JORNAL DA BATALHA EDICÃO DE ABRIL E MAIO DE 2020

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| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXIX Nº 358 | ABRIL E MAIO DE 2020 |

W pág. 21

Entradas no mosteiro crescem 38,7% nos últimos seis anos W pág. 04/08

A batalha continua (bem)

O concelho não possui casos ativos de Covid-19. É um dos três menos atingidos do distrito

W pág. 12

W pág. 19

Bombeiros auxiliam bebé a nascer num apartamento W pág. 24

GNR apreende carros na A19 para evitar corridas ilegais

Procissão dos caracóis nomeada para as 7 Maravilhas da Cultura Popular

Publicidade

PORTE PAGO


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maio 2020

Jornal da Batalha

Espaço Público s Tesouros da Música Portuguesa

s Editorial

Mistérios da estrada dos Tantra

Carlos Ferreira Diretor

O vírus que atacou o papel

A Imprensa enfrenta uma nova crise. Uma crise que entrou de rompante e atingiu a sociedade de forma transversal, cujo fim e consequências globais ainda desconhecemos. Não é relevante, neste momento, analisar o que conduziu a Imprensa ao seu estado atual: a pandemia, a crise de 2008, a Internet, as redes sociais, a gestão errática. Neste momento importa decidir com os dados existentes. O Jornal da Batalha, nas circunstâncias atuais – que acrescem às já difíceis previamente existentes – viu-se obrigado a suspender a publicação da edição em papel, em abril, para reencontrar os meios financeiros que permitissem o seu regresso a casa dos assinantes e às bancas, o que agora acontece.

Agradecemos a sua colaboração no passado, mas sobretudo no futuro, com a certeza de que encontraremos fórmulas para reencontrar o caminho certo e vencer a adversidades do tempo presente

A explicação é simples: a generalidade dos anunciantes suspendeu ou reduziu a sua atividade bruscamente. Logo, o volume de publicidade caiu e deixou de pagar os custos de produção do jornal. O Jornal da Batalha continuou e continuará, no entanto, a manter também a sua edição na Internet (www.jornaldabatalha.pt). Será atualizada diariamente e/ou sempre que se justifique. Por isso, continuamos a contar com a sua inestimável colaboração. Por fim, mas não menos importante, agradecemos a sua colaboração – Leitor, Anunciante ou Colaborador - , no passado, mas sobretudo no futuro, com a certeza de que encontraremos fórmulas para reencontrar o caminho certo e vencer a adversidades do tempo presente.

O grupo musical Tantra foi buscar o seu nome aos livros sobre rituais do culto das religiões indianas e a sua inspiração ao rock progressivo inglês, muito em voga na década de setenta do século passado. Mas também não descartou a influência das sagas heróicas e das lendas fabulosas da literatura fantástica, mormente da saga de O Senhor dos Anéis, escrita por J. R. R. Tolkien. Não foi por acaso que o vocalista dos Tantra, Manuel Cardoso, adotou Frodo como nome artístico, à semelhança do protagonista de O Senhor dos Anéis. Mas a grande referência desta grande banda é o rock sinfónico, não lhe sendo estranhos mega grupos como os Genesis, os Yes, Jethro Tull ou os Emerson, Lake & Palmer. Por isso, desde o momento da sua formação, em 1977, os Tantra tiveram a ambição de se tornar o primeiro projeto do rock português a trilhar a estrada do profissionalismo, inclusivamente tendo atuado no Coliseu dos Recreios, facto praticamente inédito na época para um grupo de música moderna

portuguesa. Esta experiência no Coliseu foi acompanhada por toda uma produção sofisticada e uma encenação teatral que muito devia a Peter Gabriel e aos seus companheiros nos Genesis. Não podemos esquecer a carga emotiva desta música que tanto evocava as filosofias orientais, como o universo pós apocalíptico de À Beira do Fim, patente no álbum Mistérios e Maravilhas, o seu trabalho de estreia discográfica datado de 1977. À semelhança do que iríamos encontrar no álbum de José Cid, Dez Mil Anos Depois Entre Vénus e Marte, editado em 1978, Mistérios e Maravilhas também revela um universo fantástico que vai do pesadelo apocalíptico até à reflexão sobre o infinito do cosmos, como em Variações sobre uma Galáxia. Mistérios e Maravilhas é riquíssimo em termos musicais. Podemos encontrar, neste trabalho maioritariamente instrumental, trechos que são tão geniais quanto a melhor música improvisada. Isto porque os músicos que integravam os Tan-

tra eram verdadeiros virtuosos em termos técnicos, obreiros de sons que teceram uma obra absolutamente visionária, que permanece um marco na história do rock português. Muito antes de Rui Veloso e da explosão do rock que aconteceu no dealbar do início da década de oitenta do século XX, houve a Banda do Casaco, Petrus Castrus e José Cid. E houve os Tantra, numa década que iria assistir no Reino Unido ao aparecimento do chamado Punk, liderado pelos Sex Pistols e The Clash. Não obstante, a nível internacional, o estilo progressivo sobreviveria nas décadas seguintes do século XX com o aparecimento de grupos como os Marillion ou os IQ, chegando até hoje (já em pleno século XXI) e dando cartas, para mostrar que está bem vivo como provam os últimos álbuns dos Big Big Train, This Winter Machine ou o recente trabalho de Steve Hackett, intitulado At the Edge of Light. Portanto, os Tantra acabam por tornar-se num grupo embrionário de todo um movimen-

Por João Pedro Matos

to que, nos nossos dias, adquiriu novo alento. Uma palavra final para os músicos que integravam este conjunto extraordinário, cuja formação era constituída por Américo Luís (na guitarra baixo), Manuel Cardoso, mais conhecido por Frodo (na voz), Armando Gama (nos teclados) e Tozé Almeida (na bateria). Em 1978, Pedro Luís substitui Armando Gama nas teclas, quando este último sai para dedicar-se a uma carreira a solo. Em 1980, António José Almeida (mais conhecido por Dedos Tubarão), entraria para a banda, isto antes de integrar os Heróis do Mar. Em 1981, o projeto chegaria ao fim, mas Frodo em 1988 regressaria com outros músicos para dar nova vida aos Tantra.

s Baú da Memória Por José Travaços Santos

Nada comprova que Boytac fosse Diogo Em 28 de abril, no programa do Canal 1 da RTP “Joker”, perguntava-se qual de quatro arquitectos, ali mencionados, tinha dirigido obras no Convento dos Jerónimos. Um dos quatro era Boytac (Boutaca ou Boitaca) que foi correctamente indicado. Até aqui tudo bem. Porém, o célebre mestre quatrocentista/quinhentista era designado por Diogo de Boutaca. Ora, não obstante esse nome próprio, Diogo, ter sido apontado por alguns autores, a verdade é que não há documentos que o comprovem e ainda menos como “Diogo de ...”. Também ocorri no mesmo erro até ser esclarecido por quem sabe mais do que eu, humilde aprendiz destas coisas. O Professor Doutor Saul António Gomes só encontrou a designação Boytac, precedida de Mestre ou Maitre, normalmente abreviados, nas assinaturas de documentos da Confraria do Hospital de Santa Maria da Vitória,

antecessora até ao princípio do século XVIII da Santa Casa da Misericórdia da Batalha. Boytac foi confrade da instituição e em 15191520 seu juiz. Tudo isto está no precioso Arquivo da nossa Misericórdia, que há cerca de quarenta anos, quando era provedor da instituição o já falecido Mário Pereira Varino e com a colaboração de António Saraiva Sequeira, outro batalhense desaparecido, ajudei a salvar da destruição que estava iminente. Na pedra tumular do famoso Mestre e de sua mulher Isabel Henriques, a única salva da demolição da Igreja de Santa Maria-a-Velha e que hoje está devidamente resguardada e em exposição, com mais algumas pedras de extraordinário valor documental no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, também só aparece a designação de Mestre Boytac. Das “Vésperas Batalhinas - Estudos de

História e Arte” do notável historiador Professor Doutor Saul António Gomes, transcrevo seis desses autógrafos de Boytac em documentos da citada Confraria do nosso velho hospital.


Jornal da Batalha

Espaço Público Opinião

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s Crónicas do passado Francisco Oliveira Simões

Épico jazzístico dos sonhos perdidos Encontrava-me no dia 3 de maio de 1935, numa Lisboa quente e soalheira, mesmo que o cumprimento do meu dever me obrigue a dizer que estava nublada e a preto e branco. Calcorreava as ruas mais movimentadas da noite artística e literária. Parei num bar mal frequentado do Cais do Sodré. Bebia descontraído uma cerveja e pensava no meu próximo livro, quando sou surpreendido por um homem estranho e de gabardina comprida. - O que me conta da bela Helena? – pergunta o sujeito enquanto retira o chapéu de feltro. - A de Troia? - Não, a da Rua Coelho da Rocha. Não soube que a reunião foi antecipada para hoje? - Qual reunião? - Não se faça de desenten-

dido, o senhor é da mesma fibra que eu. - Não faço ideia do que está a falar. - Nós temos seguido o que tem escrito, não engana ninguém. Vai ser perseguido e proibido em três tempos. O Almada não falou consigo? - Não. - Maldito seja! Bem, eu explico-lhe tudo, deixe-me só levar um conhaque para o caminho. Saímos porta fora daquele local infecto e subimos a Rua do Alecrim. Ele fumava um cigarro na cálida noite tranquila. Ninguém iniciava a conversa até eu intervir. - Como chegou… - Simples, você não é propriamente o mestre do disfarce. Dizendo estas palavras estacou o passo e parou em frente a um BMW 315 Roads-

ter e convidou-me a entrar. - Vamos, não queremos fazer esperar os nossos amigos escritores, sabe como o ego lhes pode turvar as emoções. Entrámos no bólide, que se destacava dos restantes carros que se viam nas ruas desertas, não era para menos, aquele modelo tinha acabado de sair. Ele pôs a chave na ignição e arrancou a uma velocidade estonteante. - O que me tem a dizer desta máquina prodigiosa? Um autentico milagre de modernidade. Sabe a que velocidade consigo chegar nesta beleza? - Para lhe ser sincero, não sou muito versado nesse assunto. - Pois – Disse-me colocando um tom mais sério e circunspecto – A HELENA é um grupo ultra-secreto, que junta os maiores literatos na-

Historiador

cionais na luta pela liberdade de expressão. Como sabe as novas leis de censura editorial põem em causa a publicação de obras relevantes da nossa sociedade. - Compreendo a tão importante e basilar missão, mas porque é que escolheram o nome Helena para a vossa organização? Decerto foi pela salvação inalcançável da Rainha Helena, levada a cabo por Páris. - Em parte, mas o nosso nome refere-se a um acrónico, Homens Eruditos da Liga dos Escritores Não Alinhados. - São muitos? - Alguns, não temos limite de cabeças pensantes e imparciais – Dito isto acelerou bruscamente ao passarmos o Miradouro de São Pedro de Alcântara. - Acha que posso estar em

perigo, devido aos meus artigos inofensivos? - Se acha que escrever sobre aventuras misteriosas de roubos de obras de arte e de caça a animais mitológicos não tem qualquer mácula, então não digo mais nada. A PVDE não vai descansar até proibir tudo o que escreve, onde é que o senhor andava com a cabeça para achar que podia criar pedaços literários surrealistas sem que ninguém o recriminasse? - Vou ter mais cuidado a partir de agora. - Não se preocupe, a HELENA vai ajudá-lo. Já tínhamos passado o Largo do Rato e subíamos em direção ao Jardim da Estrela, onde acabaríamos por estacionar o carro. Ao sair de tão brilhante viatura, fechei a porta com cuidado. - Homem, mas isto é o por-

tão da quinta? Modere-se! - Desculpe – respondi educadamente - Já agora como se chama? - Álvaro de Campos, mas a minha identidade é secreta, não a pode partilhar com nenhuma alma viva. - Creio que já li vários poemas seus. - Não são a literatura mais fascinante que já leu? - De facto, são, mas também há outros poet… - Eu sabia que nada se comparava com a minha escrita.

s Espaço do Museu

O MCCB celebra o Dia Internacional dos Museus reabrindo as portas ao público Maio é o mês em que comemora o Dia Internacional dos Museus. Assim acontece desde 1977, pela iniciativa do ICOM (Conselho Internacional dos Museus). Assinalado a 18 de maio, cada vez mais museus se juntam às comemorações. De acordo com o ICOM, em 2019, participaram mais de 37 mil museus neste evento, em cerca de 158 países e territórios. Todos os anos é definido um tema para assinalar a data. No presente ano, foi escolhido o tema “Museus para a Igualdade: Diversidade e Inclusão”. Segundo o ICOM, «os desafios da inclusão e diversidade e a dificuldade de lidar com questões sociais complexas em ambientes cada vez mais polarizados,

embora não sejam exclusivos de museus e instituições culturais, são importantes, devido à alta reputação dos museus no seio da sociedade em que vivemos». Sendo agentes de mudança e instituições confiáveis, os museus são convidados a repensar nos seus serviços disponibilizados ao público, nomeadamente as exposições, as conferências, os programas educativos, entre outros. Uma adaptação certamente desafiante para muitos museus, mas que contribui o acolhimento cuidado e democrático da diversidade dos visitantes, refletida na etnia, no género, a orientação e identidade sexual, na formação socioeconómica, no nível de educação, na capaci-

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 856 A) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, André Loureiro, António Caseiro, António Lucas,

dade física, na afiliação política e nas crenças religiosas. Em Portugal, a DGPC (Direção Geral do Património

Augusto Neves, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

Cultural) convidou todos os parceiros da Rede Portuguesa de Museus, da qual o MCCB faz parte, a incluir

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

as suas iniciativas na plataforma http://w3.patrimoniocultural.pt/museus2020/ digital/. Atendendo às condicionantes a que a atual pandemia obriga, as atividades assumem o formato digital. Nesta plataforma, é possível fazer visitas virtuais, conhecer publicações, exposições, entre outras propostas que nos guiam por museus de Norte a Sul do país. Refira-se ainda que, em período de “desconfinamento”, a DGPC deliberou a reabertura de museus, palácios e monumentos sob a sua tutela, a partir do 18 de maio, com o cumprimento de apertadas normas de distanciamento, higienização a que se junta o uso obrigatório de máscara. O MCCB abriu as suas por-

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares

tas ao público a 17 de maio, assegurando um conjunto de procedimentos de segurança, como a utilização obrigatória de máscaras, desinfeção das mãos à entrada e à saída do equipamento, entre outras, que assegurarão o cumprimento das normas definidas pela Direção Geral da Saúde. A equipa do museu fica ao dispor para quaisquer questões relacionadas com a reabertura, assim como para marcações, através dos contactos: geral@museubatalha. com ou 244769878. Esperamos por si.

Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)

Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.

O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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Jornal da Batalha

Atualidade Pandemia

Concelho é dos menos atingidos pela doença no distrito de Leiria m A Batalha é o terceiro município com resultados mais positivos, na medida em que não possui casos ativos O concelho é um dos menos afetados do distrito de Leiria pela doença Covid-19, no que diz respeito ao estado de saúde dos seus habitantes. Os dados das entidades oficias do dia de fecho desta edição (22 de maio) revelavam que não existia qualquer residente na Batalha com a infeção ativa. Desde o início da pandemia foram registados quatro casos de Covid-19 e igual número de pessoas recuperadas na área do município. Não há, também, registo de falecimentos no concelho, mas um batalhense, residente há muitos ano noutra região do país, faleceu em

resultado da doença. No contexto dos 16 municípios que compõem o distrito de Leiria, a Batalha é o terceiro com resultados mais positivos, na medida em que não possui casos ativos. Os concelhos de Óbidos e Castanheira de Pera estão nos lugares cimeiros, com dois infetados recuperados e nenhum caso registado, respetivamente (ver página 6). No âmbito do combate aos efeitos da crise provocada pela pandemia, a Câmara da Batalha aprovou um plano financeiro, que envolve um investimento direto de 600 mil euros, para apoiar a dinamização da economia. O plano, anunciado após a reunião extraordinária do executivo de dia 20 de abril, começou “a ser concretizado no imediato através da antecipação dos pagamentos a fornecedores locais e a retoma do plano de obras previstas”.

A aquisição de fornecimentos, prestação de serviços e o processamento de apoios e prestações socioculturais” também estão previstos no programa. A autarquia confirmou ainda outros investimentos municipais já previstos e financiados, no valor global de 2,2 milhões de euros. O município considera que, “para além dos impactos gravíssimos a nível de saúde”, a pandemia Covid-19 “terá também consequências ainda incalculáveis na economia e no emprego”. Por isso, aprovou o plano, “ciente que o impacto económico irá atingir decerto a qualidade de vida e o bem-estar das famílias e a sustentabilidade das empresas”. O presidente do município “reconhece que ainda estamos fortemente empenhados em combater a evolução da Covid-19, no entanto é essencial revitalizar a econo-

p A autarquia criou um gabinete de crise para coordenar a resposta à pandemia mia local e manter os empregos”. “Tão importante como prevenir o contágio da Covid-19 é relançar a vida em sociedade, com as precauções necessárias, mas garan-

tindo condições de sustento para as famílias e de sobrevivência para as empresas”, adianta Paulo Batista Santos. A câmara municipal aprovou por unanimidade um voto de louvor e agradeci-

mento aos “heróis do momento - os profissionais de saúde, forças de segurança, bombeiros, proteção civil e operacionais do ambiente que estão a dar o seu melhor na linha da frente”.

to de segurança, quer por via de horários desfasados, quer por via do recurso a teletrabalho sempre que tal se adeque e justifique. 4 - Realizar a 11 de maio a abertura da biblioteca e arquivo municipais. 5 - Proceder à abertura dos circuitos desportivos e potenciar os percursos da rede de percursos pedestres, a partir do dia 16 de maio. 6 - Proceder à reabertura do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e à retoma da sua programação, a partir de 17 de maio, segundo um plano de procedimentos de gestão do espaço museológico, distância social e higienização que sal-

vaguarde a proteção de público e profissionais. 7 - Retomar o regular funcionamento dos órgãos municipais, nomeadamente a realização das reuniões de câmara, com efeitos a 18 de maio. 8 - Proceder à reabertura do posto de turismo a 18 de maio. 9 - Os equipamentos municipais que permitam a prática de desportos individuais ao ar livre, nomeadamente os campos de ténis e outros a analisar, podem ser reabertos a partir do dia 18 de maio. 10 - Medidas de apoio ao comércio, restaurantes, cafés e pastelaria, designada-

mente na ampliação do espaçamento das esplanadas. 11 - Manter o encerramento dos equipamentos desportivos e infraestruturas como os parques infantis, parques de manutenção sénior e instalações desportivas de gestão municipal. 12 - Manutenção do estacionamento gratuito até final do mês de junho. 13 - Assegurar o serviço municipal de transportes escolares gratuitos, respeitando a lotação máxima de 2/3, a limpeza diária, a desinfeção semanal e a higienização dos veículos, instalações e equipamentos utilizados pelos passageiros e outros utilizadores.

Medidas de desconfinamento Na sequência da declaração pelo Governo do fim do Estado de Emergência e início da Situação de Calamidade, o Município da Batalha publicou um despacho com as “Medidas municipais de desconfinamento”, que entrou em vigor no dia 9 de maio. Na perspetiva da autarquia, “revela-se imprescindível a manutenção das principais medidas”, mas “impõe-se ao nível municipal a necessidade de uma adaptação do conjunto de medidas tomadas à nova fase de combate à pandemia, com uma reabertura progressiva das atividades económicas e sociais”.

O município garante que vai “concretizar com toda a prudência um plano de levantamento de medidas de confinamento no âmbito do combate à pandemia da doença Covid-19, naturalmente alinhado com as opções do Governo e recomendações da Direção Geral de Saúde”. As medidas agora decididas são reavaliadas a 31 de maio. Abaixo estão listadas as principais, além das decididas para todo o país pelo Governo. Medidas 1 - Implementar o funcionamento da linha municipal de emergência social “Bata-

lha Voz Amiga”, e sua extensão ao apoio psicológico a pessoas em situação de vulnerabilidade. 2 - Realizar a 11 de maio a abertura pública dos serviços municipais com atendimento presencial por marcação, sendo obrigatório uso máscara, desinfeção das mãos e o controlo de temperatura. Serão, no entanto, prioritárias as solicitações efetuadas por e-mail ou via eletrónica. Para além da abertura pública, limitada, o contacto com as populações será garantido no atendimento geral do município por telefone ou por e-mail. 3 - Manter nos serviços municipais o distanciamen-


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

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Aprovadas 15 medidas de apoio às pessoas e economia A Câmara da Batalha aprovou 15 medidas de apoio à economia e às pessoas, na sua reunião extraordinária de 17 de março, depois de “avaliar a situação excecional” e “a proliferação de casos registados de Covid-19” em Portugal. O momento atual “exige a aplicação de medidas extraordinárias e de caráter urgente” e, por isso, o executivo municipal aprovou “medidas extraordinárias de apoio às famílias, instituições e empresas, podendo o valor [agora aprovado] ser reforçado em função das necessidades”. A autarquia considera que, “a par das medidas de apoio às famílias, é prioritário garantir às entidades prestadoras de cuidados de saúde, bombeiros voluntários, forças de segurança e

demais entidades parceiras ou que integram o Sistema Municipal de Proteção Civil, as melhores condições de funcionamento, prontidão e segurança dos seus profissionais”, refere o município em comunicado. Por essa razão, decidiu “reservar no imediato” 150 mil euros para afetar às entidades de proteção civil e de prestação de cuidados de saúde, respetivamente os bombeiros, Centro Hospitalar de Leiria e Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição, na Batalha. A criação de uma linha de apoio ao Idoso (+65 anos), para informação através do número 961385570, entregas ao domicílio de produtos alimentares, medicamentos e gás, constitui outra medida “para implementação imediata, em colaboração

Apoio às famílias Medida

Estimativa orçamental 250 m

1. Programa Crescer Mais - Pagamento 4 meses de prestação das creches - Pagamento integral dos apoios à natalidade

• 31.534,16€ • 32.682,00€

2. Suspensão do corte no abastecimento, descontos, isenções de tarifas, aplicado aos serviços de água, saneamento e lixos

• 7.500,00€

3. Programa de apoio à assistência de refeições alimentares/Protocolos com IPSS/Aquisições

• 100.000,00€

4. Linha de apoio ao Idoso (+65 anos), entregas ao domicílio de produtos alimentares, medicamentos e gás

• 30.000,00€

5. Programa de ajudas técnicas (novas aquisições)

• 25.000,00€

6. Programa municipal de emergência

• 25.000,00€

p A realização de sessões de cinema “drive-in” foi um dos sinais da anormalidade que se vive com as associações e entidades parceiras que, solidariamente, vão complementar mais este apoio à população sénior”.

O presidente da câmara municipal, Paulo Batista Santos, expressou “um forte agradecimento a toda população pelo extraordiná-

rio exemplo cívico de compreensão das medidas de prevenção em vigor e agradece a todas as entidades de saúde, farmácias, empresas,

Apoio às Instituições Medida 7. Antecipação de subsídios e apoios previstos no âmbito da proteção civil - Bombeiros voluntários - Hospital Nossa Senhora da Conceição (Batalha) - Centro Hospitalar de Leiria 8. Suspensão do corte no abastecimento, descontos, isenções de tarifas, aplicado aos serviços de água, saneamento e lixos

9. Programa de apoio à assistência alimentar e de medicamentos/protocolos

4. Linha de apoio ao Idoso (+65 anos), entregas ao domicílio de produtos alimentares, medicamentos e gás

Estimativa orçamental 160 m

• 41.026,97€ • 60.000,00€ • 50.000,00€

• 10.000,00€

a definir

a definir

Apoio às Empresas Medida

O falecido residia em Vila Verde, no concelho de Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro, e tinha quatro filhos maiores de idade, residentes no país e no estrangeiro. Foi um dos filhos que,

na sua página de Facebook, comunicou o falecimento de Luís da Conceição Brito Rino (“Luís da Olibar”, como era popularmente conhecido e que ultimamente vivia com uma filha em Vagos).

No aviso público de fa lecimento, a fa m í lia “agradece [às pessoas] que não se desloquem à cerimónia [que se realizou a 26 de março] para assim esta ser o mais restrita possível”.

Estimativa orçamental 160 m

11. Programa apoio à formação e planos de contingência

• 125.000,00€

12. Suspensão do corte no abastecimento, descontos, isenções de tarifas, aplicado aos serviços de água, saneamento e lixos

• 15.000,00€

13. Programa de apoio ao trabalho temporário

• 30.000,00€

14. Linha de apoio aos empresários/comerciantes, esclarecimento de dúvidas e apoios pontuais

• 20.000,00€

15. Reforço das contratações/aquisições locais

a definir

Natural da Batalha faleceu com Covid-19 Um homem de 69 anos natural do Concelho da Batalha faleceu no dia 24 de março, vitima da doença Covid-19. Foi o primeiro caso conhecido de um natural ou residente no município.

bombeiros, agentes de segurança e demais organismos que estão empenhados nesta luta de combate à pandemia do COVID-19”.

Por outro lado, “agradece desde já todas as m a n i fe st açõ e s de c arinho e pesar, pedindo ta mbém compreen são dado o momento que o nosso país está a atravessar”.


