JORNAL DA BATALHA EDICAO DE MAO DE 2021

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PORTE PAGO

| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXX Nº 370 | MAIO DE 2021 |

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1º Festival de Teatro Infantil tem o mosteiro como palco

Monumento homenageia combatentes da Batalha

Câmara junta competências da ação social às da saúde

Foto: Grupo Erofio, com duas empresas distinguidas

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Publicidade

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Empresas do concelho conquistam 53 galardões Excelência e Líder


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Jornal da Batalha

Espaço Público s A Opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha

A Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) da Santa Casa da Misericórdia da Batalha A Santa Casa da Misericórdia da Batalha irá, muito brevemente, colocar à disposição da população mais um equipamento de elevada importância, como é o caso da residência para idosos. Um projeto que vem alargar a oferta da Santa Casa e do concelho da Batalha em valências sociais. Vem assim juntar-se à unidade de cuidados continuados, ao centro de dia, ao apoio domiciliário, à fisioterapia, à casa abrigo, à cantina social, etc. Este novo projeto foi tão mais difícil quanto o pe-

ríodo em que decorreu a obra, em plena época de crise Covid-19, em que a Misericórdia, como a generalidade das instituições, se viu obrigada a encaminhar volumes financeiros significativos para a prevenção da Covid, fragilizando a estrutura financeira da instituição e tornando ainda mais difícil a missão do provedor e da sua mesa administrativa. Apesar destas dificuldades acrescidas, foi possível concluir mais este importante projeto, que vem complementar a oferta do concelho, a par do Centro

Paroquial de Assistência de Reguengo do Fetal, neste segmento de ERPI/Lar. A par do grande esforço financeiro da própria Misericórdia, foi chave neste projeto a parceria com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha, a cujos dirigentes, na pessoa do presidente Afonso Marto, quero deixar uma palavra de sentido agradecimento em meu nome pessoal e especialmente em nome da Misericórdia, pela proatividade social que incutiram à instituição no apoio constante, significativo e permanente aos projetos

sociais da Misericórdia da Batalha. Tenho de deixar este testemunho, dizendo que me sinto bem como associado de uma instituição que olha desta forma para os mais frágeis dos frágeis (idosos e doentes). Outros apoios estão anunciados, mas ainda não concretizados. Espero que não passem de publicidade enganosa e se concretizem rapidamente e nessa altura farei referência ao apoio e à instituição. Tenho de deixar uma palavra de especial referência para o excelente traba-

lho do provedor e da sua mesa administrativa, que têm feito trabalho de elevada complexidade e de elevado nível, agravado pela época de elevada dificuldade que temos vivido. Uma palavra também de agradecimento para todas e todos os trabalhadores da instituição, pela dedicação, esforço e competência, em prol dos nossos utentes e das suas famílias. Dá-me muito prazer fazer uma retrospetiva e pensar o que era a Misericórdia da Batalha há 30 anos e o que é hoje. Na pessoa do ex provedor, Engº

António de Almeida Monteiro e do atual provedor, Carlos Agostinho Monteiro, deixo um agradecimento a todos quantos contribuíram para esta obra de excelência ao serviço dos mais frágeis.

s A Equação para os Negócios Vítor Correia

Empreendedor? Precisamos de si. Em qualquer sistema empresarial, sem uma entrada de receitas, não poderá haver aumentos de coisa nenhuma. Não poderá haver aumento de salários, ou da melhoria da qualidade de vida seja dos acionistas ou trabalhadores. Este é um paradigma económico básico. Esta realidade à micro escala, será também aplicável à escala dos concelhos ou mesmo do país. A hemorragia de residentes traduz-se num aumento de coisa nenhuma: impostos, receitas locais e de qualidade de vida. Não há economia local sem residentes e não há residentes sem projetos empresariais. Em Portugal, e em 2021, temos menos residentes do que em 2001. Os números mais recentes mostram uma perda anual sucessiva de residentes logo a seguir à gestão de insolvência da Troika. A situação é

bastante simples: em cenário de quebra económica, com aumento de desemprego e sem oportunidades, as pessoas foram incentivadas (não diria forçadas, porque quem cá ficou é que foi forçado a levar-se para a frente neste país) a emigrar e a adiar planos de constituir ou fazer crescer a família. Quando se pensa em sobrevivência, primeiro há que pagar contas e, só depois, haverá espaço para crescimento pessoal e para a autorrealização. Nos últimos 20 anos, a Batalha foi o concelho na Região de Leiria com o segundo maior aumento de residentes e bem à frente da metrópole Leiria. No entanto, os números revelam algo de sinistro. Todos os concelhos, exceto a Batalha, perderam residentes sucessivamente, ano após ano, desde 2011. Teremos então feito algo diferencia-

dor para este desempenho? Em parte, o facto da Batalha ser pioneira a agarrar as oportunidades da descentralização e autonomia municipal nas áreas da saúde, educação e a muito curto prazo também de iniciativas de ação social. É precisamente essa autonomia que nos tem permitido investir e desenvolver as infraestruturas para captar e fixar mais residentes. Quem quererá viver num concelho com escolas sem qualidade ou acesso a cuidados de saúde? Ou simplesmente onde essa qualidade ou o acesso seja ditado por alguém atrás de uma secretária em Lisboa? Precisamos de mais! Devíamos de ficar orgulhosos por caminharmos juntos rumo ao paraíso – o lugar onde todos querem viver. Mas se a região perde no geral, então todos estamos a perder.

O que nos falta fazer é o milagre do progresso como em Oeiras ou mesmo no Fundão. A transformação de concelhos estáveis em polos de atracão de pessoas e de crescimento empresarial, isto é, aquilo que transformou a paisagem plana e agrícola de Oeiras, num mar de arranha-céus residenciais e de centros empresariais. Por isso não chega ter infraestruturas atrativas, estão-nos a faltar projetos empresariais transformadores. A infraestrutura deve depois acompanhar esses projetos. Os nossos empresários que inovam localmente há anos não podem estar sozinhos nesta demanda. É preciso acompanhá-los de outros e novos empresários que tragam mais projetos diferenciadores para navegarmos rumo ao infinito. A diferenciação alcança-se com mais negócio de

Gestor de empresas

elevada produtividade – como são os casos de projetos nas áreas das finanças ou da tecnologia. Estamos entre Lisboa e o Porto, com universidades próximas e com os recursos de um litoral. São excelentes condições para fixar o talento para sempre. Faltam assim os projetos que absorvam o melhor talento que a região consegue produzir. E se a região não consegue produzir talento em volume ou em especialização, então que se recrute fora e que se comece a falar inglês como língua oficial da fábrica ou do escritório. Na verdade, esta é já uma realidade presente no dia-a-dia de algumas das melhores empresas do nosso concelho. A praia, o sol, a habitação económica e programas de incentivos fiscais para não-residentes, são tudo razões para um empresário não se sen-

tir desanimado com a dificuldade em atrair talento de fora para dentro. Faltam ainda mais projetos de grande ambição para se posicionarem mais alto na cadeia de valor – quem quer fazer peças quando temos a capacidade de desenhar e fabricar veículos? Mais integração significa um ecossistema de empresas regionais que se entreajudam, que cooperem na captação de negócios ou até mesmo na partilha de talento. Por isso, se é empresário, precisamos de si!


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Espaço Público Opinião

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s A Opinião de André Loureiro Presidente do PSD Batalha

A importância da vacinação para todos O plano de vacinação contra a Covid-19 é, pela sua dimensão e impacto global na saúde dos portugueses, na recuperação económica e pela necessidade de igualdade e coesão social, um desafio sem precedentes nas últimas décadas. Em primeiro lugar, é um desafio para todos nós que temos de saber gerir as expectativas, os naturais receios e com disciplina e resiliência perante a adversidade, ter consciência que os efeitos da vacina só serão eficazes quando atingirmos a designada imunidade de grupo. Até lá, cumpre-nos o dever de moderação e convivência social com os cuidados que a pandemia ainda nos obriga a ter. Por outro lado, em se-

gundo lugar, o processo de vacinação é um desafio enorme para o Estado, para a capacidade de organização e mobilização dos recursos e competências indispensáveis, procurando evitar os inevitáveis atropelos e compadrio habituais, como sucederam no início do processo em algumas instituições de lar e no próprio seio dos profissionais de saúde. Por isso, considero acertada a decisão de escolher um oficial general das Forças Armadas com currículo inquestionável e que tem garantido a operacionalidade desta tarefa verdadeiramente nacional. Na missão de suporte à Covid-19, é igualmente justo reconhecer o papel essencial das autarquias,

primeiro nas medidas de mitigação do risco e proteção da população, na generalização dos testes de controlo da infeção e agora no suporte de todo o processo de vacinação. No caso do concelho da Batalha, com alguma imodéstia, considero que as instituições locais têm feito bem e com bastante eficácia, sejam as estruturas montadas de apoio ao processo de vacinação ou nos meios disponibilizados aos profissionais de saúde para que possam cumprir a sua missão. Também a população da Batalha tem sido exemplar e mostra uma resiliência invulgar, com destaque para as mulheres e homens da nossa terra que mesmo num quadro de bastante adversidade prosseguem

com as suas tarefas profissionais, mantêm as empresas a laborar e asseguram as condições para os seus familiares, sejam crianças, jovens ou mais idosos, tenham o conforto de continuar as suas vidas dentro da normalidade possível. Resta-nos, pois, continuar determinados nesta exigente tarefa e contribuir para que o processo de vacinação seja um sucesso ao nível local e nacional, mesmo sabendo dos constrangimentos na produção e distribuição, estão a contribuir para diferenças de ritmo dos programas de vacinação na Europa e no nosso país e poderão agravar desigualdades. Uma coisa é certa, este desafio apenas será vencido se for generalizado

para todos e verdadeiramente partilhado pela nossa Comunidade, ou seja, tal como no período de mitigação da doença da Covid-19, não basta vacinar só alguns ou definir grupos de vacinação prioritários, é mesmo preciso vacinar todos e o mais rapidamente possível. Nesta fase, precisamos mesmo de um forte contágio de vacinas, muita responsabilidade e um maior empenho por parte do Estado em garantir as condições necessárias para que os cidadãos tenham acesso à vacina em circunstâncias de igualdade e acessibilidade. Sabemos que o constrangimento grave na disponibilização das vacinas é uma questão política, económica e estratégi-

ca. Temos de exigir alternativas possíveis para o seu fornecimento e mais competência aos decisores. Sabemos também que o mundo não é perfeito, as desigualdades infelizmente persistem nas nossas sociedades, mas o efetivo controle da pandemia requer ação global, planetária e imediata. E essa opção é uma obrigação de todos!

s A Opinião de Ricardo Vala Membro da Iniciativa Liberal, núcleo da Batalha

Problemas comuns, soluções partilhadas Entre os mitos mais comuns sobre o liberalismo desvendamos aquele de serem pessoas apenas preocupadas com o sucesso da economia e revelarem completa insensibilidade social. Ora, pois, nada mais falso. O liberalismo é a corrente de pensamento que mais defende o desenvolvimento e a segurança dos indivíduos. Tanto politicamente, como socialmente e (sim, também) do ponto de vista económico. A Iniciativa Liberal da Batalha é uma agregação recente, constituída por muitos jovens (e outros menos jovens), mas todos conscientes da necessidade de mudar e dispostos a

enfrentar as maiores adversidades, certos num futuro melhor e mais justo. A nossa força reside na confiança de uma ideologia que se baseia na transparência, desburocratização, sustentabilidade, inovação e envolvimento social. Acreditamos que podemos oferecer ao país e aos batalhenses em particular, uma verdadeira visão reformista que permita interromper o ciclo de empobrecimento do país seguido nos últimos 20 anos em Portugal. Acreditamos estar a criar as bases para que uma geração hoje ainda jovem, mas mais formada, consciente dos desafios futuros e conectada

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 856 A) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, André Loureiro, António Caseiro, António Lucas,

entre si, possa também participar ativamente nos destinos do nosso país e da nossa querida Batalha, sempre focados na melhoria da qualidade de vida da população batalhense. Confiamos num percurso diferente, num futuro de uma geração e uma nação próspera, segura e ambiciosa. A Iniciativa Liberal pretende por isso caminhar verdadeiramente para o desenvolvimento da Batalha, (que apesar das mil e uma obras a cada rua e cruzamentos se encontra estagnada e sem incentivos para fixar e trazer mais pessoas). É urgente trazer mais turistas, criar novos tipos de turistas e

Augusto Neves, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

turismo, captar investimento produtivo e incentivar a criação de empresas e empregos e, acima de tudo, dar condições a quem quer viver e trabalhar na Batalha. O executivo municipal não deve ser uma força de bloqueio, mas uma organização facilitadora. Queremos políticas que beneficiem a Batalha, com a efetiva participação dos batalhenses e não um modelo de governo assente apenas num partido e numa única figura. E não estamos sozinhos nesta mudança, pelo que temos vindo a trabalhar em conjunto com outros núcleos locais da Iniciativa Liberal do distrito de

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Leiria, ouvindo a população e os empresários locais, escutando os seus problemas e frustrações e a trabalhar em conjunto para propor a resolução de alguns problemas críticos que são comuns a outros concelhos como é o caso de alguns problemas ambientais bem conhecidos de todos. Trabalhando em conjunto certamente será mais fácil apresentar soluções a questões que nunca foram resolvidas e que surgem apenas para campanha eleitoral. Cabe a cada um de nós a responsabilidade de usar o dever cívico que nos assiste de ir votar nas próximas eleições. Ao núcleo da IL Batalha cabe ter um papel

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares

mais ativo na comunidade. Esperamos pela vossa confiança!

Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.

