JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO DE OUTUBRO DE 2019

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PORTE PAGO

| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXIV Nº 351 | OUTUBRO DE 2019 |

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Emigrante da Torre condenado a sete anos por matar cliente

Lixo lançado junto a rios revela falta de educação

Legislativas: PSD garante vitória mas a menor distância do PS

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Câmara paga requalificação do centro de saúde e exige médico

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Pedreiras: pelo Caramulo e todos contra a Barrosinha

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outubro 2019

Jornal da Batalha

Espaço Público s A Opinião de André Loureiro Presidente do PSD da Batalha

Perguntas sem resposta “Qual é a importância da gaguez na política?”, “deus existe e apoia certa pessoa?” e “as férias do primeiro-ministro são tema essencial para uma campanha política? - são algumas das perguntas que alguns intencionalmente fizeram e muitos responderam a coberto do anonimato. Mas questiono eu: será que responderam mesmo, ou simplesmente quiseram influenciar opinião, gerar confusão ou mesmo denegrir pessoas? Ler os comentários anónimos que circulam nas redes sociais com meros objetivos políticos ou económicos é um dos momentos mais deprimentes a que qualquer ser humano se pode sujeitar, a não ser que queira saber até que pon-

to vai o estado de inveja de tais sujeitos ou questionar-se sobre a mais-valia destas pessoas que perdem o seu tempo em insultos e mais insultos. Claro que, na maioria das situações, todos compreendemos o objetivo destes alegados anónimos (muitas vezes representam interesses bem identificados), que comentam e partilham e nada mais visam do que ridicularizar os adversários ou destruir opções políticas que mexem com as suas conveniências, sendo uma prática, infelizmente, que atravessa todos quadrantes políticos. Aliás, não se pense que o insulto cobarde de quem se esconde por detrás da cortina do anonimato é um

problema das redes sociais, pelo contrário, na nossa terra é bastante comum o recurso à “carta anónima” dirigida à imprensa ou às entidades fiscalizadoras, com o intuito de lançar a suspeita ou o boato sobre determinado adversário ou vizinho que se pretende atingir. A única diferença na nossa terra, como todos mais ou menos nos conhecemos, o anonimato na redes sociais ou nas denúncias sem rosto, é como como diz o ditado, “mentira tem perna curta” e o diabo sempre “atento”, pelo que mais cedo ou mais tarde, todos identificamos os líderes da rebelião anónima ou do movimento do insulto. E conhecendo-se os responsáveis, facilmente se identificam os

objetivos que na sua maioria se resumem a questões de interesse particular ou de um pequeno grupo de contestatários. Todavia, a questão central que pretendo alertar é de facto grave e sintomática dos tempos que vivemos. Refiro-me ao provocador que fala sem constrangimentos, mas sob anonimato ou usando falsas identidades, o que lhe permite escrever o que lhe ocorrer sem se responsabilizar pela justeza ou pelo sentido do que diz. Naturalmente, isto inquina qualquer debate, banalizando muitas vezes a mentira, a calúnia, o embuste, a insensibilidade ou a simples tolice, apresentados como opinião pessoal ou uma expressão de liber-

dade!? Essa prática tão presente na campanha eleitoral para a Assembleia da República, como já foi no passado nas eleições autárquicas, deve ser denunciada e rejeitada, porque contamina a credibilidade das instituições e sobretudo conduz a uma sociedade sem valores que apenas favorece os extremistas ou os oportunistas sem rosto. Tenho para mim que em democracia esconder a cara não pode ser senão uma forma de desresponsabilização e uma marca de vergonhosa cobardia. Não é de uma, ou de outra, por certo, que precisamos para construir uma sociedade melhor governada e mais justa. Por isso, a terminar, dei-

xo eu também uma pergunta sem resposta: será que os cidadãos se deixam influenciar por este tipo de pessoas que apenas atuam na sombra? Ou que uma vez mais vão rejeitar a calunia e a mentira?

s A Opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha

A boa gestão dos baldios Os baldios são terrenos geridos por comunidades locais, normalmente localizados em serras e sendo objeto de exploração de matos para a cama do gado e para a produção de estrume, bem como usados como pastagens para o gado de menor porte (ovelhas e cabras). À medida que as populações foram abandonando a pequena agricultura de subsistência, a importância dos baldios foi-se reduzindo e começaram a ser deixados ao abandono, o que levou a que alguns “chicos espertos” tenham inscrito na matriz, em seu nome, parcelas do baldios, usurpando/roubando assim terrenos que eram da comunidade. Como os baldios foram praticamente deixados ao abandono, surgiu a neces-

sidade de existir quem os gerisse, tendo em muitas situações no país passado a gestão para as freguesias, como aconteceu no nosso caso com as freguesias de São Mamede e do Reguengo do Fetal. A legislação mais recente sobre a gestão dos baldios encontra-se plasmada na Lei 75/2017, que revogou a Lei 68/93. Claro está que as comunidades locais, organizadas e motivadas para efetuarem uma boa gestão dos baldios, estão sempre a tempo de reclamar essa gestão e mostrar serviço, mormente gerindo melhor os baldios, rentabilizando-os e protegendo-os. Sendo na maior parte dos casos floresta, a mesma terá que ser bem ordenada e gerida e se assim for, nada me-

lhor do que a criação de uma ou mais ZIF – Zona de Intervenção Florestal, incluindo os baldios e os terrenos privados confinantes, cujos proprietários desejarem participar. Eu sou proprietário de alguns pequenos terrenos florestais, que disponibilizo para integrarem uma dessas ZIF. Fica aqui desde já a manifestação da minha vontade. Já abordei aqui este tema diversas vezes, mas as entidades públicas têm orelhas moucas ou demasiado que fazer e nada tem sido feito nesta matéria. Esta será a única forma de evitar/minimizar os incêndios, rentabilizando a floresta com madeira, rebanhos e culturas rentaveis, deixando a floresta de ser um encargo para passar a ser um rendimento.

Tudo isto vem a pretexto da discussão pública para a abertura de pedreira de blocos na Serra da Barrosinha, no Reguengo do Fetal, num terreno maioritariamente baldio. O calcário é necessário e só pode ser explorado na serra, onde existe. As pedreiras geram sempre impactos negativos. No caso dos blocos e, genericamente, ainda se acrescenta no país pouco valor, exportando os blocos em bruto, uma matéria prima finita. Assim sendo, têm que existir grandes e especiais cuidados com a localização das pedreiras, especialmente das novas pedreiras, o que não aconteceu neste caso, com as autoridades locais, que agora foram obrigadas a correr atabalhoadamente atrás do prejuízo.

Não haveria outra localização possivel? Com menos impactos? Certamente que haveria. E com esses cuidados a voz dos fundamentalistas, que clamam para que não existam mais pedreiras, talvez não se ouvissem. Se não existirem pedreiras como se produz o cimento? Como se produzem grande parte dos materiais de construção? Ou todos vivem em casas de madeira? Acima de tudo deve existir bom senso. Cometeram-se erros grandes no passado. É verdade. Existem muitos maus exemplos? Existem. Mas isso não é razão para se extinguir uma atividade económica importante. Devem sim, existir cuidados para se encontrarem os locais mais adequados e que menos impactos criem para

as populações, especialmente em novas unidades e, convenhamos, que o caso em presença de 12 campos de futebol escavados na serra, em encosta, virados para o Reguengo, para o Celeiro, para o Alqueidão, para Leiria, para a Maceira, para a Nazaré e para a Berlenga, nos tempos que correm, seria demais.


Jornal da Batalha

Espaço Público Opinião

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s A Opinião de Augusto Neves Jurista e presidente da Concelhia da Batalha do PS

A ética na política e as pedreiras Importa referir que, por razões editoriais, este texto foi escrito antes do dia 6/10. As recentes intervenções do senhor presidente da câmara no Dia do Município e do senhor presidente da concelhia do PSD, em dois escritos publicados neste jornal, dão à tona uma insegurança manifesta de quem quer contrapor, mas não tem argumentos; de quem se quer afirmar, mas vê a afirmação alheia, no fundo são intervenções de quem demonstra incapacidade para reagir a uma oposição do Partido Socialista, firme, convicta, clara e concisa a que não estavam habituados. E então respondem com os cheiros da terra e com o perigo que alguns podem representar para a vida publica porque procuram nos partidos políticos interes-

ses pessoais e dos seus amigos e camaradas de partido, mas não a nobreza da politica. Será que ambos perderam a noção da sua e da nossa localização geográfica? Sim, porque nós estamos na Batalha, onde o PSD e a câmara, ou câmara e o PSD, dominam tudo que é instituição. Agora parece que também querem tomar conta dos bombeiros. Portanto, meus senhores, essa de vir dizer que os outros podem tomar conta disto tudo mais não é do que um apelo aos amigos, aos tios, aos primos, para não se descuidarem porque podem perder o tacho. Só que a matriz está errada. O Partido Socialista, ganhando a câmara, tratará todos por igual e não promoverá nenhuma limpeza ao jeito do que tem sido fei-

to pelo PSD. Quanto à rábula das pedreiras, confrontámos na última Assembleia Municipal o senhor presidente da câmara porque é que assinou o contrato com a Mármores Vigário, no dia 16 de junho de 2016, sob a sua forma mais nobre que é a sua redução a escritura pública, se não queria explorar a pedreira no Reguengo e ele respondeu que foi convidado a assinar. Deve ser alguma nova formulação jurídica criada pelo senhor Paulo Batista que confere à câmara legitimidade contratual, porque não consta dos manuais de Direito. O senhor presidente tem-se desfeito em explicações e malabarismos, já só lhe faltando fazer o pino para justificar que nunca foi sua intenção fazer exploração de pedra em tal sitio.

Mas a ser assim, então, celebrou com a Mármores Vigário um contrato de má fé que, como sabemos, pode dar lugar à indemnização do outro contratante. Mas adiante vermos qual a verdadeira intenção do senhor presidente: consta da ata da câmara que antecedeu a celebração desse contrato o seguinte: “Presente a proposta nº 60/2016/GAP emitida em 20.06.2016 pelo senhor presidente da câmara e que diz o seguinte: considerando que no concelho da Batalha existem diversos terrenos baldios, a pesquisa de massas minerais constituirá uma mais valia no sentido de um potencial aproveitamento económico dos recursos naturais existentes no concelho. A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia do Reguengo do Fetal reconhecem o

interesse económico do aproveitamento dos recursos minerais existentes na região. A Mármores Vigário apresentou proposta de realização de pesquisa de massa mineral em terreno baldio sito em Barrosinha. Por isso proponho que o executivo delibere a celebração do contrato com a Mármores Vigário, pagando esta à junta a quantia de 1.500 euros anuais”. E para compor a coisa, o senhor presidente da Junta do Reguengo comprometeu-se, em declaração escrita e datada de 08 de agosto de 2019, em que o contrato de arrendamento a celebrar com a Mármores Vigário para exploração da chamada pedreira da Barrosinha será assinado no prazo de 365 dias. Portanto, já se vê que nenhum deles alguma vez

teve intenção de contratar a exploração da referida pedreira. Pois é senhor presidente Paulo Batista, esta coisa da ética e da verdade parece que tem alguma dificuldade em acompanhá-lo.

s Baú da Memória Por José Travaços Santos

Dois bons presentes para os novecentos anos de Portugal Um povo sem orgulho da sua História é um aglomerado informe de gente desmotivada do trabalho por uma causa comum, como o da Pátria, sobrepondo-lhe os seus interesses individuais ou os dum grupo que lhos poderá satisfazer ou, pelo menos e o que é a realidade, criar-lhe a ilusão do que o fará. Denegrir-lhe a memória histórica é hábil ardil de quem o quer dominar, o que se percebe facilmente: que povo se empenhará na tarefa colectiva de engrandecer o seu país se tiver a consciência pesada pelos actos condenáveis, ainda por cima empolados, dos seus antepassados? Que povo não se deixará dominar facilmente se se sentir diminuído e envergonhado por memórias infamantes? Estamos a assistir à montagem de cenários inquie-

tantes, no que diz respeito aos nossos Descobrimentos, desvirtuada já a intenção que presidia ou deveria presidir à criação de um grande museu que teria de ser de averiguação, de estudo e de tentativa de explicação do espantoso fenómeno de como um pequeno povo, então como agora dos mais pequenos da Europa, ainda a sair da Idade Média, consegue, antes de qualquer outro país europeu, tudo obra do seu génio e da sua criatividade, do seu esforço e da sua coragem, descobrir novos mares, novas terras, novos ventos e novas estrelas, adaptar, senão inventar, os navios que deviam sulcar o desconhecido, dar a conhecer meio mundo à outra sua ignorada metade e assim inaugurar, antes de mais ninguém, a Idade Moderna. Sob o impulso dos nossos

antepassados, tudo se desenvolveu: a navegação, a astronomia, a meteorologia, a construção naval, a cartografia, a geografia… E o que está tragicamente a suceder com os Descobrimentos acontece com a Língua Portuguesa, desprezada pelos governos, pelas universidades e pelas academias, eivada de termos ingleses, que longe de a enriquecerem a empobrecem pela eliminação constante e crescente dos termos portugueses, tudo agravado por um equívoco acordo (?) ortográfico. Recordo que no Brasil há dois museus da Língua Portuguesa e que em Portugal não há nenhum. Seriam estes dois museus que constituiriam os presentes mais significativos para um país a completar novecentos anos de existência.


