JORNAL DA BATALHA EDICAO DE AGOSTO 2021

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| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXXI Nº 373 | AGOSTO DE 2021 |

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Cada família do concelho tem um rendimento de 15.838 euros

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Angel de los Rios © Flickr

PORTE PAGO

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Pandemia: nível de risco aumentou no município W pág. 08

“Parteira do Povo” homenageada com livro e monumento

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Ana Silvério ganha prémio nacional na área da tecnologia


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Jornal da Batalha

Espaço Público s A Opinião de André Loureiro Presidente do PSD Batalha

O conto do vigário Na política e na atividade pública não vale tudo. Aliás, o dever ético e deontológico implica um compromisso com a verdade, um compromisso com essa questão que não é tão relativa assim. A verdade é uma, os factos são uns, unos e transparentes. Para interpretações que se desejem, elas estão à disposição dos cidadãos e colunistas de opinião, que apresentam a sua posição perante alguns desses factos. No entanto, o rigor inerente ao exercício da discussão pública deve ser transparente e não pode ser um simulacro consoante os tempos ou a vontade de alguns. Por mais que as democracias tenham evoluído e a dimensão na qual se

proporciona o desempenho de funções públicas tenha mudado, as premissas de atuação cívica e política devem respeitar um padrão mínimo de relação com a verdade. Pelo menos, é assim que interpreto e procuro orientar a minha intervenção. As frases fortes e pungentes, as fábulas que enchem o cor-de-rosa de mistério e de intriga que ultimamente temos ouvido vezes sem conta, muitas vezes porta-a-porta, na sua generalidade são contos do vigário ou de forma mais sofisticada: interpretações criativas da verdade. É certo que a crise por que estamos a passar no mundo (e também em Portugal) é, não apenas, mas sobretudo, uma crise de

comportamentos. De inf lação desmesurada de contos do vigário e de défices crónicos de valores e de ética. Por outras palavras e figurativamente: os vigários multiplicam-se à velocidade da luz, a ver quem consegue ser o mais vigarista. Também sabemos que o ambiente digital e as redes sociais abrem as portas a que se propague, de forma quase instantânea, toda e qualquer aldrabice, na maioria das vezes a coberto de páginas anónimas ou perfis falsos que nada mais procuram do que a imundice da política e servir certos interesses mais ou menos obscuros. Não irei tentar discutir, nem sequer sugerir quem são os novos (e ve-

lhos) protagonistas e o que representam nesta abordagem ao estilo de “terra queimada”, onde o que conta é destruir tudo e todos, porque pode ser que no meio das cinzas surja de novo um redentor dos males de toda a civilização e coloque na direção correta – para certos interesses - todos os negócios municipais. Tento, somente, apresentar a minha posição – à boa maneira de um cronista – perante o estado a que alguns pretendem levar a atual campanha eleitoral autárquica. Nem há a necessidade de evocar o conceito “fake news” para que se possa falar sobre isso. Por pior que a política local esteja a evoluir, não considero, de momento, ser a maior

problemática. Como sabemos, a questão principal está nos protagonistas, na sua ausência de valores e sobretudo no desespero que revelam na luta pelo poder. Ultimamente, confesso, já nada me surpreende muito. O disparate tomou proporções que assustam qualquer um e vão desde anúncios da fuga em massa de empresas para fora do Concelho da Batalha ou que as novas competências municipais na educação e saúde estão a prejudicar as contas do município. Então e as pessoas? O município não são as pessoas, os estudantes, os utentes dos serviços de saúde, as instituições e também as empresas? E neste particular, natural-

mente com erros, mas sem margem para dúvidas, a atual governação tem sido exemplar e focada em investir nos serviços essenciais à população e também apoiar as empresas, os pequenos negócios e instituições da terra. Muito haverá para fazer, mas não vamos lá com aldrabices. Com serenidade e justiça, estou certo, o Concelho da Batalha irá traçar de novo o seu rumo.

s A Opinião de Pedro Marques Membro da Iniciativa Liberal

Meio ambiente: para quando uma conversa séria? Os flagelos ambientais no nosso Município Apesar da nossa pequena dimensão, a Batalha é recorrentemente assolada por desastres ecológicos. Por um lado, existem os casos mais marcantes e de curta duração, como os grandes incêndios de 2003 na freguesia do Reguengo, dos quais nunca recuperámos. E, mais recentemente, em 2017, arderam mais de 200 hectares em São Mamede. Por outro, temos situações que perduram há décadas, cuja resolução parece impossível. É o caso das constantes descargas de efluentes no rio Lena, que advêm das explorações suinícolas. Na região de Leiria, os efluentes das suiniculturas enchem 320 piscinas olímpicas, todos os anos.

E temos ainda exemplos mais silenciosos, mas que cá estiveram sempre. A poluição atmosférica que advém do IC2, no qual passam 14 mil veículos por dia, destrói lentamente o Mosteiro da Batalha e o ar que respiramos. Os passos positivos dados A cada atentado ambiental que acontece, o primeiro passo é denunciá-lo aos cidadãos. Isso tem sido feito e os munícipes são hoje cidadãos mais conscientes das ameaças poluidoras que os afetam. Outra iniciativa importante passa por tentar obter apoio político na resolução de problemas que não podem ser solucionados a nível municipal. A câmara tem mostrado essa intenção.

Uma perspetiva liberal para o que falta fazer Apesar das vontades, todos reconhecemos que continuamos à mercê de todas estas catástrofes ambientais. E se não as podemos evitar, podemos mitigá-las. Para começar, as iniciativas de conservação e reparação ambiental têm de ser contínuas. Além disso, é necessário recolher e reportar dados sobre o progresso das mesmas. Só assim se pode averiguar a sua eficácia. Tal não aconteceu na campanha “Reflorescer Batalha”, uma campanha de reflorestação de resposta aos incêndios de 2017 no concelho. Apesar do mérito da iniciativa, não foi publicado o número de hectares replantados, não se abriu a

possibilidade a financiamento privado para reduzir os custos camarários, não se pensou em reflorestar as áreas ardidas em incêndios anteriores. E, se foi pensado, não se sabe. Outro exemplo aplica-se à poluição atmosférica em frente ao mosteiro. Após a construção da barreira, uma solução que é vista como um penso rápido numa ferida completamente exposta, deixou de se noticiar o impacto das chuvas ácidas no nosso monumento. É de extrema importância estudar o real efeito do “muro verde” e reinsistir na eliminação de portagens para veículos pesados na quase inutilizada A19. É ainda preciso liderar o consenso sobre a abordagem a tomar quanto às

descargas ilegais para o rio Lena e rio Lis. Independentemente de a solução passar pela construção de uma ETES ou pela injeção de efluentes nos solos agrícolas, uma solução para toda a região apenas será possível com um consenso intermunicipal. Só assim se vai conseguir mobilizar o investimento necessário do Estado Central. Mas a contaminação dos leitos e dos solos vai muito além das suiniculturas. É necessário expandir a rede de saneamento, porque um em cada cinco batalhenses não é servido por um sistema de esgotos. Por fim, a valorização ambiental passa por envolver os batalhenses na conservação da natureza. Passa por executar os percursos pedestres das

“Pedreiras Históricas”, no Reguengo, e do “Vale do Lena”, na Golpilheira, que foram prometidos pelo PSD há quatro anos. Passa por fazer ciclovias não betuminosas nas margens do rio Lena. Passa por dar relevo a projetos de observação e conservação da natureza como o Aves da Batalha. Passa por expandir a rede de ecopontos. Em suma, há muito a fazer.


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Espaço Público Opinião

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s A Opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Eleições autárquicas Dent ro de cerca de dois meses, teremos novas eleições para as autarquias locais. Todas as eleições são importantes, mas estas são ainda mais importantes. Porquê? Porque a gestão que sair destas eleições vai não só gerir os destinos das autarquias de 2021 a 2025, mas, mais importante ainda, vai definir e começar a concretizar os grandes projetos que vão potenciar o futuro de cada um dos concelhos deste país. E esse desenvolvimento acontecerá nesta década, ou nunca mais acontecerá. Neste período teremos o dobro das verbas recebidas em iguais períodos anteriores, juntando-se o final do Portugal 2020, ainda com 50% dos fundos por executar, o PRR - Plano de Recuperação e Resiliência e o Portugal 20/30.

Nunca mais irá existir uma disponibilidade desta dimensão e penso que a partir de 2030 os fundos comunitários serão residuais e sem expressão, devido ao facto da Comissão Europeia se ter, pela primeira vez, endividado brutalmente para dar sequência ao PRR, como resposta à crise da Covid. Assim sendo, temos pela frente enormes responsabilidades na escolha dos próximos eleitos locais. As escolhas que temos que fazer ditarão o nosso futuro, o dos nossos filhos e o dos nossos netos. Logo, as responsabilidades são acrescidas e de enorme monta. Saibamos arcar com essas responsabilidades e participemos ativamente nas eleições, votando. E procuremos conhecer os candidatos, a sua experiência de vida, a

sua forma de estar, dentro e fora dos lugares de decisão, a sua palavra, antes e depois das eleições, a sua simpatia para com os cidadãos, antes e depois das eleições, a sua visão para o desenvolvimento do concelho, a sua experiência profissional, os seus programas, etc. Ou seja, comparemos bem a capacidade de cada uma das equipas no coletivo e as capacidades dos candidatos individualmente. E depois escolhamos aqueles que nos parecem mais competentes, disponíveis, com palavra e com motivação e vontade para trabalhar em prol do desenvolvimento do concelho e das suas gentes. Não esqueçamos o passado, mas perspetivemos o futuro e escolhamos os mais capazes, mais habilitados, com visão es-

tratégica e com disponibilidade sincera para os cidadãos e para os ajudar nos seus momentos de dificuldade e nos seus projetos individuais, pessoais ou coletivos. Escolhamos as equipas pelas suas reais capacidades e não pela cor do partido ou movimento pelo qual concorrem, e se assim fizermos, estou certo que o concelho ganhará e todos ganharemos. Não nos deixemos levar por promessas e ofertas de última hora, não cumpridas ao longo de anos, apesar de repetidamente prometidas e muitas vezes assumidas oficialmente. As eleições são o ponto alto da democracia, em que o povo pode escolher os seus representantes, devendo fazê-lo sem qualquer medo ou receio de retaliações, caso o seu

candidato perca. Tudo o que não seja assim, é desvirtuar a democracia e potenciar o crescimento de partidos extremistas e totalitários. O povo tem o direito de não ter medo de que o seu projeto amanhã não seja aprovado se o candidato por si apoiado não ganhar. Os dirigentes associativos não podem ter qualquer receio de que a associação que representam, não tenha apoios, ou tenha menos do que teria se tivesse apoiado o candidato de outro partido. Isto não é democracia, é ditadura, e dessa os militares que fizeram o 25 de abril deram conta há perto de 50 anos. As opções numa eleição nunca são contra ninguém, mas tão só e apenas a favor das opções que pensamos serem as me-

lhores para o nosso concelho. E quanto mais opções válidas e credíveis existirem, tanto melhor, sendo sinal de que a democracia está viva. No dia a seguir às eleições, os cidadãos devem e tem de ser tratados de forma igual, quer tenham ou não votado em nós. Foi sempre assim que eu fiz quando concorri a eleições e o movimento que apoio assim fará.

