JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO JANEIRO 2019

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Emigrantes depositam 16,7 milhões no concelho

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| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXVIII Nº 342 | JANEIRO DE 2019 | PORTE PAGO

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Internet gratuita Funcruiser quer reforçar presença no todo-o-terreno chega ao centro da vila

“Tenor do Povo” atua no mosteiro em junho

LUA Filmes/”Portugal in 150 Seconds”/Matcerâmica

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Jornal da Batalha

Espaço Público s Baú da Memória Por José Travaços Santos

A Encamisada, expressão da espiritualidade popular minhada montados em burros, possivelmente de pelo branco, e são acompanhados pela multidão de crentes que empunham velas e tochas e por alguns músicos de filarmónica. Até onde sabemos realizava-se já no século XIX, sendo provável que remonte à segunda metade do século XVII (a primitiva capela datava de meados daquele século). Tendo deixado de fazer-se entre os anos 30 do século XX e os anos 80, retomou-se nessa década muito pela acção do saudoso Armindo Vieira Jordão (Pimenta), falecido em Junho do ano passado. Também a tradição medieval portuguesa da iluminação com conchas de

A Encamisada, manifestação etno-religiosa que se insere nos círios estremenhos, volta a realizar-se na Rebolaria em 7 de Junho do corrente ano, dias antes da festa do taumaturgo, Santo António, a quem é dedicada. Sendo um círio muito localizado e nocturno, começa e termina no adro de Santo António onde está a capela desta invocação, percorrendo mais três lugares do aro rebolariense, Arneiro, Forneiros e Casal do Alho e vindo, de há anos para cá, até à Ponte Nova, já na Vila. Os anjos, dois rapazes na puberdade, que deitam as loas ao santo evocativas, segundo a tradição popular, da sua vida e dos seus milagres, fazem a ca-

s Diacrónicas

caracóis transformadas em lucernas, mantida em vários pontos do País e com relevo para a Festa de Nossa Senhora do Fetal no Reguengo, permanece aqui, iluminando com graciosidade e arte o percurso do círio. Estas manifestações populares não deixam de se revestir de grande espiritualidade e de autêntica fé, ecos duma crença por vezes ingénua mas sempre genuína e profunda. Demais, fazendo parte integrante e indesligável da nossa Cultura, mantê-las é preservar o que de mais autêntico há na alma do Povo que somos. A fotografia reproduz a “Encamisada” do ano de 2005.

Por Francisco André Santos

Até menos Sexo Sabem aquelas chatices que temos com familiares por diferenças de opinião? Tipo aquele mal-estar entre alguns tios só porque um é socialista e o outro é social-democrata, mas que, em família não desemboca em coligação? Pois na atualidade existem outras minorias presentes em assembleia que são acotoveladas com o “respeitinho aos mais velhos” e a que não entretêm o debate sobre o bonitinho é o beijinho aos Avós. O ego eventualmente assume-se na opinião, no sentido em que o “eu” manifesta uma diferença. A consciência desenvolve-se com essas várias dimensões do

conhecimento e autonomia. Passada a adolescência, esta deverá estar minimamente certificada. Ainda assim, esse balanço hormonal reflete diferenças entre gerações, mediadas por diferentes eras de informação e costumes. Além das diferenças entre aqueles da minha idade, confesso que coletivamente, somos reféns de uma maioria mais velha, própria até do desenvolvimento dos traços demográficos dos estados a que serve o capuz. Citando esse acordar para o poder de toda uma nova geração Portuguesa: “Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais,

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, António Caseiro, António Lucas, Francisco

os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos!” como anunciou Salgueiro Maia à nova maioria das tantas hierarquias institucionais que subsistem neste pequeno grande paradoxo, com respeitinho aos mais velhos – porque é que a mais educada geração do país encontra, no mercado de trabalho, das gestões menos bem preparadas da Europa? Um verdadeiro jogo da cadeira em que o chumbo universitário não pesa na atribuição da classe precária a quem cai entre os escalões da segurança social. Num podcast do Público,

André Santos, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos, João Ramos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

Hugo Carvalho, Presidente do Conselho Nacional da Juventude, diagnostica a sintomática existência de líderes de associações juvenis com mais de 50 anos com “síndrome de Peter Pan”. Resta-me entreter a pequena contradição de que são os jovens que vivem na Terra do Nunca, até que me perguntam: “Porque não fazes mais um estágio, Francisco?” Uma resposta bem dada seria “e porque não te reformas?”, mas a resposta é estrutural e está plasmada na idade dos nossos avós e na legislação laboral. Sendo da “geração sem renumeração”, quão parvo pensam que eu sou? Geração morangos sem

