JORNAL DA BATALHA EDICAO DE NOVEMBRO 2021

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Diretor do mosteiro é o novo presidente da assembleia municipal

| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXXI Nº 376 | NOVEMBRO DE 2021 |

Foto: CMB/Assinatura de contrato para obras no mosteiro

PORTE PAGO

Págs. 4, 5 e 7

Estado do cofre municipal levanta primeira polémica

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Jovem de 19 anos morre em colisão com autocarro

Região pede medidas para travar aumento da energia

Pandemia: mais casos ativos e nova vítima mortal


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novembro 2021

Jornal da Batalha

Espaço Público s A Opinião de André Loureiro Vereador do PSD

Faz o que eu digo mas não faças o que eu faço! 1. O novo presidente da câmara na sua primeira intervenção na posse dos órgãos autárquicos, repetiu o discurso de campanha que nada prometia, mas que iria “falar menos e fazer mais”. No entanto, é notório o esforço em prestar declarações bombásticas quase todos os dias, que é o oposto do tão apregoado espírito conciliador e do político fazedor. Aliás, a semana que passou foi pródiga em acontecimentos que dizem muito sobre a atual liderança da autarquia e sobre o estado de desorientação em que parece encontrar-se. Alguns chamarão a esses acontecimentos “episódios infelizes”. Primeiro anuncia publicamente que a câmara tinha poucos “fundos disponíveis”,

razão pela qual não haveria gastos com o Natal, apoios ao associativismo ou sequer outras despesas com coisas “supérfluas”, como apoiar as mensalidades das creches ou os cadernos escolares. Dias depois, certamente porque alguém lhe explicou que as disponibilidades imediatas do Município da Batalha superam o valor de dois milhões de euros, para além de excelentes indicadores financeiros, a autarquia goza ainda de uma margem de endividamento superior a 13 milhões de euros, por conseguinte já se conhecem novas intenções de investimento. 2. Um bom exemplo da capacidade de iniciativa do nosso município concretiza-se na assinatura

do contrato de cooperação com o Ministério da Cultura para realizar importantes investimentos no Mosteiro da Batalha, um projeto de 1,6 milhões de euros, totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que Câmara da Batalha vai gerir ao nível de intervenções de requalificação e as obras de melhoria da eficácia energética do monumento. Nos próximos tempos muito projetos serão concluídos ou executados e que foram desenvolvidos pelo anterior executivo do PSD, o que é natural e que desejamos ser motivo de consenso por parte dos novos responsáveis autárquicos, porque caso assim não suceda, o município será penalizado com per-

da de verbas comunitárias e com consequências graves para o desenvolvimento do voncelho. A conclusão do novo pavilhão desportivo de São Mamede, a requalificação da antiga escola primária Cândido da Encarnação (para a nova Casa do Mimo), a abertura da creche municipal na Jardoeira, a conclusão da obras de reabilitação do edifício “Casa da Obra” para residência de estudantes (projeto totalmente financiado pelo apoio financeiro IFRRU 2020), a ligação das ciclovias da Batalha a Leiria e Porto de Mós, a ainda os projetos de valorização do percurso da Pia do Urso e da rota das “Pedreiras Históricas”, são tudo intervenções em curso que representam cerca de cinco

milhões de euros de investimento em todo o Concelho da Batalha. 3. Sei bem que o tempo não é para alimentar discussões fúteis e sem qualquer sentido prático sobre que faz melhor, mas seguramente será sempre o tempo para recordar que na vida política não vale tudo, existem princípios básicos de respeito pela vontade das populações que atribuíram cinco maiorias aos executivos liderados pelo PSD, e quem hoje lidera deve ter a responsabilidade de assegurar a continuidade dos projetos e respeitar os adversários. Dizer mal de tudo e todos eternamente, pode ser uma tática política – e há que reconhecer com algum sucesso na nossa ter-

ra -, mas mais para frente, exige-se mesmo que os projetos surjam e a população seja bem servida como merece. Da minha parte, defenderei os meus princípios e valores, com total empenhamento em continuar a defender a nossa terra.

s Baú da Memória José Travaços Santos

José Carreira Madeira Foi um dos últimos artistas-canteiros batalhenses. Educado por um dos irmãos Jorge Ribeiro, o António, que vivia e aí tinha uma oficina na rua de António Cândido da Encarnação, ali nas traseiras da Santa Casa da Misericórdia, começou ao sair da Escola Primária a aprender a tão batalhense arte de esculpir o calcário e desde logo revelou boas aptidões para o ofício. Porque já então o ofício mal dava para viver teve de procurar, aos vinte e tal anos, outra ocupação, a de motorista, onde se manteve até à reforma. Mas o bichinho da escultura da pedra mantinha-se e na refor-

ma recomeçou a criar as tão originais esculturas de calcário, tão expressivas e tão típicas dos nossos Canteiros. Fez, ainda, imensas, doze das quais tive oportunidade de adquirir e que para mim são um verdadeiro tesouro. Quatro das suas peças fazem parte do acervo do Museu Etnográf ico da Alta Estremadura, Casa da Madalena, do Rancho Rosas do Lena, e pelo menos uma está na posse da nossa Câmara Municipal. Curioso é que não só continuou na arte como dela transmitiu os segredos ao seu genro Armando Pinheiro que, felizmente, a continua nas suas horas vagas, reve-

Mas o bichinho da escultura da pedra mantinha-se e na reforma recomeçou a criar as tão originais esculturas de calcário, tão expressivas e tão típicas dos nossos Canteiros

lando extraordinária aptidão, dando assim continuidade a uma das mais expressivas e originais actividades artísticas da Batalha que gostaria que fosse mostrada no nosso Museu ou, de preferência, num segundo museu,

aquele que já aqui referi, dedicado à escultura, à pintura e à fotografia. O José Madeira, meu velho companheiro da Escola, faleceu no mês passado. Os meus mais sentidos pêsames à sua família.


Jornal da Batalha

Espaço Público Opinião

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s A Opinião de António Lucas Ex-presidente do Município da Batalha

Eleições legislativas Muito recentemente tivemos eleições autárquicas, não sendo muito expectável nesse momento que, quatro meses volvidos, fossemos novamente chamados às mesas de voto, desta feita para elegermos nova Assembleia da Republica, da qual sairá um novo governo da Republica. Segundo as sondagens (será que podemos acreditar nelas?), o cenário político do país continuará semelhante ao que temos hoje, com pequenas (ou grandes) alterações, mormente no peso eleitoral dos pequenos partidos, com um ou outro a crescerem e um ou outro a quase desaparecer.

Independentemente de quem ganhará e de quem perderá, importante mesmo é a nossa participação cívica, não deixando para terceiros e para a abstenção os nossos direitos e as nossas responsabilidades. No que toca aos níveis elevadíssimos de abstenção, é claro que os grandes culpados são os partidos políticos, que se têm vindo a pôr a jeito, com guerrilhas internas pelo poder e pelos tachos que levam a uma enorme desmotivação dos eleitores e a sua ausência cada vez maior, das mesas de voto. E apesar deste indicador, ter vindo, paulatinamente, ao longo dos anos a crescer, os partidos e os

seus membros, não aprendem, não mudam de estratégia, mantendo muitas vezes uma enorme falta de respeito pelos eleitores, com consequências graves no modelo de governação existente, que apesar de não ótimo, é o menos mau de todos os conhecidos. Porquê? Porque os outros são ditaduras. Os exemplos que PSD e CDS estão a dar, neste período de campanha para eleições internas, não abona nada a democracia. Mas o mesmo já aconteceu também com o PS, noutros ciclos políticos. Neste enquadramento, ou os partidos políticos,

passam a fazer mais política e menos politiquice, ou então, admirem-se com o crescimento exponencial previsível do Chega e de outros que tais. Está mais do que provado, que Portugal é um país cuja larga maioria da população gravita politicamente no centro, entre PSD e PS, no fundo, em torno da social democracia, que mais não é do que um modelo social que assenta numa iniciativa privada forte, capaz de respeitar todos os atores e capaz de gerar riqueza suficiente para que todos possam ter uma vida digna. Porque não tenhamos ilusões, quem gera a riqueza para que o Estado

possa distribuir bem, com racionalidade e equidade por todos, mais não são do que os cidadãos individualmente e as empresas. O Estado em si, não gera riqueza, o Estado gere a riqueza que os cidadãos produzem. E assim sendo, precisamos de um Estado forte, democrático, respeitador dos cidadãos, de todos os cidadãos, da capacidade individual de cada um de nós, e bem gerido, muito bem gerido. Entre deixa rmos em mãos alheias a escolha da nova Assembleia da República, ou assumirmos os nossos direitos e deveres, será sempre melhor não deitarmos fora esses

direitos, ficando em casa ausentando-nos das mesas de voto no final de janeiro de 2022. A democracia precisa de todos.

s A Opinião de Dário Florindo Coordenador Financeiro do Núcleo Territorial de Leiria da Iniciativa Liberal

Aceitar e calar? Ser político é assumir um compromisso de administrar com rigor o bem público, é ser o representante e voz da vontade de um povo, é agir com respeito e integridade. Ser político é ter orgulho em ser eleito entre os demais, é um mandato de confiança! Ser político é além disto tudo, saber ganhar e perder e reconhecer que não somos insubstituíveis. Na Batalha, assim como no nosso país, há cada vez mais, indivíduos que se chamam de “políticos”, mas nada mais são do que simplesmente “homens do seu oficio” na defesa dos seus interesses pessoais, que na primeira oportunidade esquecem a responsabilidade que lhes foi atribuída e deixam os seus

cargos no caminho de outros mais apetecíveis. Neste sentido, achei cu rioso e depri mente (para não expressar aqui outros sentimentos), uma parte do ato da tomada de posse dos eleitos para os diversos órgãos do Município da Batalha. Depois de afirmar repetidamente, que iria assumir o cargo de vereador da oposição – e alguns jornais da região até usam a expressão «deixa a certeza de que assumirá o papel de líder da oposição» -, o ex-presidente do município (e repito, em plena tomada de posse) afirmou, perante os políticos eleitos, a sua intenção de se demitir do cargo. Já houve governos curtos na História de Portugal, mas este chega ao ridícu-

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 856 A) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, André Loureiro, António Caseiro, António Lucas,

lo. E ficamos recentemente a saber que, a convite do Dr. Gonçalo Lopes – Presidente da CM Leiria, que a intenção de demissão do vereador da oposição do PSD da Batalha vinha com o apetecível cargo de secretariado executivo da CIM da Região de Leiria onde “será responsável pelos fundos comunitários e o planeamento regional”. Sou assaltado por múltiplas questões… Não duvido aqui da bondade das intenções quer de quem convida e de quem é convidado, mas importa questionar: que país estamos a construir? Qual foi a estratégia e os resultados para a região nos últimos 10 anos? É expectável que mude realmente alguma coisa por

Augusto Neves, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

causa do PRR? E os Batalhenses? Portugal é um país pobre, em recursos (e espírito), que continua sucessivamente de mão estendida a fundos comunitários. Não está na hora de mudar? Não desfazendo o mérito, como é que continuamos a aceitar e calar os convites e nomeações para cargos que merecem um pendor técnico, baseados na excelência do planeamento do território? As CIM são organismos de gestão integrada do território de uma região ou a ideia é tornarem-se refugiu de “políticos”? Em cargos de nomeação, cujo a remuneração é igual a 45 % da remuneração base do Presidente da República, ou seja aprox. 3050 eu-

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

ros brutos (Artigo 97.º, Lei n.º 75/2013), espera-se um pouco mais: uma explicação do perfil técnico do candidato na demonstração do mérito para o desempenho das funções. Quantos jovens, que por não terem cartão partidário, têm saído deste País ao verem o seu futuro e o seu vencimento hipotecado por impostos sufocantes que os fazem duvidar do seu esforço e mérito. Talvez enquanto jovem e eterno sonhador de um país mais justo e prospero, tenha participado nas últimas eleições com a missão de conseguir dar esperança a outros, que como eu, querem mais do seu país e dos seus eleitos. A outros que como eu, querem um salário que não seja

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares

assaltado por impostos e possam ver o seu sucesso ser reconhecido. A outros que como eu, gostavam de acreditar que o PRR servia para levar o país na transformação de um território mais rico, com empresas capitalizadas e capazes de competir internacionalmente sem se verem sufocadas pelos impostos e custos de oportunidade.

Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.

