JORNAL DA BATALHA EDICAO DE SETEMBRO 2021

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PORTE PAGO

| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXXI Nº 374 | SETEMBRO DE 2021 |

W págs. 02 a 06

Paulo Batista Santos

Raul Castro

PSD - Somos Batalha

Batalha é de Todos

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Recorde de candidatos à conquista da câmara

Horácio Moita Francisco

José Valentim

Dário Florindo

Sara Santos

CDS - Batalha no Coração

CDU

Iniciativa Liberal

Chega

Foto: portaldoeleitor.pt

Conheça as propostas de todos os candidatos É a primeira vez que o PS não apresenta lista própria Há dois novos partidos na corrida

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13.962 batalhenses chamados a decidir


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setembro 2021

Jornal da Batalha

Autárquicas 2021

Seis candidatos à conquista da câmara com PS ausente e dois novos partidos Resultados eleitorais em Democracia Ano

Candidaturas

2017 2013 2009 2005 2001 1997 1993 1989 1985 1982 1979 1976

4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 6 4

Partidos PPD/PSD | PS | CDS-PP | PCP-PEV PPD/PSD | PS | CDS-PP | PCP-PEV PPD/PSD | PS | CDS-PP | PCP-PEV PPD/PSD | PS | CDS-PP | PCP-PEV PPD/PSD | CDS-PP | PS | PCP-PEV CDS-PP | PPD/PSD | PS | PCP-PEV CDS-PP | PPD/PSD | PS | PCP/PEV CDS | PPD/PSD | PS | PCP/PEV PPD/PSD | CDS | PS | APU PPD/PSD | PS | CDS | PPM | APU PPD/PSD | CDS | PS | APU | PPM | PDC PPD/PSD | CDS | PS | FEPU

Mandatos 5 PPD/PSD; 1 PS; 1 CDS-PP 5 PPD/PSD; 1 PS; 1 CDS-PP 5 PPD/PSD; 1 PS; 1 CDS-PP 6 PPD/PSD; 1 PS 6 PPD/PSD; 1 CDS-PP 4 CDS-PP; 2 PPD-PSD; 1 PS 4 CDS-PP; 3 PPD-PSD 4 CDS-PP; 2 PPD-PSD; 1 PS 5 PPD/PSD; 1 CDS-PP; 1 PS 3 PPD/PSD; 1 PS; 1 CDS-PP 4 PPD/PSD; 1 CDS-PP 2 PPD/PSD; 2 CDS-PP; 1 PS

Presidência do município PPD/PSD PPD/PSD PPD/PSD PPD/PSD PPD/PSD CDS-PP CDS-PP CDS-PP PPD/PSD PPD/PSD PPD/PSD PPD/PSD

Presidente Paulo Batista Santos Paulo Batista Santos António Lucas António Lucas António Lucas António Lucas Raul Castro Raul Castro Francisco Coutinho Francisco Coutinho Francisco Coutinho Francisco Coutinho

Fontes: https://dados.gov.pt | Marktest

m Os socialdemocratas conquistaram um total de 53 mandatos, contra 21 dos democratascristãos e nove dos socialistas Esta é a 13ª vez que os eleitores do Concelho da Batalha são chamados a escolher os autarcas desde que a Democracia foi implantada, em 25 de abril de 1974. É também o ano com a escolha mais vasta, “ex aequo” com 1979, já que vão a votos seis listas. No conjunto das 12 eleições anteriores, a primeira em 1976, o PSD venceu nove e o CDS conquistou a câmara municipal por três vezes. A 26 de setembro, o PS não apresenta lista própria (apoia o movimento a Batalha é de Todos): é a primeira vez que tal acontece. Até hoje, os social-democratas elegeram um total de 53 candidatos, contra 21 dos democratas-cristãos e nove dos socialistas. O primeiro presidente

da câmara municipal, no período democrático, foi Francisco Coutinho, que conquistou quatro mandatos pelo PSD, nas eleições marcadas entre 1976 e 1985. António Lucas também conquistou quatro mandatos, um pelo CDS (1997) e três pelo PSD, nas eleições entre 2001 e 2009. Raul Castro presidiu aos destinos do concelho durante dois mandatos, eleito em listas do CDS, nas votações de 1989 e 1993. Nos dois últimos mandatos (eleições de 2013 e 2017) foi escolhido Paulo Batista Santos, candidato do PSD. O PSD, o PS (com exceção destas eleições), o CDS e o PCP-PEV (como CDU, APU ou FEPU) candidataram-se sempre às eleições autárquicas no Concelho da Batalha. O PPM apresentou candidatura em 1982 e 1979 e o PDC- Partido da Democracia Cristã em 1979. Este ano há um recorde de c a nd id at u ra s , “ex aequo” com 1979, em que também foram seis. Em 1985 foram cinco. Em todos

p Vencedores conseguiram maioria absoluta 11 vezes os outros atos eleitorais autárquicos foram quatro. Pela primeira vez, vão a votos os partidos Iniciativa Liberal e Chega. É também a primeira vez que há uma candidatura intitulada “independente”. Os vencedores ganharam sempre com maioria absoluta, com exceção de 1976, em que PSD e CDS

obtiveram o mesmo número de eleitos (2) e o PS (1). Este ato eleitoral compreende a escolha das assembleias de freguesia, da assembleia municipal e da câmara municipal. No concelho estão inscritos 13.962 eleitores, a maioria na freguesia da Batalha (7.521), seguindo-se São Mamede (3.244), Reguengo do Fetal

(1.883) e Golpilheira (1.314). Em todo o país foram identif icados 9.306.120 eleitores que poderão votar nestas autárquicas e 30 mil não são cidadãos portugueses. Os dados reportam à base de dados central do recenseamento eleitoral, tendo por data de referência o dia 15 de junho de 2021. Há 12.711 cidadãos

da União Europeia, não nacionais, nos cadernos eleitorais, a que se juntam 15.175 cidadãos estrangeiros residentes em Portugal. No concelho estão inscritos quatro cidadãos da UE (dois na Batalha e dois em São Mamede) e dois estrangeiros residentes na freguesia da Batalha. Além do voto antecipado por motivos profissionais, este ano também podem recorrer a ele os eleitores sujeitos a confinamento obrigatório por força da pandemia de Covid-19. Pode votar antecipadamente os cidadãos sujeitos a confinamento obrigatório, no respetivo domicílio ou noutro local definido ou autorizado pelas autoridades de saúde, que não em estabelecimento hospitalar. Também se aplica àqueles que residem em estruturas residenciais e instituições similares, que não em estabelecimento hospitalar, e não se devam ausentar em virtude da pandemia de Covid-19.


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Autárquicas 2021 Batalha

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Somos Batalha e Batalha é de Todos protagonizam a disputa mais acesa m Lista liderada pelo atual presidente apõem-se à que tem como cabeça de lista um anterior presidente da câmara municipal As candidaturas PSD/Somos Batalha e o movimento Batalha é de Todos, apoiado pelo PS, protagonizaram, no último mês, os principais confrontos políticos no contexto das eleições autárquicas marcadas para o dia 26 de setembro. O líder da candidatura PSD/Somos Batalha, Paulo Batista Santos, “identificou as principais prioridades” da candidatura, na sessão de apresentação da equipa, no dia 9 de agosto, e destacou a importância das freguesias no desenvolvimento do concelho. A conclusão de obras que a pandemia atrasou e o foco

p Os candidatos Raul Castro e Paulo Batista Santos na melhoria da qualidade de vida dos batalhenses foram as principais razões que apontou para a recandidatura. Neste sentido, “garantiu que medidas como a creche gratuita, a implementação de rendas acessíveis e apoios às famílias através do programa Batalha Solidária, a baixa tarifa da água e a reduzida taxa do IMI são para manter, porque o mais importante da obra da sua equipa são as

pessoas”, lê-se num comunicado da candidatura. A lista PSD/Somos destaca “os muitos candidatos que pela primeira vez surgem em processos autárquicos, reforçando o sentido de unidade em prol de um único objetivo: o trabalho, compromisso e dedicação pelo concelho e, sobretudo, pelas pessoas, como afirmou Júlio Órfão, mandatário da candidatura. Paulo Batista Santos de-

Batalha no Coração ataca Batalha é de Todos

p Horácio Moita Francisco Numa “Reflexão” publicada no dia 13 de agosto, a candidatura CDS/Batalha no Coração critica o movimento Batalha é de Todos. “Onde é que está o cumprimento das promessas eleitorais quer nas autárquicas de 2017, quer nas legislativas de 2019, na defesa das freguesias e do concelho da Batalha, assim como, do distrito?”, pergunta a lista liderada por Horácio Moita Francisco. “Veja-se, nas autárqui-

cas de 2017, entre outras, na freguesia da Golpilheira foi feita a promessa pelos eleitos do PS, que se ganhassem a junta abririam o Centro de Saúde. Ironia do destino, ganharam e o mesmo não foi aberto, pese embora terem um governo PS, que tem um secretário de Estado da Saúde de Leiria, que foi eleito deputado e pertence ou pertencia à federação distrital do PS e o atual cabeça de lista falso independente, que é de-

putado do PS”, refere o documento. “Pergunta-se: o que fizeram até hoje, quer pelo Concelho da Batalha, quer pelo distrito? Onde está o cumprimento das suas promessas eleitorais, nomeadamente quanto ao nó de acesso do IC9 em São Mamede, inscrito inicialmente no PRR, e depois retirado? Qual foi a sua intervenção? E a construção da Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas (ETES), que quer durante os seus três mandatos como presidente da câmara de Leiria, e agora como deputado ainda não resolveram? E a questão da linha do Oeste, a Base Aérea de Monte Real, a passagem do Instituto Politécnico de Leiria a Universidade? Convém relembrar que estes independentes que foram eleitos pelo CDS, que lhes deu a mão de 1989 a 2001”, adianta a “Reflexão” da lista CDS/ Batalha no Coração.

fendeu ainda o reforço na aposta nas “freguesias, porque estão mais perto das pessoas e conhecem melhor os pequenos problemas. São os autarcas de freguesia que falam permanentemente com os serviços”. Por sua vez, a candidatura Batalha é de Todos, afirma que “aquilo que os batalhenses querem saber é o que vai mudar nas suas vidas se votarem no projeto e na equipa liderada por Raul Castro,

que conta com a participação e a adesão de cada vez mais pessoas empenhadas no desenvolvimento do concelho e na devolução aos munícipes dos seus direitos”. Em comunicado, datado de 27 de agosto, o movimento refere que “nem sempre, do lado de quem sente que poderá perder o poder conquistado, tem havido ideias, elevação e correção para com as outras candidaturas”, pelo que “apela, por

Iniciativa Liberal preocupada com a igualdade

p Dário Florindo “A plena equivalência entre homens e mulheres é ainda uma miragem um pouco por todo o mundo, em Portugal, e concretamente no Concelho da Batalha”, afirma uma nota da Iniciativa Liberal, publicada no dia 26 de agosto. “Em 2019, no universo dos trabalhadores por conta de outrem do Concelho da Batalha, os homens ganhavam em média, por mês, 1.213 euros e as mulheres 917 euros.

Uma diferença de 296 euros! E sabia que esta diferença se agravou em mais 89 euros se compararmos com 2009?”, pergunta a candidatura liderada por Dário Florindo. “No concelho da Batalha o desemprego atinge sobretudo as mulheres? Por cada 100 ativos há 6,8 homens desempregados e 9 mulheres desempregadas”, adianta, perguntando de seguida: “E que condições a comunidade batalhense garante às mulheres que pretendem ter filhos? Temos vagas suficientes em berçários? Sendo que o principal sector empregador no concelho da Batalha é o sector industrial (26,8%), onde se trabalha por turnos, não faria sentido alargar os horários dos berçários, creches, pré-escolar e ATL?”.

isso, à seriedade intelectual e pessoal desta campanha. Não é por sentirem que estão prestes a perder o poder na Batalha que os responsáveis políticos têm o direito de insultar e pôr em causa a seriedade profissional de empresas, trabalhadores honestos e dos adversários”. “Esperamos, assim, que esta campanha decorra com toda a normalidade e que os adversários não enveredem agora neste tipo de comportamento, com recurso à difamação e ao insulto. Mas, se for esse o caminho escolhido, deixamos desde já claro que o Movimento Independente Batalha é de Todos não dará resposta a esse tipo de campanha e continuará a apresentar as melhores ideias, o melhor programa e os melhores candidatos para mudar uma certa forma de fazer política de que a Batalha não gostou nos últimos anos”.

CDU e Chega

p José Valentim

p Sara Santos As candidaturas dos partidos Chega (candidata Sara Santos) e CDU (José Valentim), além da suas ações, não divulgaram documentos/informação relacionados com a campanha, que tenham chegado ao conhecimento do Jornal da Batalha, além daqueles que publicamos nas páginas seguintes e refletem os respetivos programas eleitorais.


