JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO MAIO 2017

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Opinião Espaço Público

maio 2017

Jornal da Batalha

Baú da Memória Valores que podem e devem voltar ao Mosteiro É dito corrente que se de Lisboa saíssem todos os valores que pertenceram aos conventos das nossas províncias, com o da Batalha, espoliados sobretudo depois da expulsão das Ordens Religiosas, os museus da capital ficariam vazios. E é capaz de ser verdade, relevando-se-lhe o exagero. Mas há valores, que foram expropriados ao convento batalhense que não estão expostos nem em visas de o serem, encontrando-se pura e simplesmente encaixotados. E cito dois: os painéis do Infante Santo que, por amabilidade da então directora do Museu Nacional da Arte Antiga, Dr.ª Alice Beaumont, e do saudoso Dr. Sérgio Guima-

rães de Andrade que então dirigia o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, tive ocasião de ver nos anos 80, e um painel seiscentista de azulejos figurando S. João Baptista, que está guardado no Museu do Azulejo, no Convento da Madre de Deus. Haverá com certeza outros nas mesmas circunstâncias. No tocante aos painéis do Infante Santo diz-se, no documento referente ao seu depósito em Lisboa: “O Mosteiro da Batalha depositou no Museu das Janelas Verdes (Museu da Arte Antiga) para figurar na Exposição de Pintura Portuguesa dos Séculos XV e XVI, a realizar em 1940, a seguinte obra: tríptico pintado sobre

madeira, do século XV, denominado Infante Santo”. Documento datado de 16 de Setembro de 1939 do pelouro da Arte da Comissão Nacional dos Centenários. A obra não foi cedida mas depositada para aquele fim, pressupondo-se que voltaria à sua origem. No número de Março do “Jornal da Batalha”, no apontamento nº 168, referi os painéis do Altar de Jesus, altar que estava no topo norte do transepto onde está a bancada do coro da Igreja, que foram levados para a igreja do Convento das Trinas, no Rato, em Lisboa. Embora expostos, não creio que naquele templo sejam muito vistos, antes pelo contrário, pelo que

sugeri e continuo a sugerir que regressem à Batalha onde hoje há condições para os preservar e expor. Mas chegou-me há pouco a notícia duma notável iniciativa do director do Mosteiro, Dr. Joaquim Pereira Ruivo: a recriação, na Capela do Fundador do armário (neste caso uma vitrina), onde estiveram armas e armaduras atribuídas aos Reis D. João I e D. João II que o pintor Domingos Se-

queira reproduziu em 1808, desenhos registados no Album que está no Museu da Arte Antiga. Esta vitrina será composta com réplicas, por uma questão de segurança, continuando os originais no Museu Militar em Lisboa. De qualquer forma, constituiria, além de mais um atractivo na Capela do Fundador, duma lição permanente sobre aquele período empolgante da nossa História e duma memória

Waters, que nos propunha realizar as façanhas navais portuguesas durante os séculos XV e XVI. Somos o navegador fictício Leon Franco, um nome mais hispânico. A epopeia deste ambicioso explorador termina com o seu enobrecimento através do título de Duque e do casamento com a filha do Rei Dom Manuel I, D. Cristina, uma princesa completamente inexistente na família real portuguesa. Três anos volvidos, já no ano de 1994, sairia Uncharted Waters 2 – New Horizons, a continuação desta aventura, ambientada en-

tre os séculos XVI e XVII. Agora multiplicavam-se os heróis, os seus percursos e objetivos. O mais jovem é João Franco, o filho de Leon e D. Cristina, que almeja trazer a glória para Portugal, assim como descobrir a Atlântida. A escolha do seu nome foi irrefletida, já que é o mesmo do trágico Ministro do Rei Dom Carlos. Em representação de Espanha, é-nos apresentada Catalina Erantzo, uma pirata que tem cede de vingança pelos portugueses, pois foram os responsáveis pela morte do seu amado. Otto Baynes é o sábio e ardiloso cavalei-

ro e navegador do Reino de Inglaterra, que é incumbido de uma missão secreta a mando de Henrique VII, além disso é um dos maiores rivais dos espanhóis. O cartógrafo holandês Ernst Von Bohr, sonha fazer um mapa completo do mundo. O explorador italiano Pietro Conti busca os artefactos mais exóticos e raros, numa tentativa de saldar as dividas deixadas pela sua família. Por fim conhecemos o comerciante otomano Ali Vezas, que deseja fazer rotas mercantis lucrativas. Este contributo do Japão para compreendermos a

dos seus principais protagonistas, Contudo é de observar que os especialistas se inclinam presentemente para as peças desenhadas, que o pintor atribui a D. João II, serem de seu pai D. Afonso V, o que em nada diminui o seu interesse. Reproduz-se o desenho dos elmos e das armas. José Travaços Santos

s Crónicas do passado

Águas desconhecidas Quando os portugueses desembarcaram no Japão pela primeira vez, em 1543, ao pisarem a ilha de Tanegashima, nunca pensariam que o respeito e admiração entre os povos perdurariam até hoje. Essa demonstração de fascínio mútuo explica-se pelo contacto entre realidades diferentes, e pelas trocas comerciais, tecnológicas e civilizacionais que marcaram os séculos vindouros. As primeiras armas de fogo chegaram às mãos do Imperador do Sol através das naus portuguesas. Hoje em dia, multiplicam-se as manifestações

do mundo português no panorama artístico nipónico. Seja na literatura, com o premiado autor de O Silêncio, Shusaku Endo, no cinema, pela influência dos filmes de animação, onde aparecem monumentos nacionais ou personagens de origem lusa, ou nos jogos virtuais. Sobre este último permitam-me que o desenvolva mais, o leitor irá compreender a conveniência desta minha decisão. Em 1991 o Japão lançou ao mundo um jogo, que ficaria eternizado com o nome anglófono de Uncharted

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira e João Vilhena;

António Caseiro, António Lucas, Célia Ferreira, comendador José Batista de Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

Francisco Oliveira Simões Historiador

história dos impérios marítimos europeus, demonstra o seu interesse em descobrir mais sobre Portugal e o seu povo, os Nanbamjin (homens do sul).

Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 1.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo. O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


Jornal da Batalha

Espaço Público Opinião

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Y cartas

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_ Editorial

Uma questão de cidadania Muitas são as pessoas que se mostram confusas: “sou portuguesa ou sou europeia?”. Mas não deve haver dúvidas: a cidadania europeia não substitui a nacional mas, sim, complementa-a. Qualquer cidadão português é, igualmente, europeu. Tal como a identidade transmontana, minhota, alentejana ou algarvia se acrescenta, positivamente, a estas. Este é um importante estatuto que oferece a todos os europeus variadas liberdades e direitos que a Comissão Europeia garante que sejam uma realidade. Porém, por falta de conhecimento ou de sensibilidade para este tipo de questões, nem todas as pessoas usufruem destes mesmos direitos. Um estudo recente revela que 87% dos europeus estão mais conscientes da sua cidadania na União Europeia (UE) e quatro em cinco prezam, em especial, a livre circulação - que lhes permite viver, trabalhar, estudar e fazer negócios em qualquer país da UE. No entanto, muitos ainda desco-

nhecem determinados direitos como o de proteção consolar. Este direito é-lhes assegurado pelas Embaixadas de outros Estados-membros e revela-se de extrema importância. Dou-vos um exemplo prático: quando um cidadão europeu reside ou viaja fora da UE pode ter necessidade de recorrer ao consulado ou à embaixada do seu país no caso de perda ou roubo dos seus documentos. Porém, como poderá resolver este problema se o seu país não tiver representação nesse país? Segundo a legislação da UE, os cidadãos da UE podem beneficiar do apoio da embaixada ou do consulado de qualquer outro Estado-membro em igualdade de condições com os nacionais desse país. Ainda nem sempre os cidadãos exercem plenamente o direito à participação em eleições europeias e locais. Muitos têm, ainda, dificuldade em deslocar-se a outros Estados-membros devido a processos administrativos demorados e pouco claros, onde a

informação é escassa e as complicações são muitas. Estas barreiras que encontramos não podem desmotivar-nos: pelo contrário, provam como é importante continuarmos a trabalhar juntos para melhorar. A UE existe para os cidadãos europeus e através deles. Nestes tempos de crescentes desafios transnacionais, cada vez mais queremos garantir que todos vivam ao máximo as suas liberdades. Em tudo o que faz, a Comissão Europeia procura promover os valores comuns da UE e os seus direitos de cidadania, através da educação, de atividades culturais, da mobilidade dos jovens, entre outras iniciativas. Por exemplo o Erasmus+ ou o Corpo Europeu de Solidariedade que dão oportunidades aos jovens a contactarem com novas realidades e adquirirem experiências únicas e competências muito úteis. Outro exemplo é o Portal Digital Único que vai facilitar o acesso à informação e à assistência, bem como reduzir

Carlos Ferreira Diretor

Sofia Colares Alves Chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal

a burocracia nas administrações nacionais. Mais ainda, através de uma maior ação comum da UE, podemos enfrentar, em conjunto, a criminalidade e as ameaças às nossas fronteiras. Tudo isto, claro está, sem sacrificar a livre circulação e tudo o que de bom traz à vida dos cidadãos europeus. Em suma, os resultados dos estudos são encorajadores mas apontam também para a necessidade crescente das pessoas exercerem os direitos que a União Europeia lhes confere e se afirmarem também como cidadãos europeus.