s Baú da Memória José Travaços Santos

2ª Série dos Cadernos Leirienses Acaba de sair o nº 1 da segunda série dos Cadernos Leirienses, publicação que tem agora a coordená-la um jovem intelectual, Dr. André Camponês, promissor investigador da história e da etnografia regionais. Lembro que a primeira série foi coordenada pelo Eng.º Carlos Vieira Fernandes, figura marcante das Letras alto-estremenhas. Este número tem uma colaboração vasta e diversificada, embora sempre subordinada aos estudos etnográficos. Participam, além de André Camponês, dezassete investigadores de toda a região, sendo-me grato registar que entre eles se encontra um promissor etnomusicólogo ba-

talhense, Joaquim Moreira Ruivo, membro dos Corpos Gerentes do Rancho Folclórico Rosas do Lena e orientador etnográfico do agrupamento. A investigação etnográfica revela-se de extrema importância no nosso tempo, em que se vão apagando as memórias de tudo o que nos identifica e que constitui um tesouro cultural em vias de rápido desaparecimento. Há não só beleza mas, sobretudo, originalidade neste tesouro hoje entregue à guarda dos agrupamentos folclóricos, nem sempre com condições para o salvaguardar, pelo que obras como os “Cadernos Leirienses”, nesta nova ver-

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 856 A) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, André Loureiro, António Caseiro, António Lucas,

tente, se tornam não só úteis como indispensáveis. Têm aqui, os folcloristas, lições preciosas para orientar o seu trabalho e, também, para emendar aquilo que porventura não esteja correcto. Hoje mais do que nunca é preciso importarmo-nos com o destino deste imenso e significativo património, que o não é menos que o património construído e histórico. Património que engloba música, dança, poesia, instrumentos musicais, trajo, jogos populares, alguns deles únicos como o jogo do pau, verdadeira arte marcial portuguesa, ou invulgares como o jogo do mioto, brinquedos, a literatura popular e certas

Augusto Neves, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

manifestações religiosas como os círios, as romarias, os cânticos da Quaresma e do Natal, os desfiles das “ofertas”, etc., etc.. Um património duma imensidade e duma riqueza espantosa que estamos a dissipar se não tomarmos a sério e urgentemente a sua defesa e a sua utilização. Muitos destes valores deviam ser dados a conhecer nas Escolas dos vários graus de Ensino e os Poderes instalados em Lisboa, sobretudo o seu Ministério da Cultura, deviam dedicar um pouco (ou um muito) da sua atenção a este importantíssimo ramo da Cultura Portuguesa, habitualmente menosprezado pelo Terreiro do Paço.

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares

Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.

O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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Autárquicas 2021

Diminuição da população põe candidaturas a ‘olhar para o copo’ de maneira diferente

p Batalha é de todos

p Iniciativa Liberal

p Batalha no Coração

p Somos Batalha

m Os Censos 2021 mostram que o concelho perdeu 1,6% da população em 10 anos (diz uma), mas a Batalha está melhor que a média nacional (responde a outra) Os resultados preliminares dos Censos 2021 provocaram análises diferentes, sobre os mesmos números, do movimento “Batalha é de todos” e da candidatura “Somos Batalha” (PSD), com o primeiro a acusar a atual gestão autárquica de responsabilidade na diminuição da população. “As selfies não geram desenvolvimento, mas geram perda de população. Já

poucos teriam dúvidas sobre a gestão errónea e errada, implementada pelo atual presidente da câmara. E mesmo para esses, os resultados preliminares dos Censos 2021 deveriam obrigar a uma profunda reflexão, porque algo de muito grave se tem passado pela gestão dos destinos do concelho”, refere, em comunicado, o movimento apoiado pelo PS e liderado por Raul Castro. “Os Censos 2021 mostram-nos que o concelho perdeu 1,6% da população em 10 anos. São números que até podem parecer não demasiado graves ou preocupantes. Mas são, de facto, muito preocupantes. E muito mais preocupantes se tornam quando olhamos para as perdas ocorridas nas freguesias: São

Mamede perdeu 5,1% dos habitantes; a Golpilheira perdeu 5,3%; e o Reguengo do Fetal perdeu 11,9%”, adianta. Já a candidatura “Somos Batalha”, liderada pelo atual presidente do município, Paulo Batista Santos, refere que a “Batalha [está] melhor que a média nacional. O município regista um ajustamento de apenas -1,61% da população, valor que compara melhor com a média nacional (-1,9%), representando uma diferença de apenas -255 habitantes registados, face a 2011”. “Ao nível das freguesias, a da Batalha regista um crescimento positivo (+3,15%), em linha com as zonas mais urbanas. As demais freguesias registam ligeiros ajustamen-

tos em baixa. Na região de Leiria apenas registam ligeiros crescimentos os municípios urbanos de Leiria (+1,4%) e Marinha Grande (+0,9%), todos os demais registam perdas bastantes superiores ao concelho da Batalha: Porto de Mós (-4,6%); Ourém (-3,0%); Alcanena (-10%) e Alcobaça (-3%)”, explica a lista do PSD. Já a Iniciativa Liberal afirmou, a propósito de uma descarga poluente no rio Lena, no dia 23 de julho, que “os batalhenses estão cansados de sofrer pela irresponsabilidade de alguns e pela inação do município junto das autoridades centrais – ou melhor, cansados do show off mediático e sem resultados”. No Dia Mundial da Conservação da Natureza, 28

de julho, a candidatura liderada por Dário Florindo, acrescentou que, “consciente do monumental falhanço nas políticas ambientais na Batalha, coloca esta questão [ambiental] no topo das suas prioridades”. Entre as medidas que defende contam-se: assegurar a expansão da rede de saneamento e melhoria da existente (sobretudo na freguesia de São Mamede), de forma a combater as perdas de água, definir uma solução intermunicipal imediata para a criação de uma ETES, assegurando a fiscalização das normas e legislação em vigor junto das empresas relacionadas com a produção agropecuária; criação de uma verdadeira ecovia (sem pavimento betumi-

noso) entre a Batalha e os concelhos limítrofes, e o lançamento de um programa de diminuição e compensação do carbono e poluição produzidos na Batalha. Por seu lado, a lista “Batalha no Coração” (CDS), liderada por Horácio Francisco, considerou que a entrega do processo relativo à sua candidatura, no Tribunal de Porto de Mós, no dia 30 de julho, “foi apenas o primeiro passo para a mudança, porque a mudança é aqui - sempre com a Batalha no Coração”. A CDU e o Chega também anunciaram candidaturas à Câmara da Batalha, mas não revelaram qualquer ação ou informação, que tenha chegado ao Jornal da Batalha, nos últimos dias.


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Especial Dia do Município

Festas de agosto suspensas mas celebra-se o concelho Programa 14 DE AGOSTO, FERIADO MUNICIPAL 10h00 Torneio de Padel - Complexo de Ténis e Padel do Município da Batalha 10h30 Cerimónia do Hastear da Bandeira Do Município Paços do Município 11h00 Cerimónia evocativa da Batalha de Aljubarrota Mosteiro da Batalha 11h30 Sessão solene do Dia do Município 17h00 Animação itinerante - Vila da Batalha 21h30 Animação musical com o grupo “O Gato Maltês” Concerto com os Resistência Espetáculo pirotécnico

15 DE AGOSTO, FERIADO NACIONAL 10h00 Caminhada Mestre de Avis 10h30 Espetáculo infantil “Sónia e as profissões” 17h00 Animação itinerante - Vila da Batalha 21h30 Animação musical com Tiago Pinho Concerto com “Fernando Daniel Espetáculo pirotécnico

p A pandemia impede a repetição deste cenário das edições anteriores das festas

m No dia 14 de agosto, sábado, durante a manhã, decorrem as cerimónias oficiais do Dia do Município e ao final da noite há um espetáculo com “O Gato Maltês” e os Resistência. A Batalha assinala o Dia do Município com atividades desportivas, culturais e concertos – Resistência e Fernando Daniel, entre outros -, em formato limitado e apenas nos 14 e 15 de agosto. O programa prevê atividades para crianças e caminhadas desportivas, sendo as tardes preenchidas com música tradicional e manifestações culturais de rua. No dia 14 de agosto, sába-

do, durante a manhã, decorrem as cerimónias oficiais do Dia do Município e ao final da noite há um espetáculo com “O Gato Maltês” e os Resistência. No domingo, dia 15 de agosto, para além de diversas atividades durante o dia, à noite atuam Tiago Pinho e Fernando Daniel. Há 900 lugares sentados no exterior e segundo critérios de acesso condicionado e cumprindo as recomendações da Direção Geral de Saúde. Os espetáculos e demais iniciativas decorrem ar livre e no Parque de Eventos Santa Maria da Vitória. “Em resultado da pandemia, todos reconhecemos que vários negócios associados ao turismo, profissionais da cultura e as coletividades locais registam perdas muito significativas, e também por

isso consideramos muito relevante que, mesmo numa versão minimalista, existam dinâmicas culturais e recreativas que possam minimizar as consequências sociais e económicas da Covid-19”, defende o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos. A reserva de bilhetes faz-se através da plataforma https://batalhaonlife.pt/ Na impossibilidade de a assinalar nas festas concelhias, recorde um pouco da história do concelho, como está contada no site do município: “A Batalha foi palco de grandes momentos históricos, desde a presença romana até às lutas decisivas pela independência, deixando um incontornável património cultural. Foi a vitória na Batalha de Aljubarrota, ocorrida a 14 de

Agosto de 1385, que levou à construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, um polo de atracão que deu origem à vila da Batalha. A região tem inúmeros vestígios de ocupação humana dos tempos pré-históricos, como é o caso da localidade de São Sebastião de Freixo, onde existiu a povoa-

ção romana de Collipo (primitivamente um Ópido Túrdulo), considerada uma das mais importantes cidades luso-romanas da costa oeste da Península Hispânica. Constituído por quatro freguesias que apresentam diferenças significativas quanto ao relevo e à vegetação existentes, este é um con-

p “O Gato Maltês” atua no Dia do Município

celho dinâmico, com uma grande importância histórica, cultural e geográfica. Do planalto de São Mamede aos verdejantes campos – por onde passa o rio Lena – são muitos os motivos para fazer uma visita ao concelho e deixar-se encantar pelas paisagens únicas que o aguardam”.


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Opinião s Espaço do Museu

Museu da Batalha acolhe a exposição “Vitória” – Residência artística de desenho

p Maria Madalena Castro, “Capelas Imperfeitas” (2019)

O MCCB acolhe, no seu espaço Laboratório da Memória Futura, a exposição “Vitória”, depois da mesma ter estado patente ao público no Mosteiro de Santa Maria da Vitória. A mostra resulta de uma residência artística realizada por estudantes do Instituto Politécnico de Leiria - Escola Superior de Artes e Design – Caldas da Rainha (ESAD. CR), em colaboração com o Mosteiro da Batalha e o Município da Batalha. O projeto, realizado em julho de 2019, é inserido no LIDA – Laboratório de Investigação em Design e Artes.

Dos trabalhos expostos, fazem parte maioritariamente cadernos de desenho, resultantes da experiência de habitar o monumento e os espaços envolventes, de dia e de noite. Os desenhos, apresentados em várias técnicas, expressam detalhes decorativos do monumento, nomeadamente os ornamentos em cantaria ou os grafitos medievais. As obras revelam ainda aspetos pertinentes como a importância da água e a sua ação na pedra calcária. Por isso, é possível nesta exposição, ver alguns pormeno-

res de locais emblemáticos do concelho, como a Pia do Urso. De referir, que no decorrer da residência artística, que teve a duração de uma semana, os jovens participantes exploraram espaços reveladores da vida quotidiana dos frades dominicanos, como a antiga adega ou a cerca conventual, onde se localizavam os lagares e um moinho, junto ao rio Lena. Para além do monumento, inserido na lista de património UNESCO, os participantes puderam ainda explorar a zona serrana do concelho da Batalha.

