JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO DE NOVEMBRO 2019

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| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXIV Nº 352 | NOVEMBRO DE 2019 | Publicidade

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Pedreira da Barrosinha pode acabar em tribunal e multas

Foto: CMB

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Militares recebem Estandarte a caminho do Afeganistão W pág. 05

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Gang que assaltou CR Golpilheira roubou mais de dois milhões

Vice-presidente da câmara diretor na Tejo Ambiente

Orçamento do município cresce 2,2 milhões de euros Publicidade

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Jornal da Batalha

Espaço Público s A Opinião de André Loureiro Presidente do PSD da Batalha

Alterações climáticas: pensar global e agir localmente As alterações climáticas são já uma realidade muito próxima de cada um de nós. Hoje sabemos que as temperaturas estão a aumentar, os padrões de pluviosidade estão a mudar, os glaciares e a neve estão a derreter e o nível médio do mar a aumentar. Também é provável que a maior parte do aquecimento se deva ao aumento de gases com efeito de estufa nas concentrações atmosféricas em resultado das emissões provocadas pelas atividades humanas, bem assim, todos temos conhecemos exemplos próximos dos efeitos da poluição. Esta é uma verdade inconveniente que todos temos que reconhecer. Ainda há poucos dias, o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Eng.º António Guterres, afirmava que

“as emissões globais de gases para a atmosfera estão a aumentar. As temperaturas estão a subir. As consequências já são terríveis para os oceanos, as florestas, os padrões climáticos, a biodiversidade, a produção de alimentos, a água, os empregos e, em última instância, para a vida, e deverão continuar a piorar”. “A ciência é irrefutável, mas em muitos lugares, as pessoas não precisam de tabelas ou de gráficos para se aperceberem da crise climática. Basta olhar pela janela”, acrescentava em artigo de imprensa o mais alto responsável da ONU. Com efeito, esta dura realidade em torno dos efeitos das alterações climáticas encerra em si mesmo uma grave injustiça geracional, as gerações atuais através da sua

ação sobre o planeta estão a comprometer a qualidade de vida dos jovens e sobretudo a condicionar as suas opções. Pelo que a urgência de medidas de mitigação dos efeitos das alterações climáticas estão na ordem do dia e integram as prioridades da generalidade dos governos mundiais, mas infelizmente ainda de uma forma insuficiente e até com sinais contraditórios. Os efeitos climáticos resultantes dos 50 mil km2 que arderam este ano na floresta amazónica só na região do Brasil, a maior floresta tropical do mundo, ou os elevados níveis de poluição atmosférica na capital da India, Nova Deli, que atingiram níveis extremamente perigosos para a saúde e que levou o Governo local a decretar o

estado de emergência por causa da poluição, são exemplos que comprovam a necessidade de medidas urgentes para mitigar as alterações climáticas. Também ao nível local e regional exige-se determinação na defesa do ambiente, com primazia para a prevenção e ações de mudança de comportamentos. Alguém tem dúvidas que a destruição pelo fogo do Pinhal de Leiria teve consequências na erosão e clima de toda a região envolvente? Ou, será possível que ainda haja responsáveis públicos que acreditam que a despoluição da bacia hidrográfica do Lis é possível sem resolver o problema dos efluentes das suiniculturas? Eu acredito que não, embora as evidências não ajudam esta minha convicção.

São estes e outros problemas ambientais que deveriam mobilizar vontades para efetivamente realizar as mudanças necessárias. Por cá, seria bem-avisado que, enquanto temos tempo, ao invés de nos ocuparmos com discussões políticas estéreis e no mero “bota-abaixo”, colocássemos o nosso território da maneira que mais nos interessa, e que pensássemos na sustentabilidade ambiental como um dever geracional. Já agora, e porque é um passo fundamental, que tal optarmos por meios de transporte mais sustentáveis? No Concelho da Batalha, a mobilidade suave e a construção de mais ecovias são uma realidade próxima e que mesmo contra algumas vontades, é mesmo uma aposta no futuro!

Recordando a conhecida expressão: “pensar global, agir local”? Significa que devemos estar atentos e conscientes do que acontece no mundo, mas a nossa atuação pode e deve ser no nosso meio, em nossa casa e no trabalho. Agindo localmente, conseguiremos influenciar comportamentos dos amigos, vizinhos, família e até, no meu caso, os adversários políticos mais resistentes aos valores ambientais.

s A Opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Orçamento Estamos em época de aprovação de orçamentos, quer do Estado, quer dos municípios, quer ainda das empresas. Este é um tema muito debatido na comunicação social, nacional, regional e local, olhando-se para os orçamentos como se de obra feita se tratasse, quando não passa de mera descrição de intenções, especialmente no caso do Estado e dos municípios. São documentos que tem vindo a ser completamente descaracterizados, por via das cativações e por via das alterações orçamentais e aquilo que agora, quando da aprovação, parece algo de importante, chega-se ao fim do ano e pouco do que

lá está previsto acaba por acontecer, mormente em sede de execução de obra, porque ao nível das despesas correntes, essas são cumpridas e muitas vezes aumentadas, especialmente por via das alterações orçamentais. O que efetivamente se devia discutir na comunicação social é as contas de gerência/prestação de contas, comparando-se rubrica a rubrica a despesa prevista no orçamento, com as despesas efetivamente executadas. E aí as surpresas, ou não, seriam mais do que muitas. Uma outra constatação aconteceria, o aumento exponencial da receita cor-

rente, oriunda de impostos, taxas e taxinhas e em paralelo o aumento proporcional da despesa corrente, muitas vezes com despesas completamente improdutivas e que não acrescentam nada em sede de qualidade de vida dos cidadãos. Era tempo, mormente quando a economia ajuda, como é o caso, de se descerem os impostos nacionais e locais, racionalizando serviços não fundamentais para o dia a dia dos cidadãos. Exemplos concretos são os casos dos impostos sobre produtos petrolíferos em termos de impostos nacionais e o IMI em termos de impostos locais.

Os cidadãos merecem e agradeciam. Assim, com a receita a crescer exponencialmente, qualquer um é gestor da coisa pública. Mas o que os cidadãos precisam mesmo e de gestores que consigam prestar bons serviços, com menos recursos, ou seja, com menos impostos. Em bom rigor, muitos dos gestores da coisa pública se gerissem uma empresa privada depressa iria à falência, porque as regras são diferentes, não bastando aumentar os preços para ser possível gastar o que se pretende. O debate público, através da comunicação social, tem significado e impacto,

quando da aprovação dos orçamentos, mas nada é referido aquando da aprovação da conta geral do estado ou das contas dos municípios. Seria importante ser efetuada a comparação entre os orçamentos e as contas e aí muitas surpresas surgiriam e os cidadãos ficariam a perceber um pouco melhor para onde foi o seu dinheiro e o que representam as cativações no orçamento do Estado e as alterações e revisões orçamentais, no caso das autarquias. Surgiriam aqui grandes surpresas. A transparência seria mais evidente e a gestão da coisa pública seria mais cuidada, porque quando gas-

tamos mal o que é nosso, o problema é apenas nosso e da nossa família, agora quando gastamos mal o que é de todos, aí a coisa fia mais fino e os cuidados tem que ser muito maiores.


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s A Opinião de Augusto Neves Jurista e presidente da Concelhia da Batalha do PS

Voltemos às eleições legislativas O ato eleitoral do passado dia 6 de outubro mostrou um crescimento sustentado do Partido Socialista em termos distritais e sobretudo no nosso concelho. Bem sei que estas não eram eleições autárquicas e que se fossem os resultados seriam, porventura, outros. De todo o modo não podemos deixar de refletir sobre o fenómeno que está a verificar-se: um claro crescimento do Partido Socialista e uma clara descida do PSD. Extrapolando estes resultados para umas eleições legislativas o PS fica relativamente perto de vencer tais eleições. O número de votantes no PS permitiria eleger três vereadores, sem dúvida números para deixar em desconforto os dirigen-

tes do PSD e relativamente confortáveis os do Partido Socialista. Mas insisto que estas eram eleições legislativas com outros cambiantes, mas ainda assim estimulantes e muito para o PS. A Câmara da Batalha resolveu vá-se lá saber porquê, com que fundamento, criar um parque de estacionamento em terra batida em zona fronteira ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Esse estacionamento está permanentemente vazio o que prova a sua desnecessidade, desde logo porque a nascente dali, na zona do pavilhão existem imensos lugares que tirando dias festivos também permanecem desocupados em larga medida. Mas o mais grave é, de facto, fazer aquela constru-

ção que fere a vista até ao mais desatento. E quando o presidente da câmara é tão afoito a aplicar coimas naquela zona por leves construções invisíveis, e depois tem o desplante de agredir daquela forma, sem fundamento, a paisagem que envolve o mosteiro. Senhor presidente: O seu parque de estacionamento não tem qualquer uso; foi construído em zona que agride paisagisticamente a envolvente do mosteiro violando, decerto, as regras de proteção do mesmo, portanto faça o que se impõe: reponha o local em situação idêntica á que existia antes de construído o estacionamento. E assim prestava um bom serviço à Batalha. Já o dissemos várias ve-

zes que a sua governação funciona à bolina e sofre da natural instabilidade provocada pela falta de estratégia, de visão. As suas políticas estão, por isso, subvertidas. Veja-se o exemplo que consta do orçamento e das grandes opções do plano relativamente a São Mamede. Numa das assembleias anteriores questionei-o sobre a cobertura do saneamento básico: foi-me dito que andaria na ordem do 65/70% sendo a zona mais afetada é a de São Mamede e, portanto, situada em valores muito abaixo da média. E vai dai fiquei eu convencido que o próximo investimento para São Mamede recairia justamente na rede de saneamento básico e na

degrada rede viária. Eis senão quando para meu espanto a proposta para São Mamede é a de construir um pavilhão multiusos que a avançar consumirá 1,5 milhões de euros do orçamento municipal. A pergunta que se coloca é que perspetivas de utilização existem para aquela infraestrutura. E como se financia a sua manutenção? Não teremos daqui a uma dúzia de anos uma estrutura com aquela envergadura sem utilização e, portanto, em degradação? E a que custos? Já na última Assembleia Municipal alertamos para o facto de as contas da câmara já terem tido melhores dias o que, de resto, o senhor presidente confirmou. Esta inversão de priori-

dades faz com que o concelho esteja cada vez mais desequilibrado, e a proposta de orçamento divulgada é um excelente exemplo desse desequilíbrio.

s Baú da Memória Por José Travaços Santos

Mercado na Praça de Mouzinho de Albuquerque É uma belíssima fotografia, com uma luminosidade espectacular e com indiscutível interesse histórico. Lamento não saber quem foi o seu autor. O mercado semanal realizava-se, aos Domingos, na praça Mouzinho de Albuquerque, designação que desde os finais do século XIX lembrava e homenageava o Herói nascido na Quinta da Várzea, na paróquia e concelho da Batalha. Enquanto a Feira Franca da Batalha foi criada em 1388 pelo Rei D. João I, o mercado teria sido criado já no tempo de D. João V ou, talvez, apenas modificado. Como era hábito, os habi-

tantes da vila, da paróquia e de muitas povoações das freguesias vizinhas, vinham mercadejar ali. Chegavam a

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 856 A) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, André Loureiro, António Caseiro, António Lucas,

ser largas centenas, senão milhares. Muitos iam primeiramente à Missa dominical no Mosteiro. Por sua

Augusto Neves, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

vez, a feira do gado, antes de passar, no princípio dos anos 40, para a Praça Nova, hoje Praça 14 de Agosto de 1385,

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

realizava-se no actual largo de Goa, Damão e Diu. Possivelmente a fotografia foi tirada nos fins dos

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares

anos 30, do século XX evidentemente, vendo-se ainda a grilhagem, valioso trabalho dos nossos artistas canteiros, que dividia o patim sul do monumento da desaparecida rua do Comércio. Com a execução do plano de urbanização dos anos 60 todos os edifícios, que iam da praça até ao largo de D. João I, foram demolidos. Os que ainda existem, como é o caso do que ostenta uma varanda com duas grandes janelas, propriedade do comerciante António da Costa Coelho, enquadram a sul a velha praça que, me parece ter sido nos séculos anteriores a “praça em redondo” da vila.

Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.