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Jornal da Batalha

Atualidade

Ninguém quer a exploração de pedra na Barrosinha m Estão todos contra: câmara municipal, assembleia municipal, assembleia de freguesia e assembleia de compartes. Consulta pública de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) em análise

p Exploração na Barrosinha recusada por diveros órgãos locais

A Assembleia de Freguesia do Reguengo do Fetal recusou por unanimidade a exploração da pedreira da Barrosinha, em terrenos baldios, cujo processo de licenciamento se encontra desde o dia 7 deste mês em análise da consulta pública de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA). A decisão baseia-se no facto de os terrenos referentes à exploração “serem administrados pela Junta de Freguesia do Reguengo do Fetal”. Na assembleia de freguesia houve “diversas intervenções de moradores a reclamarem uma ação efetiva dos autarcas da freguesia no sentido de travar a instalação de novas pedreiras”. No final da reunião, no dia 19 de setembro, Paulo Pires, presidente do órgão autárquico, deixou a sugestão de criação de um grupo de trabalho composto por elementos do executivo local e da Comissão de Defesa do Reguengo do Fetal – Pedreiras só com História, visando delinear estratégias para impedir a proliferação de pedreiras no Reguengo do Fetal. A exploração da pedreira da Barrosinha previa o pagamento de 2.500 euros mensais à junta de fregue-

sia, como revelou o presidente desta autarquia, Horácio Sousa. As verbas seriam canalizadas de “forma equitativa” para as associações da freguesia e para financiar as obras de melhoramento do campo de futebol (piso sintético, novos balneários e iluminação”. A sessão decorreu no salão paroquial, quando habitualmente acontece nas instalações da autarquia, devido à participação de meia centena de moradores. Também os compartes dos baldios do Reguengo do Fetal chumbaram a instalação de uma exploração de pedra na pedreira da Barrosinha, numa assembleia geral extraordinária promovida a 29 de setembro, na Casa do Povo da freguesia. Os de 130 participantes aprovaram, em reunião à porta fechada, a invocação da nulidade da delegação de poderes à junta local da gestão dos terrenos baldios e elegeram Rogério Capela como presidente do conselho diretivo da Assembleia de Compartes. COMISSÃO REÚNE COM GALAMBA A Comissão de Defesa do Reguengo do Fetal – Pedreiras só com História reuniu com o secretário de Estado da Energia, a quem deu conta da “ameaça que paira sobre a população do Reguengo do Fetal”, resultante de pedidos de licenciamento de novas pedreiras na freguesia. No encontro, no dia 17 de setembro, o presidente da assembleia-geral da comissão, Fernando Breda, entregou a João Galamba “uma exposição técnica fundamentada da posição relativamente à consulta pública de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), enqua-


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Atualidade Batalha

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Câmara quer classificar pedreira do Caramulo drando o que está em causa de forma detalhada”. “Destacámos o património natural, histórico e cultural que importa preservar, explicámos o que está em causa relativamente aos efeitos na população local decorrentes da eventual existência de novas explorações de massas minerais, cumulativamente com os impactos que nos últimos anos foram trazidos para os lugares da freguesia e limítrofes, de forma sucessiva (subestação da REN, IC9, parques eólicos a norte e a sul, linhas de média e alta tensão, explorações de massas minerais em atividade)”, explica Fernando Breda. “Demos ainda conta da sensação de impunidade relativamente a abusos que são cometidos, evidentes nos elementos que foram entregues”, adianta o presidente da assembleia-geral da comissão, considerando que o governante “ficou sensibilizado e irá inteirar-se desde já do processo em fase de consulta, tendo em conta o que lhe foi

apresentado, não deixando naturalmente de estar atento aos restantes casos com pedidos de autorização administrativa em curso”. “É simbólico este ato, e confiamos, naturalmente, nas diligencias que irão ser promovidas, mas é preciso mais”, alerta. Por isso, Fernando Breda convida “todas as entidades a abraçarem esta causa e a fazerem o que está ao seu alcance no sentido de libertar a população dos lugares do Reguengo do Fetal do flagelo que constitui o crescimento exponencial de pedidos de explorações de massas minerais”. “A reação tardia ou a simples participação por ocasião das consultas públicas não chegam; é importante vir ao terreno e esclarecer as populações; é necessário promover e dinamizar ações concretas, desenvolver e divulgar estudos; é fundamental sensibilizar ativamente as diversas entidades que intervêm nos processos de licenciamento”, conclui.

p Fernando Breda com João Galamba

p Assembleia municipal está contra novas pedreiras A Câmara da Batalha anunciou no dia 1 deste mês que vai avançar com o procedimento administrativo relativo à classificação da “Pedreira Histórica do Caramulo”, na Freguesia de Reguengo do Fetal, como “Sítio de Interesse Municipal”, com a correspondente fixação de uma zona especial de proteção. Na proposta, o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, defende que “as evidências científicas existentes permitem sustentar sem margem para dúvida que a pedreira em causa corresponde a um dos locais de onde foi extraída a pedra que serviu para a construção do Mosteiro da Batalha e para os trabalhos de recuperação do monumento, após o terramoto de 1755”. “De acordo com informações técnicas, a pedreira do Caramulo encontra-se me excelente estado de conservação e constituí um bom exemplar do longo e árduo processo construtivo do Mosteiro da Batalha, no qual foram usados de forma intensiva os recursos minerais da região do Reguengo do Fetal, onde, recorde-se, já foram identificadas e classificadas as Pedreiras de Valinho do Rei e de Pidiogo”, explica a autarquia em comunicado. A câmara municipal “vai agora instruir o processo técnico junto da Direção Regional de Cultura do Centro, atendendo à neces-

sidade da sustentação da classificação da pedreira em causa como “Sítio de Interesse Municipal” e que carece de parecer prévio favorável da Direção Geral do Património Cultural”. “A partir da abertura do procedimento de classificação, os bens imóveis em vias de classificação beneficiam automaticamente de uma zona geral de proteção provisória de pelo menos 50 metros em torno dos seus limites externos, cujos efeitos persistem até à publicação da respetiva zona especial de proteção destinada a salvaguardar o enquadramento paisagístico e condições de preservação e fruição e do bem imóvel classificado”, destaca Paulo Batista Santos. ASSEMBLEIA RECUSA MAIS PEDREIRAS A Assembleia Municipal da Batalha aprovou por unanimidade uma moção em que demonstra a sua “firme oposição ao licenciamento de novas explorações de pedreiras na zona envolvente da Torre e Reguengo do Fetal” Na sua sessão de dia 19 de setembro, os deputados do PSD, PS e CDS-PP, “associam-se à posição aprovada pela câmara municipal que, no dia 02 de setembro, pronunciou-se desfavoravelmente sobre o plano de exploração da pedreira na Barrosinha”, que se encontra em fase de análise da

p Aspeto da pedreira do Caramulo discussão pública de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA). O documento será enviado ao Ministro do Ambiente, que tutela a entidade responsável pelo licenciamento de pedreiras (Direção Geral de Energia e Geologia) e à entidade coordenadora da avaliação de impacte ambiental (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro). No caso da pedreira da Barrosinha, os deputados assentam a sua decisão no facto de “a zona definida sobrepor-se com áreas de proteção, infraestruturas e projetos de valorização turístico-patrimonial de administração municipal, nomeadamente o processo de classificação e proteção do painel turístico em azulejo da extinta companhia aérea

Pan Am”. Por outro lado, adiantam, “interfere com o traçado definido do projeto da maior relevância ambiental, cultural e turística, designado por percurso pedestre Rota das Pedreiras Históricas Medievais”. A posição da assembleia municipal será também enviada ao Ministério da Cultura, pedindo “maior celeridade na conclusão dos processos em curso de ampliação da Zona Especial de Proteção dos Sítios de Interesse Municipal das pedreiras históricas de Valinho do Rei e Pidiogo, de proteção da pedreira histórica do Caramulo e de classificação do painel turístico em azulejo da extinta companhia aérea Pan Am”.


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Batalha Atualidade

Jornal da Batalha

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PSD ganha no concelho mas perde votos mConseguiu um

35,95% - não votaram 4.998 batalhenses. Em 2011, quando concorreu sozinho a última vez, o PSD conseguiu 54,20% da votação (4.826 votos), à frente do PS, 15,34% (1.366); CDS 14,80% (1.318); BE, 4,98 (443); CDU, 1,98% (176) e PAN, 1,24 (110 votos). Passados quatro anos, em 2015, a coligação Portugal à Frente (PSD/CDS) venceu as eleições legislativas na Batalha, com 59,34% dos votos (5.085). O PS ficou em 2º lugar 17,20% (1.474 votos); seguindo-se o BE, 8,18% (701); CDU, 2,15 (184); PDR, 1,68% (144) e PAN, 1,25% (107).

resultado inferior aos que obteve coligado com o CDS (2015) e quando se apresentou sozinho a última vez (2011) O PSD venceu as eleições legislativas na Batalha, disputadas no dia 6 deste mês, com 39,77% dos votos (3.297 votos), mas com um resultado inferior aos que obteve coligado (2015) e quando se apresentou sozinho a última vez (2011). O PS foi o segundo partido mais votado, com 24,35%, ou seja, 2.019 votos, seguindo-se o BE, com 8,02% (665 votos), CDS, com 7,97% (661 votos), PAN, com 2,62% (217 votos) e CDU, com 2,03% (168 votos). A abstenção no concelho foi de 40,76%, ou seja, não votaram 5.704 dos 13.994 eleitores inscritos. Há quatro anos a abstenção foi de

Concelho da Batalha 2019

2015

Votos

Resultado

2011

Votos

Resultado

Resultado

PPD/PSD

39,77%

3 297

59,34%*

5 085*

54,20%

4 826

PS

34,77%

PS B.E.

-31,68%

2 019

17,20%

1 474

15,34%

1 366

47,80%

8,02%

665

8,18%

701

4,98%

443

50,11%

CDS-PP

7,97%

661

0,00%

0

14,80%

1 318

-49,85%

PAN

2,62%

217

1,25%

107

0

0

0,00%

PCP-PEV

2,03%

168

2,15%

184

1,24%

110

52,73%

IL

1,35%

112

0,00%

0

1,98%

176

-36,36%

CH

1,29%

107

0,00%

0

0

0

0,00%

A

1,00%

83

0,00%

0

0

0

0,00%

R.I.R.

0,95%

79

0,00%

0

0

0

0,00%

L

0,82%

68

0,75%*

64*

0

0

0,00%

PCTP/MRPP

0,57%

47

0,72%

62

0,83%

74

-36,49%

PNR

0,37%

31

0,48%

41

0,36%

32

-3,13%

PDR

0,34%

28

1,68%

144

0

0

0,00%

MPT

0,30%

25

0,37%

32

0,36%

32

-21,88%

PTP

0,27%

22

0,28%*

24*

0,28%

25

-12,00%

NC

0,27%

22

0,40%

34

PURP

0,24%

20

0,28%

24

0

0

0,00%

0,00%

PPM

0,24%

20

0,36%

31

0,19%

17

17,65%

JPP

0,17%

14

0,21%

18

0

0

0,00%

MAS

0,06%

5

0,00%

0

0

0

0,00%

PPV

0,00%

0

0,00%

0

0,16%

14

-100,00%

POUS

0,00%

0

0,00%

0

0,17%

15

-100,00% -100,00%

MEP

0,00%

0

0,00%

0

0,38%

34

Em Branco

4,13%

342

3,66%

314

2,91%

259

32,05%

Nulos

2,87%

238

2,68%

230

1,83%

163

46,01%

Votantes

59,24%

8.290 (13.994

60,12%

inscritos)

* PTP-MAS

8569 (14.253 inscritos)

64,05%

8.904 (13.902

-7,406%

inscritos)

* L/TDA

Distrito de Leiria

Batalha

PPD/PSD

Votos

24,35%

Freguesias da Batalha Resultado

Votos

B.E.

* PPD/PSD.CDS-PP

Partidos

Variação 2019/2011

Partidos

Golpilheira Partidos

Resultado

1 502

PPD/PSD

26,18%

1 131

PS

10,09%

436

CDS-PP

CDS-PP

7,71%

333

PAN

2,78%

PCP-PEV

2,52%

IL

1,60%

CH R.I.R.

Reguengo do Fetal Votos

Partidos

Resultado

37,64%

326

PPD/PSD

25,52%

221

PS

9,12%

79

CDS-PP

B.E.

8,55%

74

120

PAN

3,00%

109

PCP-PEV

1,96%

69

IL

1,37%

59

1,04%

45

A

1,02%

L PCTP/MRPP

São Mamede

Leiria

Votos

Partidos

Resultado

Partidos

Resultado

36,07%

400

PPD/PSD

53,58%

1 069

PPD/PSD

33,52%

74 961

5

32,19%

357

PS

15,54%

7,12%

79

CDS-PP

8,52%

310

PS

31,07%

69 482

4

170

B.E.

9,36%

20 925

B.E.

5,50%

61

B.E.

4,71%

1

94

CDS-PP

5,32%

11 905

-

26

PAN

3,07%

34

PAN

17

PCP-PEV

2,16%

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CH

1,85%

37

PCP-PEV

4,26%

9 537

-

1,30%

26

PAN

2,87%

6 413

1,62%

14

CH

1,35%

15

-

A

1,00%

20

CH

1,49%

3 321

-

A

1,50%

13

R.I.R.