s A opinião de António Lucas Presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Novo pacote de transferência de competências do poder central para o local Apesar de ser um tema já por diversas vezes abordado, o mesmo continua muito atual, tanto mais que o governo está a preparar um alargado pacote de competências que irá, a breve prazo, transferir para o poder local, CIM – comunidades intermunicipais, municípios e freguesias. Por princípio, sou completamente a favor da transferência de competências do estado central, para as CIM, para os municípios e para as freguesias, dos municípios para as CIM e dos municípios para as freguesias. Em suma, tudo o que possa ser feito de forma tão ou mais segura, tão ou mais eficaz e mais barato, pode e deve ser transferido. Este é sem dúvida um mecanismo eficaz de aproximação do poder aos cidadãos, razão primeira e ultima da existência do poder, seja ele central, seja ele local. Quem transfere a competência tem a obrigação legal de transferir igualmente os meios necessários, para que quem a recebe possa implementá-la em condi-

ções aceitáveis, para a promoção de um serviço público de qualidade, ao mais baixo preço possível. Ou seja, os processos de transferência de competências devem ser claros, transparentes e efetuados com total seriedade das partes envolvidas, até porque, quando assim não acontece, e infelizmente esta situação ocorre vezes demais, quem é prejudicado é o povo. Para que a democracia funcione bem, logo, de forma justa para todos os cidadãos, cada um dos poderes deve assumir de forma clara e objetiva as suas responsabilidades, sem tentativas de “venda de gato por lebre”, transferindo determinada competência, mas apenas uma parte das verbas necessárias para a sua implementação. Repito que se os negociadores não se aplicarem, não estudarem bem os dossieres, ou não estiverem convenientemente preparados, ou ainda se estiverem mais preocupados com o show off do que com os interesses da população, o mais certo é

calhar o gato. Em termos mais práticos o que acontece, não raras vezes, é receber-se a competência e apenas uma parte das verbas necessárias para a implementação/continuidade da mesma, com a prestação de serviços de boa qualidade aos cidadãos. Este tipo de situações, infelizmente repito, demasiado vulgares, fazem com que se utilizem verbas que deveriam ser alocadas a responsabilidades do município para resolver problemas que eram da responsabilidade do poder central. Poderá dizer-se, mas o que é preciso é resolver os problemas das pessoas, independentemente de o dinheiro vir do orçamento central, ou do orçamento local. É uma opinião respeitável, mas não é correta. Porquê? Porque a ocorrência destas situações faz com que aconteçam duas situações possíveis: 1 – Ficam por resolver problemas de efetiva responsabilidade do poder local, com efetivo prejuízo para os cidadãos; 2 – Resol-

vem-se os problemas da efetiva responsabilidade do poder local, mas à custa do aumento dos impostos locais, ou da sua não descida, também aqui, com efetivo prejuízo para os cidadãos. Concluindo, direi que os municípios devem receber todas as competências que tenham condições para implementar melhor do que o estado central e de preferência, mais barato, trabalhando muito bem os documentos de forma que cada parte, assuma por inteiro as suas responsabilidades, operacionais e financeiras pois só assim, os cidadãos não só não sairão prejudicados, como usufruirão de vantagens, pela melhoria da qualidade do serviço e ou pela redução do seu custo. Sendo este o fim último de qualquer transferência de competências.

Peregrinar para ficar mais perto Quem peregrina, por mais que caminhe, mais fica próximo de si. Quando o Leitor ler esta frase, e se a minha escassa arte de escrita o empurrar para as palavras seguintes, saberá que ando, pela sexta vez, a palmilhar os caminhos de Santiago de Compostela – o Caminho Jacobeu Minhoto Ribeiro, que liga Braga à catedral galega, com início pela geira romana. Há muitas explicações para fazer o Caminho. De Santiago, de Fátima, ou qualquer trilho que a vida nos destine. Mas, estou em crer, a espetacularidade está na desnecessidade de explicar o que nos leva a partir. É apenas uma vontade ir, de encontrar o inesperado, de saber que há alguém e alguma coisa para além do dia a dia, da rotina que nos consome a razão central de existir: viver. É prosseguir as ilusões dos marinheiros que foram mar dentro ou entoar no peito as canções do homem que só estava bem onde não estava. É fé, é turismo, é natureza, é cultura, é património, é gastronomia. É encontrar em cada albergue peregrinos do mundo e os seus diários contados à volta de uma mesa ou refeição improvisadas. É tudo. - É o mundo e as gentes refletidos num trilho marcado com setas amarelas (ou azuis, ou verdes). É o caminho das estrelas. É o caminho da oca. Por isto, e sobretudo pelo que as palavras não explicam, parto há seis anos consecutivos. Eu, com uma mochila e um cajado. À procura de poder partir de novo. A Catedral de Santiago, diz-se, não é o destino, um ponto de chegada; antes é um ponto de partida. É por isso que caminho com vontade de chegar. Porque isso significa partir de novo em breve. Boa leitura. Bom Caminho!


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Jornal da Batalha

Atualidade

Loja do Cidadão atende 500 munícipes por dia m O tempo médio de atendimento situou-se, na última semana de abril, em 30 minutos

A Loja do Cidadão da Batalha, inaugurada no dia 10 de abril nos paços do concelho, contabilizou nas duas primeiras semanas mais de cinco mil atendimentos, ou seja, uma média diária de 500 atendimentos, “superando os objetivos inicialmente traçados”. No entender do presidente da câmara municipal, “a forte adesão que a loja tem

p Registou nas duas primeiras semanas mais de cinco mil atendimentos registado, mediante a expressividade dos números de atendimentos, revela a grande importância deste

projeto para os munícipes”. A Loja do Cidadão da Batalha representa “um investimento na proximidade

dos cidadãos com os serviços da administrativa pública, numa lógica de descentralização dos serviços,

promovendo a igualdade social”, adianta Paulo Batista Santos. A câmara municipal,

“face ao elevado número de solicitações, encontra-se a introduzir melhorias na gestão dos atendimentos, criando, em paralelo, mais zonas de espera, para que o atendimento seja mais cómodo para os cidadãos”, refere a autarquia em comunicado. O tempo médio de atendimento situou-se, na última semana de abril, em 30 minutos, com a maioria dos serviços a totalizar os cinco minutos. A construção da Loja do Cidadão da Batalha foi objeto de candidatura aprovada a fundos europeus, num investimento de 600 mil euros, com um apoio do FEDER de 350 mil euros.

Comissão de Educação analisa relação entre câmara e AEB

“Hospital da Bonecada” atendeu 210 crianças em idade pré-escolar

Um grupo de seis deputadas da 8ª Comissão de Educação e Cultura, da Assembleia da República, visitou no dia 19 de abril o Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB) e a câmara municipal, com o intuito de analisar o processo de descentralização de competências da educação encetado pelo município no ano letivo de 2015/2016. Para o presidente da câmara da Batalha “este processo tem-se revestido de enorme importância, numa lógica de benefício para os alunos”. Na perspetiva de Paulo Batista Santos, “o investimento com a educação tem aumentado consideravelmente, facto que comprova o forte comprometimento da autarquia nesta área fundamental para o desenvolvimento do território”.

Os estudantes voluntários do 4.º ano da licenciatura em enfermagem da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiria (ESSLei/IPLeiria) montaram no dia 21 de abril um “Hospital da Bonecada” para 210 crianças em idade pré-escolar de dez infantários da região da Batalha. Através de atividades lúdicas, culturais e pedagógicas, que decorreram entre as 9h30 e as 16h00, os voluntários desmistificaram o contexto hospitalar, que muitas vezes está associado a medo, dor e trauma. As crianças contactaram com o ambiente hospitalar, de prestação de cuidados de saúde e familiarizaram-se com este novo panorama, bem como a interação com os profissionais de saúde, instrumen-

p As deputadas integram a Comissão de Educação da AR Segundo um comunicado da câmara municipal, “face às informações prestadas, quer pela direção do AEB, quer na autarquia, as parlamentares destacaram como bastante positiva a relação de grande proximi-

dade e de articulação entre as duas instituições, tendo ainda sido considerado pedagogicamente bastante relevante os diversos programas e atividades organizadas pela autarquia e o AEB”.

p A ideia é desmistificar o contexto hospitalar tos e procedimentos. “Esta iniciativa contribuiu para dar uma nova abordagem às crianças sobre o meio hospitalar e as práticas comuns que lhe são inerentes, bem como contribuiu para que os estudantes de enfermagem desenvolvessem um pensamento crítico e reflexivo para a resolução de problemas e capacidades de conceção, planeamento, execução e avaliação

de programas de intervenção, orientados para crianças”, explicou Clarisse Louro, diretora da ESSLei/IPLeiria. A iniciativa foi organizada pela direção do Agrupamento de Escolas da Batalha, e o “Hospital da Bonecada” foi supervisionado por uma equipa pedagógica de docentes do Departamento de Ciências de Enfermagem da ESSLei/IPLeiria.


