31 anos
| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXX Nº 372 | JULHO DE 2021 |
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Amarense: vitória dentro do campo, derrota e prolongamento na secretaria W pág. 08
Pandemia volta a deixar concelho em estado de alerta
Foto: Bicanski © Pixnio
Foto: Federação Portuguesa de Futebol
Candidatos já lançam trunfos no tabuleiro das autárquicas
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Suplemento nesta edição
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julho 2021
Especial
Jornal da Batalha
31 anos
O enorme 31 de todos nós! | DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXIX Nº 356 | MARÇO DE 2020 | Publicidade
Autarca acusa responsáveis do ICNF de “incompetência” W pág. 04
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| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXIX Nº 358 | ABRIL E MAIO DE 2020 | PORTE PAGO
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Entradas no mosteiro crescem 38,7% nos últimos seis anos
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| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXX Nº 362 | SETEMBRO DE 2020 |
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Pandemia. Município testa profissionais de risco e população
Pré-escolar 1.º ciclo 2.º ciclo 3.º ciclo Secundário Março 2020
50 s Alfa
Suplemento nesta edição
| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXIX Nº 359 | JUNHO DE 2020 |
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Começou a segunda batalha contra a pandemia
A batalha continua (bem)
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Homem detido por agredir pai de 80 anos
Crianças ganham creche e novo transporte
GNR apreende carros na A19 para evitar corridas ilegais
Procissão dos caracóis nomeada para as 7 Maravilhas da Cultura Popular
Wpág. 07 Poluição dos porcos da região chega à ONU pela mão da JSD
Wpág. 09 Golpilheira analisa propostas do Concurso Mateus Fernandes
Wpág. 21 Procissão do Reguengo é uma das 7 Maravilhas do distrito
m Apesar das dificuldades, ou até por causa delas, fomos encontrando as nossas próprias vacinas, procurando resolver os problemas mais urgentes. Os nossos leitores dirão de sua justiça e se respondemos aos seus anseios no contexto em que vivemos há ano e meio. As primeiras páginas que reproduzimos parecem uma estranha forma de assinalar o 31º aniversário do Jornal da Batalha, que completa com a presente edição. Há 17 edições que a pandemia assumiu protagonismo nas nossas páginas. Um protagonismo relevante mas, ainda assim, incapaz de traduzir na dimensão exata os dramas que lançou na sociedade mundial, nacional e, naturalmente, também na
Batalha. Não houve, neste período, outros temas relevantes no Mundo e no nosso mundo? Houve, e isso é também evidente nas nossas páginas ao longo do último ano, mas de pouco nos serve tapar o sol com uma peneira. A pandemia foi e continua a ser a nossa preocupação central. O enorme 31 de todos nós! A C ov id - 1 9 at i n g iu transversalmente toda a sociedade e os seus recursos. E atingiu-nos. Num dos momentos em que a sociedade (uma generalização perigosa, como todas, mas creio que uma parte significativa ainda pugna pelo rigor informativo e respeito pelo semelhante) mais precisa de informação, os próprios media ficaram ainda com menos recursos. A complexidade da vida coletiva surgiu de molde a demonstrar, como quase nunca, que independência do jornalismo faz a diferença, abrindo espaço para a divulgação séria e serena de todas as sensibilidades.
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Diogo Piçarra cabeça de cartaz das festas
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Bombeiros auxiliam bebé a nascer num apartamento
Foto: Engin Akyurt © Pixabay
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Batalha contra o vírus
Foto: Spc Miguel Pena / Exército dos EUA
Foto: Bicanski PIXNIO
O concelho não possui casos ativos de Covid-19. É um dos três menos atingidos do distrito
Ou seja, num tempo em que o jornalismo assume ainda mais importância como pilar da Democracia e da Liberdade, dando voz aos atores da vida coletiva e promovendo o contraditório, o cumprimento desta missão tornou-se ainda mais difícil. Apesar das dificuldades, ou até por causa delas, fomos encontrando as nossas próprias vacinas, procurando resolver os problemas mais urgentes. Os nossos leitores dirão de sua justiça e se respondemos aos seus anseios no contexto em que vivemos há ano e meio. Mas, verdade seja dita e justiça feita, se a nossa missão é mais difícil de cumprir desde março de 2020, é-o incomparavelmente menos do que a daqueles que fazem da saúde, das empresas e da gestão dos bens públicos, de uma forma geral, o seu dia-a-dia. Aliás, de tal forma que, agora, atento às linhas em referência aos tempos de tempestade que atingem o Jornal da Batalha e a generalidade dos
media, parece-me ter exagerado. Na Batalha, como em todo o lado, não há uma família, uma empresa, um sector de atividade económica, um autarca, um gestor, uma rotina, enfim, uma vida que a pandemia não tenha virado do avesso, traduzindo-se num enorme conjunto de danos e prejuízos muito evidentes, mas também em muitos outros, menos
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visíveis, que perdurarão, mais do que na memória, na saúde de muitos de nós. E, aqui chegados, é também de salientar que, pese embora erros cometidos na gestão da crise sanitária que vivemos, o que é, aliás, genericamente, compreensível devido ao ineditismo e complexidade do problema, também assistimos a muitos momentos de esforço e de solidariedade coletiva.
Aponto a produção de vacinas, a nível mundial, e o processo de vacinação, em Portugal, por serem os mais óbvios e evidentes, e também porque este é o sinal de esperança que nos aponta o caminho para tornar o vírus da Covid-10 irrelevante nas nossas vidas. A i nda n ão sabemos quando isso poderá acontecer. Setembro? Talvez até ao final do ano?
Até que isso aconteça, cada um de nós, e todos como sociedade, temos de manter a máxima atenção para perceber os sinais deste inimigo comum e invisível, cumprir as regras e evitar ajudar o vírus – que, aliás, não precisa dessa ajuda para mudar de estratégia a atacar-nos à mínima distração. Neste último ano, e nos 31 que o Jornal da Batalha leva de vida, houve sem-
| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXX Nº 364 | NOVEMBRO DE 2020 |
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Foto: Imaging © StockSnap
À tangente
pre três pilares, enormes, que suportaram este edifício, construído com letras e imagens. O primeiro, naturalmente, os leitores que continuam a acompanhar-nos mês a mês; depois os colaboradores, que assumem um papel indispensável no nosso jornal, sem nada pedirem em troca, e, por fim, mas não menos importante, os anunciantes, que continuam a acreditar que o Jornal da Bata-
| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXX Nº 366 | JANEIRO DE 2021 | PORTE PAGO
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lha merece todos e que o concelho merece o Jornal da Batalha. É por isso, para eles a última palavra – neste texto sobre o 31º aniversário do Jornal da Batalha, também feito num formato inédito – que escrevo, desejando a todos e às suas famílias que a saúde os acompanhe, até daqui a um ano. Obrigado! Carlos Ferreira Diretor
| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXX Nº 369 | ABRIL DE 2021 |
| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXX Nº 365 | DEZEMBRO DE 2020 | Foto: icsilviu © Pixabay
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W págs. 04/08
Especial Batalha
W págs. 04/06/12
Pandemia obriga a Natal inédito
W págs. 04 a 07
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Lutamos todos juntos ou perdemos a batalha
Foto: Griffin Wooldridge © Pexels
Jornal da Batalha
· Aumenta o número de vítimas com Covid-19 · Autarquia inclui restauração e alojamento nos apoios · Festas proibidas de sair à rua
· Concelho escapa ao recolher obrigatório ao fim de semana · Nove dias na listagem dos municípios de maior risco · Estado de emergência alarga medidas anti-pandemia
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No bom, mas não no fim do caminho Pág.05
CDS recandidata Horácio Francisco
Suplement o nesta edi ção
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p Entregas ao domicílio, um símbolo deste tempo
2020
Regressa o confinamento e aumenta o número de vítimas mortais no concelho
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Pré-escolar 1.º ciclo 2.º ciclo 3.º ciclo Secundário Dezembro
Presidente indignado com ministro do Ambiente
Pré-escolar 1.º ciclo 2.º ciclo 3.º ciclo Secundário Abril 2021
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Jornal da Batalha
Espaço Público s A Equação para os Negócios
Diz-me o que fizeste e dir-te-ei quem és Poderia ser um artigo sobre a época política que vivemos. Podia ser também uma versão moderna da cigarra e da formiga ou o recontar do ditado “Os homens não se medem aos palmos”. Este artigo é sobre tudo e sobre nada. É uma pequena história que se repete mas que muitos gestores teimam em esquecer. O mais importante é que se aprenda a história e se conte muitas vezes até não se esquecer. Recentemente, uma colega (chamemos-lhe Maria) decidiu ir voar mais alto noutro negócio e despediu-se do trabalho onde estava já a alguns anos. Quando me incorporei, a Maria já estava quase de saída. Não tive a oportunidade de a conhecer a fundo e seis semanas é pouco
tempo para se conhecer alguém. Faltava fazer agora o mais difícil: preparar um discurso de agradecimento e uma pequena cerimónia de saída. O mais difícil afinal foi ver bom talento a sair pela porta fora já que não me faltaram palavras para descrever a Maria e agradecer pelos seus anos de trabalho. Eu podia até ter alongado o discurso de agradecimento durante uma hora se necessário. O trabalho de vários anos que a Maria fez em prol do negócio falava por si. A Maria soube trazer o conhecimento e experiência de empresas grandes e aplicá-la à dimensão do nosso negócio. Deixou-nos aquilo que muito ambicionam ter e fazer, mas que nunca conseguiram começar
nem terminar em empresas grandes. Pessoas como a Maria construíram o seu saber em outras constelações. Em outras empresas multinacionais, com hierarquias complexas, geridas por números e constantemente a trabalhar para ganhar eficiências de produção de 0,5% que quando somadas equilibram as contas e colocam o negócio no caminho da sustentabilidade para os próximos 10 anos. Pessoas como a Maria são pessoas de fazer. São pessoas que não reúnem consensos. Tiveram de lutar contra sistemas instituídos, deitar abaixo silos e lutar contra formas de pensar calcinadas. São pessoas que têm muito pouco a perder por-
que amanhã podem estar a trabalhar em outro sítio. São pessoas que equilibram bem os dois pratos da balança: de um lado saber escolher e travar batalhas com todos e até com a administração, mas do outro, saber trazer com elas equipas inteiras para poder implementar melhorias que tocam em todas as áreas do negócio – porque o fazer e o saber fazer nunca se fazem sozinho. São também pessoas que vivem tão focadas nos resultados e no querer construir e melhorar, que se esquecem de comunicar devidamente o progresso, criam anticorpos com muitas áreas e que acima de tudo, contornam outras pessoas se necessário, isto é, se lhes colocam muitos obstácu-
los, estas pessoas vão à volta e não ficam presas por quem constantemente apresenta um problema para cada solução. As empresas, tal como todas as áreas da sociedade não precisam só de Marias, mas precisam de pelo menos algumas. Gerir e tomar decisões com números, sempre com base numa lógica de negócio, isto é, o olhar fixo nos resultados é metade do segredo disto tudo. Porque no fim da caminhada empresarial só interessa isso mesmo: até onde é que chegámos. Se alguém disse que uma pessoa deve escrever um livro, ter um filho e plantar uma árvore, a Maria já fez este hat-trick metaforicamente durante o seu percurso na empresa. Assim, quando
Vítor Correia Gestor de empresas
um gestor cair nas tentações de ter as suas preferências pessoais ou até mesmo amizades na hora de recompensar, lembre-se sempre de fazer a pergunta para si mesmo: “diz-me o que deixaste feito e eu dir-te-ei quem és”. Lembre-se também de recompensar ou agradecer pelas metas alcançadas sempre que possível.
s A Opinião de Pedro Marques
Turismo, de onde vens, para que te quero A dependência do país No ano de 2019, representando 15.3% do PIB, o setor turístico confirmou a sua crescente importância e assumiu-se como o motor da recuperação económica no pós-troika. Não obstante, com o fim da pandemia e a completa ausência de quaisquer reformas do governo para estimular a competitividade de outros setores da economia é expectável que o turismo passe a ser a pedra angular da geração de riqueza para a próxima década. Para o país pode representar um problema. Para a Batalha, uma oportunidade. O fenómeno do mosteiro Em 2019 e à semelhança de anos anteriores, o Mosteiro da Batalha foi o terceiro monumento mais
visitado do país. O número de visitantes superou os 400 mil, cerca de 25 vezes a população do nosso concelho. Para colocar em perspetiva estes números, o Mosteiro de Alcobaça e o Convento de Cristo (Tomar) tiveram apenas 4x e 8x mais visitas do que habitantes, respectivamente, indicando que o Mosteiro da Batalha é largamente o monumento histórico mais atrativo da região centro. Incapacidade crónica de o aproveitar Tudo na nossa vila nasceu e se desenvolveu à volta do mosteiro. No entanto, a incapacidade de rentabilizar um dos monumentos mais belos deste país tem sido crônica. Segundo as estimativas, cada noite dormida por um hós-
pede traz entre 60€ e 120€ à economia local, dependendo do perfil do visitante. No final de 2019 havia cerca de 500 camas para turismo na Batalha, Alcobaça registava 600, Tomar mais de 1000 (dados INE). Ou seja, potencialmente apenas 1 em cada 800 visitantes ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, dorme no nosso concelho - ainda que na realidade o rácio seja efetivamente menor devido aos fluxos turísticos que vêm de Lisboa e Fátima e fazem da Batalha apenas lugar de passagem. Em Alcobaça são precisas 365 visitas e em Tomar apenas 350 para haver uma dormida potencial. Se Batalha conseguisse a mesma eficácia que Alcobaça ou Tomar na conversão de visitantes em hóspedes, teríamos um impacto po-
sitivo na nossa economia local entre 9.6 e 19.2 milhões de euros/ ano. Uma visão liberal Em primeiro lugar, é necessário um rumo, através da definição de uma estratégia de exploração dos nossos recursos turísticos em parceria com a DGCP, com a direção do mosteiro, associações e indivíduos que tenham projetos para dinamizar o turismo no nosso concelho. Um plano transparente, escrutinável e com objetivos mensuráveis (como metas para o número de dormidas, de visitas, de receitas), focado na recolha de dados para que as estratégias possam ser confrontadas e continuamente melhoradas. Em segundo, é necessário aumentar as dormidas
incentivando fiscalmente a aposta na construção de novas unidades hoteleiras por agentes privados, apostando no alojamento local rural em particular em São Mamede. Além da beleza natural do Reguengo do Fetal, existem já hoje projetos, como o da Aldeia Pintada, que tornam as localidades outrora esquecidas em regiões atrativas. Por fim, a diversificação da oferta turística é essencial para reduzir tanto o impacto sazonal do turismo bem como a dependência do mosteiro. Propomos o estabelecimento de parcerias com os Municípios de Alcobaça, Ourém (Fátima) e Tomar para aumentar o tempo de permanência na nossa região, através da promoção recíproca e intensiva de monumentos vizinhos ou do
Membro da Iniciativa Liberal
cofinanciamento de campanhas de publicidade. Em suma, a visão liberal para o turismo na Batalha passa por colocar a câmara municipal como um agente promotor e facilitador desta atividade, não como um obstáculo, focado em maximizar o número de dormidas (ie. volume de negócios) e promover a sustentabilidade dos nossos recursos turísticos.
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Espaço Público Opinião
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s A Opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha
Gestão e serviço público Os serviços públicos existem para manter as sociedades organizadas, tendo a obrigação de disponibilizar e oferecer aos cidadãos o que é necessário para uma boa vivência em sociedade. Servem também para minimizar e reduzir as diferenças entre classe sociais. A política permite e deve potenciar a boa gestão da coisa pública em prol do bem estar dos cidadãos. Por razões identificadas, são por sistema serviços caros, por diversas razões, entre as quais, porque muitas vezes existe pouca racionalidade na gestão, devido ao facto de não se saber bem quem paga e também porque ainda existe muito um pensa-
mento completamente errado, que considera que o que é barato ou de borla, não presta e não prestando será para usar muito e mal e até mesmo quando não se precisa muito desse serviço. Como tudo o que usamos custa dinheiro, alguém os tem que pagar. E esse alguém somos todos nós pagadores de impostos, pagadores de muitos impostos. E todos queremos continuar a usufruir de bons serviços públicos, mas ao menor preço possível. Como já todos percebemos e sentimos, são serviços caros, logo a única forma de os tornar mais baratos, será gerir muito melhor a coisa pública. Todos nós somos ges-
tores de alguma coisa. Em primeiro lugar somos gestores das nossas casas, o que em muitos casos é uma tarefa nada fácil. Procuramos sempre fazer essa gestão, da forma mais racional e equilibrada possível, evitando desperdícios e quando possível tentamos introduzir alguns investimentos que nos permitam retornos a curto médio prazo em poupança corrente. A não ser assim, gastando mais do que se ganha, aumenta-se o endividamento e se a filosofia da gestão continuar a mesma, um dia chegará em que a corda rebenta e a falência surge com todos os impactos que isso acarreta. Gerir um serviço público, deveria seguir os prin-
cípios de uma gestão correta e equilibrada de um orçamento familiar. Uma gestão com uma utilização muito racional e equilibrada de todos os recursos disponíveis, começando nos recursos mais importantes, que são os humanos, para terminar nos materiais. Aliás, até acho que a gestão pública deve ser muito mais cuidadosa do que a gestão do orçamento familiar do gestor público, porque se no primeiro caso gerir mal, será ele e a sua família a sofrer e a suportar os prejuízos dessa ma gestão, enquanto no segundo caso, seremos todos nós a suportar esses maus gastos. Aqui chegados, nós cidadãos devemos questio-
nar a má gestão da coisa pública, seja pela errada escolha dos investimentos públicos, pela má gestão dos recursos disponíveis, seja pelo mau atendimento dos munícipes/cidadãos/ clientes, seja pelo aumento dos impostos, sem que os serviços públicos prestados estejam ao nível desse aumento de impostos, seja pelo facto de termos gestores públicos que delapidam o erário público para promoção da imagem, que ameaçam tudo e todos que os questionam, etc, etc. Estamos num ano em que temos as melhores ferramentas para questionar e para demonstrar que não estamos contentes com a gestão da nossa terra. Temos eleições. São secretas.
Temos uma candidatura muito competente com elementos com provas dadas e com os mais competentes. Temos nas nossas mãos a solução para uma gestão muito melhor e muito mais eficiente da coisa pública. Votemos bem.
s A Opinião de André Loureiro Vereador na Câmara da Batalha
Batalha pela Positiva: uma questão de atitude? A mensagem que o nosso Município da Batalha adotou desde o início da pandemia é muito mais do que uma frase de sensibilização, tem de ser uma questão de atitude e de olhar para o futuro coletivo com confiança. Passados mais de 18 meses a lidar com o coronavírus, a pandemia continua a constituir uma enorme ameaça. É um desafio para a humanidade e para cada um de nós em particular. Só poderá ser vencida se todos formos soldados nesta batalha, protegendo-nos a nós e protegendo toda a comunidade que nos rodeia. A generalidade dos municípios da região de Leiria, no momento em que escrevo este texto, regis-
tam uma situação de alerta e com um número crescente de casos ativos de infeção Covid. Dif icilmente iremos evitar mais duas a três semanas com risco grave no critério oficial do Governo, o que gera reocupação junto das pessoas e vem agravar as consequências para a vida económica e social. As autoridades têm vindo a tomar gradualmente as medidas necessárias para mitigar a progressão da pandemia. Ela é antes de mais um problema de saúde, mas se o tecido económico e social colapsar ficamos também com menos capacidade de apoiar o sistema de saúde. Os programas de apoio à economia que foram implementados são fundamentais
Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 856 A) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, André Loureiro, António Caseiro, António Lucas,
para manter o equilíbrio social e podermos recuperar a dinâmica económica assim que vencermos a pandemia. Neste particular, considero fundamental persistir numa atitude proativa de gerir a pandemia, como estamos fazer desde o primeiro dia, disponibilizando medidas de proteção a toda a população, seja através do incremento dos testes à Covid-19 ou na aceleração do processo de vacinação, mas também temos de assegurar a progressiva recuperação da vida social e assumindo como prioridade a recuperação dos negócios e do bem-estar da comunidade. A saúde é a primeira prioridade, mas não nos podemos arriscar, na eco-
Augusto Neves, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)
nomia e nos direitos fundamentais, a deitar fora o bebé com a água do banho. É certo que esta não é uma razão para sermos menos cuidadosos. Antes pelo contrário, até que o processo de vacinação conheça níveis de imunidade nos vários grupos etários, temos ainda mais obrigação de cumprir as regras recomendadas – lavar as mãos, desinfetar os objetos com que lidamos no dia a dia, evitar situações de aglomeração sociais sem os devidos cuidados, tudo com bom senso, sem alarme, com a consciência que estamos todos a contribuir para ultrapassar um momento muito difícil. Mas que temos de avançar e seguir em frente! E na minha opinião, te-
Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:
mos de avançar mais rapidamente em domínios como o reforço de apoios à saúde mental, na rápida dinamização e reabertura de todos os centros de dia e retomar as visitas aos lares e hospitais, fatores relevantes para a promoção da saúde e felicidade dos mais idosos e doentes. De igual forma, as atividades culturais, recreativas, desportivas e sobretudo as funções económicas devem conhecer o mínimo de restrições ao seu funcionamento, incluindo os serviços públicos essenciais na organização social. As lições tidas no âmbito da pandemia são a nossa melhor garantia que podemos ir retomando a normalidade com responsabi-
Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares
lidade. Neste pressuposto, a expressão “Batalha pela Positiva” é muito mais do que um ato de sensibilização, terá de ser uma atitude coletiva e mobilizadora.
Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.
O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt
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Jornal da Batalha
Autárquicas 2021
PSD quer renovar vereação e diz que “não é tempo de aventuras” m “São fundamentais lideranças fortes e com competência, para aproveitar a nível municipal os fundos do Plano de Resiliência e Recuperação”, diz A candidatura do PSD à Câmara da Batalha anunciou que a sua lista às autárquicas de setembro “renova mais de metade dos candidatos” e alerta que “não é tempo para aventuras ou de regresso ao passado”.
Para André Loureiro, candidato a vice-presidente da câmara, “o PSD apresenta uma equipa de conf iança, renovada e com experiência, fatores essenciais para enfrentar a exigência do próximo mandato autárquico”. “O tempo que vivemos não se compadece com aventuras ou opções do passado, são fundamentais lideranças forte e com competência, para aproveitar a nível municipal os fundos do Plano de Resiliência e Recuperação e assegurar a continuidade dos projetos de apoio social, no domínio da saúde e de
p Júlio Órfão é candidato à assembleia municipal promoção da economia local”. A lista encabeça pelo atual presidente, Paulo Batista Santos, “pretende avançar para o próximo mandato com uma equipa
renovada e fixando como objetivo manter a eleição de cinco em sete vereadores e reforçar a maioria de eleitos na assembleia municipal e assembleias de freguesia.” O atual presidente da assembleia municipal e ex-diretor do Mosteiro da Batalha, Júlio Órfão, é o mandatário da candidatura. Na declaração de apresentação, referiu
p Paulo Batista Santos lidera a lista do PSD que conhece bem os candidatos escolhidos e recorda: “como professor, habituei-me a avaliar os alunos baseado, não em estados de alma ou simpatias, mas nos resultados. É desta mesma forma que perante a avaliação que faço das pessoas que integram as listas do PSD não hesito em garantir-lhe e manifestar o meu apoio”. A candidatura divul-
gou, entretanto, oito desafios que constam do seu programa eleitoral: reforço do apoio às famílias e natalidade; acesso à habitação; saúde e bem-estar; desafios do desenvolvimento económico e da sustentabilidade ambiental; coesão social e territorial; a educação e o desenvolvimento humano; e ainda o desafio da inovação e do conhecimento.
CDU contra “manobras políticas e protagonismos pessoais” A Coordenação Distrital de Leiria da CDU anunciou este mês que José Valentim é o cabeça de lista à Câmara da Batalha e Filomena Lima à assembleia municipal. José Valentim é mecânico de profissão e dirigente sindical, sendo dirigente do STRUP / CGTP-IN, da União de Sindicatos do Distrito de Leiria e da Inter-reformados. Filomena Lima é Cozinheira. Foi empresária no ramo da restauração e é dirigente associativa. A candidatura da CDU no Concelho da Batalha “tem como objetivo principal abrir campo a uma alternativa de esquerda e progressista num concelho
p Filomena Lima e José Valentim onde o conhecido quadro de candidaturas e de manobras políticas caracterizadas por protagonismos pessoais é bem demonstrativa da necessidade de uma alternativa cujo único compromisso seja com os trabalhadores e a população”.
“A CDU assume como objetivos eleitorais o reforço da sua presença política no concelho nomeadamente com a eleição representantes para os órgãos autárquicos”, lê-se no comunicado da CDU.
Jornal da Batalha
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Autárquicas 2021 Batalha
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Provedor da Santa Casa candidato a vice-presidente pelo “Batalha é de Todos” m “A nossa ação deve estar focalizada no apoio aos mais desfavorecidos, às jovens famílias com filhos”, diz Carlos Agostinho Monteiro O Movimento Independente “Batalha é de Todos” apresentou as suas listas de candidatos à câmara e assembleia municipais e juntas de freguesia, com Carlos Agostinho Monteiro, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Batalha e antigo vice-presidente município, eleito pelo PSD, como número dois de Raul Castro. “Aceitei este desafio pelas pessoas que estão envolvidas e que acredito são a melhor solução para
a Batalha. Sinto que existe a necessidade de mudarmos o paradigma da ação política. A Batalha tem de ser menos política e mais Batalha”, referiu o candidato. “A nossa ação deve estar focalizada no apoio aos mais desfavorecidos, às jovens famílias com filhos, que necessitam de um projeto educativo robustecido e de uma ação social forte; em ações que promovam a reconversão profissional e a reintegração de desempregados; na adoção de novas medidas de combate ao isolamento dos mais idosos; no reforço dos cuidados primários de saúde; no rejuvenescimento do sistema de abastecimento público de água. E numa aposta essencial na modernização e instalação de
p Raul Castro lidera a lista independente novas infraestruturas de acolhimento empresarial, de modo a corresponder à força empreendedora já demonstrada pelos nossos empresários. Sem esse apoio, a nossa terra perde valor e os jovens não se fixam”, adiantou. Já Raul Castro sublinhou
Iniciativa Liberal quer “devolver o poder às pessoas” A Iniciativa Liberal apresentou os seus candidatos à câmara e assembleia municipais, “confiante na necessidade de uma alteração no modo de governar localmente e com o objetivo de devolver o poder às pessoas e de proporcionar as condições necessárias ao desenvolvimento económico e à criação e fixação de novas empresas no concelho”. “Nas últimas décadas, o concelho cresceu e modernizou-se. Nasceram estradas e pavilhões desportivos,
“Batalha no Coração”. A lista do CDS “Batalha no Coração” apresentou a sua candidatura com a presença do presidente da Direção do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, acompanhado pelo vicepresidente, Pedro Melo, e pelos ex-presidentes do CDS Manuel Monteiro e José Ribeiro e Castro. O
novos jardins, o turismo aumentou, mas faltou preparar o futuro! Os problemas dos batalhenses persistem hoje, mais do que nunca”, disse o candidato à câmara municipal, Dário Florindo. “As maiorias que se eternizam no poder local tornam-se perigosas e perniciosas, deixam frequentemente os cidadãos à margem. Chegou a hora de colocar os batalhenses em primeiro. O governo da Batalha faz-se junto das pessoas, com as pessoas, mas
cabeça de lista é Horácio Moita Francisco, que criticou
não usando os batalhenses como instrumentos para propaganda política nas redes sociais. Isto não é governar, isto é ser influencer! Queremos um governo sério, tecnicamente capaz, que saiba ouvir os cidadãos e responder às suas necessidades”, adiantou. Já o candidato à assembleia municipal, Ricardo Vala, pediu “a todos batalhenses que se envolvam no nosso projeto de futuro e desenvolvimento para a nossa terra”.
os “falsos independentes” que concorrem às eleições.
que “as manifestações de preocupação dos Batalhenses sobre a gestão do município determinaram a convergência de vontades que deu origem a este Movimento Independente. Pessoas que não procuram cargos ou carreiras políticas e que assumem o de-
p Carlos Agostinho, número dois da lista safio cívico de contribuir para melhorar a qualidade de vida dos Batalhenses”. O mandatário, António Lucas, referiu que se a candidatura é um “regresso ao passado”, “trata-se de um passado do qual todos os batalhenses se devem orgulhar. “Eu quero um
regresso ao passado naquilo que é o atendimento permanente, constante e de porta aberta da câmara para os cidadãos. Quero um regresso ao passado no que toca a despachar os licenciamentos de moradias num mês ou no máximo dois”.
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Batalha Atualidade/Desporto
31 anos
julho 2021
Jornal da Batalha
“Vamos até às últimas instâncias” m O Amarense não integra a lista de clubes licenciados para as competições da Federação Portuguesa de Futebol A Associação Recreativa Amarense anunciou no dia 22 de junho que “vai recorrer até às últimas instâncias” para que o seu “mérito desportivo seja reconhecido”, porque ascendeu à 1ª divisão do campeonato dentro das quatro linhas, sagrando-se ainda vice-campeã da 2ª divisão de futsal. “ Nu m a época atípica, com a falta de público nos jogos e a diminuição repentina das receitas, o campeonato foi uma incerteza, com alterações das regras e formatos a meio, com paragens e avanços, sem certezas que a época teria o seu término normal, tanto por parte da FPF [Federação Portuguesa de Futebol], como para os clubes”, refere a coletividade do Concelho da Batalha em comunicado.
“É fundamental que as entidades competentes sejam flexíveis e justas tal como os clubes foram perante as dificuldades encontradas e nos deixem fazer prova das condições que sabem que possuímos. Para bem do desporto e mais concretamente do futsal em Portugal”, salienta. “Neste momento o mérito desportivo está a ser preterido em prol do mérito financeiro ou burocrático. É também importante ressalvar que A.R. Amarense foi no decorrer da época reconhecida como entidade formadora três estrelas pela própria FPF”, adianta a associação. Na sua perspetiva, este contexto é, “naturalmente, uma prova inequívoca do seu trabalho e organização, pois está devidamente licenciada e em plenas condições legais para a prática desportiva nas suas instalações”. “É por isto que nos sentimos legitimados a ir até às últimas instâncias para que o nosso mérito des-
p Coletividade unida exige justiça desportiva portivo seja reconhecido e premiado de acordo com as regras desportivas”, conclui o comunicado. No dia 2 de julho, a Associação Recreativa Amarense comemorou seu 54° aniversário e “por todos os sócios, atletas, colaboradores, patrocinadores, parceiros e simpatizantes, a direção não poderia deixar de lutar pela injustiça
que o clube cinquentenário foi sujeito”, refere em comunicado. “Somos vice-campeão da 2ª Divisão Nacional de Futsal e por mérito desportivo devemos competir na Liga Placard na época 2021/22”, adianta a associação, informando que no dia 1 de julho “deu entrada no Tribunal Arbitrai do Desporto uma ação contra
a FPF para anular a injustiça e atrocidade que fomos alvos ao nos impedirem de participar na Liga Placard, lugar onde conquistamos desportivamente”. “Iremos recorrer até às últimas instâncias para que o seu mérito desportivo seja reconhecido, acreditando nas instâncias jurídicas e disciplinares. Para a Associação Recrea-
tiva Amarense, dirigentes e atletas, independente do resultado deste exigente processo, iremos sempre pugnar por honrar a nossa história, prosseguir de cabeça erguida e acreditar num futuro auspicioso para a associação”, adianta a coletividade, que deixa ainda “uma palavra de agradecimento a todos os atletas, diretores, parceiros, amigos e à Câmara da Batalha pelo apoio nesta caminhada”. O Amarense não integra a lista de clubes licenciados para as competições da Federação Portuguesa de Futebol, para a época desportiva 2021/2022, porque falhou o processo de licenciamento e foi substituído pelo Grupo Nun’Alvares, de Fafe. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) revelou no dia 22 de junho a avaliação dos processos de licenciamento. O Ladoeiro, de Idanha-a-Nova, campeão da II Divisão de futsal, após vencer o Amarense, também falhou o cumprimento dos requisitos para a 1ª liga de futsal.
Concelho apresenta incidência elevada O Município da Batalha apresentava no dia 18 de julho uma incidência elevada de Covid-19, com 194,20 casos por cem mil habitantes – um registo de mais 31 casos a 14 dias – e estava no nível de risco moderado, a aproximar-se do elevado – mais de 240 mil situações por cem mil habitantes. Apresentava a sexta incidência mais elevada do distrito de Leiria. O número de pessoas falecidas no concelho da Batalha com Covid-19 manteve-se em 19 no último mês, segundo o boletim sobre a pandemia divulgado pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria. No distrito de Leiria já não há concelhos sem registo de falecimentos, apresentando Castanheira de Pera (5) Pedrógão Grande (6), Nazaré (18) e a Batalha os números mais baixos. No caso da Ba-
talha, há ainda a registar a morte de um cidadão natural do município, mas residente no distrito de Aveiro. O concelho de Leiria apresenta o maior número de vítimas mortais (167), seguindo-se Caldas da Rainha (120) e Pombal (107). No que respeita aos casos ativos, a Batalha apresenta 28, havendo sete concelhos com números inferiores. O município de Leiria concentra 265 situações, seguindo-se Alcobaça (96) e Peniche (85). Desde o início da pandemia, revistaram-se 883 infetados confirmados no concelho da Batalha. Os municípios de Castanheira de Pera (167), Pedrógão Grande (228) e Figueiró dos Vinhos (448) são os menos afetados. Pelo contrário, Leiria (7.587), Pombal (3.461) e Alcobaça (3183) apresentam o maior número de pessoas infetadas
desde março de 2020. Entretanto, câmara municipal decidiu prolongar até 30 de setembro a isenção do pagamento de mensalidades relativas aos serviços de atividades ocupacionais e centro de atividades de tempos livres dos estabelecimentos de ensino públicos, sob gestão direta do Município da Batalha, e determinou a prorrogação da isenção de taxas e rendas nos espaços por si concessionados. O estacionamento gratuito vai também manter-se até final de setembro e foi também prolongada a gratuitidade no acesso aos equipamentos desportivos municipais, piscina coberta, campos de padel, pavilhões municipais e campos de futebol sintético. As entradas também são gratuitas nos equipamentos e espetáculos municipais associados à cultura, designa-
Casos da doença ativos no distrito Município
Casos confirmados Recuperados
Leiria Alcobaça Peniche Caldas da Rainha Nazaré Marinha Grande Pombal Porto de Mós Batalha Pedrógão Grande Bombarral Alvaiázere Óbidos Ansião Figueiró Vinhos Castanheira Pêra Total
7 587 3 183 1 996 2 962 851 2 053 3 461 1 550 883 228 632 493 658 1 213 448 167 28 365
Casos ativos
7 155 3 008 1 863 2 763 778 1 952 3 312 1 478 836 196 597 464 602 1 172 428 162 26 766
265 96 85 79 55 54 42 34 28 26 12 8 7 6 0 0 797
Falecimentos 167 79 48 120 18 47 107 38 19 6 23 21 49 35 20 5 802
Fonte: Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria, municípios e autoridades de saúde/Região de Leiria (18 de julho)
damente Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) e às produções culturais promovidas ou apoiadas pela autarquia. Por outro lado, o presidente da câmara municipal, Paulo Batista Santos, considerou que a situação
do concelho e da região de Leiria “exige um esforço coletivo de todos” e defendeu que se justifica uma maior flexibilidade no reforço dos profissionais de saúde no apoio à vacinação, “a bem da atividade económica e do controlo da pandemia”.
Este mês o município decidiu intensificar a campanha de testes rápidos por antigénio e através da distribuição de autotestes. O número de casos de Covid-19 por cem mil habitantes no concelho é o 6º maior do distrito de Leiria
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Batalha Opinião
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Jornal da Batalha
s Crónicas do Passado Francisco Oliveira Simões
Ode clássica dos fantasmas imemoriais A presente narrativa continua a epopeia deste humilde cronista pelo ano de 1935, que havia sido deixada a meio, por vicissitudes várias, no mês de Junho de 2020. O meu comboio saía do cais em marcha fúnebre, ao som da lira da tragédia grega, deixando a bela e renascentista Florença para trás. Naquelas ruelas e arcadas derramou-se todo o meu amor e esperança. Olhava pesadamente pela janela, a contemplar tanta paisagem idílica, digna de um fresco romano. Os carris findavam em território italiano e deslizavam para solo franco. Refugiava-me na literatura que trazia sempre debaixo do braço, neste caso, o meu refugiu era um livro de Daphne du Maurier, “The Scapegoat”, mas apercebi-me que estava a sofrer de
anacronismo compulsivo. É que aquele marco literário foi publicado 22 anos depois do ano onde me encontrava. A história relatava as aventuras e peripécias de um jovem professor de História Medieval, da Universidade de Oxford, por terras de França. Escondi apressadamente o livro e desencantei um exemplar da “Odisseia”, é sempre deslumbrante reler Homero. A viagem prosseguia sem grandes sobressaltos, para além daqueles que a minha alma inquieta inventava. No meio da leitura compulsiva, senti que alguém se sentava a meu lado. - Continue a ler e finja que não me viu! - É o que estou a fazer – respondi ao desconhecido, sem nunca tirar os olhos das páginas. - Vou passar-lhe um bilhete da parte da HELENA.