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Batalha Autárquicas 2021

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Jornal da Batalha

PSD - Somos Batalha

A fundamental questão: por que nos candidatamos à presidência da câmara A primeira análise que se deve fazer a uma candidatura política é a motivação dessa candidatura, a qual é, muitas vezes, mais esclarecedora para os eleitores do que quaisquer projetos ou ideias. O fator crítico para os eleitores avaliarem as candidaturas é o que está na raiz e que impulsiona uma candidatura. Nunca como nestas eleições esse fator foi tão importante. E não serão as ideias e os projetos, que aliás são parcos e pouco diferenciadores nas outras candidaturas face às propostas do PSD, que farão a diferença. O que verdadeiramente deve preocupar os eleitores da Batalha é perceber que motivações estão na base das várias candidaturas. Caberá aos eleitores avaliar as outras candidaturas e aqui lhes deixo esse convite. Analisem, por favor, as mo-

tivações, diretas e indiretas, de todas as candidaturas que se apresentam a sufrágio e em particular as motivações dos candidatos a presidente de câmara. No que me diz respeito, sou candidato não porque tenho sede de ter poder ou a necessidade de manter influência. Também não sou candidato por razões de despeito ou vingança. Sou um cidadão ainda jovem, que tenho pelo menos 20 anos de trabalho pela frente e lidero uma equipa renovada e com enorme capacidade e vontade de servir o povo. E temos obra feita nos últimos dez anos, os batalhenses conhecem-nos e sabem disso. Estive na primeira linha no apoio à população e às empresas na pandemia, sem descanso e sem olhar a despesas. Fizemos o que tinha que ser feito e só foi possível fazer porque tínhamos e

temos uma câmara financeiramente saudável. Ser presidente da Câmara da Batalha é o meu topo de “carreira”. Fui deputado na Assembleia da República antes de ser presidente da câmara. Estive no Parlamento durante nove anos e não me limitei a “estar lá”. Fui, entre outros cargos, vice-presidente das comissões parlamentares da Agricultura e do Mar e do Orçamento, Finanças e Administração Pública. Saí da Assembleia

da República para me candidatar à Câmara da Batalha e senti que subi de posto quando fui eleito presidente da câmara da minha terra. Nunca tive nem tenho outra ambição, por isso garanto que, se for eleito, como espero, não vou sair da câmara a meio do mandato para lado nenhum. Ninguém põe em causa a minha seriedade e honestidade e a minha capacidade de trabalho e dedicação aos batalhenses. Todos sabem que não faço jeitos a ninguém

e defendo intransigentemente os interesses do município e só esses. Não tenho um grupo de empresários amigos a quem se facilita tudo e que me pagam as campanhas. Trato todos os munícipes da mesma forma, sejam eles quem forem. Uma das “inovações” desta campanha são os ataques pessoais. Curiosamente, a maior crítica que me fazem é que eu tenho mau feitio e que afasto as pessoas. Se ter mau feitio é ser exigente, então talvez seja um pouco assim, mas começo por ser exigente comigo próprio. Quem serve o povo comigo tem que se dedicar inteira e intensamente, não aceito meias medidas. As pessoas que não aguentam o ritmo por vezes cansam-se e afastam-se, é verdade. Mas sem mágoas, pelo menos da minha parte. Lamento, mas vou continuar a ser assim,

exigente, e há muita gente, gente muito boa, que está disponível para me acompanhar e “dar o litro”, por isso tenho uma equipa fantástica nesta candidatura. Mal vão os nossos adversários quando a principal crítica que me fazem é essa! O que se compreende, pois não nos podem chamar desonestos, nem incompetentes, nem de nos servirmos da política para benefício pessoal! E não podem dizer que não fizemos obra, que está à vista de todos os batalhenses. Cabe aos eleitores decidir quem querem na presidência da Câmara da Batalha nos próximos quatro anos: eu próprio, que represento o futuro, ou alguém que personifica o regresso ao passado. No dia 26 de setembro ocorrerá a sondagem definitiva e a única verdadeira. Paulo Batista Santos Candidato do PSD - Somos Batalha

CDU

Combater as assimetrias que marcam as condições de vida no concelho O projeto CDU é a garantia de respeito pela escolha dos eleitores. Princípios de trabalho, honestidade e competência, projeto genuinamente democrático, comprometido com a nossa terra e as suas gentes. A CDU é um projeto humanista e de progresso, que não se submete a outros interesses. A CDU defende a valorização dos trabalhadores do município, reconhece o seu justo o anseio, como decisivo à melhoria dos serviços municipais para corresponder ás necessidades dos munícipes. A CDU adotará o princípio de que para um posto de trabalho efetivo existirá um trabalhador com contrato efetivo. Nenhum posto de trabalho efetivo será ocupado por trabalhadores em regime de emprego inserção. Os trabalhadores neste regime que preenchem neces-

sidades permanentes, serão contratados nos devidos termos. Os serviços municipais serão dotados de quadros e meios técnicos próprios à prestação de respostas céleres e tecnicamente adequadas O combate às assimetrias que marcam as condições de vida no concelho, a intervenção pelo progresso e bem-estar, exige a visão do concelho da Batalha no seu todo. Fixação das atividades económicas, assegurar infraestruturas de qualidade, a defesa e a fruição humana do património natural e cultural, a mobilidade, o acesso ao conhecimento, à cultura, ao desporto, à participação cívica, ás atividades lúdicas, desportivas, culturais, políticas, económicas. A CDU defenderá o direito ao trabalho digno. As em-

presas e atividades, que se relacionam economicamente com a Câmara Municipal da Batalha, devem cumprir, integralmente, as obrigações com os seus trabalhadores. A CDU intervirá na eliminação das barreiras à construção de uma sociedade inclusiva, que garanta a igualdade de oportunidades, na infância, na juventude, na idade adulta ou na velhice.

Defenderemos o direito a vida digna, assegurando a existência dos equipamentos, bem como o acesso em boas condições, a todos, à fruição do lazer, da cultura, das atividades lúdicas, desportivas, etc. Batalharemos por cuidados próprios, na infância e na velhice. Por adequada rede de creches, de apoio e cuidados à terceira idade.

Seremos exigentes na defesa da melhoria dos cuidados de saúde, na dotação dos centros de saúde de pessoal técnico, enfermeiros, médicos e meios técnicos, adequados à prestação dos cuidados de saúde em todas as sedes de freguesia. Trabalharemos para garantir o direito à mobilidade, adequada rede de transportes públicos em frequência e qualidade. Adaptar o uso das vias ao trânsito seguro de veículos, de velocípedes e pedestres, salvaguardando os direitos dos cidadãos com mobilidade condicionada. Defenderemos a qualidade do património histórico e natural, promovendo o seu usufruto pelas populações, que são a melhor garantia da sua preservação. A CDU defenderá cumprimento do imperativo constitucional de realizar Regio-

nalização, de forma a que o processo de criação das regiões administrativas possa ser concluído. A criação do nível regional na administração do Estado, é verdadeiramente, a criação de um instrumento de combate às desigualdades e assimetrias regionais. De concretização do desenvolvimento equilibrado e harmonioso do País e de aprofundamento da democracia, com a possibilidade de controlo das decisões políticas pelas populações. Trabalho, honestidade e competência são características dos eleitos CDU em todas as circunstâncias. Os candidatos da CDU, uma vez eleitos, contactarão regularmente com os munícipes, prestando contas e atentos aos seus anseios, propostas e reclamações. José Valentim Candidato da CDU


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Autárquicas 2021 Batalha

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Batalha é de Todos

Uma câmara mais perto das pessoas A governação de uma câmara municipal é uma função nobre, que deve ter as pessoas em primeiro lugar. É com esse grande objetivo que o Movimento Independente Batalha é de Todos se apresenta às eleições do dia 26. Este movimento reúne uma equipa de grande qualidade, que os batalhenses conhecem muito bem. É constituída por gente verdadeiramente independente, que tem em comum a vontade de querer fazer mais e melhor pela Batalha e que pretende aproximar a câmara das pessoas. Pessoas como António Lucas, Joaquim Ruivo ou Carlos Agostinho Monteiro, que sabem o que a Batalha e as suas freguesias precisam. A experiência e qualidade acumulada na nossa candidatura não tem comparação com nenhuma outra. As nossas propostas podem ser consultadas no site de campanha, em https://

www.batalhaedetodos.pt/ linhas-programaticas. Passo a destacar algumas. - Criar um Conselho de Estratégia Municipal da Batalha, coordenado por António Lucas, que juntará personalidades de relevo, em áreas como a economia, a educação, o ambiente ou o apoio social, e que irá apoiar a câmara na definição de estratégias de desenvolvimento do concelho. - Ampliar e modernizar a Zona Industrial da Jardoeira e criar Infraestruturas de Acolhimento Empresarial na Golpilheira, Reguengo do Fetal e São Mamede. - Implementar o “Batalha Invest” - Programa de Revitalização de Indústrias e de Apoio ao Empreendedorismo. - Qualificar os mercados municipais da Batalha e de São Mamede, dinamizando a marca “Da Batalha com muito GOSTO!”, de

apoio à produção e comercialização dos produtos do concelho. - Captar, em cooperação com as autoridades de saúde, investimentos de modernização ou edificação de nova geração de unidades de saúde familiar, preparadas para o acolhimento de novas valências. - Oferecer consultas de estomatologia, oftalmologia e otorrino a todas as

crianças residentes no concelho, até aos cinco anos. - Implementar um projeto de apoio aos seniores e mais desfavorecidos, em estreita articulação com as IPSS, através de uma equipa multisciplinar constituída por psicólogos, enfermeiros e fisioterapeutas, capaz de prestar pequenos atos clínicos. - Favorecer a instalação de uma estrutura residen-

cial para idosos na freguesia de São Mamede e reforçar a capacidade instalada na ERPI da freguesia da Batalha. - Criar na Golpilheira uma extensão do Centro de Dia da Misericórdia da Batalha. - Criar em cada freguesia o conselho consultivo Jovem, para dar voz aos mais jovens na concretização de projetos. - Requalificar o Centro de BTT da Batalha - Pia do Urso, que está abandonado. - Isentar o pagamento das aulas de natação nas piscinas para bebés até aos 18 meses. - Assegurar o aumento do nível de cobertura do saneamento do concelho. - Construir um parque de lazer com piscina natural, na freguesia da Golpilheira. - Valorizar uma rede eficiente de transportes públicos, que melhore a aces-

sibilidade aos principais polos no concelho e nos concelhos limítrofes. - Apostar na abertura de Cursos Técnicos Superiores Profissionais, adequados às necessidades regionais. - Alterar o Plano Diretor Municipal (PDM), de modo a permitir a fixação de famílias e de empresas no território. - Criar uma orquestra ligeira de música do concelho, onde os jovens talentos tenham a oportunidade de desenvolver as suas aptidões musicais. - Tornar o processo de pagamento dos apoios às associações mais célere e eficaz. - Apoiar a renovação da frota de transporte dos Bombeiros Voluntários da Batalha, com viaturas ambientalmente sustentáveis.

nas várias áreas de cursos superiores. Abrir espaços Jovens nas freguesias, com acesso às novas tecnologias e animação multimédia. Estimular a realização de estágios, quer na autarquia, quer junto das empresas localizadas na nossa zona, para estudantes naturais do município; 12) Construir um projecto activo, em diálogo com as instituições de solidariedade social e soldados da paz . E com as associações, os clubes e as escolas, para o fomentar da prática desportiva, com captação de talentos; 13) Criar o gabinete/agência de captação de apoio às empresas e ao desenvolvimento, na área de projectos de investimentos, com vista à melhoria da oferta e há captação de empresas para o nosso concelho, e não o que acontece com o actual executivo, dado o que faz, é empurra-las para os concelhos vizinhos. Batalhar pela

isenção das portagens pelo menos a veículos pesados para proteger o mosteiro; 14) Criar infra-estruturas, com condições sociais e humanas, para utentes e colaboradores das instituições, que albergue a denominada loja de cidadão, mas com todos os serviços de uma verdadeira loja de cidadão, assim como a criação de Espaço Cidadão nas freguesias. Pois o investimento da deslocalização dos serviços foi mau de mais e não tem condições; 15) Prestar um melhor serviço de proximidade ao munícipe, através da simplificação de procedimentos, da desburocratização e informatização dos serviços da autarquia, e da qualificação do pessoal, de forma a termos respostas aos processos no máximo, em quatro meses.

Raul Castro Candidato Movimento Independente Batalha é de Todos

CDS/Batalha no Coração

Apoiar os mais carenciados 1) Desenvolver o concelho – atrair empresas, baixar a derrama, rever o IRS e criar emprego; 2) Cumprir as responsabilidades da câmara relativamente às transferências de competência, aumentar as bolsas de estudos; 3) Criar condições competitivas para a fixação de profissionais de saúde no concelho; 4) Facilitar e criar condições atrativas de acesso à habitação, a todas as camadas sociais, apoiar os mais carenciados nas diversas freguesias, de forma a fidelizar os Jovens às suas raízes, pois só com este tipo de medidas, evitarmos a desertificação dos diversos lugares, apoio às famílias numerosas, apoiar a 3ª idade; 5) Descentralizar competências administrativas para as juntas de freguesia, Batalha, Golpilheira, Reguengo do Fetal e São Mamede, assim como, a criação das lojas/Espaço Cidadão

do munícipe, nas mesmas; 6) Rever e criar planos de pormenor na sede do concelho e em todas as freguesias, no sentido de se concretizar, projectos arquitectónicos e paisagístico de grande qualidade e relevo, de forma corrigir os erros grosseiros do PDM. Só assim poderemos inverter a perda da população jovem, que as freguesias da Golpilheira, Reguengo do Fetal e São Mamede, demonstraram nestes últimos Censos de 2021. Rever o IMI; 7) Resolver os problemas de saneamento básico e vias de comunicação, ainda persistentes no concelho, e apostar numa política de ambiente que valorize e potencie através da sua recuperação do património paisagístico e natural em todo o concelho; 8) Apostar na valorização do património histórico, educacional, cultural, histórico, empresarial , nomeadamente através da im-

plementação de um espaço Museológico, no lugar deste de encontrar espalho por vários locais; 9) Junto do Ministério da Cultura e o IGESPAR, avançar para a descentralização de poderes, quanto ao nosso mosteiro, Património da Humanidade, na divulgação turística de todo o concelho, e apoiar a valorização/ animação. Estarmos atentos em matéria de legalização de apostas pelo governo, com o objectivo de candidatarmos o concelho à construção de um hipódromo; 10) Lançar circuitos turís-

ticos centrados nos monumentos, museus, Fundação Batalha de Aljubarrota, grutas, quintas e serras de forma a captar o turismo residente. A tendência de quem tem governado a autarquia nestes últimos 20 anos, tem sido a de resolver problemas estéticos e não resolver problemas estruturais. O que nos tem levado a não termos na Batalha, uma política estratégica posicionada quer na captação de turismo; 11) Colaborar com o IPL e o Ministério da Ciência e Ensino Superior no sentido de conseguir protocolos,

