definir o âmbito e as condições especificas de funcionamento do programa “IVAucher”, onde o Governo prevê gastar €200 milhões, de apoio e estímulo ao consumo nos setores de alojamento, cultura (incluindo as aquisições de livros ou jornais, efetuadas em livrarias, mas não em supermercados) e restauração, muito bom para a economia, altura em que esta está a viver uma fase de viragem e de forte recuperação. São elegíveis para beneficiar do programa os consumidores pessoas singulares que adiram ao programa, mediante aceitação dos respetivos termos de adesão junto da entidade operadora do sistema, ou entidades terceiras autorizadas por esta,

e associem o seu número de identificação fiscal português (NIF) a um cartão de pagamento elegível pela entidade operadora do sistema. Participam no programa os comerciantes sujeitos passivos de IVA com uma das Classificações Portuguesas de Atividades Económicas (CAE) principal identificadas no anexo ao presente decreto regulamentar. A participação no programa “IVAucher»” pelos sujeitos passivos opera: a) De forma automática e sem necessidade de adesão, através da utilização dos Terminais de Pagamento Automático /Point of Sale (TPA/POS), quer sejam da entidade operadora do sistema, ou estejam informaticamente integrados através de Application Programming Interface e b) Mediante aceitação dos

respetivos termos de adesão, por via eletrónica, perante a entidade operadora do sistema por forma a permitir que a utilização do benefício seja efetuada através de pagamento por chave (token) associada a cartão bancário, sem TPA/POS. Os comerciantes podem autorizar, mediante consentimento expresso, a entidade operadora do sistema a validar a designação, o NIF, a morada da sede, o CAE e o IBAN constantes do termo de adesão, junto da AT. A AT, que não acede a nenhum dado de nenhum contribuinte, apura o montante de IVA suportado pelos consumidores aderentes nas suas aquisições realizadas aos sujeitos passivos, através da soma dos montantes de IVA constantes nas faturas emitidas na fase de acumulação de benefício, que lhe são

comunicadas pelos sujeitos passivos emitentes, deduzido do montante de IVA respeitante a faturas anuladas e notas de crédito emitidas. Apenas são consideradas as faturas, anulações de faturas e notas de crédito comunicadas à AT, cujo emitente tenha como CAE principal à data da comunicação um dos CAE identificados no anexo ao presente decreto regulamentar, até ao final do prazo previsto para a comunicação de faturas. Durante os próximos 3 meses, de 1/6/2021 a 31/08/2021, os consumidores vão acumular a totalidade do IVA suportado em compras nos setores de restauração, alojamento e cultura, bastando para tal associar o seu NIF à fatura quando efetuam o pagamento (em dinheiro ou cartão), como já fazem atualmente.

O valor acumulado em IVA será depois verificado, durante o mês de setembro, podendo depois ser deduzido em compras naqueles 3 setores, até ao limite de 50% da despesa, que seja efetuada durante o último trimestre deste ano. Ou seja, o IVA acumulado em refeições na restauração ou em hotéis possa depois, entre outubro e dezembro ser descontado na compra de entradas de espetáculos, festivais de música, cinema ou museus, entre outros eventos culturais, mas será necessário que a compra seja paga com um cartão bancário. A entidade operadora do sistema disponibiliza ao consumidor, no momento do pagamento, informação relativa ao montante suportado pelo Estado e ao montante da conta de benefícios, através da impressão des-

António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ta informação no talão impresso pelo TPA/POS ou equivalente. A AT disponibiliza em tempo real, em aplicação da AT ou no Portal das Finanças, o montante do benefício e respetivos movimentos.

s À Mesa Ana Caseiro Cozinheira

Rochas, pedras, seixos? Na sopa? O “Caldo de Pedra” ficou registado em finais do século XIX pela mão de Teófilo Braga no livro Contos Tradicionais do Povo Português. O protagonista é um frade que convence um lavrador a fazer um caldo com uma pedra apanhada do chão e, para isso, ia pedindo ingredientes como feijão, toucinho, azeite, batatas e enchidos. Esta sopa é uma lição de vida sobre a escassez, entreajuda e partilha. Segunda conta Hélia Costa no boletim informativo Lezíria do Tejo (2003) parece que tudo começou em meados do século XX na vila de Almeirim. Os pais de Hélia Costa tinham uma mercearia e gostavam de conviver com os fornecedores da casa. Num desses almoços Mariana Lurdes Aranha, a avó de Hélia, preparou uma sopa farta para aconchegar o estômago dos amigos antes de seguirem viagem. A sopa

p As irmãs Fátima e Laurinda era robusta, guarnecida com feijão e enchidos e foi desde logo muito apreciada. Na semana seguinte os amigos voltaram a pediram à Ti Mariana, como era carinhosamente tratada, para fazer de novo aquela sopa escura, tão escura como as pedras da rua. Foi esta comparação imaginativa que ajudou a batizar o caldo. Ao fim

de algum tempo a ser comparada com os característicos seixos do rio que preenchem a calçada de algumas ruas da cidade, a sopa foi batizada como “Sopa da Pedra”. Hoje a cidade de Almeirim é um destino turístico e vários restaurantes fazem as suas próprias versões da sopa, tendo em conta ingredientes básicos como o feijão

encarnada, batatas, cebolas, alho, orelha e entremeada de porco, chouriço de carne e de sangue e temperada de sal, pimenta e louro. Na vila da Batalha podemos encontrar esta sopa no restaurante Auto-Snack, também conhecido por “Fátinha” localizado na Estrada de Fátima, ao lado da adega cooperativa, ao sábado. En-

trevistei Laurinda “Das Lãs” Moreira, cozinheira desde a abertura do restaurante. Tem 72 anos, muito conhecimento e gosto pela cozinha, tinha uma loja de lãs e abraçou este projeto com a irmã Fátima há 25 anos. Gosta de cozinhar de tudo e sobretudo para a família. No seu tempo livre gosta de costurar bordados e está a ensinar a neta Mariana a costurar. Começou a fazer “Sopa da Pedra” quando o vizinho de negócio, Sr. Vítor, partilhou o conhecimento e desde de então faz 150 litros de sopa todos os sábados. Laurinda fala com orgulho e de espírito crítico sobre a qualidade dos ingredientes - utiliza carne de porco magra, entremeada, orelha e enchidos da zona como chouriço e negrito - e da importância de ser feijão de sopa, que varia consoante a época do ano. A preparação começa na sexta-feira, com o cortar das carnes e enchidos,

demorando quatro horas. No sábado de manhã acontece a magia: coloca o feijão de sopa a cozer, guisa as carnes, corta as batatas, alhos e cebolas adiciona tudo numa panela gigante, tempera com sal, pimenta, picante e esta pronta a sair para os comensais. Esta sopa muito rica é requisitada para vários momentos, desde aniversários, angariações de fundos, comissões de festas ou simplesmente para partilha de momentos. Eu recomendo esta sopa deliciosa, consistente, saborosa e disponível ao sábado.


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Valorlis aumenta capacidade de lavagem de ecopontos m Em 2020, a empresa efetuou 33 mil lavagens e desinfeções aos equipamentos de deposição seletiva A Valorlis adquiriu uma viatura dedicada à lavagem e higienização de ecopontos de superfície destinados à separação dos resíduos recicláveis, um investimento de 300 mil euros feito no âmbito do plano operacional de atividade de recolha seletiva e da “melhoria contínua da qualidade do serviço prestado à população”. “A aquisição desta viatura automática e a contratação de uma equipa dedicada a este serviço vai permitir o aumento da frequência de lavagem e higienização dos contentores de deposição seletiva, tornando estes equipamentos mais apelati-

vos à população e reforçando a segurança da sua utilização”, explica a empresa em comunicado. “Com meios próprios”, a Valorlis, “propõe-se efetuar uma lavagem dos ecopontos de superfície, por dentro e por fora, reforçar a limpeza das zonas envolventes aos ecopontos, efetuar a manutenção dos equipamentos e substituição da sinalética da reciclagem”. Em 2020, a empresa efetuou 33 mil lavagens e desinfeções aos equipamentos de deposição seletiva disponibilizados à população. “Estas medidas fazem parte da aposta da Valorlis numa melhoria da qualidade do serviço prestado às populações, que estamos empenhamos em promover”, diz a administradora delegada, Marta Guerreiro.

A empresa “tem vindo a reforçar a sua atividade de recolha seletiva, e na sequência da operacionalização em 2019 dos investimentos nesta área, continuou a aumentar a quantidade de resíduos recicláveis separados nos ecopontos tendo tido um crescimento de 10% face a 2019. Em 2020 foram colocados à disposição da população mais 360 contentores, sendo que nos últimos três anos o aumento de contentores instalados é de 41%, refletindo o maior crescimento da história da Valorlis”, adianta. O Valorlis conta atualmente com uma rede 1.745 ecopontos distribuídos pelos seis municípios da sua área de intervenção (Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém, Pombal e Porto de Mós), garantindo o rácio de um ecoponto por cada

p A viatura custou 300 mil euros 169 habitantes. A disponibilização de ecopontos é complementa-

da com o serviço de recolha porta-a-porta em comércios e serviços e programas

de incentivo à separação e reciclagem junto das escolas e IPSS.