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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

Fundo de Emergência Social reforçado com 50 mil euros m Cartões tipo “Ticket Restaurante” podem ser utilizados na rede de estabelecimentos do sector da restauração e alimentação O Município da Batalha anunciou no dia 30 de março o reforço do Fundo de Emergência Social, com 50 mil euros, e a atribuição de cartões para utilização na rede local de estabelecimentos de restauração e alimentação, para apoiar famílias carenciadas. A autarquia justifica a medida com a pandemia Covid-19, que “inevitavelmente está a despoletar situações de emergência social e o agravamento de outras, colocando as famílias em situação de grande vulnerabilidade e desproteção social”. Os cartões tipo “Ticket Restaurante” podem ser utilizados na rede de estabelecimentos do sector da restauração e alimentação (restaurantes, hipermercados, supermercados e outras lojas de retalho alimentar) e “garantem a segurança ao nível da intransmissibilidade e controlo dos apoios municipais concedidos”. “Trata-se de um apoio previsto no Fundo de Emergência Social, que concede a cada indivíduo ou agregado familiar até ao máximo de mil euros por ano [salvo exceções fundamentadas], e que agora conhece uma evolução mais simplificada e que melhor prote-

ge os seus beneficiários do risco de contágio, uma vez que retira o manuseamento de dinheiro vivo”, explica a câmara municipal em comunicado. Neste contexto, o município decidiu “reforçar a dotação orçamental do Fundo de Emergência Social no montante inicial de 50 mil euros, que pode ser reforçado” e dispensar “por razões de urgência humanitária a instrução prevista naquele regulamento, cabendo ao Gabinete de Desenvolvimento Social a apreciação sumária da situação socioeconómica do agregado familiar, de acordo com critérios de razoabilidade objetiva”. A autarquia constata que “muitas famílias se deparam repentinamente com falta de recursos económicos para assegurarem as condições mínimas de vida com dignidade”, ao que acresce o facto de “as respostas praticadas pelos sistemas de proteção social poderem não conseguir resolver problemas de emergência social, de carácter urgente e imediato”. O Fundo de Emergência Social, criado em 2014, serve para a “atribuição de apoio financeiro excecional e temporário a agregados familiares com carência económica e em situação de emergência social, em articulação com as instituições ou respostas locais” “Este apoio é essencial a muitas famílias locais que agora estão mais desprotegidas e vamos realizá-lo em

p O presidente da câmara durante uma ação no comércio local

Casos da doença confirmados no distrito Município Leiria Pombal Alcobaça Alvaiázere Caldas da Rainha Marinha Grande Peniche Porto de Mós Ansião Bombarral Figueiró Vinhos Batalha Pedrógão Grande Óbidos Nazaré Castanheira Pêra Total

Falecimentos

Casos Confirmados 0 10 2 5 3 1 1 1 0 1 1 0 0 0 2 0 27

Recuperados

85 65 40 34 32 16 10 10 7 6 5 4 4 2 2 0 322

57 45 32 7 26 13 8 7 6 4 4 4 3 2 0 0 218

Fonte: Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria, municípios e autoridades de saúde/Região de Leiria (22 de maio)

parceria com uma entidade financeira, com regras claras e no quadro do regulamento municipal já existente”, refere o presidente da autarquia.

“Trata-se de uma ajuda direta às famílias, uma resposta de proximidade e no âmbito das capacidades financeiras do Município, procurando levar algum

conforto e tranquilidade à vida das pessoas que bem precisam nestes difíceis momentos”, conclui Paulo Batista Santos. As famílias que neces-

sitem deste apoio podem apresentar a sua candidatura por via eletrónica (geral@cm-batalha.pt) ou através dos telefones 244769110/961385570.

Município com 130 mil máscaras para distribuir à população A máscara transformou-se no ‘símbolo’ desta pandemia. Só até ao final de abril, o Município da Batalha contava receber 100 mil máscaras, que acresciam às 30 mil à disposição dos habitantes do concelho desde dia 9 de abril, no âmbito das medidas de combate à pandemia Covid-19.

No mesmo dia a câmara municipal recebeu, além de máscaras, gel desinfetante, luvas e viseiras “oferecidas, que disponibilizou às empresas, comércios e instituições locais”, conforme revelou. Na altura, o município adiantou que “continua a distribuir gratuitamente máscaras à população” e

“agradece os donativos e colaboração dos voluntários nesta missão”. Só no dia 10 de abril, foram distribuídas “duas mil máscaras gratuitamente pela população”, no âmbito do “Programa Municipal Máscaras para Todos”. As 100 mil máscaras foram produzidas e adquiridas em colaboração com

empresas locais”, adiantou o município, que “recomenda o uso de máscara por todos como medida de prevenção”.



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Batalha Atualidade

Os dias que mudaram o concelho

maio 2020

Jornal da Batalha

m O ano de 2020 tinha muito para ser dos melhores sob diferentes pontos de vista (e algumas coisas menos boas também; aliás, como quase sempre). Mas, de repente, tudo mudou – literalmente. Estas são imagens dessa mudança no Concelho da Batalha.



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Batalha Atualidade

maio 2020

Jornal da Batalha

Associativismo recebe 200 mil euros com Retomar de atividades mO programa assegurará apoios financeiros por via da antecipação dos subsídios já atribuídos ou de apoios específicos, não reembolsáveis O Município da Batalha lançou um programa municipal de apoio extraordinário e temporário para dinamização da cultura e do associativismo, designado Retomar, que prevê um investimento de 200 mil euros. O programa resulta de a autarquia “considerar que as associações culturais e desportivas prestam um inestimável serviço à comunidade, principalmente aos milhares de jovens a quem possibilitam o acesso à fruição cultural e à prática desportiva”. Este serviço, adianta em

p Contempla antecipação de subsídios e apoios específicos comunicado, “encontra-se prejudicado pela limitações e condicionalismos da situação de emergência nacional e mais recentemente do estado de calamidade decretado pelo Governo” devido à

pandemia. Por isso, “impõe-se a adoção de um regime de caráter excecional, que confira uma proteção especial aos agentes culturais, recreativos e desportivos envolvidos na

realização dos eventos não realizados em virtude da pandemia”. O programa Retomar assegurará apoios financeiros por via da antecipação dos subsídios já atribuídos ou

de apoios específicos, não reembolsáveis, para fazer face às necessidades mais urgentes de tesouraria. As despesas correntes são elegíveis desde 18 de março e as entidades dispõem

de 90 dias (o programa foi aprovado a 18 de maio) para apresentar as respetivas candidaturas. Podem candidatar-se as associações, grupos artísticos ou coletividades que se dediquem às atividades desportivas, audiovisuais, de teatro ou de dança, constituídas em pessoas coletivas de direito privado sem fins lucrativos. Os candidatos têm de provar que se encontram em situação de fragilidade financeira, com impacto, nomeadamente, na capacidade de pagamento de despesas correntes de funcionamento, com exceção de salários ou compensações a colaboradores certos e permanentes. Têm ainda de comprovar uma perda de receitas mensais igual ou superior a 50 % face ao mês homólogo do ano anterior.

Bombeiros assinalam 42º aniversário sem festa mas em nome da missão

p Aniversário assinalado em circunstâncias inéditas Os Bombeiros Voluntários da Batalha assinalaram a 17 de abril o seu 42º aniversário em circunstâncias inéditas, devido à pandemia de Covid-19, que não permitiram o habitual cenário festivo e de homenagem. No entanto, em nota publicada na sua página de Facebook, “lembraram todos os que antes e agora com grande dedicação e altruísmo serviram esta causa humanitária dos bombeiros da Batalha”.

“Tendo em conta os constrangimentos atuais, sem precedentes na nossa história, não fizemos as habituais comemorações do nosso aniversário, registando a data apenas com uma formatura e um toque de sirene de 42 segundos”, explica a associação. “A pandemia da Covid-19 está a ter um impacto significativo na saúde de muitos, no modo como vivemos e como convivemos, na nossa economia, e portanto tam-

bém na nossa associação humanitária”, constatam os bombeiros. Na declaração publicada online, a corporação destaca que “neste novo caminho que estamos a percorrer tem tido novos desafios que tem ultrapassado”. “Queremos que saibam que os bombeiros da Batalha continuam firmes e determinados proteção e socorro e também nas situações de emergência a toda a população do Concelho da Batalha”, conclui.


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Atualidade Batalha

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Hospitais de campanha notificados para pagar até 50 mil euros m O município da Batalha reagiu com “a maior surpresa face à exigência de registo na ERS da estrutura municipal de suporte à Área Dedicada Covid-19 A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) pretendeu cobrar uma taxa até 50 mil euros aos “hospitais de campanha” e estruturas similares instaladas pelos municípios, como acontece no distrito de Leiria, no âmbito das medidas de combate à pandemia Covid-19. O município da Batalha reagiu no dia 9 de maio com “a maior surpresa face à exigência de registo na ERS da estrutura municipal de suporte à Área Dedicada Covid-19, sob gestão do ACES Pinhal Litoral, equiparando-lhe o regime aplicável aos

p Espaços instalados no âmbito do combate à pandemia estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde”. O presidente da autarquia salientou - num documento enviado ao presidente da assembleia municipal e vereadores - que os “hospitais de campanha” são “espaços de retaguarda disponibilizados no quadro da prote-

ção civil e da emergência nacional decretada pelo Presidente da República, e reconduzidos para o apoio à atuação das autoridades de saúde na fase de mitigação à Covid-19”. “A declaração da situação de calamidade implica a ativação automática dos pla-

nos de emergência de proteção civil”, explica Paulo Batista Santos, adiantando que “a estrutura municipal encontra-se identificada como resposta estratégica a nível municipal e distrital, nomeadamente para apoio de retaguarda aos planos de contingência das unida-

des de apoio a idosos e empresas”. O autarca adianta que “o assunto foi objeto de fundamentação sólida e contestação jurídica no sentido da oposição ao pagamento de taxas por parte do município e está em contactos com o Governo e a Assembleia da

República para assegurar o mérito da sua posição”. A ERS esclareceu que “os montantes de contribuição regulatória e das taxas de registo, critérios de fixação e eventuais isenções, são fixados por portaria dos membros do Governo responsáveis pela área da saúde e das finanças” “A lei e os próprios estatutos obrigam a ERS a proceder ao registo obrigatório e público dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde e não lhe atribuem qualquer competência para determinar o regime das contribuições regulatórias ou criar exceções ao mesmo”, conclui a entidade em comunicado. No dia de fecho desta edição (22 de maio), o Governo anunciou que estas infraestruturas ficariam isentas do pagamento da taxa de registo até final de 2021.


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Batalha Atualidade

Jornal da Batalha

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Bombeiros ajudam bebé a nascer em apartamento mOs voluntários da Batalha, Pedro Leal e António Fonseca, assumiram o papel de parteiros. O menino, Lucca Queiroz Vieira, nasceu com 2,800 quilos

p A mãe, Stefany Milianne, e os dois bombeiros que a ajudaram

Um jovem residente na Batalha ajudou ao nascimento do segundo filho, ao final do dia 6 de abril, no apartamento onde a família vive, numa ocorrência em que dois elementos dos Bombeiros Voluntários da Batalha desempenharam funções de parteiro. O menino, Lucca Queiroz Vieira, “nasceu com 2,800 quilos, exatamente as 19h29, no nosso apartamento” contou ao Jornal da Batalha o pai, Maykon Cardoso. “Eu liguei para o 112 e uma senhora foi-me auxiliando,

no sentido de eu ajudar o máximo a minha mulher e o bebé, até chegarem os médicos e os bombeiros. Ela sentiu contrações mais fortes e comecei a ver a cabeça do bebé. Logo em seguida, chegaram os bombeiros da Batalha, que me auxiliaram”, explica o jovem, de 27 anos, empregado na fábrica de bolos e doçaria tradicional “Arminda Neto”. Às 19h25, a mãe, Stefany Milianne, de 22 anos, “sentiu uma contração muito forte e o bebé nasceu de seguida. Os bombeiros verificaram os sinais vitais, ele chorou e estava bem. Praticamente fiz o parto do meu filho, pois ajudei a segurá-lo enquanto nascia”, conta o pai. Os bombeiros da Batalha, Pedro Leal e António Fonseca, assumiram o papel de parteiros. “Além disso, trouxeram roupas, panos, más-

caras, luvas; acalmaram minha mulher e a minha mãe, também presente”, descreve, acentuando: “Ontem trabalhei o dia todo e no final do dia ajudei no parto do meu filho”. “Muito obrigado aos bombeiros que me ajudaram nesse momento tão especial da minha vida, e também da vida da minha mulher. O meu filho está saudável e a minha mulher também. Foi um momento único para todos nós, muito obrigado. Que Deus vos abençoe”, agradece Maykon Cardoso. A mãe de Lucca trabalha na Residencial Batalha e o casal, de nacionalidade brasileira, que vive na vila desde agosto de 2019, tem outro filho, Miguel Queiroz, de dois anos e meio. Stefany Milianne e o bebé foram transportados para o Hospital de Santo André, em Leiria.

Investidos 40 mil euros na defesa da floresta Produção e comércio de Carnes

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A Câmara da Batalha anunciou que vai investir 40 mil euros na execução de faixas de gestão de combustível ao longo das estradas municipais confinantes com área florestal, de acordo com o planeamento previsto no plano municipal de defesa da floresta contra incêndios. Os trabalhos serão executados com recurso à equipa de proteção civil do muni-

cípio, bem como à contratação de prestadores de serviço junto das empresas da região, em colaboração com as juntas de freguesia. “A criação de faixas de gestão de combustível totaliza 30,33 hectares de terreno, abrangendo troços devidamente identificados nas freguesias prioritárias do Reguengo do Fetal e de São Mamede, respetivamente em

ações de limpeza de matos e corte de árvores de maior risco”, explicou a autarquia a 22 de abril. “A Batalha tem sido um dos poucos municípios portugueses com candidatura aprovada para o financiamento das operações de gestão de combustíveis no âmbito da linha de crédito disponibilizada pelo Governo”, adianta em comunicado.


