JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO DE FEVEREIRO DE 2020

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PORTE PAGO

| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXIX Nº 355 | FEVEREIRO DE 2020 | Publicidade

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Concelho com 38 PME Líder exporta 60,7 milhões de euros W pág. 04

Programa de apoio à natalidade já recebeu 200 candidaturas W pág. 21

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Música em Leiria abre com concerto no mosteiro

Prémio Mateus Fernandes vai recuperar Golpilheira

Bailarinos trazem 36 medalhas dos “Performance Awards” Publicidade

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Jornal da Batalha

Espaço Público s A Opinião de André Loureiro Presidente do PSD da Batalha

Mais desporto, melhor qualidade de vida É hoje consensual que a prática de exercício e a saúde estão diretamente relacionadas com a nossa qualidade de vida. A confirmar isso mesmo, as investigações científicas têm demonstrado, por várias vezes, que a prática de exercício regular e de forma organizada estimula a saúde, proporcionando benefícios na qualidade de vida. Por essa razão, considero estratégicos os investimentos significativos que o Município da Batalha decidiu avançar em 2020 na componente desportiva e ao nível da designada mobilidade suave, ou seja, a opção de construir novos espaços acessíveis e que fomentam o uso da bicicleta

como meio de transporte. É seguramente uma aposta de futuro, no interesse da qualidade da saúde dos cidadãos e constitui um forte estímulo à prática desportiva para os mais novos. “Batalha Saudável” além de significar um excelente programa municipal dirigido à melhoria dos hábitos alimentares das crianças, tem de ser um lema para todas as gerações na visão de um moderno, onde um conjunto de valores associados à melhoria da condição de vida das pessoas que o município decidiu reforçar meios e desenvolver novos projetos. Nesta linha, surgem os projetos dos novos equipamentos desportivos em

São Mamede e na Batalha, bem assim as candidaturas a fundos europeus já aprovadas para a construção da ecovia do Vale do Lena que ligará a Batalha ao limite do concelho na freguesia da Golpilheira. Também o desenvolvimento de caminhos pedestres na freguesia do Reguengo do Fetal, numa opção da valorizar os desportos da natureza, são um importante contributo para esta estratégia de valorização da atividade física e que representa um investimento superior a 4 milhões de euros, a realizar nos próximos dois anos. Reconhecemos, assim, que a educação física, a atividade física, o exercício e o desporto são aspetos

fundamentais para a formação e qualidade de vida dos cidadãos e das próprias sociedades. É certo que a educação física, apesar de fazer parte dos currículos escolares, é vista no contexto escolar como algo secundário às outras disciplinas do plano de estudos escolares. Logo, a ação municipal e da sociedade em geral torna-se mais relevante na dinamização de hábitos de vida saudáveis e na promoção da atividade física e o do exercício, que há muito foram identificados como elementos centrais para a promoção e manutenção da saúde e já existe evidência científica que demonstra que esta desempenha

um papel ativo nos processos de restituição da saúde. A importância atribuída às atividades desportivas e até mesmo à saúde, também tende a estar associada aos setores geradores de mais-valias, sejam esses ao nível da melhoria da produtividade profissional associada ao exercício físico e até aos novos negócios de serviços prestados em sofisticados SPAS e ginásios. Tudo isto hoje pode ser tido como relevante para a felicidade dos cidadãos e, por conseguinte, deve ser um objetivo central das políticas públicas. Em suma, o desporto e a qualidade vida representam hoje um alicerce fundamental das sociedades

modernas, uma exigência dos cidadãos e uma prioridade municipal. Apenas em falta, por vezes, a vontade interior de cada um de nós de fazer mais exercício físico e optar por um estilo de vida mais saudável. Fica o desafio para mim e para os leitores.

s A Opinião de Augusto Neves Jurista e presidente da Concelhia da Batalha do PS

PSD diz ser alternativa, mas não sabe o que isso significa No último texto que escrevemos fazíamos referência às negociações que decorriam relativas ao orçamento do Estado. Antecipávamos aquilo que considerávamos ser o frágil e contraditório comportamento do PSD e dos partidos à esquerda. Quanto à esquerda comportou-se como era de esperar: tentando cada um obter os maiores louros para si próprio. Já a direita e sobretudo o PSD, pois o CDS está solúvel, fez o que eu pensava mas ainda com maior profundidade. Pensava eu que o PSD ia pegar em qualquer coisa e fazer birra até ao fim e depois embandeirar a enorme vitória conseguida. Porém, para não ficar atrás da es-

querda, fez também sua a reivindicação de baixa do IVA na eletricidade. Ou seja, fez aquilo que faz um partido que diz ser alternativa, mas não sabe o que isso significa. Esqueceram-se rapidamente da história da contagem de tempo dos professores e o desastre que isso revelou ser para a direita e infelizmente não só. O PSD ao exigir aquela medida demonstrou duas coisas: a primeira é que só diz o óbvio. Toda a gente gostaria de descer o IVA da eletricidade e o PS não foge à regra, mas neste caso uma coisa é querer e outra é poder. Outra coisa é propor medidas que poriam o país em grandes dificuldades financeiras que ninguém quer

a menos que o PSD mantenha a filosofia do Passos Coelho cujo caminho era o do empobrecimento do país e a “exportação” dos nossos jovens. Mas se Rui Rio não é Passos Coelho então qual será a intenção dele e dos que o rodeiam para insistir em medidas impraticáveis? Já sabemos que nas próximas autárquicas vão dizer que quiseram baixar o IVA da eletricidade o PS não deixou. Infelizmente e para mim estranhamente a política de Rui não se pode levar a sério. Eu devo dizer que tinha alguma fé no homem. Em algo que pudesse ajudar o governo a crescer económica, financeira e socialmente.

É isso que tem feito a esquerda, lutando com dignidade e com seriedade. E é preciso reconhecer que tem conseguido que o governo do PS aplique medidas mais favoráveis, sobretudo em relação aos que menos tem. É caso para perguntar a Rui Rio, se fosse governo, se descongelaria todo o tempo de serviço dos professores (e de todos os outros funcionários do Estado) e se descia o IVA da eletricidade de 23 para 6%. Teria de dizer que desconfia que as contas públicas que o PS apresenta podem não ser exatamente assim e que só depois de apurar tudo isso é que se pode pronunciar. Temos assim um Partido

Social Democrata sem saber o que fazer. Atado de mãos e pés com o acerto do Partido Socialista. Agora vem dizer que à primeira vez até correu bem, à próxima é que não vai correr. E também dizem que têm de deixar de ser socialistas de segunda, pelas palavras do seu ex-líder parlamentar. Verdadeiramente o que se vai percebendo é que o PSD está metido numa teia da qual não se consegue livrar. Esta ideia de deixar de ser socialistas de segunda demonstra bem como o PSD está subjugado a uma governação séria, acertada, eficaz. E não querendo reconhecer isso vai gatinhando a ver se encontra o caminho

de saída. Mas não está fácil. Para terminar, dizemos que o senhor presidente da Câmara da Batalha, que vem para a comunicação social por tudo e por nada, também lhe ficava bem ter vindo quando na semana passada faleceu o pai de um colaborador municipal. Mas não. Nem uma palavra.


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Espaço Público Opinião

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s Baú da Memória Por José Travaços Santos

Associação Folclórica da Região de Leiria/Alta Estremadura Ao terminar o seu mandato como presidente da Direcção da Associação Folclórica da Região de Leiria/Alta Estremadura, pautado por uma dinâmica e inteligente actividade que revelou bem a importância e as potencialidades da instituição, o Dr. Adélio Amaro brindou-nos com a edição de um livro sobre os agrupamentos folclóricos filiados de toda a vasta região da Alta Estremadura, que abrange o distrito de Leiria e, ainda, como é lógico, o concelho de Ourém. Nunca é demais lembrar que somos histórica e etnograficamente Estremadura e não Beira Litoral, ficção da política dos anos de

1936/1937, que nos tocou profundamente, ferindo-nos (mas não de morte) a identidade. O mesmo poderá dizer-se quanto ao recém proclamado Oeste, ficção também, que esquartejou, no mais profundo do território estremenho, a nossa província natal. Oeste, lembramos, é todo o litoral português desde a foz do rio Minho até ao cabo de São Vicente no Algarve. O livro, com bela e expressiva capa de Ângela Silva, informa-nos sobre cada um dos grupos associados que, embora muitos ainda não são todos os da região, com resumidos mas esclarecedores historiais e com

sugestivas fotografias. São quarenta e quatro, incluindo um fundado e composto pelos nossos emigrantes em Montfermeil, na França. Contém ainda uma elucidativa “nota de abertura” do Dr. Adélio Amaro, que, no fundo, é um bem elaborado estudo sobre a região abrangida, escutando-se neles a opinião de consagrados autores que se debruçaram, desde o século XIX, sobre a história e a etnografia estremenhas. Mas a feliz publicação tem também outras virtudes, entre elas a de revelar a força do movimento folclórico em que se pratica um associativismo da maior pureza e do

mais exemplar voluntariado, que só na Alta Estremadura envolve perto de duas mil pessoas de todas as idades, de todas as condições e de todas as profissões, num utilíssimo convívio fraterno de aprendizagens mútuas e de troca de saberes. A Associação Folclórica da Região de Leiria/Alta Estremadura, que mudou a sua sede para a freguesia da Barreira, na Calçada da Fonte, é agora presidida pela Dr.ª Ana Rita Leitão, dinâmica folclorista a quem desejamos os maiores êxitos no desempenho do seu cargo, bem como aos restantes membros dos corpos gerentes.

s A Opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Serviço público Portugal tem uma carga fiscal elevada. Já ninguém tem dúvidas sobre esta afirmação. É uma constatação. Este facto contribui decisivamente para que os cidadãos tenham toda a razão para exigir serviços públicos de qualidade, no mínimo ao nível da elevada carga fiscal que todos, ou quase todos, suportamos. Aumenta, assim, a responsabilidade dos funcionários e gestores públicos e, em simultâneo, a falta de paciência dos cidadãos para lidarem com os prestadores do serviço, muitas vezes sem razão, mas muitas outras com razão, pela fraca sua qualidade, embora na grande maioria dos casos quem ouve e sofre o desagrado do utente seja quem tem menos culpa.

Em muitos casos, quem dá a cara não tem qualquer culpa da qualidade do serviço que presta e os verdadeiros culpados escondem-se e não recebem os cidadãos, encaminhando-os para atores secundários que também não tem culpa e acabam por dar a cara, tentando branquear a falta de qualidade do serviço que prestam, com argumentos fracos, porque não tem argumentos fortes, uma vez que não podem por em causa as incapacidades, incompetências, ou simples desleixo e consideração pelos seus utentes/clientes, por parte dos chefes ou superiores hierárquicos. Os cidadãos e utentes dos serviços públicos merecem todo o respeito, e o atendi-

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 856 A) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, André Loureiro, António Caseiro, António Lucas,

mento deve ser igual para todos, com atenção e consideração, e quanto mais frágil for o cidadão, maior deve ser o cuidado no seu atendimento, pois ainda precisa mais do que qualquer outro cidadão. Quando sentimos que o atendimento usufruído é pior ou melhor, não raras vezes sempre mau, consoante se é ou não amigo do decisor, consoante se contesta ou não a forma de gerir do decisor, então esse organismo ou serviço está próximo de bater no fundo e a probabilidade da contestação crescer exponencialmente passa a ser muito elevada e com consequências muitas vezes imprevisíveis. Logo, a forma de se evitarem estas situações passa pelo regresso do respei-

Augusto Neves, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

to por todos os cidadãos, independentemente da sua cor, da sua cor política, raça ou credo. Os serviços públicos são dos cidadãos, apenas existem para estarem ao serviço dos cidadãos e nunca para que alguém se sirva deles. Quando assim não acontece, está tudo invertido e 45 anos volvidos após 1974, não é admissível que essa inversão aconteça. Que fique claro que a grande maioria dos decisores e outros funcionários públicos são gente que merece todo o respeito e que faz todos os dias um enorme esforço para contribuir para a prestação de serviços de elevada qualidade aos cidadãos. O problema passa pela existência de alguns maus exemplos que

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

degradam e estragam o excelente trabalho de muitos. Eu próprio tive, há não muito tempo, a prova da elevada qualidade do serviço público de saúde, que justifica que diga bem alto que recebi uma prestação de cuidados de elevadíssima qualidade, prestada por gente de elevada competência, disponibilidade, esforço e dedicação, incluindo médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar, pessoal administrativo. Nunca será admissível que gente deste calibre possa em situação alguma ser mal tratada ou provocada, por algo que possa correr menos bem nesses serviços. O mesmo acontece na educação, noutros serviços públicos centrais ou locais. O respeito deve sempre

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares

ter dois sentidos, ida e volta, quando alguém não se dá ao respeito, aumenta exponencialmente a probabilidade de não ser respeitado. O problema maior acontece quando estas situações levam a exageros dos cidadãos desrespeitando tudo e todos que lhe aparecem à frente. Nunca será assim que os problemas se resolvem e os verdadeiros culpados continuam a passar incólumes.

Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.