O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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Jornal da Batalha

Atualidade

m Raul Castro aposta no desenvolvimento industrial e na melhoria das condições de vida das pessoas, considernado que “tem de haver outra vida para além do mosteiro” O presidente da Câmara da Batalha, Raul Castro, está preocupado com o estado das finanças do município, quer rever o PDM e considera que “tem de haver outra vida para além do mosteiro”, no que respeita ao turismo e à cultura. Em entrevistas que concedeu este mês aos dois semanários editados em Leiria, garantiu ainda que pretende criar condições para a fixação de empresas e pessoas. Raul Castro refere ao Jornal de Leiria que encontrou “alguma desorganização” e a área financeira “com alguns problemas”. “Ainda estamos a tatear. Vamos ver o resultado final. Têm surgido algumas pessoas que reclamam ónus financeiros. Também queremos fazer uma auditoria externa. Não há nada a recear, mas quero saber o que é que efetivamente existe, para depois sabermos o que é que temos de assumir”, explicou. Questionado sobre se “há dinheiro na Câmara da Batalha, para além de salários e outras despesas correntes”, respondeu: “Não há. A câmara não tem dinheiro. Começa a ser sina minha entrar sempre com problemas para resolver [n.r.: como aconteceu na câmara de Leiria quando assumiu o primeiro mandato]”. O presidente da câmara municipal referiu ainda a necessidade de “rever-

Foto: Região de Leiria

Presidente afirma que a câmara não tem dinheiro e quer alterar o PDM rapidamente

p Raúl Castro regressa à liderança dos destinos do concelho ter rapidamente algumas coisas, como o Plano Diretor Municipal [PDM]”. “A maior parte das pessoas foram lesadas nos seus interesses materiais e pessoais, com o facto do PDM aprovado em 2015 ter praticamente eliminado mais de 50% da área urbana disponível”, frisou na entrevista ao Jornal de Leiria. “Temos muita procura de empresas que querem vir e temos também de olhar para a parte residencial, porque trazer empresas sem cuidar de ter alojamento para os trabalhadores também não é nada bom. Há que desenvolver as duas situações: zonas industriais e zonas residenciais”, adiantou. Noutra área, referiu que “uma parte do concelho não tem saneamento” e “há sistemas de abastecimento de água com 60 anos”. “Isto

A câmara não tem dinheiro. Começa a ser sina minha entrar sempre com problemas para resolver

tem que ser objeto de avaliação. É preciso arranjar os meios para poder fazer essas obras”, disse, considerando, por outro lado, que “o desenvolvimento das zonas industriais é absolutamente necessário”. Na sua opinião, “a Batalha não pode ser só o mosteiro”. “Na pandemia tivemos a prova que o turismo praticamente desapareceu. Tem de haver outra vida para além do mosteiro. Há potencial para outras coisas. Estamos a estudar como é que podemos aproveitar as nossas quatro freguesias e todas elas têm

condições para proporcionar boa vida às pessoas. Todas elas têm condições para ter indústria”, referiu. “Tenciono fazer parcerias, até porque sentimos que a população está disponível para isso, e assim talvez consigamos obter resultados. Estamos a ter muita adesão no sector empresarial, nas associações, instituições de solidariedade, para que possamos também ajudá-los a desenvolver e, acima de tudo, provocar aquilo que é essencial: desenvolvimento”, destacou na entrevista ao Jornal de Leiria.

Na sua perspetiva, “esta terra tinha todas as condições para servir de pivô, assumindo um projeto, mas não é”. “Vamos querer fazer isso. A desmaterialização do município vai servir de exemplo a muitos outros. Queremos acabar com o papel. Ganhamos com isso mais transparência e mais celeridade, que é aquilo que as pessoas muito se queixam dos serviços públicos, que são pesados, burocráticos e demoram muito tempo a responder”, aponta Raul Castro. Na entrevista ao Região de Leiria, Raul Castro também assumiu estar “muito preocupado” com as finanças da autarquia. “Até ao final do ano, para despesa corrente, só tem 52 mil euros”, o que pode comprometer, por exemplo, uma celebração

do Natal que traga “muita gente” à vila, referiu. Sobre a alteração do PDM, adiantou que o objetivo é contrariar a situação que “estagnou o concelho nos últimos anos” e assim evitar uma “rutura social”. Como disse ao longo da campanha eleitoral, em que liderou o “Movimento Independente Batalha é de Todos”, garante uma política “de porta aberta, não só para os munícipes, como para os funcionários da autarquia, sem posições ditatoriais”. A conclusão da rede de saneamento, a renovação das redes de água, a limpeza e reabilitação das margens do Lena e o incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte, porque “a Batalha é plana”, são outros dos objetivos do seu mandato.


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Atualidade Batalha

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Vice-presidente acumula área financeira e fundos comunitários m A área financeira e da contratação pública, os fundos comunitários, os recursos humanos, a educação e o apoio às empresas são os pelouros assumidos pelo vice-presidente, Carlos Monteiro O presidente da Câmara da Batalha, Raul Castro, anunciou no dia 22 de outubro a atribuição de pelouros à equipa de vereadores eleitos nas últimas eleições autárquicas pelo “Movimento Independente Batalha é de Todos”. Sob a gestão do presidente ficarão as obras municipais e o ordenamento do território, a proteção civil, a auditoria e controle de gestão e a saúde. Fica ainda com a responsabili-

dade da proteção de saúde animal e a intervenção sanitária, o mmbiente e a comunicação. A área financeira e da contratação pública, os fundos comunitários, os recursos humanos, a educação e o apoio às empresas são os pelouros assumidos pelo vice-presidente, Carlos Monteiro. À vereadora Mónica Cardoso estão confiadas as áreas da cultura, biblioteca e museu, arquivo histórico, a defesa do consumidor, o apoio jurídico o desporto e os tempos livres. As áreas da ação e desenvolvimento social, a rede social, a juventude, a rede social e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens serão assumidas pela vereadora Maribela Vieira que exercerá o mandato em regime de meio tempo.

p Vereadores (Paulo Batista Santos renunciou) e o presidente da assembleia municipal Na distribuição de pelouros, o presidente da Câmara da Batalha disse que a equipa que lidera “merece total confiança e que está fortemente empenha-

da em contribuir para alterar o paradigma da governação da câmara municipal”. O autarca destacou que “a proximidade e a dispo-

nibilidade para com os munícipes serão os princípios que nortearão a postura deste executivo”. “Ao iniciar o nosso trabalho temos uma forte ambição em

concretizar a estratégia de desenvolvimento para o Concelho da Batalha com que nos apresentámos aos eleitores”, concluiu Raul Castro.


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Batalha Autárquicas 2021

Jornal da Batalha

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Diretor do mosteiro é o novo presidente da assembleia municipal

p Joaquim Ruivo, ao centro, com os outros eleitos da sua lista

m Eleito nas listas do “Movimento Independente Batalha é de Todos”. A tomada de posse dos eleitos autárquicos para o mandato 2021/2025 decorreu a 16 de outubro A notícia sobre os resultados das eleições autárquicas, publicada pelo Jornal da Batalha na edição de outubro, pecava por conter dois erros: não publicava os resultados das assembleias de freguesia, nem explicitava quem era o novo presidente da assembleia municipal, que é Joaquim Ruivo (“Movimento Independente Batalha é de Todos”), também diretor do Mosteiro da Batalha. Assim, registe-se que no dia 16 de outubro decorreu a tomada de posse dos eleitos autárquicos para o mandato 2021/2025 da assembleia municipal. Os eleitos na lista liderada por Joaquim Ruivo são Armando Pedro Pinheiro Rosa, Célia Maria Lopes dos Santos Murta Cadima, José Moreira Filipe, Elsa Maria Martins Libânio, Otávio Carvalho Vilaça, Telmo Alexandre Henriques Ferreira, Lina Isabel dos Santos Oliveira e Valter Mendes Cardoso. Currículo de Joaquim Ruivo/Experiência profissional: diretor do Mosteiro da Batalha, desde 2013. Professor de História, na

Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria. Professor de História no atual Agrupamento de Escolas da Batalha, até 2009. 1.º Presidente da Assembleia Geral da Escola Secundária da Batalha. Membro do conselho diretivo da Escola Secundária da Batalha. Orientador do Núcleo de Estágio de História da Escola Secundária da Batalha. Educação e formação: Licenciatura em História, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra-Pós-Graduação em “Dinâmicas Religiosas no Mundo Contemporâneo”, Instituto de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa. Formador de professores, pelo Conselho Científico-Pedagógico de Formação Contínua de Professores. Formador certificado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional. Avaliador Externo da Agência Nacional de Qualificação. Outros cargos e funções diretivas: presidente de direção do Centro de Património da Estremadura – CEPAE, 2006-2013. Membro da Direção da Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura – ADAE, 2006-2013. Vice-presidente e presidente da Assembleia-Geral da Amnistia Internacional – Portugal, 2008-2011. Membro da direção do Orfeão de Leiria e da coordenação executiva do Festival “Música em Leiria”, 2002-2004.

Resultados Autárquicas 2021 Assembleia de Freguesia de São Mamede 2021 Lista PPD/PSD BTMI CDS-PP EM BRANCO NULOS

% 63,06 24,27 8,41

Votos 1260 485 168

2,65 1,6

53 32

2017 Presidentes 1 0 0

Mandatos 7 2 0

Lista PPD/PSD

% 75,64

Votos 1528

Presidentes

CDS-PP

16,98

343

0

4,11 3,27

83 66

% 51,08 28,34 12,45

Votos 566 314 138

4,87 3,25

54 36

Votantes 61,59% EM BRANCO (1.998 votantes em 3.244 inscritos) NULOS

1

Mandatos 8 1

Votantes 59,46% (2.020 votantes em 3.397 inscritos)

Assembleia de Freguesia do Reguengo do Fetal 2021 Lista BTMI PPD/PSD CDS-PP EM BRANCO NULOS

% 49,11 35,33 10,23

Votos 581 418 121

2,96 2,37

35 28

2017 Presidentes 1 0 0

Mandatos 5 3 1

Votantes 62,53% (1.183 votantes em 1.892 inscritos)

Lista PPD/PSD PS CDS-PP EM BRANCO NULOS

Presidentes 1

0 0

Mandatos 5 3 1

Votantes 56,04% (1.108 votantes em 1.977 inscritos)

Assembleia de Freguesia da Batalha 2021 Lista BTMI PPD/PSD CH CDS-PP SCB PCP-PEV EM BRANCO NULOS

% 41,42 38,98 5,16 4,12 3,86 1,79

Votos 1919 1806 239 191 179 83

2,94 1,73

136 80

2017 Presidentes 1 0 0 0 0 0

Mandatos 7 6 0 0 0 0

Votantes 61,49% (4.633 votantes em 7.534 inscritos)

Lista PPD/PSD PS SIM CDS-PP PCP-PEV

EM BRANCO NULOS

% 45,72 17,6 14,43 9,26 3,55

Votos 1857 715 586 376 144

5,64 3,82

229 155

Presidentes 1 0 0 0 0

Mandatos 7 3 2 1 0

Votantes 54,56% (4.062 votantes em 7.445 inscritos)

Assembleia de Freguesia da Golpilheira 2021 Lista BTMI PPD/PSD CDS-PP EM BRANCO NULOS

% 50,16 38,81 7,53

Votos 473 366 71

1,91 1,59

18 15

2017 Presidentes 1 0 0

Mandatos 5 4 0

Votantes 71,49% (943 votantes em 1.319 inscritos)

Lista PS PPD/PSD CDS-PP EM BRANCO NULOS

% 43,81 35,87 13,05

Votos 386 316 115

3,41 3,86

30 34

Presidentes 1

0 0

Mandatos 4 4 1

Votantes 65,99% (881 votantes em 1.335 inscritos)


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Atualidade Batalha

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PSD nega que a autarquia tenha problemas financeiros m Os vereadores do PSD “rejeitam perentoriamente as insinuações” do presidente da câmara municipal, que “convidam a concentrar-se na governação e nos projetos essenciais para o futuro do concelho” Os vereadores do PSD na Câmara da Batalha emitiram um comunicado considerando que “a insinuação” do presidente do município sobre “algumas dificuldades financeiras, não corresponde à verdade”, “procura enganar os cidadãos e instituições locais, e revela um desconhecimento, ou má-fé, incompreensíveis na gestão de uma autarquia”. “Os relatórios financeiros e diário de tesouraria

p O Município não tem problemas financeiros, segundo o PSD de 14 de outubro de 2021, último dia de governação do anterior executivo, apontam um valor global de dois milhões de euros

de disponibilidades em depósitos bancários e caixa, bem assim uma capacidade de endividamento de 13 milhões de euros”, referem

os vereadores social-democratas. No final do terceiro trimestre de 2021, a Câmara da Batalha apresentava

uma situação financeira “globalmente equilibrada”, com a garantia do “cumprimento dos limites legais de endividamento, regras de equilíbrio orçamental e determinação dos fundos disponíveis”, conforme consta na última informação financeira do auditor externo, segundo o comunicado. No seu relatório do 1º semestre de 2021, remetido à assembleia municipal, refere que “a autarquia dispõe de condições financeiras para cumprir a suas obrigações financeiras, tanto mais que os indicadores demonstram uma melhoria da tesouraria do município”. Os compromissos da autarquia ao nível de endividamento bancário “apenas representavam um valor global de 1,876 milhões de euros a 30 de setembro,

valor inferior à disponibilidade de caixa e bancos na mesma data, o que significa que a totalidade da dívida se encontra coberta por depósitos bancários. Os demais passivos, de 1,5 milhões de euros, são essencialmente depósitos de caução correspondentes a 10% do valor das empreitadas”, refere o comunicado. Neste contexto, os vereadores do PSD “rejeitam perentoriamente as insinuações de dificuldades financeiras por parte da autarquia; pelo contrário, o município encontra-se no leque dos municípios portugueses com melhor autonomia financeira (89,4% - relatório do auditor do 1º semestre de 2021), pelo que convida o atual presidente da câmara a concentrar-se na governação e nos projetos essenciais para o futuro do Concelho da Batalha”.