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Batalha Atualidade

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Bombeiros reforçam vigilância da floresta e combate a fogos m A EVI será constituída por três bombeiros e irá operar 24 horas, nos meses de julho, agosto e setembro, com maior empenho na vigilância, deteção e alerta A câmara municipal aprovou o financiamento de 21 mil euros para a constituição de Equipa de Vigilância e Intervenção (EVI), coordenada pelos Bombeiros da Batalha, de patrulhamento, combate inicial de incêndios rurais, rescaldo e vigilância após-incêndio. A EVI será constituída por três bombeiros e irá operar 24 horas, nos meses de julho, agosto e setembro, com maior empenho na vigilância, deteção e alerta nas freguesias do concelho com maior risco de incêndios rurais, Reguengo do Fetal e São Mamede, conforme refere o plano apro-

p Município financiou projeto com 21 mil euros vado pela Câmara da Batalha. O projeto pretende contribuir para uma maior proximidade dos bombeiros e da população, prevenir comportamentos de risco, com formações e entrega de panfletos informativos sobre as medidas preven-

tivas, bem assim assegurar mais rapidez e capacidade para um combate inicial de um incêndio rural. No Concelho da Batalha, no que diz respeito a ocupação do solo, a área florestal é muito predominante, com 6.396 hectares (61,82% do total do território), sen-

do a área agrícola de 1.176 hectares (11,36% do total do território) e 902 hectares (8,71% total do concelho), correspondem a terrenos incultos. “Os incêndios rurais/ florestais, sendo considerados catástrofes naturais pelo facto de se desenvol-

verem na natureza, são um acontecimento cujas causas não dependem de fenómenos naturais mas sobretudo da intervenção humana”, referem os bombeiros no plano da Equipa de Vigilância e Intervenção da Batalha. “A intervenção humana tem decerto um papel na origem destes incêndios e portanto a limitação do seu início quer pelo efeito dissuasor da vigilância quer pela intervenção inicial é um fator de extrema importância na redução de fogos florestais”, adiantam. Por outro lado, “as alterações a nível meteorológico tem levado nos últimos anos a que a épocas de maior calor têm sido cada vez mais prolongadas, sendo difícil conseguir grandes tripulações de voluntários para veículos em todas as épocas”. Entre os objetivos do projeto contam-se a integração da equipa no dispositivo de

patrulhamento, combate inicial de incêndios rurais, rescaldo e vigilância após-incêndio no concelho, coordenado pelos bombeiros da Batalha; contribuir para uma maior proximidade dos bombeiros e da população do município e prevenir comportamentos de risco, com formações e entrega de panfletos informativos sobre as temáticas pretendidas por bombeiros e proteção civil municipal. O projeto prevê ainda a entrega de panfletos formativos/informativos nas freguesias do concelho “aldeias seguras pessoas seguras”, sessões de esclarecimento relativamente a temática dos incêndios rurais, coordenadas com a coordenadora municipal de proteção civil e juntas de freguesia e sensibilização presencial dos proprietários da importância de ter as faixas de proteção definidas por lei implementadas nas habitações.

Presidente da câmara distinguido pela Liga dos Combatentes

Região contará com mais duas torres de videovigilância florestal

O presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, foi um dos distinguidos pela Liga dos Combatentes com a Medalha de Honra Mérito Ouro, na cerimónia do Dia Internacional dos Capacetes Azuis, que decorreu dia 29 de maio, no Forte do Bom Sucesso, em Belém. Por deliberação da direção central da liga, o autarca recebeu a medalha como “reconhecimento da permanente disponibilidade e pronto apoio dedicado” pelo municipio à instituição. “Ao longo dos anos, o município tem sido parceiro do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, um dos mais dinâmicos do país, apoiando e associando-se às suas atividades e aos seus pro-

A Região de Leiria vai ter até julho mais duas torres de videovigilância florestal, passando a 11 no total, o que vai permitir cobrir 85% do território. A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), que integra 10 municípios, incluindo o da Batalha, referiu que as duas novas torres, localizadas nos concelhos de Pedrógão Grande e Porto de Mós, integram o contrato de alargamento das capacidades do Sistema de Videovigilância e Deteção Automática de Incêndios Florestais da Região de Leiria, assinado em janeiro e com prazo de execução de oito meses. Este sistema de video-

jetos, sendo esta uma das instituições que anualmente celebra os Contratos-Programa de Apoio ao Desenvolvimento Social do Concelho. Mais recentemente o Núcleo da Batalha beneficiou da cedência de novas instalações, no antigo Centro de Artesanato”, explica a autarquia em comunicado. “Os ex-combatentes têm merecido diversas homenagens com o objetivo de perpetuar a memória daqueles que tombaram no campo de batalha e deram a sua vida em prol do seu país”, adianta o município, destacando “o Monumento ao Combatente, no Largo do Condestável, como o mais recente exemplo desses tributos que a autarquia e a comunidade batalhense têm feito”.

p Cerimónia do Dia Internacional dos Capacetes Azuis

vigilância entrou em funcionamento em junho de 2018 e a deteção automática de incêndios f lorestais em maio de 2019. É atualmente composto por nove torres, instaladas em “locais estratégicos”, sendo que duas torres – Figueiró dos Vinhos e Pombal – “são construções de raiz”, enquanto as restantes aproveitam instalações existentes. “ Esta s nove tor res cobrem 75% d a Re gião de Leiria”, explica a CIMRL. Cada torre tem incorporada duas câmaras, complementares, sendo que uma faz a deteção automática de incêndios e a outra o acompanhamento das ocorrências.


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Câmara propõe-se liderar projeto de iluminação do mosteiro m O município “encontra-se a desenvolver contactos com conhecidos especialistas em iluminação do património e solicitou reunião com o DiretorGeral do Património Cultura A Câmara da Batalha disponibilizou-se, no final de maio, para liderar uma candidatura a fundos europeus que ajudem a suportar um projeto de iluminação do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. “Consciente da importância desta intervenção”, o município “encontra-se a desenvolver contactos com conhecidos especialistas em iluminação do patrimó-

p A falta de iluminação “preocupa” a autarquia nio e solicitou reunião com o Diretor-Geral do Património Cultural, Bernardo Alabaça, a quem pretende apresentar um projeto de valorização noturna do monumento”, revelou o presi-

dente da autarquia. O objetivo “é tornar ainda mais especiais as caraterísticas únicas do Mosteiro da Batalha, bem assim melhorar as condições de iluminação e segurança do es-

paço público envolvente ao monumento”, adianta Paulo Batista Santos. Nesse âmbito, “o presidente da câmara apresenta a disponibilidade do município em liderar uma can-

didatura a fundos europeus que coloque o monumento e evidência em relação ao seu contexto e reforce o reconhecimento mundial deste património”. “O Mosteiro da Batalha, monumento nacional e Património da Humanidade definida pela UNESCO, desde 1983, é uma das mais belas obras da arquitetura europeia e ponto de interesse científico e de atração turística para Portugal. A sua conservação e valorização constitui uma opção estratégica, pelo que a situação de elevada degradação e insuficiente iluminação do monumento é motivo de forte preocupação para o município”, adianta o autarca. O município cita, em comunicado, “especialistas em património e arquitetos” para realçar que “a ilu-

minação artificial é um instrumento que, devidamente utilizado, poderá ter um papel fundamental não só na valorização do património como na requalificação dos centros históricos”. “Nesse sentido, ainda recentemente se pronunciou a Arquiteta Diana Del-Negro, mestre em Recuperação e Conservação do Património Construído, especialista em Iluminação do Património e Doutoranda na UCL Bartlett School of Graduate Studies, Reino Unido, referindo que “as características seletivas da luz artificial permitem alterar as formas e hierarquias da arquitetura, oferecendo uma oportunidade única de realçar e transformar edifícios e espaços por vezes irreversivelmente deformados pelo tempo ou por más intervenções”.

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ALOJAMENTO LOCAL

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt


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Batalha Opinião

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s Crónicas do Passado Francisco Oliveira Simões

Ode ao Verão

Historiador

Alvorada do sol Despe a mágoa e o cachecol Nuvens mortas Abrir das portas

Ouvem-se ondas de sal Cantadas por tantos poetas Rajadas de amor carnal Entre as rochas indiscretas

Dealbar de versos Nascimento de palavras soltas Todos vivemos submersos Até encontrar um céu sem escoltas

Pétalas ao vento Chegas ao fim Trovoada em céu cinzento Levam a alegria de mim

Saem batalhas à rua Coches e liteiras Onde qualquer musa nua Se deita nas ombreiras

Aqui triunfa a indiferença Cai do pedestal a tua presença Colhem-se velas içadas Que pelo mastro são frustradas

Três meses imperiais De Júlio César a Augusto Façam sentir os arraias Antes que chegue o magusto

Trocam-se juras de regresso Murmuram tonalidades vivazes Por trás de um sorriso travesso Erguem-se cabeças capazes

Galopam emoções Figuram perfis libertinos Trovadores de outros verões Menos vespertinos

Nas montanhas a Eco grita Pelo seu verão impreciso Outros romances suscita Tal paixão por Narciso

Se te vais embora luz Não me leves também o calor Quem mais me seduz Que a tua imagem ou sabor

Tens as cores reais De outras cortes veranis Desejo por mais Assim a natureza o quis.

