JORNAL DA BATALHA ABRIL 2014

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| DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXIII nº 285 | Abril de 2014 | PORTE PAGO

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Bombeiros ajudaram a população 4.425 vezes

Batalha

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Estacionamento. aumenta. para o dobro.

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Ciclovia à beira do Lena liga vila a Leiria e Porto de Mós

Escuteiros batalham para formar jovens

Vida de tecedeira dá pano para mangas Publicidade

T 244 870 500 R. da Graça - 4-10 - Leiria www.opticacunhafonseca.com


Foto:

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Opinião Espaço Público

abril 2014

s A opinião de António Lucas

Jornal da Batalha

Y cartas Presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Uma criança autista é igual às outras

MCCB – Museu da Comunidade Concelhia da Batalha O nosso museu, faz anos. Tratando-se de algo importante e de que gostamos, devemos dar sinais dessa consideração, nem que seja uma vez por ano. O mais importante em qualquer projeto ou organização, são, sem qualquer margem de dúvida, as pessoas envolvidas e a capacidade para que se atinja um forte e efetivo envolvimento, como se de algo seu se tratasse. O MCCB não podia fugir à regra. Foi um projeto longo, difícil (o espólio era diminuto ), motivante, aliciante, desafiante, e ajudou sem margem para dúvidas, a contribuir para a consolidação da excelente imagem do concelho da Batalha. O espaço físico, foi o primeiro desafio, colmatado pelos elevados valores culturais sempre evidenciados pelo Sr. João Ramos, diretor da Caixa de Crédito Agrícola Mutuo da Batalha, através do qual foi possível montar a parceria que levou à passagem para a posse da Câmara, do edifício onde se encontra instalado o MCCB, motivando os seus pares, dos restantes órgãos sociais a apoiarem o projeto. Uma pessoa que fez toda a diferença. O espólio foi outro enorme desafio, ganho novamente, pela excelência dos envolvidos, que souberam motivar os parceiros públicos e privados a confiarem no projeto que estávamos a desenvolver.

Tarefa hercúlea, mas que resultou em mais uma importante etapa transposta, embora sempre em evolução e inacabada. Várias pessoas que fizeram toda a diferença. Para a execução dos múltiplos projetos, teve lugar o envolvimento de diversos especialistas em variadíssimas áreas de intervenção, tais como, museologia, museografia, arquitetura, acessibilidades, espeleologia, paleontologia, etnografia, cultura popular, arqueologia, arqueologia industrial, história, engenharia, carpintaria, construção, luminotecnia, tecnologias de informação e comunicação, etc, etc. Também aqui, foram as muitas pessoas envolvidas, a fazerem a diferença. Foi mercê do envolvimento, do trabalho e da competência de todos os anteriormente citados, onde se inclui a excelente equipa da Câmara, que resultou neste projeto de excelência, que muito nos orgulha e deve continuar a orgulhar. Não é todos os dias, que temos oportunidade de dar os parabéns a um aniversariante, que foi só o melhor museu português de 2012 e um dos quatro melhores da europa em 2013. Se duvidas houvesse, mais uma vez fica aqui demonstrado que as organizações valem, pelo valor, competência, dedicação, empenho e espírito de

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444)

grupo dos seus recursos humanos. São estes que fazem a diferença. Foram estes que fizeram com que fosse possível competir com museus que custaram 100 vezes mais e mesmo assim conseguíssemos ganhar. Não foram os investimentos materiais que fizeram a diferença, foram as pessoas. Como sempre. Pena das organizações que não percebam isto. Parabéns ao museu e a todos os que se envolveram no projeto. PESSOA. O Padre José Vieira de Oliveira, foi durante longos anos pároco da freguesia de Reguengo do Fetal. Graças ao seu empreendedorismo e à sua consciência cívica e social, os miúdos de uma pequena aldeia, há mais de 50 anos, puderam usufruir dos serviços de jardim de infância, com apoio na alimentação. Mais tarde desenvolveu o Centro Paroquial de Assistência de Reguengo do Fetal, equipamento de creche, jardim de infância, centro de dia, apoio domiciliário e lar, que tem vindo a prestar serviços fundamentais á freguesia, ao concelho e á região. Merece sem duvida ser recordado.

Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)

“Podíamos fazer uma Tertúlia Azul, no Dia Mundial da Consciencialização do Autismo! Eu ajudo, posso dar o meu testemunho de mãe.” Foi assim que tudo começou, com uma proposta da mãe do Afonso, criança com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA). O Jardim da Isabel aceitou o desafio, celebrando assim, no dia 2 deste mês, o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo. Este dia foi decretado pela ONU - Organização das Nações Unidas, em 2007, com o objetivo de aumentar o conhecimento do autismo e fornecer mais informações sobre a intervenção precoce. O desafio inicial foi envolver todas as crianças, pais, familiares e comunidade, vestindo azul celeste neste dia, desta forma ser-nos-ia possível provocar a curiosidade e explicar o que é o autismo, quais os sinais de alerta e como ajudar uma criança com PEA. Para isso, todas as crianças trabalharam nas suas salas, ouvindo histórias, vendo filmes e conhecendo crianças identificadas com PEA, algumas delas colegas de sala. No dia só era permitido desenhar com azul, pintar com azul, fazer plasticina em azul, experimentar diferentes técnicas de pintura, mas sempre em tons de

azul. Todas as crianças vieram vestidas de azul e assim festejámos com alegria o Dia Azul. Às 18h00 na Tertúlia Azul ouvimos três perspetivas diferentes do autismo. Uma mãe, Susana Costa, que nos falou de como foi receber o diagnóstico, como a família se adaptou, como vivem hoje com o Afonso e a necessidade de fazer passar esta mensagem para que mais pessoas entendam e aceitem todos os meninos azuis. Uma médica, drª Arlete Crisóstomo, conhecida pela sua vasta experiência no diagnóstico precoce de crianças com necessidades especiais e nesta dura missão de dar a notícia aos pais. E por último, a educadora Ana pertencente à Equipa Local de Intervenção Batalha – Porto Mós, que passou a mensagem que quanto mais precocemente trabalharmos melhores resultados conse-

guimos, sempre de forma lúdica com o objetivo de automatizarmos todas as tarefas do dia-a-dia, dando-lhes a garantia dum futuro seguro. Em comum sentia-se o amor e o desejo de ver vencer todos os meninos azuis. Foi uma semana de coração azul, onde todas as crianças perceberam que ser autista é ser uma criança igual mas que precisa de mais tempo para realizar as tarefas, precisa de mais paciência para compreender, precisa de ajuda para encontrar soluções, precisa de mais tempo para aprender a falar e se exprimir. Mas, como perguntou o F. no momento de avaliar o dia, “a mãe do Afonso disse que o autismo é uma coisa boa?!”… Pode. Se profissionais de saúde souberem diagnosticar cedo, se os pais conseguirem aceitar a diferença e se os educadores ajudarem a encontrar soluções para as suas dificuldades e paciência para os seus tempos. Assim ser autista pode ser só uma maneia diferente de ver o mundo! O Jardim da Isabel agradece a todos os que se associaram a este dia e promete, para o próximo ano, voltar em tons de azul, mas desta vez queremos pintar a vila! Sónia Jordão Costa Batalha

Fiscalização à compra de carros blindados e submarinos É isto: o Sr. António Seguro, secretário-geral do PS, disse e bem, que vai exigir uma fiscalização no Parlamento à compra dos carros blindados e submarinos, realizada por Paulo Portas. Estaremos de acordo, desde que seja uma fiscalização feita por pessoas competentes e independentes.

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Esqueceu-se, porém, o Sr. Seguro que não está seguro de si próprio para exigir, na mesma altura, uma fiscalização exaustiva aos dois governos do PS, liderados por José Sócrates, principalmente ao próprio primeiroministro e ao ministro dos transportes, Mário Lino, sobre quem recaem tantas

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

suspeitas. Arguidos nunca são e o primeiro já teve direito a um ano de estágio em França à conta do Zé Povinho, claro, porque o homem estava ‘teso’ e pelos vistos já está em grande forma para se lançar ao ataque. Manuel Gomes João

Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.

Golpilheira


Jornal da Batalha

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Espaço Público & Opinião

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Baú da Memória Uma gravura do Século XIX Expressiva gravura do último quartel do século XIX, dando-nos conta de quanto a grilhagem de cantaria, as colunas e as escadas, aumentavam e valorizavam o espaço monumental. Trabalho também do século XIX, do tempo do arquitecto Lucas José dos Santos Pereira, cujo nome poucas vezes é nomeado no nosso tempo mas que foi com Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque um dos grandes arquitectos restauradores do Mosteiro, dotava o monumento com uma entrada digna, evitando, igualmente as enxurradas de água e lama por ocasião dos temporais. Não obstante, ainda nos anos 30 do século passado, chuvas torrenciais haviam de invadir a igreja conventual. A gravura mostra-nos um edifício de bonita traça que confinava a sul com a rua do Cano e a norte com o prédio onde esteve a Pensão Central (de Romana Santos). O edifício foi demolido no século XX para dar lugar

_ Editorial

Carlos Ferreira Diretor

Os nossos combatentes

a outro mais alto, embora de 1º andar, e desgracioso, onde, no rés-do-chão esteve o Centro Comercial e a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. Em cima era casa de habitação. Neste feliz desenho vêem-

se figuras de gente da terra e possivelmente de visitantes e um pedaço do outeiro fronteiro ao monumento, o outeiro onde em 1914 o arqueólogo Dr. Mesquita de Figueiredo havia de descobrir uma estação paleolí-

tica, o que é tema do “apontamento sobre a história da Batalha” deste mês. José Travaços Santos

Y cartas

Luís de Oliveira: um alcanadense ilustre Acaba de falecer em França este português ilustre, simples, educado, trabalhador e patriota. Filho de pais humildes e trabalhadores, o Luís foi de Alcanadas aos 19 anos para as fábricas de Mira de Aire (trabalhou nos lanifícios Vitória), onde casou com a Emília, em 1956, e teve dois filhos. Foi sempre muito agarrado à solidariedade e à amizade e por ajudar os seus companheiros da fábrica foi preso pela PIDE, na época do fascismo e da ditadura de Salazar. Esteve preso nos calabouços da polícia política em Lisboa mais de seis meses. Ali sofreu as maiores atrocidades dos esbirros da ditadura.

Uma das recordações mais macabras da prisão foi quando a sua esposa, Maria Emília e seu filho, José Luís o foram visitar à prisão em Lisboa. A criança de um ano apenas, ao colo mãe, quis ir dar um beijo ao pai. A mãe convenceu o polícia a autorizar que o Luís pudesse beijar o seu pai! O polícia, certamente sensibilizado com o drama a que estava a assistir, cedeu ao coração e transportou o Zé Luís ao seu pai, que estava na “Gaiola”. A emoção chegou ao apogeu com as lágrimas naturais da esposa do Luís Oliveira, do polícia, e da sua filha Maria João, também presente. O drama começou a desen-

har-se, pois o Zé Luís, criança que era, não queria, de maneira alguma, sair dos braços do pai que estava preso! Estas histórias verídicas mostram bem a época do salazarismo e da ditadura no nosso País, nos anos 1928 a 1974. Luís Oliveira nunca mais andou descansado depois da sair das grades da prisão de Caxias - olhado como comunista em Mira de Aire e perseguido, decidiu exilar-se em Paris, fazendo a pé a maior parte do percurso Mira de Aire - Paris! Em Paris foi recebido por amigos de Alcanadas, que lhe desencantaram trabalho e dormida! Depois, naturalmente, continuou em novos

moldes a sua luta para dignificar Portugal, conquistar a liberdade, a paz e a democracia no País dos seus pais. Alcanadas e Mira de Aire estavam no seu coração. Em França, o país da liberdade, igualdade e da fraternidade, conquistou a confiança dos cidadãos e dos eleitores da cidade de “Bezons”, onde habitou a maior parte da sua vida, sempre nas lutas diárias para a emancipação e dignidade dos concidadãos, em especial os seus compatriotas portugueses! Faz parte da história de França e de Portugal. José Batista de Matos França

A edição que o leitor tem nas suas mãos destaca três grupos de cidadãos que merecem o maior respeito da nossa sociedade pela forma como contribuem para a segurança, formação e defesa do País. Os bombeiros voluntários, os escuteiros e o antigos combatentes representam, no conjunto, muito do melhor que une as pessoas, mesmo quando colocadas perante condições extremas, como uma guerra ou outra tragédia mais comum no dia a dia. O maior destaque deste jornal é dado aos Bombeiros Voluntários da Batalha, que este mês comemoram 36 anos de atividade. O seu trabalho está bem refletido nos 4.425 serviços que fizeram no ano passado. Um trabalho de inquestionável relevância desenvolvido por uma centena de homens e mulheres, a esmagadora maioria recebendo em troca apenas a satisfação do dever cumprido. Os nossos escuteiros são ‘ligeiramente’ mais velhos. O agrupamento 194 Batalha assinala, também este mês, 50 anos de existência. O seu combate difere do dos soldados da paz, mas é igualmente fundamental, sobretudo para as crianças e jovens. Para o confir-

mar basta atentar nas seis áreas orientadores da formação escutista: social, física, afetiva, espiritual, intelectual e do caráter. O objectivo é “formar pessoas úteis, saudáveis e felizes”. Haverá tarefa mais difícil? Noutro pilar da nossa sociedade, num combate em que esta palavra significa vezes demais a maior das tragédias da vida, estão os ex-combatentes, anualmente homenageados no Mosteiro da Batalha. Este ano, as cerimónias do Dia do Combatente, do 96º Aniversário da Batalha de La Lys e da 78º Romagem ao Túmulo do Soldado Desconhecido, ficaram marcadas por mais um ato de nobreza e caráter. A Liga dos Combatentes considera oportuno pedir o perdão e a amnistia a título póstumo para o único soldado português sujeito a julgamento sumário e fuzilamento durante a 1ª Grande Guerra Mundial.