O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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Pedreira da Barrosinha pode acabar em tribunal e com indemnizações m A Comissão Especial de Defesa do Reguengo do Fetal – Pedreiras só com História e a Assembleia de Compartes consideram que há decisões e atos “suscetíveis de serem indemnizáveis” e que “consubstanciam a prática de contraordenações” Há intervenções e decisões promovidas até agora por algumas entidades públicas e privadas no âmbito do processo de pedido de licenciamento da pedreira da Barrosinha, na freguesia do Reguengo do Fetal, “suscetíveis de serem indemnizáveis” e que “consubstanciam a prática de contraordenações”, segundo a Comissão Especial de Defesa do Reguengo do Fetal – Pedreiras só com História e a Assembleia de Compartes, que admitem recorrer aos “meios judiciais” para garantir que o projeto não avança. A informação consta do requerimento, assinado pelo advogado Hugo Silva Neves, em nome daquelas entidades, enviado à Comissão de Coordenação da Região Centro (CCDRC), no âmbito da consulta pública do procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), que terminou no dia 7 de outubro. O requerimento, anexo à divulgação do resultado da consulta pública, a 23 de outubro, refere que a empresa “não demonstra qualquer legitimidade para intervir” no terreno, “ainda inscrito nas Finanças a favor do Município da Batalha”, mas sendo “amplamente do conhe-

p Subscritores consideram que a pesquisa não cumpriu regras previstas cimento das entidades públicas envolvidas que se trata de um baldio”. Os autores do requerimento “constatam a inexistência de contrato de delegação de poderes da gestão do baldio, objeto do negócio jurídico em causa; nem autorização da Assembleia da Compartes por forma à Freguesia do Reguengo do Fetal poder proceder a atos” relacionados com o terreno. “Constata-se de forma manifestamente notória que a prática de tais atos administrativos nulos, respetivamente, por ação e omissão, por parte das entidades públicas que intervieram neste procedimento, já causaram impactos negativos e danos ao património natural e cultural, suscetíveis de serem

indemnizáveis, direito que pertence unicamente à esfera jurídica do universo de Compartes do Reguengo do Fetal”, refere o documento. A Comissão Pedreiras só com História e a Assembleia de Compartes apontam “violações” do Plano Diretor Municipal (RPDM) da Batalha e da Rede Natura 2000, para solicitarem o indeferimento do pedido de licenciamento. “Desde já se alerta para tal possibilidade de violação legal, e, subsequentemente, invoca-se a nulidade por forma a acautelar o cumprimento da Lei, cuja eventual concessão pretendida será sempre nula e para cuja nulidade os requerentes não prescindem inclusive do hipotético reconhecimento através dos meios judiciais,

com as respetivas imputações das responsabilidades que sejam aplicáveis em caso de necessidade de garantir os seus direitos em causa”, afirmam. No que respeita as pesquisas já efetuadas pela empresa interessada na exploração, “devido a encontrar-se em área classificada enquanto REN-Reserva Ecológica Nacional e Rede Natura 2000, e a prática de tais atos serem efetuados sem obtenção de autorização/licença prévia para poder proceder ao alargamento do caminho, com destruição do coberto vegetal, e para a realização de desmonte e desaterro em medidas superiores ao que consta autorizado, consubstanciam a prática de contraordenações que caberá

às entidades públicas competentes imputar as responsabilidades à proponente, inclusive a reconstituição natural”. Os subscritores “denunciam [as irregularidades cometidas] para todos os efeitos legais e requerem a abertura do respetivo inquérito e prosseguimento dos autos até final, considerando que a pesquisa decorreu “em desconformidade com os termos e condições que constam da licença”, embora a considerem “nula por inexistência da prova de legitimidade do comprovativo da titularidade da propriedade para o exercício” dos trabalhos. Para a Comissão Pedreiras só com História e a Assembleia de Compartes, “o pro-

cedimento de AIA também é nulo por que não foi acautelado e ocorre erro grosseiro de análise quanto ao cumprimento dos requisitos legais para o projeto ser sujeito sequer a esta fase, porquanto não se encontram cumpridas as obrigações legais de apresentação à entidade licenciadora de documentos administrativos, o que deveria já ter culminado no indeferimento do pedido”. A consulta pública recebeu 98 participações. O respetivo relatório refere que se manifestaram por unanimidade contra o projeto e as apresentadas no portal foram tipificadas da seguinte forma: discordância (90, a que corresponde 92,78%), reclamação (seis, 6,19%) e sugestão (uma, 1,03%).


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Assaltantes levaram 4.650 euros da caixa do Centro da Golpilheira m Assalto foi há três anos (12 de outubro). O grupo suspeito da prática deste assalto e de 86 outros crimes semelhantes vai agora ser julgado em Coimbra

Há três anos (12 de outubro de 2016) foi assaltada a caixa Multibanco instalada na fachada do edifício sede do Centro Recreativo da Golpilheira (CRG), ao lado do Restaurante Etnográfico. O grupo suspeito da prática deste assalto e de 86 outros crimes semelhantes vai agora ser julgado em Coimbra. No caso do CRG, conforme o Jornal da Batalha contou na altura, os ladrões entraram por uma janela, numa parede lateral do edifício, que partiram, para aceder à traseira da máquina, e fugiram com o cofre e as gavetas com o dinheiro, atestadas no dia anterior. Levaram 4.650 euros. O grupo recorreu a explosivos, pelas 05h40, para rebentar a máquina automática, causando “danos em parte do edifício, nomeada-

mente em portas interiores e janelas de vidro, devendo os prejuízos ser avultados”, como revelou então um responsável da coletividade. As instalações, situadas no centro da povoação e junto à estrada principal que liga a Golpilheira à Batalha, têm alarme, que foi acionado, mas os assaltantes foram rápidos a sair do local. O grupo – 14 arguidos com idades entre 24 e 60 anos foi acusado pelo Ministério Público (MP) da prática de 87 roubos em terminais multibanco, entre setembro de 2016 e dezembro de 2017 em todo o País. Apoderaram-se de 2,106 milhões de euros. Segundo o Correio da Manhã, que cita a acusação do MP, “usavam carros de alta cilindrada furtados e cada elemento do grupo tinha tarefas bem definidas”, atuando “fortemente armados, com uma espingarda metralhadora, AK de calibre 7,62 mm e revólveres”. Os suspeitos, originários dos distritos de Lisboa e Leiria, serão julgados no Tribunal de Coimbra porque foi neste distrito que aconteceu o roubo mais grave: dois funcionários e um cliente de um posto de abastecimen-

to de combustíveis foram ameaçados com armas. “O núcleo duro” do bando, adianta o jornal, “era constituído por três elementos, de 29, 30 e 32 anos, residentes nas zonas de Sintra e Alcobaça”, a quem o MP imputa a responsabilidade de “delinearem o plano de ataque aos terminais”. Os assaltos ocorriam de madrugada e, às vezes, dois e três na mesma noite; a caixas instaladas, por exemplo, em pastelarias, bombas de gasolina ou autarquias, cujos imóveis sofreram danos. Antes de as fazerem explodir, pulverizavam as câmaras de vigilância com tinta para não serem reconhecidos. No processo estão em causa crimes de explosão, roubo, furto qualificado, associação criminosa, detenção de arma proibida e falsificação de documento. Cinco dos arguidos encontram-se em prisão preventiva, nomeadamente os que o MP considera terem constituído o núcleo duro. O grupo tinha bases logísticas em Loures, Alcobaça e Cascais; onde arrendaram garagens e armazéns para guardar o material para concretizar os crimes.

Tempestade Leslie também causou danos no concelho A tempestade Leslie, que há um ano (13 de outubro) atingiu grande parte da região Centro, provocando 27 feridos ligeiros, 61 desalojados e prejuízos de 120 milhões de euros, também atingiu o concelho da Batalha. No distrito, a Marinha Grande, cujos prejuízos, em especial na Praia da Vieira, rondam os cinco milhões de euros; Pombal, com danos de três milhões, e Leiria, dois milhões de euros, foram os concelhos mais atingidos. O furacão Leslie atraves-

sou outros concelhos, com proporções inferiores, mas também causando danos, sobretudo no sector agrícola, como aconteceu em Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Porto de Mós. O Governo abriu uma linha de apoio, a fundo perdido, de 15 milhões de euros, e duas linhas de crédito no valor global de cinco milhões. A tempestade prejudicou também os produtores de resina, destruindo entre 200 mil a 250 mil bicas localiza-

das em pinhais da faixa litoral compreendida entre Figueira da Foz e Leiria. A Leslie originou a participação de 28 mil sinistros às companhias seguradoras, com um custo estimado de 60 milhões de euros, segundo a Associação Portuguesa de Seguros. A Figueira da Foz foi o município mais penalizado, com registo de centenas de habitações, empresas, clubes e associações e os portos comercial e de pesca, com prejuízos estimados em 38 milhões de euros.

p O terminal do CRG foi destruído há três anos

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Batalha que dividiu países ibéricos une acionistas da SUMA em festa mO concelho assinou o primeiro contrato da empresa, em 1995, e foi onde o projeto de recolha dos resíduos sólidos urbanos começou a ganhar forma A empresa SUMA, que faz a recolha dos resíduos sólidos urbanos no concelho, reuniu duas centenas de convidados no Mosteiro da Batalha, dia 11 de outubro, para “celebrar um quarto de século de caminho ambicioso e assinaláveis desafios superado”. A escolha do município para a realização do encontro “revestiu-se de particular significado”, uma vez que “constituiu-se como o primeiro contrato da empresa, em 1995, e o local onde o projeto SUMA começou a ganhar forma”, refere a empresa. O seu diretor executivo

(CEO), Manuel Costa referiu-se ao “casamento ibérico” de que resulta a organização, salientando “o apoio dos acionistas, a visão do anterior e do presente exercícios de gestão, e a dedicação e adaptabilidade da massa humana que a compõe como fatores para o seu sucesso”. “A excelência dos serviços prestados, atestada pela atribuição de prémios nacionais e internacionais, e as relações de confiança e profícua articulação entre serviços públicos e privados criadas entre a organização e os seus clientes” mereceram igualmente destaque nesta intervenção. O presidente do conselho de administração da Mota-Engil, António Mota, e o CEO da Urbaser, e José María Lopéz Piñol, na qualidade de acionistas, também apresentaram mensagens de reconhecimento. O programa da festa foi dedicado ao fortalecimento de laços e valores corporativos, à apresentação dos

p O diretor executivo (CEO), Manuel Costa rostos de trabalhadores, ex-quadros, e equipas das diversas geografias de implantação dos serviços SUMA; e complementado com a atuação do coach Pedro Vieira, sobre a temática de resolução de problemas e importância do insight nos processos de desenvolvimento pes-

soal e organizacional. Em registo de animação teatral, revisitaram-se 25 anos da empresa em 25 minutos, criando-se paralelismos entre a parceria ibérica que a constitui, as mais relevantes datas do seu percurso e a Batalha de Aljubarrota que, em 1385, opôs tropas

portuguesas comandadas por D. João I de Portugal e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira, e o exército castelhano e seus aliados, liderados por João I de Castela, e cujo sucesso da fação portuguesa veio resultar na edificação do local onde se realizou o evento.

A SUMA “constitui-se a organização de referência no mercado nacional dos resíduos, atuando de norte a sul do país e dando o nome a um grupo de cinco dezenas de organizações, com atividades em cinco países, distribuídos por quatro continentes”.

Câmara lança obras de 1,5 milhões na reunião de meio de mandato O executivo da Batalha, reunido no dia 14 de outubro, data em que assinalou o segundo ano do atual mandato, aprovou os concursos públicos de lançamento de empreitadas relativas ao projeto de requalificação do antigo campo de futebol, junto ao Mosteiro da Batalha, que dará origem ao Parque de Eventos Santa Maria da Vitória e zona de lazer, um investimento no valor de 1,2 milhões de euros. A Reabilitação do Largo da Praça da Fonte, no Reguengo do Fetal, a execução de dois campos de padel do Complexo de Ténis da Batalha e a construção de reservatório de água para abastecimento de meios aéreos, em

Vale Sobreiro, São Mamede, são outros projetos aprovados, que totalizam um investimento superior a 300 mil euros. “Em outubro de 2017 o Concelho de Batalha iniciou um novo ciclo de desenvolvimento que conduziu a Batalha para patamares de excelência em diversas áreas da gestão municipal, nunca antes atingido, proporcionando assim uma melhor qualidade de vida para todos os batalhenses”, afirmou o residente da câmara municipal. “Neste dois anos de mandato bastante exigentes, procurámos cumprir cada um dos compromissos assumidos com os batalhenses, executando com muita determi-

p Parque de Eventos Santa Maria da Vitória nação projetos ambiciosos, como a intervenção ambiental na frente do Mosteiro da Batalha, a conclusão da Casa do Conhecimento e da Juventude ou, para além de di-

versas intervenções nas infraestruturas em todas das freguesias, concluir com sucesso o projeto de requalificação da Escola Básica e Secundária da Batalha”, acres-

centa Paulo Batista Santos. Na sua perspetiva, “a dinamização económica, a valorização da cultura e do património, a inovação social, como em tantas outras

áreas, conheceram neste período uma forte aposta da autarquia, tendo o município registado uma notável execução dos fundos europeus que têm cofinanciado vários dos projetos realizado e em curso”. “A meio de um projeto político definido para a Batalha, a câmara municipal celebra, em jeito de balanço, o caminho percorrido, projetando o futuro com novos projetos, só possíveis com o trabalho de muitos autarcas, colaboradores municipais e população em geral, a quem agradeço e atribuo o principal papel na construção, cada vez mais, de um concelho melhor e mais sustentável”, conclui o autarca.