Peguei no papel imaculado e abriu-o. Continha uma mensagem do Álvaro de Campos, que rezava desta forma: “Caro amigo, Francisco, Pedi ao nosso colaborador Henri-Alban Fournier, que viaja incógnito, para lhe entregar esta mensagem de extrema importância para a nossa causa literária. Sabemos que irá estar presente na soirée intelectual na mansão do Sr. Waugh e precisamos de estar lá custe o que custar. Só queremos que nos ajude a infiltrar na casa e depois nós tratamos o resto. Estarei à sua espera no número 221B da Baker Street, levo sobretudo cinzento e olhar enigmático. Cumprimentos do seu amigo e superior hierárquico,
Álvaro de Campos” - O Senhor é Henri-Alban Fournier? – perguntei eu, dobrando a missiva. - Ninguém sabe que eu sobrevivi à Grande Guerra e espero que continuem sem saber – respondeu o escritor francês. - Pode ficar descansado, eu nunca contarei o seu segredo. - Assim o espero, caro amigo. Durante o resto da viagem tinha tantas perguntas para fazer a este poeta e romancista que tanto admiro, mas preferi remeter-me ao silêncio da leitura, porque Henri estava incógnito e desejava manter essa capa de invisibilidade sobre os seus ombros. Passados uns dias, chegámos a Londres e fomos à morada indicada por Álvaro de Campos. A noite pre-
cipitava a sua aparição. - Ah! Sejam bem aparecidos, nobres membros da HELENA – cumprimentava Álvaro. - Boa noite, Álvaro! Já não o via há uns tempos. O que é feito de si? – perguntei com entusiasmo. - Fui enviado para Londres, a fim de angariar novos membros influentes para a causa da HELENA – informava, acendendo um cigarro. - E precisa de mim nessa altruísta missão? - Francisco, não pode viver apenas dos seus artigos e contos, anseia por um propósito maior. - Quem é que precisa de conhecer no sarau de Evelyn Waugh? - Ora, o Sr. Greene, diplomata e espião. - Para além de um grande romancista – completei a enumeração de virtudes
Historiador
de Graham Greene. - E isso também. Sei que o conheceu há uns tempos no Hotel Savoy. - É um facto. - Nós acompanhamo-lo à festa, o que me diz? – disse Henri. - Será um enorme prazer apresentar tão excelsos génios literários à intelectualidade britânica. Entrámos no Bentley, mais um carro novo em folha do Álvaro de Campos, e arrancámos a toda a brida para a tão aguardada soirée.
s Tesouros da Música Portuguesa João Pedro Matos
O Coração que Canta Francisco José, mais conhecido por ter dado voz à canção Olhos Castanhos, foi um extraordinário cantor romântico, a tal ponto que chamaram-lhe O Coração que Canta. De fato, ninguém suspeitaria que aquele rapaz que, um dia, se apresentou em público no Teatro Garcia de Resende para cantar num baile de finalistas de liceu, viesse a conhecer dali a pouco tempo um êxito es-
trondoso. O cantor nasceu em Évora, corria o ano de 1924, e a sua carreira artística teve início em 1948 no Centro de Preparação de Artistas de Rádio, onde foi uma revelação. O que o levou a abandonar o curso de Engenharia Civil, quando estava no terceiro ano e já trabalhava no LNEC. Fê-lo contra a vontade da família, mas depressa se mostrou que havia sido uma deci-
são acertada. Quase da noite para o dia tornou-se num dos intérpretes mais populares da Emissora Nacional, muito devido à entoação da sua voz, vigorosa, a transbordar sentimento, num modo muito especial de interpretar os poemas das músicas. Como romântico que era, as suas canções exaltavam o amor, levando ao arrebatamento sentimental, na obsessão do amado, e principalmente, na
sublimação da mulher. Na década de cinquenta do século passado conheceu grande êxito, mas a fama chegou em 1961 com a edição de Olhos Castanhos, tema que ainda hoje é de imediato associado ao seu nome. Esta balada conseguiu o feito de vender mais de um milhão de discos, e catapultou o seu intérprete para o outro lado do Atlântico. Assim, para Francisco José, o Brasil converteu-se mesmo no país irmão porque o acolheu de braços abertos. Não demorou muito até ele adquirir o estatuto de estrela da canção, tornando-se no cantor português mais popular de todos os tempos no Brasil, país que acabaria por escolher para viver e onde residiria até princípios da década de oitenta. Ainda em 1961, lança o seu principal trabalho discográfico, intitulado A Figura de Francisco José. Gravado precisamente no Brasil, no Rio de Janeiro, este álbum tem como subtítulo Sucessos de
Portugal e inclui outros êxitos do cantor, tais como Quatro Palavras, Doido Sim Mas Não Louco ou Como é Bom Gostar de Alguém. Num texto publicado na contracapa deste registo fonográfico, pode ler-se o elogio sobre a classe interpretativa de Francisco José, a qual, nunca é demais repetir, tinha por base uma pronúncia límpida e segura. Em 1964, numa emissão da televisão pública portuguesa, queixou-se em tom de crítica que aquela estação favorecia os artistas estrangeiros, em detrimento dos nacionais. O incidente valeu ser-lhe movido um processo, mas que resultaria em nada. Na década de setenta alcançou outro sucesso monumental com a canção Guitarra Toca Baixinho, a qual não era mais que uma versão de uma outra de origem italiana, intitulada Chitarra Suona Più Piano. Mas nas suas atuações ao vivo regressaria sempre aos êxitos das décadas de cinquenta e sessenta.
Como já referimos, no princípio dos anos oitenta deixou o Brasil e voltou a Portugal, onde iria fixar-se até à data da sua morte em 1988. Em 1983 é lançado o seu último disco, o single As Crianças Não Querem a Guerra. Ainda teve tempo para exercer outras atividades, tendo leccionado na Universidade da Terceira Idade, em Lisboa, pois entretanto concluíra o curso de Matemática. Como cantor, o seu nome fica ligado a grandes êxitos como Olhos Castanhos, Maria Morena, Encontro às Dez, Estrela da Minha Vida, Eu e Tu, e pela sua excecional qualidade interpretativa merece ser sempre recordado.
50 s lfa A
Pré-escolar 1.º ciclo 2.º ciclo 3.º ciclo Secundário Julho 2021
Opinião
Jornal do Agrupamento de Escolas da Batalha
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EDITORIAL
A outra perspetiva
Ângela Amaro, presidente da APAIS Luís Novais Diretor do AEB
Estamos a terminar mais um ano letivo em que a nossa comunidade, e em particular os alunos, os docentes, o pessoal não docente e os encarregados de educação passaram por momentos muito difíceis. Apesar das dificuldades, temos de ser otimistas e, como diz Viktor E. Frankl, no seu livro O Homem em Busca do Sentido, se “não podemos controlar o que nos acontece na vida, podemos sempre controlar o que iremos sentir e fazer quanto àquilo que nos acontece”. A escola não deve ficar refém do que lhe tem acontecido, mas sim reorganizar-se e seguir o caminho que a leve a superar as dificuldades e os obstáculos do dia a dia. Para isso devemos, cada vez mais, assumir um “compromisso com a educação inclusiva”. À semelhança do que refere a UNESCO, o nosso agrupamento deve, pois, continuar a responder à diversidade de necessidades dos alunos, através do aumento da participação de todos na aprendizagem e na vida da comunidade escolar. A estratégia passa por envolvê-los no quotidiano da escola, criando espaços de participação e de escuta constante, para que o “nós” seja o mais alargado possível, fortalecendo a confiança entre todos e potenciando responsabilidades partilhadas. Nos dias de hoje, é fundamental saber “como está o coração dos nossos alunos” e, a partir daí, construir pontes entre um presente que é difícil e um futuro que todos queremos melhor, reconhecendo e ajudando os nossos alunos a descobrir os seus superpoderes, desenvolvendo
mais colaboração, mais cooperação e menos competição para enfrentar os desafios e obstáculos do devir. A escola deve continuar a criar oportunidades e a oferecer condições aos alunos para que realizem melhores aprendizagens, aprendam a ouvir e a partilhar opiniões, valorizem os outros e aprendam com eles, partilhem experiências importantes, identifiquem problemas e ajudem a procurar soluções, saibam estar ao serviço da comunidade, dando o seu contributo. Ao longo do ano letivo foram criados vários cenários de aprendizagem que tiveram como atores principais os alunos, através do desenvolvimento de muitos projetos e atividades interdisciplinares que lhes permitiram ter um papel ativo na construção do seu saber. Houve momentos de apresentação de propostas para promoverem transformações dentro da escola e para proporcionarem o desenvolvimento de novos conhecimentos e de novas competências, ao mesmo tempo que se implementaram dinâmicas de colaboração e de cooperação. No final, o brilho no seu olhar mostrou que “eu sou porque tu és” e que “eu só posso ser pessoa através das outras pessoas”. Desta forma, estamos a tornar o nosso agrupamento mais resiliente e com melhores condições para superar os obstáculos que surgirem. Gostaria, agora, de agradecer a todos os que têm ajudado a criar uma melhor escola e a melhorar as aprendizagens de cada aluno. Votos de boas férias!
Esta pandemia mudou drasticamente as nossas rotinas e prioridades, principalmente as das nossas crianças e jovens, que viram a sua vida social ficar afetada e a maioria das atividades ficarem em stand by. O confinamento condicionou os planos e eventos sociais, que são tão importantes na sua vida. Toda esta impossibilidade de estar com amigos e familiares limitou muito o contacto, os afetos e o normal
convívio com os pares, que é fundamental para o crescimento e desenvolvimento dos nossos filhos. No entanto, estamos conscientes de que será uma fase passageira. Ao fazer uma análise, consigo constatar situações positivas no meio do “caos”, realçando aqui o tempo passado entre pais e filhos, a aquisição de novas competências, um maior contacto com as tecnologias e o saber trabalhar em rede. Aprendemos também a importância de nos mantermos flexíveis às mudanças. Vivemos num mundo cada vez mais rápido e em constante atualização. Com isto também surgem novas oportunidades. Um dos nossos papéis como educadores é orientar e ajudar os nossos filhos a ficarem focados no que é mais importante, dentro de um cenário desafiador como este que atravessamos.
O que dizem os nossos leitores mais novos
“Às vezes, voltamos a encontrar o passado ao virar da esquina”
Laura Bento, 12.º C
Nunca fui grande coisa nas despedidas, até porque odeio despedir-me do que quer que seja. Acho que já há uns bons tempos não digo “adeus”. Esta palavra tem um cheiro fúnebre que me faz detestá-la, é como se nunca mais me fossem ver. É o estilo de um “vou-me embora para sempre, nunca mais me vais ver”. Então digo sempre “tchau”, porque é mais informal e menos sinistro, ou então “até já” (mesmo que só veja a pessoa anos depois). As coisas, para mim, são sempre um até já, até porque como o tempo passa tão rápido, às vezes, voltamos
a encontrar o passado ao virar da esquina. Admito, no entanto, que existem mesmo adeuses. Às vezes, é inevitável termos de nos despedir das coisas, porque as coisas não voltam mais, e nós sabemos disso, como o passado ou o tempo. Dizemos, no fundo, todos os dias, adeus ao nosso passado ou a nós mesmos. Eu já não vou reencontrar a Laura dos 13 anos (como foi a minha fase mais irritante, até fico feliz por não ter de a ver mais). Era giro poder voltar atrás no tempo. Era giro, também, poder ver o que vem a seguir. É “chato” estar sempre no escuro, sentir que tenho de estar acordada para os imprevistos e sentir-me impotente porque não sei quando eles chegam ou se chegam sequer. Se calhar, é mesmo assim. Se calhar, ainda nos reencontramos no virar da esquina. É sempre o até já. É sempre. Até já!
Oficina de Jornalismo é uma experiência enriquecedora Sei que o Alfabeto é um jornal que se publica há mais de duas décadas. Nós devemos estar sempre atentos à sua publicação para ficarmos a par das várias iniciativas que se realizam no nosso agrupamento. Ele é importante para os alunos porque nos estimula a dar o melhor de nós próprios, a participar na vida escolar, nos desafios, nos concursos e nos projetos. Todos nós sonhamos, um dia, ser capa deste jornal! Tiago Marques, 5.º D
O Alfabeto é um jornal escolar que junta muitas pessoas e nos informa sobre várias coisas que se passam na escola. Além disso, ensina-nos a treinar a leitura e é uma valiosa janela para o nosso futuro! José Santos, 5.º C
A “Oficina” é um lugar de companheirismo e de liberdade que nos permite aprender a expressar de diferentes formas e adquirir novas competências relacionadas com a comunicação, através da realização de entrevistas, notícias e crónicas que abordam temáticas atuais ou de interesse para a comunidade educativa. Muitas das entrevistas têm-nos ajudado a mudar a nossa maneira de pensar e têm-nos aberto novos horizontes, graças às pessoas inspiradoras que, desta forma, temos conhecido. Além disso, este espaço de convívio e de trabalho permite-nos evoluir enquanto pessoas, fazer novas amizades, encontrar outros que partilham o mesmo interesse
pela escrita, desenvolver o nosso espírito de jornalista, visitar locais que não estamos habituados a frequentar e participar em experiências muito enriquecedoras, tal como a visita que fizemos aos estúdios da RTP1. Frequentar a “Oficina” dá-nos, ainda, um certo sentido de responsabilidade, uma vez que temos de cumprir prazos estabelecidos, senão… o nosso Alfabeto não chega às mãos dos seus leitores. Graças a ela, podemos dar voz às pessoas, permitindo-lhes expressar o seu pensamento e opiniões, querendo com esta diversidade de pontos de vista contribuir para tornar a nossa sociedade mais compreensiva e mais unida.
Diretor: Luís Novais. Edição e coordenação: professoras Fátima Gaspar, Fernanda Cardoso, Guida Roque e jornalista Carlos Ferreira. Fotografia: professor Sérgio Barroso e alunos. Redação: alunos da Oficina de Jornalismo - 10.º B, 10.º C, 10.º D, 12.º C e comunidade escolar. Paginação: João Bento. Facebook Alfabeto – Jornal do Agrupamento de Escolas da Batalha
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Entrevista
O papel e o lápis são os meus melhores amigos
Fabiana Biazini, 5.º A
Escrever é a palavra-chave para eu viver. Escrever faz-me sentir melhor. Sempre que começo a escrever, consigo soltar-me, consigo exprimir-me de uma forma incrível… Sou só eu, o papel e os sentimentos que quero soltar para o papel. Desta for-
ma, o papel e o lápis são os meus melhores amigos nesse momento. C ome c ei a e s c rever, porque não há coisa melhor do que um amigo com quem desabafar. Um amigo não é uma pessoa qualquer, um amigo é uma pessoa em quem confiamos para contar tudo o que sentimos e vivemos. Posso saber pouco ou ser pequena, mas, para mim, a idade não interessa, apenas a imaginação, a criatividade, a emoção e a maturidade que cabem no coração da pessoa que escreve. Escrever é amar, é ter um grande coração.
Caixa Agrícola vocacionada para apoiar jovens com graves dificuldades financeiras Que tipo de apoios tem a CCAMB para os jovens que ingressam no ensino superior e não têm recursos financeiros? No caso de existirem, qual é o nível de adesão?
Existe nos fundos próprios da Caixa a rubrica “Reserva para a Educação” que se destina a apoiar jovens, filhos de associados, com capacidade intelectual, mas com graves dificuldades financeiras. Presentemente, não tem havido solicitações para este auxílio. Tendo em conta que a instituição que dirige apoia projetos de natureza cultural e escolar, como avalia este investimento?
Sabes por que razão se comemora o 10 de junho?
Duarte Cunha, 5.º D
Simão Ferraz, 5.º D
A 10 de junho, comemora-se o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas. Neste dia, realizam-se muitas cerimónias para demonstrar a importância do nosso país e dos portugueses. Este ano, o cenário das comemorações foi a cidade do Funchal, na ilha da Madeira. Nesta data, lembra-se a morte de Luís Vaz de Camões, que ocorreu em 1580. Esta figura nacional é um dos maiores poetas portugueses e escreveu “Os Lusíadas”, um dos livros mais importantes da nossa literatura que reúne versos sobre a História de
Portugal, em particular os Descobrimentos e as aventuras dos portugueses no mundo. Também são lembradas as comunidades portuguesas porque Portugal foi sempre um país de emigração. Por esta razão, as celebrações também costumam ser realizadas no estrangeiro, em países como a França, os Estados Unidos da América, o Canadá, entre outros. Este dia tem grande importância para todos nós porque Portugal já construiu uma história muito longa, reconhecida em todo o mundo. É também um dia em que todos pensamos no que é ser português, nas qualidades do nosso país, na nossa cultura e na nossa língua, que é conhecida como a “língua de Camões”. Como neste dia não vamos à escola, pois é feriado, pensamos em alguns símbolos que nos unem, como é o caso da bandeira verde e vermelha, do hino nacional, que tem por título “A Portuguesa”, e dos monumentos, de que é exemplo o Mosteiro da Batalha. Nós pensamos que o dia 10 de junho deve ser sempre comemorado com respeito!
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Afonso Marto é presidente do Conselho de Administração e representante da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha (CCAMB) no Conselho Superior da Caixa Central, no qual também assume a presidência. Está ligado à Caixa Agrícola da Batalha desde julho de 1997, com um interregno de oito anos, período em que desempenhou a função de autarca na Câmara Municipal da Batalha. Neste último ano, em situação de pandemia, quais foram os
investimentos e projetos s o c i a i s d e r e l evâ n c i a promovidos pela Caixa de Crédito Agrícola da Batalha?
Mesmo com as atividades culturais e desportivas quase inativas, a CCAMB manteve os seus apoios, dado que as despesas fixas se mantiveram. O maior apoio foi dado à Santa Casa da Misericórdia da Batalha, com um elevado donativo para a área da geriatria. Os idosos também necessitam de ser apoiados.
Todos os apoios dados aos jovens e menos jovens, na fase de formação, são bem aplicados. Temos o caso do vosso projeto, o jornal Alfabeto, que conta já com vários anos e continua com grande qualidade. Recentemente, na área da representação (teatro), atribuímos um apoio a uma coletividade da freguesia de São Mamede para que as pessoas se sintam ativas, física e culturalmente. O que distingue a CCAM da Batalha das outras instituições bancárias? Que valor acrescentado traz à região ou ao concelho?
As Caixas Agrícolas, pela sua natureza, são bancos locais, enraizados em todos os cantos do país e, como diz o slogan, “Banco nacional com pronúncia local”. Os seus dirigentes conhecem as necessidades que cada região tem. Uma forma de criar riqueza e valorizar uma região ou concelho é aplicar parte dos rendimentos obtidos da sua atividade financeira nas áreas mais desfavorecidas e, muitas vezes, esquecidas pelo poder central. Esta é a diferença entre as Caixas Agrícolas e os restantes bancos. Os jovens, na vida ativa, procuram a CCAM como o seu banco de referência?
A deia que se tinha de que a Caixa Agrícola era o banco só dos agricultores é errada, pois mais de cinquenta por cento dos nossos clientes são jovens em plena vida ativa e empresários de sucesso, também eles jovens. Muitos têm conta desde crianças, pois era aqui que os pais que podiam faziam o seu mealheiro. Hoje, o Banco da Agricultura (as Caixas Agrícolas) possui todas as novas tecnologias de que os jovens gostam e isso atrai-os a serem nossos clientes.
Erica Guedes e Laura Alves, 12.º C
O mundo é de todos No â mbito da A FC , “Biodiversidade Humana”, os alunos do 1.º ciclo da Escola da Quinta do Sobrado terminaram o seu projeto com estes belos trabalhos que se encontram na biblioteca do agrupamento, para serem apreciados por todos. O mundo é de todos e para todos!
Prof. Ana Cristina
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Atualidade
Jornal do Agrupamento de Escolas da Batalha
Fadiga pandémica Aida Rosa e Luís Simões, psicólogos do AEB, deixaram-nos algumas conclusões sobre o efeito da pandemia nos alunos e nos docentes.
O confinamento influencia, a nível psicológico, alunos e professores De acordo com o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Youth and COVID-19: impacts on jobs, education, rights and mental well-being, 65% dos jovens afirmam ter aprendido menos desde o início da pandemia devido à transição da sala de aula para as aulas online. Cerca de metade destes jovens acredita que os seus estudos irão ficar atrasados e 9% pensam que podem vir a reprovar, como consequência destas dificuldades. A situação foi pior para os jovens que vivem em países com baixos rendimentos,
visto que o acesso à internet é menor, existe falta de equipamento e, às vezes, não têm espaço em casa. Segundo a OIT, a pandemia salientou a existência de grandes “divisões digitais” entre as regiões. Enquanto 65% dos estudantes em países com rendimentos mais elevados tiveram aulas online, apenas 18% em países de baixo rendimento puderam continuar a estudar à distância. As consequências deste quadro são visíveis na degradação da saúde mental dos jovens. O estudo concluiu que, globalmente, um em cada dois, na faixa etária dos 18 aos 29 anos, estão, possivelmente, sujeitos à ansiedade ou à depressão, enquanto 17% deles estão, provavelmente, já afetados por estas condições. Outras investigações apontam para a existência de sentimentos negativos de frustração, ansiedade, zanga e tédio, a par de sentimentos positivos de alegria, esperança e orgulho. Relativamente aos professores, o impacto do distanciamento social na relação
Exposição “Queremos ir à escola!” alerta para os direitos das crianças
No decorrer das aulas de Cidadania e Desenvolvimento, foi realizada uma atividade referente à temática “Direitos das Crianças”, com particular incidência na “Exploração do Trabalho Infantil”. Infelizmente, o trabalho infantil é uma prática muito comum nos dias que correm, em vários países menos avançados, entre os quais estão Moçambique, Somália e Serra Leoa. Foi com muita tristeza que verificámos que este tipo de exploração é muito mais comum do que se possa pensar, com a agravante de vermos crianças da nossa idade privadas de frequentar a escola e de poderem viver a sua infância. Durante as aulas, a nossa turma procurou investigar
este problema, procedendo a pesquisas, apresentando trabalhos e realizando debates. Conscientes de que as crianças não devem trabalhar e de que a infância deve permitir sonhar, consideramos ser muito triste e muito covarde da parte dos adultos cortar infâncias pela metade. Decidimos, então, realizar uma pequena exposição, no bloco D, intitulada “Queremos ir à escola!”, com o objetivo de chamar a atenção dos nossos colegas e da comunidade educativa para o grande sofrimento de algumas crianças e mostrar a importância da escola na vida de todos nós. Maria Lima, Matilde Ruivo e Simão Ribeiro, 9.º A
Aida Rosa Psicóloga
emocional com os estudantes é referido como um facto negativo, sendo que as dificuldades técnicas e emocionais para se reajustarem à nova realidade os deixaram inseguros. Contudo, pensamos que esta nova realidade certamente fortaleceu nos professores, e em toda a comunidade, o valor da educação e do papel do exercício docente presencial. No nosso agrupamento, têm sido bastante frequentes os pedidos de ajuda psicológica feitos por professores e diretores de turma, bem
Luís Simões Psicólogo
como por alunos das mais variadas idades, pais ou encarregados de educação.