Este projeto de parceria, enquadra-se naquela que é a missão do MCCB, e na sua linha de colaboração com instituições e estudantes, havendo espaço para as artes e para a criatividade. A exposição pode ser visitada durante o horário de abertura do Museu da Batalha, de quarta-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. Refira-se ainda que, até ao dia 30 de setembro de 2021, as entradas neste museu são gratuitas. Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)

s Crónicas do Passado Francisco Oliveira Simões

Três homens num caiaque Um mistério esconde-se nas falésias e dunas das praias deste país. No Oeste, onde a neblina cobre os areais e marés salgadas há vestígios de segredos, que perscrutam nos rochedos e grutas obscuras. Há uns anos propus-me com dois amigos a empreender uma aventura a bordo de um navio ancestral e com fama odisseica, o temível caiaque Espadarte de Salir, que granjeava uma fama ímpar pelos navegadores mais experientes. Abalámos da costa da baía de São Martinho do Porto pelas 15h00, após um repasto opíparo, providenciado pela boa gastronomia local. As ondas ondeavam num mar pouco manejável, pungido de rugidos marítimos. A opinião pública conhece demasiado bem os perigos que esta baia oferece (as águas estavam calmas, como de costume, mas tentaremos alimentar a emoção dos leitores).

Rumávamos com a certeza de descobrir tesouros e enfrentar desafios dignos de épicos trágico-marítimos. Já avistávamos as dunas, que se distinguem por serem as maiores de Portugal, e no seu encalço sereias e tritões, habitantes das ruínas da alfândega que lá repousa. Antes de atracarmos, somos arrastados para o Oceano Atlântico, atravessámos a barra e não era fácil regressar à rota estipulada. Até que, através de um raio de sol, nos foi dado ver um velho lobo do mar, refastelado numa rocha a tocar o seu velho violino. Cantava cantigas arcaicas e desvanecidas dos nosso contemporâneos ouvidos cosmopolitas. - La mer / Qu´on voit danser / A des reflets d´argent / La mer / Des reflects changeants / Sous la pluie… - Desculpe, velho lobo do mar, almirante da memória, sabe-me indicar a melhor forma de regressar à baía? – perguntei com respeito.

- Je chante / Je chante! / Je chante soir et matin, / Je chante sur mon chemin… - respondeu o arcano sem cessar. - Mas o cantor ancestral não se cala? – perguntou um dos meus excelsos amigos. Compreendendo que o artista não se ia conter na sua verve musical, desertámos rumo à baía, mesmo sem grandes coordenadas. Virámos à direita e eventualmente fomos contra as dunas. A chegada foi um êxito retumbante. - Francisco, virámos o caiaque! – anunciava cabisbaixo o outro amigo. - Eu realmente achei que estava frio, mas não tinha conseguido compreender a razão – respondi com espanto. Deixámos o Espadarte de Salir naquele lindo estado e nadámos até às ruínas da alfândega, onde fomos recebidos pelos ditos tritões e sereias, que nos saudaram na língua deles.

Historiador

- Que máximo, habitantes locais, posso tirar uma pic? – disse uma sereia já sem a cauda, que abandonou depois de uma story mais original. Tentámos afastar-nos destes seres míticos, oriundos do longínquo arquipélago do Instagram. Até que uma frase deitada ao vento chamou a nossa atenção. - Isto é um tesouro que só se encontra nesta terra! – declarava um senhor mais velho a um grupo de convivas que o seguia atentamente. Ficámos imediatamente alerta, estava ali o famoso tesouro que buscávamos, o segredo escondido nos confins do mar. Seguimos o conjunto de curiosos até chegarmos de novo à costa em frente das ruínas e nos depararmos com este discurso do improvisado guia. - Eis à nossa frente a argila! - Está a dizer que podemos encontrar aqui tabuinhas de argila com milénios de existência? – perguntei entusias-

mado. - Melhor do que isso, podemos ver a argila, que cura todas as maleitas do mundo e esse é o maior tesouro que podemos descobrir na vida – respondeu o senhor com grande alarido e entusiasmo. - Preferia o Épico de Gilgamesh – comentei desanimado. - Quem é esse Gil? - Não tem importância, tenha um bom dia! – despedi-me. Ao voltarmos para o caiaque encontramos sentado na embarcação um sujeito com um traje veranil oitocentista e chapéu de palha a condizer. - O senhor sabe que está a incorrer em plágio neste conto? - Mas quem é o senhor? – inquiri. - Eu sou Jerome K. Jerome e… - Pode ficar descansado, porque esta história é apenas uma homenagem ao seu fabuloso trabalho. - Já ouvi essa desculpa

muitas vezes, pretendo receber os meus honorários. - Com certeza, permita que o levemos até à costa. - Quanta gentileza, muito obrigado! Foi, desta forma, que rumámos até ao cais de São Martinho do Porto, sem antes depositar o nosso britânico amigo nuns rochedos para além da barra, mesmo perto de um trovador nosso conhecido. - Après que les poètes ont disparu / Leurs chansons courent encore dans les rues… - Eu só queria que me pagassem os direitos de autor.



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Atualidade

“Parteira do Povo” homenageada em livro e monumento na Golpilheira m A homenageada

ram, porque os filhos nasceram com a ajuda dela, e outras que sabem que foram ajudadas por ela”, conta. “Sinto cada vez mais que a família direta da “Maria do sinal” está empolgada e unida como nunca em torno de um objetivo comum, que é homenagear alguém que deixou marca, ajudando tanta gente, não só como parteira, mas sempre que alguém precisava de ajuda - nunca dizia não”, acentuava o neto e autor do livro. Presente na cerimónia de evocação da “Parteira do

Povo”, o presidente do município destacou “a generosidade” de Maria Bento de Jesus para com os outros. “Felicito toda a família, na pessoa do Joaquim Monteiro, por esta justa e sentida cerimónia que deve exortar o melhor da sociedade, pela nobreza de ajudar os outros e sobretudo aqueles que mais precisam. Todos nós somos avaliados, não por aquilo que dizem ou pensam alguns, mas pelo que fazemos. E neste particular, na sua humildade, “Maria do sinal” foi um exemplo de solidariedade que merece o nosso reconhecimento”, destacou Paulo Batista Santos. O livro “A Parteira do Povo” pode ser adquirido pelos seguintes meios: Menssager (Joaquim Monteiro), Wattsapp (contacto telefónico do autor), telefone 965427022 ou através do email, joaquimbentomonteiro@gmail.com. A obra também pode ser reservada na sede da Junta de Freguesia da Golpilheira. Os interessados poderão fazer o pedido de aquisição de segunda a sexta-feira das 8h30 às 13h30 e das 14h30 às 16h30, ou através dos contactos da autarquia.

ficado, cada prédio passa a ter um número de identificação, destinado ao tratamento e harmonização da informação de índole predial, possibilitando, desse modo, a gestão informática dos conteúdos cadastrais num único sistema de informação. O registo dos prédios rústicos e mistos, com área igual ou inferior a 50 hectares, será gratuito até 2023.

“A inscrição dos terrenos nas Finanças não é suficiente para garantir a proteção dos direitos de propriedade. Neste sistema simplificado será possível fazer o registo na Conservatória do Registo Predial, que será gratuito ao apresentar a localização da propriedade, obtida através do BUPi”, explica o presidente do município Paulo Batista Santos.

ficou conhecida pela sua generosidade para com os outros, notabilizando-se como parteira e amiga do próximo, praticando a caridade junto da população da Golpilheira A “Parteira do Povo” ou “Maria do sinal”, como era conhecida Maria Bento de Jesus, foi homenageada no dia 25 de julho na Goliplheira. A cerimónia contou com a presença de quatro gerações de nove dos 12 filhos que trouxe ao mundo. A homenagem, até pelo exemplo que foi Maria Bento de Jesus, constitui-se também como uma causa solidária. A receita resultante da venda do livro “A Parteira do Povo”, escrito pelo seu neto Joaquim Monteiro, reverte para a Associação Casa do Mimo, uma Instituição Particular de Solidariedade Social da Batalha, que administra um centro lúdico e ocupacional para crianças e jovens com necessidades especiais. “Maria do sinal” nasceu

p A “Parteira do Povo” homenageada em livro e monumento em Casal do Carvalhal (Carvalhal do Picoto) a 2 de abril de 1908, onde viveu a infância, e faleceu no Casal Mil Homens a 11 de novembro de 1972. Entre outras facetas, destacou-se como parteira. Uma percentagem elevada de crianças da Golpilheira e localidades vizinhas nasceu com a ajuda do seu saber e “mãos delicadas”. Além do monumento com a imagem da “Parteira do Povo”, a homenagem incluiu o lançamento de um livro. O autor contou com a

participação de familiares e revela, em forma de poesia, a história de Maria Bento de Jesus. A homenageada ficou conhecida pela sua generosidade para com os outros, notabilizando-se ainda como amiga do próximo, praticando a caridade junto da população da Golpilheira. Joaquim Monteiro conta que começou o processo tendente à homenagem e à publicação do livro em 18 de novembro de 2018 (46 anos após falecimento da sua avó). Menos de um mês depois “já tinha recolhido mais de 100

assinaturas” para sensibilizar as autoridades e a população para os objetivos da família. A 9 de dezembro, na sua página de Facebook, contava: “Hoje apareci no Centro Recreativo da Golpilheira e, durante o almoço do Rancho Lavadeiras do Lena, da Golpilheira, fiquei surpreendido com a forma como as pessoas falavam da minha avó”. “Falaram das atitudes generosas dela, de tudo o que fazia, e todos demonstraram muito carinho por ela. Estavam pessoas que a conhece-

Registo dos prédios até 50 hectares gratuito até ao próximo ano

p Gratuito para áreas iguais ou inferiores a 50 hectares

O BUPi - Balcão Único do Prédio da Batalha abriu no dia 28 de junho. É uma plataforma online e um balcão de atendimento presencial, que reúne informação sobre as propriedades e os seus donos, onde os proprietários podem fazer a georreferenciação e o registo dos seus terrenos. A implementação do Sistema de Informação Cadas-

tral Simplificado e do BUPi envolve um investimento de 14 mil euros, comparticipados por fundos europeus, na sequência de uma candidatura apresentada pelo município. Vai permitir desenvolver o cadastro predial, num regime simplificado e mais acessível para os cidadãos. Através do Sistema de Informação Cadastral Simpli-