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Militares que vão para o Afeganistão recebem o Estandarte Nacional na vila

p O comandante da força agradeceu a presença de familiares e amigos

p A força parte para o Afeganistão dia 15 deste mês

p O general José Nunes Fonseca

Fotos: CMB

p A cerimónia decorreu no largo do Condestável

m A força constituída por 170 elementos parte dia 15 deste mês, com a missão de defender o aeroporto internacional de Cabul A força militar constituída por 170 elementos que parte dia 15 deste mês para o Afeganistão, com a missão de defender o aeroporto internacional de Cabul, recebeu o Estandarte Nacional durante uma cerimónia no largo do Condestável, na Batalha. A 4ª força nacional destacada, que ficará seis meses no país, é composta por 154 militares da “Quick Reaction Force” e 16 elementos do “National Support Element”. A sua missão é a proteção e segurança do aeroporto internacional Hamid Karzai. O major de cavalaria Go-

mes Fazenda, comandante da força, explicou que o objetivo “é tomar conta daquilo que são as operações de segurança no aeroporto: os controlos de acesso da linha de voo do Afeganistão, do aeroporto internacional, assim como a vigilância para os perímetros de exterior e interior”. “São operações de segurança na salvaguarda dos militares e civis, mais de seis mil, que estão dentro do aeroporto”, acrescentou Gomes Fazenda aos jornalistas, após a receção do Estandarte Nacional. Para o teatro de operações, levam armamento ligeiro, viaturas blindadas e armamento pesado, como metralhadoras, para “garantir a salvaguarda e as operações”. Os militares do 4º “National Suport Element”, liderados pelo capitão de cavalaria Sérgio

Correia Duarte, vão garantir o apoio administrativo logístico aos seus camaradas portugueses. O major Gomes Fazenda referiu que a força nacional destacada, integrada no “Base Force Protection Group”, será “responsável por contribuir, de forma decisiva, para a segurança desta infraestrutura. Trata-se de uma tarefa essencial para o cumprimento da missão da força da NATO, nesta instável, imprevisível e arriscada região do globo”. No seu discurso, o chefe do Estado-Maior do Exército, general José Nunes Fonseca, explicou que “a afirmação de um país passa pela sua contribuição para a segurança e defesa comuns, num quadro amplo de aliados” e que, pela “continuada participação em missões no exterior, o Exército alcandorou-se a signi-

ficativo contribuinte para a segurança global”. “O desempenho das nossas forças nacionais destacadas tem sido eficaz, irrepreensível e exemplar. É uma realidade confirmada pelas mais altas individualidades que com as mesmas interagem, mas é também, e sobretudo, sentida pelas populações, que pressentem e vivem o ambiente de segurança proporcionado”, adiantou José Nunes Fonseca. Por outro aldo, destacou que “o majestoso Mosteiro de Santa Maria da Vitória confere um cenário único e irrepetível à cerimónia, lembrando a todos, particularmente aos militares, a vontade indómita de Ser Português. É, pois, um privilégio receber o Estandarte Nacional neste espaço carregado de história e assente numa

grande gesta militar”. O comandante da 4ªFND Afeganistão, Gomes Fazenda, destacou na sua intervenção os “familiares e amigos dos militares da Quick Reaction Force”. “O facto de se deslocarem à Batalha, marcando a vossa presença neste evento, é por nós entendido como um gesto de confiança, respeito e carinho, tanto para com os vossos familiares e amigos que aqui cumprem um exigente aprontamento, como para com a instituição militar, reforçando assim a nossa cordial relação com a sociedade civil”. “O vosso apoio tem sido fundamental nesta fase de aprontamento, mas será ainda mais vital nos tempos que se seguirão, onde seremos confrontados com realidades completamente diferentes das que estamos habituados e onde será requerida

uma adaptação brusca, franca e honesta às exigências que a nossa missão nos trará”, adiantou. O comandante da 4ªFND destacou, por outro lado, que “há mais de 20 anos que Portugal apronta este tipo de forças para fora das suas fronteiras físicas, em defesa dos seus superiores interesses, tendo, em todas elas, atingido fortes desempenhos que elevam o prestígio do nosso Exército e das Forças Armadas, reforçando a credibilidade de Portugal”. Por isso, enquanto “representantes da Nação, além-fronteiras”, os militares “devem encarar como obrigação a projeção da excelência e as particularidades do nosso País, desde a nossa história, até à cultura ou ao desporto, sem nunca esquecer os heróis que caíram a defender Portugal”.


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Planetário itinerante sensibiliza para a proteção da “nossa casa” m Os alunos do 5º e 6º anos abordaram as questões da redução, reutilização, recuperação e da reciclagem de materiais e energia

O projeto educativo de sensibilização ambiental o planetário itinerante “A Nossa Casa é um Planeta” passou no dia 24 de outubro pelo Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB), numa ação dinamiza pela Valorlis, em parceria com o Município da Batalha e o estabelecimento de ensino. Os alunos do 5º e 6º anos abordaram as questões da redução, reutilização, recuperação e da reciclagem de

materiais e energia, para a construção de um planeta melhor. Num iglô gigante (planetário) assistiram à exibição de um filme em 360 graus, numa abordagem sobre a importância destas temáticas. A iniciativa decorre em todo o país, no âmbito de um projeto cofinanciado por fundos europeus e destina-se a incrementar a prevenção da produção e perigosidade dos resíduos e a incrementar e otimizar a recolha seletiva, promovida pelas empresas que constituem a parceria, liderada pela Valorsul: Algar, Amarsul, Ersuc, Resistrela, Resinorte, Resulima, Suldouro, Valnor, Valorlis, Valorminho e EGF (Environmental Global Facilities). A ação de educação am-

biental contemplou a produção de três filmes especialmente concebidos com conteúdos adequados para três públicos-alvo diferentes: jardim de infância; 1º, 2º e 3º ciclo; secundário/ adulto. Com uma abordagem inovadora e projetado em planetários itinerantes, as ações de sensibilização englobam, além da apresentação dos filmes, jogos sobre a temática ambiental e entrega de materiais pedagógicos que permitem consolidar o conhecimento obtido. “A participação ativa e passiva do público passa a ser, ela mesma, uma campanha de sensibilização ambiental nacional que pode ser replicada por outras entidades e com fácil efeito multiplicador”, segundo os

p Alunos do AEB assistem a um dos filmes promotores, As temáticas apresentadas visam substituir o conceito de fim-de-vida da economia linear, por conceitos

de reutilização, restauração e renovação. “De tal maneira, a ação contribui para uma cidadania ativa no domínio do desenvolvimento

sustentável e para construção de uma sociedade de baixo carbono, racional e eficiente na utilização dos seus recursos”.

Loja Social ajuda a resolver necessidades imediatas

p Instalações ficam na antiga escola primária A Loja Social da Batalha é uma resposta solidária, de intervenção e emergência na área social, surgindo no concelho como uma estrutura de atendimento e acompanhamento de proximidade, com o objetivo de suprir as necessidades imediatas de famílias carenciadas, através da recolha de bens usados ou novos doados por particulares ou empresas. Projetada no âmbito da Rede Social da Batalha, surgiu com base numa parceria entre o município e a associação humanitária dos

bombeiros voluntários do concelho. Os seus objetivos são: promover a melhoria das condições de vida das pessoas em situação de maior vulnerabilidade social através da atribuição de bens de primeira necessidade; potenciar o desenvolvimento e envolvimento da sociedade civil na recolha de bens; contribuir para o incremento do espírito de solidariedade civil e responsabilidade social, e incentivar e dinamizar o voluntariado local. A Loja Social da Batalha

destina-se a pessoas ou famílias em situação de vulnerabilidade social e com carência económica devidamente sinalizados pelas entidades locais e aceita bens como: têxteis, vestuário, calçado, eletrodomésticos, móveis, brinquedos e material didático e alimentos preferencialmente com prazo de validade longo. As suas instalações estão abertas na antiga Escola Primária da Batalha, às terças-feiras das 15 às 18 horas, e aos sábados, das 14h30 às 17h30.


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Filme sobre o concelho ganha prémio em festival de turismo m “Cinco Sentidos” venceu a categoria “Turismo Cultural” da 10ª edição do “Amorgos Tourism Film Festival”, na Grécia O mais recente filme promocional do Município da Batalha, designado “Cinco Sentidos”, venceu a categoria “Turismo Cultural” da 10ª edição do festival de cinema de turismo “Amorgos Tourism Film Festival”, que terminou no dia 5 deste mês na Grécia. A concurso apresentaram-se mais de 140 filmes, de 30 países. “O filme apresenta o Concelho da Batalha através de imagens de grande impacto visual e estilístico, convocando-nos para a descoberta de um território que evo-

p O filme destaca os cinco sentidos na apreciação do território ca os cinco sentidos”, refere a autarquia. “O documento, com uma duração de dois minutos, regista grande dinâmica rítmica e aposta numa narrativa diferente do habitual, com planos e perspetivas fora do comum e que, por

essa razão, terão impressionado os jurados”, adianta. A mensagem do filme que enfatiza a importância dos cinco sentidos na apreensão de um território, “bem como o papel que a Câmara da Batalha tem tido no desenvolvimento de soluções

relacionadas com a acessibilidade (física e de conteúdos) em equipamentos culturais e de lazer”. O presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, destaca “a qualidade indiscutível do documento: a diferenciação do

filme, a qualidade das imagens e dos planos escolhidos e a dinâmica global fazem dele um filme diferente e que garantirá à autarquia uma promoção do território mais eficaz nos planos nacional e externo”. O filme “Cinco Sentidos”,

produzido pela empresa Ideias com Pernas - Comunicação Audiovisual e Multimédia, pode ser visualizado nos canais de Facebook e Youtube do município. Há mais dois filmes da região Turismo Centro Portugal premiados. O já habitual “Turismo Centro de Portugal – Are You Ready?”, produzido pela empresa de Leiria Slideshow, galardoado com o 3º lugar na categoria “Destinos Turísticos – Região”. Recebeu um prémio pela décima vez. O filme “Pampilhosa da Serra - Centro Comercial da Natureza”, do Município da Pampilhosa da Serra, ficou em 2º lugar na categoria “Natureza e Turismo Rural”. O filme “Insider’s Guide to Riga”, produzido na Letónia, foi o grande vencedor do festival grego.

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Opinião s Crónicas do passado Francisco Oliveira Simões

Boy Kill Boy – Uma década depois Lembro-me em adolescente de ouvir o single “Suzie”, a mesma música que fez dos Boy Kill Boy uma banda de sucesso. Aquela faixa triste e melancólica, que não devia nada ao ritmo, toldado pelo Indie Rock florescido nesses tempos, era a voz de descontentamento e queda após a separação e fim de um amor eterno. Essa música contagiou-me tanto que fui procurar mais composições da obra deste grupo britânico. Apesar da banda se ter formado em 2004, perto de Londres, só um ano depois o seu talento se materializou, quando apresentaram ao mundo o single que tanto mexeu comigo e “Civil Sin”, ambos incorporados no seu primeiro disco a ser editado. O primeiro álbum que lançaram em 2006 intitulava-

-se “Civilian”, e é de lá que são originários os sons mais emblemáticos, sempre representados por um critica social ou um descontentamento emocional. É normal que um rapaz de alma velha, como eu, gostasse tanto daquele semblante. O segundo disco apareceria em 2008, o mesmo ano do fim da vida dos Boy Kill Boy, com o nome “Stars and the Sea”. Este segundo trabalho em nada fica atrás, mantendo o mesmo estilo que os caracteriza. “Promises” foi o single, mas há outras faixas que precisam de ser recordadas. “Paris” volta a abordar o tema da partida e esquecimento romântico, “Ready to Go” sobre a pressão da vida adulta e todas as suas obrigações, entre outras. Chris Peck era o vocalis-

ta, letrista e guitarrista da banda, que colocava muito de si nas palavras que cantava. Keve Chase tinha o baixo como companheiro. Shaz usava a bateria sem qualquer cerimónia. E Pete Carr estava ao comando dos sintetizadores. Apesar de já terem acabado, fizeram dois concertos especiais em 2016. E continuam na memória de muitos fãs. Por isso mesmo, falei com Chris Peck sobre algumas curiosidades do início da banda, que tanta alegria lhe trouxe. Pelo que percebi das suas palavras, pode ser mesmo que regressem mais cedo do que pensamos. Quem é o poeta que mais vos influenciou na escrita de letras? Eu sempre adorei as letras do Morrisey e do Jarvis Cocker.

Todas as letras são baseadas em histórias reais? Eu sempre tive demasiado medo para transmitir a minha realidade através das palavras, por isso, tentei esconder os seus significados. Provavelmente não me sai muito bem. A música “Civil Sin” é intemporal. Era uma tentativa de critica à sociedade atual? Eu escrevi a letra de “Civil Sin” com a minha guitarra no colo, enquanto o segundo avião embatia no World Trade Center. Eu disse logo à minha mãe: “Mãe liga a televisão. O mundo vai para a guerra”. Claro que ia. Eu fui culpado por ser tão ignorante para com as dificuldades que o mundo passava. Foi um pecado civil ser tão estúpido.

Historiador

A vossa banda foi uma das primeiras a tornar o Indie Rock um estilo mais popular. Têm noção do importante papel que desempenharam na minha geração? Obrigado pelo elogio. Ficamos maravilhados por saber que tivemos essa influência. Eu acho que os traficantes de droga dizem: “Não deves tomar o teu próprio produto”. Durante algum tempo senti-me inseguro quanto à música que fazíamos, por isso, nem sequer a ouvia nos anos seguintes à separação da banda. Agora sinto-me mais orgulhoso por termos conseguido captar o zeitgeist e encontrar o nosso estilo. Mudou as nossas vidas. Salvou as nossas vidas. Foi triste ver a vossa banda terminar, mesmo sabendo que a

mensagem ficaria para sempre. Se voltarem a reunir-se, por favor, venham a Portugal. Nós gostávamos muito de nos reunirmos para fazer uma viagem a Portugal. Principalmente se estiver sol.

s Tesouros da Música Portuguesa

O fado cosmopolita de Carlos do Carmo Quando foi lançado em 1977 o álbum “Um Homem na Cidade”, Carlos do Carmo assumiu-se definitivamente como intérprete cosmopolita do fado. Significa isto que, como grande intérprete que é, alcançou o estatuto que só alguns atingem por não se cingirem a um único género musical. E se o ouvinte menos atento o pode associar apenas ao fado, um outro mais observador percebe que ecoam no seu reportório, e na sua postura como artista, as vozes de grandes vultos universais da canção, como sejam Jacques Brel ou Frank Sinatra. Faz, portanto, todo o sentido que tivesse gravado La Valse a Mille Temps de Jacques Brel ou que tivesse cantado com a Orquestra de Count Basie, visto tratar-se da mesma orquestra que

acompanhou Frank Sinatra. Evidentemente, o seu berço foi o fado, sendo filho da cantadeira Lucília do Carmo. Mas cedo sentiu apetência para cantar outras músicas, tendo gravado um disco com sambas de Luís Gonzaga aos nove anos de idade. E cedo viu-se lançado no mundo, porque foi estudar para o estrangeiro, mais concretamente para a Suíça, onde obteve dois diplomas: um referente a hotelaria e turismo, e um segundo que lhe ensinou a dominar cinco línguas. Regressado a Portugal, chamou a si a gerência de “O Faia”, casa de fados que pertencia aos seus pais. Na verdade, a atividade artística de Carlos do Carmo só teria início em 1964, quando grava Loucura, fado que a sua mãe cantava habitualmente. Seria o início de uma carreira

brilhante, quer em Portugal, quer no estrangeiro. Desde logo a gravação de Loucura deixava adivinhar uma rutura com o fado tradicional, na medida em que se fazia acompanhar por piano e guitarra elétrica. Era o que, mais tarde na década de setenta do século XX, se iria designar como Fado Novo, nome que tentava representar uma nova corrente do fado aberta a diversas influências, não obstante continuar a beber do filão tradicional. Na década de setenta assistir-se-ia à consagração de Carlos do Carmo como intérprete maior do fado e da canção em Portugal: primeiro, quando participou no XXI Concurso Eurovisão da Canção, em 1976, com a composição “Uma Flor de Verde Pinho”; depois, no ano seguinte, com o lançamento do