Horácio Moita Francisco Candidato CDS - Batalha no Coração


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Batalha Autárquicas 2021

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Jornal da Batalha

CHEGA

Garantimos que a Batalha não se resumirá ao mosteiro Apresento a minha candidatura pelos munícipes da Batalha. Estarei disponível para ouvir os problemas e anseios de todos, sem distinguir batalhenses, independentemente da filiação partidária. Garantimos que a Batalha não se resumirá ao mosteiro, criaremos motivos para fazer com que os visitantes se mantenham entre nós e voltem. O nosso programa para os próximos quatro anos: As vítimas de violência doméstica terão a possibilidade de junto das entidades competentes poderem expor as suas queixas, dando o respetivo tratamento e acompanhamento; as pessoas com deficiência ou incapacidade, terão a facilidade dos acessos, seja na mobilidade, nos cuidados médico/psiquiátricos; as famílias numerosas terão um conjunto de vantagens, per-

mitindo a fruição de benefícios fiscais e descontos nos transportes públicos. Pugnaremos pela equidade entre os batalhenses, promovendo igualdade de tratamento, excecionando as pessoas com deficiência ou incapacidade, grávidas, idosos e as consignadas da lei; capacitaremos os serviços do município para responder com equidade, rapidez e eficácia aos seus; reformularemos os órgãos inspetivos da autarquia, visando a transparência procedimental, a isenção e o cumprimento escrupuloso do quadro legal e demais diretivas em vigor; trataremos da questão dos animais domésticos abandonados ou assilvestrados, criando mecanismos de acolhimento, controlo (campanha de esterilização de animais errantes) e tratamento médico-veterinário, bem como,

campanhas de sensibilização nas escolas para incentivar o respeito pelos mesmos. Propomos ainda: Apoiar o desenvolvimento da agricultura do município, disponibilizando terrenos da câmara e juntas de freguesia; dinamizar o funcionamento do posto de

turismo com venda de produtos regionais que o concelho da Batalha tem para oferecer; despoluição e requalificação turística e ambiental do rio Lena, criando um lençol de água limpa e navegável, adequando-o à prática de desportos náuticos não poluentes, caminhos pedestres e ciclovias

junto à margem, zonas de lazer e divertimento, com parque de merendas, equipamentos de exercício treino ao ar livre, praia fluvial, observando e cuidando da biodiversidade. Ligação por teleférico desde a Capela de Santo António da Rebolaria à zona envolvente do Mosteiro da Batalha; criação de restaurante panorâmico, recuperação da Capela de Santo António e atuações do rancho folclórico “Rosas do Lena”, como forma de promover a etnografia do concelho da Batalha; criação do Gabinete de captação e incentivo ao investimento; vender terrenos a preços competitivos; benefícios fiscais para empresas; responder com rapidez às solicitações dos empresários; mudar o local de embarque e desembarque de turistas de modo a evitar constran-

gimentos no trânsito rodoviário. Faremos a moralização da política autárquica, como opção dogmática. Somos uma equipa multidisciplinar, sem vícios políticos, e motivada para melhor servir todos os cidadãos, independentemente da sua opção partidária; vamos fazer a rutura com todas as ligações interpartidárias e dos seus aparelhos, as suas servidões, os seus compromissos internos solúveis, os favores a receber ou a pagar; na Batalha deixará de haver empresas amigas do poder instalado e as outras perseguidas pelo mesmo poder; Com o Chega, não haverá cidadãos sistematicamente beneficiados e os outros sempre prejudicados. Sara Santos Candidata Chega

Iniciativa Liberal

Alternativa ao marasmo político e económico do concelho Cansados das promessas dos partidos tradicionais e de figuras eternizadas como deuses, a Iniciativa Liberal apresenta-se pela primeira vez a eleições na Batalha e assume-se como a real alternativa ao marasmo político e económico do nosso concelho. Ouvindo os cidadãos, as empresas e as associações, desenvolvemos um programa eleitoral orientado à criação de riqueza e desenvolvimento sustentado no longo prazo, orientado por cinco pilares: 1) Transparência na Gestão Municipal: importa responder com rapidez às solicitações dos batalhenses independentemente da sua cor política e as associações merecem ser ouvidas e saber com o que contam a longo-prazo. Propomos entre outras: i) a divulgação detalhada e monitorização das

obras e contratos públicos; ii) a divulgação detalhada das transferências de financiamento previstas e as efetivamente realizadas para freguesias e associações; iii) a revisão do regulamento de apoio ao associativismo e a criação de um comité de júris independentes e regras de atribuição objetivas. 2) Empresas, Turismo e Dinamização da Economia Local: face à falta de visão estratégica para o desenvolvimento do turismo e indústria, chegou a hora de orientar a Batalha rumo ao futuro. São as empresas que criam empregos, geram riqueza e atraem novas famílias ao concelho afirmando-se como o futuro e o desenvolvimento da Batalha, pelo que propomos: i) eliminação da Derrama Municipal; ii) revitalização do Parque industrial da Jardoeira e de

São Mamede, através da sua expansão física e redução das taxas aplicáveis ao valor mínimo; iii) estratégia municipal para o Turismo, para aumentar as dormidas e o volume de negócios das empresas; iv) agilizar os processos de licenciamento de novas habitações e a revisão do PDM. 3) Saúde, Famílias e Envelhecimento Ativo, porque para lá do COVID, não es-

quecemos as filas na madrugada na USF ou as promessas nunca cumpridas - o Município da Batalha falhou na resposta à população. Cuidar também é prevenir, respeitar e reconhecer os mais velhos que no passado ajudaram de desenvolver a Batalha. Propomos: i) a criação de um gabinete de higiene oral, psicologia e nutrição no USF Condestável; ii) a subcontratação de serviços de saúde

primários e continuados junto das entidades privadas; iii) sinalização de casos críticos de saúde, solidão e abandono de idosos; iv) fomentar fiscalmente e agilizar os processos de licenciamento de novos lares e creches; v) ATL gratuito para criança até aos 12 anos. 4) Ambiente e Infraestruturas: cansados de promessas e denúncias que não resultam em ações concretas, os batalhenses exigem a resolução dos seus problemas como a poluição que destrói o mosteiro e o Lena. Propomos: i) abolir as portagens na A19 para veículos pesados; ii) requalificar as estradas de São Mamede e do Reguengo; iii) expandir a rede de saneamento e ecopontos; iv) assegurar ciclovias intermunicipais e que o GIRA chega a todas as freguesias; v) avançar para um consenso inter-

municipal para a questão dos efluentes suinícolas; vi) Assegurar um Plano de Defesa contra Incêndios. 5) Cultura e Património: Não chega anunciar, fazer promessa de novos trilhos e percursos, criar aldeias turísticas e promover a Batalha se não asseguramos a manutenção dos espaços e do património. Propomos: i) executar os percursos pedestres prometidos (Rota das Pedreiras e Vale do Lena); ii) assegurar o desenvolvimento turístico da Pia da Ovelha e do Buraco Roto; iii) descentralizar competências na gestão do Mosteiro da Batalha; iv) requalificar a Pia do Urso e assegurar a identificação e manutenção dos trilhos já existentes no concelho. Dia 26, se queres diferente, não votes igual. Vota Liberal! Dário Florindo Candidato Iniciativa Liberal


Jornal da Batalha

Espaço Público Opinião

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Espaço Público s A Opinião de António Lucas Ex-presidente da Câmara da Baralha

Votar no dia 26 de setembro é ainda mais importante Já muito foi dito sobre a importância de qualquer eleição, mas estas próximas eleições autárquicas são, sem dúvida, ainda mais importantes. Queremos continuar a esperar semanas ou meses pelo agendamento de uma reunião com o presidente? Queremos continuar a esperar meses ou anos, pelo deferimento de um simples projeto de uma moradia? Queremos continuar a ter freguesias de cor diferente da câmara a terem um tratamento desigual? Queremos continuar a ter associações a ser tratadas de forma diferente pela câmara, pelo facto dos dirigentes não se agacharem? Queremos continuar a ler, ver e ouvir anúncios da câmara propalando a atri-

buição de subsídios, que depois, só são pagos tarde e a más horas depois de muito reclamados pelos dirigentes associativos? Queremos continuar a ter um PDM, revisto em 2015, que eliminou uma grande grande parte das zonas urbanas do concelho? Queremos continuar a ter a câmara gerida apenas por uma pessoa, concentrando tudo nela própria? Queremos continuar a ver as empresas do concelho da Batalha a fugirem para concelhos limítrofes? O rol poderia continuar até à exaustão, mas, fiquemos por aqui. A minha convicção, diz-me que votar no PSD, é continuar infelizmente a ter este estado de coisas. Será isto que queremos

para o nosso concelho da Batalha? Eu não quero, por isso me envolvi noutro projeto, cujos elementos me dão totais garantias de não irem fazer o que referi anteriormente e de tudo fazerem para o bem estar dos nossos concidadãos, nas suas diversas vertentes, da saúde, educação, na área social, das empresas, e acima de tudo de manterem as portas da câmara sempre abertas em tempo útil para todos, etc. É este tipo de gestão que eu gostaria de ver novamente na câmara do meu concelho, como aliás já teve. Em prol dessa transparência e proximidade aos cidadãos e às empresas, e caso o Movimento Independente ganhe as eleições, como

esperamos, criaremos o CEM - Conselho de Estratégia Municipal, do qual eu farei parte e que será composto por personalidades do concelho e algumas da região, especialistas em diversas áreas, tais como, juventude, saúde, educação, ordenamento do território, planeamento, empresas, coletividades,IPSS, ambiente, etc, para aconselhar, recomendar e sugerir ao executivo municipal políticas e estratégias que potenciem o pleno desenvolvimento do concelho. Desta forma, amplia-se a governação democrática do concelho, abrindo-se ainda mais à comunidade e à sociedade civil. Estou certo que temos as melhores equipas, muito competentes, disponíveis e dedicadas, que tudo irão fa-

zer para maximizar o aproveitamento dos fundos comunitários, usando-os em projetos mobilizadores e sustentáveis para as nossas populações em geral e para as empresas em particular. Estou certo que temos as equipas mais capazes para a implementação e racionalização de projetos diversificados, com um ênfase especial nos projetos das áreas, da infância, dos idosos e dos mais carenciados. Estou certo que temos as equipas mais capazes e disponíveis para manterem as portas da câmara abertas para ouvirem os munícipes, em tempo útil e não apenas nos meses que antecedem as eleições. Em suma, estou certo que este Movimento Independente, tem todas as condi-

ções para fazer diferente, para fazer muito melhor do que tem sido feito nos últimos anos. Estou certo também, que após a vitória, todos serão tratados de forma exatamente igual, quer tenham apoiado este movimento, ou qualquer outra força, pois a democracia é isto mesmo. Contamos com o vosso apoio.

s A Opinião de André Loureiro

O que está em causa nas eleições autárquicas de 26 de setembro Faltam duas semanas para as eleições autárquicas, um período que foi sendo preenchido com a pré-campanha e com a campanha oficial desde dia 12. A 26 de setembro, o que estará em jogo é o futuro do nosso concelho e quais os representantes nas autarquias que melhor estão em condições de corresponder às ambições da população, mas também decidir entre dois caminhos bastantes distintos para a governação local. Deste modo, muitas questões serão respondidas no dia 26 de setembro. E, previsivelmente, muitas – e importantes – conclusões terão de ser retiradas. É certo que vivemos em tempos estranhos que, por força da pandemia, nem sempre à fácil esclarecer os cidadãos e estes muitas

vezes estão alheados da política local, o que também pode condicionar uma perceção mais clara sobre a natureza e motivação de algumas candidaturas, mas tenho a plena convicção que a generalidade das pessoas sabe bem o que estará em causa nestas eleições. Por um lado, existe um projeto liderado pelo atual presidente da câmara e ao qual tenho a honra de pertencer, que nos últimos anos tem mobilizado vontades e concretizado inúmeros projetos que objetivamente têm ajudado a transformar o nosso território num dos concelhos do país mais dinâmicos e com melhor qualidade de vida. Dispenso-me de enumerar os diferentes objetivos alcançados, seja em áreas como a educação, saúde, ação social,

ambiente, apoio às empresas ou na dinamização da cultura e turismo locais. É certo, há que reconhecê-lo, que este trabalho extravasa muito a ação da câmara municipal e resulta de uma sociedade local empreendedora, solidária e que tem nas atividades económicas e nas instituições locais pessoas empenhadas em fazer o melhor para a nossa terra. Também sabemos que a atual governação não está isenta de erros e que muito haverá ainda por fazer em vários lugares e domínios estratégicos, como a digitalização do concelho ou a melhoria das redes viárias e de saneamento básico, por exemplo, mas todos sabemos que no essencial os órgãos municipais têm estado à altura dos desafios que se colocam à

nossa terra, último dos quais, bastante exigente como foram os últimos 18 meses de pandemia. Como alternativa principal, surge um projeto que junta alguns autarcas aposentados, conhecidos promotores imobiliários, ex-funcionários da câmara, e certamente outros que vislumbram nesta opção uma possibilidade de emprego e resolver algumas questões pessoais, mas também, há que reconhecê-lo, apoiantes genuínos de uma visão saudosista dos tempos vividos num passado, nem sempre de boas memórias. E fazendo jus a esses tempos mais longínquos, este dito movimento alternativo alicerçou a sua estratégica num combate sem tréguas de ataque pessoal ao atual presidente da câmara, na maio-

ria das ocasiões a coberto do anonimato e através das redes sociais, e cuja principal critica à sua personalidade é o facto de ser uma pessoa pouco simpática e muito exigente com as pessoas, chegando ao ponto de as afastar!? Ou seja, nada se afirma sobre alternativas a projetos mobilizadores para a nossa terra, ou sequer se apresenta uma crítica sobre das decisões exigentes tomadas em áreas como a descentralização de competências para o município ou de requalificação de espaços urbanos sensíveis, ou na promoção de um melhor ambiente no rio Lena ou ainda na limitação de pedreiras na zona da Torre, o que confronta alguns interesses instalados. Em jeito de repto final, a política é uma das mais al-

Presidente do PSD Batalha

tas formas de serviço público, porque busca o bem comum, uma eleição não é um concurso de simpatia ou uma oportunidade para fazer uns favores aos amigos. Pelo contrário, nas próximas eleições cabe aos eleitores escolher quem são os protagonistas que melhor podem servir a nossa Comunidade e ajudar a construir um caminho seguro para as pessoas e uma visão estratégica para o futuro da Batalha.


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Opinião Espaço Público

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Jornal da Batalha

s A Opinião de Pedro Marques Membro da Iniciativa Liberal

Se queres diferente, não votes igual Não fiques preso ao passado Eu gosto de dizer que as eleições autárquicas são muito parecidas com as eleições para as associações de estudantes de qualquer escola secundária. Frequentemente, vota-se nas caras mais conhecidas e populares, ao invés das propostas que cada projeto tem para dar. E é evidente que hoje as candidaturas mais populares beneficiam do facto de terem concorrentes cuja experiência é conhecida na Batalha desde o milénio passado. No entanto, eu quero acreditar que existem muitos batalhenses que não se reveem em receitas e fórmulas do passado. Em especial, na vontade insaciável de “mostrar obra” que todos os autarcas sen-

tem. Que no seu desejo de se perpetuarem no poder, usam a câmara como um promotor imobiliário que constrói com o dinheiro e em nome dos munícipes, frequentemente com resultados desapontantes. Nout ros momentos , quando estes autarcas querem ajudar as famílias e as associações, fazem-no através de processos pouco transparentes e desnecessariamente burocráticos que acabam por esquecer quem mais precisa. Mas outras candidaturas mais pequenas, também elas históricas, já tiveram bastantes oportunidades de mostrar que são alternativa. Mas na verdade nunca o foram ou quiseram ser. E se governassem, fariam exatamente os mesmos erros.