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Pandemia

Número de ativos no concelho triplicou e faleceu mais uma pessoa m A Batalha apresenta 33 casos ativos (eram 11), havendo sete concelhos do distrito com números inferiores O número de pessoas falecidas no concelho da Batalha com Covid-19 aumentou para 21 no último mês, segundo o boletim sobre a pandemia divulgado, a 12 de novembro, pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria. No distrito de Leiria já não há concelhos sem registo de falecimentos, apresentando Castanheira de Pera (5) Pedrógão Grande (6), Figueiró dos Vinhos (21) e a Batalha os números mais baixos. No caso da Batalha, há ainda a registar a morte de um cidadão natural do município, mas residente no distrito de Aveiro. O concelho de Leiria apresenta o maior número de vítimas mortais (174), seguindo-se Caldas da Rainha (127) e Pombal (109). No que respeita aos casos ativos, a Batalha apresenta 33 (eram 11), havendo sete concelhos com números inferiores. O município de Leiria concentra 333 situações, seguindo-se Caldas da Rainha (103) e Marinha Grande (76). Desde o início da pandemia, registaram-se 1.125 infetados confirmados no Concelho da Batalha. Os municípios de Castanheira de Pera (187), Pedrógão Grande (286) e Figueiró dos Vinhos (483) são os menos afetados. Pelo contrário, Leiria (10.237), Pombal (4.133) e Alcobaça (4.041) apresentam o maior número de pessoas infetadas desde março de 2020. CIMRL recebe 22 mil euros A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria

(CIMRL), que “encetou um conjunto de medidas para fazer face” à pandemia, viu agora aprovado um financiamento de 22 mil euros para pagamento de despesas. “Portugal recebeu financiamento no âmbito do Fundo de Solidariedade da União Europeia (FSUE), tendo a CIMRL apresentado uma candidatura com algumas despesas, as consideradas elegíveis a comparticipação (entre março e setembro de 2020), e viu agora aprovado um financiamento de 22 mil euros”, explica em comunicado. “La mentavelmente a CIMRL tem outras despesas realizadas num montante superior a 137 mil euros, mas que por serem posteriores a setembro de 2020, não foram incluídas na candidatura, nomeadamente: despesas com a EAR (Estrutura de Apoio de Retaguarda para acolher pessoas infetadas com SARS-CoV-2); despesas realizadas com o projeto Valor 19 do ACES Pinhal Litoral; e despesas com diversos equipamentos de proteção individual, testes PCR e testes rápidos (antigénio) também disponibilizados aos municípios associados”, adianta. A CIMRL “entendeu que a melhor e mais eficaz forma de combate a este flagelo era a união de esforços, pelo que, sempre que possível e viável, efetuou um conjunto de aquisições para os municípios (diverso tipo de material e equipamentos de proteção individual, de desinfeção e outro e a realização de várias campanhas de sensibilização de combate ao vírus Covid 19”. Segundo o comunicado, “com a realização destas despesas, a CIMRL no seu

p Registaram-se até agora 1.125 infetados no concelho

Casos da doença confirmados no distrito Município

Casos confirmados

Leiria Caldas da Rainha Marinha Grande Alcobaça Pombal Peniche Nazaré Porto de Mós Batalha Óbidos Figueiró Vinhos Ansião Castanheira Pêra Bombarral Pedrógão Grande Alvaiázere Total

Recuperados

10 234 3 803 2 736 4 041 4 133 2 524 1 226 1 922 1 125 794 483 1 258 187 777 286 507 34 643

Casos ativos

9 727 3 573 2 612 3 888 3 968 2 418 1 156 1 846 1 071 735 452 1 214 175 748 274 483 33 387

Falecimentos

333 103 76 70 56 55 48 35 33 10 10 9 7 6 6 2 426

174 127 48 83 109 51 22 41 21 49 21 35 5 23 6 22 830

Fonte: Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria, municípios e autoridades de saúde / Região de Leiria (12 de novembro)

território de intervenção conseguiu conter e limitar a pandemia da doença Covid-19 bem como reduzir os seus efeitos colaterais”. “Consciente da necessidade de atuar desde logo na linha da frente no combate à pandemia junto da população”, A CIMRL atuou “numa estreita parceria entre os municípios associa-

dos e ainda com os ACES Pinhal Interior Norte e Pinhal Litoral e a Segurança Social de Leiria”, conclui. Está a aumentar O nosso país pode ultrapassar até meados de dezembro os 240 casos de infeção a 14 dias por 100 mil habitantes, segundo estimavam no dia 12 de novem-

bro as “linhas vermelhas” da pandemia de Covid-19. “O Rt (índice de transmissibilidade) apresenta um valor igual ou superior a 1, indicando uma tendência crescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2 a nível nacional (1,15) e em todas as regiões”, adianta a análise de risco da pandemia.

Segundo o relatório semanal da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a manter-se esta taxa de crescimento a nível nacional, “estima-se que o limiar de 240 casos em 14 dias por 100 mil habitantes possa ser ultrapassado em 15 a 30 dias”.


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Jovem do Reguengo do Fetal morre em colisão entre ligeiro e autocarro Foto: Vida de Bombeiro

m João Pires, de 19 anos, era o único ocupante da viatura ligeira. O óbito foi confirmado no local Um acidente entre um veículo ligeiro e um autocarro provocou no dia 24 de outubro a morte a João Pires, de 19 anos, da freguesia de Reguengo do Fetal, e 15 feridos ligeiros, no Itinerário Complementar 2 (IC2), em Canoeira, no Concelho da Batalha. Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Leiria, foi dado o alerta às 17h11 e vítima mortal era o único ocupante da viatura ligeira. O óbito foi confirmado no local. Os feridos seguiam no autocarro, sendo 13 italianos de um grupo com

p João Pires era o único ocupante do ligeiro idades entre 60 e 70 anos, em viagem de turismo, o motorista e a guia turística, estes de nacionalidade portuguesa. O autocarro transportava mais 21 passageiros que não sofreram quaisquer ferimentos. Para responder à ocor-

rência foram mobilizados 47 operacionais da GNR, INEM e corporações de bombeiros da Batalha e concelhos vizinhos, apoiados por 21 veículos. No dia 26 de outubro, União Desportiva da Batalha comunicou “com enor-

me pesar o falecimento do nosso ex-atleta João Pires; um menino que cresceu no seio da UDB, com mais de 11 anos como jogador e colaborador. Um menino humilde, sempre pronto a ajudar em todas as atividades do clube e com um sor-

riso que contagiava qualquer um”. “O nosso menino, que se tornou um homem, que tanto amou e ama o nosso clube, partiu no passado domingo, mas nós nunca nos esqueceremos do nosso João. Aos familiares e

amigos a UDB apresenta as condolências neste duro momento, estando disponíveis para colaborar em qualquer situação. Os campeões são eternos!”, lê-se no comunicado. No 28 de outubro, no campo de futebol sintético da Batalha, “palco de muitas alegrias do nosso João”, a UDB promoveu “uma pequena homenagem ao nosso grande amigo João Pires”. O Departamento de Engenharia Civil – IPLeiria partilhou “com imenso pesar” a notícia do falecimento “do colega João São Miguel Pires do TeSP em Construção Civil”. A Casa do Povo Reguengo do Fetal também se referiu “à notícia muito triste, desejando que o João seja sempre uma estrela de coragem e amor na vossa vida”. O jovem era natural de Rio Seco.

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s Tesouros da Música Portuguesa João Pedro Matos

Um disco capaz de quebrar o tédio O tédio (a melancolia ou a tristeza pensativa) foi representado pelo poeta francês Charles Baudelaire através do termo Spleen. Nos seus poemas reunidos sob o título Leus Fleurs du Mal, podemos encontrar os conceitos de Spleen e de Ideal: à semelhança de Antero de Quental, também em Baudelaire o Ideal, quase sempre inatingível, é obscurecido pelo vazio do tédio, uma espécie de sombra que devora o sonho. Ora, quando os Rádio Macau em 1986 decidiram chamar Spleen ao seu álbum mais conseguido, fizeram-no com plena consciência do que este termo significava, ao ponto de citarem a obra do poeta francês, designando a parte de Spleen e Ideal intitulada O Gato. A verdade é que a poesia e a obra poética de grandes vultos universais nunca foi estranha aos Rádio Macau: na sua génese, esteve a influência dos poetas da chamada Beat Generation, tais como William Burroughs, Allen Ginsberg ou Jack Kerouac. Precisamente, o segundo tema do álbum menciona William Burroughs. Mas

também podemos encontrar referências a obras de Filosofia (é preciso não esquecer que Xana estudou

Filosofia) ou ao próprio cinema: o quarto tema do álbum, Lua Assassina, tem presente o universo dos filmes de série B e, mais concretamente, o cinema policial. Para além das letras, da autoria de Pedro Malaquias e de Vitinha, Spleen vale desde logo pela produção arrojada a cargo de Carlos Maria Trindade, na

altura teclista dos Heróis do Mar e que, mais tarde, viria a integrar os Madredeus. Carlos Maria Trin-

dade produziria também Circo de Feras, dos Xutos e Pontapés e os dois primeiros álbuns dos Delfins. Neste disco, descobrimos arranjos sofisticados, como são os arranjos para o violino de Fernando Galazans, ou para o violoncelo de João Murcho na faixa de abertura, intitulada Há Dias Assim; ou os arranjos para piano e cravo

de Luís Filipe Valentim na faixa que dá nome ao disco, Spleen. Aliás, o disco contém dois pequenos instru-

mentais que são duas autênticas pérolas: Spleen Nº 2 e Spleen Nº 3; o primeiro, um solo de piano de Luís Filipe Valentim e, o segundo, uma composição da autoria de Flak que conta com os sintetizadores de Carlos Maria Trindade. Mas, quem foram os Rádio Macau? Na sua formação entrava Xana, como vocalista, se bem que no

início da banda era Vitinha quem cantava; entrava ainda Flak, na guitarra, Filipe Valentim, nos teclados, Alex, no baixo, Ricardo Frutuoso, também em guitarra e Samuel Palitos, na bateria. Editaram em 1984 o seu primeiro álbum, com o nome de Rádio Macau. Neste disco, a canção Bom Dia Lisboa destacou-se rapidamente e tornou-se um êxito na rádio. Sucedeu-lhe, dois anos depois, o álbum Spleen e, em 1987, O Elevador da Glória. Este tornou-se o seu disco mais vendido, muito graças à canção O Anzol, a qual se aproximava perigosamente do som pop-rock da banda britânica The Cure. A mesma sonoridade continuou a ser explorada em O Rapaz do Trapézio Voador, álbum datado de 1989, antes de haver uma evolução da sua música, evolução presente em A Marca Amarela de 1992. Mais uma vez, o grupo procurou inspiração na poesia dos grandes autores, agora tendo como referência Alexandre O’ Neill. A Marca Amarela utiliza também gravações de músicas tradicionais do mundo, como em O Buda Za-

rolho, onde é usada uma gravação da Raga Sindhi Bhairavi. Destacam-se ainda as faixas Logo se Vê e O Hábito Faz o Monstro, esta última porque recebeu honras de intensa divulgação radiofónica. Seguiu-se um interregno de quase oito anos, antes da edição em 2000 de Onde o Tempo Faz a Curva. Contudo, os músicos que integravam a formação dos Rádio Macau já estavam envolvidos nas suas próprias carreiras a solo e faltava tempo e, certamente, disposição para recomeçar um projeto que já havia conhecido o seu apogeu. Portanto, ficaram na memória os discos lançados na década de oitenta do século passado e, em especial, Spleen, discos que constituem um valioso espólio dessa década.

s Crónicas do Passado Francisco Oliveira Simões

Cidade pouco serena Depois de tanto tempo fechado, como um monge copista, na minha casa a ler e a escrever incessantemente, voltei a viajar. Por estes dias vivo na sereníssima cidade de Veneza, convivendo com o grifo, que protege estes canais e passa o tempo a folhear um livro pesado e extenso (nunca compreendi quanto daquela obra magnifica o nosso amigo grifo realmente leu). Para além de visitar os monumentos, as incontáveis pontes e museus venezianos, que são de cortar a respiração, ainda trabalho no museu Peggy Guggenheim Col-

lection, que se situa no Palazzo Venier dei Leoni. Todos os dias convivo com Pablo Picasso, Wassily Kandinsky, Salvador Dali ou Marcel Duchamp, que fazem sempre questão de dar dois dedos de conversa e convencer-me a ser pintor, apesar de eu responder que apenas sou escritor e historiador. A Peggy Guggenheim era amiga intima de todos estes artistas, por isso, não é de estranhar que se sintam em casa no palácio da famosa colecionadora. Max Ernst dá grandes passeatas pelo jardim, mas os visitantes nem se apercebem do vulto artístico que

têm diante deles. Numa destas tardes fui beber um spritz com o Jorge Luis Borges no seu Caffè Florian. Ele tinha ido visitar o museu e parou diante da imagem do quadro Janelas Abertas Simultaneamente 1ª Parte, 2º Motivo, de Robert Delaunay, de 1912. - Conheceu o Delaunay? – perguntou-me Borges. - Sim, quando ele e a Sonia Delaunay estavam a viver em Portugal foram-me apresentados pelo meu amigo Amadeo. - Então lembra-se o que ele lhe contou sobre este quadro, com certeza. - Na verdade não, mas pelo que investiguei é uma

Historiador

alusão à Torre Eiffel e ao fascínio pela modernidade. - O mesmo que descrevo no meu conto sobre o planeta Tlön? - De certa maneira, sim – respondi espantado. Nos incomensuráveis salões do Palazzo Ducale, na Praça de São Marcos, fui recebido pelo Doge Francesco Morosini, que dizia não poder estar presente, porque tinha deixado este mundo em 1694. - Sua Excelência, os caprichos de um historiador e leitor são infinitos – afirmei em resposta. - Desta vez, aceito as tuas explicações, porque

vejo que o meu bem-amado gato gosta de ti. O gato predi leto do Doge deitava-se perto de mim a ronronar, dando o seu voto de confiança. Se parece que o tempo se emaranha nas linhas de Clio, é porque Veneza não tem era, nem espaço. A cidade parou na Idade Média e no Renascimento, as ruas labirínticas convidam à desorientação e tudo parece cristalizado no tempo. À tarde almoço uma pasta com Tintoretto, na Accademia, e à noite bebo prosecco com Joseph Brodsky. Tudo é possível em Veneza.

As gondolas continuam o seu percurso há séculos nesta ilha, que mantém a forma de peixe e nada para fora da realidade. Esse é o destino desta Atlântida fundada à 1600 anos.