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Batalha Opinião

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Jornal da Batalha

s Tesouros da Música Portuguesa João Pedro Matos

As singularidades da alma O grupo Expensive Soul constitui um daqueles casos de eclectismo da música, havendo recebido uma multiplicidade de influências para espelhar outras tantas referências que vão do Hip-Hop ao Reggae, passando pelo R&B até, obviamente, à Soul. E, no entanto, criou um estilo próprio, muito festivo, que convida à dança e à celebração de dias quentes e plenos de Sol. Estamos, portanto, perante uma banda do sul da Europa, não obstante ser oriunda do norte do nosso país (mais concretamente de Leça da Palmeira), porque só uma banda latina podia ser tão apaixonada e suscitar tanto entusiasmo em seu redor, quer através dos seus discos, quer nas suas prestações ao vivo. Mas, antes de avançarmos em mais considerações, vamos apresentar os Expensive Soul. Este duo, constituído por Demo (pseudónimo artístico de António Conde) e New Max (nome artístico de Tiago Novo), surgiu em 1999, na sequência de um concurso para uma

estação de rádio que havia lançado o repto a músicos para falarem do problema da droga. A verdade é que os dois músicos já se conheciam dos tempos do liceu, mas foi este concurso radiofónico que os lançou, visto ter-lhes permitido atuar ao vivo para os seus ouvintes. Editaram a nível nacional o seu primeiro álbum apenas em 2005, trabalho produzido no estúdio particular que pertencia a New Max; designado por B.I., o disco já antes havia sido lançado pela sua editora independente e com sucesso. Mas ao assinarem por uma grande editora, conseguiram que o tema Eu Não Sei integrasse a banda sonora da série de televisão Morangos Com Açúcar. E o tema Falas Disso, seguiu a peugada do anterior, fazendo parte da banda sonora da terceira temporada da mesma série. No ano seguinte, editam o segundo registo de originais, intitulado Alma Cara. Tratava-se de um jogo de palavras sobre o próprio nome da banda; mas tam-

bém não ficaria mal traduzi-la por singularidades da alma, tantas são as facetas e a diversidade de aspetos que podemos encontrar neste projeto musical. A realidade é que apesar deste caleidoscópio musical, caleidoscópio ainda mais colorido pela contribuição da sua banda de suporte (a Jaguar Band, a qual possui uma secção de metais notável), o grupo parecia estar talhado para o êxito. Assim, não admira que houvesse sido nomeado para os MTV Europe Music Awards de 2006. No entanto, foi só em 2010 que se assistiu à massificação do êxito dos Expensive Soul, muito à custa do álbum Utopia e particularmente por causa do single dele extraído, O Amor é Mágico. Em 2012, participaram na Capital Europeia de Cultura que nesse ano se realizou em Guimarães com o espetáculo Expensive Soul Symphonic Experience, o qual contou com a direção musical do maestro Rui Massena. A Expensive Soul Symphonic Experien-

ce foi, como o próprio nome indica, uma incursão nos domínios da música dita erudita e constituiu um projeto de fusão entre a clássica e a música popular. Foi, na nossa modesta opinião, o ponto mais alto da carreira do grupo, porque lhe permitiu demonstrar capaz de outros voos e até um grande arrojo em termos musicais. Sonhador data de 2014 e será talvez, relativamente a trabalhos de originais, o álbum mais coerente e conseguido da banda. Dele foram extraídos três singles de su-

cesso: Cupido, Que Saudade e Só Limar. Mas o disco tem outras preciosidades, como o tema de abertura, Progresso, que é uma crítica mordaz à sociedade contemporânea. Electricidade alinha pelo diapasão da dança e é uma peça que destaca-se logo em termos de arranjos. Não Te Vás Já balança entre o Twist e a Soul, e encerra um disco que é obrigatório em qualquer boa fonoteca. A Sonhador seguiu-se o álbum Ao Vivo Nos Coliseus, de 2016, e A Arte das Musas, de 2019. Em conclu-

são, por todos estes motivos e principalmente pela audição atenta da sua música, a atividade deste duo deverá continuar a ser acompanhada com atenção.

s À Mesa Ana Caseiro Cozinheira

Refrescos de verão No querido mês de agosto sabem maravilhosamente bem as tardes passadas à beira-mar, os churrascos na varanda e os fins

de tarde bem acompanhados. E para acompanhar essas tardes decidi nesta edição apresentar duas receitas frescas e saborosas para

quem é fã de café: a bebida Mazagran e um chá frio de limão e poejo. Os portugueses são grandes consumidores de café, tanto a frio (como o gelado de café e Mazagran) ou a quente, como o expresso (no norte conhecido como bica ou cimbalinho), o galão e o cappuccino. A bebida Mazagran teve origem em Áustria pelos soldados franceses que foram obrigados a racionar o seu café. A receita original leva rum, a bebida alcoólica que era consumida na época. A outra receita é um chá frio com limão e poejo fresco, erva aromática muito utilizada na gastronomia alentejana para aromatizar caldos, migas e açordas. Há quem goste de utilizar

hortelã, ou cidreira fresca. Ambas são de preparação simples e rápida. Seguem as receitas com os ingredientes e suas preparações. Ingredientes: Ice-Tea de limão e poejo 2 saquetas de chá preto Sumo de 1 limão 3 colheres de açúcar amarelo 1 litro de água 4 pés de poejo fresco Gelo Preparação: Esta receita dá para cerca 4 copos de chá. Num jarro colocar 0,5l de água muito quente com as duas saquetas de chá. Deixar repousar cerca de 3 minutos. Retire as saquetas e junte o sumo de 1 limão e o açúcar, este

pode ser a gosto eu prefiro açúcar amarelo por faz lembrar o melaço. Mexer bem e completar com o resto da água fria, o poejo e gelo. Este chá frio pode se reservar no frigorifico com a validade de 5 dias. Mazagran Ingredientes: (receita para 1 copo) 1 café expresso 2 cubos de gelo 1 chávena de água fresca 1 colher de sobremesa de açúcar branco 1 colher de sobremesa de sumo de limão 2 rodelas de limão Preparação: Prepare o café expresso e adicione o açúcar branco até dissolver. Num copo colocar o gelo a água fresca e

sumo de limão. Acrescente o café a este preparado anterior e mexa bem. Está pronto para ser consumido numa bela tarde de verão. Esta bebida tem a validade de 3 dias no frigorifico. Desejo, assim, boas férias. Aproveitem o verão, partilhem momentos e troquem conhecimentos e saberes com os amigos e a família. Voltamos na edição de setembro.


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Atualidade Batalha

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Politécnico e município envolvem estudantes numa semana cultural m O presidente do Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa, sublinha a importância das parcerias desenvolvidas com os municípios O Município da Batalha e o Politécnico de Leiria assinaram em julho um protocolo de cooperação para promoção de uma semana de cultura, ainda este ano, em 2022 e 2023, dedicada a estudantes do ensino secundário. A semana decorrerá preferencialmente no mês de julho, com o envolvimento de 50 estudantes do ensino secundário e quatro monitores, que farão o seu acompanhamento. No ano de 2021, apenas 20 estudantes, devido ao contexto da pandemia por Covid-19.

“A participação do município nesta iniciativa envolve um apoio de quatro mil euros anuais, tendo intervenção em todas as etapas do desenvolvimento do processo - definição da programação, método de seleção dos participantes, divulgação e avaliação do evento, para além do acolhimento de atividades, com uma programação adequada e específica para o concelho”, expplica a autarquia em comunicado. A Fórum Estudante participa igualmente no projeto como copromotora da semana temática dedicada à cultura, “envolvendo-se na divulgação da iniciativa, seleção de participantes e apoio logístico e de recursos humanos, inclusive através da disponibilização dos materiais produzidos aos participantes nas atividades”, adianta.

p Visita às obras da futura residência de estudantes Na cerimónia de assinatura do protocolo, no dia 12 de julho, no museu da Batalha, o presidente do Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa, sublinhou a importância das parcerias desenvolvidas com

os municípios, em particular com o Município da Batalha, que “também é um único da região que se encontra a desenvolver uma residência para estudantes, área especialmente relevante para o

desenvolvimento do ensino superior da região”. Os representantes do Politécnico de Leiria visitaram o andamento das obras da futura residência de estudantes a funcionar na Batalha,

“um projeto âncora para o incremento do ensino superior na Batalha e que representa um investimento global de cerca de 900 mil euros”, disse o presidente do município, Paulo Batista Santos.

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ALOJAMENTO LOCAL

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt


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Batalha Atualidade

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Prémio Portuguese Women in Tech foi atribuído a uma batalhense m “Este prémio é o reflexo do trabalho de todas nós, porque não conseguimos evoluir e atingir os nossos objetivos se trabalharmos sozinhas”, firma Ana Silvério A batalhense Ana Silvério, diplomada em informática para a saúde e mestre em gestão de sistemas de informação médica na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico de Leiria, foi a vencedora do prémio Portuguese Women in Tech 2021, na categoria Software Developer. Os prémios, cujos vencedores foram anunciados no dia 14 de julho, têm

como objetivo apoiar as mulheres na área da Tecnologia, proporcionando visibilidade, networking e mentoria. “Este prémio é o reflexo do trabalho de todas nós, porque não conseguimos evoluir e atingir os nossos objetivos se trabalharmos sozinhas. Representa o trabalho que fazemos diariamente e permite o reconhecimento das mulheres no mundo tecnológico”, afirma Ana Silvério. “Num mundo onde tudo é instantâneo, é importante termos tempo para parar, apreciar e reconhecer o esforço e a dedicação do nosso trabalho. Existem cada vez mais mulheres a trabalhar em tecnologia e são iniciativas como esta que nos permitem reco-

nhecer isso mesmo e mostrar que é possível”, adianta a batalhense. Líder de equipa na Deloitte, Ana Silvério é ainda professora assistente no Politécnico de Leiria e estudou no Agrupamento de Escolas da Batalha. Entre 2013 e 2014, quando estava ainda na licenciatura em informática para a Saúde, participou no programa Microsoft Student Partner, tendo sido embaixadora da Microsoft junto dos estudantes do Politécnico de Leiria, através da organização de eventos para dar a conhecer as tecnologias daquela empresa. Em 2014 começou a trabalhar na Deloitte, primeiro como trainee, depois como programmer e como experience programmer, até chegar ao atual cargo

Jovem do concelho conquista terceiro prémio em artes marciais

p Os jovens que participaram na competição O batalhense Tiago Veiga alcançou o 3º lugar na categoria Soft Mãos Vazias – Menos de 15 anos, na Taça de Portugal da Federação Portuguesa Lohan Tao Kempo (FPLK), que decorreu nos dias 10 e 11 de julho, no pavilhão da Expoeste, nas Caldas da Rainha e contou com a participação de mais de 400 atletas. O jovem de 14 anos foi um dos 13 atletas da Associação Clube Shenlong – Martial Arts, que participaram na prova, “depois de

treinarem com muita dedicação e muito entusiasmo de forma a poderem voltar às provas presenciais após 16 meses de afastamento dos tapetes de competição”, explica a associação. O clube participou em 31 provas e conseguiu arrecadar 18 medalhas (8 de ouro, 6 de prata, 4 de bronze), a taça de 3ª melhor equipa em provas tradicionais e o prémio de melhor atleta feminina em provas tradicionais (Daniela Domingues). Esses resultados permi-

tiram ao clube arrecadar a taça de 3ª melhor equipa em provas Tradicionais e o prémio de Melhor Atleta Feminina em Provas Tradicionais (Daniela Domingues). “Estes resultados demonstram que os esforços e a determinação dos atletas perante a pandemia que nos oprime, fomentam sentimentos de orgulho e esperança para os pais e treinadores”, refere a Associação Clube Shenlong – Martial Arts, com sede no concelho de Porto de Mós.

delíder de equipa. “No Politécnico de Leiria encontrei os melhores professores, que sempre me apoiaram e fomentaram a minha evolução académica. Com eles criei as bases e estudei as ferramentas necessárias para alcançar os meus objetivos. Acredito que a diversidade do corpo docente e o rigor do ensino me ajudaram a construir uma visão dos objetivos que desejo concretizar”, refere. “Hoje em dia, esta relação mantém-se, continuo a ter uma ligação ao Politécnico de Leiria, através do programa BrightStart, onde já tive oportunidade de lecionar duas unidades curriculares juntamente com outros professores desta instituição”, conclui Ana Silvério.

p Ana Silvério, Portuguese Women in Tech 2021

Campanha recolheu material escolar para a Guiné-Bissau A APDRB – Centro Infantil Moinho de Vento desenvolveu, em junho, o projeto “Desenhar Sorrisos”, com o objetivo de apoiar a associação humanitária para a cooperação e desenvolvimento Resgatar Sorrisos, com sede em Pousos, Leiria. A ação pretendeu ainda estimular o espírito de solidariedade da comunidade educativa batalhense. A Resgatar Sorrisos tem apoiado a educação de crianças guineenses, in-

cluindo através da construção de uma escola em Candemã – Guiné-Bissau. O projeto “Desenhar Sorrisos”visou a recolha de material escolar consumível (como borrachas, lápis, papel, etc) de modo a apoiar a educação destas crianças. A iniciativa contou com parcerias fundamentais para a sua prossecução, como é o caso das empresas Cromolde e Papel Print, Caixa Crédito Agrícola da Batalha e da Loja