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Batalha Atualidade

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Atualidade

Projeto prevê ciclovia no Lena com ligação a Leiria e Porto de Mós m A obra está dependente de fundos comunitários. A câmara vai “apresentá-lo como prioritário” à comunidade intermunicipal

Uma ciclovia nas margens do rio Lena poderá ligar no futuro o concelho da Batalha aos municípios de Porto de Mós e Leiria. A câmara está “empenhada” na concretização do projeto, que implica a obtenção de fundos comunitários. Os quatro municípios (incluindo também a Marinha Grande) unidos pelos rios Lis e Lena, têm a intenção de apresentar uma candidatura intermunicipal, no âmbito do próximo ciclo de fundos comunitários – denominado “Portugal 2020”, que viabilize a construção da ciclovia. “O município da Batalha já dispõe de um projeto desde a vila até à ponte de

será viável para município da Batalha com o apoio de fundos comunitários”. Assim, “só após o início de execução dos programas financeiros, o que se prevê para o segundo semestre deste ano ou início de 2015, será possível o seu desenvolvimento”. Para a câmara, “este projeto qualifica as margens do Lena, promove objetivos ambientais e sustentabilidade do território e fa-

vorece hábitos de vida saudáveis”. Como estes fatores estão inscritos no acordo de parceria apresentado por Portugal às autoridades europeias, “colocamos muito empenhamento na sua concretização e iremos apresentá-lo no quadro dos projetos prioritários para desenvolvimento pela Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria”, concluiu Paulo Batista Santos.

Centro hospitalar da Batalha já tem acordo com a ADSE A Misericórdia da Batalha anunciou a assinatura no início do mês de uma convenção com a ADSE para a realização de exames complementares de diagnostico e terapêutica, e consultas no Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição (CHNSC), nas Brancas. “Este acordo era uma aspiração antiga, conside-

rando que desde a abertura do CHNSC, em 2008, se tinham iniciado as diligências e contactos com este organismo, que culminaram só agora com a outorga do acordo”, refere a misericórdia em comunicado. O acordo foi assinado no dia 4 deste mês de abril pelo provedor da misericórdia, Carlos Agostinho, e pelo diretor da ADSE, Luís

Pires, em Lisboa. O CHNSC está dotado de capacidades técnicas e humanas para a realização de exames de raio X, TAC, mamografias, osteodensitometrias e ecografias, exames complementares de cardiologia e de pneumologia, e tratamentos de fisioterapia. Dispõe ainda de um serviço diário de consultas

A Casa do Benfica na Batalha elegeu, a 24 de março, os órgãos sociais para o mandato 2014/2017, que tomaram posse passados cinco dias. Assembleia geral: Germano Santos Pragosa (presidente), José Louro Cardoso (vice-presidente), Afonso de Sousa Marto (1º secretário), João Carlos Borges Vieira de Jesus (2º secretário) e Manuel de Sousa Neves (vogal suplente). Direção: José Manuel Matos Guerra (presidente), Rui Manuel Frazão Batista dos Santos (vice-presidente), Fábio Andrá Correia Monteiro Gomes (di-

retor administrativo e financeiro), Joaquim Matos Guerra (diretor de instalações e equipamento) Luís Miguel Moniz Guerra (diretor de atividades culturais, sociais e desportivas), Renato Alexandre Russo Paulino (vogal), Catarina Alexandra Monteiro Vieira (vogal suplente) e Hugo Manuel de Almeida Casado (vogal suplente). Conselho fiscal: Paulo José Alves Ferreira (presidente), Afonso Jorge Ferreira Vieira (secretário), Casimiro Frazão de Sousa Carvalho (relator) e Alfredo Varino Cardoso (vogal).

Alcanadas passeia na Mata do Cerejal

p Já há um projeto desde a vila à ponte de Almagro Almagro, na freguesia da Golpilheira”, disse ao Jornal da Batalha o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, adiantando que o custo do “projeto que integra a ecopista, espaços de lazer e intervenções de consolidação e qualificação ambiental das margens do rio Lena, estima-se em cerca de 900 mil euros”. Segundo o autarca, a construção da ciclovia, “pelo seu valor expressivo, apenas

Casa do Benfica elegeu dirigentes

de clínica geral, e de uma equipa médica com alguns especialistas. A Misericórdia da Batalha “espera, com este acordo, incrementar a sua oferta na área da saúde, e ver os seus resultados aumentarem, qualitativamente e quantitativamente, já a partir deste ano”.

O Centro Recreativo de Alcanadas organiza a 11 de maio o Passeio Pedestre Mata do Cerejal – Rota das Tradições. A iniciativa começa pelas 9 horas e é aconselhável os participantes levarem um bem alimentar não perecível, apesar de a organização fornecer almoço, contra

o pagamento de nove euros. A Mata do Cerejal é uma zona natural bastante rica (inserida na Rede Natura 2000), quer em espécies animais, quer vegetais. O percurso tem seis quilómetros e uma duração de 2h20.

Quinta do Sobrado e Palmeiros ‘A descoberta das fontes’ O Centro Cultural e Recreativo Quinta do Sobrado e Palmeiros (CCRQSP) promove dia 25 deste mês o passeio pedestre ‘À descoberta das fontes’, na distância de 12 quilómetros, com uma duração prevista de 3h30 e considerado fácil de percorrer. A concentração está marcada para a sede do CCRQSP, às 8h30, e o passeio começa passada meia hora. À chegada, prevista para as 12h30, os caminheiros podem participar numa aula de zumba, com a professora Neuza,

e depois, pelas 13 horas, é tempo de retemperar forças com o almoço, composto de porco no espeto. As inscrições terminam dia 20 e há três modalidades. A primeira, designada de “simples”, é gratuita, outra dá direito ao ‘kit’ e custa seis euros e a terceira, que acrescenta o almoço sem bebidas, vale 10 euros. Os interessados em participar podem inscrever-se na sede do CCRQSP, através do email ccrqsp@sapo. pt, do telefone 244767068 ou na página do centro no Facebook.


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População recolhe dez toneladas de lixo na floresta e planta árvores s registo

m Ação de defesa do ambiente reuniu 80 pessoas em São Mamede que plantaram 50 árvores e limparam bermas de caminhos florestais

A Junta de Freguesia de São Mamede divulgou o resultado de algumas ações realizadas no último mês, entre as quais destaca a limpeza da floresta, que resultou na recolha de dez toneladas de lixo. A iniciativa “Dia Mundial da Árvore - Vamos limpar e plantar São Mamede”, no dia 22 de março, com o objetivo de sensibilizar a população de São Mamede para a proteção e limpeza da natureza, in-

Catequese tem melhores condições Noutra área, e “numa convergência de esforços entre a junta e a câmara”, foi encontrada uma solução para a melhoria das condições de aprendizagem das crianças do Casal Vieira que frequentam a catequese. A antiga escola primária da localidade foi adaptada para receber as aulas e as duas salas existentes transformadas em seis espaços individualizados. As obras foram inauguradas a 16 de março. A junta de São Mamede anunciou ainda o fim das obras de requalificação da rua da Sonda Demo (ligação a Pia do Urso), da estrada Fátima - Perulheira (ligação a Vale de Ourém), da Travessa da Padaria-Barreiro Grande, da rua Francisco Repolho - Lapa Furada e de um muro em Casal Velho.

p O objetivo da iniciativa foi sensibilizar a população para a proteção da natureza cluiu três momentos essenciais: a recolha de lixo, um almoço convívio e a plantação de árvores. As equipas, constituídas por um total de 80 pessoas, munidas de luvas e pás,

agrupadas em carrinhas de caixa aberta de alguns dos participantes, recolheram lixo espalhado pela freguesia, sobretudo junto a caminhos florestais. Após o almoço, os par-

ticipantes ajudaram na tarefa de “plantar São Mamede”, ‘lançando à terra’ 50 árvores, que os bombeiros regaram de imediato, e puderam levar um exemplar como símbolo da sua par-

ticipação na iniciativa, em que colaboram também a SUMA e os bombeiros da Batalha – secção de São Mamede. Nesta ação participaram ainda a vereadora Cíntia Silva, o presidente e secretário da assembleia mu-

DE AFFLELOU

nicipal, António Lucas e Silvestre Carvalhana, respetivamente; o padre João Carlos Rodrigues e o comandante dos bombeiros, Fernando Oliveira, além de elementos da assembleia de freguesia.


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Batalha Atualidade

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Colégio de São Mamede reúne ex-alunos ganha concurso e recebe menção honrosa m Os antigos estudantes participaram num ‘peddy paper’ e os atuais obtiveram o 1º lugar no Concurso de Português GPS e uma mensão honrosa numa iniciativa da Visão Júnior

O Colégio de São Mamede divulgou um conjunto de atividades em que estiveram envolvidos, no último mês, os alunos do estabelecimento de ensino, entre as quais um encontro de antigos estudantes, concursos e o Parlamento dos Jovens. O encontro reuniu, a 24 de março, duas dezenas de ex-alunos, que iniciaram o dia com um ‘peddy paper’, no pinhal envolvente do colégio. O convívio prosseguiu

p O encontro reuniu duas dezenas de ex-estudantes com música, rifas, bar dos finalistas e consulta de álbuns de fotos antigas, motivos para “um bom ambiente de ‘galhofa’ e ‘fofoca’”. Os alunos, professores e funcionários relembraram os tempos passados no colégio, num ambiente em que não faltaram “umas boas

gargalhadas à custa da lembrança de peripécias” passadas nalguns dos 19 anos de existência do estabelecimento de ensino. O diretor da escola, Manuel António Madama, mostrou “regozijo” pela iniciativa, desejando aos antigos alunos “muitas felici-

dades e a realização de um novo encontro em 2015”. Entretanto, no dia 20 de março, o Colégio de São Mamede obteve o 1º lugar do Campeonato de Português GPS, na categoria de 1.º ciclo. As equipas do 2º e do 3º ciclo também ficaram bem classificadas.

A escola foi representada pelos seguintes alunos: ‘A cor das vogais (1.ºciclo)’, Rodrigo Machado, Rodrigo Perestrelo e Rui Gouveia; ‘As Sementinhas (2.º ciclo)’, Ana Sofia Castro, António Pereira e Marta Silva; ‘Sonetos (3.º ciclo)’, Nataliya Chornopyska, Mariana Pereira e Anita Amado. Noutro concurso, em fevereiro, apadrinhado pelo escritor António Mota, a revista Visão Júnior atribuiu ao colégio uma menção honrosa. O resultado deve-se ao Departamento de Educação Especial e envolveu um grupo de alunos com necessidades educativas especiais, que, com ajuda da professora de Educação Especial, leram o livro ‘Pedro Alecrim’. Os alunos, usando a imaginação, transformaram-se depois em pequenos escritores, continuando a história de Pedro. Finalmente, a 24 de março, realizou-se no cineteatro de

Porto de Mós a sessão distrital do Parlamento dos Jovens 2014, sobre o tema: ‘Drogas - evitar e enfrentar as dependências’, em que estiveram presentes 21 escolas do distrito de Leiria, incluindo o Colégio de São Mamede. Este estabelecimento de ensino, à semelhança dos restantes, apresentou um projeto de recomendação, debatido e eleito na escola, esclarecendo o trabalho feito no espaço aula/ escola. “Pensamos que esta experiência contribuiu para nos ajudar a melhorar a nossa capacidade de expressão escrita e oral, bem como para a melhoria do nosso comportamento e atitudes perante dificuldades ou em explicar uma opinião/ideia para uma assembleia”, consideram Margarida Marcelino (9.º A), Maria Gabriel Peixe (9.ºB) e João Ferreira (9.º C).

João Gregório

Exposição mostra pintura de crianças e adultos

p Os trabalhos serão expostos na Galeria Mouzinho de Albuquerque

O UP-Centro de Estudos anunciou este mês a realização de uma exposição com os trabalhos dos alunos de desenho e pintura na Galeria Mouzinho de Albuquerque, na Batalha, no âmbito das comemorações do primeiro aniversário das aulas destinadas a crianças e adultos. Para assinalar o primeiro ano de aulas coletivas, iniciadas no final de março de 2013, os alunos e a professora promovem a exposição, de 9 a 25 de maio, e

aulas abertas à terça-feira à noite e ao sábado de manhã. A mostra tem como objetivo divulgar junto da comunidade o trabalho desenvolvido no UP-Centro de Estudos, situado junto à Ponte Nova. As aulas são ministradas nas instalações do centro por Joana Gonçalves, licenciada em animação cultural, com formação académica em artes visuais e a tirar uma formação em pintura a óleo.

Não há limites de idade para os alunos e as aulas decorrem dois dias por semana. “Nas aulas existe uma prevalência em dar a conhecer os vários materiais que existem no seio das artes, pois o maior contacto com diversos âmbitos plásticos facilita a aprendizagem e a apropriação de uma identidade artística própria. A prática do desenho em diversos contextos é igualmente importante”, refere Joana Gonçalves.

António Caseiro Pós Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Mestre em Fiscalidade Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Ediİcio Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 • Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 • Site: www.imb.pt • e-mail: imblda@mail.pt


Jornal da Batalha “Fio da Memória” com prazo alargado Está a decorrer até dia 30 deste mês o prazo para a participação no 6º Concurso Literário “O Fio da Memória – O Conto”, uma organização da câmara da Batalha, com o apoio do Jornal da Batalha e dos estabelecimentos de ensino do concelho. O concurso apresenta duas vertentes: trabalhos escritos e ilustrações, e dirige-se aos alunos do concelho matriculados nos 2º e 3º ciclos e no ensino secundário. O nome dos vencedores do concurso é divulgado no dia 17 de maio, na Feira do Livro e do Jogo.