0,99%

CH

0,81%

7

IL

0,90%

11

IL

0,95%

19

A

0,98%

2 183

-

10

PCP-PEV

0,90%

18

IL

0,92%

2 054

44

L

0,81%

7

L

0,63%

-

7

R.I.R.

0,90%

18

L

0,92%

2 053

-

0,90%

39

R.I.R.

0,58%

5

A

0,67%

29

NC

0,46%

4

PCTP/MRPP

0,54%

6

L

0,75%

15

R.I.R.

0,74%

1 653

-

0,45%

5

PCTP/MRPP

0,55%

11

PCTP/MRPP

0,73%

1 631

PNR

0,49%

21

MPT

0,35%

3

-

PNR

0,45%

5

PDR

0,40%

8

MPT

0,30%

667

NC

0,32%

14

PDR

0,35%

-

3

MPT

0,36%

4

PTP

0,35%

7

PNR

0,28%

622

-

PDR

0,30%

13

PPM

0,35%

3

PDR

0,36%

4

MPT

0,30%

6

NC

0,26%

583

-

MPT

0,28%

12

PTP

0,28%

12

MAS

0,23%

2

PPM

0,27%

3

PURP

0,25%

5

PDR

0,24%

546

-

PCTP/MRPP

0,23%

2

JPP

0,18%

2

JPP

0,20%

4

PPM

0,22%

492

PURP

0,25%

-

11

PNR

0,23%

2

PTP

0,18%

2

NC

0,20%

4

PURP

0,22%

486

-

PPM JPP

0,23%

10

PURP

0,23%

2

PURP

0,18%

2

PPM

0,20%

4

PTP

0,17%

380

-

0,16%

7

JPP

0,12%

1

MAS

0,09%

1

PNR

0,15%

3

JPP

0,10%

217

-

MAS

0,05%

2

PTP

0,12%

1

NC

0,00%

0

MAS

0,00%

0

MAS

0,07%

167

-

Em Branco

4,28%

185

Em Branco

3,46%

30

Em Branco

4,15%

46

Em Branco

4,06%

81

Em Branco

3,67%

8 202

-

Nulos

2,71%

117

Nulos

2,77%

24

Nulos

2,80%

31

Nulos

3,31%

66

Nulos

2,30%

5 152

-

Votantes

57,8%

Votos

4.320

(7.474 inscritos)

Votantes

65,11%

866

(1.330 inscritos)

Votantes

58,18%

1.109

(1.906 inscritos)

Votantes

60,75%

Votos

1.995

(3.284 inscritos)

Votantes

53,88%

Votos

223.632

(415.065 inscritos)

Deputados

-


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

outubro 2019

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Emigrante da Torre condenado por matar cliente “sem querer” m O tribunal de Créteil deu como provado que o homicídio foi negligente. Carlos Soares quis convencer a vítima a calar-se de faca em punho e deu-se o acidente Um português natural da Batalha foi agora condenado na sete anos de cadeia por ter assassinado à facada um cliente no restaurante de que é proprietário, nos arredores de Paris, na madrugada do dia 6 de janeiro de 2017. Carlos Soares, de 49 anos, dono do restaurante Continental, em Ormesson-sur-Marne, atingiu mortalmente um dos melhores clientes do estabelecimento, pelas 01h30, alegando que “foi sem querer”. O emigrante natural da

Torre, freguesia de Reguengo do Fetal, estaria a beber com os clientes quando se desentendeu com David Alves Silva, de 27 anos, natural de Figueira de Castelo Rodrigo. Naquela noite, a 6 de janeiro de 2017, decorria um festival português, e Carlos Soares vivia preocupado com a necessidade de controlar os clientes barulhentos para evitar os protestos dos vizinhos. David Alves Silva, com 2,27 g/l de álcool, desentendeu-se com outro cliente por causa de chouriço e foi para a rua bater em grades de metal. Foi então que o homicida o confrontou de faca em punho, acabando por o atingir. A maioria das testemunhas ouvidas em tribunal afirmou ter-se tratado de um acidente. A discussão começou no interior do estabelecimen-

p Carlos Soares, dono do restaurante Continental to (restaurante e bar), onde estariam umas 25 pessoas. O tribunal de Créteil deu como provado que o homicídio foi negligente – o condenado saiu do café de faca de cozinha em punho para conven-

cer o cliente a não fazer barulho, mas um movimento involuntário e simultâneo de ambos terá causado golpe no peito da vitima. O agressor abandonou o local de carro, mas voltou

pouco depois e foi detido pelas autoridades policiais. A arma do crime foi encontrada limpa no contentor do lixo junto ao restaurante. David Alves Silva, residente em Noisy-le-Grand, Seine-

-Saint-Denis (a 15 quilómetros do local do crime), estava em França há cinco anos e trabalhava na construção civil. Era casado e deixou dois filhos, então um de cinco anos e outro de sete meses.


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Batalha Atualidade

Jornal da Batalha

outubro 2019

Município combate vespa asiática com uma centena de operações m A campanha tem decorrido com particular atenção na freguesia de São Mamede, em colaboração com a Bicavadinha Natura, Associação de Apicultores da Região de Leiria e os bombeiros voluntários O plano de controlo da vespa asiática no Concelho da Batalha registou este ano, até 19 de setembro, “uma centena de operações de limpeza” e “todos os ninhos identificados foram destruídos”, na sequência da colaboração de várias entidades do concelhho. A campanha de combate à vespa asiática tem decor-

rido com particular atenção na freguesia de São Mamede, em colaboração com a Bicavadinha Natura, Associação de Apicultores da Região de Leiria e os Bombeiros Voluntários da Batalha, que têm colaborado na identificação e destruição dos ninhos. Em caso de presença de ninho suspeito, deve ser contactado o Serviço Municipal de Proteção Civil da Batalha, Gabinete de Serviços Veterinário ou a Linha SOS Ambiente. No caso em que seja possível, é útil o envio de fotografias do ninho e/ou das vespas. A vespa velutina nigrithorax, ou vespa velutina, é uma espécie não-indígena, predadora da abelha europeia (Apis mellifera). Esta vespa asiática, proveniente

de regiões tropicais e subtropicais do norte da India, do leste da China, da Indochina e do arquipélago da Indonésia, ocorre nas zonas montanhosas e mais frescas da sua área de distribuição. A sua introdução involuntária na Europa ocorreu em 2004 no território francês, tendo a sua presença sido confirmada em Espanha em 2010, em Portugal e Bélgica em 2011 e em Itália em finais de 2012. Na época da primavera constroem ninhos de grandes dimensões, preferencialmente em pontos altos e isolados. Esta espécie distingue-se da espécie europeia vespa crabro pela coloração do abdómen (mais escuro na vespa asiática) e das patas (cor amarela na vespa asiática).

p Desenvolvidas mais de uma centena de ações de limpeza Os principais efeitos da presença desta espécie não indígena manifestam-se em várias vertentes, sendo de realçar: na apicultura - por

se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas; para a saúde pública – não sendo mais agressivas que a espécie europeia, no

caso de sentirem os ninhos ameaçados reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros.

Carvalho do Padre Zé no “Monumental Trees”

p Tem quase seis metros de perímetro de tronco O Carvalho do Padre Zé, que se encontra na Freguesia do Reguengo do Fetal, já foi dado a conhecer ao mundo. O grupo Aves da Batalha inscreveu este carvalho centenário no site “Monumental Trees”, onde constam quase 40 mil árvores

monumentais a nível mundial. Agora qualquer pessoa de qualquer parte do mundo pode ficar a conhecer este impressionante carvalho-cerquinho ou carvalho-português (Quercus faginea broteroi), que possui

quase seis metros de perímetro de tronco e mais de 20 metros de altura. Este é o quarto maior carvalho desta espécie que existe na Península Ibérica. E pode bem ser o maior exemplar do mundo da subespécie broteroi.


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Atualidade Batalha

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Aves da Batalha recolheu lixo junto aos cursos de água m IV Caça ao Lixo decorreu em duas áreas em simultâneo: na Ribeira da Calva e no vale do rio Lena, próximo da Golpilheira O grupo Aves da Batalha promoveu no 29 de Setembro a IV Caça ao Lixo no concelho, em duas áreas em simultâneo: na Ribeira da Calva, entre a Rebolaria e o Casal de Santa Joana, e zona do vale do rio Lena, próximo da Golpilheira. “O primeiro local, onde passa um pequeno efluente do rio Lena, nunca tinha sido intervencionado e como foi alvo de uma desmatação decidimos actuar o mais rapidamente possível. O segundo, próximo do rio Lena e pertencente à freguesia da Golpilheira, é um local cró-

nico de deposição de lixo e de entulho. Já tinha sido limpo no âmbito de uma atividade realizada com a escola da freguesia em maio”, explica João Tomás, um dos elementos do Aves da Batalha. O grupo responsável pela área que acompanha a Ribeira da Calva contou com a participação de 11 batalhenses, entre os quais membros do Aves da Batalha e da Junta de Freguesia da Batalha. “Nesta área foram recolhidas muitas embalagens de plástico, entulho (bidões de alumínio) e também uma grande quantidade de cartuchos de caça. Foi muito bom termos realizado esta limpeza porque assim que os matos e ervas voltassem a crescer, todo o lixo passaria despercebido e poderia permanecer mais uns anos”, adianta João Tomás. Já na Golpilheira, o grupo de participantes contou com

a presença dos Guardiões do Lena (alunos da escola), pais e professores. Neste local, o lixo recolhido foi sobretudo roupa, sofás, pneus e sanitas. “Esta foi a segunda vez que limpamos este local. A nossa intenção é combater a problemática de deposição crónica de lixo envolvendo a escola e a junta da Golpilheira. Estamos a pensar em estratégias que possam surtir efeito nos culpados por este tipo de danos na natureza e espaços públicos”, refere o membro do Aves da Batalha. “Este tipo de atividades é muito importante para a consciencialização da população da Batalha para a questão da poluição” e para “tornar a natureza do concelho mais bonita, atrativa e saudável”, diz, em jeito de balnço da iniciativa, que envolveu 35 participantes e as juntas da Batalha e da Golpilheira.

p A iniciativa envolveu 35 amantes da natureza

Seg. a Sex.: 9h30 às 13h00 14h às 19h30 Sábado: 9h30 às 13h00 14h às 18h00

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Opinião s Tesouros da Música Portuguesa Por João Pedro Matos

Tony de Matos, o destino de um romântico O Destino Marca a Hora, de 1970, é um filme de Henrique Campos em que participa Tony de Matos. Contracenando com Isabel de Castro e Eugénio Salvador, o fadista interpreta o tema que dá nome ao filme, cuja letra diz que o que rege a sorte agora, foi escrito outrora, logo ao nascer. E o destino de Tony Matos estava traçado quando veio ao mundo num berço de artistas. Nascido na cidade do Porto em 1924, e batizado António Maria de Matos, desde muito cedo tomou contato com o teatro, porquanto a sua mãe e o seu padrasto eram atores da companhia itinerante Rafael Oliveira, Artis-

tas Associados. Nessa mesma companhia, com apenas treze anos, já desempenhava a função de ponto e cantava no final dos espetáculos. Aos vinte anos vai para Lisboa onde consegue ingressar como cantor na Emissora Nacional. Em 1948 estreia-se no Café Luso, casa que o contrata por dois anos. Mais dois anos volvidos, grava o seu primeiro disco que é um sucesso retumbante: Cartas de Amor. No ano de 1953 vamos encontrá-lo pela primeira vez no Brasil, país que o acolhe calorosamente e onde se fixa quatro anos mais tarde. Em Copacabana irá abrir o restaurante típico O Fado. A par

de atividade como artista naquele restaurante, atua na rádio e televisão do Brasil, designadamente na Rádio TV Tupi. Corria o ano de 1963 quando decide voltar a Portugal, sendo então eleito Rei da Rádio Portuguesa. Nessa altura, havia já gravado êxitos como Só Nós Dois, Vendaval, Lado a Lado ou Procuro e Não te Encontro. Galardoado com o Prémio de Imprensa da Música Ligeira de 1964, Tony de Matos faz também uma interessante carreira no cinema, destacando-se como ator nos filmes Rapazes de Táxis (1965), Bonança & Companhia (1969) ou Derrapagem (1972).