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Não mande as urtigas... às urtigas Para aqueles que, como nós, se tornaram consumidores de urtiga, lembro que nesta época costumo aproveitar as sementes, que não picam (para aqueles que se assustam com esse facto em relação às folhas) e fornecem uma boa quantidade de nutrientes igualmente interessantes. A maior parte das plantas desta espécie já estão velhas demais para consumir em folhas verdes, e conhecendo o seu benefício podemos aproveitar o con-

sumo de sementes. Com a colheita das sementes tiramos dupla vantagem, controlamos o seu crescimento desmedido e adicionadas às saladas ou sopas, ou legumes, aumentamos o aporte nutricional. Podem ainda ser adicionadas à alimentação dos pintos pequenos. Para os agricultores que fazem a poda dos tomateiros, informo que poderão aproveitar as hastes que retiram e colocá-las em água (1kg de planta –

folhas e caules em 10 litros de água) deixar macerar por alguns dias, até já não fazer bolhas na água, e depois regar diluído em

água em 20% para ajudar ao crescimento das plantas de feijão, de couve e dos próprios tomateiros. Portanto, a próxima vez

que for podar os tamateiros, não descarte o que retirou, devolva à terra, por que a máxima na natureza é que nada se perde, tudo se transforma. Hortícolas para semear e/ou plantar ao ar livre: acelgas, agriões, aipo, alfaces, alho francês, batata doce, beringelas, beterrabas, beldroegas, beterrabas, broculos, cebolinha francesa, cenouras, coentros, couves-flôr, couves-repolho, couve-rábano, courgetes, endivias, espi-

nafres, feijões diversos, malaguetas, melancias, meloas, melões, milho, nabos, pepinos, pimentos, physalis, salsa, tomates, rabanetes, rúcula. Jardim, semear e/ou plantar: begónias, calendulas, gipsofilas, goivos, miosótis, prímulas. Se soubermos observar e aprender com a natureza, teremos muitos ensinamentos a reter. Na horta cultivamos alimentos e sentimentos! Boas colheitas.

s Noticias dos Combatentes NCB

Quando já nem os valores pátrios se respeitam Vivemos numa época em que os valores da nossa sociedade se centram no compadrio, na arrogância, no egocentrismo, na “fachada”, na ociosidade viperina, no nepotismo, na corrida à posse de bens materiais a qualquer preço; tudo isto enquanto são lançados para o “baú do esquecimento” a solidariedade, o respeito pelo semelhante, a própria educação e, até a nossa história e os supremos símbolos e valores pátrios! Como se sabe, um dos objetivos da “revolução dos cravos” era acabar com as guerras em que, havia 13 anos, estávamos envolvidos em três das “nossas” coló-

nias em África; guerras nas quais combateu 10% da população portuguesa, ou seja, cerca de um milhão dos nossos jovens. Destes, mais de dez mil deram a vida pela pátria, pelo menos 120 mil foram feridos, muitos dos quais ficaram deficientes físicos e um número, nunca devidamente apurado, mas superior a 150 mil, ainda hoje sofre de stress pós-traumático de guerra. Centenas de jovens do Concelho da Batalha foram também mobilizados e enviados para essas guerras, onde, para além dos feridos e stressados, oito “tombaram” em defesa de Portugal. Com o advento da demo-

cracia, muitos dos ex-combatentes, bem como os familiares dos mortos e feridos, começaram a acalentar a esperança de que a Pátria, agora sob a “batuta” dos novos poderes democráticos, lhes iria fazer justiça. O regime mudou, mas os protagonistas que se seguiram rapidamente se adaptaram aos “novos ventos da história” e pouco mais fizeram que refinar procedimentos e alterar os discursos e, os combatentes, em vez de reconhecimento, receberam ostracismo. Apesar disso, com o tempo, foi crescendo o número de novos Núcleos da LC, tal como de monumentos ou

memoriais aos combatentes do “ultramar”, perpetuando fisicamente a história, para que esta não seja esquecida pelas gerações vindouras. A Batalha também não queria ser exceção e, após anos de perseverança, com o alto patrocínio dos responsáveis do município e da prestimosa colaboração da DGPC, na simbólica data de 09 de abril (aniversário da Batalha de la Lys, do Núcleo de Combatentes da Batalha e Dia Nacional do Combatente), em local público e nobre, sob o “olhar imperial” do patrono dos combatentes, o Condestável D. Nuno Álvares Pereira, foi inaugurado, pelo Presidente da República e

comandante supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, o tão ansiado memorial aos combatentes batalhenses. O acesso ao local é livre e naturalmente que, nas visitas ao mesmo, esperava-se, o respeito de todos, batalhenses e turistas. Infelizmente, isto não tem acontecido e, apenas nestes escassos dois meses passados, não só uma viatura já rodou sobre o espaço como também tão nobres símbolos têm vindo a ser sítio de brincadeiras, pelo menos para crianças, sob o olhar “babado” de pais, no mínimo egoístas e ignorantes da história, quando não mesmo arrogantes e gros-

seiros, pois ao serem chamados à atenção, alguns ainda respondem agressivamente. Quando já nem se respeitam os símbolos históricos, representativos dos valores pátrios, estamos perante uma sociedade inculta e a perder a sua identidade. Estes indícios são também o reflexo de muitas políticas erradas, levadas à prática nas últimas décadas, mormente na área do ensino, em geral e da nossa historiografia, em particular. As duas gerações mais novas são um exemplo quase perfeito dessas orientações, embora sejam elas que dirigirão os destinos do nosso país, no futuro.


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Concelho recebe Bienal Ibérica de Património Cultural m A AR&PA leva o “Património à Janela” às freguesias, num conjunto de espetáculos multimédia em espaço público A edição portuguesa da AR&PA Bienal Ibérica de Património Cultural regressa ao Centro do país, desta vez com promoção da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) e passagem pelo Concelho da Batalha. Dedicada ao tema Jovens e Património, a programação estende-se até outubro, com eventos nos 10 municípios da Região de Leiria, que serão também palco da grande Festa do Património, que inclui concertos, seminários, performances, concursos e outras iniciativas. A AR&PA conta este ano

com uma dimensão física e, pela primeira vez, com dimensão digital através de uma plataforma, com programação a decorrer online até outubro de 2021. A dimensão física centrar-se-á na cidade de Leiria, durante quatro dias: de 14 a 17 de outubro. Em junho e julho, a AR&PA leva o “Património à Janela” às freguesias do Concelho da Batalha. Neste conjunto de espetáculos multimédia em espaço público, inclui-se música, dança, poesia, literatura, pintura e artes plásticas. No Concelho de Porto de Mós vai ouvir-se, entre junho e setembro, em locais mais icónicos, a música do projeto Khytar, em apresentações na Praça da República (19 de junho), na Fórnea (11 de julho), na Lagoa do Arrimal (18 de julho) e nas Grutas de Mira de Aire (4 de setembro). Esta “Viagem ao Centro da Terra e do Património” é uma par-

ceria da bienal com o Festival Cistermúsica. Durante o mês de junho a AR&PA promove ainda seminários online, destinados a atrair jovens para as políticas do património cultural. Dia 15, fala-se de “Dança, música e teatro” e dia 23, de “Artes Performativas, tradições e interculturalidade”. Entre julho e setembro, a iniciativa “Património Bands” leva bandas filarmónicas da Região de Leiria a espaços patrimonialmente relevantes, sejam construídos ou naturais, com contextualização por parte de especialistas. Em paralelo, decorre o encontro e concurso “InstaHeritage”, destinado a jovens fotógrafos e ‘instagrammers’, que vão visitar o património dos 10 municípios da CIMRL, num exercício que culmina com a apresentação de uma exposição.

Estão abertas as pré-inscrições para a creche municipal

p A obra corresponde a um investimento de 600 mil euros As pré-inscrições para a creche municipal, localizada na Jardoeira, estão disponíveis através do preenchimento do requerimento disponível na página https:// atendimento.cm-batalha.pt/, na área da educação. Após preenchido do requerimento, basta remeter por email para requerimentos@cm-batalha.pt. “Estando prevista a sua abertura para setembro, a pré-inscrição para a creche municipal não acarreta qual-

quer compromisso ou encargo financeiro para as famílias batalhenses”, explica a autarquia. A obra corresponde a um investimento de 600 mil euros e visa reduzir o défice de cobertura (40%) no concelho. Entretanto, recorde-se, o apoio à mensalidade de creche no âmbito do programa “Crescer Mais”, em vigor desde 2019 e que abrange as crianças que frequentam as creches a funcionar no con-

celho, “vai beneficiar centena e meia de famílias”, correspondendo a “um investimento anual superior a cem mil euros, um valor expressivo. A comparticipação familiar relativamente à frequência da resposta de creche abrange as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e as entidades privadas, afirmando o município que se trata de “uma aposta no apoio à natalidade e social às famílias com filhos”.

p Decorre até outubro Entre 14 e 17 de outubro, a cidade de Leiria irá acolher

o certame da AR&PA Bienal Ibérica de Património

Cultural, num modelo híbrido com presença digital e presencial, com uma alargada área de expositores profissionais, um espaço Innovation Point, seminários e cursos técnicos, entre outras iniciativas. Profissionais, empresas, instituições e especialistas do património cultural, nacionais e internacionais, nomeadamente, através da rede Herifairs, marcarão presença no evento. A programação associada contará ainda com atividades de Educação Patrimonial, concertos, performances, workshops de Artes & Ofícios, visitas e roteiros, exposições. A par de tudo isto, este ano, a Bienal Ibérica é também o momento de estreia da 1ª edição dos Prémios Patrimonio.pt. Pode acompanhar toda a programação e as atividades em www.bienalarpa.pt


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Economia

Concelho com saldo positivo no comércio internacional m Encontra-se na sexta posição distrital no que respeita ao saldo da balança comercial e à taxa de cobertura das importações pelas exportações O concelho da Batalha foi o que mais cresceu, em termos percentuais, as exportações de mercadorias no primeiro trimestre do ano; encontrando-se na sexta posição distrital no que respeita ao saldo da balança comercial e à taxa de cobertura das importações pelas exportações. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, as empresas com sede no concelho exportaram 6,660 milhões de euros, ficando a meio da tabela (8ª posição) entre os municípios do distrito. É um resultado acima da média do último quinquénio (5,123 milhões) e um aumen-

to de 2,811 milhões se compararmos os primeiros trimestres do corrente ano e de 2020 – refletindo a sexta maior subida em termos absolutos. Em termos percentuais foi mesmo aquele que mais cresceu: 73,1%, contra uma média do distrito de 16,9%. Se incluirmos na análise as importações, salienta-se que o concelho tem um saldo da balança comercial de 2,539 milhões de euros e uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 161,6% (em ambos os casos a 6ª posição distrital), acima da média do distrito, que é de 140%. As exportações de mercadorias das empresas do distrito de Leiria cresceram 32,7 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o período homólogo de 2020, para um valor total de vendas no exterior de 226 milhões de euros. Os municípios da Marinha Grande e Leiria foram os que mais cresceram, mas há ou-