O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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Atualidade

Duas centenas de candidaturas aos apoios à natalidade e creche m Os serviços autárquicos receberam 121 candidaturas à comparticipação da mensalidade da creche e 79 ao apoio direto à natalidade previsto no programa municipal O programa municipal de educação e desenvolvimento da primeira infância do Município da Batalha Crescer Mais recebeu até 15 de janeiro duas centenas de candidaturas aos apoios previstos. Os serviços autárquicos receberam 121 candidaturas à comparticipação da mensalidade da creche e 79 ao apoio direto à natalidade previsto no programa municipal. Estas candidaturas representam uma estimativa de apoio financeiro da autarquia, no corrente ano, de 140 mil euros (108 mil de mensalidades de creche e

32 mil de apoio à natalidade) e “encontram-se na fase final o início de pagamentos às famílias, apenas dependente na componente de apoio à mensalidade da creche, da adesão voluntária das entidades escolares que prestam os serviços de educação”, segundo a câmara municipal “A forte adesão das famílias ao programa municipal de apoio à natalidade confirma a nossa convicção da importância em garantir mais esta resposta social no concelho, de estímulo aos jovens casais para que tenham a possibilidade de ter mais filhos e incentive a ampliação de novas respostas de creche”, refere o presidente da autarquia. “No concelho a natalidade e a primeira infância terão de ser uma prioridade para a próxima década, estando igualmente previsto no curto prazo a construção na Batalha de uma creche pública, para aumentar a capacidade de resposta às

p Candidaturas representam um apoio financeiro de 140 mil euros neste ano famílias com crianças até aos 3 anos”, adiantou Paulo Batista Santos. No regulamento do programa, publicado em Diário da República, a autarquia explica a iniciativa com o seu papel de “estruturar mecanismos de incentivo à natalidade e apoio à infância, criando incentivos de apoio à fixação das pes-

soas, que permitam diminuir os fatores associados à reduzida taxa de natalidade e os custos associados à parentalidade, promovendo a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, reconhecendo a família enquanto espaço privilegiado de solidariedade intergeracional”. Por outro lado, “é hoje comummente aceite que a pri-

meira infância corresponde a um período de desenvolvimento cognitivo crítico e crucial da criança. E uma educação de infância de alta qualidade é apontada como tendo efeitos benéficos no desenvolvimento inicial das crianças e no seu desempenho escolar subsequente em vários domínios, como no uso

da língua, nas competências académicas emergentes — na literacia da leitura e na numeracia — e em competências sócio emocionais, que potenciam o posterior sucesso académico e plena integração social, em particular nas crianças oriundas de contextos socioeconómicos mais desvantajosos”.

Claustro real vai ser limpo com obras no valor de 694 mil euros O concurso para a realização de obras no claustro real do Mosteiro Santa Maria da Vitória foi lançado no dia 12 deste mês em Diário da República, com um preço base de 694.277 euros. Segundo o documento, o concurso prevê a recuperação dos claustros de João I e Afonso V, numa intervenção que tem um prazo de execução de um ano. O prazo para a apresentação de candidaturas conta-se até ao 15º dia do envio do anúncio para publicação e para a apresentação de propostas prolonga-se até ao

25º dia. Os concorrentes são obrigados a manter as suas propostas 66 dias a contar do termo do prazo para a sua apresentação. Isto, para significar que o início da sobras ainda vai demorar alguns meses. O critério de adjudicação é a melhor relação preço-qualidade. Recorde-se que no verão de 2014 os terraços do Mosteiro da Batalha abriram pela primeira vez ao público, após uma intervenção na ordem dos 750 mil euros. A intervenção estava prevista há alguns anos pela Direção-Geral do Património

Cultural e proporcionou-se em 2013 num contexto de obras de conservação e requalificação. Os trabalhos incluíram a limpeza dos terraços, colocação de juntas novas, consolidação de elementos pétreos, o restauro de alguns pináculos e do Coruchéu da Cegonha. Na sequência desse projeto de conservação, seguiu-se um de requalificação, a instalação de rampas para permitir a visita aos terraços. Quanto à obra agora anunciada, o diretor do Mosteiro da Batalha, Joaquim Ruivo, considera que “é prioritária e

há muito que esperava a sua concretização”. A intervenção destina-se sobretudo à limpeza do claustro real e sua conservação. Trata-se de limpar as fachadas dos claustros, muito expostas aos ventos e à chuva e onde o sol incide menos. Mandado erguer por D. João I para assinalar a vitória na Batalha de Aljubarrota, a 14 de agosto de 1385, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória integra, há 30 anos, a lista do Património da Humanidade da UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

p Adjudicação pela melhor relação preço-qualidade



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Opinião s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Plantas para cuidar das pessoas e dos animais O mês de fevereiro já nos oferece dias com mais tempo de luz de sol, já vamos mais para as hortas. A minha, ainda com zonas em pousio, oferece-me nesta época as urtigas, que tanto se escreve urtiga, como ortiga - se quiserem saber mais sobre ela, no sábado, dia 29 deste mês, haverá uma ação durante a tarde no CIA de Leiria, com entrada gratuita. Por aqui desde que as sabemos apreciar, nunca foram de mais no nosso quintal - com elas fazemos sopas, bolas, tisanas para o interior e também para limpar o couro cabeludo. Para eliminar os sinais de caspa, colhem-se raízes das urtigas e faz-se uma tisana (vulgo chá) com a qual se massaja o cabelo e se deixa ficar por alguns minutos. Também costumo apli-

car sumo de limão para uma limpeza do couro cabeludo, no final até se sente o couro cabeludo mais fresco e arejado. Soluções simples e práticas, só precisamos de conhecer melhor a natureza que nos rodeia e saber aproveitar todas as suas potencialidades, vamos a isso?! Hortícolas para semear em local coberto: acelgas, alfaces, alho francês, brócolos, couves-repolho, ervas aromáticas, nabos, rúcula, tomates, pimentos. Relembro que, para quem tem galinhas em galinheiros, é normal que elas apresentem alguns. As aromáticas servem muito bem também para elas. É comum por aqui oferecer-lhes na água infusões de plantas, nomeadamente infusão de hortelã, assim limpam os intestinos,

pois a hortelã ou as mentas servem como repelentes de vermes internos. No ninho das galinhas devem ainda ser incorporadas diversas aromáticas, tais como: funcho – estimulante de postura; alfazema – calmante, aumenta a circulação sanguínea, reduz o stress e aromático; erva-cidreira – calmante e repelente de roedores; hortelã – repelente de vermes e insectos; urtigas – calmantes (podem ser adicionais à pasta de sêmeas que lhes sirva pela manhã); salsa – rica em vitaminas e evita a proliferação de salmonelas; tomilho – aumenta a saúde respiratória e é calmante (este também sirvo como chá na água). Para além de as incorporarmos no galinheiro ervas aromáticas, também temos plantações delas em redor

do galinheiro. Tenho percebido que as pessoas têm tido tendência para consumir mais “sementes” diversas, ora reparo contudo que o fazem sem as hidratar, o que acaba por não ter efeito no organismo. Para aproveitar melhor o potencial nutricional das sementes, devem ser previamente hidratadas de preferência até ao ponto de começarem a desabrochar e

só assim elas nos devolvem o melhor que têm para dar. Não será assim também com a natureza humana, nem sempre se tira de nós o melhor, às vezes é preciso um certo jeito ou ambiente favorável. Hortícolas para semear ao ar livre em zonas menos propensas a geadas: alho francês, beterrabas, cebolas, cenouras, coentros, couves-flor, couves- repolho,

espargos, espinafres, ervilhas, nabiças, nabos, rabanetes, rúcula, coentros, calêndulas. Jardim, semear: gipsófilas, manjericos, ciclames, cólios, sécias, bolbos, margaridas, cravinias. Bem haja, por continuar a apreciar o que escrevo. Na horta aprendemos e evoluímos! Boas colheitas.

s Crónicas do passado Francisco Oliveira Simões

O artigo invisível Redijo este artigo na minha máquina de escrever, convencionalmente costuma dar-me mais inspiração. Desta vez, parece que me falta o tema ou o mero semblante de um texto. Deixo o sombrio e maravilhoso portento tecnológico para trás, envolvido no cheiro e fumo das cigarrilhas apagadas, que repousam num cinzeiro tumular. Pego no casaco e cachecol para dar um mergulho no mundo real, pode ser que a sabedoria das ruas me dê um mexerico que valha a pena ser impresso neste tão nobre periódico. Só ouvi informações de pouca monda. Já sabendo da falta de histórias interessantes, que me

atreveria a encontrar sob o céu desta Lisboa, levei comigo a mala com uma raquete. Nada me dá mais alegria e entusiasmo que uma boa partida de ténis. Fiz-me de convidado na casa de um amigo, que tem acesso a esse bem inquestionável do ser humano, um court. Seria uma partida sem quartel, ou então um jogo descontraído, acompanhado por martinis e conversas cruzadas. - Tie-break! – exclamava eu entusiasmado, após recuperar. - Isso quer dizer que o jogo está a terminar? Já não era sem tempo – respondia o meu amigo António. - Não, ainda faltam dois sets.

Historiador

- Ganhas tu, pode ser? - Isto não funciona assim. - Novas regras! Solo para MacBook Pro Há cerca de dez anos, numa tarde soalheira, encontrava-me a ver uma partida de ténis, no antigo court central do Estoril Open. Tive acesso a um convite para os camarotes, onde se dispunham perfilados os patrocinadores do evento. No camarote ao lado do meu, estavam sentados dois decanos do nosso mundo empresarial, cada um empunhava o seu jornal perdilecto, lançando comentários com aquela atitude ufana e previsível. Quando se deu um Ás, um deles desviou por segun-

dos o jornal, interrompeu a conversa casual e enfadonha para questionar. - Boa jogada, quem é este rapaz? - Parece que se chama Roger Federer. - Não conheço, mas esse pequeno vai longe. Onde eu ia? Ah! É verdade, estava a comentar sobre aquele escândalo na administração do Banco. Bebemos ainda uns cocktails e fomos a uma exposição de arte contemporânea, para o António dar largas ao seu ofício de crítico de arte. Nesse local, foi-nos dado a conhecer uma jovem promessa literária russa, Serguei Dovlatov, sob a forma

de um livro e um jornal invisíveis. Quem diria que as suas obras andavam a vaguear pelas ruas da capital, ainda para mais num sitio tão eclético. O jazz de Oscar Peterson soava pelas paredes da Gulbenkian, como uma trombeta inaugural da arte ali apresentada. Foi através das teclas de uma máquina de escrever Underwood, que ouvi o som indistinto dos seus solos e criticas. Não admira que a escrita de Dovlatov seja apelidada de jazzística. Ler as suas histórias é o mesmo que permanecer no seio de uma orquestra. Como espectador, perguntei se podia homenageá-lo? - Isso não seria plágio? - De modo algum.

- Bem, já passei tantos anos sem poder publicar, à conta desses vendidos do KGB, que não me fará mal ser uma referência literária no Jornal da Batalha. Saímos da exposição e levámos Dovlatov a provar os licores inebriantes da nossa noite alfacinha, mesmo que ele continuasse a preferir vodka.


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Carnaval põe 1.500 miúdos e graúdos a desfilar na vila m O corso carnavalesco, no domingo, conta com a participação direta de mais de 800 figurantes O Carnaval na Batalha volta à rua e promete diversão para todas as faixas etárias, com uma programação diversificada. Os festejos iniciam-se na sexta-feira, 21 deste mês, às 10h30, com um desfile infantojuvenil que percorre as principais ruas da vila, com a participação de mais de 700 crianças, do pré-escolar ao secundário. Este desfile é acompanhado pelo Grupo de Bombos de S. Lourenço (Marco de Canavezes) e animação de rua com a companhia Artelier.

No mesmo dia, mas às 14h30, decorre o tradicional baile de máscaras dirigido à população sénior concelhia, com diversos prémios em disputa para as melhores caracterizações a realizar na tenda coberta instalada na zona desportiva da Batalha, com o envolvimento dos utentes das Instituições Particulares de Solidariedade Social. O baile de Carnaval sénior conta com a atuação do duo Zé Café e Guida. No domingo seguinte, 23, inicia-se às 15h00, na zona desportiva da vila, mais um corso carnavalesco, que constitui uma organização conjunta da autarquia, das associações e da rede de ATL, reunindo a participação direta de mais de 800 figurantes. O desfile carnavales-

co integra diversas associações do concelho, bem como apontamentos de animação musical, com grupos de bombos e animação de rua oriundos de norte a sul do país. A companhia Artelier, os Bombos de S. Lourenço, o Grupo de Bombos Zés Pereiras Unidos da Paródia (Amarante), o Bomboémia – Grupo de Percussão da Universidade do Minho (Braga) e o Grupo de Bombos Só Pedra (Cantanhede) participam na animação do desfile. As melhores participações (carros alegóricos e conjuntos) serão premiados pela câmara municipal com o intuito de valorizar o trabalho das coletividades nesta atividade. Na noite de 24 realiza-se às 22h30, na tenda instalada para o efeito na zona des-

Casa Trovão vence concurso de montras de Natal

p Os premiados com os representantes da organização A ACILIS promoveu na passada quadra natalícia o concurso de montras de Natal na vila da Batalha, em parceria com a câmara municipal. Nesta edição, o concurso esteve subjacente ao tema “O Natal na Batalha tem

Brilho”, com o objetivo de envolver os comerciantes na programação de Natal da vila, e embelezar as ruas comerciais com montras alusivas ao Natal. Contou com a participação de 38 montras, tendo os resultados do concurso sido

conhecidos num jantar realizado no dia 16 de janeiro, na Batalha. Classificação: 1.º Prémio – Casa Trovão; 2.º Prémio – Evasão Urban; 3.º prémio – Sónia Cláudia Cabeleireiros; Menção Honrosa – Boutique Donna.

p No dia 24 há música numa tenda junto à zona desportiva portiva, mais uma grande festa de carnaval, que contará com as participações

de Saúl, seguindo-se a atuação do DJ Eurico Lisboa e Guy H. A festa é organizada

pelo CCR Quinta do sobrado e Palmeiros e a entrada é gratuita.