Em 1974 aventura-se pelos Estados Unidos, numa digressão brilhante, fixando residência naquele país durante oito anos. Regressa outra vez a Portugal para abrir um restaurante em Lisboa de parceria com Carlos Zel e Filipe Duarte. Em 1985 edita o seu segundo álbum, Romântico, e é recebido em apoteose no concerto que dá no Coliseu dos Recreios, concerto em que foram convidados Carlos Zel e Maria da Fé. Por seu turno, Herman José convidou-o para participar no primeiro programa da série Humor de Perdição. Cantor Latino é o título do seu derradeiro álbum que é lançado em 1988 e para o qual escreveram canções autores como Paulo de Carvalho, Rui Veloso, João Gil, Carlos Mendes ou Tozé Brito. Decorrido um ano, viria a falecer, no Hospital de Santa Maria,

em Lisboa. Tony de Matos cantou o amor de forma apaixonada, exacerbada quase ao grau do desespero ou da loucura. Mas não podemos esquecer o grande ator que ele era, e parafraseando Fernando Pessoa, o poeta é um fingidor. De qualquer modo, o seu poder interpretativo era tal que provocava o efeito de paixão única e arrebatadora, que transmitia ao ouvinte a sensação de excesso sentimental. E se a arte é essencialmente um efeito, então grande é a arte de Tony de Matos, porquanto o excesso transmitido transporta o ouvinte ao nível do amor jamais encontrado (dir-se-ia mesmo impossível), ou à intensidade de paixão e ciúme insuportáveis. Em 2019 completa-se trinta anos sobre a sua morte e não podíamos deixar de assinalar essa efeméride. Do

seu vasto reportório (Tony de Matos gravou cerca de uma centena de singles), salientam-se naturalmente as canções A Tal, Quando Cai uma Mulher, De Homem Para Homem, Vendaval, Cartas de Amor, Lugar Vazio, De Bar em Bar, O Destino Marca a Hora, Poema do Fim, Só Nós Dois, Cantor Latino. Conotado durante muito tempo com o chamado nacional cançonetismo, Tony de Matos é hoje considerado como um dos principais fadistas do século XX. Honremos a sua memória.

s Pestanas que falam

Os 45% que deram a vitória aos mesmos A primeira vez que trabalhei numa noite de eleições legislativas foi no domingo, dia 6. Perguntavam-me, enquanto jornalista, porque é que eu achava que a abstenção continuava alta, e a subir. “Jornalista sou há pouco tempo, mas enquanto jovem digo que os políticos não chegam até nós, não falam a nossa língua”. Entre amigos, expressões como “para que é que vou perder tempo a votar?”, “não vai mudar nada”, são uma constante. Na escola não se fala de política e quem nada sabe sobre o assunto não percebe o que se ouve na televisão. 45% de portugueses deixaram que o resto do país decidisse por eles. 45% de por-

tugueses que acharam que não valia a pena ou que nada sabem sobre o tema. Os políticos discursam para os políticos, às vezes como nós, jornalistas, que escrevemos para os jornalistas e nos esquecemos das pessoas. Num mundo em que o Parlamento ganha um deputado de extrema-direita, é urgente que os portugueses percebam que o seu voto faz a diferença. Tal como os mais de 66 mil votos que elegeram André Ventura e os mais de 55 mil que elegeram Joacine Moreira. Minorias opostas que ganham força com uma pequena percentagem de votos. 45% são 4.250.274 portugueses que podiam ter mu-

Joana Magalhães

dado o panorama político. Para o bem e para o mal, isso é certo. Mas é matemática fácil, não é? Desta vez, estes números permitiram apenas que tudo se mantivesse igual, ou ligeiramente diferente. Se a democracia é o caminho, mas 4.250.174 portugueses não querem participar nela, então qual é afinal o caminho?


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Atualidade Batalha

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Crianças recebem calendário que as ajuda a poupar água m Mais de 600 jovens participam nesta iniciativa que pretende alertar os alunos para a importância das boas práticas ambientais A Águas do Lena, empresa do grupo Aquapor, juntou-se à Câmara da Batalha para celebrar o Dia Mundial da Água, no primeiro dia deste mês, numa iniciativa que envolveu todas as escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico do concelho. Mais de 600 jovens participaram nesta iniciativa que pretendeu alertar os alunos para a importância das boas práticas ambientais. Nesse sentido, foi oferecido, a cada um deles, um calendário para o ano de 2020, com dicas

para a redução do consumo de água, a explicação do ciclo urbano desta, bem como alertar para a separação dos resíduos sólidos urbanos. Ao mesmo tempo, foi lançado um concurso de banda desenhada com o tema “Ciclo Urbano da Água” que pretende dar a conhecer à comunidade escolar as diferentes fases do ciclo urbano da água e alertar para a importância da sua preservação. Os vencedores do concurso serão conhecidos em janeiro do próximo ano e os 10 melhores trabalhos serão premiados com uma visita guiada ao Oceanário de Lisboa. “Com esta iniciativa, realizada em parceria com a concessionária Águas do Lena, pretende-se suscitar junto da população escolar e respetivas famílias a impor-

p Crianças receberam calendário com dicas para poupar água tância da água, bem como a adoção de comportamentos diários para reduzir o seu consumo, contribuindo para o seu uso eficiente”, explicou o presidente da autarquia. “É através de ações deste tipo de ações de sensi-

Aberta participação pública na alteração do PDM

p O PDM serve para gerir o território do concelho A Câmara da Batalha já deu início ao processo de alteração do Plano Diretor Municipal (PDM), que deverá estar concluído ainda no presente ano. A decisão foi tomada em reunião do executivo municipal, de 8 de julho, e decorre da necessidade de adequar o PDM às alterações verificadas no quadro legislativo do ordenamento do território, com a publicação da Lei

de Bases Gerais da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo e do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial. O período de participação pública, para formulação de sugestões e apresentação de contributos decorre até dia 24 deste mês. Os interessados pode enviar a sua participação, com recurso a um impresso pró-

prio disponibilizado pela câmara, apresentando-a por escrito, através de carta registada, por correio eletrónico ou entregando-a diretamente no Balcão de Atendimento. O PDM é um instrumento de gestão territorial que estabelece a estratégia de desenvolvimento territorial municipal, a política municipal de solos, de ordenamento do território e de urbanismo.

bilização, com mensagens apelativas e adequadas às idades dos destinatários que as gerações mais novas compreenderão a importância vital da água, motivando-os para a sua preservação”, adiantou Paulo Batista

Santos. A Águas do Lena foi constituída em 1996 na sequência do concurso público internacional para a exploração e gestão do sistema de captação, tratamento e distribuição de água para con-

sumo público do Concelho da Batalha. Em 2001 passou a integrar o grupo Águas de Portugal, tendo como único acionista a Aquapor, empresa do grupo especializada na gestão de sistemas municipais.


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Batalha Atualidade

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Padre Gonçalves tomou posse como capelão da Misericórdia

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Dia Internacional do Idoso com a participação de 400 seniores

mComprometeu-se a cumprir a sua missão pastoral de assistência espiritual e religiosa “com diligência, competência e fidelidade” O padre José Ferreira Gonçalves, que deixou de ser pároco da Batalha, iniciou no dia 28 de setembro a sua missão de capelão da Santa Casa da Misericórdia da Batalha. A tomada de posse aconteceu no Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição, no início da missa em que participaram o capelão anterior, padre Artur Oliveira, os membros da Mesa Administrativa, utentes, familiares, colaboradores e voluntários. O novo capelão comprometeu-se a cumprir a sua missão pastoral de assistência espiritual e religiosa “com diligência, competência e fidelidade”, segundo as orientações pastorais da

p O programa contemplou diversas atividades

p O padre José Gonçalves durante a tomada de posse Igreja, a lei civil e o Compromisso da Irmandade.” E disse que estava ali para servir com disponibilidade para escutar e animar as pessoas doentes e idosas e não somente para celebrar a missa semanal ou outros atos de culto. Na sua breve intervenção, fazendo referência ao Compromisso, o vigário geral da Diocese, padre Jorge Guarda, afirmou que “compete ao capelão, em colaboração

com a Mesa Administrativa, os profissionais e voluntários da Santa Casa, ser o promotor e formador do autêntico espírito que informa e anima a Irmandade e a sua atividade como associação de fiéis, cujo fim, é a prática das Catorze Obras de Misericórdia, tanto corporais como espirituais, visando o serviço e apoio com solidariedade a todos os que precisam, bem como a realização do culto católico.”

Por seu lado, o provedor, Carlos Agostinho Monteiro, agradeceu ao padre Artur o seu serviço pastoral no Centro Hospitalar, durante mais de dois anos e meio, e saudou o novo capelão como “um amigo da instituição”, manifestando as boas expectativas que há sobre o serviço que virá desempenhar nas valências da Santa Casa, nomeadamente no Centro Hospitalar e no Lar Comunitário.

Sob o lema “Viver Feliz”, realizaram-se no dia 2 deste mês diversas iniciativas no Pavilhão Multiusos da Batalha associadas à comemoração do Dia Internacional do Idoso, com o envolvimento de mais de 400 participantes. O programa contemplou a realização de uma palestra promovida pela Associação Portuguesa de AVC, que incidiu so-

bre os riscos e sintomas associados aos acidentes vasculares cerebrais, bem como diversos rastreios de saúde. Depois de uma demonstração de ginástica geriátrica, com os alunos do Programa Municipal Mova sénior, os participantes assistiram à atuação dos convidados especiais, os alunos da Tuna da Universidade Sénior da Nazaré.

100 alunos participam no Dia das Acessibilidades

Câmara compra edifícios para ampliar o parque escolar

p Objetivo é promover a igualdade

p O investimento foi de 47.700 euros A Câmara da Batalha anunciou no dia 10 deste mês que investiu 47.700 euros na aquisição de dois edifícios em estado de degradação, localizados na zona frontal à Escola Básica e Se-

cundária da Batalha, com o objetivo de melhorar o estacionamento e fluidez do trânsito na Rua da Freiria, arruamento que regista uma forte pressão do fluxo de trânsito nos transportes

de alunos para a escola. Este investimento irá igualmente contribuir para melhorar a segurança das operações de entrada e saída dos alunos dos autocarros na entrada da Escola

Básica e Secundária da Batalha, estabelecimento que foi recentemente requalificado, num investimento superior a 4,5 milhões de euros.

O Município da Batalha, a Associação Salvador e o Agrupamento de Escolas da Batalha assinalaram o Dia das Acessibilidades, que se comemorou no dia 10 deste mês, desafiando mais de 100 alunos a participar em ações de sensibilização relacionadas com a acessibilidade. As iniciativas envolveram entidades públicas e privadas, contemplando o programa um “peddy paper”, que teve por objeti-

vo a temática da inclusão. “Assinalar o Dia das Acessibilidades é promover a igualdade de oportunidades junto de pessoas muitas vezes descriminadas”, considera o presidente do município, Paulo Batista Santos, que destaca “o trabalho muito positivo e reconhecido no plano nacional e internacional que o município e alguns parceiros concelhios vêm desenvolvendo em prol desta importante temática”.


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Entrevista Batalha

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Bruno Aleixo, empresário

Bruno Aleixo despreza Rami Malek

p Tem três programas de rádio, sobre atualidade, história e trivialidades Tivemos o privilégio de receber o famoso empresário e pensador Bruno Aleixo, que decidiu magnanimamente conceder-nos um pouco do seu precioso tempo para uma amena conversa. Nos dias de hoje, a sua imagem está em todo o lado. Tem três programas de rádio, sobre atualidade, história e trivialidades. Protagoniza uma rubrica online de futebol com o seu amigo Homem do Bussaco, intitulada “Betaites”. O filme biográfico, influenciado na vida deste grande português, será estreado em janeiro do próximo ano. Tem um vasto leque de programas de televisão de sucesso, sempre com um toque de humor requintado, sem esquecer as suas considerações impactantes, que impressionam e dividem a sociedade. Tem amigos que se distinguem em várias áreas do saber, como são exemplos Renato Alexandre, um jovem DJ e comediante em ascensão, e Busto, o eterno intelectual e defensor da cultura, entre outros. Há dois ajudantes que costumam ser esquecidos, João

Moreira e Pedro Santo, uma dupla revolucionária no humor português. A quantidade de personagens cómicas e referencias que estabeleceram na comédia, ao longo de onze anos, destaca-se de tudo o que já foi feito. O maior trunfo são os temas comezinhos e a visão mais terra-a-terra das suas criações. Mantinham o podcast Bingo, programa onde sorteavam temáticas e entrevistavam amigos. Ainda vamos ouvir falar muito mais deles. Bruno Aleixo já visitou por diversas vezes a Batalha, chegando mesmo a gravar um dos episódios de “Aleixo Turista” no mosteiro. A sua cultura e inteligência estão bem patentes na nossa conversa. A sua paixão pela literatura, música e gastronomia são algo intrínseco a este vulto da nossa sociedade. Após concluir a licenciatura em direito nunca pensou em seguir a carreira de advogado? Quem é que te diz a ti que não segui? E que uso um pseudónimo para exercer advocacia? Lutando pelos direitos daqueles que não têm capacidade financeira para

arranjar um advogado de jeito? Sabes lá tu quantas profissões nobres tenho eu sob pseudónimo... Estás a ser um jornalista. Autenticamente. Sei que é um excelente gestor imobiliário, principalmente na cidade de Coimbra. O que me tem a dizer sobre o aumento avassalador das rendas nas casas de Lisboa? Sobre as rendas em Lisboa? Nada. A mim que me importa. Lá é sempre tudo pior e mais caro. Parece-me coerente. Aliás, louve-se a coerência desse inferno que é Lisboa: é tudo uma cruz. Todos temos noção da sua queda inegável para os negócios. Que projectos inovadores está a desenvolver com a Mister Cimba? Estamos a desenvolver um programa de computador que gera respostas aleatórias, mas que pareçam reais. Vou usar a versão beta na tua próxima pergunta e tudo, para tu veres. Apreciei bastante a sua participação no último álbum d´Os Capitães da Areia, ao cantar a faixa “Canção Indigestão”. O que nos pode contar sobre a