Comércio internacional do distrito Marinha Grande Leiria Alcobaça Porto de Mós Pombal Peniche Caldas da Rainha Batalha Bombarral Ansião Óbidos Nazaré Castanheira de Pêra Alvaiázere Figueiró dos Vinhos Pedrógão Grande Total Portugal

tros cinco que aumentaram as vendas acima do milhão de euros, com destaque para Porto de Mós que assume a terceira posição na tabela, com mais 6,2 milhões de euros em transações. A generalidade regista melhores resultados do que no primeiro trimestre de 2020. As exceções são os concelhos de Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande, Óbidos e

Exportações 63 941 496 59 651 903 22 761 344 19 162 934 17 592 845 13 068 997 12 339 735 6 659 456 4 764 828 2 987 620 1 184 564 1 144 775 440 803 112 428 54 820 24 949 225 893 497 5 805 969 846

Importações 427 355 1 743 322 63 223 697 365 4 426 7 221 812 18 025 952 4 120 816 26 517 504 6 678 815 7 395 916 14 068 105 2 853 382 6 770 602 2 221 949 43 603 161 317 621 6 807 620 045

Bombarral, que venderam menos no estrangeiro – o total ronda os 60 milhões de euros, menos do que fatura a Marinha Grande. Entre os sete municípios que exportam acima de 10 milhões de euros, o crescimento percentual mais relevante é das Caldas da Rainha (61,3%) e o mais baixo verifica-se em Alcobaça (3,7%). Os restantes (Porto

Saldo 63 514 141 57 908 581 -40 462 353 19 162 569 17 588 419 5 847 185 -5 686 217 2 538 640 -21 752 676 -3 691 195 -6 211 352 -12 923 330 -2 412 579 -6 658 174 -2 167 129 -18 654 64 575 876 -1 001 650 199

de Mós, Peniche, Marinha Grande e Leiria) conseguiram subidas entre 47,8% e 12%, com exceção de Pombal, que se fixou nos 4,9%. Ponderados os valores das importações, concluí-se que a balança comercial é claramente favorável ao distrito de Leiria; com um saldo de 64,6 milhões de euros, a que corresponde uma taxa de cobertura das

Tx Cobertura 14962,1% 3421,7% 36,0% 5250118,9% 397488,6% 181,0% 68,5% 161,6% 18,0% 44,7% 16,0% 8,1% 15,4% 1,7% 2,5% 57,2% 140,0% 85,3%

importações pelas exportações de 140%. As exportações de mercadorias do país também superaram as de igual período do ano passado, para 5,806 mil milhões de euros – um acréscimo de 1,297 mil milhões (28,8%). No entanto, o saldo da balança comercial e a taxa de cobertura continuam a apresentar valores negativos.

“Autarquia regista uma situação económica e financeira equilibrada”

ELÉTRICAS. No âmbito da renovação do parque automóvel, o Município da Batalha adquiriu duas viaturas 100% elétricas, apoiadas pelo Fundo Ambiental, “reduzindo assim as emissões de dióxido de carbono e a pegada ecológica do município”. Uma das viaturas será afetada ao Centro de Saúde Condestável.

A Câmara Batalha revelou que as suas contas “apresentam meios libertos positivos de 1.912.361 euros, valor este que compara com os 1.886.542 euros em 2019, um aumento de 1,4%, que será aplicado em novos projetos de investimento e reforço de medidas de apoio social à população”. “O município regista indiciadores de uma situação económica e financeira equilibrada – por exemplo, o cash-flow que foi gerado em 2020 (1.847.036 euros) é superior ao valor total das dívidas

a terceiros a curto prazo existentes em 2020, que ascendiam a 1.307.129 euros. Assinalamos também o facto de o rácio de autonomia financeira apresentar um valor bastante significativo, a rondar os 89%”, refere o relatório do auditor, citado num comunicado da autarquia. “O prazo médio de pagamentos situa-se em 13 dias, o que coloca o município nos níveis mais baixos do ranking do sector autárquico, à data de 31 de dezembro de 2020, não registando ainda quaisquer dí-

p O prazo médio de pagamentos situa-se em 13 dias vidas em atraso”, adianta. O endividamento municipal “encontra-se ao mais baixo nível da última década (2010) e, comparativamente a 2019, a dívida total registou uma redução de cerca 452 mil

euros (-17,4%), representando, a 31 de dezembro de 2020, o valor de 2.143.095 euros, dos quais apenas 1.712.472 euros relativos a empréstimos bancários de médio/longo prazo”, conclui o comunicado.


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Município indefere pedidos de caráter estratégico para pecuárias m “Fixou o entendimento da impossibilidade de viabilizar o processo de regularização de explorações que obrigatoriamente devem possuir um sistema de gestão de efluentes” A Câmara da Batalha decidiu indeferir os pedidos de “reconhecimento de empreendimento de caráter estratégico” apresentados para suiniculturas, “até que haja um sistema sustentável para tratamento dos efluentes pecuários”. “A autarquia da Batalha fixou o entendimento da impossibilidade de viabilizar qualquer processo de regularização de explorações pecuárias que obrigatoriamen-

te devem possuir um sistema de gestão de efluentes pecuários e até que seja implementado na região de Leiria um sistema sustentável para tratamento dos efluentes pecuários”, refere a autarquia em comunicado. A medida é justificada “com a necessidade de fazer cumprir com as normas regulamentares a que obedece a gestão dos efluentes das atividades pecuárias, bem assim garantir a salvaguarda da saúde pública e a qualidade do ambiente, num quadro de sustentabilidade e do dever de responsabilidade social dos produtores pecuários”, esclarece o presidente da câmara municipal. “Esta opção foi tomada após a decisão do ministro do Ambiente em abandonar a solução técnica necessária e urgente de construção de um sistema específico de tratamento dos efluen-

tes pecuários na região de Leiria, que não são as atuais estações de tratamento de águas residuais (ETAR) do Coimbrão e das Olhalvas, ou as ditas medidas de valorização agrícola, vulgo espalhamentos dos efluentes pecuários, transformados ou não”, adianta Paulo Batista Santos. “O apelo que faço aos responsáveis governativos é que chega de artifícios e estudos técnicos na procura de soluções que todos sabem que não passam de paliativos para um grave problema ambiental da região, cuja evidência aponta para a necessidade de construção de uma estação dedicada de tratamento dos efluentes das suiniculturas”, salienta o autarca da Batalha. O Governo, através da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Regional e da Secre-

Fátima promove online debate sobre Turismo Religioso

p ACISO e Politécnico assinaram protocolo A Associação Empresarial Ourém-Fátima (ACISO) e o Instituto Politécnico de Leiria assinaram a 19 de maio, em Leiria, um acordo específico de cooperação que reforça a colaboração já estabelecida entre as duas entidades no âmbito do Workshop Internacional de Turismo Religioso, este ano na 9ª edição, excecionalmente em formato online, anunciado para 24 e 25 de junho. Na prática, e porque o Workshop Internacional integra, além do momento protocolar de abertura e conferência, a organização de uma bolsa de contactos digital que

se estrutura em reuniões pré-marcadas de 15 minutos segundo escolhas feitas pelos hosted buyers (compradores) e suppliers (fornecedores), a ACISO está a desenvolver no site do evento uma ferramenta para a escolha ordenada das preferências das contrapartes, comprometendo-se o Politécnico de Leiria a organizar o algoritmo de suporte ao agendamento das reuniões, com vista a otimizar as escolhas desses participantes. O desafio prende-se esta edição com o facto de o evento ser online, com a necessidade de juntar para as reuniões de negócios

pessoas e entidades em fusos horários diferentes. Com as inscrições a decorrer tanto para a sessão de abertura/conferência como para os contactos de negócios, até ao momento estão inscritos para esta edição mais de 100 hosted buyers e 70 suppliers, de 40 países. A assinatura do acordo foi um ato simbólico, uma vez que as duas entidades já estão a trabalhar para esta 9ª edição há algum tempo. Este ano, como novidade do acordo de cooperação, a ACISO convidou o Politécnico de Leiria a organizar um webinar no formato de mesa redonda sobre a temática do Turismo Religioso, a disponibilizar online como momento integrado no programa do evento. Este momento formativo terá a coordenação da professora Maria da Graça Poças Santos, docente e investigadora do IPL, e um programa próprio a anunciar em breve.

p Descarga poluente de suinicultura taria de Estado do Ambiente, voltou, entretanto, a reiterar que no quadro da Estratégia Nacional para os Afluentes Agropecuários e Agroindustriais 2030, a opção imediata será a valorização agrícola, através de espalhamentos

em solos e descargas controladas nas massas de água. Para Paulo Batista Santos, “a resposta necessária que o Governo ignora é: como será possível a região continuar a comportar com uma produção diária de mais de

2000m3 de efluentes e apenas trata 280m3 na ETAR do Coimbrão?”, ou seja, “exige-se um plano sustentável de ação que efetivamente retire carga poluente das linhas de água da bacia hidrográfica do rio Lis”.