Está na hora de dar oportunidade a outros, aos liberais que sabem que a força da Batalha está nas suas pessoas, empresas e associações. Não na força da câmara em si. Todos diferentes, todos iguais Com as eleições à porta, é inegável que todas as candidaturas têm as suas diferenças. Uma quer reabilitar uma suinicultura, enquanto outra prefere fazer uma praia fluvial nas margens do rio Lena. Mas convenientemente, ignoram o impacto que as descargas no rio teriam nestes projetos. Mas não é apenas a poluição que afeta a nossa qualidade de vida. O país continua pobre, as empresas definham, os salários estão estagnados e o custo

de vida aumenta lentamente, ano após ano. Em suma, discute-se quem tem a infraestrutura mais elegante enquanto os problemas que sempre aqui estiveram continuam sem resposta. E numa altura em que as sondagens anteveem umas eleições muito polarizadas, peço aos batalhenses que façam esta reflexão. O que terá mais impacto na sua vida? Um quarto vereador duma lista à câmara, ou o vereador liberal? Um décimo deputado duma lista à assembleia, ou o deputado liberal? Está na hora de pensar diferente, está na hora de votar diferente. Vota liberal As propostas liberais para a Batalha estão espalhadas por mais de 40

cartazes no município da Batalha para todos os que procuram mudança. Estão espalhadas em 12 mil folhetos. Estão nos jornais. Estão nas redes sociais. Estão nos nossos discursos. Estão onde nos dão voz. Mas mudança não é fácil nem imediata. A Iniciativa Liberal é o projeto das ideias, e vai estar na Batalha para todos os que querem efetivamente mudar. As propostas liberais foram escritas para todos os que querem mais dinheiro nas suas carteiras para poderem fazer a sua vida livremente. Foram escritas para todos os que vêm as suas vidas permanentemente adiadas pela demora na atribuição de licenciamentos. Foram escritas para todos aqueles que querem promover a inde-

pendência das associações do poder político. Mas mais que palavras, a equipa que vai fiscalizar as ações do próximo executivo está na Iniciativa Liberal. É esta a equipa que pode trabalhar, tanto na vereação como na assembleia municipal, por um concelho mais livre e com mais oportunidades. Dia 26, se queres diferente, não votes igual. Vota liberal.

s Baú da Memória

Miniaturas etnográficas na Galeria do Turismo Apesar da paragem, forçada pela pandemia, das suas actividades com público, o Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria, não deixou de fazer os seus trabalhos de casa e levar avante algumas iniciativas permitidas pela actual situação tão grave como inesperada. Assim levou avante, na Batalha, a sua terceira exposição subordinada ao tema “O Museu desceu à Vila”, desta vez para mostrar grande parte da sua valiosa colecção de miniaturas etnográficas do espólio do Museu Etnográfico da Alta Estremadura/ Casa da Madalena. Trata-se da história, ainda recente em muitos casos, das ferramentas, dos utensílios caseiros, das alfaias agrícolas, de carros e carroças, dos invulga-

res barcos da costa alto-estremenha e inclusivamente das manifestações religiosas do povo do nosso concelho e dos concelhos vizinhos. A exposição, que teve apoio decisivo da Câmara Municipal, manteve-se, no nosso posto de Turismo de 8 de Agosto a 5 de Setembro, servindo também para evocar alguns artesãos da nossa região, nomeadamente Joaquim Saraiva Ceiça que além da sua habilidade para, nas horas vagas, construir pequenas maravilhas da arte popular, foi um excelente músico fundador da Orquestra Típica e Coral da Batalha que teve como regentes, Arnaldo Monteiro, Prof. Mário Neto e Carlos Pinção. Outro dos artesãos recordado através dax suas obras, foi o ca-

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 856 A) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, André Loureiro, António Caseiro, António Lucas,

lafate nazareno Augusto Sabino autor de peças preciosas como as da barca salva-vidas da Nazaré, do batel do alto e do barco de carreira ou mar-em-fora, barcos únicos da

Augusto Neves, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

nossa costa, do vieirense Júlio Crespo, do nosso artista-latoeiro José Marques e ainda de Carlos Belo. A propósito dos barcos de pesca da costa alto-estreme-

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

nha, a Nazaré, conforme já o disse várias vezes, devia ter um grande museu em que se mostrassem em tamanho natural os seus barcos únicos como o salva-vidas, que

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares

José Travaços Santos

ainda existe, ou o de carreira ou mar-em-fora que teria de ser reconstruído ou os da arte xávega de que julgo ainda existirem alguns. Não seriam apenas um atractivo turístico mas a preservação de valores invulgares e, simultaneamente, homenagem à memória dos calafates que os faziam e dos verdadeiramente heróicos pescadores que os tripulavam. Sobre a via dolorosa dos pescadores nazarenos recebi há anos, do meu prezado amigo Fernando Barqueiro, o livro “Procissão do Mar” do já falecido poeta José António Caneco. É uma obra duma beleza e duma profundidade raras, que devia ser muito divulgada. Se possível referir-me-ei a ela num os próximos números do Jornal.

Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.

O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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Pandemia

Incidência da doença no concelho diminuiu no último mês Casos da doença confirmados no distrito Município

Casos confirmados Recuperados

Leiria Pombal Marinha Grande Alcobaça Porto de Mós Caldas da Rainha Peniche Batalha Óbidos Nazaré Figueiró Vinhos Castanheira Pêra Ansião Bombarral Pedrógão Grande Alvaiázere Total

9 468 3 993 2 579 3 706 1 859 3 427 2 371 1 067 746 1 068 467 179 1 230 703 248 498 33 609

8 859 3 736 2 428 3 564 1 760 3 249 2 270 1 012 685 1 035 441 171 1 193 678 241 476 31 798

Casos ativos 439 148 104 61 59 58 50 36 12 11 6 3 2 2 1 0 992

Falecimentos 170 109 47 81 40 120 51 19 49 22 20 5 35 23 6 22 819

Fonte: Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria, municípios e autoridades de saúde/Região de Leiria (12 de setembro)

m Os concelhos de Castanheira de Pera, Pedrógão Grande, e Batalha apresentam os números de falecimentos mais baixos O Município da Batalha apresentava no dia 12 de setembro uma incidência elevada de Covid-19, com 244,31 casos por cem mil habitantes – um registo de mais 39 casos a 14 dias – e estava no nível de risco elevado – mais de 240 situações por cem mil habitantes. Apresentava a quinta incidência mais elevada do distrito de Leiria. O número de pessoas falecidas no concelho da Batalha com Covid-19 manteve-se em 19 no último mês, segundo o boletim sobre a pandemia divulgado pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria. No distrito de Leiria já não há concelhos sem registo de falecimentos, apresentando Castanheira de Pera (5) Pedrógão Grande (6) e a Batalha os números mais baixos. No caso da Batalha, há ainda a registar a morte de um cidadão natural do município,

mas residente no distrito de Aveiro. O concelho de Leiria apresenta o maior número de vítimas mortais (170), seguindo-se Caldas da Rainha (120) e Pombal (109). No que respeita aos casos ativos, a Batalha apresenta 36, havendo oito concelhos com números inferiores. O município de Leiria concentra 439 situações, seguindo-se Pombal (148) e Marinha Grande (104). Desde o início da pandemia, registaram-se 1.067 infetados confirmados no concelho da Batalha. Os municípios de Castanheira de Pera (178), Pedrógão Grande (248) e Figueiró dos Vinhos (467) são os menos afetados. Pelo contrário, Leiria (9.468), Pombal (3.993) e Alcobaça (3.706) apresentam o maior número de pessoas infetadas desde março de 2020. Entretanto, a Câmara da Batalha submeteu uma candidatura ao Fundo de Solidariedade da União Europeia Emergência de Saúde Pública da doença Covid-19, com o objetivo de financiar uma parte das despesas suportadas no combate à pandemia. “O montante do apoio definido da despesa elegível

está limitado a 150 mil euros por candidatura, mas de acordo com a legislação publicada poderá acrescer um montante remanescente que será distribuído proporcionalmente pelos municípios com despesa superior a 150 mil euros”, explica a câmara municipal em comunicado. A despesa submetida pelo Município da Batalha ascende a 239 mil euros, “enquadrada em aquisição de materiais e equipamentos, fornecimento de refeições, testagem da população, dispositivos médicos, ações de comunicação e proteção da população mais vulnerável”. O Município da Batalha investiu no combate à pandemia, até 15 de agosto, 1,045 milhões de euros. Ordem congratula-se A Ordem dos Médicos congratulou os portugueses pela adesão às vacinas, no momento em que se assinalam 18 meses da declaração de pandemia e nove meses desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19. “O bastonário e o gabinete de crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos, no momento em que se assinalam

p A máscara vai continuar a ser usada em muitos locais os 18 meses da declaração da pandemia e os 9 meses da maior campanha de vacinação de sempre em território nacional, vêm congratular os portugueses pela adesão à ciência, facto corroborado pela cobertura vacinal já atingida”, lê-se num comunicado enviado pela entidade. A Ordem dos Médicos lembrou os dados recentemente publicados pelo Eurobarómetro, que dão conta de que “os portugueses são os europeus para quem os benefícios das vacinas contra a Covid-19 mais superam os riscos (87%) e que mais defendem que a vacinação é um dever cívico (86%)”. A entidade agradeceu também “o excelente trabalho de liderança, planeamento e organização da ‘task force’ de vacinação que conseguiu atingir os objetivos de cobertura vacinal contra a Covid-19 em mais de 95% da população elegível com idade superior a 12 anos”, sendo que, na população total, “perto de 87% das pessoas têm já a primeira dose da vacina”. A Ordem dos Médicos enalteceu ainda o papel dos profissionais de saúde, que

têm trabalhado “em condições muito desafiantes”. Aliviar medidas A Direção-Geral da Saúde garantiu no dia de setembro que o guia para escolas sobre prevenção da transmissão do coronavírus SARS-CoV-2 no próximo ano letivo “está em vigor”, remetendo as regras sobre uso de máscaras para a orientação específica sobre esta matéria. “O referencial das escolas, que foi publicado no dia 31 de agosto de 2021, é o documento que deve ser utilizado pelas escolas, enquanto guia para a prevenção e minimização do risco de transmissão de Covid-19. Este documento está em vigor”, adianta um esclarecimento hoje divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Segundo a DGS, no que respeita à utilização de máscaras nas escolas, “deve ser considerada a Orientação 005/2021, para a qual o referencial remete, e que, por sua vez, está alinhada com a legislação em vigor”. Esta orientação, que foi publicada em abril deste ano, refere que qualquer pessoa com 10 ou mais anos de idade, em espaços interiores

ou exteriores, “deve utilizar máscara comunitária certificada ou máscara cirúrgica. Nos estabelecimentos de ensino esta medida aplica-se apenas a partir do 2.º ciclo do ensino básico, independentemente da idade dos alunos”. “Nas crianças com idade entre seis e nove anos, e para todas as que frequentam o 1.º ciclo do ensino básico independentemente da idade, a utilização de máscara comunitária certificada ou máscara cirúrgica é fortemente recomendada, como medida adicional de proteção, em espaços interiores ou exteriores, desde que as crianças tenham “treino no uso” e utilizem as máscaras de forma correta e seja garantida a supervisão por um adulto, refere a mesma orientação. Para crianças com idade inferior a cinco anos a utilização de máscara não está recomendada. A legislação referida no esclarecimento da DGS determina que “é obrigatório o uso de máscaras ou viseiras para acesso e permanência” em vários locais, incluindo nos “estabelecimentos de educação, de ensino e nas creches”.


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Opinião s Noticias dos Combatentes NCB

Quem cuidará de nós? Decorria o meio do mês de agosto pretérito, quando o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo foi abordado por um grupo de “negacionistas”, contra a vacina da Covid-19, exaltados, roçando a arruaça e agressão. Ora, muitos de nós seremos também “negacionistas”, diria antes intolerantes, ao tabaco, álcool, etc., e não insultamos fumadores por não fumarmos ou os não fumadores por fumarmos! Simplesmente não fazemos ridículas manifestações sobre o tabaco, a favor ou contra; quem fuma ou não, sobre o álcool; acerca de quem bebe ou não. As vacinas, no geral, são de toma voluntária! A minoria de “negacionistas” apregoam o quê, então? Reivindicam o quê, então?

Querem demonstrar o quê, então? Querem retirar a liberdade de escolha e opção da larga maioria da população assisada? Como pensam que as doenças mortais de há alguns anos foram erradicadas do planeta? Poder-se-iam dar mil exemplos de assuntos dos quais discordamos mas, no entanto, não andamos na rua de cartaz, a bradar vernáculo contra… Comparando ao seguro automóvel, é uma chatice ter de pagar, mas todos querem que os outros tenham! Não existe vacina, cura ou medicamento 100% seguro, uma verdade de La Palice. Toma quem quer. Se compararmos a vacina com um simples Paracetamol talvez tenhamos consciência da realidade de nos

submetermos à medicina, como forma de escaparmos o máximo de tempo possível ao “talhão da liga dos combatentes”. Assim, e só para que compreendamos, alguns dos efeitos secundários do Paracetamol podem ser inchaço da face, particularmente à volta da boca (língua e/ou garganta), dificuldade em respirar, suores, náuseas ou queda brusca da tensão arterial; sintomas estes que podem significar que está a ter uma reação alérgica grave, que pode colocar a sua vida em risco. Outros efeitos frequentes são a sonolência ligeira, náuseas e vómitos. Os pouco frequentes passam por vertigens, sonolência, nervosismo, sensação de ardor na garganta, diarreia, dor abdominal

(incluindo cãibras e ardor), prisão de ventre, dor de cabeça, aumento da transpiração e diminuição excessiva da temperatura corporal. Os efeitos raros podem verificar-se por aumento de algumas enzimas do fígado, vermelhidão da pele, e ainda existem efeitos secundários muito raros, que também poderão atingir qualquer de nós (www.benefarmaceutica.pt/ben-u-ron-1-g-comprimidos/) Ora, a lista de efeitos secundários das vacinas da Covid-19 ocupam muito menos espaço neste artigo de opinião, a saber: no braço onde levou a vacina, alguma dor, vermelhidão, inchaço (como em todas as vacinas) e, no geral, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, arrepios, febre e náuseas. (www.cdc.