O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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Jornal da Batalha

Pandemia

Concelho regista nova vítima mortal e um ligeiro aumento dos infetados

p Centro na Exposalão pode vacinar mais pessoas

p Mais testes nas empresas e sectores de maior risco

Casos da doença confirmados no distrito Município

Casos confirmados Recuperados

Leiria Pombal Peniche Marinha Grande Porto de Mós Alcobaça Caldas da Rainha Batalha Alvaiázere Nazaré Pedrógão Grande Óbidos Bombarral Ansião Figueiró Vinhos Castanheira Pêra Total

7 102 3 328 1 825 1 963 1 487 2 989 2 755 832 476 717 200 619 589 1 197 444 166 26 689

6 909 3 206 1 762 1 904 1 442 2 905 2 629 807 451 699 192 569 565 1 162 424 161 25 787

Casos ativos 27 15 15 12 7 6 6 6 4 2 2 1 1 0 0 0 104

Falecimentos 166 107 48 47 38 78 120 19 21 16 6 49 23 35 20 5 798

Fonte: Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria, municípios e autoridades de saúde/Região de Leiria (12 de maio)

m Há seis casos ativos e oito municípios com números inferiores. Leiria concentra 27 situações, seguindo-se Pombal e Caldas da rainha (15 em cada um) O número de pessoas falecidas no concelho da Batalha com Covid-19 aumentou para 19 no último mês, segundo o boletim sobre a pandemia divulgado no dia

12 de maio pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria. No distrito de Leiria já não há concelhos sem registo de falecimentos, apresentando Castanheira de Pera (5) Pedrógão Grande (6), Nazaré (16) e a Batalha os números mais baixos. No caso da Batalha, há ainda a registar a morte de um cidadão natural do município, mas residente no distrito de Aveiro. O concelho de Leiria

apresenta o maior número de vítimas mortais (166), seguindo-se Caldas da Rainha (120) e Pombal (107). No que respeita aos casos ativos, a Batalha apresenta seis, havendo oito concelhos com números inferiores. O município de Leiria concentra 27 situações, seguindo-se Pombal e Caldas da Rainha (15 em cada um). Desde o início da pandemia, revistaram-se 832 infetados confirmados no concelho da Batalha. Os mu-

nicípios de Castanheira de Pera (166), Pedrógão Grande (200) e Figueiró dos Vinhos (444) são os menos afetados. Pelo contrário, Leiria (7.102), Pombal (3.328) e Alcobaça (2.989) apresentam o maior número de pessoas infetadas desde março de 2020. Entretanto, a Assembleia Municipal da Batalha expressou no dia 28 de abril “a sua maior preocupação pelo modelo centralizado agora preconizado pela Direção Geral de Saúde (DGS), que suscita fortes limitações na evolução do processo de vacinação ao nível dos municípios da área de influência do ACeS do Pinhal Litoral”. Os deputados municipais reclamaram ainda “o reforço de emergência de vacinas disponíveis para a área do concelho, que aproxime o nível de vacinação com a média nacional e assegure no imediato administração dessas vacinas às pessoas nas faixas etárias dos 60 aos 70 anos”. A moção, intitulada “Pelo reforço da vacinação contra

o Covid-19 no Concelho da Batalha”, revela que desde o início do plano de vacinação, em dezembro de 2020, foram “apenas administradas 3000 vacinas no concelho, incluindo os profissionais de saúde, educação e dos lares”. Entre elas “apenas 700 pessoas receberam a segunda dose da vacina contra a Covid-19, o que representa menos de 18,9% da população vacinada com uma dose e 4,5% de pessoas com duas doses, valores abaixo do valor médio nacional de 22,32% e 8,23%%, respetivamente”, adianta o documento. A moção, aprovada por unanimidade, destaca que “o Centro de Vacinação Covid (CVC) da Batalha, no Parque de Exposições Exposalão, dispõe de uma capacidade de vacinação de 500 vacinas diárias, número que pode ser expandido”. Os deputados expressam ainda “grande preocupação pelo modelo centralizado instituído pela DGS e que suscita fortes limitações na evolução do processo de va-

cinação ao nível dos municípios da área de influência do ACeS do Pinhal Litoral”. Numa comunicação dirigida a 22 de abril à diretora-geral da Saúde e ao coordenador da Task Force para o Plano de Vacinação contra a Covid-19, o presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, já tinha reclamado “uma maior utilização do Centro de Vacinação da Batalha, no âmbito da designada Fase 2 (a partir de abril de 2021), para além das 200 vacinas diárias”. Para o autarca, “esta decisão é incompreensível, num tempo de emergência nacional e que se pretende atingir o objetivo de vacinar 100 mil pessoas diariamente e para utilizar todas as vacinas que o país vai receber”. No tocante ao acompanhamento da evolução da pandemia, o município decidiu a 26 de abril, em articulação com a Unidade de Saúde Pública de Leiria, aumentar o número de testes rápidos à Covid-19 junto das empresas e sectores de maior risco.


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Atualidade Batalha

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Atualidade

Monumento que homenageia combatentes da Batalha inaugurado no centenário da Liga

p O Presidente da República passa revista à força militar

m Instalado no Jardim do Condestável, representa quatro túmulos, onde constam 12 nomes de soldados falecidos em Angola, Guiné, Moçambique e em França As cerimónias comemorativas do 100º aniversário da fundação da Liga dos Combatentes, do 103º aniversário da Batalha de La Lys e do Dia do Combatente, no dia 9 de abril, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, foram presididas pelo Presidente da República. No mesmo dia foi inaugurado, pelo Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, o Memorial ao Combatente Batalhense, projetado pela arquiteta Patrícia Soares da Silva, da Direção Ge-

ral do Património Cultural (DGPC). Instalado no Jardim do Condestável, o monumento representa quatro túmulos, onde constam 12 nomes de soldados falecidos em Angola, Guiné, Moçambique e em França. “Há 100 monumentos daqueles que se bateram na Grande Guerra e 415 dos que se bateram na Guerra do Ultramar. São símbolos de uma cultura que nasce no povo. É a população portuguesa que ergue estes monumentos, como o que aqui inauguramos e como aquele que amanhã vou inaugurar em Caldelas”, destacou o presidente da Liga dos Combatentes, Chito Rodrigues. O presidente do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Alexandre Evaristo, referiu que o memorial é um “anseio de 81 anos para conseguir homenagear na freguesia da Batalha os seus 12 combatentes”. Por seu lado, Paulo Batista Santos, presidente do Município da Batalha, que investiu 12.500 euros na obra,

p O monumento aos combatentes da Batalha afirmou ser “um dia muito importante”, não só pelo monumento, mas também por acolher a cerimónia dos 100 anos da Liga dos Combatentes. Durante a manhã, no mosteiro, foi celebrada uma eucaristia em memória dos combatentes falecidos, pelo bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, D. Rui Valério, seguindo-se a cerimónia militar evocativa. No decorrer do evento foi ainda deposta uma coroa de flores pelo Presidente da República no Túmulo do Soldado Desconhecido, na Sala do Capítulo do Mosteiro, que homenageou os mortos em combate. “Estamos a evocar o centenário daqueles que caíram e nem se sabe onde e estão aqui no túmulo do soldado desconhecido [Mosteiro da Batalha]. Estamos a evocar o 103º da Batalha de La Lys. Para nós há um século que é o Dia do Combatente, mas este ano foi reconhecido pela própria Assembleia da República”, salientou Chito Rodrigues.

O presidente da Liga dos Combatentes acrescentou que esta cerimónia é também uma “homenagem àqueles que hoje estão espalhados pelo mundo inteiro, pelo novo Ultramar de Portugal: os que estiveram na Bósnia, no Iraque, no Afeganistão e no Centro Africano, como os que estão nas antigas colónias portuguesas a formar as pessoas”. Já o bispo das Forças Ar-

madas e de Segurança salientou que “os combatentes auxiliam os cidadãos, mulheres e homens de todos os tempos, a caminharem pelas vias da liberdade, da justiça e da solidariedade; eles são faróis de referência ética, moral e de resiliência para a sociedade”. “Queremos revisitar esses instantes porquanto, no seu dramático desenlace, continuam a ser para nós não motivo de embaraço,

mas uma fonte de inspiração fundada na glória de sermos Nação livre e povo construtor de história, criador de pontes e estradas na promoção da universalidade e do encontro entre culturas e nações”, referiu. “Nunca desistiram de Portugal e por ele davam a vida. Embora abandonados, tornaram-se, com a sua bravura e coragem, pedras do alicerce da Nação”, concluiu D. Rui Valério.

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Opinião s Tesouros da Música Portuguesa João Pedro Matos

Quando a voz começa a dançar A origem do canto, enquanto interpretação musical usando a voz humana, perde-se na noite dos tempos. Todavia, é quase unânime que a história do canto está intrinsecamente ligada à própria história da música, visto a voz humana ser o principal instrumento: não só pela sua importância, mas enquanto antiquíssima manifestação da aptidão do homem para a arte musical. Desde as sociedades primitivas que a arte do canto se impôs com um poder mítico, quase sobrenatural, como cura para os males do corpo e da alma. A voz humana habituou-se a entoar cânticos de alegria ou de lamento, cânticos religiosos e de trabalho; a contar histórias através de poemas que musicou ou, simplesmente, a entoar sons encantatórios.

Existe uma cantora portuguesa cuja voz invoca toda a imensa história da voz humana, enquanto instrumento musical primordial. Essa cantora chama-se Maria João. Dotada de uma voz elástica que alcança toda uma série de agudos e graves, é senhora de um estilo de jazz instintivo, improvisador, o qual lhe garante um lugar cimeiro entre as cantoras de jazz portuguesas. Fez alguns discos notáveis, acompanhada pelo pianista Mário Laginha, como sejam Cor, de 1998, Lobos, Raposas e Coiotes, do ano seguinte, ou Chorinho Feliz, do ano 2000. Encontrou no seu piano, há muito chegado à maturidade, as texturas ideais para explanar os seus malabarismos vocais. Não é fácil destacar um disco em particular que re-

sultou desta frutuosa parceria. No entanto, arriscamo-nos a escolher o álbum Danças, de 1994. Nesse disco, Maria João leva ao extremo a arte da variação vocal, tecendo as fantasias mais extraordinárias que a voz humana pode conceber. Cruzando a influência do jazz (principalmente do chamado scat) com a música africana e brasileira, e a música tradicional portuguesa, Danças apresenta uma série de inovações vocais, a tal ponto que o ouvinte é embalado por o seu ritmo contagiante, já sem saber muito bem o que é arte trabalhada, e o que é espontâneo, tal a gama de cambiantes e diferenciações que Maria João põe na voz. E, na maior parte das vezes, nem recorre à palavra, servindo-se de simples onomatopeias, no que aparenta ser

um canto rudimentar, quase primitivo… Pura ilusão. Na realidade, estamos perante uma forma musical superior, só comparável à de outras cantoras que constituem uma referência para Maria João, como sejam Ella Fitzgerald ou Betty Carter. Mas também podemos mencionar os nomes de Laura Newton ou de Meredith Monk, se quisermos aprofundar o universo vertiginoso da improvisação a que Maria João pertence de pleno direito. O universo em que a voz humana renasce como uma força primorosa, onde a voz vai buscar o que há de mais essencial na sua natureza e transfigura em grande arte. O disco Danças abre com o tema O Vos Omnes, um tema da música tradicional portuguesa, tal como é Se-

nhora Santa Combinha, o que encerra o álbum. Esta última faixa expressa uma religiosidade popular, marcada pela autenticidade, na singeleza de um canto tão natural quanto sincero. Coisas da Terra e Várias Danças, as faixas do disco que se sucedem, elevam a voz de Maria João ao píncaro da arte de improvisação (designadamente na parte final de Várias Danças). Uma palavra também para o piano de Mário Laginha que, nessas faixas, atinge um grau de virtuosismo admirável. O quarto tema é um original do brasileiro Adoniran Barbosa, e representa assim uma brilhante incursão no domínio da música brasileira. A quinta faixa é outro original de Mário Laginha, tal como a sétima, intitulada O

Coro das Meninas. O sexto tema tem formato de canção e chama-se No Dia em que as Flores Comeram os Pássaros: é quase um murmúrio, muito suave, muito doce, num mundo vocal que às vezes toca um tom agreste; os seus autores são José Peixoto e Hipólito Clemente. Danças constitui, portanto, um disco a recordar ou a descobrir. Um álbum que resulta da colaboração entre um pianista extraordinário e uma voz feminina ímpar na música portuguesa.

s Crónicas do Passado Francisco Oliveira Simões

FITA Magazine: a nova revista internacional de artes e cultura

Durante o mês de abril o mundo das artes e cultura assistiu ao aparecimento de uma nova revista, que pro-

mete levar a criatividade e engenho a todos os ateliers, galerias, museus e universidades. A FITA Magazi-

ne apareceu como um eco da plataforma de emprego Friends in The Arts, criada e gerida pela curadora e investigadora Francisca Gigante, que procura abrir todas as portas para os milhares de artífices e agentes culturais em busca de trabalho. Eu e a Francisca editámos esta revista bianual com o propósito de apresentar um lugar plural, onde todos estão representados. Por isso mesmo, lançámos um open cal em fevereiro, que se revelou um estrondoso sucesso. Chegaram-nos inúmeros artigos, entrevistas, investigações, obras de arte e poemas oriundos do Canadá à Austrália. A perspetiva de podermos divulgar talentos ainda desconhecidos do grande público ao lado de

grandes nomes internacionais encheu-nos de alegria e motivação. Neste primeiro volume o leitor é levado numa empolgante viagem de gondola pelos canais de Veneza, onde nasceu a Friends in The Arts, numa homenagem à sereníssima cidade que completa 1600 primaveras em 2021. A temática a que nos dedicamos nesta edição é o “Atlas Invisível”, a arte sem fronteiras ou limites. Através do olhar de Italo Calvino e Jorge Luis Borges somos guiados pelas correntes da História e da Arte, que banham a nossa imaginação. Entre os portentosos contributos de mestres da literatura, história, pintura, escultura, cinema, desenho,

teatro, fotografia e música encontramos nomes como José Bernardo da Fonseca, Ricardo Ramos Gonçalves, Maysa Aquino, Juliana Matsumura, Mikha-ez, Beatriz Arce Adrados, Anouchka Gerard, Sophia, Throuvala, entre muitos outros. Para além disso, entrevistámos figuras proeminentes da cultura que já fazem parte da História Contemporânea. Alberto Manguel, o inesquecível estudioso apaixonado pela leitura, que doou a sua biblioteca pessoal à cidade de Lisboa. Amor Towles, o magnifico romancista, que vive no passado através da vida dos seus personagens. O escultor engenhoso Léo Caillard, epiteto máximo do revivalismo do estilo artístico da Antiguidade Clássi-

Historiador

ca. Nick Waterhouse, músico de incontáveis talentos, que acabou de lançar o álbum “Promenade Blue”. Mas os artífices são tantos que seria impossível falar de todos neste artigo. Agora a FITA Magazine está nas livrarias, quiosques, museus e nas mãos de todos os leitores, para que possam testemunhar este manifesto da democratização do emprego nas artes e cultura. A gondola vai partir, podem sentar-se e desfrutar desta odisseia.