Social da Batalha. Outras entidades do concelho decidiram aliar-se a este projeto, nomeadamente A Escolinha O Trevo (Centro Paroquial de Assistência de Reguengo do Fetal), a creche O Pinheirinho (Centro Social e Cultural da Paróquia de São Mamede) e o Jardim Infantil Mouzinho de Albuquerque. Assim, foi possível recolher mais de 10 mil objetos, num valor superior a 2.800 euros, “o que superou as expectativas dos dinamizadores da iniciativa”.

p A organização agradece à comunidade educativa e entidades



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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

Emigrantes regressam ao Altar do Mundo mas ainda sob regras ditadas pela pandemia m A peregrinação aniversária de 12 e 13 de agosto, que assinala a quarta aparição de Nossa Senhora aos três videntes, é presidida pelo arcebispo do Luxemburgo, o cardeal Jean-Claude Hollerich A peregrinação aniversária de 12 e 13 de agosto, que assinala a quarta aparição de Nossa Senhora aos três videntes, também conhecida como a Peregrinação dos Emigrantes, é presidida pelo arcebispo do Luxemburgo, o cardeal Jean-Claude Hollerich, que dirige a Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (Comece). O arcebispo do Luxemburgo presidiu a esta peregrinação em agosto de

p O distanciamento físico continua a ser obrigatório 2013, no primeiro ano do pontificado do Papa Francisco. Aos 61 anos foi o primeiro do seu país a integrar o Colégio Cardinalício e recebeu a notícia em Portugal, quando se encontrava de férias. O prelado mantém com a comunidade portuguesa uma relação de grande proximidade e em agosto

de 2013 escreveu um texto para o jornal Voz da Fátima intitulado “Ser estrangeiro”. No artigo, publicado na edição de setembro, refletiu sobre a dupla condição do migrante, estrangeiro na terra de adoção , mas também “estrangeirado” na terra onde nasceu. Em simultâneo, de 8 a 15

de agosto, realiza-se A 49ª Semana Nacional de Migrações, sob o tema “Rumo a um nós cada vez maior”. “O coração desta semana é a peregrinação de 12 e 13 de agosto, que decorrerá com as condicionantes conhecidas, pelo segundo ano consecutivo não haverá vigília noturna. Os peregrinos terão acesso limita-

do, por isso acredito que muitos estarão unidos pelo coração e acompanharão pelos meios de comunicação social, com a mesma intensidade”, refere Eugénia Quaresma a presidente do organismo católico. Na peregri nação de agosto, a que acorrem milhares de emigrantes de férias em Portugal, existe

ainda um ritual que este ano completará o seu 81º aniversário e que consiste na entrega de trigo a Nossa Senhora, no momento do ofertório da missa do dia 13 de agosto, uma prática iniciada pelos paroquianos de Leira, da Ação Católica. Para esta peregrinação, ainda a decorrer em contexto de pandemia, estão inscritos quatro grupos: dois de Espanha, um da Polónia e outro da Alemanha. As regras de segurança mantém-se no Santuário de Fátima devendo ser observado o distanciamento físico entre peregrinos que não provenham do mesmo agregado familiar; o uso obrigatório da máscara e a frequente higienização das mãos. As entradas e saídas dos espaços estão assinaladas pelo que devem ser observadas as várias indicações sinaléticas.


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Pandemia Batalha

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Covid: concelho em risco elevado com aumento de casos ativos m A Batalha apresenta 64 casos ativos, havendo nove concelhos com números inferiores. O município de Leiria concentra 352 situações O Município da Batalha apresentava no dia 04 de agosto uma incidência elevada de Covid-19, com 425,99 casos por cem mil habitantes – um registo de mais 68 casos a 14 dias – e estava no nível de risco elevado, a aproximar-se do muito elevado – mais de 480 situações por cem mil habitantes. Apresentava a terceira incidência mais elevada do distrito de Leiria. O número de pessoas falecidas no concelho da Batalha com Covid-19 manteve-se em 19 no último mês, segundo o boletim sobre a

pandemia divulgado pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria. No distrito de Leiria já não há concelhos sem registo de falecimentos, apresentando Castanheira de Pera (5) Pedrógão Grande (6) e a Batalha os números mais baixos. No caso da Batalha, há ainda a registar a morte de um cidadão natural do município, mas residente no distrito de Aveiro. O concelho de Leiria apresenta o maior número de vítimas mortais (168), seguindo-se Caldas da Rainha (120) e Pombal (107). No que respeita aos casos ativos, a Batalha apresenta 64, havendo nove concelhos com números inferiores. O município de Leiria concentra 352 situações, seguindo-se Caldas da Rainha (88) e Porto de Mós (86).

Casos da doença ativos no distrito Município

Casos confirmados

Leiria Caldas da Rainha Porto de Mós Pombal Marinha Grande Peniche Batalha Alcobaça Nazaré Óbidos Bombarral Alvaiázere Figueiró Vinhos Ansião Pedrógão Grande Castanheira Pêra Total

Recuperados

8 156 3 147 1 668 3 547 2 169 2 117 960 3 325 931 695 648 497 451 1 217 245 168 29 941

Casos ativos

7 636 2 939 1 544 3 364 2 047 1 998 877 3 188 874 631 620 472 428 1 180 237 163 28 198

Falecimentos

352 88 86 76 75 70 64 57 37 15 5 3 3 2 2 0 935

168 120 38 107 47 49 19 80 20 49 23 22 20 35 6 5 808

Fonte: Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria, municípios e autoridades de saúde/Região de Leiria (04 de agosto)

Desde o início da pandemia, registaram-se 960 infetados confirmados no concelho da Batalha. Os municípios de Castanheira de Pera (168), Pedrógão Grande (245) e Figueiró dos Vinhos (451) são os me-

nos afetados. Pelo contrário, Leiria (8.156), Pombal (3.547) e Alcobaça (3.325) apresentam o maior número de pessoas infetadas desde março de 2020. Entretanto, a câmara municipal contratou três

enfermeiros para aumentar a capacidade de resposta do centro de vacinação instalado na Exposalão, disponibilizando “um banco extraordinário de 360 horas em serviço de enfermagem até ao final

de setembro”. Os enfermeiros foram contratados em regime de prestação de serviços e no quadro de competências na área da saúde que o Município da Batalha exerce desde abril de 2021.


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Jornal da Batalha

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Saúde Diabetes aumenta a prevalência de doenças gengivais

Ana Rita Fradinho Médica dentista

m Saúde oral na diabetes passa por corrigir os desequilíbrios na boca, prevenindo os efeitos negativos do excesso de glicose salivar

Considerado um problema de saúde pública, a diabetes resulta muitas vezes da forma como as pessoas vivem e dos hábitos que têm. Quem sofre de diabetes enfrenta diversos riscos para a saúde, os quais afetam a qualidade de vida. Sabe-se que o risco de complicações como doença cardiovascular e neuropatia aumenta com a diabetes, pelo que é possível que as implicações na saúde oral atribuídas à diabetes possam ser mais elevadas entre 2/3 de doentes já diagnosticados e 1/3 dos doentes que não sabem que têm diabetes. Ser diabético é uma condição que pode comprometer

a saúde oral, na medida em que aumenta a prevalência de doenças gengivais e constitui um fator de risco para doenças periodontais graves. Segundo um estudo desenvolvido por Ana Rita Fradinho, médica dentista e especialista na área da saúde oral aplicada ao doente com diabetes, “os doentes diabéticos apresentam maior prevalência de alterações orais incluindo xerostomia(3), alterações do paladar, sialose(4) e candidíase oral(5). Inclusive sabe-se que o doente diabético tem três vezes maior probabilidade de sofrer destas complicações, pelo que é essencial apostar na prevenção”.

Com uma clara aposta na prevenção começam a surgir no mercado nacional soluções de higiene oral direcionadas para a população de pessoas com diabetes. São produtos que ajudam a corrigir os desequilíbrios na boca e ajudam a reforçar e apoiar a ação natural da saliva, prevenindo os efeitos negativos do excesso de glicose salivar e estimulando um microambiente que favorece a presença de uma flora oral saudável. Para Ana Rita Fradinho, “é essencial que os diabéticos tenham um cuidado acrescido no que toca à higiene oral. Se os níveis de glicose no sangue não forem bem controlados estes terão maior pro-

babilidade de virem a desenvolver doença periodontal e de perder dentes em comparação com pessoas que não têm diabetes”. Por outro lado, “é importante não esquecer que, como todas as infeções, a doença periodontal pode ser um fator que eleva o açúcar no sangue e pode tornar o controlo da dia-

betes mais difícil. É a pensar nessa relação de risco que temos vindo a trabalhar em soluções que forneçam uma barreira contra o impacto oral do excesso de glicose salivar, que aumente os antioxidantes e apoie o equilíbrio natural da boca. No fundo procuramos apresentar produtos que neutralizem os efeitos

, SA ACORDOS PARA OFTALMOLOGIA:

ADSE, ADMG, Multicare, Advancecare, Médis, SAD-PSP, SAD-GNR, SAMS Centro, SAMS Quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sãvida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon,

Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia...sábado - manhã Oftalmologia...............................................Dr. Joaquim Mira............................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira.. quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro................................. terça - tarde

Dr. João Cardoso.............................. segunda - tarde

Otorrinolaringologia.................................Dr. José Bastos.................................... quarta - tarde Pneumologia/Alergologia.........................Dr. Monteiro Ferreira............................sexta - tarde Próteses Auditivas................................................................................................... quarta - tarde Psicologia Educacional/vocacional........ Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos..................................Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Terapia da Fala...........................................Dra. Débora Franco.............................quinta - tarde Urologia.......................................................Dr. Edson Retroz..................................quinta - tarde

Ortóptica.....................................................Dr. Pedro Melo................................ sábado - manhã

Medicina Dentária

Outras Especialidades:

Cardiologia..................................................Dr. David Durão.....................................sexta - tarde Cirurgia Geral/Vascular.............................Dr. Carlos Almeida.................................sexta - tarde Clínica Geral................................................Dr. Vítor Coimbra................................ quarta - tarde Dermatologia............................................ Dr. Henrique Oliveira...................... segunda - tarde

Dra. Sâmella Silva

Terça/Quinta - Tarde Sábado - Manhã

Dra. Susana Frazão

Sexta-feira - Tarde

Electrocardiogramas...............................................................................segunda a sexta - tarde Endocrinologia............................................Dra. Cristina Ribeiro............segunda / terça - tarde Estética .......................................................Enf. Helena Odynets..............................sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..........................Dr. Paulo Cortesão........................... segunda - tarde

Cirurgia Oral Implantologia

Neuro Osteopatia /Acumpunctura.........Tec. Acácio Mariano............................ quarta - tarde

Próteses Dentárias

(Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortodontia

Neurocirurgia.............................................Dr. Armando Lopes......................... segunda - tarde Neurologia..................................................Dr. Alexandre Dionísio..........................sexta - tarde Nutricionista...............................................Dra. Ana Rita Henriques........................ terça - tarde

Rx-Orto Telerradiografia

Ortopedia....................................................Dr. António Andrade....................... segunda - tarde

Rua da Ribeira Calva . Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente . BATALHA . Tel.: 244 766 444 . 939 980 426 . clínica_jm@hotmail.com