Freguesias com mais competências A Câmara da Batalha celebrou este mês acordos para a transferência de competências com as juntas de freguesia, no âmbito de serviços e atividades de proximidade e de apoio direto às comunidades. Assim, passam para a alçada das juntas a limpeza das vias e dos espaços públicos, sarjetas e sumidouros; pequenas reparações nos estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1º ciclo, fornecimento de bens de consumo corrente às escolas daqueles níveis e a execução de muros de vedação e de suporte de terras.

Vila desliga luz na ‘Hora do Planeta’ As luzes dos edifícios da câmara, do Museu da Comunidade e do mosteiro estiveram desligadas na noite de 29 de março, durante uma hora, no âmbito da iniciativa mundial ‘Hora do Planeta’, que visa a proteção do meio ambiente. As luzes dos edifícios e do monumento foram desligadas entre as 20h30 às 21h30.

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Emigrantes espalhados pelo mundo constituem a ‘5ª freguesia’ da Batalha m Autarquia anuncia Comissão da Diáspora Batalhense para distinguir e aproximar da sua terra natal os mais de cinco mil expatriados do concelho A Câmara da Batalha vai criar a Comissão da Diáspora Batalhense, com o objetivo de “reconhecer” os expatriados do concelho que “mais se distinguiram na dinamização dos encontros de emigrantes”. A constituição da associação sem fins lucrativos tem também a intenção de “juntar os batalhenses emigrantes mais influentes que possam ajudar a aumentar as oportunidades nos respetivos países de acolhimento para as empresas e cida-

p Paulo Batista Santos quer que emigrantes sejam embaixadores do concelho dãos” do concelho, adianta a câmara. Ao município compete ainda “melhorar as condições de acolhimento e de apoio aos emigrantes, bem como pugnar pela valorização da diáspora batalhense”. O presidente da câmara,

Comissão quer população envolvida no Laço Azul A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Batalha apela à população, empresas, entidades e associações que participem na campanha Laço Azul, que decorre este mês, dedicado à prevenção dos maus tratos na infância. A CPCJ da Batalha procura, assim, “consciencializar a comunidade para a importância da prevenção dos maus-tratos na infân-

cia, o exercício de uma parentalidade responsável, e a promoção e proteção dos direitos da criança e do jovem”. A comissão pede a todos os batalhenses que coloquem um laço azul na antena das viaturas, usem o símbolo da campanha do Laço Azul no vestuário, insiram o símbolo da campanha nos contactos e divulguem a causa.

Município e Brava estreitam relações Estreitar laços de cooperação e atrair investidores para a ilha Brava, em Cabo Verde, foram os objetivos da visita do presidente da Câmara da Brava, Orlando Balla, a 27 de março, ao concelho da Batalha. Orlando Balla e o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, acordaram em “reforçar os projetos de cooperação e dinamizar ações

nas áreas da saúde, educação e turismo”. “Esta visita permitiu reforçar a cooperação em áreas estratégicas, contribuindo para um intercâmbio que pode vir a ser importante, não só ao nível da educação e cultura, mas também ao nível empresarial”, adiantou o autarca da Batalha.

Paulo Batista Santos, anunciou esta iniciativa a 22 de março, no 23º Encontro de Emigrantes Batalhenses em França, que juntou na região de Paris mais de uma centena de batalhenses, a maioria a viver em França, mas também alguns residentes na Alemanha e na Suíça.

“O concelho da Batalha não se pode limitar às suas fronteiras administrativas. Os mais de cinco mil batalhenses espalhados pelo mundo integram a ‘5ª freguesia da Batalha’, a segunda maior do concelho, e como munícipes devem beneficiar da ação da câmara e do seu

apoio”, considera o autarca. O Encontro de Emigrantes Batalhenses em França foi promovido por uma comissão que integra o comendador José Batista de Matos, Joaquim Rosa Rodrigues, José Pragosa e António Piedade. O próximo acontece a 14 de agosto, na Batalha.


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Batalha Atualidade

abril 2014

Jornal da Batalha

p Lurdes Gaio aproveita todo o tempo que pode para se dedicar à tecelagem

A história de uma artesã do Reguengo que dá muito pano para mangas e mais m Há 58 anos que se sentou ao tear pela primeira vez. A obrigação transformou-se num ‘vício’ que uma das últimas tecedeiras do concelho não consegue dispensar

A vida de Lurdes Gaio dá muito pano para mangas. Ou um livro do tempo em que o trabalho das crianças não era infantil, como ‘Esteiros’ de Soeiro Pereira Gomes. Em qualquer dos casos, as

histórias têm uma tecedeira no elenco. A protagonista da nossa história é uma menina que aos 12 anos – hoje vai em 70 - aprendeu a trabalhar com o tear. Um ano passado e já labutava com duas ‘máquinas’ artesanais, que debitavam pano para as utilizações mais comuns. Lurdes Gaio tem o tear montado na 1ª Feira de Artesanato e Gastronomia, na Casa do Povo do Reguengo do Fetal, no dia 22 de março, quando fala ao Jornal da Batalha. “Eu sou daqui, mesmo vizinha da Senhora do Fetal”, diz a tecedeira, entrecortando as palavras com cantigas ou deixando ouvir o bater do tear. “Em casa tenho um tear grande, onde faço as peças maiores - as mantas, as colchas, as carpetes. Hoje nem

tanto, às vezes a saúde não permite e também já me sinto um bocado cansada”, conta a artesã, orgulhosa do trabalho que mantém há 58 anos. “Hoje há mais coisas, não é?”, pergunta. A questão é retórica. “Antigamente as pessoas tinham ovelhas, aproveitavam a lã, mandavam-na cardar, fiar, tingir. Quando tinham filhos para casar, aproveitavam as roupas sem uso e cortavam-nas em tiras aos serões - eram famílias grandes. A mãe dizia-lhes: se querem levar uma manta no enxoval têm de ajudar a rasgar os retalhos. Fez-se muita manta”. A lã era para fazer colchas bordadas, que para muitos noivos foram as colchas do casamento. “Fiz muitas, mas a vida mudou muito. Há fios que

deixaram de existir, os retalhos compram-se, e também estou um bocado cansada. Mas nunca deixei o trabalho de todo, aproveito todos os bocadinhos que posso”, conta Lurdes Gaio, ainda dedicada à arte de fazer tapetes, mantas corridas, mantas acolchoadas, colchas bordadas, carpetes e passadeiras. A última grande quebra na procura deste artesanato começou a sentir-se há dez anos. “Está tudo muito, muito parado. As pessoas hoje não têm tempo, nem sabem rasgar os retalhos. Elas gostam das mantas, destas coisas antigas, mas é preciso preparar os panos e as mães já partiram. É mesmo assim, a vida hoje é diferente”.

s registo “Ás vezes penso assim: já não vivo sem o tear” E os preços? “A semana passada entreguei duas mantas em que pus o algodão e o feitio (as pessoas rasgaram os trapos) e levei 45 euros. É barato, é um preço que levo há anos e não paga o trabalho”, explica a tecedeira, adiantando que continua “mais por passatempo, por gosto”. “Isto realmente sempre mexeu comigo. Às vezes penso assim: já não vivo sem o tear”. Não se lembra dos preços praticados quando começou a trabalhar, mas recordase de quando uma colcha bordada custava uns 15 escudos (7,5 euros), na condição de os clientes entregarem os trapos e o algo-

dão. O valor pagava apenas o feitio. “Hoje, só pelas minhas mãos e o algodão, teria de cobrar 400 euros por uma peça semelhante, para tirar uma jornazinha de 25 euros. Se formos comprar lã, que não encontro, custaria uns 150 euros”. Lurdes Gaio tem cinco netos, quatro meninas e um menino, de dois dos três filhos. “Tenho aí as pequeninas e uma neta com 18 anos. Há pouco tempo perguntaramme se queria vender os teares e disse não. Estão na minha casa. Os meus filhos um dia é que vão decidir. Eu tenho quatro netas e a ainda ninguém viu o dia de amanhã”, diz a tecedeira, embora reconhecendo que “é difícil alguma delas continuar” a sua arte.


Jornal da Batalha

abril 2014

Entrevista

Atualidade Batalha

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Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha

“Os moradores terão estacionamento gratuito e será criado um cartão para os comerciantes” apontava para um crescimento significativo, que deveria situar-se sempre acima dos 55 cêntimos por hora e o alargamento significativo do estacionamento pago. Quaisasnovastaxasaaplicar por hora e por fração? Os valores que estamos a ponderar na opção de exploração pelo município são de 10 cêntimos por fração de 15 minutos, na chamada zona A. Haverá uma zona C totalmente gratuita e destinada exclusivamente aos moradores e iremos criar cartões para os comerciantes.

p Paulo Batista Santos diz que medida ajuda o turismo

m O preço do estacionamento na vila mantinha-se há 20 anos. No verão aumenta 100%, com a passagem da gestão até agora privada para a alçada do município. Cada hora custará 0,40 cêntimos. Haverá mais lugares pagos, mas também um parque gratuito para moradores e serão concedidas facilidades aos comerciantes e a utilizadores frequentes. O presidente da câmara, Paulo Batista Santos, afirma, em entrevista ao Jornal da Batalha, que a manutenção da concessão obrigaria a uma subida maior dos preços e do número de lugares pagos. O autarca defende ainda que esta medida não prejudica a permanência mais prolongada de turistas na Batalha.

Quais os valores/hora e por fração praticados hoje? O valor por fração é de cinco cêntimos e por hora é de 20 cêntimos. Há quantos anos se mantinham? Os valores em vigor datam do início da concessão, a 20 de dezembro de 1994, por conseguinte há 20 anos. Quais as razões que fundamentam a alteração de pre-

Quando começam a funcionar os parcómetros? A câmara municipal já aprovou o concurso para a aquisição de parcómetros, com alimentação solar, e a previsão é que o novo regime de estacionamento pago entre em vigor no final do primeiro semestre deste ano.

ços? O contrato de concessão de parcómetros terminou 20 de junho de 2013. Os novos valores agora em estudo constam do dossier técnico relativo à exploração do estacionamento pago.

A vila vive muito do turismo. Esta medida não prejudicará a permanência prolongada dos turistas? Esta medida preconiza precisamente garantir o estacionamento dos turistas nas principais zonas de acesso ao Mosteiro da Batalha, promovendo a rotatividade dos lugares de estacionamento, mas também visa salvaguardar a qualidade de vida dos residentes, ordenando o trânsito e promovendo outros modos de circulação pedonal e através do incremento de ciclovias.

Se a gestão não passasse para o município, quais seriam as taxas? No estudo prévio os valores mínimos indicados, para a sustentabilidade da concessão por privados,

É razoável aumentar em 100% o preço hora do estacionamento na atual conjuntura económica e perante a necessidade de fixar os turistas mais tempo na vila? A câmara irá avaliar o va-

p Os moradores terão 60 lugares gratuitos lor final das tarifas. No entanto, refira-se que o valor de referência constante no estudo prévio, de 10 cêntimos por fração de 15 minutos, é inferior aos praticados nos municípios vizinhos e nenhum deles, com exceção de Fátima, recebe 500 mil visitantes por ano, como a vila da Batalha. A fixação de turistas passa pela qualificação da oferta turística e por boas condições de alojamento que felizmente têm aumentado. A acessibilidade e mobilidade do turista são reforçadas com o ordenamento do estacionamento e não o contrário. Os moradores terão taxas diferenciadas, ou são iguais para todos os utilizadores? Os moradores terão estacionamento gratuito na designada zona C, bem como serão criados o cartão para comerciantes e avenças anuais, para facilidade dos utilizadores frequentes. Qual foi a receita anual obtida pelo município com a concessão? No ano de 2013 a receita entregue foi de 7.732,74 euros. Em termos de valor absoluto, no período de 1 de janeiro de 2008 a 31 de dezembro de 2013, a concessi-

onária entregou ao município 49.829,90 euros. Que receita pensa o município obter no futuro? No ano de arranque em gestão direta pelo município temos a previsão de um ‘cash-flow’ de cerca de oito mil euros.

lhoria da circulação rodoviária na vila? Para além de intervenções previstas na Célula B e outras zonas de melhoria de identificação do estacionamento gratuito, vamos realizar um novo parque de estacionamento gratuito, junto ao Jardim do Lena, com 60 lugares.

Quais os investimentos previstos para este ano para a me-

Lugares pagos na rua frente à câmara Quantos lugares de estacionamento pago existem e em que ruas? Atualmente existem 135 lugares pagos, no largo Papa Paulo VI, largo Mestre Mateus Fernandes e Largo Goa Damão e Diu, e mais cerca de 100 lugares de estacionamento condicionado a 30 ou 15 minutos, em diversas artérias. Quantos serão com a gestão direta e onde? Na proposta que estamos a ultimar estão previstos 178 lugares pagos: rua Infante D. Fernando (frente à Câmara), 36 lu-

gares; rua Luís Silva Mouzinho de Albuquerque, 16 lugares; rua D. Filipa de Lencastre, 17 lugares; praça D. João I (Frente ao Mosteiro), 32 lugares; largo Papa Paulo VI – 42 Lugares; largo Mestre Mateus Fernandes, 24 lugares e largo Goa Damão e Diu, 11 lugares. Os horários e dias de pagamento mantêm-se? Manter-se-á a gratuidade de estacionamento nos dias úteis, das 19 às 08h30, aos sábados depois das 13 horas e aos domingos e feriados.