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

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Investigador batalhense afirma que a Covid-19 “veio para ficar” de tratamento do cancro devem reorganizar-se em tempo de pandemia e é preciso “repensar os sistemas de saúde, a fim de os preparar para as pandemias” O oncologista e investigador Carlos Caldas, que viveu e mantém ligações ao Concelho da Batalha, considera em entrevista ao jornal Expresso que a doença Covid-19 “veio para ficar e as mudanças nas práticas clínicas são inevitáveis”. O investigador, filho do antigo juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, Carlos da Silva Caldas, natural da Batalha, foi coautor de um estudo sobre como os centros euro-

peus de tratamento do cancro devem reorganizar-se em tempo de pandemia, e considera que “repensar os sistemas de saúde, a fim de os preparar para as pandemias, é o desafio imediato”. “Com a pandemia, os oncologistas tiveram de adaptar-se. E à cabeça dessa adaptação está um estudo coliderado pelo investigador Carlos Caldas, publicado na Nature Medicine, que reorganiza a forma como os centros de tratamento do cancro devem abordar, nesta fase, a doença e os doentes”, descreve o jornal. Para Carlos Caldas, investigador e oncologista (especializado em cancro da mama) do Cancer Research UK Cambridge Institute, da Universidade de Cambridge, “nunca os sistemas públicos de saúde tinham sido postos à prova como hoje e não teriam con-

Foto: https://ukibcs.org

m Os centros europeus

p Carlos Caldas viveu a infância e juventude na Batalha seguido dar resposta se não tivessem estabelecido prioridades”. Na entrevista ao Expresso, Carlos Caldas, afilhado de batismo do historiador batalhense José Travaços

Santos, afirma que “a pandemia representa um desafio para toda a medicina convencional. Não há país nenhum, à exceção da Alemanha, que não tenha sentido o seu sistema de saúde

a ser empurrado até aos limites. A luta foi tentar que o sistema não ficasse totalmente colapsado, como se viu no norte da Itália”. Carlos Caldas, de 59 anos, nasceu em Oliveira de Fra-

des, mas passou a infância e juventude no Concelho da Batalha. A Universidade do Porto atribuiu-lhe em 2014 o grau de Doutor Honoris Causa. [Entrevista em: https://bit.ly/2W99duo]

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Batalha Opinião

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Jornal da Batalha

s A Opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Estranhos tempos estes Quem diria há três ou quatro meses que estaríamos tanto tempo confinados às nossas casas em teletrabalho, nos casos possíveis, que tanta gente estaria em lay-off, que tanta empresa estaria fechada, que não poderíamos sair do concelho de residência salvo em situações muito especiais, que as crianças e jovens não poderiam ir à escola, que não poderíamos visitar os nossos idosos, que para irmos ao supermercado teríamos que usar máscara, que não poderíamos cumprimentar-nos, que o Santuário de Nossa Senhora de Fátima estaria fechado e com a GNR a impedir a aproxi-

mação de peregrinos...? Sem querer ser pessimista ou fazer futurologia, atrevo-me a dizer que nada mais vai ser igual, salvo se surgir um medicamento ou uma vacina que controle este coronavírus, mas mesmo que assim aconteça, tudo indica que outros coronavírus virão. Quererá isto dizer que vamos ter que adaptar o nosso modo de vida a vivências diferentes das que estávamos habituados? Nós que gostamos de animação, de festas, de convívios, de futebol no estádio, teremos que mudar de vida? Esperemos que não. Esperemos que as medidas

implementadas pelo mundo fora, umas de uma forma mais assertiva, outras mais desorganizadas, produzam os efeitos desejados no controlo da pandemia e rapidamente possamos voltar a uma vida próxima da nossa vida do ano passado. Digo isto porque algumas mudanças serão inevitáveis. Se dúvidas houvesse, concluímos depressa que muitas reuniões que antes eram ao vivo, poderão sem nenhum problema ser efetuadas, com resultado quase igual, por uma das muitas soluções gratuitas existentes no mercado, Zoom, Skype, Microsoft Teams, Messenger, etc. Com isto

s AMHO A Minha Horta

Plantas companheiras Hoje opto por dar destaque às plantas companheiras, que em agricultura se chamam consociações de culturas. Ora o nosso quintal deve ter diversidade e sabendo que há plantas que ao estarem próximas se ajudam mutuamente, vamos dar-lhes boas companhias (ver quadro). Hortícolas para semear e/ou plantar ao ar livre: abóboras, aipo, alfaces, Cultura

alho francês, batatas, beringelas, beterrabas, brócolos, cebolas, cenouras, coentros, couves-flôr, couves-repolho, couve-rábano, espinafres, ervilhas, malaguetas, nabiças, nabos, pepinos, pimentos, salsa, tomates, rabanetes, rúcula, calêndulas. Jardim, semear: amores perfeitos (só os de flor pequena é que são os naturais e pode comer as suas flo-

Abóbora Acelga

Cebola, Cenoura, Couve, Feijão

Aipo

Alface, Alho-Francê, Couve, Feijão

Alface

Abóbora, Aipo, Alcachofra, Alho-Francê, Beterraba, Cebola, Cenoura, Couve, Couve-Flor, Ervilha, Feijão, Morango, Pepino, Picle, Rabanete, Repolho, Tomate

Alho Alho-Francês

res), cravos, crisântemos, dálias, bocas de lobo, capuchinhas (estas são excelentes para circundar a nossa horta), agrião de jardim, calendulas Arbustos e árvores de fruto para plantar: amoreiras, arandos, framboesas, groselheiras, mirtilos, morangueiros, videiras. Na horta cultivamos alimentos e sentimentos! Boas colheitas.

Plantas companheiras/ Companhia favorável Alface, Chaga, Feijão, Manjericão, Melão, Milho

Aipo, Alface, Beterraba, Cenoura, Couve, Morango, Pepino, Picle, Tomate Aipo, Alface, Batata, Beterraba, Cebola, Cenoura, Couve, Espinafre, Morango, Tomate

Célia Ferreira

Desfavorável

evitamos perdas de tempo em deslocações, poluição atmosférica, despesas adicionais. No entanto, fica a faltar algo. A importância do contacto pessoal, a confiança de um aperto de mão. A reunião faz-se, mas a relação pessoal não será a mesma. Mas teremos que nos adaptar e viver a nova realidade. Um vírus minúsculo e invisível colocou-nos em casa e obrigou-nos a mudar de vida. Temos que reconhecer que o nosso sistema de saúde tem respondido bem ao grave problema que nos assola. Os governantes com um passo trocado aqui, um tropeção acolá, com mais

ou menos show off, também têm estado bem e os cidadãos têm, salvo raras exceções, sido exemplares no cumprimento das regras do estado de emergência e agora no estado de calamidade. O que os cidadãos não aceitam mesmo é o tratamento desigual. O que os cidadãos não aceitam é que se comemore o 1º de Maio e não seja possível ir a Fátima no 13 de maio. Aqui o governo esteve mal ao permitir aquela comemoração. Dirão alguns, mas quem organizou o 1º de maio foi a CGTP e o Governo autorizou o Santuário a organizar o 13 de maio. Pois nós sabemos isso, mas quem teve

Consociação (Práticas comuns em Portugal)

efetivo bom senso, não foi o Governo nem a CGTP, foi o cardeal D. António Marto que manteve o Santuário fechado. Este vírus, se não servir para mais nada, servirá pelo menos para que o bom senso regresse e passemos a dar efetiva importância ao que é mesmo importante, as pessoas.

Prática

Efeito

Filas alternadas

Protege a batata do escaravelho

Cenoura + alho francês ou cebola ou ervilha

2 filas de cenoura e 1 de alhos ou cebola ou ervilhas

Protege a cenoura da mosca

Cenoura + alecrim, salv e losna

Aromáticas em fronteira

Repele a mosca da cenoura

Aromática envasada e dispersa entre a cultura

Repele a mosca da couve

Aromáticas em fronteira

Repele a altica

Filas alternadas

Repele a lagarta da couve

Aromáticas em fronteira

Repele a lagarta da couve

Couve + trevo

Filas alternadas

Repele a lagarta da couve

Espargo + tomate

Filas alternadas

Macieiras + chagas

Plantadas junto de cada árvore Plantadas junto de cada árvore 1 cebola junto a cada pé de melão

Repele o gorgulho do espargo

Batata + Feijão

Couve + tomilho Couve, nabo ou rabanetes + hissopo e hortelã pimenta Couve + aipo Couve + alecrim, hissopo e salva

Macieira + cebolinho Melão + cebola Tomate + cravos de Tunes ou chagas Cultura

Protege do pulgão lanígero Protege do pedrado Protege do fusário Protege da mosca branca

Plantas companheiras/ Companhia favorável

Desfavorável

Ervilha

Aipo, Alface, Batata, Cenoura, Couve, Feijão, Milho, Nabo, Pepino, Picle, Rabanete, Rábano, Repolho

Alho, Alho-Francê, Batata, Cebola, Feijão, Salsa, Tomate

Espargo

Alcachofra, Alho-Francê, Ervilha, Manjericão, Salsa, Tomate

Alho, Beterraba, Cebola

Espinafre

Aipo, Alface, Alho-Francê, Batata, Beterraba, Couve, Feijão, Milho, Morango, Nabo, Rabanete, Rábano, Repolho, Tomate

Batata, Beterraba

Feijão

Acelga, Aipo, Alface, Alho, Batata, Beterraba, Cenoura, Couve, Espinafre, Milho, Morango, Nabo, Pepino, Rabanete, Rábano, Tomate

Alho, Alho-Francê, Batata, Cebola, Ervilha

Beterraba, Ervilha, Feijão, Repolho

Feijão-Verde

Batata, Milho, Rabanete

Alho, Beterraba, Cebola

Damasco, Espargo, Feijão, Pepino, Repolho, Tomate

Batata, Legumes-Tuberoso, Rabanete Batata, Milho Espinafre, Girassol, Salsa Ervilha, Espargo, Feijão, Repolho

Batata

Aipo, Ervilha, Espinafre, Feijão, Nasturtium, Rabanete, Repolho

Abóbora, Aipo, Beringela, Beterraba, Cebola, Couve, Ervilha, Framboesa, Girassol, Maçã, Milho, Pepino, Picle, Tomate

Manjericão Milho

Abóbora, Alface, Ervilha, Feijão, Pepino, Tomate

Aipo, Alecrim, Alface, Batata, Beterraba, Hortelã

Beringela

Ervilha, Estragão, Feijão, Pimenta, Salsa, Tomate, Tomilho

Batata, Cebola

Morango

Alface, Alho, Alho-Francê, Beterraba, Cebola, Couve, Espinafre, Feijão, Rabanete, Rábano, Tomilho

Repolho

Beterraba

Aipo, Alface, Alho, Cebola, Couve, Feijão-Rateiro, Morango, Pepino, Rabanete, Rábano, Repolho

Alho-Francê, Batata, Cenoura, Espargo, Feijão, Feijão-Trepador, Milho, Tomate

Nabo

Acelga, Alecrim, Alface, Ervilha, Espinafre, Feijão, Hortelã

Alho, Batata, Mostarda, Tomate

Brócolo

Alecrim, Chaga, Salsa, Sálvia, Tomate

Morango

Cebola

Alface, Alho-Francê, Beterraba, Camomila, Cenoura, ErvaDoce, Morango, Pepino, Salgado, Tomate

Batata, Couve, Ervilha, Feijão, Repolho

Pepino

Aipo, Alface, Beterraba, Cebola, Ervilha, Feijão, Girassol, Milho, Repolho, Salsa

Batata, Melão, Rabanete, Rábano, Tomate

Cenoura

Acelga, Aipo, Alecrim, Alface, Alho, Alho-Francê, Cebola, Cebolinho, Cerefólio, Ervilha, Espinafre, Rabanete, Rábano, Sálvia, Tomate

Aneto, Beterraba, Endro, Funcho

Pimento

Cebola, Cenoura, Salsa, Tomate

Rábano

Cerefólio

Cenoura, Rabanete

Rabanete Menta, Rabanete, Rábano, Rasteiro, Salvia, Tomate, Tomilho

Acelga, Agrião, Alface, Alho, Cenoura, Couve, Ervilha, Espinafre, Feijão, Morango, Salsa, Tomate

Abóbora, Acelga, Batata, Pepino, Repolho, Videira

Couve

Acelga, Aipo, Alecrim, Alface, Alho-Francê, Batata, Beterraba, Ervilha, Espinafre, Feijão

Salsa

Alho-Francê, Espargo, Milho, Rabanete, Tomate

Alface, Ervilha, Feijão, Repolho

Couve-Flor

Açúcar, Aipo, Batata, Camomila, Cebola, Chaga, Endro, Feijão, Hortelã, Rabanete, Sálvia

