JORNAL DA BATALHA DE JULHO 2014

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Câmara corta 137 mil euros para vender quatro terrenos

Batalha

| DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXIII nº 288 | Julho de 2014 | PORTE PAGO

W págs. 6, 7 e 18

ALUGA-SE MOSTEIRO

Travaços Santos: “Neste espaço só cabem a religião, a história e a arte” Joaquim Ruivo: “Há uma seleção natural que impede a sua banalização”

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Festas de agosto com Oquestrada Berg, Ana Moura e “Os Azeitonas”

AR Amarense soma 47 anos com os olhos postos no futsal

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Opinião Espaço Público

julho 2014

Jornal da Batalha

_ Editorial

Baú da Memória 14 de Agosto de 1385

Carlos Ferreira

Quando o leitor receber este jornal já estaremos a menos de um mês do dia de Agosto em que se deveria comemorar o 629º aniversário da vitória que garantiu a liberdade da Pátria, mãe de todas as liberdades (e sabemos quando é doloroso estarmos a perdê-las), e que proporcionou aos nossos antepassados inaugurar o período mais brilhante da nossa História. Seria de esperar comemorações nacionais, envolvendo-se nelas entusiasticamente tanto o Povo como os mais altos órgãos do Estado. Mas será espera em vão. Portugal agoniza numa das suas piores crises, que não é somente económica mas moral e cívica. Contudo, porque evocar datas como esta pode e deve servir para reanimar a alma nacional e transmitir às

Diretor

Vamos beber um copo ao mosteiro? novas gerações modelos da capacidade de servir a Pátria, a nossa casa no Mundo, e promover o bem do seu Povo, os que se arrogam representála e representá-lo não lhes podem ser indiferentes, sem negarem as suas funções e desvirtuarem os seus cargos, e deixá-las passar sem lhes

aproveitar os exemplos e as lições. A imagem que se reproduz é a duma gravura, do século XIX, da ermida, mandada erguer por D. Nuno Álvares Pereira no campo da gloriosa batalha, possivelmente onde se situava o quadrado das forças patrióticas portugue-

sas, da invocação de nossa Senhora da Vitória, e não de S. Jorge como se vulgarizou. A povoação, sim, é hoje a de S. Jorge, ovante detentora, e sua secular guardiã, de um dos espaços mais sagrados da História de Portugal. José Travaços Santos

Y cartas

Resultados das eleições são um espelho da hipocrisia Em minha opinião os resultados das eleições em Portugal são o espelho da hipocrisia dos nossos órgãos de soberania e não se julgue que é o Governo; e não se julgue que são só as eleições europeias, são todas elas. Ora vejamos: o Governo propõe cortes de 2 ou 3% em ordenados acima de uma determinada quantia, ou cortes nas reformas milionárias e o ‘tubarão constitucional’, que por força da lei a tudo tem de dizer sim ou não, logo chumba esse projeto de lei. Porquê? Porque amanhã estão a entrar no seu bolso e isto são direitos adquiridos.

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444)

Por outro lado, esse ‘tubarão constitucional’ – eu chamo-lhe assim porque é o nome mais sonante – sabe que há reformas de 100, 200 ou até de 30 euros, eu tenho provas disso, e nada dizem, porque isso não lhes diz respeito. Os militantes do maior partido português são têm ninguém que os apoie, não têm bandeiras, e são centenas de milhar de vitimas que estão com essas reformas. O ‘tubarão’ é o verdadeiro responsável pela pobreza e pelo terceiro mundo a que chegámos em Portugal. Manuel Gomes João

Vandalismo. O telefone público instalado junto à Biblioteca Municipal José Travaços Santos, na Batalha, foi arrancado e levado da estrutura que o suportava, provocando estranheza naqueles que procuravam entrar em contacto com quem mais desejavam, na primeira semana de julho.

Golpilheira

Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Este mês entrou em vigor o regulamento que taxa a utilização dos monumentos para a realização de eventos como jantares e cocktails; encontros culturais, sociais e académicos, e filmagens para diferentes fins. O Mosteiro da Batalha é um dos que tem espaços para alugar. Num país à míngua de receitas, a ideia tende a ser aceite sem debate. É contra isso que o Jornal da Batalha atribui a este tema um dos principais destaques desta edição. O diretor do mosteiro, Joaquim Ruivo, diz que “podemos estar descansados”, porque o “aluguer de espaços foi bem ponderado, tendo como princípio fundamental a salvaguarda do património”, acreditando que “o custo inviabiliza o aluguer em grande número de casos, pelo que há uma “seleção natural” que impede que se banalize o aluguer e o usufruto de espaços patrimoniais”. O historiador José Travaços Santos entende que no mosteiro “só cabem a religião, a história e a arte” e que nenhuma

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

delas é “suscetível de alugueres que possam subverter a sua essência e desvirtuar-lhe a espiritualidade e a finalidade última de elevar cada ser humano à altura singular que a arte lhe proporcionou”. E o caro leitor, concorda com o aluguer de espaços no mosteiro? As páginas do nosso jornal estão ao dispor para nos dar a sua opinião. Este mês merecem ainda destaque as “Golpilhas”, a equipa feminina do Centro Recreativo da Golpilheira que conquistou o primeiro campeonato nacional de futsal, e o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, que ganhou o Prémio Acesso Cultura – é a quarta distinção que recebe, o que mostra bem a sua importância no contexto regional e nacional.

Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


Jornal da Batalha

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Câmara cria fundo de emergência social

Atualidade

Terrenos no centro da vila postos à venda por menos 137 mil euros m A câmara tenta pela segunda vez num ano vender quatro lotes destinados à construção de habitações e escritórios, abrangidos por incentivos fiscais e apoios ao arrendamento

A Câmara da Batalha baixou em 137 mil euros o valor dos quatro lotes terreno destinados à construção de edifícios de habitação e comércio situados no Largo 14 de Agosto de 1385, que leva à praça em agosto, a segunda vez no espaço de um ano. Os terrenos, que tinham uma base de licitação total de 571 mil euros, em setembro do ano passado, têm agora um valor mínimo de aquisição de 434 mil euros. Os lotes, com projeto de arquitetura aprovado, no centro da vila, apresentam configurações distintas que compreendem tipologias de construção de T3 a T4,

p Planta de localização dos terrenos que vão à praça por 434 mil euros com áreas que oscilam entre os 304 e 557 metros quadrados. A hasta pública está marcada para o dia 11 de agosto, na sala de sessões do município e a entrega das propostas decorre até 5 de agosto, às 17 horas. Os lotes a concurso estão

integrados na Área de Reabilitação Urbana da Vila da Batalha, o que se “traduz num conjunto de incentivos fiscais, bem como de alguns incentivos/apoios ao arrendamento a disponibilizar pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana”, refere a câmara em comu-

nicado. Os projetos preveem a construção de edifícios para habitação coletiva e comércio, com três pisos e cave, e os valores base de licitação oscilam entre os 80 mil e 148 mil euros, conforme as áreas dos lotes. Os licitadores estão obri-

gados a fazer lanços que sejam múltiplos de 500 euros, a partir do valor base proposto pela autarquia, e o vencedor tem de pagar imediatamente 25% do valor do terreno que pretende adquirir. No caso de não o fazer, ou se desistir da compra, a adjudicação é feita a quem tenha apresentado a proposta imediatamente inferior. O comprador tem de pagar os restantes 75% do valor de aquisição na data da realização da escritura pública, bem como os custos relativos à execução deste ato. O regulamento de venda encontra-se disponível para consulta no portal do município da Batalha, em http:// www.cm-batalha.pt/avisos-editais-municipais, podendo os projetos de arquitetura e outra documentação de suporte ser consultada no gabinete de apoio ao presidente da câmara municipal, de segunda a sexta-feira, das 9h às 13 horas e das 14 às 18 horas. A venda dos lotes foi aprovada pelo executivo municipal a 2 de julho.

Freguesias: investido um milhão de euros em obras A Câmara da Batalha aprovou um programa de obras a realizar nas quatro freguesias, que será implementado nos próximos meses com o objetivo de concretizar projetos acordados com os presidentes das juntas de freguesia. No global, prevê-se um investimento superior a um milhão de euros, repartidos por intervenções ao nível

da rede viária, execução de passeios e intervenções várias nas redes de águas pluviais e saneamento. A obras na rede viária abrangem a estrada do Vale de Ourém, em São Mamede; rua do Ribeirinho, ligação entre Cela/Brancas, na Batalha; rua da Canoeira, na Golpilheira; e a ligação rodoviária entre Alcanadas e Alqueidão da Serra, no Re-

guengo do Fetal. “Estas são obras indispensáveis e há muito reclamadas pelas populações e concretizam algumas prioridades de investimento acertadas em franco diálogo e colaboração com as juntas de freguesia”, refere o presidente da câmara, Paulo Batista Santos.

p As obras abrangem as quatro freguesias do concelho, como é o caso de São Mamede

A Câmara da Batalha aprovou a criação de um Fundo de Emergência Social destinado a apoiar as famílias em situação de grave carência económica, em complemento de outras medidas existentes na autarquia, ao qual prevê afetar uma verba estimada de 30 mil euros. A medida, aprovada na última reunião de executivo, será implementada “em parceria com os programas das entidades competentes da administração central e Instituições Particulares de Solidariedade Social”, revela a autarquia em comunicado. O Fundo de Emergência Social visa “consolidar uma estratégia de desenvolvimento social que se pretende para o concelho da Batalha, de modo a minorar carências específicas de alguns estratos populacionais, mediante a concretização de medidas complementares às existentes nos domínios da ação social, saúde, habitação e educação, possibilitando a progressiva inserção social”, salienta o município. “Esta é uma medida inovadora e que promove a inclusão de cidadãos que se encontrem em situação de especial vulnerabilidade, proporcionando-lhes ou facilitando-lhes o acesso aos recursos, bens e serviços, de modo a incrementar a melhoria da qualidade de vida e contribuir para a igualdade de oportunidades e para a coesão social”, explica o presidente da câmara, Paulo Batista Santos . “Trata-se de um projeto prioritário”, coordenado pela vereadora Cíntia Silva e pela equipa da Rede Social do Município da Batalha, “sujeito a regras de transparência nos apoios concedidos e acompanhamento por parte do Provedor Municipal”, conclui a autarquia.


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Batalha Atualidade

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Município renegoceia concessão para ter água com menos custos m A Assembleia Muni-

A Assembleia Municipal da Batalha aprovou a renegociação do contrato de concessão de água que o município mantém com a empresa Águas do Lena, com o objetivo de “salvaguardar o interesse público e a partilha de benefícios”. “Os riscos de procura, financeiros e operacionais, não fazem parte dos critérios da eventual reposição do equilíbrio económico e financeiro da concessão, a favor da concessionária, constituindo fatores de risco do negócio e, por essa razão, da responsabilidade da concessionária”, refere a autarquia, em comunicado, na sequência da reunião da Assembleia Municipal, realizada a 27 de junho. A renegociação do contrato de concessão prevê ainda “a partilha de ganhos de eficiência, que serão avaliados por uma comissão de acompanhamento e partilhados na proporção de 50% para cada uma das partes”, adianta a autarquia. O “modelo financeiro revisto” e o respetivo tarifário encontram-se na fase final de elaboração e “procurarão traduzir uma taxa interna de rentabilidade abaixo da definida para o caso base e ajustada às atuais condições de mercado”,

José Carlos Sousa

cipal quer “salvaguardar o interesse público” depois das criticas do Tribunal de Contas à forma como estava a ser gerido o abastecimento ao concelho

p O abastecimento é garantido pela Águas do Lena explica o comunicado. “Este tem sido um processo difícil e exigente, mas decisivo para a sustentabilidade da concessão e, sobretudo, corresponde ao objetivo que sempre defendemos da necessidade de reequilibrar os riscos entre o município e a concessionária, em linha com as sugestões expressas pelo Tribunal de Contas”, refere o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. Para o autarca, “o acordo alcançado e que agora será remetido para a entidade reguladora (ERSAR), só foi possível, há que sublinhálo, pela disponibilidade e boa colaboração da concessionária”. Os critérios que conduzem ao reajustamento do equilíbrio financeiro são, entre outros, a ampliação ou redução dos serviços ou do perímetro territorial da concessão e a alteração

significativa das normas ou legislação em vigor, que conduza à exigência de alteração do nível de serviço ou dos procedimentos para efeitos de prestação do fornecimento de água. O acréscimo ou a diminuição dos encargos suportados pela concessionária decorrente de factos impossíveis de prever à data da proposta, como, por exemplo, alterações das condições de fornecimento de água pela EPAL (valor revisto em baixa no final de 2013 e que terá de ser considerado em benefício do município) também conduz ao reajustamento do equilíbrio financeiro. As alterações surgem na sequência dos resultados da “Auditoria de seguimento à regulação de PPP no setor das águas – (Sistema em baixa)”, realizada pelo Tribunal de Contas.

