PORTE PAGO
| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXX Nº 362 | SETEMBRO DE 2020 |
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Foto: Engin Akyurt © Pixabay
Começou a segunda batalha contra a pandemia
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Jornal da Batalha
Espaço Público s A Opinião de André Loureiro Vereador da Educação da Câmara da Batalha
O Sebastianismo à nossa maneira A ideia de que apareceria um salvador para restaurar a independência de Portugal, ou para regenerar o prestígio do país nos séculos XV e XVI, surgiu porque a morte de D. Sebastião, aos 24 anos, esteve sempre envolta em mistério e assim surge o mito do rei desaparecido e tão desejado pelo povo. Passados quase 500 anos, o nevoeiro mantém-se, mas hoje o nosso D. Sebastião tem características um pouco diferentes. Da neblina esperamos um herói político, um super-homem das ciências, da investigação, da economia e finan-
ças, com uma visão e capacidades sobrenaturais, capaz de resolver todos os problemas da sociedade. Ora, atualmente a nossa lista de pretendentes a “D. Sebastião” é longa. São notabilíssimos ex-políticos que passam para comentadores de bancada, que sobre tudo se pronunciam, dominam as várias artes digitais e quase sempre partilham as suas opiniões como verdades absolutas. Neste campeonato também entram alguns “novos cristãos” que gravitam em torno dos negócios, distribuem pequenos favores e andam sem-
pre à espreita da sua oportunidade para conquistar “Alcácer-Quibir”, no difícil Reino de Marrocos. E nem mesmo a difícil situação da pandemia que vivemos veio desanimar os pretendentes ao título do saudoso “D. Sebastião”, mesmo que a tendência seja para se esfumarem lentamente, pelo mesmo nevoeiro político que tanto procuram, especialmente no período de inevitável crise social e económica que iremos viver. Esperam-nos tempos muito exigentes, ninguém tem dúvidas, mas mesmo assim parece persistir na
nossa sociedade uma vertigem pela salvação, sobretudo se obtida a partir de uma personagem com carácter messiânico. Ora, essa consciência leva a que qualquer um se sente capaz de traçar grandes cenários de recuperação económica ou modelos de saúde pública que são imbatíveis, mesmo que seja consensual que em matéria da crise do coronavírus a única certeza que temos é a incerteza do momento que vivemos. Naturalmente que valorizo – e muito – a opinião livre de cada um, mas em plena pandemia sinto
a necessidade de apelar à consciência destes agentes da ilusão, no sentido de compreendermos que num contexto de crise tão globalizada qualquer solução credível passa necessariamente por opções coletivas, agregação de vontades e sentido de dever cívico de todos nós. Neste particular, peço desculpa pela franqueza, não precisamos de um D. Sebastião político/económico, mas de instituições fortes e focadas em ajudar as pessoas, de empresas empenhadas em valorizar o emprego e das diversas entidades sociais mobili-
zadas no apoio às populações mais suscetíveis. Os desafios que temos pela frente não podem esperar por um salvador da pátria, desta feita terá mesmo que ser uma missão para gente comum. Votos de muita coragem para todos!
s Espaço do Museu
D. Duarte, o eloquente Das doenças e acontecimentos, ocasião. Dos planetas, constelação. Dos senhores e amigos, conversação. De Nosso Senhor Deus por especial inspiração nos é outorgada condição e discrição – D. Duarte I in “Leal Conselheiro” Filho de D. João I e de Filipa de Lencastre, D. Duarte nasceu em Viseu a 30 de outubro de 1391. Sucedeu ao trono devido à morte do seu irmão mais velho, D. Afonso, ainda quando o seu pai se encontrava vivo. Viveu quarenta e sete anos e reinou apenas cinco anos e vinte e cinco dias. Rui de Pina descreve, na sua crónica, que o rei D. Duarte I “foi um homem de boa estatura de corpo e de grandes e fortes membros, de agradável presença, o cabelo liso e o rosto redondo… desenvolto e acostumado a todas as competências que no campo de batalha, na
Corte, na paz e na guerra são exigidas a um perfeito príncipe, foi caçador e monteiro, sem contudo descuidar o seu trabalho, foi homem alegre e de aprazível convívio, foi príncipe mui católico e amigo de Deus, amou muito a justiça, foi homem ajuizado e de claro entendimento, amador de ciência de que teve grande conhecimento, não por frequentar Escolas, mas por continuamente estudar e ler bons livros…” (VENTURA; 2009; p.93). O seu cognome – O eloquente - reflete a sua paixão pelas letras. Aponta-se que o rei dispunha de riquíssimas bibliotecas nos seus paços reais. Foi o autor dos sermões das cerimónias fúnebres do seu pai, D. João I, e de D. Nuno Álvares Pereira. Produziu obras notáveis, como os manuscritos “O Leal Conselheiro”, uma obra sobre ética e moral,
e o “Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela”, um manual sobre hipismo, outra das suas paixões. Ambas as obras integram a Biblioteca Nacional de Paris. Enquanto regente do trono, são-lhe devidas a redução das despesas da Casa Real, a promulgação da “Lei Mental” (medida de centralização para a defesa dos bens da coroa) e a mal-sucedida campanha de Tânger (em 1437), que resultou na derrota das tropas portuguesas e no sequestro do seu irmão, o Infante D. Fernando. Socialmente, aponta-se a preparação pessoal de diversas festividades tais como o seu próprio casamento e o do seu irmão Pedro e ainda a organização da embaixada para a união da sua irmã, Isabel, com Filipe, O bom, de Borgonha. Foi o responsável pela construção das Capelas Imperfeitas do Mosteiro
de Santa Maria da Vitória, com a finalidade de formarem o Panteão Régio. É neste espaço que se encontra sepultado juntamente com a sua esposa, D. Leonor de Aragão. No portal de entrada encontra-se esculpida, mais de 200 vezes, a sua divisa Léauté Faray Tã ya Serey (serei leal enquanto viver). D. Duarte faleceu a 9 de setembro de 1438, em Tomar, vítima de Peste. Sugerimos aos leitores uma visita às Capelas Imperfeitas, no Mosteiro da Batalha, e ver ou rever o túmulo deste rei Eloquente. Convidamos ainda a visitar o MCCB, recordando que ao primeiro domingo do mês as entradas no Museu são gratuitas para naturais ou residentes no concelho.
Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)
Fontes: VENTURA, Margarida Garcez: D. Duarte - O Eloquente; Academia Portuguesa da História. 2009 . www.mosteirodabatalha.gov.pt
Jornal da Batalha
Espaço Público Opinião
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s A Opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha
Covid e orçamentos para 2021 No momento em que escrevo estas linhas disparou o número diário nacional de infetados com Covid-19, já ultrapassando os 600, com o impacto que isso terá no nosso SNS [Serviço Nacional de saúde] e na saúde de todos os portugueses. Sabemos que desde o início da pandemia morreram mais de 1.800 portugueses, mas ainda mais preocupante é constatarmos que no primeiro semestre de 2020, comparativamente ao período homólogo de 2019, morreram mais seis mil portugueses. E, ou é impressão minha, ou não vejo os nossos governantes muito preocupados com o brutal número de óbitos. Todos percebemos que o SNS está muito direcionado para a Covid, e bem. No entanto, não se pode esquecer quase completamente que os outros 10 milhões de cidadãos (ainda) não afetados pela Covid também têm saú-
de a cuidar - e se não for bem cuidada daqui a algum tempo irão parar ao SNS em situação muito mais precária, com muito mais dor, com muito maior esforço para recuperar e com gastos muito maiores em medicamentos e em intervenções cirúrgicas. Será tempo de se olhar para isto de frente e começar a responder a estas situações, sob pena de a curto/ médio prazo a dor ser muito maior para muitos portugueses. Claro está que ter melhor ou pior saúde depende em primeira análise da qualidade do pessoal da saúde, que é inquestionavelmente boa, salvo raras exceções que confirmam a regra; dos meios materiais, que são razoáveis e depende muito da quantidade e diversidade da procura e esta, em fases como esta, pode ultrapassar as capacidades instaladas. Para existirem bons ser-
viços públicos e preciso dinheiro e para haver dinheiro é preciso haver orçamento, de preferência equilibrado. E esta é a época de preparação dos orçamentos. No caso do poder central, este orçamento será mais complicado que os do tempo da troika, uma vez que a despesa, mormente da saúde e da segurança social, irá crescer exponencialmente, a par de uma redução muito significativa da receita fiscal e da receita da segurança social. É certo que haverá reforço de fundos comunitários, que esperamos sejam bem aplicados e alguns permitam efetuar investimentos sustentáveis e que gerem desenvolvimento futuro. No entanto, nunca chegarão para as necessidades de um país brutalmente endividado e que irá aumentar ainda mais essa brutal dívida pública e privada. Não esquecendo que o país em geral se en-
contra anestesiado até março de 2021, por via da moratória em vigor dos financiamentos bancários - capital e juros que tem que ser pago, é bom que não nos esqueçamos. Aqui chegados, esperamos que exista bom senso das esquerdas nas suas habituais exigências, porque o defice vai ser enorme e a dívida tem limites. Não fora o conforto da União Europeia e o mais certo seria não termos financiamento ou a conseguir-se seria com juros muito altos. Da parte do governo esperamos que exista bom senso e que o dinheiro disponível seja direcionado apenas e só para o essencial e mesmo assim não chegará. No que respeita aos orçamentos municipais espero e desejo que o “juízo” aconteça, até porque o ano de 2021 será ano eleitoral. Mas a generalidade dos municípios
tem as contas equilibradas e baixos níveis de endividamento, sendo o ano indicado para darem sinais de que se encontram ao lado da população, começando por descer os impostos locais, nomeadamente o IMI, o IMT e a derrama. Alguns dirão que já têm o IMI no limite inferior, o que é verdade. No entanto e como a receita do IMI cresceu brutalmente nos últimos anos, solicitem através da ANMP ao governo para descer esse limite inferior do IMI e estou certo que o governo dará esse passo com toda a velocidade. E assim demonstrariam que estavam ao lado dos seus munícipes. Para além desta, existem muitas outras formas de facilitar/não complicar a vida aos munícipes e de poupar evitando despesismos brutais com atividades improdutivas, como diversas que constatamos com demasia-
da frequência. Vamos lá ver quais são os presidentes de câmara e respetivos executivos que sem recurso ao habitual show off se colocam efetivamente ao lado das suas populações. Os orçamentos a aprovar brevemente, mas a cumprir em 2021, serão um ótimo veículo para se aferir quem está ao lado do povo, especialmente olhando para a execução desse orçamento em 2021. O povo não é burro e tem memória.
s Baú da Memória Por José Travaços Santos
As Caravelas, símbolos da inventiva e da bravura do povo português As pequenas caravelas portuguesas desbravaram o Atlântico Sul e foram os engenhosos meios que tivemos para conhecer um mar vastíssimo em que os seus ventos, as suas correntes e os seus céus eram diferentes dos do hemisfério Norte. Isto terá de ser sempre dito para que as novas gerações não se deixam amarfanhar pelo espírito derrotista que tudo condena na nossa História reduzindo-nos a um povo de escravagistas e de exploradores doutros povos. Com elas explorámos,
sim, aquelas estrelas que não se viam na Europa e demos assim um contributo imenso ao avanço da Cosmografia, ficámos a saber que a Sul as correntes marítimas eram diferentes e que os ventos, então os únicos “motores” que empurravam os barcos, eram contrários àqueles que conhecíamos, e demos outro contributo valioso à Navegação. A costa da África a sul, praticamente, da costa marroquina, dela os europeus pouco ou nada sabiam e muito menos ima-
Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 856 A) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, André Loureiro, António Caseiro, António Lucas,
ginavam que dobrando o extremo do vasto continente se podia navegar para o Oriente.
Augusto Neves, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)
Estes contributos são de tal forma valiosos que não podem esquecer-se e muito menos deixar de fazer
Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:
parte importante da educação das novas gerações. É traição aos nossos antepassados e rebaixamento nosso repudiar estas memórias e subvertê-las com a sobreposição doutros factos, minando, indiscutivelmente, a consciência cívica dos Portugueses e o pouco orgulho que lhes resta. O desenho duma caravela redonda, que ilustra este breve apontamento, transcreve-se da excelente obra “Navios, Marinheiros e Arte de Navegar”, coordenada pelo historiador da
Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares
Marinha Portuguesa, Comandante Fernando Gomes Pedrosa, editada pela Academia da Marinha em 1997. Uma obra que devia fazer parte de todas as bibliotecas escolares. José Travaços Santos
Nota: A caravela redonda, que se reproduz, é já nos finais do século XVI, maior, muito maior, do que a caravela do século XV que foi a nossa companheira na heróica aventura do desbravamento dos Mares.
Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.