gov/coronavirus/2019-ncov/vaccines/expect/after.html) Assim, comparando os sintomas do Paracetamol com as vacinas anti Covid, constata-se que é menos prejudicial ser inoculado com estas que tomar um “simples” comprimido para a dor de cabeça, porque este mesmo poderá provocar maiores “dores de cabeça”. Nota: por detrás deste texto está um pai amargurado, ao ver o seu filho enfermeiro, em quem apostou o esforço de uma vida para o ver formado, filho esse esgotado, a despedir-se de efetivo no hospital onde trabalha; desistir de uma das mais ilustres, importantes e dignas profissões do mundo, para regressar à universidade e

estudar engenharia … Se os profissionais de saúde não forem reconhecidos, se não lhes pagarem com “aplausos”, pois palmas não pagam contas nem metem comida na mesa, se todos desistirem, quem cuidará de nós? Certos anormais que por aí vegetam, se tivessem vivido há cerca de 50 anos, não teriam tido oportunidade para os “devaneios” que a “fauna” que invectivou o vice-Almirante Gouveia e Melo demonstrou. Teriam sido mobilizados para irem para uma guerra injusta, da qual regressariam traumatizados, desmembrados, cegos ou num caixote de madeira e nem coragem teriam para chamar assassinos àqueles que os tinham enviado para tão cruel destino.

s Tesouros da Música Portuguesa João Pedro Matos

Ecos dos Diva Os Diva foram um grupo de música onde se destacou a sua vocalista, de seu nome Natália Casanova. E fizeram um disco de rara beleza, intitulado Ecos de Outono, mesmo no debelar da década de oitenta do século passado. Natália Casanova possuía uma voz angelical, delicada, capaz de elevar o ouvinte a um nível etéreo, quase celso. Ecos de Outono é o exemplo perfeito do trabalho onde ela explana os seus dotes vocais, à semelhança de outras grandes intérpretes da música internacional, como Elizabeth Fraser ou Anneli Drecker. É claro que podemos encontrar semelhanças entre a música dos Diva e a de outras bandas, designadamente com a música dos escoceses Cocteau Twins ou

dos noruegueses Bel Canto. E, naturalmente, Ecos de Outono encontra afinidades em Treasure, dos Cocteau Twins, ou em White-Out Conditions dos Bel Canto. Podemos até dizer que Ecos de Outono se filia na mesma linha estética, num certo rock melancólico, com forte componente ambiental e nostálgica. No princípio da carreira dos Diva está o single Chuva que o grupo gravou, em 1985, para uma pequena editora lisboeta. Em 1986, a banda era constituída (para além de Natália Casanova), por Pedro Solaris (guitarra eléctrica e guitarra de doze cordas), João Vitorino (na bateria), Pedro Domingos (nos teclados) e Óscar Coutinho (no baixo). Depois desse primeiro single, foi preciso esperar quase

cinco anos para que a banda regressasse amadurecida com um trabalho de grande fôlego. Mudaram de editora e sob esse novo selo lançaram Ecos de Outono. Esse disco marcaria uma certa época da música portuguesa e, especificamente, o final da década de oitenta. Talvez por conter referências óbvias a importantes nomes da música, tal como já salientámos, mas também por apontar caminhos que passavam por uma nova leitura da música popular portuguesa. A própria modulação da voz de Natália Casanova estava muito próxima da entoação de vozes da música tradicional portuguesa, sobretudo da Beira Baixa. E as variações da sua voz, que se assemelhavam por

vezes a simples onomatopeias, compunham-se com tal limpidez que depressa atingiam o dom de seduzir e encantar. Para o magnífico resultado final não foi estranho o trabalho de produção a cargo de Ricardo Camacho (que também colaborou nos teclados e programação rítmica) e de Francis (que emprestou a guitarra clássica para o tema Tempestade e Paixão). Para além de Ricardo Camacho, houve outro elemento da Sétima Legião a participar no disco: Paulo Abelho, com samplers (gravações preparadas que se incluem nas faixas como se fossem um instrumento adicional). Neste álbum, cuja faixa de abertura (Amor Errante) ainda hoje se pode escutar nalgumas rádios, des-

tacam-se as canções Baila Papoila, Se e Romaria, todas elas pérolas que merecem uma audição cuidada. O segundo trabalho de longa duração demorou mais cinco anos a aparecer nos escaparates, também por causa da gravidez de Natália Casanova. Aliás, este álbum intitulado Deserto Azul, guardava uma faixa dedicada ao bebé então nascido, uma menina de seu nome Mariana. No entanto, adivinhava-se que os dias de existência dos Diva estavam contados: a meio de uma nova década, a sensibilidade musical era outra e muito diversa, voltada agora para o pós-rock e para sonoridades de marcado cunho eletrónico, como o Drum N’ Bass. As próprias bandas internacionais com quem os Diva

tinham afinidades, haviam acabado, como era o caso dos Cocteau Twins que deram por terminada a sua carreira em 1997. Assim, os Diva lançariam ainda um novo trabalho, em 1996, designado por O Verbo. E, no ano seguinte, publicavam o CD-Single Eu Ando às Voltas. Mas, em 2000, Natália Casanova declararia a uma publicação especializada em música que os Diva tinham chegado ao fim.


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Atualidade

Peregrinos dos Caminhos de Fátima também já têm uma credencial Caminhos que se articulam com outros percursos

p Dezenas de milhar de peregrinos caminham todos os anos para Fátima

m A credencial pode ser levantada nos postos de turismo da rede da Região Turismo Centro de Portugal, que inclui a Batalha A Credencial do Peregrino dos Caminhos de Fátima [semelhante à usada pelo peregrinos do Caminho de Santiago] está disponível desde o dia 13 de setembro para todos aqueles que percorrem os Caminho de Fátima. Emitida pelo Centro Nacional de Cultura (CNC), entidade titular e proprietária da marca Caminhos de Fátima, corresponde a um passaporte do peregrino, que

comprova a passagem pelas etapas destes itinerários. Deve ser carimbada em cada paragem efetuada durante a caminhada, junto de uma entidade de acolhimento que utilizará, para este efeito, o seu próprio carimbo (paróquia, hotel, albergue, restaurante ou outra instituição). Serve, assim, de certificação da realização do Caminho de Fátima. A credencial pode ser levantada na sede do Centro Nacional de Cultura, em Lisboa, ou enviada por correio (solicitações para info@cnc. pt ou 213 466 722). Será também disponibilizada nesta fase em alguns dos principais pontos de relação com os Caminhos de Fátima ofi-

cialmente reconhecidos pelo Centro Nacional de Cultura: Albergues dos Caminhos de Santiago, em colaboração com a Associação Via Lusitana, Sé Catedral de Lisboa, postos de Turismo da Rede da Região Turismo Centro de Portugal e ostos de Turismo da Rede da Região Turismo do Alentejo. Os Caminhos de Fátima, identificados e desenvolvidos pelo Centro Nacional de Cultura, “são uma rede de itinerários religiosos e culturais que partem de diversos locais culminando no Santuário de Fátima. Desenvolvidos em parceria com múltiplas instituições e em articulação com o Santuário de Fátima, criam condições

seguras e aprazíveis para os peregrinos que a pé se dirigem ao Santuário de Fátima, evitando as estradas de grande circulação automóvel, em favor de caminhos de terra e de pequenas estradas rurais”. “Proporcionam uma verdadeira espiritualidade, em ligação com a natureza e as vivências religiosas e culturais. Percorrem territórios variados, com grande interesse cultural e paisagístico e articulam-se com outros itinerários de âmbito nacional e internacional”, adianta o CNC. Mais informação em www.caminhosdefatima. org e www.pathsoffaith. com.

“Num ato de fé ou de realização pessoal, encontra em Portugal vários caminhos que se dirigem a Fátima. Os Caminhos de Fátima remontam à data das aparições de Fátima (1917) e são percursos em Portugal percorridos, a pé ou de bicicleta, pelos peregrinos que se dirigem ao Santuário de Fátima, situado na Cova da Iria, em Fátima. Foram identificados e desenvolvidos pelo Centro Nacional de Cultura, associação cultural que tem como grandes objetivos a promoção, defesa e divulgação do património cultural de Portugal. Fátima, local das Aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos, é hoje um dos mais importantes lugares de culto católico do mundo, atraindo milhões de peregrinos anualmente. As maiores celebrações ocorrem a 13 de maio (Procissão das Velas no dia 12 à noite) e a 13 de outubro. Vários caminhos podem ser percorridos: o Caminho do Tejo, que tem início na capital, Lisboa, o Caminho do Norte, com início em Valença, no norte de Portugal, o Caminho da Nazaré, com início na vila da Nazaré, no centro do país ou a Rota Carmelita, com início na cidade de Coimbra. São caminhos que se articulam com outros percursos, de âmbito nacional e internacional, como os Caminhos de Santiago e as Rotas Marianas. Não é de estranhar, por isso, que nalgumas etapas dos Caminhos de Fátima encontre peregrinos dos Caminhos de Santiago, pois estas são idênticas. Todos os Caminhos de Fátima contribuem para uma verdadeira espiritualidade, em ligação com a natureza e as vivências religiosas e culturais locais. Pelo caminho, podem visitar-se igrejas e santuários, autênticos museus de arte, e admire os altares de talha dourada, a azulejaria e a arte-sacra, ícones reais da cultura de um povo. No seu percurso, irá cruzar-se com outras devoções, celebradas em festas e romarias. Entre na festa e participe nesta viagem espiritual, de paz e de encontro consigo próprio” - fonte Caminhos de Fé/ https://www.pathsoffaith.com/

Caudal baixo pode pôr em causa equilíbrio ambiental do rio Lena O caudal do rio Lena “está transformado num pequeno fio de água em várias zonas”, sendo “a seca e os açudes privados os principais motivos” deste cenário, que já motivou ações de emergência de reposição de água, “para evitar

desastres ambientais”. Em comunicado, datado de 25 de agosto, o Município da Batalha, condidera que “além da seca, a retenção de águas açudes ilegais e o excesso de bombas de rega explicam a falta de água

que está a colocar em risco o equilíbrio ambiental do rio e suscitou um pedido de intervenção urgente” à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), entidade que fiscaliza e licencia a utilização de recursos hídricos.

“Esta ocorrência grave já determinou ações de reposição de água no leito do rio, a última das quais com a colaboração dos meios dos Bombeiros da Batalha, que durante várias horas estiveram a repor água para viabilizar o

ecossistema local”, explica a autarquia. O município “exige uma intervenção urgente por parte da APA, entidade do Ministério do Ambiente, no sentido de verificar os títulos de utilização emitidos

para o rio Lena e deve determinar que os utilizadores se abstenham de prática de atos ou atividades que causem a degradação do estado das massas de águas e gerem outros impactes ambientais negativos”.


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Batalha Atualidade

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Equipas do concelho distinguidas na ‘caça’ às espécies exóticas invasoras m Resultado reflete bem o trabalho do Grupo Aves da Batalha e da comunidade O Concelho da Batalha participou com três equipas na 4ª edição dos Desafios Invasoras.pt/Cortaderia 2020/20201, uma iniciativa nacional que tem como foco as espécies exóticas invasoras e a sua ameaça para as espécies e habitats nativos. Em três desafios, o Grupo Aves da Batalha conseguiu reunir quase duas dezenas de cidadãos do concelho. “Este resultado reflete bem o nosso trabalho e da comunidade, e que, certamente, será muito importante para uma melhor e mais eficaz atuação no que respeita às espécies exóticas invasoras existentes na Batalha”, considera o grupo. A equipa “Batalha às invasoras” recebeu uma menção honrosa no Desafio 1, com 126 avistamentos de 18 espécies diferentes. Nos Desafios 1 e 3 – Mapear e Detetar, inscreveram-se 79 equipas, das quais 25 submeteram avistamentos. No total, foram submetidos e validados 2107 avis-

tamentos de plantas invasoras. Quinze das equipas submeteram avistamentos de erva-das-pampas (278) e apenas duas equipas submeteram avistamentos de espécies sob alerta (Desafio 3). A equipa “Egocentrismo da diversidade” venceu no mapeamento de plantas invasoras, com mais espécies avistadas (29), maior número de avistamentos (1827), maior número de avistamentos de Cortaderia selloana (177) e maior número de avistamentos de uma espécie-alerta, neste caso Fallopia japonica (87). A equipa da Batalha venceu o Desafio 4 – Divulgar, com o melhor trabalho dedicado à divulgação das plantas invasoras, com a conta de Instagram “batalhainvasoras”. Com 26 p Cortaderia selloana – uma das espécies invasoras avistadas publicações, destacamos o vídeo dedicado à Corta- nos Desafios Invasoras.pt. tro submeteram fotogra- monitorizações interromderia selloana. Os alunos do 8º ano da fias do ciclo de vida de pidas no tempo, não pasNo Desafio 4 inscreve- Escola EB2,3 de Souselo plantas invasoras ao lon- sando dos quatro meses ram-se 24 equipas, mas (Cinfães) recebem uma go do tempo: três equipas seguidos. apenas três enviaram tra- menção honrosa pelo tra- acompanharam apenas A equipa “Mourão” foi balhos de divulgação. Este balho desenvolvido no de- uma espécie e uma equipa a vencedora deste desafio, ano houve também a parti- safio “Alerta invasoras!” acompanhou três espécies. tendo realizado os registos cipação de 60 Eco Escolas do programa Eco Escolas. Uma equipa acompanhou mais completos de fenoloque, apesar de terem um No Desafio 2 - Monito- a mesma planta durante gia para Cortaderia selloaconcurso interno - Alerta rizar inscreveram-se 28 sete meses, enquanto as na: foram acompanhadas invasoras! -, participaram equipas, mas apenas qua- restantes equipas fizeram quatro plantas desta espé-

cie durante sete meses seguidos (dezembro 2020 – junho 2021) A equipa “Egocentrismo da diversidade” recebe uma menção honrosa, por ter feito o acompanhamento, ainda que incompleto (abril – junho 2021), de uma espécie-alerta, Fallopia japonica, numa altura do ano em que está mais visível sendo mais fácil a sua identificação. No Desafio 5 – Atuar inscreveram-se 23 equipas, mas apenas seis (turmas da Escola Básica e Secundária João Garcia Bacelar, Tocha) enviaram registos das ações de controlo direcionadas à erva-das-pampas. Neste desafio foi particularmente difícil escolher o vencedor, pois todos os trabalhos concorrentes tiveram resultados semelhantes. Assim, a organização decidiu atribuir três distinções: o primeiro lugar a “Os Gandareses do 9A2”, com o corte de 240 plumas e arranque de uma planta; 2º lugar “Os Gandareses do 9A1”, com o corte de 181 e arranque de uma planta, e o terceiro lugar “Os Gandareses do 9B1”, com o corte de 112 plumas e arranque de três plantas.