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Batalha Atual

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Jornal da Batalha

Município recebe novas competências na área da ação social e 30 mil euros m A autarquia irá assegurar o acompanhamento dos contratos de inserção dos beneficiários do rendimento social de inserção A câmara e a assembleia municipais aceitaram por unanimidade receber novas competências na área da ação social para 2021, o que representa para o município uma transferência anual superior a 30 mil de euros. Na sequência das decisões dos órgãos do município, passará a ser da competência da autarquia, entre outras, ao nível do planeamento e coordenação social, a elaboração da carta social municipal, a emissão de parecer sobre a criação de serviços e equipamentos sociais com apoios públicos e o desenvolvimento de programas de promoção de conforto

p Planeamento e coordenação social entre as competências habitacional para pessoas idosas. O serviço de atendimento e de acompanhamento social, bem assim a elaboração dos relatórios de diagnóstico técnico e acompanhamento e a atribuição de prestações pecuniárias de caráter

eventual em situações de carência económica e de risco social, passam a ser atribuições municipais. O município também irá assegurar o acompanhamento dos contratos de inserção dos beneficiários do rendimento social de inserção, bem como de-

senvolve a componente de apoio à família para crianças que frequentam o ensino pré-escolar da rede pública. “Estas áreas que já conheciam intervenção municipal e agora conhecem um reforço financeiro e a possibilidade de recru-

Autarquia desenvolve nova plataforma de atendimento A Câmara da Batalha desenvolveu uma nova plataforma de atendimento que visa “agilizar a tramitação de operações urbanísticas e o contacto digital com os diversos serviços da autarquia”. A plataforma, com o endereço https://atendimento. cm-batalha.pt/, foi criada no âmbito da estratégia de desmaterialização de processos de obras particulares, “tornando possível muito proximamente a tramitação de todo o tipo de processos de operações urbanísticas de uma forma digital”, explica o município em comunicado. Este projeto representa um investimento de 15 mil euros e será realizado por duas fases, primeiramente através do atendimento digital e possibilidade de entrega de requerimentos/ pedidos através da plata-

forma, seguindo-se a total desmaterialização de processos de obras particulares (ePaper), com o objetivo de assegurar a tramitação de todo o tipo de processos de operações urbanísticas de uma forma digital e disponível para acompanhamento por parte dos cidadãos e empresas. Esta última fase prevê-se que seja concluída até ao final de 2021, um projeto que conta com a colaboração da AIRC – Associação de Informática da Região Centro e de outros parceiros tecnológicos. Na plataforma de atendimento digital encontram-se disponíveis requerimentos editáveis para efetuar serviços ou pedidos de licenciamento junto dos respetivos serviços municipais. Para alguns serviços de urbanismo, o interveniente no pro-

cesso (seja o requerente de obra e/ou o técnico por ele mandatado), após registo na plataforma em Serviços on-line (municipio-batalha.pt) e utilizando a sua senha de acesso, deve submeter todos os documentos em formato digital referentes à obra a licenciar e autenticados através de assinatura digital qualificada. Depois de selecionado o

tamento de mais profissionais na área social que irão contribuir para um melhor acompanhamento das situações de risco social e no apoio ao emprego”, explica a autarquia em comunicado. “É hoje uma evidência que as autarquias têm

um papel fundamental no apoio às populações em matéria de ação social, garantindo numa dimensão de proximidade uma resposta mais eficaz aos cidadãos, em especial aos mais vulneráveis socialmente”, constata o presidente do município. “Por outro lado, tão importante como reclamar mais recursos junto do Governo, como parece ser apanágio de alguns eleitos, nesta fase de pandemia, é fundamental redefinir prioridades e assumir que os municípios devem desempenhar um papel central na recuperação económica dos territórios e reforçar as medidas de apoio social à população”, adianta Paulo Batista Santos, destacando que “o tempo atual exige que sejamos mais criteriosos e necessariamente investir mais nas pessoas e menos em infraestruturas não prioritárias”.

Comissão de Proteção de Crianças alerta para perigos da Internet serviço e preenchido o requerimento, basta remeter por email para requerimentos@cm-batalha.pt “A utilização de formatos normalizados garante a segurança da informação e a integridade dos ficheiros e conduz a uma transparência total de todo o procedimento de tramitação de processos na câmara municipal”, garante o município.

p Autarquia garante a segurança da informação

“Na net, nada é inocente; nem o simples clicar num like!” - Este foi um dos alertas que o inspetor Pedro Azevedo, do Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Leiria, deixou no webinar que orientou no passado dia 9 de abril. A iniciativa partiu da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Batalha, com o apoio da câmara municipal, e inseriu-se no seu programa de atividades do Abril – Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância e “Campanha Laço Azul”. O uso e abuso da Internet e redes sociais por parte dos mais novos, os perigos a que estes estão expostos e as suas consequências, nomeadamente do foro criminal, foram o tema principal da intervenção. A prevenção e a neces-

sidade de um apertado controlo parental foram dois dos tópicos abordados pelo inspetor Pedro Azevedo, lembrando que o uso apropriado das novas tecnologias por parte dos mais novos é responsabilidade de pais e educadores. Referiu que assim como ensinam os filhos a atravessar ruas movimentadas, terão de os ensinar a “andar” na Internet e redes sociais em segurança, não se expondo nem expondo outros a riscos ou mesmo perigos. Educação e alerta foram, pois, as linhas de ação aconselhadas para assegurar a defesa do superior interesse das crianças, adolescentes e jovens que navegam nesse mundo tão globalizado e desafiante como é o das novas tecnologias.


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Atualidade Batalha

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Proteção Civil louva ex-comandante em dia de aniversário dos bombeiros m A associação humanitária explicou que “a pandemia impediu de celebrar da forma desejada” O ex-comandante dos Bombeiros da Batalha, Fernando Bastos, recebeu um louvor do comandante nacional de Emergência e Proteção Civil no dia do 43º aniversário da corporação, que foi assinalado a 18 de abril com muitas restrições divido à pandemia. Fernando Bastos foi distinguido “pela forma dedicada, zelo e elevada competência como durante 35 anos prestou serviço nos Bombeiros da Batalha, bombeiros de Portugal e na colaboração com o Sistema de Proteção Civil”. Nos mais de 13 anos em que desempenhou funções de comando – que cessou em setembro de 2020 - “pautou

p O ex-comandante Fernando Bastos sempre a sua conduta por um distinto relacionamento pessoal e uma elevada demonstração de capacidades humanas e técnicas, nomeadamente na área da formação, que em muito contribuíram para o desenvolvimento dos Bom-

beiros da Batalha e do distrito de Leiria”, adianta. O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil destaca ainda o “espírito de missão, a capacidade de trabalho, a discrição e o rigor permitiram-lhe alcançar jun-

Câmara limpa espaços florestais junto às estradas

p Investidos 150 mil euros nos últimos anos A autarquia da Batalha lançou um concurso para a gestão de combustível junto da rede viária municipal, nos espaços florestais previamente definidos no Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios, numa área de 23,6 hectares. Em comunicado, a autarquia revela que está a

investir “40 mil euros na limpeza f lorestal e prevenção dos fogos”, destacando que “nos últimos anos foram aplicados mais de 150 mil euros em operações de limpeza da floresta e caminhos nas quatro freguesias do concelho”. “A principal preocupação” do município são os

terrenos dos baldios do Reguengo do Fetal e de São Mamede. Neste caso, solicitou a intervenção do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas para a realização das faixas de gestão de combustíveis e dará prioridade à realização das faixas florestais mais próximas das habitações. Para o autarca da Batalha, “o desafio da prevenção dos fogos florestais tem de ser uma tarefa de todos e compreendida pela comunidade, razão que justifica o reforço das ações de sensibilização e de intervenção no terreno”. Entretanto, decorreu na Batalha uma reunião de trabalho de diversas entidades com intervenção na área dos incêndios rurais. Foram abordadas ações de planeamento e sensibilização para o problema dos incêndios rurais.

to dos pares um elevado reconhecimento pelo especial sentido de missão que sempre colocou em todos os atos de serviço, sendo reconhecido ainda por todos as raras qualidades de competência e entrega ao serviço público”. “Hoje, dia do 43 aniversário dos Bombeiros da Batalha é dia, citando Eunice Muñoz, de “sorrir para trás”. Hoje sorrio para trás e agradeço as medalhas e o louvor com que fui agraciado. Amanhã vou continuar a sorrir para trás, com os olhos postos nos desafios do presente”, escreveu Fernando Bastos na sua página de Facebook. Também na sua página de Facebook, o presidente do município, Paulo Batista Santos, prestou “o maior reconhecimento e homenagem pelo trabalho, dedicação e generosidade das mulheres e homens que servem hoje e serviram no passado os

p A pandemia impediu celebrações mais amplas bombeiros”, e destacou “um sinal de esperança com o entusiasmo e competência dos mais jovens da JuveBombeiro Batalha”. A associação humanitária explicou, por seu lado, que “a pandemia impediu de cele-

brar da forma desejada”. Mas, “porque este dia é de grande significado histórico para nós, comemorámos com algumas atividades”, como o estacionamento em exposição de diversas viaturas na vila da Batalha.


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Batalha Opinião

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s Noticias dos Combatentes NCB

Ainda o Covid-19, os negacionistas, os irresponsáveis e os egoístas Desde o início da pandemia, provocada pelo vírus SARScoV-2 que, sobre o mesmo e por todo o mundo, se produziram milhões de notícias e discursos, quantos deles contraditórios, os quais, na sua maioria, só têm servido para baralhar os cidadãos. Mas, no meio deste caos, há dias chegou-nos ao conhecimento um discurso, atribuído ao presidente do Uganda, dirigido ao seu povo e contra quem adota comportamentos de risco durante este período do Covid-19, que não resistimos a transcrever, por o considerarmos o mais clarividente discurso público já feito sobre o tema: “Numa situação de guerra, ninguém pede a ninguém para ficar dentro de casa. Você fica dentro de casa por opção. De facto, se você tiver um porão, fica escondido lá enquanto as hostilidades persisti-

rem. Durante uma guerra, você não insiste na sua liberdade. Você voluntariamente desiste dela em troca da sua sobrevivência. Durante uma guerra, você não se queixa de fome. Você sente fome e reza para que viva de novo para comer. Durante uma guerra, você não discute sobre abrir as portas do seu negócio. Você fecha a sua loja (se tiver tempo) e corre pela sua vida. Você reza para sobreviver à guerra, para poder voltar ao seu negócio (isto, se não tiver sido saqueado ou destruído por um morteiro). Durante uma guerra, você fica grato por estar mais um dia na terra dos vivos. Durante uma guerra, você não se preocupa com o facto dos seus filhos não irem à escola. Você reza para que o governo não os aliste à força como soldados para serem treinados

nas dependências da escola, agora transformadas em depósito militar. O mundo está atualmente em estado de guerra. Uma guerra sem armas e balas. Uma guerra sem soldados humanos. Uma guerra sem fronteiras. Uma guerra sem acordos de cessar-fogo. Uma guerra sem um teatro de guerra. Uma guerra sem zonas sagradas. O exército nesta guerra não tem piedade. Ataca indiscriminadamente - não respeita crianças, mulheres ou locais de culto. Este exército não está interessado em espólios de guerra. Não tem intenção de mudança de regime. Não está preocupado com os ricos recursos minerais. Nem sequer se interessa por hegemonia religiosa, étnica ou ideológica. A sua ambição não tem nada a ver com superioridade racial. É um exército invisível, sem bases e impiedosamente eficaz. A sua

única agenda é uma colheita de morte. Só ficará saciado depois de transformar o mundo num grande campo de morte. A sua capacidade de atingir o seu objetivo não está em dúvida. Sem máquinas terrestres, anfíbias ou aéreas, possui bases em quase todos os países do mundo. O seu movimento não é governado por nenhuma convenção ou protocolo de guerra. Em suma, é uma lei em

si mesma. É o Coronavírus. Também conhecido como o vírus da Covid-19. Felizmente, este exército tem uma fraqueza e pode ser derrotado. Requer apenas a nossa ação coletiva, disciplina e tolerância. A Covid-19 não pode sobreviver ao distanciamento social e físico. Ele só prospera quando você o confronta. Adora ser confrontado. Mas capitula diante do distanciamento

social e físico coletivo. Ele curva-se diante de uma boa higiene pessoal. Fica desamparado quando você toma o seu destino nas suas próprias mãos, mantendo-as higienizadas o máximo tempo possível. Portanto, não é hora de chorar por pão com manteiga como crianças mimadas. Temos de achatar a curva do Covid-19. Vamos exercitar a paciência. Sejamos guardadores dos nossos irmãos. Se assim fizermos, em pouco tempo, recuperaremos a nossa liberdade, empresas e a socialização. No meio da emergência, pratiquemos a urgência do serviço e a urgência do amor pelos outros. E, atenção, que não é só Deus que resolve isto! Nesta altura, Deus tem muito trabalho, ele tem o mundo inteiro para cuidar. Ele não pode simplesmente estar aqui no Uganda (ou em Portugal…), a cuidar de idiotas ...”