O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt
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Jornal da Batalha
Pandemia
Contingência tem “o propósito de evitar um aumento exponencial de casos” Casos da doença confirmados no distrito Município
Falecimentos Casos Confirmados Recuperados
Foto: Facebook do AEB
Leiria Pombal Alcobaça Peniche Porto de Mós Caldas da Rainha Batalha Nazaré Marinha Grande Bombarral Alvaiázere Ansião Castanheira Pêra Figueiró Vinhos Óbidos Pedrógão Grande Total
p Os alunos voltaram às escolas em circunstâncias inéditas devido à pandemia
m O concelho apresentava, quatro dias após a entrada em vigor da declaração da situação de contingência a nível nacional, oito casos ativos da doença Covid-19 e uma vítima mortal O Concelho da Batalha apresentava no dia 18 de setembro, quatro dias após a entrada em vigor da declaração da situação de
contingência a nível nacional, oito casos ativos da doença Covid-19, uma vítima mortal, 27 casos confirmados e 18 recuperados desde o início da pandemia. Na sequência da declaração da situação de emergência, que se mantém até às 23h59 de 30 de setembro de, passaram a aplicar-se no território nacional continental diferentes medidas preventivas (ver notícia em baixo), “com o propósito de evitar um aumento exponencial de casos de infeções, na sequência da gradual retoma da ativida-
de”. Entretanto, a prática de atividade física e desportiva, em contexto de treino e competitivo, passou a poder realizar-se sem público, desde que no cumprimento das orientações definidas pela Direção Geral de Saúde (DGS), e que permite a retoma de algumas atividades desportivas. Por outro lado, o município “colaborou na organização do ano letivo nos estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, que começou a 17 de setembro”, observando as
3 11 7 3 1 6 1 2 2 1 5 0 0 2 0 0 44
261 132 198 70 43 197 27 21 39 36 28 11 1 25 28 4 1121
197 89 162 53 30 181 18 14 33 34 23 11 1 23 28 4 897
Casos Ativos 61 32 29 14 12 10 8 5 4 1 0 0 0 0 0 0 180
Fonte: Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria, municípios e autoridades de saúde/Região de Leiria (18 de setembro)
orientações do Ministério da Educação, que “reafirmam os princípios orientadores da equidade e da possibilidade de flexibilização na transição entre os regimes presencial, misto e não presencial”, segundo uma nota de imprensa da autarquia da Batalha. “Para cumprir as regras de prevenção em vigor e que se antecipam para a mitigação dos risco de contágio da doença Covid-19”, a câmara municipal informou que “foram reforçados os stocks de máscaras, gel desinfetante e outras materiais de higienização,
para salvaguardar a manutenção do projeto municipal de distribuição gratuita de máscaras de proteção”, em funcionamento desde 6 de abril, “bem assim o apoio logístico às entidades e empresas locais”. O programa municipal de testes à presença da SARS-Cov-2 (doença Covid-19) foi retomado a 14 de setembro, com a realização de mais 2.500 testes gratuitos à população e setores prioritários. No âmbito da preparação da abertura do ano letivo, “foi planeada a rede de transportes escolares,
o reforço das refeições aos alunos e dinamizadas novas medidas sociais como o programa municipal de atribuição de cadernos de atividades”, disponível no portal www.batalhaonlife.pt. A autarquia decidiu ainda “definir em colaboração com as associações e clubes locais uma estratégia para retomar com segurança a atividade física e desportiva nos equipamento e espaços municipais, realizando um plano de contingência para as instalações desportivas municipais”.
Regras em vigor até ao último dia do mês A fiscalização da aplicação das regras compete às forças de segurança. As regras são as seguintes: *Ajuntamentos limitados a 10 pessoas; *Estabelecimentos comerciais não podem abrir antes das 10h00, sendo que, para o comércio a retalho ou prestação de serviços, recomenda-se o seu ajuste, sempre que seja do interesse dos respetivos gestores e por forma a ga-
rantir um desfasamento da hora de abertura ou de encerramento. Excetuam-se os salões de cabeleireiro, barbeiros, institutos de beleza, restaurantes e similares, cafetarias, casas de chá e afins, escolas de condução e centros de inspeção técnica de veículos, bem como ginásios e academias. *Horário de encerramento dos estabelecimentos entre as 20h00 e
as 23h00, sendo fixado por decisão municipal o encerramento impreterivelmente até às 23h00. *Em áreas de restauração de centros comerciais, limite máximo de quatro pessoas por grupo. *Proibição de venda de bebidas alcoólicas nas estações de serviço e, a partir das 20h00, em todos os estabelecimentos (salvo refeições). *Proibição de consumo
de bebidas alcoólicas na via pública. *Nos restaurantes, cafés e pastelarias a 300 metros das escolas, limite máximo de quatro pessoas por grupo. *Brigadas distritais de intervenção rápida para contenção e estabilização de surtos em lares. *Recintos desportivos continuam sem público. *A realização de funerais está condicionada à ado-
p A medição da temperatura é uma medida de prevenção ção de medidas de controlo das distâncias de segurança, devendo observar-se o
limite máximo de 15 pessoas, para além da presença no funeral de familiares.
Jornal da Batalha
Pandemia Batalha
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Disponibilizados testes a professores e funcionários de escolas do concelho m Programa de testes serológicos à Covid-19 dá prioridade a colaboradores das escolas dos 1º,2º,3º ciclos e do secundário O Município da Batalha retomou no dia 14 de setembro os testes serológicos à Covid-19, abertos à população, com prioridade nos primeiros dias para os docentes e funcionários das escolas da Batalha, antecipando a abertura do ano letivo. Neste âmbito, os professores e funcionários dos 1º,2º,3º ciclos e do secun-
dário foram os primeiros a ser abrangidos pela medida preventiva disponibilizada pelo Município da Batalha, em colaboração com um laboratório nacional especializado em testes serológicos ao SARS-CoV-2. A possibilidade de fazerem gratuitamente exames serológicos ao SARS-CoV-2 enquadra-se nos termos do programa municipal de testes iniciado em junho, destinado à população e empresas de sectores considerados prioritários. A ação está a ser desenvolvida “em forte colaboração com a autoridade de saúde local e com a direção
do agrupamento de escolas, que são parceiros fundamentais, promovendo a confiança no regresso às aulas”, segundo o presidente da câmara municipal, Paulo Batista Santos. A estas medidas somam-se as que constam dos respetivos planos de funcionamento e de contingência das escolas. Estas medidas “são um contributo para a tranquilidade no arranque e funcionamento do ano letivo 2020/21, mas também um contributo para o cumprimento das normas da DGS, e meio mais apropriado para se garantir um combate eficaz à Covid-19”, conclui o autarca.
p O programa de âmbito municipal abrange a população em geral
Escolas recebem materiais de proteção e 70 mil mil euros A câmara municipal distribuiu materiais de proteção, medição da temperatura e de limpeza nas diversas escolas do Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB) e transferiu 70 mil euros para a gestão da escola no âmbito do acordo de descentralização de competências. “É muito importante que tudo esteja preparado e nas melhores condições de segurança para este ano letivo, num tempo bastante desafiante para toda a comunidade educativa”, diz o presidente da autarquia Paulo Batista Santos. “O agrupamento de escolas conta com o total empenho do município no apoio à retoma das atividades escolares, sempre focalizados na qualidade das aprendizagens e este ano também na proteção da saúde dos alunos e de toda a comunidade escolar”, adianta. “Com o objetivo de dotar o agrupamento dos meios necessários para o exigente arranque do ano letivo, o município, no quadro da descentralização de com-
p Realizadas visitas técnicas às cozinhas e serviços de refeições escolares petências, e após concretizado e aprovado pelos órgãos da escola um acordo de subdelegação de competências educativas no AEB, foi transferida a verba de 70.302 euros, correspondente à dotação necessária para gerir os diferentes apoios aos alunos e aquisição de materiais/equipamentos que estão a seu cargo”, explica a câmara municipal em comunicado.
No entender de Paulo Batista Santos, “desde o início processo de descentralização em 2014, ano em que o município decidiu assumir novas responsabilidades na área da educação, a opção foi reforçar a autonomia da escola e garantir que dispõe dos meios suficientes para continuar a assegurar um ensino de excelência”. Foram igualmente rea-
lizadas visitas técnicas às cozinhas e serviço de refeições escolares, com a presença da autoridade sanitária, para verificação e sensibilização para as melhores práticas de higiene e segurança no fornecimento dos alimentos. O ano letivo começou 17 de setembro, com 1867 alunos, mais de 200 professores e uma centena de outros funcionários.
Instalações desportivas funcionam sob regras apertadas O plano de contingência para as instalações desportivas do Município da Batalha está em vigor desde 1 setembro e foi desenhado atendendo a que “podem ser locais de potencial transmissão da infeção por COVID-19, quer por contacto direto e/ou indireto”. “O plano de contingência consiste num conjunto de medidas e ações que devem ser aplicadas oportunamente, de forma articulada, em cada uma das fases da evolução da proliferação do Coronavírus, de forma a permitir que as instalações desportivas estejam em perfeitas condições para a prática da atividade física, não colocando em risco a saúde dos utilizadores e funcionários durante a utilização”, lê-se no documento. No que concerne aos desportos coletivos, as equipas de seniores que tenham agendado o início da sua competição, podem realizar treinos sem restrições de distanciamento entre atletas. Podem igualmente realizar treinos, sem restrições, as equipas de outros escalões no período de até
45 dias anterior à participação em competições internacionais agendadas. Até novas orientações da DGS, as equipas dos restantes escalões não podem iniciar os treinos com contacto físico, devendo manter o treino condicionado, ou seja, manter a distância de pelo menos três metros entre praticantes em toda a sua atividade, sendo no entanto permitida a partilha de bola. Por forma a cumprir as orientações da DGS e minimizar o risco de transmissão da Covid-19 foram também estabelecidas e adotadas medidas que devem ser cumpridas por utilizadores e funcionários dos equipamentos desportivos municipais. Lotação máxima instantânea por instalação/ espaço: pavilhão gimnodesportivo da Batalha: nave principal: 20 pessoas; ginásio: 10 pessoas; exterior: 20 pessoas. Pavilhão municipal da Golpilheira; nave principal: 20 pessoas. Campo de futebol sintético: campo futebol 11: 28 pessoas; campo de futebol 7: 14 pessoas.
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Jornal da Batalha
Atualidade
Município aceita novas competências no domínio da ação social m A autarquia passa a assegurar os serviços de atendimento e de acompanhamento social, entre outras áreas descentralizadas do Estado O executivo municipal decidiu por unanimidade receber no próximo ano as novas competências a transferir do Estado para as autarquias no domínio da ação social, que “se reveste de grande importância para a eficácia das respostas sociais no concelho”. Neste contexto, “a matéria relativa à celebração e acompanhamento dos contratos de inserção dos beneficiários do rendimento social de inserção, a coordenação dos contratos locais de desenvolvimento e assegurar os serviços de atendimento e
de acompanhamento social, são dimensões muito importantes da ação social no terreno e que a partir de 2021 devem ser asseguradas pelo município da Batalha”, refere a autarquia em comunicado. O reforço de competências e meios financeiros, em domínios como a coordenação da execução dos programas dos contratos locais de desenvolvimento social; o desenvolvimento de programas de promoção de conforto habitacional para pessoas idosas e o apoio ao serviço de acompanhamento social, são algumas medidas que resultam do diploma aprovado para a descentralização nas áreas sociais. O mesmo sucede com a atribuição de prestações pecuniárias de caráter eventual em situações de carência económica e de elevado risco social; o acompanhamento dos contratos de in-
serção dos beneficiários do rendimento social de inserção; e ainda a implementação da componente de apoio à família para crianças que frequentam o ensino pré-escolar da rede pública. o decreto-lei estabelece ainda que cabe aos órgãos dos municípios a competência para a elaboração e divulgação das cartas sociais municipais, bem assim a intervenção municipal passa pela emissão de parecer sobre a criação de serviços e equipamentos sociais com apoios públicos. “Desde o início processo de descentralização em 2014 que optámos por alinhar as três áreas essenciais para a nossa comunidade – educação, saúde e ação social –, como domínios de maior intervenção municipal. Sabemos que teremos mais trabalho e que será muito exigente, mas temos a fir-
p Está previsto o apoio ao serviço de acompanhamento social me convicção que servimos melhor a população da Batalha”, explica o presidente da Câmara da Batalha. “Nos últimos anos concretizamos um caminho de aproximar os serviços públicos dos cidadãos, na loja do cidadão ou no setor educativo, pretendemos também
reforçar a nossa colaboração nos serviços públicos de saúde e da ação social, que conhecem uma maior procura por parte dos cidadãos nesta fase de pandemia da Covid-19”, acrescenta Paulo Batista Santos. Esta decisão do executivo batalhense de receber em
2021 as novas competências previstas no Decreto-Lei n.º 55/2020, de 12 de agosto, que concretiza a transferência de competências para os órgãos municipais no domínio da ação social, será sujeita a aprovação da Assembleia Municipal da Batalha em setembro.
Valor das bolsas para estudantes carenciados cresce 20% este ano letivo
PROTEÇÃO. O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha, Jorge Novo, recebeu 4000 máscaras cirúrgicas oferecidas pela autarquia e entregues pelo seu presidente Paulo Batista Santos, no dia 18 de setembro. As máscaras são para “utilização pelos bombeiros nos serviços que prestam à comunidade, que nesta fase têm custos acrescidos com equipamentos de proteção individual descartáveis”.