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Batalha Atualidade

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Pedida na Batalha amnistia para soldado fuzilado na guerra m A Liga dos Combatentes considera oportuno reabilitar a memória do único português sujeito a julgamento sumário e fuzilamento na 1ª Grande Guerra Mundial

A Liga dos Combatentes considera “oportuno sustentar uma proposta de reabilitação que contemple o perdão e a amnistia a título póstumo” ao único soldado português sujeito a julgamento sumário e fuzilado durante a 1ª Grande Guerra Mundial, disse na Batalha o presidente da instituição, tenente-general Chito Rodrigues.

Jornal da Batalha

s registo “Povo heróico em momentos de crise” Durante as cerimónias, o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Pina Monteiro, agradeceu ao município da Batalha “a oportunidade continuada de neste emblemático monumento evocarmos os valores que fazem parte do conceito de cidadania e emergem do ser militar de Portugal”. “É com particular satisfação e honra que na primeira cerimónia pública como CEMGFA tenho o privilégio de usar da palavra nesta tão significativa e importante homenagem para todos e para todas que serviram e servem o País nas forças armadas”, adiantou o general Pina Monteiro. O tenente-general Chito Rodrigues destacou a cerimónia “simples e tradicional num local pleno de significado histórico e sentimental”. “Aljubarrota e a Grande Guerra são neste mosteiro a síntese da epopeia de 900 anos de história de sobrevivência de um povo, que sempre soube ser heróico nos momentos difíceis de crise ou guerra”.

p Os ex-combatentes desfilaram com os estandartes dos núcleos regionais O responsável, que falava a 5 de abril nas cerimónias do Dia do Combatente - Dia do Soldado de Portugal, do 96º Aniversário da Batalha de La Lys e da 78º Romagem ao Túmulo do Soldado Desconhecido, afirmou que “a análise do processo conhecido leva, quase cem anos

depois, à luz dos direitos humanos hoje defendidos pela ONU e face a todas as condições criadas pela democracia, a constatar que o soldado Ferreira de Almeida foi julgado sumariamente e fuzilado por uma intenção manifestada e não por uma ação praticada”.

O soldado do Corpo Expedicionário Português João Augusto Ferreira de Almeida, de 23 anos, afirmou a 29 de Julho de 1917, a camaradas seus, durante o cumprimento de uma pena de 60 dias de prisão, desejar passar para as linhas inimigas, possuindo um

mapa com localizações das forças portuguesas. Em resultado foi sujeito ao processo que culminou com a sua morte. Seguindo o exemplo do que tem acontecido noutros países, “a Liga dos Combatentes, na evocação do Centenário da Grande Guerra

(1914/18), com o conhecimento que tem do processo, pensa ser oportuno sustentar uma proposta de reabilitação que contemple o perdão e a amnistia a título póstumo pela Assembleia da República e pelo Presidente da República”.

sidera como tal, na verdadeira aceção do termo. Mas não estaremos a ser inteiramente justos! É certo que, maioritariamente, se oferecem para essas missões, provavelmente porque elas têm uma contrapartida financeira não despicienda e daí que, este e aquele, em surdina, vá ao ponto de os apelidar de mercenários. A verdade é que não há duas guerras iguais e não teremos grandes dúvidas que estas operações não serão comparáveis às guerras que travámos em África, entre 1961 e 1974. Mas, chamar-lhes Missões de Paz ou Humanitárias, embora também possam conter

em si estas componentes, são designações de certo modo eufemísticas, pois ir prestar serviço, durante largos meses, para regiões onde os conflitos armados são permanentes e onde, como sabemos, já morreram vários dos nossos militares, não será propriamente ir fazer turismo… Desde 1991 e até 2010, 36 mil militares portugueses participaram nessas missões, em 18 Teatros de Operações localizados em quatro continentes, maioritariamente em África e na Europa (Balcãs). Presentemente, temos mais de 300 militares nessas operações, com destaque para o Kosovo (186) e Afeganistão (128) e seremos

injustos se dissermos que o Kosovo e em especial o Afeganistão são bons locais para passar férias… Podemos lamentar termos nascido entre os finais da década de 30 e a primeira metade da de 50, do século passado, e termos sido obrigados a ir combater para África, em condições desumanas. Mas isso não nos deve levar a menosprezar as missões destes nossos camaradas, da 3ª geração. Na pior das hipóteses, sejamos condescendentes e digamos: sorte a deles, que nasceram 50 anos depois de nós. Tudo do melhor para os batalhenses, em geral e para os combatentes, em particular.

s Notícias dos Combatentes

Os novos combatentes portugueses (II) Conforme prometido no artigo anterior, vamos neste dar continuidade ao mesmo assunto, mais em concreto, vamos falar dos nossos novos combatentes, os jovens militares das nossas Forças Armadas que, já desde há mais de 20 anos, têm sido destacados para Missões de Paz e/ ou Humanitárias, em várias partes do mundo. Antes, porém, permitamnos um esclarecimento ao artigo anterior. Escrevemos que, se o fim da “guerra fria”, e concomitante queda do “bloco soviético”, trouxe um desanuviamento significativo nas relações internacionais, todavia causou outros problemas, designadamente o desmem-

bramento da então Jugoslávia em sete novos países, processo que, como estaremos lembrados, foi tudo menos pacífico. A verdade é que a nossa informação estava incompleta, pois o fim da “guerra fria” foi apenas o epílogo dum processo que já se vinha a verificar desde a morte do Marechal Tito, em 1980, um patriota ímpar, que era muito mais que o presidente da Jugoslávia. Em boa verdade, ele era o “pai” desta república, pois foi ele quem, mercê do seu prestígio, granjeado desde antes da 2ª Guerra Mundial, mas em especial durante esta, em que combateu ferozmente os alemães, conseguiu aglu-

tinar um conjunto de países dos Balcãs, apesar de, alguns deles, terem, entre si, muito mais coisas a dividi-los do que a aproximá-los. Portanto, logo após a morte de Tito (este homem, de seu nome completo, Josip Broz Tito que, tendências políticas à parte, teve uma vida fascinante, valeria a pena conhecer mais em pormenor), no interior desses territórios, que formavam a Jugoslávia, começou a fermentar o gérmen da separação que culminou, pós “guerra fria”, na independência dos sete países referidos no artigo anterior. Voltando aos nossos novos combatentes, sabemos que muita gente, alguns combatentes incluídos, não os con-

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Jornal da Batalha

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Atualidade Batalha

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Escuteiros batalham há meio século pela formação de crianças e jovens p António Guerra está nos escuteiros há 30 anos

m O Agrupamento de Escuteiros 194 Batalha promove, de 25 a 27 deste mês, na Quinta do Escuteiro, o acampamento comemorativo dos seus 50 anos. Uma mão é insuficiente para contar as áreas da educação escutista: social, física, afetiva, espiritual, intelectual e do caráter. “Estes são os seis polos para o desenvolvimento de todas as facetas das criança e dos jovens”, diz ao Jornal da Batalha António Guerra, chefe do Agrupamento de Escuteiros 194 Batalha, a propósito do acampamento comemorativo dos 50 anos da organização, que decorre de 25 a 27 deste mês na Quinta do Escuteiro. “A missão do escutismo é formar pessoas de uma forma integral e completa,

ou seja, pessoas úteis, saudáveis e felizes. O método escutista baseia-se numa formação informal - não é como a da escola, não há avaliação escrita. Os miúdos aprendem fazendo e vão evoluindo, educandose em conjunto com os seus pares”, adianta António Guerra, de 40 anos, 30 dos quais dedicados aos escuteiros. O acampamento tem como objetivos, além de comemorar os 50 anos da oficialização do agrupamento, promover o convívio e o reencontro de escuteiros, e completar a base de dados da organização através da recolha de informação junto dos participantes. O agrupamento nasceu em 1964 e esteve inativo entre meados das décadas de 1970 e 1980. “Nestes últimos 30 anos passou por vários períodos, um difícil mais recentemente, quando os adultos eram insuficien-

tes. Em consequência, durante alguns anos, tivemos poucos miúdos, porque não havia adultos para trabalhar com eles. Hoje temos recursos que cheguem e até lista de espera para a entrada de miúdos mais novos, os de 10 anos”, explica o chefe do agrupamento. O 194 Batalha é constituído por 70 escuteiros, um efetivo considerado “bom para a dimensão” da organização e do concelho, que participam ativamente na sua sustentabilidade. “São eles que, quando queremos organizar uma atividade, se envolvem na campanha de angariação de fundos e na sua execução, que pode incluir fazer alguma coisa e vendê-la”, destaca António Guerra, considerando “essencial que as crianças e os jovens se sintam e estejam envolvidos”. Por isso, os escuteiros fazem artesanato, trabalhos manuais e organizam festas com o objetivo

p O agrupamento é constituído por 70 crianças e jovens de angariar fundos. A câmara (em recursos financeiros e materiais), a paróquia e junta de freguesia são alguns dos principais apoiantes do agrupamento. As suas atividades são muitas e diversificadas, a nível local, regional e nacional, que podem ser acampamentos, raids (caminhadas,

usando uma carta topográfica e uma bússola, seguindo pistas ou marcações) ou outras relacionadas com a vida em comunidade. Neste caso, as crianças e jovens envolvem-se em atividades de solidariedade, próprias ou organizadas por outras entidades, como a Loja Social, os bombeiros

e o Banco Alimentar Contra a Fome. Os mais velhos ‘estudam’ o meio em que vivem para descobrir necessidades que possam ajudar a suprir. Neste contexto, já colaboraram em obras em casas de famílias necessitadas e fizeram campanhas de recolha de alimentos e de roupas.

s registo Oportunidade para trocar experiências

Rita Novo

Pedro Simões

Sara Guerra

Beatriz Coelho

15 anos 9 anos nos escuteiros

17 anos 2 meses nos escuteiros

12 anos 10 anos nos escuteiros

15 anos 8 anos nos escuteiros

“Uma das atividades que gosto mais são os acampamentos. E gosto muito do convívio. Fomos ao ACANAC, o acampamento nacional dos escuteiros - o último aconteceu em Idanha-a-Nova. Aprendi a fazer muita coisa, como a fazer nós, e a desenrascar-me sozinha. Fazemos slide, escalada, raids (caminhada). Também participamos em iniciativas para ajudar as outras pessoas, por exemplo com o Banco Alimentar”.

“Estavam sempre a dizer-me para eu vir para os escuteiros e decidi experimentar, também porque a minha mãe acha que esta experiência pode fazer-me bem. Espero aprender algumas coisas, a acampar, e a desenrascar-me sozinho”.

“O meu pai é o chefe do agrupamento e desde sempre tive a influência escutista. Eu gosto principalmente do convívio e - como o escutismo é uma lição de vida -, de fazer amizades e aprender, por exemplo, como fazer nós, construções, cozinha selvagem e orientação, tudo atividades que nos ajudam no dia a dia”.

“Entrei porque a minha mãe foi escuteira. Gosto das atividades, das experiências diferentes e do convívio. Aprendi a desenrascarme, porque nos escuteiros aprendemos a ser mais autónomos e independentes. Nos acampamentos montamos, por exemplo, as tendas, espaço para cozinhar, altar e os pórticos da entrada. E cada um tem as suas funções”.

A ideia central do Acampamento Comemorativo dos 50 anos do Agrupamento de Escuteiros 194 Batalha é juntar os atuais e antigos escuteiros e os seus familiares, para que possam reviver os tempos em que foram crianças e jovens escuteiros e partilhar esses momentos com as famílias. “Uma das coisas a que vamos assistir é quem foi escuteiro há 20, 30 ou há 50 anos sentir uma grande diferença em relação aos nossos. Vão achar: “É pá, mas o que é isto!? No meu tempo não era nada disto”, diz António Guerra, salientando que “os tempos, as pessoas e o escutismo estão diferentes e este tem de competir cada vez mais com inúmeras atividades, nem que seja estar em casa agarrado a um computador ”. O acampamento terá as construções habituais, com madeira e cordel - tendas elevadas, mesas, porta mochilas -, e, por exemplo, jogos para toda a família, raids, fogo de conselho, uma missa campal, jogos noturnos e atividades na vila.