participação nesse disco tão emblemático no panorama nacional? Espera no futuro explorar mais essa vertente artística, como cantor de ópera, por exemplo? Obrigado por me ter colocado essa questão, que é muito pertinente. Contudo, neste momento, não lhe posso adiantar muito mais, visto ter de respeitar um acordo de confidencialidade que assinei com uma famosa marca relacionada com essa área de que me fala nesta questão. A sua versão do “Bohemian Rhapsody” é admirada por todos. Acha que a interpretação de Rami Malek desse tema pode suplantá-lo? Naturalmente que não sei quem é esse. Mas tudo indica que não, não suplante. Li com muito gosto o seu livro gastronómico, “50 Pratos”, que mudou a nossa precepção sobre a cozinha portuguesa. Sendo um bom garfo, que restaurante e pastelaria recomenda na região da Batalha? Já comi bem na Batalha, mas não quero ferir susceptibilidades. Além disso, se eu disser onde foi, fica o sí-

tio cheio de turistas burros velhos e depois eu é que não arranjo mesa. É melhor não arriscar. Como escritor, que autor literário mais o influenciou nas suas criações? Vivos? Ninguém. Mortos: Aquilino Ribeiro em Portugal e Guimarães Rosa no Brasil. Como sou alguém que trabalha com o passado, vejo com muito interesse a nova série da “Aleixopédia” dedicada a história. O que de diferente nos pode oferecer o seu programa? Uma visão isenta e clarividente sobre factos históricos. Em vez do que é costume, em que só se promovem feiras medievais e castelos. Tudo publicidade encapotada paga pelas autarquias, hã? Já assisti ao primeiro episódio do seu novo formato, “Aleixo Amigo”, que promete revolucionar a rádio portuguesa. Acha que pode mudar a vida das pessoas através dos seus conselhos? Acho que posso tornar a vida das pessoas um bocadi-

nho menos porcaria. Que eu também não faço milagres. E se fizesse também não ia gastá-los a ajudar camelos que pedem ajuda para saber se o arroz de pato leva queijo ou não. O que nos pode adiantar sobre o filme biográfico sobre a sua pessoa, que sairá em janeiro do próximo ano? Tem influencias de Hitchcock ou de Tarkovsky? E já agora acha que me pode facultar uns bilhetes para a ante-estreia? Posso adiantar que será só mais ou menos semi-biográfico. E que terá zero influência dessas pessoas. E, sim, posso facultar-te dois bilhetes se me facultares 20 euros. O bilhete até vai ser mais barato do que isso, mas é para aprenderes a ter vergonha nessa cara.

Muito obrigado pelo seu tempo e espero encontrá-lo de novo para tomarmos um café no Aires.

Francisco Oliveira Simões Historiador/autor da coluna Crónicas do Passado


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Batalha Opinião

outubro 2019

Jornal da Batalha

s Fiscalidade

Alterações ao IRS A publicação da Lei 119/2019, veio clarificar o regime fiscal do arrendamento de longa duração, mas somente, nos contratos para habitação permanente. Aos rendimentos prediais decorrentes de contratos de arrendamento para habitação permanente com duração igual ou superior a dois anos e inferior a cinco anos, é aplicada uma redução de 2%, da respetiva taxa autónoma (28%) e por cada renovação com igual duração, é aplicada uma redução de 2%, até ao limite de 14%. Aos rendimentos prediais decorrentes de contratos de arrendamento para habitação permanente celebrados com duração igual ou superior a cinco anos e inferior a 10 anos, é aplicada uma redução de 5%, da respetiva taxa autónoma (28%), e por cada

renovação com igual duração, é aplicada uma redução de 5%, até ao limite de 14%. Nos rendimentos prediais decorrentes de contratos de arrendamento para habitação permanente com duração igual ou superior a 10 anos e inferior a 20 anos, é aplicada uma redução de 14%, da respetiva taxa autónoma. Nos rendimentos prediais decorrentes de contratos de arrendamento para habitação permanente com duração igual ou superior a 20 anos, é aplicada uma redução de 18%, da respetiva taxa autónoma. Foi igualmente aprovado um regime sancionatório, aplicável no caso de cessação dos contratos antes de decorrido o seu prazo de duração ou renovação. Sempre que os contratos

de arrendamento para habitação permanente referidos cessem os seus efeitos antes de decorridos os prazos de duração dos mesmos ou das suas renovações, por motivo imputável ao senhorio, extingue-se o direito às reduções da taxa aí previstas, com efeitos desde o inicio do contrato ou renovação, devendo os titulares dos rendimentos, no ano da cessação do contrato, proceder à declaração desse facto para efeitos de regularização da diferença entre o montante do imposto que foi pago em cada ano eaquele que deveria ter sido pago, acrescida de juros compensatórios. Para este efeito, suspende-se o prazo de caducidade do direito à liquidação de imposto, desde a apresentação da declaração até ao termo do prazo legal do cumpri-

mento da condição. Quanto aos incrementos patrimoniais – categoria G – no que concerne às indemnizações por renúncia a posições contratuais relativas a imóveis, esclarece-se o momento em que ocorre o facto gerador, passando a normas legal a determinar que aqueles são tributados no âmbito da categoria G – Artigo 9, do Código do IRS, que inclui as mais valias, indemnizações, sorteios, concursos, totobola, lucros cessantes, prémios, lotarias, apostas mútuas, loto, bingo, etc, no ano em que são pagos ou colocados à disposição. No que diz respeito à tributação de rendimentos de anos anteriores, pode-se entregar declarações de substituição relativamente aos anos em causa, até ao limite de 5 anos anteriores ao pa-

gamento, não sendo possível aplicar esta possibilidade a rendimentos litigiosos. Consegue-se, assim, a divisão do rendimento pelo número de anos a que respeitam, evitando situações de recálculos de pensões ou pagamentos de salários em atraso, que acabavam se traduzir no pagamento de mais imposto do que aquele que os sujeitos passivos pagariam caso recebessem os valores atualmente. Foi criado um novo regime de retenção na fonte autónoma para pensões de anos anteriores, em articulação com a alteração do regime de tributação dos rendimentos de anos anteriores com origem em pensões, ou seja, as prestações adicionais correspondentes aos 13.º e 14.º mês são sempre objeto de retenção autónoma.

António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

Estas alterações entraram em vigor no passado dia 1 de outubro de 2019.

s Espaço do Museu

A barreira acústica: antes e depois Quando, no século XIV, se deu início à construção do Mosteiro de Santa Maria Vitória, bem longe se estava de pensar nos problemas que o monumento viria a enfrentar séculos mais tarde. A pedra que o eleva, proveniente do Maciço Calcário Estremenho, apresenta, hoje, as marcas do tempo. Mas foi o século XX que acelerou a degradação do estado de conservação do monumento. No enquadramento da política patriotista do Estado Novo, o antigo casario adjacente ao Mosteiro foi destruído para dar lugar a praças espaçosas. Pretendia-se que habitantes e visitantes pudessem contemplar, a maior distância, o monumento que evoca a vitória na Batalha de Aljubarrota. A estas obras, juntaram-se estradas para facilitar as ligações a outros polos de atracão turística, nomeadamente Fátima. Construi-se ainda a estrada nacional EN 1 frente à fachada do mosteiro, permitindo aos automobilistas a possibilidade de vislumbrar o monumento ao circular à sua frente.

Boa parte destes trabalhos foi inserido no programa de desenvolvimento urbanístico da vila. Apesar das boas intenções do projeto, o trânsito na EN 1 tornou-se mais intenso. Hoje, circulam, em média, 20 mil viaturas frente ao monumento, das quais mais de 50% são veículos pesados. O movimento tem acelerado a degradação da pedra calcária, aumentando os valores de ruído e vibração permitidos por lei. Um relatório realizado na zona envolvente do mosteiro, no âmbito do Regulamento Geral do Ruído, (D.L. 9/17 de janeiro, 2007), referia que “em alguns espaços abertos do seu interior, os parâmetros Lden e Ln, descritor das 24 horas e descritor noturno, não cumprem os valores”. Com a missão de implementar medidas urgentes e eficientes na redução dos impactos causados pelo ruído, trepidação e dióxido de carbono e, após diversas reuniões técnicas, o Município da Batalha deu início à obra de salvaguarda, numa operação que envolveu vários parceiros, nomeadamente a

Direção Geral do Património Cultural, a Direção Regional de Cultura do Centro, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, as Infraestruturas de Portugal e a Direção do monumento. O projeto contempla 12 painéis verticais insonorizadores, intercalados com vidro. A estrutura está envolvida numa intervenção maior, que inclui um jardim, área de relvado, mobiliário urbano e uma ecovia.

Após a intervenção, realizaram-se novas medições de ruído no Mosteiro da Batalha e zonas adjacentes, pelo Laboratório de Ruído e Vibrações. O estudo, feito em agosto de 2018, indica um decréscimo sonoro entre 9 e 10 decibéis (A), relativamente aos valores registados antes da construção. No que toca às vibrações, o mesmo Laboratório concluiu que atualmente “as vibrações, de caracter continuado, registadas durante o ensaio

realizado, provocadas pelo tráfego rodoviário no IC2/ N1, apresentaram valores de vibração inferiores aos valores limite máximo estabelecidos pela norma DIN 41503, pelo que não há risco de dano no edifício decorrente da estrada”. A redução sonora verifica-se principalmente no espaço frontal do mosteiro, mas tem repercussões positivas em toda a envolvente, promovendo um ambiente mais silencioso e adequa-

do à atividade desenvolvida no local. Esta e outras medidas em análise permitem que cerca de um milhão de visitantes (estrangeiros, nacionais, estudantes), e a comunidade usufrua com mais qualidade da sua permanência na vila da Batalha, sensibilizando-se para a importância da preservação do nosso património. Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

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Centro de saúde vai receber obras no valor de 75 mil euros m Prazo da conclusão das obras não deve ultrapassar o final do primeiro trimestre de 2020

O edifício onde funciona o Centro de Saúde da Batalha “necessita de intervenção física para requalificar as condições de acessibilidade indispensáveis para prestar os devidos cuidados de saúde à população”, considera, em comunicado, o município. Neste sentido, “dando sequência às novas competências que decidiu aceitar na área da saúde”, a autarquia anunciou que “irá assumir a responsabilida-

p As obras estarão concluídas até março de 2020 de na execução de intervenções de remodelação da USF Condestável, no Centro de Saúde da Batalha”. O procedimento concursal, a ser lançado pelo Mu-

nicípio da Batalha, prevê um investimento de 75 mil euros, incluindo diversas obras de conservação, pinturas e a instalação de um elevador de acesso ao pri-

meiro piso. A autarquia estima que o prazo da conclusão das obras não ultrapasse o final do primeiro trimestre de 2020. O município decidiu tam-

bém apresentar uma candidatura ao Programa de Apoio à Mobilidade Elétrica na Administração Pública, para aquisição de uma nova viatura elétrica para

servir o apoio logístico da USF Condestável, na prestação de cuidados de saúde domiciliária. “Como contrapartida, será abatida uma viatura a gasóleo com 22 anos, cumprindo assim o objetivo municipal da descarbonização”, destaca a autarquia. “A assunção desta responsabilidade ref lete a preocupação da câmara municipal com a defesa, proteção e promoção do direito que os munícipes têm à prestação dos cuidados mais elementares na saúde”, diz o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos. O Centro de Saúde da Batalha integra o Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral, da Administração Regional de Saúde do Centro.

Autarca reclama médico para assegurar São Mamede

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ALOJAMENTO LOCAL

p Em causa a assitência a 1.750 utentes O presidente da Câmara da Batalha reclamou no dia 23 de setembro, junto da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, a colocação de um médico para assegurar um ficheiro de 1.750 utentes da USF Condestável, para a Extensão de Saúde de São Mamede. Numa comunicação que dirigiu à presidente do conselho diretivo da ARS do Centro, Rosa Maria dos Reis Marques, Paulo Batista Santos considera a atual situação da “maior gravidade, pela ausência de acompanhamento clínico destes

utentes que persiste desde o mês de junho, o que tem gerado uma forte apreensão junto das populações locais”. O autarca recorda que são conhecidas várias diligências encetadas pelos responsáveis locais da USF Condestável, na procura de uma solução para os utentes de São Mamede sem médico, embora sem qualquer evolução até à presente data, o que considera “inaceitável”. Por isso, “exige a urgente decisão quanto à mobilidade de um médico para a extensão de Saúde de São Mame-

de, cuja ausência prolongada de resposta agrava, cada dia que passa, o sentimento de abandono por parte dos utentes daquela unidade de Saúde”. Por fim, o presidente da câmara anuncia que o município “prepara novos investimentos no apoio à missão do Ministério da Saúde ao nível dos cuidados de saúde primários no âmbito da descentralização de competências, embora, nestas circunstâncias da mais completa indiferença, torna-se impossível desenvolver com sucesso esta parceria”.