s Fiscalidade

Prorrogação de benefícios fiscais e medida extraordinária A Assembleia da República decretou, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, a Lei n.º 21/2021, publicada no Diário da República dia 20 de abril de 2021, com o seguinte sumário: Altera o Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), o Código do Imposto do Selo, o Código Fiscal do Investimento (CFI), o Código do Imposto sobre os Veículos e o Código do Imposto Único de Circulação e cria uma medida extraordinária de contagem de prazos no âmbito do IRC. Essencialmente, procede, à prorrogação da vigência de diversos benefícios fiscais, alterações ao regime aplicável às entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira a partir de

1 de janeiro de 2015 e suspensão do prazo para reinvestimento em sede de IRC, bem como dos prazos de dedução à coleta deste imposto, no que respeita à utilização dos benefícios de Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI) e o Sistema de Incentivos em Investigação Empresariais (SIFID). Esta Lei, prorroga até 31 de dezembro de 2025, os seguintes benefícios fiscais: artigo 28.º do EBF – Empréstimos externos e rendas de locação de equipamentos importados; artigo 29.º do EBF – Serviços financeiros de entidades públicas; artigo 30.º do EBF – Swaps e empréstimos de instituições financeiras não residentes; artigo 31.º do EBF - De-

pósitos de instituições de crédito não residentes; artigo 32.º-B do EBF - Regime fiscal dos empréstimos externos; artigo 32.º-C do EBF – Operações de reporte com instituições financeiras não residentes. Mais: artigo 52.º do EBF – Comissões vitivinícolas regionais; artigo 53.º do EBF – Entidades gestoras de sistemas integrados de gestão de fluxos específicos de resíduos; artigo 54.º do EBF – Coletividades desportivas de cultura e recreio; artigo 58.º do EBF – Propriedade intelectual. Este benefício é aplicável até 31/12/2021; artigo 2 do CFI – Benefícios fiscais contratuais ao investimento produtivo. Este benefício é aplicável até 31/12/2021.

Associações e confederações; artigo 59.º do EBF – Baldios; artigo 63.º do EBF – Deduções à coleta do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares; artigo 64.º do EBF – Imposto sobre o valor acrescentado – Transmissões de bens e prestações de serviços a título gratuito. O benefício previsto do Artigo 33.º do EBF, no n.º 4 a 20, relativo à Zona Franca da Madeira e Zona Franca da ilha de Santa Maria – Açores, foi prorrogado até 31/12/2027. Esta Lei veio estabelecer a suspensão, durante o período de tributação de 2020 e de 2021, a contagem do prazo de reinvestimento previsto na alínea a) do n.º 1) do Artigo 48.º do Có-

digo do IRC. Está em causa o prazo de reinvestimento dos valores de realização, ou seja, a diferença positiva entre as mais-valias e as menos valias realizadas mediante a transmissão onerosa de ativos fixos tangíveis, ativos intangíveis e ativos biológicos não consumíveis, detidos por um período não inferior a um ano. Assim, a contagem do prazo para reinvestimento apenas será retomada a partir de 1/1/2022. Para efeitos do reporte de dotações: o RFAI, tem um prazo de 10 anos, e SIFIDE, com um prazo de 8 anos. A Lei n.º 21/2021 entrou em vigor no dia 21 de abril. Porém, Este diploma produz efeitos a 1/1/2021, com

António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

exceção da suspensão dos prazos para efeitos de reinvestimentos e das deduções à coleta em sede de RFAI e SIFIDE, os quais têm efeitos retroativos a 1/1/2020.


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Atualidade Batalha

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Social-democratas apresentam visão estratégica para o concelho m Alfredo Matos candidato à assembleia municipal na eleições autárquicas do final deste ano pelo PSD O PSD da Batalha juntou uma centena de empresários do concelho, no dia 17 de abril, para preparar e debater o plano estratégico “Batalha 2030” e apresentou o empresário Alfredo Matos como candidato à assembleia municipal na eleições autárquicas do último quadrimestre do ano. “Esta iniciativa reveste-se de particular importância face à exigente tarefa que temos de enfrentar na fase pós-pandemia, onde a ação dos atuais autarcas e futuros candidatos deve estar articulado com os sectores mais dinâmicos da economia”, disse Paulo

p Analisado o plano estratégico “Batalha 2030” Batista Santos, atual presidente da câmara municipal e recandidato à liderança da autarquia. “Na visão estratégica para o futuro, o PSD apresenta como desígnio “Bata-

lha 2030, um concelho competitivo, que cria emprego e gera riqueza; atrativo para viver, visitar e investir; conectado, ligado à Europa e ao mundo; e resiliente, capaz de se adaptar à mudan-

ça”, refere um comunicado divulgado após a sessão. “Para este programa que antecipa 60 milhões de investimento no concelho até 2030, o PSD concretiza como prioridades:

as pessoas primeiro: um melhor equilíbrio demográfico, maior inclusão, mais coesão; digitalização, inovação e qualificações como motores do desenvolvimento; transição

climática e sustentabilidade dos recursos; e um território competitivo e coeso”, adianta o documento. Alfredo Matos, de 64 anos e natural da Batalha, sublinhou a “importância do investimento privado para o concelho e elegeu como prioridade municipal uma maior simplificação nos processos urbanísticos e a continuação de uma política de manter nos valores mínimos os impostos e taxas municipais, como estímulo às empresas e apoio às famílias”. O técnico Nuno Augusto Silva Almeida, 44 anos, engenheiro civil e residente em São Mamede, é candidato a vereador para as áreas do urbanismo e licenciamentos. O atual presidente da Assembleia Municipal, Júlio Órfão, é o mandatário das listas do PSD.

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Batalha Atualidade

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Consumada a transferência de competências na área da saúde m Para financiar os serviços a prestar, dadas as competências transferidas, o município recebe o montante de 67.530 euros A Câmara da Batalha efetivou a transferência de novas competências na área da

Saúde no dia 10 de março, numa cerimónia presidida pelo secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Neste âmbito, para financiar os serviços a prestar, dadas as competências transferidas, o município recebe o montante de 67.530 euros, um valor sujeito a atualização, a propriedade dos edifícios do Centro de Saúde da Batalha e Extensão de Saúde

de São Mamede, e três viaturas e da gestão do edifício da Extensão de Saúde de Reguengo do Fetal. Ao nível de recursos humanos, regista-se apenas a transferência de um assistente operacional ao serviço da Unidade de Saúde Familiar. Há ainda a garantia, segundo o município, da transferência do Ministério

da Saúde de valores mensais para suportar as despesas de manutenção e conservação dos edifícios, e há a possibilidade de serem celebrados contratos-programa entre o Ministério da Saúde e o município, “no sentido de suportar a parceria relacionada com construção de novas unidades de prestação de cuidados de saúde, ou para financiar a implemen-

tação de programas prioritários da Direção Geral de saúde, focados na prevenção da doença e na promoção da saúde. Na sequência deste acordo estão previstas ou já concluídas a reabilitação e ampliação do Centro de Saúde da Batalha, um investimento de 455 mil euros; requalificação e reabertura da Extensão de Saúde do Reguengo

Uma aldeia com muita p(t)inta A Aldeia Pintada é um projeto na Torre da Magueixa, uma aldeia do concelho da Batalha, hoje conhecida apenas por Torre, um lugar singular e com muito para contar. A ideia nasceu da vontade de documentar o seu património e usá-lo como estímulo para a criação artística. As histórias, as lendas, os cantares ou as vivências, recolhidas em diálogo com os habitantes, são a base para intervenções como a pintura de murais, o vídeo, a música ou a instalação. Para além de presentear as pessoas da terra, este projeto pretende também dar a conhecer melhor o lugar ao forasteiro que por ali passa, valorizando a memória e identidade local ou simplesmente trazer cor à aldeia. Texto e fotos: Projeto Aldeia Pintada”

do Fetal, um investimento de 26.200 euros concluído, intervenção de conservação na Extensão de Saúde de São Mamede e a aquisição de duas viaturas elétricas de renovação de frota A médio prazo está previsto a construção e apetrechamento da nova Unidade de Saúde Condestável, no valor de 1,675 milhões de euros.


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Desporto

Jardoeira tem um dos maiores complexos de padel do país m Os praticantes podem alugar os campos ou fazer parte da academia, que conta também um espaço para crianças (Espaço Kids) Um dos maiores clubes de padel indoor do país, o Padel XXL, começou a funcionar no dia cinco de abril na Zona Industrial da Jardoeira, com 10 campos ao dispor dos praticantes da modalidade, após um investimento de 300 mil euros.

O complexo desportivo tem uma área de mais de 3.000m2 e a sua dimensão apenas encontra comparação no Padel Inn, em Vila Nova de Gaia. Dois dos campos são panorâmicos e têm relva igual à do World Padel Tour – o circuito internacional de padel. O projeto tem como sócios Bruno Ferreira, de 23 anos, e os pais, Maria da Luz Ferreira e Fernando Ferreira. O jovem começou a jogar há menos de um ano, mas de imediato ficou apaixonado pela modalidade. Daí à concretização da vontade de inovar nes-

te desporto na zona centro e ao nascimento do Padel XXL foi um passo, tanto mais que a região de Leiria contava apenas uma dúzia de campos. Os praticantes podem alugar os campos ou fazer parte da academia, que conta também um espaço para crianças (Espaço Kids) – os pais podem jogar enquanto os miúdos ficam a brincar – e uma zona de “lounge” bar com “snacks”. Há ainda uma loja, “com quatro ou cinco marcas de referência da modalidade, com raquetes, ténis e têxteis”. Além do foco nas con-

dições técnicas, o espaço aposta no ensino com a Academia XXL, com a “formação de novos jogadores, numa equipa de alta competição bem posicionada no ranking nacional”, segundo Bruno Ferreira. O padel é um desporto de raquetes, jogado a pares, utilizando raquetes maciças (sem rede) e bolas próprias. A contagem de pontos apresenta bastantes semelhanças com a do ténis, nomeadamente no sistema de pontuação. A principal diferença consiste no “court” que está envolvido por paredes, sendo que a bola pode ressaltar

p Estima-se que existam 80 mil praticantes no país e de seguida ser jogada, à semelhança do squash. Em Portugal estima-se que existam 80 mil prati-

cantes ocasionais e regulares e mais de 400 campos, de acordo com a Federação Portuguesa de Padel.

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ALOJAMENTO LOCAL

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt


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Batalha Opinião

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s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Manjericão ajuda no sabor e produção dos tomateiros Neste mês alguns hortelãos mais pioneiros começam já a colher os primeiros legumes de primavera, outros estão ainda a plantar e semear. Por cá, temos um pouco dos dois, até porque as características do meu solo, que é muito barro, não me permite grandes culturas enquanto chove. No passado acabei por perder muitas culturas, que semeie ou plantei e depois… afogaram-se. Agora, tendo consciência das características do solo do quintal, já aprendi a respeitar os ciclos do meu quintal.

Como está na altura inicial das sementeiras, relembro que algumas plantas não gostam de ficar junto de outras, a isto chama-se consociação desfavorável. Em contrapartida, há outras que beneficiam da presença. Por exemplo, os tomateiros e os pepineiros não devem ficar juntos. Os tomateiros beneficiam, em sabor e produção se tiverem por perto pés de manjericão. Nas bordaduras das hortas, de preferência, do lado que predomina o vento, convém colocar ervas aromáticas que assim executam um

controlo de algumas pragas e doenças. A erva-cidreira – repele pulgão, mosquitos, mosca branca e formigas (infusão de 50 gramas de planta fresca em um litro de água; deixar esfriar, pulverizar pura, diretamente na planta. Capuchinha – mantém distante a mosca braca e pulgões, basta estar plantada no local. Hortícolas para semear e/ ou plantar ao ar livre: abóboras, aipo, alfaces, alho francês, batatas, beringelas, beterrabas, broculos, cebolas, cenouras, coentros, couves-flôr, couves- repolho, cou-

ve-rábano, espinafres, ervilhas, malaguetas nabiças, nabos, pepinos, pimentos, salsa, tomates, rabanetes, rúcula, calêndulas. Jardim, semear: amores perfeitos cravos, crisântemos, dálias, bocas de lobo, capuchinhas, agrião de jardim, calêndulas. Arbustos e Árvores de fruto para plantar: Amoreiras, arandos, framboesas, groselheiras, mirtilos, morangueiros, videiras. Na horta cultivamos alimentos e bons sentimentos! Boas colheitas.