álbum “Um Homem na Cidade”. Fazendo parte de uma trilogia que se completaria com “Um Homem no País” e um “Homem no Mundo”, este álbum resulta principalmente da excelência do trabalho de José Carlos Ary dos Santos, que escreveu sobre a cidade de Lisboa em quadros poéticos extraordinários, como sejam “O Homem das Castanhas”, “O Cacilheiro”, “O Amarelo da Carris”, “Fado Varina” ou “Balada para uma Velhinha”. As composições são da autoria, entre outros, de Paulo de Carvalho, José Luís Tinoco, Mário Moniz Pereira, Martinho d’Assunção ou António Vitorino d’Almeida. É precisamente a partir de Um Homem na Cidade que Carlos do Carmo dá concertos por toda a parte: Argentina, Brasil, Estados Unidos,

México, Canadá, Venezuela, França e Alemanha são alguns dos países que se renderam ao talento de um dos maiores intérpretes portugueses. Assume-se, por isso, como um homem no mundo, e os seus álbuns ao vivo espelham o estrondoso êxito que alcançou nesses países. Destacam-se, naturalmente, os álbuns “Ao Vivo no Olympia (1980)”, “Live Alte Oper Frankfurt (1983)” e “Ao Vivo no Canecão (1988)”. Tem colaborado com artistas maiores da música portuguesa, como Bernardo Sassetti, Maria João Pires, Sam The Kid, Carlos Martins ou Laurent Filipe, a provar que o fado não conhece fronteiras entre géneros musicais. Em 2014 foi agraciado com o prémio Grammy pelo conjunto da sua obra (não devemos esquecer que só outros

Por João Pedro Matos

dois artistas nacionais receberam o prémio Grammy: a soprano Elisabete Matos e José Cid). Carlos do Carmo já anunciou que em novembro de 2019 abandona os palcos, porque no próximo dia 21 de dezembro completa oitenta anos de idade. Não obstante, permanece ligado às novas gerações do fado, por ele próprio ser um dos expoentes máximos do Fado Novo.


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Associação de informática ganha certificação de qualidade m Conta o Município da Batalha como associado e foi fundada em 1982 por 30 autarquias da região centro A Associação de Informática da Região Centro (AIRC), que conta o Município da Batalha como associado, recebeu no dia 31 de outubro a Certificação de Empresa de Qualidade, pela Norma EN ISO 9001:2015. “Este dia é um dia muito especial na nossa vida. Constitui um marco importante, por ser um reconhecimento da dualidade dos serviços que prestamos aos nossos associados e clientes e, também, um reconhecimento do trabalho de excelência de todos os nossos colaboradores”, disse o presidente da

p Certificado entregue dia 31 de outubro AIRC, Raul Almeida. No momento da entrega do certificado de qualidade, pela empresa SGS, Raul Almeida salientou que “foi com o contributo de todos nós que a AIRC alcançou

este objetivo, muito desejado e que estava arrastado no tempo. Estamos orgulhosos e não estaríamos aqui, hoje, sem o valioso contributo e colaboração de todos os que trabalham na associação”

Nova estrada na Batalha custou 126 mil euros

p Tem ligação ao Moinho Vento No penúltimo fim-de-semana de outubro foi aberta uma nova via rodoviária na Travessa da Encosta das Cancelas, com ligação ao Moinho de Vento, na freguesia da Batalha. Trata-se de um investimento global de 126 mil

euros, incluindo as obras de melhoraria do sistema de drenagem de águas pluviais, criação de passeios, revestimento do pavimento com betuminoso e aplicação de sinalização horizontal e vertical. Segundo o município, se-

guem-se outras intervenções das freguesias de São Mamede, Golpilheira, Reguengo do Fetal e ainda a requalificação de arruamentos nos Casais dos Ledos e Calvaria de Baixo, na freguesia da Batalha.

Na mesma altura, a diretora geral da AIRC, Marta Lemos, deixou uma palavra de apreço pelo empenho de todos os trabalhadores da AIRC, sublinhando serem “a maior mais-valia e o maior

ativo da AIRC” A associação foi fundada em 1982 por 30 municípios da região centro, com o objetivo de desenvolver soluções informáticas e prestar serviços de tecnologias de informa-

ção aos municípios do país. “Suportada na experiência e know-how adquirido e pela qualidade e especialização dos seus colaboradores (100), a AIRC vem ao longo dos anos fortalecendo e consolidando a sua posição de líder de mercado”, pode ler-se no site da organização. “A AIRC mantém o mesmo empenho no fortalecimento da sua posição de líder neste sector de mercado, contando já com 179 municípios que utilizam as suas soluções e 300 clientes no total”, e “concentra-se na melhoria contínua das suas soluções, aplicando vastos recursos em investigação e desenvolvimento e tornando a inovação seu objetivo permanente, sempre com a preocupação de manter a tradicional melhor oferta na relação custo benefício”.


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Quinze trabalhadores reforçam o funcionamento das escolas m Ação da autarquia deve-se “à indefinição do Ministério da Educação quanto ao anunciado reforço de recursos humanos nas escolas públicas” A câmara municipal “assumiu a imediata reposição de cinco assistentes operacionais, por restabelecimento do número de trabalhadores que, por aposentação, saíram recentemente do Agrupamento de Escolas da Batalha, sem que houvesse, até à data, autorização do Ministério da Educação para a reposição dos respetivos postos de trabalho” Em nota divulgada a 29 de outubro, a autarquia explica a atitude “face à indefinição do Ministério da Educação quanto ao anunciado reforço de recursos humanos nas

escolas públicas, nomeadamente ao nível da criação de mecanismos para a rápida substituição dos assistentes operacionais abrangidos por baixa médica”. A Câmara Batalha assegurará para o próximo ano mais 10 postos de trabalho para a função da educação, “opção justificada em razão das necessidades identificadas pelo Agrupamento de Escolas da Batalha e tendo presente que o atual rácio de pessoal não docente e previsto se encontra desajustado e ignora a necessidade de mais recursos para apoio às crianças com necessidades educativas especiais”, adianta o município. O Município da Batalha recebeu, desde 2015, novas competências na área da educação, cabendo ao ministério da tutela cofinanciar a reposição dos respetivos postos de trabalho. “No caso de o pessoal não

p Novos assistentes operacionais para o AEB docente ser inferior ao rácio definido, o município pode proceder ao recrutamento e seleção de pessoal não docente necessário para cumprir aquele indicador,

cabendo ao Ministério da Educação transferir as dotações correspondentes ao pagamento das respetivas remunerações”, lembra a câmara municipal.

Sanitários renovados apostam na eficiência e sustentabilidade

p A obra custou 150 mil euros Os turistas que visitam o Mosteiro da Batalha contam desde 18 de outubro com um renovado espaço de apoio ao nível de instalações sanitárias públicas, com acessibilidade a pessoas com mobilidade redu-

zida, que representa um investimento de 150 mil euros. Localizado no largo Afonso Mestre Domingues, “foi reconstruído com recurso a medidas de eficiência energética, acessibilidade e sustentabilidade am-

biental, regista medidas de poupança energética, como a otimização da luz natural e das rotinas para as limpezas diárias, o controlo da iluminação exterior e da fachada, respeitando a luminosidade exterior e a subs-

tituição da iluminação tradicional por leds”, explica a autarquia. “Ao nível da poupança de água, prioridade assumida neste equipamento público, foram implementadas medidas na gestão do sistema de rega, utilizando urinóis sem recurso a água, torneiras com sensores e uma rotina de verificação das torneiras, lavatórios, tubagens, contadores, para garantir que não há fugas”, adianta. Ações de sensibilização ambiental junto dos utilizadores serviços, uso de plantas naturais e a instalação de uma plataforma elevatória para garantir as melhores condições de acessibilidade, são outros fatores que marcam as novas instalações sanitárias subterrâneas na zona do Mosteiro da Batalha.

“O regular funcionamento das escolas e sobretudo a segurança dos alunos, não podem estar à espera das indecisões do Governo, pelo que iremos assegurar o re-

forço do pessoal auxiliar e exigir que proceda à respetiva transferência dos valores das remunerações”, salienta o presidente do município, Paulo Batista Santos.

Instaladas mil lâmpadas led no concelho

p Poupança de energia e de dinheiro A Câmara da Batalha, em parceria com a EDP Distribuição, concluiu a substituição de mil luminárias da iluminação pública por tecnologia led. Com este projeto, o município “pretende contribuir para melhorar a eficiência energética global da iluminação pública no concelho por forma a alcançar e suplantar os objetivos fixados no âmbito da política de eficiência

energética para Portugal”. É também objetivo desta intervenção permitir uma redução da fatura energética na iluminação publica, na área correspondente aos núcleos urbanos do município, em que será efetuada a substituição de luminárias equipadas com tecnologia de vapor de sódio e vapor de mercúrio por luminárias equipadas com tecnologia led.


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Aves da Batalha foi ao Picoto falar sobre corujas e mochos m A atividade contou com a participação dos alunos, pais e professores da escola da Golpilheira, e ainda alguns moradores O grupo Aves da Batalha organizou a 12 de outubro o “Dia da coruja-das-torres” em Picoto, na freguesia da Golpilheira - a segunda localidade do concelho a receber uma caixa de ninho para aquela espécie de ave. A atividade contou com a participação dos alunos, pais e professores da escola da Golpilheira, e ainda alguns moradores locais. Para além de terem assistido e ajudado à instalação da caixa de ninho, ficaram a conhecer a importância desta coruja para o equilíbrio dos ecossistemas, quais as ameaças que tem vindo a enfrentar nas últimas décadas e ainda

p Esta iniciativa contou com a participação de 80 pessoas as razões que levaram o Aves da Batalha a iniciar o projeto em desenvolvimento no concelho. Para além da instalação da caixa de ninho, foi desenvolvido um conjunto de ati-

vidades de educação e sensibilização direcionadas principalmente aos mais pequenos. As corujas e mochos de Portugal foi o grande tema destas atividades, que incluíram o conhecimento das es-

28º Jantar da Diáspora Batalhense decorre no restaurante Mar Azul No 28º Jantar Anual de Confraternização da Diáspora Batalhense está marcado para o dia 16 deste mês, na região de Paris, em Champigny-sur-Marne, no restaurante Mar Azul, anunciou a Comissão do Convívio Batalhense. “Este restaurante, onde organizámos o convívio do ano passado, é agora gerido por Alexandre Cunha e João Relva, bem conhecidos na

comunidade portuguesa em Paris, que nos vão elaborar um jantar com nível”, explica David Monteiro, que, com Anabela Albuquerque e Aurora Vilela, estão à frente da organização. No ano passado a festa reuniu 200 pessoas [oriundas de Portugal, França, Bélgica e Inglaterra], e a diáspora batalhense em França foi homenageada no Museu Nacional da História da Imigração,

p No ano passado a festa reuniu 200 pessoas

em Paris, e durante o jantar anual dos emigrantes do concelho, com a presença da Turma de Teatro e Canto da Academia Sénior da Batalha. Este ano, o convívio, no sábado, 16 de novembro, está marcado para as 19 horas e o restaurante situa-se no nº 34 rue Benoît Frachon em Champigny-sur-marne (94500), em frente aos Armazéns Cândido – Candi Europa.

pécies de rapina noturnas (através de imagens e sons), a importância do estudo das egagrópilas e ainda o uso de câmaras de fotoarmadilhagem para o estudo da biologia deste grupo de aves. Nes-

te caso, o grupo falou sobre a monitorização que fez de um casal de corujas no concelho. Esta iniciativa contou com a participação de 80 pessoas, entre comunidade escolar, populares e a colaboração-

da Junta de Freguesia da Golpilheira. “Foi uma tarde muito bem passada e em excelente companhia, com um grupo de jovens e adultos muito interessados em aprender e com uma enorme vontade de lutar por um ambiente melhor, mais saudável e sustentável. Afinal de contas, para proteger é preciso conhecer. E esta foi mais uma excelente oportunidade para os batalhenses ficarem a conhecer o património natural do concelho e o mundo das aves de rapina noturnas”, explica João Tomás, um dos elementos do Aves da Batalha. João Tomás aproveitou também para” deixar um agradecimento especial ao proprietário do terreno, que se mostrou desde o início muito interessado em apoiar o projeto, e a todos os participantes por terem tornado a atividade tão enriquecedora e inesquecível”.

Transporte Vamós com ligação à Batalha

p O presidente do município portomosense, Jorge Vala A Câmara de Porto de Mós iniciou no dia 22 de outubro um novo conceito para a mobilidade - o transporte urbano Vamós, que permite ligações à Batalha. É um serviço prestado pela Rodoviária do Lis e disponibiliza duas linhas – vermelha e roxa – com dois circuitos urbanos distintos, que ligam os lugares da freguesia de Porto de Mós, zo-

nas da freguesia das Pedreiras e da Calvaria de Cima à sede do concelho. O objetivo é permitir à população aceder com maior facilidade a serviços primários, tais como a câmara municipal, tribunal, finanças, segurança social, escolas, centro de saúde ou a unidade de cuidados continuados, por exemplo. O Vamós está equipado

para receber pessoas com mobilidade condicionada e com wifi, procurando ir ao encontro das necessidades, também, dos mais jovens. O concelho de Porto de Mós passará, ainda, a estar dotado de uma ligação ao Município da Batalha, através da conexão feita no CIBA e também à Rede de Expressos, através da ligação a São Jorge.