Morango, Tomate, Videira

Tomate

Batata, Beterraba, Couve, Erva-Doce, Ervilha, Feijão, Pepino

Damásco

Manjericão, Malmequer, Alho, Espinafre, Urtiga, Girassol, Chagas (Nastartium)

Tomate

Aipo, Alface, Alho, Alho-Francê, Cebola, Cebolinho, Cenoura, Couve-Flor, Endro, Espargo, Espinafre, Feijão, Manjericão, Milho, Rabanete, Salsa

Videira

Aipo, Alface, Camomila, Chaga, Feijão, Pepino

Beterraba, Brócolo, Tomate


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

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Município pede ao Estado investimento de 180 milhões em habitação acessível m Identificadas duas áreas de reabilitação urbana e do edificado para fins habitacionais, com capacidade para gerar uma oferta de 40 novos fogos O Município da Batalha defende que “é urgente aumentar a oferta de casas a preços acessíveis para as famílias e jovens casais que perderam rendimentos” em resultado da pandemia e apresentou “um plano municipal para aumentar a oferta a habitação acessível”. O autarquia considera que os apoios do Estado para a reabilitação urbana, que ascendem a mais de

180 milhões de euros, “devem ser orientados para habitação acessível, incrementando os projetos de reabilitação do edificado para fins habitacionais e a custos/rendas acessíveis”. No caso do plano municipal de habitação acessível da Batalha, o município identifica duas áreas de reabilitação urbana e do edificado para fins habitacionais, com capacidade para gerar uma oferta de 40 novos fogos, na tipologia T2 e T3, a localizar em imóveis públicos. A autarquia estima que o investimento associado a este programa habitacional ascende a 1,3 milhões de euros, valor a financiar no quadro das medidas inscritas na Nova Geração de Políticas de

Habitação e no âmbito do Instrumento Financeiro Reabilitação Urbana 2020. Num documento enviado ao Ministro das Infraestruturas e Habitação, revelado no dia 4 de maio, o presidente da Câmara da Batalha defende que “a situação de emergência exige respostas de exceção e apoios públicos no acesso de todos a uma habitação condigna e a valores comportáveis pelas famílias e jovens casais, através do alargamento significativo do âmbito de beneficiários e da dimensão do parque habitacional com apoio público”. “Caso o Governo colabore com o município, nomeadamente através da cedência do imóvel do Estado, um abandonado

FIABA anulada e Festas da Batalha virtuais ou em estilo “drive in” A Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha (FIABA) deve ser anulada e as Festas das Batalha, em agosto, podem acontecer com transmissões virtuais e concertos em formato “drive In”. A FIABA, prevista para decorrer de 28 a 31 de maio, será “anulada” e a edição deste ano das tradicionais festas de agosto vai ser alvo de avaliação, em “finais de junho”, revela o jornal Região de Leiria numa das suas últimas edições, citando o presidente da autarquia. “A generalidade dos espetáculos previstos para o mês de junho” deve ser anulada e o município “está a avaliar a realização de alguns eventos culturais com recurso à transmissão digital, meios virtuais ou em sistema de “drive in concerts”, no caso das festas de agosto, adianta Paulo Batis-

A generalidade dos espetáculos previstos para junho” deve ser anulada e o município “está a avaliar a realização de eventos culturais com recurso à transmissão digital, meios virtuais ou em sistema de “drive in concerts”

ta Santos ao jornal. No ano passado, a 29ª edição da FIABA reuniu mais de 60 artesãos de todo o país, 17 tasquinhas representativas do associativismo concelhio e 10 produtores locais. Ao longo dos quatro dias do evento, o certame registou a visita de mais de 25 mil pessoas, “fazendo desta uma das melhores edições de sempre”, segundo o município. Por outro lado, os concertos das Festas da Batalha, previstos para 13 a 16 de agosto, contam com a atuação, no primeiro dia, dos Resistência, um dos grupos musicais

de referência do país. Gisela João abrirá o palco no dia 14 de agosto, feriado concelhio, seguindo-se o concerto de Fernando Daniel. No dia 15 de agosto, o recinto dos festejos receberá, ao início da noite, os sons eletrónicos da dupla da RFM Rich& Mendes, antecedendo o concerto de Richie Campbell. Caberá a Diogo Piçarra encerrar os festejos. As Festas da Batalha reúnem, a par da música, gastronomia, desporto e animação diversa, e atraem anualmente milhares de pessoas à vila da Batalha, contando com entradas gratuitas.

p Antevisão do acesso a um dos edifícios pós-ocupação armazém do Instituto do Vinho e da Vinha, localizado em zona habitacio-

nal e viabilize os instrumentos de financiamento, estamos em condições de

iniciar o projeto em julho deste ano”, garante Paulo Batista Santos.


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Jornal da Batalha

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Saúde A sua USF Condestável na era pós-Covid-19 Proximidade: é esta a palavra que define a relação do Médico de Família com o seu utente e a sua comunidade; é essa a palavra que nos enche de orgulho e que acreditamos fazer a diferença na USF Condestável. Porém, este ano, o vírus chamado Covid-19 veio surpreender-nos a todos e obrigar-nos a redefinir o nosso dia-a-dia. Afinal, a melhor maneira de demonstrar amor é adiando o abraço e a melhor maneira de estar próximo é mantendo a distância. A sua USF Condestável não foi exceção e, de modo a protegê-lo desta pandemia, tivemos de reorganizar o atendimento aos utentes. Lembre-se: apesar de já não estarmos em estado de emergência, o nosso visitante in-

cómodo (o Covid-19) ainda não foi embora e é nossa obrigação implementar medidas que diminuam o seu risco de exposição à doença. Após a desmarcação de consultas que nos foi exigida devido ao plano de contingência, chega agora o tempo de reiniciarmos a nossa atividade, que irá ser feita de forma gradual e monitorizada, privilegiando o atendimento não-presencial (telefónico ou por e-mail). Recomeçar implica priorizar e, neste caso, cuidar e olhar por aqueles que mais precisarão de nós. Por esse motivo, a USF Condestável (nos polos da Batalha e São Mamede) irá reagendar as consultas dos grupos de doentes mais vulneráveis e de risco. Não se preocupe,

se se encontrar nestes grupos será contactado pela sua equipa de saúde. Caso não pertença, deve entrar em contacto connosco por telefone ou e-mail, e ser-lhe-á agendada uma consulta presencial em horário definido de acordo com a sua situação clínica. Serão então possíveis, após contacto telefónico ou por e-mail, realizar as seguintes consultas: doença aguda; utentes com doença oncológica ou descompensação de doença crónica; Saúde Infantil para realização do Teste do Pezinho, 1ª consulta de vida, consulta de 1º mês e consultas que coincidam com o calendário vacinal; Saúde Materna para 1ª consulta de gravidez, transição de trimestre, avaliação de

, SA ACORDOS PARA OFTALMOLOGIA:

ADSE, ADMG, Multicare, Advancecare, Médis, SAD-PSP, SAD-GNR, SAMS Centro, SAMS Quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sãvida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon,

Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia...sábado - manhã Oftalmologia...............................................Dr. Joaquim Mira............................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira.. quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro................................. terça - tarde

Dr. João Cardoso.............................. segunda - tarde

Otorrinolaringologia.................................Dr. José Bastos.................................... quarta - tarde Pneumologia/Alergologia.........................Dr. Monteiro Ferreira............................sexta - tarde Próteses Auditivas................................................................................................... quarta - tarde Psicologia Educacional/vocacional........ Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos..................................Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Terapia da Fala...........................................Dra. Débora Franco.............................quinta - tarde Urologia.......................................................Dr. Edson Retroz..................................quinta - tarde

Ortóptica.....................................................Dr. Pedro Melo................................ sábado - manhã

Medicina Dentária

Outras Especialidades:

Cardiologia..................................................Dr. David Durão.....................................sexta - tarde Cirurgia Geral/Vascular.............................Dr. Carlos Almeida.................................sexta - tarde Clínica Geral................................................Dr. Vítor Coimbra................................ quarta - tarde Dermatologia............................................ Dr. Henrique Oliveira...................... segunda - tarde

Dra. Sâmella Silva

Terça/Quinta - Tarde Sábado - Manhã

Dra. Susana Frazão

Sexta-feira - Tarde

Electrocardiogramas...............................................................................segunda a sexta - tarde Endocrinologia............................................Dra. Cristina Ribeiro............segunda / terça - tarde Estética .......................................................Enf. Helena Odynets..............................sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..........................Dr. Paulo Cortesão........................... segunda - tarde

Cirurgia Oral Implantologia

Neuro Osteopatia /Acumpunctura.........Tec. Acácio Mariano............................ quarta - tarde

Próteses Dentárias

(Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortodontia

Neurocirurgia.............................................Dr. Armando Lopes......................... segunda - tarde Neurologia..................................................Dr. Alexandre Dionísio..........................sexta - tarde Nutricionista...............................................Dra. Ana Rita Henriques........................ terça - tarde

Rx-Orto Telerradiografia

Ortopedia....................................................Dr. António Andrade....................... segunda - tarde

Rua da Ribeira Calva . Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente . BATALHA . Tel.: 244 766 444 . 939 980 426 . clínica_jm@hotmail.com


Jornal da Batalha

SaĂşde Batalha

maio 2020

CoronavĂ­rus e a saĂşde da visĂŁo

intercorrĂŞncias na gravidez, administração de imunoglobulina anti-D e vacinação; Planeamento Familiar para fornecimento de contracetivos, incluindo contraceção de emergĂŞncia; vigilância de grupos de risco como hipertensĂŁo arterial, diabetes, multimorbilidades; vacinação; tratamentos de enfermagem inadiĂĄveis; domicĂ­lios inadiĂĄveis a doentes dependentes. Existem outras questĂľes que nĂŁo necessitam de ser resolvidas presencialmente! Para declaraçþes e renovação de baixa mĂŠdica deve contacte-nos por telefone ou e-mail. Para renovação de receituĂĄrio crĂłnico, use preferencialmente o pedido eletrĂłnico, enviando um e-mail com o seu nome, data de nascimento ou nĂşmero de utente, e indicando o nome dos medicamentos de que necessita. A receita serĂĄ entĂŁo enviada por telemĂłvel ou e-mail, consoante a sua preferĂŞncia. PorĂŠm, atenção! Se se encontra com febre (>38Âş C), tosse, dificuldade em respirar ou dor de garganta, contacte primeiramente a SaĂşde 24 ou a nossa USF (244769920 / 913654793 / 913654814). PoderĂĄ, posteriormente, ser encaminhado para a nossa Ă rea Dedicada ao Covid-19, localizada no pavilhĂŁo desportivo do Agrupamento de Escolas da Batalha, para ser avaliado com os cuidados necessĂĄrios. Evite saĂ­das e deslocaçþes desnecessĂĄrias! Estamos a um passo de distância por e-mail (usf.condestavel@ arscentro.min-saude.pt) e a outro passo por telefone (Batalha – 244769920, 2ÂŞ a 6ÂŞ feira das 8h Ă s 20h e sĂĄbados das 9h Ă s 13h; SĂŁo Mamede – 244769920, 2ÂŞ a 6ÂŞ feira das 9h Ă s 16h). E sabia que a sua USF CondestĂĄvel tem pĂĄgina de Facebook e Instagram? Encontre-nos lĂĄ! Mais perto do que nunca. PatrĂ­cia Moreira USF CondestĂĄvel, Batalha

CoronavĂ­rus e Fisioterapia

LuĂ­s Coelho Fisioterapeuta e escritor

Raúl Sousa Presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO)

O novo coronavĂ­rus estĂĄ a levar o paĂ­s a tomar medidas de contenção para controlar e combater esta pandemia. Os profissionais de saĂşde sĂŁo os que mais estĂŁo sujeitos ao contacto com casos positivos deste vĂ­rus e os optometristas nĂŁo estĂŁo fora desta equação. Ă€ primeira vista, e com os sintomas mais frequentes que jĂĄ foram revelados como a tosse, febre, dificuldades respiratĂłrias e em casos mais extremos a pneumonia, nĂŁo se torna fĂĄcil associar as doenças oculares a este vĂ­rus, mas a verdade ĂŠ que em alguns casos, a conjuntivite tambĂŠm foi relatada. A conjuntivite nĂŁo ĂŠ mais do que a inflamação da conjuntiva (a membrana transparente que cobre a esclera, parte branca dos olhos, e parte interna das pĂĄlpebras). Existem diferentes tipos de conjuntivite que variam de acordo com a etiologia, mas os sintomas comuns a todos sĂŁo a hiperemia (vermelhidĂŁo), o prurido (comichĂŁo), a epĂ­fora (lacrimejo excessivo) e a fotofobia (sensibilidade Ă luz). Em dois relatĂłrios in-

ternacionais recentemente publicados, ĂŠ afirmado que o SARS-CoV-2 pode ser transmitido atravĂŠs do contacto do aerossol com a conjuntiva. Segundo o Journal of Medical Virology, em trinta pacientes hospitalizados na China, um dos casos apresentou conjuntivite. As anĂĄlises desse doente revelaram que o vĂ­rus estava presente nas secreçþes oculares. Assim, ĂŠ possĂ­vel perceber que o CoronavĂ­rus pode afetar a conjuntiva e causar a conjuntivite. JĂĄ no estudo do New England Journal Of Medicine, os investigadores documentaram “congestĂŁo conjuntivalâ€? em 0,8% dos pacientes com COVID-19 confirmado em laboratĂłrio, num total de 30 hospitais na China. Estes dados revelam que ĂŠ elevada a probabilidade de o Optometrista contactar com pacientes possivelmente infetados com CoronavĂ­rus, ainda nĂŁo identificados como tal . Por isso, na verificação dos critĂŠrios clĂ­nicos e epidemiolĂłgicos e/ou conjuntivite ĂŠ importante proceder conforme os cuidados base para o CoronavĂ­rus, promovendo o isolamento do utente e contactar a linha de apoio SNS 24 (808 24 24 24), atĂŠ serem dadas novas indicaçþes. Os pacientes com problemas optomĂŠtricos nĂŁo urgentes que estĂŁo doentes devem solicitar o reagendamento das suas consultas para uma data posterior em 14 dias, no mĂ­nimo.