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Quinta do Escuteiro faz 35 anos e aposta na preservação ambiental m O projeto “A tua árvore na QE” que teve início a 28 de outubro, terá continuidade até março de 2022 As comemorações do 35º aniversário da Quinta do Escuteiro, Centro Escutista da região de Leiria-Fátima, começaram no dia 23 de outubro, com a bênção das árvores que cinco dias depois foram plantadas no âmbito da iniciativa “A tua árvore na QE”. Para a anfitriã deste evento, Daniela Casimiro, diretora do Centro Escutista, “este espaço, se tratado e acarinhado, será sempre um espaço natural, ideal para a vivência do escutismo e que proporciona muitos momentos de felicidade”. A responsável agradeceu a presença de

p Comemorações incluem plantação de árvores todos, em nome da Junta Regional de Leiria-Fátima, da equipa da Quinta do Escuteiro e da equipa Pica-Pau, como é conhecido o staff do centro. Na cerimónia, Vítor Tavares, antigo escuteiro e membro da comissão de

honra destas comemorações, não podendo estar presente, enviou o seu contributo por escrito, onde refere que a região, “em 1986 ansiava por um local onde pudessem fazer atividades e receber escuteiros de outros países. Era uma mais

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ALOJAMENTO LOCAL

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt

valia e uma necessidade”. Sérgio Mouta, do SNAS, definiu a Quinta do Escuteiro como um campo de “referência para todos os campos escutistas em Portugal e para a vivência do escutismo, porque congregou à sua volta tudo o que é o âmago do es-

cutismo” e “põe em campo todos os programas pedagógicos e ambientais que o escutismo defende”. Armindo Castelão Ferreira, pároco da Batalha, era há 35 anos o assistente regional, e relembrou o primeiro contacto que teve com o escu-

tismo enquanto seminarista, no agrupamento 35-Seminário e a importância desse agrupamento para o desenvolvimento do escutismo na região – foram alguns desses seminaristas, já padres, que impulsionaram o aparecimento de novos agrupamentos. Lembrou também o processo de aquisição do terreno da Quinta do Escuteiro – parte comprada, parte oferecida pela proprietária, Maria Ercília Zúquete – e a importância deste espaço numa região em crescimento. O projeto “A tua árvore na QE” que teve início a 28 de outubro, é a forma de todos os escuteiros da região darem um “presente” à Quinta do Escuteiro e às gerações futuras. Terá continuidade até março de 2022. (Adaptado de texto de Jorge Cerejo/ Delegado de Comunicação da Quinta do Escuteiro).


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Batalha Atualidade

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Mosteiro recebe 1,8 milhões de euros para investir em melhoramentos m Conservação de fachadas, reabilitação das coberturas da Sala do Capítulo, instalação de um sistema de climatização no auditório, revisão do sistema elétrico A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, presidiu no dia 13 de novembro à cerimónia de assinatura do contrato de cooperação com o município para intervenções diversas no Mosteiro da Batalha que ascendem a 1,8 milhões de euros. A verba, inscrita no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), será utilizada para obras que incluem a conservação de fachadas, a reabilitação das coberturas da Sala do Capítulo, a instalação de um sistema de climatização no auditório,

a revisão do sistema elétrico e de equipamentos de segurança e a requalificação do jardim do Claustro Real. Será ainda instalada uma rede wifi’. O presidente da Câmara da Batalha, Raul Castro, destaca “a importância das intervenções previstas no contrato outorgado, que permitirão qualificar o Mosteiro da Batalha e alguns espaços envolventes ao monumento”. As obras iniciar-se-ão no segundo trimestre de 2023 e deverão estar concluídas no final de 2024, cabendo à câmara municipal encetar os processos de contratação pública. Em Alcobaça a governnate assinou o contrato referente ao Mosteiro de Santa Maria, cuja intervenção orçará em 4,4 milhões de euros. A intervenção, que deverá começar no terceiro trimes-

tre de 2023 e estar terminada no fim de 2024, abrange, segundo o ministério, a reabilitação da zona superior do antigo Paço Baçal, a ala norte do cardeal, a requalificação de espaços exteriores,

do claustro D. Diniz e do Jardim do Obelisco, e também a reabilitação do auditório e a instalação de rede ‘wifi’. As verbas são atribuídas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)

que destina à área da Cultura um montante global de 243 milhões de euros. Destes, 150 milhões são destinados “à valorização, salvaguarda e dinamização do Património Cultural”, e

93 milhões de euros afetos à “Transição Digital das Redes Culturais para a modernização tecnológica e digitalização de artes, literatura e património”, refere uma nota à imprensa.

p A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, presidiu à cerimónia

s À Mesa Ana Caseiro Cozinheira

Pudim de azeite e mel O azeite é um produto alimentar produzido a partir da azeitona, o fruto da oliveira. Serve para temperar saladas, mas também para frituras, produtos cosméticos e chegou a ser utilizado como combustível para lamparinas. A produção de azeite faz-se sobretudo na região mediterrânica, que é propícia ao cultivo da oliveira, árvore que necessita de sol e de clima seco para vingar. Para produzir um litro de azeite podem ser precisos cinco quilos de azeitonas. Hoje em dia a extração do azeite a partir da azeitona é feita através de pressão e temperatura, tendo praticamente acabado o método tradicional de prensagem a frio. O método tradicional de produção de azeite consiste em lavar as azeitonas com água fria, logo após colhei-

tons variam entre o dourado e o verde-escuro, consoante o tipo de azeitona utilizado. Os azeites mais verdes têm aromas e sabores mais frutados, enquanto os restantes podem ser amargos ou doces. Ainda a nível de sabores há azeite com aroma a ervas, plantas e pasta de azeitona, podendo também variar entre amargo ou picante. Decidi trazer esta receita de pudim de azeite e mel, de fácil execução e muito saborosa para 10 gulosos.

ta, para eliminar todos os detritos. Depois, as azeitonas são armazenadas para mais tarde serem esmagadas. As azeitonas são trituradas, mas de modo a não atingir o caroço, e os líquidos extraídos são filtrados para um recipiente. A pasta é espremida pelo menos três vezes dando origem a outras

tantas qualidades distintas de azeite. O azeite é classificado consoante o método de produção. Assim, há azeite refinado que é produzido através da refinação de azeite virgem, que é mais ácido e menos puro. O azeite virgem é aquele obtido através de processos mecânicos e,

consoante a acidez, é sub-classificado como extra, virgem e comum. O azeite extra virgem não pode ultrapassar os 0,8 por cento de acidez nem ter impurezas, enquanto o virgem pode ter um máximo de acidez de dois por cento. A cor do azeite pode ser indicativa do seu sabor. Os

Ingredientes: Ovos 8 unidades Azeite virgem 0,5 dl Açúcar 380 gramas Mel 1 dl Raspa de 1 limão Preparação: Pré-aqueça o forno a 185 graus, de seguida, envolver os ovos e o açúcar com as mãos, para que este apare-

lho se desfaça por completo com o calor das mãos. Junte os restantes ingredientes, disponha a mistura numa forma de bolo inglês (forma retangular) e em banho-maria com cerca de 2 cm de água durante 45 minutos. Ao fim desse tempo teste o pudim com um palito se tiver cozido retire e deixe arrefecer à temperatura ambiente. Desenforme e decore o pudim com raspa de limão, fio de mel, polvilhe com canela e desfrute com um chá quente de flor de laranjeira.


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Região investe 374 mil euros no combate à vespa asiática Foto: Fablegros © Pixabay

m O projeto, a executar até 30 de jungo de 2023, prevê um conjunto de ações, aquisição, colocação e monitorização de armadilhas A Comunidade intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) anunciou no dia 8 de novembro que viu aprovada a sua candidatura destinada à deteção e combate à vespa velutina, que representa um investimento de 374 mil euros, com um apoio de 85% de verbas da União Europeia. O projeto, a executar até 30 de junho de 2023, prevê um conjunto de ações, aquisição, colocação e monitorização de armadilhas seletivas com utilização de

p É um problema comum e transversal a todo território atrativo com feromona específico para vespa velutina; aquisição de serviços de eliminação de ninhos através de intervenção química; aquisição de equipamentos

para extermínio/destruição de ninhos e respetivos EPI; e um plano intermunicipal de comunicação do “STOPvespa_RL”. O “STOPvespa_RL” - pla-

Acesso gratuito à Internet de banda larga chega às freguesias As quatro freguesias do Concelho da Batalha já oferecem acesso gratuito à Internet de banda larga, mediante a concretização pela câmara municipal do projeto WiFi4EU, apoiado pela Comissão Europeia. A implementação do projeto disponibiliza um total de 10 pontos de acesso à In-

ternet, estando localizados, na Golpilheira, junto ao Pavilhão Desportivo Municipal, no Largo Lavadeiras do Vale do Lena e nas imediações da Junta de Freguesia. Na Batalha, o acesso encontra-se instalado na zona desportiva, enquanto que no Reguengo do Fetal a zona coberta pelo sinal co-

p Internet gratuita nas quatro freguesias do concelho

bre toda a Praça da Fonte. Já em São Mamede, os acessos estão instalados no Largo da Feira, no exterior da Junta de Freguesia e nas imediações da igreja paroquial. Este projeto foi concretizado através de submissão de candidatura pela Câmara da Batalha ao programa WiFi4EU da Comissão Europeia. “O objetivo desta iniciativa é reduzir a exclusão digital, sobretudo nas comunidades de áreas rurais e locais remotos, garantindo o aumento de acesso aos serviços públicos online”, refere a autarquia em comunicado, datado de 3 de novembro. Já anteriormente, a vila da Batalha tinha beneficiado da implementação do projeto Batalha On, resultado de uma candidatura submetida ao Turismo de Portugal e que disponibilizou um incentivo de 50 mil euros para a instalação de uma rede gratuita de acesso à Internet no centro histórico.

no intermunicipal de prevenção e controlo da vespa velutina na Região de Leiria, “mais do que uma iniciativa dos municípios que integram a CIMRL como

forma de resposta integrada e coordenada de combate a um problema comum e transversal a todo território regional, é acima de tudo um contributo da região para o controlo de um problema de nível nacional”, refere a CIMRL em comunicado. O projeto aprovado pelo Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos – POSEUR, ”tem com objetivo a prevenção e o controlo da vespa velutina na Região de Leiria, sendo implementada através da articulação entre várias entidades nomeadamente os municípios, associações/cooperativas de apicultores, o INIAV Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária I.P e o ICNF”. O vice-presidente da

CIMRL, Jorge Vala, salientou a importância da candidatura”, tendo em conta o risco da biodiversidade” da região “com o ascendente da vespa velutina”. “Daí a disponibilidade dos 10 municípios abraçarem esta candidatura”, já que este é um problema que afeta todos os concelhos. De acordo com o autarca, “a capacidade de instalação desta vespa é muito grande”, sendo que este investimento é “no sentido de prevenir com armadilhas e combater com os equipamentos necessários” para evitar a propagação. A CIMRL integra os municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.

Núcleo da Liga dos Combatentes celebra o Natal e aniversários

p Concentração junto do Memorial ao Combatente O Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes celebra o Natal e invoca dos 80º e 81º aniversários do núcleo, no dia 12 de dezembro, a partir das 11 horas, com a celebração eucarística no Mosteiro da Batalha e, subsequentemente, na Quinta do Sobrado para o almoço convívio. O programa prevê a celebração da Eucaristia na capela do Mosteiro da Batalha (11h00), concentração junto do Memorial ao Combatente Batalhense para minuto de silên-

cio e deposição de coroa de flores (12h10), receção nas instalações do Centro Cultural e Recreativa da Quinta do Sobrado e Palmeiros (12h40), o presidente do núcleo dará as boas vindas aos presentes (12h55), início do almoço comemorativo de Natal e dos aniversários do núcleo (13h00). Durante o almoço decorremos seguintes momentos: atribuição de “Testemunhos de Apreço” aos sócios do núcleo que, nos últimos anos, completa-

ram 25 e 50 anos de filiação e que ainda não foram agraciados; entrega de Diploma de Condecoração a Paulo Batista dos Santos; condecoração a vários combatentes, com a medalha das campanhas de África; e intervenções de três oradores (núcleo, Câmara da Batalha e Liga dos Combatentes). A partir das 17 horas é servido o bolo de aniversário e espumante, e há um momento musical, pelo coral misto do núcleo, encerrando as festividades com o Hino dos Combatentes.