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s Espaço do Museu

O Dia do Bolinho e o Verão de São Martinho E num ápice chegámos a novembro, o décimo primeiro mês do ano no calendário gregoriano, que mantém no nome a sua origem latina (novem) indicando que era o nono mês do calendário romano que começava em março. O mês é farto em frutos, como as castanhas as nozes e as azeitonas, que se associam às tradições religiosas e pagãs de outono. É o mês em que se celebra o Dia de Todos os Santos, a 1 de novembro, uma tradição que tem o seu mais anti-go registo no século XV, com origem no ritual pagão de do culto dos mortos, de raízes milenares. Consta-se que foi em 1756, um ano após o terramoto que destruiu Lisboa, em 1 de novembro de 1755, a po-pulação fez um peditório com a intenção de manter uma tradição que lembrava os seus mortos. As pessoas percorriam as ruas da capital, batendo às portas e pedindo uma qualquer esmola, mesmo que fosse pão, para matar a fome na cidade que tinha ficado ainda

mais pobre devido à catástrofe do ano anterior. Pediam o “Pão por Deus”. Segundo José Travaços Santos, nos tempos de fome, o Dia do Bolinho (ou do “Pão Por Deus” ou do “Santorinho”), era o dia das “crianças tirarem a barriga da miséria” e “em que se tratavam os vizinhos por tu e ninguém negava o bolinho”. Já nas décadas de 60 e 70

do séc. XX, a data passou a ter uma aborda-gem mais lúdica. O “peditório” mantém-se nalgumas regiões do país e passou a ser feito pelas crianças que, hoje em dia, em vez de pão, dão preferência a guloseimas. Na nossa região cozem-se ainda as tradicionais broas doces que vão aos frutos de outono buscar os seus ingredientes essenciais.

Novembro é também mês de São Martinho, evocando o militar, monge, bispo e santo católico Martinho de Tours, nascido no século IV. A lenda conta que, no ano 337, um outono rigoroso e frio assolava a Europa, Martinho regressava a casa e, no meio da tempestade, encontrou um mendigo que lhe pediu esmola. O cavaleiro gaulês, que não tinha mais

nada consigo, retirou das costas o manto que o aquecia, cortou-o ao meio com a espada, e deu-o ao mendi-go. Nesse momento, o tempo ríspido desapareceu dando lugar a um dia radioso de sol. O milagre ficou co-nhecido como “o verão de São Martinho”. São Martinho tornou-se num dos santos mais populares da Europa. É con-

siderado o protetor dos alfaiates, dos soldados e cavaleiros, dos pedintes e dos produtores de vinho. O santo foi sepultado no dia 11 de novem-bro na cidade francesa de Tours. A mesma data foi a escolhida para celebrar o seu dia. É tradição, em Portu-gal, assar castanhas e beber o vinho novo, produzido com a colheita do verão anterior. À semelhança do nosso país, também em França e Itália se comem castanhas assadas. Já em Espanha, faz-se a matança de um porco e na Alemanha acendem-se fogueiras e organizam-se procissões. Neste espaço que o Jornal da Batalha oferece ao museu, o património imaterial e as nossas tradições mere-cem-nos toda a importância, num reconhecimento da nossa identidade. Conheça outras tradições no MCCB, na área “Tudo sobre nós”.

Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)

s Fiscalidade

Programa fiscal do novo Governo O novo Governo tomou posse, e apresentou o seu programa, o qual foi analisado e discutido na Assembleia da República, nos passados dias 30 e 31 de outubro. Em termos fiscais, prevê-se uma política de maior justiça fiscal que irá reduzir o esforço fiscal das famílias e empresas. Uma maior e melhor justiça implica: dar prioridade à simplificação do sistema fiscal, pela clareza das normas fiscais, pela facilitação do cumprimento das obrigações tributárias, pela melhoria dos canais de comunicação entre os contribuintes e a administração fiscal, pela revisão do sistema de benefícios fiscais que deverá ser orientada para uma maior exigência nos momentos da criação e implementação de benefícios

fiscais, introduzindo ainda mecanismos regulares de avaliação quantitativa e qualitativa e continuar a dar prioridade ao combate à fraude e à evasão fiscal e ao planeamento fiscal agressivo, com base na utilização eficiente do conjunto de informação que é já hoje colocada à disposição da administração fiscal. O Governo irá promover a progressividade fiscal, de forma a melhorar a redistribuição dos rendimentos. Sendo a progressividade dos impostos sobre o rendimento individual um mecanismo básico de redistribuição. Para isso irá dar continuidade ao desenvolvimento de mecanismos que acentuem a progressividade do IRS, revendo os respetivos escalões; caminhar no sentido do englo-

bamento dos diversos tipos de rendimentos em sede de IRS, por exemplo: de capitais e prediais, eliminando as diferenças entre taxas, passando a ser tributados por englobamento obrigatório; eliminar e reduzir, progressivamente, os benefícios e deduções fiscais com efeitos regressivos, reforçando a transparência e a simplificação do sistema fiscal e aumentando a sua equidade e justiça social e assegurar a avaliação regular e sistemática do conjunto de benefícios fiscais, tornando o sistema fiscal mais simples e transparente, com um maior grau de exigência quanto à explicitação dos objetivos extrafiscais que presidam à sua criação e/ ou manutenção, e assegurando a utilização alternativa dos mecanismos de po-

lítica fiscal que se mostrem mais eficientes à concretização das finalidades propostas, e garantir um quadro de estabilidade na legislação fiscal, assegurando a previsibilidade necessária à dinamização do investimento privado e aumentar as deduções fiscais no IRS em função do número de filhos (sem diferenciar os filhos em função do rendimento dos pais); Em termos de IRC, no que se refere ao sistema fiscal português, que de acordo com o Taxa Survey da UE, se posiciona como o segundo mais favorável ao investimento, o Governo pretende apoiar o investimento em inovação, continuando a trabalhar nas seguintes dimensões: incentivar o investimento privado em I&D empresarial com a revisão

do instrumento de Incentivos Fiscais ao I&D empresarial (SIFIDE); promover uma fiscalidade que incentive o investimento na modernização produtiva e na I&D, prosseguindo a trajetória de melhoria do quadro de apoio ao investimento e a capitalização das empresas, em detrimento da redução genérica do IRC, cuja correlação com o crescimento do investimento não está demonstrada; melhorar o regime do IRC para as empresas que reinvistam os seus lucros através de um aumento em 20% do limite máximo de lucros que podem ser objeto de reinvestimento (de € 10M para € 12M), assim aumentando a dedução à coleta de IRC para estas empresas; criar um quadro fiscal incentivador da canalização de pou-

António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

pança para o investimento produtivo e da abertura do capital das empresas e criar um quadro fiscal favorável aos ganhos de escala das empresas e à sucessão empresarial.


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Vice-presidente deixa de estar a tempo inteiro e vai para empresa m Carlos Monteiro mantém a vicepresidência do executivo, mas fica apenas a meio tempo por razões de ordem pessoal e relacionadas com as novas funções O vereador da câmara municipal Carlos Monteiro vai passar a exercer o mandato em regime de não permanência, embora mantendo a vice-presidência do executivo, por razões de ordem pessoal e relacionadas com novas funções que vai exercer numa empresa intermunicipal do distrito de Santarém, anunciou a autarquia em comunicado. “Carlos Monteiro, até agora com atribuições específicas, entre outras, na gestão da empresa municipal Iserbatalha (já extinta) e na educação, por vontade própria e por incompatibilidade no exercício de novas funções em empresa multimunicipal, passa a exercer o mandato em regime de não

permanência, sem remuneração”, revelou o município no dia 4 deste mês. No entanto, “mantem-se como vice-presidente da câmara e com pelouros atribuídos nas áreas do sector empresarial local, concessões, transportes e ainda no apoio ao presidente da câmara na auditoria e controlo de gestão”. O vereador, também provedor da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, vai ser diretor executivo na Tejo Ambiente, empresa de gestão do sistema intermunicipal de ambiente do Médio Tejo (abastecimento público de água, saneamento de águas residuais urbanas e gestão de resíduos), adiantou o jornal Região de Leiria. A empresa, com sede em Ourém, foi criada no verão passado, e Carlos Monteiro, de 51 anos, deverá assumir funções em janeiro, como diretor executivo para a área financeira e de recursos humanos. Em resultado desta alteração, caberá ao vereador André Loureiro assumir a responsabilidade da educa-

p Carlos Monteiro vai para a Tejo Ambiente ção, função que irá acumular com as atuais atribuições nas áreas do ambiente, juventude e desporto. Os vereadores Germano Pragosa e Liliana Moniz, “também conhecem um reforço de atribuições, respetivamente, nas áreas dos direitos dos animais e turismo”, adianta o comunicado. Para o presidente da câmara municipal, Paulo Ba-

s Registo

presidente do conselho fiscal e coordenador do departamento de marketing da Associação de Estudantes do ISEG. Foi também co-fundador da Federação Académica de Lisboa. Iniciou o seu percurso profissional como prestador de serviços no departamento de marketing e relações externas do Instituto Superior de Economia e Gestão. “A escolha de André Sousa justifica-se pelas suas competências nas áreas económicas e experiência nos processos de gestão de candidaturas a fundos europeus”, refere Paulo Batista Santos.

-se para realizar novos desafios na segunda metade do mandato, sobretudo em

resultado do processo de descentralização de competências”.

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

André Sousa coordena candidaturas a fundos A autarquia anunciou que o economista André Sousa reforçou a equipa de governação municipal no início deste mês, assumindo a coordenação das candidaturas a fundos comunitários e o gabinete de apoio ao presidente da câmara na gestão de diversos projetos municipais em curso. André Emanuel Bento Sousa nasceu a 27 de abril de 1993, é natural da Batalha e reside na Golpilheira. Licenciou-se em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa. Enquanto estudante universitário, assumiu funções de

tista Santos, “a equipa de gestão municipal conhece alguns ajustes e prepara-

ALOJAMENTO LOCAL

p André Sousa

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt


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Jornal da Batalha

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Saúde Consulta pré-concecional: O que é? Qual a importância? Já lá vai o tempo em que não era possível programar o nascimento de um filho. Não havia métodos contracetivos para prevenir a gravidez nem forma de se preparar para o nascimento de um novo ser. Atualmente, à luz dos grandes desenvolvimentos da medicina, é possível, na maioria das vezes, decidir o melhor momento para ter uma criança e assim fazer com que tal aconteça nas melhores condições. Porquê uma consulta pré-concecional? Esta consulta serve, em primeiro lugar, para responder a questões que o casal possa ter sobre a conceção. Em segundo lugar, permite

fazer um exame médico de rotina com estudo analítico específico dirigido a ambos os membros do casal. No caso da futura mãe, é necessário confirmar que

exista uma citologia cervicovaginal (o conhecido exame “Papa Nicolau”) recente e normal, confirmando assim que não haja nenhuma doença no colo uterino que

implique tratamento prévio à gravidez. Por último, permite ainda o início da suplementação da futura grávida com ácido fólico, substância muito

importante na prevenção de alterações neurológicas no feto, pelo menos um mês antes de suspender o método contracetivo utilizado. Assim, as reservas desta substância no organismo da mãe estarão em níveis ótimos no momento em que engravidar. Quando algum dos elementos do casal possui alguma doença sexualmente transmissível, esta pode ser tratada antes da conceção. O mesmo acontece com algumas doenças que a progenitora possa ter (hipertensão arterial, diabetes mellitus, síndrome depressiva, hipo ou hipertiroidismo, epilepsia, entre outras) e que de-

vam ser controladas previamente à gravidez, para que esta decorra sem intercorrências. Em mulheres que fazem medicação crónica, é necessário suspender alguns fármacos por serem prejudiciais para o feto. Outros fármacos precisam de ser alterados ou ajustada a sua dose. Uma gravidez planeada tem, logo à partida, maior probabilidade de decorrer de forma tranquila e sem complicações. Patrícia Moreira (IFE 3º ano MGF) e Ana Carolina Rodrigues (IFE 4º ano MGF) USF Condestável, Batalha

, SA

ACORDOS:

ADSE, PSP, ADMG, Mulicare, Advancecare, Médis, SAD-GNR, SAMES Centro, SAMS quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sávida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon,

Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia...sábado - manhã Oftalmologia...............................................Dr. Joaquim Mira............................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira.quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro................................. terça - tarde

Dr. João Cardoso.............................. segunda - tarde

Nutricionista...............................................Dra. Ana Rita Henriques........................ terça - tarde Cirurgia Geral/Vascular.............................Dr. Carlos Almeida.................................sexta - tarde Otorrinolaringologia.................................Dr. José Bastos.................................... quarta - tarde Próteses Auditivas................................................................................................... quarta - tarde Terapia da Fala...........................................Dra. Débora Franco.quinta - tarde / sábado - manhã Neuro Osteopatia /Acumpunctura.........Tec. Acácio Mariano............................ quarta - tarde (Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortóptica.....................................................Dr. Pedro Melo................................ sábado - manhã

Medicina Dentária

Outras Especialidades:

Clínica Geral................................................Dr. Vítor Coimbra................................ quarta - tarde Medicina Interna........................................Dr. Amílcar Silva..................................... terça - tarde Urologia.......................................................Dr. Edson Retroz..................................quinta - tarde