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

açúcar e que ainda teve a sorte de poder suportar as rendas de Lisboa durante a licenciatura. Não me parece ter idade para ter vivido nesse país acima das condições, mas faço parte desse “país dos licenciados”. Recebemos, se é que recebemos, um país “enquilometrado”, em dependência dos furos das petrolíferas, com “vista gold” para um miradouro estrangeiro em que a orbita satélite sobre esse produto interno bem bruto, é de pouco valor acrescentado. Que nefasto conservadorismo é esse que assola um país em que nada é conservado?! À curvatura do jota, falta-nos voz. Faltam tu e eu

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950

e um país para fecundar. Dizem as estatísticas: até menos sexo – continuaremos reféns do futuro? Empreenda-se justiça entre gerações, para que não continuemos com uma mesada inferior ao que precisamos de ganhar. Retiremos da solidariedade dos nossos pais, um país, e da colaboração com os nossos colegas, um horizonte em rede. Qual é o estado a que queremos chegar?

Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo. O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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Espaço Público Batalha

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s A opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Serviços e infraestruturas públicas O objetivo primeiro e fundamental das administrações públicas centra-se na prestação de serviços de qualidade, ao mais baixo preço possível, aos cidadãos. Para isso é necessário uma gestão inteligente e racional da coisa pública, ou seja, dos impostos de todos nós. Esta gestão deverá em primeira análise ser suficientemente inteligente, motivada e competente, para saber implementar mecanismos que potenciem a maximização dos recursos ao seu dispor, começando pelos recursos mais importantes, ou seja, os recursos humanos. Todos conhecemos muito bons funcionários públicos, alguns assim assim e alguns maus, como em todas as profissões e como em tudo na vida. A grande maioria, e falo de experiência feita e conhecimento de causa, são excelentes funcionários. Depois é fundamental também racionalizar e gerir muito bem os recursos materiais, para que com a conjugação destes recursos se preste o melhor serviço possível, ao menor preço, pois só assim será possível ter uma carga fiscal equilibrada, de forma a que o cidadão sinta sempre, que os seus impostos estão a ser bem aplicados. Quando assim não acontece, degrada-se a qualidade dos serviços, aumenta o seu custo e aí chegados, para os manter, ou se aumentam os impostos, ou não se des-

cem, quando o seu nível já é elevado, como acontece em Portugal. Temos vindo nos últimos tempos a assistir a um conjunto muito significativo de greves, umas com razão, outras com menos, outras sem razão, mas em ultima análise é sempre o mesmo a pagar, o cidadão e quase sempre ainda o cidadão mais frágil. O endividamento do país é enorme e apesar de algum alivio na pressão sobre as finanças públicas, por via do crescimento das economias e da redução das taxas de juro, continuamos muito dependentes do financiamento externo e apesar da redução do défice, ainda não estamos, e duvido que estaremos no futuro, numa situação de superavit e aí sim com condições para o pagamento sustentável da divida e a sua redução, para níveis aceitáveis. Não obstante, uma das grandes preocupações das administrações públicas, deverá passar não só, pela construção de obra nova, quando ela se justifica, mas atendendo ao elevado numero de obras novas construídas nas ultimas décadas, o que é mesmo fundamental é o rejuvenescimento das infraestruturas mais antigas, mas indispensáveis ao funcionamento das economias locais e nacionais, em suma indispensáveis para o dia a dia dos cidadãos. Muitas destas infraestruturas não se veem, estão enterradas e só

sentimos que elas existem, quando colapsam, quando a água não corre nas torneiras, quando o esgoto entope, quando o buraco degrada os pneus, etc. Por todo o lado existem redes de abastecimento de água com 50/70 anos, redes de saneamento com 30/50 anos e depois existem outros projetos igualmente importantes com períodos de vida útil menores que necessitam de manutenção e conservação para continuarem a sua função de promoção dos concelhos, a sua função de acessibilidade aos cidadãos. Olhar de frente estas situações e resolve-las é salvaguardar o futuro dos cidadãos, dos concelhos e do país. Este tipo de investimento de substituição é muito mais importante, do que outros investimentos novos, que por vezes até não são muito caros em sede de construção, mas depois, feitas as contas, o seu funcionamento acaba por custar muito à comunidade, sem que o seu retorno seja compatível com os custos de funcionamento.