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

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Orçamento participativo paga vitrais na igreja paroquial da Golpilheira

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Jornadas do agrupamento envolveram duas mil pessoas

m O objetivo é valorizar o património material e espiritual, através da beleza e do simbolismo do templo

p Os melhores alunos receberam certificados O projeto “Vitrais para Igreja de Nossa Senhora de Fátima”, na freguesia da Golpilheira, recentemente restaurada, é o vencedor do Orçamento Participativo da Batalha, com 402 votos, num total de 825. A proposta considera que o projeto “contribuirá para a valorização do património material e espiritual, através da beleza e do simbolismo que os vitrais acrescentarão” ao templo. A autarquia recebeu 14 projetos, cabendo o segundo lugar à proposta “Campo Desportivo em São Mame-

p A igreja recebeu obras de requalificação em 2016 de”, com 162 votos, seguindo-se a construção de uma parede de escalada, com 72 votos. “Os 825 votos alcançados na presente edição do orçamento participativo tornam evidente que os munícipes cada vez mais se envolvem neste processo de consulta pública”, considera o presi-

dente da câmara municipal, que “regista com grande satisfação” a participação da população. Para Paulo Batista Santos, “a implementação do orçamento participativo e a inscrição no orçamento municipal de 30 mil euros para sua concretização, reforça, de forma evidente, a impor-

tância que a câmara atribui a este processo, bem como à participação dos munícipes nas decisões a concretizar”. Quanto à Igreja de Nossa Senhora de Fátima, refira-se que recebeu, em 2016, o altar e outras peças litúrgicas oriundas da Basílica de Nossa Senhora do Rosário, do Santuário de Fátima.

Câmara investe em carros elétricos para poupar o ambiente e dinheiro A câmara da Batalha anunciou no dia 8 deste mês que vai renovar a frota de viaturas para os serviços técnicos e investir em dois novos veículos zero emissões, 100% elétricos e que “não emitem para a atmosfera quaisquer gases com efeitos de estufa ou nocivos para a saúde humana”. Com um investimento de 38 mil euros, através da aquisição de duas viaturas, a câmara municipal “confirma a sua aposta forte na mobilidade com zero emissões, processo já iniciado através de candidatura ao Fundo Ambiental em vigor desde 1 de janeiro de 2017”, adianta a autarquia em comunicado. A autarquia tem promo-

p “A defesa do meio ambiente” é um dos objetivos da autarquia vido, desde o início do ano, investimentos com o objetivo de proceder à substituição gradual de veículos dos serviços urbanos ambientais por veículos elétricos, num processo que representa um investimen-

to global de 109 mil euros, valor sujeito a candidatura e ao apoio em 50% pelo novo Fundo Ambiental. Para o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, “o desafio da mobilidade zero emissões representa

uma opção de futuro em defesa do meio ambiente, mas também uma decisão de economia de recursos, uma vez que o custo mensal por viatura regista uma forte poupança em combustíveis”.

A 5ª edição das Jornadas Culturais do Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB), que decorreram entre 21 e 24 de abril, envolveram mais de duas mil pessoas, que através de circuitos definidos assistiram e participaram em atividades em laboratórios, exposições, espaços lúdico-pedagógicos, palestras, concertos, oficinas, animações, cerimónias solenes e espetáculos. O sarau de educação física, que envolve 500 participantes, voltou a ser um dos pontos altos das jornadas culturais. O es-

petáculo teve uma novidade este ano: a utilização da técnica do vídeo mapping. A cerimónia de entrega de certificados e prémios mérito aos melhores alunos também marcou a semana. As diferentes atividades envolveram desde as crianças do pré-escolar aos adultos que frequentam as diferentes ofertas formativas do agrupamento. Este ano foi homenageado, a titulo póstumo, o mestre Alfredo Ribeiro, que se destacou na arte da cantaria.

Batalhas históricas debatidas no mosteiro A Rede de Municípios com Batalhas Históricas está a organizar um colóquio internacional inteiramente dedicado às “Batalhas Fundacionais”, que terá lugar no Mosteiro da Batalha a 26 deste mês. O colóquio reunirá um conjunto de historiadores e especialistas que analisarão o impacto e a influência destes acontecimentos na construção da nacionalidade e a forma como as sociedades contemporâneas apreendem e valorizam a memória em torno desta temática. Iniciada em maio de 2016, a rede reúne os concelhos de Alcobaça, Porto de Mós, Batalha, Castro

Verde, Fronteira e Gaia com o objetivo de fomentar o intercâmbio entre comunidades escolares e incentivar a produção e partilha de conhecimento científico sobre as batalhas históricas portuguesas, potenciando a mútua promoção cultural e turística. O colóquio é uma iniciativa aberta, com entrada livre, e conta com a presença e a participação da comunidade. A 25 deste mês decorre um colóquio semelhante no Castelo de Porto de Mós e a 27 outro em Alcobaça (Estalagem do Cruzeiro – Aljubarrota).




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Jornal da Batalha

Opinião s Fiscalidade

Benefícios fiscais para 2017 Nos termos da Lei n.º 42/2016, de 28/12, foram prorrogadas por um ano as normas que consagram os benefícios fiscais que caducaram a 1/1/2017. Os benefícios fiscais em vigor durante o ano de 2017 são os seguintes: fundos de pensões e equiparáveis; regime público de capitalização; contribuições das entidades patronais para regimes de segurança social; criação de emprego; conta poupança-reformados; incentivo à poupança de longo prazo; fundos de poupança-reforma e planos de poupança-reforma; organismos de investimento coletivo; rendimentos pagos por organismos de investimento coletivo aos seus participantes; fundos de capital de risco; fundos de investimento imobiliário em recursos florestais; planos

de poupança em ações; mais-valias realizadas por não residentes; empréstimos externos e rendas de locação de equipamentos importados; serviços financeiros de entidades publicas; swaps e empréstimos de instituições financeiras não residentes; depósitos de instituições de crédito não residentes; sociedades de capital de risco e investidores de capital de risco; regime fiscal de empréstimos externos; operações de reporte com instituições financeiras não residentes; operações de reporte; Zona Franca da Madeira e Zona Franca da Ilha de Santa Maria; regime especial aplicável às entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira a partir de 1 de Janeiro de 2007; regime aplicável às entidades licenciadas na

Zona Franca da Madeira a partir de 1 de janeiro de 2015; isenção do pessoal das missões diplomáticas e consulares e das organizações estrangeiras ou internacionais; isenção do pessoal em missões de salvaguarda de paz; acordos e relações de cooperação; trabalhadores deslocados no estrangeiro; empreiteiros e arrematantes de obras e trabalhos das infraestruturas comuns NATO; regime especial de tributação de valores mobiliários representativos de dívida emitida por entidades não residentes; Remuneração convencional do capital social; benefícios fiscais relativos à instalação de empresas em territórios do interior; programa semente; isenções; prédios urbanos destinados à produção de energia a partir de fon-

tes renováveis; outros benefícios com caráter ambiental atribuídos a imóveis; prédios urbanos objecto de reabilitação; prédios urbanos construídos, ampliados, melhorados ou adquiridos a título oneroso, destinados a habitação; prédios integrados em empreendimentos a que tenha sido atribuída a utilidade turística; parques de estacionamento subterrâneos; empresas armadoras da marinha mercante nacional; comissões vitivinícolas regionais; entidades gestoras de sistemas integrados de gestão de fluxos específicos de resíduos; coletividades desportivas, de cultura e recreio; associações e confederações; propriedade intelectual; baldios; medidas de apoio ao transporte rodoviário de passageiros e de mercadorias; despesas

com sistemas de car-sharing e bike-sharing; despesas com frotas de velocípedes; incentivos fiscais à atividade silvícola; despesas com certificação biológica de explorações; incentivo fiscal à produção cinematográfica; reorganização de empresas em resultado de operações de reestruturação ou de acordos de cooperação; noção de donativo; dedução para efeitos da determinação do lucro tributável das empresas; mecenato cultural; deduções à coleta do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares; imposto sobre o valor acrescentado - Transmissões de bens e prestações de serviços a título gratuito; obrigações acessórias das entidades beneficiárias; cooperativas; prédios situados nas áreas de localização empre-

António Caseiro Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

sarial (ALE); medidas de apoio ao transporte rodoviário de passageiros e de mercadorias e incentivos à reabilitação urbana.