Dra. Sâmella Silva

Terça/quinta-feira - Tarde

Dermatologia............................................ Dr. Henrique Oliveira...................... segunda - tarde

Dr. Evandro Gameiro

Segunda/quarta/sexta-feira - Tarde Sábado - Manhã

Estética .......................................................Enf. Helena Odynets..............................sexta - tarde Cardiologia..................................................Dr. David Durão.....................................sexta - tarde Electrocardiogramas...............................................................................segunda a sexta - tarde Neurocirurgia.............................................Dr. Armando Lopes......................... segunda - tarde Neurologia..................................................Dr. Alexandre Dionísio..........................sexta - tarde

Implantologia Cirurgia Oral

Psicologia Educacional/vocacional........ Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde

Ortodontia

Testes psicotécnicos..................................Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde

Rx-Orto

Pneumologia/Alergologia.........................Dr. Monteiro Ferreira............................sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..........................Dr. Paulo Cortesão........................... segunda - tarde

Telerradiografia

Ortopedia....................................................Dr. António Andrade....................... segunda - tarde

Próteses Dentárias

Endocrinologia............................................Dra. Cristina Ribeiro............segunda / terça - tarde

Rua da Ribeira Calva . Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente . BATALHA . Tel.: 244 766 444 . 939 980 426 . clínica_jm@hotmail.com


Jornal da Batalha

SaĂşde Batalha

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Diabetes: um dia sem açúcar em família

EstevĂŁo Pape Internista e Coordenadora do NĂşcleo de Estudos de Diabetes Mellitus (NEDM)

A International Diabetes Federartion (IDF) comemora anualmente no dia 14 de novembro o Dia Mundial da Diabetes, um dia em que se chama a atenção para a Diabetes como afetando cerca de 500 milhĂľes de pessoas em todo o mundo. É um dia como outros, mas especialmente dedicado Ă Diabetes e Ă comunidade mundial e tambĂŠm Ă s pessoas com Diabetes. Este ano, de novo, esta efemĂŠride ĂŠ dedicada ao tema “famĂ­lia e Diabetesâ€?. Portugal nĂŁo foge aos alertas, sobretudo sabendo-se que existem cerca de um milhĂŁo de portugueses com Diabetes conhecida e provavelmente mais de 500 mil pessoas que tĂŞm a doença e nĂŁo sabem. Promover a sensibilização da comunidade e dos polĂ­ticos para a Diabetes ĂŠ uma “obrigaçãoâ€? de todos aqueles que tĂŞm Diabetes e de todos os que Ă Diabetes se dedicam. Organizaçþes cientĂ­ficas, mĂŠdicos, enfermeiros, nutricionistas, psicĂłlogos, cuidadores, mas sobretudo pessoas com Dia-

betes e as suas associaçþes. O envolvimento das famĂ­lias para a consciencialização de hĂĄbitos e formas de vida pouco saudĂĄveis ĂŠ, sem dĂşvida, uma forma de diminuir ou tentar diminuir o impacto social dos excessos que as sociedades praticam, sobretudo, mas nĂŁo sĂł, no mundo “desenvolvidoâ€?, sabendo-se tambĂŠm que em paĂ­ses menos desenvolvidos a Diabetes aumenta de dia para dia. Envolver a famĂ­lia ĂŠ uma das formas mais eficazes para diminuir o impacto da Diabetes na sociedade e no dia a dia das pessoas com a doença. O apoio as pessoas com Diabetes passam obviamente, em primeiro lugar, pela sua prĂłpria famĂ­lia, as suas atitudes e forma de estar no dia a dia, os seus hĂĄbitos alimentares e prĂĄtica de formas de vida saudĂĄveis, como seja o exercĂ­cio fĂ­sico, por muito pouco que seja. Promover e eventualmente mudar hĂĄbitos tem inĂ­cio “dentro de casaâ€?, de toda a famĂ­lia, de todos no mesmo agregado. A Diabetes diz respeito a todos e promover uma boa educação alimentar começa na educação familiar, sobretudo na prevenção. Tentar alterar hĂĄbitos desadequados na alimentação diĂĄria no mundo moderno ĂŠ obrigação de todos, de forma a reduzir nĂŁo sĂł o impacto da Diabetes, principalmente no combate aos fatores de risco, que sĂŁo evitĂĄveis, na sua maioria.

A mudança tem inĂ­cio na famĂ­lia, modificando muitas vezes o seu prĂłprio dia a dia e o seu estilo de vida. Por isso, a International Diabetes Federation escolheu para os anos 2018 e 2019 o tema “famĂ­lia e Diabetesâ€?. AĂ­ ĂŠ possĂ­vel e bem dar inĂ­cio a um estilo de vida mais saudĂĄvel. Em todo o mundo, e Portugal nĂŁo foge Ă regra, muito se tem feito com programas e mĂşltiplos alertas, mas infelizmente o panorama nĂŁo se vem alterando. A responsabilidade ĂŠ de todos, nĂŁo podemos responsabilizar governos e governantes, sem antes promovermos no seio da sociedade a mudança de atitude. Ter consciĂŞncia que uma em cada duas pessoas no mundo tĂŞm Diabetes e o nĂŁo sabem requer profunda reflexĂŁo, mas sobretudo atitudes diferentes perante o dia a dia pouco saudĂĄvel. O diagnostico e terapĂŞutica da Diabetes compete sobretudo a profissionais de saĂşde, mas os alertas tĂŞm de estar ao alcance de todos e divulgados amplamente de forma a ser evitĂĄvel a doença. A prevalĂŞncia da Diabetes, sobretudo a Diabetes tipo 2 ĂŠ demasiado alta para ficarmos indiferentes, por isso o envolvimento coletivo ĂŠ cada vez mais necessĂĄrio. O preço para a sociedade ĂŠ demasiado alto, quer no prĂłprio diagnĂłstico, quer no tratamento, sendo o seu custo material muito elevado. NĂŁo hĂĄ “orçamentos “que possam, nem devem

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suportar o que Ê evitåvel. A eficåcia dos medicamentos para a Diabetes Ê cada vez maior, mas o seu preço tambÊm. Urge, portanto, colaborar em família e na sociedade para a prevenção e não só olhar para o tratamento. Somos todos responsåveis, mas não podemos esquecer o envolvimento de responsåveis para um acesso mais equilibrado aos cuidados de saúde e aos meios mais modernos de tratamento da Diabetes e das pessoas com Diabetes. Em Portugal, múltiplas organizaçþes científicas têm-se envolvido na promoção e mudança de atitude no dia a dia, assim como nos alertas para as terapêuticas mais avançadas. A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e o Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM) não podem deixar de mais uma vez alertar a

sociedade em geral e os responsĂĄveis polĂ­ticos para a “pandemia Diabetesâ€?. Os especialistas de Medicina Interna e em especial aqueles que vivem o seu dia a dia com pessoas com Diabetes – diabetologistas, mĂŠdicos hospitalares em especial, mas muito envolvidos na chamada “integração de cuidadosâ€?, sĂŁo os primeiros a serem envolvidos no “drama Diabetesâ€?. A hospitalização de pessoas com Diabetes ĂŠ enorme em Portugal, sendo que cerca de 30 por cento dos doentes internados em Serviços de Medicina Interna em Portugal sĂŁo diabĂŠticos. Como tal, nĂłs internistas sabemos bem o que temos e devemos fazer. A nossa responsabilidade ĂŠ grande, mas tambĂŠm o ĂŠ a nossa envolvĂŞncia no apoio a diabĂŠticos. Os Especialistas de Medicina Interna estĂŁo nos hospitais no dia a

dia, mas tambĂŠm estĂŁo na sociedade, e estĂŁo altamente envolvidos nos cuidados a pessoas com Diabetes fora do âmbito hospitalar, em instituiçþes pĂşblicas e privadas, e o seu envolvimento na problemĂĄtica social ĂŠ grande. NĂŁo podemos tambĂŠm esquecer as organizaçþes e associaçþes de diabĂŠticos, essenciais para a mudança, e que hĂĄ muito tĂŞm contribuĂ­do para os alertas em Portugal. O associativismo e a participação coletiva sĂŁo essenciais – todos seremos demasiado poucos para a mudança. Por isso a famĂ­lia deve ser o inĂ­cio. A nossa mensagem para o dia 14 de novembro de 2019 ĂŠ; “Um dia sem açúcar em famĂ­liaâ€?, ou pelo menos um esforço possĂ­vel para a moderação nas atitudes de estilo de vida familiar, a “cĂŠlula da sociedadeâ€?.

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Batalha Opinião

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Jornal da Batalha

s Pestanas que falam Joana Magalhães

O Natal, o quentinho e a minha gata Escrevo para a edição do mês de novembro. Quem me dera que já fosse dezembro. O mês em que a nostalgia e a esperança saem à rua para o Natal. Transformados em luzes de todas as cores, pais-Natal e renas, os sentimentos transportam um quentinho bom que aquece o coração frio pelas baixas temperaturas. Sempre gostei do Natal.

Quando era pequena, obrigava a minha mãe a dar uma volta grande de carro pelo centro da cidade de Leiria para poder ver todas as luzes e enfeites [Nota do pai: “Acho que era ao contrário”]. Hoje já não é assim, porque as decorações já não são assim “exageradas”, mas o espírito mantém-se. Este ano compro a árvore de Natal para a minha pri-

meira casa. Não sei se será grande e até ao teto, se será da minha altura ou até mais pequena. Não sei se terá bolas, estrelas ou as duas coisas. Se será decorada de azul, vermelho, prateado ou todas as cores em conjunto. Mas sei que estou a contar os dias para o fim-de-semana em que se torna politicamente correto erguer a árvore. No primeiro de dezembro,

certo? Nunca mais!... Este ano há uma pequena destruidora lá em casa, e estou certa de que a minha gatinha vai adorar destruir a árvore de Natal tanto quanto eu vou adorar montá-la. O Natal é nostalgia e esperança. Logo a nostalgia se transforma em mudança e ambição para o novo ano que se aproxima. 2019 foi longo e quase a chegar ao mês do

coração quentinho nas temperaturas frias, é mais uma viagem na montanha russa que chega ao fim. Este ano escrevo sobre o Natal um mês antes, quando ainda não se “ligou a ficha”, nem estamos assoberbados por anúncios na televisão, telemóvel, placards de rotunda e todos os leds das lojas. Porque o Natal é bom na calma de quem pensa nele sem os

fatores que lhe tiram aquele quentinho. Na próxima crónica falarei sobre a Páscoa.

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Menos tempo mais pousio Nesta altura, os dias têm menos horas de sol e parecem mais curtos, implicando menos tempo para cuidar da horta. Mas como a natureza é sábia, esta também é uma época para deixar a terra em pousio - adicionamos apenas os restos das colheitas de verão a apodrecerem sobre o terreno, porque na natureza nada se perde tudo se transforma. Costumo apenas queimar os restos de plantas que ganharam doenças, mas atenção que as queimadas este

ano precisam de ser comunicadas previamente ao município, para prevenção de incêndios. Cabe-nos também ter o cuidado de não as realizar em momentos de vento e minimizar o seu impacto, com uma faixa em volta da fogueira sem ervas secas - basta passar com um ancinho para “arar” a terra -, manter por perto água, caso a fogueira tome proporções demasiadas. Incorporar o máximo de matéria orgânica no solo, é um excelente procedimen-

to. Há até novas técnicas de cultivo que implicam que se cave o solo apenas uma vez, e uma das práticas é enterrar troncos de diversos tamanhos, para que se decomponham lentamente e possam assim manter arejada a terra de cultivo e devolvam os nutrientes à horta. Como diz o ditado popular: se queres pasmar teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo São Martinho. Os espargos não gostam de serem cavados: coloco-os na terra num camalhão e

todos os anos deito por cima a erva seca de outras culturas e eles gostam, dado que me têm presenteado com excelentes brotos. Uma solução para controlar as lesmas e caracóis tão frequentes nesta época, é colocar um saco de sarapilheira humedecido no terreno onde eles atacam mais, e de manhã ver como está o saco por baixo-os de cá ficam cheios de lesmas e caracóis que usaram o saco para se abrigar do dia. Pego no saco e sacudo para as ga-

linhas e elas adoram o petisco. Hortícolas para semear e/ ou plantar ao ar livre: acelgas, alfaces, alho francês, brócolos, cebolas, cenouras, coentros, Couves várias, couve-rábano, espinafres, espargos, favas, mostardas, nabiças, nabos, rabanetes, rúcula, salsa. Jardim, semear e/ou plantar: amores-perfeitos, margaridas, açucenas, cíclames, narcisos, crisântemos, jacintos e tulipas. Se é das pessoas que no

inverno não tem tempo para cuidar da horta, pode deixar terreno em pousio, semear plantas que fazem adubação verde, como tremocilha, alfafa ou luzerna, entre outras. Estas plantas ajudam a fixar os nutrientes ao solo, ao serem trituradas e envolvidas na terra quando estiverem maiores e for a época das sementeiras da primavera. Na horta posso cultivar bons alimentos e bons sentimentos! Boas colheitas.