Jornal da Batalha

s Notícias dos Combatentes

Não há duas sem três Num dos últimos dias do pretérito mês de Junho cruzámo-nos na Batalha com um dos nossos associados. Parámos, cumprimentámo-nos, trocámos mais umas palavras, até que nos surpreende com esta interrogação: “Então, quando é que nos conta o tal sonho?”… Completamente a “leste” do alcance da questão, devemos ter olhado para o nosso interlocutor com semblante a condizer, o que o levou a formular outra pergunta: “Então, no seu último artigo não dizia que nos ia contar um sonho que teve sobre políticos?”… Só aí “voltámos à terra” e, após mais alguns ditos, cada qual foi à sua vida. Para nós o encontro até foi bom, pois as duas perguntas que nos foram colocadas acabaram por ser a solução para a dúvida sobre o tema do artigo a escrever este mês: iríamos contar-vos o tal sonho que tivemos há tempos, sobre a nossa classe política. Vamos a isso! Pois calculem que sonhámos que os nossos políticos, com destaque para os parlamentares, tinham criado novas leis, acabando com os conflitos de interesses na AR, isto é, quem é deputado e enquanto tal só pode exercer essa função; que os senhores deputados tinham legislado que, em termos de regalias sociais, passavam a ter exatamente as mesmas que a comunidade em geral; que, tanto eles como os restantes políticos em funções governamentais, deixavam de ter direito a subsídio de deslocação e de transporte, das suas residências para a AR ou ministérios; que só se po-

diam deslocar por conta do erário público em missões comprovadamente oficiais. E sonhámos muitas outras coisas semelhantes, o cúmulo das quais que os senhores deputados até tinham retirado a si próprios a imunidade parlamentar, porque tinham deixado de se considerar, perante a lei, acima dos restantes cidadãos! Oram digam lá se isto não foi um verdadeiro sonho cor-de-rosa! De um autêntico maluquinho, é claro! Porque, com a idade e experiência de vida que já temos, como seria possível ainda acreditarmos em tais utopias?! Quando o “sonhador” acordou e caiu na “real”, lembrou-se que o sonho deveria ter tido origem em algo que leu na net, no sítio do Dr. Paulo Morais, que muitos portugueses conhecerão da TV, onde aparece de vez em quando, na condição de vice-presidente da ONG (Organização Não Governamental) Transparência Internacional em Portugal (TIP). Porque ainda temos espaço, com a devida vénia, transcrevemos apenas umas coisitas que escreveu recentemente sobre o Orçamento de Estado para 2014: “A Casa da Democracia = Assembleia da República Os maiores grupos económicos portugueses dominam o Parlamento através de dezenas de parlamentares a quem garantem salários e consultadorias. Estes deputados colocam-se na posição ambígua que decorre duma dupla representação: do povo que os ele-

geu e das empresas que lhes pagam. (…) Mas, mesmo assim, no debate sobre regime de incompatibilidades que há dias teve lugar no Parlamento, os deputados que transformaram a Assembleia, a casa da democracia, num escritório de negócios e favores, nem se dignaram a aparecer para se justificarem. Para restaurar alguma higiene democrática, exige-se que os deputados promíscuos se decidam: abandonem os cargos que ocupam em empresas que recebem benesses do Estado ou saiam do Parlamento cuja dignidade arruínam. Se o não fizerem de modo próprio, nem forem censurados pelos seus pares, terá chegado a hora de pedir uma investigação, a toda a Assembleia, pelo crime de tráfico de influências. Paulo Morais, Professor universitário”. E, caros leitores, por este tipo de prosa, quem não conheça bem o Dr. Paulo Morais, talvez seja levado a pensar que ele é do PCP, BE, Verdes… ou até do PS. Pois não é de nenhum destes partidos!… É, sim, do PSD!... Ou seja, continua a haver gente séria em todos os partidos e, tão importante como isso, há pessoas destas que não têm problemas em, quando é preciso, chamar os “bois pelos nomes”, o que nos leva a pensar que ainda há esperança para Portugal e para os portugueses. E agora vamos disfrutar do verão que, finalmente, parece estar para ficar. NB-LC

António Caseiro Pós Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Mestre em Fiscalidade Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Ediİcio Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 • Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 • Site: www.imb.pt • e-mail: imblda@mail.pt


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Atualidade Batalha

m A procissão com o Santíssimo Sacramento, em que participaram centenas de pessoas, percorreu as ruas da vila O Carvalho do Outeiro é o ponto ‘alto’ das Festas da Santíssima Trindade. É aqui que se atiram sobre as centenas de pessoas que assistem e participam na procissão os pequenos pães “bentos” que, como reza a história, são uma eficaz arma contra a traça da roupa e outras pragas que atacam bens e culturas. A tradição repetiu-se nos dias 14 e 15 de junho. Entre as tradições que envolvem esta festa, a maior da paróquia da Batalha, conta-se a do “imperador ou imperatriz” – a pessoa que assume o encargo de orga-

p No Carvalho do Outeiro são atirados pães “bentos” nizar e evento e que acompanha a romaria coroado e trajado de capa e ceptro. Este ano a honra coube a Edite Machado Pragosa. As ofertas e andores carregados com bolos em forma de ferradura e pão são outros dos elementos marcantes das festividades. Este ano foram mais de meia centena e, como é costume, no final um júri escolheu os melhores. O

primeiro prémio foi para Maria Luísa Silva (Golpilheira), seguindo-se José Travaços Santos (Batalha), Isabel Costa (Quinta do Sobrado), Carlos Patrocínio (Jardoeira) e Francisco Ferreira (Casal do Quinta). As Festas da Santíssima Trindade incluíram ainda outras atividades, destacando-se a atuação dos ranchos folclóricos “As Lavadeiras do Vale do Lena”

(Golpilheira) e as “Salineiras de Lavos”, Figueira da Foz, onde é acordeonista Teresa Jordão, a treinadora da equipa de futsal feminino do Centro Recreativo da Golpilheira, que acaba de conquistar o título nacional da modalidade. O arraial com quermesse e restauração, e a participação dos grupo musical Mundo Novo e da Banda Filarmónica de Avelar também contribuíram para o sucesso dos dois dias de festa. O mosteiro, como é habitual e natural, foi o ponto de convergência das festividades: primeiro, com a chegada das oferendas, a celebração da missa por intenção dos mordomos e a bênção do pão; e depois com a missa dominical que antecedeu a procissão com o Santíssimo Sacramento pelas ruas da vila.

Fotos: António Joaquim

Pão contra pragas marca a maior festa da paróquia

p Os andores e ofertas eram mais de meia centena

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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

Alugar as Capelas Imperfeitas para um cockt m Um regulamento que entrou em vigor no início deste mês define as condições de utilização e pagamento de diversos espaços no mosteiro. Quem quiser fazer filmagens comerciais no Claustro Real tem de pagar 7.500 euros.

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória é um dos 23 monumentos nacionais onde é possível alugar espaços para a realização de diversos eventos. As condições estão definidas no “Regulamento de Utilização de Espaços nos Serviços Dependentes e nos imóveis afetos à Direção-Geral do Património Cultural”, que entrou em vigor no dia um deste mês. Os edifícios históricos podem ser explorados para jantares, cocktails, eventos culturais, sociais e acadé-

micos, bem como filmagens para televisão, cinema ou publicidade. A nível nacional, os preços variam entre 50 euros e 40 mil euros. Os valores no Mosteiro da Batalha oscilam entre os 200 e 7.500 euros. O regulamento foi publicado no Diário da República a 27 de junho e tem como objetivo a “rentabilização assente na qualidade e, sobretudo, na salvaguarda da especificidade e prestígio” de cada imóvel. A publicação do regulamento é justificada com o facto dos monumentos serem “locais privilegiados de realização de eventos” e haver um “crescente número de pedidos de aluguer e de cedência”. “O acesso aos espaços, pela sua dignidade e pelas coleções que encerram, deve ser controlado por forma a salvaguardarse uma utilização menos consentânea com as suas origens, com a sua dignidade ou com a sua mensagem cultural”, adianta o documento, que define os

p As Capelas Imperfeitas são um dos espaços que podem ser alugados critérios de acesso e de utilização. Segundo o regulamento,

são permitidos eventos de carácter social, académico, científico, cultural, comer-

cial, empresarial, turístico ou promocional; desde que respeitem “o posiciona-

mento associado ao prestígio histórico e cultural do espaço”. Assim, Direção-Geral do Património Cultural pode “rejeitar os pedidos que colidam com a dignidade dos monumentos, museus e palácios, ou que perturbem o acesso e circuito de visitantes, bem como as atividades planeadas ou em curso”. De igual modo, não aceitará os pedidos de carácter político ou sindical. Os pedidos de cedência de espaços para cerimónias protocolares e eventos socioculturais relacionados com o funcionamento ou competências da Presidência da República, Assembleia da República ou do Governo, estão isentos de pagamento; mas esta medida não abrange os eventos promovidos e organizados por entidades externas aos três órgãos de soberania, mesmo que os tenham viabilizado ou apoiado. A confirmação de reserva obriga ao pagamento de 25% do custo do aluguer, devendo o restante ser pago até à véspera do evento.

“Preço provoca uma seleção natural que a banalização do monumento” m O diretor do Mos-

José Carlos Sousa

teiro da Batalha, Joaquim Ruivo, considera que “o regime de aluguer de espaços foi bem ponderado, tendo como princípio fundamental a salvaguarda do património”

p Joaquim Ruivo considera indicados os espaços

Jornal da Batalha - Concorda com esta medida e porquê? Joaquim Ruivo - Esta medida não é recente. Que eu saiba tem mais de 10 anos. O que se passa é que os valores foram agora atualizados, como os dos bilhetes em monumentos, palácios

e museus. O aluguer de espaços sempre esteve disponível. É uma prática comum nos países europeus, alguns com uma melhor tradição de defesa do património. Não devemos ser excessivamente “puristas” (até porque mais receitas para o património ajudam a salvaguardá-lo e a conservá-lo), nem displicentes. Evidentemente que nem todos os espaços patrimoniais podem ser alugados e neste aspeto a lei, conjuntamente com o bom senso dos diretores, visará sempre a salvaguarda do património. Osespaçosabrangidossãoos indicados ou haverá outros que poderiam ser utilizados?

Os espaços mais consensuais para aluguer são o auditório e os terraços do claustro D. Afonso V (onde se situa o auditório e os serviços administrativos). Estes parecem-me os espaços mais indicados. Embora esteja previsto o aluguer do Claustro Real e das Capelas Imperfeitas, nunca se verificou. Tem tido contactos para aluguer de espaços no mosteiro? Só pontualmente. As condições de apoio a determinado tipo de eventos não são as melhores. Não temos salas de apoio disponíveis, nem as condições ideais de acesso, pelo que só esporadicamente há procura de espaços para aluguer. Mas já foi alugado o auditório e o

terraço do claustro Afonso V, por exemplo. A procura está a aumentar para que tipo de iniciativas? Há uma procura crescente de espaços para iniciativas empresariais. Mas o custo do espaços inviabiliza o seu aluguer em grande número de casos, pelo que há uma “seleção natural” que impede que se banalize o aluguer e o usufruto de espaços patrimoniais neste contexto. O regime de aluguer de espaços foi bem ponderado, tendo como princípio fundamental a salvaguarda do património. Podemos estar descansados quanto a esse assunto. Concorda com o destino


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Atualidade Batalha

ail custa 250 euros

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s Opinião A equipa do MCCB.