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s Opinião

Europa quer água potável e segura para todos Na União Europeia, a maior parte dos cidadãos tem acesso a água, o recurso essencial à vida humana e que escasseia em várias regiões do mundo. Este é o resultado da estratégia que, desde cedo, a Comissão Europeia estabeleceu e que permitiu assegurar a qualidade da água, protegendo a saúde de todos. Ainda assim, 11 % da população europeia lida com dificuldades em aceder a água, o que reduz o seu bem-estar e cria uma desigualdade flagrante. Agora, a Comissão Europeia decidiu voltar a agir para garantir o acesso de todos a água potável de qualidade. Esta proposta política divide-se em quatro pilares particularmente importantes:

1) Melhorar os padrões para a segurança da água. Neste caso, a lista de critérios será atualizada e alargada com base em recomendações da Organização Mundial da Saúde e em função das novas descobertas científicas.

2) Diminuir os riscos de contaminação da água para Estados-Membros e cidadãos. Proceder à avaliação da água em toda a União, o que permite às

autoridades identificar possíveis riscos para as diversas fontes hídricas.

3) Melhorar o acesso à água potável. Promover uma rede eficaz de fornecimento de água é fundamental para garantir um acesso igualitário e, além disso, ainda contribui para a redução do consumo de água engarrafada, reduzindo também os custos para o cidadão e o desperdício de plástico.

4) Aumentar a transparência nos serviços. Graças a novas regras, os consumidores podem obter mais informações online, o que lhes permite tomar uma decisão informada e aceder a serviços de boa qualidade a um preço justo. Além disso, as faturas devem discriminar as informações como o preço por litro, o consumo efetuado e as suas tendências anuais. Em simultâneo, importa não esquecer que esta proposta decorre duma iniciativa dos cidadãos, chamada “Right2Water”, que, com 1,6 milhões de assinaturas, pediu a intervenção da Comissão Europeia neste domínio. Assim sendo, o resultado é não só uma manifestação

Sofia Colares Alves Chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal

do compromisso europeu com todas as pessoas que servimos mas também um exemplo de cooperação entre instituições europeias e os cidadãos. Tal como celebrado pelo Pilar Europeu de Direitos Sociais, aprovado por unanimidade pelos Chefes de Estado ou de Governo em finais de 2017, na Cimeira de Gotemburgo, o acesso à água é um dos direitos fundamentais. A Comissão Europeia não descura a sua responsabilidade de proteger os seus cidadãos e assegurar-lhes o melhor possível para a sua saúde e bem-estar - é para isso que trabalhamos todos os dias.

s Pestanas que falam Por Joana Magalhães

Ano novo, novo eu (?) Dizem que a seguir a um “acontecimento trágico”, vem uma grande mudança. Que depois de acontecer uma coisa má, acontecem duas ou três muito boas. Na verdade, acho que esse “acontecimento trágico” faz nascer, em alguns casos, uma vontade nova de fazer diferente e de fazer melhor. Seja uma doen-

ça, um acidente ou alguém que nos magoa, o ser humano só olha para trás e para o que faz diariamente com a vida quando algo trágico o atinge. É aí que pensamos no tempo ganho e no tempo perdido. E quase sempre pensamos mais no tempo perdido. Seria bonito pensar que o tempo nunca é perdido, que há sempre

uma razão para tudo o que acontece diariamente e que, mesmo não sendo o ideal, traz aprendizagem, traz crescimento. Isso é o mais poético pensamento quando, por exemplo, na clássica retrospectiva do final de ano olhamos para trás e pensamos em tudo o que fizemos, conquistámos e perdemos em 365 dias. No en-

tanto, há aprendizagens que custam mais do que outras. No final das contas, motivação é motivação. Seja por boas razões, seja por más. O que importa no novo ano é acreditarmos sempre que podemos ser geradores de mudança, mesmo que essa vontade vá decaindo com o passar dos dias de tal forma que em dezembro tentamos

recarregar baterias para outro ano. A mudança é sempre boa. Mais que não seja pela coragem de se querer mudar, de não nos conformarmos e de podermos fazer diferente. Mudança implica crescimento, implica motivação. Essa que vem com os “acontecimentos trágicos”.


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Jornal da Batalha

Atualidade

Centro histórico recebe investimento para atrair turistas e ajudar comércio m “Batalha – Comércio com história é um projeto inovador de sustentabilidade social e ambiental no turismo e dinamização do comércio”, diz o município O centro histórico da vila da Batalha poderá receber “um investimento global superior a 375 mil euros”, no âmbito de uma candidatura do município ao Programa Valorizar que pretende “potenciar e dinamizar diversas intervenções específicas com forte impacto nas atividades económicas”. A autarquia explica, em comunicado, que o “Batalha – Comércio com história” é “um projeto inovador de sustentabilidade social e ambiental no turismo e

p O projeto centra-se na zona à volta do mosteiro dinamização do comércio, que pretende potenciar e dinamizar intervenções específicas a concretizar no centro histórico da vila, com forte impacto nas atividades económicas”. A candidatura junta o Mu-