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Batalha Opinião

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s Noticias dos Combatentes NCB

Valor€s €squ€cidos Decorria o dia 11 de outubro quando os meninos de uma turminha de um infantário da vila da Batalha brincavam no recém-inaugurado Memorial ao Combatente Batalhense, pisoteando-o, perante a passividade da sua educadora. Tal atitude, aceitável por parte da inocência das crianças, mas reprovável por parte da educadora – que tal explicar o simbolismo do monumento às crianças em vez de as deixar pisar livremente? – leva-nos a pensar que, hoje, os valores têm mesmo só a conotação monetária, assunto já aqui abordado há tempos. A “evolução” da sociedade continua a remeter, cada mais, o Ser Humano para segundo plano. As neces-

sidades, como Maslow as constituiu na sua pirâmide, deixaram de fazer sentido. Ao chegar-se à estação de comboios de Santa Apolónia, em Lisboa, e não só, continuamos a deparar-nos com Wi-Fi gratuito mas, para satisfazer uma necessidade primária, como a utilização dos sanitários públicos, é necessário pagar a quantia de 0,50 euros para passar as portas automáticas e realizar o alívio. A pirâmide inverteu-se e os valores sociais também. A época em que se vive desvaloriza cada vez mais a vida humana. Legisla-se em favor de grupos minoritários, esquecendo o Ser Humano normal. Quase que, para se ter direitos, hoje em dia,

o melhor será ingressar numa qualquer minoria, pois os que a compõem são relembrados a cada minuto que passa e todas as suas reivindicações satisfeitas, sejam elas quais forem. A lei, para ser justa, terá de ser pensada igual para todos; os direitos terão de existir pela qualidade de se ser Humano e não por pertença ao que quer que seja, devendo ser compensatória para quem cumpre as regras da sociedade e não o oposto. Enquanto se criam condições nas prisões com quartos de casal para visitas íntimas de três horas, os idosos são esquecidos em lares degradados, muito piores que prisões do terceiro mundo. Numa visita hospitalar, para se estar com os entes queri-

dos, é concedido muito menos tempo que a uma visita prisional. Quando pormenorizamos e priorizamos grupos sociais, em vez de igualizar a sociedade como um todo, passamos a ter cidadãos de primeira e cidadãos de segunda. Tudo o que outrora já foi falso agora é verdade, e tudo o que já foi imoral é agora moral. Em apenas quatro gerações assistimos à reengenharia do comportamento humano e dos valores, para promover tudo o que é desviante e pervertido. O que está simplesmente a acontecer é um novo fenómeno sociológico: a manipulação dos seres humanos para entrarem no seu estado mais fraco. Essa ela-

boração impede a formação da família e facilita o seu controlo. Quando os seres humanos são movidos por sentimentos transitórios de luxúria e gula, em vez de rituais tradicionais e moderados, acabam por se tornar escravos dos seus desejos e das necessidades atuais que lhes são impostas. A inversão da pirâmide e, subsequentemente, da sociedade pode ser facilmente vista em nosso redor. Defendem-se direitos dos animais na Assembleia da República, manifestam-se frente às praças de touros, mas ninguém se junta em demonstrações de apoio aos profissionais de saúde para denunciar as condições de internamento hospitalar dos pares huma-

nos. Aliás, já foram esquecidos os profissionais que foram pagos com aplausos e com um evento de futebol! Quantos abandonaram a carreira, entretanto? Compra-se tecnologia mas nega-se caridade. Passeiam-se os cães aos fins-de-semana mas os pais e avós ficam encerrados nos lares. Passada a cerimónia de finados, em que honramos os nossos camaradas combatentes que já nos deixaram, devemos então, nos restantes 364 dias, voltar a pensar em cuidar dos vivos, e não o contrário, só por dar menos trabalho. Repensemos bem alto a sociedade, e não tenhamos medo de afirmar quais os nossos ideais, pois quem cala consente.

s Fiscalidade

Principais benefícios fiscais ao investimento em vigor em 2021 Os benefícios fiscais ao investimento, encontram-se estabelecidos no Código Fiscal do Investimento (Decreto-Lei n.º 162/2014, de 31 de outubro) e mais recentemente na Lei n.º 27-A/2020, de 24 de julho, que criou o Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento II (CFEI II) e estabelece os seguintes benefícios fiscais: Regime fiscal de apoio ao investimento (RFAI). O RFAI é um benefício fiscal, previsto no DL supra, que permite às empresas deduzir à coleta apurada uma percentagem do investimento realizado em ativos não correntes (tangíveis e intangíveis). Podem beneficiar os sujeitos passivos de IRC que preencham cumulativamente as seguintes condições: disponham de contabilidade organizada; o seu lucro tributável não seja determinado por métodos indiretos; mantenha na empresa os bens

objeto de investimento durante um período de 3 anos, no caso de pequena, média empresa e 5 anos nos restantes casos; não sejam devedores ao Estado, etc. O Regime da Dedução por lucros retidos e reinvestidos (DLRR). Traduz-se numa medida de incentivo às Pequenas e Médias Empresas, que permite a dedução à coleta do IRC, nos períodos de tributação que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014, até 10% dos lucros retidos que sejam reinvestidos em aplicações consideradas relevantes e cujo investimento se realizar nos 4 anos seguintes à constituição da reserva. A dedução efetuada no período pode ir até 25% da coleta do período. O Sistema de incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial (SIFIDE II), a vigorar até 2025, visa apoiar as atividades de Investigação

e Desenvolvimento, relacionadas com a criação ou melhoria de um produto, de um processo, de um programa ou de um equipamento, que apresentem uma melhoria substancial e que não resultem apenas de uma simples utilização do estado atual das técnicas existentes. Visa apoiar as atividades de Investigação e de Desenvolvimento Empresariais II, a vigorar até 2025, A Lei 27-A/2020, de 24 de julho criou um outro incentivo ao investimento,

designado como CFEI II – Crédito Fiscal Extraordinário de Investimento, incentivo este limitado às despesas de investimento em ativos afetos à exploração, que sejam efetuadas entre 01/07/2020 e 30/06/2021, e que entrem em funcionamento ou utilização até ao final do período de tributação que se inicie em ou após 1 de janeiro de 2021. Este benefício traduz-se na possibilidade de dedução à coleta de parte dos investimentos naquela data.

Benefícios Fiscais Contratuais ao Investimento Produtivo. Regime de benefícios fiscais, em regime contratual, com o período de vigência de 10 anos contados da conclusão do produto de investimento, aos produtos de investimento cujas aplicações relevantes sejam de montante igual ou superior a € 3.000.000,00. Os projetos de investimento devem ter o seu objeto compreendido em diversas atividades económicas. Ex: Indústrias extrativas e transformadoras. Alojamento, Restauração e similares, Atividades de edição, Atividades cinematográficas, etc. Remuneração Convencional do Capital Social. É um incentivo fiscal previsto no Artigo 41.º - A do Estatuto dos Benefícios Fiscais. Este benefício consiste na dedução ao lucro tributável de uma parte das entradas de capi-

António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

tal efetuadas pelos sócios às sociedades. O incentivo fiscal consiste na dedução ao lucro tributável de 7% das entradas realizadas em cada exercício, com o limite de € 2.000.000.,00. A dedução ao lucro tributável é efetuada no exercício em que são realizadas as entradas e nos cinco períodos de tributação seguintes.


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Opinião Batalha

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Ex-presidente condenado por fazer publicidade no Facebook da câmara m A Comissão Nacional de Eleições (CNE) ordenou a 19 de outubro um “procedimento contraordenacional contra o presidente da Câmara da Batalha à data dos factos” O Tribunal Constitucional não admitiu o recurso apresentado pelo ex-presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, relativo a uma deliberação que o sujeitou a um “procedimento contraordenacional” por ter feito publicidade na página de Facebook da autarquia durante a campanha eleitoral. A Comissão Nacional de Eleições (CNE) ordenou

a 19 de outubro um “procedimento contraordenacional contra o presidente da Câmara Municipal da Batalha à data dos factos, por ter realizado publicidade institucional proibida na página da rede social Facebook da referida autarquia, através de três publicações”. Além disso, deliberou “recomendar à candidatura do PPD/PSD - Somos Batalha para que não contribua para a confusão entre a qualidade de candidato e o estatuto de titular de cargo público que detenham”. O então autarca recorreu da decisão, mas o Tribunal Constitucional decidiu “não admitir o recurso”, conforme a sua deliberação de 5 de novembro. A queixa foi apresentada pela Iniciativa Liberal,

p A CNE censurou atitude do autarca durante a campanha que sublinha na sua página de Facebook que “o Tribunal Constitucional e a CNE deram razão à quei-

Município com 10,6 milhões de euros em projetos com fundos comunitários

projetos aprovados e três milhões de euros em projetos em análise”. O Município da Batalha “apresenta igualmente uma excelente taxa de execução (90%) dos projetos financiados no âmbito do Pacto de Parceria assinado no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, sendo que assegurou um valor global de fundo europeu de 4,1 milhões de euros, um montante bastante acima de ou-

tros municípios de maior dimensão, como Marinha Grande, Pombal ou Porto de Mós, sendo apenas superado pelo Município de Leiria”, adianta o PSD-Batalha. Assim, “continua a ser um dos concelhos da região centro com maior captação de fundos europeus per capita, com um valor superior a mil euros por habitante, incluindo os fundos recebidos pelos demais programas nacionais”, conclui.

vras para descrever aquilo que a decisão do TC deixa claro: o anterior presidente da CM Batalha usou as

redes sociais do município para propaganda eleitoral, numa clara violação da lei eleitoral”, conclui.

Quinze professores estrangeiros fazem Erasmus no AE da Batalha O projeto Erasmus “European tunes choir for peer bullying” decorreu durante uma semana, em Outubro, no Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB), com a participação de 15 professores da Turquia, Letónia, Grécia e Inglaterra. A receção aos docentes foi feita pelo diretor do agrupamento, Luís Novais, pelos alunos do curso de Turismo e pela coordenadora de projeto, Fernanda Alvega, na EB do Reguengo do Fetal. Os alunos

p Estão três milhões de euros em projetos em análise A Comissão de Coordenação da Região Centro (CCCDRC) divulgou no início de novembro o ponto de situação da execução dos fundos europeus no âmbito do programa Centro 2020, considerando o PSD-Batalha que “o município regista no global um valor nunca atingindo em anteriores quadros comunitários”. Segundo um comunicado dos social-democratas da Batalha, “foram atingidos 10,6 milhões de euros em

xa que apresentou contra a candidatura do PSD/Somos Batalha”. “Não há grandes pala-

mostraram o trabalho desenvolvido no âmbito do projeto “Planeta Saudável, cultivar favas e aprender vocabulário nos idiomas dos respetivos países. Foi-lhes proporcionada, pelos alunos de turismo e pelo professor Sérgio Barroso, uma visita ao Mosteiro Santa Maria da Vitória, bem como a Alcobaça e à Nazaré. Os professores tiveram uma aula de música onde aprenderam a tocar um instrumento português, o cavaquinho. Seguiu-se

p Professores da Turquia, Letónia, Grécia e Inglaterra

um momento em que foram colocados os seus dotes em prática e conjuntamente com os alunos do agrupamento, tocaram, dançaram e cantaram a canção do “Regadinho”. Foi-lhes ainda dado a conhecer o UBUNTU e visitaram o parque sensorial da Pia do Urso e o Santuário de Fátima. O “European tunes choir for peer bullying” incluiu ainda, entre outras atividades, um peddy paper em Lisboa, e os professores puderam assistir a um workshop sobre o eTwinning .


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Saúde A dor crónica é um problema de saúde pública cuidados de saúde especializados em dor crónica continua longe de ser ideal A dor crónica tem o potencial de alterar hábitos, comportamentos e vidas. É uma dor persistente ou recorrente que causa sofrimento e apresenta consequências negativas, por vezes devastadoras, na vida pessoal, familiar e laboral, diminuindo drasticamente a qualidade de vida da pessoa que apresenta esta condição. Não é só um problema de cada um, é um problema de saúde pública e, uma das principais causas de procura dos cuidados de saúde em todo o mundo. Em Portugal,

os dados mais recentes estimam uma prevalência de 33,6% de pessoas a viver com dor crónica e, apesar de ser uma das doenças mais prevalentes, a dor crónica é ainda uma realidade pouco considerada pelos profissionais de saúde e escondida por quem sofre. O acesso aos cuidados de saúde especializados em dor crónica continua longe de ser ideal. O tratamento da dor crónica é feito predominantemente ao nível dos cuidados de saúde primários, com um processo que se revela muitas vezes lento e muito condicionado pelas assimetrias regionais e geográficas do nosso país. Para além disso, as terapêuticas farmacológicas continuam a ser favorecidas, apesar dos efeitos

secundários, questões associadas à tolerância medicamentosa ou eficácia limitada. Efetivamente, a dor é uma experiência multidimensional demasiado complexa e dinâmica para se cingir unicamente à componente física e ser gerida apenas farmacologicamente. A dor crónica deve ser encarada como um desafio multidimensional, em que todas as terapêuticas químicas, físicas e psicológicas coexistam, inseridas numa abordagem multiprofissional. A escassez da formação pré e pós-graduada na área da dor, bem como o número e a alocação limitada dos profissionais de saúde dedicados a esta área de prestação de cuidados de saúde, constitui outro entrave à dinamização

a pandemia trouxe também a oportunidade de compreendermos e aceitarmos a importância do cuidado à distância; do estar presente e do acompanhar, ainda que nem sempre de forma direta e presencial. O conforto e conveniência de ter a capacidade de avaliar remotamente a intensidade, impacto e experiência de dor, assim como uma equipa multidisciplinar disponível para fornecer estratégias para lidar com a dor crónica, democratiza o acesso da população a cuidados diferenciados.

piqsels.com

m O acesso aos

e eficácia do tratamento da dor crónica. Também relevante é o défice em termos de educação e capacitação dos pacientes com dor, sendo uma missão importante dessa mesma prestação de cuidados, a contribuição para a literacia dos cidadãos em relação à prevenção e controlo da dor.