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Batalha Atualidade

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Autarquia critica propostas do plano contra fogos florestais m “A proposta [que esteve] em discussão pública do novo PNGIFR constitui um retrocesso na eficácia dos meios operacionais”, segundo o presidente do município O Município da Batalha considera que o Plano Nacional de Gestão Integrada dos Fogos Rurais (PNGIFR) “reforça as responsabilidades operacionais das autarquias e dos demais organismos descentralizados, atribuindo o planeamento, gestão e recursos financeiros às entidades nacionais coordenadoras do novo Sistema de Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIF), o que consubstancia uma opção fortemente penalizadora das entidades de proximidade”. “A proposta [que esteve] em discussão pública do novo PNGIFR constitui um retrocesso na eficácia dos meios operacionais de gestão e prevenção florestal, porque centraliza o que devia ser descentralizado e não concretiza com muito rigor as alterações necessárias em termos de ordenamento do território e avaliação do risco””, considera o presidente da câmara. “Desvaloriza e secundariza o papel da GNR, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, dos bombeiros e dos nunicípios,

nas operações de planeamento, o que compromete o investimento na especialização de recursos realizado por estas entidades, relegando-as para meras funções operacionais, o que é inaceitável”, acrescenta Paulo Batista Santos. O plano, que abrange o período 2020-2030, identifica o contexto e designa as orientações e os objetivos estratégicos para uma abordagem integrada ao problema, definindo as responsabilidades das entidades públicas e privadas envolvidas, desde o planeamento até ao pós-evento. A autarquia salienta que “o sistema de Gestão Integrada dos Fogos Rurais (SGIFR), cujo planeamento, coordenação estratégica e avaliação compete à AGIF, resulta de um trabalho técnico realizado por consultor externo” e prevê “um investimento estimado de €500 Milhões/ano (público e privado), com o objetivo de reduzir para metade, nos próximos dez anos, a área anualmente ardida em fogos rurais”. O SGIFR contempla novos modos de prevenção de incêndios, com impacto ao nível do ordenamento do território ou de novas opções de planeamento, formas de gestão de combustível e de ordenamento florestal, que segundo o município “implicam uma revisão dos instrumentos de planeamento de defesa contra incêndios e profundas alterações nas

p A proposta “centraliza o que devia ser descentralizado”, segundo o autarca da Batalha competências operacionais da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, bombeiros, ICNF, GNR e dos municípios”. “O plano preconiza alterações a diplomas estruturantes da proteção civil e gestão florestal, que devem servir de alicerce ao novo Sistema e pressupõe mecanismos de reporte vertical e um planeamento centralizado, opção contrária ao caminho já realizado de descentralização nas áreas do planeamento florestal e da proteção civil para as comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas”.

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

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Desfazer barreiras urbanísticas e arquitetónicas custa 350 mil euros m Encontra-se na fase final de execução a remodelação de passeios no centro histórico da vila, projeto no valor inicial de 37 mil euros A Câmara da Batalha está a realizar investimentos avaliados em 350 mil de euros para eliminar barreiras urbanísticas e arquitetónicas para promover “condições de mobilidade e acessibilidade” e demonstrar uma “nova consciência” no planeamento urbanístico. “O município da Batalha está a desenvolver um plano de mobilidade sustentável e de valorização da utilização do espaço público pelos peões, criar condições para a utilização de novos meios de mobilidade, como os modos suaves, as bicicletas, mas

sobretudo centrado na acessibilidade de pessoas portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida”, explica o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos. Encontra-se em fase final de execução a remodelação de passeios no centro histórico da vila da Batalha, projeto no valor inicial de 37 mil euros, cuja natureza da intervenção consiste na redução de barreiras arquitetónicas na zona envolvente ao mosteiro, eliminando degraus e a demarcação de zonas pedonais com proteção e peões e piso adaptado. Seguir-se-á uma nova empreitada para implementação de pavimento tátil e instalação de pilaretes de proteção as peões na vila, adjudicada pelo valor global de 101 mil euros, bem como os trabalhos de requalificação do largo da Praça da Fonte, no Reguengo do Fe-

p O objetivo é promover condições de mobilidade tal, também já adjudicados pelo valor 210 mil euros, intervenções que vão abranger “alguns pontos nevrálgicos” do município (vila da Batalha e Centro Histórico do

Reguengo do Fetal), com o objetivo de ordenar o espaço para o automóvel e criar mais condições de segurança para os peões”, afirma Paulo Batista Santos.

“O objetivo é no futuro podermos alargar esta tipologia de intervenções para outros espaços. É uma nova consciência que se quer introduzir no conjunto do pla-

neamento urbanístico para valorizar a fruição dos espaços públicos pelos cidadãos e milhares de turistas que visitam a Batalha”, defende o autarca.

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Batalha Opinião

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s Espaço do Museu

Batalha recebe anualmente mais de 7 mil jovens estudantes de todo o país Quem passa diariamente no centro da Vila da Batalha já terá visto dezenas de crianças e de jovens em torno do Mosteiro da Batalha ou do Museu da Comunidade Concelhia. São estudantes provenientes de várias escolas do país que procuram nesta Vila o complemento àquilo que aprendem nos livros e nas salas de aula. A Batalha de Aljubarrota, matéria lecionada no 4º ano do primeiro ciclo é um dos acontecimentos que impulsionam a deslocação em autocarro até à Batalha para a visita ao Mosteiro; ao CIBA (Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota) e ao MCCB. Já no terceiro ciclo, as visitas incluem, por vezes, o Maciço Calcário Estremenho e, em especial, as Grutas da Moeda, no nosso Concelho. A criação de programas de parceria entre municípios e instituições culturais vem melhorar e consolidar a programação das visitas ao Mosteiro.

p “A visita do Marquês” – visita encenada no Mosteiro da Batalha, protagonizada pelo “Nariz” – teatro de grupo As visitas encenadas, que têm lugar no Mosteiro da Batalha, proporcionam uma experiência fascinante e aplaudida pelos estudantes e docentes de vários níveis escolares. “A Visita do Marquês” e “Eram só Pedras quando tudo começou”, escritas pelo dramaturgo Luís Mourão e protagonizadas pelos atores do grupo de Teatro O Nariz oferecem uma visita dinâmica e inesquecível aos jo-

vens que visitam a Batalha. Ao abrigo da parceria entre Mosteiro, Grupo de Teatro e Município da Batalha, os alunos que assistem às dramatizações podem ainda visitar o Museu da Comunidade Concelhia, complementando, assim os seus conhecimentos sobre a história e desenvolvimento deste território. Para os alunos oriundos da Batalha, de Tomar e de Alcobaça, uma nova dinâ-

mica, criada há quatro anos permite que os estudantes do 4ª ano do primeiro ciclo visitem os monumentos que são património da UNESCO destas três localidades. “Era uma vez… monges, cavaleiros e reis” dá o nome ao programa que envolve os municípios, agrupamentos escolares e os monumentos. Para além da visita, os alunos são recebidos por uma personagem histórica em cada um dos

locais. No caso da Batalha, a visita começa no MCCB, enquadrando a história do Mosteiro, sendo depois encaminhados pela Rainha D. Filipa de Lencastre, não sem antes tomar um chá que alude à antiga botica (farmácia) dos frades dominicanos que residiam no monumento. Mais recentemente, iniciou-se outro projeto, que abrange alunos dos dez concelhos que constituem

a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, designado “À Descoberta da Região de Leiria – Educação para o Património” sendo a Vila da Batalha e o Património Concelhio o território de toda a região de Leiria quem mais receberá as visitas dos alunos. Educar e sensibilizar, de forma pedagógica e divertida, para áreas como a História, a Arte e o Património são os principais objetivos destes programas, enquanto se procura uma aproximação crítica e criativa dos jovens à cultura. Recorde-se que todos os alunos que frequentem as escolas do Agrupamento Escolar da Batalha têm sempre entrada gratuita no MCCB, podendo visitá-lo quer em contexto de visita escolar, quer de forma autónoma ou em visita familiar. Esperamos por todos de quarta-feira a domingo, das 10h às 13h e das 14h às 18h. Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)

s Tesouros da Música Portuguesa Por João Pedro Matos

O Minho a toque de caixa O acervo de música tradicional do Minho é riquíssimo, porquanto está ligado diretamente aos trabalhos de campo que se faziam antigamente (como as sachas, as esfolhadas ou as espadeladas) e às festas e romarias que acontecem anualmente naquela região. Para nomear algumas, não podemos esquecer as Gualterianas em Guimarães, a da Senhora da Agonia, em Viana do Castelo, o Bom Jesus de Braga, a de Santa Rita em Caminha, a Feira das Cruzes em Barcelos e São Bento da Porta Aberta em Paredes de Coura. Nestas festividades, retumba a toada de zabumbas, entre o som da concertina e as marchas das filarmónicas, toada silenciada momenta-

neamente pelo abundante e estrondoso fuguetório. Uma palavra para os trajes que abrilhantam estas romarias, com natural destaque para o chamado traje de noiva de Viana, caracterizado pela riqueza de ouro. Numa profusão de fios, arrecadas, cruzes e medalhas religiosas que se exibem em quilates bem avultados, realça o coração de filigrana, a peça mais valiosa dos trajes das romarias nortenhas. A música do Minho transborda de ritmo, alegria e movimento, traduzindo-se nas danças tradicionais, como sejam o Vira, a Chula e o Malhão. Há cantigas que são incontornáveis, como o Verde Gaio, a Cana Verde ou o Pai do Ladrão. Os instrumentos que as acompanham são as

braguesas e os cavaquinhos, as pandeiretas, os ferrinhos, entre outros. Mas o instrumento mais alegre do seu folclore é a voz (principalmente a voz feminina), que no tom de falsete entra em desgarradas com outras vozes, dando o mote para a festa. Foi neste fecundo terreno etnográfico que o projeto Toque de Caixa enraizou, e de uma maneira geral em todo o cancioneiro tradicional português. Mas sentindo proximidade com a ETNIA, cooperativa cultural dedicada à divulgação da cultura de raiz tradicional, sediada em Caminha, os Toque de Caixa procuraram desde cedo compor sobre a recolha do cancioneiro nortenho. O grupo surgiu em 1986 e logo teve a preocupação

de fazer o casamento entre a tradição e a modernidade, sempre na busca do reportório mais autêntico e que reflectisse as vivências das gentes do Minho, mas também de Trás-os-Montes e das Beiras. Utilizando uma expressão da autoria do grupo de Abílio e Albertina Canastra, o primeiro álbum foi um lento marinar para o apurar, ao gosto dos Toque de Caixa. Assim, sete anos depois da fundação do projeto, editam Histórias do Som, disco que foi considerado pela crítica especializada como o melhor trabalho de música popular portuguesa de 1993. E igualmente foi lançado no estrangeiro, através de uma prestigiada editora de Nova Iorque que assegurou a sua distribuição a nível mundial.

Durante a sua já longa existência, os Toque de Caixa participaram em diversos festivais de renome internacional, como por exemplo no Garden Festival e no European Arts Festival, sem omitir os festivais de Llangollen e de Pontardawe (estes últimos no País de Gales). Constituem, por isso, menção obrigatória em qualquer discografia sobre a música tradicional portuguesa, mormente por causa do álbum Histórias do Som que contém verdadeiras pérolas: À Saída do Carro, Fantasia Minhota, Tirana, Agora Baixou o Sol/Alvorada, são algumas das preciosidades que podemos encontrar neste registo de longa duração. Os músicos que nele participaram, para além de Abí-

lio (na voz) e Albertina Canastra (na concertina), foram Luís Viegas, Miguel Teixeira, Rosa Pilão e Tereza Paiva, sem esquecer o Edgar (nas percussões), o Emanuel (no violino) e o Horácio (na viola braguesa). Em 2010 os Toque de Caixa lançaram o seu segundo álbum, intitulado Cruzes, Canhoto!, o qual prosseguia na senda da qualidade anteriormente demonstrada em Histórias do Som.