nicípio da Batalha, NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria, ACILIS Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós, e está enquadrada no Programa Valorizar – Linha de Apoio à Sus-

tentabilidade do Turismo de Portugal. Esta linha de apoio nacional foi recentemente reforçada com 10 milhões de euros para iniciativas e projetos que promovam a sustentabilidade social e

ambiental no turismo, “prevendo a candidatura da Batalha um investimento global superior a 375 mil euros”. O projeto a concretizar no centro histórico da vila “contempla ações e requalificação urbana e de melhoria no acolhimento dos turistas, com destaque para a reformulação do parque de autocarros junto ao mosteiro, promovendo igualmente a valorização de toldos, esplanadas e estruturas de apoio ao comércio local”. “Este projeto, que conta com o relevante apoio da NERLEI e da ACILIS, representa uma parceria estratégica de qualificação da oferta turística e na modernização do comércio tradicional”, refere o presidente da câmara municipal, Paulo Batista Santos, adiantando que “a Batalha beneficia de

um monumento de referência mundial, pelo que te pela frente o desafio de oferecer um turismo de excelência”. O Programa Valorizar é uma iniciativa do Turismo de Portugal, de apoio ao investimento na promoção da qualificação do destino turístico, com o objetivo de dotar os agentes públicos e privados de um instrumento financeiro que permita potenciar e melhorar a experiência turística. Os apoios financeiros servem para investimentos na regeneração e reabilitação dos espaços públicos com interesse para o turismo, valorização turística do património cultural e natural do país, promovendo condições para a desconcentração da procura, redução da sazonalidade e a criação de valor.

“Esta opção corresponde a uma prática já iniciada em algumas escolas desativadas, através de protoco-

los com associações locais, e que agora conhece um novo impulso com esta medida”, explica Paulo Batista Santos. A câmara municipal pretende também passar a gerir as instalações devolutas do Instituto da Vinha e do Vinho, “tendo já manifestado o interesse em assumir a posse do imóvel para dinamizar um projeto de valorização patrimonial com fins turísticos, ambientais e culturais”. A autarquia vai propor ao Governo, no início deste ano, um acordo de transferência do imóvel por 50 anos, com o objetivo de reabilitar o espaço hoje muito degradado.

Autarquia quer transferir gestão de património para as freguesias A câmara municipal vai propor às juntas de freguesia e às coletividades do concelho a gestão de património que esteja sem utilização, revelou o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos. A lista inicial de edifícios a entregar inclui a o edifício desativado da pré-primária do Casal Vieira (São Mamede), a antiga escola primária da Torre (Reguengo do Fetal) e o antigo edifício da extensão de Saúde da Golpilheira. “Da mesma forma que o município passará a gerir o património sem utilização do Estado, em consequência do processo de descen-

tralização de competências, proporemos a gestão de edifícios municipais devolutos pelas freguesias ou coletividades locais”, explica o autarca. “A iniciativa pretende evitar a degradação do património imobiliário do município que se encontra sem uso, devoluto ou abandonado, fomentando a respetiva recuperação, conservação e reutilização, permitindo o gozo e a fruição pública deste património e um uso mais eficiente destes recursos, valorizando-os”, explica a autarquia em comunicado. No âmbito deste programa de “descentralização” municipal prevê-se também

p Antigo edifício da extensão de Saúde da Golpilheira a “transferência de meios financeiros que suportem a reabilitação dos edifícios, permitindo às entidades que

assegurem a gestão dos edifícios municipais e os dinamizem ao serviço das populações”.


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Atualidade Batalha

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Batalha está “on” com Internet gratuita na vila m A rede de acesso wi-fi, que deverá estar operacional até ao final deste trimestre, abrange as zonas centrais e mais movimentadas

O projeto “Batalha On”, que disponibiliza Internet gratuita, está disponível em regime experimental e vai abranger as praças Mouzinho de Albuquerque e D. João I, largos Infante D. Henrique e do Condestável, bem como nas áreas de estacionamento do Parque Cónego Simões Inácio. A rede de acesso wi-fi, que deverá estar operacional até ao final deste trimestre, “abrange as zonas centrais e mais movimentadas da vila da Batalha, como a zona envolvente do mosteiro (e a sua bilheteira, igreja e Capela do Fundador), entre outras, garantindo um serviço de qualidade aos visitantes e aos residentes”, explica a câmara municipal em comunicado. Este projeto resulta de

uma candidatura submetida pelo município ao Turismo de Portugal, realizada no âmbito da linha de apoio à disponibilização de redes wi-fi – Programa Valorizar. “Esta é mais um ação de qualificação da oferta turística local, representando um investimento global de cerca de 80 mil euros, e representa um passo em frente na forma e qualidade como a Batalha se apresenta ao turismo”, adianta o presidente da câmara municipal. “Em 2018 o turismo na Batalha registou um crescimento impressionante, o mosteiro continua na liderança dos monumentos nacionais mais visitados e esta aposta no projeto “Batalha ON” de Internet gratuita de alta velocidade constitui seguramente mais um argu-