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Saúde Batalha

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pxhere.com

Diarreias de verão são uma ameaça à saúde e bem-estar da acumulação de glicose salivar na boca”. A incidência da Diabetes tem vindo a aumentar de ano para ano. Dados de 2019 dão conta de que Portugal regista entre 60 mil a 70 mil novos casos de Diabetes todos os anos, a maioria do tipo II. “Tendo em consideração o número crescente de pessoas com diabetes e o facto de que as doenças periodontais também podem ter um efeito negativo sobre o açúcar no sangue, é importante tomar medidas para controlar a doença periodontal, de modo a ajudar a melhorar os seus níveis de açúcar no sangue”, acrescenta a especialista. Notas: A gengivite é uma forma leve de doença periodontal, caracterizada pela inflamação das gengivas. (2) Periodontite (ou doença periodontal) é uma doença que afeta os tecidos de suporte dos dentes, entre eles o osso e a gengiva. (3) A xerostomia, ou sensação de boca seca, está associada à diminuição na quantidade de saliva na cavidade oral. Quando surge com alguma frequência pode ter impactos negativos na saúde oral. (4) Condição associada ao aumento do volume das glândulas salivares. É uma situação assintomática que ocorre sobretudo na glândula parótida. Este crescimento pode conduzir à perda de secreção salivar, manifestando-se numa das causas de xerostomia. (5) A candidíase oral, chamada também de monilíase oral ou sapinho, é uma infeção da orofaringe provocada pelo fungo Candida albicans. Ela é responsável pelo surgimento de uma série de sinais que afetam as mais variadas regiões da boca, embora sejam muito mais recorrentes na área da língua. (1)

Com a chegada de mais um verão, ainda que atípico devido à pandemia, o médico especialista em medicina geral e familiar, Tiago Maricoto, alerta para a necessidade de proteção para outros agentes infeciosos e toxinas nos meses mais quentes e que todos os anos fazem aumentar os casos de gastroenterites em adultos e crianças, tanto nas urgências como nos centros de saúde. “Os meses de julho e agosto são aqueles em que as pessoas passam mais tempo fora de casa. O foco está no coronavírus, mas este não deve ser a única preocupação ao nível da prevenção. As diarreias de verão, além de muito incómodas, desregulam a flora intestinal e enfraquecem o sistema imunitário”, sublinha o médico. O médico explica que neste contexto das diarreias agudas, mais frequentes nesta época do ano, está “a diarreia do viajante (muitas vezes associada a viagens para países de clima tropical e com diferente microbiota ambiental), as toxinas alimentares (que no verão se devem a alimentos mal conservados e contaminados por microrganismos que proliferam devido às condições climatéricas) ou as parasitoses intestinais, que apesar de pouco prevalentes em Portugal,

afetam regularmente as crianças que contactam com animais em ambiente selvagem”. Urgências? Tome nota destes sinais de alerta De acordo com o Tiago Maricoto, a diarreia caracteriza-se por um aumento do número de evacuações intestinais e pela perda da consistência das fezes. Frisa que a maioria dos episódios são agudos, com duração de cinco a sete dias e resolvem-se espontaneamente com cuidados gerais de saúde. No entanto, alerta que há “quadros que se fazem acompanhar por outros sintomas, como náuseas, vómitos, dores abdominais e musculares, febre, ou mesmo sangue e muco nas fezes”. “Alguns destes quadros de diarreia podem estar associados a condições clínicas mais graves, necessitando de observação e tratamento médico adequado. A ajuda médica deve ser procurada em situações de diarreia prolongada e persistente, ou associada a vómitos repetitivos que impeçam a adequada hidratação e nutrição, na presença de febre elevada e persistente, confusão e desorientação, ou se também houver perda de sangue nas fezes”, esclarece. E acrescenta que “os idosos, as crianças com menos de 2 anos e as pessoas com doenças crónicas graves

são mais vulneráveis e, como tal, deverão ter atenção especial nestes casos”. Como prevenir e tratar? Segundo o Tiago Maricoto, a melhor forma de prevenir episódios de diarreia “é através de cuidados de higiene e alimentação adequados, evitando o risco de contágio, quer por agentes infeciosos quer por alimentos contaminados ou mal conservados”. Por esse motivo, salienta que deve haver uma atenção especial para a forma de conservação dos alimentos, privilegiando alimentos frescos, reforçando a hidratação regular, principalmente nas crianças mais ativas e nos idosos frágeis”. Além disso, o médico recomenda higienizar regularmente as mãos e evitar ambientes de potencial contágio (como praias de água não con-

trolada) e o contacto com animais selvagens. Acrescenta que, em caso de viagem para o estrangeiro, deve-se privilegiar água engarrafada e restaurantes de confeção internacional. Como reequilibrar o intestino? “Uma hidratação adequada é de crucial importância durante o período de verão, quer para prevenir eventuais episódios de diarreia, mas também durante o tratamento da mesma”, afirma o médico. Habitualmente, do ponto de vista médico, a chamada diarreia de verão não necessita de tratamentos farmacológicos, bastando para tal uma alimentação adequada, com alimentos neutros e de digestão fácil (como maçã, banana, carnes magras e peixe, arroz, batata e sopa) e evitar alimentos de pH ácido, ricos

em gorduras ou com especiarias. “No entanto, para uma recuperação mais rápida que permita usufruir mais das férias podemos recorrer a tratamentos farmacológicos”, refere. O Tiago Maricoto sublinha que “a toma de medicamentos para ‘travar’ a diarreia, como a loperamida, não é por norma recomendada, uma vez que impede o sistema digestivo de ‘expulsar’ adequadamente a causa do problema, estando associada a outros efeitos adversos e podendo mesmo agravar a desregulação da microbiota intestinal e o seu normal funcionamento”. Em vez disso, recomenda os probióticos, uma vez que têm um papel muito importante no reequilíbrio da microbiota intestinal. “O seu papel passa não só pelo normal equilíbrio da f lora bacteriana intestinal, mas também pelo funcionamento adequado do sistema imunitário, estando por isso recomendados pelas sociedades médicas internacionais de gastroenterologia”, explica. Entre as opções que considera mais eficazes e mais recomendadas encontra-se o Saccharomyces boulardii CNCM I-745, estudado desde há muitos anos e muito utilizado em Portugal, e que ajuda a diminuir a duração do episódio de diarreia, bem como a promover uma recuperação mais rápida e natural.

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Jornal da Batalha

Património

A Defesa do Património D. Manuel I Venturoso porque colhi a seara que outro semeou mas desventurado porque a História não me consagrou o monarca para que a ventura me fadou. Pela crueldade com que tratei o Povo Eleito sujeito me tornei da minha própria lei. Sem magnanimidade não pude ser um grande rei e nem por sombras fui semeador de searas como aquela que ceifei.

Na realidade, D. Manuel I, que foi, em muitos aspectos, um soberano empreendedor e cumpridor das exigências do seu cargo, desfavoreceu muito a sua imagem quando, embalado na onda que vinha de Espanha, da parte dos seus congéneres castelhanos, os Reis Católicos, permitiu a perseguição aos Judeus e a sua expulsão de Portugal, o que para além da crueldade do acto desfalcou o nosso País de parte importante da sua população mais activa. Contudo, noutros aspectos a sua acção pode ser merecedora dos maiores encómios. A Batalha ficou a dever-lhe a sua elevação a vila em Março de 1500 e a demarcação do seu espaço administrativo e a subsequente oferta da caixa de pesos, com que obsequiou os municípios, tão necessária à economia local, um artístico exemplar que a Câmara conseguiu salvar da habitual destruição dos valores históricos e que está em exposição no Museu da Comunidade Concelhia. É curioso referir que além da peça original, devidamente resguardada embora visível, o Museu tem uma réplica perfeitíssima que pode ser manuseada pelos visitantes. O pelourinho quinhentis-

ta, cuja imagem em gravura da Palhares do início do século XIX torno a publicar, como ilustração dos apontamentos deste mês, e repito que este valiosíssimo e expressivo monumento foi destruído nos anos sessenta do também século XIX numa vaga idêntica, de estupidez e de ignorância, à que vem tentando delapidar os mais significativos marcos da nossa história, tem hoje uma preciosa réplica, embora com alguma alterações no cimo indecifrável na gravura, da autoria do saudoso Mestre Alfredo Neto Ribeiro, iniciativa que foi da Câmara Municipal, então presidida por António Lucas. Mas a D. Manuel I ficaram a dever-se a continuidade das obras no Mosteiro, sendo necessário desfazer a ideia de que foi ele que retirou mestres e operários do nosso monumento para os enviar para os Jerónimos, e particular apoio a arquitectos como Mateus Fernandes e Boitaca (Boytac). A Mateus Fernandes concede a honra póstuma, honra máxima à sua memória mandando sepultá-lo no real mosteiro em sítio destacável, e Boitaca confirmando a concessão do grau de cavaleiro, o que quer dizer da elevação dum mestre de pedrarias à nobreza.

O nome do Rei associado ao estilo que tudo leva a crer ter criado por Mateus Fernandes e continuado, entre outros, pelo genro deste, o Mestre Boitaca, é assim um acto de inteira justiça. E já que falamos de Mateus Fernandes e de Boitaca, que assinava em documentos da sua lavra Boytac, tudo leva a crer que aquele teria nascido na Covilhã, assim sendo considerado naquela lindíssima cidade da Beira Interior como uma dos seus filhos mais ilustres. Já de Boitaca se desconhece a terra da naturalidade e o País e, inclusivamente, qual seria o seu nome próprio. Nada há a provar que fosse Diogo. Sobre este assunto, como a tudo que diz respeito à obra monumental do Mosteiro, é essencial ler o livro do muito ilustre Professor Doutor Saul António Gomes “VÉSPERAS BATALHINAS – Estudos de História de Arte”, edição na Colecção História e Arte, das Edições Magno. Mestre Boytac foi sepultado na Igreja de Santa Maria-a-Velha, no terreiro atrás do Mosteiro. Sepultu-

ra profanada no século XX quando estupidamente se arrasou a primitiva igreja batalhense. Apenas se conseguiu salvar parte da laje da sua sepultura, onde também estava enterrada sua mulher Isabel Guilherme, filha de Mestre Mateus Fernandes e neta de arquitectos também. Infelizmente no nosso tempo isto continua a acontecer, ora por simples, mas indesculpável, desleixo ora por premeditada acção, o que é qualquer de tenebroso e de doentio, de indivíduos que, se forem portugueses, estão a destruir as memórias do seu Povo e a ultrajar gratuitamente os seus antepassados. O fanatismo ensandece, de verdade, quem se lhe subordina. E já que volto sempre ao aliciante tema do património, seria preferível dizer dos patrimónios, peço às autoridades competentes que resolvam o problema da deficientíssima iluminação do espaço abrangente do Mosteiro, em grande parte às escuras, e do próprio monumento. Meu agradável passeio quase diário, espaire-

cedor das horas que passo agarrado à velha máquina de escrever, já deixei de o fazer a horas nocturnas, impossibilitado que fico de ver o caminho. O Monumento aos mortos em Campos de Batalha Foi muito feliz a ideia de lembrar os nossos militares mortos na Grande Guerra e na Guerra Colonial num monumento original e muito significativo não obstante a sua aparente simplicidade. Obra da arquitecta Patrícia Silva Soares, é digna de estar naquele espaço, ia a dizer quase sagrado, do largo do Condestável. Lembro que nesse espaço também está, evidentemente além da estátua equestre de D. Nuno Álvares Pereira, um expressivo monumento em memória de D. João I, oferecido pelos oficiais da Marinha de Guerra que frequentaram, há longos anos, o curso que tinha como patrono a figura do Mestre de Avis. O monumento, agora inaugurado, resultou duma louvável iniciativa da Liga dos Combatentes, com o pa-

trocínio da Câmara Municipal da Batalha. A autora, arquitecta Patrícia Soares, pertence ao quadro da Direcção Geral do Património Cultural.