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Associações recebem 260.450 euros para fazerem diversos investimentos m O valor representa um aumento de 2,5% face ao ano transato A Câmara da Batalha aprovou a atribuição de 260.450 euros às associações concelhias, no decurso da submissão das candidaturas à primeira fase do Programa de Apoio ao Associativismo. O valor, que representa um aumento de 2,5% face ao ano transato, integra a concretização de projetos ligados às tipologias do investimento, atividades regulares e o desporto, com nota de destaque para o envolvimento, só nas camadas jovens, de 750 atletas em modalidades federadas. A at ribuição destes apoios, depois de análise efetuada aos projetos candidatados, resulta das candidaturas submetidas pelo

movimento associativo à primeira fase do Programa de Apoio ao Associativismo. “Em cinco anos, o Município da Batalha já atribuiu, na globalidade dos apoios concedidos às associações, mais de 1,6 milhões de euros, valor bastante significativo e que evidencia o papel que atribuímos ao movimento associativo do concelho”, destaca o presidente da câmara municipal. “Para além dos projetos de âmbito cultural e recreativo que têm merecido forte apoio do município, a componente do desporto em que se destaca o forte crescimento do número de atletas nos escalões de formação – merece uma nota de destaque”, adianta Paulo Batista Santos. Com o intuito de assinalar o papel de grande importância no desenvolvimento

p Associações receberam 1,6 milhões em cinco anos concelhio, decorreu no dia 15 deste mês, no pavilhão da Associação Recreativa e Cultural de Alcaidaria, na

freguesia do Reguengo do Fetal, a Festa do Associativismo do Concelho da Batalha.

A iniciativa, para além de contemplar a outorga dos protocolos de apoio às associações, contou com um

espetáculo de magia por Mário Daniel, autor do programa televisivo da SIC “Minutos Mágicos”.


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Batalha Atualidade

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Prémio Mateus Fernandes recebe propostas para reabilitar a Golpilheira m O objetivo é requalificar o Centro Cívico da Golpilheira e as zonas envolventes mais degradadas, cabendo um prémio de cinco mil euros ao projeto vencedor A 3ª edição do Prémio Municipal de Arquitetura Mateus Fernandes tem este ano como objetivo a requalificação do Centro Cívico da Golpilheira e as zonas envolventes mais degradadas, cabendo um prémio de cinco mil euros ao projeto vencedor. A área de intervenção incide nas ruas padre dr. Joaquim Coelho Pereira e Principal junto à Igreja Nossa Senhora de Fátima, Escadinhas dos Mestres, e no acesso às pracetas, largos e edifícios de cariz público, como o largo Afonso Maria Coelho Pereira, onde se encontra a Igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos e o salão de festas da Comissão da Igreja da Golpilheira.

p O concurso abrange a zona central da Golpilheira O Prémio Municipal de Arquitetura Mateus Fernandes destina-se a premiar projetos de edificações novas, conjuntos e espaços verdes de utilização coletiva cuja conceção e qualidade arquitetónica sejam relevantes, assim como obras de recuperação e reabilitação cujo projeto mere-

ça destaque pelo respeito do património edificado e/ou boas práticas sustentáveis. Dividido nas categorias de edificações, espaços exteriores de uso público e boas práticas de sustentabilidade; o concurso de ideias permitiu premiar na edição anterior a reabilitação do largo de Reguengo do Fetal.

A apreciação das propostas de requalificação ficará a cargo do júri do concurso que integra técnicos e representantes da freguesia, e contará com uma comissão de acompanhamento do projeto constituída por representantes das principais intuições da freguesia, como o centro recreati-

Separação nos ecopontos aumenta 17% na área da Valorlis A Valorlis terminou 2019 com o valor mais elevado de sempre na recolha seletiva de resíduos urbanos, com uma subida e 17% em relação ao ano anterior. Em 2019 foram enviadas

para reciclagem um total de 12.460 toneladas de resíduos: 4.865 toneladas de vidro, 5.377 toneladas de papel/cartão e 2.218 toneladas de embalagens de plástico e metal.

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O envolvimento da população dos seis concelhos da área de intervenção da Valorlis, entre os quais a Batalha, “foi essencial para alcançar estes resultados”, refere a empresa. A separação nos ecopontos aumentou em todos os materiais: vidro; papel e cartão; plástico e metal. Mas a separação nos ecopontos de plástico e metal foi a que registou um crescimento superior (mais 19% que no ano anterior). Seguiu-se uma evolução muito positiva na separação de vidro para reciclagem (mais 16%). A reciclagem de papel/cartão cresceu 15%. Em 2018 a recolha seletiva na área de abrangência da Valorlis já tinha cresci-

do 11% relativamente ao ano de 2017. Em todos os materiais: vidro; papel e cartão; plástico e metal, foi notório o aumento, sendo que a separação de papel e cartão foi a que registou um crescimento superior (mais 15% que no ano anterior). Seguiu-se uma evolução muito positiva na separação de plástico e metal para reciclagem (mais 14%), sendo que a separação de vidro cresceu 4%. Em resultado foram enviados para reciclagem pela valorlis um total de 11.141 toneladas de resíduos das quais 4.248 toneladas de vidro, 4.858 toneladas de papel/cartão e 2.035 toneladas de embalagens de plástico e metal.

vo, assembleia de freguesia e comissão da igreja, uma vez que a intervenção prevista irá envolver espaços que acolhem ações destas entidades. “O objetivo da requalificação urbana deve chegar às freguesias, já realizamos projetos relevantes em São Mamede, na vila da

Batalha e estamos a iniciar a requalificação da praça do largo da Fonte no Reguengo do Fetal e seguir-se-á a freguesia da Golpilheira”, descreve o presidente da autarquia. “As preocupações com o ambiente urbano assume grande prioridade local, estamos a realizar investimentos importantes neste domínio que valoriza as pessoas e a sua relação com o espaço urbano, assumindo neste contexto um novo paradigma de desenvolvimento”, acrescenta Paulo Batista Santos. O prazo para apresentação de candidaturas decorre até março, seguindo-se um período de exposição dos trabalhos e de participação pública, estimando-se que o processo seja concluído no primeiro semestre deste ano. Concluído o concurso de ideias, serão desenvolvidos os projetos técnicos e aberto o concurso da empreitada para a requalificação e reabilitação urbana do Centro Cívico da Golpilheira.

Região bate recordes na área do turismo Os resultados da atividade turística no país em 2019, divulgados no dia 14 deste mês pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam que o ano passado foi o melhor de sempre para o Centro de Portugal nos principais indicadores: dormidas, hóspedes e proveitos. No indicador do número total de hóspedes, recebeu 4.124.057 hóspedes, que tinham sido 3.895.612 no mesmo período de 2018. Ou seja, num ano a região foi visitada por mais 228.445 hóspedes – uma subida de 5,9%. Se se comparar o número de hóspedes num período de cinco anos, entre 2015 e 2019, verifica-se um crescimento de 43,2%, de 2.879.206 para

4.124.057, o que demonstra o grande interesse que a região despertou nos anos mais recentes. No total, as dormidas de visitantes somaram 7.102.061, segundo estes resultados preliminares. Um resultado nunca antes alcançado pela região e que suplanta em 4,8% as 6.777.827 dormidas de 2018. Em cinco anos, o total de dormidas subiu 40,4%: em 2015 tinham sido 5.058.446. Em 2018, o Centro de Portugal tinha registado proveitos globais de 332,8 milhões de euros; em 2019, estes valores subiram para 355,1 milhões, num crescimento de 6,7%. O rendimento médio por quarto ocupado também subiu, de 63,1 para 64,1 euros.


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Alunos da B.ballet conquistam 36 medalhas nos Performance Awards m Uma medalha de ouro com distinção, oito medalhas de ouro, 27 medalhas de prata e sete bolsas de estudo em Nova Iorque A B.ballet tornou-se uma escola certificada da American Academy of Ballet em 2019 e pelo segundo ano consecutivo levou os seus alunos aos Performance Awards, um evento organizado por aquela entidade. Os alunos tiveram a oportunidade de mostrar o que aprenderam e de ver o seu trabalho reconhecido e premiado, por um juri internacional. O resultado é considerado “excelente” pela escola, pois obtiveram uma medalha de ouro com distinção, oito medalhas de ouro, 27 medalhas de prata

e sete bolsas de estudo em Nova Iorque. “Este resultado deve-se ao trabalho que a escola incute na formação dos seus alunos afinando sistematicamente o seu plano curricular para que os seus alunos tenham a melhor prestação possível. Ficámos bastante satisfeitos com os resultados obtidos. É gratificante ver toda dedicação e trabalho reconhecidos”, refere a diretora artística na empresa Escola de Dança B.ballet, Neuza Neves. “Para os alunos achamos ser uma mais valia, pois veem o seu trabalho certificado e reconhecido por um júri internacional da AAB”, adianta. Para além destes resultados, quatro dos alunos - Inês Lourenço, Leonor Dias, Leonor Santos e Rafael Brígido -, foram sele-

p Alunos da B.ballet premiados no Entrocamento cionados para participar na Gala da American Academy of Ballet, no dia 19 de

Vale do Lena palco da primeira observação de aves do ano

p O primeiro grupo a sair este ano O vale do Lena foi a zona escolhida para a observação de aves, num percurso realizado perto das Brancas, no passado dia 26 de janeiro, naquela que foi a primeira saída de campo deste ano do Grupo Aves da Batalha. A atividade contou com a presença de 14 interessados. Para participar, são apenas necessários uns binóculos ou uma máquina fotográfica, um guia de aves ou simplesmente vontade de passar um bom momento em harmonia com a natureza, num ambiente descontraído

e relaxante. Os participantes foram convidados, através da troca de conhecimentos, a identificar as espécies de aves observadas e/ou escutadas, bem como a entender os seus hábitos, características e vocalizações. Durante três horas e meia, tiveram a oportunidade de identificar 34 espécies de aves, como, por exemplo, o peneireiro-vulgar, chapim-azul, pica-pau-verde, mocho-galego e até mesmo um bando de pequenas aves, as petinhas-dos-prados, que

apenas podem ser observadas no concelho nas estações de outono e inverno. Simultaneamente, ao longo do percurso, com aproximadamente três quilómetros, foi possível contemplar carvalhos, freixos e salgueiros já com as suas primeiras folhas, como que prevendo para breve a chegada da primavera. O grupo não descurou a sua preocupação com o lixo frequentemente encontrado no decorrer destas atividades, tendo assim recolhidos resíduos ao longo do trajeto.

janeiro, no teatro Sá da Bandeira, em Santarém, onde participaram os melhores

alunos a nível nacional deste evento. Os Performance Awards

decorreram no Entroncamento, no Cine Teatro São João, no dia 11 de janeiro.


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Batalha Economia

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Economia Galardoadas do concelho

Concelho tem 38 empresas com o estatuto de PME Líder m O município ocupa a quinta posição distrital em número de premiadas, apenas atrás de Leiria, Pombal, Alcobaça e Marinha Grande, com um peso de 5,71% no resultado regional A Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) e o Turismo de Portugal distinguiram no início de fevereiro 38 empresas com sede no concelho com o estatuto PME Líder 2019, menos 7% do que no ano anterior, quando conferiu o estatuto a 41 marcas da Batalha. O número de empresas galardoadas no concelho não descia desde 2016 e o município ocupa a quinta posição distrital em número de premiadas, apenas atrás de Leiria, Pombal, Alcobaça e Marinha Grande, com um peso de 5,71% no resultado

regional. No total, o distrito apresenta uma subida de 4% no último ano em relação ao anterior. O estatuto PME Líder é um selo de reputação de empresas criado pelo IAPMEI para distinguir o mérito das PME nacionais com desempenhos superiores e é atribuído em parceria com o Turismo de Portugal, um conjunto de bancos parceiros e as sociedades de garantia mútua, tendo por base as melhores notações de rating e indicadores económico-financeiros. O estatuto permite conferir às empresas distinguidas maior visibilidade e reputação e constitui também um sinal de referência para todo o tecido empresarial. No distrito de Leiria foram distinguidas 665 empresas como PME Líder 2019, 40 das quais da área do turismo. Mais de um terço (37,3%) tem sede no concelho de Leiria (248), seguindo-se Pombal, Alcobaça e Marinha

Distribuição do estatuto por concelhos Concelho Leiria Pombal Alcobaça Marinha Grande Batalha Caldas da Rainha Porto de Mós Peniche Ansião Nazaré Óbidos Bombarral Alvaiázere Castanheira de Pera Figueiró dos Vinhos Pedrogão Grande Total do distrito Total nacional

2016 207 82 63 78 30 27 29 14 13 8 14 9 5 2 3 2 586 7 119

2017 207 74 59 75 26 37 25 23 14 8 14 9 5 1 2 0 579 7 177

2018 234 82 63 78 41 39 28 20 16 9 13 9 3 0 2 0 637 8 051

2019 248 88 78 71 38 34 31 22 14 12 12 7 4 2 2 2 665 8 557

2018/2019 6% 7% 24% -9% -7% -13% 11% 10% -13% 33% -8% -22% 33% 0% 0% 0% 4% 6,28%

Peso % 37,29 13,23 11,73 10,68 5,71 5,11 4,66 3,31 2,11 1,80 1,80 1,05 0,60 0,30 0,30 0,30 100,00

Abílio Guerra Rodrigues Atwoo Car Cosmetics Auto Coelhinhos Batalhatempra Brincafestas Celeiro do Móvel Comumspace, Lda Conmarfel Construções António Leal Construções Vieira Mendes Cristovão Matias Vala Ecomais Erofio Erofio Atlântico Fapor H. B. C. II Inautom Induzir José Carlos Bento Leiricimentos Leirilivro Leiriprensa Marcelino & Filhos Marfilpe Matos & Neves, Lda Metalúrgica António Azevedo Montalman, Lda. Organizações Biscana Patrovitrans Plásticos Rodife Restaurante Burro Velho Simplastic Sodibatalha Tecmill Topbanho Valente & Carreira Velvet Design e Publicidade Vidros Cerejo

Fonte: Iapmei

Grande com percentagens entre os 13% e 10%. A região Leiria tem um peso de 7,8% no total, atrás de Porto (19,2%), Lisboa, Braga e Aveiro (10,4%). Abaixo de Leiria todos os distritos têm uma relevância individual inferior a 5,4%. Entre as cinco regiões mais importantes, Lisboa cresceu 8% em relação ao ano anterior, registando Leiria uma subida de 4,4%. A

subida a nível nacional foi de 6,28% Os sectores mais representados [considerado o Código de Atividades Económicas desagregado a cinco dígitos] são o moldes metálicos (45 empresas), plásticos e construção civil (41 cada). O comércio, reparação e peças para automóveis; transportes rodoviários, e restaurantes surgem nas posições seguintes.