José Carlos Sousa

O restauro do mosteiro e a Memória Inédita de Luís Mouzinho de Albuquerque

p As atividades não podem colidir com a especificidade e prestígio do monumento

Tabela de aluguer de espaços no Mosteiro de Santa Maria da Vitória Lotação máxima Auditório

171

Claustro Real 400 Capelas Imperfeitas

Jantares

Eventos culturais

Cocktails

Eventos académicos

Eventos sociais

Eventos infantis

Televisão (a)

Cinema (a)

Comercial (a)

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N

N

300 €

N

N

1.000 €

2.000 €

3.000 €

1.000 €

400 €

250 €

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5.000 €

N

3.500 €

5.000 €

7.500 €

250 €

200 €

N

N

N

2.500 €

3.500 €

5.000 €

150 (em pé) N

NOTAS: Acresce IVA à taxa legal em vigor, sempre que a duração do evento exceda o horário de abertura ao público, aos valores de tabela acrescem custos com vigilância/ guardaria, a orçamentar caso a caso. (a) Utilização de espaço para filmagens sem identificação do local, por dia

impede dado às receitas obtidas no mosteiro? Embora todos os diretores desejassem que parte das receitas (nomeadamente as do aluguer de espaços) pudessem “ficar” no monumento e ser geridas e aplicadas pelo monumento, não é possível. Por lei somos um “serviço dependente”, não temos qualquer autonomia administrativa/financeira. Toda e qualquer receita é gerida pelos serviços centrais, assim como qualquer investimento. Sempre foi assim e todo o diretor sabe que é assim. E, na verdade, concordo, na generalidade, com este princípio. Talvez um dia a lei orgânica flexibilize esta questão.

s registo Características dos espaços Eventos permitidos. Receções, conferências, recitais de música ou poesia, lançamento de livros, atos solenes, atividades de índole cultural, mostras, exposições. Capelas Imperfeitas: Assim designadas por estarem inacabadas, foram iniciadas por volta de 1436, por ordem de D. Duarte, para seu panteão, permanecendo a céu aberto. Apresentam um grande valor cenográfico. Área útil: 35 metros de diâmetro. Características: pavimento e paredes em pedra. Pontos de luz exteriores. Capacidade: 150 lugares de pé. Claustro Real ou de D. João I, foi o primeiro a ser construído no mosteiro e consideravelmente enriquecido no tempo de D. Manuel. Encostado à igreja, à sua volta organizam-se grande parte das dependências conventuais, como o dormitório (Adega dos Frades), a Sala do Capítulo e o Refeitório. Área útil: 52,44 x 5,32 metros. Características: pavimento e paredes em pedra. Pontos de luz. Capacidade: 400 lugares sentados.

Auditório, em anfiteatro, foi construído em 1988/1989 segundo um projeto do arquiteto Viana de Lima. Área útil: 26,3 X 9,88 metros. Características: pavimento em alcatifa, paredes forradas a tecido. Pontos de luz. Capacidade: 171 lugares sentados. Possui equipamento técnico de imagem, som e iluminação. Acessibilidade. Acessos para pessoas com mobilidade reduzida e cedência de cadeira de rodas mecânica com acompanhante. Estacionamento. Gratuito. Disponível a norte e a sul do monumento, com capacidade para 200 automóveis. Para autocarros, disponível a sul (em parque privativo) e a nascente (junto ao pavilhão multiusos), com capacidade para 12 viaturas. Horário. Outubro a março, das 09h00 às 17h00 (última entrada 16h30); abril a setembro, das 09h00 às 18h00 (última entrada 17h30). Encerrado nos dias 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro.

As destruições que abalaram fortemente o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, fundamentalmente entre os séculos XVIII e XIX e às quais já nos referimos nesta rubrica, ditaram a campanha de restauros encetada em 1840 por Luís Mouzinho de Albuquerque. O programa de recuperação do monumento contou com a imprescindível iniciativa da rainha D. Maria II e de seu marido, D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha. Luís Mouzinho de Albuquerque foi o primeiro responsável pelo restauro, apoiando-se nos planos de James Murphy. Na sua Memória Inédita acerca do Edifício Munumental da Batalha, publicada em 1854 (mas redigida em 1843), resume os trabalhos realizados sob a sua direção, de três anos. O documento reflete o fascínio pelo Monumento e a admiração pela dinastia de Avis. Mais do que uma obra técnica, a Memoria Inédita é rica de uma forte carga poética que ajuda a caracterizar o perfil daquele que, para além de engenheiro, foi estadista, militar, cientista e escritor e que se fixou na Quinta da Várzia, na Batalha, em 1837. Na obra, Mouzinho de Albuquerque conduz-nos, passo a passo por uma abordagem dos aspetos arquitetónicos do mosteiro, fazendo considerações acerca do traçado antigo, da distribuição do espaço e funções do mesmo, e leitura dos aspetos artísticos. A propósito da igreja, descreve “Esta sobriedade de ornatos accessorios de trabalhos de esculptura nas paredes, pilares e abobadados de um edifício tão vasto como a igreja da Batalha, dar-lhe-iam por ventura uma apparencia demudada e pobre, se o architecto não tivesse achado o logar próprio para fazer sobresahir s pormenores para embelezar o templo com os mais ricos adornos, sem alterar a simplicidade sublime da edificação”. Joaquim Mouzinho de Albuquerque, neto deste insigne batalhense, granjeou também elevada respeitabilidade, tendo assumido o cargo de governador de Moçambique e defendido os interesses de Portugal na época do expansionismo. A Batalha lembra os seus feitos num busto que lhe é dedicado, na praça como o seu nome, mesmo no coração da vila. Em sua homenagem, no próximo dia 21 de julho, ocorre às 11h00, mais uma cerimónia de evocação prestada pela Arma da Cavalaria, de que é patrono. No MCCB revivemos os tempos de recuperação do Mosteiro da Batalha no espaço de exposição permanente. A equipa convida também à consulta da fascinante Memória Inédita acerca do Edifício Monumental da Batalha, de Luís Mouzinho de Albuquerque, disponível para consulta no Laboratório da Memória Futura do Museu.

p Luís Mouzinho de Albuquerque


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Batalha Atualidade

Jornal da Batalha

julho 2014

Jornal da Batalha é o es da vida do concelho Cercilei e BAC querem andebol para todos Parceria inovadora leva a população deficiente

W pág. 8

W pág. 3

W pág. 17

modalidade

| DIRETOR: Carlos dos Santos

Rancho ressuscita casas de portageiro

Roubo de cobre acaba em condenação de GNR

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Estado estudou estrada mais perto do Mosteiro

www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO

PORTE PAGO

W pág. 4

Bombeiros estreiam quartel renovado

Ano XXIII nº 273 | Abril de

Especialista estudou revolução da década de sessenta

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W págs. 8 e 9

ter animação e Ponte do século XIX vai um dia venda de artesanato por

morto em Caso refere-se a suspeito Fetal pedreira do Reguengo do

urbana

Candidato do PSD explica planos para presidência

2013 |

| DIRETOR: Carlos dos Santos

QUIOSQU E DA BATALHA

Ex-preso político edita livro sobre resistência

Matias Natural da Batalha, Joaquim a ditadura escreve sobre luta contra

Entrevista ao único candidato conhecido até ao momento

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Ano XXIII nº 274 | Maio de

Museu da Batalha recebe prémio europeu

• Lotarias • Totoloto • Raspadinhas • Euromilhões APARTADO 24 Largo Mestre Mateus Fernandes 767 228 Telf: 244 767 720 Fax: 244 2440-901 BATALHA

no concelho.

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Wpág. 7

Alunos vencem concurso de gestão promovido por universidade

Mosteiro tem novo diretor apostado em dinamizar o monumento Joaquim Ruivo assumiu funções no início de abril as e, em entrevista, traça prioridades para o ex-libris

ao trânsito A Ponte de Boitaca fechou mas abriu automóvel por uma tarde, etnográfica. portas para a tradição passaram a As cabines de portageiro de produtos ser pontos de comércio a curiosidade dos tradicionais, atraindo dia 19. Houve visitantes. Foi domingo, algumas conferir para ainda tempo numa iniciativa profissões tradicionais, do que marca mais um aniversário do Lena, da Rancho Folclórico Rosas Rebolaria.

do concelho.

Wpág. 17 Atletas da Golpilheira na Taça Nacional apenas com vitórias

os leitores é a grande aposta do Jornal da Batalha, através de um maior investimento na Internet e no melhor acompanhamento dos temas que mais interessam aos nossos assinantes da edição em papel

Os tempos, como todos sabem, não estão de maré para a Imprensa em geral. Os desafios são cada vez maiores e difíceis de ultrapassar, por força do mercado e dos diferentes meios que com ela concorrem, entre os quais sobressai a Internet – com a qual todos temos, neste momento, uma espécie de relação de ‘amor/ódio’. A lógica do negócio dos média parece mostrar que é o melhor caminho, mas, em boa ver-

Quatro jogos, quatro vitórias, liderança e presença garantida no primeiro campeonato nacional de futsal feminino.

dade, ainda quase ninguém encontrou a fórmula para o rentabilizar. No Jornal da Batalha, sobretudo no último ano, temos procurado uma maior presença junto dos nossos leitores, independentemente da plataforma que usam para nos ler. Os resultados têm correspondido, nesta matéria, aos objeti-

2440-901 BATALHA

Analfabetismo ainda é uma realidade mas tem vindo a decrescer. Nos últimos vinte anos, caiu para menos de metade

Hotel distinguido por um site de viagens e Bed por & Breakfast elogiado jornal holandês.

Esta edição assinala o 24º aniversário do Jornal da Batalha. É uma história feita, sobretudo, das histórias que publicámos ao longo de 288 edições e que constituem, em certa medida, um acervo incontornável para todos os interessados em conhecer os factos que marcaram a vida do concelho, nas mais diversas vertentes – algumas estão traduzidas nas primeiras páginas que reproduzimos neste trabalho.

• Lotarias • Totoloto • Raspadinhas • Euromilhões APARTADO 24 Largo Mestre Mateus Fernandes 767 228 Telf: 244 767 720 Fax: 244

Há quase 800 batalhenses que não sabem ler este título

Hotelaria do concelho elogiada na imprensa internacional

m A proximidade com

Guerra De José Manuel Matos

Wpág. 6

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p O Jornal da Batalha tem investido na proximidade com os seus leitores

2013 |

QUIOSQU E DA BATALHA

PORTE PAGO

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Guerra De José Manuel Matos

vos que traçámos – ou melhor que traçamos mês após mês, procurando acompanhar sempre esta realidade volátil. Nesta altura, considerando a edição em papel e a presença na Internet, a audiência mensal estimada do Jornal da Batalha é de 10 mil leitores - o concelho tem 15.805 habitantes (Cen-

Alunos do 12º ano da Escola Básica e Secundária da Batalha galardoados com o 1º Prémio no concurso “12 Horas de Gestão”.

Wpág. 11 Tasquinhas e artesanato regressam em finais de junho A XXIII edição da FIABA Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha, tem lugar de 20 a 23 de junho, no Largo Cónego Simões Inácio, na Batalha

sos de 2011). A edição em papel tem uma tiragem de três mil exemplares, correspondendo 80% das vendas a assinaturas e as restantes a compras em banca. A esmagadora maioria é vendida nos concelhos da Batalha e Leiria, seguindo-se o resto do país, com Lisboa à cabeça. No estrangeiro,

Venha conhecer um novo espaço de Saúde e Bem-Estar

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Contactos para informações e marcações Estrada do Areeiro, Nº 91, Lt 8, R/C Dto, Jardoeira, 2440-373 Batalha (Junto à Capela) GPS: 39.666262,-8.835505 | Telem.: 96 95 18 018 | E-mail: fisiobatalha@gmail.com

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BATALHA


Jornal da Batalha

julho 2014

Atualidade Batalha

spelho de 24 anos Escultor inspira-se no Japão para exposição

aprendeu a Conheça o artista que amar a pedra no Mosteiro

| DIRETOR: Carlos dos Santos

W pág. 7

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Avarias no Mosteiro chegam ao Parlamento sobre Governo questionado deficiências nos sanitários

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Nuno Barraca é a aposta do CDS-PP para a Câmara

atalha.pt | MENSÁRIO Ano

XXIII nº 277 | Agosto de 2013

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PJ detém suspeito de tentar intoxicar mulher

assegura Em entrevista do candidato que quer união dos centristas

terá Reformado da Faniqueira ex-mulher atentado contra vida de

Crise nos bombeiros provoca eleições : ato

Órgãos sociais demitiram-se novembro eleitoral marcado para

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| DIRETOR: Carlos dos Santos

PORTE PAGO

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Instalações sanitárias vão à rede de saneamento

atalha.pt | MENSÁRIO Ano

XXIII nº 279 | Outubro de 2013

|

PORTE PAGO

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Conheça os galardoados do Dia do Município

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Batalha

Wpág. 11 Bombeiros agradecem a benemérita com 105 anos de idade

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O 105º aniversário de Romana Novo, não passou despercebido. A fanfarra dos Bombeiros Voluntários da Batalha visitou-a no Lar Emanuel, em Leiria.