Lar da Misericórdia nas Brancas Trata-se de uma iniciativa da Nossa Casa da Misericórdia, presidida pelo Dr. Carlos Agostinho Monteiro, a merecer-nos especial referência. Fazia falta e é mais um apoio, além do Centro Hospitalar vizinho, a quem na velhice ou na doença precisa duma assistência permanente. Já houve quem pensasse num lar na Vila e creio que é ideia que não se deve abandonar. É este o único recurso no nosso tempo para quem já não pode tomar conta de si próprio. Um assunto que precisa de muita reflexão.

José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (220)


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Economia

Rendimento das famílias do concelho foi o que mais cresceu a nível distrital m Em 2019, o Concelho da Batalha atingiu o terceiro maior resultado, com 15.838 euros, atrás de Leiria e Marinha Grande, para uma mediana distrital de 14.826 euros As famílias do Concelho da Batalha foram, no distrito de Leiria, as que mais viram crescer o seu rendimento anual no período de 2015-2019, registando-se uma subida de 2.240 euros (16,5%), segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE). O concelho é um dos oito acima da mediana distrital – 1.933,00 (15,6%) e supera também o valor alcançado a nível nacional, que foi de 1.939 euros, mais 13,2% em relação a 2015. Em termos percentuais, é o quarto maior cresci-

mento, apenas atrás de três concelhos do norte do distrito de Leiria: Castanheira de Pera, Ansião e Alvaiázere, com valores entre 19% e 17,5%. Em 2019, o Concelho da Batalha atingiu o terceiro maior resultado, com 15.838 euros, atrás de Leiria e Marinha Grande, para uma mediana distrital de 14.826 euros. É um dos oito municípios acima da mediana distrital. As famílias do Concelho de Leiria apresentam um rendimento anual superior em 2.462 euros à mediana do distrito e 664 euros mais do que o valor encontrado para a globalidade o país, Analisando as estatísticas, referentes a 2019, verif ica-se que o “rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por agregado fiscal” do município de Leiria aumentou 2 .050 euros (13, 4%) em cinco anos, superando o resul-

tado absoluto do distrito (1.933 euros), embora tenha ficado abaixo em termos de crescimento percentual, que no conjunto dos municípios foi de 15,5%. O rendimento mediano do distrito de Leiria foi de 14 .826 euros em 2019, atingindo o máximo em Leiria (17.288 euros) e o mínimo em Pedrógão Grande (12.454). A meio da tabela estão as famílias de Alcobaça, com 14.886 euros. A nível nacional, o resultado foi de 16.624 euros. Considerando a evolução do quinquénio (20152019), nota-se que o concelho da Batalha está na frente, com mais 2.240 euros (+16,5%), à frente de Castanheira de Pera, com uma subida de 2.090 euros (+19%) e Ansião, cujas famílias aumentaram o rendimento em 2.073 euros (+17,6%). Os municípios de Óbidos, Pombal, Leiria e Por-

to de Mós apresentam evoluções acima dos dois mil euros, encontrando-se acima das médias distrital e nacional. A nível nacional, surgem com os valores mais elevados os municípios da Área Metropolitana de Lisboa, entre os quais Oeiras, que lidera o país (18.373 euros). Os agregados fiscais com valores medianos mais baixos de rendimento bruto declarado, relativo a 2019, localizavam-se maioritariamente no interior da região Norte.

O valor situou-se acima do resultado nacional nas áreas metropolitanas de Lisboa (13.506 euros) e do Porto (11.979 euros), Região de Coimbra (12.551 euros), Região de Leiria-CIMRL (12.274), Alentejo Central (12.229) e na Região de Aveiro (11.990). Os agregados f iscais com valores medianos inferiores a 11 mil euros, localizavam-se nas sub-regiões do Tâmega e Sousa (9.606), Alto Tâmega (9.643), Douro (10.235), Terras de Trás-os-Montes (10.615), Alto Minho

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(10.652) e no Ave (10.951) no Norte do país, e a sul, nas sub-regiões do Alentejo Litoral (10.725) e no Algarve (10.827). A mediana do rendimento bruto declarado no IRS aumentou 4,5% em 2019, face a 2018. A Área Metropolitana de Lisboa a mais elevada, sendo a única região a superar o valor nacional. As estatísticas do INE revelam que o rendimento bruto declarado por residentes atingiu 99,5 milhões de euros, superior em 4% ao do ano anterior.

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a cuidar do passado, presente e futuro!

Rendimento anual das famílias da região Município

2019

2018

2017

2016

Leiria

17 288

16 823

16 091

15 657

15 238

Marinha Grande

16 812

16 605

16 234

15 961

15 536

Batalha

15 838

15 248

14 619

14 122

13 598

Caldas da Rainha

15 388

14 934

14 305

13 923

13 506

Óbidos

15 106

14 718

13 985

13 503

13 046

Porto de Mós

14 979

14 385

13 783

13 423

12 951

Peniche

14 950

14 458

13 836

13 470

13 015

Alcobaça

14 886

14 460

13 862

13 565

13 119

Pombal

14 766

14 242

13 481

13 105

12 711

Bombarral

14 420

13 801

13 248

12 888

12 569

Nazaré

14 177

13 956

13 244

12 922

12 590

Ansião

13 822

13 323

12 576

12 222

11 749

Figueiró dos Vinhos

13 131

12 612

11 978

11 859

11 459

Castanheira de Pera

13 077

12 528

11 769

11 360

10 987

Alvaiázere

12 979

12 487

11 891

11 506

11 049

Pedrógão Grande

12 454

11 952

11 632

11 104

10 874

14 826

14 314

13 632

13 264

12 831

16 624

16 141

15 484

15 121

14 685

Mediana distrital Portugal

2015

Fonte: INE | Rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por agregado fiscal

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IIIIIII D.FFFFFFFF 432, BBBBBBB TTTT.: 244 766 818 8888://///...--------...


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Batalha Opinião

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Jornal da Batalha

s Noticias dos Combatentes NCB

As sete pragas de Portugal De há uns largos anos a esta parte tem havido milhentos concursos, promovidos pelas televisões, para eleger a melhor de sete maravilhas de Portugal, nos mais diversos âmbitos: monumentos, praias marítimas ou fluviais, aldeias históricas, paisagens naturais, destinos de férias, culinária, etc, etc. Enfim, parece que neste nosso “cantinho à beira mar plantado” só há maravilhas, vivemos num paraíso, somo todos uns felizardos! Há um fundo de verdade nesta descrição, porque, de facto, o nosso Portugal ainda é, em termos naturais, climáticos, gastronó-

micos e de segurança, um ótimo país para se viver e ser feliz. O problema é que bem mais de dois terços da população portuguesa não consegue usufruir dessa felicidade, a não ser episodicamente. E porquê, se dispomos de tão excelentes condições, que até são a inveja de tanta gente de outros países que, sempre que pode, não perde a oportunidade de vir desfrutar de tais maravilhas? Será que somos masoquistas? Gananciosos? Invejosos? Demasiado ambiciosos? Eternamente insatisfeitos? Até poderemos ser um pouco de tudo isto. Contudo, cremos que o princi-

pal problema da nossa quase perene insatisfação terá origem noutros parâmetros, alguns deles endémicos e outros para lá caminham. Lembremos alguns: - A dicotomia rico-pobre; chefe-vassalo; forte-fraco será quase tão velha como o aparecimento do homem na Terra e, com o decorrer dos milénios, parece que as assimetrias têm aumentado. Seria suposto que o surgimento das religiões, em particular a católica, ao menos, atenuasse as diferenças, mas não se tem notado nada, pelo menos em Portugal (Faz o que eu digo; não faças o que eu faço…) - A constituição das

monarquias, se realisticamente analisadas, demonstram que vieram agravar as desigualdades sociais e as injustiças sobre os mais desafortunados e basta aprofundarmos um pouco da nossa história, já a caminho dos 900 anos, para confirmarmos esta evidência. - Praticamente de braço dado com os dois padrões anteriores está o aparecimento da política, ou melhor, dos políticos que, de um modo geral, parece que conseguiram reunir em si o pior do ser humano. Desde que, há umas décadas, ouvimos um político americano dizer, em tom jocoso, que um político que se

preze é aquele que, quando não está a beijar criancinhas, está a roubar-lhes o chupa-chupa, perdemos todas as ilusões acerca da maioria destes figurões. Tanto mais que, em Portugal, temos tido disso a rodos. Em especial desde que, no primeiro quartel do século XVIII, os partidos políticos foram proliferando a esmo. - Os crimes de “colarinho branco” são mais uma praga descomunal, já velha de séculos e que em Portugal parece estar cada vez mais poderosa, para nos esmifrar até ao tutano. Tal como o SARSCov-2, “oferece-nos” variantes para todos os gostos: corrup-

respetivos locais, tempo de permanência, objetivo e, no caso de deslocação em viatura própria do trabalhador, identificação da viatura e do respetivo proprietário, bem como o número de quilómetros percorridos, exceto na parte em que haja lugar a tributação em sede de IRS na esfera do respetivo beneficiário; “. Ora, a prova documental é, de acordo com o art.º 362.º do Código Civil (CC), “…a que resulta de documento;”, sendo que, em conformidade com o mesmo artigo, …diz-se documento qualquer objeto elaborado pelo homem com o fim de reproduzir ou representar uma pessoa, coisa ou facto.”. Quanto à sua modalidade, e nos termos dos n.ºs 1 e 2 do art.º 363.º do CC, os documentos escritos podem ser autênticos ou particulares, considerando-se autênticos “… os documentos exarados, com as formalidades legais, pelas autoridades públicas nos limites da sua competência ou, dentro do círculo de atividade que lhe é atribuído,

pelo notário ou outro oficial público provido de fé pública;”, sendo que todos os outros documentos são particulares. Refere, ainda, o n.º 3 daquele artigo, que, “Os documentos particulares são havidos por autenticados, quando confirmados pelas partes, perante notário, nos termos prescritos nas leis notariais.”. O mapa de kms é, nos termos do CC, um documento particular, preenchido pelos colaboradores, os quais registam as deslocações ao serviço da entidade patronal, feitas nas suas próprias viaturas, e pelas quais esta lhes atribui uma compensação (um valor predefinido por km percorrido). Para além de ser um documento que contem informação necessária para que a empresa determine o valor da compensação a atribuir aos trabalhadores, é também um documento necessário para a comprovação fiscal dos gastos relativos a essa compensação. Em conformidade com o art.º 373.º do CC, os documentos particulares de-

ção, compadrios, cunhas, “jobs for the boys”, promiscuidades em todos os campos da sociedade… tudo isto com a quase total impunidade dos seus autores, mas de gravíssimas consequências para o “zé povinho”, ou seja, quase 90% da população portuguesa que, com os seus vencimentos de sobrevivência e impostos às carradas, é quem suporta estes “desvios” (Ladrões são os “pilha-galinhas”…). O rosário está longe de estar desfiado, mas falta-nos o espaço. Fica para a próxima. Batalhenses, cuidem-se, porque o “bicho” continua por aí, à nossa espreita...

s Fiscalidade

Exigência de assinatura dos mapas de km As importâncias auferidas pela utilização de automóvel próprio em serviço da entidade patronal consideram-se rendimentos do trabalho dependente, na parte em que excedam os limites legais, nos termos do IRS (CIRS). As referidas importâncias, na esfera da entidade patronal, consideram-se gastos dedutíveis para efeitos da determinação do lucro tributável, devendo, para tal, estar comprovados

documentalmente, designadamente, e na parte em que não haja lugar a tributação em sede de IRS na esfera do respetivo beneficiário, por um mapa justificativo da deslocação (vulgarmente denominado mapa de kms) que contenha os elementos a que se refere o CIRC. Com efeito, o CIRC diz que não são dedutíveis, para efeitos da determinação do lucro tributável, mesmo quando contabilizados como gastos do pe-

ríodo de tributação, “As ajudas de custo e os encargos com compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador, ao serviço da entidade patronal, não faturados a clientes, escriturados a qualquer título, sempre que a entidade patronal não possua, por cada pagamento efetuado, um mapa através do qual seja possível efetuar o controlo das deslocações a que se referem aqueles encargos, designadamente os

Produção e comércio de Carnes

Produção própria de Novilhos Enchidos Tradicionais Talho: Largo Goa Damão e Dio | Batalha Tel. 244 765 677 | talhosirmaosnuno@sapo.pt

António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

vem, em regra, ser assinados pelo seu autor. A assinatura é, assim, um elemento essencial para o reconhecimento da autoria do documento e, consequentemente, para a aceitação do mesmo como prova. Os mapas de kms devem estar assinados pelos colaboradores, para efeitos da comprovação documental, e registo dos gastos com a compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador, ao serviço da entidade patronal.