O Município da Batalha vai disponibilizar uma verba superior em 20% em relação ao ano passado para as bolsas de estudo de alunos carenciados do ensino superior para o ano-letivo de 2020-2021, decorrendo o período de apresentação das candidaturas até ao próximo dia 15 de outubro. No ano letivo transato beneficiaram desta medida 60 estudantes, tendo a autarquia disponibilizado 30 mil euros para esta medida de apoio às famílias do concelho, estimando-se um acréscimo de 20% no valor para o ano letivo de 2020/2021, refere o município em comunicado. O requerimento e o for-
mulário da respetiva candidatura, depois de devidamente preenchidos, devem ser entregues nos paços do concelho, acompanhados dos documentos comprovativos das condições de acesso à bolsa. Todos os documentos necessários à instrução dos pedidos para atribuição dos apoios encontram-se disponíveis no portal municipal. Os estudantes que estejam a frequentar cursos de ensino superior nas Universidades da Beira Interior (Covilhã) e dos Açores (Ponte Delgada), beneficiam de uma majoração de 50% no valor das bolsas atribuídas, na sequência de
p O ano letivo transato beneficiaram 60 estudantes acordos realizados com os municípios respetivos. Para qualquer esclarecimento, poderá ser contactado gabinete de desenvol-
vimento social do Município da Batalha, através do telefone 244 769 110 ou através do e-mail redesocial@cm-batalha.pt
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Batalha Atualidade
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Jornal da Batalha
Escolas recolhem 71 toneladas de resíduos e recebem prémios da Valorlis m “Pelo excelente desempenho ambiental”, 62 escolas da sua área de intervenção vão ser premiadas no início deste ano letivo A Valorlis promoveu no ano letivo 2019/2020, no âmbito do programa Ecovalor, o concurso “Separa e Ganha no Amarelo e Azul”, que desafiou as escolas a promover a recolha de resíduos domésticos recicláveis. “Pelo excelente desempenho ambiental”, 62 escolas da área de intervenção da Valorlis vão ser premiadas no início deste ano letivo, com mais de três mil euros para adquirirem materiais de ação pedagógica, bens materiais ou serviços que permitam melhorar a prática pedagógica. Durante o ano letivo
p Vão ser premiadas 62 escolas da área de intervenção da Valorlis 2019/2020 foram enviadas para reciclagem 71 toneladas de resíduos recicláveis - 50 toneladas de papel/cartão, 21 toneladas de plástico/ metal, recolhidas nas escolas participantes. As escolas que mais quilogramas de resíduos sepa-
raram por aluno foram: Jardim de Infância de Assanha da Paz, Almagreira, Pombal e a Escola Básica de Outeiro da Fonte, Carvide, Leiria, respetivamente com 77 quilos por aluno e 62 quilos por aluno. “Este programa tinha
como objetivo aumentar os hábitos de reciclagem nas escolas e na comunidade evolvente, impulsionando a prática diária da separação dos resíduos recicláveis”, explica a administradora delegada da Valorlis, Marta Guerreiro, acrescentando:
“Estamos muito satisfeitos com estes resultados, que têm vindo a melhorar de ano para ano e destacamos o envolvimento dos professores, alunos e das suas famílias em promover boas práticas ambientais nas instituições - ganha o ambien-
te e ganham as escolas envolvidas”. O Ecovalor é um programa de educação e sensibilização ambiental dirigido às comunidades escolares e tem como objetivo aumentar as quantidades de material encaminhado para reciclagem, promover boas práticas ambientais, premiando aqueles que apresentarem melhor desempenho na separação das suas embalagens usadas. A iniciativa integra a oferta de educação ambiental da Valorlis, que inclui ainda visitas, materiais informativos sobre a reciclagem e ações de sensibilização sobre o ciclo dos resíduos, à qual a empresa pretende dar continuidade. A Valorlis é a empresa que gere a recolha seletiva e o tratamento de resíduos urbanos dos municípios de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém, Pombal e Porto de Mós.
Nasceu o “Parque da Luisinha” após obras de 65 mil euros
ATRAÇÃO. O “baloiço da Barrosinha”, situado a 320 metros de altitude, proporciona uma vista privilegiada sobre a paisagem. Em dias claros, é possível ver o mar. Fica perto da Torre, na freguesia de Reguengo do Fetal. A ‘obra’ pertence a Joaquim Menezes, bombeiro e funcionário do Município da Batalha.
O parque infantil instalado no Jardim do Lena, na Batalha, recebeu o nome de “Parque da Luisinha”, em homenagem a uma criança local muito acarinhada, portadora de doença rara (Síndrome de Cockayne) e recentemente falecida. Este projeto surgiu de uma sugestão da “Casa do Mimo”, um centro lúdico e ocupacional para crianças e jovens com necessidades especiais da batalha, e representa um investimento de 65 mil euros, “na concretização da transformação de um equipamento antigo e degradado, num espaço novo, inclusivo e acessível às centenas de crianças e famílias que procuram os jardins da Batalha para lazer”, explica a autarquia em comunicado. Os novos equipamentos inclusivos instalados são um baloiço metálico adaptado a cadeira de rodas, com
p O pavimento sintético do parque foi renovado a função lúdica de divertir e balançar; e um segundo equipamento, designado multifunções inclusivo Popei, também acessível a utilizadores em cadeiras de rodas, com a função lúdica de divertir, socializar, jogar e escorregar. Os demais equipamentos foram “totalmente reabilitados e reforçadas as medidas de segurança na sua utilização”. “Todo o pavimento sinté-
tico foi renovado e composto por uma camada amortecedora de borracha, certificada e com capacidade para amortecer até 1,50 metros de altura de queda”, segundo o município. “Trata-se de um parque infantil que está de acordo com as novas e exigentes regras de segurança e é um parque inclusivo, isto é, apto para o acesso e fruição por parte de crianças
com mobilidade reduzida ou com necessidades especiais”, salienta o presidente do município. Além disso, acrescenta Paulo Batista Santos, “vai ter novos equipamentos muito divertidos e que estimulam o desenvolvimento de competências físico-motoras das crianças, além de, claro, proporcionar muitos motivos para a brincadeira”.
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Atualidade Batalha
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Terço em pedra celebra 100 anos da Paróquia de São Mamede m As contas do terço foram feitas a partir de Filstone Blue M, um tipo de rocha calcária extraída pela empresa Filstone A Paróquia de São Mamede celebrou 100 anos com o lançamento de um terço de pedra calcária, concebido pela Filstone. O terço, produzido na íntegra na região, foi apresentado no dia 9 de agosto, numa cerimónia simbólica que juntou a população de São Mamede. As contas do terço foram feitas a partir de Filstone Blue M, um tipo de rocha calcária extraída pela Filstone que se carateriza pela ligeira tonalidade azul. Depois de cortadas e alisadas, as contas adquiriram formatos distintos, em alusão
p O encadeamento do terço foi feito por artesãos à calçada portuguesa. “O encadeamento do terço, feito de forma manual por artesãos locais, traz igualmente um cunho único, tornando cada terço numa peça irrepetível. A pedra apresenta-se de
forma natural, sem acabamento, da forma que é extraída da natureza”, destaca a empresa em comunicado. Também as medalhas foram personalizadas em referência à paróquia: a con-
ta da Salve-Rainha contém a imagem de Nossa Senhora dos Remédios, de grande devoção em toda a freguesia; a medalha central mostra o atual símbolo criado para identificar a paróquia e, no verso,
o brasão da freguesia de São Mamede; e nos mistérios estão representados os oragos e capelas que, unidas à igreja matriz, formam a paróquia. “Este terço é também um símbolo que representa 100
anos de um passado da história religiosa desta paróquia, com todas as comunidades que foram crescendo e que se formaram”, afirma o padre Armindo Rodrigues, pároco de São Mamede. “É uma mais-valia ser confecionado em pedra original da serra, símbolo desta nossa terra, tão rica de rocha que é também um forte símbolo de Cristo”, acrescenta. O terço, de edição limitada, está à venda junto à igreja paroquial. Além da Filstone, estiveram envolvidas na conceção do terço as empresas MRP - Sociedade Unipessoal (Bairro), Silaco (Urqueira) e Mário Santos Felicíssimo – Unipessoal (Bairro), todas do concelho de Ourém. O projeto contou com o apoio da Junta de Freguesia de São Mamede.
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Jornal da Batalha
Opinião s Crónicas do passado Francisco Oliveira Simões
Pintora e poetisa Em passos leves e tranquilos caminhava uma rapariga para lá das brumas do passado. Atravessava os telhados do mosteiro gótico imponente, numa procura pelo lugar ideal para sentir cada verso dos poetas que trazia debaixo do braço. As gárgulas fitavam a curiosa leitora e o chão repercutia os seus gestos em memórias ancestrais. O silêncio límpido aguardava pelos cânticos e cantigas de outras eras. Quando a jovem Adelaide abriu o livro, todas as criaturas vivas e inanimadas ganharam um novo fôlego. As paisagens bucólicas e frondosas que a rodeavam, naquela vila altaneira, eram uma inspiração deslumbrante para a vista de uma artista de apenas dezassete primaveras. Chegara à Batalha com os pais e as irmãs, deixara para trás Torres Novas, mas trazia consigo os mistérios da poesia e da pintura, que persistiam em acompanhá-la para todos os lugares onde passasse. O pai, Guilherme de Lemos Branco, começou a trabalhar na repartição de finanças, que em 1943 tinha lugar no Claustro D. Afonso V do Mosteiro da Batalha. Adelaide não perdia uma oportunidade para visitar aquele monumento único
Historiador
Um lugar chamado poesia Entro na rara luz Interior e inspirada E fico estática e leve Como uma flor na alvorada. Não há possessão maior Que o fascínio dessa morada Nem realidade mais subtil Que a torrente esplendorosa Escorrendo dos meus dedos. Entro e deixo-me ficar Sem nunca fechar a porta.
p Fonte do Claustro D. João I, da autoria de Maria Adelaide Oliveira Simões da nossa História, deixando-o imortalizado em inúmeras pinturas. O fascínio pela Batalha acompanharia sempre toda a sua obra. Foi nesta vila que casou e criou os seus filhos. Aqui deixou o maior legado de todas as imagens poéticas e pictóricas que algum dia idealizou e continua a desenvolver.
Nesses tempos de passagem entre a infância e a vida adulta, onde o sentimento desponta em paixão e raiva, nunca deixou de transparecer cada alegria e amargura nas folhas de papel intermináveis. A sua inspiração é quem vence sempre na poesia, nada pode substituir esse ditame. O fio sentimen-
tal que enverga em todos os seus versos, faz-nos refletir profundamente sobre nós próprios e o nosso papel neste mundo tão cheio de injustiças e maravilhas. Desde o momento em que escreveu os primeiros versos soube que a sua morada é a poesia, como nos conta neste poema.
Esta e muitas mais odes de rara beleza podem ser lidas no livro “Voltada para mim”, publicado em 2003 pela Câmara Municipal da Batalha. Seguir-se-iam mais duas obras, “A dimensão do olhar” e “Arquivo plural”. A admiração que sempre teve por Sophia de Mello Breyner não pode estranhar o leitor, ambas coroam a natureza na sua lírica. O mar ocupa um papel central na poesia, em memória dos longos verões que passou pela praia de São Martinho do Porto. Os pinheiros, os plátanos, os jacarandás, os roseirais, as hortênsias respiram por cada verso e silaba de toda uma escrita senti-
s Pestanas que falam
Joana Magalhães Jornalista
A arte de descobrir o melhor no pior Se não for o maior, será um dos maiores desafios colocados ao longo da vida: descobrir o bom no mau que acontece. O bom da pandemia, o bom nos planos estragados, o bom na ausência de alguém. E há, de facto, algo de melhor a descobrir no pior: o amor. E o amor é magnífico. O amor da família, dos
amigos, dos colegas de trabalho. O amor dos vizinhos, da esteticista, da professora de yoga e dos conhecidos. Tudo isso é amor, em diferentes estados. Amor que se manifesta nos telefonemas, no carinho e, por vezes, apenas no olhar. É a felicidade espelhada nas conquistas e a energia positiva e força transmitidas
mental e intima. São assim os sonetos, as elegias e toda a liberdade poética da jovem eterna Adelaide. Um neto seu tinha o sonho de lhe seguir as pisadas. Corria para o atelier e tentava aprender toda a mestria da avó. Atento às técnicas e subterfúgios da pintura, mas foi incapaz de lhe seguir o exemplo, sabendo que não seria fácil chegar à perfeição de uma artista eximia e autodidata. Mesmo assim, dedicou-se à poesia e não esquece todos os conselhos que ainda hoje recebe da poetisa que mais admira, a sua avó. Essa criança curiosa era eu e a minha avó é a poetisa e pintora Maria Adelaide Oliveira Simões, que desde adolescente vive em frente do Mosteiro da Batalha, guardando as suas recordações em telas e versos. A 28 de setembro completa mais um ano a dar vida à arte.
nas derrotas. A alegria a encontrar o melhor no pior só pode ser a de perceber que a caminhada não se faz sozinho. Em nenhum momento, mesmo quando pedimos que tudo seja digerido em silêncio, com um programa fútil a passar na televisão. Ou com mais tarefas no trabalho. Ou menos.
Que previsível e inevitável é o ser humano quando chega a estas resoluções apenas em momentos de queda, de tristeza e de grandes desaf ios. Que previsível e inevitável é o ser humano quando, de repente, resume a lista de prioridades e facilmente descobre o que é realmente importante e valioso.
E isso, isso serão sempre as pessoas. As pessoas, o amor é um caminho que é palmilhado por muita gente, num único sentido. Num mundo que julgamos e acusamos de desumano, o melhor no pior será a descoberta de um humanismo raro e precioso que, de alguma forma, pertence apenas a nós. A nós e a quem ve-
mos, sempre, por cima do ombro. E o amor é magnífico.