As empresas do distrito de Leiria distinguidas com o estatuto PME Líder atingiram um volume de negócios global de 2,811 mil milhões de euros em 2018, mais 8,3% em comparação com 2017 para 2018. As exportações atingiram os 652 milhões de euros (+6,2%) O EBITDA [lucros antes de Juros, impostos, depreciação e amortização] aumentou 10%, para 380 mi-

lhões de euros, no mesmo período, enquanto o resultado líquido foi de 210 milhões de euros (+13%). O capital próprio atingiu 1,533 mil milhões de euros (+12,1%) e a autonomia financeira os 57,7% (+4,5%) No conjunto, estas empresas significam 21.486 Unidades de Trabalho Anual [trabalho de uma pessoa a tempo completo realizado num ano medido em horas].

Ferreira & Filhos agora é Wayfer e mantém parceria com a IVECO A empresa Ferreira & Filhos apresentou a sua nova identidade - Wayfer – para eforçar o seu posicionamento no sector de veículos comerciais com uma proposta de valor centrada na mobilidade para profissionais, man-tendo a sua parceria com a IVECO Portugal. A empresa de Leiria apresenta desde 1992 diferentes soluções de transporte ajustadas aos desafios e necessi-dades dos seus parceiros. A mudança para Wayfer surge como um fortalecimento da pro-

messa: estar lado a lado dos seus clientes a cada passo que dão, a cada quilometro que percorrem na procura da melhor solução. É nesse sentido que a nova marca a Wayfer apresenta o seu lema: Wayfer, Moving as One. “Esta mudança foi fundamental e necessária “enquanto materialização da promessa já há muito assumida. Este rebranding assinala uma transformação que vai para além da componente estética e visual – representa o início de uma

nova atitude e posicionamento. A nova marca, Wayfer - Moving As One, transmite exatamen-te os valores que queremos passar aos nossos parceiros: num mundo bastante complexo, o da mobilidade, assegurar assistência com qualidade aos nossos parceiros para que o negócio destes nunca pare é a nossa meta. Somos uma empresa local com reconhecimento global e a Wayfer tem esta premissa como acrescento”, refere o CEO da Wayfer, Nuno Ferreira.

p A empresa de Leiria apresenta desde 1992 diferentes soluções de transporte


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Economia Batalha

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Exportações valem 60,7 milhões m Concelho é o quarto que mais subiu as exportações em termos absolutos, 3,4 milhões de euros, no ano passado As empresas do Concelho da Batalha exportaram mercadorias no valor de 60,7 milhões no ano passado, mais 6% do que os 57,2 milhões alcançados no anterior, segundo os dados preliminares divulgados no dia 7 de fevereiro pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O saldo balança comercial do município é negativo em 25,6 milhões de euros, o mesmo sucedendo com a taxa de cobertura (70,4%), uma vez que as importações são superiores às vendas no exterior. As importações de bens chegaram aos 86,2 milhões de euros, menos 1,6 milhões (-1,8%) do que os

87,9 milhões registados há dois anos, o que faz do concelho o 6º mais importador do distrito. É o quarto que mais subiu as exportações em termos absolutos, 3,4 milhões de euros, no ano passado, atrás do seguir a Bombarral, Pombal e Ansião. Quanto ao saldo da balança comercial tem o segundo pior resultado, apenas atrás de Leiria e na taxa de cobertura obtém o quinto pior registo. É o 9º município mais exportador. Em termos gerais, as exportações de mercadorias do distrito de Leiria diminuíram 44,6 milhões de euros no ano passado em relação a 2018, o que significa uma descida de 1,9%, em contraciclo com o país, que aumentou as vendas no exterior em 3,6%. Estes dados não afetam o saldo da balança comercial regional, já que a taxa de cobertura das importações pelas exportações é de 134%, em grande medida

Comércio internacional do distrito Importações Marinha Grande Leiria Alcobaça Pombal Porto de Mós Caldas da Rainha Peniche Bombarral Batalha Ansião Óbidos Nazaré Pedrógão Grande Castanheira de Pera Figueiró dos Vinhos Alvaiázere Total do distrito Portugal

2018 284 582 778 668 326 334 177 109 761 150 984 601 70 748 210 126 447 297 89 101 403 13 505 025 87 857 020 31 039 332 34 307 500 23 089 743 2 619 598 1 875 171 409 200 3 981 277 1 765 984 250 75 363 915 190

Exportações

2019 261 978 790 671 003 040 161 820 954 150 635 193 57 598 759 96 373 685 83 415 132 20 454 139 86 245 758 36 871 059 36 042 492 27 080 156 1 502 657 1 428 071 57 380 3 896 492 1 696 403 757 80 305 537 528

2018 722 505 835 615 100 040 256 543 866 177 687 003 145 406 958 144 546 619 107 954 685 34 619 954 57 245 110 17 265 411 12 192 715 13 196 686 7 033 419 4 346 382 1 445 648 750 110 2 317 840 441 57 806 516 504

2019 693 810 891 586 736 782 242 286 182 185 186 256 144 400 998 126 981 379 110 930 737 63 596 507 60 688 209 21 708 524 13 486 693 11 327 507 5 966 652 4 141 843 1 422 195 541 500 2 273 212 855 59 906 059 606

Fonte: INE/Comércio de bens em euros

porque as aquisições no exterior (-3,9%) caíram acima das vendas no estrangeiro. Em termos absolutos, o saldo da balança comercial é de 576,8 milhões de euros, cabendo os maiores contributos à Marinha Grande (431,8 milhões de euros), Porto de Mós (86,8 milhões) e Alcobaça (80,5 milhões). No lado oposto,

Leiria (-84,3 milhões), Batalha e Óbidos (-22,6 milhões) apresentam os piores resultados nesta matéria. A tabela das exportações distritais, que atingiram 2,273 milhões de euros, é liderada pela Marinha Grande (693,8 milhões de euros), à frente de Leiria e Alcobaça. Nas importações,

que chegaram aos 1,696 milhões de euros no total da região – menos 69,6 milhões do que no ano anterior - , é o concelho de Leiria que está em primeiro lugar (671 milhões). A descida das exportações foi influenciada, sobretudo, pelo arrefecimento da indústria de moldes. O distrito apresenta uma

melhor balança comercial de mercadorias que o país (negativa em 20,4 mil milhões de euros) e uma melhor taxa de cobertura (74,6% a nível nacional). À semelhança das exportações, a região também está em contraciclo nas importações, pois o país comprou mais 6,6% no exterior.

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Jornal da Batalha

fevereiro 2020

Saúde Um olhar sobre a Fibromialgia A Fibromialgia é uma doença crónica e flutuante que se carateriza por dor musculoesquelética generalizada e por um aumento da sensibilidade a estímulos externos, dolorosos e não dolorosos. Esta patologia, afeta cerca de 2-4% da população, sendo mais frequente em mulheres. As suas causas não estão bem estabelecidas. Sabe-se, no entanto, que está associada a um aumento da sensibilidade à dor e que o stress psicológico parece favorecer o seu aparecimento. O sintoma predominante na Fibromialgia é a dor musculoesquelética generalizada, mal definida, de intensidade variável, algumas vezes acompanhada por formigueiros, tremor e sensação de rigidez das articu-

lações e músculos. Outros sintomas frequentes nestes doentes são, o cansaço e sensação de esgotamento físico, a perturbação do sono, o défice de memória e dificuldades de concentração. A coexistência da Fibromialgia com outras patologias como, síndrome da fadiga crónica, depressão, síndrome do intestino irritável, disfunção da articulação temporomandibular, bexiga hiperativa e outras, também é comummente observada. O diagnóstico de Fibromialgia é um diagnóstico clínico e de exclusão, não existindo exames laboratoriais ou radiológicos que possam confirmar a sua presença. Os sinais clínicos que permitem a suspeição da doença são a história clíni-

ca (dores, fadiga e alterações do sono), o aumento da sensibilidade em pontos específicos do corpo e a exclusão de outras doenças que podem simular a Fibromialgia. Até ao presente, não existe cura para a Fibromialgia, nem uma terapêutica específica que resulte para todos os doentes. No entanto, a associação de tratamentos não farmacológicos e farmacológicos parece ser a abordagem mais eficaz. O tratamento tem como objetivos, o alívio da dor, a redução da ansiedade, a melhoria do sono e a melhoria da qualidade de vida. Medidas de higiene do sono, como deitar-se e levantar-se sempre à mesma hora, criar um ambiente propício para dormir (quarto

escuro e tranquilo) e evitar a cafeína, açúcar, tabaco e álcool ao final do dia, assim como a prática regular de exercício físico são essenciais na gestão desta doença. Os exercícios devem ser leves, sem carga, progressivos, em pequena quantidade e, idealmente, realizados diariamente. A hidroginástica em piscina aquecida, a ginástica aeróbica, o yoga, o tai-chi e o pilates são alguns dos exercícios recomendados. A aprendizagem de exercícios de relaxamento pode contribuir para a diminuição dos níveis de ansiedade, o que se traduz em menor tensão muscular e, consequentemente, menor intensidade da dor. A Fibromialgia manifesta-se de forma diferente em

cada doente e, portanto, o tratamento farmacológico deve ser individualizado. Os analgésicos, os relaxantes musculares e os antidepressivos, são alguns dos tipos de fármacos utilizados no tratamento desta doença. A boa notícia em relação à Fibromialgia é que apesar de não ter cura e de causar grande impacto na qualidade de vida dos doentes, não

provoca danos permanentes nos músculos ou outros órgãos. O desenvolvimento de um plano individualizado de autogestão, associado aos tratamentos atrás mencionados, pode ajudar o doente a aliviar alguns sintomas e a melhorar a sua qualidade de vida. Ana Ribeiro Médica Interna de Medicina Geral e Familiar - USF Condestável

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Jornal da Batalha

SaĂşde Batalha

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Cada doente com CoronavĂ­rus contagia em mĂŠdia 2,2 pessoas

Alfredo Martins Internista e coordenador do Núcleo de Estudo de Doenças Respiratórias da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna

AtÊ hoje estão descritas sete estirpes diferentes de Coronavírus que provocam doença no ser humano, incluindo o novo Coronavírus 2019 (2019-nCoV), responsåvel pela atual epidemia que teve origem num mercado grossista de peixe em Wuhan, cidade da província de Hubei na China, em meados de dezembro de 2019. Quatro destas estirpes estão bem adaptadas aos humanos, não Ê conhecido nenhum reservatório animal delas, e provocam praticamente sempre uma doença ligeira das VAS que não exige tratamento específico e que se caracteriza pela presença de secreçþes nasais, mal estar, dores de garganta, dores de cabeça, espirros e febre. Muito raramente podem causar dificuldade respiratória e pneumonia. Em 31 de dezembro de 2019 as autoridades chinesas reportaram um conjunto de casos de pneumonia grave em Wuhan e em 10 de janei-

ro de 2020, investigadores do Centro Clínico de Saúde Pública e da Escola de Saúde Pública de Xangai, registaram a sequência genómica do 2019-nCoV nas bases de dados de saúde pública. O 2019-nCoV transmite-se de pessoa a pessoa e, segundo os dados epidemiológicos conhecidos, um doente contagia em mÊdia 2,2 pessoas (5 doentes contagiam 11 pessoas diferentes), uma taxa de contagiosidade inferior à verificada na SARS, em que cada doente contagiava em mÊdia 3 pessoas. Os principais transmissores da doença são os doentes com sintomas de infeção que, provavelmente, disseminam o vírus atravÊs da tosse e dos espirros, mas estão descritos casos que desconhecem contactos prÊvios com pessoas sintomåticas. A taxa de transmissão da doença ao pessoal de saúde parece ser inferior que a que foi verificada na SARS e a que se verifica na MERS. AtÊ hoje jå foram diagnosticados 14.411 casos nas 33 províncias da China, cerca de 15% considerados graves. Fora da China estão diagnosticados 146 casos em 23 países, números atualizados diariamente pela OMS. Em Portugal ainda não foi ainda confirmado nenhum caso. O 2019-nCoV provoca uma doença semelhante à SARS, mas talvez menos grave, com cerca de metade dos casos a ocorrer em indivíduos acima dos 60 anos

e com poucos diagnósticos em crianças e em jovens. Na fase inicial do surto cerca de 89% dos doentes não estavam internados no quinto dia de doença, o que significa que provavelmente existe uma percentagem elevada de pessoas infetadas com poucos ou nenhuns sintomas. A taxa de mortalidade parece ser significativamente mais baixa que na SARS, não atingindo os 3% com os números que são conhecidos atÊ à data e a maioria dos doentes que morrem são idosos ou têm doenças crónicas. Não se conhecendo ainda como se processa a transmissão direta pessoa a pessoa, se por contacto direto (aperto de mão, abraço, beijo) ou por gotículas ou aerossóis (espirros, tosse), não são ainda conhecidas as medidas mais adequadas para evitar o contågio. Assim recomenda-se que todos os doentes com suspeita de infeção ou com infeção confirmada coloque uma måscara que cubra o nariz e a boca e sejam colocados em isolamento, e que o pessoal de saúde que tenha que contactar com eles utilizem o equipamento de proteção individual conforme recomendado pela DGS. As pessoas que estiveram em contacto direto com doentes infetados, ou com doentes em quem o diagnóstico se confirmou mais tarde, estão em risco de desenvolver a doença num espaço de tempo que pode ir