Novo presidente promete apostar nas pessoas segurou o município . Paulo Batista dos Santos, aposta passa, das eleições autárquicas na gestão municipal. A O PSD foi o grande vencedor ento aponta para um novo paradigma e empenhado no desenvolvim para o PSD. O novo presidente concelho interventivo o executivo já definiu tomada de posse, por um lembrou no discurso de idosos e na educação. Entretanto, saúde, de apoio aos mais executivo. de políticas nas áreas da áreas de intervenção do partilham oposição e os pelouros: maioria

Wpág. 6

Campanha no Facebook quer ajudar militar da GNR condenado Em abril, o elemento da GNR foi condenado por ter morto assaltante. Redes sociais mobilizamse para ajudar a pagar custas do processo.

A Batalha volta a ser palco de um seminário sobre a Rede de Escolas e de Excelência, dias 25 26 de outubro.

parado.

Wpág. 11

Wpág. 10

Maria Manuel Ribeiro é candidata da CDU à Câmara da Batalha

Primeiro Festival internacional de acordeão chega em novembro Centro Paroquial será palco de evento que conta com a participação Petar Maric, diversas vezes Campeão Mundial de Acordeão.

Joaquim Dâmaso

Já é conhecido o quarto candidato à presidência da Câmara da Batalha. Tem 47 anos e é engenheira química. Concorre pela CDU.

Wpág. 6

Ex-ministro David Justino debate Escolas de Excelência na Batalha

Governo prometeu a construção de uma rotunda no cruzamento O da Jardoeira em 2014. projeto está a ser pre-

frente aos vitória das tropas lusas herói militar decisivo na dimensões, que Condestável de Aljubarrota, acampamento de grandes Nuno Álvares Pereira, é a figura central de um que decorreu em São Jorge, castelhanos, na batalha Batalha. decorre junto à vila da

Batalha

Wpág. 11

Governo promete rotunda para o IC2 na Jardoeira

Joaquim Dâmaso

Obras repararam sanitários do Mosteiro ser ligadas

destacam-se países como França, Brasil, Canadá, Inglaterra, África do Sul, Suíça ou Alemanha. Na Internet, a abrangência do Jornal da Batalha é, naturalmente, maior e os resultados mais fáceis de medir (ver notícia em baixo). As notícias na nossa página no Facebook são vi-

sualizadas, em média, por mais de mil fãs (leitores) e frequentemente ultrapassam o dobro desta marca. O número de fãs também cresceu exponencialmente no último ano, contribuindo sobretudo para consolidar a proximidade que queremos manter com os nossos leitores, estejam no

Notícia vista seis mil vezes na Internet A página do Jornal da Batalha no Facebook passou de um alcance total de 412 pessoas (máximo num dia) registado em setembro de 2013 para 2.730 em junho último, o que representa uma evolução significativa. O número de ‘gostos’ cresceu de igual forma: 616 em agosto do ano passado para 2.000 na atualidade. A maior parte dos leitores são mulheres (53%), com idades entre os 25 e 44 anos, seguindo-se o escalão etário dos 18 aos 24 anos. Encontram-se sobretudo em Portugal, seguindo-se França, Brasil, Suíça, EUA, Canadá, Reino Unido, Espanha, Angola e Alemanha; em conformidade com os resultados gerais da edição em papel. No que respeita ao nosso país, a maior parte dos seguidores no Facebook vivem na Batalha, Leiria, Lisboa, Porto de Mós, Marinha Grande, Coimbra, Santarém (pela proximidade de Fátima), Porto, Pombal e Alcobaça, também em linha com

os dados obtidos na análise das assinaturas em papel. No concelho da Batalha, as localidades onde a nossa página é mais vista são: Batalha, São Mamede, Reguengo do Fetal, Golpilheira, Faniqueira, Leiria, Jardoeira, e Alcanadas. A notícia mais lida online até agora foi a que descrevia a morte, num acidente, do professor e treinador de futebol Rui Gama (seis mil visualizações), seguindo-se a do anúncio da realização na Batalha do programa da RTP “Verão Total” (4.100) e a respeitante ao 36º aniversário dos Bombeiros da Batalha (2.500 visualizações). No nosso site, que atualmente apenas reproduz a edição em papel, o exemplar mais visto foi o de Outubro de 2013, sobre as eleições autárquicas (3.868 visualizações), à frente da edição de janeiro deste ano (2.280) e da correspondente a dezembro de 2013 (1.571).

concelho da Batalha ou em qualquer parte do mundo – e os que vivem na diáspora são pelo menos cinco mil.

p A cobertura dos acontecimentos mais ligados à vida do concelho é prioritária

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Batalha Atualidade

julho 2014

Reformados do Reguengo foram passear até à praia

s Fiscalidade

m Os seniores parti-

Empresas ou escritórios de contabilidade?

ciparam em diversas atividades ao longo do dia. O baile foi uma das mais animadas

A Junta de Freguesia de Reguengo do Fetal organizou um “Passeio-Convívio para Reformados” pelas praias do distrito de Leiria, no final de junho, em que participaram 178 pessoas, e que mereceu um balanço positivo por parte da autarquia. “Foi muito positivo, a merecer cinco estrelas, com muita adesão e manifestações gerais de agrado pela forma como decorreu”, referiu Horácio Sousa, presidente da Junta de Freguesia de Reguengo do Fetal, adiantando que “este tipo de convívio possibilita mais interação entre os reformados”. O passeio realiza-se há 20 anos e está aberto apenas a residentes na freguesia. Um dos cônjuges tem de ser reformado e não podem depender de terceiros para se deslocar. A iniciativa realizou-se no dia 28 de junho e começou com a concentração dos convivas às 7h30 no

p A tarde de dança foi dos momentos mais animados largo da Palmeira, no Reguengo do Fetal. A partida foi dada às 8h00 e a manhã preenchida com uma visita às praias do distrito de Leiria e um lanche-convívio (10h00). O grupo passeou pela Praia da Vieira, S. Pedro de Moel, Paredes, Sítio da Nazaré e Quinta do Moinho, em Alvados. O almoço foi às 13 horas no restaurante da Quinta do Moinho e a tarde preenchida com um baile e muita animação, bem como um lanche ajantarado. O regresso a casa aconteceu pelas 20 horas. “Durante o passeio visitámos aqueles locais, houve confraternização entre os reformados e um lanche.

Em Alvados realizou-se um almoço, seguido de animação com baile, com o Paulo Brogueira, poesia, cânticos da terra, jogo de cartas e dominó e, por fim, um lanche ajantarado”, descreveu o presidente da autarquia. Horácio Sousa garante que “o objetivo do seu executivo é manter o passeio” nos próximos anos, cujos custos são inteiramente assumidos pela autarquia. Para o mês de agosto está prevista outra atividade para os seniores. É uma tarde dançante, com o objetivo de “juntar os reformados com os emigrantes da freguesia”, explicou o presidente da junta.

Alunos da Batalha conquistam prémio entre 10 mil concorrentes Um grupo de alunos do ‘Apoio ao Estudo a Português’, do Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB), foi distinguido, pelo segundo ano consecutivo, no concurso “Uma Aventura... Literária 2014”. Os estudantes do 6º ano conquistaram o 3º prémio, na modalidade de ‘Texto Original’, entre mais de 10 mil trabalhos apresentados por escolas de todo o país, anunciou a 14 de junho o agrupamento de escolas. O júri “ficou encantado” com o texto ‘O sonho azul de uma caneta’, que será publicado num livro da coleção ‘Uma Aventura’, re-

fere O AEB, adiantando que “trata-se de uma pequena história em que a protagonista, uma caneta abandonada, encontra mãos amigas que a acarinham e a companhia de alguém que a vai ajudar a escrever um grande romance”.

Os autores da história são David Santos, David Sokolowski, Diana Grácio, Érica Domingues, Frederico Oliveira, Maria do Rosário Gonçalves, Martim Santos, Rafael Nogueira, Rafael Aguiar, Renato Graça e Verónica Santos.

Jornal da Batalha

António Caseiro Mestre em Fiscalidade, pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade, Técnico Oficial de Contas

Falar de Gabinetes de Contabilidade (GC), presume determinadas perguntas: o que é GC? Que serviços devem prestar? Conseguirão ser distinguidos pela Qualidade? Depende da competência do trabalho que os profissionais promovem. Um autêntico GC deve ter como objectivo a satisfação total dos serviços que consagra aos seus clientes, tudo o que fizer e/ ou aconselhar terá de ser de uma forma absoluta de saber profissional, dentro de cada ramo ou sector em cada momento. Todos os gestores deste ramo deveriam prestar os seguintes serviços: recolha dos elementos e documentos obrigados a tratamento contabilístico (facultativo); a preparação, a classificação, os lançamentos, as conferências e arquivamento, para rigorosa contabilização dos referidos documentos; preenchimento das guias de pagamento dos Impostos IRS, IRC, IVA e selo; entrega dos impostos nos locais de receção dos mesmos (facultativo), processamento de salários; fornecimento adequado de elementos de análise fiscal e empresarial para tomada de decisões. Um GC que pretenda exercer com mais profissionalismo a sua ação para além destes serviços mínimos necessários deverá igualmente fazer um acompanhamento fiscal mensal exigente do seu cliente, através da prestação de autênticos e relevantes serviços da sua área de influência como sendo o próprio acompanhamento e/ou representação junto de entidades da área especifica, na Autoridade Tributária, Entidades Bancárias, Instituto Nacional de Estatística, Segurança Social, etc. Elevada Con-

sultoria Fiscal, apoio na área de projectos de investimentos, na área financeira, acompanhamento de uma forma interventiva na estratégia global empresarial do seu cliente, formação genérica dos quadros sobre grandes e constantes alterações da política fiscal e na área laboral e jurídica. Um GC poderá ser uma empresa legalmente constituída nas várias formas societárias ou ainda ser uma associação de Técnicos Oficiais de Contas (TOC´S), com o mesmo objectivo, atuando de uma forma individual. Existem empresas e ou outros indivíduos conhecidos por “habilidoso na área” sem conhecimento real dos seus deveres e sem qualquer predicado. Todas as empresas deverão ser acompanhadas ou propriedade de um ou vários TOC´S devidamente inscritos na Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) e cujas responsabilidades profissionais se encontram bem delineadas e traduzidas no respectivo Código Deontológico e Estatuto dos TOC´S. É possível a Certificação da Qualidade para as empresas ou GC. Mas sem certificação de Qualidade é possível fazer um óptimo trabalho, e é somente este tipo de gabinetes ou de TOC´S que se deve defender e procurar. Felizmente que um vasto mercado de concorrência, por vezes desleal, ainda é possível e de uma forma evidente destrinçar quem presta bons ou maus serviços nesta área. Como sócio de um GC, defendo que todos eles com muito rigor, coloquem em prática a verdadeira qualidade. Temos se ser extraordinariamente profissionais, até porque

muitas vezes com as nossas opiniões podemos influenciar a tomada de decisões de muitos empresários na gestão das suas empresas. A Contabilidade que para muitos é uma coisa árida e monótona é objectiva e socorre-se de muitos Princípios e Normas Contabilísticas que devem ser aplicadas de modo a apurar a verdade da situação financeira e patrimonial da entidade a quem se presta o serviço. Devemos ser extraordinariamente “Aptos”, pelo que devemos constantemente fomentar e actualizar de uma forma ininterrupta os nossos conhecimentos, bem como os dos nossos colaboradores; temos de ser responsáveis, devemos ter a consciência da forma como seleccionamos os nossos colaboradores, temos de ter confidencialidade, pois uma empresa deste ramo, deve manter sigilo profissional sobre acontecimentos e escritos de que se tomem conhecimento, da vida da empresa seu cliente. Uma boa empresa de contabilidade, nos dias de hoje, deverá duma forma clara, expor-se através da internet, onde explicará todo o seu potencial humano e de trabalho, a sua qualidade, instalações, equipamentos, suas capacidades através do prolongamento da sua área de intervenção, os verdadeiros serviços que presta e a qualidade que confere aos, mesmos. A informática é hoje, insubstituível e a grande ajuda para se desenvolver um bom trabalho. É indispensável pela dimensão dos números, pela quantidade de documentos e pela necessidade de informação constante e atempada, por vezes quase “on-line”.