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt


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Jornal da Batalha

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Saúde

Maioria tem falta de dentes e há mais a não irem ao dentista m 41% dos portugueses não vão a uma consulta de medicina dentária há mais de um ano. São dados do Barómetro Nacional de Saúde Oral 2018

Mais de 30% da população revela que nunca vai ao médico dentista ou apenas vai em caso de urgência. É uma subida de 3%, sendo que 41% dos portugueses não vão a uma consulta de medicina dentária há mais de um ano. São dados do Barómetro Nacional de Saúde Oral 2018 elaborado pela consultora independente QSP para a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD). 53,6% dos inquiridos afirmam não ter necessidade de ir a consultas de medicina dentária, um valor que subiu face aos 44,5% da edição

anterior do barómetro. 31,7% Diz não ter dinheiro, valor que contrasta com os 42,8% registados há dois anos. Há ainda 11,6% que considera não ter problemas de dentes. No entanto, 70% de portugueses têm falta de dentes naturais (excetuando os dentes do siso) e, destes, 35% já perdeu seis ou mais dentes. Há ainda 8,2% da população portuguesa que não tem qualquer dente natural. E, entre aqueles que têm falta dentes, há 55,5% que nada tem a substituir. O barómetro revela também que 37,4% dos portu-

gueses nunca marcam consulta para check-up. Apenas 29,7% dos inquiridos marcam uma consulta por ano e 13,3% quando o médico dentista recomenda. 41,6% dos portugueses não visitam o médico dentista há mais de um ano e analisando as quatro edições do barómetro está a aumentar o número de utentes que não vai ao médico dentista há mais de dois anos. 3,6% confessa que nunca foi a uma consulta de medicina dentária. O bastonário da OMD, Orlando Monteiro da Silva,

considera que “em questões de saúde oral vivemos num país a duas velocidades: quem tem possibilidade de aceder a consultas de medicina dentária percebe as vantagens das visitas regulares e mantém a regularidade. Os outros, seja por falta de recursos ou informação, olham para a saúde oral como algo secundário e o resultado está à vista: 11% da população portuguesa vive com falta de mais de seis dentes e sem substitutos, o que prejudica substancialmente a saúde oral. A ausência de tantos dentes afeta a

qualidade da mastigação, condicionando a ingestão de certos alimentos e pondo em causa a saúde geral.” Para Orlando Monteiro da Silva. “Há ainda muito a fazer nesta área. É decisivo integrar mais médicos dentistas nos centros de saúde e nos hospitais e estabelecer um acordo entre o Estado

, SA

ACORDOS:

ADSE, PSP, ADMG, Mulicare, Advancecare, Médis, SAD-GNR, SAMES Centro, SAMS quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sávida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon,

Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia...sábado - manhã Oftalmologia...............................................Dr. Joaquim Mira............................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira.quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro................................. terça - tarde

Dr. João Cardoso.............................. segunda - tarde

Nutricionista...............................................Dra. Ana Rita Henriques........................ terça - tarde Cirurgia Geral/Vascular.............................Dr. Carlos Almeida.................................sexta - tarde Otorrinolaringologia.................................Dr. José Bastos.................................... quarta - tarde Próteses Auditivas................................................................................................... quarta - tarde Terapia da Fala...........................................Dra. Débora Franco.quinta - tarde / sábado - manhã Neuro Osteopatia /Acumpunctura.........Tec. Acácio Mariano............................ quarta - tarde (Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortóptica.....................................................Dr. Pedro Melo................................ sábado - manhã

Medicina Dentária

Outras Especialidades:

Clínica Geral................................................Dr. Vítor Coimbra................................ quarta - tarde Medicina Interna........................................Dr. Amílcar Silva..................................... terça - tarde Urologia.......................................................Dr. Edson Retroz..................................quinta - tarde

Dra. Sâmella Silva

Terça/quinta-feira - Tarde

Dermatologia............................................ Dr. Henrique Oliveira...................... segunda - tarde

Dr. Evandro Gameiro

Segunda/quarta/sexta-feira - Tarde Sábado - Manhã

Estética .......................................................Enf. Helena Odynets..............................sexta - tarde Cardiologia..................................................Dr. David Durão.....................................sexta - tarde Electrocardiogramas...............................................................................segunda a sexta - tarde Neurocirurgia.............................................Dr. Armando Lopes......................... segunda - tarde Neurologia..................................................Dr. Alexandre Dionísio..........................sexta - tarde

Implantologia Cirurgia Oral

Psicologia Educacional/vocacional........ Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde

Ortodontia

Testes psicotécnicos..................................Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde

Rx-Orto

Pneumologia/Alergologia.........................Dr. Monteiro Ferreira............................sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..........................Dr. Paulo Cortesão........................... segunda - tarde

Telerradiografia

Ortopedia....................................................Dr. António Andrade....................... segunda - tarde

Próteses Dentárias

Endocrinologia............................................Dra. Cristina Ribeiro............segunda / terça - tarde

Rua da Ribeira Calva . Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente . BATALHA . Tel.: 244 766 444 . 939 980 426 . clínica_jm@hotmail.com


Jornal da Batalha

SaĂşde Batalha

outubro 2019

p 53,6% afirmam nĂŁo ter necessidade de ir ao dentista e os consultĂłrios e clĂ­nicas privadas para o financiamento de consultas de saĂşde oral. O que existe atualmente ĂŠ curto para as necessidades dos portugueses, apenas alguma franjas mais desfavorecidas estĂŁo abrangidas pelos cuidados de saĂşde oral pĂşblicos, ficando de fora a grande maioria da população.â€? Prova disto ĂŠ que quando questionados sobre a oferta de serviços de medicina dentĂĄria no Serviço Nacional de SaĂşde – um projeto que tem vindo a ser implementado pelo Governo desde 2016 -, 63% dos inquiridos desconhece a existĂŞncia de consultas de medicina dentĂĄria em alguns centros de saĂşde. Nos Ăşltimos 12 meses, ape-

nas 10% dos portugueses recorreram ao hospital ou centro de saúde quando tiveram problemas de saúde oral. Entre aqueles que vão habitualmente a consultas de medicina dentåria, mais de 85% manteve a regularidade das consultas e apenas 7,2% diminui. 42,8% dos portugueses marcam consulta para revisþes e check-ups e 11,8% por ter dor de dentes. Apenas 6,4% dos inquiridos têm a intenção de marcar consulta para substituir dentes naturais perdidos. No que toca à higiene oral, os inquiridos pelo barómetro de 2018 revelam bons håbitos: hå 96,2% dos portugueses, sobretudo as mulheres, que escovam os dentes regularmente; ainda assim, este Ê o valor mais baixo registado nas quatro ediçþes do barómetro. Nos cuidados de saúde oral das crianças, a quarta edição do barómetro conclui que cerca de 63% das famílias portuguesas com menores de seis anos no agregado nunca visitam o mÊdico dentista, embora admitam ter consciência de que os dentes de leite carecem de tratamento. Por outro lado, denota-se um aumento da utilização do cheque-dentista. Entre os inquiridos que afirmaram ter levado os menores de seis anos a uma consulta de medicina dentåria, 64% recorreu ao cheque-dentista. Uma das tendências que se mantÊm nesta edição Ê a fidelização e confiança que os portugueses depositam nos seus mÊdicos dentistas. 73% Dos inquiridos garantem que nunca mudaram de mÊdico dentista ou que apenas ponderam esse cenårio em caso de necessidade.

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Crianças particularmente suscetíveis aos efeitos prejudiciais do tabaco

p O tabaco Ê lesivo para todos os que partilham o espaço poluído O tabaco Ê lesivo para quem fuma e para todos os que partilham o espaço poluído do fumo de tabaco, aumentando igualmente nos expostos o risco de cancro, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias. As crianças são particularmente suscetíveis aos efeitos prejudiciais do fumo ambiental de tabaco, uma vez que respiram mais råpido, têm maior årea relativa de superfície do pulmão e os seus sistemas respiratório e imunológico são ainda imaturos. Existem um conjunto de substâncias químicas presentes no fumo de tabaco que se depositam nas superfícies, persistindo durante muito tempo depois de ter sido fumado um cigarro, e que depois se vão formar em substâncias tóxicas no ar ambiente, por exemplo, nas casas e nos carros onde se fuma. As crianças estão especialmente em risco, pelo contacto com a pele, inalação e ingestão destas substâncias tóxicas. Adicionalmente as crianças são incapazes de controlar o seu

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ambiente e, por isso, nĂŁo podem tomar medidas para evitar a exposição. Recentemente, surgiram novas formas de consumo de tabaco e nicotina, como o tabaco aquecido ou os cigarros electrĂłnicos, publicitados pela indĂşstria como tendo “risco reduzidoâ€?. Contudo, atualmente, nĂŁo existe evidĂŞncia suficiente que demonstre que estes produtos sejam menos prejudiciais ou tĂłxicos do que o cigarro convencional tanto para o con-

sumidor como para quem o rodeia. Por outro lado, ao permitir imitar o comportamento dos fumadores de cigarro convencional, correse o risco de alteração de consumo para estes novos produtos, em alternativa à cessação tabågica, e a uma re-normalização do consumo de tabaco em público. Adicionalmente, estes novos produtos constituem uma tentação para não fumadores e induzem os ado-

lescentes a iniciarem hĂĄbitos tabĂĄgicos de forma precoce e com uma falsa sensação de segurança, aumentando o risco de iniciação tambĂŠm no cigarro convencional. O Grupo de Trabalho para o Controlo de Exposição ao Tabagismo – Prevenção em Idade PediĂĄtrica, da Sociedade Portuguesa de Pediatria – grupo sTOPPagE, pretende reforçar o direito que todas as crianças tĂŞm a um ambiente seguro e saudĂĄvel para o seu pleno crescimento e desenvolvimento, completamente livre dos produtos exalados a partir de qualquer forma de tabaco ou nicotina. Todos nĂłs, profissionais de saĂşde, pais, mĂŁes, cuidadores e população em geral, temos a obrigação de promover um mundo livre de qualquer forma de tabaco para as futuras geraçþes! Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP)

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Batalha Opinião

outubro 2019

Jornal da Batalha

s Noticias dos combatentes

Ái a galinha, a galinha! Alguém roubou uma galinha, e foi descoberto, pode ser que venha a ser julgado e preso pelo roubo, mas ao que parece todos duvidam! No entanto, os amigos, que estavam lá com ele quando a roubou, não viram nem sabem de nada... Os lesados, não perdoaram o roubo da galinha e correram com os ladrões na primeira oportunidade! Os que foram escolhidos a seguir para gerir o galinheiro tiveram de tirar o resto do milho aos lesados para tentar recuperar a galinha, e recuperaram-na. Só que os amigos do que roubou a galinha, apareceram e correram à força com os que tinham sido escolhidos duas vezes e a recuperaram, agarram de novo no galinheiro e são eles mesmo, de novo no poleiro, que têm os louros de devolver a galinha, a tal que eles mesmo ti-

nham roubado! De imediato foram esquecidos os que tiveram o trabalho de a recuperar, com as regras estabelecidas por quem a tinha roubado. Ao receberem a galinha, os que tinham ficado sem ela, ficaram contentíssimos porque o que queriam era a galinha de volta, e na lembrança só ficaram os que tiraram o milho para a recuperar... Acontece que, apesar de terem devolvido a galinha eles mesmo tinham roubado, recuperada por outros, nunca devolveram o milho junto com a galinha, mas, continuam a tirá-lo na mesma proporção que os que a recuperaram, talvez querendo precaver-se com uma reserva de muito milho para quando tiverem oportunidade de roubar a galinha outra vez... Reza a historia que numa reunião Hitler pediu que lhe

trouxessem uma galinha. Agarrou-a fortemente com uma das mãos e depenava-a com a outra. A galinha, desesperada pela dor, queria libertar-se e fugir mas não podia. Após depenar a pobre ave, Hitler disse aos seus colaboradores: “Observem agora o que vai acontecer”. Hitler largou a galinha e afastou-se dela. Pegou numa mão cheia de milho e começou a caminhar pela sala a atirar os grãos para o chão, enquanto os seus colaboradores constatavam admirados, como a galinha, assustada, dorida e ainda a sangrar, corria atrás de Hitler a tentar comer, seguindo-o por todo o lado. Hitler olhando para seus inferiores hierárquicos totalmente surpreendidos, disse-lhes:

“É assim que facilmente se governam os povinhos. Viram como a galinha me seguiu, apesar da dor que lhe causei? Tirei-lhe as penas e a dignidade, infligi-lhe dor, mas, ainda assim, ela segue-me em busca de migalhas.” Assim se comportam os povos, seguem os governantes e políticos, apesar da dor que estes lhes causam e, mesmo que lhes tirem a saúde, a educação e a dignidade, pelo simples gesto de receberem um pequeno benefício continuam a seguir aqueles a quem dão tudo mas que em troca atira umas simples migalhas.” Espera-se que não se caminhe, a passos largos, para que os mesmos de sempre roubem a galinha pela 4ª vez. Escrevam o seguinte, todos no final vão ser gestores, vão-se descobrir as

falcatruas, mas os cargos nas empresas que beneficiaram, para quando saírem do galinheiro, vão estar lá. É cíclico e todos se orientam à conta dos impostos, desculpem, do milho. Reflitam numa coisa muito simples! Os países ditatoriais são mantidos pelos ditadores tendo os chefes militares na mão com chorudos vencimentos, o soldado que passa fome, se se revolta, leva um tiro e o do lado já não repete, já não reclama! Em Portugal aumentam-se os juízes! A questão da democracia assente em três pilares é utópica. O poder político não está separado do judicial, porque a justiça apenas julga e aplica as leis que são elaboradas pelos governantes e são aprovadas na Assembleia da Republica. Ora a mesma nunca

aprova nada que seja contra os políticos em geral, daí a conivência da esquerda à direita e os jogos de bastidores (abstém-se um hoje, outro contra amanhã, mas, os diplomas, passam ou não passam consoante sejam benéficos ou prejudiciais), para que o poder judicial não se intrometa e até esteja do lado da governação dá-se um aumento pornográfico aos juízes, que, eles se for preciso, até acabam com um sindicato... ainda vamos ver alguém daqui a mais quatro anos com cargos de chefia numa transportadora de renome nacional e sem ter carta de pesados. O que somos? Uma República dos Bananas Viva o Futebol.