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atÊ aos 14 dias depois do último contacto. Não estando garantido que o vírus não se transmite numa fase inicial de infeção, com poucos ou nenhuns sintomas, as pessoas que viajaram da China, sobretudo da província de Hubei, tambÊm estão em risco de desenvolverem sintomas de doença nos 14 dias seguintes ao último dia de permanência. As pessoas que estão nestas duas situaçþes devem evitar o contacto próximo com outras pessoas durante os 14 dias do período de incubação da doença e devem andar de måscara e evitarem a emissão de aerossóis quando tossem e quando espirram, colocando o antebraço à frente da boca e do nariz. Idealmente deveriam permanecer em isolamento neste espaço de tempo. As viagens à China devem

ser evitadas e, a pessoas que viajarem devem evitar contacto com doentes ou pessoas com sintomas respi ratór ios , com animais vivos ou mortos e com carne e outros produtos de animais mortos, uma vez que não se sabe se a transmissão do animal para o homem foi esporådica ou se continua a ocorrer. Esta doença pode provocar uma catåstrofe mundial. O estudo das suas características e do seu comportamento no futuro irå fornecer dados importantes para melhorar o seu controlo. Talvez seja possível dentro de 3 ou 4 meses ter disponível uma vacina para ajudar a atingir este objetivo. Por enquan-

to, o mais importante para evitar, ou pelo menos, diminuir a sua propagação Ê estar atentos e cumprir as recomendaçþes que vão sendo emitidas pela OMS, pela DGS e pelos serviços de saúde mais próximos. As medidas de saúde pública implementadas vão conter a disseminação da doença, mas os próximos tempos são muito importantes para conhecermos a sua capacidade de disseminação e persistência na espÊcie humana.

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Batalha Opinião

fevereiro 2020

Jornal da Batalha

s Fiscalidade

Novas condições para isenção de IVA Os estados membros devem aplicar, nos termos da Diretiva (UE) 2018/1910 do Conselho, de 04 de dezembro de 2018, a isenção de IVA prevista no n.º 1.º do Artigo 138.º da Diretiva IVA (a que corresponde ao artigo 14.º do RITI) passam a exigir, a partir de 1 de janeiro de 2020, a verificação das seguintes condições: a) os bens são fornecidos a outro sujeito passivo ou a uma pessoa coletiva que não seja sujeito passivo agindo nessa qualidade num Estado Membro diferente do Estado de expedição ou de transporte de bens; b) O sujeito passivo ou a pessoa coletiva que não seja sujeito passivo a quem a entrega é efetuada está registado para efeitos de IVA num Estado Membro diferente do Estado de partida da expedição ou de transporte dos bens

e comunicou esse número de identificação ICVA ao fornecedor; c) a mesma Diretiva adita ao artigo 138.º um n.º 1-A com a seguinte redação: A isenção prevista não se aplica: caso o fornecedor não tenha cumprido a obrigação prevista nos artigos 262.º e 263.º relativa à apresentação de um mapa recapitulativo, ou do mapa recapitulativo por ele apresentado não constem as informações corretas relativas a essa entrega exigidos no artigo 264.º, a menos que o fornecedor possa justificar devidamente essa falha a contento das autoridades competentes. Foi aditado ao Regulamento de Execução (EU) n.º 282/2011 do Conselho, de 15 de março de 2011, o artigo 45.º-A, com a seguinte redação: 1)Para efeitos da aplicação das isenções previstas no artigo 138.º da

Diretiva IVA, presume-se que os bens foram expedidos ou transportados a partir de um Estado-Membro para fora do respetivo território mas na Comunidade em qualquer dos seguintes casos; a) o vendedor indica que os bens foram por ele transportados ou expedidos , ou por terceiros agindo por sua conta, e que está na posse de, pelos menos dois elementos de prova contraditórios a que se refere o n.º 3, alínea a) emitidas por 2 partes independentes uma da outra, do vendedor e do adquirente, ou de qualquer um dos elementos a que se refere o .º 3, alínea a), em conjunto com qualquer um dos elementos de prova não contraditórios a que se refere o n.º 3, alínea b), que confirmem o transporte ou a expedição emitidas por 2 partes independentes uma da outra,

do vendedor e do adquirente; b) O vendedor está na posse do seguinte: uma declaração escrita do adquirente, indicando que os bens foram por eles transportados ou expedidos, ou por terceiros por conta do adquirente, e mencionando o estado membro de destino dos bens e a data de emissão, o nome e endereço do adquirente, a quantidade e natureza dos bens, a data e hora de chegada dos bens e, no caso de entregas de meios de transporte, o número de identificação dos meios de transporte, e a identificação da pessoa que aceita os bens por conta do adquirente; e pelos menos dois elementos de prova não contraditórios, a que se refere o n.º 3, alínea a), emitidos por 2 partes independentes uma da outra, do vendedor e do adquirente, ou de qualquer

um dos elementos a que se refere o n.º 3, alínea a), em conjunto com qualquer um dos elementos de prova não contraditórias a que se refere o n.º 3, alínea b), que confirmam o transporte ou a expedição emitidos por 2 partes independentes uma da outra, do vendedor e do adquirente. São aceites como prova do transporte ou da expedição os seguintes elementos: 1) uma declaração de expedição CMR assinada; 2) um conhecimento de embarque; 3) uma fatura do frete aéreo; 4) uma fatura emitida pelo transportador dos bens; 5) uma apólice de seguro relativa ao transporte; 6) os documentos bancários justificativos do pagamento do transporte; 7) documentos oficiais emitidos por uma entidade pública, que confirmem a chegada dos bens

- O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à “iliteracia” galopante.

perscrutáveis necessidades de tesouraria, continuam a cobrar-se preços distintos nas classes “Conforto” e

vos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: “Tenho uma família monoparental...” - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade implante. - Aquietadas pela televisão, já se não veem por aí aos pinotes crianças irrequietas e “terroristas”; diz-se modernamente que têm um “comportamento disfuncional hiperativo”. - Do mesmo modo, e para felicidade dos “encarregados de educação”, os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, “crianças de desenvolvimento instável”. - Ainda há cegos, infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado “invisual”. (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos

António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ao estado membro do destino, e 8) um recibo emitido por um depositário no Estado Membro de destino, que confirme a armazenagem dos bens nesse Estado membro.

s Noticias dos combatentes

Os nossos tempos Para o nosso artigo deste mês tínhamos vastos temas à escolha: o Coronavirus, o Luanda leaks, o hacker Rui Pinto e a pretensa intenção de o silenciar, etc. Porém, chegou-nos ao conhecimento um texto da autoria de Helena Sacadura Cabral, economista, professora, jornalista e escritora, que consideramos excelente, pelo que nos diz sobre os pretensiosismos, snobismos e do “politicamente correto” da sociedade atual. Com a devida vénia, transcrevemo-lo, porque entendemos que merece que todos meditemos sobre o seu conteúdo. Aqui vai ele: “- Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos pretos “afro-americanos”, com vista a acabar com as raças por via gramatical, isto tem sido um fartote pegado! - As criadas dos anos 70 passaram a “empregadas

domésticas” e preparam-se agora para receber a menção de “auxiliares de apoio doméstico”. - De igual modo, extinguiram-se nas escolas os “contínuos” que passaram, todos, a “auxiliares da ação educativa” e agora são “assistentes operacionais”. - Os vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por “delegados de informação médica”. - E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em “técnicos de vendas”. - O aborto eufemizou-se em “interrupção voluntária da gravidez”; - Os gangs étnicos são “grupos de jovens”; - Os operários fizeram-se de repente “colaboradores”; - As fábricas, essas, vistas de dentro são “unidades produtivas” e vistas da estranja são “centros de decisão nacionais”.

p Helena Sacadura Cabral - Desapareceram dos comboios as 1.ª e 2.ª classes, para não ferir a suscetibilidade social das massas hierarquizadas, mas por im-

“Turística”. - A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: “Sou mãe solteira...” ; agora, se quiser acompanhar os no-

- mas o “politicamente correto” marimba-se para as regras gramaticais...) - As pu…as passaram a ser “senhoras de alterne”. - Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em “implementações”, “posturas pró-ativas”, “políticas fraturantes” e outros barbarismos da linguagem. - E assim linguarejamos o Português, vagueando perdidos entre a “correção política” e o novo-riquismo linguístico. Esta mos “ tra mados” com este ‘novo português’; não admira que o pessoal tenha cada vez mais esgotamentos e stress. Já não se diz o que se pensa, tem de se pensar o que se diz de forma ‘politicamente correta’. Hoje não se fala português... linguareja-se!”

NB-LC


Jornal da Batalha

Opinião Batalha

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s A Opinião do Grupo Aves da Batalha

Andorinha, um aliado urbano cada vez mais raro Com o aproximar do fim do Inverno, começam a chegar às nossas cidades, vilas e aldeias umas pequenas aves pretas e brancas que trazem os primeiros sinais de Primavera. Ano após anos, partem do continente africano e fazem uma viagem de milhares de quilómetros para se reproduzir, sempre no mesmo local. Em meado de Fevereiro, a vila e concelho da Batalha assistem à chegada das primeiras andorinhas-dos-beirais (Delichon urbicum). Estas permanecem na “sua vila” até ao mês de outubro, altura em que retomam aos locais de invernada, localizados a sul do deserto do Sahara. Esta partida é estimulada pela diminuição da temperatura, das horas de luz e da disponibilidade de alimento. Depois de uma longa viagem, podíamos pensar que estas pequenas aves aproveitam para tirar uns dias de férias, mas não, a sua chegada à vila marca o início de outra longa maratona, um verdadeiro contra-relógio, que faz lembrar o stress da vida nas cidades. À semelhança das corridas para o trabalho, a azafama do quotidiano, também as andorinhas não têm tempo a perder e aplicam-se rapidamente em garantir 1 a 3 ninhadas de novas andorinhas, que darão continuidade à colónia e à espécie. À semelhança do ser humano, esta espécie vive em grupos sociais, tanto na reprodução como em alimentação. Lado a lado, parecendo autênticos condomínios,

cada casal de andorinha constrói nas juntas das paredes o seu ninho. A construção dura 10 a 15 dias, resultando num ninho de barro em forma de “meia taça” com uma pequena entrada na parte superior. Quando já construído de anos anteriores, cada casal apenas se dedica a fazer uma pequena manutenção. Viver em grupo é uma estratégia que garante uma maior proteção às andorinhas. Uma das mais antigas e maior colónia que podemos observar no concelho da Batalha encontra-se nas varandas dos Edifícios da Célula B, no centro da vila, junto ao rio Lena. Esta colónia faz também, deste local, a sua casa há mais de década e meia, e todos os anos cerca de 30 casais regressam aqui para se reproduzir. Já com o ninho pronto, reutilizado ou construído de novo, cada casal poderá avançar com a postura e incubação dos ovos, que em média tendem a ser quatro. Ao fim de 15 dias nascem as crias, que durante quase um mês dependem exclusivamente dos seus progenitores para saciar a interminável fome. Por hora, cada um dos membros da família pode comer até 60 insetos, o que ao final do dia, para uma família com quatro jovens, poderá somar uma simpática quantia de 6800 insetos. Estes milhares de invertebrados, entre melgas e mosquitos, equivalem a 150 gramas de insetos ingeridos por cada

andorinha, durante um único dia. Ao fim de um ano, cada uma das andorinhas que vive na Batalha poderá eliminar das ruas mais de 300 000 destes insetos (55 quilogramas). As andorinhas são também por isto, uma espécie altamente benéfica para os batalhenses e para a sua qualidade de vida. Ninguém gosta de ser picado ou de passar uma noite

em branco por causa de um zumbido e é aqui que estas aves desempenham um grande papel. Estas pequenas aves, de forma inconsciente, acabam por fazer um grande favor ao nosso bem-estar e contribuir para o equilíbrio do ambiente. Após acompanharem o crescimento e os primeiros voos da nova geração, cada casal pode ainda ter tempo

de avançar com mais uma ou duas criações, se as condições ambientais e a disponibilidade alimentar assim o permitirem. Chegado o final do Verão, cada casal da colónia poderá criar até 12 novas andorinhas. No final do Verão os batalhenses dizem até já a estas aves. Este é momento em que os jovens irão enfrentar o seu primeiro grande de-

safio, o de percorrer milhares de quilómetros até aos países subsarianos. Apesar de a cada ano novas gerações surgirem, a população europeia de andorinha-dos-beirais tem diminuído e são vários os fatores que contribuem para tal. Alguns deles são, a destruição de ninhos e a dificuldade de encontrar locais para os construírem, devido às novas tendências de construção e à ausência de barro nas cidades. Aliado a isto, também o uso de pesticidas, que diminui a disponibilidade de insetos, tem sido responsável pela perda de 10% destas populações nos países europeus. Por isto, a vila da Batalha e os batalhenses têm a grande responsabilidade de ano após ano, a uma escala local, dar condições às andorinhas para que continuem a escolher-nos como seus vizinhos, contribuindo desta forma para a sua conservação a nível nacional e europeu. Sempre que o permitirem, as andorinhas batalhenses voltarão ao seu lar para mais uma jornada de reprodução. Por último, desafiamos os batalhenses a estarem atentos à chegada desta e das outras espécies de andorinhas ao concelho da Batalha, e a comunicarem-nos através da página de Facebook do Aves da Batalha ou do nosso email avesdabatalha@ gmail.com. Contamos com o esforço de todos para melhor conhecer e proteger estas aves.