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Município reclama proteção contra incêndios florestais em São Mamede m Quer que seja considerada prioritária no âmbito das medidas e ações preventivas a desenvolver no âmbito do sistema de defesa O Município da Batalha voltou a exigir ao Governo, no início de setembro, “a decisão de considerar a freguesia de São Mamede como prioritária” no âmbito das medidas e ações preventivas a desenvolver no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios, seja na definição de medidas operacionais, seja nas regras aplicáveis à gestão de combustível O presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, enviou um ofício ao secretário de Estado
da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Paulo Catarino, e à secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, “alertando para a necessidade de revisão do que procede à identificação das freguesias prioritárias para efeitos de fiscalização da gestão de combustível no âmbito da prevenção de incêndios rurais”. A autarquia afirma que a decisão do Governo “prejudicou a execução de medidas preventivas dos fogos florestais na freguesia”, que foi confirmada como local crítico em recente relatório da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, sobre o ponto de situação quinzenal (1 de agosto a 14 de agosto de 2020), com fonte no histórico de ocorrências e causa-
lidade 2015-2020, e comparativo de ocorrências 2020 com as respetivas causas apuradas à data do relatório, “confirmando, assim, as preocupações do município”. No entender de Paulo Batista Santos, “a decisão dos governantes prejudicou a implementação de medidas preventivas e mais grave fundamentou a decisão do ICNF de não realizar a rede primária de faixas de gestão de combustível, como lhe competia, no perímetro f lorestal da freguesia de São Mamede”. “A situação do ponto de vista operacional só foi minimizada pelo empenho do nosso dispositivo distrital de proteção civil”, destaca o autarca. Em termos de ocupação do solo, verifica-se que a ocupação florestal repre-
p Grande parte da freguesia é ocupada por área florestal senta 60% da área da freguesia, sendo a com maior área florestal e menor área
agrícola do concelho. “As áreas de perigosidade alta e muito alta representam
43% da área territorial de São Mamede”, segundo a autarquia.
Convite à apresentação de candidaturas A Comissão Europeia, através da sua Representação em Portugal, publica um convite à apresentação de propostas para selecionar parceiros para operacionalizar um EUROPE DIRECT em 2021-2025. Os candidatos selecionados poderão receber uma subvenção que lhes permitirá realizar uma série de atividades de informação e comunicação enquanto EUROPE DIRECT.
Documentos e mais informação em: https://ec.europa.eu/info/funding-tenders/opportunities/ portal/screen/opportunities/topic-details/ed-pt-2020
Data limite: 15-10-2020, às 16h00 (hora de Portugal)
Financiamento: Subvenção anual para cofinanciamento do EUROPE DIRECT em 2021: 22.800 EUR. Subvenção pontual adicional em 2021 para a organização de um evento de promoção do EUROPE DIRECT: 3.600 EUR Subvenção anual para 2022-2025: 34.200 EUR
Destinatários: Organismo público, tal como município ou outro nível de poder local/regional, ou um organismo de direito privado comprovado, com uma missão de serviço público.
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Batalha Atualidade
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Jornal da Batalha
Município investiu 6,4 milhões de euros em educação nos últimos dois anos m Um total de 1.498 alunos do concelho vai receber cadernos de atividades, no ano letivo de 2020/2021, um investimento superior a 100 mil euros Um total de 1.498 alunos do ensino básico e do secundário residentes no Concelho da Batalha, vai ser abrangido pelo Programa Municipal de Atribuição de Cadernos de Atividades, no ano letivo de 2020/2021, que prevê um investimento superior a 100 mil euros. Desde o ano letivo de 2016/2017 que a autarquia implementa programas de distribuição gratuita dos manuais escolares. Essas iniciativas foram posteriormente assumidas pelo Governo, depois de estabelecida a sua gratuitidade na escolaridade obrigatória na rede pública do Ministério da Educação. A Câmara da Batalha destaca em comunicado que,
“além de continuar a atribuir bolsas de estudo aos alunos do ensino superior e a disponibilizar transporte escolar gratuito aos alunos do ensino básico e secundário, vai promover em articulação com o agrupamento de escolas vários projetos educativos, com destaque para os programas como o Plano Inovador de Combate ao Insucesso Escolar, Programa de Prevenção Comportamentos Aditivos e Dependências Like Saúde e o projeto Sentir a Música”. Nos últimos dois anos, o município afirma que “pagou despesa do ano anterior na função educação, no montante de 6,451 milhões de euros, correspondendo a 50,7% de toda a despesa social e representando um peso relativo de 43% na despesa total”. No ano letivo 2019/2020 o investimento direto ascendeu a 1,563 milhões de euros no agrupamento de escolas, “por via do contrato interadministrativo de delegação de competências na área edu-
Previsão de valores Nível de ensino
Nº alunos
Caderno atividades
Valor médio
1º ano
143
28,29
4 045,47
2º ano
107
30,30
3 242,10
3º ano
149
43,50
6 481,50
4º ano
134
43,84
1º ciclo 533
5 874,56 19 643,63
5ºano
163
67,24
6º ano
136
66,71
2º ciclo 299
10 960,12 9 072,56 20 032,68
7º ano
139
100,41
13 956,99
8º ano
155
104,69
16 226,95
9º ano
148
90,54
3º ciclo 442
ta ou respetivo subsídio de aquisição beneficiários de escalão de abono de família ), e que estejam matriculados no Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB), ou no caso dos alunos do Ensino Secundário (10º, 11º e 12º anos ), que estejam matriculados fora do concelho, por não haver no AEB a oferta curricular pretendida”. O concelho regista a inscrição de 1.860 alunos para
o ano letivo de 2020/2021, “um valor que representa um crescimento sustentável face aos anos anteriores e todos os níveis de ensino, inclusive o Ensino Profissional, que irão beneficiar das médias de ação social escolar em vigor no Concelho da Batalha”, refere o município. “As novas medidas propostas concretizam um apoio adicional às famílias com filhos no concelho e
que neste período de pandemia conhecem maiores dificuldades na organização da economia familiar”, adianta. Segundo uma nota da autarquia, “no ano letivo de 2020/2021, os temas da não discriminação e da inclusão social serão objetivos da política educativa municipal, num tempo de enorme exigência para a sociedade e para as crianças e jovens em particular”.
“Promoção da igualdade de oportunidades e do sucesso escolar” O Programa Municipal de Atribuição de Cadernos de Atividades, sublinha o presidente da câmara municipal, visa “minimizar os encargos financeiros das famílias” e insere-se no quadro da “política local de promoção da igualdade de oportunidades e do sucesso escolar”. “A câmara tem feito um grande esforço para proporcionar a todas as crianças e
jovens do concelho as mesmas oportunidades em matéria de acesso a um ensino de qualidade”, refere Paulo Batista Santos, adiantando que “a par da requalificação e construção de modernos centros escolares que cobrem, hoje, a totalidade do território concelhio, concretizando integralmente o que está definido na carta educativa, o município tem realizado um forte inves-
timento numa política de ação social escolar que responda às necessidades efetivas das famílias, tanto no que se refere à oferta de livros escolares e à atribuição de bolsas de estudo, como no tocando aos transportes e ao fornecimento de refeições escolares.” Na sua perspetiva, “a justiça social é um princípio democrático estruturante que se concretiza com me-
didas que permitem a distribuição dos recursos públicos em função das reais necessidades das pessoas e a medida agora aprovada de oferta de livros de fichas aos alunos, inscreve-se neste propósito de equidade e de incentivo a que todas as crianças aproveitem da melhor forma os desafios e as oportunidades educativas que lhes são proporcionadas.”
13 399,92
10º ano
88
104,97
9 237,36
69
101,51
7 004,19
12º ano
67
119,38
7 998,46
Secundário 224
24 240,01
1º ciclo
533
19 643,63
2º ciclo
299
20 032,68
3º ciclo
442
42 583,86
Ensino secundário
224
24 240,01
Estimativa
cativa , mobiliário e equipamentos , refeições e transportes escolares , AEC e diversos projetos educativos”. Entre as novas medidas para 2021, o município pretende “manter os apoios em vigor e propor a atribuição dos cadernos de apoio e livros de fichas , até ao 12º ano de escolaridade, a todos os alunos residentes no Concelho da Batalha, que não sejam abrangidos pela ofer-
42 583,86
11º ano
Soma
p O AEB regista a inscrição de 1.860 alunos para o ano letivo de 2020/2021
1498
106 500,18 60%
63 900,11
Evolução dos apoios 2016 Aprovação do Programa Municipal da Bolsa de Manuais Escolares para os alunos do 1º ciclo e distribuição dos apoios à aquisição de materiais ATL municipal e fornecimento de refeições a preços reduzidos.
2017 Alargamento do Programa de Manuais Escolares aos alunos do 2º ciclo, respetivamente que frequentavam os 5º e 6.º ano do ensino básico e a frequentar o Agrupamento de Escolas da Batalha.
2018 Inclusão dos alunos do 3º ciclo no benefício de distribuição gratuita dos manuais escolares e introdução de descontos no valor das refeições escolares e transportes escolares gratuitos para todos os alunos até ao 12º ano.
2019 Aprovação da Lei n.º 96/2019, que estabelece a gratuitidade dos manuais escolares na escolaridade obrigatória na rede pública do Ministério da Educação. Manutenção das refeições e transporte gratuitos.
Jornal da Batalha
Atualidade Batalha
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Mata do Cerejal recebeu Aves da Batalha com uma cereja no topo da observação m Surgiram dois juvenis de águiacalçada. A espécie tem sido registada no concelho nos últimos anos mas sem reprodução O Grupo Aves da Batalha voltou ao saudável ar do campo, desta vez com uma saída de observação de aves na Mata do Cerejal, em Alcanadas, no passado dia 25 de Julho. “Este é, sem dúvida, um local mágico e repleto de natureza dentro de um concelho tão urbanizado, como é o da Batalha. Também o é para os locais, que anualmente organizam aí várias caminhadas, e para todos aqueles que vêm de fora para percorrer os seus
p O grupo pôde registar 34 espécies de aves trilhos”, refere João Tomás, um dos elementos do grupo. Com um total de 12 par-
ticipantes, entre os quais jovens curiosos, o passeio permitiu registar 34 espécies de aves. “Apesar de o
sol ter estado tímido, observámos vários chapins, pica-pau-malhado-grande, peto-real, os incríveis
andorinhões-pálidos que nunca param de voar, e ainda milhafre-preto e peneireiro-cinzento”, refere. “Mas a cereja no topo do bolo foi mesmo o aparecimento inesperado de dois juvenis de águia-calçada. A espécie tem sido registada no concelho nos últimos anos, mas sem qualquer registo que confirmasse a sua reprodução no concelho. Foi desta, e ainda por cima numa das saídas organizadas pelo grupo. Os dois jovens de forma clara proporcionaram momentos fantásticos e que certamente ficarão na memória de todos. Mais tarde acabou por chegar um dos pais com o pequeno-almoço nas garras”, descreve João Tomás. Para além da avifauna, durante a caminhada foi
ainda possível observar duas entradas de uma toca de texugos, várias espécies de flora autóctones, como por exemplo a gilbardeira (espécie protegida), uma cobra-de-pernas-tridáctila e indícios da presença de raposas. E para tornar esta mata “encantada” ainda mais bonita e saudável, no âmbito do desafio por lançado pelo grupo, recolheu-se o lixo encontrando pelo caminho. No final o grupo conseguiu juntar quase dois sacos de lixo. “Foi mais uma bela manhã de conhecimento e monitorização de um dos recantos naturais mais bonitos do concelho. Só conhecendo a biodiversidade deste local é que se pode garantir a sua preservação e proteção”, conclui João Tomás.