Com a pandemia por Covid-19 assistiu-se a um maior distanciamento dos cuidados de saúde relativamente aos cidadãos nesta e noutras áreas de saúde, que não as relacionadas diretamente com a pandemia. O acesso ficou dificultado e o acompanhamento dos cidadãos mais distanciado. Contudo,

António Melo, médico anestesiologista; Filipe Antunes, médico de Medicina Física e de Reabilitação; Patrícia Pinto, psicóloga clínica e da saúde; Hugo Almeida, investigador

, SA ACORDOS PARA OFTALMOLOGIA:

ADSE, ADMG, Multicare, Advancecare, Médis, SAD-PSP, SAD-GNR, SAMS Centro, SAMS Quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sãvida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon,

Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia...sábado - manhã Oftalmologia...............................................Dr. Joaquim Mira............................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira.. quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro................................. terça - tarde

Dr. João Cardoso.............................. segunda - tarde

Otorrinolaringologia.................................Dr. José Bastos.................................... quarta - tarde Pneumologia/Alergologia.........................Dr. Monteiro Ferreira............................sexta - tarde Próteses Auditivas................................................................................................... quarta - tarde Psicologia Educacional/vocacional........ Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos..................................Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Terapia da Fala...........................................Dra. Débora Franco.............................quinta - tarde Urologia.......................................................Dr. Edson Retroz..................................quinta - tarde

Ortóptica.....................................................Dr. Pedro Melo................................ sábado - manhã

Medicina Dentária

Outras Especialidades:

Cardiologia..................................................Dr. David Durão.....................................sexta - tarde Cirurgia Geral/Vascular.............................Dr. Carlos Almeida.................................sexta - tarde Clínica Geral................................................Dr. Vítor Coimbra................................ quarta - tarde Dermatologia............................................ Dr. Henrique Oliveira...................... segunda - tarde

Dra. Sâmella Silva

Terça/Quinta - Tarde Sábado - Manhã

Dra. Susana Frazão

Sexta-feira - Tarde

Electrocardiogramas...............................................................................segunda a sexta - tarde Endocrinologia............................................Dra. Cristina Ribeiro............segunda / terça - tarde Estética .......................................................Enf. Helena Odynets..............................sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..........................Dr. Paulo Cortesão........................... segunda - tarde

Cirurgia Oral Implantologia

Neuro Osteopatia /Acumpunctura.........Tec. Acácio Mariano............................ quarta - tarde

Próteses Dentárias

(Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortodontia

Neurocirurgia.............................................Dr. Armando Lopes......................... segunda - tarde Neurologia..................................................Dr. Alexandre Dionísio..........................sexta - tarde Nutricionista...............................................Dra. Ana Rita Henriques........................ terça - tarde

Rx-Orto Telerradiografia

Ortopedia....................................................Dr. António Andrade....................... segunda - tarde

Rua da Ribeira Calva . Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente . BATALHA . Tel.: 244 766 444 . 939 980 426 . clínica_jm@hotmail.com


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Saúde Batalha

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Conheça o melhor tipo de calçado para miúdos e graúdos

Francisco Oliveira Freitas podologista responsável pelo Centro de Podologia de Famalicão

Os pés são os componentes finais dos membros inferiores e, por isso, são responsáveis pela sustentação do corpo, atuando como a nossa base de apoio e de equilíbrio. Além de desempenharem um papel fundamental na nossa postura, funcionam como uma alavanca no processo de locomoção, sendo submetidos a um ciclo sucessivo de carga e descarga. Ao serem os constituintes do corpo humano que esta-

belecem diretamente o contacto com o solo, os pés oferecem estabilidade, suportam as agressões do terreno e absorvem os impactos quando caminhamos, corremos ou saltamos. Neste sentido, é fácil de percebermos a importância de protegermos os nossos pés, sendo esta a principal função do calçado. Com a missão de preservar a integridade dos pés, os sapatos devem oferecer conforto e um bom suporte (com apoio na zona do arco do pé), proteger os pés dos fatores ambientais, evitar a sua exposição a riscos, como objetos pontiagudos e superfícies desconfortáveis, proporcionar uma boa tração, ajudando a prevenir as quedas, e amortecer os impactos dos pés com o solo. Contrariamente a isso, o calçado pode funcionar como um agente agressor, pois optar por uns sapatos com as características erra-

das pode prejudicar a saúde e o desempenho do pé. Isto porque a utilização de calçado inadequado contribui para o surgimento de desconforto e dores, bem como para o desenvolvimento de lesões e deformidades nos pés, podendo, consequentemente, surgir problemas nos joelhos, ancas e costas. Recomendações comuns para todas as idades Para prevenir problemas podológicos, o sapato deverá ser adaptado à morfologia e tamanho do pé, uma vez que a utilização de calçado apertado, além do surgimento de dores, pode causar bolhas, calosidades, unhas encravadas e joanetes, tal como outros problemas a longo prazo. Particularmente no caso das crianças, dado que os seus pés estão em contínuo desenvolvimento e são frágeis, é de extrema importância que os pais verifiquem regularmente se o calçado se

ajusta corretamente ao comprimento e à largura do pé, e que dispõe de espaço suficiente para que a criança possa mexer todos os dedos livremente. Neste sentido, e tendo em conta que o volume do pé se altera ao longo do dia, saiba que o calçado deve ser comprado ao final da tarde, altura em que os pés estão inchados. Os nossos pés também não permanecem imóveis dentro do calçado, pelo que, para acompanhar o seu deslocamento ao caminhar, deverá existir uma margem de cerca de um centímetro, entre a ponta do calçado e a ponta do dedo grande. Já os sapatos excessivamente largos são um fator de risco para alterações ao nível da musculatura do pé e também causam desconforto, sendo que, devido à combinação entre pressão e fricção, podem levar igualmente ao surgimento de bolhas.

Para evitar as bolhas e calosidades, os materiais flexíveis e maleáveis devem ser a primeira escolha, assim como os materiais respiráveis que, por permitirem a ventilação do pé, deixando o ar circular e contribuindo para a absorção e evaporação da transpiração, ajudam a evitar o surgimento de micoses. Disso é exemplo o calçado em pele. No respeitante à altura do calçado, esta não deve ultrapassar os quatro centímetros, de modo a evitar o risco acrescido de entorses, joanetes e inflamações, bem como a adoção de uma posição pouco natural do pé e alterações ao nível da postura, o que contribui para as dores nas costas. Que características deve ter o calçado das crianças? O pé infantil está em contínuo desenvolvimento musculosquelético e, por isso, a utilização de calça-

do adequado é fundamental para evitar impactos significativos para a saúde das crianças, que vão desde as reações cutâneas até às alterações estruturais, comprometendo a forma e a funcionalidade do pé. Além da comodidade, existem outros fatores que deve ter em conta: A sola deverá ser resistente e flexível, de modo a permitir a mobilidade do pé, antiderrapante e relativamente fina, sem perder a capacidade de amortecer o impacto dos pés com o solo; o sapato deverá ainda comportar os dedos na sua posição natural; para uma maior estabilidade do pé, o calçado da criança deverá possuir reforço na zona do calcanhar e os atacadores devem estar sempre bem apertados; os sapatos devem ficar abaixo dos tornozelos; o calçado deve possuir apoio lateral.

Obesidade – a pandemia do presente e do futuro!

Joana Louro Medicina Interna & Diabetes CHOUnidade de Caldas da Rainha | Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus da SPMI

A palavra pandemia invadiu as nossas casas nos últimos tempos. Passou a fazer parte do nosso vocabulário e até os mais pequeninos a reconhecem. Percebemos, da pior forma, o impacto de uma pandemia nas nossas vidas. Mudou a forma como víamos a vida, a saúde e a doença. Restabeleceu prioridades. Subjugou conceitos dados por inquestionáveis, como liberdade ou sociabilização. Gastou recursos. Roubou vidas. Consumiu-nos tempo e anos de vida... E desfocou-nos de outros problemas... Agora que todos perce-

bemos a força da palavra pandemia, está na altura de olharmos para outra pandemia. Não menos importante, não menos valorizável, e seguramente com elevado impacto em termos de morbilidade e mortalidade: A obesidade. Ou, se quisermos ser mais abrangentes, em duas pandemias gémeas que eventualmente serão o espectro de um continuo fisiopatológico: A diabesidade (Diabetes&Obesidade). Está na altura de nos voltarmos a focar nos verdadeiros problemas de saúde pública que teimamos em (fingir) ignorar.... Sob pena de chegarmos tarde demais. Está por isso está na altura de, de forma séria e responsável, avaliar a dimensão do problema e elaborar estratégias de intervenção eficazes. Deixo-vos as premissas: A prevalência da obesidade aumentou em todo o mundo nos últimos 50 anos, atingindo níveis de pandemia. Em 2020, 650 milhões de pessoas viviam com obesidade. Em Portugal, de acordo com o Inquérito nacional de Alimentação e

Atividade Física, que recolheu informações no período de 2015-2016, cerca de 6 em cada 10 portugueses têm excesso de peso ou obesidade (34,8% e 22,3% respetivamente). Estima-se que estes números tenham aumentado significativamente nos últimos anos, e que continuem a aumentar drasticamente. E é de salientar que aumenta proporcionalmente com a idade e inversamente com o nível socioeconómico. A obesidade é uma doença crónica. É fundamental mudar o “mindset” da sociedade em geral (e dos profissionais de saúde também...), que estigmatiza estes indivíduos. É um erro acreditar que chamar obeso é um insulto à sua dignidade. A obesidade é uma doença crónica, muito complexa e multifatorial. A gordura corporal anormal ou excessiva (adiposidade) compromete a saúde, aumentando o risco de complicações a longo prazo e reduzindo a esperança de vida. Não é – apenas um problema estético e não resulta – apenas - do excesso de ingesta alimentar.

A obesidade aumenta substancialmente o risco de doenças como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão, enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, demência, osteoartrite, apneia obstrutiva do sono e vários tipos de cancro. E está, como tal, associada a elevada morbilidade e mortalidade. É difícil encontrar qualquer patologia que não seja mais prevalente no individuo obeso, ou cuja obesidade não a agrave. A Covid 19 mostrou-nos isso mesmo, com as elevadas ta-

xas de mortalidade nestes doentes. Para além da sua dimensão clínica a obesidade tem ainda grandes repercussões de dimensão económica e social. Para além do impacto direto nos custos de Saúde, está ainda associada ao desemprego e à diminuição da produtividade, e assume contornos de flagelo social. Existem atualmente instrumentos e tratamentos farmacológicos de provada eficácia e segurança. Porém, por não serem comparticipados, o seu acesso

é limitado a quem os pode pagar, e praticamente vedado aos setores mais desfavorecidos da sociedade, precisamente os mais afetados, onde é maior a incidência da doença. Com tanta premissa, fica a mensagem: A obesidade é uma das doenças mais prevalentes, mais subvalorizadas, menos diagnosticadas e menos tratadas da atualidade. Mais que um Problema de Saúde Pública é um Problema Prioritário de Saúde Pública!

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Património

Pequeno guia para uma visita ao Mosteiro (I) Não se trata evidentemente do trabalho de um historiador, que não sou, mas apenas dum curioso das coisas da história e de um apaixonado do Mosteiro a cuja sombra nasci no já longínquo ano de 1931. Publiquei-o, pela primeira vez em 1985 num desdobrável sobre a I Gala de Folclore, manifestação etnográfica do Rancho Folclórico Rosas do Lena que só nestes anos de pandemia se suspendeu. Esse festival ficou inesquecível, teve a participação de quinze agrupamentos de todas as províncias do nosso País e de núcleos de emigrantes portugueses da França e dos Estados unidos da América. Reedita-se agora com algumas necessárias rectificações, pondo-o ao dispor dos nossos prezados leitores. Como se sabe, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória é, simultaneamente, o mais belo monumento da arquitectura gótica em Portugal e aquele em que nasceu o estilo manuelino, o mais sumptuoso santuário mariano do nosso País e aquele em que mais Pátria há, no dizer do grande Poeta Afonso Lopes Vieira, pelo seu alto significado histórico. Mandado construir pelo Rei D. João I e principiado a partir de 1387 ou de 1388 sob a direcção de Mestre Afonso Domingues, que se crê natural de Lisboa, a quem sucedeu o Mestre, talvez catalão, de apelido Huquet que dirige a obra durante o largo período de 1402 a 1438. É na realidade este mestre que ergue a abóbada da Casa do Capítulo. Inicialmente e principalmente um monumento gótico, as últimas fases da sua construção, orientadas por Mateus Fernandes e por Boitaca (Boytac), mestre de obras do Reino, primeiro arquitecto dos Jerónimos e construtor da Igreja de Jesus de Setúbal, introduzem-lhe o manuelino, que aqui dá os

primeiros e decisivos passos. Mateus Fernandes dirigiu as obras de 1490 a 1515, tendo erguido também o pelourinho que vem a ser selvaticamente destruído nos anos 60 do século XIX mas evocado hoje na belíssima réplica executada pelo saudoso mestre Alfredo Neto Ribeiro. De 1528 a 1533, por acção de João Castilho ou de Miguel Arruda surge o terceiro estilo, influenciado pelo Renascimento, na tribuna das Capelas Imperfeitas que, na realidade não se sabe o que seria e para que serviria. Constituem o edifício monumental, que albergou até 1834 um dos mais notáveis conventos dominicanos, a Igreja de três naves e de cinco capelas absidais, a Capela do Fundador, a que se tem acesso pela Igreja, a Sacristia, no topo leste da Igreja e na vizinhança da Casa do Capítulo, o Claustro Real ou de D. João I, a Casa do Capítulo, no topo norte o primitivo dormitório conventual, hoje conhecido por Adega dos Frades, e na parte ocidental o antigo refeitório dos dominicanos hoje museu evocativo da 1ª Grande Guerra e memorial dos Soldados Desconhecidos representados pelos restos mortais de dois soldados anónimos sepultados em 1921 na Casa do Capítulo. Do Claustro Real passa-se para o claustro mandado construir pelo Rei D. Afonso V e é esta passagem que também dá acesso à antiga cozinha conventual até há pouco loja da Direcção Geral da Cultura em breve a passar para o espaço que foi quartel dos nossos Bombeiros. É este claustro o primeiro a ter sido feito, em Portugal, com dois pisos. Dele passa-se para o vasto terreiro leste e para as Capelas Imperfeitas. Nesse espaço houve outros dois claustros, desaparecidos no século XIX. Neles, sobretudo, foi devastadora a acção dos soldados napoleónicos. Das pedras que restaram te-

ria sido construída a belíssima e muito original Ponte da Boitaca (ou Boutaca) que, não obstante parecer indicar a intervenção do famoso Mestre quinhentista na sua construção, nada teve a ver com ele, falecido mais de 330 anos antes. A visita ao Mosteiro deve ser feita entrando pelo pórtico principal, na fachada oeste da Igreja. Neste pórtico reproduz-se a corte celestial num conjunto escultórico único no nosso País. No gume do arco Cristo coroa a Virgem Santíssima e, no tímpano, Deus, rodeado pelos quatro evangelistas e respectivos símbolos, preside aos destinos do Mundo, cujo globo tem na mão esquerda, abençoando com a direita. Nas jambas, à altura dos capiteis, os doze Santos Apóstolos e, nas arquivoltas, os arcanjos, os anjos músicos exibindo uma preciosa colecção de instrumentos musicais medievais, os profetas, os reis as virgens e os mártires, completam o conjunto. No conjunto de instrumentos, que é uma preciosa informação sobre os utilizados naquela época, destacam-se o órgão portativo, o saltério, a viola de arco, a viola de mão, o pandeiro, entre outros de cordas e de sopro.