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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

Bombeiros fazem 12 serviços por dia a esmagadora maioria na área da saúde m O concelho é “tranquilo” no que respeita a acidentes rodoviários e incêndios. A associação humanitária obteve no ano passado um saldo positivo superior a 39 mil euros

Os Bombeiros Voluntários da Batalha fizeram 4.425 serviços no ano passado (uma média de 12 por dia), a esmagadora maioria (4.104) na área da saúde e, dentro desta, com grande destaque para os transportes regulares, revelam as estatísticas analisadas pelo Jornal da Batalha, a propósito da passagem do 36º aniversário da corporação, que se assinala no dia 27 deste mês. Os 110 bombeiros do quadro, apoiados por 30 viaturas, 15 das quais da área da saúde, percorreram 230.680

quilómetros em 2013 e o primeiro trimestre deste ano aponta para um crescimento, na medida em que aumentou, em termos de comparação homóloga, o número total de serviços. A associação humanitária que suporta o corpo de bombeiros terminou o ano transato com 584 mil euros de rendimentos e 544,6 mil euros de custos. Ou seja, obteve um saldo positivo de 39,4 euros. A prestação de serviços é a segunda principal fonte de receita – os subsídios e doações estão em primeiro lugar. O trans-

porte de doentes, incluindo do INEM, gera 89%. Segundo Fernando Oliveira, comandante da corporação há sete anos, “o concelho é tranquilo” no que respeita à sinistralidade rodoviária e aos incêndios florestais. “Temos pontos negros no cruzamento Jardoeira-Maceira e entre o Casal da Amieira e São Jorge, ambos no IC2, e a estrada de Fátima (EN 356) também nos cria alguns problemas. A maior parte dos acidentes são nestes locais”, explica. Nos últimos dois anos,

p Os serviços de saúde são os que dão mais trabalho aos bombeir refere Fernando Oliveira, “não tem havido acidentes rodoviários muitos graves – alguns com feridos e um ou dois encarcerados”, excetuando aquele que em novembro de 2012 causou uma morte, no IC2, junto ao mosteiro. Há também registo de

acidentes agrícolas, que por regra envolvem tratores. Quanto aos incêndios, o pior ano do século foi 2003, quando arderam 2.730 hectares de floresta. O segundo pior ano foi 2007, com 148 hectares destruídos. Nos restantes, os dados nunca

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Jornal da Batalha

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ros ultrapassam os 10 hectares e aproximam-me muitas vezes de metade deste valor. “Os últimos dez anos foram tranquilos quanto a incêndios. O pior foi 2003, apesar de ter sido apenas um fogo, que começou a 2 de agosto. Na área urbana,

o pior aconteceu em agosto de 2012, no Casal Mil Homens, Golpilheira, com a destruição de uma fábrica de plásticos”, lembrou o comandante dos bombeiros. “O que faz que não haja grandes incêndios na última década resulta da

Atualidade Batalha nossa proximidade, da rapidez em chegar aos fogos nascentes, devido aos acessos razoáveis. Também tem contribuído muito o trabalho da câmara na abertura de aceiros e através de uma equipa florestal de limpeza (caminhos, linhas de água), em permanência durante todo o ano”, destaca Fernando Oliveira. A corporação, com uma equipa cuja média de idades ronda os 20/35 anos e 21 elementos profissionais, tem uma secção destacada, em permanência, em São Mamede, desde 1994. A história dos bombeiros da Batalha é recordada dia 27 deste mês nas cerimónias do seu 36º aniversário. O hastear das bandeiras (09h30), romagem ao cemitério da Batalha (10h), missa por alma dos bombeiros falecidos, na igreja do mosteiro (11h); receção às entidades oficiais (12h10), atribuição de distinções honoríficas e benção de uma viatura (12h30) e a sessão solene e desfile da corporação (13h) marcam o dia de festa.

13

Total de serviços efectuados em 2013 Serviços Saúde

Acidentes

Incêndios

Outros

Total km

Total serviços

Janeiro

317

5

0

27

16786

349

Fevereiro

264

4

0

9

12701

277

Março

313

5

0

24

16719

342

Abril

317

6

1

13

16592

337

Maio

349

3

0

22

19448

374

Junho

367

6

5

11

20652

389

Julho

402

3

5

19

21292

429

Agosto

368

6

24

19

26547

417

Setembro

333

3

5

20

19439

361

Outubro

353

3

1

21

20549

378

Novembro

365

6

0

23

21098

394

Dezembro

356

4

1

17

18857

378

Total

4104

54

42

225

230680

4425

Total de serviços efectuados em 2014 Janeiro

Serviços Saúde

Acidentes

Incêndios

Outros

Total km

Total serviços

379

4

1

11

18630

395

Fevereiro

325

4

1

14

18098

344

Março

379

4

1

12

20963

396

Total

1083

12

3

37

57691

1135

Nota: ‘outros’ corresponde, por exemplo, a inundações, quedas de árvores, limpeza de vias e deslocações diversas. Fonte: Bombeiros Voluntários da Batalha

“Recebemos a associação sem problemas financeiros” A atual direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Concelho da Batalha (AHBVCB) tomou posse há apenas quatro meses, para cumprir um mandato de três anos, e ainda anda, como é costume dizer-se, “a conhecer os cantos à casa”. “É fundamental dizer que recebemos uma associação sem problemas financeiros. Não havia dividas, está tudo pago, as instalações foram renovadas e a ambu-

lância que é benzida no aniversário foi comprada com dinheiro da associação no anterior mandato”, explica Jorge Novo, vice-presidente da direção. “Há pequenas coisas que vão surgindo, que temos de ir melhorando. O parque de viaturas não está ‘velhovelho’, mas começa a ficar com alguma idade, sobretudo os carros de combate a incêndios. Queremos, a pouco e pouco, renovar o parque de viaturas, uma

delas o trator do transporte de água”, adianta o responsável. A substituição do telhado que cobre o pavilhão e uma parte do edifício principal, que tem uma secção em fibrocimento; a aquisição de um gerador (que poderá custar de três a quatro mil euros) e “garantir todas as condições de formação e segurança aos bombeiros”, são outros dos objetivos da associação.

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Batalha Atualidade

abril 2014

Jornal da Batalha

Crianças do concelho aprendem que ‘Reciclar é o que está a dar’ m Ação da Valorlis dirigida pela primeira vez a escuteiros e instituições de solidariedade social

A Valorlis desenvolve até final do ano uma campanha de sensibilização denominada ‘Reciclar é o que está a dar’, que engloba a doação de material de ação pedagógica, bens materiais ou serviços às escolas, agrupamentos de escuteiros e instituições de solidariedade social dos municípios que abrange, entre os quais o da Batalha.

p Pormenor do cartaz que promove a campanha O objetivo é despertar a população, sobretudo a mais jovem, para a impor-

tância da reciclagem de resíduos domésticos. “Esta campanha, que pre-

CONCURSO

tende aumentar os hábitos de reciclagem da população, está direcionada para

todos os públicos, mas em especial para os mais jovens, que são os fortes

impulsionadores da prática da reciclagem. Este ano, para além das escolas, a campanha é direcionada aos agrupamentos de escuteiros e às instituições de solidariedade social”, explica Miguel Aranda da Silva, administrador-delegado da Valorlis. As entidades que se inscreverem na campanha têm acesso ao kit ‘Reciclar dá Mais’, contendo os materiais associados à iniciativa - sacos para separação de resíduos, etiquetas de identificação de sacos, folhetos com as regras de separação e um cartaz de divulgação. Estão ainda previstas visitas de sensibilização ambiental às entidades participantes, que serão recompensadas com material de ação pedagógica, bens materiais ou serviços a entregar pela Valorlis.

‘Marquês’ cativa mais novos com visitas originais ao mosteiro

“O fio da memória - o Conto” De 24 de fevereiro a 30 de abril de 2014

6ª edição Objectivos - Estimular e consolidar os hábitos de leitura da população infanto-juvenil - Criar hábitos de escrita e valorizar a expressão literária do conto propriamente dito - Divulgar autores portugueses e os aspetos relativos à cultura literária - Valorizar a cultura estremenha e, em particular, a do Concelho da Batalha, nas suas mais diversas formas - Potenciar a componente da ilustração dos contos

Destinatários Alunos do Concelho da Batalha que se encontrem matriculados num dos seguintes níveis de ensino: 2º, 3º ciclos e Ensino Secundário, na vertente escrita. O Concurso de Ilustração destina-se aos alunos do concelho da Batalha que se encontrem matriculados no 2º e 3º ciclos. Podem participar no concurso alunos residentes no concelho da Batalha que frequentem estabelecimentos de ensino localizados noutros concelhos.

Prémios (nas duas vertentes): 1º Prémio no valor de €50 e um cheque-livro no valor de €30 2º Prémio no valor de €40 e um cheque-livro no valor de €20 3º Prémio no valor de € 30 e um cheque-livro no valor de €15 O regulamento e a ficha de inscrição encontram-se disponíveis no site da Biblioteca da Batalha: http://biblioteca.cm-batalha.pt Entidade promotora: Município da Batalha Apoio: Jornal da Batalha

A ‘Visita do Marquês’ é uma encenação do grupo de teatro ‘O Nariz’, numa ação conjunta com o Serviço Educativo do Mosteiro da Batalha, com o objetivo de proporcionar às crianças do 1º ao 3º ciclo um percurso diferente pelos espaços do monumento. As visitas começaram no início de março. São encenadas e conduzidas por

três atores (um marquês e dois frades) e começam no portal principal, passando pela Capela do Fundador, Claustro Real e Claustro D. Afonso V. Sob o lema “Alimentar o pensamento: uma visita pelo Mosteiro da Batalha”, o passeio faz-se pela mão de um visitante habitual, apaixonado pela história e pelos detalhes do espaço do con-

vento dominicano. O texto é de Luís Mourão, com encenação de Pedro Oliveira e interpretação de João Augusto, João Bandeira, Miguel Matos e Pedro Oliveira. O Serviço Educativo do Mosteiro da Batalha está disponível para prestar outras informações pelo email rquina@mbatalha.dgpc.pt ou pelo telefone 244 765 497.


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Atualidade Batalha

Autarquia ‘abre as portas’ a empresários com gabinete de apoio e parceria em França m O acordo de coope-

A Câmara da Batalha vai criar o Gabinete de Apoio à Empresa e ao Empreendedorismo, com o objectivo de “garantir apoio à dinâmica do tecido económico do concelho” e responder “à necessidade urgente da criação de mecanismos que possam revelar as potencialidades das empresas e da promoção de iniciativas em rede”. “Melhorar a atratividade do concelho para a iniciativa empresarial e a criação de riqueza, numa lógica de reforço da valorização das empresas já instaladas, mas também na procura de novos projetos de valor acrescentado para a região” são objectivos do gabinete, segundo o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. Os setores dos serviços

Ricardo Graça

ração entre a autarquia e a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa é assinado em junho na Batalha

p O gabinete de apoio e o acordo bilateral estão focados nas empresas avançados às empresas, a criação de atividades empresariais e de emprego, o reforço do turismo e a qualificação do comércio são considerados prioritários pelo município. O Gabinete de Apoio à Empresa e ao Empreendedor direcionará a sua atividade para o apoio à modernização, “reforçando dinâmicas locais e estimulando a diversificação empresarial, assumindo o trabalho em rede e em cooperação com diversos organismos”. No mesmo sentido, em concreto no apoio à internacionalização, está em desenvolvimento uma par-

ceria entre a autarquia e a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa. “O município encontrase bastante empenhado em concretizar parcerias e novos projetos capazes de facilitar e gerar oportunidades de negócio para as empresas, bem como no que toca à captação de novos investimentos para o território”, refere o presidente da câmara. O acordo de cooperação “pretende estreitar as relações económicas entre o tecido empresarial do concelho e o universo das marcas francesas representadas na

Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa, abrindo novas janelas de

oportunidade para empresas da Batalha e francesas”, considera conclui Paulo Batista dos Santos.

s registo Aproveitar o potencial das comunidades Os termos do acordo de cooperação bilateral, a assinar em junho na Batalha, foram acertados a 21 de março, numa reunião em Paris entre o Paulo Batista Santos e Carlos Vinhas Pereira, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa. Em França existem 45 mil empresas propriedade de portugueses e luso-descendentes e é neste universo que há maior potencial para concretizar negócios na área do município e através da internacionalização. Quanto ao Gabinete de Apoio à Empresa e ao Empreendedorismo, os contactos podem ser feitos através do email gae@cm-batalha.pt ou pelo telefone 244 769 110.

Cupão de Assinatura Para novos assinantes ou renovações de assinaturas Desejo receber na morada abaixo indicada o mensário JORNAL DA BATALHA durante 1 anos (12 edições) por: 10 euros Portugal | 20 euros outros países da Europa | 30 euros resto do mundo Nome ________________________________________________Data Nasc.____/____/_____ Nº Contribuinte_________ Morada _____________________________________________ Localidade ________________Cod. postal_______-____ Tel./Telemóvel ____________________Email___________________________________Profissão __________________ Modos de pagamento (assinane a opção pretendido) Cheque ou Vale Postal no valor de _______€ à ordem de Bom Senso, Lda. Pagamento por Transferência Bancária NIB 003503930009288793092 CGD (indicar nome e anexar comprovativo) Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B, Apartado 81, 2440-901 Batalha . info@jornaldabatalha.pt . Tel. 244 767 583

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Assembleia propõe alteração no IMI A Assembleia Municipal da Batalha aprovou, a 21 de março, uma proposta do seu presidente, António Lucas, no sentido de recomendar ao Governo a alteração automática de dois coeficientes utilizados na determinação do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) pela Autoridade Tributária. No entender de António Lucas, a sugestão a apresentar à ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, “simplificaria o processo aos contribuintes, gerando assim, maior equidade fiscal”. A intenção é que o cálculo do IMI, que integra, entre outros, dois coeficientes: vetustez (relacionado com o número de anos decorridos desde a data de emissão da licença de utilização do imóvel) e o valor de base dos prédios edificados, possa ser automaticamente corrigido pela Autoridade Tributária e não, como acontece agora, apenas por iniciativa dos contribuintes. A proposta foi ainda enviada aos grupos parlamentares e à Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Girandola abriu no centro Avis A marca portuguesa de roupa e acessórios para bebés e crianças Girandola abriu uma loja no Centro Comercial Avis, na Batalha, com artigos 100% feitos em Portugal, para ‘clientes’ até aos 12 anos. “Esta marca, conhecida pela doçura dos modelos que apresenta, alia a versatilidade, a modernidade, a qualidade/preço, a elegância e o conforto”, afirma a proprietária, Rita Morgado. A Girandola “é um sucesso comercial que não se limita ao mercado português”, registando aumentos progressivos nas vendas anuais” em países como Espanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá”, conclui.


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Batalha

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Saúde

Obesidade infantil A obesidade é uma doença considerada pela Organização Mundial de Saúde como a epidemia do século XXI. Sabe-se que os filhos de pais obesos têm um risco acrescido de virem a ser obesos, não só pela herança genética mas também pela interiorização dos hábitos alimentares da família. Quanto maior for o peso da criança ao nascer, sobretudo se superior a 3,5 quilos, quanto menor for o número de irmãos e quanto mais baixo for o nível socioeconómico da família, maior o risco de vir a ser obeso.