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Batalha Opinião
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Jornal da Batalha
s Fiscalidade
Harmonização e simplificação de determinadas regras no sistema do IVA no comércio intracomunitário Foi publicada em Diário da República, a Lei n.º 49/2020, de 24/8, a qual harmoniza e simplifica determinadas regras no sistema do imposto sobre o valor acrescentado no comércio intracomunitário, transpondo as Diretivas (EU) 2018/1910 do Conselho, de 4/12/2018, e 2019/475 do Conselho, de 18/2/2019, e alterando o Código do Imposto sobre o valor acrescentado, o Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias e o Código dos Impostos Especiais de Consumo. Estas medidas aparecem na sequência da implementação em 2016 do plano de ação para o IVA no seio da União Europeia, o Conselho Europeu propôs à Comissão Europeia aprovar medidas de melhoria e combate à fraude em ma-
téria do IVA, em particular no que respeita às transmissões intracomunitárias de bens. Foram quatro as “Quick Fixes” aprovadas, com efeitos a 1/1/2020 e são diretamente aplicáveis no ordenamento jurídico português, nomeadamente: a) Simplificação das regras relativas às transações intracomunitárias aplicáveis às vendas à consignação; b) Uniformização das regras para a determinação do transporte intracomunitário em transmissões de bens em cadeia; c) Obrigação da validação do número de identificação de IVA do adquirente no VIES como condição substantiva da isenção de IVA em transmissões intracomunitárias de bens e d) harmonização da documentação exigida para efeitos de apli-
cação da isenção às transmissões intracomunitárias Procurou-se garantir que as partes envolvidas – fornecedores, adquirentes e transportadores - dispusessem da prova necessária a sustentar a aplicação da isenção do IVA no Estado-Membro (EM) de origem dos bens na correspondente transmissão intracomunitária, pretendeu-se, evitar que o sujeito passivo, que transfere bens de um Estado para outro para venda à consignação, se tenha que registar no EM de destino desses bens. Quando é o adquirente a efetuar o transporte, para além dos documentos comprovativos do transporte (tipo A e tipo B), o adquirente fornece ao fornecedor a referida declaração prevista na subalínea i) da alínea b) do n.º 1 do Art.º 45.º-A do re-
ferido regulamento de execução (tipo C). Os documentos referidos no Art.º 45.º-A do Regulamento Execução (RE) são comprovativos utilizados para atestar que foi realizado a expedição dos bens para o outro EM com destino ao sujeito passivo adquirente aí sedeado. A impossibilidade de obtenção de algum documento previsto no Art.º 45.º do RE, por si só, não é motivo de refutação da presunção de que os bens foram expedidos para o sujeito passivo no outro EM, nem impeditivo da aplicação da isenção do Art.º 14.º do RITI. O vendedor deve garantir a obtenção de outros meios de prova complementares, nomeadamente de outros documentos comprovativos do transporte, de comprovação da
receção dos bens pelo adquirente no outro EM contratos e outros meios de prova, incluindo os movimentos financeiros. Há a referir quando é o fornecedor ou o adquirente a efetuar o transporte através de meios próprios a presunção de prova através dos documentos de tipo A e tipo B pode não ser possível, tal como decorre das notas explicativas da Comissão Europeia. Todavia, parece ser possível que essa presunção de prova possa ser efetuada mediante o documento de transporte emitido pelo próprio fornecedor ou adquirente. Não existindo um entendimento claro sobre estas matérias, sugere-se que solicitem esclarecimentos à AT através de pedido de informação vinculativa nos termos do Art.º 68.º da Lei
António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração
Geral Tributária. Prevê-se a possibilidade de os sujeitos passivos de IVA procederem à submissão - substituição, até ao 31 de dezembro de 2020, das declarações recapitulativas de imposto.
s AMHO A Minha Horta
Em setembro ainda se colhe a abundância das culturas de verão e começa-se a preparar os terrenos para as culturas de inverno. Estamos ainda em plena pandemia e ter um quintal pode ser um local onde dispomos de espaço exterior para viver e ainda para potenciar o essencial à vida: a alimentação. No meu quinta l não sou auto-suficiente, mas aprendo diariamente a ser cada dia mais e isso traz-me também alguma segurança/confiança no futuro. Um provérbio que ouvi em outros momentos, que se aplica sempre: semeia e cria e viverás com alegria. Porque viver com alegria pode também ser uma
decisão de cada um. Todos temos contrariedades na vida, a forma como lidamos com elas é que faz a diferença, que saibamos sempre valorizar/potenciar/procurar mais o que nos traz alegria de viver e assim diminuir/esquecer o que nos transtorna. Nos quintais a preparação para as novas culturas pode passar por aproveitar os excedentes das plantas que estiveram em produção, incorporar na terra os seus restos orgânicos, o permite que os alimentos que as plantas retiraram do terreno posso ser devolvido. Pode ser criada uma pilha de composto (de preferência em zona à sombra e se não tiver pressa é só ir empilhando, pode juntar os res-
Foto: Steve Buissinne © Pixabay
Galinhas soltas ajudam a preparar o terreno
tos dos legumes preparados na cozinha, depois os pequenos animais farão o resto) poupa-se e recicla-se, é só vantagens.
Se tiverem galinhas podem soltar as mesmas nas zonas cultivadas que elas ajudam a preparar o terreno. Conselho para quem
pretende iniciar uma horta: faça um galinheiro no centro da zona a cultivar de forma a que possa libertar as galinhas para a
Célia Ferreira
parte do terreno em fim de colheita, com o decorrer do tempo, verificará que elas preparam, limpam e estrumam o terreno com grande mestria, e ainda oferecem ovos. Hortícolas para semear e/ou plantar ao ar livre: Agriões, aipo, acelgas, alface de inverno, alho-francês, brócolos, cenouras, cebolas, cenouras, coentros, Couves várias, endívias, espinafres, ervilhas, favas, nabos, nabiças, rabanetes, rúcula, salsa. Jardim, semear amores-perfeitos, cravos, gipsófilas, calêndulas, miosótis, papoilas. Em bolbo: jacintos, narcisos e tulipas. Na horta posso cultivar bons alimentos e bons sentimentos! Boas colheitas.
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Atualidade Batalha
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Cem mil visualizaram as Festas da Batalha através da Internet m No Dia do Município foram homenageados profissionais das áreas da saúde e de apoio à população idosa As Festas de Batalha de 2020, que assinalaram 635 anos da Batalha de Aljubarrota e celebraram o Dia do Município (14 de agosto), com a realização de eventos culturais e desportivos, onde segundo o município “a marca foi a segurança das pessoas” e com os principais concertos transmitidos online, “atingiram um registo histórico superior a cem mil visualizações”. O artista Diogo Piçarra, que atuou na sexta-feira, dia 14, nas Capelas Imperfeitas e, no dia seguinte, dia 15, Gisela João, que se apresentou
no Claustro Real, protagonizaram os momentos altos do evento municipal que, adianta a autarquia em comunicado “suscitou o interesse de milhares de visitantes através das redes sociais e também algumas centenas ao vivo, nos espaços preparados para o efeito e conforme as orientações da Direção-Geral de Saúde”. A caminhada Mestre de Avis, a participação de grupos locais de música tradicional portuguesa, a apresentação de um novo vinho “Real Batalha”, pela Adega Cooperativa da Batalha, e ainda o lançamento do livro “Fotografar o Tempo: Da Casa Alvão à Atualidade”, de autoria do presidente da Assembleia Municipal, Júlio Ribeiro Órfão, completaram o programa reduzido da edição deste ano das Festas da
p Pandemia impediu festas com público mas houve fogo de artifício Batalha. No Dia do Município foram homenageados profissionais das áreas da saúde e de apoio à população idosa: Carla Neto, diretora técnica do Centro Paroquial de As-
sistência de Reguengo Fetal e Maria Delfina Inácio, a exercer funções do Centro Social e Cultural da Paróquia de São Mamede, “em representação das auxiliares que estiveram na frente da Co-
vid-19 com os utentes”; e Vítor Sousa, delegado de saúde da Batalha e Ângela Coelho religiosa e médica, a exercer funções no Centro Hospitalar Nossa Senhora da Conceição.
“As cerimónias e os eventos em torno do Dia Município da Batalha, concretizam objetivos culturais e valores humanos neste período de pandemia que nos enchem de orgulho, e que pretendem transmitir uma mensagem à população – soubemos vencer duras batalhas no passado, iremos vencer os desafios próximos”, refere o presidente da câmara municipal. “Agradeço a forma responsável e com segurança como todos participaram nos diversos eventos e, em nome do Município da Batalha, testemunho a colaboração das várias entidades locais, regionais e do Governo para fazer deste evento uma referência de apoio à cultura portuguesa e de evocação da nossa história coletiva”, acrescenta Paulo Batista Santos.
António Caseiro
Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração
ALOJAMENTO LOCAL
Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt
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Jornal da Batalha
setembro 2020
Saúde
A acne é uma doença bastante prevalente na nossa sociedade, afetando indivíduos de todas as idades, sexo e condição económica. Apresenta uma elevada carga psicológica, que pode conduzir ao isolamento social por diminuição da autoestima de quem sofre com esta doença. Atualmente, existem vários conceitos errados na sociedade sobre esta patologia que convém desmistificar. A acne afeta apenas os adolescentes? Errado. Apesar de afetar principalmente os adolescentes devido às alterações hormonais associadas à puberdade, a acne pode persistir até à idade adulta, principalmente nas mulheres.
A acne afeta apenas o rosto? Errado. Apesar do rosto ser a zona mais afetada (principalmente a região do queixo, nariz e testa), a acne pode surgir em outras partes do corpo, nomeadamente no peito, costas e braços. Posso apanhar acne de outras pessoas? Errado. Apesar de ser causada por uma bactéria (Propionibacterium acnes e Staphylococcus albus) a acne não é uma doença contagiosa nem transmissível pelo contato físico. A atividade sexual agrava a acne? Errado. A prática sexual e a masturbação não causam nem agravam a acne. A pílula contracetiva agrava a acne? Depende.
Foto: Sharon McCutcheon © Pixabay
Acne – Mitos e verdades!
Diferentes pílulas contracetivas têm diferentes hormonas na sua constituição. Apesar de existirem pílulas que podem agravar a acne, existem outras que, pelo contrário, podem melhorar o seu aspeto.
O chocolate agrava a acne? Depende. Apesar de ainda não existir nenhum estudo científico que correlacione o consumo de chocolate com o aparecimento/agravamento da acne, é conhecido que
vante, esta deve ser avaliada por um médico.
a alimentação influencia o estada da pele. Já foi demonstrado que a ingestão de determinados alimentos, como o açúcar branco e os cereais refinados, têm tendência a agravar a acne. O stress provoca acne? Verdade. Já há estudos que comprovam uma relação forte entre o agravamento da acne e o stress. Mesmo em pessoas que usualmente não sofram de acne, o stress pode levar ao aparecimento de borbulhas esporádicas. Na maioria dos casos, a acne acaba por desaparecer apenas com a utilização de produtos de dermocosmética, não sendo necessário recorrer a medicação especifica. No entanto, em casos de acne recorrente e recidi-
ATENÇÃO: Este ano, a vacinação contra a gripe e contra a pneumonia tem um papel importante na sua saúde e na dos outros. Para mais informações sobre a vacina contra a gripe sazonal e contra a pneumonia, dirija-se ao seu Centro de Saúde. Não facilite, vacine-se.
Sónia Marques de Almeida Interna de MGF, USF Condestável, Batalha
, SA ACORDOS PARA OFTALMOLOGIA:
ADSE, ADMG, Multicare, Advancecare, Médis, SAD-PSP, SAD-GNR, SAMS Centro, SAMS Quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sãvida
Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon,
Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia...sábado - manhã Oftalmologia...............................................Dr. Joaquim Mira............................. sábado - manhã
Dra. Matilde Pereira.. quinta - tarde/sábado - manhã
Dr. Evaristo Castro................................. terça - tarde
Dr. João Cardoso.............................. segunda - tarde
Otorrinolaringologia.................................Dr. José Bastos.................................... quarta - tarde Pneumologia/Alergologia.........................Dr. Monteiro Ferreira............................sexta - tarde Próteses Auditivas................................................................................................... quarta - tarde Psicologia Educacional/vocacional........ Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos..................................Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Terapia da Fala...........................................Dra. Débora Franco.............................quinta - tarde Urologia.......................................................Dr. Edson Retroz..................................quinta - tarde
Ortóptica.....................................................Dr. Pedro Melo................................ sábado - manhã
Medicina Dentária
Outras Especialidades:
Cardiologia..................................................Dr. David Durão.....................................sexta - tarde Cirurgia Geral/Vascular.............................Dr. Carlos Almeida.................................sexta - tarde Clínica Geral................................................Dr. Vítor Coimbra................................ quarta - tarde Dermatologia............................................ Dr. Henrique Oliveira...................... segunda - tarde
Dra. Sâmella Silva
Terça/Quinta - Tarde Sábado - Manhã
Dra. Susana Frazão
Sexta-feira - Tarde
Electrocardiogramas...............................................................................segunda a sexta - tarde Endocrinologia............................................Dra. Cristina Ribeiro............segunda / terça - tarde Estética .......................................................Enf. Helena Odynets..............................sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..........................Dr. Paulo Cortesão........................... segunda - tarde
Cirurgia Oral Implantologia
Neuro Osteopatia /Acumpunctura.........Tec. Acácio Mariano............................ quarta - tarde
Próteses Dentárias
(Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)
Ortodontia
Neurocirurgia.............................................Dr. Armando Lopes......................... segunda - tarde Neurologia..................................................Dr. Alexandre Dionísio..........................sexta - tarde Nutricionista...............................................Dra. Ana Rita Henriques........................ terça - tarde
Rx-Orto Telerradiografia
Ortopedia....................................................Dr. António Andrade....................... segunda - tarde
Rua da Ribeira Calva . Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente . BATALHA . Tel.: 244 766 444 . 939 980 426 . clínica_jm@hotmail.com
Jornal da Batalha
SaĂşde Batalha
setembro 2020
Aleitamento materno: o melhor para os bebĂŠs
A amamentação ĂŠ a melhor forma de alimentar os bebĂŠs, sendo os benefĂcios mais Ăłbvios para o bebĂŠ e a mĂŁe, mas estendendo-se a toda a famĂlia e sociedade. É a forma mais antiga, natural e universal de alimentação dos pequenos humanos. É recomendada pela Organização Mundial de SaĂşde (OMS) como a alimentação ideal para os bebĂŠs em todo o Mundo, em exclusi-
dando a estabelecer a ligação com a mĂŁe. Diminui o risco de morte-sĂşbita. É especialmente importante em recĂŠm-nascidos e bebĂŠs prematuros. HĂĄ ainda benefĂcios para o bebĂŠ a longo prazo, diminuindo o risco de obesidade, diabetes e alguns tipos de cancro. Os benefĂcios para a mĂŁe começam no pĂłs-parto imediato, diminuindo o risco de hemorragias graves, fortalecendo a ligação com o bebĂŠ, providenciando um momento de pausa nas outras atividades e ajudando na perda de peso. Diminui o risco de obesidade, diabetes, osteoporose e vĂĄrios cancros (especialmente da mama) a longo prazo. Em Portugal as mĂŁes que amamentam e trabalhem podem solicitar ajuste e redução de horĂĄrio Ă entidade patronal. Toda a famĂlia beneficia com a amamentação, pelo
vo atĂŠ aos 6 meses e depois mantida com a introdução progressiva dos outros alimentos. A duração â€œĂłtimaâ€? ĂŠ desconhecida, sendo recomendada pela OMS atĂŠ aos 2 anos ou mais, reconhecendo-se benefĂcios enquanto a mĂŁe e a criança a queiram manter. Os benefĂcios para o bebĂŠ sĂŁo geralmente o grande motivador das mĂŁes, vĂŁo desde a nutrição e hidratação Ăłtimas e adequadas a cada fase de cada bebĂŠ, transmissĂŁo de imunidade, regulação tĂŠrmica e conforto, estimulando o ideal desenvolvimento da boca, dentes e linguagem e aju-
seu menor custo e Ăłtima segurança e conveniĂŞncia. A amamentação reduz temporariamente a fertilidade materna, contribuindo para o espaçamento das gravidezes. Os benefĂcios para a sociedade sĂŁo em primeira anĂĄlise o menor custo com a alimentação dos bebĂŠs, mas sobretudo com o tratamento das doenças evitadas (do bebĂŠ e da mĂŁe), diminuição do absentismo da mĂŁe (jĂĄ que os bebĂŠs adoecem menos) e globalmente, beneficia tambĂŠm o ambiente, jĂĄ que a amamentação ĂŠ a opção mais ecolĂłgica.