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Saúde Mudanças que beber café regularmente causam no cérebro m É a primeira vez que o efeito na nossa rede cerebral é estudada com este nível de detalhe Um novo estudo publicado na Molecular Psychiatry, oferece uma perspetiva única nas mudanças estruturais e de conectividade que acontecem no cérebro de quem bebe café regularmente. A investigação, liderada por Nuno Sousa, presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho e investigador do ICVS, percebeu que, quando em repouso, este grupo de pessoas tinham um re-

p Nuno Sousa, presidente da Escola de Medicina da UM duzido grau de conetividade em duas áreas do cérebro (conhecidas como precuneus direito e insular direito), indicando efeitos como

uma melhoria no controlo motor e nos níveis de alerta (ajudando na reação ao estímulo) em comparação com quem não bebe café.

Também foram encontrados padrões de maior eficiência noutras áreas do cérebro, como o cerebelo, consistente os efeitos já descritos como a melhoria do controlo motor. Além disto, houve ainda uma maior atividade dinâmica observada em várias áreas do cérebro, no grupo dos fãs de café, que permitiu juntar a estes efeitos uma notória melhoria na aprendizagem e na memória. Estas mudanças permitem ainda uma maior capacidade de foco. “Esta é a primeira vez que o efeito de beber café regularmente tem na nossa rede cerebral é estudada com

este nível de detalhe. Fomos capazes de observar o efeito do café na estrutura e na conetividade funcional do nosso cérebro, bem como as diferenças entre quem bebe café regularmente e quem não bebe café, em tempo real. Estas conclusões podem, pelo menos em certa medida, ajudar a oferecer uma visão mecanicista para alguns dos efeitos observados”, explica Nuno Sousa. E depois de um copo de café? Estas diferenças no nosso cérebro, observadas entre quem bebe café regularmente, foram também notadas no grupo de pessoas que não bebe café após consumirem um copo

de café. Este indicador surpreendente, demonstrou uma capacidade do café em impor mudanças em curtos períodos de tempo – e torna o café o gatilho dos efeitos. A investigação foi conduzida por Nuno Sousa da Escola de Medicina da Universidade do Minho, usando uma tecnologia apelidada de ressonância magnética funcional (FMRI, na sigla inglesa) por forma a comparar a estrutura e conetividade de um grupo de pessoas que bebem café diariamente com um grupo de pessoas que não bebem café. O projeto é apoiado pelo Institute for Scientific Information on Coffee.

, SA ACORDOS PARA OFTALMOLOGIA:

ADSE, ADMG, Multicare, Advancecare, Médis, SAD-PSP, SAD-GNR, SAMS Centro, SAMS Quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sãvida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon,

Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia...sábado - manhã Oftalmologia...............................................Dr. Joaquim Mira............................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira.. quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro................................. terça - tarde

Dr. João Cardoso.............................. segunda - tarde

Otorrinolaringologia.................................Dr. José Bastos.................................... quarta - tarde Pneumologia/Alergologia.........................Dr. Monteiro Ferreira............................sexta - tarde Próteses Auditivas................................................................................................... quarta - tarde Psicologia Educacional/vocacional........ Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos..................................Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Terapia da Fala...........................................Dra. Débora Franco.............................quinta - tarde Urologia.......................................................Dr. Edson Retroz..................................quinta - tarde

Ortóptica.....................................................Dr. Pedro Melo................................ sábado - manhã

Medicina Dentária

Outras Especialidades:

Cardiologia..................................................Dr. David Durão.....................................sexta - tarde Cirurgia Geral/Vascular.............................Dr. Carlos Almeida.................................sexta - tarde Clínica Geral................................................Dr. Vítor Coimbra................................ quarta - tarde Dermatologia............................................ Dr. Henrique Oliveira...................... segunda - tarde

Dra. Sâmella Silva

Terça/Quinta - Tarde Sábado - Manhã

Dra. Susana Frazão

Sexta-feira - Tarde

Electrocardiogramas...............................................................................segunda a sexta - tarde Endocrinologia............................................Dra. Cristina Ribeiro............segunda / terça - tarde Estética .......................................................Enf. Helena Odynets..............................sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..........................Dr. Paulo Cortesão........................... segunda - tarde

Cirurgia Oral Implantologia

Neuro Osteopatia /Acumpunctura.........Tec. Acácio Mariano............................ quarta - tarde

Próteses Dentárias

(Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortodontia

Neurocirurgia.............................................Dr. Armando Lopes......................... segunda - tarde Neurologia..................................................Dr. Alexandre Dionísio..........................sexta - tarde Nutricionista...............................................Dra. Ana Rita Henriques........................ terça - tarde

Rx-Orto Telerradiografia

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Conheça o melhor tipo de calçado para miúdos e graúdos

Francisco Oliveira Freitas Podologista responsável pelo Centro de Podologia de Famalicão

Os pés são os componentes finais dos membros inferiores e, por isso, são responsáveis pela sustentação do corpo, atuando como a nossa base de apoio e de equilíbrio. Além de desempenharem um papel fundamental na nossa postura, funcionam como uma alavanca no processo de locomoção, sendo submetidos a um ciclo sucessivo de carga e descarga. Ao serem os constituintes do corpo humano que estabelecem diretamente o contacto com o solo, os pés oferecem estabilidade, suportam as agressões do terreno e absorvem os impactos quando caminhamos, corremos ou saltamos. Neste sentido, é fácil de percebermos a importância de protegermos os nossos pés, sendo esta a principal função do calçado. Com a missão de preservar a integridade dos pés, os sapatos devem oferecer conforto e um bom suporte (com apoio na zona do arco do pé), proteger os pés dos fatores ambientais, evitar a sua exposição a riscos, como objetos pontiagudos e superfícies desconfortáveis, proporcionar uma boa tração, ajudando a prevenir as quedas, e amortecer os impactos dos pés com o solo. Contrariamente a isso, o calçado pode funcionar como um agente agressor, pois optar por uns sapatos com as características erradas pode prejudicar a saúde e o desempenho do pé. Isto porque a utilização de calçado inadequado contribui

para o surgimento de desconforto e dores, bem como para o desenvolvimento de lesões e deformidades nos pés, podendo, consequentemente, surgir problemas nos joelhos, ancas e costas. Recomendações comuns para todas as idades Para prevenir problemas podológicos, o sapato deverá ser adaptado à morfologia e tamanho do pé, uma vez que a utilização de calçado apertado, além do surgimento de dores, pode causar bolhas, calosidades, unhas encravadas e joanetes, tal como outros problemas a longo prazo. Particularmente no caso das crianças, dado que os seus pés estão em contínuo desenvolvimento e são frágeis, é de extrema importância que os pais verifiquem regularmente se o calçado se ajusta corretamente ao comprimento e à largura do pé, e que dispõe de espaço suficiente para que a criança possa mexer todos os dedos livremente. Neste sentido, e tendo em conta que o volume do pé se altera ao longo do dia, saiba que o calçado deve ser comprado ao final da tarde, altura em que os pés estão inchados. Os nossos pés também não permanecem imóveis dentro do calçado, pelo que, para acompanhar o seu deslocamento ao caminhar, deverá existir uma margem de cerca de um centímetro, entre a ponta do calçado e a ponta do dedo grande. Já os sapatos excessivamente largos são um fator de risco para alterações ao nível da musculatura do pé e também causam desconforto, sendo que, devido à combinação entre pressão e fricção, podem levar igualmente ao surgimento de bolhas. Para evitar as bolhas e calosidades, os materiais flexíveis e maleáveis devem ser a primeira escolha, assim como os materiais respiráveis que, por permitirem a ventilação do pé, deixando o ar circular e contribuindo para a absorção e evaporação da trans-

p O Centro de Podologia de Famalicão foi a primeira Clínica de Vila Nova de Famalicão dedicada exclusivamente à consulta de Podologia, proporcionando o bem-estar dos pacientes e dos seus familiares, com técnicas de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação das patologias dos pés. piração, ajudam a evitar o surgimento de micoses. Disso é exemplo o calçado em pele. No respeitante à altura do calçado, esta não deve ultrapassar os quatro centímetros, de modo a evitar o risco acrescido de entorses, joanetes e inflamações, bem como a adoção de uma posição pouco natural do pé e alterações ao nível da postura, o que contribui para as dores nas costas. Que características deve ter o calçado das crianças? O pé infantil está em contínuo desenvolvimento musculosquelético e, por isso, a utilização de calçado adequado é fundamental para evitar impactos significativos para a saúde das crianças, que vão desde as reações cutâneas até às alterações estruturais, comprometendo a forma e a funcionalidade do pé. Além da comodidade, existem outros fatores que deve ter em conta: A sola deverá ser resistente e flexível, de modo a permitir a mobilidade do pé, antiderrapante e relativamente fina, sem perder a capacidade de amortecer o impacto dos pés com o solo; O sapato deverá ainda

comportar os dedos na sua posição natural; Para uma maior estabilidade do pé, o calçado da

criança deverá possuir reforço na zona do calcanhar e os atacadores devem estar sempre bem apertados;

Os sapatos devem ficar abaixo dos tornozelos; O calçado deve possuir apoio lateral.

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Património

Poetisa Maria Júlia Sales Zúquet Filha do Comendador Joaquim Sa les Simões Carreira, nasceu nos finais do século XIX na Quinta do Fidalgo, na Batalha. Após o seu casamento com o médico Dr. António Zúquet, passou a viver noutra quinta, também na nossa Vila, a Quinta Nova. A título póstumo foi galardoada com a medalha municipal, grau ouro, pela sua obra de benef icência . Veio a ser tia, por afinidade, da poetisa e pintora Maria Adelaide Oliveira Simões. A sua única obra, editada pela sua filha, Maria Ercília Sales Zúquet, com prefácio de Maria Octávia Santos Sebastião, data de 1974. Trata-se de “Quadras de Liceia” que, por vontade da autora surge sem se indicar o seu nome. Peço-lhe perdão por desrespeitar a sua vontade, mas não podia deixar de a evocar na altura em que reproduzo, para conhecimento dos nossos leitores, algumas das quadras plenas de sensibilidade e de profundidade: Ser poeta não é só Dizer em verso uma ideia; Ser poeta é ir além Daquilo que nos rodeia. De quanta quadra bonita Se não conhece o autor; São como filhos bastardos Da alegria ou da dor. Amor grande, forte puro, É difícil de encontrar; Embora os lagos se encrespem, As ondas são só do mar. Ter amor é estar atento A tudo que nos rodeia, É sentir que todos somos Elos da mesma cadeia.

ver os jogos juvenis. É uma obra que nos merece especial referência.