so da sociedade portuguesa e cuja culpa atribuímos exclusivamente aos políticos. Ora, também na nossa modesta opinião, isto não é inteiramente verdade e, analisando friamente o panorama vigente, os abstencionistas, tanto mais que a maioria o será por comodismo, têm quase tanta culpa do que se passa como os políticos que acusam de todos os males, pois que se demitem voluntariamente das suas responsabilidades como cidadãos de pleno direito, que deviam ser e só não são porque não querem. Mas voltemos ao rescaldo eleitoral. Sendo certo que se repete um governo minoritário do mesmo partido, todavia, dá-se aqui um paradoxo: esse

partido saiu bastante reforçado nestas eleições, mas provavelmente irá ter mais dificuldades em governar do que anteriormente, pois deixou de ter o apoio implícito dos partidos à sua esquerda e se, a estes, a certo momento, der a “veneta” de actuarem como o fizeram em 2011, lá se vai o governo pelo “cano abaixo”… Por falar no governo e voltando aos recordes, este também bate um por larga margem: tem 70 elementos, desde o primeiro-ministro aos secretários de estado. Será bom? Será mau? As opiniões dividem-se, mas só o futuro o dirá. Por falar em opiniões, não há “bicho careto” que não tenha a sua mas, infelizmente, a isenção e o distanciamento andam quase sempre arreda-

dos. Isto é, contar-se-ão pelos dedos de uma só mão os ditos politólogos e comentadores da nossa praça capazes de debitar uns “bitaites” sem a camisola partidária vestida. De qualquer quadrante político, frise-se. Numa última análise a este novo governo, ficamos numa grande expetativa acerca do que vai sair duma tal Secretaria de Estado de Recursos Humanos e Antigos Combatentes. Olá, lá! A que propósito é que os combatentes serão aqui metidos?! Não queremos influenciar ninguém, mas nós vamos esperar sentados. Terminamos com a agenda dos próximos eventos do Núcleo: - 12 de novembro: 10h00, Sala do Capítulo do Mosteiro: Invocação do Armistício

- Homenagem aos Combatentes da 1ª Grande Guerra, com honras militares. Aberto ao público. - 15 de novembro, a partir das 19h00, na coletividade de Casal do Marra: comemoração do Dia de São Martinho, com a habitual e muito especial castanhada. Agradece-se a inscrição no núcleo, dos sócios que queiram estar presentes, para que não haja faltas nem desperdícios. - 14 de dezembro, a partir das 10h00, na Marinha Grande: Festa de Natal dos Núcleos do Centro Litoral Oeste (Alcobaça, Batalha, Caldas da Rainha, Leiria, Marinha Grande (organizador), Peniche e Rio Maior. As inscrições para participar já estão abertas no Núcleo.

s Noticias dos combatentes

Rescaldo eleitoral Como programado, em 06 de outubro pretérito decorreram, com a pacatez que já é habitual entre nós, as eleições legislativas para a Assembleia da República. Como era mais ou menos previsível, ganhou o partido que governou na legislatura anterior, mas sem maioria absoluta, provavelmente com uma boa dose de desilusão para o mesmo, mas, como também era expectável, e em especial desejável, para todos os restantes concorrentes. Salvo erro, na história da democracia bateu-se o recorde de partidos e/ou organizações participantes (21), assim como o número dos que conseguiram ter assento no Parlamento: 10. A maioria de nós dirá que quanto mais diversidade de

opiniões houver, melhor será para o debate de ideias e a democracia, mas o que em nada ajuda a democracia, bem pelo contrário, é a abstenção, cujo recorde foi mais uma vez batido; negativo e preocupante recorde, sem dúvida! Com o chavão-base de que os partidos são todos a mesma coisa e os políticos que neles gravitam, direta ou indiretamente, são quase todos maus e corruptos, há quem continue a apelar à abstenção, como remédio para tais males. Não é este o nosso entendimento e cremos que quem defende estas ideias só pode ter uma agenda escondida por trás ou então ser um completo inconsciente, porque nunca a abstenção resolverá os problemas que afetam o gros-

NCB


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Cultura Sofia Alves Ferreira lança “Era uma vez uma mochila cheia de insónias”

Pedestal de Rihanna feito na Gárgula Gótica m Mede um metro de altura e custa 100.513 euros. Já o livro, tem um preço de ‘apenas’ 140 euros

p Sofia Alves Ferreira na sessão de autógrafos O Auditório do Mosteiro da Batalha recebeu no dia 19 de setembro a sessão de apresentação da obra “A Visita do Marquês”, que reuniu mais de 250 alunos do Agrupamento de Escolas da Batalha A obra, dirigida ao público escolar, conta com textos de Luís Mourão e ilustrações de

Bruno Gaspar, desvendando histórias e curiosidades do Mosteiro da Batalha. A publicação integra o programa do serviço educativo do projeto Património Mundial do Centro e assume-se como mais uma importante valia para a promoção do património junto do público infantojuvenil.

A apresentação do livro contou com momentos teatrais pelos atores do grupo O Nariz Teatro, que ao longo do presente ano letivo manterão o programa de visitas dramatizadas ao Mosteiro da Batalha, numa parceria que junta o Mosteiro da Batalha, a autarquia e o MCCB - O Museu de Todos.

Capital da cultura recebe um euro por habitante O conselho geral da candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura aprovou no dia 12 de outubro a constituição de uma regicooperativa, que integra os 26 municípios do projeto, e um orçamento de 800 mil euros para dois anos. A criação desta estrutura supramunicipal, de modo a que não fosse a câmara de Leiria a gerir a candidatura, com a assinatura dos outros municípios, foi aprovada, mas o município da Batalha

pediu tempo para analisar o modelo proposto. Quanto ao orçamento, a proposta inicial para os próximos dois anos previa uma contribuição de dois euros por habitante do território abrangido por aquele grupo municípios das comunidades intermunicipais de Leiria, Oeste e Médio Tejo, mas o valor foi reduzo a metade. O município de Leiria suportará 25% do total, enquanto os restantes 75% serão suportados pelos outros

municípios envolvidos. A transformação em regicooperativa Rede Cultura 2027 - uma forma de associação para fins culturais que permite agregar entidades públicas e privadas será confirmada em março de 2020, com a entrega da documentação no Tribunal de Contas. Em definição está a comissão de honra da candidatura, que envolve 300 nomes, indicados pelos municípios.

A versão de luxo da autobiografia visual da cantora Rihanna está a ser vendida com um pedestal em mármore trabalhado pela empresa Gárgula Gótica, que tem sede na zona industrial da Jardoeira, na Batalha. O pedestal, uma mão em mármore, pesa 907 quilogramas, mede um metro de altura e custa 100.513 euros. Já o livro, tem um preço de ‘apenas’ 140 euros e está à venda desde o dia 24 de outubro. A peça fabricada pela Gárgula Gótica, intitulada “Stoner”, demorou dois meses a ser feita. No total, serão dez exemplares, esculpidos a partir de pedra de mármore sólido pele de tigre, extraído na região de Estremoz, com acabamento casca de ovo. O design da pedra e do livro é dos norte-americanos The Haas Brothers. O livro tem 504 páginas e inclui mais

p O pedestal pesa 907 quilos de mil fotografias íntimas da vida da artista, intérprete, designer e empreendedora. Muitas das imagens nunca foram publicadas”. O livro “Rihanna” inclui três edições especiais: Fenty x Phaidon, Luxury Supreme e Ultra Luxury Supreme e começou a ser feito há cinco anos. O “Rihanna: Ultra Luxury Supreme” é o que inclui o pedestal fabricado na Gárgula Gótica - fundada em 1998 por Alzira Antunes e um só-

cio -, que se dedica ao trabalho manual da pedra portuguesa. O projeto chegou à oficina da Batalha na forma de uma maqueta e coube a uma equipa de sete pessoas ‘passá-lo’ para pedra. O “Rihanna: Ultra Luxury Supreme” já foi dado como esgotado pela editora Phaidon. Está assinado pela própria cantora, de 31 anos, natural dos Barbados, e faz parte de uma edição numerada de dez exemplares.

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Jornal da Batalha

Património As petições do Povo da Batalha aos governantes no século XIX Batalha Cidade por mercê de el-Rei D. João que lavrou singularmente a sua carta de privilégio em pedra, concedendo-lhe tal esplendor, tal expressão, tal grandeza que não há outra cidade portuguesa de igual condição.

Cuidado com os versos que proclamam a Batalha cidade e com esta carta de privilégio de pedra! Mas não será cidade por direito próprio a guardiã do principal monumento português? O século XIX foi agitado e confuso. As reformas liberais, nuns casos necessárias e felizes noutros ao sabor de meros interesses políticos e partidários, geraram descontentamento e desorientação no Povo. Foi um tempo de petições aos governantes instalados em Lisboa, muitas tendo como destinatário o Rei que, limitado nos seus poderes, pouco mais podia fazer senão recomendar os pedidos aos ministérios que se iam sucedendo. A petição, de 8 de Abril de 1843, que publiquei no mês passado, constitui um nobre documento, isto sem dúvida, na defesa do nosso concelho, mas contém algumas incongruências com a da inclusão de Alpedriz, à beira de Alcobaça, no aro batalhense não obstante a descontinuidade territorial, ou a da Azoia que está mais afastada da Batalha do que de Leiria, encontrando-se já à vista desta cidade. Evidentemente que os naturais da Azoia se opuseram e logo enviaram uma petição de sentido contrário, ao Terreiro do Paço. Mas pouco mais de cinco

p Gravura dos princípios do século XIX, reproduzindo o pelourinho manuelino erguido no século XVI e possivelmente da autoria de Mateus Fernandes. Os pelourinhos eram sobretudo símbolos da autonomia e da justiça municipais. Embora construído a curta distância do Mosteiro, a sua relação, evidentemente, era com a Câmara e não com o monumento. Provavelmente os velhos Paços do Concelho estariam situados a curta distância, como era usual. Destruído vandalicamente nos anos 60 do seculo XIX, pela mão do Mestre Alfredo Neto Ribeiro fez-se uma belíssima réplica que desde o ano 2000, quinto centenário da elevação da Batalha a Vila e da criação do seu concelho, se ergue no início da rua de Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque, grande restaurador, de 1840 a 1844, do Mosteiro. meses depois daquela, em 27 de Setembro do mesmo ano de 1843, o governador civil do distrito de Leiria envia um ofício ao Ministro, suponho Ministro do Reino, sobre uma outra complicada situação: a criação da Comarca, que dividia a Batalha e Porto de Mós, ambas pretendentes a sede desta instituição judicial. Eis os termos do ofício: “Em ofício que por ordem de V. Ex.ª me foi expedido em data do primeiro de Julho último vinha inclusa, para eu informar, a representação que devolvo da Câmara Municipal e habitantes de Porto de Mós que pretendem ali se forme uma nova Comarca, anexando-lhe as freguesias da Batalha e do Reguengo, e tendo ouvido o Conselho do Distrito, depois de ter man-

dado responder a Câmara Municipal da Batalha e a Junta da Paróquia do Reguengo, de cujas respostas tenho a honra de passar ás mãos de V. Ex.ª as cópias inclusas para maior esclarecimento deste negócio, das quais se depreende claramente a repugnância que aqueles povos têm a semelhante anexação (entenda-se: os povos da Batalha e do Reguengo em relação à anexação à Comarca com a sede em Porto de Mós), cumprindo-me informar V. Ex.ª de que é exacto tudo quanto alegam relativamente aos motivos de conveniência porque preferem a actual divisão judicial à que se requer, não só por afectivamente os povos da Batalha têm de tempos antiquíssimos muito mais relação com este Concelho (de Leiria, enten-

da-se), sem falar da freguesia do Reguengo que sempre fez parte dele (do de Leiria), como pela constante indisposição que existe entre eles e os de Porto de Mós; além disto feita a alteração na actual divisão judicial, que se pretende, a Comarca de Leiria fica reduzida a menos de um julgado, pois tanto o da Batalha como o de Porto de Mós pertencem hoje a esta Comarca (de Leiria, entenda-se), que se compõe daqueles dois e do deste concelho, sem os quais fica reduzida a um só julgado, menos a freguesia do Reguengo como fica dito; e a nova Comarca de Porto de Mós apenas com três mil fogos, consideração esta que no meu entender não tiveram em vista os suplicantes a que se deve atender; nestes termos é minha opinião, com

a qual se conforma o Conselho (Distrital), que a formação da Comarca de Porto de Mós não pode ter lugar se não alterando-se toda a Divisão Judicial do Distrito e talvez a das Comarcas de Torres Novas e Tomar, porém se a criação da nova Comarca, de que se trata, que se faça tamanha alteração como é mister fazer-se, é sobre o que não me atrevo a interpor o meu parecer”. Notas: Creio que esta parte final do ofício do Governador Civil de Leiria é um tanto confusa, ou o que me chegou às mãos terá sio mal copiado. A Comarca de Porto de Mós acabou por se estabelecer, englobando o Concelho da Batalha e até hoje não se notaram incómodos ou falhas no seu funcionamento.