Jornal da Batalha

julho 2014

Associação Recreativa Amarense Especial

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“As dificuldades existem agora e existirão sempre mas não põem em causa a existência do clube” m A Associação Recreativa Amarense existe há 47 anos, que assinalou com uma festa de aniversário no dia 6 de julho. Pedro Carreira, de 26 anos, presidente da coletividade desde janeiro, quer equilibrar as finanças e fazer obras de melhoramento no pavilhão. O futsal é a alma do clube.

Jornal da Batalha – É presidente da associação há sete meses e fez parte da direção anterior. Tem tido muito trabalho? Pedro Carreira - É muito trabalho mesmo! Quais são os principais desafios que tem enfrentado? Neste momento, as principais dificuldades do clube são ao nível económico. Não tem sido fácil lidar com todas as situações. Os apoios são cada vez menos e, financeiramente, já tivemos melhores dias. Mas conto com a ajuda de todos e acredito que com trabalho conseguiremos erguer e levar o nome da associação a todo o lado, como temos conseguido fazer. O desporto é a principal atividade da associação. O desporto é a força do clube, sem futsal deixaria de existir. Por exemplo, notamos que quando acaba a época quase ninguém vem à sede durante a semana. A vida do clube é o futsal. Já teve o basquetebol, uma das modalidades com que começou, mas depois virou-se apenas para o futsal, que envolve cem atletas. É intenção da direção introduzir a prática de outras modalidades? Há muito anos que não há outras modalidades e não é nossa intenção repor ou introduzir outras modalidades desportivas. Mas desenvolvem mais atividades além do desporto? Costumamos participar na FIABA e organizar festas, que tentamos fazer pelo menos uma vez por mês, no bar ou no salão. São o oxigénio para podermos respirar um bocadinho ao nível financeiro. São festas com grupos musicais e DJ. E também retomámos a

p O Amarense tem todos os escalões de formação e 100 atletas p Pedro Carreira destaca que o clube é indissociável do futsal festa de aniversário do clube, que não se fazia há muitos anos, com o objetivo de atrair ao clube mais gente da terra e das localidades vizinhas, que cada vez mais foge daqui. Queremos cativar também aqueles que ajudaram a fundar e a criar o Amarense. Quantos sócios tem o clube? Estamos a fazer a atualização da base de dados, por causa dos sócios não pagantes há muitos anos, mas serão na ordem dos 200. Como é que financiam a associação? Os principais financiamentos vêm da câmara e das atividades que realizamos. Os patrocinadores são cada vez menos. Há al-

guns, mas poucos. E, mesmo assim, mantemos sete equipas de futsal, em todos os escalões, desde os benjamins aos seniores. Como é que surgiu o futsal no Amarense? Não sei ao certo, porque sou das Torrinhas, no Reguengo do Fetal, e não conheço a história, mas resultou da vontade das pessoas da terra. Há uns 18 ou 20 anos praticava-se futebol de 11 e alguns praticantes juntaram-se e formaram uma equipa de futebol de cinco, de onde nasceria o futsal. Como é que veio para o Casal do Marra? Fui convidado há oito anos para jogar futsal. Neste momento te-

mos na direção quatro elementos da equipa sénior. Quais são a obras prioritárias nesta altura? Vamos fazer obras de melhoramento do pavilhão. Temos o apoio da câmara, mas, mesmo assim, não temos capacidade para concretizar tudo o que tínhamos pensado: mudar os telhados dos balneários, das laterais (tudo o que está por fora) e das laterais da nave do pavilhão, porque chove no interior, causando graves problemas de humidade e isolamento. As obras arrancam no final de julho ou início de agosto, mas respeitam apenas à primeira fase. Entretanto, tentaremos juntar verbas para fazer o resto das obras.

“Falta de patrocínios impede compensação aos seniores” A equipa sénior é totalmente amadora? Com a saída de patrocinadores, a época passada deixámos de dar uma pequena compensação aos jogadores seniores, o que foi muito difícil. E este ano não está nada prometido, porque não temos capacidade financeira. Isso dificulta a gestão da equipa? Provoca dificuldades acrescidas, mas continuaremos a honrar o Amarense. Não é fácil, mas

vamos conseguir. Portanto, o futuro do clube não está em causa? As dificuldades existem agora e existirão sempre, mas não põem em causa a existência do clube. Esperamos que sejam minimizadas e estamos a trabalhar com esse objetivo, mas a continuidade da associação nunca esteve, nem poderá estar em causa. Quais são os seus grandes ob-

jetivos para este mandato de dois anos? Os dois principais são equilibrar as contas e fazer todas as obras necessárias no pavilhão. Para cumprir estes e outros objetivos, e pelo que nos ajudaram a fazer até agora, não posso deixar de agradecer à câmara municipal, à junta de freguesia, aos patrocinadores, a todas as entidades e pessoas que têm colaborado connosco, contando-se entre as principais os nossos associados.

Quanto custam? A primeira fase custará entre 17 e 18 mil euros. É muito dinheiro para uma associação como a nossa. Qual é orçamento da coletividade? O orçamento anual ronda os 100 mil euros. Temos poucos patrocínios e são o bar e as festas que ajudam a suportar as despesas correntes do futsal ao longo da época. Depois, quando chegam os apoios da câmara tentamos equilibrar as contas. Osresultadosdesportivossãobons? A população vem aos jogos? Os resultados do futsal são positivos. A população vem aos jogos, participa na vida do clube. Não está aqui todos os dias, mas ajuda quando pedimos. Se formos falar com as pessoas estão sempre dispostas a ajudar. E vêm ver os jogos, temos sempre uma boa assistência, principalmente nos jogos da equipa sénior. Na formação estamos a conseguir melhorar este aspeto da participação do público. A formação é muito importante para a Amarense? Nós investimos muito na formação. Temos muitos miúdos, porque lhes damos condições. Por exemplo, vamos buscá-los com as nossas carrinhas. Para ajudar a cobrir esta despesa e as que temos com os treinadores e a manutenção do pavilhão, entre outras, têm de pagar uma mensalidade de 15 euros.


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Especial Associação Recreativa Amarense

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Jornal da Batalha

“Rapazitos” que gostavam de jogar futebol e fecho de tasca na origem da AR Amarense m António Carreira, um dos 13 fundadores da coletividade, recorda os momentos mais importantes dos 47 anos da coletividade, que hoje se dedica em exclusivo ao futsal

p António Carreira continua “orgulhoso” do clube que ajudou a fundar em 1967

A ideia de fundar um clube no Casal do Marra nasceu no seio de “um grupo de rapazitos” jogadores de futebol de 11, que se reuniam para praticar o desporto e em resultado do fecho da tasca que era o seu ponto de encontro. Um desses “rapazitos” era Antó-

nio Carreira, hoje com 75 anos, reformado da EDP, que recorda ao Jornal da Batalha esses tempos que culminariam com a fundação da Associação Recreativa Amarense, a 4 de julho de 1967. No início, foram 13 os ‘ativistas’ que alugaram um barracão numa fazenda para instalar a sede do clube. E, em boa verdade, nem todos eram tão “rapazitos” como isso. “Alguns eram homens mais velhos, como o tesoureiro e o presidente”, lembra António Carreira, destacando que um dos primeiros líderes da coletividade foi António Carreira Pequeno. O clube nasceu quando o irmão de António Carreira fechou a sua tasca, que era o ponto de encontro dos homens da terra. “Por isso, arranjámos o clube para nos juntarmos e termos um espaço de convívio”, adianta o fundador

do clube. “Era mais para estarmos todos na paródia, fazermos os nossos petiscos e, claro, havia sempre o futebol de 11”, que antecedeu a prática do basquetebol, do andebol e do futsal. O clube chegou a participar nos torneios do Oeste, do INATEL, em futebol de 11, e conquistou alguns títulos. A equipa conseguiu estar 50 jogos sem perder na década de 1970. Mas o Amarense teve muitas outras atividades, como a ginástica, o teatro, e iniciativas culturais que chegaram, por exemplo, a envolver o professor Mário Neto durante anos. No entanto, o desporto acabaria por ganhar terreno e impor-se no seio do clube. As obras de construção das instalações são, quase sempre, o principal desafio destas coletivi-


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Associação Recreativa Amarense Especial

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p O bar e as festas são duas das principais fontes de rendimento dades e no Casal do Marra não foi diferente. “O início foi muito difícil. Começámos aqui (na atual sede) a abrir uns alicerces; um dava isto, o outro dava aquilo. Isto era uma propriedade privada e nós pagávamos uma renda ao Vieira das Hortas, 1.200 escudos (seis euros) por ano, mas como a filha era sócia monetária dava 200 escudos. Depois, fomos comprando a propriedade aos bocados”, conta António Carreira.

“Quando era preciso fazer as obras cada sócio emprestava 500 escudos (2,5 euros) ou mil escudos (cinco euros). Depois fazíamos um sorteio por mês para ver a quem se pagava. A maior parte dos sócios acabou por cá deixar ficar o dinheiro – para fazer a sede e o pavilhão foi assim”, destaca. Para este fundador do Amarense – hoje do grupo original vivem apenas meia dúzia -, “um dos

momentos mais importantes foi a atribuição do título de campeão da Divisão de Honra e a subida à 3ª Divisão Nacional de Futsal”, bem como a inauguração do pavilhão, do edifício do bar e do salão com palco. E valeu a pena ter fundado o clube? “Valeu, claro. Ainda hoje tenho muito orgulho na associação. Estive quase sempre na direção e agora sou presidente da assembleia geral”. Isto, apesar do

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clube “ter passado e passar por muitas dificuldades. Vamos andando: o dinheiro é pouco e as dificuldades são muitas”. Apesar de tudo, o clube nunca esteve em vias de fechar. Houve sempre direção. “Vai continuar, tem muitas raízes, é uma família. Até costumamos dizer que é a família amarense”, destaca António Carreira. Por fim, qual a origem do nome do clube? O nosso interlocutor

explica: “Chama-se Amarense porque diziam que este local era o Casal da Ti Maria Amara; mas a verdade é que o nome Casal do Marra, segundo documentação do Arquivo Distrital de Leiria, deve-se à existência aqui de uma clareira entre os pinhais, onde viviam uns homens que trabalhavam com as marras [cortadores de pedra] para construir o Mosteiro da Batalha”.


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Especial Associação Recreativa Amarense

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“A formação é muito importante. Não quero que seja apenas jogar”

p A equipa sénior está a disputar 2ª Divisão Nacional Série B

m A AR Amarense tem seis equipas nos escalões mais jovens. O principal objetivo é que sejam bons atletas, porque são a essência do clube, mas também pessoas de corpo inteiro, como diz Telmo Santos, diretor de formação

A equipa sénior da AR Amarense está a disputar 2ª Divisão Nacional Série B (Centro-Sul). Na última época ficou no 8º lugar da classificação, cumprindo assim o objetivo da manutenção, que se mantém para o próximo ano. Os jogadores são amadores e há 13 anos que a coletividade está presente nos campeonatos nacionais, incluindo nove anos no escalão em que se encontra atualmente. Telmo Santos, de 28 anos, diretor de formação, em conjunto com Paula Fernandes e Liliana Junqueira, reconhece que a equipa sénior tem enfrentado “algumas dificuldades no que respeita à constituição do plantel”, mas “a

p Telmo Santos quer jogadores competitivos, mas bem formados maior é manter a equipa financeiramente, porque os custos são elevados, por exemplo com as deslocações aos Açores”. Um dos objetivos desta equipa de dirigentes “é aproveitar o máximo de jovens dos escalões de formação”. O clube tem 80 atletas neste setor, divididos em seis equipas, desde os benjamins (duas) aos juniores, com idades entre os sete e os 18 anos. “A formação é muito importante. Somos provavelmente dos únicos clubes do distrito de Leiria que tem todos os escalões com equipas envolvidas nos campeonatos distritais”, diz Telmo Santos, destacando que a AR Ama-

rense tem um treinador por escalão - uma prioridade para haver trabalho em condições -, um treinador-adjunto, um delegado e um treinador de guarda-redes. Isto tudo a custo zero, excetuando os treinadores que recebem uma pequena compensação simbólica para a despesas, sobretudo de deslocação”. “A nossa intenção é formar os atletas como jogadores profissionais, mas tendo sempre em atenção a escola, que está primeiro. Tentamos educá-los. Não nos preocupamos apenas com o futsal. Eu chamo a atenção para a educação, os estudos, os aspetos de desportivismo. Não quero que

Festa. A AR Amarense festejou o aniversário no dia 6 de julho. E como não há festa popular sem música e comes e bebes, aqui está a equipa feminina da cozinha do clube de Casal do Marra, que derrotou folgadamente qualquer hipótese de a fome impedir as comemorações.

seja apenas jogar à bola”, destaca Telmo Santos. Pela mesma razão, “há proximidade entre os pais e o clube”, que os incentiva a acompanharem os filhos. “Não gostamos de ser um depósito: queremos que os pais venham, estejam com as crianças e frequentem o clube”, refere. Mas, claro, o aspeto desportivo também é importante. Por isso, os dirigentes querem que os atletas se esforcem para integrar a equipa sénior e cheguem às fases finais das competições distritais. No ano passado, os juniores estiveram na fase final, quase a ascender aos nacionais, bem como os infantis. Os juvenis e os iniciados ficaram no 3º lugar nas suas provas, a uma posição do apuramento para as finais. “Também somos exigentes na competição, até porque a obtenção de bons resultados os motiva a continuar. O facto de termos a equipa na 2ª Divisão Nacional também cativa muitos“, explica o diretor de formação. Por outro lado, como o futsal, com um orçamento anual a rondar os 80/90 mil euros, é a única modalidade do clube, há uma maior responsabilidade sobre aqueles que estão diretamente ligados à modalidade. “Se deixar de funcionar, deixamos de ter clube. A associação é que suporta financeiramente o futsal, mas o desporto é a única maneira de chamar as pessoas e de o clube ter as portas abertas”, conclui Telmo Santos.