Orçamento Participativo já está a aceitar propostas

p Escola António Cândido da Encarnação Os moradores do concelho podem apresentar propostas à quinta edição do Orçamento Participativo da Batalha até dia 11 de fevereiro. A câmara municipal, à semelhança dos últimos quatro anos, afetou 30 mil euros para a execução do projeto mais votado pelos munícipes, “num importante processo de consulta pública que tem registado crescente interesse”, segundo a autarquia. Na última edição, a Associação Casa do Mimo viu

aprovada a sua proposta de aquisição de uma carrinha de nove lugares, enquanto a edição anterior foi ganha pelo projeto “Vitrais para Igreja de Nossa Senhora de Fátima”, na freguesia da Golpilheira. A proposta de “Pavimentação Betuminosa do troço da Estrada Real D. Maria I, entre o centro de Inspeções ITVM” (início da Rua da Quinta da Várzea), até ao cruzamento com a estrada do Vale do Horto, venceu em 2015 e no primeiro ano

da iniciativa foi escolhido o projeto que permitiu substituir a caixilharia de madeira da Escola António Cândido da Encarnação. No conjunto das quatro edições foram apresentadas 66 propostas, selecionados 46 projetos e registados 3.311 votos. A apresentação das propostas realiza-se na plataforma disponível em http:// op.cm-batalha.pt/, que gere todo o processo do Orçamento Participativo. Os utilizadores têm de proceder ao registo inicial.

mento para atrair novos visitantes”, conclui Paulo Batista Santos. Esta iniciativa pretende disponibilizar o acesso wi-fi nos centros históricos e em zonas de afluência de turistas, “maximizando a experiência em Portugal, promovendo a gestão inteligente dos destinos e posicionando o turismo como líder no desenvolvimento de smart cities e de formas mais sustentáveis de gestão das cidades e dos seus recursos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e para o desenvolvimento económico”, segundo o Turismo de Portugal.

p Projeto obriga a um investimento de 80 mil euros


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Batalha Opinião

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s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Frio de janeiro promete bom ano Janeiro geoso e fevereiro chuvoso, fazem o ano formoso. Poda-me em janeiro, empa-me em março e verás o que te faço. Hoje deixo-vos mais uns provérbios que nos falam do tempo e da horta, afinal era esta a forma que os nossos antepassados tinham de passar a informação, que é fruto de anos de observação e não deve ser descurada. Se essas previsões estiverem certas, o mês de janeiro apresenta-se muito gelado, pelo menos para já as noites, o que tem criado gelo no meu quintal. Algumas plantas não aguentam e acabam por morrer. É também o mês da poda das árvores e de alguns arbustos de aromáticas e afins. Andei a podar a segurelha, as hortênsias e os tomilhos, de preferência de manhã, para que durante o dia de sol seque o corte

e possa aguentar o gelo da noite. As árvores de fruto também podem entretanto ser podadas. Engraçado é perceber que a natureza é sábia ao ponto de se saber renovar, se deixarmos os galhos secos na planta, ela pode até acabar por morrer. No entanto se cortarmos o que já não lhe faz sentido, ela renasce e volta a dar frutos ainda com mais força. Podemos tirar muitas ilações desta observação, às vezes é preciso saber largar o que já não nos serve de nada. Hortícolas para semear em local coberto: alfaces de inverno, alho francês, alhos, agriões, brócolos, cenouras, cebolas, coentros, couves, ervilhas, espinafres, favas, nabos, nabiças,

rabanetes e salsa. Hortícolas para semear ao ar livre em zonas menos propensas a geadas: alho francês, beterrabas, cebolas, cenouras, coentros, couves-flôr, couves-repo-

lho, espargos, espinafres, ervilhas, nabiças, nabos, rabanetes, rúcula, coentros e calêndulas. Jardim, semear: begónias, gipsófilas, goivos, lírios, miosótis, flor de lis,

sécias, petúnias, roseiras, zinias e bolbos em geral. É também uma excelente altura para plantar arbustos e árvores de fruto. O meu jardim já está a ficar ladeado de arbustos que

dão fruto - por cá privilegia-se tudo o que, para além de decorativo, também seja produtivo. Na horta cultivamos alimentos e sentimentos! Boas colheitas