s Diacrónicas Francisco André Santos

Racista? Eu!? “Eu não sou racista. Eu não sou homofóbico. Até tenho amigos que…” Acho que todos já passamos por situações em que, para nos defendermos, assumimos ter uma amizade com pessoas do tipo X ou Y. Acontece quando nos referirmos a uma questão de identidade assumida pela pessoa a que nos referimos. Ao mesmo tempo, devemos perceber se estamos a usar argumentos que já apresentamos em outras situações. Se a resposta é sim, então o melhor será perceber porque temos a necessidade de nos desculparmos repetidamente. O preconceito, diria, vem da ignorância e do desconhecimento. De outra maneira não seria possível pré-adquirir noções sobre

algo ou alguém que se desconhece. Podemos assumir que somos livres de preconceitos, mas isto será sempre uma interpretação pessoal. A imagem que passamos para os outros - essa está sempre dependente do que é que e como que comunicamos. Ter um amigo homossexual pode ajudar a entender discriminação mas, não é por termos um amigo homossexual que usa alcunhas mais vulgares, que devemos assumir que o seu uso é e deve ser generalizado. Um amigo meu português a viver aqui na Holanda, fala-me que em Portugal, não é que houvesse racismo, mas que… mas que havia sempre aquele racismo disfarçado que nunca deixa ninguém estar mes-

mo à vontade. É a avó a referir-se ao pretinho, ou a pessoa de cor com alcunha assumida, ou qualquer outra característica que inconscientemente usamos para diferenciarmos alguém em vez de distinguir. Existem atos que em sociedade não tentamos corrigir ou melhorar. É certo observam-se diferenças geracionais e que é importante respeitar quem teve ensinamentos diferentes, mas muitos destes comentários renovam-se do passado. E é um problema que afeta mais a quem não faz parte do que é considerado “normal”, daí o seu desafio. Tal como há coisas que a mim me disseram e não me fizeram alegre, também eu disse e passei uma mensagem errada sobre mim que

tomo como lição. Passei por homofóbico por contar uma piada que talvez devesse ter sido feita noutro contexto. Facilmente se pode ser mal-interpretado quando se discutem estes temas, mas acredito que seja ainda mais importante que a discussão de identidade não seja tabu. Infelizmente, só me contaram que era homofóbico alguns dias depois. Fiquei mal visto, e na ignorância. Até discordo do significado dos meus comentários… mas se realmente não quero ser preconceituoso, aprendi que dependo do julgamento dado por aqueles que estão à minha volta. Em tal cenário, se ninguém me tentar entender ou corrigir, continuarei a ser homofóbico. Até sem saber. Acredito que seja um de-

safio importante de rever no dia-a-dia. Durante o Europeu, enquanto assistia a um dos jogos, um fulano comentava constantemente para o ecrã, como que falando para o Fernando Santos. Duvido que o escutaria. Se bem que pessoalmente concordava perfeitamente com essa substituição que se veio a revelar importante, o jogador em questão estava a ser mencionado pela etnia, não pelo nome ou alcunha. Não obtendo resposta ao meu pedido para que deixasse o jogador em paz, ainda assim, não voltou a referir-se ao jogador da mesma maneira. Os seus colegas expressaram satisfação e até algum gozo. Se bem que será melhor conversar sobre o assunto, não deixa de ser sensato deixar algu-

mas pessoas perceberem que podem estar a ser ofensivos. Dificilmente de outra maneira podemos ser mais responsáveis e respeitadores para com o outro e para com todos. É sobretudo, ter o poder de decidir que podemos melhorar-nos através dos nossos amigos e não que o nosso círculo de amigos nos define. Quer sejam do tipo X ou Y. Prefiro antes este preconceito: todos conseguimos ser melhores.


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Atualidade Batalha

maio 2017

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Concelho da Batalha comemorou o 39º aniversário no 30 de abril, na Golpilheira. As cerimónias contaram com a presença das entidades da região e de dois bombeiros france-

ses, de Gournay en Bray. Foi benzida a nova Viatura de Comando e Operações Tático (VCOT) e integrados sete novos elementos no corpo de bombeiros. O dia começou com o hastear de bandeiras no quartel da Batalha, seguin-

do-se uma romagem ao cemitério da vila, missa de homenagem aos bombeiros falecidos, na Igreja da Golpilheira, bênção de viatura, sessão solene, desfile de bombeiros e o almoço de convívio no salão paroquial da Golpilheira.

Fotos: BVBatalha

Bombeiros comemoraram 39º aniversário

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Batalha Opinião

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Jornal da Batalha

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Poupar água é essencial O mês de maio traz-nos sempre o aumento das horas de sol, os dias ficam maiores, e parece que temos mais tempo para as atividades (pelo menos as de ar livre). É uma altura propicia para as sementeiras ao ar livre e - a ver por estes primeiros dias em que o calor aperta que parece pleno verão - pode ser agradável para quem o aprecia, mas se continuar assim, sem chover, podemos ter um ano de seca, o que implica menos produtividade em geral. Como temos acesso a água em abundância, esquecemo-nos do quanto dependemos do tempo. Por este facto, e antes que seja preciso remediar, vamos todos prevenir, utilizando a água com moderação. O melhor sistema de rega é mesmo o gota-a-gota. Por cá instalámos no topo da horta um sistema destes, que levanto quando queremos mobilizar a terra e depois volto a distribuir. É simples e compensa o investimento, quer por con-

trolar melhor a rega, quer pela praticabilidade e também pelo controlo do consumo de água. Outra forma de minimizar a evaporação da água é colocar palha, ou outro tipo de material seco, por cima da terra em redor do pé das plantas, para que a água com que se regou não evapore com facilidade, permitindo ainda manter a terra com uma temperatura mais estável, o que é muito apreciado pelas plantas. A matéria seca faz sombra à terra e alimenta-a gradualmente. Algumas plantas, como é o caso das pimenteiras e dos pimentos, se tiverem ficado abrigadas das geadas, podem apenas ser podadas que voltam a produzir frutos. Se semeou batatas com antecedência, por esta altura já tem as plantas com a folhagem de fora. Pois deixo a dica de como pode fazer um preparado caseiro que funciona como preventivo e curativo do míldio (tão comum nestas plantas). Re-

colha folhas de um ano de bardana e deixe-as a macerar em água (do mesmo modo que se faz o chorume de urtigas), um quilo de fo-

lhas para 10 litros de água, durante alguns dias, até que deixe de fermentar (deixa de ter bolhinhas à superfície, quando se mexe), de-

pois é só coar e pulverizar diluído em água, na proporção de 2:10 (duas medidas de chorume de bardana para 10 medidas de água), se usar

poderia levar à sua completa aniquilação. Conscientes de que o diálogo e a tolerância eram os caminhos a seguir, em 1950, seis países dão um passo de gigante no sentido desse entendimento: a própria Alemanha, a Bélgica, a França, a Itália, o Luxemburgo e a Holanda criam a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA). Este é o início da saga que, em 1957, leva à fundação, ainda por aqueles seis países, da Comunidade Económica Europeia (CEE), cujos fundamentos estão vertidos no “Tratado de Roma”. O relativo êxito desta embrionária CEE a “seis”, especialmente em termos económicos entre si, leva outros estados europeus a interessarem-se e a manifestar o desejo de nela se integrarem.

Através das concomitantes negociações, em 1973 aderem mais três países: Dinamarca, Irlanda e Reino Unido; em 1981 entra a Grécia; em 1987 aderem Portugal e Espanha e assim sucessivamente, até chegarmos ao número atual de 27 países, embora dentro de dois anos saia o Reino Unido, mas entretanto outros já estão à porta para entrar, designadamente pequenos países da região dos Balcãs, saídos do desmembramento da Ex Jugoslávia, consumado na década de 1990. Em concreto, a base da criação da atual União Europeia tinha como primeiro objetivo pôr termo às frequentes guerras entre países vizinhos, culminadas na devastadora 2ª Guerra Mundial. Naturalmente que este propósito inicial foi depois evoluindo para ou-

como preventivo, 4:10 se usar como curativo. Hortícolas para semear e/ ou plantar ao ar livre: abóboras, aipo, alfaces, alho francês, batatas, beringelas, beterrabas, brócolos, cebolas, cenouras, coentros, couve-flor, couve-repolho, couve-rábano, espinafres, ervilhas, malaguetas, nabiças, nabos, pepinos, pimentos, salsa, tomates, rabanetes, rúcula e calêndulas. Jardim, semear: amores perfeitos (só os de flor pequena é que são os naturais e pode-se comer as suas flores), cravos, crisântemos, dálias, bocas de lobo, capuchinhas (estas são excelentes para circundar a nossa horta) e calêndulas. Arbustos e árvores de fruto para plantar: amoreiras, arandos, framboesas, groselheiras, mirtilos, morangueiros, videiras e pequenas bagas em geral. Na horta cultivamos alimentos e sentimentos! Boas colheitas.

s Noticias dos combatentes

A nossa velha Europa A propósito da comemoração, em março pretérito, do 60º aniversário do Tratado de Roma que, formalmente, deu início à criação da atual União Europeia, apetece-nos tecer breves comentários sobre este organismo, na nossa condição de meros cidadãos atentos, procurando mantermo-nos minimamente informados. Todavia, para melhor compreendermos o que esteve na origem da criação da União europeia, cremos ser útil recuarmos um bocado no tempo. Talvez mesmo uns milénios. Dos cinco continentes que compõem o nosso planeta, a Europa é o segundo mais pequeno, mas é também o segundo em número de países (50) e o terceiro em população. Em termos civilizacionais, a Europa, será, provavelmente, o con-

tinente que menos hiatos sofreu, especialmente depois das civilizações grega e romana, pois poderá afirmar-se que, após estas, nunca mais deixou de progredir, pelo menos em termos de ciência, cultura e tecnologia, apesar das “trevas” da época medieval. Houve outro aspeto em que também continuou a progredir, neste caso de forma bastante negativa, devido às sucessivas guerras, quase sempre tendo em vista a expansão territorial dos seus países, embora o antagonismo das religiões também tenha sido responsável por algumas bem sangrentas. E se, até finais do século XIX, essas guerras (centenas, ao longo dos séculos) foram maioritariamente intestinas, por quase todas confinadas ao próprio con-

tinente, no século XX este paradigma foi radicalmente alterado, com a deflagração de duas guerras mundiais: 1ª, de 1914 a 1918; 2ª, de 1939 a 1945, com a particularidade de ambas terem sido desencadeadas pelo mesmo país europeu, a Alemanha. Em especial a 2ª, provocou dezenas de milhões de mortos em todos os continentes, para além da grande alteração do mapa geopolítico, com várias modificações de fronteiras e uma destruição apocalíptica, em particular na Europa. Findo este segundo conflito, quase planetário, alguns políticos europeus mais clarividentes concluíram que era imperativo mudar de mentalidades e de rumo, sob pena da velha Europa se vir a transformar num caos permanente e sangrento que, no limite,

tros patamares, incluindo a ajuda monetária aos países mais pobres, com destaque para os do Europa do Sul, sendo Portugal um desses grandes beneficiados, embora, como se sabe, muito pouco soube aproveitar essa benesse. Mas, como igualmente sabemos, nem tudo tem sido “rosas” na evolução da “nossa” União Europeia, de tal modo que hoje é contestada por grande parte das populações de muitos países (o nosso incluído), o que já está a levar à saída do primeiro (Reino Unido) e veremos se outros não se seguirão. NCB