Voltamos a encontrar outra colecção de instrumentos musicais, entre eles as gaitas-de-fole, no cimo da quinta coluna da Igreja, do lado esquerdo de quem entra no templo, mas tão longe do nosso alcance que é preciso utilizar binóculos para os ver. Com eles a escultura do homem verde, figura enigmática, lançando pela boca dois ramos. Voltamos a ver outro na Casa do Capítulo, mas aqui apenas uma cabeça humana com os ramos igualmente expelidos pela boca. Na Igreja, também num capitel a mais de vinte metros de altura, na capela de Santa Bárbara, onde hoje está o Santíssimo, está um dos dois conjuntos existentes, que eu saiba, no Mosteiro, da Senhora da Anunciação ou da Expectação, popularmente conhecida como Senhora do Ó, tendo à sua frente o Anjo da Anunciação e um demónio desnudo que galhofeia batendo com a mão no rabo. O segundo conjunto desta invocação de Nossa Senhora, mas evidentemente sem o demónio galhofeiro, encontra-se à entrada da Casa do Capítulo, do lado direito. A imagem da Santíssima virgem, se não é única é muito rara pois ostenta um colar de

seis mãos espalmadas, mãos que, como a que Ela pousa na barriga de grávida ou a que ergue com a palma voltada para fora, e que aqui está partida, tinha a função de defender, o Menino, do mal. A estas preciosas imagens já me referi várias vezes nesta secção, e no nº 6 dos “Cadernos da Vila Heróica” publiquei um breve estudo sobre esta invocação de Nossa Senhora. Se Deus quiser continuarei no próximo número. Dois gravíssimos problemas que os Governos têm de resolver Este governo ou o que sair do próximo acto eleitoral têm de meter ombros urgentemente à tarefa de resolver a situação, que começa a ser caótica se não o é já, dos serviços de Saúde. Hospitais a rebentar pelas costuras, consultas a longo prazo, atendimentos demorados. Vale-nos o sacrifício e

a competência dos médicos, dos enfermeiros e do pessoal auxiliar, verdadeiros heróis do tempo que corre. Simultaneamente, e com toda a urgência possível, é preciso pôr cobro à criminalidade crescente que se reveste, cada vez mais, duma violência e duma desfaçatez inauditas. A segurança dos cidadãos está a ser posta em causa. Se não forem tomadas providências urgentes e rigorosas, quem governa tem de ser responsabilizado pela gravíssima situação que começamos a viver. Não há verdadeira liberdade se não houver segurança. São dois problemas que os políticos têm de tentar solucionar com rigor extremo e com rapidez. Caso contrário, os direitos dos cidadão não passarão de palavras balofas, apenas usada para a caça aos votos. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (223)

Nota A fotografia que ilustra o apontamento sobre o Mosteiro, foi tirada nos anos 30 do século XX, suponho que pelo coronel piloto aviador Pinheiro Correia. A Batalha de então foi quasi toda captada pela lente do fotógrafo. No morro à direita ainda estão de pé wos pavilhões destinados ao hospital. À esquerda, ao fundo, vê-se o solar da Quinta do Fidalgo e o quintal da casa dos meus pais. No agora terreiro atrás do Mosteiro, o jardim e a Igreja do Santa Maria-a-Velha. Fotografia esplêndida que nos dá informações preciosas sobre a Vila da primeira metade do século XX.


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Atualidade Batalha

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Urgência geral do hospital de Leiria recebe obras de expansão e remodelação m O projeto tem o valor base de 670 mil euros, com um período de execução previsto de seis meses O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) vai avançar com a expansão e remodelação integral das instalações de uma área da atual Urgência Geral do Hospital de Santo André (HSA), prevista no Projeto Estratégico do CHL 2018-2022. “A empreitada de remodelação e expansão do serviço de urgência do HSA já estava definida no eixo estratégico relacionado com a dotação de instalações e equipamentos necessários para as suas funções assistenciais. Nesta fase ainda de pandemia e preparando o pós-pandemia, o novo espaço constituirá no imediato uma zona de atendimento

p Prevista no Projeto Estratégico do CHL 2018-2022 para a patologia respiratória e área dedicada a doentes com suspeita de infeção respiratória aguda (ADR-SU)”, esclarece o presidente do CHL, Licínio de Carvalho. “Consideramos impor-

tante rentabilizar as equipas, aproximando a ADR-SU ao serviço de urgência geral, e possibilitando assim a libertação de espaço físico, para recuperar e reforçar a nossa resposta noutras

áreas médicas, afetadas com a pandemia e com algumas medidas implementadas no CHL», reforça o presidente. O projeto tem o valor base de 670 mil euros, com um período de execução pre-

visto de seis meses. A intervenção tem como prioridades a segurança do doente e dos profissionais, a eficiência operacional e a garantia da qualidade dos cuidados prestados.

“A área de intervenção servirá para garantir a disponibilidade no SUG de um circuito autónomo de atendimento para resposta a eventuais doenças que impliquem no futuro uma área separada, de forma a proteger os profissionais e os doentes, seja por um surto pandémico, ou por outro tipo de atendimento”, acrescenta Licínio de Carvalho. A ADR-SU foi criada no final de 2020 para responder ao aumento da procura do serviço de urgência geral do HSA, e ocupa parte da área afeta ao serviço de medicina fsica e reabilitação. Entrou em funcionamento a 3 de janeiro deste ano, na sequência do agravamento da afluência devido ao crescimento epidémico da Covid-19 e do aumento da incidência de outras infeções respiratórias agudas.


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Batalha Opinião

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Jornal da Batalha

s Espaço do Museu

10 anos de um museu feito com e para comunidade No ano em que o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) celebra 10 anos de abertura ao público, relembramos o conceito deste projeto assente na Museologia Social e nos Museus de Comunidade. Um conceito para um projeto ambicioso que pretendia potenciar a oferta cultural a turistas e visitantes que procuram esta região. Dar a conhecer o património da comunidade e entender que há muito mais Batalha para além do seu magnífico Mosteiro trouxe audácia, ousadia e empenho de uma equipa de trabalho que envolveu técnicos do município e colaboradores especializados em áreas como a Museologia e a Museografia, a Paleontologia, a Geologia, a Arqueologia, a Arte e História, a Biodiversidade e a Multimédia. Um museu que tem a comunidade no seu nome germinou no seio do território, através dos encontros em

todas as freguesias do concelho, envolvendo as paróquias, as coletividades e as forças vivas locais. Investigadores e comunidade traçaram um percurso expositivo que se enriquece graças à generosidade de todos aqueles que contribuíram com o seu conhecimento. A história que se revela no Museu é aquela que as pessoas da Batalha quiseram que fosse contada. Com elas

se construiu uma base de dados que tem mais de 300 acontecimentos diferentes e que, depois de votados e selecionados, deram lugar a uma narrativa cronológica complementada com uma coleção de objetos muito diversificada. Depois da história construída, recolheram-se as peças existentes nos espaços da câmara municipal, às quais se juntaram objetos empres-

tados pelos membros da comunidade e por museus parceiros para ilustrar, às pessoas que vêm de fora e a eles próprios, a história deste território. Construir coletivamente um museu significa dar-lhe vida e potenciar a construção do futuro. Graças ao trabalho articulado de todos os intervenientes, hoje o visitante entra num espaço que se dis-

tingue pela sua sobriedade e sentido estético. A conceção museográfica deve-se a António Viana que, por via de uma criteriosa escolha de cores, luzes e materiais expositivos, juntou a harmonia da exposição ao bem-estar de quem dela usufrui. “Origens”, “Tempo e Memória”, “Viver na Biodiversidade”, “Tudo sobre nós”, “Laboratório da Memória Futura” e “Atividades comunitárias” são os temas das áreas que se distribuem nos dois pisos do Museu e que fazem deste espaço a interpretação e reinterpretação do território batalhense. Toda a exposição contempla recursos de acessibilidade, resultantes do trabalho da coordenadora e especialista nesta área, Josélia Neves. É com a comunidade que se colabora, perspetivando, na cooperação continuada, um dos fundamentos essenciais do programa museológico, da autoria da museóloga

Ana Mercedes Stoffel. A área “Atividades Comunitárias” cumpre este objetivo, exibindo exposições de média duração, resultantes de trabalhos de investigação participada. Neste espaço esteve patente uma exposição sobre o ensino na Batalha, que contou com participação de professores no ativo e aposentados, e com a comunidade em geral. Atualmente, permanece a exposição sobre a exploração de 100 anos de carvão, num trabalho resultante da indispensável colaboração da última geração de mineiros de Alcanadas. Em 10 anos de trabalho com o público, este museu procura reforçar os laços com a comunidade, identificando e interpretando o património e democratizando o acesso ao conhecimento e à cultura. Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Queimar plantas benéficas pelos seus óleos essenciais O frio já chegou e a estação que atravessamos convida-nos ao recolhimento, aquecer a casa e aquecer o estomago - com uns chás de plantas do nosso quintal é algo de maravilhoso. Por cá gosto muito de admirar a lareira acesa, ver e sentir o crepitar do lume. Fico ali a observar as cores das chamas e a sentir o calor que emanam e só isso traz-me uma tranquilidade e bem estar difícil de explicar por palavras. Quando tiverem o lume aceso, podem ta mbém queimar plantas que são benéf icas com os seus óleos essenciais, principalmente nesta época das constipações, que agora parecem mais assustado-

ras, pelo facto de ainda vivermos uma pandemia com sintomas idênticos às constipações, que antes não eram tão alarmantes. Uma das folhas que sugiro que queimem nas vossas lareiras são as de eucalipto, que ao queimarem emanam no ar alguns dos seus óleos, que permitem uma higienização do ar, e ainda folhas de louro. As couves passaram a viver livres na minha horta, isto quer dizer que se auto-propagam e cuidam de modo autónomo/livre, e nesta época é o momento ideal para elas crescerem e para nós as consumirmos. Por cá, por debaixo delas, cresce também em modo livre a erva-cidrei-

ra, e a verdade é que na zona onde as couves têm a erva cidreira como companhia não aparecem tantas lagartas, como nas que estão mais expostas, sem aromáticas. Isto remete-nos para a consociação favorável de plantas, um tema de que já falei antes, mas não me canso de o valorizar, pois nas plantas existem companheiras benéficas, tal como na vida das pessoas. Procurem ser válidos na vida dos outros, tal como procurem a companhia de quem vos faz bem. Na minha vida conheci pessoas que potenciam o melhor de mim, mas também conheci que potencie o pior de mim, tudo faz parte.

A nossa mais valia será podermos escolher, ou aprender a lidar com tudo isso. Em termos de aprendizagens de vida, hoje gostaria de abordar a importância da forma como assumimos os acontecimentos da nossa vida. Entendo e respeito que todos podemos ter de perspetivas diferentes, e o respeito pelas diferenças é o que me leva a interagir e apreciar as pessoas pela sua essência e não pelas opiniões que podem ser divergentes das minhas. Porque acredito que cada um será a melhor versão que consegue ser, com todas as virtudes e defeitos que isso comporta. Gosto de apreciar

o melhor de cada um, sem julgamentos, assim evito conflitos e maus sentimentos. Deixo-vos o seguinte provérbio/desejo: Que tenha: Força para mudar o que não pode aceitar/Serenidade para aceitar o que não pode mudar/Sapiência para perceber a diferença/É que desejo a quem me lê hoje. Bem haja. Horticolas para Semear e/ou plantar ao ar livre: Acelgas, alfaces, alho francês, brócolos, cebolas, cenouras, coentros, Couves várias, couve-rábano, espinafres, espargos, favas, mostardas, nabiças, nabos, rabanetes, rúcula, salsa. Ja rdim, semea r e/ou plantar: amores-perfeitos,

margaridas, açucenas, cíclames, narcisos, crisântemos, jacintos e tulipas. Se é das pessoas que no inverno não tem tempo para cuidar da horta, pode deixar terreno em pousio, pode sempre semear plantas que fazem adubação verde, como tremocilha, alfafa ou luzerna, entre outras. Estas plantas ajudarão a fixar os nutrientes ao solo, ao serem trituradas e envolvidas na terra quando estiverem maiores, mas antes de frutificarem, que coincide com a época das sementeiras da primavera Na horta posso cultivar bons alimentos e bons sentimentos! Boas colheitas.


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Economia Abertas “candidaturas até esgotamento da verba” Estão ainda abertas “candidaturas até esgotamento da verba” da linha de apoio à tesouraria para micro e pequenas empresas do turismo e outras atividades económicas com relevo para o turismo, que tenham sido negativamente afetadas pelo surto da doença Covid-19, no âmbito da iniciativa Start_PME. As micro empresas podem receber 750 euros mensais por cada posto de trabalho existente a 29 fevereiro 2020, multiplicado pelo período de três meses, até ao montante máximo de 20 mil euros. 20% do valor do apoio concedido pode ser convertido em incentivo não reembolsável, desde que, a 30 setembro 2021, e por comparação a 29 fevereiro 2020, não tenha feito cessar contratos de trabalho ao abrigo das modalidades de despedimento coletivo, de despedimento por extinção do posto de trabalho ou de despedimento por inadaptação, nem iniciados os respetivos procedimentos 20% do valor do apoio concedido pode acrescer o montante de €250 por empresa, se esta, à data da verificação da sua atribuição, demonstrar ter obtido o selo Estabelecimento Clean & Safe e participar no decurso do ano de 2021 em, pelo menos, uma das ações de formação a respeito da implementação do referido selo, ministradas pelo Turismo de Portugal. As pequenas empresas podem receber 750 euros mensais por cada posto de trabalho existente na empresa a 30 novembro 2020, multiplicado pelo período de três meses, até ao montante máximo de 30 mil euros. As outras condições são semelhantes.