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O que diferencia genuinamente a Fisioterapia das outras prĂĄticas de saĂşde ligadas Ă motricidade ĂŠ o toque. O contacto manual funde-nos com o paciente, laborando um objecto comum. O caminho ĂŠ racional e idiossincrĂĄtico. A multiplicação do CoronavĂ­rus nĂŁo mata a racionalidade ou a individualidade, antes exponencia a sua necessidade. Porque uma situação inĂŠdita implica medidas criativas. E porque uma condição de “exceçãoâ€? obriga Ă coragem moral de estar “comâ€?, sem o desabrigo da quarentena tĂĄcita. Muitos “modernosâ€? gostariam que a Fisioterapia fosse progressivamente massificada e desindividualizada. Conseguiram, sim, que o nĂşmero exponencial de pacientes nas clĂ­nicas colocasse todos em risco. NĂŁo hĂĄ higiene manual possĂ­vel quando se tratam dezenas de doentes em simultâneo. HĂĄ, apenas, a pertinĂŞncia da higiene dos comportamentos, que se vendem como receitas a pacientes desinvestidos e sem o necessĂĄrio acompanhamento ciente. A individualidade possibilita encadear ciĂŞncia de “grupoâ€? e racionalidade personalizada. Mesmo em contexto de pânico, em “estado de sĂ­tioâ€?, ĂŠ possĂ­vel e recomendĂĄvel “pararâ€? para que

uma estratĂŠgia seja esboçada com coerĂŞncia. É verdade que algumas tarefas “fisioterapĂŞuticasâ€? podem ser consideradas adiĂĄveis. O que, de mais a mais, convida ao desemprego dos profissionais precĂĄrios. É tambĂŠm verdade que certas necessidades irĂŁo urgir, obrigando ao encadeamento de uma nova dinâmica. Necessidades “respiratĂłriasâ€? e de exercĂ­cio nĂŁo podem deixar de recrutar os terapeutas num novo contexto “de bancoâ€?, e atĂŠ noturno. Os cuidados de enfermagem, per se muito respeitĂĄveis, nĂŁo sĂŁo “Fisioterapia respiratĂłriaâ€?. E “Cinesiterapia respiratĂłriaâ€? ĂŠ um conceito esquivo, e nĂŁo exclusivo aos fisioterapeutas. O mĂŠtodo especĂ­fico destes profissionais possui um alcance Ăşnico, “evidenteâ€? e, mais do que nunca, imprescindĂ­vel. Paciente e o prĂłprio terapeuta sĂŁo os agentes dum processo que nĂŁo se inicia ou finaliza no imediato. O imediato ĂŠ o inerente espaço terapĂŞutico em que o tempo se esgota na fusĂŁo de um caminho, do qual deve sobressair um equilĂ­brio contagioso. A crise ĂŠ a oportunidade de melhorar capacidades e de desenvolver novas valias. Um vĂ­rus ĂŠ uma proa de (re)ação onde se devem deslocar todas as sinergias. SĂł isto pode repudiar o clima de morte e apreensĂŁo. Doutro modo, jĂĄ estamos mortos e a luta ĂŠ inĂ­qua. A atitude terapĂŞutica ĂŠ uma potĂŞncia de “vidaâ€?, e a morte ĂŠ vencida quando se vence o prĂłprio medo. Para este objecto nĂŁo hĂĄ zona de quarentena, hĂĄ, sim, zona de guerra “libidinalâ€?, onde o contacto ĂŠ segu-

ro e aprovĂĄvel. Zona de Eros, em que o poder e a “luta pela sobrevivĂŞnciaâ€? se fazem de uma sĂł bĂŞnção. NĂŁo deixemos, que a “potĂŞnciaâ€? estrague o objeto do sofrimento, que ĂŠ o de crescer e redimir os erros do passado. Se nĂŁo estivermos Ă altura, sobreviveremos de esquecer o pretĂŠrito e de varrer os destroços para debaixo de um tapete “vermelhoâ€? por cima do qual caminharemos com o orgulho e um falso arrependimento. O atual “estado de exceçãoâ€? tambĂŠm desperta passados ressentidos e “ajustes de contasâ€?. Compete aos profissionais dar o exemplo da ação objetiva, altruĂ­sta e equitativa. NinguĂŠm pode ser subtraĂ­do ao contacto. A prĂłpria equipe de saĂşde vai ter de aligeirar as antigas querelas. As luvas nĂŁo sĂŁo para ser tiradas sĂł num momento de duelo. Podem ser mantidas e permitir que as mĂŁos se façam presentes. Por sua vez, as mĂĄscaras consentem muitas vezes que as outras que usamos sempre se façam de fragilidade. Num paĂ­s onde o papel higiĂŠnico se esgota, devemos, cada vez mais, tirar as fraldas. Para que o sol nasça para todos, na praia dos hĂłspedes divinos. É por isso que exorto os terapeutas a darem o mĂĄximo de si, num paradigma de segurança e dignificação. As regras e a ciĂŞncia sĂł fazem sentido num clima de razoabilidade e abnegação. Para que nĂŁo acabemos a escolher os pacientes mais “produtivosâ€? e a negar-nos Ă velhice. Para que nĂłs mesmos nos tornemos velhos realizados e contaminados de “boa vontadeâ€?.

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Jornal da Batalha

Património A Batalha dos anos 30

Nesta fotografia tirada nos anos 30 do século XX pela afamada empresa fotográfica do Porto, a Casa Alvão, com certeza pelo seu colaborador Álvaro Azevedo, mais tarde sócio de Domingos Alvão e depois seu sucessor na propriedade da empresa, vê-se uma Vila da Batalha em grande parte desaparecida com o plano de urbanização dos anos de 1960. Em frente, no alto do Carvalho do Outeiro está uma das poucas casas, nesta imagem, que se salvaram da rasoira do citado plano: a casa do ilustre médico Dr. José Maria Pereira Gens. À esquerda desta, e um tanto afastado, estava o edifício do Hospital da Misericórdia da Batalha, na altura já desactivado. Mais abaixo um renque de casas onde hoje estão o Café Esquina, a casa

da família Couto Pinho e a pastelaria Arqueiro. À direita, em baixo, a casa da família Ramos Moura, onde está hoje o Centro Comercial Jordão. Os edifícios em primeiro plano, além evidentemente do Mosteiro, centro e razão de ser da nossa Vila, começando pelo do fundo, deparamos com um, um pouco mais alto do que os restantes, onde então estava instalado o Centro Comercial de António Moniz Ramos e onde mais tarde havia de estar a segunda sede da Caixa de Crédito Agrícola. A seguir ficava a Rua do Cano e logo o edifício do comerciante Daniel Fernando Luís, depois o da família Monteiro, que era tradição popular ter sido casa do Mestre Mateus Fernandes, nele tendo funcionado no século XIX o Hotel

Fernando, mais tarde Hotel Ramos antes de passar para outro local do Largo de João I, e onde no século XX esteve a residência paroquial e depois o posto da Guarda Nacional Republicana. Houve nas traseiras deste edifício uma das afamadas tabernas da Batalha, a da Trindade Berta. No rés-do-chão havia uma loja de cereais. Seguia-se a casa do meu avô António Maria dos Santos, onde no rés-do-chão funcionou a farmácia Ferraz fundada em 1902, depois a minha casa em cujo rés-do-chão estavam o Notariado e o Registo Civil, seguida da de Álvaro Ferreira da Silva e do seu Café Primavera, onde com receita trazida de Aveiro se fabricavam os pudins da Batalha. Ao lado corria a Rua do Comendador Sales que ia até ao solar da Quinta do Fidalgo. Nesta

rua outra afamada taberna e casa de pasto, a da Beatriz do Nascimento e um pouco mais acima a casa da família Moreira Padrão. Voltando ao largo ainda se vêem a casa de Joana Henriques e uma ponta do edifício que pertenceu a Armando de Azevedo Mendes Costa e onde veio a instalar-se o Café Primorosa de Custódio da Silva Botas. Mais acima estava a Pensão Ramos. No rés-do-chão da casa de Joana Henriques funcionou a livraria Saitam, de António do Rosário Matias. Vêem-se três pináculos do famoso chafariz da vila, verdadeiro monumento feito pelos nossos canteiros do século XIX que seria interessante e enriqueceria o largo em frente do Mosteiro, hoje Largo da Vitória, reconstruir-se quase no mesmo local onde estava nos

anos 60 do século XX. Neste mesmo largo situava-se, mas não sei em que ponto exactamente, a Casa de Pasto da senhora Angelina, onde Eça de Queirós, então Administrador do Concelho de Leiria e o seu grande amigo Ramalho Ortigão, que o tinha ido visitar, almoçaram divinamente no Inverno de 1870 ou 1871. Estão a completar-se 150 anos. Seria interessante a evocação deste almoço, repetindo-se a ementa com que a senhora Angelina os presenteou e que encantou os dois escritores: sopa saloia de feijão e couve, um arroz com cenouras e pimentos e leitão assado… Quem seria esta senhora Angelina que querendo agradecer e retribuir os elogios que Eça e Ramalho Ortigão lhe tinham feito, os brindou com este palavrea-

do: “Estou muito satisfeita por merecer elogios de Vossas Senhorias, que eu vejo muito bem serem uns pandilhas finos… pandilhas de certa ordem!...”? (Da obra de Júlio de Sousa e Costa, “Eça de Queiroz (Memórias da sua Estada em Leiria) 1870 – 1871”, obra que bem merecia uma reedição pelas espantosas informações que nos dá sobre o grande escritor. A fotografia reproduz-se do livro “A BATALHA vista pela Casa Alvão”, obra editada pela Câmara Municipal da Batalha com um estudo precioso da historiadora Drª Maria da Luz Moreira e a coordenação do Dr. Rui Borges Cunha.

José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (205)


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

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Procissão dos caracóis aceite no concurso das 7 Maravilhas m São necessárias 10 a 15 mil cascas de caracóis nas duas procissões, 500 litros de azeite e seis quilómetros de torcida de algodão A candidatura da Festa de Nossa Senhora do Fetal (Procissão dos caracóis) foi aceite pela organização das “7 Maravilhas da Cultura Popular”, informou no dia 8 de abril a junta de freguesia. “Foi-nos atribuído o “Selo de Nomeado” enquanto candidatos, validando assim a festa na edição das 7 Maravilhas da Cultura Popular!”, lê-se numa nota publicada pela autarquia. A celebração foi submetida à secção “Procissões e romarias”, pela Junta de

Freguesia do Reguengo do Fetal, e o “Selo de Nomeado” significa que será candidata oficial ao título. A procissão anual noturna é iluminada com cascas de caracóis e realiza-se em finais de setembro e no primeiro fim-de-semana de outubro, contando com a presença de milhares de pessoas. A energia elétrica é cortada e a imagem da Senhora do Fetal, padroeira da freguesia, é transportada em ombros, do Santuário de Nossa Senhora do Fetal (Mariano) até à Igreja Matriz da aldeia, regressando sete dias depois. O cortejo percorre uma distância de 800 metros e o número de participantes tem aumentado bastante nos últimos anos. Há duas décadas envolveria umas

p O cortejo percorre uma distância de 800 metros 200 pessoas, quando hoje se calcula que sejam 15 mil. Para iluminar as ruas, encostas e a paisagem envolvente ao percurso da procissão, que começa a ser preparada com seis meses

U.D Batalha suspende cobrança de mensalidades devido à pandemia

p Ainda houve treinos quase até meio do mês de março A União Desportiva da Batalha (UDB) não vai cobrar a mensalidade dos atletas relativa a março, apesar de terem treinado até meados do mês, atendendo às dificuldades resultantes da pandemia Covid-19. O clube decidiu “cobrar apenas até fevereiro, embora tenha havido treinos em quase meio mês de março, atendendo à situação existente”, explicou a coletivida-

de em comunicado. “O valor será restituído a quem pagou aquele ou restantes meses, ou sujeito a encontro de contas na época seguinte”, adiantou a coletividade, no dia 29 de abril, agradecendo a liquidação de mensalidades em atraso. Entretanto, a assembleia geral de aprovação das contas do clube, que era frequente acontecer em março, foi adiada para data a anunciar,

“de acordo com a lei e aceitação do presidente da assembleia geral”. De igual modo, para maio previa-se a realização de eleições para os corpos sociais. “Uma vez que se avizinham dificuldades para a sua realização, a marcação da assembleia geral para o efeito foi também adiada para data a anunciar, mediante a evolução da situação”, conclui a UDB.

de antecedência, são necessárias 10 a 15 mil cascas de caracóis nas duas procissões, 500 litros de azeite e seis quilómetros de torcida de algodão. As iluminações mantêm-

-se acesas por um período de 20 e os 30 minutos, e o uso dos caracóis e do azeite explicar-se-á com o facto de serem materiais originalmente comuns no mundo rural.