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Autarquia exige solução para combater poluição das suiniculturas s registo Preocupação em diferentes sectores O vereador do Ambiente do município de Porto de Mós, Rui Marto, defendeu que os suinicultores têm de tratar os seus resíduos tal como outros setores de atividade, lamentando a situação e esperando que o projeto “não se perca”. “Não podemos perder este projeto. É um retrocesso. Mais uma vez este processo fica adiado ou perdido. Sem esse equipamento não sei até que ponto as suiniculturas podem criar um sistema de tratamento”, salientou.

Thiago Gomes/SUSIP

Audição

p A região perdeu 9,16 milhões de euros de fundos comunitários

m “Tudo faremos para assegurar condições ambientais e de saúde pública aos cidadãos do município”, afirma Paulo Batista Santos O contrato de financiamento da construção da Estação de Tratamento de Ef luentes Suinícolas da Região de Leiria (ETES do Lis), que abrange o concelho da Batalha, foi anulado pelo Governo, uma vez que a empresa Valoragudo não adjudicou a obra dentro do prazo, de forma a garantir 9,16 milhões de euros de fundos comunitários. “Perante o risco de perda de apoios comunitários pelo Estado, viu-se a Autoridade de Gestão do PDR2020 obrigada a anular o contrato de financiamento do projeto, ficando sal-

vaguardada a não devolução do montante em causa a Bruxelas”, revelou no dia 3 deste mês o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. O Governo explica que anulou o contrato com a Valoragudo, detida a 100% pela Recilis, de modo a que Portugal não perdesse os fundos comunitários, podendo, assim, canalizar o valor para outro projeto. Neste contexto, a câmara da Batalha pediu a intervenção do Ministério Público, enquanto “titular do exercício da ação penal”, no sentido de cumprir “o seu papel na defesa dos interesses coletivos”. Em comunicado, o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos, lamenta a decisão, que “inviabiliza o projeto de construção da ETES do Lis”, acrescentando que “a responsabilidade maior está nos dirigentes da

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Recilis/Valoragudo, entidade a quem competia proceder à adjudicação do projeto em prazo e que teve as todas condições para o realizar”. “Não poderemos olvidar que estamos na presença de um grave problema ambiental e de sustentabilidade do sector suinícola da região de Leiria que o Governo não pode ignorar”, acrescenta Paulo Batista Santos. Para a autarca “impõe-se uma explicação do Governo à Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, às autarquias e às populações da região quanto às perspetivas futuras do projeto”. Na perspetiva de Paulo Batista Santos, “fica comprometida a qualidade ecológica e química que a Diretiva-Quadro da Lei da Água preconiza, o bem-estar das populações e o desenvolvimento sustentado da região”. “Neste particular, não es-

quecemos que cabe ao Ministério Público defender os interesses coletivos e difusos, que são os interesses juridicamente reconhecidos e de interesse público, como o direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado, com prevenção da poluição, pelo que pugnaremos para que o Ministério Público, na sua qualidade de titular do exercício da ação penal, cumpra o seu papel na defesa desses interesses coletivos”, refere o presidente da câmara da Batalha. “Da nossa parte fica a expressão de que tudo fizemos para impedir este desfecho e tudo faremos para assegurar condições ambientais e de saúde pública aos cidadãos do município”, conclui o autarca. O presidente da Recilis, David Neves, tem-se escusado a comentar este processo.

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O Grupo Parlamentar do CDS-PP, considerando que a obra da ETES do Lis “é um projeto coletivo da maior importância para resolver um problema ambiental grave que afeta a região de Leiria, onde existe um elevado número de suiniculturas, que têm um enorme peso na economia regional e que carecem de uma solução sustentável para o encaminhamento dos seus efluentes pecuários”, requereu a audição urgente do ministro da Agricultura “para esclarecimento sobre este assunto”.

Razões desconhecidas O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), Raul Castro, afirmou desconhecer a razão para a não adjudicação, cujo prazo terminou no final de abril, realçando que “a direção da Recilis tinha sido mandatada para avançar” na última reunião da Comissão de Acompanhamento do Protocolo de Colaboração”. Neste contexto, Raul Castro quer saber “quais foram as razões que levaram à não adjudicação” da obra.

Esclarecimentos Os deputados socialistas eleitos por Leiria afirmam, na introdução a um conjunto de perguntas enviadas ao ministro do Ambiente, que a Valoragudo/ Recilis “não adjudicou, nos prazos definidos”, a construção da ETES do Lis, destacando que “todas as diligências tomadas, protocolos assinados e compromissos assumidos acabaram [ao longo dos anos] por expirar sem que nenhum processo se tenha concluído”. Os deputados do PS pedem esclarecimentos sobre a despoluição da bacia hidrográfica do rio Lis e, num requerimento enviado ao ministro da Agricultura, solicitam uma série de documentos relacionados com o processo de construção da ETES do Lis e a suinicultura na região de Leiria.

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da Direção-Geral do Património Cultural, foi o monumento mais visitado fora de Lisboa, em 2016, com um registo de quase 400 mil visitantes pagantes e um crescimento do número de visitantes de 20%, face ao ano anterior. É o monumento nacional que regista o maior aumento de visitantes. “É com satisfação que a AR recebe a presente exposição, que nos recorda a história da construção do mosteiro e que nos traz uma magnífica mostra fotográfica com trabalhos de conceituados fotógrafos portugueses que tão bem o retratam”, afirmou, por sua vez, o presidente da AR, Ferro Rodrigues, destacando que a atribuição do estatuto “foi como não podia deixar de ser uma decisão unânime que honra a nossa história e a nossa memória”. O presidente da AR destacou que “a coesão das co-

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munidades e a identidade das nações não vivem sem esse exercício permanente da memória histórica”, considerando que “a Batalha é um símbolo de independência nacional, de abertura ao mundo e de patriotismo, valores que queremos preservar”. “A AR é sede democrática da soberania nacional e da vontade popular. Nesse sentido, é a guardiã desses valores eternos, e é por estes dias, o palco orgulhoso desta exposição que evoca justamente um símbolo patrimonial desses valores nacionais”, concluiu Ferro Rodrigues. O Mosteiro da Batalha partilha o estatuto de Panteão Nacional com a Igreja de Santa Cruz, em Coimbra, e com o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

s registo Interpretação de textos e gastronomia regional Na Sala dos Passos Perdidos, após as intervenções dos presidentes da AR e da câmara da Batalha, Tobias Monteiro interpretou os textos “O Mostrengo”, de Fernando Pessoa, “Sétimo (II) Filipa de Lencastre”, de Fernando Pessoa, e “Ao Soldado desconhecido (Morto em França), de Afonso Lopes Vieira. O tenor Luís Castanheira interpretou a ária “Panis Angelicus”. Seguiu-se uma visita à exposição, com a presença da diretora geral do património cultural, Paula Silva e do diretor do Mosteiro da Batalha, Joaquim Ruivo, deputados, autarcas e dezenas de batalhenses que se associaram ao evento. No restaurante do novo edifício da AR decorreu depois uma degustação de produtos regionais, musicalmente animada pelo Grupo Gaitilena.

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Batalha Opinião

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s Espaço do Museu

Museus e histórias contestadas: dizendo o indizível nos museus Museus e histórias contestadas: Dizendo o indizível nos museus é o tema eleito pelo Conselho Internacional dos Museus (ICOM) para a celebração do Dia Internacional dos Museus 2017, que se celebra a 18 de maio. A temática vem reforçar a função que os museus têm nas comunidades e a sua promoção de relações pacíficas entre as pessoas. Destaca também como a aceitação de uma história contestada pode ser o primeiro passo para encarar o futuro de reconciliação. Ao escolher dizer o indizível nos museus, o ICOM procura fazer entender os aspetos incompreensíveis das histórias contestadas inerentes à raça humana; e encoraja também os museus a desempenhar um papel ativo na abordagem pacífica das histórias traumáticas pela mediação de múltiplos pontos de vista.