InĂŞs Palma dos Reis Coordenadora do NĂşcleo de Estudos de Medicina ObstĂŠtrica da Sociedade
Foto: Nikolay Osmachko Š Pexels
Portuguesa de Medicina Interna (SPMI)
Estes benefĂcios sĂŁo ainda mais evidentes em locais ou momentos em que as alternativas desaparecem ou sĂŁo menos seguras (catĂĄstrofes, saneamento inadequado, pobreza extrema). Durante a presente pandemia de COVID as recomendaçþes internacionais tĂŞm sido veementes: as mĂŁes infetadas com COVID devem ser apoiadas a amamentar, mesmo se sintomĂĄticas (sendo que a mĂŁe doente deve usar mĂĄscara e medidas de higiene reforçadas), pois os benefĂcios da amamentação parecem superar largamente o risco de infeção dos bebĂŠs. EntĂŁo e os “malefĂciosâ€?, as desvantagens – sĂŁo raras as situaçþes em que ĂŠ recomendado nĂŁo amamentar – geralmente por infeçþes ou fĂĄrmacos (da mĂŁe) que passem para o bebĂŠ e cujo risco supere os benefĂcios acima listados (devendo ser avaliados caso a caso por profissional de saĂşde qualificado e atualizado). A mĂŁe pode optar por nĂŁo amamentar para partilhar ou ceder a tarefa de alimentar o bebĂŠ. Infelizmente, muitas mĂŁes desistem de amamentar (ou limitam a duração da amamentação) por dificuldades no processo de amamentação (feridas, mastites), pressĂŁo laboral, da sociedade e mesmo de familiares. Quais as alternativas – quando a mĂŁe nĂŁo pode ou nĂŁo quer amamentar, pode recorrer a vĂĄrias alternativas: a Organização Mundial de SaĂşde recomenda o leite humano (bancos de leite) como primeira alternativa, para recĂŠm-nascidos; as amas-de-leite como segunda alternativa, e sĂł depois as fĂłrmulas de “leite adaptadoâ€?. O leite de vaca “normalâ€? (nĂŁo adaptado a bebĂŠs), leite de outros animais e as bebidas vegetais nĂŁo sĂŁo recomendadas para os primeiros 12 meses de vida. Independentemente das escolhas, as MĂŁes deveriam ser mais apoiadas por todos, pois enquanto parte da sociedade, todos queremos e todos ganhamos com o que todas as MĂŁes querem, o melhor para os BebĂŠs.
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Saiba o que ĂŠ e como pode prevenir a diarreia do viajante
VitĂłria Rodrigues Microbiologista clĂnica
A diarreia ĂŠ o principal problema de saĂşde durante as viagens. Segundo dados da Direção-Geral da SaĂşde (DGS) a diarreia do viajante pode afetar atĂŠ 50 por cento das pessoas que viajam para o estrangeiro e o principal fator de risco ĂŠ o destino da viagem. A diarreia do viajante ĂŠ, na maioria dos casos, uma infeção gastrointestinal originada pela ingestĂŁo de ĂĄgua ou alimentos contaminados com microrganismos patogĂŠnicos que podem ser bactĂŠrias, vĂrus ou parasitas. O risco de contaminação estĂĄ associado, sobretudo, a prĂĄticas de higiene menos adequadas na manipulação, preparação dos alimentos e tratamento de ĂĄguas. Estes microrganismos vĂŁo alterar a microbiota intestinal - conjunto de microrganismos que coloniza o nosso intestino e que tem um papel fundamental na nossa defesa, na nossa saĂşde e no bem-estar, protegendo-nos de infeçþes. Os sintomas ocorrem de forma sĂşbita, geralmente durante a viagem ou logo apĂłs o regresso. Consistem num
aumento da frequĂŞncia das dejeçþes com fezes lĂquidas acompanhadas de cĂłlicas abdominais, nĂĄuseas, vĂłmitos e por vezes febre e/ou sangue nas fezes. A maioria dos casos nĂŁo sĂŁo graves, duram 3 a 5 dias e nĂŁo necessitam tratamento. O principal risco ĂŠ a desidratação, especialmente em crianças, grĂĄvidas, idosos e doentes crĂłnicos. De acordo com a Organização Mundial de SaĂşde (OMS) os destinos de maior risco sĂŁo a Ă sia, o MĂŠdio Oriente, a Ă frica e a AmĂŠrica Latina. No entanto, este problema de saĂşde pode ocorrer mesmo nos paĂses mais desenvolvidos se as condiçþes de higiene, na preparação e confeção dos alimentos nĂŁo forem rigorosas. Para prevenir a diarreia do viajante deve-se ter cuidados de higiene pessoal, sendo aconselhĂĄvel, principalmente: lavar frequentemente as mĂŁos; beber ou lavar os dentes com ĂĄgua engarrafada ou fervida; nĂŁo comer alimentos crus; os cubos de gelo devem ser feitos com ĂĄgua engarrafada ou fervida. O diagnĂłstico ĂŠ efetuado com base nos sintomas, mas
nos casos de diarreia aguda acompanhada de febre e/ou sangue e na diarreia persistente ĂŠ aconselhĂĄvel realizar anĂĄlises clĂnicas como o exame microbiolĂłgico e parasitolĂłgico das fezes, e o Estudo Funcional da Microbiota Intestinal com identificação dos Agentes PatogĂŠnicos, incluindo parasitas e vĂrus. O tratamento baseia-se na hidratação, numa dieta adequada e na toma de antidiarreicos; no entanto, este nĂŁo sĂŁo indicados nos casos de diarreia com sangue e/ou febre. Os probiĂłticos podem ajudar a reequilibrar a microbiota intestinal, criando assim condiçþes desfavorĂĄveis Ă multiplicação dos microrganismos patogĂŠnicos. VĂĄrios estudos indicam que as pessoas infetadas com o novo coronavĂrus podem ter problemas digestivos, tais como diarreia ou dores de estĂ´mago, antes de apresentarem febre, tosse e dificuldades respiratĂłrias. Se esta situação acontecer apĂłs estadia numa zona com elevado nĂşmero de casos de COVID-19 ĂŠ necessĂĄrio estar atento aos sintomas e consultar o mĂŠdico.
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Batalha Opinião
setembro 2020
Jornal da Batalha
s Noticias dos combatentes
Foto: Otis Historical Archives
Lições da Pneumónica. Há 100 anos também estava tudo farto!
Quase diariamente chegam-nos textos de vários autores comparando o que se passou há 100 anos com a “pneumónica” e o que se está a passar no presente com o SARS-CoV-2. A pneumónica terá surgido no início de 1918 e também grassou por todo o mundo mas, devido à circunstância de se estar em plena 1ª Guerra Mundial, o seu epicentro foi na Europa, com este con-
tinente a ser o mais afetado. Porque, à época, a ciência e a estatística não estavam tão desenvolvidas como no presente, ainda hoje não se sabe exatamente onde a gripe começou nem quantas pessoas morreram, embora no primeiro caso a maioria das evidências aponte para os Estados Unidos da América e, quanto a números, a probabilidade mais fidedigna dirá respeito aos infetados, que te-
rão rondado os 500 milhões, enquanto os mortos terão sido cerca de 50 milhões. Entretanto, devido à guerra, os países beligerantes impunham a censura e, para evitar alarmismos, também esconderam a existência da pandemia até ao limite. O mesmo não se passou com Espanha que, sendo neutral, foi o primeiro país a divulgá-la, chamando-lhe “gripe francesa”, enquanto os res-
tantes lhes chamaram “gripe espanhola”, como aconteceu em Portugal, embora também a apelidássemos de “pneumónica”. A pneumónica terá estado ativa mais ou menos durante dois anos e teve três vagas, sendo que a 1ª e mais branda durou até ao fim do verão de 1918, a 2ª, verificada durante o outono e inverno seguintes, foi a mais mortífera e a 3ª, já mais moderada, terá sobrevivido até próximo de finais de 1919. Posto esta breve súmula, seria de esperar que, 100 anos depois, em que a evolução da ciência, da cultura, enfim, da humanidade em geral, foi exponencial, tivéssemos aprendido o suficiente com as lições de então para agora não cometermos os mesmos erros, com a Covid-19. Puro engano nosso, parecendo que tem razão quem diz que a História se repete perenemente! Em especial por relatos da época, que nos chegam dos Estados Unidos da América, sabe-se que, por volta de setembro/outubro de 1918, as
pessoas também estavam fartas de confinamento, máscaras, isolamento, quarentena… e o descontentamento, desobediência às autoridades e até a revolta começaram a aparecer um pouco por todo o lado. Resultado: 2ª vaga da gripe, com efeitos mortíferos várias vezes multiplicados. Caramba! Mas agora está a acontecer exatamente o mesmo, um pouco por todo o mundo, com a atual pandemia! Isto apesar de, no presente, haver mais mil e uma maneiras de vencermos o tédio e o isolamento: quase não há analfabetismo, há a rádio, televisão, telefones, telemóveis, computadores, Internet, informação ao minuto! Ou seja: o que se passou há 100 anos devia servir de lição à sociedade de hoje. Tínhamos obrigação, todos nós, de colher daquela tragédia todo o conhecimento possível para agora não cometermos os mesmos erros. Infelizmente, a realidade mostra-nos que, de facto, não aprendemos nada, pois estamos, por inteiro, a re-
petir esses erros. “Negacionistas, resistentes que não acreditam na seriedade do problema, contra-correntes, especialistas a contradizerem-se uns aos outros, políticos a tomarem medidas dúbias por causa da pressão económica”. Porém, “ainda vamos a tempo de usar os exemplos de há cem anos para evitar catástrofes maiores”. Temos de “perceber que não haverá um botão de ‘ligar’ que se pode premir e instantaneamente ter a vida que levávamos antes”. “Tudo isto tem sido duro demais para deitar a perder com uma atitude de tudo ou nada, em que ou se está a falar com as plantas durante um mês fechado em casa ou está tudo nos ‘sunsets’ com uma cerveja na mão”. “Uma coisa é certa: depois de sair do confinamento, será muito mais difícil voltar a ele”. Batalhenses, não facilitem, pela vossa saúde e a de todos nós. NB-LC
s Tesouros da Música Portuguesa Por João Pedro Matos
Cantar a diáspora portuguesa A palavra diáspora é de origem grega e refere-se à dispersão do povo judeu, ao vaguear das dez tribos de Israel por toda a Terra. Todavia, o mesmo termo refere-se ao conjunto de comunidades de qualquer povo espalhadas pelo mundo, resultante do fluxo de pessoas que deixam o seu país e partem para o estrangeiro. Facilmente se compreende que a diáspora pode relacionar-se de perto com outros dois fenómenos: o da emigração e do êxodo. Todavia, não deve necessariamente ser confundido com estes últimos, na medida em que a diáspora tem sempre presente comunidades mais ou menos estáveis, ao passo que os outros dois são fenómenos em constante
mudança, seja individual ou coletivamente. Assim, conclui-se que também há uma diáspora portuguesa, consolidada desde o tempo dos descobrimentos: ela espalha-se, nomeadamente, pelas duas Américas, por toda a Europa, pelo extremo Oriente e pelo litoral Africano. Ou seja, a diáspora portuguesa nunca perde de vista as comunidades que foram criadas fora da sua pátria. Fausto Bordalo Dias, nascido em 1949 a bordo de o Pátria (navio de passageiros que fazia viagem entre Portugal e Angola), é ele também um homem da diáspora. Entre outros discos que gravou desde 1970, Fausto tem uma trilogia de discos magníficos, trabalhos que são re-
flexo da sua vivência em Angola durante a infância e a adolescência, e que musicalmente fazem a fusão entre os ritmos africanos e os ritmos da beira baixa. Estes álbuns completam a trilogia, chamada Lusitana Diáspora, e são: Por Este Rio Acima, de 1982, Crónicas da Terra Ardente, de 1994, e Em Busca das Montanhas Azuis, de 2011. Por Este Rio Acima, procura inspiração nas páginas notáveis da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto. Publicada em 1614, Peregrinação relata as aventuras do seu autor na China, em Sião (Indochina), e no Japão, num estilo vivaz, muito próximo da oralidade. Os contemporâneos de Fernão Mendes Pinto não acreditavam na veracidade
de tais relatos e perguntavam: Fernão, mentes? Minto, respondiam eles. Sendo um dos álbuns mais marcantes da música popular portuguesa de sempre, Por Este Rio Acima contém jóias tais como O Barco Vai de Saída, Como um Sonho Acordado, Lembra-me um Sonho Lindo ou o célebre Navegar, Navegar. Participam neste disco, entre outros artistas, Júlio Pereira, Rui Júnior e Pedro Caldeira Cabral. O segundo volume da trilogia, Crónicas da Terra Ardente, baseia-se na História Trágico-Marítima, compilada por Bernardo Gomes de Brito e publicada em 1735 e 1736. Resultado de textos de vários autores, alguns anónimos, a História Trágico-
-Marítima narra uma série de episódios marítimos relativos a naufrágios, como o famoso naufrágio do galeão S. João na Terra do Natal, em 1552. Em Busca das Montanhas Azuis completa a trilogia Lusitana Diáspora e trata da jornada de descoberta do território africano pelos portugueses entre os séculos XV e XIX. O álbum alcançou o feito de ganhar o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores em duas categorias: como Melhor Álbum da Música Portuguesa de 2011 e na categoria de Melhor Canção, com a faixa E Fomos Pela Água do Rio. Esta trilogia (composta por três álbuns duplos) constitui uma das referências funda-
mentais da música popular portuguesa. E o seu primeiro volume, Por Este Rio Acima, conseguiu mesmo ser um dos discos mais vendidos no historial da indústria discográfica do nosso país. Lusitana Diáspora é, por todos os motivos, uma obra a visitar ou a revisitar amiúde, já que funda um património que tem como principal ponto cardinal a grande diáspora portuguesa.