A candidatura “7 Maravilhas da Cultura Popular” partiu da Junta de Freguesia e da Comissão da Igreja Paroquial do Reguengo do Fetal e tem o apoio da câmara municipal.


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Batalha Opinião

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Jornal da Batalha

s Noticias dos combatentes

A pobreza e a exclusão da Covid-19 Verificou-se durante os anos de crise nacional, conhecidos pelos anos da Troika, que aumentou a sensibilidade da população para com quem lutava para ter as condições básicas de vida, leia-se quem era já pobre “velha pobreza” – mas que, pelo contrário, foram sendo marginalizados os extratos sociais que até então viviam fora do limiar da pobreza e que se viram, eles mesmos, dentro desse limiar, devido aos sucessivos cortes nos rendimentos disponíveis que possuíam. Ora, o mesmo acaba de acontecer, devido a toda a conjetura trazida pelos sucessivos estados de emergência, para travar a propagação da doença provocada pelo novo coronavírus, a Covid-19, sobejamente conhecida. Uma parte da sociedade volta a sofrer uma nova catalogação social - como pode al-

guém que veste bem, com casa, carro e emprego ser um pobre? O âmbito da globalização exige um novo esboço das políticas sociais, e é aí que se inserem propostas de transferência de renda, que vêm sendo amplamente debatidas, há muito, nos fóruns internacionais, como um direito económico de último tipo, não seria assistencialismo e sim um direito universal como a saúde, educação, segurança, entre tantos outros. Todos os indicadores têm apontado para resultados positivos, seja na distribuição de renda ou no acesso à melhoria na qualidade de vida. Essa ideia da distribuição de renda está contida na proposta do imposto negativo, concebida por Milton Friedman, Prémio Nobel da Economia, muito em uso nos países anglo-saxónicos. E, note-se, foi o

que o estado português teve de acabar por fazer, com a crise Covid-19: abrir os cofres e garantir rendimento, mesmo a quem não trabalha, seja por despedimento, seja por lay-off. O debate sobre esta nova realidade social não pode ser exclusivo dos economistas, por possuir muitas outras extensões de que os mesmos não têm conhecimento. O poder deve entender a problemática sob novos moldes de chegar à população por meio da arte de governar pessoas e não números. Foucault deixou um grande contributo de como considerar a política no neoliberalismo, uma arte de governar com disciplina, para o controlo da população e a gestão dos indivíduos. Assim, temos que o nosso sistema de desenvolvimento pende para um novo tipo de exclusão social - nova exclu-

são - em que o resultado é a modificação do “novo pobre”, no excluído necessário que contribui com o seu rendimento para sustentar a máquina do estado, e o “velho pobre”, no excluído desnecessário do ponto de vista da economia, pois não possui rendimentos para contribuir. Processo em que o “novo pobre” tende a evoluir e adquirir o estatuto de “novo velho pobre” e a herdar toda a condição social do “velho pobre”, o tal ameaçador. O excluído moderno é, assim, um grupo social que, se deixa de ser economicamente necessário, passa a politicamente incómodo e socialmente ameaçador, podendo, portanto, ser socialmente eliminado. É este último ponto o pilar da nova exclusão social. Esta propensão, a expulsão da sociedade de consu-

mo, devido à perda de rendimento, antecede a do mundo político e social, que é afinal o impulso para a exclusão da vida. Assim, será necessário reter os grupos excluídos internamente. Entre a atual situação e a da separação social, a forma de exclusão mais extrema, existe um longo espaço de tempo a ser percorrido, para dizer que ainda é possível inverter o processo, antes que mais indivíduos caiam na situação de novos pobres e estes na situação de novos excluídos. O grave da situação não está tanto na sua iminência, mas no facto de que só é resolúvel com uma maneira diferente de encarar a dinâmica social. Hoje em dia, tanto teorias, como políticas sociais, que sortiam o efeito de integração, simplesmente não resultam no contexto atual. Os governos

têm de ver-se como empregados da população, como os gestores do bem público, pois o dinheiro não é seu, não é para si. O aparecimento de cada vez mais novos excluídos é o indício claro de que o tema social mudou de essência. A pouco e pouco assume novos contornos, ainda incertos, de que não se preveem políticas racionais para a sua minimização. Os estados, neste momento de grave período de crise, teriam todo o interesse em empregar os conhecimentos dos seus sociólogos para a compreensão do processo, em vez da experimentação de políticas elaboradas por políticos, advogados, inexperientes, desconhecedores da realidade social que, tal como referido, governam as pessoas como se de números se tratassem. NCB

Linha “Batalha Voz Amiga” presta apoio emocional

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ALOJAMENTO LOCAL

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt

p Visa incentivar comportamentos de proximidade social A câmara municipal criou a linha telefónica “Batalha Voz Amiga”, destinada todos os seus munícipes, no âmbito das medidas de apoio no contexto da pandemia da Covid-19. “A d i spon ibi l i z aç ão desta linha telefónica de apoio vem combater os efeitos do isolamento, através do apoio personalizado ao nível emocional, ajuda na adaptação à mudança, análise e apoio em situações que envolvam riscos diversificados, sendo sempre assegurada a

confidencialidade e anonimato”, explica o município. A linha de apoio “Batalha Voz Amiga”, visa ainda “incentivar comportamentos proativos, de proximidade social, motivando para o contacto com a família e amigos, através de meios de comunicação à distância (telefone, videochamadas e redes sociais)”. Esta iniciativa pretende ainda promover estratégias psico-educativas, de incentivo à realização de

atividades, fomentando rotinas e hábitos de vida saudáveis, integrando o programa “A Batalha oferece-lhe Desporto e Cultura”, disponibilizando alternativas para lidar com os efeitos do stresse e da ansiedade, decorrentes da situação pandémica e das suas consequências ao nível do bem-estar. O atendimento do serviço municipal “Batalha Voz Amiga” funciona de 2ª a 6ª feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, através do contacto 961385570.


Jornal da Batalha

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Cultura

Mosteiro recebe 1.142 visitantes por dia Foto: leilavm, por Pixabay

m É o monumento nacional situado fora de Lisboa, sob tutela da Direção-Geral do Património Cultural, que regista o maior número de visitantes O Mosteiro da Batalha é o monumento nacional situado fora de Lisboa, sob tutela da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), que regista o maior número de visitantes, uma média de 1.142 por dia durante o ano passado. As estatísticas da DGPC, agora divulgadas, indicam que o Mosteiro de Santa Maria da Vitória registou 416.793 visitas pagas, o que representa um crescimento de 2,2% em relação a 2018; ou seja, mais 8.843. O resultado é ultrapassado apenas pelo Mosteiro dos Jerónimos (1,096 milhões de visitantes no ano passado) e pela Torre de Belém (427.235). Entre estes três monumentos nacionais, o Mosteiro da Batalha é o que

p Mosteiro registou 416.793 visitas apresenta a melhor evolução percentual, já que o número de visitantes do Mosteiro dos Jerónimos cresceu apenas 1,6% e as estatísticas sobre a Torre Belém refletem uma descida de 5,2%. Nos últimos seis anos

(2014/2019), o número de entradas pagas no Mosteiro da Batalha aumentou 38,7%, uma média anual de 6,4% (acima do que se verifica no todo nacional); o que resulta num total de 2,344 milhões de visitantes.

No total nacional, os visitantes de museus, monumentos e palácios tutelados pela DGPC registaram uma ligeira subida de 0,2%, em 2019, comparando com 2018, ano em que se verificou uma quebra de 7,8%.

Os dados provisórios da DGPC indicam que o número global de visitantes em 2019 ascendeu a 4,685 milhões, enquanto em 2018 foi de 4,677 milhões, numa ligeira subida de 7.964 entradas. Segundo a DGPC, “nos

últimos seis anos, 2019 posicionou-se como o segundo melhor ano relativamente ao número de visitantes nos equipamentos culturais”, atrás apenas de 2017, que chegou às 5,072 milhões de entradas.

Entradas nos monumentos e museus nacionais em 2019 2016

2017

Mjerónimos

807.845

2014

943.833

1.080.902

1.167.114

1.079.459

1.096.283

1,56%

16.824

35,70%

5,95%

6.175.436

TBelém

530.903

607.838

685.694

587.363

450.546

427.235

-5,17%

-23.311

-19,53%

-3,25%

3.289.579

MBatalha

300.565

330.047

396.423

492.045

407.950

416.793

2,17%

8.843

38,67%

6,44%

2.343.823

CCristo

209.294

254.313

295.808

354.763

348.510

365.379

4,84%

16.869

74,58%

12,43%

1.828.067

PNMafra

274.255

301.461

327.563

377.961

340.695

360.845

5,91%

20.150

31,57%

5,26%

1.982.780

MNCoches

206.887

346.718

382.593

350.239

320.027

317.201

-0,88%

-2.826

53,32%

8,89%

1.923.665

MNArqueologia

103.068

109.895

146.955

167.610

186.189

263.650

41,60%

77.461

155,80%

25,97%

977.367

MNAzulejo

115.515

132.716

160.557

193.444

219.420

233.595

6,46%

14.175

102,22%

17,04%

1.055.247

MAlcobaça

187.499

198.406

226.516

260.429

221.685

219.945

-0,78%

-1.740

17,30%

2,88%

1.314.480

89.629

100.714

120.731

149.931

165.049

171.308

3,79%

6.259

91,13%

15,19%

797.362

MNAAntiga

221.675

163.788

175.578

212.304

153.615

150.777

-1,85%

-2.838

-31,98%

-5,33%

1.077.737

MNMCastro

62.301

77.059

110.568

108.483

119.082

149.626

25,65%

30.544

140,17%

23,36%

627.119

PNAjuda

53.534

67.645

69.913

126.240

106.919

114.164

6,78%

7.245

113,26%

18,88%

538.415

MMConímbriga

85.075

87.659

91.797

100.441

106.378

100.083

-5,92%

-6.295

17,64%

2,94%

571.433

MNGVasco

80.241

86.371

114.568

84.275

57.862

66.026

14,11%

8.164

-17,72%

-2,95%

489.343

MNAC-MChiado

41.960

51.354

51.992

88.158

54.921

63.343

15,33%

8.422

50,96%

8,49%

351.728

MNSReis

50.348

54.407

98.694

68.450

65.914

60.163

-8,73%

-5.751

19,49%

3,25%

397.976

MNTraje

43.218

44.494

44.543

44.055

37.493

34.597

-7,72%

-2.896

-19,95%

-3,32%

248.400

MNTDança

50.351

39.199

39.628

36.115

27.225

25.246

-7,27%

-1.979

-49,86%

-8,31%

217.764

MNMúsica

11.965

14.075

14.859

14.339

16.043

17.321

7,97%

1.278

44,76%

7,46%

88.602

MAPopular

18.120

15.354

17.751

46.643

169.476

15.744

-90,71%

-153.732

-13,11%

-2,19%

283.088

MNEtnologia

12.802

15.397

19.587

31.402

19.923

10.971

-44,93%

-8.952

-14,30%

-2,38%

110.082

CMAGonçalves

10.854

9.124

9.557

10.462

3.026

3.057

1,02%

31

-71,84%

-11,97%

46.080

3.567.904

4.051.867

4.682.777

5.072.266

4.677.407

4.685.371

0,17%

7.964

31,32%

5,22%

26.737.592

PanteãoN

TOTAL

TMA – Taxa Média Anual

2015

2018

2019

2018/2019

2018/2019

Crescimento

TMA

Total


22

Batalha Opinião

maio 2020

Jornal da Batalha

s Fiscalidade

Medidas excecionais de proteção social O Governo criou medidas excecionais de proteção social, de apoio à família, ao emprego e à economia. Incluiu o alargamento aos membros de órgãos estatutários de pessoas coletivas com funções de direção quando estas tenham trabalhadores ao seu serviço e aos trabalhadores independentes (TI), Estas medidas vão ao encontro de necessidades emergentes, razão pela qual se adapta o subsídio social de desemprego, reduzindo para metade os prazos de garantia existentes, bem como se agiliza o procedimento de atribuição do rendimento social de inserção. Passam a ter direito ao subsídio social de desemprego inicial os trabalhadores que tenham: 90 dias de trabalho por conta de outrem, com o correspondente registo de remunerações, num período de 12 meses imediatamente anterior à data do desemprego; 60 dias de trabalho por conta de outrem, com o correspondente registo de remunerações, num período de 12 meses imediatamente anterior à data do desemprego, nos casos em que este tenha ocorrido por caducidade do contrato de

trabalho a termo ou por denúncia do contrato de trabalho por iniciativa da entidade empregadora durante o período experimental. O período de concessão do subsídio social de desemprego inicial é fixado, independentemente da idade ou da carreira contributiva do trabalhador: a) Em 90 dias nos casos da alínea a); e b) Em 60 dias. É mais fácil o acesso ao rendimento social de inserção. A atribuição da prestação do rendimento social de inserção previsto não depende da celebração do contrato de inserção. As razões são atestadas mediante declaração do próprio, sob compromisso de honra, e, no caso de TI, no regime de contabilidade organizada, bem como dos gerentes ou equiparados de entidades com contabilidade organizada, de certificação do contabilista certificado (CC). O apoio é concedido, com as necessárias adaptações, aos gerentes de sociedades por quotas e membros de órgãos estatutários de fundações, associações ou cooperativas com funções equivalentes àquelas, que estejam exclusivamente abrangidos pelo regime geral de seguran-