A gravidade da obesidade infantil assenta essencialmente em duas razões: por um lado, permanece frequentemente na idade adulta, por outro, está relacionada com uma série de complicações. Nos primeiros anos de vida promove várias perturbações metabólicas, nomeadamente diabetes tipo 2, hipertensão, alteração nas gorduras do sangue e aterosclerose. Pode conduzir, também, a uma puberdade precoce, que, associada a uma não-aceitação da imagem corporal, desenvolve, frequentemente, quadros de baixa

autoestima e depressão. As crianças obesas são, por isso, muitas vezes alvo de discriminação pelos colegas, pelos professores e até pela própria família. A prevenção assenta fundamentalmente na adoção de estilos de vida saudáveis, designadamente a alimentação e a atividade física, os quais devem ser perfilhados o mais cedo possível. Durante a gravidez, mãe e feto devem adquirir o peso adequado a cada fase, prevenindo o excesso de carga ponderal, quer na grávida quer na criança. Após o nascimento, a prática

do aleitamento materno exclusivo até aos 4 a 6 meses de vida do bebé garante que a ocorrência de obesidade da futura criança seja muito pouco provável. Com um ano de

vida, a criança deve ser integrada no padrão alimentar da família, desde que este seja fiel aos princípios da alimentação saudável, isto é, completa, equilibrada e variada, como sugere a Roda dos Alimentos. Devem ser diariamente ingeridos alimentos de todos os grupos da Roda dos Alimentos, cumprindo a proporção que é sugerida pelo tamanho de cada sector, bem como variar o mais possível dentro de cada grupo. Halyna Tymchal, médica na USF Condestável, Batalha

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Economia

Sectores da pedra e cerâmica são estratégicos para o concelho m A qualificação e a criação de condições que facilitem a instalação de empresas são prioridades para o município A Câmara da Batalha quer criar condições para o investimento em clusters como os da pedra, cerâmica e têxteis, apostando na qualificação, no combate ao desemprego e na criação de condições que facilitem a instalação de empresas no concelho.

Esta estratégia foi apresentada pelo presidente da câmara, Paulo Batista Santos, durante a conferência “O novo Quadro Estratégico Europeu 2014-2020. Oportunidade económica novos desafios para as empresas”, que o município organizou, a 14 de Março, no auditório municipal. “Nós temos de qualificar os recursos humanos em clusters que nós identificámos no nosso território. Qualificar, investir e crescer são as palavras fortes. Achamos que é muito importante arranjar investimentos de qualificação das

p A maior parte dos participantes na conferência são empresários pessoas e do concelho”, afirmou o autarca. Outra prioridade são os desempregados: “É neces-

Os beneficiários da ADSE já podem usufruir de consultas, exames, fisioterapia e outros atos médicos no Centro Hospitalar Nª Sra. da Conceição da Misericórdia da Batalha, no âmbito da tabela de preços convencionados da ADSE.

Protocolos com SNS, ADSE e outros subsistemas de saúde. Contactos: Fisioterapia: 244 769 436 Radiologia: 244 769 433 Geral: 244 769 430 geral@centrohospitalarbatalha.com Rua Principal, nº 26 l Brancas l 2440-090 Batalha

sário haver ajustamento e especialização, que estava focalizada, por exemplo, em sectores como a construção

Centro de BTT: 150 assinalam aniversário

civil e agora precisa de ser deslocalizada para outras áreas, que necessitam de mão de obra qualificada”. A autarquia está apostada em fazer “um pacto de desenvolvimento local, um investimento territorial integrado, uma abordagem onde o município, as empresas e as IPSS são parte”. “Ou seja – destacou Paulo Batista Santos - o nosso plano estratégico de ação para o período de 2014/2020 é um trabalho de parceria entre as entidades públicas e privadas. Naturalmente, olhando mais para as entidades privadas”.

O Centro de BTT da Batalha – Pia do Urso, em São Mamede, assinalou o 2º aniversário no dia 30 março, a partir das 10 horas, com um passeio dirigido a famílias, com dois itinerários, um de 12 quilómetros, considerado “muito fácil” e outro de 24 quilómetros, descrito como “fácil”, em que participaram 150 pessoas. O Centro de BTT da Batalha – Pia do Urso é constituído por um edifício dotado de balneários, instalações sanitárias, área informativa e uma zona para lavagens e pequenas reparações das bicicletas. Dispõe de uma rede de trilhos cicláveis com 265 quilómetros.


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Cultura Vinte mil já visitaram instalação de painéis

s Opinião

Dois séculos de esquecimento

m A mostra, da autoria de J. Rosa G., aborda os painéis medievais atribuídos a Nuno Gonçalves A exposição ‘O Milagre Elogio aos Painéis de Nuno Gonçalves’, inaugurada em dezembro último, já foi visitada por mais de 20 mil pessoas, revelou a Câmara da Batalha. Instalada na Capela do Fundador do mosteiro da Batalha, a mostra, da autoria de J. Rosa G., constitui uma instalação artística que aborda os conhecidos painéis medievais atribuídos a Nuno Gonçalves, com 60 retratos, e que têm suscitado diversas e díspares inter-

p Vista do Mosteiro da Batalha - Henri L’Eveque (Século XIX)

p Sucesso leva ao prolongamento da exposição até setembro pretações. No entender de alguns especialistas em arte, a instalação do século XV é uma das obras artísticas mais notáveis da Europa.

“Dada a enorme procura que a exposição tem registado por parte do público”, o município e a direção do mosteiro decidiram prolongar a mostra até setembro.

A exposição integra as comemorações dos 30 anos de classificação do mosteiro da Batalha como Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO.

“5ª essência”: exposição de arte contemporânea no mosteiro

MUNICÍPIO DA BATALHA CÂMARA MUNICIPAL

SUBSÍDIOS ANO DE 2013 – 2º SEMESTRE De acordo com o nº1, conjugado com o art. 2º da lei nº26/94, dou conhecimento que o Município da Batalha atribuiu, durante o segundo semestre de 2013, os seguintes subsídios Entidade

Valor (Euros)

Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Batalha (Subsídio conforme Plano Plurianual de Investimentos) ...............................37.500,00 UDB – Associação Desportiva da Batalha (Comparticipação Atividades Desportivas) .................................................. 14.625,00 (Comparticipação III torneio da Páscoa ) ...........................................................713;40 (Comparticipação Manutenção Campo de Futebol e Balneários) ................ 1.500,00 (Comparticipação Manutenção do Complexo de Ténis) ............................... 2.000,00

Nota:” Mais se informa que estes são apenas os subsídios que ultrapassam o limite obrigatório.”

Paços do Concelho da Batalha, 24 de março de 2014 O Vereador em Regime de Permanência Carlos Agostinho da Costa Monteiro

O Mosteiro da Batalha recebe, a partir de 19 de deste mês, a Exposição Internacional de Arte Contemporânea “5ª essência”, inspirada em “A Arte da Nobreza de Espírito” do filósofo holandês Rob Riemen. A mostra está patente até 30 de setembro, com obras de Beatriz Cunha, Carolina Quintela, Filipe Curado, Gárgula Gótica, Jean-Fréderic Bourdier, Maria Leal da Costa, Matthias Contzen e Thomas Schittek.

Gonçalo Cardoso eleito presidente do CEPAE O Centro de Património da Estremadura elegeu em março os dirigentes para 2014-2015. A presidência foi assumida por Gonçalo Cardoso. Ana Saraiva Neves é a vice-presidente, Sérgio Barroso secretário, Eduardo Oliveira tesoureiro e Joaquim Ruivo vogal.

Tempestades e bonanças, altos e baixos. Destes contrastes vive a história. São ciclos ou fases causadas por razões políticas, económicas, sociais e naturais. A história da Batalha não é exceção a tais vicissitudes. Depois dos gloriosos anos do século XVI, em que se assistia a um forte aumento populacional numa vila cada vez mais desenvolvida, seguem-se tempos de pobreza, devastação e até de morte. Uma catadupa de acontecimentos abalou o Mosteiro da Batalha com efeitos irreversíveis na vida da população da época. Um abalo literal se nos quisermos referir ao devastador terramoto de 1755. A forte edificação do Mosteiro não resistiu a este sismo que terá atingido, segundo alguns historiadores e especialistas, uma magnitude de quase 9 graus na escala de Richter. De acordo com relatos e gravuras da época, terão caído estruturas e varandas do monumento. Mas o condão dos tempos de declínio não se ficou por aqui. As invasões francesas de 1808 a 1911 também deixaram nos monumentos desta região um rasto de morte e devastação. No Mosteiro da Batalha, as tropas de Napoleão destruíram o claustro de D. João III e a biblioteca dos frades dominicanos. Ainda hoje se podem ver algumas marcas deixadas pelas invasões. A somar a estes acontecimentos, a extinção das ordens religiosas ditada pelo governo liberal, em 1834, ditou a expulsão dos frades do monumento. A Batalha entrava assim numa fase de grande decadência, tendo a sua paróquia chegado a ser transferida para o próprio Mosteiro. O início da recuperação chegaria mais tarde, nos anos 40 do século XIX. Conheça no Museu as gravuras que testemunham a destruição do Mosteiro nos séculos XVIII e XIX. A Equipa do MCCB


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Património Uma Estação Paleolítica mesmo em frente do Mosteiro Ao consultar há anos os três volumes da “Bibliografia Arqueológica Portuguesa” (Séc. XVI-1934), (1935-1969) e (1970-1979), trabalho de grandes mérito e utilidade do Dr. Eduardo Pires de Oliveira, edições respectivamente de 1993, 1984 e 1985, todas do Instituto Português do Património Cultural-Departamento de Arqueologia, deparei-me no que aponto primeiramente com uma referência a uma “Estação Paleolítica na Batalha”, vinda a lume na “Gazeta de Coimbra” de 24 de Outubro de 1914. Para ter acesso àquele que foi prestigiado jornal bissemanal conimbricense, pedi ajuda à Drª. Ana Moderno, do Museu da nossa Comunidade, e ao Prof. Doutor Saul António Gomes. Afinal, o número da Gazeta era fácil de obter através da polivalente Internet. Transcrevo o que então o achador da estação arqueológica da Batalha, Dr. António Mesquita de Figueiredo, que foi distinto e empenhado advogado, etnógrafo, arqueólogo e historiador, publicou há cem anos: “ESTAÇÃO PALEOLÍTICA DA BATALHA (DISTRITO DE LEIRIA) – Quando em 12 de Julho do ano corrente (1914) visitei mais uma vez o mosteiro da Batalha, em companhia do meu prezado amigo, Dr. António Fernandes Gaspar, ilustre clínico da Marinha Grande, tive ocasião de observar detidamente o pequeno outeiro que se levanta em frente da fachada principal do monumento, sobre o qual está ainda em construção o hospital da vila. “Surpreendeu-me desde logo a textura geológica do terreno, perfeitamente visível nos cortes recentes feitos na encosta: o exame atento desses cortes levoume ao descobrimento dum “coup-de-poing” (rudimentar machado de pedra) que

nele jazia meio enterrado. “É um belo exemplar de machado paleolítico de forma amilóide perfeitamente característico medindo no maior comprimento 0,122 (12,2 cm) com o peso de 0,385 (385 gramas). “Um seixo rolado de quartzite esbranquiçada com veios avermelhados foi aproveitado para o fabrico do instrumento, no qual a maior parte de uma das faces é a do próprio seixo, estando a outra completamente desbastada, com visíveis planos de percussão e tendo gume sinuoso. “Outro quartzite colhi de cores variadas com fracturas intencionais, mas sem forma definida. “À medida que o reconhecimento arqueológico do país avança, feito com critério científico, as estações da época da pedra lascada, que ainda há bem pouco tempo se julgavam extremamente raras em Portugal, multiplicam-se duma maneira assombrosa. “A descoberta que fiz e a que me estou referindo, oferece particular interesse por múltiplos aspectos e ainda

por o achado ter sido feito a poucos metros de distância e mesmo em face da porta principal dessa preciosidade arquitectónica que é o mosteiro de Santa Maria da Vitória”. No mesmo número do citado bissemanário conimbricense, o Dr. António Mesquita de Figueiredo dános conta também duma estação paleolítica na freguesia dos Milagres, concelho de Leiria, a curta distância do seu afamado Santuário, revelando outro achado de um machado de pedra “próximo do caminho que segue dos Milagres para as Chãs, uns 100 metros a poente da igreja, em ponto sobranceiro à azenha dos Varas Longas”. O outeiro em frente do monumento batalhense sofrera, antes do achado do Dr. António Mesquita de Figueiredo, grandes mexidas e desbastes, construindo-se ali uma residência duma certa dimensão e uma outra casa, como se vê em fotografia dos finais do século XIX, que depois desapareceram para dar lugar aos pavilhões do hospital

da Misericórdia nunca concluídos e que acabaram por ser arrasados na década de 30 do século XX. Estes pavilhões estavam em construção em 1914, como o diz o arqueólogo. Mais tarde, nos anos 60, a vertente oriental do outeiro sofreu um corte profundo com a implantação da variante da estrada de Lisboa-Porto, então a nº 1 das nossas estradas. Tudo isto contribuiu para a degradação da estação arqueológica, senão para o seu desaparecimento, embora uma esperança teimosa me faça crer que ainda será possível encontrar, nos locais apenas mexidos em tarefas agrícolas, um ou outro vestígio da milenar ocupação humana do sítio. Esta estação paleolítica, que tem a curiosidade de ser a mais próxima do Mosteiro, se o Crasto não corresponder a outro espaço arqueológico, vem juntar-se na área de influência do Mosteiro e no aro do município de Collippo, às do Casal do Azemel e das Boiças/Rebolaria, e às romanas também das Boiças/Rebolaria, do Picoto (freguesia da Golpi-