s Pestanas que falam Joana Magalhães

Cérebro cansado, pensamento feliz (?) Muitas vezes dou conta de que, hoje em dia, o cansaço está associado ao sucesso. Quantas vezes se ouve a frase “estou cansado, mas feliz!” ser pronunciada a um rosto com olhos cansados e sorriso forçado? Quantas vezes se sonha com um dia de pijama no sofá, mas imediatamente se associa isso a um

“dia desperdiçado”? Tenho a certeza que já todos nós, em correria, encontrámos um amigo na rua a quem, ofegantes, dissemos “tenho andado a mil”! E logo a seguir desculpamos a falta aos encontros com os dias preenchidos por tarefas que vêm ter connosco. E tudo isso parece ser um

sinal de grande sucesso, de vida ocupada, de quem é sempre preciso. E julga-se por isso que se está no caminho certo, que a vida é assim, que todas essas responsabilidades devem estar à frente do lazer e que isso é o sucesso. Mas como o que tudo é demais faz mal, também cansa.

E o cérebro cansa-se e o corpo também. Ter sucesso não é ter “mil” tarefas. Ter sucesso é precisamente saber que essas tarefas só podem ocupar o espaço em que não estamos com quem gostamos, a fazer o que gostamos e a dar de nós o que gostamos. E saber também que quando nos dizem “estou cansa-

Jornalista

do, mas feliz!” estão decididamente mais cansados do que felizes e o que precisam mesmo é de saber que nem tudo tem de ser feito, nem tudo tem de ser cumprido. E uma tarde no sofá está tão perto da felicidade como uma promoção, um prémio e um dia com quem se gosta. Ou não?


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fevereiro 2020

Jornal da Batalha

Património Um passeio pela Vila (III) Mulher Nome de coisa nenhuma é mulher que se usa e de que se abusa, mas quando ela quiser dizer basta e mantiver a recusa como decisão firme e certa desaba o mundo dos homens e nunca mais se conserta. Ainda na praça de Joaquim Mouzinho de Albuquerque voltamos um pouco atrás e damos um salto à (quase) réplica do pelourinho quinhentista e manuelino, que fica entre as ruas de D. Filipa de Lencastre, onde está a praça de táxis, e a rua de Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque que, nunca é demais lembrar, foi o grande arquitecto restaurador do Mosteiro nos anos quarenta do século XIX e uma notabilíssima figura dos primeiros tempos do Liberalismo. Em 1837 comprou a Quinta da Várzea, que fôra do nosso Convento Dominicano, onde veio a nascer em 1855 o seu neto Joaquim. E digo uma quase réplica do pelourinho porque o topo do pequeno e muito significativo monumento não é exactamente o do original, embora o remate com a Cruz de Cristo esteja correcto conforme a descrição que dele fez Luís Chaves no seu precioso estudo “Os Pelourinhos Portugueses”. A gravura da litografia Palhares, do princípio do século XIX, não deixar ver bem como seria embora, evidentemente, não ostentasse a pedra de armas da Vila que a Batalha só veio a definir no século XX. O que também não era habitual nos pelourinhos. A belíssima réplica, com os condicionalismos apontados, é da autoria do mestre Alfredo Neto Ribeiro, recordado noutro belo monumento, que está a poucos metros de

distância, esculpido pela sua antiga aluna Cristina Maria (Ferreira), hoje famosa escultora e fadista. A homenagem foi justíssima, expondo-se ali um artístico recorte do seu busto. Voltando à praça, que durante séculos abrigou os mercados e feiras e onde se fazia habitualmente o arraial das seculares festas em honra da Santíssima Trindade, embora havendo pelo menos dois espaços a considerar (largo em frente do Mosteiro onde pelos fins do séculos XIX e princípio do XX corria o mercado do peixe, e largo de Goa, Damão e Diu, que vamos visitar a seguir, onde se realizava o mercado do gado), vamos passar pela travessa do Dr. José Taibner de Morais, que já referi no 2º apontamento desta série, que foi figura marcante na Batalha oitocentista, tendo encabeçado vigorosamente a luta dos batalhenses pela restauração do nosso concelho o que, com o apoio do Rei D. Carlos I, se alcançou, creio que definitivamente, em princípios de 1898. O Dr. José Taibner, natural da arinha Grande, tornou-se batalhense do coração ao casar com D. Júlia Charters Crespo, senhora de várias propriedades na Faniqueira, onde residia, na Batalha (toda a Cerca Conventual) e noutros pontos da nossa região, e benemérita doadora de bens ao Convento da Visitação e ao Seminário de Leiria e de uma pequena parcela da Cerca à nossa vila. Deixou também ao Hospital de Leiria um legado com a condição de cuidar “dos seus vizinhos da Faniqueira” e dos casais anexos. A artística grilhagem, formosa obra dos canteiros batalhenses oitocentistas que rodeava o jardim do terreiro leste do Mosteiro, está presentemente a separar o que D. Júlia Crespo deixou ao Seminário do que deixou à nossa Vila. O largo de Goa, Damão e Diu, cuja designação evoca

as antigas possessões portuguesas, do século XVI ao século XX, do Estado da Índia, foi até ao princípio dos anos 40 do século XX o local do mercado do gado, dali passando para a então adquirida Praça Nova, hoje praça 14 de Agosto de 1385, pela Câmara Municipal presidida pelo meu pai. O largo fôra designado anteriormente pelo Rocio. Neste largo, onde se situa o notável Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, prestigiosa instituição fundada e dirigida pela Câmara Municipal, há pelo menos uma casa setecentista, de estilo barroco, provavelmente construída cerca de 1750. Onde presentemente está o HOTEL (Residencial) BATALHA existiu uma casa de possível raiz quinhentista dos Condes de Felgueiras. Ao lado, no espaço agora ocupado pelo Centro Comercial Jordão, noutra antiga casa nasceram o Dr. Rui de Moura Ramos, figura de grande relevo em meados do século XX, deputado em duas legislaturas à Assembleia Nacional, director prestigioso da Prisão-Escola de Leiria e do Estabelecimento Prisional de Vale de

Judeus, e empenhado regionalista, a ele ficando a dever-se a criação do Ciclo Preparatório na Batalha. E entre outros irmãos e irmãs, o Engenheiro Francisco Ramos Moura que, de 1959 a 1962, foi dinâmico presidente da Câmara da Batalha, no seu tempo iniciando-se o Plano de Urbanização da Vila. Vamos agora visitar a nossa Igreja Matriz. Mandada construir por el-Rei D. Manuel I para a paroquial da então recém-criada freguesia, entenda-se freguesia religiosa porque as freguesias civis só surgem a partir do Liberalismo, deve ter sido começada em 1514, dois anos depois da paróquia que o Prior Mor de Santa Cruz de Coimbra, D. Pedro Vaz Gavião, instituíra em 14 de Setembro de 1512. Por razões que desconhecemos, as obras arrastaram-se até pelo menos 1532, ano que está gravado no seu formoso e valiosíssimo pórtico que o b gático esculpido nas duas pilastras, por se tratar da sigla do mestre Boitaca (Boytac), confirma ser deste mestre das Obras do Reino, que residia na Batalha onde casara com a filha Isabel do

mestre Mateus Fernandes. Boitaca, que tudo leva a crer ser estrangeiro, cujo nome próprio se desconhece, integrou-se completamente na vida local, tendo vindo a desempenhar funções de Juiz da Confraria do Hospital de Nossa Senhora da vitória entre 1519 e 1520. Para conhecimento deste notável mestre sugiro a consulta da obra do Professor Doutor Saul António Gomes “Vésperas Batalhinas”. A torre actual da Igreja foi construída no princípio do século XX por iniciativa do Rev.º Padre Dr. Joaquim Coelho Pereira, pároco da Batalha de 1899 a 1929, não obstante o templo estar praticamente em ruinas e desde finais de 1834 desocupado, dada a necessidade da paróquia dispor de uma torre sineira tendo em conta no Mosteiro apenas restar um sino. A torre enquadrou-se perfeitamente, é elegante e na sua cúpula os motivos e ornatos arquitectónicos, embora conjugando elementos barrocos e manuelinos, estes imitando os do Mosteiro, são felizes e primorosos. A nova peça, chamemos-lhe assim, não foi invasora, an-

tes complemento da conservação quinhentista. Além do abandono a que a igreja tinha sido votada e dos maus tratos do tempo, em 1858 um forte tremor de terra abalou-a profundamente. Creio que foi nessa altura que teria desabado a cobertura da nave, ficando no estado que a fotografia, dos princípios do século XX e antes da torre nova ser construída, nos revela. Felizmente não teve o triste e injustificado destino da Igreja de Santa Maria-a-Velha, tendo beneficiado em meados e fins do século XX de restauros profundos que a salvaram e lhe proporcionaram a utilidade que hoje tem. Embora continuando a falar deste precioso templo no próximo número se Deus quiser, desde já quero anotar que era no seu seio que a Confraria da Santíssima Trindade estava instalada. Ainda lá está o seu altar com retábulo de calcário, mas há muito que as imagens desapareceram. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (202)


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Cultura

Foto: Ricardo Lopes

António Chainho e Rão Kyao abrem festival de música na vila

p O guitarrista António Chainho

m O Festival Música em Leiria arranca este ano no Mosteiro da Batalha, no dia 20 de março O espetáculo de abertura da 38.ª edição do Festival Música em Leiria (FML), que este ano arranca no Mosteiro da Batalha, no dia 20 de março, tem como protagonistas António Chainho e Rão Kyao. Pela primeira vez, o festival de música mais antigo do País, a decorrer sem interrupções, realiza o seu concerto inaugural fora do concelho que lhe deu nome, com um espetáculo de entrada gratuita, numa aposta em alargar a sua rede de espetáculos à região centro. “Dando seguimento ao trabalho da edição anterior com a conquista de novos públicos, levando o FML a

10 concelhos do distrito, este ano vamos alargar os espetáculos a Alcobaça, e saltar fronteiras do distrito com um concerto inédito em Ourém”, revela o presidente do Orfeão de Leiria, Acácio de Sousa. “A aposta de realizar o espetáculo de abertura do festival é também espelho da estratégia que queremos seguir. Há muito que este deixou de ser um evento cultural circunscrito a Leiria e aos públicos da cidade. O objetivo é construir pontes com os diversos concelhos da região, com o apoio das comunidades intermunicipais da Região de Leiria, do Oeste e do Médio Tejo», explica o presidente cessante. O espetáculo de abertura da 38.ª edição do FML, que junta a guitarra portuguesa de António Chainho e a flauta de Rão Kyao, promove o cruzamento de estilos

musicais, como já vem sendo apanágio do evento. O Mosteiro da Batalha “eleva a outro patamar a diversidade cultural deste concerto que celebra a fusão entre a música popular portuguesa e o fado, e no qual não faltarão momentos de improviso e uma boa dose de experimentação, celebrando o jazz como elemento comum aos dois músicos”, considera a organização. “A diversidade de estilos musicais que compõe a programação desta edição do festival está bem patente neste espetáculo inaugural único, protagonizado por duas grandes referências do panorama artístico português”, considera Acácio de Sousa. O festival termina no dia 25 de abril, com um concerto da Orquestra XXI, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria.

“Imagina um Tesouro” guia alunos nas visitas ao mosteiro O Dormitório do Mosteiro de Alcobaça foi o palco para a apresentação, no dia 14 de janeiro, do livro “Imagina um Tesouro - quatro lugares que vais guardar como um tesouro”, uma viagem de descoberta pelos quatro lugares classificados pela UNESCO como Património da Humanidade no Centro de Portugal: Mosteiro de Alcobaça, Mosteiro da Batalha, Convento de Cristo e Universidade de Coimbra, Alta e Sofia. Desenvolvido pela editora Planeta Tangerina com a colaboração dos serviços educativos dos quatro lugares Património da Humanidade, o livro tem como objetivo auxiliar a experiência turística dos públicos escolares e famílias na visitação aos quatro espaços, de uma forma divertida e

p “Imagina um Tesouro” também inclui a Batalha cheia de curiosidades. O livro vai ser distribuído no contexto de visitas escolares aos monumentos e as coordenadoras do projeto editorial educativo foram Isabel Minhós e Maria Manuel Pedrosa. Na apresentação, Isabel Minhós realçou que “este livro pode ser uma boa por-

ta de entrada para os mais novos conhecerem a História de Portugal”. E fá-lo de forma criativa: a estrutura do livro inclui vários blocos que estimulam a imaginação, casos de “Tudo começou assim”, “Um Tesouro chega até nós”, “Consegues imaginar?”, “Observa” ou “Curiosidades”.