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Saúde Vale a pena arriscar para ficar moreno? cuidada. Importante é também relembrar que cada pessoa tem a sua sensibilidade individual ao sol. Assim, devem ter particular cuidado com a exposição solar as pessoas que tenham antecedentes de queimaduras solares, história de cancro de pele na família, que tenham mais de 50 sinais no corpo ou que tenham sido submetidas a transplante de órgãos. As pessoas de pele muito clara, loiras ou ruivas e com sardas (fototipo 1) e os bebés com menos de seis meses, deverão evitar a exposição

solar por completo. Para que possamos fruir do nosso sol com toda a tranquilidade e de forma saudável, há uma série de medidas de segurança que devemos seguir criteriosamente: usar um protetor solar com fator de proteção igual ou superior a 30, aplicá-lo 30 minutos antes da exposição, reaplicar a cada duas horas e após o banho (mesmo que seja à prova de água!) ou secagem com toalha; usar óculos de sol e roupa fresca sempre que a exposição for prolongada e, evitar a exposição entre as 12 e as 16 horas.

Evitemos solários, evitemos escaldões e mantenhamos os nossos sinais sob vigilância. E, uma vez sendo agraciados por uns raios de sol todos os dias, por que não preferir um creme hidratante também com proteção? Afinal, não é só na praia que apanhamos sol e, de facto, uma tez morena não justifica o fantasma avassalador de um cancro nem umas inocentes mas desagradáveis rugas antecipadas.

Osvaldo Gago/Wikimedia Commons

Indiscutivelmente, o sol faz-nos bem – à disposição, à autoimagem e até, imagine-se, à saúde! Num País solarengo como o nosso, importa contudo saber aproveitá-lo da melhor maneira já que, a par dos benefícios, há uma panóplia de efeitos indesejáveis e indissociáveis da exposição solar. Desde o envelhecimento precoce da pele, nomeadamente com o aparecimento de rugas, às dermatites (inflamações) e aos cancros de pele, incluindo o melanoma, todos podem ser atribuídos a uma exposição desregrada e não

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p Deve evitar-se a exposição solar entre as 12 e as 16 horas

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Batalha Atualidade

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s A opinião de António Lucas Presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Museu da Comunidade Concelhia da Batalha: Prémio Acesso Cultura Regresso novamente a este tema, porque é um assunto que merece atenção e a pretexto de mais um prémio, para a já importante coleção que o espólio evidencia. O Museu da Batalha obteve mais um importante galardão, desta feita o Prémio Acesso Cultura, atribuído pela primeira vez, pela associação com o mesmo nome e concorrendo com adversários de peso, tais como: Museu Machado de Castro, Museu Berardo, Teatro Nacional D. Maria II, para citar apenas três dos 34 concorrentes. Este é o quarto prémio importante que o nosso museu recebe, a seguir ao melhor museu português de 2012, ao prémio europeu Kenneth Hudson de 2013 e ao prémio “ Mérito Regional ” atribuído na IV Gala para a Inclusão do IPL 2013, em conjunto com os projetos PLIP – projeto de leitura inclusiva partilhada e Pia do Urso. Receber qualquer destes prémios seria digno de nota. Receber estes 4 prémios em 3 anos consecutivos merece elevado registo. Merece também uma primeira visita, ou uma segunda com menos pressa, para aqueles que já tiveram oportunidade de o visitar. Merecem também e mais uma vez, uma nota de agradecimento, todos e todas que colaboraram e tornaram este grande projeto possível, vivo e atuante. Foi muito bom trabalhar convosco. Estes projetos dão um prazer redobrado a todos os envolvidos, uma vez que é possível conjugar cultura, economia, desenvolvimento regional, turismo, com acessibilidade para todos. Se dúvidas existissem, aqui ficam completamente sanadas. O investimento em acessibilidades tem retorno garantido. Dá conforto interior, criando condições para que todos sejamos iguais e traz retorno económico, pela massificação da sua utilização. E para que servem os equipamentos públicos, senão para serem massivamente utilizados? O centro de interpretação do Mosteiro continua com graves problemas técnicos, apesar de ter recebido um investimento pouco inferior ao do museu, que dá corpo a este texto. Mais uma vez fica provado, que a gestão de proximidade, consome menos recursos e gere-os melhor, não obstante todo o em-

penho e esforço que o diretor do monumento tem dedicado para ultrapassar os problemas, mas quem manda é Lisboa. A reforma do Estado, também um dia passará por esta e por milhares de situações análogas. A gestão de proximidade é na generalidade das situações de serviço publico, melhor e mais racionalmente implementada, que a gestão á distância. As evidências são muitas e com provas no terreno, se duvidas existirem. É necessário saber negociar a receção das competências do estado central, sob pena de acontecer o que se tem verificado múltiplas vezes, ou seja, a passagem de responsabilidades, esquecendo ou omitindo, as verbas necessárias para o desenvolvimento da competência transferida. O exemplo mais flagrante e também mais recente, respeita á transferência de competências na área da educação, concretamente o caso do pessoal não docente. Os municípios que aceitaram essa competência, acabaram por ser “enganados” pelo estado central, tendo muitos desses já manifestado o desejo de devolver a competência á origem. Noutras situações, têm sido recebidas competências, sem se acautelar bem as responsabilidades, ficando uma parte com o ónus e responsabilidade da prestação do serviço aos cidadãos, enquanto a outra se livra dela, atirando-a para cima da última, sem se preocupar com as verbas necessárias para o efeito. Assim, são sempre os mesmos, os cidadãos que continuarão a pagar, mas recebendo um serviço de menor qualidade. PESSOA. A Andreia Ferreira, tinha 36 anos e trabalhou comigo e em prol da região na ADAE – Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura, durante mais de uma década. Faleceu na semana passada. A vida foi madrasta para a Andreia. Há cerca de cinco anos, foi-lhe diagnosticada a doença. Depois de uma operação delicada, regressou ao trabalho, com a força, dedicação e garra de sempre. Sem dar a perceber, trabalhou muitos dias em grande sofrimento, ao longo destes cinco anos. Ela não merecia isto. Andreia a ADAE não te esquecerá.

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“É excelente e mesmo de referência no panorama museológico nacional” m O MCCB ganhou mais um prémio, desta vez em resultado das suas preocupações ao nível da acessibilidade para diversos públicos

O júri do Prémio Acesso Cultura atribuiu, no dia 18 de junho, a distinção ao Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, porque “apresenta um conjunto de preocupações com a acessibilidade, nas suas diversas componentes, que poderemos qualificar de excelente e mesmo de referência no panorama museológico nacional, sobretudo pelo seu carácter extraordinariamente abrangente”, refere o presidente do júri, José Vale. “Em áreas que vão do acesso físico, adequação espacial e museográfica, ergonomia, conforto, segurança e autonomia, até à adoção de uma estratégia multi-comunicacional, a acessibilidade é abordada como uma necessidade de primeira grandeza e pensada numa perspetiva de continuidade”, adianta o museólogo. “Esta postura é concretizada pela disponibilização de um significativo leque de recursos especiais direcionados para pessoas com baixa mobilidade, com baixa visão ou cegas, surdas ou com deficiência intelectual, crianças e visitantes estrangeiros”, conclui. A organização recebeu 34 candidaturas de museus, associações e grupos de teatro, entre outras organizações, de todo o País, e o júri decidiu atribuiu duas menções honrosas, ao Teatro Nacional D. Maria II e ao Grupo Crinabel Teatro. O júri do concurso era composto por Ana Brito, arquiteta, do Instituto Nacional de Reabilitação; José Vale, museólogo, presidente da mesa da assembleia-geral da Acesso Cultura e Mickaella Dantas, bailarina. A associação Acesso Cultura pretende, com este prémio, “distinguir, divulgar e promover entidades (privadas, públicas, cooperativas, associações e outras) e projetos que se diferenciam

p Os representantes das candidaturas, vendo-se na primeira linha responsáveis pelo MCCB

Fotos: José Carlos Sousa

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p O museu da Batalha já foi premiado quatro vezes pelo desenvolvimento de políticas exemplares e de boas práticas na promoção da melhoria das condições de acesso – nomeadamente físico, social e intelectual – aos espaços culturais e à oferta cultural, em Portugal”. Pretende ainda “criar exigência junto dos públicos, com vista à melhoria da acessibilidade, assumida como um todo”. A Acesso Cultura tem por objeto a melhoria das condições de acesso – nomeadamente físico, social e intelectual – aos espaços culturais e à oferta cultural, em Portugal e no estrangeiro. É uma associação sem fins lucrativos de profissionais da cultura e de pessoas interessadas nas questões de acessibilidade. MUSEU DISTINGUIDO PELA QUARTA VEZ O Museu da Comunidade Concelhia foi distinguido em 2013 com o Prémio Kenneth Hudson, atribuído pelo Fórum Europeu dos Museus na Bélgica; em 2012 foi eleito o Melhor Mu-

seu Português do Ano, pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), e recebeu o prémio Mérito Regional, atribuído na IV Gala para a Inclusão do IPL 2013. O espaço proporciona uma viagem com mais de 250 milhões de anos, percorrendo as grandes transformações registadas em áreas como a geologia, a arqueologia e a paleontologia. A conquista do Prémio Acesso Cultura vem enfatizar, uma vez mais, “todo o trabalho construído no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha em prol das acessibilidades e na prioridade em promover um espaço de todos e para todos”, considera Paulo Batista Santos, presidente da câmara. Para o autarca, “o MCCB assume-se, indiscutivelmente, como um dos equipamentos culturais do país cuja marca da acessibilidade o torna uma referência, num processo que nunca estará concluído e que deve estar em permanente atualização”.