Município disponível para receber familias do Afeganistão

p Muitos querem deixar o Afeganistão

A Câmara da Batalha, em parceria com empresas, manifestou no dia 23 de agosto junto do Governo a sua disponibilidade para a colaboração nos esforços de apoio ao povo afegão, podendo receber duas famílias ou um grupo máximo de 8/10 pessoas. “O município sente-se comprometido com a defesa dos Direitos Humanos e da liberdade de expressão. São por muito preocupantes as imagens a que temos assistido em Kabul, no Afeganistão, onde as mulheres, crianças e muitas famílias correm risco de vida”, refere o presidente

da câmara municipal. Em ofício dirigido ao ministro da Administração Interna, Paulo Batista Santos recorda que a “Batalha teve a honra de acolher desde 2016 algumas famílias de refugiados oriundas do Iraque, sendo um processo de integração de sucesso e reconhecido Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. “Naquela ocasião, como hoje, a nossa sociedade não pode ser indiferente na ajuda e acolhimento a quem foge das atrocidades da guerra e luta pela sua sobrevivência”, acrescenta.


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

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Hugo Borges é o novo comandante dos bombeiros m Dedica-se à causa nos bombeiros da Batalha desde os 15 anos O novo comandante dos Bombeiros Voluntários da Batalha, Hugo Borges, tomou posse no dia 20 de agosto no quartel. O comandante Hugo Borges tem 38 anos, é profissional da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha e exerceu o cargo de 2º comandante durante cinco anos, continuando à frente da corporação após a vacatura do cargo em regime de substituição. Hugo Borges dedica-se à causa nos bombeiros da Batalha desde os 15 anos, evoluindo na carreira com o desempenho de diversas

p Hugo Borges (2º esq.) na tomada de posse funções até à posto de comando que agora exerce. Na sua página de Facebook, Hugo Borges expressou a sua “enorme gratidão pelas diversas fe-

licitações” que lhe foram dirigidas. “Supera r desa f ios e acreditar que a nossa forma de estar na vida, é desafiar o destino, ou o que

lhe queiramos chamar, sem nos contentarmos com o comum ou espectável....”, refere. “Escolher entre o fácil e difícil sempre cons-

ciente que é mais fácil desistir do que insistir, sermos munidos da resistência suficiente para encarar o desconhecido e inesperado! Trilhar no-

vos caminhos ainda que não nos garantam a certeza de coisa nenhuma, saber destingir o que é importante do que é supérfluo, do que faz ou não faz falta é meio caminho para alcançar e atingirmos a nossas metas que serão sempre inacabadas”, considera o novo comandante. Por fim, agradece “a todas as pessoas que contribuíram” para o seu “crescimento enquanto pessoa”. “Sou o resultado da confiança e força de cada um de vós”, termina. O Município da Batalha congratulou o novo comandante Hugo Borges, “no dia em se oficializa a sua tomada de posse como comandante dos bombeiros, desejando-lhe e toda a sua equipa os melhores sucessos”.

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ALOJAMENTO LOCAL

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt


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Batalha Opinião

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s À Mesa Ana Caseiro Cozinheira

Marmelada de marmelos Nos manuscritos da infanta D. Maria podemos encontrar a seguinte receita: “marmelada de Ximenes”, que é, “façam uma calda com dois quilos de açúcar, em seguida pesem quilos de marmelos, já descascados e limpos, e ponham-nos na calda, que já estará no fogo. Quando as frutas tiverem cozidas, tirem-nas da calda, amassem-nas, passando-as depois por uma peneira fina, Enquanto isto a calda ficará no fogo, até atingir o ponto bala. Então, tirem a calda do fogo e

adicionem-lhe o marmelo, mexendo tudo durante bastante tempo.” Como o receituário abrande o seculo XVI, este nível elevado de açúcar pode estar associado com a descoberta do Brasil em 1500 e consequente ao acesso ao açúcar, uma especiaria naquela altura cara. A marmelada é um exemplo de receita que se dispersou pelo mundo através dos portugueses e sobreviveu intacta. A palavra marmelada foi replicada a partir

do português para outras línguas como “marmelade” em francês, “marmellata” em italiano e “marmelade” em inglês. A existência dos doces de frutas é anterior ao seculo XV. Na Grécia antiga o marmelo era conhecido como maçã-mel. Os marmelos eram descascados e limpos e colocados em cru dentro de frascos cobertos com mel. Estes preparados eram usados em fins medicinais, primeiro por gregos e posteriormente pelos romanos. A marmelada chegou a Inglaterra através de comerciantes portugueses em finais do seculo XV. A primeira referência ocorre no ano de 1524 quando o nobre Hull of Exeter ofereceu “one box of marmelade…” (uma caixa de marmelada) ao rei Henrique VIII. Os britânicos utilizaram essa técnica e aplicaram-na às laranjas.

Daí a razão de a marmelada inglesa tradicional ser feita com casca e polpa de laranjas sevilhanas. Só a partir do seculo XVIII é que as marmeladas deixaram de ser um doce consistente que se podia cortar com a faca e se diversificaram em compotas e geleias, desde maçãs, peras, ameixas, cerejas e melão. Em Portugal D. João V adorava os doces feitos no Mosteiro de Odivelas, onde o monarca se deslocava com alguma frequência atraído por outros prazeres e pela marmelada que atualmente existe. A marmelada do Mosteiro de Odivelas tem uma particularidade, tem uma cor mais clara, quase branca, mais que as típicas marmeladas com tons castanhos ou tons de mel. Este doce era oferecido a convidados e visitantes do mosteiro como se

de um bolo se trata-se. Apresento aqui uma receita diferente para provar, marmelos assados com laranja, mel e nozes. Receita para quatro gulosos Ingredientes: 5 unidades de marmelos Sumo e raspa de 1 laranja Sumo de 1 limão Canela em pó q.b. 3 colheres de sopa de mel 2 colher de sopa de açúcar amarelo 100 gramas de nozes picadas 60 ml de vinho do Porto Preparação: Primeiro numa taça colocar água fria e sumo de 1 limão, de seguida descascar os marmelos, cortar ao meio e colocar nessa taça. Ligue o forno a 170º e prepare um tabuleiro com os seguintes ingredientes: canela em pó a gosto, o mel,

o cálice de Vinho do Porto, a raspa e sumo de uma laranja. Retire os marmelos da taça, tire o excesso de água e coloque toda a fruta no tabuleiro. Envolva todos os ingredientes. Coloque o tabuleiro dentro do forno durante 35 minutos. Ao fim de esse tempo com ajuda de um palito ver se a fruta está tenra (varia com a maturação da fruta), caso ainda esteja dura deixar mais 15 minutos. Sugiro degustar esta delícia com nozes e gelado de baunilha enquanto a fruta está morna.

s Fiscalidade

Regularização do IVA dos créditos de cobrança duvidosa Com a aprovação da Lei do Orçamento do Estado para 2020, o regime fiscal de regularizações de IVA associado a créditos de cobrança duvidosa, conheceu significativas alterações, nomeadamente, a possibilidade daquelas regularizações serem certificadas por contabilista certificado independente (CCI). Esta legislação entrou em vigor a 1 de abril de 2020 e criou um novo prazo para a submissão do pedido de autorização prévia à Autoridade Tributária, sendo reduzido de 24 meses para 12 meses, o prazo constante do CIVA, o que acho ser de interesse de muitos sujeitos passivos. Conforme o com o n.º 1 do artigo 78.º-A do Código do IVA, “Os sujeitos passivos podem deduzir o imposto respeitante a cré-

ditos considerados de cobrança duvidosa, evidenciados como tal na contabilidade, sem prejuízo do disposto no artigo 78.º-D, bem como o respeitante a créditos considerados incobráveis”. Para o efeito, e de conformidade com o n.º 2 do artigo 78.º-A do CIVA, consideram-se de cobrança duvidosa aqueles que apresentem um risco de incobrabilidade devidamente justificado, o que se verifica quando: a) O crédito esteja em mora há mais de 12 meses desde a data do respetivo vencimento e existam provas objetivas de imparidade e de terem sido efetuadas diligências para o seu recebimento e b) o crédito esteja em mora há mais de seis meses desde a data do respetivo vencimento, o valor do mesmo não seja

superior a (euro) 750, IVA incluído, e o devedor seja particular ou sujeito passivo que realize exclusivamente operações isentas que não confiram direito à dedução. O Pedido de autorização prévia para a regularização do IVA a efetuar pelo sujeito passivo fornecedor de bens ou prestador de serviços é apresentado por via eletrónica, no Portal das Finanças, no prazo de seis meses contados a partir da data em que os créditos sejam considerados de cobrança duvidosa, nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A do Código do IVA. Podem ser incluídas no pedido uma ou mais faturas, desde que estas sejam referentes ao mesmo adquirente e tenham sido certificadas pelo mesmo revisor oficial de contas

(ROC) ou pelo mesmo CCI. O pedido deve conter os seguintes elementos relativamente a cada crédito de cobrança duvidosa: a) Número de identificação fiscal do sujeito passivo adquirente; b) Número de identificação fiscal do ROC ou do CCI que efetuou a certificação a que se refere a Lei; c) Número da fatura da qual consta o crédito de cobrança duvidosa, que deve ser inscrito no pedido em termos idênticos aos comunicados ao sistema e-fatura, nos casos em que esta comunicação seja obrigatória; d) Data da emissão da fatura; e) Data de vencimento do crédito de cobrança duvidosa; f) Período de imposto em que foi entregue a declaração periódica contendo o valor da fatura a que se refere a alínea c); g)

Base tributável constante da fatura; h) Valor total do imposto liquidado na fatura; i) Valor do imposto a regularizar. O pedido é processado e validado centralmente e a sua aceitação provisória é confirmada pela Autoridade Tributária e Aduaneira no prazo de dois dias após a sua submissão. O CCI deve, no prazo de 10 dias após a submissão do pedido, confirmar que efetuou a certificação dos elementos relativos a cada uma das faturas e períodos a que se refere o pedido, nos termos do CIVA. A falta de confirmação da certificação do pedido por parte do CCI no prazo previsto no número anterior implica o seu indeferimento automático. Em resumo, uma fatura em atraso de recebimento

António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

há pelo menos 12 meses, o sujeito passivo, tem mais 6 meses para efetuar o pedido de autorização prévia. Ou seja, 12 meses mais 6 meses. Limite de 18 meses. Se não efetuar o pedido neste prazo não tem a possibilidade da regularização do IVA.



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Jornal da Batalha

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Saúde

Todos nós já ouvimos falar das medidas gerais de proteção contra o sol. De facto, já conhecemos a importância de evitar a exposição solar entre as 11 e as 17 horas, de usar protetor solar com fator de proteção igual ou superior a 30 ou até de reaplicar o protetor de duas em duas horas, em média. Primeiramente, é importante reforçar a ideia de que a luz solar é essencialmente constituída por radiação ultravioleta (UV). O espectro da luz UV é dividido em três subtipos consoante o comprimento de onda: 290– 320 nm (UVB), 320–400 nm (UVA) e 100–290 nm (UVC). Quer a radiação UVA quer a UVB podem causar queimaduras solares, reações de fotoenvelhecimento, vermelhi-

dão e inflamação da pele. Os agentes fotoprotetores previnem e minimizam estes efeitos prejudiciais dos raios UV. No entanto, o que significa verdadeiramente o conceito de Fator de Proteção Solar (FPS)? Qual a diferença entre o 15, 30 ou 50? Conceptualmente, o conceito de Fator de Proteção Solar refere-se à capacidade de filtrar a luz solar e prevenir o desenvolvimento de vermelhidão por exposição à radiação UV. Laboratorialmente, FPS 15 é protetor contra 93% da radiação UVB; FPS de 30 protege 97% da radiação UVB, o FPS 50 protege contra 98% dos UVB. No entanto, na prática, estas pequenas diferenças percentuais têm grande impacto no nível de proteção. O valor do

Luis Fernando Sefrin © Pixabay

O que significa o Fator de Proteção Solar?

FPS é calculado medindo a proporção da dose mínima de radiação UV que gera lesão avermelhada na pele, dividindo essa dose mínima numa pele protegida pela dose mínima numa pele não protegida. Assim, o número 50 do FPS significa que o produto numa pele protegida permite que esta seja ex-

posta a 50 vezes mais radiação UVB até queimar do que uma pele desprotegida. Portanto, podemos afirmar que o FPS não indica especificamente o tempo que se pode ficar ao sol, uma vez que a intensidade da radiação a que nos expomos varia entre dias e ao longo do mesmo dia. De forma geral, a quan-

tidade de energia solar a que somos expostos durante 60 minutos às 9 horas é equivalente à de 15 minutos às 13 horas. Portanto, o FPS “per se” não é suficiente para determinar um tempo seguro para nos expormos ao sol porque a intensidade do sol varia consoante os dias e até ao longo do mesmo dia. Para além do FPS, é precisar ter em atenção outros fatores que podem afetar significativamente a capacidade do fotoprotetor, nomeadamente a quantidade, a altitude, a estação do ano, a quantidade de suor, a exposição à água, ou o reflexo de UV na neve ou água. Uma das limitações do FPS é a falsa sensação de segurança. Na verdade, de pouco vale o número do FPS se o creme, por exemplo, não

for aplicado corretamente. Segundo a definição inicial proposta pela Food and Drug Administration, os utilizadores de proteção solar devem aplicar a quantidade de 2mg/ cm2. Isto significa que, se a cobertura não tiver espessura de pelo menos 1mm, não garante a homogeneidade da camada protetora. O SPF mínimo recomendado é o 30, aconselhando-se SPF 50 a pessoas de pele clara. Como está bem estabelecida a relação entre o número de queimaduras solares e o risco de cancro cutâneo, estamos cientes de que o conhecimento pode levar a escolhas mais informadas. Álvaro José Silva Médico Interno de Medicina Geral e Familiar, USF Condestável, Batalha

, SA ACORDOS PARA OFTALMOLOGIA:

ADSE, ADMG, Multicare, Advancecare, Médis, SAD-PSP, SAD-GNR, SAMS Centro, SAMS Quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sãvida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon,

Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia...sábado - manhã Oftalmologia...............................................Dr. Joaquim Mira............................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira.. quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro................................. terça - tarde

Dr. João Cardoso.............................. segunda - tarde

Otorrinolaringologia.................................Dr. José Bastos.................................... quarta - tarde Pneumologia/Alergologia.........................Dr. Monteiro Ferreira............................sexta - tarde Próteses Auditivas................................................................................................... quarta - tarde Psicologia Educacional/vocacional........ Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos..................................Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Terapia da Fala...........................................Dra. Débora Franco.............................quinta - tarde Urologia.......................................................Dr. Edson Retroz..................................quinta - tarde