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Batalha Atualidade

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Homenagem póstuma a um grande artista e amigo mFez em dezembro 10 anos que faleceu o artista Fernando Vieira Belo Despedir-se de alguém querido nunca é uma tarefa fácil. E mesmo que a pessoa já tenha partido há algum tempo, sua memória sempre estará viva entre aqueles que o amaram. Quem parte da nossa vida nunca nos deixa por completo. Não queremos relembrar a dor da perda, mas sim celebrar a existência de quem nos foi importante, recordando os bons momentos vivenciados juntos, e os ensinamentos que foram deixados. Fez em dezembro 10 anos (17-12-2009) que Fernando Vieira Belo nos deixou.

A sua obra que se reparte por diversos bustos e estátuas, retratos a óleos e outras pinturas, tem na vila da Batalha a sua maior expressão. Pode-se encontrar na vila, além da estátua de Mouzinho de Albuquerque (na praça que tem o nome do héroi) e em pelo menos três cafés, murais seus reproduzindo aspetos do mosteiro ou da vila antiga. “Sua alma deixou-nos, mas a saudade manterá para sempre a sua memória viva nos nossos corações”. Fernando V. Belo nasceu a 11.01.1945 e era natural da Batalha. Frequentou o curso industrial na Escola Secundária Domingues Sequeira, em Leiria, tendo prosseguido depois para Lisboa para a Escola António Arroio, onde cursou artes decorativas.

Trabalhou na área da escultura, pintura e cerâmica durante toda sua vida. Teve expostos as suas obras em diversas galerias/espaços de arte, quer em Portugal e na Alemanha, quer noutros países, nomeadamente na Holanda e nos EUA. O artista vivia nos últimos anos na cidade de Münster, na Alemanha, com sua esposa, três filhos e cinco netos. A família com esta homenagem, pretende recordar e relembrar o quanto marcou a sua passagem nas nossas vidas e de quem o conhecia.

Maria Kaupa

DIREÇÃO GERAL DE ENERGIA E GEOLOGIA

p Fernando V. Belo nasceu em 1945 e era natural da Batalha

Abertas inscrições para os Trilhos do Pastor

EDITAL Faz-se público que a empresa Parceladecisiva, Lda., requereu a esta Direção-Geral, licença para a exploração de um Posto de Enchimento de Gás Natural Veicular, em regime de serviço público, a implementar na IC2 ao km 113,6, localidade de Jardoeira, freguesia e concelho da Batalha. O referido Posto de Enchimento encontra-se abrangido, entre outras, pelas disposições constantes do Decreto-Lei n.º 267/2002, de 26 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º217/2012, de 9 de outubro, e pela Portaria n.º 1188/2003, de 10 de outubro, alterada pela Portaria n.1515/2007, de 30 de novembro, e ainda pelas disposições estabelecidas na Portaria n.º366/2013, de 23 de dezembro, que estabeleceram os procedimentos e definiram as competências em matéria de licenciamento e fiscalização de instalações de armazenagem de produtos do petróleo e de atribuição de licenças para a exploração de Postos de Enchimento de Gás Natural Veicular. Em consequência e de acordo com as disposições da citada Portaria n.º 1188/2003, são convidadas as entidades singulares ou coletivas a apresentar, por escrito, no prazo máximo de 20 dias, a contar da publicação deste Edital, as suas reclamações contra o projeto de ampliação do referido Posto de Enchimento de Gás Natural Veicular e examinar o respetivo processo na Direção de Serviços de Combustíveis da Direção-Geral de Energia e Geologia, sita no Edifício Santa Maria, Avenida 5 de Outubro, n.º 208, em Lisboa. Direção-Geral de Energia e Geologia, 30 de Janeiro de 2020

Carlos Oliveira Diretor de Serviços de Combustíveis

A 12ª edição dos Trilhos do Pastor está marcada para 29 de março em São Mamede. A iniciativa é constituída por duas provas competitivas e uma caminhada. O evento é organizado pelo Atlético Clube São Mamede, com a colaboração do Município da Batalha e das freguesias de São Mamede e do Reguengo do Fetal. A caminhada está aberta a todos os que se julguem capazes, mas os jovens com menos de 18 anos têm de apresentar o termo de responsabilidade assinado pelos pais ou tutor. Nas provas de Trail Curto e de Trail Longo, os atletas deverão ter uma idade mínima de 18 anos e todos os interessados com mais de 70 anos podem inscrever-se e participar. Contudo, em caso de sinistro, a apólice não os abrange em

p Admite 1.100 participantes no máximo consequência do limite de idade, nem a entidade organizadora se responsabiliza. O período de inscrições encerra às 23h59 do dia 23 março ou quando forem

atingidos os 1.100 inscritos, distribuídos da seguinte forma: trail longo, 400 atletas; trail curto, 400, e caminhada, 300 caminheiros.


Jornal da Batalha

Necrologia Batalha

fevereiro 2020 CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas quarenta e seis a folhas quarenta e sete verso, do Livro Duzentos e Quarenta e Nove - B, deste Cartório. José Carlos Pinheiro Tomás, NIF 166 721 859 e mulher Cristina Margarida Jordão Vieira Calhau, NIF 188 982 744, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia e concelho da Batalha, onde residem na Estrada da Mata, número 4, Casal do Alho, Batalha, declaram que com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de terra de semeadura, com a área de setecentos e quarenta e cinco metros quadrados, sito em Casal do Alho, freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte com José Carlos Pinheiro Tomás, de sul com Estrada Padre Dr. Francisco Vieira Jordão, de nascente com Rui Jorge Moreira Frazão e de poente com Estrada da Mata, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 10.378, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de €715,20. Que, o identificado prédio veio à posse dos justificantes, no ano de mil novecentos e oitenta e oito, por doação verbal de Manuel Vieira Tomás, pai do marido, residente que foi em Casal do Alho, Batalha, contudo, sendo esta transmissão meramente verbal não existe título formal que a comprove, para proceder ao registo; Que em consequência daquela doação verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o prédio por usucapião. . Batalha, dezassete de janeiro de dois mil e vinte.

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas setenta e nove a folhas oitenta, do Livro Duzentos e Quarenta e Nove - B, deste Cartório. Fernando Ferreira Vilarinho, NIF 170 214 630 e mulher Clarinda das Neves Carreira Vilarinho, NIF 183 375 661, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Arrabal, ela da freguesia de Maceira, ambas do concelho de Leiria, residentes na Rua Serra da Maunça, nº 1, Reguengo do Fetal, Batalha, declaram que com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores do prédio rustico, composto de terra de cultura, oliveiras e mato, com a área de mil metros quadrados, sito em Vinha Grande, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, a confrontar de norte com João da Maternidade Moniz, de sul com José Vitória dos Reis, de nascente e de poente com Caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 9895, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €114,48. Que, o identificado prédio veio à posse dos justificantes, no ano de mil novecentos e noventa, por doação verbal de Francisco Pereira de Oliveira, casado, residente que foi no lugar de Torrinhas, Reguengo do Fetal, contudo, sendo esta transmissão meramente verbal não existe título formal que a comprove, para proceder ao registo; Que em consequência daquela doação verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o prédio por usucapião. . Batalha, vinte e sete de janeiro de dois mil e vinte.

A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/6 Jornal da Batalha, edição nº 355 de 14 de fevereiro de 2020

António Ferreira Antunes (92 anos) N. 16-01-1928 - F. 11-02-2020 Faniqueira, Batalha

AGRADECIMENTO Sua esposa: Gracinda Grosso, filhos: Mª Isabel, Mª Madalena e António Antunes, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm agradecer todo o apoio e carinho para com eles nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada. Que descanse em paz. “Aqueles que amamos não morrem, apenas partem antes de nós”

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)

José Pedroso da Silva (78 anos) N. 14-03-1941 - F. 21-01-2020 Casais dos Ledos, Batalha

AGRADECIMENTO Sua esposa, filhos, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. As boas memórias e os ensinamentos ficarão para sempre. Agora, descansa em paz…

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)

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Maria Helena Lemos Morais Vicente

(62 anos) N. 19-05-1957 - F. 08-02-2020 Natural de Maceira Residia em Cancelas, Batalha AGRADECIMENTO Seu Marido, Filho e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado… Tratou: Funerária Espirito Santo - Telf.: 916511369

Joaquim Marques Amaro (96 anos) N. 16-08-1923 - F. 02-02-2020 Brancas, Batalha

AGRADECIMENTO Seus filhos: Mº Irene M. Amaro Carreira, Jorge Marques e António M. Marques Amaro, noras, genro, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida a agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que com eles acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. As boas memórias ficam guardadas nos nossos corações. Até um dia..

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)

A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/6 Jornal da Batalha, edição nº 355 de 14 de fevereiro de 2020

José Pereira da Silva

(94 anos) N. 17-06-1925 - F. 28-01-2020 França | Casal do Quinta , Batalha AGRADECIMENTO Sua esposa:Mª da Conceição Moreira, filhos:José,António,José Carlos,Joaquim,Júlio e Mª Helena Moreira da Silva, netos e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todo o apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada. A todos, muito obrigado. “Aqueles que amamos nem sempre estão junto a nós, mas nunca saem do nosso coração”

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)

Dora Cristina do Nascimento Marques Filipe Deniz

(43 anos) N. 01-09-1976 - F. 23-01-2020 Pinheiros, Batalha AGRADECIMENTO Seu marido: Luís Deniz, filhos: Irís e Filipe Deniz e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “ Partiste cedo demais mas permanecerás para sempre nos nossos corações”

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja D.Fuas)


A fechar

B

GNR apanha assaltantes A GNR de Leiria identificou no dia 10 de fevereiro dois homens de 33 e 53 anos, por suspeita de furto em residências, nos concelhos de Leiria, Batalha e Pombal. Os furtos ocorreram entre novembro e dezembro de 2019.

FEVEREIRO 2020

Município reforça salvaguarda de pedreiras associadas ao mosteiro m Ficam expressamente proibidos trabalhos que impliquem a destruição do revestimento vegetal e interdita a exploração de recursos geológicos A Câmara da Batalha aprovou por unanimidade medidas cautelares no âmbito dos trabalhos de alteração do Plano Diretor Municipal, com incidência na freguesia do Reguengo do Fetal, que visam salvaguardar “valores ambientais e projetos de valorização cultural que se encontram em curso”. “Pretende-se com esta me-

dida de exceção, segundo o relatório técnico que sustenta a decisão, entre outros objetivos, a salvaguarda dos valores patrimoniais atendendo à geodiversidade local desta área inserida em maciço calcário estremenho que apresenta vulnerabilidades associadas ao relevo cársico e respetivo sistema aquífero”, explica a autarquia em comunicado datado de 14 de fevereiro. O documento reflete preocupações de salvaguarda e valorização do território e dos sítios de valor histórico-cultural associados à construção do Mosteiro da Batalha, “visando contribuir para a valorização do patri-

mónio histórico e natural, bem como na promoção e desenvolvimento de novas abordagens de promoção do destino turístico cultural e da natureza da região, bem assim pretende-se proteger a qualidade de vida das populações locais e a preservação da identidade cultural das aldeias inseridas na área envolvente”. A decisão resulta em “fortes restrições nas zonas delimitadas a determinadas operações urbanísticas, nomeadamente as que ocorram em solo rústico ou sujeitas à previsível adequação aos novos conceitos de classificação e qualificação do solo; e ainda as operações urbanísticas

que ocorram em áreas onde é previsível a sua qualificação para proteção dos valores patrimoniais e ambientais”. Na prática, refere o comunicado, “tal como tem sido reclamado pela freguesia, ficam expressamente proibidos quaisquer trabalhos que impliquem a destruição ou alteração do revestimento vegetal, a alteração do relevo natural e das camadas de solo arável ou o derrube de árvores de alto porte ou em maciço para fins não exclusivamente agrícolas, pecuários, florestais, ficando assim também interdita a exploração de recursos geológicos, durante o período do tempo necessário para concluir os

p Objetivo é proteger o património e o ambiente projetos em curso”. Para a freguesia do Reguengo do Fetal está previsto a execução de percursos pedestres, nomeadamente

da Rota das Pedreiras Históricas Medievais do Mosteiro da Batalha, inseridas na área objeto de aplicação de medidas cautelares. Publicidade

Fábrica e Escritório: Casal da Amieira 2440-901 Batalha Apartado - 201 Telefones: 244 765 217 244 765 526 I 244 765 529 Fax: 244 765 529

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Sócio-Gerente Luis Filipe Miguel - 919 937 770 E-Mail: granicentro@granicentro.pt Home page: www.granicentro.pt


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