s À Mesa Ana Caseiro

“Real Senhor… Todos comem palha, a questão é saber prepará-la e pôr-lha diante” Como é possível um simples pudim de gemas, calda de açúcar, toucinho e vinho do Porto ser uma iguaria tão rica e sedosa? Falo do famoso pudim Abade de Priscos, com origem em Braga por Manuel Joaquim Machado Rebelo - mais conhecido como Abade de Priscos. Nasceu em Vila Verde e foi ordenado padre em 1861 e pastoreou em aldeias no distrito de Braga, onde se fixou na aldeia de Priscos e foi abade durante 47 anos. Exercia o sacerdócio com dedicação, dinamizava o grupo de teatro e era um vanguardista na cozinha, gostava de introduzir novos e diferentes alimentos nos banquetes da casa real em Braga, casamentos, celebrações, repastos e jantares de gala. José Quitério, no “Livro de bem comer” conta um episódio único da ousadia de Abade de Priscos: “Numa ida da família real ao Norte, no final de mais um jantar memorável com el-rei D. Luís - que já o tinha agraciado noutra oca-

sião com o cabeção roxo de Capelão da Casa Real – felicitou-o e quis saber de que eram feitas certas iguarias. O abade disse-lhe que era simplesmente palha. Estupefacto, o monarca questionou-o de imediato: “Palha? Então dá palha ao seu rei?” Cabisbaixo, mas com ironia, o abade responde: “Real Senhor… Todos comem palha, a questão é saber prepará-la e pôr-lha diante.” A capacidade de usar palha como ingrediente vai além do gesto provocatório e demonstra que o abade era um cozinheiro estudioso e curioso. Tinha uma maleta repleta de essências, temperos, que o acompanhava sempre, mas conforme o próprio dizia: o segredo eram as mãos. No século XIX várias pessoas tentaram replicar a receita. Uma das interessadas era o responsável pela Associação Escolar Feminina de Braga, monsenhor Pereira Júnior, que tinha como objetivo angariar fundos através da venda de um livro com várias

receitas do abade para assim ajudar a crescer a obra social. E o abade de forma amável tentou explicar que não seria possível pois “era impossível de lhe dar as minhas receitas, os dedos das minhas mãos e o paladar da minha língua. A culinária é uma arte bela, mas depende muito do artista”. Para justificar esta recusa da receita do pudim lançou um desafio ao cozinheiro do Paço utilizando os mesmo ingredientes. A disputa deu resultados opostos como é evidente, com vantagem clara para o abade, mas no final todos ficaram a ganhar porque assim o abade divulgou a receita. Aqui perto da Batalha podemos degustar um delicioso pudim Abade de Priscos com a delicadeza e sabor que lhe são conhecidos. No restaurante Muralhas, localizado em Andreus, Leiria, está disponível na carta esta receita tão portuguesa, acompanhada com gelado de tangerina para aliviar o palato da pre-

sença do açúcar no pudim, além de enumeras iguarias desde pratos principais a sobremesas. O restaurante tem uma vista deslumbrante sobre a Golpilheira e Bico Sacho e em dia limpos é possível avistar o mar da Nazaré. De seguida apresento uma receita de fácil execução com ajuda de um termómetro para atingir o ponto de açúcar e caramelo para untar a forma com furo.

Ingredientes: 15 gemas 50 ml de Vinho Porto branco 750 ml de água 600 gr de açúcar 2 paus de canela 50 grs de toucinho Raspa de um limão Para fazer o caramelo 100 ml de água fria 140 ml de água quente 300 gr de açúcar Preparação: Primeiro trata-se do caramelo para untar a forma.

Juntar 300 gr de açúcar com 100 ml de água fria num tacho, deixar chegar a caramelo e logo de seguida juntar 140 ml de água quente para assim o caramelo ficar líquido e conseguir untar a forma com furo e reserve. De seguida a calda de açúcar. Num tacho colocar 750 ml de água e 600 gr de açúcar, os paus de canela, o toucinho e as zestes de um limão (zeste é a raspa retirada ao redor de todo o citrino) e colocar ao lume. Deixar levantar fervura e com ajuda de um termómetro controlar até a calda atingir os 115ºC. Quando atingir a temperatura deve retirar o tacho do lume e coar por uma rede para retirar as zestes, paus de canela e o toucinho. Ligar o forno a 160 graus. Numa “bola” ou cuba colocar as gemas com o vinho do Porto e envolver tudo com um garfo com delicadeza sem incorporar ar. Depois da calda já coada, verter em fio para as gemas e mexer para que

Cozinheira

o aparelho das gemas não cozinhe. Com a forma já untada com caramelo coloque o aparelho anterior de gemas, calda, açúcar e vinho do Porto na forma e coloque num tabuleiro com água quente para cozinhar o pudim em banho-maria (processo de confeção para cozinhar o alimento de forma uniforme) fica no forno durante uma hora e trinta minutos. No final retirar do forno, deixar arrefecer à temperatura ambiente e desenformar quando estiver frio. Aconselho a comer esta delícia com um cálice de Vinho do Porto.


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Pandemia Batalha

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Especial Imprensa

Ano da Imprensa Regional assinalado até ao final do ano

João Palmeiro Associação Portuguesa de Imprensa (API)

Paulo Ribeiro Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC)

Será com “uma série de iniciativas” que irão decorrer ao longo dos próximos meses e até ao final do ano que a Associação Portuguesa de Imprensa (API) e a Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) irão assinalar o Ano da Imprensa Regional, em 2021. Numa carta aberta, sob o lema “Todos precisamos da imprensa regional”, as duas associações mentoras da iniciativa reafirmam o compromisso e a necessidade de agregar iniciativas, “numa perspetiva duradoura”, de forma a que se “garanta a sustentabilidade e desenvolvimento dos jornais locais e regionais, em suporte papel e digital”. “A pandemia ainda não permitiu assinalar com a devida importância o Ano da Imprensa Regional, que se comemora em 2021, na sequência de uma deliberação conjunta datada do mês de

dezembro, rubricada pela API - Associação Portuguesa de Imprensa e pela AIC Associação de Imprensa de Inspiração Cristã. Apesar das dificuldades deste tempo marcado por confinamentos sucessivos e restrições em muitas frentes da vida individual e coletiva, é importante e urgente assinalar o Ano da Imprensa Regional, agregando iniciativas, numa perspetiva duradoura, que garanta a sustentabilidade e desenvolvimento dos jornais locais e regionais, em suporte papel e digital. É isto que as associações de imprensa, em parceria com os editores locais, irão concretizar ao longo dos próximos meses”, lê-se na missiva subscrita pelos presidentes das duas associações, João Palmeiro e Paulo Ribeiro, respetivamente. No mesmo documento, os dois responsáveis subli-

nham que “o ano em curso constitui um calendário de oportunidades para refletir e pôr em marcha medidas que reforcem o papel da imprensa regional, a sua independência de todos os poderes, a sua importância no combate à pandemia das notícias falsas, através de uma informação que convoca os melhores princípios éticos, a independência, o rigor, a inclusão, a pluralidade, a liberdade, o respeito pela privacidade, o respeito pelos leitores, a defesa dos direitos humanos e o escrutínio de todos os poderes” As duas associações consideram que “o papel de proximidade da imprensa regional é insubstituível e fundamental, um pilar importante e constituinte da própria democracia, que deve reforçar e ampliar diariamente o espaço de cidadania, com uma expressão própria, altamente relevan-

te, sobretudo nas comunidades locais, onde muitas vezes a crítica e o contraditório são um verdadeiro exercício de coragem, por vezes mal recebido e até condenado por responsáveis e decisores locais”. Dessa forma, “sem uma imprensa regional forte, a democracia será fraca e estará ameaçada”. “A imprensa regional é um bem coletivo, ao serviço de cada individuo, mas também de todas as comunidades onde se insere e, no fim de contas, do país”, lê-se ainda. As associações de imprensa “encorajam as autarquias e associações de municípios a estabelecerem planos permanentes de investimento na Imprensa Regional, com total transparência, sem qualquer condicionamento da linha editorial, garantindo assim a liberdade e o acesso à informação das po-

pulações que representam”. Por outro lado, lembram que “as empresas e entidades públicas têm, também, um importante papel a desempenhar no seu relacionamento com a Imprensa Regional, pelo que se espera e deseja que estabeleçam parcerias duradouras que vão ao encontro do privilégio de poderem contar com marcas de informação de proximidade nos seus territórios”. Num outro domínio, as associações de imprensa exortam as universidades, politécnicos, centros de saber, entidades públicas, e organismos ligados ao setor da imprensa “a debaterem a realidade que emerge de forma crescente nas comunidades locais, onde muitas autarquias, entre outras entidades, passaram a recorrer diariamente às plataformas digitais a pretexto de anúncio de medidas, explicações

várias, resposta a críticas e divulgação de todo o tipo de iniciativas, esquecendo o papel dos órgãos de comunicação social e a mediação dos seus jornalistas”. A API e a AIC alertam ainda que a pandemia e o aproximar das eleições autárquicas “têm potencializado este fenómeno recente, que rapidamente se poderá transformar numa ameaça à democracia, transformado informação em propaganda, condicionando fortemente o papel legítimo dos órgãos de comunicação social”. “Independentemente das reflexões que possam surgir, as associações de imprensa esperam que as autarquias onde a opção por canais próprios de comunicação é mais expressiva, optem desde já por uma postura que dê a primazia à imprensa regional e local”, sublinham as duas entidades.


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Jornal da Batalha

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Saúde Dia Mundial do Doente (retomando a conversa)

Vasco Barreto Secretário Geral da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna

O Dia Mundial do Doente foi instituído pela igreja católica em 1992 (após o diagnóstico da doença que viria a vitimar o Papa João Paulo II), com uma dimensão predominantemente espiritual e uma forte vocação caritativa. Em inglês, a designação é “World Day of the Sick”, e

não Patient, ou seja, é mais uma referência à pessoa que sofre de uma doença do que ao doente enquanto utilizador dos serviços de saúde. Como tantas outras efemérides de origem religiosa, esta data tem potencialmente um alcance que ultrapassa o universo da fé e que acaba por coincidir com o da própria cultura. E até mais com o de uma cultura humanística do que com o de uma cultura estritamente médica (se esta existir sem aquela). Em 2020, por esta mesma ocasião, falava-se de como seria um sistema de saúde que respondesse às expectativas, necessidades e valores dos doentes. Uma das mais importantes mudanças de paradigma das últimas décadas, em saúde, é o

conceito de “Patient-Centered Care” (Cuidados Centrados no Doente). Resumindo o mais possível os princípios fundamentais deste modelo, ele preconiza: o acesso ágil e não discriminativo ao sistema de saúde; o respeito pelas preferências das pessoas e o seu envolvimento nas decisões (que só é verdadeiramente possível investindo numa estratégia de educação para a saúde); a integração de cuidados, ou seja, a articulação entre as equipas hospitalares e de cuidados primários, de modo a que a transição entre elas se faça sem perdas de continuidade, e procurando desviar o foco da prestação de cuidados dos hospitais para a comunidade, ou mesmo para a casa dos doentes; a priori-

zação do conforto físico e do bem-estar emocional, com envolvimento da família em todas as fases do processo. O que aconteceu desde esse dia 11 de Fevereiro de 2020 – ou, mais concretamente, desde 2 de Março de 2020, data do primeiro diagnóstico de Covid-19 em Portugal? Ninguém tem dúvidas de que houve uma deterioração do acesso a cirurgias, exames, consultas, urgências ou até mesmo a receituário crónico ou a contactos pontuais com os médicos assistentes. Foram também muito evidentes as quebras de continuidade e as dificuldades na transição e integração de cuidados entre hospitais e centros de saúde. A comunicação com os doentes e com as

cas ou políticas, pelo agravamento das dificuldades no sistema de saúde. Dificilmente alguma estrutura sanitária suportaria a avalanche desta pandemia, e isso é visível pelo mundo fora. Esta doença chegou e vai aos poucos ocupar o seu lugar nas nossas vidas, entrar na rotina da prestação de cuidados, normalizar-se. Mais mês, menos mês, vai-nos permitir recentrar e voltar a definir prioridades. Gostaria que este dia fosse um ponto de partida para retomarmos o diálogo entre médicos, doentes e decisores em torno da construção de um projecto de saúde centrado nos doentes e nas necessidades dos doentes. Era disto que estávamos a falar há um ano, não era?

famílias sofreu o impacto das barreiras físicas, mas também das deficiências organizacionais. Muitas vezes as escolhas dos doentes foram menos informadas e mais baseadas num modelo tradicional, paternalista, em que é o médico que decide, ou então adiadas para melhores dias. Em suma, houve um desvio de esforços e de recursos para o combate à pandemia, que deixou em segundo plano alguns avanços que vínhamos fazendo em direcção a um modelo Centrado no Doente. Passámos do dia mundial do doente para o ano mundial de uma doença. Passou um ano. Do meu ponto de vista, não faz qualquer sentido orientar esta reflexão para o apuramento de responsabilidades, técni-

, SA ACORDOS PARA OFTALMOLOGIA:

ADSE, ADMG, Multicare, Advancecare, Médis, SAD-PSP, SAD-GNR, SAMS Centro, SAMS Quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sãvida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon,

Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia...sábado - manhã Oftalmologia...............................................Dr. Joaquim Mira............................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira.. quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro................................. terça - tarde

Dr. João Cardoso.............................. segunda - tarde

Otorrinolaringologia.................................Dr. José Bastos.................................... quarta - tarde Pneumologia/Alergologia.........................Dr. Monteiro Ferreira............................sexta - tarde Próteses Auditivas................................................................................................... quarta - tarde Psicologia Educacional/vocacional........ Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos..................................Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Terapia da Fala...........................................Dra. Débora Franco.............................quinta - tarde Urologia.......................................................Dr. Edson Retroz..................................quinta - tarde

Ortóptica.....................................................Dr. Pedro Melo................................ sábado - manhã

Medicina Dentária

Outras Especialidades:

Cardiologia..................................................Dr. David Durão.....................................sexta - tarde Cirurgia Geral/Vascular.............................Dr. Carlos Almeida.................................sexta - tarde Clínica Geral................................................Dr. Vítor Coimbra................................ quarta - tarde Dermatologia............................................ Dr. Henrique Oliveira...................... segunda - tarde

Dra. Sâmella Silva

Terça/Quinta - Tarde Sábado - Manhã

Dra. Susana Frazão

Sexta-feira - Tarde

Electrocardiogramas...............................................................................segunda a sexta - tarde Endocrinologia............................................Dra. Cristina Ribeiro............segunda / terça - tarde Estética .......................................................Enf. Helena Odynets..............................sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..........................Dr. Paulo Cortesão........................... segunda - tarde