Ortóptica.....................................................Dr. Pedro Melo................................ sábado - manhã

Medicina Dentária

Outras Especialidades:

Cardiologia..................................................Dr. David Durão.....................................sexta - tarde Cirurgia Geral/Vascular.............................Dr. Carlos Almeida.................................sexta - tarde Clínica Geral................................................Dr. Vítor Coimbra................................ quarta - tarde Dermatologia............................................ Dr. Henrique Oliveira...................... segunda - tarde

Dra. Sâmella Silva

Terça/Quinta - Tarde Sábado - Manhã

Dra. Susana Frazão

Sexta-feira - Tarde

Electrocardiogramas...............................................................................segunda a sexta - tarde Endocrinologia............................................Dra. Cristina Ribeiro............segunda / terça - tarde Estética .......................................................Enf. Helena Odynets..............................sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..........................Dr. Paulo Cortesão........................... segunda - tarde

Cirurgia Oral Implantologia

Neuro Osteopatia /Acumpunctura.........Tec. Acácio Mariano............................ quarta - tarde

Próteses Dentárias

(Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortodontia

Neurocirurgia.............................................Dr. Armando Lopes......................... segunda - tarde Neurologia..................................................Dr. Alexandre Dionísio..........................sexta - tarde Nutricionista...............................................Dra. Ana Rita Henriques........................ terça - tarde

Rx-Orto Telerradiografia

Ortopedia....................................................Dr. António Andrade....................... segunda - tarde

Rua da Ribeira Calva . Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente . BATALHA . Tel.: 244 766 444 . 939 980 426 . clínica_jm@hotmail.com


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Saúde Batalha

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A Consulta Aberta na USF Condestável

Cada médico de família tem cerca de 70% do seu horário já preenchido quando começa o dia de trabalho. Esta percentagem corresponde a agendamentos de consultas programadas de vigilância e prevenção: saúde infantil e juvenil (0-18 anos), planeamento familiar, saúde ma-

terna, consulta de diabetes e/ou hipertensão, saúde do adulto e consultas domiciliárias. As restantes vagas são reservadas para a Consulta Aberta (também conhecida como Consulta do Dia ou Consulta de Doença Aguda), destinadas aos utentes do seu ficheiro, e para a

Consulta de Intersubstituição (funciona nos mesmos moldes, mas destina-se ao atendimento de utentes de outros médicos de família). Estas consultas têm a duração de 15 minutos e destinam-se ao atendimento de pessoas com queixas recentes (menos de 72 horas de evolução). São marca-

das no próprio dia, para o médico de família ou para o enfermeiro de família. Quando estes se encontrarem ausentes ou quando a capacidade de resposta dos mesmos se esgotar, pode ser agendada Consulta de Intersubstituição com outro médico ou enfermeiro, sempre que a situação o justifique. A Consulta Aberta pode ser solicitada presencialmente, por telefone ou por e-mail, sempre no próprio dia, e o agendamento pode ser telefónico ou presencial, de acordo com o problema de saúde do utente. É de realçar que esta consulta não se destina a mostrar exames, renovar receituário ou tratar de assuntos relativos a documentação diversa. Caso a situação não cumpra critérios para a Consulta Aberta, o utente deverá agendar uma consulta de Saúde do Adulto (consulta programada de Medicina Geral e Familiar). Esta destina-se à vigilância de saúde ou de doença cróni-

ca, bem como à emissão de atestados, declarações e relatórios. Não tem carácter de urgência e é marcada antecipadamente. Todos os médicos têm, ao longo do dia, espaços no seu horário destinados à Consulta Aberta e, rotativamente, vários períodos semanais para a Consulta de Intersubstituição, incluindo aos sábados de manhã. Quando já não há vagas para este tipo de consulta, ou quando ocorre uma situação aguda fora do horário de atendimento da USF, as alternativas são o Serviço de Urgência do Centro Hospitalar de Leiria, o número nacional de emergência médica (112) ou a Linha Saúde 24 (808 24 24 24). Dado o contexto atual da pandemia Covid-19, os utentes com queixas respiratórias ou sintomas típicos de infeção Covidnão podem ser atendidos presencialmente na USF sem apresentarem um teste laboratorial (PCR) negativo para a Covid-19. Assim,

utentes com febre, tosse, falta de ar, dor de garganta, perda de cheiro ou olfato devem ligar para o SNS 24 (808 24 24 24), para a devida orientação para realização de teste. Não se devem dirigir à USF para observação dado o perigo de transmissão aos utentes que se encontram na USF, muitos dos quais idosos e com várias patologias. O pedido de Consulta Aberta deve ser racionalizado e justificado, sendo o atendimento de acordo com a gravidade da situação. Apelamos aos utentes para que utilizem corretamente esta consulta, de forma a que os casos de doença aguda possam ser atendidos sempre que necessitem. Com a colaboração de todos, a USF Condestável continuará a prestar o atendimento e orientação necessários a todos os seus utentes. Cristiana Miguel Médica Interna, USF Condestável, Batalha

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Jornal da Batalha

Património

Três temas

Malala Há prémios Nobel que foram dados com acerto, outros nem tanto, outros nem nada. Os suecos da Academia não gostam de Poesia, está provado. Pois, como pode um sueco, que sobrevive congelado, gostar de Poesia? Raramente escolhem um poeta, como se a Poesia não fosse literatura, ciência, história, arte, sonho, filosofia, tudo, tudo o que as Letras comportam. E tantas vezes ao Prémio, que contempla a Paz, não são os pacifistas que importam, apenas a ausência da guerra ou a guerra com máscara de inocência. Mas aquela menina paquistanesa, que diz que dêem às crianças do seu país, às crianças dos países iguais ao seu, de todos os países do mundo, uma caneta e um caderno

que as libertem da ignorância e consequentemente das trevas da tortura, de mil dependências e servidões, essa menina teve o Nobel mais merecido de todos e que todos engloba, Paz, Ciência, Literatura, o maior Prémio Nobel que foi dado a alguém que mereça Prémio Nobel. É preciso, então, fazer um abaixo-assinado aos homens da Academia (aproveitando para lhes lembrar a Poesia) a pedir que a partir de agora dêem mais prémios Nobel aos meninos que, não tendo nada, exijam, sem medo dos fundamentalismos ignorantes e maus, com o heroísmo da menina premiada, com a sua força e a sua constância, apenas uma caneta e um caderno que os libertem do inferno da ignorância.

A evocação da jovem paquistanesa Malala, que teve a coragem de, há vários anos, enfrentar os fundamentalistas do seu país, que a maltrataram ao ponto de ter tido a vido em risco, vem a propósito da nova escalada da violência e de extrema desumanidade com o regresso ao poder, no Afeganistão, das facções muçulmanas radicais que se vão assenhoreando de regiões e de países inteiros e, pior do que isso, da alma dos povos que têm a infelicidades de neles viver. É uma tragédia imensa para as suas populações e um perigo, cada vez mais real, para o mundo que queira continuar livre e progressivo. Vivemos um momento gravíssimo da história

da Humanidade, com as ditaduras de novo a proliferar em todos os continentes, frequentemente disfarçadas de “libertadoras dos povos”. No meio desta imensa tragédia, que se agrava de dia para dia, temos a sorte de viver na Europa onde a democracia tem as suas raízes mais fortes. É nossa obrigação preservar este bem insubstituível, deixando-nos de extremismos que só propiciam as tiranias e a infelicidade dos povos. Infelizmente algumas das nossas Democracias, e falo particularmente do caso português, precisam muito de ser revistas e reforçados os meios de intervenção popular, particularmente com a realização frequente de referendos decisivos (cujo modelo bem pode servir o da Suiça) com a criação de círculos eleitorais uninominais, com o fomento das cooperativas, com menor poder e mais limitada intervenção dos políticos profissionais e dos banqueiros, e com o reforço do municipalismo que deve ser cada vez mais o alicerce da participação do Povo na vida política e nas decisões administrativas.

Restaurado e reinaugurado o Museu Brasileiro da Língua Portuguesa A fotografia que, com a devida vénia, transcrevo do número de 2 de Agosto último do “Correio da Manhã”, do Museu da Língua Portuguesa na cidade brasileira de São Paulo, dá-nos conta da beleza e sumptuosidade da instituição que alberga o nosso e do Brasil, e de algumas mais nações espalhadas pelo mundo, tesouro cultural mais importante. O edifício tinha ardido em 2015, perdendo-se na al-

tura grande parte do seu valioso espólio. Imediatamente os Brasileiros meteram ombros à tarefa de o recuperar, tarefa agora cumprida. Na reinauguração, como o “Correio da Manhã” também noticiou, o nosso Presidente da República, esteve presente, mas infelizmente pouca divulgação deste memorável acontecimento foi feita entre nós, o que revela bem a apatia cívica em que nos afundamos. Cuidado, pois estamos a destruir a nossa própria Cultura e a inutilizar um trabalho de séculos dos nossos antepassados que pedra a pedra, sacrificadamente, ergueram uma das mais originais civilizações do mundo.

Que influência terá o cinema na propagação da violência? É tempo de nos perguntarmos em que medida a violência, constantemente transmitida de forma aliciante pelo cinema e pelas televisões, é responsável pelo seu aumento, e pelas formas cada vez mais cruéis de que se reveste, na vida real do nosso tempo. Há crimes que são cópia acabada da ficção cinematográfica, dando a impressão de que a ela os criminosos foram buscar a inspiração e o incentivo. Será assim? É um assunto que requer averiguação, profunda e urgente, dos especialistas e, de qualquer forma, o redobrado cuidado de todos nós e, muito particularmente, dos encarregados de educação das novas gerações.

José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (221)


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Economia

GLN planeia fábrica para o concelho e Auto Moeda amplia instalações m Os projetos “representam mais de sete milhões de euros de investimento”, segundo a autarquia A Assembleia Municipal da Batalha reconheceu, no dia 9 de setembro, como “empreendimentos de caráter estratégico com importante impacte territorial, económico e social” os investimentos empresariais a desenvolver em São Mamede (Auto Moeda) e na zona industrial da Batalha (GLN). Um projeto de maior di-

mensão é uma unidade do grupo GLN, que se dedica à fabricação, reparação e manutenção de moldes e a injeção plásticas. A GLN é uma empresa especializada em moldes técnicos de plástico e a partir das suas fábricas, nos concelhos de Marinha Grande e Leiria, produz para o “mercado nacional, países da União Europeia (como a Suécia) e México, onde possui a GLN México, líder no fabrico de moldes técnicos de alta precisão e injeção de peças plásticas. A existência deste investimento foi anunciada

p A GLN poderá construir uma fábrica na Jardoeira no Dia do Município (14 de agosto). A autarquia e a empresa celebraram um “memorando de entendi-

mento”, e foi revelado que “se encontra em fase final de avaliação a localização no Município da Batalha

de uma nova unidade, em área de expansão para atividades económicas, para um novo investimento nas áreas dos moldes e injeção de plásticos, orientado para a área médica”. A GLN emprega três centenas de trabalhadores e exporta 75% da sua produção. Por outro lado, a sociedade Auto Moeda prepara um investimento de ampliação das suas instalações em São Mamede, através da modernização tecnológica e aumento do número de trabalhadores. Este projeto foi “igualmente considerado um empreendimento de ca-

ráter estratégico pela componente da inovação e capacidade de crescimento”, refere o município. “Os parâmetros urbanísticos aplicáveis aos empreendimentos de caráter estratégico são mais favoráveis e menos penalizadores, bem assim são elegíveis para efeitos de isenções de taxas e benefícios fiscais em vigor na Batalha”, adianta em comunicado. No conjunto, os projetos “representam mais de sete milhões de euros de investimento, com impacto no emprego superior a centena e meia de postos de trabalho”, conclui a autarquia.


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Batalha Opinião

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Jornal da Batalha

s Crónicas do Passado Francisco Oliveira Simões

Fechado para obras Acabo de ser avisado que o meu espaço cronístico está interdito para obras. Eu até estava cheio de ideias para escrever um artigo todo interessante, repleto de referências e ardis rebuscados, mas quando transpus a porta deparei-me com este local em estado de sitio… - Saia da frente, não vê que queremos trabalhar! A marquise não se faz sozinha – avisou-me o mestre de obras. - Mas agora onde é que eu escrevo? – perguntei. - Amigo, isso não é comigo. - Então é com quem? - Com o meu superior, claro está!

- De quem se trata? Só para lhe poder falar e compreender o que se passa? - É o Sr. Engenheiro, mas não adianta falar com ele – respondeu perentório o mestre de obras. – O hotel vai ser construído na mesma, até já temos o alvará e tudo. - Vou procurar outro espaço para contar as minhas histórias rocambolescas – acabei por confessar. - Será que valerá a pena? Eu nem sou de intrigas, mas o senhor escreve cada coisa. - Já leu! Diga-me sinceramente o que achou? - Com franqueza, aquilo não tem ponta por onde se

lhe pegue. Só de me lembrar do artigo do mês passado. - Era uma homenagem… - Jerome K. Jerome merecia mais, mas agora não é tempo de criticas literárias. Eu tenho uma marquise para fechar – disse-me com desdém. - Passe bem, sim! Não cheguei a entender o propósito de se construir um hotel num local tão diminuto. O Hotel Crónicas do Passado não soa lá muito bem como nome de um empreendimento turístico. Pouco tempo depois soube que a obra ficou embargada por falta de autorização para fazer a malfadada marquise.