Transformação digital do turismo não pode relegar pessoas para 2º plano m O presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, destaca a necessidade de a discussão sobre a transição digital na atividade turística não esquecer a nova agenda da sustentabilidade A progressiva transformação digital da atividade turística, nomeadamente da hoteleira, é verdadeiramente fundamental, mas os empresários não podem nunca esquecer-se de que as pessoas estão em primeiro lugar. Esta foi uma das conclusões retiradas da 2.ª edição da Conferência Hotel 4.0 Talks, iniciativa promovida pela AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, e que teve como tema a transição digital como fator de sustentabilidade no turismo. A conferência teve lugar na loja Comur de Coimbra, no dia 19 de outubro, e contou com a participação de vários protagonistas do sector turístico. O presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, destacou a necessidade de a discussão sobre a transição digital na atividade turística não esquecer a nova agenda da sustentabilidade. “Esta sustentabilidade tem para nós várias premissas. A primeira está relacionada, naturalmente, com o negócio da atividade do turismo e passa pela sua sustentabilidade económica. Mas a sustentabilidade tem também de ser cultural e social. Quando projetamos o mundo para 2050, percebemos que há alterações profundas que vão naturalmente surgir desta

p Participantes no debate que decorreu em Coimbra agenda da sustentabilidade”, sublinhou. O vice-presidente da AHRESP e administrador do grupo O Valor do Tempo, Tiago Quaresma, considerou que o turismo é um protagonista da transformação digital. “O turismo, e a hotelaria em particular, são sectores que, há muito, lideram esta transformação. Mas não podemos ver a tecnologia como um fim em si mesmo. A digitalização ajuda a simplificar as soluções, mas a digitalização não é desumanização: as pessoas serão sempre essenciais no processo. Com esta transformação, estamos a caminhar para um futuro em que as pessoas irão ocupar funções onde realmente acrescentam valor”, explicou o empresário. Já a professora na Universidade de Aveiro Dina Ramos destacou que a transformação digital cria oportunidades nos territórios de baixa densidade.

“A tecnologia está hoje em todo o lado. Incluindo nas zonas de baixa densidade. Não é por acaso que estes territórios estão a ser escolhidos pelos novos nómadas digitais”, lembrou. Mas a digitalização não pode ser um fim em si mesmo, recordou o diretor executivo do Centro de Inovação do Turismo, Roberto Antunes. “Nem tudo pre-

cisa de ser digitalizado. É preciso conhecer o cliente e perceber o que ele quer que esteja digitalizado. A digitalização não deve estar à frente das necessidades, mas sim o contrário”, sublinhou. O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, frisou que Portugal está bem colocado a nível de digitalização do sector tu-

rístico. “Estamos bem posicionados, mas podemos melhorar e proporcionar melhores experiências aos turistas. O digital ajuda-nos a ter experiências fluidas, mas o digital não é o que nós queremos, mas sim o que os clientes querem. Por isso, a transição digital só faz sentido se as pessoas forem as suas beneficiárias”, concluiu.

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Batalha Atualidade

Jornal da Batalha

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Aumento do preço da energia preocupa os 10 concelhos da região Foto: wzz10605 © PxHere

m Em comunicado, a CIMRL alerta que a “escalada dos preços da energia nos últimos meses está a condicionar fortemente a atividade económica” Os dez municípios da Região de Leiria – incluindo a Batalha - reunidos na Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) manifestaram, no dia 9 de novembro, a sua “preocupação com as consequências do aumento dos preços da energia” para os consumidores e as empresas, e querem que sejam “encontradas soluções a nível nacional para dar resposta a este problema”. Os autarcas defendem também que a “escalada de preços na aquisição de eletricidade pelos municípios, possa também conhecer apoios do Governo para mitigar o impacto da subida dos

p Aumentos superior a 60%, segundo a CIMRL preços nos orçamentos municipais”. Em comunicado, a CIMRL alerta que a “escalada dos preços da energia nos últimos meses está a condicio-

nar fortemente a atividade económica, em particular dos sectores com maior dependência energética, com aumentos superiores a 60% na fatura energética, situa-

ção que está a condicionar fortemente a produção e a realização de novos investimentos por parte das empresas”. Para ajudar a resolver o

problema, “propõe que as receitas do Fundo Ambiental (com uma dotação atual de 733,4 milhões de euros, reforçado recentemente com mais 131,5 milhões de euros),

sejam utilizadas no apoio à fatura enérgica das empresas e dos municípios, uma vez parte considerável das receitas resultam se taxas, licenças e impostos cobrados sobre atividades desenvolvidas nos territórios” Os responsáveis autárquicos manifestam ainda “a maior preocupação ao nível do aumento da fatura energética das famílias, cujo aumento da tarifa regulada já conheceu um acréscimo de 6% no ano de 2021, reclamando uma urgente intervenção da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), ao nível da estabilidade tarifária e de forma a evitar a aplicação de tarifas e preços especulativos e acima do mercado”. A CIMRL “irá solicitar reuniões de trabalho junto dos principais comercializadores de energia no sentido de avaliar as melhores condições de minimizar os impactos da escalada de preços da energia”.

Alunos desafiados a criar uma mascote para programa sobre alterações climáticas ção Pública sobre Alterações Climáticas da Região de Leiria (PESIPAC-RL)”. A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIM da Região de

Leiria) encontra-se a implementar o programa PESIPAC-RL que tem por objetivo a promoção do conhecimento e literacia da população relativamente Foto: Tumisu © Pixabay

Os alunos do 1º ciclo do ensino básico da Região de Leiria foram desafiados a criar uma mascote para o “Programa de Educação, Sensibilização e Informa-

p Alterações climáticas estão a efetar diferentes regiões

às alterações climáticas, capacitando-a e sensibilizando-a para a adoção de medidas de autoproteção e de adaptação para fazer face aos riscos a que a Região de Leiria se encontra particularmente exposta. Este projeto, dirigido à população infantil e à população em geral, propõe o desenvolvimento de ações para promoção do conhecimento e literacia de relativamente aos riscos decorrentes das alterações climáticas com expressão na Região de Leiria, procurando capacitar e sensibilizar para a adoção de medidas de autoproteção, prevenção de comportamentos de risco e conhecimento de pontos críticos e locais de refúgio.

Entre o conjunto de ações destinadas ao público infantil, está um concurso escolar interturmas para criação da mascote do PESIPAC-RL, que além de figurar nos materiais a serem desenvolvidos para este público, irá também funcionar como uma personagem amigável e divertida que facilitará a comunicação e interatividade com as crianças da Região de Leiria, assumindo o papel de “porta-voz” em matéria de sensibilização ambiental. O regulamento do concurso está disponível na página de Internet pesipac.cimregiaodeleiria.pt. O concurso decorre até ao dia 19 de novembro e os trabalhos devem ser enviados em suporte pa-

pel para as instalações da CIM Região de Leiria. A turma vencedora será premiada com uma visita ao Oceanário de Lisboa. Na página de Internet do projeto em pesipac. cimregiaodeleiria.pt, já podem ser consultados alguns dos materiais produzidos no âmbito deste projeto, como os manuais interativos, que servem de suporte para a sensibilização sobre o impacto das alterações climáticas na Região de Leiria. Este projeto conta com o apoio da União Europeia e do Portugal 2020, através do Fundo de Coesão, no âmbito do Programa Operacional Sustentabilidade e Ef iciência no Uso de Recursos (POSEUR).


Jornal da Batalha

Necrologia Batalha

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João São Miguel Pires

(19 anos) N. 28-10-2001 - F. 24-10-2021 Rio Seco, Reguengo do Fetal

AGRADECIMENTO Seus pais, irmã e restante família, na impossibilidade de o fazer presencialmente, vem por este meio, agradecer a todas as pessoas que compareceram no seu funeral ou que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar. Agradecemos, ainda, todas as palavras de consolo que nos dedicaram e têm vindo a ser importantes nestes momentos tão difíceis que estamos a passar.

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António Carreira Barateiro (80 anos) N. 20-09-1941 - F. 23-10-2021 Pinheiros, Batalha

AGRADECIMENTO Sua esposa, filha, neto e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. As boas memórias são os nossos maiores tesouros e ajudam-nos a suportar a dor da perda… Descansa em paz.

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)

Ermelinda Monteiro Cerejo Ligeiro (78 anos) N. 16-04-1943 - F. 08-11-2021 Palmeiros, Batalha

AGRADECIMENTO Seu marido, filhos ,netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. Para sempre nos nossos corações... Descansa em paz.

AMO-TE ETERNAMENTE João, a única palavra que me sai é “Amo-te”. Amo-te como nunca disse que te amava, mas como sempre senti que te amei. A mãe diz que te carregou no ventre, nos seus sonhos e esperanças. Hoje e sempre carrega-te no seu coração, nas suas lembranças e na saudade. O pai diz que não há palavras para definir a saudade que deixas e que daria tudo para te ter mais tempo ao nosso lado. João, tu foste a felicidade em pessoa e tenho a certeza de que, mesmo aí em cima, vais continuar a proporcionar-nos momentos alegres. Cada gargalhada, cada piada, cada saída com os amigos, cada almoço de família eram especiais porque trazias sempre contigo a tua alegria e felicidade inigualáveis. Para além de tudo isto, eras um menino tão amável, tão amigo, tão confidente! João, sempre foste tu, nos bons e nos maus momentos, e é por isso que tens familiares, amigos e conhecidos a rezar por ti, para que sejas feliz aí em cima. De todos nós recebe um sincero agradecimento pela tua caminhada curta, mas bastante marcante nas nossas vidas. João, tal como os teus amigos dizem, “Quando uma amizade é forte, nenhuma despedida é para sempre.” Que aí em cima brilhes tanto como o teu sorriso brilhava, todos os dias, cá em baixo. Deus levou-te para o céu porque és merecedor de um lugar melhor. Esperamos que tenhas encontrado a tua paz. Amar-te-emos sempre! Joana São Miguel Pires

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)

João Franco Vieira Pragosa (86 anos) N. 04-01-1935 - F. 12-11-2021 Quinta do Pinheiro, Batalha

AGRADECIMENTO Sua esposa, filhos, noras, netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. Aqueles que amamos não morrem. Apenas partem antes de nós.

HERCULANO REIS SOLICITADOR Rua Infante D. Fernando, Lote 3, 1ºA

2440 BATALHA - Tel. 244 767 971

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)

José da Piedade dos Santos (79 anos) N. 01-03-1942 - F. 17-10-2021 Casal do Azemel, Batalha

Júlia Cerejo Gordinho (93 anos) N. 07-03-1928 - F. 07-10-2021 Alcanadas, Batalha

AGRADECIMENTO Sua esposa, filha, netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada.

AGRADECIMENTO Seus filhos, noras, genros, netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado.

Permanecem vivos aqueles que deixam a sua marca naqueles que ficam…

Um exemplo para nós que ficará para sempre... Descansa em paz.

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)


A fechar

B

São Mamede: Academia Sénior A Academia Sénior tem abertas até 10 de desembro as inscrições para o ano letivo de 2021/2022, cujo início das atividades ocorrerá em janeiro, na freguesia de São Mamede. Para maiores de 55 anos. Disciplinas de artes plásticas, informática e inglês.

NOVEMBRO 2021

Ex-autarca da Batalha eleito primeiro secretário da CIMRL m Autarcas constituem Secretariado Executivo Intermunicipal, composto por dois secretários executivos A Comunidade Intermunicipal Região de Leiria realizou dia 26 de outubro a tomada de posse e eleição do novo Conselho Intermunicipal, para o mandato 2021-2025. O residente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, mantém a presidência do Conselho Intermunicipal (CI), tendo como vice-presidentes Jorge Vala, presi-

dente da Câmara de Porto de Mós, e Pedro Pimpão, presidente da Câmara de Pombal. Ainda na reunião do CI, os representantes dos 10 municípios aprovaram a proposta de constituição do Secretariado Executivo Intermunicipal, composto por dois secretários executivos, Paulo Batista dos Santos, como primeiro secretário e Alcina Costa, como segundo secretário. Esta proposta será enviada ao presidente da Assembleia Intermunicipal que a levará a apreciação e posterior votação na pró-

xima reunião deste órgão, ainda sem data. Os fundos comunitários e o planeamento são as áreas em que incidirá a ação de Paulo Batista Santos, ex-presidente da Câmara da Batalha, na sua atividade de primeiro secretário. Cultura, educação, turismo e desenvolvimento do território, são dossiês no campo de ação de Alcina Costa. “É uma função que tem de ser exercida com total independência e dedicação a 100% sem qualquer outra atividade política ou partidária, o que inclui o exercício de funções au-

p Os representes dos 10 municípios que compõem a CIMRL tárquicas”, disse Paulo Batista Santos ao jornal

Região de Leiria, justificando assim a renúncia ao

mandato de vereador na Câmara da Batalha. Publicidade

Fábrica e Escritório: Casal da Amieira 2440-901 Batalha Apartado - 201 Telefones: 244 765 217 244 765 526 I 244 765 529 Fax: 244 765 529

Visite a maior exposição da zona centro junto à Exposalão Batalha

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