Jornal da Batalha

Cultura Batalha

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Cultura

Projeto inovador de Tobias Monteiro leva teatro às escolas do concelho m O ator e encenador regressou à sua vila natal e trouxe preparada uma black box ambulante e uma oficina de artes performativas “A arca dos contos em movimento” já iniciou a sua viagem com vista à descentralização cultural e pedagógica. Atenta às vulnerabilidades impostas pelo recente período de ensino à distância, a Associação Cultural Kind of Black Box criou, com o apoio do Município da Batalha, uma oportunidade de proximidade com as crian-

ças através do ensino de expressões artísticas. O ator e encenador Tobias Monteiro regressou à sua vila natal, Batalha. Com ele, trouxe preparada uma black box ambulante e uma

oficina de artes performativas para pôr os alunos do Agrupamento de Escolas da Batalha, onde iniciou a sua escolaridade, a pensar, criar e celebrar o teatro. Esta aventura começou

com a entrada de uma carrinha transformer no recinto da escola! Foi nesta unidade móvel que o trabalho de criação e encenação foi feito inteiramente pelas crianças. Aqui, os jovens aprendizes

p Aventura começa com a chegada de uma carrinha transformer

puderam ficar a saber sobre escrita criativa, criação de personagens, luminotecnia, sonoplastia e figurinos. O resultado final foi uma história criada, contada e encenada pelas próprias crianças. Os temas abordados ao longo do ano letivo em sala de aula saltaram da teoria para a prática nestas mini-narrativas da autoria dos mais jovens criadores do nosso país. E não é só a língua portuguesa que á posta à prova. Todas as disciplinas contam! Os atores que acompanham este processo e a Kind of Black Box estão preparados para lançar todo o tipo de desafios.

Com o objetivo de estimular a criatividade e o gosto pela leitura e pelas as artes performativas, esta ideia de Tobias Monteiro é baseada no famoso jogo de cartas A Arca dos Contos, da autoria de Maria Teresa Meireles com ilustrações de Teresa Lima, da Apenas Livros Editora. A primeira fase do projeto, de 2 a 7 de julho, decorreu na Escola Básica e Secundária da Batalha, sede do Agrupamento de Escolas da Batalha, e a 2ª fase, no ano letivo 2021/22 será dirigida a todos os alunos do 1º ao 4º ano do 1° ciclo do ensino básico do Concelho da Batalha.

Seg. a Sex.: 9h30 às 13h00 14h às 19h30 Sábado: 9h30 às 13h00 14h às 18h00

VÁRIAS ESPECIALIDADES Medicina Dentária, Análises Clínicas e Fisioterapia

De segunda a sexta-feira: 09h30 - 13h00 e 14h00 - 20h00 . 244 765 700 . 964 423 402 . Rua D. Maria Júlia Sales Zuquete nº 31 . 2440-041 Moinho de Vento . Batalha


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Batalha Opinião

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Jornal da Batalha

s AMHO A Minha Horta

Conservar e aproveitar o que a natureza oferece A natureza é generosa e frequente nesta época. O nosso quintal está produzir mais do que necessitamos no momento. Com os excedentes podemos fazer diversas coisas, partilhar com outros, ou conservar. Para conservar a batata, por exemplo, na época em que era pequena, havia o hábito de as colocar espalhadas sobre um estrado, num sótão da adega, onde ficavam protegidas da luz e era local arejado. Atualmente, coloco-as em caixas da fruta, previamente forradas com papel, e empilho-as em local escuro e arejado. Para evitar colocar químicos de síntese, cubro-as com folhas de eucalipto e vou borrifando o exterior das caixas com vinagre, para assim manter afastados insetos voadores, que se guiam pelo cheiro e podem colocar em causa o amadurecimento das batatas. Se o local for arejado o suficiente, e não tiver demasiada humidade, não criaram grelos antes de tempo.

Outra opção é fazer diversas sementeiras ao longo do ano. Existe uma época mais própria para a sua plantação, mas existem variedades que podem ser plantadas em outras épocas. Um coisa que tenho reparado, nas diferentes variedades e que me faz pensar, é que as de ciclo mais longo de crescimento costumam agradar-me mais ao palato - ganha-se na firmeza e no sabor. Ora você já sabe que retiro sempre ilações entre a horta e a vida. Pois bem, esta observação remete-me para o facto de perceber que algumas coisas na nossa vida ganham mais sabor e substancia só ao fim de alguns anos vividos (ou seja, não ganhamos só rugas, ganhamos a experiência da vivência dos anos, que nos permite ser pessoas mais “inteiras”) Para conservar o feijão seco, pode deixar por uns dias no congelador, pois assim evita o aparecimento de gorgulho. E os tomates são tão produtivos que já temos

as reservas para o inverno na arca. Os métodos de frio, para mim, ainda continuam a ser os melhores. Deixo uma dica que vejo por aí: quanto mais cedo após a colheita forem congelados, mais nutrientes conservam. Ou seja, se pretender no futuro fazer doce ou outro tipo de conserva, pode fazê-la mais tarde, devendo congelar logo os frutos assim que os colhe. Hortícolas para semear e/ ou plantar ao ar livre: acelgas, alfaces, beringelas, beterrabas, beldroegas, cenouras, coentros, Couves-Repolho, couve-rábano, Espinafres, malaguetas, milho, nabos, pepinos, pimentos, physalis, salsa, tomates, Rabanetes, rúcula. Jardim, semear e/ou plantar: amores-perfeitos, asteres, goivos, margaridas, e prímulas. A vida ganha mais sentido, quando aumentamos o número de experiências e aprendizagens que desenvolvemos. No passado dei uma aula sobre alimentação

vegetariana e fizemos um sumo revitalizante, que fica delicioso e tem imensos nutrientes interessantes, deixo a receita: - Uma maça, meio pepino, três folhas de couve (pode ser folhas de acelga, beterraba, ou rama de cenoura), um punhado de hortelã, meia chávena de sementes de gi-

Célia Ferreira

rassol previamente demolhadas (germinadas), uma cenoura média e sumo de meio limão. Colocar tudo na liquidificadora e depois coar com um pano. Quanto mais liquido mais facilmente se conserva e é também mais facilmente assimilado pelo nosso corpo.

É um sumo natural, que, entre outros benefícios, reforça o nosso sistema imunológico. Se soubermos observar e aprender com a natureza, teremos muito a aprender. Na horta podemos cultivar bons alimentos e bons sentimentos! Boas Colheitas.

quase 200 indivíduos, ano em que pela primeira vez o projeto contou com embaixadores locais dedicados a sensibilizar os cidadãos e a incentivar o mapeamento em regiões onde a vaca-ruiva ocorre. Na região da Batalha, só em 2020, foram avistados 75 indivíduos desta espécie. Em 2021, com o crescimento da rede de embaixadores, foi lançado o primeiro fim-de-semana dedicado à vaca-ruiva. À semelhança dos fins-de-semana da vaca-loura já dinamizados, a iniciativa pretende alertar a população para os problemas que esta espécie enfrenta e explicar como, juntando esforços, se pode reverter a situação. Para esta primeira edição, que decorreu de 16 a 18 de julho, na re-

gião centro decorreram atividades na Batalha, Tomar, Lourinhã e Coimbra. O projeto vacaloura.pt existe desde 2016 e tem incentivado a participação cívica para saber mais sobre os escaravelhos da família Lucanidae, como o vaca-ruiva e a vaca-loura. É coordenado pela Associação Bioliving, em parceria com a Unidade de Vida Selvagem do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, Sociedade Portuguesa de Entomologia e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). A vaca-loura (Lucanus cervus) é a espécie bandeira do projecto e é também o maior escaravelho que se pode observar em Portugal, sendo uma espécie legalmente protegida.

Aves de Batalha de novo à cata das vacas-ruivas Este escaravelho de tons escuros, mede entre três e 4,5 cm de comprimento e possui umas mandíbulas em forma de pinça que o distinguem de outras espécies. O Lucanus barbarossa (vaca-ruiva) só pode ser avistado, na sua fase adulta, de julho a setembro. O Aves da Batalha participa nesta iniciativa e dinamizou uma atividade nas Grutas da Moeda no dia 17 de julho. Como ajudar? Além de participar nas atividades, pode tirar uma fotografia ao escaravelho e fazer o registo na plataforma “BioDiversity4All”. Cada registo contribui para aumentar o conhecimento relativo a esta espécie pouco conhecida e compreender o seu estado de conservação. Até ao final de setembro

p Na região da Batalha, em 2020, foram avistados 75 indivíduos pode juntar-se aos embaixadores locais do projeto vacaloura.pt, entre eles o grupo Aves da Batalha, ficando a conhecer mais so-

bre estas espécies e ajudando mapear os escaravelhos na região. Desde 2016 foram já ultrapassadas as 300 obser-

vações desta espécie, muito poucas em comparação com as restantes espécies da família. Só no ano de 2020, foram observados


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Joana Bagagem é campeã A atleta Joana Bagagem, do Atlético Clube da Batalha, treinada Joaquim Marques, conquistou o título de Campeã Nacional de 3.000m obstáculos no Campeonato Nacional de Juniores 2021, realizado no fim-de-semana de 19 e 20 de junho em Viana do Castelo.

AGOSTO 2021

Assembleia quer que o Governo considere estratégico o nó IP1/IC9 m Para os deputados da assembleia municipal, “importa concretizar com projetos estruturantes o pacote financeiro de emergência” A Assembleia Municipal da Batalha aprovou por unanimidade, no dia 24 de junho, uma moção que reclama que o Governo considere um investimento estratégico a execução do nó IP1/IC9, em Casal do Meio, na Freguesia de São Mamede. A medida deve ser tomada “no âmbito da execução

p A medida deve ser tomada no âmbito da execução do PRR do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e em linha com os pressupostos

considerados prioritários no Plano Estratégico dos Transportes e Infraestru-

turas”, refere em comunicado. Para os deputados, “im-

porta concretizar com projetos estruturantes este pacote financeiro de emergência disponibilizado pela União Europeia para a saída da crise pandémica que atravessamos”. Por outro lado, recordam que por iniciativa municipal a execução do nó IP1/ IC9, foi considerado Programa Nacional de Investimentos 2030 - Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI 3+), como intervenção prioritária em análise. O Município da Batalha sustenta desde 2014 “esta reivindicação atendendo ao já consignado Programa de

Valorização de Áreas Empresariais, estando previstos significativos investimentos em Áreas de Localização Empresarial (ALE) no Concelho da Batalha, permitindo a ligação ao IC9 uma melhoria significativa da rede de estradas existentes ao itinerário complementar”. A ligação, segundo os deputados da Assembleia Municipal da Batalha, “justifica-se também para estreitar fluxo turístico entre Fátima/Batalha, principal fluxo de tráfego rodoviário do IC9, amplamente justificada pelo número de visitantes do Mosteiro da Batalha”. Publicidade

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