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Economia
Batalha Real de gama superior é o novo vinho da adega batalhense m O Batalha Real provém de vinhas implantadas em solos argilo-calcários e bem drenados nas encostas que circundam a vila A Adega Cooperativa da Batalha lançou um novo vinho de gama superior DOC denominado Batalha Real, no dia 15 de agosto, no Mosteiro da Batalha, no âmbito das festas concelhias. “O Batalha Real provém de vinhas implantadas em solos argilo-calcários e bem
drenados nas encostas que circundam a vila da Batalha”, explicou na sessão de apresentação o enólogo António Ventura, que mantém uma colaboração com a Adega Cooperativa da Batalha há mais de três décadas. “O novo vinho posiciona-se numa gama superior, com destaque para a utilização das castas Baga, Castelão, Aragonez e Syrah, tendo estagiado em barricas de carvalho português, conferindo por esta via um sabor elegante, distinto e dotado de personalidade”, adiantou. A denominação escolhi-
da - Batalha Real - assume uma clara alusão à Batalha de Aljubarrota, ocorrida a 13 de agosto de 1385, “continuando os grandes momentos da história de Portugal a servir de mote ao lançamento de novos vinhos da Adega Cooperativa da Batalha, numa lógica de parceria com as entidades desta região”. O texto explicativo da contenda histórica é da autoria do diretor do Mosteiro da Batalha, Joaquim Ruivo. É de destacar, por outro lado, “a preocupação inclusiva” da Adega Cooperativa da Batalha junto dos consumidores,
p O enólogo António Ventura apresentou o novo néctar através da inserção de braille no rótulo, permitindo uma melhor identificação do produto. O novo vinho já está a ser comercializado na Adega Cooperativa da Batalha, restaurantes e espaços de dis-
tribuição. Desde 1959 que a Adega Cooperativa da Batalha aproveita o que há de melhor nas encostas que envolvem o mosteiro: mais de 500 hectares de vinha, “trabalhada com toda a paixão,
empenho e dedicação das suas gentes, dão origem a vinhos com sabor a tradição”. Representa mais de 85% da produção vinícola do concelho, integrando também os concelhos vizinhos.
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Jornal da Batalha
Património Manifestações da cultura popular em actos religiosos (II)
Sonho duma noite de Verão
Naquela noite de arraial demos a mão, tu, num gesto casual à amizade, eu, à ilusão. Não houve outra noite igual desde então, nem mais um gesto teu que me iludisse. De tudo, ficaram as palavras que eu te disse e de novo, comigo, a solidão.
Antes de mais uma breve nota: as manifestações da Cultura Popular não devem só ser preservadas porque são tradição ou por meramente reflectirem hábitos antigos, mas porque são extremamente belas, criativas, plenas de espírito e de espiritualidade, sempre com significado não obstante perder-se no tempo, e tantas vezes isso acontece, as suas raízes. As “ofertas” e os “andores de oferendas”, tão característicos da Alta Estremadura, que neste caso vou estender até Tomar, são uma das mais e x pre s s iva s m a n i fe s tações da Arte do nosso Povo. Convém, contudo, explicar já o que são as “ofertas” e o que são os “andores de oferendas”: no primeiro caso trata-se de um tabuleiro de madeira, enfeitada com flores de papel, artisticamente dispostas, de vários desenhos e cores, que “coroam” a tábua onde se colocam os bolos de vários tamanhos e formatos, sendo no caso da paróquia da Batalha, o celebrado e saboroso bolo em forma de ferradura, pesando cada um 3 quilos, o que tratando-se dos tradicionais seis, o seu peso total é de dezoito quilos. A “oferta” é transportada à cabeça
e isto hoje torna-se difícil para pescoços que perderam o hábito de suportar carregos. Por sua vez, o “andor” é também enfeitado com f lores de papel, papel colorido ou simplesmente branco, e é levado por quatro pessoas. Pode transportar produtos agrícolas de que se destaca o azeite, relacionado com diversos aspectos da Cultura Popular desde a iluminação às curas das mezinhas, e produtos animais, as morcelas e as chouriças entre outros. Na paróquia da Batalha, que abrange as duas freguesias da Batalha e da Golpilheira, as “ofertas” revestem-se de especial beleza. Sobretudo as que figuram na “sua” procissão pela Festa, antiga de séculos, da Santíssima Trindade já referida, no século XVII, no “Couseiro”. Já no Reguengo do Fetal, Paróquia criada também no século XVI mas cerca de três meses antes da da Batalha, as “ofertas” da Festa do Espírito Santo, são de forma piramidal e servem de armação aos vistosos e saborosos bolos de palma e de perna. Mas, por toda a região da Alta Estremadura há “ofertas” e “andores” de diversos formatos, ar-
p Reconstituição, pelo Rancho Folclórico Rosas do Lena, do desfile das Ofertas nas Festas da Paróquia da Batalha em honra da Santíssima Trindade. t i s t ic a m e n te e n fe it a dos conforme o gosto de quem se encarrega desta tarefa que se repete todos os anos, mas que infelizmente e muito tristemente se viu interrompida pela epidemia que afectou os povos de todo o Mundo. Como sucedeu com as ma nifestações da a rte e da inventiva popular tão originais na Festa de Nossa Senhora do Fetal, no Reguengo, propostas para serem consideradas património a classificar e a preservar, as “ofertas” e os “andores das oferendas” podem enquadrar-se nesta classificação. A forma do Povo manifestar, assim, a sua Fé, reveste-se de toda a legitimidade e tem sido a razão de manterem-se vivos a sua criatividade e
costume diferenciadores que se a Igreja não tivesse acolhido benevolamente se teriam perdido irremediavelmente. Nestas manifestações da Cultura Popular inserem-se os círios, de expressão tão própria da Estremadura, de que ainda subsistem alguns, nomeadamente o muito antigo e muito expressivo da Prata Grande, que anualmente compete a uma das Confrarias do concelho de Mafra, Sintra e, suponho, que de Torres Vedras, que da sua própria paróquia se deslocam à Senhora da Nazaré, ou o da Nazaré à Senhora da Vitória, que se realiza anualmente na quinta-feira da Ascensão, o de Pataias à Senhora da Vitória, ou o nocturno e muito localizado a
Santo António, na Rebolaria, designado por “Encamisada”. Sobre os Cí r ios Estremenhos é de consulta obrigatória a notável obra do etnomusicólogo Dr. José Alberto Sardinha “Tradições Musicais da Estremadura”, que os refere em pormenor, ilustrados os textos com expressivas fotograf ias e dando-nos conta, também das respectivas loas que os anjinhos deitam. É curioso verificar que as crianças que cumprem esta função, não só se vestem das supostas roupagens dos anjos como com as vestes de soldados romanos.
José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (209)
Dr. Manuel Pereira Órfão A sua morte deixou em todos nós a maior a m a rg u ra . Homem bom, sempre disponível para servir as comunidades em que viveu e em que exerceu clínica, sempre com as maiores competência e disponibilidade. Foi médico na Batalha e, curiosamente, além de médico dos nossos Bombeiros foi seu dedicado comandante. Ficou em todos uma imagem de afabilidade que não se apagará facilmente. É inteiramente merecedor do seu nome vir a figurar numa das novas artérias da nossa Vila. Os mais sentidos pêsames à sua família.
Jornal da Batalha
Cultura Batalha
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Colóquio de jovens investigadores “O Património Cultural Europeu na Rede Cultura 2027” m A call for papers,
O Congresso “O Futuro da Nossa Cidade”, que tem passado por várias localidades repletas de história e cultura, tem-nos dado a conhecer o património basilar que representa tão bem os 26 municípios da Rede Cultura 2027, no processo de candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura 2027. Foi neste âmbito que o grupo de trabalho dos Marcadores Históricos pensou organizar um colóquio, dirigido a todos os jovens investiga-
Foto: Christian Klein © Pixabay
que começou no dia 1 de setembro e se estenderá até 27 de setembro, visa descobrir comunicações relevantes de uma nova geração de académicos
p Mosteiro da Batalha, Património Mundial da UNESCO dores, dedicado ao estudo da região e da sua ponte com a Europa. A call for papers, que começou no dia 1 de setembro e se estenderá até 27 de setembro, visa descobrir co-
municações relevantes de uma nova geração de académicos, para lhes dar voz e divulgar o muito que ainda temos para explorar neste território tão rico. Por isso, convidamos todos os inte-
ressados a enviarem uma proposta de comunicação. Entre o nosso património cultural encontramos monumentos distinguidos como Património Mundial da UNESCO, como o Mostei-
ro da Batalha, mas também museus fundamentais para a aprendizagem do nosso passado coletivo, dos quais são exemplo o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e o Museu de Leiria, que receberá a sessão inaugural do colóquio, a 6 de outubro. Também a natureza terá um foco especial, pois, nunca poderíamos esquecer a importância da floresta e da costa marítima na caracterização do nosso território. O Pinhal de Leiria teve um importante papel na construção naval, que nos lançaria mais tarde para os descobrimentos, possibilitando a chegada de novos produtos à Europa. Mas esta é apenas uma temática do que pode ser estudado. O colóquio conta com o apoio dos institutos politécnicos de Leiria e de Tomar, demonstrando a importân-
cia e rigor dos seus programas educativos, em áreas tão preponderantes para o estudo patrimonial como a arqueologia, a conservação e restauro, o turismo e a educação, a titulo de exemplo. Por isso mesmo, a segunda sessão terá lugar no Instituto Politécnico de Tomar, no dia 8 de outubro. O fim deste evento de divulgação cientifica, que pretende espelhar o contributo das nossas raízes históricas e culturais na Europa do século XXI, acontecerá a 10 de outubro, no Mosteiro da Batalha, que para além de ser um símbolo nacional, é também um marco arquitetónico mundial. Convidamos todos a assistirem. Podem consultar toda a informação em https://bit. ly/2FGMPmx Francisco Oliveira Simões
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Historiador
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Batalha Atualidade
setembro 2020
Jornal da Batalha
Autarquias lamentam falecimento e recordam obra do médico Manuel Órfão m “Prestou um inegável contributo para os cuidados de saúde primários e hospitalares”, destaca o Município da Batalha A Câmara da Batalha decretou Luto Municipal pelo falecimento do médico Manuel Pereira Órfão, a 20 de agosto, que desempenhou diferentes cargos públicos no concelho. “É com grande pesar e consternação que tomamos conhecimento do falecimento, na passada noite do dia 20, do antigo diretor do Centro de Saúde da Batalha, ex-comandante dos Bombeiros Voluntários da Batalha e ex-autarca”, lamenta a autarquia em comunicado.