ça social nessa qualidade e desenvolvam essa atividade numa única entidade que tenha tido no ano anterior faturação comunicada através do E -fatura inferior a €80.000,00. O apoio previsto no presente artigo tem como limite mínimo o valor correspondente a 50 % do valor do IAS. Pode ser prorrogado tendo por base qualquer das condições previstas na Lei. Os apoios concedidos dependem da retoma da atividade no prazo de oito dias, caso a mesma tenha estado suspensa ou encerrada. Os TI, abrangidos pelo apoio financeiro referido no artigo anterior têm direito ao diferimento do pagamento de contribuições devidas nos meses em que esteja a ser pago o apoio financeiro extraordinário. O diferimento do pagamento de contribuições é aplicável à entidade empregadora A medida extraordinária de incentivo à atividade profissional reveste a forma de apoio financeiro aos trabalhadores que em março de 2020 se encontravam exclusivamente abrangidos pelo regime dos TI: a) Tenham iniciado atividade há mais de 12

meses e não preencham as condições referidas no corpo do n.º 1 do artigo 26.º; ou b) Tenham iniciado atividade há menos de 12 meses; ou c) Estejam isentos do pagamento de contribuições por força do disposto na legislação da Segurança Social. Durante o período de aplicação desta medida, o TI, tem direito a um apoio financeiro com duração de 1 mês, prorrogável mensalmente até um máximo de 3 meses, a um valor calculado com base na média da faturação comunicada para efeitos fiscais entre 1/3/2019 e 29/02/2020, tendo como limite máximo metade do valor do IAS e mínimo correspondente ao menor valor de base de incidência contributiva mínima. O pedido de concessão do apoio determina, a partir do mês seguinte ao da cessação do apoio, a produção de efeitos do enquadramento no regime dos TI, ou a cessação da isenção. O valor da média da faturação determinante do cálculo do apoio é transmitido pela AT, à Segurança Social. A medida de enquadramento de situações de desproteção social reveste a

forma de apoio financeiro às pessoas que não se encontrem obrigatoriamente abrangidas por um regime de segurança social, nacional ou estrangeiro, e que declarem o início ou reinício de atividade independente junto da AT. A atribuição do apoio está sujeita à produção de efeitos do enquadramento no regime de segurança social dos TI, e implica a manutenção do exercício de atividade por um período mínimo de 24 meses após a cessação do pagamento da prestação. A atribuição do apoio está sujeita a condição de recursos nos termos previstos na Lei n.º 13/2003, de 21 de maio, na sua redação atual. O apoio é devido a partir da data de apresentação do requerimento e é atribuído por um período máximo de 2 meses. O montante da prestação a atribuir corresponde a metade do montante do IAS. A atribuição da prestação obriga o trabalhador à declaração de início ou reinício de atividade independente junto da AT, a produção de efeitos do correspondente enquadramento no regime de segurança social dos TI, e da manu-

tenção do exercício de atividade por um período mínimo de 24 meses após a cessação do pagamento da prestação. A declaração de cessação de atividade antes de terminado o período identificado no número anterior determina a restituição dos valores das prestações pagas. Os apoios são requeridos até 30 de junho de 2020 e não são cumuláveis com outras prestações sociais. O presente decreto-lei entrou em vigor no dia 8 de maio de 2020.

Cada participante poderá fazer registos fotográficos de invertebrados encontrados na sua varanda, jardim ou quintal, focando a sua procura especificamen-

te em animais que estejam em flores. Seguidamente, terá que fazer o upload das imagens no site BioDiversity4All, identificando o animal até ao nível taxonómi-

co que for capaz. A comunidade de utilizadores do site iNaturalist validará esta informação e tentará ajudar na identificação das espécies fotografadas.

António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

Aves da Batalha ajuda a descobrir

os “Polinizadores de Portugal” O Grupo Aves da Batalha participa no projeto “Polinizadores de Portugal” [https://bit.ly/2ApUFhq], organizado pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto (CIBIO) e pelo Parque Biológico de Gaia, que pretende mobilizar os cidadãos para o registo de polinizadores. Este “projeto nacional de ciências cidadania” assinalou dois dias internacionais de especial importância biológica, o Dia Mundial das Abelhas (20 maio) e o Dia Internacional da Diversida-

de Biológica (22 maio) e é baseado na plataforma BioDiversity4All, o nó de Portugal da rede iNaturalist. A primeira campanha decorreu de 16 a 24 de maio e, segundo a organização, “os dados obtidos constituem uma importante contribuição para o conhecimento e estudo da entomofauna de Portugal e uma preciosa ferramenta auxiliar na elaboração da primeira lista vermelha dos invertebrados de Portugal”. O projeto, aberto à participação individual dos cidadãos, envolve também insti-

tuições como museus, institutos académicos, ONG, municípios, e o InBIO - Rede de Pesquisa em Biodiversidade e Biologia Evolutiva, Laboratório Associado, de que o CIBIO faz parte. A ideia é registar a presença de espécies de polinizadores encontrados em flagrante nas flores dos vasos das varandas, jardins e quintais das casas e área envolvente. Qualquer pessoa pode, com recurso a uma máquina fotográfica ou telemóvel, registar os polinizadores nas flores existentes nos mais variados locais.


Jornal da Batalha

Necrologia Batalha

maio 2020

HERCULANO REIS SOLICITADOR

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23

António Augusto Carreira Félix (82 anos) N. 02-04-1938 - F. 13-05-2020 Cancelas, Batalha

AGRADECIMENTO Sua Esposa, Filhos, Noras, Netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado… Tratou: Funerária Espirito Santo – Telf.: 916 511 369

Rosa Gomes dos Santos Bastos, 66 anos. Casada com António Cerejo Bastos. Residia em Quinta do Sobrado, Batalha. O funeral realizou-se dia 9 de Abril de 2020 no cemitério da Batalha. António José de Sousa Crespo, 48 anos. Residia em Quinta do Sobrado, Batalha. O funeral realizou-se no dia 10 de Abril de 2020 no cemitério da Batalha. Mavilde de Jesus Ribeiro Ferreira Gomes Semeão, 87 anos. Viúva de Alípio Neves Gomes Semeão. Residia em Moinho de Vento, Batalha. O funeral realizou-se no dia 10 de Abril de 2020 no cemitério de Batalha Abílio do Carmo Ferreira, 89 anos. Casado com Maria da Silva Pereira. Residia em Jardoeira, Batalha. O funeral realizou-se no dia 24 de Abril de 2020 no cemitério de Batalha. Menino Joaquim Pascoal Mescias. Filho de Ronielson Mescias e Samanta Mescias residentes em Casal do Marra, Batalha. O funeral realizou-se dia 1 de Maio de 2020 no cemitério da Batalha.

Cupão de Assinatura Para novos assinantes ou renovações de assinaturas Desejo receber na morada abaixo indicada o mensário JORNAL DA BATALHA durante 1 ano (12 edições) por:

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Maria de Sousa Gil, 101 anos. Viúva de António do Rosário Cereja. Residia em Quinta do Sobrado, Batalha O funeral realizou-se no dia 2 de Maio de 2020 no cemitério da Batalha. Maria da Graça Sousa Branco Coelho, 76 anos. Casada com António da Costa Coelho. Residia na Batalha. O funeral realizou-se no dia 10 de Maio de 2020 no cemitério da Batalha. António Joaquim de Sousa Ligeiro, 94 anos. Casado com Maria Emília Almeida Santos. Residia em Casal do Arneiro, Batalha. O funeral realizou-se no dia 13 de Maio de 2020 no cemitério da Batalha. José Manuel Ferreira Dinis, 65 anos. Casado com Maria Deolinda Pereira Oliveira Dinis. Residia em Pinheiros, Batalha. O funeral realizou-se no dia 15 de Maio de 2020 no cemitério da Batalha. Clara Cerejo Cunha, 66 anos. Filha de António Cunha Caixeiro (falecido) e Cecília Cerejo Gomes. Residia em Reguengo do Fetal. O funeral realizou-se no dia 16 de Maio de 2020 no cemitério de Reguengo do Fetal. Georgina Carreira Henriques, 90 anos. Viúva de Manuel Rodrigues Vieira Capela. Residia em Reguengo do Fetal. O funeral realizou-se no dia 16 de Maio de 2020 no cemitério de Reguengo do Fetal Victória de Jesus Santos, 92 anos. Viúva de António Tomás Vieira. Residia em Casal do Vieira, Golpilheira. O funeral realizou-se dia 19 de Maio de 2020 no cemitério da Batalha.

Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B, Apartado 81, 2440-901 Batalha info@jornaldabatalha.pt . Tel. 244 767 583

Maria Carreira Nunes Ribeiro, 84 anos. Viúva de João Carreira Henriques. Residia em Golpilheira. O funeral realizou-se no dia 22 de Maio de 2020 no cemitério de Golpilheira. Tratou: Funerária Santos & Matias Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)


A fechar

B

Artes à Vila pela Internet O Mosteiro da Batalha vai receber novamente o festival Artes à Vila, que nesta terceira edição terá transmissão em direto pela internet no dia 27 de junho, devido à pandemia da Covid-19. Quatro concertos num único dia num festival que era suposto decorrer ao longo de quatro.

GNR apreende viaturas para evitar corridas ilegais m Identificou três jovens numa operação na autoestrada A19 – variante da Batalha, com o objetivo de evitar corridas ilegais na via pública A GNR anunciou no dia 21 de maio que apreendeu três viaturas e identificou três jovens numa operação na autoestrada A19 – variante da Batalha, com o objetivo de evitar corridas ilegais na via pública. A ação foi desencadeada dois dias antes durante uma “fiscalização rodoviária, com o intuito de prevenir a rea-

lização de corridas ilegais e manobras perigosas na via pública, em Leiria”, explica o comando territorial da GNR de Leiria. A apreensão das viaturas e identificação dos três condutores, consumada pelo destacamento de trânsito, “decorreu na autoestrada – variante da Batalha (A19), na sequência de denúncias de corridas ilegais”. Os três jovens, com idades entre 21 e 29 anos, foram identificados “por condução de veículos com alteração às características construtivas”, adianta o comunicado, explicando que “as viaturas, dada a complexidade da sua transformação, aguardam inspe-

Street View escolhe Mosteiro da Batalha

p As três viaturas apreendidas pela GNR de Leiria ção técnica do Instituto da Mobilidade e dos Transportes”. Segundo o comando territorial da GNR de Leiria, as viaturas “apresentam transformações e alterações que se prendem com o aumento da sua potência”. Na sequência da operação,

ABRIL E MAIO 2020

foram elaborados seis autos de contraordenação: três por transformação de veículos com características não averbadas no documento único automóvel; um por infração aos pneumáticos (relevo inferior a 1.6mm); um por falta de documentação e um por uso indevido de telemóvel.

O Mosteiro da Batalha está entre os 25 locais a visitar através do Google Street View, segundo uma seleção efetuada pela especialista do serviço, Valentina Frassi. Na mesma seleção encontram-se monumentos como as pirâmides do Egipto, a Torre Eiffel, a Sagrada Família ou Machu Pichu, que Valentina Frassi, que viaja pelo mundo a captar imagens para o Street View, selecionou porque a impressionaram. O Mosteiro da Batalha surge no separador “Lugares de culto”, a par da Basília de Santo Estêvão, na Hungria, da Mesquita de Badshahi, em Lahore, no Pa-

quistão, da Sagrada Família, em Barcelona, do santuário xintoísta de Itsukushima, de Hiroshima, no Japão, e da Grande Mesquita do Sheikh Zayed, em Abu Dhabi. A seleção inclui sugestões para visitar virtualmente “Paisagens perfeitas”, “Estradas com vista” e “Locais antigos”. A seleção foi destacada pelo jornal britânico Daily Mail, que aproveitou as propostas para criar uma lista de locais a visitar virtualmente, como uma sugestão para combater os males de quem passa muito tempo sentado, agora agravados pela necessidade de ficar em casa.

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