Este ano de pandemia vai afetar a vida social dos jovens A presença deste vírus virou o nosso mundo do avesso. Nestes tempos em que a socialização é escassa, a fadiga pandémica também afeta as crianças e os jovens. A Professora Margarida
Menção honrosa no concurso “Uma Aventura… Literária 2021”
O trabalho da aluna Margarida Silva foi distinguido com uma menção honrosa no concurso “Uma Aventura… Literária 2021”, promovido pela Editorial Caminho. O júri do maior con-
curso literário nacional, destinado a crianças e jovens, decidiu premiar a “Recomendação de Leitura” desta aluna do nosso agrupamento, deixando-a “muito feliz e orgulhosa”. Parabéns, Margarida!
Gaspar de Matos, coordenadora nacional do estudo HBSC - Health Behaviour in School Aged Children, da Organização Mundial da Saúde, evidencia uma grande instabilidade, “ondas de incerteza, ondas de temor, ondas de ajustamento, ondas de novo desajustamento, ondas de esperança, ondas de grande fadiga, ondas de irritabilidade, de ansiedade, de depressão”. Destaca-se a fadiga pandémica, que influencia negativamente a socialização e a escolarização. Na saúde mental dos
mais novos, o real impacto desta pandemia será apenas visível no futuro. Até ao momento, ainda não podemos estimar a magnitude das suas consequências, que também dependerão do tempo de isolamento e distanciamento físico, assim como das características individuais, dos seus recursos, fragilidades e do contexto envolvente, nomeadamente o familiar. Adriana Pereira, Beatriz São Pedro, Erica Guedes e Luana Alves, 12.º C
Concurso “Cartazes Dia Internacional da Felicidade” Os alunos premiados no concurso “Cartazes Dia Internacional da Felicidade” deslocaram-se à sede da Comissão Nacional da UNESCO, em Lisboa, para apresentarem os seus cartazes ao Secretário Executivo desta Comissão, Dr. Sérgio Gorjão. Foi uma oportunidade para o José Carvalho (3.º ano da Quinta do Sobrado), a Leonor Gomes (2.º ciclo), o Tomás Nápoles (3.º ciclo) e a Helena Gregório (ensino secundário) enriquecerem conhecimentos sobre património, de exporem as ideias que fundamenta-
ram os seus trabalhos, de conhecerem o espaço e de receberem os seus prémios. Para a aluna Helena Gregório, participar neste concurso foi “a excelente oportunidade de partilhar perspetivas sobre o que é ser feliz e sobre os valores em que assenta o conceito de felicidade”, sublinhando que ser distinguida com o primeiro lugar foi o “reconhecimento máximo” da sua “participação e empenho e uma clara manifestação de cidadania ativa”. Ana Amado, 10.º C
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Atualidade
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Projeto UBUNTU traz novas aprendizagens para a vida futura O projeto Academia de Líderes Ubuntu teve início em setembro de 2020, na sequência da participação do diretor do AEB numa formação sobre lideranças colaborativas. Indo ao encontro do nosso projeto educativo, constitui um caminho para a transformação, para o renascer de um agrupamento onde a aprendizagem se alicerça no trabalho de equipa, na colaboração, nas estratégias conjuntas e no serviço ao outro. O “Eu sou porque tu és” assume-se como um programa de educação não formal cujo objetivo é capacitar jovens para o exercício de uma liderança ao serviço da comunidade, isto é, desenvolver as suas potencialidades, canalizando-as para o serviço ao outro. Estiveram envolvidos sete professores, dois psicólogos e seis turmas do ensino se-
cundário. Além das seis Semanas Ubuntu que se realizaram, uma para cada turma, também foi fundado o Clube Ubuntu. As atividades destas semanas desenvolveram-se, sobretudo, no auditório do Mosteiro da
Batalha, pontualmente, na biblioteca da escola e nas salas de aula e, durante o período de confinamento, tiveram lugar algumas sessões online. Na opinião dos educadores Ubuntu, a frequência da
Quando fazemos o que gostamos, somos bem-sucedidos
Bruna Vala, 12.º C
Confesso que, no 9.º ano, quando tive de escolher a área que queria seguir, debati-me com algumas dúvidas que surgiram, sobretudo, devido ao facto de grande parte das pessoas afirmar que Ciências e Tecnologias me proporcionaria um leque mais alargado de saídas profissionais em comparação com Línguas e Humanidades. Acabei por seguir o meu instinto e escolher
a última, porque sempre me identifiquei com disciplinas como História e Geografia. Achava, então, que esta seria a área mais adequada para mim e estava certa. Agora, no final do secundário, posso dizer que estou completamente satisfeita com a escolha realizada há três anos. Frequentar Línguas e Humanidades permitiu-me est uda r aqu ilo de que
mais gosto e obter ótimos resultados. É bem certo que, quando fazemos o que gostamos é meio caminho andado para sermos bem-sucedidos. Além disso, considero que frequentar este curso não me limita o meu futuro quanto a saídas profissionais. De facto, existem várias oportunidades, que vão desde o jornalismo, ao direito, à psicologia, à educação, ao marketing e às relações internacionais, entre outras. Acho que esta ideia de que alguns cursos têm menos saída do que outros tem de ser desmistificada, porque acaba por influenciar negativamente alguns alunos no seu processo de escolha, podendo não ser a mais acertada. Portanto, o conselho que deixo a todos aqueles que estão a chegar ao décimo ano é este: escolham a área com que mais se identificam. É o vosso futuro que está em jogo e, por isso, a escolha deve ser vossa.
formação e o abraçar desta filosofia vieram alterar, por completo, a forma como se perspetiva a relação com o outro e a importância que se dá aos acontecimentos da vida. No contexto educacional, a relação com o alu-
no torna-se mais próxima, muda o ângulo de observação do aluno, passa-se a valorizar o que ele sabe em vez daquilo que não aprendeu, há uma concentração de esforços em criar condições para que ele continue a fazer aquisições, a descobrir-se e a superar-se. Ainda que esta mudança não ocorra de um dia para o outro, abre uma janela para uma nova postura face à educação e ao papel da escola. Para alguns alunos, frequentar a escola é extremamente castrador, pois sentem-se formatados e são considerados incapazes de se encaixar na forma delineada. O Ubuntu defende que todos têm valor e capacidades a aproveitar e a desenvolver com impacto na comunidade. Segundo os alunos que participaram na última des-
tas semanas, o projeto correspondeu e, nalguns aspetos, até superou as suas expetativas, na medida em que as atividades aparentemente inocentes tiveram, na verdade, influência na sua forma de estar consigo próprios e com os outros. Além disso, passaram a valorizar a colaboração e a empatia como critérios nas suas ações e como aprendizagem marcante para a sua vida futura. Consideram que, agora, se conhecem melhor uns aos outros, bem como a si próprios, e que esse auto e heteroconhecimento os irá ajudar. Por fim, revelam que foi benéfica a partilha de experiências, sentindo-se aliviados por saberem que existem pessoas que vivem situações semelhantes às suas. Prof. Fernanda Guerra Ana Amado, 10.º C
Alô, Alô, é da Faculdade... marcantes nesta escola, mas realço a visita à FITUR, em Madrid, com a minha turma. Foi uma viagem espetacular que deu para conhecer não só Madrid mas também alargar o conhecimento sobre o que é o mundo do turismo. Em que medida é que o facto de teres frequentado um curso profissional te ajudou ou prejudicou no ensino superior?
Ter frequentado o curso profissional de Técnico de Turismo ajudou-me muito, uma vez que me preparou para o ensino superior. Tendo em conta que segui os estudos nesta área, há muita matéria que coincide com o que já tinha aprendido e isso é uma grande ajuda. Mariana Silva foi aluna do curso profissional de Técnico de Turismo, no AEB e, presentemente, frequenta o curso de Gestão Turística e Hoteleira, na ESTM (Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar) em Peniche. Como tem sido o teu percurso no ensino superior?
O meu percurso tem sido bom, conheci novas pessoas, aproximei-me de outras e estou a gostar muito desta minha nova fase de vida. Quais foram os teus momentos mais marcantes no AEB?
Tive vários momentos
Que conselho darias a quem está no ensino secundário e pretende frequentar o ensino superior?
Ter a noção de que terá que se esforçar, pois, no final, vale a pena. Laura Bento e Bruna Vala, 12.º C
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Flexibilidade Curricular
“A recomendação que faço a todos os alunos é que continuem a proteger-se porque o vírus ainda cá está” A pandemia provocada pelo novo coronavírus alterou a vida de todos nós. O presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista dos Santos, que é também a autoridade municipal da proteção civil, dá-nos conta do trabalho desenvolvido na gestão desta situação. Tendo em conta que há mais de um ano estamos a combater o coronavírus, q u e a va l i a çã o f a z d a situação no concelho?
De facto, há mais de um ano que combatemos um inimigo invisível, o coronavírus, que nos atingiu de surpresa. Foi muito importante que os batalhenses, tanto os mais novos como os menos novos, se tenham prevenido e respondido de
forma correta a esta crise sanitária. O combate tem sido feito com franco sucesso, naturalmente, com dificuldades e com altos e baixos. Hoje, creio que as pessoas estão a vencer esta crise com a ajuda e com a responsabilidade de muita gente. O contributo dos profissionais de saúde tem sido importante. Eles têm sido, de facto, uns heróis. Esta é uma luta para continuar e estou certo de que, nos próximos meses, com a ajuda de todos, a começar pelos mais novos, vamos conseguir ultrapassar dificuldades e ajudar a resolver este problema de saúde pública. Que ações ou medidas
todos os alunos é que continuem a proteger-se porque o vírus ainda cá está. Estamos a lutar contra ele, esperando que todos possam ser vacinados, inclusive os mais novos, para que, até meados de agosto, possamos dar um passo importante na imunidade de grupo. Será esta a forma de lutar a nível local, nacional e mundial.
considera terem sido determinantes e o que é importante fazer para não haver retrocesso?
Foi muito importante, no início, todos cumprirmos as orientações das autoridades de saúde e as novas regras introduzidas, por exemplo, no contexto escolar, que levaram a comunidade educativa a mudar alguns comportamentos. Foram também implementadas regras de proteção muito apertadas, como um ciclo de testes, decisivo no controlo da pandemia. Creio que o mais importante para este combate foi a responsabilidade de cada um de nós. Distribuímos máscaras a toda a população, implementámos tes-
O que mais o marcou na vivência desta situação?
O mais marcante, para mim e creio que para todos nós, foi o facto de termos que nos afastar uns dos outros. tes gratuitos e, nesta última fase, desenvolvemos o
processo de vacinação. A recomendação que faço a
Mariana Batista e Ana Amado, 10.º C
O uso de máscara influencia a vida das pessoas No âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, os alunos do 10.º C desenvolveram o projeto “A máscara - Saúde, ética, ambiente e desenvolvimento sustentável”, procurando saber de que forma é que a máscara influencia a vida das pessoas. Jorge Pereira, professor e subdiretor da nossa escola, transmite-nos a falta de
certezas que existem sobre a sua eficácia: “Pensa-se que seja protetora da possível transmissão do vírus Sars-Cov2 e também de outros vírus e bactérias”. Apesar disso, diz-nos que o seu uso proporciona “uma sensação de segurança”, tanto na vida pessoal como na profissional. Para si, o facto de “o nosso rosto estar quase metade tapado”
impede que analisemos “as expressões dos outros” e que “o nosso rendimento é ainda mais afetado do que as relações interpessoais, pois é um consenso que ficamos cansados mais rapidamente com o uso deste instrumento de proteção pela dificuldade em respirar, principalmente quando a temperatura é mais elevada”. Quanto ao
tipo de máscara que costuma usar, sente que as FFP2 e as cirúrgicas serão “mais seguras” do que as comunitárias ou reutilizáveis. Além desta forma de prevenir a transmissão do vírus, destaca que recomendações como a lavagem e desinfeção das mãos “devem ocorrer ao longo do dia”, nas mais variadas situações, como por exem-
plo, “ao mexermos numa máquina de vendas, pois são locais onde diversas pessoas tocam”. Valoriza estes gestos, uma vez que “podemos tocar na cara e o vírus entrar no nosso organismo” ou que, “sem sabermos, podemos ser seus transmissores”. Ana Carolina Laranjeiro e Ana Amado, 10.° C
“Ao negligenciarmos a segurança comum, podemos pôr em risco a liberdade de todos”
“A nossa liberdade chocou com a nossa segurança”
dade surge nas situações mais simples. Como podemos viver com qualidade se estamos privados do direito mais humano de todos, a liberdade? Sei que, para além de um direito, a liberdade é também um dever nosso e que, ao negligenciarmos a segurança comum, podemos pôr em risco a liberdade de todos. Para mim, a verdadeira questão é esta: poderemos nós culpabilizar-nos se colocarmos a segurança dos outros em risco, levando apenas uma vida normal? Pondero o inconveniente que isto está a provocar nas minhas relações, mas concluo que estou a
-nos impostas, retiradas, restringidas, proibidas inúmeras coisas. Obrigações como o uso de máscara, distanciamento físico, fecho de estabelecimentos e confinamentos destruíram pessoas, do ponto de vista psicológico, e arruinaram a vida financeira de muitas famílias. A nossa liberdade chocou com a nossa segurança. Agora, que há progressos na luta contra a doença, devemos continuar a ter consciência de que ainda não está tudo bem e que a nossa liberdade tem que se limitar às possibili-
Sara Perestrelo, 10.º B
Nos dias atuais, a definição de liberdade é algo controverso, devido ao estado de calamidade que vivemos. A socialização está cheia de restrições. O simples ato de abraçar um ente querido é proibido, a rotina é relativa, tudo é incerto. A complexi-
fazer um sacrifício em prol do bem comum. Aliás, todos devíamos. Contudo, esta sensibilidade não está presente em muitas pessoas, o que faz com que a situação se agrave. Há pessoas focadas em viver o presente, enquanto outras se sacrificam para que um futuro livre seja uma realidade mais próxima. Eu continuo a ter a minha liberdade de expressão e isso ninguém me tira. Jean-Paul Sartre afirmou que o “homem é um ser condenado à liberdade”, e eu aproveito esta réstia de independência para manter a minha sanidade mental.
Cátia Alexandre, 10.º B
A pandemia devastadora com a qual lutamos poderá ter trazido algo benéfico a todos os habitantes do nosso planeta, nem que seja olhar de novo para aquilo que antes era dado como garantido. Durante todos estes meses foram-
dades. Afirmo com toda a esperança que o regresso à normalidade poderá estar prestes a chegar, mas, por enquanto, quero que a minha segurança, a dos meus familiares e amigos e a do mundo continue a ser a principal prioridade. E ste tempo vai ficar marcado para sempre em todos nós. Para alguns, como tempo terrível, para outros, como tempo de aprendizagens, para todos, como tempo de conhecimento pessoal. Na vida tudo passa, nada é eterno, e este maldito vírus não há de ser diferente.
Flexibilidade Curricular
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Projeto “Mosteiro da Batalha, um monumento vitral para a nossa escola” As turmas E, F e G, do 7.º ano, aproximaram o AEB do Mosteiro através do projeto que desenvolveram em Autonomia e Flexibilidade Curricular. Potenciar a ligação dos alunos ao monumento, com exploração e sensibilização para a importância da preservação deste património histórico local foi o objetivo pretendido. Para tal, monitorizaram as concentrações de gases poluentes (CO2 e NO2), bem como a temperatura e humidade, na vila, com especial incidência na zona envolvente do Mosteiro. Realizaram algumas saídas de campo, utilizaram sensores atmosféricos, analisaram os dados recolhidos, verificando quais os locais com maior concentração e a respetiva origem, e tentaram compreender as consequências que esses gases poluentes têm na degradação do calcário do monumento. Observaram, então, que a maior concentração de dióxido de carbono e de dióxi-
do de nitrogénio foi detetada junto ao IC2 e que a sua principal origem é a queima de combustível fóssil realizada pelos veículos motorizados que circulam nesta estrada. A menor concentração de dióxido de carbono registou-se na área correspondente ao Jardim do Lena e tal pode ser explicado por ser um local com menor tráfego rodoviário e com uma grande variedade de plantas (árvores, flores e arbustos), responsáveis pela fotossíntese, processo purificante do ar. Registou-se menor concentração de dióxido de nitrogénio na porta traseira do Mosteiro, local onde quase não circulam automóveis. As medições efetuadas permitiram concluir que estes dois gases poluentes, concentrados nesta zona envolvente, têm contribuído para a acidificação da água das chuvas e, consequentemente, para algumas alterações do calcário constituinte do monumento em estudo.
Os alunos pensaram em soluções viáveis que visam melhorar a qualidade do ar, na vila da Batalha, destacando-se a isenção de pagamento de portagens de veículos na circulação da A19 - variante da Batalha, maior utilização de transportes públicos e alternativos, como a bicicleta, a pé
ou veículos elétricos, realização de uma campanha de sensibilização, com oferta de árvores à população, para que as plantem nos seus terrenos, disponibilização em diversos locais, por parte da Câmara Municipal, de bicicletas e trotinetes públicas e constante monitorização do ar.
Entre as várias atividades interdisciplinares levadas a cabo, são de realçar o enquadramento histórico do monumento, as entrevistas ao seu diretor, Dr. Joaquim Ruivo, e ao seu conservador, Dr. Pedro Redol, a construção de gráficos com os dados recolhidos pelos sensores, as experiências e
as manifestações artísticas, durante o ensino presencial e à distância. No Youtube, integrando-se na comemoração oficial do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, pode ser vista uma apresentação deste trabalho, através do link: https:// www.youtube.com/watch?v=Ia5ssp6VylQ&t=269s Desta parceria entre o AEB, o Mosteiro da Batalha e o Centro de Competência Entre Mar e Serra resultou uma evidência: os alunos exploraram e valorizaram o património histórico local, enriquecendo as suas aprendizagens em todas as disciplinas, como comprovam os seguintes testemunhos: “Comecei a olhar o Mosteiro de outra forma, reparei que é grandioso e que a história está gravada na pedra” (Maria, 7.º F); “Aprendi coisas que desconhecia, fiquei a saber melhor a história do Mosteiro e gostei de trabalhar em grupo” (Ema, 7.º F). Prof. Sandra Rodrigues
EB de Reguengo do Fetal tem uma horta biológica comunidade local, como os utentes do lar do Centro Paroquial do Reguengo, a senhora Miquelina e o senhor Virgílio, que deram uma preciosa ajuda ao nível da partilha de saberes e técnicas agrícolas. Os pais também tiveram um papel im-
Qual a importância de haver uma horta na tua escola? Santiago, 4.º ano A
O projeto “Planeta Saudável” incidiu sobre os Objetivos Globais para o Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Durante este ano letivo, os alunos foram desafiados, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, a trabalhar problemáti-
cas relacionadas com questões de desenvolvimento social e económico, meio ambiente e agricultura sustentável. Partindo de aprendizagens significativas e integradas, desenvolveram, de modo exploratório, competências cívicas interligadas com os conteúdos disciplinares abordados
nas áreas curriculares. Deste modo, foi possível os alunos aplicarem as aprendizagens em contextos reais, tais como na construção da horta onde foi necessário medir o perímetro e a área do terreno, analisar o tipo de terra e estudar as plantas. Outro aspeto importante foi o envolvimento da
nossa horta é 100% biológica e os produtos que retiramos servem para a nossa alimentação e para dar, se houver muitos. Lourenço, 3.º ano Podemos observar o crescimento das plantas e ver as fases de crescimento. Fazemos trabalhos fora da sala de aula, como composições, experiências, desenhar as plantas e muito mais. Catarina,
1.º
ano
Aprendemos que as plantas têm de ser bem trata-
portante com o fornecimento de algumas plantas e a elaboração, em família, de canteiros de ervas aromáticas e de chá para ornamento do espaço exterior da escola. O projeto, além de permitir a consolidação dos saberes académicos,
das e não pisadas. Temos de colocar muita água. Como é cuidar da horta? Afonso, 2.º ano Temos
de regar todos os dias, menos nos dias em que está ou vai chover, para pouparmos água. Não devemos regar os tomateiros por cima, só na raiz. Martim Sousa, 2.º ano
Se há caracóis, lagartas ou lesmas é bom sinal, é sinal de que a nossa horta é saudável. Tiago, 4.º ano Devemos colocar canas ao pé dos feijoeiros, dos tomateiros e do chuchu para eles treparem.
fomentou também o desenvolvimento do sentido cívico e de respeito pelo meio ambiente, bem como o sentido de responsabilidade em manter a nossa horta cuidada e tratada. Prof. Fernanda Alvega
Eles ocupam muito espaço e estragam os alimentos. Constança, 1.º ano Temos de tirar as pedras da terra para podermos plantar. Que produtos têm e que utilidade lhes dão depois de crescidos? Diana, 4.º ano Na horta
temos tomateiros, feijoeiros, alface, chuchu, mangueira, curgete, couves, espinafres… Maria, 4.º ano Pepineiros, nabiças, alho francês, pimenteiros… Catarina, 4.º ano Nós usamos estes alimentos para comermos no refeitório em saladas e sopas.