“Em sua memória, e pelo seu reconhecido empenho e denodo, aliado a uma dedicação extrema à causa pública, bem assim pelo inegável contributo para os cuidados de saúde primários e hospitalares, que o levou a servir de forma exemplar o Concelho da Batalha, em diversas funções cívicas e ao serviço das populações, das quais se destaca mais recentemente as funções de diretor clínico do Hospital Nossa Senhora da Conceição (Misericórdia da Batalha), foi declarado dois dias de luto municipal, dias 21 e 22 de agosto”, adianta. “Neste momento difícil, de imensa tristeza, a Câmara da Batalha solidariza-se na dor da perda de um grande amigo, e acompanha a sua família, os seus amigos e colegas de trabalho, e a Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários da Batalha, nesta hora de Luto, expressando sentidas condolências”, conclui o município. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha recebeu “com enorme tristeza a noticia do falecimento de Manuel Pereira Órfão, homem com enorme dedicação ao Concelho da Batalha, tendo sido diretor do Centro de Saúde da Batalha, autarca e desde 1984, e dedicou-se com muita empenho aos bombeiros da Batalha durante 23 anos, primeiro como medico, tendo também exercido as funções de comandante deste corpo de bombeiros. Em 2007 foi nomeado comandante do quadro de honra”. Os órgãos sociais da associação e o seu corpo de bombeiros “prestam uma sentida homenagem a uma das
grandes referências da corporação, e ao exemplo que o seu percurso inspira”, refere uma nota da associação, que “em sua homenagem colocou as bandeiras a meia haste durante três dias”. Também o Município de Leiria “lamentou profundamente a morte de Manuel Pereira Órfão, de 69 anos, natural de Martinela, Arrabal, e residente em Caranguejeira”. Manuel Pereira Órfão era presidente da Assembleia de Freguesia da Caranguejeira, tendo assumido, ao longo da sua carreira, diversos cargos públicos, que “exerceu com grande empenho e dedicação, seja enquanto autarca, médico, diretor do Centro de Saúde da Batalha e comandante dos Bombeiros Voluntários da Batalha, entre outros”, desta uma nota da câmara municipal.
p Manuel Pereira Órfão, de 69 anos O Município de Leiria “manifestou o seu profundo pesar perante a morte de Manuel Pereira Órfão e associu-se ao luto e à dor sentida pela família e amigos mais próximos”. Igualmente a Junta de Freguesia da Caranguejeira la-
mentou “profundamente a perda do seu presidente da Assembleia de Freguesia, Manuel Órfão, e apresentou as mais sentidas condolências a toda a família”. Por este motivo, a secretaria da junta de freguesia encontrou-se encerrada no dia 21 de agosto.
s A Opinião de Carla Henriques
Mérito de um, só o é, com todos! No passado dia 14 de agosto, Dia do Município, fui reconhecida com a Medalha de Mérito Municipal - Grau Prata, que reconhece personalidades que se notabilizaram ou notabilizam, pelos seus méritos pessoais ou feitos cívicos com claros e inequívocos benefícios para o Concelho da Batalha e suas gentes – considerando o meu trabalho como diretora técnica do CPARF, em articulação com o município, principalmente nesta fase de pandemia e na luta contra a Covid-19. Quem me conhece e lida comigo de perto sabe que nada na minha vida pessoal, social e profissional, faço com vista a atribuição de louros e reconhecimentos, mas exerço a minha profissão com paixão, dedicação e entrega. O que faço é a minha obrigação de profissional e cristã, para o outro e com o outro. E sem o outro não sei fazer. Não contava ter de me expor publicamente sobre este assunto, mas atendendo a que
se tornou público sinto necessidade de o partilhar. Este mérito não é meu. Não é só meu. E tem de ser dividido, partilhado, reconhecido, como mérito de toda uma equipa que trabalha incansavelmente a meu lado. Este mérito é de todos e todas as profissionais do CPARF que lutam diariamente contra esta pandemia, mas também contra todas as pandemias, e doenças, e dissabores, e contrariedades, e angústias, ao longo de muitos anos, e que abdicam tantas vezes do seu bem-estar em prol do bem-estar dos nossos utentes. A todos e todas as colaboradoras do CPARF muito obrigada. Este mérito é também vosso. Este mérito é da direção do CPARF com quem trabalho há um pouco mais de 14 anos, numa relação de confiança, amizade, respeito e muita dedicação. Este mérito é de uma direção que em regime de total voluntariado é incansável na sua entrega e amor ao outro. E este outro
são utentes, colaboradoras, parceiros, comunidade... À direção e a todos os seus elementos, atuais e cessantes, o meu muito obrigada. Este mérito é também indiscutivelmente vosso. Este mérito é de todas as entidades parceiras do CPARF - Centro Regional de Segurança social de Leiria e serviço local da Batalha, saúde pública e ACES, IEFP, Município da Batalha, juntas de freguesia, corporações de bombeiros, SAMP, e tantas mais entidades parceiras, e seus técnicos e colaboradores - sem os quais o CPARF, e nós técnicos, não conseguiria alcançar tantos sonhos, desejos, projetos, obstáculos, dificuldades. A todos os meus, e nossos, parceiros, obrigada. Este mérito é também vosso. Este mérito é de todos os meus/nossos/vossos utentes por quem me dou e nos damos diariamente. Porque, “Amar é dar-se” e no CPARF nós damo-nos. Entregamo-nos de alma e coração a esta, e a todas as causas. Aos nos-
sos utentes, que de tanto abdicaram nestes últimos 6 meses e tanto apoio nos deram, o meu muito obrigada. Este mérito também é vosso. Este mérito é indubitavelmente também partilhado com a minha família e amigos, sem a qual nada seria possível! A vossa compreensão, aceitação, presença, palavra, orgulho, é a força para que me continue a dar, e representar esta equipa que foi através de mim reconhecida por este Mérito Municipal! O meu mérito é o vosso mérito. Eu sou apenas o resto visível de uma equipa de muito trabalho e dedicação. A todos o meu muito obrigada!
INVESTIMENTO. O novo Parque de Eventos e Lazer Santa Maria da Vitória está a entrar na fase de acabamentos e prevê-se a sua conclusão em outubro. Representa um investimento de 1,2 milhões de euros. Vai ter um espaço de lazer, zonas verdes, dinamização turística com bancas de produtos locais e um espaço para atividades recreativas e desportivas.
Jornal da Batalha
Necrologia Batalha
setembro 2020
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Óbitos Luís Pina Rino
(73 anos) N. 14-12-1946 - F. 06-09-2020 Faniqueira, Batalha AGRADECIMENTO Sua esposa Mª Emília Santana Marques Rino, filhos Ana Paula, Luís Manuel, Rui e Maria Antónia Marques Rino e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Descansa em paz
Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)
José António Belo Silva, 69 anos. Residente em Brancas – Batalha. Faleceu no dia 07/08/2020 e foi cremado. Diamantino Matos Leal, 76 anos. Casado com Maria Olivia Ferreira Franco. Residia em Garruchas – Reguengo do Fetal. Faleceu no dia 13/08/2020 e foi sepultado no cemitério de Reguengo do Fetal. Maria da Graça Conceição Brito, 88 anos. Viúva de João Piedade Matias. Residia em Casal do Relvas – Batalha. Faleceu no dia 15/08/2020 e foi sepultado no cemitério de Calvaria de Cima. Manuel Pereira da Silva, 86 anos. Casado com Maria Alice Sousa dos Reis. Residia em Torre – Reguengo do Fetal. Faleceu no dia 18/18/2020 e foi sepultada no cemitério de Torre.
Artur da Silva Oliveira
(61 anos) N. 05-08-1958 - F. 08-09-2020 Natural de Codiceira, Azoia Residia em Casal do Alho, Batalha AGRADECIMENTO Sua esposa, filhos, noras, netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado… Tratou: Funerária Espirito Santo - Telf.: 916511369
Ana Luís Oliveira Lourenço, 18 anos. Residia em Mouratos – Batalha. Faleceu no dia 24/08/2020 e foi sepultado no cemitério da Batalha.
Rui Miguel Jordão Coelho (43 anos) N. 23-11-1976 - F. 01-09-2020 Casal do Arneiro, Batalha
AGRADECIMENTO Seus filhos, pais, irmãos, cunhadas e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. O teu sorriso e boa disposição viverá nos nossos corações para sempre. Descansa em paz.
Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)
Maria Emília Silva Cerejo (90 anos) N. 23-12-1929 - F. 15-09-2020 Quinta do Sobrado, Batalha
AGRADECIMENTO Seus filhos: Leonor e Joaquim Cerejo, genro, nora, netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz.
Maria Vitória Carreira Romão, 74 anos. Viúva de Amaro Neto Ferreira Romão. Residia em Torre. Faleceu no dia 26/08/2020 e foi sepultado no cemitério de Torre. Albina de Jesus Silva, 83 anos. Viúva de António Ernestina Gil. Residia em Torre. Faleceu no dia 29/08/2020 e foi sepultado no cemitério de Torre. Alice Henriques Filipe, 82 anos. Casada com José Sousa Jorge. Residia em Faniqueira – Batalha. Faleceu no dia 29/08/2020 e foi sepultado no cemitério da Batalha. Maria Cristina Matos, 84 anos. Casada com Francisco Conceição Matos. Residia em Alcanadas – Batalha. Faleceu no dia 02/09/2020 e foi sepultado no cemitério de Alcanadas. Alcina da Conceição Pereira Morais, 82 anos. Casada com Manuel António Morais. Residia em Casal do Relvas – Batalha. Faleceu no dia 05/09/2020 e foi sepultado no cemitério de Calvaria de Cima. António Auguisto Tomás Alexandre, 59 anos. Residia em Perulhal – Reguengo do Fetal. Foi sepultado no cemitério de Reguengo do Fetal. Júlia Marques Pereira Santos, 91 anos. Viúva de José de Jesus dos Santos. Residia em Casal Mil Homens – Golpilheira. Faleceu no dia 16/09/2020 e foi sepultado no cemitério de Golpilheira.
Eternamente nos nossos corações… Até um dia…
Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)
HERCULANO REIS SOLICITADOR Rua Infante D. Fernando, Lote 3, 1ºA
2440 BATALHA - Tel. 244 767 971
Tratou: Funerária Santos & Matias Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)
Laurinda da Encarnação Ferreira (83 anos) N. 02-09-1937 - F. 18-09-2020 Alcaidaria, Reguengo do Fetal
AGRADECIMENTO Seus irmãos, sobrinhos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado… Tratou: Funerária Espirito Santo - Telf.: 916511369
ADMITE-SE Jovem até os 35 anos para fazer um part-time (3 horas ao sábado) como secretária (boa remuneração). Se se ainda és estudante também podes candidatar-te. Resposta por mensagem ao número 910 190 027 dando toda a sua informação e indicando a hora em que pode haver contato.
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Empresa desiste de procurar gás e petróleo A empresa Australis Oil & Gas Portugal já não vai explorar hidrocarbonetos na Bajouca e em Aljubarrota, zonas abrangidas pelas concessões de Pombal e Batalha, respetivamente. A decisão foi comunicada no dia 24 de agosto, por carta, à Direção-Geral de Energia e Geologia.
SETEMBRO 2020
Audição de responsáveis leva poluição das suiniculturas ao Parlamento vai “apresentar soluções que só por incompetência de alguns governantes ainda não estão implementadas” O presidente da Câmara da Batalha “felicitou” no dia 15 de setembro “a iniciativa do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda e dos deputados da Comissão da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar de chamar ao Parlamento intervenientes no processo de despoluição na bacia hidrográfica do rio Lis”. “Irei com gosto à Assem-
Foto: Skeeze © Pixabay
m Autarca da batalha
p Esta situação arrasta-se há mais de 20 anos bleia da República denunciar, mais uma vez, a grave situação de “impunidade” ambiental que vivemos há décadas na região de Leiria”, referiu Paulo Batista Santos, que vai “apresentar soluções estudadas, sustentáveis, viá-
veis e que só por incompetência de alguns governantes ainda não estão implementadas”. O autarca garantiu ainda que vai “defender uma maior intervenção dos municípios na resolução desta
questão, que é decisivamente um tema estratégico para o futuro de vários concelhos da região”, restando “saber o que pensa o Governo e os principais beneficiários da atual situação”. A Comissão Parlamentar
de Agricultura e Mar aprovou, por unanimidade, um requerimento do Bloco de Esquerda que solicita a audição de um representante da Comissão de Ambiente e Defesa da Ribeira dos Milagres, dos presidentes das câmaras municipais de Batalha, Porto de Mós, Marinha Grande e Leiria, do presidente do conselho de administração do Grupo Águas de Portugal, assim como dos ministros do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, e da Agricultura, Maria do Céu Antunes. A pedido do PS, também a RECILIS – Tratamento e Valorização de Efluentes e a Associação de Suinicultores
de Leiria será ouvida. O rio Lis e os seus afluentes “são hoje destino de descargas ilegais de resíduos das centenas de suiniculturas existentes na região”, sendo “comum nas linhas de água a presença de dejetos, restos de alimentação animal, resíduos resultantes de lavagem e limpeza de infraestruturas e, por vezes, até de animais”, descreve o BE no documento. Os problemas de poluição nesta bacia hidrográfica já se arrastam há mais de 20 anos, mas têm-se “agravado recentemente com a intensificação da produção de suínos na região”, refere o requerimento. Publicidade
Fábrica e Escritório: Casal da Amieira 2440-901 Batalha Apartado - 201 Telefones: 244 765 217 244 765 526 I 244 765 529 Fax: 244 765 529
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