Mesmo que tragas desgraça, Vento, não te quero mal; Pois levaste a todo o mundo As velas de Portugal.

Obras no Mosteiro Estão a ultimar-se as obras no Mosteiro que nos vão proporcionar um novo percurso na visita ao Monumento e uma nova saída pela ampla divisão onde os nossos Bombeiros tiveram o seu primeiro quartel, local para onde vai passar a loja da Direcção Geral do Património Cultural (DGPC). Os pontos de recepção foram transformados em locais mais acolhedores, humanizando-se os abrigos para os funcionários, particularmente o do acesso às Capelas Imperfeitas, até aqui completamente desconfortáveis. Uma outra obra na Vila a merecer-nos referência e louvor.

Depois do amor de Deus, O da Pátria é o principal; E que amor não será esse Quando a Pátria é Portugal! Educar uma criança É fácil massa moldar; A perfeição só depende Do fermento que se usar. A perdição duma vida É muitas vezes não ter Um coração compassivo Que a saiba compreender. De cerca de duzentas quadras, escolhi estas, embora todas merecessem referência e publicação nas páginas dum jornal. Do livro, impresso na Gráfica de Leiria, não sei se ainda haverá exemplares à venda. Porém creio, para quem o queira conhecer, que há alguns na nossa Biblioteca Municipal. É preciso devolver a voz ao Povo E para o fazer tem de se considerar imprescindível realizar frequentemente referendos sobre os mais variados assuntos da vida nacional, sobretudo aproveitando a altura das eleições para a Presidência da República, para o Parlamento e para as Autarquias. Realizá-los e cumprir o que o Povo determinar. Nesse sentido, temos na Suiça um bom exemplo. Mas não bastará. É não só preciso, mas

A violência que não podemos minimizar

indispensável, incentivar o Cooperativismo, dando-o a conhecer nas Escolas, propagando-o mas livrando-o da intromissão do Estado. “O Cooperativismo, como disse o Dr. António Sérgio, é de iniciativa popular em tudo. Todo ele é edificado pela actividade dos Cidadãos”. Um exemplo histórico de como o Povo pode edificar o Cooperativismo foi-nos dado no século XIX pela “Associação Amigável dos Equitativos Pioneiros de Rochdale”, na Inglaterra, que unindo os

operários tecelões, constrói uma poderosa cooperativa, ainda hoje existente, que não só resolve a situação precária em que se encontrava o operariado local como lhe devolve o poder económico. E também é essencial que o Povo possa contar com uma Imprensa livre da interferência do Estado e dos grandes potentados económicos e com Sindicatos independentes de intromissões partidárias. Sem isto, a Democracia não passará dum mito.

Parque de Santa Maria da Vitória No espaço da antiga Cerca Conventual desde o Hotel Vila Batalha até à artística grilhagem que foi obra dos nossos canteiros do século XIX, o nosso Município criou um bem dimensionado sítio de lazer e de desporto que contempla não só os mais jovens, seus principais utilizadores, mas toda a gente que por ali pode passear em segurança, extasiar-se com a beleza do local e entreter-se a

Nas ruas, nas famílias, nas escolas, a violência começa a tornar-se preocupante. Em muitas famílias a educação dos filhos é completamente descurada sobretudo num tempo em que certos meios de comunicação social, refiro-me particularmente aos canais televisivos apostados em transmitir filmes em que se tornou banal figurar agressões brutais e homicídios arrepiantes, se empenham, servindo-se do poder aliciante das imagens, na sua div ulgação e dum meio que entra em todos os lares e a que os menores têm fácil acesso.

José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (218)


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Cultura

Rede Cultural 2.0 investe meio milhão de euros para promover património m “O que vai acontecer em Alcobaça estará ligado com o que acontece em Coimbra, Batalha ou Tomar, associando a programação cultural com a componente do turismo”, referiu o edil da Batalha O ciclo Rede Cultural 2.0, que acontece no âmbito da operação Lugares Património Mundial do Centro, foi apresentado no dia 2 de junho no Mosteiro da Batalha. Este ciclo, apoiado por fundos comunitários, prossegue a lógica da primeira rede cultural e vai levar concertos, exposições e outras formas de arte e cultura aos quatro sítios classificados pela UNESCO como Património Mundial na região: Mosteiro da Batalha, Mosteiro de Alcobaça, Convento de Cristo em Tomar e Universidade de Coimbra, Alta e Sofia. Na ocasião, o anfitrião presidente da Câmara da

p Pedro Machado (esq) e Paulo Batista Santos Batalha, Paulo Batista Santos, elogiou o facto de esta Rede Cultural 2.0 contemplar uma verdadeira “programação em rede”: “O que vai acontecer em Alcobaça estará ligado com o que acontece em Coimbra, Batalha ou Tomar, numa lógica de que, na mesma região, se associe a programação cultural com a componente do turismo e da promoção da região”. Por

outro lado, sublinhou, esta iniciativa prevê “a preservação dos valores patrimoniais e potencia o Lado B dos monumentos, contando novas histórias de cada um”. O presidente do Turismo Centro Portugal, Pedro Machado, realçou “o que está na génese deste grande projeto, que é valorizar, promover e conhecer os nossos quatro patrimónios mundiais com a

chancela da UNESCO e o que isso representa para o Portugal”. “A primeira geração desta Rede Cultural teve eixos extraordinários, desde logo a criação associada aos lugares: ultrapassámos a barreira entre o património frio edificado e a criação artística, que foi sempre um dos grandes objetivos, e trouxemos vivências para estes lugares”, destacou.

Além disso, continuou, “aliciou novos públicos para o património, nomeadamente os mais novos, e envolveu as comunidades locais, trazendo valor acrescentado. Foi uma aposta que valeu a pena. Esta segunda geração do programa traz novos desafios, nomeadamente a consolidação da rede, que está a crescer, e o aumento da visibilidade do projeto”. A presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas, enalteceu a circunstância de este projeto conciliar “a História, o Património e a Cultura”. “O património é importante, mas ele tem de ser vivido por todos nós, se não é apenas uma construção fria e não é isso que queremos. Só com projetos destes é que nos conseguimos apropriar do património”, frisou. A vereadora da Câmara de Coimbra, Carina Gomes, lembrou que esta rede cultural surge ainda durante uma pandemia que afetou profundamente a Cultura. “O sector da cultura é um dos que sente mais lenta-

mente a retoma. Temos feito um esforço enorme para apoiar os nossos artistas e esta iniciativa é um contributo importante para esse efeito”, disse. Esta ideia foi também assinalada pelo vereador da autarquia de Alcobaça, João Santos: “A Cultura tem sido muito afetada pela crise. Com este projeto estamos a ajudar os artistas e o turismo. Desta forma, não só potenciamos a cultura e o património, como apoiamos a economia local”. O Turismo Centro Portugal quer superar os dois milhões de visitantes no conjunto dos lugares património mundial da UNESCO de Alcobaça, Batalha, Coimbra e Tomar a partir da Páscoa de 2022, afirmou Pedro Machado, na apresentação da programação “Lugares Património Mundial do Centro - Rede Cultura 2.0”. O programa vai custar meio milhão de euros (300 mil euros de fundos comunitários e 200 mil investidos pelas autarquias).

tariamente digital, reduzindo ao mínimo a impressão

de cartazes e flyers”, refere a organização.

Festival Artes à Vila com público e transmissão online O programa da quarta edição do festival Artes à Vila, que decorre no Mosteiro da Batalha, de 25 e 26 de junho, inclui nomes como JP Simões, Dulce Pontes, Benjamin e Filipe Sambado. Para além de receber público, o festival vai ter transmissão online e em direto a partir do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. No primeiro dia, esta edição do Artes à Vila conta com Remexido, Moçoilas, Telmo Pires, oVo Mau e LaBaq & Yosune em residência artística no festival. Os espe-

táculos continuam no sábado com os cabeças de cartaz, a quem se junta Não Simão. O Festival Artes à Vila realiza-se no Mosteiro da Batalha, com concertos e espetáculos que promovem a música portuguesa e as músicas do mundo. Será ainda um fim-de-semana com exposições, workshops, conferências e outras atividades que celebram as raízes e apresenta músicos consagrados e artistas emergentes. Neste contexto excecional e imprevisível, o Artes

à Vila vai transmitir online e em direto os concertos a partir das Capelas Imperfeitas e do Claustro Real do Mosteiro da Batalha, celebrando com os portugueses a música e o património nacional. O festival Artes à Vila ambiciona ser um festival Sustentável e amigo do ambiente. “Conseguir fazê-lo é um verdadeiro desafio que coloca toda a equipa e parceiros num processo reflexivo e de muita criatividade para encontrar soluções positivas. Para reduzir a pegada

ecológica optamos por fazer uma comunicação maiori-

p Dulce Pontes participa no festival


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HERCULANO REIS SOLICITADOR Rua Infante D. Fernando, Lote 3, 1ºA