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Atualidade
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JI de Rebolaria promove webinares para pais e colaboradores Ao longo do ano letivo, decorreram, virtualmente, “Sessões temáticas para pais”, promovidas pelo jardim de infância de Rebolaria, com a colaboração de um leque variado de oradores que abordaram temáticas relacionadas com o desenvolvimento das crianças. Nesta sala virtual, refletiu-se sobre questões diversas, tais como: a importância do brincar, do riso e da meditação, a fala e a linguagem, a alimentação e o seu reflexo no desempenho cognitivo e no equilíbrio emocional, a identidade, sexualidade e autonomia, os sinais de alerta, a preservação do planeta, tudo o que contribuiu para a criança se sentir feliz. No final de cada sessão, houve a partilha de pequenos filmes que mostravam as vivências das crianças nesta escola e as histórias ou músicas com que elas presentearam os seus pais. “Há muito que pretendia pôr em prática um projeto de formação parental. Em 30 anos de educação de infância, percebi que o meu
trabalho pedagógico é tanto mais eficaz, quanto melhor for a minha qualidade na relação com os pais e famílias das crianças”, refere a educadora Manuela Bastos. A realização da atividade em ambiente virtual é justificada com o contexto pandémico: “Com a proibição de as famílias entrarem na escola, decidi que tinha que fazer algo diferente para promover a relação escola-família e encontrei um grupo de pais sedento de saber mais e de colaborar ativamente na educação dos seus filhos”. Realçando a importância destes webinares, a docente atribui-lhe um “papel decisivo na construção de uma comunidade educativa mais coesa”, através da “partilha de conhecimento altamente qualificado e de ferramentas” promotoras da formação integral das crianças e do seu bem-estar. Por sua vez, os pais testemunham a sua vontade de dar continuidade a estas sessões por variados motivos. Cátia, a mãe do pequeno João, afirma
que todas as temáticas abordadas a ajudaram a sentir-se “mais tranquila e confiante enquanto mãe de dois filhos” porque aprendeu “a lidar com eles, quer no dia a dia quer em situações não rotineiras que nos apanham de surpresa”. Para ela, “todos os temas tiveram o seu contributo positivo, até mesmo os mais banais que, aparentemente, não traziam nada de muito novo, pois serviram para nos dar o alerta de que não estamos a fazer da melhor forma ou que podemos fazer melhor”. Catarina, a mãe do pequeno Dinis, reflete sobre os reptos da paternidade: “É o maior das nossas vidas com extremos complexos. De um lado, um amor incondicional e inexplicável; do outro, uma responsabilidade que nos desafia diariamente. O ato de educar é desgastante, se isoladamente. É aqui, nesta família ou comunidade educativa, que sentimos não estar sozinhos nesta construção de sermos melhores pais e é tão bom! Capacitarmo-nos uns
AEB educa para a igualdade de género
A discriminação de género marca a atualidade e continua a ser notória em diversas situações. Contactámos alunos de diferentes idades para percebermos se, na nossa escola, há, de facto, diferenciação entre raparigas e rapazes. Os alunos do 4.º ano começaram por diferenciar adjetivos que caracterizam fisicamente as meninas e os meninos e falaram dos diferentes gostos: os rapazes gostam de jogar futebol e as raparigas gostam de brincar com bonecas. Apesar desta distinção, várias meninas afirmaram que gostam de jogar futebol, tal como vários meninos disseram que
gostam de brincar com bonecas. Tanto elas como eles declararam que jogam às escondidas e à apanhada todos juntos. Os alunos da turma B, do 10.º ano, entendem que os direitos das mulheres nem sempre são iguais aos dos homens e justificam com exemplos no setor do trabalho em que é mais difícil contratarem uma mulher do que um homem. Ela poderá engravidar e, com isso, está implícita uma licença maternal ou outros direitos inerentes à mulher grávida. Além disso, há diferenças salariais entre os dois géneros. Ainda foi dito que há mais preconceitos sociais no sexo feminino do que
no sexo masculino. Exemplificando, quanto à maneira de vestir, a mulher recebe mais comentários indesejados do que os homens. Para erradicar a desigualdade de género, as opiniões convergem: “Mudar a mentalidade das pessoas” e “Educar os mais novos, para que a sociedade cresça com a ideia de que os dois géneros são iguais”. Felizmente, todos consideraram que, na nossa escola, não há diferença entre os dois géneros e que alunos e alunas são tratados da mesma forma pelos professores, funcionários e colegas. Alice Santo, 10.º B Ana Carolina Laranjeiro, 10.º C
aos outros, de forma cooperativa, e depois verificarmos que se reflete na relação entre os nossos filhos”. Partilham destas opiniões outros pais, que aproveitam a ocasião para agradecer a iniciativa e a disponibilidade das pessoas envolvidas, sintetizando o seu sentir na frase de Suzete, a mãe do pequeno Lucas: “Assim, crescemos juntos!” Céu Paiva, assistente operacional, considera que os conteúdos mensais apresentados foram “de grande rele-
vância e aprendizagem para as famílias”, tal como para os profissionais da educação. “Esclarecemos dúvidas, tirámos conclusões e verificámos situações de alerta que nos podem ser úteis, diariamente, com as nossas crianças”, adianta. Rita Sousa, educadora de infância da Equipa Local da Intervenção Precoce e participante entusiasta nos webinares, testemunha que “os temas foram abordados de forma simples e prática”, com conse-
lhos e propostas que poderão ser facilmente implementados no quotidiano das crianças: “brincar livremente para que conheçam o seu corpo e as suas potencialidades, uso das capacidades manuais, identificação de sinais de alerta no desenvolvimento das crianças dos 0 aos 6 anos, diálogo e afeto como respostas à sua curiosidade e inquietações, alimentação variada, perigos do consumo excessivo de açúcares e estratégias de como cuidar do nosso planeta”.
Projeto Adélia: um desafio à parentalidade positiva A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Batalha abraçou o projeto Adélia, em articulação com o AEB, como resposta a dois desafios: promover uma parentalidade mais positiva e dar mais voz às crianças e jovens em todos os assuntos que lhes dizem respeito. Após uma fase de autodiagnóstico, a CPCJ estende o seu estudo a entidades com competência em matéria de infância e juventude - segurança social, saúde, educação e outras, bem como às famílias, crianças e jovens residentes no concelho da Batalha - aplican-
do questionários reflexivos, que abarcam áreas tão diversas como segurança e proteção, saúde, lazer, educação ou participação. Na página do Facebook desta comissão, as famílias residentes no concelho são convidadas a participarem no projeto, acedendo a um link aí disponibilizado para que possam responder ao questionário. As suas respostas levarão a um diagnóstico que, juntamente com outros recursos, permitirá a elaboração de um “Plano local de promoção dos direitos das crianças e jovens”. Este será o documento basilar para concretizar
uma maior audição e participação das crianças e jovens do concelho, para assegurar uma melhor intervenção preventiva de situações de risco ou perigo e para promover ações de capacitação parental. Estas linhas estratégicas têm em vista priorizar o superior interesse da criança e do jovem no seio da família, assegurando-lhes a satisfação das suas necessidades, salvaguardando-os de situações de violência física ou psicológica e proporcionando-lhes a orientação necessária para que projetem uma vida futura melhor e mais estável. Os resultados deste trabalho serão, posteriormente, dados a conhecer à comunidade. É, pois, mais um esforço da CPCJ da Batalha em prol de uma sociedade mais preparada, mais interventiva e mais inclusiva. Ana Carolina, Carolina Pacheco e Edna Peralta, 10.º C
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Prova matemática demonstra que não existem vampiros
Reza a lenda que os vampiros são eternos e se alimentam de sangue humano. Sem perda de generalidade, vamos aceitar como verdadeiro que um vampiro precisa de se alimentar apenas uma vez por mês para con-
tinuar a sua semivida, que o humano mordido se transforma sempre num vampiro, que os vampiros se alimentam sempre no primeiro dia do mês, que o primeiro vampiro apareceu no dia 1 de janeiro de 1900, tendo
Estágios no ensino profissional com desempenho de excelência
No âmbito dos estágios ERASMUS+, dez jovens estudantes do ensino profissional do nosso agrupamento viveram uma aventura de cerca de dois meses em Corralejo, Fuerteventura, Espanha. Os alunos do curso de TGPSI estagiaram numa das maiores empresas da região em marketing digital e os do curso de Turismo num dos hotéis mais conceituados. Estes alunos foram sempre acompanhados pela escola, primeiro presencialmente para garantir as condições de estadia e planificação das atividades com as respetivas empresas, depois sozinhos, mas integrados numa equipa unida e colaborativa. Graças ao seu empenho, capacidade de adaptação a uma cultura diferente e persistência quando a saudade apertava, o seu desempenho foi reconhecido pelas empresas que os acolheram, atribuindo-lhes notas de excelência. Regressaram com um enorme sorriso e experiências pessoais e profissionais para a vida.
Para Nicolai Butnaru, um dos alunos de TGPSI, que conclui com 20 valores este estágio, foi “uma oportunidade de crescer como pessoa, com vivências numa cultura diferente e, como profissional, com desafios enriquecedores”. Énia Vieira, uma das alunas de Turismo, também com 20 valores no final do estágio, destaca exatamente o mesmo crescimento pessoal e profissional “num mercado competitivo e diferente daquele que encontraria aqui”. O professor Paulo Barreira, um dos responsáveis por este programa na escola e pelo acompanhamento dos alunos, afirma que esta foi “uma aposta absolutamente conseguida, resultado de uma formação de qualidade e de uma entrega inexcedível dos alunos”. Como conclusão, realça: “Honraram o agrupamento, as suas famílias, a região, o país!” Continuaremos a oferecer este desafio aos nossos alunos nos próximos anos. Prof. Sérgio Barroso
necessidade de se alimentar de imediato, e que não são tidas em conta as taxas de natalidade e mortalidade no mundo. A população mundial, em 1900, rondaria os 1 633 000 000 de habitantes. Como o
primeiro vampiro terá aparecido no dia 1 de janeiro deste mesmo ano, tendo necessidade de se alimentar de imediato, no primeiro mês, haveria uma população de dois vampiros: o vampiro inicial e o humano mordido e que, naquele momento, se tornou vampiro. Uma vez que, no início de cada mês, os vampiros necessitam de se alimentar para continuar a sua semivida, no segundo mês, haveria uma população de quatro vampiros: dois vampiros do primeiro mês e os dois humanos que estes morderam para se alimentar. Verifica-se que, por cada mês que passa, a população de vampiros duplica, en-
Alunos do 5.º ano a pedalar
O projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular do 5.º C abordou o tema o Dia Mundial da Bicicleta que se comemora, anualmente, a 3 de junho. Depois de realizarem muitas pesquisas sobre bicicletas e de aprofundarem os
seus conhecimentos sobre este veículo de duas rodas, os alunos construíram pequenas “biclas” reutilizando paus de gelado, CD e papel colorido. Para o aluno Samuel Monteiro, “andar de bicicleta faz bem ao planeta e à saúde de todos nós”, opinião partilhada pela colega Maria Inês Simões, que acrescenta: “É um meio de transporte económico que pode usado por necessidade ou como pretexto para convivência”.
Afonso Oliveira e Tomás Bastos, 5.º C
quanto a população humana sofre um decréscimo correspondente ao número de novos vampiros de cada mês. Nestes termos, a população de vampiros, ao fim de n meses, pode ser expressa por uma progressão geométrica de razão 2, cujo termo geral é V_n=2^n, sendo a população de seres humanos dada pela sucessão H_ n=1 633 000 000-2^n. S e considerarmos as funções reais de variável real Y_1=2^x e Y_2=1633000000-2^x, e recorrendo às capacidades gráficas da máquina de calcular, obtemos os gráficos destas funções. Observamos que as curvas se intersetam quando
x ≅ 29,6, o que significa que, logo após metade do 29.º mês, existem tantos vampiros como humanos não infetados. De facto, à entrada do 30.º mês, existiriam 1 073 741 824 vampiros e 559 258 176 humanos e, portanto, no 31.º mês, já não existiriam humanos, o que também levaria à extinção dos vampiros, por falta de alimento. A nossa existência em 2021 demonstra que, em julho de 1902, existiam seres humanos, não sendo possível, por esse motivo, a existência de vampiros. Laura Marques, Rodrigo Perestrelo e Susana Marto, 11.º B
Aprendizagem baseada em projetos
Quatro alunos do ensino profissional, dois de Turismo e dois de Informática, participaram numa atividade online com os seus colegas da Croácia, Itália e Alemanha, no âmbito do Projeto Erasmus KA2 PBL. Esta atividade enquadra-se na realização de mobilidade virtual em que os alunos dos
países parceiros são convidados a debater temas específicos e, numa abordagem de aprendizagem baseada em projetos, têm de apresentar propostas de solução de acordo com o seu trabalho de investigação. Os temas são: “Emoções em tempos de pandemia”, e “A inclusão em espaços escolares”.
AEB nas Olimpíadas de Matemática O aluno Rafael Ferreira, do 12.º A, foi apurado para a Final Nacional das XXXIX Olimpíadas Portuguesas de Matemática que irão realizar-se no dia 11 de setembro de 2021, na Universidade de Coimbra, concorrendo na categoria B (ensino secundário) com outros trinta colegas de todo o país. Também foram apurados, para a 2.ª eliminatória, três alunos da nossa escola.
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Cultura
Jornal do Agrupamento de Escolas da Batalha
Alunos premiados no concurso promovido pela Associação de Pais A Associação de Pais do AEB dinamizou o concurso “O meu olhar sobre o Natal”, dirigido aos alunos dos vários ciclos de ensino, e a entrega dos prémios decorreu nos dias 8 de junho, para os alunos dos 2.º e 3.º ciclos e secundário, e 11 do mesmo mês, para os alunos do 1.º ciclo. Foram distinguidos, na categoria 1.º CEB, com o primeiro lugar, André Magalhães, com o segundo, Catarina Magalhães, ambos a frequentar o 1.º ano da escola de Reguengo de Fetal, e com o terceiro lugar, Rodrigo Ribeiro, do 1.º ano da escola de São Mamede.
Na categoria 2.º CEB, o primeiro lugar foi atribuído a Afonso Oliveira, do 5.º C, os segundo e terceiro lugares a Beatriz Neto, do 5.º A. Para o Afonso, este concurso de fotografia “foi uma boa iniciativa lançada aos alunos”, tendo gostado muito de participar por duas razões: “Adoro tirar fotografias e o tema proposto atraiu-me”. Além disso, considera importante participar nestas atividades porque “são divertidas, inspiradoras e desenvolvem o espírito de observação”. Semelhantes razões para participar encontrou a Beatriz: “Este concurso juntou duas
Casa do Mimo aberta ao voluntariado A Casa do Mimo é um centro lúdico ocupacional para crianças, jovens e adultos com necessidades especiais. A sua missão é desenvolver atividades que promovam a autonomia pessoal e a inclusão social, bem como a melhoria da qualidade de vida do público-alvo. Margarida Oliveira, uma das diretoras desta IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social), destaca a importância dos voluntários: “Sem eles, não conseguíamos chegar onde chegámos, sem o seu trabalho, era impossível haver Casa do Mimo”. Para os utentes, a presença dos voluntários é fundamental, visto que gostam de conhecer pessoas diferentes, muitas das quais se vão tornando figuras de referência. “Têm a noção de que os voluntários despendem um bocadinho do seu tempo para estar com eles e isso fá-los sentir especiais”, continua a responsável. Os jovens podem voluntariar-se a partir dos 18 anos, em qualquer altura do ano,
inclusive nas férias de verão. Apesar de não haver nenhum requisito específico, é essencial que gostem daquilo que vão fazer e que estejam disponíveis para aprender com a diferença. “Toda a comunidade pode ajudar. Qualquer pessoa, mesmo não sendo voluntária, pode fazer um bocadinho nem que seja começar a olhar para a diferença. Aqui os dias são todos diferentes e desafiantes”, conclui a diretora. Sandra Pedroso, voluntária nesta instituição há três anos, afirma que o voluntariado é enriquecedor e permite ter outra visão de realidades diferentes das habituais. “Ser voluntário é dar um bocadinho de nós sem esperar nada em troca, mas isso não acontece porque, sempre que vou à Casa, recebo carinho e mimo de todos os utentes e o sorriso de cada conquista deixa-me genuinamente feliz e de coração cheio”, confessa. Cristiana Carreira, 12.º C
coisas que adoro: o Natal e a fotografia”. Para ela, ganhar este prémio e ver o seu trabalho reconhecido deixou-a “muito feliz”. Na categoria 3.º CEB, o primeiro lugar foi para Martim Trindade, do 9.º B, o segundo para Matilde Neto, do 9.º G, e o terceiro para Simão Santos, do 9.º B. Na categoria ensino secundário, obteve o primeiro lugar Gabriel Borges, do 12.º A, para quem esta distinção significa “a confirmação do tempo despendido com a fotografia, atualmente, uma das suas prioridades”. Este aluno
explicou, ainda, que a sua paixão pela fotografia foi crescendo com a influência
O projeto Erasmus+ Numeracy and Literacy Through Coding and Robotics termina com sucesso Sete turmas do 1.º CEB, em parceria com escolas de Malta, Itália e Eslovénia, aprofundaram os seus conhecimentos sobre numeracia e literacia por meio da codificação robótica. Com este projeto, investiu-se na formação de professores deste nível de ensino e de Informática, tendo os docentes desenvolvido as suas competências de acordo com as últimas tendências em educação e métodos de ensino. Além dos recursos disponíveis na escola, outros recursos digitais foram explorados, tais como o Beebots, o Probots, o Minecraft, o Google Earth e o Wedo, de modo a tornar a aprendizagem mais motivadora e contextualizada, interligando todas as áreas do saber. Alunos e professores trabalharam na plataforma colaborativa eTwinning que permitiu a interação e a partilha de diferentes recursos e estratégias de trabalho. Todas as etapas e recursos do projeto estão divulgados num
e B o ok e m : ht t p s : // read.bookcreator.com/ B W 74 u h 8 f T Wa 4 N wCInk6sX Wxfv0V2/ 8VVAk_nUQeeLwxPwKsYXHQ Ouvindo a professora Fernanda Alvega e dando voz a alguns alunos participantes no projeto, ficamos a saber que este projeto permitiu “aprender bastante na programação dos robôs, na exploração dos países e no inglês” (Pedro, 4.º ano), que “os que têm mais dificuldades conseguiram aprender mais facilmente” (Manuel e Leonor, 4.º ano), que puderam “viajar através da internet e visitar as escolas e os países dos colegas, com aulas ao mesmo tempo” (Vitória, 2.º ano), que “isso foi uma coisa boa” porque, ao mesmo tempo, estavam a divertir-se e a aprender juntamente com colegas dos outros países (Lara, 4.º ano), que “foi mais fácil aprender as tabuadas, as frações, a reciclagem, a contar histórias” (Pedro, 2.º ano) e que fizeram “uma história sobre o Capuchinho Vermelho” (Olívia, 1.º ano).
do irmão, ponderando trabalhar futuramente nesta área. Os segundo e terceiro
lugares foram atribuídos a Tomé Reis, do 12.º D. Gabriel Borges, 12.º A
Dia da Criança na EB de Reguengo do Fetal Num dia tão especial, não podíamos deixar de lado a temática do nosso projeto e colocámos mãos à obra. No dia 31 de maio, recebemos na nossa escola uma representante da AMI que nos falou dos “Objetivos da Sustentabilidade”. Foi uma apresentação magnífica, ficámos a saber imenso sobre os ODS e comprometemo-nos a ajudar, a difundir e a cumpri-los. A 1 de junho, começámos o nosso dia por fazer, em grupo, a avaliação da atividade realizada no dia anterior. Depois fomos descomprimir e realizámos uma atividade física envolvendo a robótica e o ioga. Recebemos a visita de dois colegas do secundário que efetuaram um registo fotográfico no âmbito da iniciativa “Nariz Vermelho”, pois a brincar também po-
demos ser solidários. De seguida, tivemos uma aula dada pelos colegas do 4.º ano sobre o sistema solar. Cada aluno apresentou os planetas que constituem o sistema solar e explicou os movimentos de rotação e translação. Na hora do almoço, realizámos um piquenique na escola, que foi muito divertido. Colocámos uma manta no chão e comemos ao ar livre, sem haver partilha de alimentos. De tarde, construímos um cartaz por grupo, onde registámos valores e temas da sustentabilidade. Para finalizar, decorámos o recinto escolar com os canteiros realizados em família usando materiais reciclados, com ervas aromáticas e plantas de chá. Foi um dia em cheio! Prof. Fernanda Alvega
Jornal do Agrupamento de Escolas da Batalha
Opinião
Importância da prática de exercício físico em tempos de pandemia
Beatriz Mira, 10.º B
O exercício físico é fundamental para o nosso corpo e para a nossa mente, por consequência, para a nossa saúde. É importante, entre várias razões, para nos mantermos em forma - ganhar massa muscular ou perder gordura - regularmos as nossas emoções e humor, melhorarmos a
qualidade do sono, prevenirmos certas doenças, fortalecermos os músculos, o sistema imunitário e as funções cognitivas. Antes desta pandemia devastadora, a atividade física encontrava-se bastante presente na nossa rotina diária, quer na escola quer em algum clube ou ginásio. A chegada do
novo vírus trouxe, ao nosso dia a dia, o isolamento social, maior sedentarismo e diminuição ou perda de rotinas saudáveis. É tempo de recuperarmos velhos e bons hábitos de exercício físico, com vontade e dedicação, nem que seja em casa, durante trinta minutos por dia.