Cirurgia Oral Implantologia

Neuro Osteopatia /Acumpunctura.........Tec. Acácio Mariano............................ quarta - tarde

Próteses Dentárias

(Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortodontia

Neurocirurgia.............................................Dr. Armando Lopes......................... segunda - tarde Neurologia..................................................Dr. Alexandre Dionísio..........................sexta - tarde Nutricionista...............................................Dra. Ana Rita Henriques........................ terça - tarde

Rx-Orto Telerradiografia

Ortopedia....................................................Dr. António Andrade....................... segunda - tarde

Rua da Ribeira Calva . Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente . BATALHA . Tel.: 244 766 444 . 939 980 426 . clínica_jm@hotmail.com


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Saúde Batalha

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Exercício físico e saúde

Pedro von Hafe Assistente Graduado de Medicina Interna, Departamento de Medicina, Hospital São João, Porto

Nesta época de restrições relacionadas com a pandemia, em que é comum ficar sentado grande parte do tempo, parece-nos importante realçar os benefícios da actividade física e lembrar o dia mundial da actividade física. Em 2015 a Academy of Medical Royal Colleges redigiu um relatório em que chamava ao exercício físico a “cura milagrosa”. Esta afirmação está baseada em evidência científica robusta. Inúmeros estudos mostraram de forma consistente que as pessoas que têm actividade física regular apresentam um menor risco de desenvolver ou morrer de doença cardiovascular quando comparadas com os

sedentários. O exercício físico está associado a menor risco de doença das coronárias, acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2, obesidade, acumulação de gordura abdominal, osteoporose e alguns cancros (mama e cólon, por exemplo), para além de melhorar o sistema imunológico e o bem-estar psicológico. Tem vindo a ser demonstrado que o exercício protege o cérebro de decadência cognitiva que acompanha o envelhecimento, melhora a memória, a agilidade do pensamento e mesmo a criatividade. Investigações recentes mostraram que permanecer muito tempo sentado, seja em casa, no carro ou no trabalho aumenta o risco de doença cardíaca e de morte se não houver actividade física compensatória. Um estudo mostrou que intercalar 30 minutos de actividade física ligeira com o permanecer sentado diminuía o risco de morte em 17% e se o exercício fosse de intensidade moderada a vigorosa a redução da mortalidade chegava aos 35%. Num trabalho australiano as pessoas que andavam a pé com frequência e de forma rápida tinham uma maior

probabilidade de viver mais 15 anos do que aqueles que não apresentavam qualquer actividade física. A actividade física regular ajuda a controlar o peso, baixa a pressão arterial em doentes com hipertensão arterial e melhora os níveis de colesterol e triglicerídeos. As pessoas com diabetes que fazem exercício controlam melhor a sua doença e reduzem o risco das suas complicações, e sabe-se que os indivíduos em elevado risco de desenvolver diabetes por uma história familiar pesada de diabetes conseguem diminuir esse risco em 60% através do exercício físico. Nos doentes que tiveram um enfarte do miocárdio a terapêutica de reabilitação com actividade física diminuiu a mortalidade total em 27% e a mortalidade cardiovascular em 31%. Mais de catorze ensaios clínicos mostraram benefícios da actividade física estruturada em doentes com insuficiência cardíaca, uma das formas mais avançadas de doença do coração. Mesmo em doentes velhos hospitalizados as intervenções multidisciplinares que incluíram

actividade física mostraram efeitos benéficos, apresentando menos tempo de internamento e diminuindo os custos. Uma meta-análise que avaliou 305 ensaios clínicos envolvendo mais de 340.000 participantes mostrou que o exercício físico estruturado era tão eficaz como os medicamentos na diminuição da mortalidade por doença das coronárias e era superior aos fármacos na prevenção da morte por acidente vascular cerebral. É claro que esta análise estatística não implica que os doentes suspendam as suas medicações e a substituam pelo exercício físico. Sabe-se que o uso de estatinas (medicamentos para reduzir o colesterol) e uma boa aptidão física estavam associados de forma independente a menor mortalidade nos indivíduos em risco. As recomendações, independentemente do género masculino ou feminino, indicam que bastam 30 minutos por dia em cinco dias da semana de actividade física moderada (150 minutos por semana). Esta actividade física moderada corresponde por exemplo a marcha em

passo apressado, andar de bicicleta, nadar, dançar e mesmo cortar a relva. Num estudo, as mulheres que que andavam pelo menos uma hora por semana diminuíam o seu risco cardiovascular para metade quando comparadas com aquelas com nenhuma actividade. As crianças entre os três e os cinco anos devem estar fisicamente activas pelo menos três horas por dia. As crianças entre os 6 e os 17 anos necessitam pelo menos de uma hora de exercício físico diário. Um estudo de 2006 que envolveu Portugal e que incluiu crianças de 9 a quinze anos apontou que provavelmente seria necessário mais do que uma hora por dia de actividade física, de forma a manter os factores de risco cardiovascular baixos nas crianças e isto era verdadeiro tanto para as crianças obesas como para as magras, o que indicia que devemos focar-nos não só no peso das crianças mas também na sua aptidão física. Uma análise observacional recente mostrou que os indivíduos que iniciam a actividade física na meia-idade, mesmo que não tenham

praticado qualquer exercício durante anos, podem rapidamente ganhar os benefícios da actividade física na esperança de vida. Esse relatório evidenciou que as pessoas que deixaram de ter actividade física por uma década ou duas mas que a reiniciaram nos seus quarenta ou cinquenta anos, com exercício de algumas horas por semana estavam igualmente protegidos de morrer prematuramente que aqueles que sempre praticaram exercício. Alguns estudos mostraram que os programas de exercício físico são benéficos mesmo nos mais velhos (com mais de 75 anos). Para concluir, está provado que os indivíduos com actividade física óptima consomem menos dinheiro em cuidados de saúde do que aqueles com níveis baixos de actividade e isto é verdade para aqueles com ou sem doença cardiovascular estabelecida. Sendo assim, em termos de saúde pública a promoção de actividade física regular é a melhor opção em termos de custo-benefício, um verdadeiro “best-buy”.

pos conturbados, espero que tenhamos aprendido a ter respeito pela nossa saúde. Nunca foi tão evidente, que a defesa da nossa saúde individual, contribui para a saúde coletiva. Procurar não ficar doente, numa altura em que os Hospitais estão em colapso, é inteligente para o próprio, e a melhor forma

de respeitar os outros, em que também se incluem os médicos e os enfermeiros e a restante equipa de saúde. No dia 7 de Abril, dia mundial da saúde, lembremos a importância de preservarmos a nossa saúde, respeitando-nos a nós próprios e aos outros, fazendo disso uma norma de vida!

Respeitar a todos e à nossa saúde

João Araújo Correia Médico Internista – Presidente da SPMI

Nenhum de nós, tinha alguma vez sentido na pele os efeitos devastadores de uma pandemia. Esta, provocada pela covid, tem sido especialmente perturbadora, pela rapidez com que se espalha pelo mundo, e pela variabilidade dos efeitos provocados nos infetados, que ficam sem quaisquer queixas significativas, ou ficam a bater ás portas da morte! Esta imprevisibilidade das consequências da infeção

pela SARS-Cov, permite que seja dado crédito às alarvidades pronunciadas pelos políticos populistas, mesmo com a dolorosa verdade de caminharmos para os 3 milhões de mortos! A saúde é um bem precioso, reconhecido por qualquer um. Sem ela, ficamos frágeis e, num ápice, deixamos de dar valor às coisas materiais, fazemos promessas mentais de bom comportamento, e ajoelhamos perante quem nos possa ajudar a sair daquele aperto. No auge da pandemia, havia milhares de doentes infetados nos Hospitais, outros em casa a rezarem para não piorarem, e muitos milhões, ainda saudáveis, com o pânico de poderem sucumbir no dia seguinte. Na primeira vaga, o País ficou petrificado e incrédulo. Quase todos tememos pela nossa saúde, talvez irremediavelmente per-

dida, se já tínhamos alguma doença prévia, ou sujeitos à roleta russa do destino que a covid nos trouxesse. Não me surpreende que as palmas de agradecimento aos profissionais de saúde se tenham calado, muito antes da acalmia dos números da pandemia. Aliás, nalguns casos, assistiu-se a um crescente sentimento de revolta, contra os especialistas que recomendavam alguma contensão na velocidade do desconfinamento, enquanto o SNS não retomasse a sua capacidade de tratar os doentes covid e os não covid. Embora triste, pelo contraste tão evidente de atitudes, é compreensível o silêncio das varandas. A manutenção dos gestos de gratidão, durante um grande período de tempo, acaba por cansar. Ainda mais, quando os problemas económicos se vêm juntar, e são postas em cau-

sa necessidades básicas, há muito consideradas resolvidas! Mas, o reconhecimento e o respeito pelo trabalho abnegado dos profissionais de saúde deveria manter-se. O respeito que temos por alguém, por um princípio ou por uma Instituição, é um sentimento nobre, civilizado e democrático! Nestes tem-

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Batalha Economia

Jornal da Batalha

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Economia

Empresas do concelho conquistam 53 troféus PME Excelência e PME Líder m A Batalha lidera o grupo dos municípios que apresentam mais de 10 distinções, com um aumento de 66,7%, um resultado igual ao de Peniche. Seguem-se as Caldas da Rainha (20%) e Alcobaça (16%) O estatuto PME Excelência e PME Líder 2020, que traduzem os melhores desempenhos económico-financeiros e de gestão, foi atribuído a 43 empresas do Concelho da Batalha, que ocupa a sexta posição entre os municípios do distrito. A tabela é liderada por Leiria (340 troféus), seguindo-se Pombal (133), Alcobaça (116), Marinha Grande (74) e Caldas da Rainha (57). A Batalha é sede de 43 PME Líder, entre as quais foram eleitas 10 PME-Excelência. Por outro lado, é o segundo município que mais cresceu em número de PME-Excelência (+4 prémios), face ao período homólogo anterior, o mesmo registo de Alcobaça e Peniche. A Nazaré é o município com um aumento mais significativo (7). No lado oposto, apresentam quebras a Marinha Grande (-5), Pombal (-3) e Leiria (-2). Se a análise for percentual, o município da Batalha lidera o grupo dos que apresentam mais de 10 distinções, com um aumento de 66,7%, um resultado igual ao de Peniche. Seguem-se as Caldas da Rainha (20%) e Alcobaça (16%). Os únicos decréscimos do distrito verificam-se na Marinha Grande (-25%), Pombal (-9,4%) e Leiria (-2,6%). Em termos médios nos últimos cinco anos, a Batalha mantém 6ª posição, com 9,2 galardões, atrás dos municípios que também coman-

PME-E 2020 Distrito de Leiria Município

2016

Leiria Alcobaça Pombal Marinha Grande Caldas da Rainha Batalha Peniche Ansião Nazaré Porto de Mós Bombarral Óbidos Alvaiázere Figueiró dos Vinhos TOTAL

2017 50 20 19 28 9 9 3 4 1 7 3 7 1 0 161

2018 57 18 23 23 9 8 7 4 3 7 3 4 1 0 167

2019 58 13 24 30 11 13 4 5 5 5 2 6 0 0 176

2020 77 25 32 20 10 6 6 4 0 4 4 5 1 0 194

75 29 29 15 12 10 10 7 7 7 6 5 1 1 214

PME Líder Distrito de Leiria Município Leiria Pombal Alcobaça Marinha Grande Caldas da Rainha Batalha Peniche Porto de Mós Óbidos Ansião Nazaré Bombarral Alvaiázere Figueiró dos Vinhos Castanheira de Pera Pedrogão Grande Total

dam a tabela da edição de 2020. O distrito aumentou em 20 (10,3%) o número de PME-Excelência, com uma média do quinquénio de 182,4/ano. Quanto às PME-Líder, o concelho apresenta mais cinco, o 7º maior aumento do distrito, que conta agora mais 80 empresas distinguidas que na edição anterior. A nível distrital, o estatuto PME Excelência 2020 distinguiu 214 empresas, que representam um volume de negócios de 903,2 milhões

2016

2017 207 82 63 78 27 30 14 29 14 13 8 9 5 3 2 2 586

2018 207 74 59 75 37 26 23 25 14 14 8 9 5 2 1 0 579

de euros e empregam 6.380 trabalhadores, segundo a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), que instituiu o prémio há 12 anos. O resultado líquido das galardoadas somou 110,3 milhões de euros, um capital próprio de 515,1 milhões e as exportações foram no valor de 179,5 milhões de euros. No ordenamento por distritos, Leiria está na quinta posição, com um peso de 7,5%, atrás de Porto, Lisboa, Braga e Aveiro; quatro re-

2019 234 82 63 78 39 41 20 28 13 16 9 9 3 2 0 0 637

giões que no conjunto detêm 1.956 dos 2.865 estatutos PME-Excelência, com um peso de 68,30 no resultado nacional. Estes dados significam um aumento de 10,3% no número de premiadas do distrito em relação a 2019 e um resultado acima da média do quinquénio (182,4 empresas/ano). Na tabela dos concelhos mais importantes do distrito destacam-se Leiria, com 75 galardoadas, seguindo-se seis municípios com entre

2020 248 88 78 71 34 38 22 31 12 14 12 7 4 2 2 2 665

265 104 87 59 45 43 33 33 20 18 13 11 6 4 3 1 745

29 e 10 distinções, incluindo a Batalha, nesta iniciativa desenvolvida pelo IAPMEI, em parceria com o Turismo de Portugal e entidades do sistema bancário. As pequenas empresas dominam a listagem das distinguidas (72,4%), sendo a maioria dos sectores da indústria (36%), comércio (29,9%) e turismo (11,2%). Os subsectores mais representados são as industrias transformadoras (31,4%), comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos auto-

móveis e motociclos (29,9%), e o alojamento, restauração e similares (11,2%). A nível nacional, o número de empresas PME-E “aumentou de forma exponencial” de 2009 (376) para 2020 (2.865), “pese embora os desafios colocados pela conjuntura económica, nem sempre favorável, e a exigência reforçada em termos de critérios de seleção”, refere o IAPMEI em comunicado. Entre as empresas que conquistaram o estatuto, 601 são de média dimensão, 2.084 são de pequena dimensão e 180 são microempresas. Em conjunto, são responsáveis por 92.657 postos de trabalho e por um volume de negócios superior a 11 mil milhões de euros. A maioria das empresas, que se “destacaram pelos melhores desempenhos económico-financeiros e de gestão”, desenvolvem atividade nos sectores do comércio (28%), da indústria (23,4%), e ainda no sector do turismo (17,9%). No que respeita às PME Líder e à análise global do distrito, o conjunto das 745 empresas galardoadas com o estatuto referente a 2020 representa um volume de negócios superior a três mil milhões de euros (3,077), com as exportações a significarem 604 milhões de euros. As distinguidas apresentam um resultado líquido de 232 milhões de euros e garantem emprego a 23.435 pessoas. O distrito de Leiria ocupa a quinta posição nacional, com 7,5% das marcas líder, numa tabela em que os primeiros lugares são ocupados pelas capitais do país e pela região norte. A maior parte das empresas da região são pequenas (534), seguindo-se as médias(161) e as micro unidades


Jornal da Batalha

Empresas distinguidas PME Excelência Atwoo Car Cosmetics, Lda. Comumspace, Lda. Induzir - Indústria e Comércio de Equipamentos, Lda. José Carlos Bento - Construções Metálicas, S.A. Patrovitrans - Transportes, Lda. Plásticos Rodifel, Lda. Sérgio Carreira, Unipessoal Lda. Velvet Design e Publicidade, Lda. Vidros Cerejo, Lda. Vitor Manuel Pereira Alberto, Lda.