lheira) e da Pocariça/Taliscas/Celeiro (já na freguesia do Reguengo), sem falar na importante vila rústica do Arneiro da Maceira, o que demonstra a antiguidade do povoamento do vale do Lena fincado, sobretudo, no relevo que o circundava até dois ou três quilómetros de distância. E isto leva-me a ter presente a necessidade de se instituir uma política, empenhada e rigorosa, de defesa, recuperação e aproveitamento do património arqueológico, que é essencial à averiguação das raízes do nosso Povo e ao conhecimento profundo da nossa História, que não se começa só com a Nacionalidade, e de todo o restante património material e imaterial em que se alicerça a nossa identidade cultural. Os governos, particularmente os seus ministérios da Educação e da Cultura, têm estado completamente (para não dizer: tragicamente) alheados dessa salvaguarda de valores caracterizantes e insubstituíveis. É uma velha e inexplicável falha dos nossos governos. E

totalmente indesculpável. Só aqui na região há dezenas de estações arqueológicas e de monumentos, de evidente significado, abandonados e em processo de degradação crescente, desde Collippo, à estrada romana do Alqueidão da Serra, ao templo de S. Gião (Nazaré), à Quinta da Várzea, ao Arneiro da Maceira, à Quinta do Cónego (Leiria), a Martingil (Leiria), à igreja antiga do Arrimal (Porto de Mós), à Caranguejeira… sem já falar na tragédia que tem sido a demolição de expressivos templos em toda a diocese. Hoje, em que tanto se fala no desenvolvimento e no esforço duma estratégia de atracção de turistas, considerável fonte de rendimentos, o turismo cultural pode dar um contributo significativo se se souberem explorar os pontos de interesse patrimonial, histórico e arqueológico. A Batalha, para além do Mosteiro, como se vê pela sua vasta área de achados também neste aspecto é rica e pode ser atractiva, se, evidentemente, as suas estações arqueológicas, ainda passíveis de investigação, alguma vez vierem a ser aproveitadas. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (133) Imagem: Fotografia aérea da Batalha, tirada nos anos 30, suponho que pelo tenente-coronel Pinheiro Correia, que me foi amavelmente cedida pelo bom amigo Sr. Carlos Silva, proprietário da Tipografia Comercial à Sé, de Leiria. A imagem é de cerca de 20 anos depois da visita do arqueólogo Dr. Mesquita de Figueiredo, vendo-se à esquerda o citado outeiro e um dos pavilhões que se destinava ao hospital. Também à esquerda, mas em baixo, uma casa de habitação que pertenceu a um tio meu e o artístico chafariz que pouco depois ganhava nova forma e era colocado de frente para o Mosteiro. O chafariz ainda devia ser reconstituído e posto em frente do monumento, encostado ao declive da estrada. Esta fotografia já aqui a publiquei noutro contexto.


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Batalha Cultura

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Cantadores e tocadores do Centro lotaram sede do Rancho Rosas do Lena

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Rodrigo Leão em concerto único no mosteiro A nave central da Igreja do Mosteiro de Santa Maria da Vitoria recebe a 17 de maio um concerto único de Rodrigo Leão, no âmbito das comemorações dos 30 anos de classificação do monumento como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. O músico traz à Batalha grandes músicas que fazem dele um dos principais intérpretes e compositores portugueses, com uma carreira invejável e enorme reconhecimento. Rodrigo Leão foi cofundador dos Sétima Legião, em 1982, e dos Madredeus, em 1985. É considerado um dos grandes nomes da música nacional e está ligado à criação de alguns dos mais importantes momentos da cena musical portuguesa pós-1980. Os ingressos para o concerto podem ser adquiridos no município da Batalha, no Quiosque da Batalha (aberto também aos fins de semana) e através da Rede Ticketline (www.ticketline.sapo.pt).

Recital no dia da canonização de João Paulo II p Os representantes do rancho anfitrião foram os primeiros a atuar O 15º Encontro Nacional de Cantadores e Tocadores de Instrumentos Tradicio-

nais, organizado pelo Rancho Folclórico Rosas do Lena, no dia 29 de março,

na Rebolaria, contou com a presença de oito agrupamentos e três participan-

tes individuais, da região Centro. A sede do Rosas do Lena encheu-se de público e elementos dos ranchos do Arelho (Óbidos), Freguesia de Pussos (Alvaiázere), ‘As Tecedeiras’ (Bidoeira de Cima, Leiria), Casa do Povo de Fátima, Região de Leiria, ‘Os Moleiros da Ribeira’ (Olival, Ourém), e de Alcanhões (Santarém); além de componentes do grupo anfitrião, de José Júlio, Rafa e Nelson. Ainda em março, no dia 23, o rancho da Rebolaria organizou o Encontro Regional de Grupos, que entoaram cânticos da Quaresma no patim sul do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Estas iniciativas inserem-se nas comemorações do 51º aniversário do agrupamento e 14º do Museu Etnográfico da Alta Estremadura. No mesmo âmbito, está patente até 4 de maio, na Galeria Mouzinho de Albuquerque, a exposição “Gente Centenária da Batalha’, composta por fotografias dos séculos XIX e XX e gravuras do século XIX, reproduzindo os trajos e posturas em manequins. Na sede do rancho realiza-se, a 3 maio, às 21h30, um colóquio sobre etnografia regional orientado por José Travaços Santos e Joaquim Moreira Ruivo.

No dia da canonização de João Paulo II e João XXIII, a 27 deste mês, o Mosteiro da Batalha acolhe um recital de percussão, pelas 18h30, com obras para marimba e vibrafone. Esta iniciativa conta com a participação do percussionista António Filipe Silva Casal, acompanhado ao piano pelo compositor e intérprete Sérgio Varalonga. A entrada custa cinco euros e os bilhetes estão à venda no dia e local do espetáculo.

Festeiros da Rebolaria organizam noite de fados Os Festeiros de Santo António 2014 organizam uma noite de fado, dia 26 deste mês, pelas 22 horas, no adro da igreja da Rebolaria. Os fadistas são Nádya Tomás, Natália Ferreira, Lucinda Ferreira, Fernando Brogueira e Pedro Santos, acompanhados à guitarra por Joaquim Rocha e à viola por Mário Maduro. A ceia é composta por caldo verde, grelhados mistos, filhos e café da avó. As inscrições custam 7,5 euros e estão abertas até ao dia anterior à realização do evento.

Palestras sobre ‘Idade Média – Idades dos Saberes’ A ‘Idade Média – Idades dos Saberes’ é o tema de um conjunto de palestras marcadas para maio e junho no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, que abordam temas no âmbito da história, arte e ciência medieval. As sessões, uma por mês, decorrem ao sábado à tarde – a primeira a 10 de maio. Cada uma inclui duas palestras, um workshop e uma visita aos terraços do mosteiro. A iniciativa é co-organizada pelo mosteiro e o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, com o apoio do Centro de Património da Estremadura e da Fundação para a Ciência e Tecnologia


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Batalha

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s Fiscalidade

Desporto

António Caseiro Mestre em Fiscalidade, pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade, Técnico Oficial de Contas

Maratona de BTT pedalou pelos caminhos do parque natural m A vila foi o ponto de partida para o circuito que juntou 1.200 atletas, muitos dos quais provenientes do concelho

A 9ª Maratona BTT do Centro, organizada pela associação de ciclismo Airbike, contou com a presença de 1200 atletas, três centenas dos quais provenientes do concelho, e teve como ponto de partida na Batalha. A prova, disputada no dia 23 março, marcou a abertura da Taça de Portugal XCM. O circuito começou na zona desportiva da vila e desenrolou-se na maioria no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, onde os atletas encontraram grandes desafios, mas também trilhos divertidos acompanhados por paisagens deslumbrantes. A meia maratona disputou-se na distância de 45 quilómetros e a maratona

p A prova contou com a presença de 1.200 atletas

teve dois percursos, um deles mais exigente, com 90 quilómetros.

No final, as classificações ficaram assim ordenadas: Meia maratona/geral:

Mário Rui Ramos Frazão (master 40, MF Caleiras,/ afc), com 02h09m07s; Andre Jorge Sousa Agostinho (Elite, Talacha Bike Shop/H.C. Turquel), Júlio Miguel Marques da Costa (elite, Ser e parecer bike team), Rui Godinho (master 30, Pedalsempre /Movenoticias / Cortec) e Sérgio Branco Valente (master 30, Bicimax Racing Team), com 02h11m47s. Maratona/geral: Henrique Valdez (master 50/60, individual), com 04h21m38s; Carlos Miguel Dionisio Trancadas (master 30, Bike clinic), Gonçalo Miguel Monteiro de Sousa (elite, PortelaBike), Cláudio Celso Gomes Martins (master 30, individual) e Pascal da Fonseca Inácio (master 30, ABC Caxarias), 04h38m39s. Taça de Portugal XCM/ geral: Tiago Ferreira (elite, Team Protek), com 03h49m49s; Rúben Almeida (elite, Pedalsempre/ Movenoticias/Solintellysys), Renato Flórido (master 30, BTT Seia), Fábio Ferreira (elite, Atlantic Service /Clube XELB) e Davide Machado (elite, BTT Seia), com 04h07m14s.

Treinador de futsal morre em colisão no Casal Mil Homens

p Rui Gama, à direita, a receber o prémio da AFL

O professor e treinador de futebol Rui Gama, de 47 anos, morreu no dia 10 deste mês em consequência de um acidente rodoviário ocorrido no Casal Mil Homens, na Batalha. Rui Miguel Gama Ferreira, considerado em 2011 o ‘Melhor Treinador de Formação de Futsal’ pela Associação de Futebol de Leiria, seguia de mota pelas 16 horas quando aconteceu

a colisão com um camião, próximo de uma curva. O treinador, casado e que deixa duas filhas, ficou gravemente ferido e foi transportado ao Hospital de Santo André, em Leiria, onde acabaria por falecer. Rui Gama orientou várias equipas de futebol do distrito e nos últimos anos tinha-se dedicado ao futsal. Residia em Leiria e dava aulas na Batalha.

Isenções IMI – Benefícios fiscais para famílias com baixos rendimentos O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), recai sobre o Valor Patrimonial tributário (VPT), dos prédios (rústicos, urbanos ou mistos), situados em Portugal. É um imposto municipal, cuja receita reverte para os respetivos municípios. É devido por quem for proprietário, usufrutuário ou superficiário de um prédio, em 31 de dezembro de cada ano. No caso de heranças indivisas, o IMI é divido pela herança indivisa representada pelo cabeça de casal. O VPT dos prédios é o seu valor determinado por avaliação feita de acordo com as regras do Código do IMI. Existe a isenção para prédios urbanos destinados a habitação, nos termos do n.º 1.º do artigo 46.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, estando isentos de IMI os prédios ou parte de prédios urbanos habitacionais construídos, ampliados, melhorados ou adquiridos a título oneroso e destinados à habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, cujo rendimento colétavel, para efeitos de IRS, no ano anterior, não seja superior a 151.100,00 euros, desde que sejam efetivamente afetos a tal fim, no prazo de seis meses após a aquisição ou a conclusão da construção, da ampliação ou dos melhoramentos, salvo por motivo imputável ao beneficiário. A isenção é reconhecida pelo Chefe do Serviço Local de Finanças da área da situação do prédio, por um período de três anos, se o VPT do prédio não exceder 125.000,00 euros. Esta isenção terá que ser requerida pelos sujeitos passivos, até 60 dias após o período de 6 meses que têm para afetação do imóvel a habitação própria e permanente e que começa a contar a partir da data da escritura pública de aquisição do prédio ou da conclusão das obras. O requerimento, devidamente documentado, pode ser apresentado em qualquer serviço de finanças ou através da Internet no endereço www.portaldasfinanças.gov.pt. Ai deve selecionar no menu lateral a opção Serviços e, no ecrã de seguida visualizado, sucessivamente as opções Entregar/Declaração/IMI/Pedido de Isenção, identificando-se com o número de contribuinte e senha de acesso. Se a afetação a habitação própria e permanente se verificar após o decurso do prazo de 6 meses ou se o pedido for apresentado para além dos 60 dias, a isenção iniciarse-á a partir do ano imediato ao da afetação ou do pedido, inclusive, cessando, todavia, no ano em que findaria se a afetação se tivesse verificado nos seis meses imediatos ao da construção ou da aquisição a título oneroso ou se o pedido tivesse sido apresentado em tempo. Os sujeitos passivos só podem beneficiar de isenção se não tiverem dívidas às Finanças nem à Segurança Social.