NCB

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Plantas agradecem podas e ficam fortes Chegou o outono, e com ele um novo ciclo, com tempo de menos rigor, são os momentos ideais para as sementeiras. As estações do ano podem fazer o paralelismo com os ciclos da nossa vida. No outono há árvores que deixam cair as suas folhas e entram num estado de dormência. E às vezes também isso é importante nas nossas vidas, numas mais do que em outras – tal como nas árvores, mas sempre com o princípio de um novo acordar, renovado e vigoroso. Fico a pensar acerca das podas que algumas plantas agradecem e acabam por

ficar mais fortes, como é o caso da Roseira de Santa Teresinha que tenho cá em casa - estou sempre a cortar as suas ramas e ela cada vez me presenteia com mais flores com um aroma super agradável. Filosofias à parte, vamos ao trabalho de mãos. Os meus pés de tomateiros ainda duram e estão para durar, assim tenham o sol para os amadurecer. Na verdade este ano atrasei-me a semeá-los e assim devo ter tomates ainda a produzir para o Natal - a zona onde os tenho ficou meio selvagem, com muitas ervas de flores, pois este verão tive pouco tempo

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 856 A) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, André Loureiro, António Caseiro, António Lucas,

para cuidar deles, mas o que é certo, é que, como tiveram na base os manjericões e as capuchinhas, nenhum mal os atacou e continuam a pro-

Augusto Neves, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos, João Ramos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

duzir em bom andamento. Para quem gosta de tomate cereja, aquele pequenino, devo informar que os redondos acabam sempre por

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

abrir com o amadurecimento, mas com os alongados isso não acontece, cá em casa comem-se como se fossem morangos.

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares

Hortícolas para semear e/ ou plantar ao ar livre: acelgas, alfaces, alho francês, brócolos, cebolas, cenouras, coentros, Couves várias, couve-rábano, espinafres, espargos, favas, mostardas, nabiças, nabos, rabanetes, rúcula, salsa. Jardim, semear e/ou plantar: amores-perfeitos, margaridas, açucenas, cíclames, narcisos, crisântemos, jacintos e tulipas. Viver e deixar viver, esse é o conselho que a natureza nos transmite. Na horta posso cultivar bons alimentos e bons sentimentos! Boas colheitas.

Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.

O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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Economia

Município mantém IMI no minímo e penaliza prédios abandonados m A câmara aprovou ainda taxas reduzidas para a derrama, nomeadamente de 0,95% para microempresas cujo volume de negócios é inferior a 150 mil euros

A Câmara da Batalha “atribuiu [no ano passado] isenções totais ou parciais de impostos e outros tributos próprios, cuja despesa fiscal ascendeu a 1,035 milhões de euros”, revela o relatório da despesa fiscal relativa a 2018, um documento que sintetiza as reduções e isenções fiscais em vigor no município da Batalha. O relatório “destaca a aplicabilidade da taxa mínima de IMI de 0,3% aos prédios urbanos, como o maior benefício fiscal concedido no ano de 2018, 879 mil euros, seguindo-se as isenções concedidas às Associações Desportivas do Concelho da Batalha e outras entidades, pela utilização dos equipamentos desportivos”, revela a autraquia em comunicado. Entretanto, a câmara de-

cidiu manter a taxa do IMI para vigorar este ano, cuja liquidação será em 2020, no valor mínimo legal de 0,3% para os prédios urbanos, e aprovar o IMI familiar, com a dedução fixa ao IMI, atendendo ao número de dependentes que compõem o agregado familiar. “A política de redução fiscal e impostos reduzidos, para estímulo à economia local, representa uma marca do atual executivo que conhece resultados positivos no investimento das empresas e fixação das famílias no concelho da Batalha”, considera o presidente da câmara municipal. “Naturalmente, estas medidas apenas são possíveis porque a câmara beneficia de uma gestão equilibrada e muito criteriosa dos dinheiros públicos”, acrescenta Paulo Batista Santos. Mantém-se igualmente as isenções de IMI por prazo de três anos (prorrogável por mais cinco anos) em relação aos prédios urbanos que tenham sido objeto de ações de reabilitação (obras iniciadas após janeiro de 2008 e concluídas até dezembro de 2020), localizados nas áreas delimitadas das Áreas de Reabilitação Urbana da Ba-

p Autarquia atribui benefícios fiscais às empresas talha, Reguengo do Fétal e Golpilheira. A autarquia aprovou também a isenção de IMI para os prédios ou parte de prédios afetos a lojas com história, reconhecidos pelo município como estabelecimentos de interesse histórico e cultural ou social local, e que beneficia uma dezena de estabelecimentos antigos e de referência histórica. Em contrapartida, decidiu agravar o valor do IMI referente aos prédios urbanos

degradados (majoração de 30%) e prédios rústicos com áreas florestais em situação de abandono (majoração em 50%), “como estímulo à reabilitação urbana e limpeza dos terrenos florestais ao abandono”. As associações locais de interesse público, que se dediquem à atividade cultural, recreativa ou desportiva, as organizações não-governamentais e outro tipo de associações não lucrativas, beneficiam de uma isenção par-

cial de 50% na taxa do IMI a aplicar aos prédios ou parte de prédios de interesse público, quando não beneficiem do estatuto de utilidade pública. A câmara aprovou ainda taxas reduzidas para a derrama, respetivamente de 0,95% para microempresas cujo volume de negócios é inferior a 150 mil euros; e de 1,2% (redução de 20% sobre a taxa máxima legal de 1,5%) sobre restantes sujeitos passivos de IRC.

“A Batalha afirma-se como um dos concelhos mais competitivos do país em termos dos impostos, taxas e tarifas em vigor, sendo igualmente aquele que regista um dos maiores valores de investimentos de fundos comunitários per capita da região Centro, bem assim expressa um forte crescimento do rendimento das famílias no período de 2015/2017, o que confirma o rumo que estamos a desenvolver”, conclui o autarca.

Produção e comércio de Carnes

PROTOCOLOS. O Município da Batalha assinou no dia 19 de setembro dois protocolos com a Altice Portugal relativos à expansão da rede de fibra ótica e de comunicações no concelho, cuja concretização permitirá melhores condições de acesso à Internet e o reforço da cobertura de sinal das comunicações móveis.

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Jornal da Batalha

Património Uma petição a D. Maria II para que aumentasse o território do concelho da Batalha O século XIX foi bastante atribulado para Portugal. No primeiro decénio com o terror das invasões francesas e depois com a presença inglesa que acabou por se tornar incómoda. Nos finais do 3º decénio e princípios do 4º com a guerra civil entrte absolutistas e liberais e, a partir de 1834, com a instabilidade dos governos não obstante a acção real que, agora dotada de menos poderes, pouco podia fazer. Embora necessárias porque era desajustada a quantidade de municípios, as reformas do sistema administrativo, cortando a torto e a direito no número de concelhos, criou situações de injustiça que frequentemente levavam o povo a apelar para a intervenção dos soberanos. O concelho da Batalha, criado em 17e 18 de Março de 1500 por diplomas do Rei D. Manuel I, foi por três vezes extinto e por três vezes restaurado, a última e definitiva restauração no reinado de D. Carlos I em Janeiro de 1898. Ora num desses graves momentos, em 8 de Abril de 1843, a Câmara batalhaense constituída por Manuel Ribeiro, presidente, António Roiz, vereador, e Joaquim Sales Simões Carreira (pai do que veio a ser o Comendador do mesmo nome e apelido), vereador fiscal, e com o apoio do administrador do concelho, Joaquim Teixeira Belo das Neves, enviou à Rainha D. Maria II a seguinte petição: “A Câmara Municipal da Batalha zelosa pelos interesses do seu Município, e constando-lhe nova divisão territorial julga de seu dever não se poder dispensar de ainda por esta vez levantar seus clamores aos pés do Trono de Vossa Magestade, e juntamente as reflexões em que baseia a existência daquele Concelho na firme

esperança que mereçam ser atendidos pelo governo de Vossa Magestade. “Foi aquela povoação elevada à categoria de Vila por El-Rei, Augusto Predecessor de Vossa Magestade, o Senhor D. Manuel, de saudosíssima memória,

está situada a dita Vila no centro da Freguesia que forma o seu distrito; é estrada militar, está junto da Estrada Real do Reino em muito pequena distância (trata-se da Estrada Real de D. Maria I), tem correio que lhe passa dentro três vezes

distrito, que ora lhe pertence, que tendo sido de cem a duzentos fogos, ora se acha de 574 por ter anexado parte da freguesia da Maceira. E assim com esta conservação e aumento do distrito tem concorrido para o aumento e lustre daquela Vila

estatística de 6.099 fogos, ainda ficará com 5.191; anexando-se mais a freguesia de Pataias, fogos 273 e de Alpedriz, fogos 156. Total 429, que se podem separar do concelho de Alcobaça, que constando pela última estatística de 2955 fogos ain-

por carta de 17 de Março de 1500, desde quando se tem conservado, e isto em atenção e para dar maior lustre e consideração à povoação onde existia, e existe, um dos mais famosos Edifícios pela sua sumptuosa, vasta e delicada fábrica, e que recorda os mais heróicos e gloriosos feitos da Nação Portuguesa. Ora, se estes foram motivos assaz fortes para a sua elevação, parecem ter a mesma senão maior força para a sua conservação, pois que concorrem, além destas, para isso diversas circunstâncias próprias duma tal categoria e vêm a ser, além de outras, que a este respeito se têm oferecido e devem constar na Comissão da Estatística em Cortes, as seguintes:

por semana, tem Paços do Concelho e cadeia suficientes, tem açougue e praça do peixe…, tem botica Casa da Misericórdia e Hospital dos melhores do Distrito, tem facultativos de ambas as classes, tem mercado ao Domingo, feira mensal de gado junto à mesma e feira anual de todos os géneros, tem lugar de mercearia e Capela mais que suficientes para fornecer todas as necessidades locais, etc., etc. e tem por igreja Matriz o referido Templo (trata-se já do Mosteiro). “Ora, todos estes estabelecimentos têm ido progressivamente em aumento desde que pelo Governo de V. M. (Vossa Magestade) não só foi conservada a existência mas ainda aumentado o

e Templo, da mesma forma a extinção do Concelho concorrerá infalivelmente para o seu aniquilamento, visto que por central, e pobre que fica sendo, nenhuma outra circunstância conhecida a poderá arruinar. “Acresce que como possa entrar em plano geral a não existência de Concelhos de pouca ou tão limitada povoação, é aquele Concelho pelos mesmos motivos da sua existência susceptível de maior aumento, e vem a ser anexando-lhe as Freguesias do Reguengo (o que veio a acontecer em 1855), fogos 302; Barreira, fogos 143; Azoia, fogos 107; Maceira, fogos 356; total de fogos 908, que se podem separar do Concelho de Leiria, que constando pela última

da ficará com 2526, e ainda unindo-se a Alcobaça o Concelho da Pederneira (hoje, da Nazaré) fogos 884, ficará sendo de 3410; somados todos os fogos destas freguesias pretendidas 1337 e que junto a 555 daquele concelho da Batalha faz o total de 1892 e pelo aumento que têm tido as povoações, depois da última estatística, normalmente se poderá afirmar que ficará sendo de 2000 ou mais fogos. Não obste, contudo, qualquer consideração relativa à longitude (sic) e comodidade dos povos, porque a freguesia do Reguengo dista da Batalha uma légua – de Leiria duas; a da Maceira dista da Batalha uma légua, de Leiria duas; a da Azoia dista da Batalha uma légua,

de Leiria duas (creio que as contas aqui estarão um pouco erradas); a da Barreira dista da Batalha uma légua, de Leiria o mesmo (?); Pataias dista da Batalha duas léguas e de Alcobaça duas e meia; a de Alpedriz dista da Batalha duas léguas e de Alcobaça duas e meia; e isto as sedes destas duas porque os povos pertencentes às mesmas se estendem a Norte e, por isso, gradualmente se vão afastando mais de Alcobaça. “Não é só de agora conhecida a centralidade da mesma Vila na extensão mencionada, porque no tempo da existência da Milícia abrangia a Companhia da Batalha essas freguesias e se com alguma pequena excepção (sic) como a Casa da Misericórdia, que sustenta o Hospital tenha quase todos os seus fundos em dinheiros mutuados a juro, todos estes mesmos povos, que na maior parte lhe são devedores, estão na dependência por isso de concorrerem àquela Vila a tratar destes e doutros negócios de que todas as ditas freguesias aí concorrem indivíduos, em maior ou menor número e desta dependência e concorrência se segue uma simpática tendência…”. Segue-se o pedido à Rainha D. Maria II para que o governo de Sua Magestade considere este pedido e as suas razões, o que comentarei no próximo número. A imagem do estandarte do Município da Batalha, transcrevo-a com a devida vénia, da edição nº 5, Fevereiro de 2018, do Boletim do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha. A propósito, Caro Leitor, já visitou este magnífico Museu?