Este é um desafio que o ICOM lança a todos os museus do mundo, tendo em vista uma ligação que permite uma visão que ultrapasse os temas tabu e alcance uma melhor compreensão mútua. Encara-se a pertinência

deste tema como um abanar da consciência internacional para os rumos causados pelos diversos conflitos noticiados, não só na movimentação dos povos, mas também no temor do aumento das reações xenófobas e das procedentes re-

sistências patrióticas. Recorde-se que o ICOM estabeleceu o Dia Internacional dos Museus em 1977 para aumentar a consciencialização pública sobre o papel dos museus no desenvolvimento da sociedade e tem vindo a ganhar di-

namismo desde então. Em 2016, o Dia Internacional dos Museus conquistou uma participação recorde com mais de 35.000 museus que acolheram eventos em 145 países. O Comité Nacional Português do ICOM canaliza

para os museus nacionais esta missão convidando-os a celebrar a data com iniciativas pertinentes para as comunidades que representam. De norte a sul do país e nas ilhas desenrolam-se atividades que envolvem pessoas de diversas idades. Assinala-se também a Noite dos Museus, associada ao evento, e que convida o público a vivenciar os museus fora do horário habitual, numa experiência que muita curiosidade suscita. Consulte a página do MCCB ou visite-nos diretamente e saiba as iniciativas o que o Município da Batalha, através do seu museu, preparou para a celebração desta data. Largo Goa, Damão e Diu; telefone: 244 769 878; e-mail: geral@museubatalha.com; Site: www. museubatalha.com. Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)

s Tesouros da Música Portuguesa Por João Pedro Matos

A peregrinação de Dulce Pontes Se a existência neste mundo é a nossa maior peregrinação, o novo disco de Dulce Pontes pode servir de alento nessa caminhada, para quem o ouvir com atenção. Não é necessariamente uma viagem por países longínquos, nem se baseia na obra de Fernão Mendes Pinto, pois esse trabalho já foi feito. Talvez tenha esse nome porque são muitas as voltas que já conheceu o percurso musical de Dulce Pontes, e o seu novo disco, trabalho maior da música portuguesa, vai ainda mais longe. Assumindo-se cada vez mais como cantora do mundo, transpõe fronteiras geográficas e de género musical, enraizando quer na tradição popular, quer na música clássica. O que não surpreende, depois de ter alcançado a consagração internacional, designada-

mente pela mão do compositor e maestro Ennio Morricone. Dulce Pontes lança-se agora por caminhos e lugares que vão de Portugal, passando por Espanha até à América Latina. Trata-se de um álbum duplo. Começamos a audição pelo segundo disco, intitulado “Puertos de Abrigo”. Ouve-se o andamento “Astúrias”, retirado da Suite Espanhola de Isaac Albeniz, compositor catalão que foi também músico do mundo, e que deu concertos por toda a Espanha e em diversos países da América do Sul. Virão então a propósito dois temas do mesmo disco, “Maria de Buenos Aires” e “Vamos Niña”, do criador do Novo Tango, Astor Piazzolla. Além do famoso “Volver” de Carlos Gardel, o qual tem como acompanhamento guitarra portu-

guesa. Apesar desta incursão por terras da Argentina, nunca se afasta do mar, como nos anunciam as faixas “Alfonsina y el Mar” e “Ay Ondas que eu Vin Veer”. Nem tão pouco da música tradicional portuguesa, herança sempre presente. A abertura do primeiro disco cabe à Orquestra Roma Sinfonietta que, outra vez com guitarra portuguesa, grava ao vivo o andamento lento do Concerto de Aranjues, de Joaquim Rodrigo. Com nítida influência do musicógrafo Filipe Pedrell, esta é a composição mais famosa de toda a música espanhola, aqui contando com o belíssimo poema de Dulce Pontes. Segue-se “O Grito”, talvez o mais pungente fado de Amália Rodrigues. Segundo Fernando Pessoa, existiria um espírito

português criador de mitos, psique que cumpriria o espírito vindouro que seria a época da Fraternidade Universal. Um Quinto Império que se teria revelado através dos descobrimentos, mas que seria essencialmente espiritual. A autêntica identidade nacional tornara-se assim universalista, quando abriu novos mundos à Europa. Talvez não seja por acaso que o álbum conta com dois poemas de Fernando Pessoa, “Cancioneiro” e “Nevoeiro”, este último extraído da obra poética “Mensagem”. Há aqui todo um encantamento em torno do maior mito nacional, o mito do Encoberto, do rei D. Sebastião que há-de numa manhã regressar. “Nevoeiro” teve honras de ser o tema de apresentação do álbum, contando mesmo com um

teledisco. Regressamos a Lisboa e ao fado, com “Alfama” de Alain Oulman e letra de Ary dos Santos: “Alfama cheira a saudade”. Dir-se-ia que é o regresso a casa depois de todo o caminho percorrido. Puro engano. A viagem termina no Minho, nuns “Bailados do Minho” de ritmo desenfreado, com música de Artur Paredes e letra de Dulce Pontes. Isto depois de ter visitado a Beira Baixa em “Vá de Retro” (composição da autoria da própria Dulce Pontes) e percorrido a planície alentejana em “Grândola”, cantada em tom de oração. E esta viagem não tem fim, para quem ousar voltar a ouvir o segundo disco, viagem por mundos que se recriam e que transversalmente se influenciam. O interior do álbum tem

o desenho de uma vieira, a concha que os romeiros ostentam, mormente os que vão a Santiago de Compostela. Nesta peregrinação musical, se existe uma justa recompensa, ela não se encontra no lugar a que se chega, mas no caminho repleto de maravilhas. Resta-nos a nós dar graças e louvores por este excelente trabalho.


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‘Pastorinhos’ de Santo Antão ganham prémio do Euromilhões m A sociedade é

milhões, extraído a 2 deste mês, que saiu a uma sociedade constituída por um grupo de amigos. O prémioque saiu a Francisco, Lúcia e Jacinta e mais 147 amigos e colegas de trabalho, tem o valor de 396.416 euros (323.133 euros após o imposto de selo). A cada um cabe a quantia de 2.154 euros. A sociedade é liderada por Francisco Maximiano, de 51 anos, irmão das gémeas Lúcia e Jacinta, de 48 anos, e foi constituída há quase dois anos e meio, em Pataias, no concelho de Alcobaça, onde reside e é proprietário da loja de móveis Zélimax. O grupo, em que cada elemento investe 2,5 euros por

Os três irmãos de Santo Antão, no concelho da Batalha, conhecidos por “três pastorinhos” - por terem os nomes dos videntes de Fátima – estão entre os 150 contemplados com o 2º prémio do concurso do Euro-

Ricardo Almeida/Correio da Manhã

liderada por Francisco Maximiano, de 51 anos, irmão das gémeas Lúcia e Jacinta, de 48 anos

p Francisco, Jacinta e Lúcia entre os premiados

Cabaz da Fruta dá preferência a produtos região O Cabaz da Fruta é o nome de uma frutaria aberta na Batalha com o objetivo de privilegiar os produtos nacionais, sobretudo os produzidos na região, como defendem os sócios gerentes Cátia Matos, natural do concelho, e Luís Silva. A frutaria abriu a 19 de fevereiro e pertence à empresa Oliveira Matos & Oliveira Silva, Lda. “A nossa venda principal são frutos secos, pão e bolos regionais, produtos hortícolas e frutícolas, de preferência nacionais de produtores da zona da Batalha, Porto

Mós, Alcobaça e Leiria”, refere Cátia Matos O Cabaz da Fruta também faz cabazes para famílias pequenas ou numerosas a um preço económico, com produtos variados. “Futuramente pretendemos expandir o negócio com a revenda de produtos a área da restauração, jardins infância e escolas”, adianta Cátia Matos. A frutaria, na praceta Infante D. Pedro, faz entregas ao domicílio na zona da Batalha, Leiria, Maceira e Marinha Grande, com encomenda prévia.

Batalha de luto pelo falecimento de Francisco Ramos de Moura A câmara decretou no dia 4 deste mês Luto Municipal pelo falecimento de Francisco Ramos de Moura, que exerceu as funções de presidente da autarquia da Batalha de 1959 a 1962. “Nesta hora de dor, a autarquia da Batalha endereça sentidas condolências à família, amigos e a todos

aqueles que tiveram oportunidade de beneficiar da sua generosidade pessoal e notável mérito profissional”, lê-se numa nota do município. As cerimónias fúnebres realizam-se no dia 5, pelas 15 horas, na Igreja Matriz da Batalha.

sorteio, tem ganho prémios todas as semanas, com exceção da anterior aquela em que lhe calhou o 2º prémio. Francisco Maximiano, que tem apetência para a matemática, apesar de possuir apenas o 7º ano de escolaridade, é o autor das 25 chaves múltiplas, de seis números e duas estrelas, usadas pela sociedade. “Não é todos os dias que se acerta num prémio destes, ainda por cima o único em Portugal, para dividir com 150 amigos”, destaca, satisfeito, Francisco Maximiano. O grupo já participou em mais de 200 sorteios e apenas ficou ‘em branco’ uma vez.