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Batalha Património

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Património Exaltação da Virgem e da Liberdade da Pátria e Evocação da Ascensão de Portugal (II) 1 Recordam-se os leitores de que há uns anos o Mosteiro de Santa Maria da Vitória foi arrendado a um cineasta francês para a realização duma fita sobre a ficção, do escritor Victor Hugo, “NotreDame de Paris”, editada em 1831, que relata a estigmatização social dum corcunda que “vivia” naquela catedral francesa. A ocupação temporária, para esse fim, do nosso Mosteiro, caiu mal a toda a gente que ainda tem alguma sensibilidade e alguns princípios cívicos, tanto mais que a feitura da fita veio parar aqui por em França não ter sido permitida a utilização dum monumento nacional, como é a famosa catedral parisiense, afinal o “cenário”, do romance. O filme, segundo então me informaram chegou a exibir-se em Paris, mas com breve carreira, logo retirado dos cinemas por ser um completo fracasso. Ora, os jornais de Lisboa, publicaram no dia 28 de Junho a notícia sobre o aluguer, dos nossos edifícios históricos para “festas, jantares, “eventos” culturais e sociais ou até filmagens, com preços que variam entre os 50 euros e os 40 mil” (Correio da Manhã). Não sendo já novidade, a aprovação do “Regulamento de Utilização de Espaços nos Serviços Dependentes e nos imóveis afectos à Direcção-Geral do património Cultural”, vinda a lume no “Diário da República” de 27 de Junho, oficializou a possibilidade de aluguer do nosso património histórico para finalidades que, com raras excepções, dificilmente se enquadrarão nele sem o molestar ou atentar contra a sua natureza histórica e religiosa, não obstante a salvaguarda de que esta estranha permissão “tem como objectivo a rendibilização assente na qualidade, sobretudo no resguardo da sua especificidade e prestigio”. E aí vai estar, como acontece com todas as nossas leis, os nossos decretos e decisões afins, o habitual alçapão das interpretações, neste caso do que se entenderá por qualidade, por especificidade e por

p Planta geral do Mosteiro de Santa Maria da Vitória ainda com os Claustros construídos no tempo de D. João III e destruídos na terceira invasão francesa em 1810/1811 (os materiais destes claustros foram utilizados, nos anos 60 do século XIX, na construção da Ponte da Boitaca). Vê-se bem a estranha forma duma gigantesca chave proporcionada pelo acrescento dos dois panteões ao corpo da igreja. Mero acaso? Intenção? Sentido que se desconhece? Até onde nos pode levar a imaginação?

prestígio. Eu por mim, pobre provinciano ignorante, entenderia que num espaço como o de Santa Maria da Vitória só cabem a Religião, a História e a Arte, que nada disto é susceptível de alugueres que possam subverter a sua essência e desvirtuar-lhe a espiritualidade e a finalidade última de elevar cada ser humano à altura singular que a Arte lhe proporcionou.

2 Depois deste comentário, chamo-lhe assim, volto ao tema dos “apontamentos” 135 e 136. Na sua interessante e clara síntese “A Arquitectura” (edição do

Comissariado para a Europália 91 – Imprensa Nacional – Casa da Moeda), o arquitecto José Manuel Fernandes, no capítulo sobre “Afonso Domingues e a Batalha” escreve o seguinte: “(…) Monumento de sentido colectivo e agregador, iniciador duma arquitectura “nacional” amadurecida, ligando a nova dinastia aos Descobrimentos, tem-se procurado interpretar simbolicamente a sua estrutura espacial e formal como a “chave” para o caminho marítimo para a Índia. Segundo Manuel Joaquim Gândara, a Batalha é um mapa de pedra, de que a Capela do Fundador seria a cabeça peninsular, a nave o corpo europeu, e as

“Capelas Imperfeitas” a Índia – assim, do mausoléu do fundador da nova dinastia se teria de contornar (“circum-navegar” África) exteriormente o monumento, entrando por uma porta dissimulada naquelas capelas, às quais pela nave se não tem acesso!” E eu acrescento, ouvindo a tradição batalhense, que o corpo exterior das Capelas Imperfeitas simboliza, quando da praça Mouzinho de Albuquerque se vai pela ventosa passagem sudeste para o terreiro que dá acesso à pequena porta das Capelas, o próprio Cabo das Tormentas depois rebaptizado, por D. João II, da Boa Esperança.

Até onde nos pode levar a imaginação! Teriam os notáveis mestres da Batalha alguma intenção, sobretudo Huguet ao acrescentar-lhe os panteões de D. João I (Capela do Fundador) e de D. Duarte I (Capelas Imperfeitas), de nos transmitir informações e mensagens que nos transcendem hoje? Que influência poderia ter tido a Ordem de Cristo, sucessora da misteriosa Ordem dos Templários, retentora de conhecimentos invulgares, junto dos nossos mestres trecentistas, quatrocentistas e quinhentistas? E que intervenção tiveram os soberanos da época, particularmente D. Duarte, D. João II e D. Manuel I e os Infantes D. Pedro e D. Henrique, além evidentemente do Rei Fundador D. João I, nestes aspectos da construção do Mosteiro? Não é por acaso que o Manuelino, iniciado ou, pelo menos, projectado, no reinado de D. João II, dá os primeiros passos na Batalha e aqui produz a sua obra máxima, o portentoso pórtico das Capelas Imperfeitas, pórtico para uma leitura atenta, minuciosa, rigorosa. Páginas de pelo menos século e meio da História de Portugal e magnífico santuário da Virgem Maria, paradigma da arquitectura portuguesa e símbolo quase mágico da nossa Independência, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória é não só o nosso monumento em que mais Pátria há, como dizia Afonso Lopes Vieira, como nele a Pátria e a sua razão de ser estão consubstanciadas. Expoente místico da nossa alma colectiva e livro que temos de aprender a ler: Livro da rosa mística porta da nova jerusalém, chave da atlântida daquem e do além. Templo da virgem mãe, do mistério e do saber, menir de portugal antes e depois de o ser. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (136)


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Desporto

raram ultrapassar todos os obstáculos e pontuar na terceira prova da Taça de Portugal. Daniel Sousa foi o melhor e assegurou o primeiro lugar na competição

A terceira prova pontuável para a Taça de Portugal de Trial, que se disputou na Batalha a 29 de junho, foi

ganha por Daniel Sousa, que se isolou no comando do troféu, que dividia com o irmão, João Sousa. Ao fim de três etapas da taça, Daniel Sousa tem uma vitória e um segundo lugar, enquanto João Sousa conseguiu uma vitória e dois segundos postos. Nas restantes categorias, os vencedores na Batalha foram Daniela Neves, em femininos, Simão Sousa no nível 1, Ricardo Soares no nível 2 e Filipe Gomes no nível 3. A prova decorreu na praça Mouzinho de Albuquerque, numa organização

da Federação Portuguesa de Ciclismo com o apoio do município. O Trial Bike, que regista cada vez mais adeptos, consiste em ultrapassar diversos obstáculos, sem que exista contacto físico (pés e mãos) com o atleta. Este desporto pratica-se em bicicletas preparadas especificamente para a modalidade e requer forte habilidade, grande equilíbrio e muita técnica ciclística, propiciando imagens de grande beleza. Para a realização desta etapa da Taça de Portugal na Batalha foram instala-

p O Trial Bike consiste em ultrapassar diversos obstáculos em situações difíceis

das cinco áreas/estações que os ciclistas tiveram de superar. A prova na Batalha envolveu 30 atletas, incluindo oriundos de Espanha, que proporcionaram ao público grandes momentos e excelentes imagens. No final, o município da Batalha agradeceu à Federação Portuguesa de Ciclismo, ao diretor nacional de BTT, Alexandre Domingues, e ao técnico da federação Alexandre Almeida, “a extraordinária colaboração prestada” durante a organização da competição.

Fotos: Rui Cunha

m Trinta atletas procu-

Fotos: Rui Gouveia

Trial deu espetáculo com acrobacias junto ao mosteiro

p O mosteiro foi o cenário da competição que contou para a Taça de Portugal

Relvense venceu XI Torneio de Futsal da Batalha

p O Relvense (na foto) venceu o Demó (6-4)

A Sociedade Recreativa Relvense venceu a XI edição do Torneio de Futsal Município da Batalha, que decorreu entre 3 de junho e 5 de julho no pavilhão desportivo da vila, com a participação de 15 equipas de associações e coletividades, constituídas apenas por atletas nascidos ou residentes no concelho da Batalha.

O torneio foi organizado pela Sociedade Recreativa Relvense e pela câmara municipal, com o apoio da Junta de Freguesia da Batalha. Esta foi a sexta vez que a equipa organizadora chegou à final. Na segunda posição ficou o CRJI Demó, à frente da AR Amarense, ACDR Casais de São Mamede, CR Rebolaria e da

AR Batalhense. A Taça Disciplina foi entregue à SR Jardoeira, Ricardo Rodrigues foi eleito o melhor jogador e Fernando Aguiar o melhor treinador, ambos da SR Relvense. Xavier Cabral, da SR Relvense, foi considerado o MVP da final (Most Valuable Player/o jogador mais valioso ou influente). A AR Amarense venceu

a Série B, cujo guarda-redes foi considerado o melhor, enquanto a Série A foi ganha pelo SR Relvense e o seu guarda-redes também eleito o melhor. Ricardo Rodrigues, do SR Relvense, foi o melhor marcador da Série B e João Gonçalves, do CRJI Demó, liderou na Série A.

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Batalha Desporto

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m As “Golpilhas” conquistaram o primeiro campeonato nacional de futsal. A técnica Teresa Jordão foi considerada a Treinadora do Ano. Três atletas foram convocadas para a Seleção Nacional Universitária. Estes são apenas três dos factos que provocaram a onda geral de reconhecimento e orgulho pelo trabalho desenvolvido na Golpilheira desde 1995 em prol da modalidade.

O Centro Recreativo da Golpilheira conquistou na tarde de sábado, 14 de junho, o título de campeão nacional de futsal feminino, tornando-se a primeira equipa a vencer a prova, criada esta época pela Federação Portuguesa de Futebol. A formação treinada por Teresa Jordão bateu o Louriçal por 4-0, em casa do adversário, numa partida que as “Golpilhas” estavam determinadas em vencer para se sagrarem campeãs a um jogo do final do campeonato. O Golpilheira chegou ao intervalo a vencer (1-0, por Licas), apesar do domínio da equipa antever um resultado mais dilatado, como, aliás, viria a acontecer na segunda metade do encontro. Os golos de Irina e Maria já garantiam a entrega de bandeja do troféu nacional às “Golpilhas”, e o 4-0 apontado nos últimos minutos pela guarda-redes Verónica consumou o resultado, apesar de alguma reação do clube da casa. À penúltima jornada, a equipa do Benfica ainda tinha os olhos postos no primeiro lugar da tabela, mas ao perder em casa com os Restauradores Avintenses (3-4) deitou tudo a perder e desceu à quarta posição da tabela classificativa. Na última jornada, a 21 de junho, a equipa do concelho da Batalha recebeu e venceu o Benfica (4-1) e festejou o primeiro título do

Campeonato Nacional de Futsal Seniores Femininos em Portugal. As “Golpilhas” terminaram o campeonato com 33 pontos (14 jogos, 10 vitórias, três empates e uma derrota; 40 golos marcados e 26 sofridos), à frente FC Vermoim (menos seis pontos), Restauradores de Avintes (menos sete) e Benfica (menos 11 pontos). Este título “é extremamente importante, até por ser o coroar do trabalho desenvolvido por todo o grupo de trabalho, que já vem de épocas anteriores”, disse ao “Futsal Global” Teresa Jordão, que está ao serviço da coletividade há mais de 13 anos, como atleta e treinadora, e não tem intenção de representar outra equipa. “As minhas jogadoras são fantásticas. Este título vai para elas e para as famílias, porque as famílias ficam privadas de momentos que poderiam passar em conjunto em detrimento do futsal”, acrescentou a treinadora, destacando que a equipa “foi a melhor” ao longo da fase de apuramento. Na festa da consagração, o presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira, Carlos Santos; o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, e o presidente da Associação de Futebol de Leiria, Júlio Vieira, traçaram rasgados elogios às campeãs e à sua treinadora. A ideia central das intervenções foi para o ineditismo da vitória, para o orgulho

Fotos: LM Ferraz/Jornal da Golpilheira

“Hoje somos todos Golpilheira”

p O plantel que venceu o primeiro campeonato nacional

sentido na freguesia e no concelho e para o papel que a treinadora Teresa Jordão tem tido no desenvolvimento da modalidade. No final, Paulo Batista Santos, sintetizou o sentimento geral: “Hoje somos todos Golpilheira”. Para a história desta vitória inédita foram determinantes as jogadoras Joana Lara, Verónica Neves, Rita Eusébio, Carolina Silva, Patrícia Rino, Jéssica Fernandes, Ana Sérvolo, Jéssica Pedreiras, Maria Jerónimo, Liliana Salema, Irina Araújo, Carolina Costa; bem como as técnicas e Teresa Jordão e Susana Vilanova; e os diretores Nuno Monteiro e Belarmino Almeida, entre muitas outras pessoas – sem esquecer os adeptos – que, com o seu trabalho e apoio, contribuíram para o sucesso das “Golpilhas”. A Câmara da Batalha “felicitou”, a 16 de junho, a equipa de futsal feminino do Centro Recreativo da Golpilheira, que começou a praticar a modalidade na época de 1995/1996, pela conquista do título de campeã nacional. “O feito desportivo tem ainda mais significado dado que esta é a primeira equipa a vencer o Campeonato Nacional de Futsal Feminino”, salienta a autarquia em comunicado. O município endereça “felicitações às jogadoras, à equipa técnica e aos dirigentes” pelo resultado des-

portivo, que “recompensa o esforço e as capacidades de uma equipa que sempre apostou no trabalho e na capacidade de superação”. “O Centro Recreativo da Golpilheira fez história ao conquistar o título de campeã nacional de futsal femi-

nino”, destaca o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, para quem “este feito significa também a valorização do desporto e é um estímulo para os jovens desportistas, dando um contributo muito relevante para a projeção do

nosso concelho”. Teresa Jordão foi consagrada Treinadora do Ano na 3ª Gala dos Melhores do Ano, uma iniciativa dos Unidos ao Futsal, em Oliveira de Azeméis, e Carol, Jess e Zu convocadas para a Seleção Nacional.