José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (198)


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Cultura

Conservatório de Música e Artes com dança pela Academia Arabesque m As aulas passam a ter a orientação e coordenação da professora de origem cubana Yolexis Santana Vila O Conservatório de Música e Artes do Centro (CMAC) concretizou um protocolo com a Academia Arabesque que vai coordenar o curso de dança no conservatório. As aulas de dança passam a ter a orientação e coorde-nação da professora Yolexis Santana Vila. Yolexis Santana Vila é bailarina de origem cubana, está em Portugal desde 2004 e é diretora da Academia Arabesque, em Ourém, que fundou em 2010 e que tem conquistado prémios nacionais e internacionais. Para Yolesis Santana Vila, esta parceria com o CMAC “é um caminho natural”, pois considera que “a dança é uma mais valia para a música, assim como, a música é para a dança”. Com este novo desafio a diretora da Academia Ara-

besque quer “levar a dança mais além e fazer uma formação adequada a cada criança”, garantindo que a especificidade deste ensino ajuda até na concentração escolar. “Os alunos de dança, sobretudo os de alto rendimento, conseguem desempenhos excelentes na escola, pois quando estão na dança estão focados na dança e quando estão na escola estão focados nas suas apren-dizagens. Aprendem a ser organizados e a cumprir horários”. A Academia Arabesque tem quase de 200 alunos, distribuídos pelas diferentes valências, desde o regime livre, passando pelo alto rendimento e este ano com a inclusão do regime articulado com a componente de dança. Nesta parceria com o conservatório, as aulas são ministradas nas instalações do Conservatório de Fátima. O Conservatório de Música e Artes do Centro assegurará, no âmbito do protocolo estabelecido, as aulas de música aos alunos do regime articulado. “O conservatório é já uma referência na música e nós queremos fazer isso tam-

bém com a dança”, afirma a professora, que assume ter boas expectativas para esta nova etapa: “Queremos ter mais dinâmica, mais mú-sica e dança integradas, mais projetos. Aliás temos o projeto de apresentar o excerto do II acto do bailado do Lago dos Cisnes com orquestra ao vivo”. Este primeiro ano será o início para conseguir fixar o ballet clássico, que, para Yolexis é a “base da dança. Os resultados aparecerão se houver consistência e por isso queremos criar uma base sólida, com metodologia, seguindo a escola de Cuba. E para fortalecer o quadro de professores virão mais professores de dança de Cuba ainda este ano”, garante a professora. Há várias atividades e projetos em preparação, as aulas já começaram. O caminho é exigente e quer-se de excelência nesta conjugação de artes. E quanto à dança, Yolexis lança um desafio: “É preciso que as pessoas percebam o que é a dança. A dança é mais do que ocupação dos tempos livres. Queremos fortalecer a dança, queremos

“A Visita do Marquês” promove património junto dos estudantes O Auditório do Mosteiro da Batalha recebeu no dia 19 de setembro a sessão de apresentação da obra “A Visita do Marquês”, que reuniu mais de 250 alunos do Agrupamento de Escolas da Batalha A obra, dirigida ao público escolar, conta com textos de Luís Mourão e ilustrações de

Bruno Gaspar, desvendando histórias e curiosidades do Mosteiro da Batalha. A publicação integra o programa do serviço educativo do projeto Património Mundial do Centro e assume-se como mais uma importante valia para a promoção do património junto do público infantojuvenil.

A apresentação do livro contou com momentos teatrais pelos atores do grupo O Nariz Teatro, que ao longo do presente ano letivo manterão o programa de visitas dramatizadas ao Mosteiro da Batalha, numa parceria que junta o Mosteiro da Batalha, a autarquia e o MCCB - O Museu de Todos.

p Yolexis Santana Vila é bailarina de origem cubana formar bailarinos e, isto às vezes assusta as pessoas. Queremos que haja espaço

para quem quer apenas dançar, mas também queremos uma formação consistente

para quem quer ser bailarino”, sublinha Yolesxis Santana Vila.


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Batalha Atualidade

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“Faço Paragem” ao desperdício e ao consumo sem cuidados mCampanha de sensibilização ambiental conjunta da câmara municipal e da Suma - Serviços Urbanos e Meio Ambiente A campanha de sensibilização ambiental “Faço Paragem”, que promove o aproveitamento de resíduos no concelho, foi lançada no dia 17 de setembro, no Largo 14 de Agosto de 1385, em resultado de uma iniciativa conjunta da câmara municipal e da Suma - Serviços Urbanos e Meio Ambiente. O projeto materializa-se na decoração de 20 paragens de autocarro com painéis temáticos que alertam os passageiros sobre o consumo consciente e a valori-

zação dos resíduos de embalagens. Destinada à mobilização da população adulta para a adoção de rotinas de sustentabilidade, no papel de consumidor, “Faço Paragem” alerta ainda os consumidores para a necessidade da redução de resíduos de embalagens, através da prevenção na origem e do seu encaminhamento para a reciclagem Por exemplo, a paragem Largo 14 de Agosto de 1385 está agora colorida com diversas mensagens relacionadas com o ambiente. “Sabia que ao usar um saco reutilizável, poupa cerca de 50 euros por ano?”, é o exemplo de uma das mensagens com que os utilizadores de transportes coletivos podem ler. “Esta iniciativa vai per-

p 20 paragens de autocarro decoradas com painéis temáticos mitir aos utilizadores do transporte coletivo usarem o tempo de espera na paragem de autocarros para acederem a pequenas dicas

sobre vantagens individuais da adoção de um estilo de consumo consciente”, explica a Suma. “Este projecto, de âm-

Policlínica D. Nuno inaugurou polo em São Jorge

bito educativo, pretende transmitir dicas para a redução de resíduos e desperdícios, com mensagens, em autocolantes, de litera-

cia ambiental”, explica a responsável pela área de Educação e Sensibilização Ambiental da Suma, Alexandra Pericão.

Festival de Teatro Acaso apresenta “química cómica” O Festival de Teatro Acaso, organizado pelo O Nariz Teatro, com o apoio da Câmara da Batalha, volta ao auditório municipal para um espetáculo com entrada gratuita. No domingo, dia 20 deste mês, pelas 16h00, é apresentada a peça “Quimicomic”, pela companhia Encerrado para Obras, uma comédia musical com “química cómica”. Lino Alcalino e Fiona Fosfato são um casal sui generis: ele é um químico maluco que canta o fado, ela é uma cantora brasileira que faz química culi-

nária. Lino passa os dias no laboratório, obcecado com as suas experiências científicas. Fiona irrita-se pois quer mais tempo para o amor. Para ser perdoado Lino diz-lhe palavras bonitas: “Meu amor, há química entre nós”, ela retorque: “Não, a química está entre nós!” Entre a química na cozinha e a química no laboratório, a dupla mostra-nos que tal como na química, no teatro, no amor e na vida, nada se perde, tudo se transforma!

ERRATA p A médica dentista Ana Rute Ribeiro (ao centro) é a sócia-gerente A Policlínica D. Nuno inaugurou no dia 23 de setembro o seu polo de Porto de Mós, em São Jorge, onde a partir de agora estão disponíveis as especialidades

de medicina dentária, fisioterapia (em parceria com a Cepomel) e análises clínicas (Laboratórios Beatriz Godinho). O polo de São Jorge da

Policlínica D. Nuno está instalado no edifício onde funcionou uma agência bancária, em frente ao hipermercado Continente, que foi remodelado e adap-

tado às suas novas funções. A sede da unidade de saúde funciona desde maio no bairro do Moinho de Vento – a 500 metros do Mosteiro da Batalha.

Na última edição escreve-se, na página 11, erradamente, que a primeira caixa-ninho para a coruja-das-torres foi colocada na Golpilheira, quando foi na Rebolaria. E o presidente do Centro Recreativo da Rebolaria é, mais concretamente, Marco (Paulo Bagagem) Ramos. Pelo erro pedimos desculpa aos envolvidos e aos leitores.


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Necrologia Batalha

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Óbitos Maria Ferreira

(95 anos) N. 13-03-1924 - F. 30-09-2019 Residia em Garruchas, Reguengo do Fetal

Maria da Piedade Sousa Pinheiro (94 anos) N. 02-02-1925 - F. 26-09-2019 Residia em Batalha

AGRADECIMENTO Seus filhos, netos, bisnetos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que a acompanharam até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Por fim, um agradecimento a todos os colaboradores da Casa de S.João em Fátima pelo carinho e profissionalismo dedicado à sua familiar. A todos, muito obrigado.

AGRADECIMENTO Seus filhos, netos, bisnetos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que ao longo do tempo demonstraram carinho e preocupação e que agora, na hora do adeus a acompanharam até à sua última morada.

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós ( Loja D.Fuas)

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Maria de Lurdes Monteiro Bourdain

Para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Descansa em paz

Filomena Cereja da Silva, 88 anos. Viúva de António Pinho Carreira Azevedo. Residia em Casal do Relvas, Batalha. Faleceu dia 26/09/2019 e foi sepultada no cemitério de Calvaria de Cima. António da Conceição Gomes, 91 anos. Viúvo de Ana Martins Carreira. Residia em Reguengo do Fetal. Faleceu dia 29/09/2019 e foi sepultado no cemitério de Reguengo do Fetal. Maria Margarida Monteiro Matias, 86 anos. Viúva de Alfredo Neto Barros. Residia em Batalha. Faleceu dia 01/10/2019 e foi sepultada no cemitério de Batalha. Tratou: Funerária Santos & Matias Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Manuel Filipe Ferreira

(77 anos) N. 10-06-1942 - F. 30-09-2019 Natural de Cividade, Golpilheira Residia em Cividade,Golpilheira AGRADECIMENTO Seus Filhos, Genro, Nora, Netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado…

(76 anos) N. 25-04-1943 - F. 19-09-2019 Natural de Porto de Mós Residia em Casal Mil Homens, Golpilheira AGRADECIMENTO Sua Esposa, Nora, Genro, Netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado…

Tratou: Agência Funerária Espírito Santo - Telf.: 916511369

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António Adelino Ferreira

Luís Leal dos Santos, 76 anos. Casado com Maria Zélia Henriques Pereira dos Santos Natural e residente em Pinheiros, Batalha Faleceu dia 19/09/2019 e foi sepultado no cemitério de Batalha.

Joaquim Pereira Ferreira

(88 anos) N. 11-05-1931 - F. 21-09-2019 Natural de Leiria Residia em Casal Mil Homens, Golpilheira AGRADECIMENTO Seus Filhos, Noras, Netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado…

(82 anos) N. 03-04-1937 - F. 26-09-2019 Natural de Mouratos, Batalha Residia em Golpilheira AGRADECIMENTO Seus Filhos, Genro, Noras, Netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado…

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Passeio dos Reformados A Junta de Freguesia do Reguengo do Fetal organiza, a 26 deste mês, o Passeio Convívio dos Reformados, residentes na rreguesia. As inscrições devem ser efetuadas até ao dia 21, na junta, associação da Alcaidaria e Alcanadas e no Centro Recreativo da Torre.

OUTUBRO 2019

Mosteiro e Templo de Borobudur estabelecem protocolo pioneiro m Localizado na Java Central, Indonésia, é o maior templo Budista do mundo, datando a sua construção dos séculos VIII e IX dC O Mosteiro da Batalha estabeleceu no dia 30 de setembro um protocolo de colaboração com o Templo de Borobudur, na Indonésia, considerado o maior templo budista do mundo. “Este acordo é pioneiro no contexto dos monumentos portugueses com o estatuto de Património da Humanidade e promoverá o reforço

de parcerias e intercâmbios culturais e turísticos entre dois monumentos Património da Humanidade”, explica o diretor do Mosteiro da Batalha. Joaquim Ruivo, adiantando que, “naturalmente, este protocolo reforçará os laços entre as ambas as culturas, povos e nações”. O protocolo integra-se, no que diz respeito ao Mosteiro da Batalha, na sua “estratégia de valorizar e promover o relacionamento internacional, criado pontes relacionais que apoiem a investigação, o conhecimento e a promoção conjunta”. “Promover a parceria na partilha de conhecimentos

p Templo de Borobudur, na Indonésia e boas práticas, o intercâmbio de programas culturais e a formação e criação de novas oportunidades para a promoção turística e cultural e fortalecer a amizade e

cooperação entre a República Indonésia e a República de Portugal”, são os objetivos do acordo, segundo Joaquim Ruivo. O diretor do monumento

português considera ainda que “reforçará os laços entre ambas as culturas, povos e nações”, no sentido de “valorizar e promover o relacionamento internacional,

criando pontes relacionais que apoiem a investigação, o conhecimento e a promoção conjunta”, como é estratégia do Mosteiro da Batalha. O Templo de Borobudur está localizado na Java Central, Indonésia, e é o maior templo Budista do mundo, datando a sua construção dos séculos VIII e IX dC. Está construído em três plataformas e as paredes e balaustradas estão decoradas com finos baixos relevos, cobrindo uma área total de 2.500 m2. Em redor das plataformas circulares encontram-se 72 estupas (pagodes), cada uma contendo uma estátua de Buda. Publicidade

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