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Ser escritor é… Ser escritor não é só escrever. Ser escritor é ter um dom, é conseguir expressar-se no papel, é acreditar em fadas e dragões... É acreditar que o mundo vai mudar. Ser escritor é conseguir que aqueles que leem sintam a dor, a alegria e o amor expresso nos livros. É ter uma mistura de sentimentos a que se chama amor. É ter uma paixão pelas palavras e conseguir imaginar um mundo melhor… através da paixão pelos livros. Fabiana Biazini, 5.º A
Poema da avenida Leva o telemóvel no bolso de trás E o cabelo ondulado e salgado como o mar Vai muito fermosa, aliás, Mas com tremendo medo de amar Tem umas calças de ganga E uma blusa da cor do sol Brilha como uma estrela É uma bela donzela Leonor, caminhando pela avenida, Toda ela fica rendida Ao ver o seu namorado E apesar de estar linda Treme por todo o lado
Comemorar os Santos Populares
E sabe que só acalmará Ao fixar os seus olhos da cor da terra Nos olhos que têm a cor do oceano Que têm o mesmo efeito nela Que uma bela Música de piano
Ana Amado, João Miguel, Ana Fonseca, Edna Peralta, 10.º C
Os pequenitos dos primeiro e segundo anos da Escola Básica de Faniqueira trabalharam o tema das tradições
dos Santos Populares e fizeram umas lindas sardinhas com a colaboração da família. Estão muito bonitas!
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Última
Jornal do Agrupamento de Escolas da Batalha
Baile de finalistas marca fim e início de um percurso de vida
No dia 19 de junho, realizou-se o baile de finalistas dos alunos do 12.º ano, marcando o final do seu percurso no AEB. Todos estão conscientes de que deixam para
trás uma importante fase das suas vidas e que abrem, ao mesmo tempo, as portas para uma nova etapa que se quer cheia de boas surpresas. Não havendo a possibili-
dade de se realizar uma viagem de finalistas, devido à situação pandémica, este dia adquiriu um forte significado para todos os estudantes presentes. Ficaram gravados para recordação os momentos vividos na pista de dança, as fotos tiradas na parede decorada especialmente para o efeito, o lançamento de fogo de artifício e a entrega dos prémios da noite. Embora o ambiente tenha sido marcado pela alegria e pela animação, o final envolveu também despedidas e muitas lágrimas, pois todos sabiam que, apesar de o futuro parecer promissor, se acabou o ensino secundário e tudo aquilo que trouxe de bom.
O reconhecimento que se impõe A notícia caiu que nem uma bomba na sala de professores. Não era possível ser verdade. Não, não podia ser. O quê?! Ela não tem idade para isso. Mas, aos poucos, a incredibilidade, a estupefação ou até a sensação de brincadeira de mau gosto foram dando lugar a outros sentimentos e as reações ao que se anunciava começavam a dominar as conversas na sala de professores. A Ana Luísa ia reformar-se e, por isso, deixar a escola. Ainda custa a crer. A “nossa” Ana Luísa vai sair da escola para iniciar uma nova etapa da sua vida. O que dizer de alguém tão especial? A Ana Luísa foi, é, o nosso chão, os pilares da nos-
sa casa onde sempre nos sentimos seguros e protegidos. Altruísta por nascimento, pessoa de inestimável amizade para com todos, amiga do seu amigo, generosa e compreensiva, disponível e sempre na linha da frente para apoiar e ajudar os colegas, os alunos ou quem lhe pedisse ajuda, a Ana Luísa, notabilíssima profissional, transformou-se, com o tempo, numa referência para todos os que tiveram o privilégio de trabalhar com ela. Conhecendo a Ana Luísa como a conhecemos, sabemos que, apesar de oficialmente ser “obrigada” a desligar-se da escola, não o fará totalmente porque o seu ca-
rácter, genuinamente bom, fará com que, amiudamente, nos visite para alegria de todos e até algum descanso. Por isso, poderemos contar com a sua ajuda e companheirismo que lhe são tão característicos. Sentiremos todos, pelas mais variadas razões e situações, a tua falta, querida Amiga. Em meu nome e de todos os atuais e antigos colegas de grupo, obrigado por tudo, um grande bem-haja e… até amanhã! Posso passar a usar o “teu” computador da sala de trabalho? Prof. João Pimenta
“A amizade é uma das coisas mais importantes da vida”
Os amigos são as pessoas em quem podemos confiar e contar-lhes os nossos maiores segredos. A amizade nasce quando encontramos alguém que nos entende ou que tem os mesmos gostos que nós. Por vezes, este sentimento for-
ma-se entre pessoas completamente diferentes umas das outras. Infelizmente, algumas amizades acabam por vários motivos. Alguns amigos moram longe de nós e, para a amizade à distância, nem sempre é fácil encontrar
uma solução. São um pouco difíceis de manter, mas, se a amizade for firme, tudo é possível. Quando se perde um amigo e não temos ninguém com quem conversar e desabafar, reparamos que tudo fica muito mais triste, embora saibamos que, mais tarde ou mais cedo, encontraremos alguém que irá ocupar o lugar vazio. Luísa Oneto, Soraia Sobreira, Maria Elias e Jéssica Cordeiro, 5.º D
Muitos anos a construir uma escola melhor Todos os anos, através de uma cerimónia, o AEB prestava uma pequena homenagem aos docentes e não docentes que, depois de longos anos de trabalho, se aposentavam. Relativamente aos que atingiram a aposentação entre 2018 e 2021, a pandemia não permitiu a realização da cerimónia para a homenagem que cada um merecia, mas não queremos deixar de agradecer a dedicação, a disponibilidade, a responsabilidade e o empenho demonstrados
no desempenho das suas funções. Todos nós dependemos de muita gente e estas são pessoas que fizeram parte da nossa vida profissional e nos acompanharam nesta grande caminhada, contribuindo para criar uma melhor escola. Tal como diz o nosso hino, “Com orgulho te cantamos, / Ergamos bem alto a voz! / Homenagem te prestamos, (…) / És um exemplo maior / Para quem aqui trabalha. / P’ra ti, o nosso louvor”.
Agrupamento de Escolas da Batalha Ao teu lado sempre a aprender!
Seg. a Sex.: 9h30 às 13h00 14h às 19h30 Sábado: 9h30 às 13h00 14h às 18h00
VÁRIAS ESPECIALIDADES Medicina Dentária, Análises Clínicas e Fisioterapia
De segunda a sexta-feira: 09h30 - 13h00 e 14h00 - 20h00 . 244 765 700 . 964 423 402 . Rua D. Maria Júlia Sales Zuquete nº 31 . 2440-041 Moinho de Vento . Batalha
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31 anos
Batalha Opinião
julho 2021
Jornal da Batalha
s Fiscalidade
Contas bancárias exclusivamente afetas à atividade empresarial Desde 2005 que se tornou obrigatória a existência de contas bancárias afetas exclusivamente à atividade empresarial das empresas e empresários em nome individual com contabilidade organizada. A Autoridade Tributária, através da Lei Geral Tributária, exige que todos os sujeitos passivos de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, bem como os sujeitos passivos de Imposto sobre Rendimentos das Pessoas Singulares que disponham ou devam dispor de contabilidade organizada, ficam obrigados a possuir, pelo menos, uma conta bancária através da qual devem ser, exclusivamente, movimentados os pagamentos e recebimentos respeitantes à atividade empresarial desenvolvida.
Devem, os Contabilistas Certificados apenas proceder aos registos contabilísticos tendo na sua posse os adequados documentos justificativos, datados e suscetíveis de serem apresentados á Autoridade Tributária, na conta ou contas bancárias de todos os movimentos relativos a suprimentos, outras formas de empréstimos e adiantamentos de sócios, bem como quaisquer outros movimentos de ou a favor dos sujeitos passivos. Os pagamentos respeitantes a faturas ou documentos equivalentes de valor igual ou superior a € 1.000,00, devem ser efetuados através de meio de pagamento que permita a identificação do respetivo destinatário, designadamente transferência bancária, cheque nominativo ou débito direto.
A administração tributária pode aceder a todas as informações ou documentos bancários relativos à conta ou contas, sem dependência do consentimento dos respetivos titulares. Dispõe o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado que os sujeitos passivos de IRC e de IRS com contabilidade só podem deduzir o imposto que tenha incidido sobre os bens ou serviços adquiridos para a realização das operações tributáveis se cumpridas as regras mencionadas para justificarem a origem e aplicação de fundos, dando maior credibilidade a sua contabilidade, existindo, assim, uma conexão direta entre os bens e serviços adquiridos. Muitos empresários desvalorizam esta obrigatoriedade, e comentem no dia a
dia infrações, sem sequer conhecerem as elevadas coimas que poderão vir a pagar. O artigo 129.º RGIT define as coimas aplicadas para a violação da obrigação de possuir e movimentar contas bancárias e de transações em numerário. A violação da obrigação de possuir e movimentar contas bancárias é punível com coima de € 270,00 a € 27.000,00. A falta de realização das operações através de conta bancária de movimentos nos casos legalmente previstos é punível com coima de € 180,00 a € 4.500,00 e a realização de transações em numerário que excedam os limites legalmente previsto é punível com coima de € 180,00 a € 4.500,00. Os contabilistas Certificados têm, relativamente a quem prestam serviços, os
seguintes direitos: a) obter todos os documentos, informações e demais elementos de que necessitem para o exercício das suas funções; b) exigir a confirmação, por escrito, de qualquer instrução, quando o considerem necessário; c) assegurar que todas as operações ocorridas estão devidamente suportadas e que lhe foram integralmente transmitidas, etc. Para efeitos de IRC e de IRS apenas se consideram gastos ou perdas os que comprovadamente forem indispensáveis para a realização dos proveitos ou ganhos a imposto ou para a manutenção da fonte produtora. É proibido pagar ou receber em numerário em transações de qualquer natureza que envolvam montantes iguais ou superiores a € 3.000,00, ou o seu equivalente em moeda
António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração
estrangeira. Quando o pagamento seja realizado por pessoas singulares não residentes em território português e desde que não atuem na qualidade de empresários ou comerciantes, o limite ascende a € 10.000,00.
s Mão à palmatória
“Monumento que homenageia combatentes da Batalha inaugurado no centenário da Liga” Exmº Senhor Diretor do Jornal da Batalha Sou a solicitar os vossos bons ofícios para correção, na próxima edição do Jornal da Batalha, para que fiquem esclarecidos os combatentes batalhenses em particular e todos os leitores em geral, do publicado erroneamente no terceiro parágrafo da notícia “Monumento que homenageia combatentes da Batalha inaugurado no centenário da
Liga”, publicada na página 5 da edição de maio, pois onde se lê: “Instalado no Jardim do Condestável, o monumento representa quatro túmulos, onde constam 12 nomes de soldados falecidos em Angola, Guiné, Moçambique e em França.” Tal como lida por mim no dia da inauguração, perante Sua Exª o Presidente da República e demais entidades,
a memória descritiva do referido memorial, que remeto em anexo, é clara em salientar que: “Em redor desta peça central desenvolvem-se, em leque, quatro países ancorados a uma faixa em aço pintado. Os países representam Angola, Moçambique, Guiné e França, onde são homenageados os 12 combatentes. Cada país é materializado com uma cor distinta a que correspondem diferentes ti-
pos de pedra natural polida, com 3.00m de comprimento e extremidades com 85 e 55cm de largura: Angola em Granito Zimbabué, Moçambique em Travertino encarnado, Guiné em Mármore verde Guatemala e França em Calcário amarelo imperial.” Em tempo algum, por parte da Exmª arquiteta Patrícia Soares, por parte do núcleo da Batalha, e até por parte
do Município da Batalha se conotou o próprio memorial com o que quer que tornasse o mesmo, e o local onde foi erigido, como símbolo de um depositário de soldados falecidos, mas tão simplesmente no local que representa os países onde os mesmos deram a vida em prol da ditosa pátria sua amada. Ciente da V.ª compreensão para a reposição da memória descritiva, e assim desfazer
o mal-entendido provocado nos combatentes batalhenses e leitores em geral, me subscrevo em nome da direção do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes. Com os meus mais distintos cumprimentos. António Alexandre Nobre Evaristo Presidente do Núcleo da Batalha Coordenador Executivo do Centro de Estudos Apoio Médico Psicológico e Social Liga dos Combatentes
s AMHO A Minha Horta
Perceber as sementes que lançamos à terra O mês de julho pauta-se já por boas colheitas. Os alimentos que retiramos da horta diretamente para o prato ou panela, que sabem verdadeiramente bem, compensam em muito o esforço que se teve com as plantações. É frequente ouvir as pes-
soas mencionar que semeiam ou plantam plantas que depois não sabem como cozinhar ou usar no dia-a-dia. Realmente precisamos de perceber o tipo de sementes que lançamos à terra. E por vezes, mesmo tendo muitos cuidados, acabamos por ver
nascer algo que não tínhamos intenção de ter no quintal. Mas acredito que nada acontece por acaso, precisamos é de compreender e aprender com o assunto e seguir o nosso caminho, mais conscientes e com presença de espírito. O meu quintal pode pare-
cer meio selvagem, pois não coloco químicos de síntese, mas a natureza tem o seu próprio modo de perfeição. Quando abusamos de a controlar, podemos potenciar algum desequilíbrio. Hortícolas para Semear e/ ou plantar ao ar livre: alfaces, acelgas, agriões, aipo, alho
francês, espinafres, beterrabas, beldroegas, broculos, cenouras, coentros, chicórias, couve-flôr, couves-repolho, couve-rábano, courgetes, endivias, espinafres, feijões diversos, malaguetas, milho, nabos, pepinos, pimentos, physalis, salsa, tomates, Rabanetes, rúcula.
Célia Ferreira
Jardim, Semear e/ou plantar: begónias, calêndulas, cravos túnicos, gipsofilas, goivos, miosótis, prímulas. Se soubermos observar e aprender com a natureza, teremos muito a aprender. Na horta cultivamos alimentos e sentimentos! Boas colheitas.
Jornal da Batalha
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Batalha Opinião
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s Baú da Memória José Travaços Santos
Eça de Queirós e a sua estada em Leiria Foi há cento e cinquenta anos que Eça de Queirós esteve em Leiria no desempenho das funções de Administrador do Concelho. Já no “Jornal da Batalha” o referi e contei o episódio descrito por Ramalho Ortigão a Júlio de Sousa e Costa e por este publicado no livro cuja capa ilustra o apontamento, da senhora Angelina, proprietária duma casa de
pasto provavelmente no largo em frente do Mosteiro, chamar aos dois ilustres escritores, em agradecimento aos seus elogios à qualidade dos pratos e da cozinheira, “pandilhas finos… pandilhas de certa ordem”. Os dois amigos tinham vindo de visita à Batalha. Ainda não perdi a esperança, passado este mau momento que vivemos,
de na Batalha se realizar um almoço repetindo-se, até onde podemos saber, a ementa oitocentista da celebrada dona da casa de pasto: “sopa saloia de feijão e couve (que os dois repetiram), um arroz com cenoura e pimentos e leitão assado”. Embora Ramalho o não tivesse referido mas a pinga também teria sido boa. Aliás, temos hoje na nos-
sa prestigiosa Adega Cooperativa vinhos de confirmada qualidade que seriam o acompanhamento digno do repasto evocativo de há 150 anos. O livro de Jorge de Sousa e Costa é essencial para um melhor conhecimento de Eça de Queirós que nele nos aparece retratado um tanto diferente do que se tem propagado. No pequeno volume, cuja reedi-
ção Leiria devia chamar a si, desfazem-se algumas dúvidas sobre as personagens de “O Crime do Padre Amaro”, que estavam longe de serem como o grande escritor as descreveu. E os acontecimentos, também. Na Biblioteca de Leiria há pelo menos um exemplar deste livro, cuja única edição data de Maio de 1953.