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s AMHO A Minha Horta por Célia Ferreira

Cuidados a ter na rega e transplante de plantas

p A equipa festeja o título após a vitoria em casa sobre o Benfica

p A treinadora Teresa Jordão sorridente perante a brincadeira das atletas

O mês de julho é marcado pelo aumento do período diurno e por altas temperaturas. (Não que este nosso mês tenha iniciado assim, mas este rigor de tempo também não é benéfico para os transplantes). Deverá encharcar as plantas de forma a que a água se infiltre bem no solo até às raízes. Caso contrário irão espigar, pois ficam convencidas que a morte se aproxima e tentam sobreviver a todo o custo, através de uma nova geração, produzindo sementes. O melhor período para fazer as regas é ao início e ao final do dia – horas de menor calor. Para ajudar a manter a humidade junto às raízes deve fazer coberturas de solo com palha ou erva seca, mas

Os beneficiários da ADSE já podem usufruir de consultas, exames, fisioterapia e outros atos médicos no Centro Hospitalar Nª Sra. da Conceição da Misericórdia da Batalha, no âmbito da tabela de preços convencionados da ADSE.

Protocolos com SNS, ADSE e outros subsistemas de saúde. Contactos: Fisioterapia: 244 769 436 Radiologia: 244 769 433 Geral: 244 769 430 geral@centrohospitalarbatalha.com Rua Principal, nº 26 l Brancas l 2440-090 Batalha

tenha atenção para que não contenham sementes e evitar a sua propagação. Pode realizar esta operação também com trapos velhos. Dica do mês: Quando recolher o alho francês, corte -o pela base e deixe as raízes na terra, de onde nascerá um novo em muito menos tempo. Hortícolas para semear ao ar livre: acelgas, agriões, alfaces, beldroegas, beterrabas, brócolos, cebolinhas francesas, cenouras, cerefólio, chicórias, couve calabresa, couves de Bruxelas, couve, rábano, couve repolho, endívias, ervilhas, feijão verde, feijão trepador, funcho, nabos, rabanetes, rúcula e salsa Hortícolas para plantar ao ar livre (ao transplantar as plantas, nunca o faça no

período que anteceda muito sol; opte pelo final do dia, para que a planta se adapte melhor ao novo local): alhos franceses, brócolos, couves de Bruxelas, couve flor, couves, endívias e feijão verde. Jardim, semear: amoresperfeitos, calêndulas (ótimas companheiras da horta, atraindo insetos benéficos e afastando outros menos benéficos. As suas pétalas são

boas para saladas e têm propriedades medicinais, servindo para fazer pomadas, para tratar problemas de pele e contusões), e cravos túnicos (excelente aliado na horta contra os nemátodos, que atacam as raízes das nossas plantas, para além de encherem os nossos canteiros de cor). E assim ficamos com uma horta jardim!


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A fechar

Festas de agosto com Oquestrada, Berg, Ana Moura e “Os Azeitonas” m A revelação foi feita durante o programa “Verão Total” que a RTP realizou na Batalha e transmitiu para todo o mundo durante seis horas

As festas de agosto na Batalha contam este ano com a presença musical dos Oquestrada, “Os Azeitonas”, Berg e Ana Moura, revelou a vereadora da Cultura da Câmara da Batalha, Cíntia Silva, durante o programa televisivo “Verão Total”, que a RTP 1 realizou no dia 27 de junho junto ao mosteiro. A vereadora, entrevistada por Tânia Ribas de Oliveira durante o programa, que durou seis horas, explicou que o concelho tem “um programa cultural muito diversificado”, e, questionada pela apresentadora, abordou a origem do nome “chucha rolhas” atribuído aos batalhenses. “No século XIX houve uma disputa com Porto de Mós, por causa da sede da comarca judicial e eles ganharam. Por isso, começaram a dizer que a Batalha ficou a chuchar no dedo, daí a alcunha”. Cíntia Silva revelou ainda

Golpilheira: centro faz anos O Centro Recreativo da Golpilheira comemora o 45º aniversário de 19 a 21. O programa compreende um conjunto diverso de atividades, com destaque para uma aula gratuita de zumba, música ao vivo com a banda Kontacto e corridas de carros de rolamentos. O programa termina, no dia 21, com o grupo musical Foka Energie.

Mouzinho: evocação

p Os Oquestrada são uma das bandas confirmadas nas festas de agosto que “as gárgulas (bicas) do mosteiro viradas para Espanha têm os órgãos genitais de grande dimensão a encomendar os espanhóis para regressarem de novo à sua terra. Uma provocaçãozinha ligeira”. O presidente da câmara, Paulo Batista Santos, que se revelou um ‘exímio’ futebolista – arriscando mesmo toques com uma bola – considerou “que se vive muito bem na Batalha, a qualidade de vida é muito aceitável e os rankings nacionais têmnos colocado numa plataforma muito elevada”.

O autarca adiantou que o município quer “continuar nesta senda”, daí que a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) esteja a ser feita um “bocadinho ao contrário”. “Estamos a reduzir as áreas urbanas para devolver mais natureza ao nosso concelho”. O historiador José Travaços Santos destacou o mosteiro: “É uma escola permanente da minha sensibilidade. Nele aprendi a gostar do que é belo e também da história” “Preocupa-me muito a sua conservação, há muito

menos verbas, os diretores veem-se aflitos para fazer obras de manutenção. No entanto, agora recentemente houve obras”, referiu José Travaços Santos, ironizando que o coruchéu branco, recém-restaurado, em contraste com o resto do monumento “é o cabelo branco do mosteiro”, que “tem um grande significado religioso e histórico”. O programa “Verão Total” foi transmitido em direto para todo o mundo, através da RTP Internacional, a partir da Praça D. João I, e retratou o concelho da

Batalha nas suas diferentes vertentes, destacando aspetos económicos, culturais, desportivos, gastronómicos e turísticos. Entre os muitos participantes no programa, pessoas e instituições, um dos destaques foi para o Centro Paroquial de Assistência do Reguengo do Fetal e a secular procissão dos caracóis. São os utentes que preparam os 15 mil caracóis usados como candeias durante a festa, que decorre entre final de setembro e início de outubro.

A Batalha acolhe a evocação a Joaquim Mouzinho de Albuquerque, militar e Patrono da Arma de Cavalaria, nascido na Quinta da Várzea, Batalha. A cerimónia militar, dia 21, às 11 horas, é executada pelo Regimento de Cavalaria 3, de Estremoz e conta com diversos cavaleiros e um desfile a cavalo, na Praça Mouzinho de Albuquerque.

Concerto: Marrocos A Batalha recebe dia 26 um concerto, na Praça Mouzinho de Albuquerque, com um dos músicos mais conceituados de Marrocos. A iniciativa resulta de uma parceria com a Associação Cultural d’Orfeu e traz até nós Medhi Nassouli, considerado um dos músicos mais talentosos e exuberantes do seu país.

Orfeão: estágio

Ruído dentro do mosteiro fora da lei por causa do IC2 “As medições de ruído ambiente no Mosteiro da Batalha revelam valores muito acima dos permitidos pela legislação” e resultam “integralmente da passagem de trânsito no IC2/EN1 em frente ao monumento”, revela um es-

tudo realizado em abril pelo Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ ), divulgado a 9 de julho pela câmara municipal. O estudo do ISQ , feito pelo Laboratório de Ruído e Vibrações, revela que “na zona do mosteiro,

nomeadamente em alguns espaços abertos do seu interior, os parâmetros não cumprem os valores regulamentares”. “Os dados apurados seriam ainda mais críticos, caso fosse considerado um local sensível de recolha,

como seria adequado dadas as características do monumento”, destaca a câmara. Perante os resultados do estudo, feito por iniciativa da autarquia, a câmara “está a ultimar um dossier a entregar ao Governo

com soluções, como sejam descontos e reduções nas portagens da A19 para as viaturas pesadas e uma intervenção preventiva no IC2/EN1, na zona frontal do mosteiro”.

Sob a coordenação do maestro francês Jean Sébastien Béreau, a Batalha acolhe o Estágio Internacional de Orquestra no dia 27, às 18h00, nas Capelas Imperfeitas, uma organização do Orfeão de Leiria – Conservatório de Artes, com o apoio da câmara.


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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas trinta e duas a folhas trinta e três, do Livro Cento e Noventa e Oito - B, deste Cartório. Francisco Henriques da Silva, NIF 105 494 836 e mulher Maria Rosa Silva Santos, NIF 141 513 322, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia de Barreira, concelho de Leiria, ela da freguesia e concelho da Batalha, residentes na Rua das Hortas, nº 800, freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, declaram que por escritura de justificação e doações, lavrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e oito de Março de dois mil e catorze, exarada a folhas setenta e sete e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número Cento e Noventa e Seis - B, os primeiros justificaram, entre outros, o prédio urbano, sito no lugar de Hortas, freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz urbana sob o artigo 2.792 da freguesia da Batalha, com o valor patrimonial de €23.630,00, lá melhor identificado na verba um. Vieram depois a constatar que, na aludida escritura houve um erro na identificação do prédio, uma vez que, o mesmo já se encontrava inscrito na matriz da freguesia da Golpilheira, tendo sido actualizadas na altura as áreas do prédio, pelo que, pela presente escritura, rectificam a citada escritura de Justificação e doação no sentido de nela passar a constar que, o prédio urbano justificado, correspondente à verba um, é mais precisamente, o prédio urbano, composto de casa de habitação de cave e rés-do-chão, com a superfície coberta de trezentos e doze metros quadrados, sito na Rua das Hortas, Nº 800, lugar de Hortas, freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz urbana da freguesia da Golpilheira sob o artigo 1.297, que provém do artigo 2.792, da freguesia da Batalha, com o valor patrimonial de €40.820,00. Que em tudo o mais confirma o inicialmente exarado. Está conforme o original. Batalha, vinte e cinco de Junho de dois mil e catorze. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/4

Jornal da Batalha Ed. 288 de 14 de julho de 2014

Joaquim da Silva Pereira Calé 68 anos 06.05.1946 - 28.06.2014 Golfeiros – Batalha AGRADECIMENTO

Suas irmãs, cunhados, sobrinhos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. “ A morte não existe quando permanecemos vivos no coração daqueles que amamos” Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Maria do Rosário Ruivo 92 anos 15.05.1922 - 16.06.2014 Jardoeira – Batalha AGRADECIMENTO A sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vem de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. “Deus a guarde no Céu, como nós a guardamos no coração” Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Maria Fernanda Pires Sequeira Santos 84 anos 09.05.1930 - 30.06.2014 Batalha AGRADECIMENTO Seus filhos: Susana Santos Valverde e Luís Manuel Santos, nora, genro e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer o apoio e carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Por fim, um agradecimento especial a todos os colaboradores e funcionários do Lar Nª Sra da Encarnação pelo empenho e devoção ao longo de doze anos nos cuidados dedicados a esta sua utente. A todos, muito obrigado. “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.” Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Manuel Ferreira Monteiro Cividade – Golpilheira 73 anos 13.04.1941 - 26.06.2014 AGRADECIMENTO Sua esposa: Mª Rosário F. Fernandes Monteiro, filhos: Mª Helena, Horácio, Hélder e Sílvia Fernandes Monteiro, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. “Anjos na Terra: Pessoas como nós que nasceram para nos amparar ,ajudar e inspirar. Ao melhor marido e pai que poderíamos ter tido. “ A família recorda-o com saudade. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

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