Por sua vez a grande freguesia do Reguengo integrou-se no Concelho da Batalha, podendo dizer-se que ela reforçou a viabilidade da nossa autonomia. Foi isto em 1855. Em 1916 separou-se, da do Reguengo, a freguesia de São Mamede. É curioso verificar que a Freguesia do Reguengo, que também englobou a do Alqueidão da Serra, foi uma das maiores freguesias do nosso País. Embora a histórica povoação normalmente nomeada apenas como Reguengo, se tivesse chamado de Reguengo da Magueixa, em 1910 passou a designar-se como Reguengo do Fetal. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (199)


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Economia

Orçamento municipal cresce 2,2 milhões de euros e mantém impostos m O documento revela “uma forte aposta nas atividades económicas e turismo, construção de equipamentos desportivos e requalificação de espaços verdes”

As “Grandes opções do plano 2020-2023” da Câmara da Batalha, divulgadas no final de outubro, preveem investimentos de 34 milhões de euros. A proposta de orçamento para o próximo ano é de 17,6 milhões. O documento, revelado no dia 29, considera “uma forte aposta nas atividades económicas e turismo, construção de equipamentos desportivos e requalificação de espaços verdes” e desta a “estratégia municipal” ao nível dos “programas de apoio à primeira infância e à população sénior, projetos de reabilitação dos centros urbanos e iniciativas de valorização ambiental”. No ano transato, o orçamento situou-se nos 15,4 milhões de euros, pelo que regista agora um crescimento de 11,4%, embora optando por “manter os impostos e taxas municipais nos valores mínimos, assegurando uma política fiscal mais favorável e que mais verbas de impostos devolve aos munícipes”. A taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) está fixada no valor mínimo legal de 0,3%, aplicando-se ainda o IMI familiar e a devolução de parte do IRS aos residentes no município. A Derrama, diz a autarquia, “é especialmente baixa para as pequenas empresas (90% do tecido em-

presarial e na sua maioria familiar), salientando também “a redução das comparticipações familiares nas atividades de tempos livres (ATL) e das refeições escolares, a gratuidade nos transportes escolares”. Os projetos de proteção aos idosos, através do apoio à construção de novas estruturas residenciais para idosos no concelho, bem como o desenvolvimento de ações de dinamização de políticas de “envelhecimento ativo”, como o projeto da Academia Sénior e a promoção da atividade desportiva (ginástica geriátrica e hidroginástica), também merecem destaque nos planos da autarquia, que destaca o facto de “a política de apoio à primeira infância conhecer em 2020 e anos seguintes um forte incentivo que visa estimular a natalidade, com estímulos financeiros aos novos nascimentos, e assegurar uma maior acessibilidade a creches”. Na componente de requalificação urbana, o executivo municipal refere que “2020 será o momento da conclusão das primeiras operações de reabilitação para a educação, um projeto realizado em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria e da requalificação do Largo da Praça da Fonte, no Reguengo do Fetal”. O novo pavilhão gimnodesportivo de São Mamede e a ampliação do pavilhão multiusos da Batalha, que representam um investimento de 2,5 milhões de euros e completam programa de qualificação do parque desportivo municipal, “justificada pelo aumento muito significativo de atletas jovens e da prática desportiva federada”, constituem os principais investimentos na área desportiva.

p O pavilhão de São Mamede é uma das obras previstas

p O apoio a atividades de seniores e à natalidade são prioridades “A sustentabilidade ambiental e a função cultural conhecem também em 2020 um forte incremento resultante de novas candidaturas na vertente da mobilidade suave, como os projetos da “Ecovia – Colipo ao Vale do Lena (Património Natural)” e da “Ciclovia Urbana da Vila da Batalha”, ou o programa de “Valorização das Pedreiras Históricas (Valinho do Rei, Caramulo e Pidiogo)”, com forte relevância nas componentes ambiental e patrimonial”, refere o município em comunicado. A autarquia conta ainda entre as suas prioridades para o próximo ano a ampliação e infraestruturação das áreas de localização empresarial do Concelho, “encontrando-se em exe-

cução a expansão da zona industrial da Batalha e o desenvolvimento da localizada em São Mamede”. As propostas de plano de

atividades e de orçamento do município para 2020 foram enviadas aos partidos da oposição, juntas de freguesia e às comissões mu-

“É um orçamento ambicioso”

nicipais de educação, cultura e juventude. A apreciação e votação em Assembleia Municipal está agendada para os finais deste mês.

“Este é um orçamento ambicioso, considerando o valor do ano transato e uma evolução (11,4%) suportada por uma boa execução dos fundos europeus. Portanto, crescemos em ambição, mas, fundamentalmente, conscientes daquilo que é o nosso empenho, rigor e forma transparente de trabalhar”, considera o presidente da câmara. “Delineados os objetivos e estratégia financeira do município para o ano de 2020, importa referir que as linhas de orientação para a elaboração e construção do orçamento se basearam em princípios de rigor, diálogo, partilha, transparência, contenção e racionalização”, adianta Paulo Batista Santos. Para o autarca, “realizar o orçamento será um exigente desafio com mais competências na educação e na saúde, mas ao mesmo tempo será um tempo de colher os frutos do trabalho de planeamento realizado nos últimos dois anos”. “O próximo ano será um período de confiança para os investidores, de concretização de novos projetos municipais de expansão de medidas ambientais, mas, sobretudo, será mais um ano de promoção de políticas centradas na educação, cultura e apoio à primeira infância, porque esses são os domínios que irão marcar o futuro do concelho da Batalha”, concluiu.


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Batalha Cultura

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Jornal da Batalha

Desporto

Abertas inscrições para a São Silvestre da Batalha m Encerram a 8 de dezembro, variando entre os seis euros (caminhada) e os nove a 12 euros (corrida). Estão limitadas a mil atletas e 300 caminheiros. Estão abertas as inscrições para a 7ª prova São Silvestre da Batalha, a 14 de dezembro, com organização do Atlético Clube da Batalha e apoio da câmara municipal. A prova é composta por uma corrida de 10 quilómetros, a São Silvestre Jovem (100 a dois mil metros) e uma caminhada de seis quilóme-

tros, com início às 17 horas, junto ao Mosteiro da Batalha. As inscrições encerram a 8 de dezembro (www.recordepessoal.pt), variando entre os seis euros (caminhada) e os nove a 12 euros (corrida). Estão limitadas a mil atletas e 300 caminheiros. No caso da corrida, custam 10 euros (federados da ADL nove euros) até 20 de novembro e 12 euros (11 euros) até 8 de dezembro. Por cada conjunto de 10 inscrições a organização oferece a 11ª. Para a São Silvestre Jovem são gratuitas. A corrida principal tem partida na rua Dona Filipa de Lencastre e chegada na rua Nossa Senhora do Caminho, junto ao Mosteiro da Ba-

p Provas junto ao mosteiro com mil participantes talha. A caminhada tem partida e chegada na rua Nossa Senhora do Caminho, às

17h10, em percurso comum com o da corrida. A organização atribui pré-

ARB voltou a encher a noite na vila de BTT

Benjamins do ACB apostam no ciclismo

p São sobretudo exercícios de destreza

Foto: Rui Gouveia

A Associação Recreativa Batalhense promoveu a 8ª edição da ARB Urban Night MTB, prova de resistência noturna de três horas (duas horas para os juniores), no dia 12 de outubro na Batalha. A prova contou com a participação em duplas femininas, masculinas e mistas, assim como de atletas do escalão e-bikes. A classificação geral ficou assim ordenada: 1) Diogo Almeida, Transfor, 3:04:20; 2) Diogo Txupa, Portelabike, 3:07:03; 3) Miguel Amâncio, New Oxygen/BTT Arelho, 3:07:56; 4º) Rui Bacharel, CPRA- do -B a rba s/A K Ipl a st / PVS, 3:09:36; 5) Vando Silva, Róodinhas/Santos Silva, 3:05:11; 6) Samuel Peres, Roda Livre Cartaxo Team-Quinta da Atela, 3:08:14; 7) Mauro Freitas, NewO-

mios e troféus ao primeiro masculino e feminino a cortar a meta da corrida São Sil-

vestre Batalha, e troféus aos três primeiros de cada escalão masculino e feminino. Serão atribuídos troféus ao primeiro batalhense (nascidos ou residentes) masculino e feminino, bem como às três melhores equipas. A classificação coletiva absoluta inclui os atletas juniores, seniores e veteranos (masculinos e femininos), contando para o efeito os quatro primeiros atletas de cada equipa. Vence a equipa com menor pontuação, sendo que ao lugar da classificação individual corresponde igual número de pontos para o somatório da equipa. Em caso de igualdade pontual vence a equipa com o quarto atleta melhor classificado.

p Esta foi a oitava edição da prova xygen/BTT Arelho Team, 3:08:24; 8) Afonso Marto, Quinta do Pôpa Cycling Team, 3:09:37; Hugo Gregó-

rio, Batalhabikers, 3:10:18, e 10) Diogo Venda, Fuas Bike Team/Lagarcar, 3:10:36.

FUTSAL. A guarda-redes do Centro Recreativo da Golpilheira, Diana Monteiro, de 21 anos, integrou pela segunda vez a convocatória de Luís Conceição para os trabalhos da principal seleção nacional de futsal feminino, para os jogos de preparação frente à Itália. Os encontros decorreram no início deste mês.

Os benjamins do Atlético Clube da Batalha (ACB) têm desde o início desta época treinos de ciclismo, às terças e sextas-feiras (18h30). Os atletas, com idades entre os cinco e 10 anos têm, assim, a possibilidade de experimentar outra modalidade e adquirir competências para além do atletismo. Os treinos, que envolvem para já 15 atletas, decorrem junto à zona desportiva da Batalha e as-

sentam essencialmente em exercícios de destreza. O prevê alargar a sua atividade, nos próximos meses, à natação ou modalidades com bola e, se o projeto em curso for bem-sucedido, poderá nascer uma secção de ciclismo ou de triatlo no ACB. Se o atual grupo de ‘ciclistas’ aumentar, poderão ser criados mais horários e no inverno, devido à instabilidade do tempo, os treinos podem ser adaptados.


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Necrologia Batalha

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HERCULANO REIS SOLICITADOR

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Joaquim Luís Joaquim

(86 anos) N. 24-12-1932 - F. 19-10-2019 Natural e Residente em Reguengo do Fetal AGRADECIMENTO Sua esposa Mª da Conceição Ludovina Ribeiro, filhas Idalina Ribeiro Luís Joaquim , Goreti Ribeiro Luís Joaquim e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que ao longo do tempo demonstraram carinho e preocupação e que agora, na hora do adeus o acompanharam até à sua última morada. As boas memórias são os nossos maiores tesouros e ajudam-nos a suportar a dor da perda…

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

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Amílcar Baptista Trovão

Celeste Vieira Bagagem

(85 anos) N. 28-12-1933 - F. 19-10-2019 Natural de Rebolaria Residia em Casal do Alho, Batalha AGRADECIMENTO Seu marido , António Vieira Bagagem, filhos José António Vieira Bagagem, Isabel Cristina Vieira Bagagem e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à sua última morada esperando que descanse em Paz. Mesmo depois da partida, aqueles que amamos estarão sempre presentes através das boas lembranças…

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós ( Loja D.Fuas)

Filomena Cereja da Silva

(76 anos) N. 22-07-1943 - F. 28-10-2019 Natural e Residente em Alcanadas, Reguengo do Fetal AGRADECIMENTO Sua esposa: Mª Lúcia Lino R. Baptista, filho: Alexandre Lino Baptista, nora: Graciete Sousa e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm desta forma agradecer todas as manifestações de apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada. Um agradecimento especial ao CPA do Reguengo do Fetal pelo carinho e dedicação para com o seu familiar.

(88 anos) N. 16-12-1930 - F. 26-09-2019 Natural de Costa, Maceira Residia em Casal do Relvas, Batalha AGRADECIMENTO Seus filhos António Azevedo, José Azevedo, Manuel Azevedo, Filomena Azevedo , Abílio Azevedo , Joaquim Azevedo , Jorge Azevedo, Vítor Azevedo , Carlos Azevedo , Elisabete Azevedo ,Paula Azevedo e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz.

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós ( Loja D.Fuas)

Para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Descansa em paz


A fechar

B

Semana cultural Está a decorrer até dia 17 a 25ª Semana Cultural da Golpilheira. Dia 14, às 21 horas há um colóquio intitulado “Reabilitação urbana da Golpilheira, que área?”, decorrendo nos dias seguintes outras atividades, assinalando-se a 17 o dia da freguesia.

NOVEMBRO 2019

Juros liquidados são 0,50 €/morador m Ocupa o 13º lugar no ranking nacional com o menor volume total de despesa paga em juros em 2018 e simulação desse custo por residente O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2018 coloca a Câmara da Batalha no 11º lugar dos municípios com menor volume de pagamentos de amortizações de empréstimos, com 91.884 euros, o que compara com o valor liquidado de 383.770 euros, em 2013, uma redução superior a 76%. A publicação, apresentada

pela Ordem dos Contabilistas Certificados, no dia 30 de outubro, destaca o município no 13º lugar no ranking nacional, com o menor volume total de despesa paga em juros em 2018 e simulação desse custo por habitante, tendo liquidado apenas 10.164 euros, o que representa 50 cêntimos por habitante. A câmara municipal encontra-se também colocada na 11ª posição nacional ao nível dos municípios com menor peso de pagamentos da despesa com pessoal na despesa total (apenas 17,9%), o que compara com o valor de 20,7% em 2014. “O Anuário Financeiro

dos Municípios mostra que a Câmara da Batalha é um dos municípios portugueses com menor endividamento, registando níveis de investimento per capita acima da média nacional e que tem optado por uma política de impostos e taxas municipais a valores mínimos, indicadores que confirmam uma gestão municipal de rigor e sem penalizar os munícipes”, destaca o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos. O ranking global nacional dos municípios, que resulta da análise de 11 indicadores incluindo o índice da dívida, o peso do passivo e o índice de liquidez - é liderado por

p Anuário financeiro refere resultados do Município da Batalha Sintra (município de grande dimensão), seguido pela Marinha Grande (autarquia de média dimensão, que lidera esta divisão). A região colocou mais oito concelhos entre os cem que apresentam maior eficiência financeira (Alcobaça, Bombarral, Porto de Mós, Leiria, Pombal, Al-

vaiázere, Caldas da Rainha e Castanheira de Pera). A tabela nacional dos municípios com maior equilíbrio orçamental é liderada por Leiria, surgindo ainda em destaque Alvaiázere (3ª posição), Pombal (5ª), Marinha Grande (16ª) e Alcobaça (17ª). No lado oposto encontram-se

Castanheira de Pera (2º com menor equilíbrio) e Figueiró dos vinhos (13ª posição). A publicação é da responsabilidade do Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade do IPCA e do Centro de Investigação em Ciência Política da Universidade do Minho. Publicidade

Fábrica e Escritório: Casal da Amieira 2440-901 Batalha Apartado - 201 Telefones: 244 765 217 244 765 526 I 244 765 529 Fax: 244 765 529

Visite a maior exposição da zona centro junto à Exposalão Batalha

Sócio-Gerente Luis Filipe Miguel - 919 937 770 E-Mail: granicentro@granicentro.pt Home page: www.granicentro.pt


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