s Noticias dos Combatentes NCB
O negacionismo crescente ou a evidência histórico-científica Tem vindo a assistir-se, um pouco por todo o planeta, a uma crescente negação de factos históricos ou, até, de evidências científicas, como é o caso do vandalismo a que têm sido sujeitas estátuas dos descobridores do “Novo Mundo”, de grandes estadistas, de monumentos; tudo isto a par com o aparecimento de grupos “anti” tudo e mais alguma coisa. Anti-vacinas, Anti-democracia, Anti-pesca, Anti-touradas, Anti-globalização, etc. A lista é extensa. São também conhecidas as tentativas de reinterpretar a história relativa ao Holocausto Judeu, escondendo-o ou tentando justificá-lo, menosprezando o número
de vítimas e chegando-se, inclusive, ao ponto de negar a sua existência. Nunca será possível determinar o número exato das vítimas dos nazis e quando se aponta o número de seis milhões trata-se sempre de uma estimativa aceite pelos principais centros de documentação do Holocausto. Porém, a realidade, o facto, a evidência histórica é que, ao longo dos anos, várias estimativas foram feitas e todas se aproximam deste número. A 4 de Junho de 1989, na China, em Pequim, ao redor e na praça Tiananmen, as autoridades chinesas decidem terminar um protesto que já durava quase há um mês, em que milhares
de estudantes e outros cidadãos protestavam contra a repressão a que estavam sujeitas pelo regime comunista chinês. Naquele dia, soldados e polícias chineses (estima-se cerca de 250 000) invadiram todos os locais onde houvesse pessoas a protestar (no que ficou conhecido como o massacre da Praça Tiananmen), disparando contra a multidão. Embora milhares de manifestantes simplesmente tenham tentado escapar, outros lutaram, apedrejando tropas, polícias e incendiando veículos militares. Repórteres e diplomatas ocidentais presentes naqueles locais naquele dia, estimaram que centenas a
milhares de manifestantes foram mortos no Massacre da Praça Tiananmen e cerca de 10.000 foram presos. Eis que, um partido político português, com responsabilidades parlamentares, decide branquear este acontecimento escrevendo um artigo no seu jornal intitulado “A farsa de Tiananmen”, onde declara que “O suposto massacre de Tiananmen nunca ocorreu…”. Só podemos estar perante outro desvario negacionista. Mais uma vez é difícil de estimar o número de mortos e de presos, mas a evidência histórica é irrefutável. Recentemente, numa altura em que o mundo inteiro está a braços com uma pan-
demia provocada pelo vírus da SARS Cov2, ainda longe de ser controlada, e em que, um passo de gigante para o conseguir é a vacinação em massa de toda a população, eis que emergem das trevas, de onde nunca deviam sair, inúmeros grupos anti-vacina, a bradar contra os danos provocados por estas. Não porque tenha sido cientificamente provado que estas tragam malefícios para a saúde humana (antes pelo contrário), mas porque não nos podemos tornar escravos da agenda de domínio mundial das farmacêuticas (?). No entanto, o que a comunidade científica estudou e determinou, é que, para o bem da comunidade, os benefícios
da toma da vacina contra a SARS Cov-2, ultrapassam, em muito, qualquer efeito secundário que eventualmente alguém possa vir a ter. É certo que, ao longo de séculos, a dicotomia ciência versus senso comum, sempre existiu e épocas houve em que um deles se tentou sobrepor ao outro, quase lançando o mundo nas trevas, até que se fez luz. Estas tentativas de reescrever a história com os olhos de hoje estão a raiar o retrocesso civilizacional neste planeta criado por Deus. Ou foi o Big Bang? Desejamos que continuem a zelar pela vossa saúde e se resguardem. Não facilitem!
s Opinião
Dia Mundial do Ritmo Cardíaco – Todos juntos para um bom ritmo A importância do ritmo certo é transversal a tudo no nosso dia-a-dia: seja no trabalho, na música, ou no coração. Ao celebrarmos dia 13 de junho o Dia Mundial do Ritmo Cardíaco, temos presente a importância de trazer para o conhecimento público o enorme impacto que as arritmias têm na saúde dos portugueses. A fibrilhação auricular, a arritmia mais frequente na
prática clínica, aumenta 3 a 5 vezes o risco de ter um acidente vascular cerebral (AVC) isquémico e constitui um fator de risco independente para a mortalidade de causa cardíaca. Como a sua frequência aumenta com a idade, o envelhecimento da população portuguesa vai inevitavelmente levar a que ela também se torne cada vez mais frequente. Mesmo assim, em Portugal, estima-
-se que 1 em cada 3 pessoas que tem fibrilhação auricular não sabe que a tem. Além das suas consequências diretas e indiretas que custa m m ilhões de euros por ano, estima-se que mais de 3% das mortes em Portugal possam ser atribuídas à f ibri l h ação au ric u la r. A complexidade desta doença implica, cada vez mais, a constituição de equipas multidisciplina-
res de profissionais que, de forma proativa, aproveitem cada contacto com o doente (seja em contexto de urgência, internamento ou consulta) para o diagnóstico, e que possam discutir as melhores estratégias terapêuticas para cada doente. É importante percebermos que é uma doença heterogénea, que em alguns casos pode ser possível diagnosticar com
um simples eletrocardiograma, mas noutros casos pode necessitar de realização de monitorizações eletrocardiográficas mais prolongadas para chegar ao diagnóstico. Para maior sucesso na prevenção de eventos vasculares é indispensável que a população esteja bem informada acerca dos potenciais riscos da doença e dos ganhos que terá ao aderir cuidadosamente à
terapêutica: tomar a medicação não é um fim em si, mas o caminho para prevenir AVC, incapacidade, morte.
Rogério Ferreira Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra / Núcleo de Estudos de Prevenção e Risco Vascular da SPMI
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Jornal da Batalha
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Saúde Vamos falar sobre depressão? Como se apresenta? Embora seja uma doença comum, é frequentemente desconsiderada por falta de reconhecimento como doença ou pela associação dos sintomas a outras causas, nomeadamente stress. A apresentação e gravidade da sintomatologia difere de pessoa para pessoa, podendo os sintomas variar entre ligeiros e graves. Incluem-se: tristeza persistente ou sensação de “vazio”; perda de interesse ou prazer nas atividades diárias e de lazer; sentimentos de desesperança ou pessimismo; irritabilidade, tensão; perda de energia e lentificação; alterações do padrão de sono; alterações do apetite e do peso; dificuldades de concentração e/ou memorização; sentimentos de culpa e desvalorização;
ideação suicida e/ou tentativas suicidas; Persistência de sintomas físicos, sem causa orgânica aparente, que não melhoram com o tratamento convencional, como por exemplo dores crónicas, dores de cabeça ou problemas gastrointestinais. Para que o diagnóstico seja estabelecido, os sintomas deverão estar presentes há pelo menos duas semanas. Como se trata? A depressão é uma doença tratável e a grande maioria dos doentes responde de forma favorável ao tratamento implementado, sendo que quanto mais cedo for iniciado, mais eficaz será. Existem diversos tratamentos possíveis, onde se incluem a psicoterapia e os
cio físico; - Alimentação saudável e equilibrada; - Dormir bem; - Meditação;
Foto: Pixnio
A depressão é uma perturbação de humor muito frequente, que gera uma sensação de tristeza persistente e perda de interesse, que afeta negativamente a forma como um indivíduo se sente, pensa e se relaciona, resultando numa variedade de problemas físicos, emocionais e funcionais. Segundo a Organização Mundial de Saúde, representa um dos principais problemas de saúde da nossa atualidade, afetando duas vezes mais as mulheres. A etiologia ainda não está totalmente esclarecida, contudo estudos apontam para que seja de causa multifatorial, resultante da combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos.
medicamentos antidepressivos, que podem ser usados de forma individual ou combinada, por um período de tempo significativo. A escolha da estratégia terapêutica é feita de forma individualizada, tendo em consideração a gravidade da sin-
Considerações finais: É importante que a saúde mental seja reconhecida como parte integrante do bem-estar do indivíduo e que se quebrem os estigmas inerentes a esta temática. Caso esteja a sentir algum dos sintomas anteriormente descritos, durante grande parte do seu dia ou quase todos os dias, poderá estar a sofrer de depressão. Procure ajuda de um profissional. Não ignore a sua saúde.
tomatologia, a preferência do doente e a presença ou não de outras doenças. Além do tratamento médico, deve-se procurar adotar alguns hábitos de vida que ajudam na saúde mental, tais como: - Prática regular de exercí-
Cláudia Silva Médica interna da USF Condestável, Batalha
, SA ACORDOS PARA OFTALMOLOGIA:
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Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia...sábado - manhã Oftalmologia...............................................Dr. Joaquim Mira............................. sábado - manhã
Dra. Matilde Pereira.. quinta - tarde/sábado - manhã
Dr. Evaristo Castro................................. terça - tarde
Dr. João Cardoso.............................. segunda - tarde
Otorrinolaringologia.................................Dr. José Bastos.................................... quarta - tarde Pneumologia/Alergologia.........................Dr. Monteiro Ferreira............................sexta - tarde Próteses Auditivas................................................................................................... quarta - tarde Psicologia Educacional/vocacional........ Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos..................................Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Terapia da Fala...........................................Dra. Débora Franco.............................quinta - tarde Urologia.......................................................Dr. Edson Retroz..................................quinta - tarde
Ortóptica.....................................................Dr. Pedro Melo................................ sábado - manhã
Medicina Dentária
Outras Especialidades:
Cardiologia..................................................Dr. David Durão.....................................sexta - tarde Cirurgia Geral/Vascular.............................Dr. Carlos Almeida.................................sexta - tarde Clínica Geral................................................Dr. Vítor Coimbra................................ quarta - tarde Dermatologia............................................ Dr. Henrique Oliveira...................... segunda - tarde
Dra. Sâmella Silva
Terça/Quinta - Tarde Sábado - Manhã
Dra. Susana Frazão
Sexta-feira - Tarde
Electrocardiogramas...............................................................................segunda a sexta - tarde Endocrinologia............................................Dra. Cristina Ribeiro............segunda / terça - tarde Estética .......................................................Enf. Helena Odynets..............................sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..........................Dr. Paulo Cortesão........................... segunda - tarde
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Neurocirurgia.............................................Dr. Armando Lopes......................... segunda - tarde Neurologia..................................................Dr. Alexandre Dionísio..........................sexta - tarde Nutricionista...............................................Dra. Ana Rita Henriques........................ terça - tarde
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Jornal da Batalha
Património
A Defesa do Património
Evocação de Santa Maria-a-Velha Foi aqui que me plantaram dando-me a primazia de ser o templo da povoação que nascia à sombra do monumento cuja invocação também me pertencia. Cumpri a piedosa missão de ser o panteão dos mestre maiores que então em Portugal havia. Só a ignomínia dos homens do século Vinte desrespeitou a minha condição apagando, ao apagar a minha memória, um dos testemunhos irrepetíveis da Fé, da Arte e da História. Com que nome hão-de ficar os que, sem honra nem glória, me mandaram arrasar? Vem este apontamento sobre a defesa do património histórico, arquitectónico, arqueológico, documental, material e imaterial, a propósito da notícia de que a Igreja Velha do Arrimal vai ser restaurada, estando empenhadas nessa louvável acção a Câmara Municipal de Porto de Mós, a freguesia do Arrimal/Mendiga, a paróquia do Arrimal e a população. Na mesma notícia, que li no prestigioso jornal “O Portomosense”, é referido um natural daquele agradável povoação alto-estremenha, Rodrigo Durão Martins, que
recuperou diversas peças do espólio do templo e as mostra em exposição pública. Por sua vez, em notícia publicada no “Região de Leiria” sobre o restauro deste templo, que tinha invocação de Santo António, é apontado o ano de 1775 como o da sua construção. Ora em leitura, talvez feita apressadamente, de “O Couseiro”, pareceu-me que já existia em 1525. Possivelmente estou errado pelo que ficarei grato a quem repuser a verdade, de que aqui darei conta. De qualquer forma, os meus agradecimentos a Ar-
mindo Vieira, Luís Carlos Silva e Rodrigo de Sousa Martins (não é o referido acima), pelas informações que tiveram a amabilidade de me dar. Ora, a nossa Santa Maria-a-Velha, que foi o primitivo templo da Batalha, erguido pela mesma altura do lançamento da primeira pedra do Mosteiro, não teve sorte idêntica. Nem a qualidade de panteão dos Mestres batalhinos, os maiores do seu tempo, o salvou. A mesma pouca sorte tiveram diversas igrejas pela nossa região e várias estações arqueológicas como a de Collippo e a da Maceira, entre outras. Felizmente, porém, podemos registar a preservação (só refiro algumas) da Igreja Matriz e da Ermida de Nossa Senhora do Fetal no Reguengo do Fetal, de S. Mateus nas Alcanadas, de Nossa Senhora da Conceição nas Brancas (A-das-Brancas), de S. João na Quinta do Sobrado, de Santo Antão (Santo Antão/Faniqueira), das ermidas do Senhor do Aflitos e de S. Bento, na freguesia da Golpilheira. A estes templos, todos peças importantes do património não só regional mas nacional, não posso deixar de acrescentar a ermida de Santa Maria Madalena, construí-
da em 1571, hoje dentro dos muros do nosso cemitério. Bem próximo do pequeno templo há, também, jazigos, como os da família Sampaio, que deviam ser preservados e cuidados, dado que são pequenas mas expressivas obras dos nossos canteiros. Desconhecendo-se já quem serão os seus proprietários, peço à nossa Câmara Municipal o seu decisivo interesse em encontrar uma solução que os salve da ruína. Enigmático continua a ser o caso da Quinta da Várzea. Propriedade que foi do nosso Convento Dominicano até 1834, ano em que uma decisão dos liberais, chegados há pouco ao Poder depois de derrotarem os miguelistas, extingue os conventos das Ordens masculinas e expulsa de imediato os frades (os das Ordens femininas mantêm-se até à morte da sua última habitante), esteve cerca de três anos na posse do governo sendo, em 1837, vendido a Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque, que viria a ser, de 1840 a 1844, o restaurador do Mosteiro, que se encontrava em estado que anunciava uma irremediável ruína se não lhe acudissem de imediato. A intervenção salvadora de Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque é resultado da acção enérgica
em prol do património nacional levada avante por D. Fernando II, marido da Rainha D. Maria II. Ora, vem a ser na Quinta da Várzea que em 12 de Novembro de 1855 nasceu o neto daquele notabilíssimo restaurador do Mosteiro, o futuro herói das campanhas em Moçambique, Joaquim Mouzinho de Albuquerque, que tem de ser visto e apreciado à luz do seu tempo e dos interesses africanos que então eram os de Portugal. No fundo havia uma guerra surda entre o nosso País e algumas potências europeias, nomeadamente a Grã-Bretanha e, mais tarde, a Alemanha. Mas isto é matéria que extravasa este breve apontamento. Voltando à histórica Quinta, hoje do aro da freguesia da Golpilheira, continua sem explicação o que se passou no que respeita à sua classificação como património de interesse público. Disseram-me há anos que ela foi classificada mas que esta distinção, que tornaria obrigatória a sua preservação, não veio a ser publicada no Diário da República. Até porque é um direito nosso, eu e os meus conterrâneos gostaríamos de ser informados sobre a questão. Na Quinta da Várzea onde há anos tive a honra de acompanhar o notável Historiador e Comunicador, Professor Doutor José Hermano Saraiva, além do solar, um dos poucos existentes na região, há se não estiver já em ruínas, uma ermida que, se não me engano, é da invocação de São Gonçalo. Templo pequeno mas muito expressivo da nossa arquitectura, tinha um alpendre assente em colunas de calcário, colunas que há anos foram roubadas. Voltando ao Mosteiro onde, como disse no apontamento de Junho, estão a decorrer algumas obras que, creio, beneficiarão o percurso a seguir pelos visitantes, tornarão mais acessível a ida
à Loja da Direcção Geral do Património e menos agrestes alguns locais onde os funcionários têm de permanecer durante as suas horas de serviço, recordo que há anos tive acesso a uma fotografia, tirada à volta dos anos sessenta do século XIX, talvez dos fins da década de 50, altura em que foram tiradas as primeiras fotografias ao Monumento, em que se via um campanário nas Capelas Imperfeitas o, que sendo curioso, dado presentemente não existirem vestígios da sua existência, não é impossível. Aliás, a Doutora Maria João Baptista Neto no seu estudo “James Maurphy e o Restauro do Mosteiro de Santa Maria da Vitória no século XX”, obra com especial interesse para quem queira conhecer melhor a história do Monumento, diz sobre as Capelas Imperfeitas: “O campanário que as fotografias e as gravuras demonstram ter existido, junto a estes arcos, no lado norte, foi demolido, provavelmente depois de 1900, já que não encontramos qualquer referência a este acontecimento durante o período que estudámos”. A este assunto, que é importante, tentarei voltar logo que tiver provas que nos esclareçam. A ilustrar este apontamento uma espectacular fotografia tirada, suponho, pelo piloto aviador Coronel Pinheiro Correia, nos anos 30 do século XX. Vê-se toda a fachada lateral sul do Mosteiro, o patim junto à porta lateral ainda com a grilhagem (outra obra dos nossos canteiros desaparecida), um canto da praça de Mouzinho de Albuquerque e o casario que, a partir, da habitação que é hoje de António da Costa Coelho, foi demolido. A feliz edição foi da responsabilidade da Comissão de Iniciativa e Turismo da Batalha. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (219)
Jornal da Batalha
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s À Mesa
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Ana Caseiro Cozinheira
Tomate, uma fruta ou vegetal? Em termos botânicos é considerada fruta porque surge da parte reprodutiva da flor onde as sementes são protegidas enquanto amadurecem. Contudo, grande parte dos nutricionistas refere o tomate como vegetal por ter hidratos de carbono vitamina A e C e baixo nível de açúcar. O tomate é originário do Peru e chegou ao continente europeu por volta do século XVI. Desde então, é confecionado nas mais variadíssimas formas, cru como salada ou sumo, em compotas/ doces (conservação em açúcar), cozinhado em guisados, sopas ou assados. É um produto muito utilizado na alimentação mediterrânea. No mercado podemos encontrar várias espécies como tomate chucha, cherry (cereja), coração de boi, tomate rama. Como é época dele, decidi homenageá-lo com a se-
guinte receita “Sopa de tomate com agriões e ovos”, de uma Teleculinária de outubro de 1978, uma revista semanal de cozinha e doçaria com a direção culinária de António Silva (29 março 1934) que e achei bastante interessante. Segue a lista de ingredientes. 400 gramas de batatas
3 tomates maduros 1 cebola 60 gramas de margarina 1 molho de agriões 2 ovos 1 pão bola Orégãos q.b. Sal q.b. Preparação: Descasque e corte as bata-
tas, cebola e os tomates em cubos pequenos e coloque tudo a cozer em 1,5 litros de água temperada com sal. De seguida trate dos agriões, lave e escolha os raminhos. A parte coloque os dois ovos a cozer em água durante 10 minutos e depois retire o excesso de água, deixe arrefecer e descasque-os. Corte o
pão em cubos (tamanho de croutons) e disponha num tabuleiro temperado com sal, orégãos e fio de azeite e coloque no forno durante 25 minutos a 160ª graus. Depois de cerca 30 minutos de cozedura, triture a sopa com varinha mágica e passe pelo passe-vite (ou passador de rede), e leve novamente ao lume mexendo sempre para não pegar ao fundo e adicione o molho de agriões e a margarina. Deixe cozinhar a sopa mais sete minutos e retifique de tempero sal e orégãos. Corte os ovos cozidos as rodelas, e decore a sopa com os ovos e os croutons de pão. Uma outra receita que adoro nesta época é uma rica salada de tomates, molho pesto, queijo ilha e presunto. Tão simples como cortar várias espécies de tomates, um coração de boi cortado em rodelas, tomate cherry cortado ao meio
e tomate rama cortado em rama e colocar numa taça. De seguida fazer o molho pesto com 1 molho de manjericão, cerca de 50 gramas de pinhão, com 50 gramas de queijo ilha e 200 ml de azeite, triturar tudo com ajuda de uma varinha magica e temperar com sal a gosto. A parte tenha o queijo cortado e fatias de presunto. Na taça onde já tem os tomates coloque o queijo e o presento e pinhão inteiro e no final tempere com o pesto. Simples e fresco para o verão.