2440 BATALHA - Tel. 244 767 971

CARTÓRIO NOTARIAL DE OURÉM EXTRATO CERTIFICO, para fins de publicação e em conformidade com o seu original, que por escritura de justificação lavrada neste Cartório, no dia dezasseis de março de dois mil e dois mil e vinte e um, de folhas duas a folhas quatro do respectivo Livro e de Notas para Escrituras Diversas número TREZENTOS E SETENTA E TRÊS, Joana Marta Duarte Neves, solteira, maior, natural da freguesia de Fátima, concelho de Ourém, residente na Rua Colégio São Miguel, Edif. Fórum Parque, Bloco 4, 1º esquerdo, Fátima, Ourém, que outorga na qualidade de procuradora de Daniel Pereira Prazeres, NIF 260.345.547, solteiro, maior, natural da freguesia de Fátima, concelho de Ourém, residente na Rua Colégio São Miguel, Edif. Fórum Parque, Bloco 4, 1º esquerdo, Fátima, Ourém, declarou: Que, o seu representado é com exclusão de outrem, dono e legítimo possuidor dos seguintes imóveis: 1 - prédio rústico, terra de mato, com a área de mil e duzentos metros quadrados, sito em Cabeço da Ladeira, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte e nascente com Câmara Municipal, do sul e do poente com limite de Porto de Mós, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 9420, com o valor patrimonial de € 13,26 e a que atribui igual valor. 2 - prédio rústico, terra de mato, com a área de mil e quatrocentos metros quadrados, sito em Cabeço das Colmeias, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte e nascente com Câmara Municipal, do sul e do poente com João Guiomar, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 9655, com o valor patrimonial de € 22,11 e a que atribui igual valor. 3 - prédio rústico, pinhal e mato, com a área de quatro mil metros quadrados, sito em Cabeço das Colmeias, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte com Câmara Municipal, do nascente com João Carreira, do sul com António Pedro Santos e do poente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 9656, com o valor patrimonial de € 132,19 e a que atribui igual valor. 4 - prédio rústico, pinhal com mato, com a área de novecentos metros quadrados, sito em Cabeço das Colmeias, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte com serventia, do nascente com António Pedro Santos, do sul com Arnaldo Vicêncio Carvalho e do poente com Manuel Pedro Mendes, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 9658, com o valor patrimonial de € 66,32 e a que atribui igual valor. Que os prédios vieram à posse do seu representado, por compra verbal feita a Jorge dos Santos Ribeiro e mulher Judite Maria Fetal Ribeiro, residentes na Giesteira, Fátima, Ourém, em dezembro de dois mil, sem que dela ficasse a dispor de título suficiente e formal que lhe permita fazer o respectivo registo. Que, o seu representado possui os indicados prédios em nome próprio, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente da freguesia de São Mamede, lugares e freguesias vizinhas, traduzida em actos materiais de fruição, conservação e defesa, nomeadamente usufruindo dos seus rendimentos, cultivando e recolhendo os respectivos frutos, limpando-os de mato, pagando os respectivos impostos e contribuições, agindo sempre pela forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, pelo que adquiriu os ditos prédios por USUCAPIÃO. Que da presente escritura não resulta acto contrário ao disposto no artigo 1376.º do Código Civil. Cartório Notarial de Ourém, a cargo da Notária Alexandra Heleno Ferreira, dezasseis de março de dois mil e vinte e um. A Colaboradora autorizada pela Notária em 25/10/2019, Cátia Patrícia Baptista Vieira, n.º 260/10. Jornal da Batalha, edição nº 371 14 de junho de 2021

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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e quarenta e cinco a folhas cento e quarenta e seis verso, do Livro Duzentos e Sessenta e Cinco - B, deste Cartório. Paulo Jorge Frazão Baptista dos Santos, casado, natural da freguesia e concelho da Batalha, onde reside na Rua Moinho de Vento, nº6, com o cartão do cidadão número 08532966 5 ZX3 válido até 05/08/2029, emitido pela RP, que outorga na qualidade de Presidente da Câmara, em representação do: MUNICÍPIO DA BATALHA, pessoa coletiva número 501 290 206, com sede na Rua Infante D. Fernando, Batalha, declara que, com exclusão de outrem, o Município da Batalha, que representa, é dono e legitimo possuidor dos seguintes prédios: UM - prédio urbano, composto de edifício destinado a serviços (escola primária), com a superfície coberta de quatrocentos e oitenta e seis metros quadrados e logradouro com a área de setecentos e noventa e três metros quadrados, sita na Rua das Escolas, nº4, Faniqueira, freguesia e concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 5387, que provém do artigo 1985, da freguesia da Batalha, com o valor patrimonial de €80.630,00; DOIS - prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão e primeiro andar, destinado a serviços (escola primaria), com a superfície coberta de quatrocentos e quatro metros quadrados e logradouro com a área de novecentos e quarenta e sete metros quadrados, sito na Rua Principal, nº1A, no lugar de Casais dos Ledos, freguesia e concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2556, com o valor patrimonial de €115.460,00. TRÊS - prédio urbano, composto de edifício de rés do chão e primeiro andar destinado a serviços (escola primaria), com a superfície coberta de trezentos e treze metros quadrados e logradouro com a área de mil oitocentos e sessenta metros quadrados, sito na Rua da Escola, nº 3, no lugar de Rebolaria, freguesia e concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1804, com o valor patrimonial de €88.580,00. Que o Município da Batalha adquiriu o prédio identificado em um no ano de mil novecentos e cinquenta e um, o prédio identificado em dois no ano de mil novecentos e sessenta e um e o prédio identificado em três no ano de mil novecentos e sessenta e seis, todos por transmissão verbal da Direção Geral das Construções Escolares, com sede na Praça de Alvalade, em Lisboa, não dispondo, assim, de qualquer título formal para os registar na Conservatória, mas desde as referidas datas, entrou na posse e fruição dos mesmos. Que em consequência das referidas transmissões verbais, o Município da Batalha possui os identificados prédios em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, ocupando os prédios, neles fazendo benfeitorias e deles retirando todas as utilidades de que são suscetíveis, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé durante aquele período de tempo, adquiriu os referidos prédios por usucapião. Batalha, dois de junho de dois mil e vinte e um.

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e quarenta e uma a folhas cento e quarenta e duas, do Livro Duzentos e Sessenta e Cinco - B, deste Cartório. Paulo Jorge Frazão Baptista dos Santos, casado, natural da freguesia e concelho da Batalha, onde reside na Rua Moinho de Vento, nº6, com o cartão do cidadão número 08532966 5 ZX3 válido até 05/08/2029, emitido pela RP, que outorga na qualidade de Presidente da Câmara, em representação do: MUNICÍPIO DA BATALHA, pessoa coletiva número 501 290 206, com sede na Rua Infante D. Fernando, Batalha, declara que, com exclusão de outrem, o Município da Batalha, que representa, é dono e legitimo possuidor é dono e legitimo possuidor dos seguintes prédios: Um - prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão amplo destinado a serviços (escola primária), com a superfície coberta de duzentos e cinco metros quadrados e logradouro com a área de oitocentos e quarenta metros quadrados, sito na Travessa da Escola, nº9, Brancas, freguesia e concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2534, com o valor patrimonial de €35.730,00. Dois - prédio urbano, composto de edifício destinado a serviços (escola primária e pré-primária), com a superfície coberta de trezentos e três metros quadrados e logradouro com a área de setecentos e noventa e cinco metros quadrados, sita na Rua da Quinta Nova, nº7A, Quinta do Sobrado, freguesia e concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 5374, que provém do artigo 2538, da freguesia da Batalha, com o valor patrimonial de €70.740,00; Que o Município da Batalha adquiriu o prédio identificado em um no ano de mil novecentos e cinquenta e nove e o prédio identificado em dois no ano de mil novecentos e sessenta e dois, ambos por transmissão verbal da Direção Geral das Construções Escolares, com sede na Praça de Alvalade, em Lisboa, não dispondo, assim, de qualquer título formal para os registar na Conservatória, mas desde a referida data, entrou na posse e fruição dos mesmos. Que em consequência das referidas transmissões verbais, o Município da Batalha possui os identificados prédios em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando os prédios, neles fazendo benfeitorias e deles retirando todas as utilidades de que são suscetíveis, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé durante aquele período de tempo, adquiriu os referidos prédios por usucapião.

A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/6 Jornal da Batalha, edição nº 371 de 14 de junho de 2021

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Batalha, dois de junho de dois mil e vinte e um. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/6 Jornal da Batalha, edição nº 371 de 13 de junho de 2021

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e quarenta e uma a folhas cento e quarenta e duas, do Livro Duzentos e Sessenta e Cinco - B, deste Cartório. Paulo Jorge Frazão Baptista dos Santos, casado, natural da freguesia e concelho da Batalha, onde reside na Rua Moinho de Vento, nº6, com o cartão do cidadão número 08532966 5 ZX3 válido até 05/08/2029, emitido pela RP, que outorga na qualidade de Presidente da Câmara, em representação do: MUNICÍPIO DA BATALHA, pessoa coletiva número 501 290 206, com sede na Rua Infante D. Fernando, Batalha, declara que, com exclusão de outrem, o Município da Batalha, que representa, é dono e legitimo possuidor do prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão amplo destinado a serviços (escola primária), com a superfície coberta de noventa e três metros quadrados e logradouro com a área de oitocentos e noventa e sete metros quadrados, sito no Beco da Escola, nº1, Alcaidaria, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1051, com o valor patrimonial de €18.310,00. Que o Município da Batalha adquiriu o identificado prédio no ano de mil novecentos e sessenta e cinco, por transmissão verbal da Direção Geral das Construções Escolares, com sede na Praça de Alvalade, em Lisboa, não dispondo, assim, de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde a referida data, entrou na posse e fruição do mesmo. Que em consequência da referida transmissão verbal, o Município da Batalha possui o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, nele fazendo benfeitorias e dele retirando todas as utilidades de que é suscetível, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé durante aquele período de tempo, adquiriu o referido prédio por usucapião. Batalha, dois de junho de dois mil e vinte e um.