Historiador

Quando me foi dada a conhecer essa informação voltei de imediato aqui e pude redigir este singelo texto a relatar o sucedido, apesar dos hóspedes que solicitavam as chaves dos quartos não pararem de chegar. Se é certo que voltei a habitar estas “crónicas”, também é verdade que o hotel está ativo e de boa saúde. Tem poucos quartos, mas dispõe de sátira, realismo-mágico e muitas mais comodidades para o leitor incauto. Num escritório obscuro, algures em Londres, dois vultos conversam, sob a neblina do fumo do tabaco. - Chefe, não conseguimos

destruir o espaço de opinião que nos tinha falado – relatou o engenheiro cabisbaixo. – Embargaram-nos a obra. - Maldito seja esse cronista! Tenho que o parar antes que ele escreva mais sobre mim, isto é um plágio assumido – comentou Jerome K. Jerome já cansado de ser referenciado pelo autor em questão. - Aquilo até ficou um mimo, havia de ver. Tudo em caixilharia de alumínio, com placa… - Não estou interessado! Pode sair. Depois do engenheiro fechar a porta, Jerome ainda

disse umas últimas palavras dramáticas. - Après que les poètes ont disparu / Leurs chansons courent encore dans les rues… Que raio de música que não me sai da cabeça desde aquela fatídica tarde.

s Espaço do Museu

Inclusão e diversidade nas Jornadas Europeias do Património As Jornadas Europeias do Património (JEP), decorrerão este ano, no período de 24 de setembro a 3 de outubro, sob o tema Património Inclusivo e Diversificado, oferecendo um vasto programa de atividades em todo o país. Depois da edição de 2020, norteada sob o pertinente tema da Educação, este ano é a inclusão que dá o mote às

iniciativas. Reduzir obstáculos físicos, culturais ou sociais que impeçam os cidadãos de aceder à participação cultural faz parte dos objetivos do evento, aliando-se à formação e sensibilização dos participantes. Privilegiam-se ainda as iniciativas que procurem chegar a um público mais diversificado e em particular

aos mais jovens, que se pretende sensibilizar, para o valor do património cultural. De entre as iniciativas, a decorrer por toda a Europa, as entidades que gerem o património dinamizam visitas guiadas a museus e monumentos, oficinas, atividades educativas, palestras, ações multimédia, espetáculos, entre muitas outras atividades que aliam patri-

mónio ao conhecimento e ao bem-estar. As JEP, têm pois, um importante relevo no envolvimento das pessoas em torno do seu património cultural. Em Portugal, é a Direção-Geral do Património Cultural quem faz a mediação, convidando as entidades nacionais e locais a participar nestas jornadas, através da dinamização de diversas ati-

vidades, apoiando-as e partilhando-as através das suas plataformas designadamente o site www.patrimoniocultural.gov.pt. Refira-se que as Jornadas Europeias do Património (JEP) foram criadas em 1991 pelo Conselho da Europa, com o apoio da União Europeia, e são organizadas em mais de 50 países e regiões. O município da Batalha,

através do MCCB, associa-se às comemorações, com um programa a divulgar nas plataformas do município e do museu, apelando à participação de todos. Recorde-se que, até ao final do mês de setembro, as entradas no MCCB são gratuitas. Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Abundância de produção de tomate Neste mês ainda se colhe a abundância das plantas/ sementes lançadas à terra na primavera, e com a iminente chegado do outono, que é sempre época ideal para fazer germinar novas sementes, é também o momento para decidir o que queremos realmente cultivar. Há quem considere setembro um mês de recomeços, principalmente quem está ligado ao universo escolar, mas não só. Este ano poderá ser ainda com mais motivos de recomeços, afinal parece que as restrições

derivadas da pandemia estão a ser aliviadas, e teremos eleições autárquicas, para estas últimas deixo o apelo ao voto. Tantos antes de nós lutaram para que hoje, pudessemos manifestar a nossa opção, que por respeito aos nossos antepassados, considero um dever civico muito importante, o acto de ir votar, domingo dia 26 de setembro é o dia. Mas a politica não é o tema desta crónica, pelo que me vou cingir ao tema do nosso quintal, onde tam-

bém teremos recomeços. Já sabemos que o outono, tal como a primavera, cria as condições ideais para a diversidade das sementeiras, daí ser este o momento ideal para começar a prepará-las e planear. O meu quintal este ano foi um pouco estranho. Aas sementes que lancei acabaram a nascer com outra variedade, que não aquela que cria. No entanto, a abundância de produção de tomate mantem-se e nada o afeta. O quintal parece um jardim, pois, como já referi coloco, e

deixo crescer, diversas plantas para que a natureza fique em equilibrio. Em particular por este ponto, sugiro que nas suas sementeiras e plantações futuras se lembre de dar valor às plantas expontâneas e ao efeito das aromáticas na horta. Hoje deixo-vos a sugestão de realizarem um prato, que para mim sempre me lembra a infância, em que se aproveitam os excessos de tomate da horta. Em casa chamavamos-lhe tomatada com ovos escalfados: azei-

te (cubrir o fundo do tacho), cebola (1 grande ou 2 pequenas), alho (2-3 dentes), louro (1 folha), tomates (pelados e sem sementes), manjericão (a gosto), 1 colher de café de bicarbonato de sódio (para contrariar a acidez do tomate e ajudar a desfazer mais rápido). Com todos os ingredientes, fazer um generoso e lento refogado. No final, quando o tomate já estiver a derreter, abrir e adicionar os ovos escalfados, servir com tostas ou pão torrado - fica delicioso e muito forte.

Hortícolas para semear e/ou plantar ao ar livre: agriões, aipo, acelgas, alface de inverno, alho-francês, bróculos, cenouras, cebolas, cenouras, coentros, couves várias, endívias, espinafres, ervilhas, favas, nabos, nabiças, rabanetes, rúcula, salsa. Jardim, semear: amores-perfeitos, cravos, gipsófilas, calêndulas, miosótis, papoilas. Em bolbo: jacintos, narcisos e tulipas. Na horta posso cultivar bons alimentos e bons sentimentos! Boas colheitas.


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Desporto

Atletas em destaque nas homenagens do Dia do Município m Joana Bagagem e Associação Recreativa Amarense distinguidas com medalhas A Batalha celebrou o Dia do Município a 14 de agosto, tendo sido homenageadas, na sessão solene, personalidades e associações que se distinguiram no último ano. A atleta Joana Bagagem, campeã nacional nos 3.000 metros obstáculos no Campeonato Nacional de Juniores 2021, em representação do Atlético Clube da Batalha, e a Associação Recreativa Amarense,

pela conquista desportiva na 1ª divisão do Campeonato Nacional de Futsal, na época 2020/2021, foram agraciadas com a Medalha Municipal Cultura e Mérito Desportivo – Grau Prata. Os comandantes dos bombeiros Voluntários, Hugo Borges e Fernando Bastos, bem assim o 1º sargento Pedro Sousa, comandante do Posto Territorial da Batalha da GNR, foram distinguidos com igual título. O coordenador e médico da Unidade de Saúde Familiar (USF Condestável), João Paulo Simões, e a ex-diretora do Centro Dis-

p A pandemia ainda condiciou o programa deste ano trital da Segurança Social, Maria do Céu Mendes, foram distinguidas pelo Município da Batalha “pelos relevantes serviços que prestaram aos cidadãos e permanente disponibili-

dade para colaborar com o município, em todos os projetos e apoio nas áreas sociais e da saúde, desenvolvidos em prol da população do concelho”, refere a autarquia.

O secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel, foi também distinguido com louvor municipal “pelo apoio ao desenvolvimento e coesão

territorial e pelo contributo no processo de descentralização, destacando-se o efeito positivo que estas apresentam na qualidade dos serviços e numa resposta mais eficaz aos cidadãos”. Na sua intervenção, o secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regiona l, referiu-se “à elevada taxa de execução de fundos europeus pela Câmara da Batalha, 67% (8,2 milhões de euros), valor bastante acima da média nacional e da região centro”, segundo um comunicado da autarquia.

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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

m Revela estudo promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro O grau de satisfação dos residentes na região Centro aumentou em 2021, com 77,5% dos residentes a considerarem-se globalmente satisfeitos com a sua vida. Esta é uma das conclusões da 7ª edição do Inquérito à Satisfação dos Residentes na região Centro, promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), no âmbito do Barómetro Centro de Portugal. O inquérito mostra que, em 2021, 12,2% dos residentes estão “muito sa-

pxfuel.com

77,5% dos residentes na região Centro estão satisfeitos com a sua vida

p Os resultados mais positivos das sete edições do inquérito tisfeitos”, 65,3% “satisfeitos”, 13,7% “não muito satisfeitos” e 8,8% “nada

satisfeitos”. Face aos anos anteriores, destaca-se o significativo acréscimo

da percentagem de inquiridos “satisfeitos” e o decréscimo expressivo de

inquiridos “não muito satisfeitos”. Estes são os resultados mais positivos das sete edições deste inquérito efetuado para a região Centro, com 77,5% dos residentes globalmente satisfeitos, contra 73,7% em 2019, 72,5% em 2018, 77,1% em 2017, 69,2% em 2015, 58,2% em 2014 e 61,2% em 2013. Este valor é superior à média obtida pelo Eurobarómetro de março de 2021 (inquérito realizado à escala europeia) para Portugal (70%), mas continua aquém da avaliação média dos cidadãos europeus (79%), apesar da tendência de aproximação. Entre os principais motivos de satisfação encontram-se a qualidade de vida e um nível de vida estável (24,5%), ter emprego (20,7%), ter saúde

(19,3%), a vida familiar (18,3%) e gostar do local onde reside (17,3%). Em termos de motivos de insatisfação, os problemas de saúde (29,6%), a remuneração e reformas baixas (27%) e as dif iculdades f inanceiras (27%) são as três principais razões apontadas pelos inquiridos. A solidão (6,6%) e a pandemia Covid-19 (4,6%) aparecem, pela primeira vez, como motivo de insatisfação. O desemprego (2,6%) e as políticas governamentais (2,6%) são outros dos motivos apontados. O estudo “Resultados do Inquérito à Satisfação dos Residentes na Região Centro 2021” ou o Barómetro Centro de Portugal, que podem ser consultados em www.ccdrc. pt, possuem informação adicional sobre este tema.

Bloggers portugueses visitaram atrativos turísticos do concelho Um g r u p o d e s e i s bloggers portugueses visitou os Lugares Património Mundial do Centro de Portugal, de 03 a 05 de setembro. O Roteiro “Património Mundial do Centro” é o ponto de partida, mas não foram esquecidos outros recursos patrimoniais, fundamentais para a reda-

ção de blogues sobre o Centro de Portugal. Os autores dos blogues 365 Dias no Mundo, Wander Life, Gato Vadio-Travel Blog, Sempre entre Viagens, Daniela Santos Araújo, Continuando à Procura, começaram a visita do primeiro dia na Batalha e em Alcobaça, com passagem pela Igre-

ja Matriz e pela Capela de Reguengo do Fetal. Seguiu-se o passeio pedestre do Buraco Roto, uma paragem pelas Pedreiras Históricas do Mosteiro da Batalha, as visitas do Mosteiro de Coz e do Museu do Vinho, intercaladas por um percurso no Parque Verde de Alcobaça (Rio Alcoa, Levada e condu-

ta de água potável do sistema hidráulico do Mosteiro). No segundo dia, os bloggers seguiram para Tomar. Despois de um passeio pedestre na Mata Nacional dos Sete Montes visitaram, de dia, “A Moagem – Fábrica das Artes”, e de noite, o Convento de Cristo. O programa do tercei-

ro dia decorreu em Coimbra. Contou, entre outras paragens, com uma visita acompanhada à Exposição “Judeus de Coimbra | Da tolerância à persegui-

ção | Memórias e materialidades”, bem como, ao Museu Machado Castro, e ainda à exposição “Aeminium | Coimbra, cidade há 2000 anos”.

“Turismo para o Crescimento Inclusivo” A Organização Mundial do Turismo (OMT) designou o Dia Mundial do Turismo de 2021, que se celebra a 27 de setembro, como uma ocasião para a indústria se focar no tema “Turismo para o Crescimento Inclusivo”. Para a OMT, esta é uma “oportunidade de olhar além das estatísticas do turismo e reconhecer que, por trás de cada número, existe uma pessoa”. Neste âmbito, são convidados todos os EstadosMembros, bem como não-membros, agências da ONU, empresas e indivíduos, a celebrar “a capacidade única do turismo de garantir que ninguém é deixado para trás”, numa altura em que o mundo começa a abrir-se novamente e olhar para o futuro depois da pandemia da Covid-19.

p Bloggers portugueses em Tomar e na Batalha


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Necrologia Batalha

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(93 anos) N. 06-07-1928 - F. 24-08-2021 Hortas, Golpilheira AGRADECIMENTO Seus filhos, netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. As boas memórias são os nossos maiores tesouros e ajudam-nos a suportar a dor da perda… Descansa em paz Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

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A fechar

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Nota de pesar por ex-Presidente A Câmara da Batalha emitiu uma “nota de pesar” pelo falecimento, no dia 10 de setembro, do ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, aos 81 anos. O município “enaltece o percurso cívico e político, e o seu papel de relevo na construção da democracia portuguesa”.

SETEMBRO 2021

Mosteiro do Leitão tem uma das “7 Maravilhas da Nova Gastronomia” m Concurso iniciado há alguns meses com 1.147 restaurantes A “Estrela do Mosteiro”, prato da autoria do chefe Bruno Figueiredo, do Mosteiro do Leitão, é uma das “7 Maravilhas da Nova Gastronomia”, tendo sido distinguido categoria “Cozinha molecular. O restaurante da Batalha concorreu com um prato que tem por base o leitão malhado de Alcobaça. Conquistou a preferência do público, derrotando o seu adversário, o “Naco de Novilho DOP da Malhadinha”, de Beja, na mesma categoria.

p O Mosteiro do leitão venceu na categoria “Cozinha Molecular” Após uma maratona de meses para apurar os vencedores do concurso “7 Maravilhas da Nova Gastrono-

mia”, foram anunciados, a 4 de setembro, os pratos ganhadores. Petiscos, pratos vegetaria-

nos e veganos, peixe e marisco, cozinha molecular, carne e doçaria, foram as categorias à prova e a concurso

em mais uma eleição das “7 Maravilhas de Portugal”, iniciativa esta ano dedicada à Nova Gastronomia, com o mote na reinvenção e reinterpretação. Depois do concurso ter iniciado há alguns meses com 1.147 restaurantes concorrentes de todo o território nacional, o júri chegou aos vencedores, anunciando-os numa gala que decorreu em direto no dia 4 de setembro, na RTP 1 e RTP Internacional. Na categoria “Petiscos”, o prato vencedor foi a Tábua de Polvo, (restaurante Batista, em Caminha). Na categoria “Vegetariana”, arrecadou o título o prato Algarve, do

campo à salina, à terra (Praia Verde Boutique Hotel, em Castro Marim). Já na categoria “Vegana” agradou ao júri o Mil-folhas de batata, cantarelos e bolota, cor de tangerina (Guimarães), enquanto que a categoria “Peixe e Marisco” viu a atribuição do prémio entregue aos Rabos de polvo das bruxas (Bem Bô, em Mirandela). Na categoria “Cozinha Molecular” saiu vencedor o prato Veado no bosque (Vila Nova de Cerveira), na categoria “Carne” o prato concorrente Estrela do mosteiro (Mosteiro do Leitão, na Batalha) e, finalmente, na “Doçaria”, as Coininhas (Confeitaria Santa Coina, no Barreiro). Publicidade

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