Proteção das pedreiras poderá ser ampliada A Direção Geral do Património Cultural (DGPC) desafiou a câmara da Batalha a classificar como de interesse nacional as pedreiras históricas de Valinho do Rei, em Concajido, e de Pidiogo, em Vale da Pedreira, na freguesia do Reguengo do Fetal. A proposta da DGPC sobre as pedreiras históricas do Mosteiro Santa Maria da Vitória foi revelada por Paulo Batista Santos, presidente da câmara, aos deputados municipais, na assembleia municipal de 26 de abril. “A DGPC ficou surpreendida com as medidas da câmara e lançou como desafio classificar toda a zona como sendo de interesse nacional”, revelou o autarca, citado pelo Região de Leiria, adiantando que “seria um projeto piloto a nível nacional”. A criação de uma zona especial de proteção (ZEP) das pedreiras de onde saiu

p Destas zonas saiu a pedra para a construção do mosteiro a pedra utilizada na construção do mosteiro foi anunciada em dezembro pela autarquia. A criação da ZEP visa condicionar quaisquer intervenções numa faixa de

50 metros, que seria alargada, no caso de receberem o estatuto de interesse nacional. “O nosso compromisso foi fazer trabalho técnico de avaliação e se se veri-

ficar que há fundamento técnico que o justifique, ampliar a classificação”, referiu Paulo Batista Santos.




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Clube de Alcanadas apanhado em polémica com o Benfica m Luciano Gonçalves pediu “50 bilhetes baratos” ao clube da luz, para oferecer ao “avós e netos” da localidade

O presidente da mesa da assembleia geral do Centro Recreativo de Alcanadas (CRA) e da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luciano Gonçalves, foi envolvido numa polémica por ter pedido “50 bilhetes baratos” ao Benfica, para oferecer ao “avós e netos” da localidade. “Eu sou presidente da

mesa da assembleia geral da coletividade Centro Recreativo de Alcanadas e juntamente com a direção queríamos proporcionar um dia diferente a avós e netos da localidade”, lê-se num email divulgado pelo FC Porto e que Luciano Gonçalves terá enviado Ana Paula Godinho, relações públicas do Benfica, no dia 10 de abril. A intenção do dirigente era “levá-los [avós e netos] de autocarro a um jogo no Estádio da Luz, pois muitos deles nunca tiveram a oportunidade de entrar num estádio de futebol, por este motivo vinha solicitar a vos-

sa ajuda neste pedido. Solicitava 50 bilhetes para um local por si sugerido, mas tendo em conta que solicitava bilhetes baratos, pois será oferta nossa à população”, adianta o documento. Mas o que fez estalar a polémica foi a troca de emails interna, em que Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, terá escrito: “O presidente da APAF não é de confiança total... e tem feito “oposição” a algumas situações do nosso interesse. Porém, nunca é bom tê-lo contra, tanto que será uma das testemunhas a ser ouvida em processo do nosso interesse. Por outro lado,

p “Não sirvo interesses de ninguém”, diz Luciano Gonçalves e para que amanhã não nos acusem de oferecer bilhetes à APAF, a Ana Paula Godinho que solicite o email do Centro Recreativo de Alcanadas para informar que o SL Benfica irá oferecer os 50 convites”. “Na boa fé, com que sempre pautei a minha conduta, pessoal e profissional, negligenciei momentaneamente, o facto de que o futebol português tem sido, por estes dias, um local feio para estar”, reconheceu a 20 de abril o presidente da mesa da assembleia geral do

Centro Recreativo de Alcanadas. Luciano Gonçalves acrescenta: “Não admito - e nunca admitirei - ser usado como arma de arremesso, numa guerra que não é minha nem da arbitragem portuguesa!”. “Que fique bem claro, para todos: não sirvo interesses de ninguém e tenho uma única missão, que cumpro com a máxima verticalidade: servir a arbitragem e os árbitros de futebol em Portugal!”, exclama Luciano Gonçalves, frisan-

do: “Sou independente! Tenho muitos anos no sector, vários como presidente de Núcleo de Árbitros de Futebol de Porto de Mós e outros tantos como dirigente da APAF”. Luciano Gonçalves é sócio do Centro Recreativo de Alcanadas há 27 anos. A coletividade tem 500 sócios e a intenção do dirigente seria apenas “efetuar a compra de bilhetes para um evento desportivo há muito pedido e desejado pela esmagadora maioria dos sócios”.

Desporto para todos às terças e quintas

p Parceria entre a autarquia e o Atlético Batalha A câmara municipal e o Atlético Batalha estabeleceram uma parceria e deram início no dia 2 deste mês ao programa “Batalha Ativa - Desporto para Todos”, que se prolonga até 28 de setembro. Às terças e quintas-feiras, e sempre às 20h30, passa a ser possível, de forma graAF_CA_OnlineParticulares_MP_205x135mm_26122016_cv.indd 1

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tuita, participar num programa de atividade física diversificado e dinâmico, com acompanhamento profissional. O “Batalha Ativa - Desporto para Todos” decorre, às terças-feiras, na Zona Desportiva da Batalha e às quintas-feiras na Praça Mouzinho de Albuquerque.



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Património O Mistério da morte de D. João II s Casa da Madalena

D. João II Pro Lege, Pro Grege

Peça a Peça, o Museu Etnográfico da Alta Estremadura

Príncipe Perfeito, firmei a aliança entre a lei e a grei, domei homens pérfidos e cabos tormentosos e transformei as Tormentas em Esperança. Soçobrrei quando o destino se arrogou a vingança dos que justicei e só me deixou cumpri-lo na árvore que plantei, porque os frutos nunca os saboreei.

p Nesta fotografia vê-se ao fundo, na Capela do Fundador, por trás do túmulo de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, o túmulo do bisneto D. João II, cujos restos mortais para aqui foram trasladados em 1 de Dezembro de 1901, tendo assistido às cerimónias fúnebres o rei D. Carlos I e a Rainha D. Amélia Embora já não sendo sobre a Sacristia do Convento da Batalha, aproveito a reeleitura da obra do Cardeal Saraiva, a bem elaborada e muito rigorosa e tão espantosamente completa “Memória sobre as Obras do Real Mosteiro de Santa Maria da Vitória…” para relembrar a passagem que o célebre frade beneditino e patriarca de Lisboa dedica a el-Rei D. João II e ao seu túmulo precário (na altura) existente na capela absidal da Senhora do Pranto ainda no século XIX: “Passando da capela mór à outra que lhe fica imediata para o lado da epístola, e que é dedicada a Nossa Senhora da Piedade (em outro tempo a Nossa Senhora do Pranto) achamos aí o túmulo, em que estão depositados os restos do senhor D. João II, como já em tempo de Frei Luís de Sousa, e muito antes, estava o seu corpo, trasladado da Sé de Silves em 1499. “Subia-se a este túmulo

por sete degraus de madeira postos em quadrado, chapeados de bronze; e a caixa externa do túmulo, que sobre eles estava, e também era de madeira e do mesmo modo chapeada, tinha três chaves de que eram depositários o prior do convento, o sacristão mor e um padre dos mais anciãos. Achamos em lembrança antiga que a duquesa de Aveiro, visitando o túmulo em 1544, o mandara reformar do sobredito modo. “O que é certo e indubitável é que ali estava e esteve, por mais de 300 anos (isto em 1809), inteiro o corpo daquele soberano, que nós mesmo, no ano de 1809, por benigna condescendência do prior que então era, vimos, e com as nossas mãos apalpámos, não lhe achando outro defeito mais que a extremidade do rosto, na barba, já um pouco gastada do tempo. “Na invasão do exército francês, em 1810, padeceu este respeitável depósito os

efeitos da barbaridade com que a soldadesca sacrilegamente violou todos os Reais túmulos, e hoje somente se conservam (em 1823) os restos informes, que a religiosa piedade do actual benemérito prior (que também o era então) o Padre Mestre Frei Francisco Henriques de Faria, pôde recolher de entre ruinas e entulho, e que ali se tornou a depositar, reformando os degraus e caixa de madeira, tal como ora existe…”. De 1901, ano da trasladação definitiva para a Capela do Fundador, não tenho, embora possa haver, qualquer notícia sobre os restos mortais de D. João II, que, creio ser possível estarem ainda como quando os frades piedosamente os resgataram dos destroços causados pelos soldados napoleónicos e os repuseram no túmulo de madeira, cuja arca tumular ainda deve conservar-se no Mosteiro. Se os ossos e tecidos do Soberano se encontrarem

no mesmo estado do denunciado em 1811 pelos dominicanos, ainda será viável, à luz da Ciência do século XXI, um exame que determine as causas da sua morte. Como se sabe, no seu século chegaram a correr rumores de que teria sido envenenado o que não se estranharia dada a sua política de aproximação e defesa da classe popular e o seu apurado sentido de Estado, bem expressos na divisa “Pro Lege, Pro Grege” (Pela Lei e Pelo Povo). Isto e o seu espírito inovador e empreendedor com certeza que lhe acarretaram inimizades que, na sua cegueira, poderiam ter levado a este trágico remate. Mas só uma investigação feita nos mais avançados moldes científicos o poderá descobrir. Ou já não será possível? José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (170)