s Espaço do Museu
A família Mouzinho de Albuquerque O nome de Joaquim Mouzinho de Albuquerque, figura em muitas ruas e avenidas portuguesas. A memória do antigo Governador Geral de Moçambique e do Patrono da Arma de Cavalaria, nascido em 12 de novembro de 1855 e falecido em 8 de janeiro de 1902, permanece associada a uma das mais importantes figuras militares portuguesas do século XIX. A vila da Batalha, a que está ligado pelo nascimento, dedica-lhe uma praça com o seu nome, na qual se ergue um busto à sua imagem. É junto ao busto de Joaquim Mouzinho de Albuquerque que, todos os anos, em julho, a Arma da Cavalaria do Exército lhe presta homenagem, numa cerimónia acolhida e apoiada pelo Município, que assinala os seus feitos patrióticos. Mas, neste mês de julho em que, anualmente, se evoca Joaquim Mouzinho de Albuquerque, importa também lembrar a pessoa de seu avô,
Luís Mouzinho de Albuquerque, uma das grandes figuras do nosso país durante a primeira metade do século XIX e de especial importância na recuperação do Mosteiro da Batalha. Luís Mouzinho de Albuquerque nasceu em Lisboa, a 16 de junho de 1792, descendente de família da antiga nobreza. Desviando-se da carreira do sacerdócio, para a qual o pai o havia destinado, cedo revelou o gosto pelas artes, pela poesia e pelas ciências físicas e naturais. Iniciou a carreira militar em 1809, tendo frequentado a Academia Real da Marinha. Formado oficial engenheiro, ingressou também no Observatório Real de Lisboa. A paixão por Ana de Mascarenhas de Ataíde, sua prima com quem acabaria por se casar, levou-o a abandonar os seus estudos e a dedicar-se à agricultura, no Fundão. Entre 1820 e 1823, esteve em Paris onde, na redação do seu
próprio Jornal, publicou diversos artigos de sua autoria. Defensor da pátria, da liberdade e do progresso, desempenhou diversos cargos,
entre os quais o de ministro do reino, da justiça e da marinha. Foi governador da Madeira, coronel de engenharia, provedor da Casa da
Moeda, inspetor-geral das Obras Públicas e membro da Academia de Ciências de Lisboa. Associando-se também à política de conservação do Património Histórico, concretizou relevantes trabalhos de engenharia, um pouco por todo o país, entre 1840 e 1843. Em 1840, dirigiu um sábio programa de recuperação do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, por iniciativa da rainha D. Maria II e de seu marido, D. Fernando de Saxe-Coburgo. O projeto apoiou-se nos planos deixados pelo arquiteto irlandês, James Murphy. A obra devolveria a Santa Maria da Vitória, o seu antigo esplendor, sendo salva da ruína que se temia. Sobre este trabalho, Luís Mouzinho de Albuquerque deixou-nos a sua Memória inédita ácerca do edificio monumental da Batalha, onde, não se poupando a detalhes sobre a intervenção realizada,
revela um forte sentido estético e poético nas palavras. Em 1937, adquiriu a Quinta da Várzea, no concelho da Batalha, onde nasceria o seu neto, Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque. Foi mais tarde, governador civil de Leiria e também Ministro do Reino, dando seguimento ao seu exercício político e militar. Faleceu com 54 anos, a 27 de dezembro de 1846, vítima de uma bala, no Castelo de Torres Vedras. Encontra-se sepultado na Igreja de São Pedro dessa cidade. A Homenagem as estas importantes figuras na História de Portugal, bem presente na nossa Vila, tem também lugar no MCCB. Visite-nos e saiba mais sobre a família Mouzinho de Albuquerque. Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha) Fonte: http://www.mosteirobatalha.gov.pt/
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Batalha Publicidade
DIREITO DE PREFERÊNCIA – PRÉDIOS RÚSTICOS MIGUEL CACELA ROSA LOPES FERREIRA, NIF: 214.590.941, residente em 230 June Road Stamford CT 06903-3733 EUA, vem através do presente anúncio, com referência aos Prédio Rústicos: Sito em Curral dos Frades, descrito na CRP da Batalha sob o n. 5409 (Freguesia de São Mamede), inscrito na Matriz sob o Artigo n.º 64; sito em Algar d´Água, descrito na CRP da Batalha sob o n. 5406 (Freguesia de São Mamede), inscrito na Matriz sob o Artigo n.º 2610; sito em Barreira Nova, descrito na CRP da Batalha sob o n. 5404 (Freguesia de São Mamede), inscrito na Matriz sob o Artigo n.º 13045 e sito em Vale da Mó, descrito na CRP da Batalha sob o n. 5405 (Freguesia de São Mamede), inscrito na Matriz sob o Artigo n.º 13016; oferecer o direito de preferência aos proprietários de prédios rústicos, inscritos ou não, com aqueles confinantes, na VENDA, à SOLEI – SOCIEDADE LEIRIENSE IMOBILIÁRIA LDA. NIPC: 502.338.458, outorgada em Cartório Notarial da Batalha, pelo valor global de € 164.000,00 (cento e sessenta e quatro mil euros), sendo que: Pelo preço de €45.000,00 o Prédio Rústico identificado pelo Art. 64º; pelo preço de €110.300,00 o Prédio Rústico identificado pelo Art. 2610º, pelo preço de €6.600,00 o Prédio Rústico identificado pelo Art. 13045º e pelo preço de €2.100,00 o Prédio Rústico identificado pelo Art. 13016º. A venda dos supra mencionados prédios é una e indissociável, apenas se realizando pelo valor global de € 164.000,00 (cento e sessenta e quatro mil euros). Os eventuais interessados no exercício deste direito, dispõem do prazo de 8 (oito) dias, a contar da data da publicação do presente, para exercer a preferência, comunicando-o por carta registada com aviso de receção enviada para a referida morada, identificando o prédio confinante de que é proprietário e oferecendo os seus dados pessoais e contactos, sob pena de caducidade do referido direito, conforme resulta do disposto no n.º 2 do artigo 416.º do Código Civil. Jornal da Batalha, edição nº 372 de 19 de julho de 2021
CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas sessenta e cinco a folhas sessenta e seis, do Livro Duzentos e Sessenta e Sete - B, deste Cartório. Mário Paulo Ferreira Vieira, NIF 139 946 055 e mulher Maria da Conceição Simões Leal Vieira, NIF 204 832 861, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia e concelho da Batalha, ela da freguesia e concelho da Madalena, Açores, residentes na Rua de São Cristóvão, nº 21, Casal do Alho, Batalha, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rustico, composto vinha e oliveiras, com a área de mil e dez metros quadrados, sito em Raçoeira, freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte com Afonso Carreira Marto, de sul com José Monis Rocha, de nascente com João Franco Vieira Pragosa de poente com Manuel Vieira Tomás, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 3482, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €44,21. Que, o identificado prédio veio à posse dos justificantes, no ano de mil novecentos e noventa e cinco, por doação verbal de Bertolino Vieira Jordão casado com Maria Edite Pereira Jordão, residente na Estrada S. Cristóvão, nº 24, Casal do Alho, Batalha, contudo, sendo esta transmissão meramente verbal não existe título formal que a comprove, para proceder ao registo; Que em consequência daquela doação verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o prédio por usucapião. Batalha, seis de julho de dois mil e vinte e um A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/8 Jornal da Batalha, edição nº 372 de 19 de julho de 2021
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Jornal da Batalha
CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIA A CARGO DO NOTÁRIO PEDRO TAVARES
CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIA A CARGO DO NOTÁRIO PEDRO TAVARES
Certifico, para fins de publicação, que neste Cartório e no Livro de Notas para Escrituras Diversas nº 336-A de folhas cento e vinte e quatro a folhas cento e vinte e seis exarada uma escritura de Justificação Notarial no dia doze de Julho de dois mil e vinte e um, outorgada por Virgílio Gomes Leal e mulher Maria do Rosário Vieira Carreira Leal, casados no regime da comunhão geral, naturais de Reguengo do Fetal, Batalha e Batalha, residentes na Rua da Barbeira nº 79, Golpilheira, Batalha, na qual d isseram: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano composto por .casa de habitação de résdo-chão, com a área de sessenta metros quadrados, sito na Rua da Barbeira, 79, Golpilheira, freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 502, anterior 3941 da Batalha, com o valor patrimonial tributário de 17.194, 10€, a que atribuem iguaI vaIor; Que o referido prédio veio à sua posse por volta de mil novecentos e oitenta e seis por doação meramente verbal que lhes foi feita por António Henriques Carreira e Júlia de Jesus Vieira, pais deIa. Que, assim, vêm possuindo esse prédio, como seu, há mais de vinte anos, como proprietários e na convicção de o serem, usando-o como adega e arrumes, fazendo nele obras e reparações, cumprindo as respectivas obrigações fiscais, posse que vêm exercendo ininterrupta e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que seja, assim de modo pacífico, contínuo, público e de boa-fé, pelo que adquiriram por usucapião a propriedade do imóvel. Que dada a forma de aquisição originária não têm documento que a com provem. Que para suprir tal título vêm pela presente escritura prestar estas declarações de justificação com o fim de obterem no registo predial a primeira inscrição de aquisição do indicado prédio. Vai conforme ao original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada. Andreia Filipa Carvalho Soares Rodrigues, funcionária do Cartório em epígrafe, no uso de competência cuja autorização pelo Notário respectivo foi publicado nos termos da Lei sob o número 128/7 a 05/06/2020, em Leiria, doze de Julho de dois mil e vinte e um. A Funcionária Andreia Soares Rodrigues Conta registada sob o nº 2339, de que foi emitido recibo.
Certifico, para fins de publicação, que neste Cartório e no Livro de Notas para Escrituras Diversas, de folhas cento q uinze a folhas cento e dezassete verso do Livro d.e Notas para Escrituras Diversas nº 336 - A deste Cartório se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial no dia nove de Julho de 2021. Outorgada por: Eugénio Marques e Silva e mulher Maria Celina de Sousa Antunes Marques, casados sob o regime da comunhão geral, naturais de S. Mamede, Batalha e Santa Eufémia, Leiria, residentes na Rua do Freixo, nº 11, Quintas do Sirol, Santa Eufémia, Leiria, titulares do B.I. 1425928 emitido a 13-9-1985 pelo CICC de Lisboa e CC da RP 04037378 9ZZ7 válido até 16-042028 da RP, nif 115 404 961 e 184 594 472; Na qual disseram: Que são donos e legítimos possuidores dos seguintes imóveis: Um: prédio rústico composto por terra” de cultura com oliveiras com a área de mil e quarenta metros quadrados, sito em Lapa Furada, na freguesia de S. Mamede, concelho da Batalha, a confrontar do norte com Joaquim da Silva Mamede, sul com Hermínio Luiz, nascente e poente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial, inscrito na matriz sob o artigo 12526, com o valor patrimonial tributário de 379,32€, a que atribuem igual valor; Dois: prédio rústico composto por pinhal com mato com a área de quatrocentos e trinta metros quadrados, sito em Lapa Furada, na freguesia de S. Mamede, concelho da Batalha, a confrontar do norte com Francisco Carreira, sul com caminho, nascente com Manuel Carreira e poente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial, inscrito na matriz sob o artigo 12497, com o valor patrimonial tributário de 53,05€, a que atribuem igual valor; Três: prédio rústico composto por terreno com oliveiras com a área de duzentos e quarenta metros quadrados, sito em Estrumeirinha, na freguesia de S. Mamede, concelho da Batalha, a confrontar do norte com José Carreira Carvalho, sul com Manuel Rodrigues, nascente com serventia e poente com Câmara Municipal, não descrito na Conservatória do Registo Predial, inscrito na matriz sob o artigo 12015, com o valor patrimonial tributário de 75, 16€, a que atribuem igual valor; Quatro: metade indivisa do prédio rústico composto por terra de cultura, oliveiras, tanchas e pinhal com a área de mil metros quadrados, sito em Poço Malito, na freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, a confrontar do norte, sul e nascente com caminho e poente com António Augusto da Cunha, não descrito na Conservatória do Registo Predial, inscrito na matriz sob o artigo 8141, com o valor patrimonial tributário correspondente de 555,72€, a que atribuem igual valor; Que a parte restante do imóvel pertence a Francisco Mendes Silva. Cinco: prédio rústico composto por terra de cultura, oliveiras e pinhal, com a área de mil e trezentos metros quadrados, sito em Cartaxo, na freguesia de S. Mamede, concelho da Batalha, a confrontar do norte com Anselmo da Silva Carreira, sul com João Vieira do Rosário, nascente com caminho e poente com Fernando dos Reis Laranjeiro, não descrito na Conservatória do Registo Predial, inscrito na matriz sob o artigo 16935, com o valor patrimonial tributário de 233,87€, a que atribuem igual valor; Seis: prédio rústico composto por terreno com oliveiras com a área de noventa metros quadrados, sito em Vale da Formosa, na freguesia de S. Mamede, concelho da Batalha, a confrontar de norte e poente com caminho, sul com Manuel Marques Mendes, nascente com António de Sousa Lucas, não descrito na Conservatória do Registo Predial, inscrito na matriz sob o artigo 16900, com o valor patrimonial tributário de 39, 79€, a que atribuem igual valor; Sete: prédio rústico composto por terra de cultura com a área de duzentos e cinquenta metros quadrados, sito em Chousa Grande, na freguesia de S. Mamede, concelho da Batalha, a confrontar do norte com Maria Rosa, sul com José Mendes dos Santos, nascente e poente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial, in”s.crito na matriz sob o artigo 13154, com o valor patrimonial tributário de 132, 19€, a que atribuem igual valor; Que, assim, eles vêm possuindo os referidos prédios, como seus, há mais de vinte anos, como proprietários e na convicção de o serem, plantando e vendendo árvores, cortando o mato, cultivando-os e colhendo os seus frutos, cumprindo as respectivas obrigações fiscais, posse que vêm exercendo ininterrupta e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que seja, assim de modo pacífico, contínuo, público e de boa-fé, pelo que adquiriram por usucapião a propriedade sobre os aludidos imóveis. Que dada a forma de aquisição originária não têm documentos que a comprovem. Que para suprir tal título vêm presente escritura prestar estas declarações de justificação com o fim de obterem no registo predial a primeira inscrição de aquisição dos imóveis. Maria Leonor de Almeida Pereira, funcionária do Cartório em epígrafe, no uso de competência cuja autorização pelo Notário respectivo foi publicado nos termos da Lei sob o número 128/6 a 23/01/2014, Leiria, nove. de Julho de dois mil e vinte e um. A Funcionária Leonor Pereira Conta registada sob o nº 2328,de que foi emitido recibo
Jornal da Batalha, edição nº 372 de 19 de julho de 2021
CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas vinte e duas a folhas vinte e três, do Livro Duzentos e Sessenta e Sete - B, deste Cartório. António Magalhães Marques Amaro, NIF 113 746 776 e mulher Maria do Rosário Marques David Amaro, NIF 113 746 784, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais, ele da freguesia e concelho da Batalha, ele da freguesia de Porto de Mós (São Pedro), concelho de Porto de Mós, residentes na Rua Principal, nº 1065, Ribeira de Cima, Porto de Mós, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de terreno de bastio com mato, com a área de mil metros quadrados, sito em Vareda, freguesia e concelho da Batalha, inscrito na respetiva matriz rústica sob o artigo 7871, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €88,42, descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o número mil quatrocentos e cinquenta e sete/ Batalha, e lá registada a aquisição a favor de Armando Caetano Gomes e mulher Maria Rosa Silva Santos, pela apresentação trinta e um, de dezoito de junho de mil novecentos e noventa e seis. Que adquiriram o prédio acima identificado no ano de mil novecentos e noventa e sete, por doação verbal dos pais do outorgante marido, Joaquim Marques Amaro e Maria Cristina Magalhães Marques, residentes que foram no lugar de Brancas, Batalha, já falecidos, os quais por sua vez o haviam adquirido em fevereiro de mil novecentos e noventa e sete, por compra verbal àqueles Armando Caetano Gomes e mulher Maria Rosa Silva Santos. Que sendo as referidas transmissões meramente verbais não dispõem, os justificantes de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo; Que em consequência daquela doação verbal os justificantes possuem o identificado prédio, em nome próprio, há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, com o amanho dos rústicos, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o identificado prédio por usucapião. Batalha, trinta de junho de dois mil e vinte e um. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/8 Jornal da Batalha, edição nº 372 de 19 de julho de 2021
Jornal da Batalha, edição nº 372 de 19 de julho de 2021
Jornal da Batalha
Necrologia Batalha
julho 2021
CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala
CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala
Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas dezanove a folhas vinte verso, do Livro Duzentos e Sessenta e Seis - B, deste Cartório. Júlio de Oliveira Soares, NIF 142 016 403 e mulher Luísa Maria Monteiro Soares, NIF 142 016 390, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, ela da freguesia de Maceira, concelho de Leiria, residentes na Rua da Fonte, nº 11, Arneiro, Maceira, Leiria, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios: UM - Prédio rústico, composto de vinha com poço e oliveira, com a área de mil quatrocentos e vinte metros quadrados sito em Carrasqueira, freguesia e concelho da Batalha, inscrito na respetiva matriz rústica sob o artigo 3695, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €591,09, descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o número nove mil setecentos e trinta e oito/Batalha, e lá registada a aquisição a favor de Nazaré da Piedade Oliveira e marido António Rodrigues Soares, pela apresentação sete, de oito de outubro de mil novecentos e oitenta e um; DOIS - prédio rústico, composto de vinha, com a área de novecentos e cinquenta metros quadrados, sito em Renda, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, inscrito na respetiva matriz rústica sob o artigo 882, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €471,72, descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o número seis mil novecentos e trinta e três/Reguengo do Fetal, e lá registada a aquisição a favor de Nazaré da Piedade Oliveira e marido António Rodrigues Soares, pela apresentação sete, de oito de outubro de mil novecentos e oitenta e um. Sobre os referidos prédios encontra-se registado um usufruto a favor de Maria da Piedade Oliveira, pela apresentação oito, de oito de outubro de mil novecentos e oitenta e um, já falecida em dez de fevereiro de mil novecentos e noventa. Que adquiriram os prédios acima identificados nas verbas UM e DOIS no ano de mil novecentos e noventa, logo após o óbito da referida usufrutuária, por partilha verbal por óbito dos mencionados Nazaré da Piedade Oliveira e marido António Rodrigues Soares, residentes que foram em Garruchas, Reguengo do Fetal, Batalha. Que sendo a referida transmissão meramente verbal não dispõem, os justificantes de qualquer título formal para os registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição dos mesmos; Que em consequência daquela partilha verbal possuem os identificados prédios, em nome próprio, há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, com o amanho dos rústicos, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram os identificados prédios por usucapião. Batalha, nove de junho de dois mil e vinte e um.
Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas quarenta e sete a folhas quarenta e oito, do Livro Duzentos e Sessenta e Seis - B, deste Cartório. José António Pragosa Ramos de Sousa, NIF 109 396 430, divorciado, natural da freguesia e concelho da Batalha, onde reside na Rua Cabeça do Alho, nº 36, Casal do Alho, declara que com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor do prédio rústico, composto de terra de semeadura e oliveiras, com a área de mil quatrocentos e noventa e cinco metros quadrados, sito em Biguinho – Cova do Picoto, da freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, a confrontar de norte com José António Vieira Pragosa, de sul com Carlos Miguel Oliveira Martins e António Sousa, de poente com Maria da Luz Vieira Pragosa Lucas e de nascente com Estrada, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 852, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €897,00. Que, o justificante adquiriu o identificado prédio no ano de mil novecentos e noventa e nove, já no atual estado de divorciado, por doação verbal de seus pais, António Ramos de Sousa e mulher Beatriz do Rosário Pragosa, já falecidos, residentes que foram em Casal da Amieira, Batalha, não dispondo, assim, o justificante de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entrou na posse e fruição do mesmo; Que em consequência daquela doação verbal, possui o identificado prédio, em nome próprio, há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, amanhando o prédio, dele recolhendo os frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriu o referido prédio por usucapião. Batalha, dezasseis de junho de dois mil e vinte e um
A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/8 Jornal da Batalha, edição nº 372 de 19 de julho de 2021
Maria Emília de Almeida Henriques (95 anos) N. 21-12-1925 - F. 12-06-2021 Santo Antão, Batalha
AGRADECIMENTO
Seus filhos, netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. Para sempre nos nossos corações... Descansa em paz.
Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)
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A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/8 Jornal da Batalha, edição nº 372 de 19 de julho de 2021
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Júlio Novo Moreira
(92 anos) N. 25-03-1929 - F. 27-06-2021 Santo Antão, Batalha AGRADECIMENTO Sua esposa, filhos, noras, netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. As boas memórias são os nossos maiores tesouros e ajudam-nos a suportar a dor da perda…Descansa em paz
Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)
Cesária da Assunção de Sousa (74 anos) N. 10-10-1946 - F. 04-07-2021 Casal do Relvas, Batalha
AGRADECIMENTO Seu marido: Francisco Caiado, filhos: Célia, João Paulo e Filipa Caiado, netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. Para sempre nos nossos corações... Descansa em paz.
Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)
Joel Barros Carreira Pequeno (78 anos) N. 29-09-1942 - F. 12-07-2021 Casal do Relvas, Batalha
AGRADECIMENTO Sua esposa, filhos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Descansa em paz.
Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)
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António Caseiro
Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração
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