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Batalha Publicidade

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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cinquenta e cinco a folhas cinquenta e seis, do Livro Cento e Noventa e Seis - B, deste Cartório. José Luís Gomes Monteiro, NIF 139 215 379, solteiro, maior, natural da freguesia e concelho da Batalha, residente na Rua Mestre de Almeida Grosso, nº 115, Golpilheira, Batalha, declara que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem do prédio urbano, composto de casa de habitação de rés do chão e um alpendre anexo com a superfície coberta de quarenta e oito metros quadrados e uma Alpendurada anexa com a superfície coberta de quarenta e oito metros quadrados, sito na Rua Casal do Benzedor, no lugar de Casal Benzedor, freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Albino Henriques Videira, de sul com António dos Santos Valério Júnior, de nascente com caminho publico e de poente com António Francisco Grosso, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 147, que provem do artigo urbano 1.480 da freguesia da Batalha, com o valor patrimonial de €9.590,00. Que adquiriu o referido prédio, no ano de mil novecentos e noventa, por doação verbal de seus pais Luís Bento Monteiro e mulher Gracinda Custódio Gomes Monteiro, ele já falecido, residentes em Golpilheira, Batalha, os quais por sua vez o haviam adquirido, no ano de mil novecentos e oitenta e sete, por compra meramente verbal a João de Almeida Grosso e mulher Maria Júlia Vieira de Sousa Carvalho, não dispondo, assim, o justificante de qualquer titulo formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entrou na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, possui o prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando e habitando o prédio, dele retirando todas as utilidades de que é susceptível, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriu o referido prédio por usucapião. Batalha, dezanove de Março de dois mil e catorze. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/4

Jornal da Batalha Ed. 285 de 11 de abril de 2014

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas quarenta e três a folhas quarenta e quatro, do Livro Cento e Noventa e Seis - B, deste Cartório. Manuel Vieira Pereira, NIF 157 858 880, solteiro, maior, natural da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, onde reside na Rua do Passarico, nº 2, no lugar de Lapa Furada, declara que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem do prédio rústico, composto de terra de cultura com oliveiras, com a área de quatrocentos e trinta metros quadrados, sito em Andorinha, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Caminho, de sul com António Rodrigues Capela, de nascente com Câmara Municipal e de poente com Augusto Carreira dos Anjos, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 12.158, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €53,05. Que, adquiriu o identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, por compra verbal a António Carreira Valente e mulher Maria dos Santos Simão, residentes que foram no lugar de Lapa Furada, São Mamede, Batalha, não dispondo o justificante de qualquer titulo formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entrou na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, possui o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriu o indicado prédio por usucapião. Batalha, catorze de Março de dois mil e catorze. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/4 Jornal da Batalha Ed. 285 de 11 de abril de 2014

Novena a Santa Clara Oh Santa Clara que seguiste a Cristo com a sua vida de pobreza e oração, faz que entregando-nos confiantes à Providência do Pai Celeste no inteiro abandono, aceitemos serenamente Sua Divina Vontade. Ámen. Rezar esta oração e nove Avé-Marias durante nove dias com uma vela acesa e no nono dia deixar a vela queimar até ao fim. Fazer três pedidos, dois impossíveis e um de negócios. F.M.

Jornal da Batalha

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA

Dra. Sónia Leitura de Tarot, no Azeite e Pêndulos Vários Cultos ( Humbanda, Vudu...) Rituais (Uniões, Amarrações, Separações) Retorno de Afeição, Negócios e Dinheiro etc. Consultas por marcação, pessoalmente ou à distância Tlm. 910 289 929 / 963 662 966 Rua da Floresta S/n Moura 2410 -193 Leiria

BATALHA Precisa-se

VENDEDOR (A) COMISSIONISTA Respostas ao nº 325 Apartado 81, 2440-901 Batalha

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cinquenta e uma a folhas cinquenta e três verso, do Livro Cento e Noventa e Seis - B, deste Cartório. António de Jesus Lourenço dos Santos, NIF 136 111 610 e mulher Maria José do Fetal Neto, NIF 172 644 410, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, onde residem na Rua da Avessada, nº7, declaram são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes bens: Um - prédio urbano, composto de casa de rés do chão primeiro andar para habitação, com a superfície coberta de cento e trinta e seis metros quadrados, sito na Rua Avessada, nº7, no lugar e freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, e inscrito na matriz predial sob o artigo 1.037, com o valor patrimonial e atribuído de €26.920,00. Dois – prédio rústico, composto de terra de cultura e oliveiras, com a área de duzentos e noventa e quatro metros quadrados, sito em Costa Ruiva, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Alípio Cacela e Cunha, de sul com Laura do Nascimento, de nascente com caminho e de poente com António Lourenço dos Santos, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 3.648, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de €127,77. Três – prédio rústico, composto de terra de cultura, oliveiras, tanchas e mato, com a área de três mil metros quadrados, sito em Ranhosa, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Maria Guilhermina Rodrigues, de sul com João Cerejo, de nascente com Manuel Duarte Rebelo e de poente com Júlio Cacela e Cunha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 2.949, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de €412,04. Quatro – metade indivisa do prédio rústico, composto de terra de cultura e pinhal com mato, sito em Chão da Abelheira, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o numero cinco mil cento e cinquenta e cinco/ São Mamede, sem inscrição de aquisição em vigor quanto ao referido direito, inscrito na matriz sob o artigo 12.310, com o valor patrimonial correspondente para efeitos de IMT e atribuído de €216,19. Que, adquiriram os prédios das verbas um e três e o direito predial da verba quatro, no ano de mil novecentos e sessenta, por doação verbal de Sebastiana de Jesus e marido António Lourenço dos Santos, pais do marido, residentes que foram em Reguengo do Fetal, Batalha e o prédio da verba dois, no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, por compra verbal a Francisco Vale da Serra, casado, residente em Reguengo do Fetal, Batalha, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para os registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição dos mesmos. Que em consequência daquelas doação e compra verbais, possuem os identificados prédios em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando e habitando o prédio urbano, dele retirando todas as utilidades de que é susceptível, amanhando os rústicos, deles recolhendo os frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram os referidos prédios e direito predial por usucapião. Batalha, dezoito de Março de dois mil e catorze. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/3

Jornal da Batalha Ed. 285 de 11 de abril de 2014

Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas setenta e sete a folhas oitenta e duas verso, do Livro Cento e Noventa e Seis - B, deste Cartório. Francisco Henriques da Silva, NIF 105 494 836 e mulher Maria Rosa Silva Santos, NIF 141 513 322, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia de Barreira, concelho de Leiria, ela da freguesia e concelho da Batalha, residentes na Rua das Hortas, nº 800, freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, declaram que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem dos seguintes prédios: A) SITOS NA FREGUESIA DE GOLPILHEIRA, CONCELHO DA BATALHA: Verba um – prédio urbano, composto de casa com cave e rés do chão, sendo a cave ampla de arrecadação, rés do chão para habitação e pátio, com a superfície coberta de setenta metros quadrados e descoberta de setenta metros quadrados, sito no lugar de Hortas, a confrontar de norte, de sul e de poente com proprietário e de nascente com Estrada, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz urbana sob o artigo 2.792, da freguesia da Batalha, com o valor patrimonial de €23.630,00; Verba dois – prédio rústico, composto de semeadura com oliveiras, com a área de três mil cento e dez metros quadrados, sito em Hortas, a confrontar de norte com Maria de Jesus Vª, de sul com Francisco de Sousa Caetano, de nascente com Estrada Limite do concelho e de poente com Serventia, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz rústica sob o artigo 3.258, da freguesia da Batalha, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €727,70. Verba quatro – prédio rústico, composto de terra de vinha e semeadura, com a área de mil quatrocentos e noventa metros quadrados, sito em Serrada, a confrontar de norte com José de Sousa Gomes, de sul com Regato, de nascente com Maria Rosa da Silva Santos e de poente com Francisco Vieira, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz rústica sob o artigo 3.238, da freguesia da Batalha, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €935,04. Verba cinco – prédio rústico, composto de vinha semeadura com oliveiras, com a área de mil quatrocentos e noventa metros quadrados, sito em Serrada, a confrontar de norte com José de Carvalho Sousa, de sul com Regato, de nascente com André Henriques Vieira e outros e de poente com Maria Rosa da Silva Santos, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz rústica sob o artigo 3.240, da freguesia da Batalha, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €935,04. Verba seis – prédio rústico, composto de vinha com oliveiras e arvores de fruto, com a área de seis mil quinhentos e cinquenta metros quadrados, sito em Bico Sachos, a confrontar de norte com Regato, de sul com Francisco Vieira, de nascente com André Henriques Vieira e de poente com Estrada, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz rústica sob o artigo 3.227, da freguesia da Batalha, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €4.375,02. B) SITOS NA FREGUESIA E CONCELHO DA BATALHA: Verba onze – prédio rústico, composto de pinhal com mato, com a área de dois mil e oitocentos metros quadrados, sito em Charneca, a confrontar de norte com Henrique da Silva Santos, de sul com José Valerio, de nascente com António de Sousa Junior e de poente com Caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 7.034, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €370,48. Que adquiriram as verbas um, quatro, cinco, seis, onze, e o um quatro indiviso da verba dois, no ano de mil novecentos e cinquenta e seis, por partilha verbal por óbito de José Ferreira Santos, casado com Júlia da Silva Vieira, pais da mulher, residentes que foram em Bico Sacho, Batalha, sem que no entanto ficassem a dispor de título formal, para proceder ao registo, mas desde logo entraram na posse e fruição dos referidos bens. Que em consequência daquela partilha verbal possuem os aqueles prédios e direito predial, em nome próprio, há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando e habitando o prédio urbano, dele retirando todas as utilidades, amanhando os rústicos, recolhendo os frutos, conservação e defesa da propriedade, procedendo ao pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram aqueles bens por usucapião. Batalha, vinte e oito de Março de dois mil e catorze. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/4

Jornal da Batalha Ed. 285 de 11 de abril de 2014

Serviço fúnebre completo Trasladações e Cremações Serviços de documentação ADSE, Segurança Social, Estrangeiro Funeral Social Micael Cantanhede 912 331 162 Paulo Pragosa 916 002 216 Marinha Grande | Batalha/São Jorge


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Necrologia / Publicidade Batalha

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Óbitos Maria Júlia Silva Jordão, 82 anos, viúva de Carlos Ferreira Residia em Cancelas – Batalha, faleceu dia 24-02-2014 em Fátima. O funeral realizou-se no dia 25-02-2014 para o cemitério de Batalha Maria Coelho Monteiro, 92 anos, casada com Alfredo da Silva Vieira, residia em Casal do Alho – Batalha, faleceu dia 24-02-2014 no Hospital de Leiria. O funeral realizou-se no dia 25-02-2014 para o cemitério de Batalha Manuel Crespo Vieira Romão, 83 anos, casado com Maria Alice Silva Reis, residia em Torre, faleceu dia 01-03-2014 no Hospital de Leiria. O funeral realizou-se no dia 03 – 03 – 2014 para o cemitério de Torre

Cmdt. Aurélio António Agrela Gonçalves 89 anos N.16-06-1924 F.09-03-2014 Natural de: Funchal - Residente em: Leiria

AGRADECIMENTO Seus filhos, netos, e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial ao comando e Corpo Ativo dos B.V. da Batalha, a todas as entidades oficiais, bem como a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

José Vitorino Soares de Sousa 82 anos N. 15-10-1931 - F. 02-04-2014 Casal da Amieira – Batalha

AGRADECIMENTO Sua esposa: Mª Vieira Patrício, filhos: José Carlos e Vítor José Patrício Soares, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. “ A morte não existe quando permanecemos vivos no coração daqueles que amamos” Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

António José Correia Batista, 69 anos, residia em Cancelas Batalha, faleceu dia 02/03/2014 no Hospital de Leiria. O funeral realizou-se no dia 03/03/2014 para o cemitério de Batalha Luis Almeida Canhoto, 98 anos, viúvo de Maria Constantino Lopes, residia em Casal da Amieira – Batalha, faleceu dia 03 – 03 – 2014 no Hospital das Brancas. O funeral realizou-se dia 04-042014 para o cemitério de Batalha

Luís Pereira Alves 69 Anos N. 17-06-1944 - F. 11-03-2014 Natural e Residente em: Golpilheira AGRADECIMENTO

Maria Dália das Dores Chaves Costa Barros, 89 anos, viúva de Joel do Céu Barros, residiu na Praça D. João I – Batalha, faleceu dia 09/03/2014 no Lar N. Sra do Fetal. O funeral realizou-se no dia 11/03/2014 para o cemitério de Batalha Matias Vieira da Silva, 95 anos, viúvo de Júlia do Rosário Cordeiro, residia em Casais dos Ledos, faleceu dia 09-03-2014 no Hospital de Leiria. O funeral realizou-se dia 11/03/2014 para o cemitério de Batalha Manuel Castelhano de Nascimento, 88 anos, viúvo de Maria Celeste Coelho Nascimento, residia em Reguengo do Fetal, faleceu dia 11/03/2014 no Hospital de Leiria. O funeral realizou-se no dia 13/03/2014 para o cemitério de Reguengo do Fetal Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Sua esposa, filhas, genros, netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

REZE nove Ave-Marias durante nove dias, peça três desejos, um de negócios e dois impossíveis. Ao nono dia publique este aviso e cumprir-se-ão mesmo que não acredite. C.S.

77 anos N. 04 – 04 – 1937 - F. 06 – 04 – 2014 Torre – Batalha

AGRADECIMENTO Seu marido: Joaquim Pereira da Silva, filhos: José Augusto, Olinda Mª, João Paulo, Rosa, Cecília Mª e Isabel Mª Soares Silva, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em Paz. A todos, muito obrigado. “Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós”. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

António Adelino Vieira Ferreira

Maria Graciete Pires Pereira

(Toneca)

82 anos N. 20-11-1931 - F. 19-03-2014 Batalha AGRADECIMENTO

75 anos N. 17-05-1938 - F. 02-04-2014 Faniqueira – Batalha AGRADECIMENTO

Oração

Maria Isabel Meneses Soares Silva

Sua esposa: Júlia Santana Ribeiro, filhos: Mª dos Anjos Santana Ribeiro Ferreira e José António Ribeiro Ferreira, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. “Deus o guarde no Céu, como nós o guardamos no coração”

Seu marido: José Madeira, filhos: Ivone e Vítor Madeira, genro, nora, netos e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer o apoio e carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Maria do Espírito Santo Reis

Funerária Santos & Matias, Lda. Serviços Fúnebres www.funerariasantosematias.pt.vu Telefone 244 768 685/244 765 764/967 027 733

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88 anos N. 11-07-1925 - F. 30-03-2014 Alcaidaria – Batalha

AGRADECIMENTO Seu marido: José da Maternidade Moniz, filhos: Mª do Rosário, Pedro e Fernando Moniz, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, veem de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em Paz. A todos, muito obrigado. “ A saudade é a memória do coração. Estarás sempre presente.” Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha


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