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Atualidade Batalha

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Zona industrial e ecovia são prioridades da autarquia m O município está a finalizar três candidaturas a fundos europeus, num valor global superior a três milhões de euros A câmara municipal anunciou no final de dezembro que deu início aos “trabalhos de atualização dos estudos da Área de Localização Empresarial de São Mamede”, no âmbito da preparação de projetos para o corrente ano e da apresentação de candidaturas a fundos comunitários do Programa Operacional do Centro (Centro 2020). Em comunicado, o município refere que o projeto foi “interrompido desde 2006 e que a autarquia pretende agora dinamizar, porque é sustentável e existe uma forte procura de novas localizações empresariais”. A par desta iniciativa “âncora para o desenvolvimento empresarial e com impacto relevante ao nível da criação de emprego” a câmara municipal adianta que “está a finalizar mais duas candidaturas a fundos europeus, num valor global superior a três milhões de euros de investimento”, na área da distribuição de água e na construção de uma ecovia. No primeiro caso, trata-se da reabilitação da rede de distribuição de água do lugar do Reguengo do Fetal, “com o objetivo primordial

p O presidente da câmara defende novos investimentos do controlo e redução de perdas, com uma estimativa orçamental de 1,9 milhões de euros”. O segundo corresponde à construção da Ecovia do Vale do Lena, projeto inscrito nas prioridades do Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável da Região de Leiria e que pretende ligar os municípios de Porto de Mós, Batalha e Leiria. O valor estimado de investimento é de 1,120 milhões de euros. Este último projeto insere-se num programa com uma dotação financeira total de 30 milhões de euros, apenas para os municípios onde se localizam em “Centros Urbanos Complementares” da região centro, com o objetivo de promover estratégias de baixo teor de

carbono, incluindo a promoção da mobilidade urbana sustentável. “Este novo aviso com o reforço de dotação de 30 milhões de euros represen-

p Zona industrial avança em São Mamede ta uma oportunidade para os municípios de menor dimensão e vem dar resposta às propostas que o Município da Batalha apresentou no âmbito da reprograma-

ção dos fundos do Portugal 2020”, explica o presidente da câmara municipal, Paulo Batista Santos, “Os centros urbanos de pequena e média dimen-

são da região Centro podem agora contribuir para os objetivos da mobilidade suave e para uma economia de baixo teor de carbono em todos os setores”, conclui.

s registo Câmara encerra ano com saldo positivo A Câmara da Batalha terminou o ano passado com um montante superior a 15 milhões de euros ao nível da execução orçamental, o que, segundo o município, “revela um forte esforço no investimento, e encerra o ano com um saldo global transitado de 1,163 milhões de euros”. “Tendo em conta a sua especificidade no que se refere à utilização do saldo pela administração local, esta componente da receita pode ser disponibilizada para o cálculo dos fundos disponíveis e utilizada pela câmara para dotar de meios financeiros novos projetos para 2019”, explica a autarquia em comunicado. “Este valor libertado será orientado para garantir a participação municipal em novas candidaturas a fundos europeus, com destaque para os projetos de mobilidade suave (ecovias), renovação e conservação da rede de águas e apoio ao desenvolvi-

mento das áreas de acolhimento empresarial, para além dos recentes projetos de requalificação urbana no centro histórico do Reguengo do Fetal e a concretização do programa em parceria com o Politécnico de Leiria de adaptação de edifícios históricos para residências para estudantes”, adianta. “O ano de 2019 começa com sinais positivos quer nos indicadores de atração económica, turismo e na criação de mais postos de trabalho, quer na saúde financeira da câmara, o que lhe permite fazer face aos grandes desafios dos fundos comunitários do Portugal 2020”, refere o presidente do município. “Entendo que o objetivo de um município não é gerar lucros excessivos, mas antes ter uma gestão equilibrada de recursos, pelo que importa salientar que o valor do saldo apurado em 2018 regista uma redução face aos anos de 2016 e 2017, tendo em conta a opção assumida pelo executivo de redução da carga fiscal sobre os munícipes, através da diminuição dos impostos, tarifas e taxas municipais”, explica Paulo Batista Santos.

Crianças entregam produtos alimentares no canil/gatil Um grupo de crianças entregou no Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia (canil/gatil) da Batalha, no dia 28 de dezembro, o resultado de uma campanha de recolha de produtos alimentares para os animais, promovida pelo Centro Infantil Moinho de Vento. O Município da Batalha

manifestou publicamente o seu agradecimento aos promotores da iniciativa, pelo seu “gesto solidário e o testemunho de cidadania”. A autarquia, que tem a responsabilidade da gestão do espaço, está, entretanto, a incentivar os munícipes a adotarem animais de companhia à guarda do ca-

nil/gatil. “Adote um animal e ganhe um amigo para a vida!”, pode ler-se na página do município na Internet. “Adotar um animal abandonado é um ato de coragem. No canil/gatil da Batalha contamos com diversos animais prontos para adoção”, adianta a câmara municipal, que incentiva os

interessados a visitarem a página onde podem “ver alguns dos amigos ansiosos por conhecerem a sua nova família”. O principal objetivo do canil/gatil é a recolha e o alojamento de animais de companhia vadios, errantes ou abandonados na via pública.