PME Líder Abílio Guerra Rodrigues - Construções, Lda. António Rodrigues Capela & Filhos, Lda Auto Coelhinhos - Comércio Automóvel, S.A. Brincafestas - Comércio de Brinquedos e Fogo de Artificio, Lda. Celeiro do Móvel - Comércio de Mobiliario, Lda. Conmarfel - Construção Civil e Obras Públicas, Lda. Construções António Leal, S.A. Construções Vieira Mendes, Lda. Dilodalla - Unipessoal, Lda. Ecomais - Recolha e Valorização de Resíduos, S.A. Erofio - Engenharia e Fabricação de Moldes, S.A. Erofio Atlântico, S.A. Exposalão - Centro Exposições, S.A Fapor - Faianças de Portugal, Lda. Farmácia Moreira Padrão, Lda. H.B.C. II - Peças Auto, S.A. Inautom-Automação, Lda. Leiricimentos, Lda. Leirilivro, Comércio e Distribuição de Livros, Lda. Leiriprensa - Comércio e Reparação de Máquinas Industriais, Lda. Marcelino & Filhos, Lda. Marfilpe - Mármores e Granitos, S.A. Matos & Neves, Lda. Metalúrgica António Azevedo, Lda. Micronsense- Metrologia Industrial Unipessoal, Lda. Montalman, Lda. Organizações Biscana - Comércio e Representações, Unipessoal Lda. Puraração - Ração e Animais, Lda. Reboques Sousa I, Lda. Restaurante Burro Velho, Unipessoal, Lda Simplastic - Sociedade Industrial de Matérias Plásticas, Lda. Topbanho - Materiais de Construção, Lda. Valente & Carreira - Construção Civil, Lda. Fonte: IAPMEI As PME-E são apuradas entre as Líder

(50); com a fileira da construção civil, incluindo o comércio e fabricação de materiais, a dominar a atribuição de galardões (119). A seguir surgem os sectores da restauração, transportes rodoviários, comércio e manutenção de automóveis, plásticos e moldes metálicos, cada um com resultados na casa das três dezenas de distinções. Mais abaixo estão as farmácias, extração e fabricação de rochas naturais, cerâmica e a informática, que fecha a listagem das 10 ativi-

Economia Batalha

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dades mais representadas. A nível nacional o estatuto PME Líder foi alcançado por 9.955 empresas, um universo que aumentou substancialmente face ao ano anterior, verificando-se um acréscimo de 1.398 galardoadas. Estas empresas atingiram um volume de negócios superior a 40 mil milhões de euros e são responsáveis por por 325.646 postos de trabalho, verificando-se um aumento de 34.836 comparativamente ao ano anterior.

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Aprovadas 15 candidaturas no valor de 30 mil euros O Município da Batalha aprovou no dia 19 de abril as primeiras 15 candidaturas no âmbito do Programa Municipal de Relançamento da Economia e do Investimento, no montante global de 30 mil euros. O programa apoia às atividades económicas, com caráter extraordinário e valores não reembolsáveis, com o objetivo de ajudar à manutenção dos postos de trabalho e mitigar de situações de crise empresarial. A iniciativa, com uma dotação de 500 mil euros, “pretende ainda contribuir para a dinamização e recuperação económica do

p O programa apoia as atividades económicas, com caráter extraordinário tecido empresarial, designadamente apoiando as atividades de alojamento, restauração, comércio e serviços, que por força do estado de emergência tiveram que interromper

a sua atividade”, destaca a autarquia em comunicado. As microempresas familiares representam mais de 90% das candidaturas aprovadas. A câma-

ra municipal registou uma centena de pedidos, que se encontram em análise, perspetivando que na sua maioria conheçam uma decisão e pagamento dos apoios até final de maio.

Câmara recebe prémio financeiro de 476 mil euros do Centro 2020

p Parque de Eventos de Santa Maria da Vitória O Município da Batalha recebeu um prémio financeiro de 361.577 euros do Programa Operacional Regional do Centro (Centro 2020) “pela boa eficácia na execução dos fundos europeus”

Àquele valor junta-se o saldo da operação do novo Parque de Eventos de Santa Maria da Vitória, de 114.628 euros, perfazendo um total 476.205 euros de reforço de comparticipação do Fundo Europeu de

Desenvolvimento Regional (FEDER). O Plano de Ação de Regeneração Urbana da Batalha foi desenvolvido em parceria com Unidade de Investigação - CARME Centro de Investigação

Aplicada em Gestão e Economia, do Instituto Politécnico de Leiria. O plano inclui a barreira de proteção do mosteiro contra o ruído (517 mil euros), a Casa do Conhecimento e da Juventude da Batalha (560 mil euros); a reabilitação do Edifício do Dr. Gens (581 mil euros) e o Parque de Eventos Santa Maria da Vitória (1,043 milhões de euros). A autarquia da Batalha viu, entretanto, aprovada a candidatura ao Sistema de Informação Cadastral Simplificado e do Balcão Único do Prédio (BUPi), no valor de 140.966 euros, que permitirá desenvolver um projeto piloto do cadastro predial.

Autarquia e Startup Leiria assinam protocolo de cooperação A Câmara da Batalha e a Startup Leiria subscreveram em março um protocolo de cooperação com o objetivo estabelecer os princípios de cooperação, com vista ao desenvolvimento de mecanismos de apoio ao empreendedorismo e inovação no concelho. O espaço da Casa do

Conhecimento e da Juventude reúne um conjunto de jovens empreendedores que serão beneficiários desta parceria, no âmbito de uma das “valências mais relevantes do município, que é contribuir para a capacitação e desenvolvimento do empreendedorismo, desenvolvimento econó-

mico do território”. A Startup Leiria vai desenhar e gerir as atividades de apoio aos empreendedores, nomeadamente prestar os serviços de capacitação e/ou consultoria para desenvolvimento dos modelos de negócio dos empreendedores dos empreendedores do concelho; criar

oportunidades para potenciar o crescimento dos negócios através de mentorias, ligação a outras entidades e aconselhamento especializado; e ainda apoiar a câmara municipal no desenvolvimento de projetos nacionais e europeus no âmbito de quadros de apoio à economia e inovação.


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Património

Duas notáveis poetisas da nossa Região Maria Adelaide de Lemos Oliveira Simões Embora natural de Torres Novas veio ainda menina para a Batalha em vista do pai, Guilherme de Lemos Branco, ter sido nomeado chefe da Repartição de Finanças do nosso concelho. A Torres Novas haveria de voltar, aí tendo frequentado o Colégio de Santa Maria, da ordem das irmãs do S. José de Cluny, onde tirou o curso liceal. Regressou à nossa Vila, vindo a contrair matrimónio com o engenheiro Joaquim Sales de Oliveira Simões, membro da conceituada família do Comendador Joaquim Sales de Simões Carreira, figura proeminente da Batalha dos fins do século XIX e princípios do século XX, proprietário da Quinta do Fidalgo onde se situa um dos já raros solares setecentistas da nossa região. A D. Maria Adelaide vive há longos anos nessa quinta. Creio que a sua primeira paixão pelas Artes foi a da pintura, cedo começando a evidenciar grande vocação e a realizar uma obra de qualidade indiscutível, a que já tive a honra de me referir no “Baú da Memória”. Várias das suas obras foram adquiridas por colecções particulares, nacionais e estrangeiras. Um pouco mais tarde começou a evidenciar-se na Poesia, publicando três obras que creio do melhor que se tem dado à estampa no nosso País. Trata-se de “Voltada para Mim”, em 2003, “A Dimensão do Olhar”, em 2007 e “Arquivo Plural” em 2010. Foi–me extremamente difícil escolher dois dos seus poemas para ilustrar esta página, tal a qualidade, a profundidade e a beleza que todos evidenciam. E é curioso referir que encontro a mesma elevação noutra grande poetisa a que me vou referir também, a

ser mais importante. Qualquer coisa que me diz: Vem-me buscar ó encarcerada em ti mesma! Trago nos lábios Trago nos lábios palavras insonhadas E nos passos caminhos por nascer Sinto nos olhos a luz das madrugadas E nos braços a força de as romper Pesam-me os ombros promessas esquecidas E medonhos os dias sem esquecer Abrem-me os dedos rosas nunca entendidas E nos sonhos a ânsia de as colher Trago o clamor das mãos acorrentadas E antigo o crime de as conter. Sinto a abrir asas insuspeitadas Ai amigo nada as pode vencer. leiriense Maria da Encarnação Baptista. Há dias assim Como a manhã radiosa, fui manhã Asa, flor, abelha, mel Chama acesa em seu esplendor. Fui sol da tarde ancorada No abraço febril do poente. Assomo brusco de revolta No grito fugitivo da noite. Há dias assim, enigmáticos De cambiantes raros, irrepetíveis. (De “Voltada para Mim”)

Embala o vento Embala o vento neste dia enxuto

Os ramos desprovidos de folhagens Braços vazios, súplicas, linguagens, Ecoam pelas horas do meu luto. De solidão a terra sofre e cala Vagos e frios todos os espaços Onde a ausência de alguém Sempre nos fala. (De “A Dimensão do Olhar) Este volume tem prefácio do professor metodólogo Dr. Luís Simões Gomes. Como os leitores já sabem, com certeza, o neto da Pintora e Poetisa, historiador Dr. Francisco Oliveira Simões, é brilhante colaborador do “Jornal da Batalha”.

Maria da Encarnação Baptista Nasceu em Leiria em 1924 e nessa cidade veio a falecer nos anos 60. Os primeiros versos foram publicados no prestigioso semanário “Região de Leiria” fundado pelo seu pai José Baptista dos Santos e mais tarde dirigido pelo seu irmão José Ângelo. Vários dos seus poemas foram também publicados nos “Cadernos de Poesia”, na “Távola Redonda”, em “Sítio” e “Árvore” e no “Jornal de Sintra”. Em 1951 sai o seu primeiro e único livro “Hora Entendida”, editado pela Editorial Inquérito e prefaciado pelo poeta, crítico literário e ensaísta Dr. Adolfo Casais Monteiro. Trata-se de uma obra de invulgar qualidade, ombreando, aliás como sucede com Maria Adelaide Olivei-

ra Simões, com os melhores poetas nacionais. Maria da Encarnação Baptista devia merecer a Leiria a reedição deste seu livro, se possível enriquecido com outros poemas publicados e, possivelmente, pelos que teriam ficado por publicar. É um desafio ao “Região de Leiria” e à própria Câmara Municipal da capital da Alta Estremadura. Eis dois dos seus poemas, inevitavelmente dos mais curtos para caberem no espaço dos “Apontamentos”. Há qualquer coisa em mim Há qualquer coisa em mim que está fechada à chave… Qualquer coisa que me faz desesperar, Qualquer coisa ignorada e que só sei

Capela da Senhora do Caminho Vai beneficiar de obras de restauro. O pequenino templo tem valor histórico por ter pertencido à Ordem Dominicana, incrustado como estava no muro da Cerca Conventual, tem valor arquitectónico por ser um dos, cada vez mais raros, exemplares do barroco rural, e evidentemente, tem valor religioso, tanto mais que é um pequeno santuário de grande devoção dos batalhenses. Preservá-lo e cuidar dele é uma obrigação de todos nós.