Visitamos hoje uma vitrina que, na primeira e na segunda prateleiras, a contar de cima, contém miniaturas de tear, dobadoiras, rodas de fiar, sarilhos, espadelas, sendeiros, maços, parte destes instrumentos mostrados no seu tamanho natural noutras divisões do museu Na segunda prateleira, vêem-se as sementes de linho e o linho seco, preparado para os trabalhos seguintes, e uma boneca de trapos a fiar, feita por uma senhora da Bidoeira de Cima, Maria dos Moinhos Moreira. Nas prateleiras seguintes estão brinquedos de barro, de lata, de cana, de madeira e de trapos como é o caso do boneco a tocar flauta. Há ali piões, cartaxos, pífaros, flautas, músicos de barro, miniatu-

ras de berço, de triciclo, da pedra escolar. Cornetas, mealheiros, fisga, rela, flautas de Pan. Enfim, todos aqueles brinquedos dos meninos de há muitos anos atrás que, nos meios rurais, eram tantas vezes feitos pelas próprias crianças. Alguns eram comprados sobretudo nas feiras anuais de Leiria, que então se realizava em Março e agora em Maio e de Santa Maria de Agosto na Batalha, instituída nos finais do século XV, quando se começavam as obras do Mosteiro, pelo Rei D. João I. Numa das prateleiras está exposto o livro do Professor Mário Neto sobre os brinquedos da nossa região, a que me referi no número anterior. J.T.S


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Cultura

MCCB integra rede nacional de museus a partir de junho m O projeto assenta a sua preocupação ao nível da inclusão, disponibilizando ajudas técnicas e soluções capazes de facilitar a apreensão dos conteúdos por todos os cidadãos

O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) é um dos novos

quatros museus da Rede Portuguesa de Museus, que integra a partir de junho, aumentando o número de membros para 149, anunciou a 19 de abril a diretora-geral do Património Cultural, Paula Silva. Além do MCCB, visitado por 30 mil pessoas entre 2011 e o ano passado, a rede conta como novos membros o Museu da Misericórdia do Porto, o Museu Municipal de Loulé, o Museu do Douro, com sede na Régua

e diferentes polos na região duriense. O museu da Batalha foi distinguido com os prémios de Melhor Museu Português de 2012 (atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia), Kenneth Hudson do Fórum Europeu dos Museus, Valorização Territorial (XIV Gala Região de Leiria), Mérito Regional (IV Gala da Inclusão), Acesso Cultura e uma menção honrosa do prémio Concelho Mais Acessível (do Ins-

tituto Nacional para a Reabilitação). É um projeto inserido na linha da nova museologia e da sociomuseologia, que pretende valorizar a identidade e a história do concelho e dos seus munícipes. O espaço retrata a vida do território, desde as suas origens geológicas, paleontológicas e arqueológicas, percorrendo os principais acontecimentos históricos e artísticos até à atualidade. É dinâmico e interativo e dis-

p O MCCB pode ser visitado por todos os cidadãos põe de um espaço para exposições temporárias. O projeto assenta também a sua preocupação ao nível da inclusão, disponibi-

lizando um conjunto de ajudas técnicas e soluções capazes de facilitar a apreensão dos conteúdos por todos os cidadãos.

Aluna da secundária na final do Concurso Nacional de Leitura A final Interconcelhia da Região de Leiria do 11º Concurso Nacional de Leitura, com a participação de 120 alunos, decorreu no Auditório Municipal Batalha, a 21 de abril, com o apuramento de Beatriz Catarina Sousa Soares, da escola básica e secundária da vila para a fase seguinte. Os apurados são: ensino secundário: 1º) Mariana Cordeiro da Silva Branco, Colégio Dr. Luís Pereira da

Costa – Leiria; 2º) Beatriz Catarina Sousa Soares, Escola Básica e Secundária da Batalha; 3º) Rita de Andrade Silva, Escola Secundária Domingos Sequeira – Leiria; 3º ciclo do ensino básico: 1º) Lara Margarida Ferreira Soares, Escola Secundária Pinhal do Rei – Marinha Grande; 2º) João Rodrigues da Silva Ferreira Gomes, Escola Básica Dr. Correia Mateus – Leiria; 3º) Inês Simões Rodrigues, Escola Básica e

Secundária Dr. Manuel Ribeiro Ferreira – Alvaiázere. O objetivo central do Concurso Nacional de Leitura é estimular o treino da leitura e desenvolver competências de expressão escrita e oral e aprova final decorre em junho ou início de julho, conforme as datas dos exames. O Plano Nacional de Leitura é a entidade que promove o Concurso Nacional de Leitura e controla o seu de-

p Premiados e representantes de entidades envolvidas na iniciativa senvolvimento em três Fases, bem como a final nacional. A participação no concurso está aberta às escolas das redes pública (consideradas individualmente) e

privadas que aderirem, através da inscrição de alunos do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário. Está igualmente aberto aos alunos das escolas por-

tugueses no estrangeiro, da esfera de influência do Camões IP e da Direção de Serviços de Ensino e Escolas Portuguesas no Estrangeiro.

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Bombeiros com noite de fados

Foto: Miguel Marques

Mosteiro e outros monumentos repartem dois milhões de euros

Incêndio destruiu parte de casa e ameaçou outra

p A população ajudou no combate às chamas

Foto: Wikimedia Commons

Um incêndio destruiu parte de uma vivenda em Casal de Mil Homens, na Golpilheira, na tarde do dia 28 de abril, causando avultados danos materiais. As chamas terão começado num forno, pelas 17h25, e causaram danos consideráveis na habitação, incluindo no telhado. As cha mas fora m combatidas pelos Bombeiros Voluntários da Batalha, com 17 homens, apoiados por seis viaturas.

p O Mosteiro da Batalha foi visitado por 396 mil pessoas no ano passado

m Programa de promoção será desenvolvido ao longo de dois anos e incidirá em ações de envolvimento da comunidade

O Mosteiro da Batalha é um dos quatro monumentos em que o Turismo Centro de Portugal (TCP) vai investir dois milhões de euros em promoção, um investimento que resulta da aprovação de uma candidatura a fundos comunitários para

a promoção dos “Lugares Patrimón io Mundia l do Centro”, no âmbito programa Centro 2020. “Os quatro sítios reconhecidos pela UNESCO [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] irão repartir a verba, na realização e promoção de iniciativas que valorizem os monumentos e atraiam visitantes”, refere um comunicado do TPC divulgado a 9 deste mês. O programa será desenvolvido ao longo de dois a nos (2017 e 2018) e incidirá em ações d e e n vo l v i m e n to d a comunidade, de serviço educativo, de programação cu lt u ra l em rede, de

hospitalidade turística e de comunicação. Em 2016, “criámos a Rede de Património Mundial do Centro de Portugal, que une Coimbra, Tomar, Alcobaça e Batalha, para potenciar o va lor turístico dos quatro locais e estimular estratégias e intervenções comuns” e a candidatura a fundos europeus “surgiu na sequência desse passo decisivo”, explicou Pedro Machado, presidente do TPC. Em 2016, o Mosteiro da Batalha foi visitado por 396 mil pessoas, o Convento de Cristo por 295 mil turistas e o Mosteiro de Alcobaça por 227 mil. A Universidade de Coimbra – Alta e Sofia recebeu 450 mil visitantes.

No local esteve ainda a GNR e o presidente da câmara municipal, Paulo Batista Santos. Às 18h40 a Proteção Civil considerava, no seu site, que a ocorrência já estava em fase de resolução. Um morador, Gonçalo Santos, destacou que “a população foi essencial” pa ra que o fogo não alastrasse à sua casa”. Por isso, agradeceu às pessoas e aos bombeiros da Batalha que combateram as chamas.

A Associação Huma nitá ria dos Bombeiros Voluntários da Batalha promove uma noite de fados no dia 27 deste mês com Castela Parreira, Milú Mourão, Isa Cardoso, Alexandre Frutuoso e João Parreira. Os fadistas são acompanhados por Sílvio Girão (Guitarra Portuguesa) e José M a nuel Rod r ig ues (viola de fado). O início do jantar, no quartel da Batalha, está marcado para as 20h30 e da atuação dos fadistas para as 22h30.

Casa do Benfica: órgãos sociais A Casa do Benfica n a Bata l h a elegeu recentemente os órgãos sociais para o mandato 2017/2019. O presidente da assembleia geral é Germa no Sa ntos P ragosa e o vicepresidente José Louro Cardoso. O presidente da direção é José Manuel Matos Guerra e o vicepresidente Rui Manuel Frazão Batista dos Santos. O conselho fiscal é presidido por Paulo José Alves Ferreira.

Cadernos de ciclo de conferências

FOTOGRAFIA. Uma exposição fotográfica intitulada “Índia - Rostos de Canela”, de Luís Lobo Henriques, foi inaugurada no dia 29 de abril no posto de turismo da Batalha. A mostra está patente até 11 de junho, podendo ser visitada diariamente das 10 às 13h00 e das 14 às 18h00. É constituída por 24 imagens, captadas pelo fotógrafo em viagens realizadas em 2012 e 2015.

O sociólogo António Barreto e Guilherme d’Oliveira Martins, administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, estiveram a 29 de abril no Mosteiro da Batalha, no lançamento dos c ader nos que reúnem as intervenções ocorridas no recente ciclo de conferências do monumento. As conferências contaram ainda com a participação, entre outros, dos exministros Bagão Félix e Laborinho Lúcio.

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