p A câmara elogiou “o gesto solidário e o testemunho de cidadania”


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Batalha Atualidade

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Obras de saneamento e pavimentação em 26 ruas da Golpilheira e Batalha m O projeto vai servir, ao nível do saneamento, mais de 1.000 habitantes, num investimento superior a 1,2 milhões de euros, cofinanciados por fundos europeus

p As obras vão prolongar-se pelo mês de fevereiro A câmara municipal emitiu um “Aviso à população” em que “pede desculpas pelos incómodos” que possam resultar da pavimentação e obras de saneamento em 26 arruamentos das freguesias da Golpilheira e Batalha, que vão prolongar-se pelo

mês de fevereiro. Segundo o município, “encontram-se em fase final de obra um conjunto de intervenções” no âmbito da empreitada “Programa Estratégico de Reforço e Beneficiação do Sistema de Águas Residuais Domésti-

cas - RARD Lote C (parte) Lugares da Corga, Santo Antão e Faniqueira e RARD Lote B (parte) Lugares de Andreus, Palheirinhos, Colipo, Casal do Alho, Golpilheira e outros lugares” “O objetivo é ampliar a rede de saneamento básico,

promover a sustentabilidade ambiental e melhorar a rede viária do município” e os trabalhos “pontualmente poderão suscitar perturbações nos acessos e funcionamento das redes públicas de água e saneamento”. O projeto vai servir, ao

nível do saneamento, mais de 1.000 habitantes, num investimento superior a 1,2 milhões de euros, cofinanciados por fundos europeus em seiscentos mil de euros, ou seja, correspondente a 85% da componente do investimento elegível. Neste contexto, “a câmara municipal apresenta desculpas pelos incómodos gerados e prevê que todos os trabalhos estejam concluídos no próximo mês de fevereiro” Arruamentos que foram ou estão a ser objeto de obras de melhoramento: Freguesia da Golpilheira (12): Rua do Moinho, Estrada da Raposeira, Padre José Carreira Frazão, da Cerveira, da Mata (Golpilheira), do Casal do Benzedor (Casal do Benzedor/

Valorlis distribui mais ecopontos A Valorlis está a reforçar a rede de recolha, colocando à disposição da população mais 250 ecopontos [750 contentores de deposição seletiva de resíduos], a distribuir até aos primeiros meses deste ano nos seis concelhos da sua área de intervenção, que inclui o Município da Batalha. “A colocação de ecopontos já foi iniciada nos concelhos de Batalha, Porto de Mós e Leiria, prevendo-se a colocação de uma centena até ao final de 2018 em locais pre-

viamente acordados com os municípios”, anunciou a 11 de dezembro a empresa de recolha seletiva, triagem e tratamento de resíduos sólidos. A disponibilização dos ecopontos integra um plano de investimentos da Valorlis, no valor 1,8 milhões de euros, financiado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos. O objetivo é contribuir para o alcance das metas de reciclagem do Plano Estratégico para os Resíduos Ur-

banos (PERSU 2020), cujo compromisso para a área da Valorlis se traduz no envio para reciclagem de 42 quilos por habitante. As metas definidas no PERSU 2020 “são muito ambiciosas e a Valorlis, com o objetivo de aumentar os quantitativos recolhidos, fez grandes investimentos, designadamente novas viaturas, novos ecopontos e contentorização, dando igualmente forte destaque a novas campanhas de sensibilização”, refere a empresa.

Produção e comércio de Carnes

Produção própria de Novilhos Enchidos Tradicionais Talho: Largo Goa Damão e Dio | Batalha Tel. 244 765 677 | talhosirmaosnuno@sapo.pt

Golpilheira), do Arraial (Picoto), Nossa Senhora da Conceição (Picoto), Estrada das Hortas (Colipo/Bico Sacho), D. Domingos de Pinho Brandão (Colipo), Padre Dr. Francisco Jordão (Casal do Alho/Picoto), do Ribeirinho (Rebolaria/Picoto). Freguesia da Batalha (14): Rua dos Brejos, do Chão dos Linhos, estrada do Moinho de S. João, rua dos Paredões, estrada Real D. Maria I, travessa da Quinta do Moinho S. João, rua Joaquim Sousa Carvalho (Santo Antão), travessa do Areeiro (Jardoeira), ruas José Sousa Ribeiro, Lugar do Moinho Muro, da Aleixa, Oliveira da Mina e Travessa (Jardoeira) e da Choiza (Casal do Marra), estrada da Costa (Casal do Marra).