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Necrologia Batalha

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CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO Rua Francisco Serra Frazão, lote B, 4.º r/d dto. | 2480-337 Porto de Mós | Telf: 244 401 344 * Faz 244 401 385

Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia nove de junho de dois mil e vinte e um, exarada a folhas cento e trinta e cinco a folhas cento e trinta e seis verso do Livro de Notas para “Escrituras Diversas” Quatrocentos e Dezoito - A: VÍTOR MANUEL ANTUNES DE SOUSA e cônjuge MARIA GORETI VIEIRA FRAZÃO, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais da freguesia de Barreira, concelho de Leiria, lá residentes Rua da Estrada das Hortas, 150; Declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico sito na Zona Industrial da Jardoeira, Jardoeira, freguesia e concelho da Batalha, composto de terreno, com a área de oitocentos e quarenta e dois vírgula quarenta e sete metros quadrados, a confrontar do norte com Herdeiros de Joaquim da Cruz, do sul e nascente com Vítor Manuel Antunes de Sousa e do poente com Estrada Real Dona Maria I, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 10386, com o valor patrimonial IMT de€ 968,84. Que adquiriram este prédio por doação verbal de António Carreira de Sousa e esposa Maria do Carmo da Silva Antunes Curado, residentes em Leiria, no ano de mil novecentos e noventa e dois, já no seu estado de casados. Que esta aquisição não resulta de fracionamento em parcela de área inferior à unidade de cultura; Que, não obstante não terem título formal de aquisição do referido prédio, por força daquela doação verbal, foram eles que sempre o possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respetivos impostos, gozaram todas as utilidades por ele proporcionadas, amanharam-no e colheram os seus frutos, reiteradamente, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o ostensivamente e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os primeiros outorgantes, ora justificantes, invocam como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. A colaboradora, (Sandra Marisa Guerra da Silva Oliveira) Emitida Fatura/Recibo n.º 02/999/001/2021 Jornal da Batalha, edição nº 371 de 14 de junho de 2021

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CARTÓRIO NOTARIAL DE OURÉM EXTRATO CERTIFICO, para fins de publicação e em conformidade com o seu original, que por escritura de justificação lavrada neste Cartório, no dia dezasseis de março de dois mil e dois mil e vinte e um, de folhas cento e quarenta e quatro a folhas cento e quarenta e cinco verso do respectivo Livro e de Notas para Escrituras Diversas número TREZENTOS E SETENTA E DOIS, David Pires de Oliveira, NIF 156.235.315 e mulher Lídia Maria Carreira Santos de Oliveira, NIF 113.074.573 casados sob o regime de adquiridos, naturais ele da freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, residentes na Rua do Vale, n.º 1 Portela das Cruzes, São Mamede, Batalha, declararam: Que, são com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores dos seguintes imóveis: 1 - prédio rústico, terra de cultura, com a área de duzentos e setenta metros quadrados, sito em Pia do Urso, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte e do poente com Manuel Carreira Nascimento, do sul com Maria Carreira e do nascente com Manuel Gomes, inscrito na matriz sob o artigo 10477, com o valor patrimonial de € 79,58 e a que atribuem igual valor. 2 - prédio rústico, terra de cultura, com a área de mil trezentos e vinte metros quadrados, sito em Pia do Urso, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte com caminho, do sul com António Antunes, do nascente com José Gomes Bota e do poente com Deolinda de Jesus, inscrito na matriz sob o artigo 10483, com o valor patrimonial de € 366,06 e a que atribuem igual valor. Que os prédios não se encontram descritos na Conservatória do Registo Predial da Batalha, e vieram à sua posse por doação verbal feita por Abílio da Conceição Santos e mulher Emília Carreira Mariano, residentes que foram em Pia do Urso, São Mamede, Batalha, em mil novecentos e oitenta, sem que delas ficassem a dispor de título suficiente e formal que lhes permita fazer o respectivo registo. Que, possuem os indicados prédios em nome próprio, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente da freguesia de São Mamede, lugares e freguesias vizinhas, traduzida em actos materiais de fruição, conservação e defesa, nomeadamente usufruindo dos seus rendimentos, cultivando e recolhendo os respectivos frutos, limpando-os de mato, pagando os respectivos impostos e contribuições, agindo sempre pela forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, pelo que adquiriram os ditos prédios por USUCAPIÃO. Que da presente escritura não resulta acto contrário ao disposto no artigo 1376º do Código Civil. Cartório Notarial de Ourém, a cargo da Notária Alexandra Heleno Ferreira, dezasseis de março de dois mil e vinte e um. A Colaboradora autorizada pela Notária em 25/10/2019, Cátia Patrícia Baptista Vieira, n.º 260/10. Jornal da Batalha, edição nº 371 de 14 junho de 2021

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Maria Felicidade dos Santos Henriques (62 anos) N. 08-04-1959 - F. 13-05-2021 Quinta do Sobrado, Batalha

AGRADECIMENTO A sua família agradece todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda bem como um agradecimento especial a todos os que acompanharam até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. Para sempre nos nossos corações... Descansa em paz.

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)

Maria Jesuína Vieira da Silva (87 anos) N. 30-06-1933 - F. 15-05-2021 Arneiro, Batalha

AGRADECIMENTO Seus filhos, netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Eternamente nos nossos corações… Até um dia…

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)


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Livro sobre o Mosteiro da Batalha O livro “Mosteiro da Batalha – 40 curiosidades sobre o monumento”, de Rui Borges Cunha, foi apresentado no dia 10 de junho, na Batalha. A obra infantojuvenil, com ilustrações de Luís Taklim, centra-se no mosteiro e destina-se em particular às crianças do ensino básico.

JUNHO 2021

Preço das casas diminuiu 4,9% m Diminuiu 4,9% no último trimestre de 2020, em comparação com o período homólogo do ano anterior, em contraciclo com o resultado do distrito O preço mediano de alojamentos familiares no Concelho da Batalha diminuiu 4,9% no último trimestre de 2020, em comparação com o período homólogo do ano anterior, em contraciclo com o resultado do distrito, que apresenta um aumento de 9,9%. Apenas o Município de Alvaiázere reflete uma descida maior (-5,2%) e a Batalha apresenta um dos menores aumentos em relação à mediana do quinquénio (7,4%), apenas à frente daquele con-

Preço da habitação do distrito no último quinquénio Nazaré Óbidos Peniche Leiria Caldas da Rainha Alcobaça Marinha Grande Bombarral Pombal Batalha Porto de Mós Castanheira de Pêra Pedrógão Grande Ansião Figueiró dos Vinhos Alvaiázere Mediana distrital Portugal

2020 1 358 1 230 1 131 1 026 1 006 836 798 780 778 699 615 596 491 486 466 442 779 1 188

2019 1 331 1 090 1 031 947 873 820 726 655 692 735 575 367 318 452 346 466 709 1 081

2018 1 313 1 045 971 837 879 775 674 522 702 621 505 402 398 447 373 373 648 996

2017 1 147 1 012 907 773 769 770 618 513 613 651 511 223 329 419 326 395 616 932

2016 1 007 1 098 819 727 700 678 581 513 566 620 475 321 371 473 410 418 574 866

Fonte: INE/Dados do 4º trimestre | Valor mediano das vendas por m2 de alojamentos familiares

celho do norte do distrito e da Nazaré. No último trimestre de 2020, o preço mediano da habitação familiar na Batalha era de 699 euros/m2, o 10º mais elevado entre os 16 municípios do distrito, e o resultado do quinquénio situa-se

nos 651 euros/m2, colocando o concelho na 9ª posição distrital. Segundo os dados revelados pelo instituto Nacional de Estatística (INE), o crescimento percentual mais significativo do período em análise, de 2019 para 2020,

regista-se nas Caldas da Rainha (15,2%), à frente de Óbidos (12,8%), Peniche (9,7%) e Leiria (8,3%); cabendo o valor mais baixo à Nazaré (2%), entre os concelhos com o preço da habitação acima de mil euros/m2. A análise das estatísticas -

apresentam os resultados dos últimos 12 meses acabados no trimestre de referência -, permite concluir que este grupo de municípios garante a liderança ao longo do quinquénio iniciado em 2016, mas apenas Óbidos e Nazaré mantêm valores medianos acima dos mil euros – concretamente 1.313 euros no caso da vila piscatória e 1.090 em Óbidos. Se compararmos os preços de 2020 com os da mediana do quinquénio, nota-se que a Nazaré apresenta a variação menor (3,4%), seguida de Óbidos (12,8%) e Caldas da Rainha (15,2%). No lado oposto, os preços em Leiria subiram 22,6%, mais do que em Peniche (16,5%). No conjunto dos 16 municípios do distrito, comprar uma habitação familiar custava 779 euros/m2 no final do

ano passado, contra uma mediana dos cinco anos de 647,5 euros/m2. Uma diferença de 20,3% entre ambos os valores. É de notar que o concelho de Leiria é um dos mais baratos do país para comprar habitação (987 euros/m2), entre os 24 municípios com mais de cem mil habitantes analisados pelo INE, mas considerando apenas os dados do último trimestre do ano passado. Só Famalicão (951 euros/m2), Santa Maria da Feira (921) e Barcelos (885) apresentam valores mais baixos. Aliás, como destaca o INE, a desaceleração mais expressiva dos preços neste período foi em Leiria, com um recuo de 12,4 pontos percentuais (p.p.), sendo o único município que registou uma redução homóloga dos preços no quarto trimestre de 2020. Publicidade

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