José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (217)


Jornal da Batalha

Cultura Batalha

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Cultura

p Algumas sessões serão transmitidas online

m Iniciativa leva à cena cinco sessões de três representações teatrais dirigidas aos alunos do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo A APDRB - Centro Infantil Moinho de Vento promove no Mosteiro da Batalha e via online, entre os dias 17 e 21 de maio, o 1º Festival de Teatro Infantil da Batalha, “de modo a estimular o gosto pela expressão dramática dos mais novos” “Esta iniciativa pretende levar à cena cinco sessões de três representações teatrais dirigidas aos alunos do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo de diferentes estabelecimentos públicos e privados, o que abrangerá duas centenas de crianças”, explica a Associação de Propaganda e Defesa da Região da Batalha (APDRB). “Este número de crianças foi limitado de acordo com as recomendações da Auto-

ridade de Saúde Local e deve-se ao facto de estarmos em contexto de pandemia, o que nos impede de alargar o número de crianças presentes em cada sessõão”, explica Valter Pereira, diretor geral da APDRB. “Sabendo que muitas crianças se encontram privadas de iniciativas culturais entendemos que seria fundamental alargar a dimensão desta iniciativa, pelo que algumas sessões serão transmitidas em direto através das redes sociais, para que todas as crianças do universo da lusofonia possam ter acesso e participar neste festival via online”, adianta. Para além disso, e tendo em conta a natureza social da instituição, foi decidido “aliar esta iniciativa à solidariedade, pelo que se pede a cada criança que assista ao festival de forma presencial contribua com um bem alimentar não perecível destinado à loja social da vila”. A APDRB “convida todas as crianças e estabelecimen-

tos de ensino do país a participar neste evento que, certamente, será uma forma de levar cultura aos mais novos neste tempo de especial dificuldade que vivemos”. No dia 17 de maio, Encerrado para Obras – Companhia profissional de teatro e música apresenta “Quimicomic – Comédia musical com química cómica” (11 e 14 horas); no dia seguinte O Gato – Palavras de Sobra - Associação de Artes, apresenta “Princesa Amor” (11 horas). No dia 19, a Manipulares – Companhia de teatro de marionetas conta a ”História do compadre rico e do compadre pobre” (15 horas) e, por fim, no dia 21, esta companhia exibe “Mari e Pula à descoberta das marionetas” (15 horas). O 1º Festival de Teatro Infantil da Batalha conta com “duas parcerias fundamentais”: o Mosteiro de Santa Maria da Vitória e a Junta de Freguesia da Batalha, e com “o apoio de várias entidades regionais”.

Rede cultural Aljubarrota 1385 apoiada com 280 mil euros A rede cultural Aljubarrota 1385, que junta os municípios de Alcobaça, Batalha e Porto de Mós, vai receber um apoio estatal de 280 mil euros para desenvolver até julho de 2022 um programa turístico-cultural inspirado na Batalha de Aljubarrota.. O projeto conta com a companhia S.A. Marionetas, de Alcobaça, como copromotor, e com a Fundação Batalha de Aljubarrota, como parceiro institucional, prevendo a realização de um conjunto de eventos associados ao património, à cultura e a bens culturais que promovam a cooperação territorial entre as partes. O programa decorre até julho de 2022 e tem como ponto alto um espetáculo

pxhere.com

1º Festival de Teatro Infantil da Batalha tem mosteiro como palco

p PRR prevê obras no mosteiro teatral a apresentar em três atos nos territórios da Batalha, de Porto de Mós e de Alcobaça, protagonizado por grupos e agentes culturais locais. Entretanto, o Mosteiro da Batalha, o Mosteiro de Alcobaça e o Museu José Malhoa em Caldas da Rainha cons-

tam da lista de 49 museus, teatros e monumentos que vão receber intervenções ao abrigo da componente Cultura do Plano de Recuperação e Resiliência. Ao todo, para 49 imóveis a nível nacional, está previsto um investimento de 150 milhões de euros.


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Batalha Opinião

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s Espaço do Museu

Dia internacional dos museus recupera e reimagina o futuro Como assegurar as visitas aos museus em tempos de pandemia? Como dar continuidade às atividades? Como comunicar com os públicos? Como preservar as coleções? Estas são algumas das questões com que se debatem os museus em todo o mundo desde que a pandemia se instalou e nos levou a reestruturar toda a nossa ação, nos diferentes setores de atividade. O impacto económico e social da pandemia afetou os museus de tal forma, que obrigou à redução de funcionários e verbas, e em alguns casos, ao encerramento das atividades. De acordo com o ICOM Conselho Internacional de Museus, e apesar de todo o esforço, alguns museus provavelmente não voltarão a abrir as suas portas, situação com um notório reflexo nos seus territórios. Em Portugal, os museus e monumentos tutelados pela DGPC – Direção-Ge-

ral do Património Cultural, registaram menos de 70% dos visitantes, no primeiro semestre do ano em 2020, comparativamente a igual período de 2019. Tal quebra, deve-se ao forte impacto do encerramento destes espaços por força do Estado de Emergência.

Ainda assim, os museus tiveram de se reinventar, recorrendo às plataformas virtuais, explorando e aperfeiçoando propostas alternativas para as suas atividades e divulgação das suas coleções. Os Museus em Portugal reabriram a 5 de abril de

2021, com regras de segurança e higiene reforçadas, com o fim de devolver a confiança dos visitantes. Governo e autarquias promovem a isenção de custos de bilhete, por forma a incentivar a visita a estes espaços culturais. O Dia Internacional dos

Museus, que se comemora a 18 de maio, traz para reflexão o tema “O futuro dos museus: recuperar e reimaginar”. Esta é uma data marcante para os museus em todo o mundo, motivando-os para a criação de programas de envolvimento dos

públicos e das comunidades, não sendo este ano exceção, apesar das restrições em vigor. Por isso, é importante o apelo aos museus, profissionais e comunidades, para “criar, imaginar e partilhar novas práticas e soluções inovadoras para os desafios sociais, económicos e ambientais que estão por vir”. O MCCB junta-se às comemorações, apelando a toda a comunidade à participação nas atividades, recordando que, até ao dia 30 de junho as entradas no museu são gratuitas. Saiba mais em www.museubatalha.com e acompanhe as nossas atividades na rede social Facebook (MCCB- O Museu de Todos). Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)

s Baú da Memória José Travaços Santos

Descobrimentos, Museus e a Língua Portuguesa (III)

Embora criteriosamente, temos de preservar as memórias do nosso Povo, a nossa família no Mundo, nem tudo condenando nem tudo exaltando. Cometeram-se erros condenáveis, que só podemos entender à luz daqueles tempos, e praticaram-se ac-

tos de grande inovação, de pioneirismo, de descoberta nos campos da navegação, da geografia, da astronomia, do conhecimento do planeta em que vivemos, doutros continentes e doutros povos… Como se diz na Colecção Documenta Histórica, na contracapa de “A Fundação do Império Português – 1415/1580, volume I, de Bailey W. Diffie e George D. Winius”, edição da Veja, “Nenhum outro povo na história realizou explorações geográficas tão vastas como os Portugueses. No decurso do século XV foram eles os primeiros a revelar a até então desconhecida costa ociden-

tal da África, atingindo e dobrando o Cabo da Boa Esperança. Realizaram a primeira viagem exclusivamente marítima do Ocidente para Oriente em 1497-99. Cabral alcançou o Brasil durante a viagem para a Índia em 1500. Muitas das ilhas das Índias Orientais tinham sido visitadas por navios portugueses antes de Magalhães começar a primeira viagem de circum-navegação da Terra em 1519. Cristóvão Colombo tinha aprendido muito do seu ofício de navegador em Portugal. Nos finais do século XVI a bandeira portuguesa esvoaçava nas diferentes partes do mundo. Uma ques-

tão se coloca inevitavelmente: como é que Portugal, um pequeno país, ocupou a vanguarda das explorações no século XV? (…). E é sobretudo a esta pergunta que o Museu dos Descobrimentos deveria tentar responder. O livro dos dois historiadores e professores universitários estrangeiros é, antes de mais, uma lição de objectividade, um estudo tanto quanto possível profundo sobre os nossos antepassados dos séculos XV e XVI e do empreendimento que então levaram avante. Uma obra que aconselho vivamente aos nossos leitores.

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Jornal da Batalha

Necrologia Batalha

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Abílio Marto de Sousa Ligeiro

(93 anos) N. 27-06-1927 - F. 16-04-2021 Natural de Arneiro, Batalha Residia em Casal da Amieira, Batalha

Manuel Pereira Martins

(85 anos) N. 30-09-1935 - F. 03-05-2021 Natural de Lorvão, Penacova Residente em Mouratos, Batalha

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António Carreira Carvalho (69 anos) N. 24-02-1952 - F. 07-05-2021 Alcaidaria, Reguengo do Fetal

Sua esposa, filhos, netos, bisnetos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado…

Os seus familiares agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado…

AGRADECIMENTO Sua esposa, filhos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Descansa em paz

Tratou: Funerária Espirito Santo - Telf.: 916511369

Tratou: Funerária Espirito Santo - Telf.: 916511369

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

AGRADECIMENTO

Albino Inez dos Santos

(78 anos) N. 06-06-1942 - F. 02-05-2021 Natural de Loureira,Sta Catarina da Serra Residente em Perulhal, Reguengo do Fetal

AGRADECIMENTO

A sua esposa, filhos, nora, neta e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado… Tratou: Funerária Espirito Santo - Telf.: 916511369

João António Pereira

(92 anos) N. 24-05-1928 - F. 09-05-2021 Faniqueira, Batalha

AGRADECIMENTO

Suas filhas, genros, netos, bisnetos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado… Tratou: Funerária Espirito Santo - Telf.: 916511369

AGRADECIMENTO

Manuel Vieira de Sousa Vulgo: Nanau

(89 anos) N. 13-04-1932 - F. 28-04-2021 Golpilheira, Batalha

AGRADECIMENTO

A sua esposa, filhas, netos, bisnetos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado… Tratou: Funerária Espirito Santo - Telf.: 916511369

José Silva Santos Vulgo: Zé Carpinteiro

(78 anos) N. 24-06-1931 - F. 24-04-2021 Casal do Arqueiro, Batalha

AGRADECIMENTO

A sua esposa, filhas, genros, netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado… Tratou: Funerária Espirito Santo - Telf.: 916511369

Luís Soares Vieira

(86 anos) N. 06-04-1935 - F. 15-04-2021 Torre, Reguengo do Fetal AGRADECIMENTO Sua esposa Maria do Rosário, filhos Rosa Meneses, Artur Vieira e Luís Vieira, genro, nora, netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. As boas memórias são os nossos maiores tesouros e ajudam-nos a suportar a dor da perda…Descansa em paz Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

António Vieira Gomes

(89 anos) N. 29-09-1932 - F. 23-04-2021 Reguengo do Fetal AGRADECIMENTO Sua esposa, filhos, netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Aqueles que amamos não morrem… Apenas partem antes de nós… Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Armindo Rino Menezes

(83 anos) N. 22-03-1938 - F. 23-04-2021 Casal do Rei, Batalha AGRADECIMENTO Sua esposa: Zulmira, filhas: Delfina, Arminda, Zulmira, Mª de Lurdes e Mª Fernanda, netos e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações e carinho e apoio, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que o acompanharam até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos muito obrigada. Vive eternamente quem deixa a sua marca… Descansa em paz Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Hermínia Batista Frazão Vieira

(80 anos) N. 18-12-1940 - F. 08-04-2021 Natural de Alcanadas – Batalha Residia em Ribeira de Baixo – Porto de Mós AGRADECIMENTO Seu marido Fernando Batista Vieira, filhas Albertina Costa e Mónica Almeida, genros , netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. Para sempre nos nossos corações... Descansa em paz Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)


A fechar

B

Parque de eventos garante prémio O Parque de Eventos Santa Maria da Vitória foi em março considerado o melhor projeto nacional na categoria de planeamento urbanístico pelo júri da 2ª edição do Prémio Autarquia do Ano, uma iniciativa que distingue o que de melhor se faz nas freguesias e câmaras.

MAIO 2021

Apoio à mensalidade de creche reforçado em 39 mil euros m Está em curso a construção de uma creche municipal, um investimento de 600 mil euros, cuja conclusão está prevista para setembro O apoio à mensalidade de creche no âmbito do programa “Crescer Mais”, em vigor desde 2019 e que abrange as crianças que frequentam as creches a funcionar no concelho, “vai beneficiar centena e meia de famílias”. “Este apoio municipal às famílias com filhos foi ajus-

p Creche municipal que visa reduzir o défice de cobertura (40%) tado em função do período de interrupção do serviço de creche e das reduções de mensalidade realizadas pelas instituições, garantindo a comparticipação integral do custo efetivo da mensa-

lidade, num valor global de comparticipação de 39.330 euros, para os primeiros quatro meses do ano”, revelou a autarquia no dia 11 de maio em comunicado. A comparticipação fa-

miliar relativamente à frequência da resposta de creche abrange as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e as entidades privadas, afirmando o município que se trata de

“uma aposta no apoio à natalidade e social às famílias com filhos”. As creches e os centros de atividades de tempos livres com a atividade suspensa foram obrigados pelo Governo a reduzir o valor das mensalidades cobradas às famílias “em, pelo menos, 40%”, uma decisão que abrange as instituições particulares de solidariedade social e entidades equiparadas. “As instituições beneficiárias são o Jardim da Isabel, as escolinhas do Trevo (Reguengo do Fetal) e do Pinheirinho (São Mamede), a creche do Centro Infan-

til do Moinho de Vento e o Jardim de Infância Mouzinho de Albuquerque”, explica o município, que tem em curso a construção de uma creche municipal, um investimento de 600 mil euros, cuja conclusão está prevista para setembro deste ano. O programa “Crescer Mais” corresponde a “um investimento anual superior a cem mil euros, um valor expressivo, e que será complementado com a abertura da creche municipal que visa reduzir o défice de cobertura (40%) no concelho”, segundo o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos. Publicidade

Fábrica e Escritório: Casal da Amieira 2440-901 Batalha Apartado - 201 Telefones: 244 765 217 244 765 526 I 244 765 529 Fax: 244 765 529

Visite a maior exposição da zona centro junto à Exposalão Batalha

Sócio-Gerente Luis Filipe Miguel - 919 937 770 E-Mail: granicentro@granicentro.pt Home page: www.granicentro.pt


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