Distinguidos presidente e atletas da UD Batalha O presidente da União Desportiva da Batalha (UDB), Nelson Marcelino, foi distinguido com o prémio “Dirigente do Ano 2018” pela Associação de Ténis de Leiria (ATLEI), no jantar de gala que decorreu no dia cinco deste mês em Torres Novas. “Esta distinção é reflexo da evolução registada na modalidade, no que diz respeito ao aumento de qualidade na formação de novos atletas promovida pelo nosso coordenador da modalidade, à melhoria de condições físicas associadas e à excelência imprimida na realização de vários torneios ao longo do ano 2018”, refere a UDB. “Na pessoa do nosso presidente, estendemos o mérito a todas os colegas de direção envolvidos na modalidade e ao nosso coordenador Pedro Parracho”, adianta. Na mesma altura foram distinguidos os atletas: Mariana Parracho (Revelação do Ano 2018), Rita Francisco, Francisco Pedroso, e Miguel Freitas, todos campeões ou vice-campeões regionais.


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Concelho aumenta recursos na área do turismo acessível m Já é possível visitar as Grutas da Moeda, em São Mamede, utilizando folhetos acessíveis em braille (português e inglês) e em linguagem pictográfica

A plataforma online TUR4all Portugal lançou a nove de dezembro, no âmbito da celebração do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, o Roteiro Turístico Acessível da Batalha. O documento reúne conteúdos relativos às características de acessibilidade de equipamentos culturais, com o intuito de promover recursos e soluções de apoio dirigidos às pessoas com deficiência.

p Apresentação dos folhetos nas Grutas da Moeda Nesta iniciativa estão envolvidos o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Centro de Interpretação da Bata-

lha de Aljubarrota, Grutas da Moeda, Posto de Turismo da Batalha, Ecoparque Sensorial da Pia do Urso e

o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha; onde decorreu a apresentação. O roteiro, com linguagem

simples e acessível, disponibiliza informação sobre a história dos equipamentos, recursos de acessibilidade existentes e informações úteis, como horários, dias de encerramento e contactos. É exclusivamente dedicado ao turismo acessível e disponibiliza ao público um conjunto de informação fiável e validada por técnicos especialistas em matéria de acessibilidade física e de conteúdo. Entretanto, já é possível visitar as Grutas da Moeda, em São Mamede, utilizando folhetos acessíveis em braille (português e inglês) e em linguagem pictográfica, apresentados no dia 4 deste mês. Estas grutas são as primeiras em Portugal a oferecer este tipo de informação ao público e os folhetos foram desenvolvidos pelo

Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Politécnico de Leiria, em colaboração com a equipa técnica das grutas. “Os folhetos têm como objetivo principal promover a acessibilidade plena de todos os cidadãos, contribuindo para que a região de Leiria se continue a afirmar na vanguarda da inclusão, e para uma comunicação mais acessível através de vários olhares e em diversos contextos, para que a sociedade atinja uma perspetiva holística do fenómeno inclusão”, referem os promotores da iniciativa. Os documentos têm texto aumentado, braille e imagens em relevo para pessoas cegas ou com baixa visão, e pictogramas para pessoas com incapacidade intelectual ou limitações de outra natureza.


MOLDES E PLÁSTICOS 2019

REVISTA GRÁTIS COM A EDIÇÃO DO REGIÃO DE LEIRIA DE 31 DE JANEIRO


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Parlamento aprova resolução contra prospeção de gás m O Município da Batalha deu “parecer desfavorável” e “suscitou fortes reservas sobre o processo de perfuração” no âmbito da consulta publica

O parlamento, reunido em sessão plenária, aprovou no dia 21 de dezembro um projeto de resolução de “Os Verdes” prevendo o cancelamento dos contratos de prospeção e exploração de hidrocarbonetos na Batalha e em Pombal. Apesar dos votos contra das bancadas de PS e CDS-

p As bancadas de PS e CDS-PP votaram contra a resolução -PP, o texto mereceu o assentimento dos restantes grupos parlamentares, de três deputados socialistas

(António Sales, Odete João e Margarida Marques), do deputado que dissociou da bancada do PS, Paulo Trigo

p Os vencedores do concurso

Procissão dos caracóis retratada no posto de turismo A exposição “À Luz dos Caracóis”, que mostra os trabalhos vencedores do V Concurso Fotográfico promovido no âmbito da Festa de Nossa Senhora do Reguengo do Fetal, está patente no Posto de Turismo da Batalha até ao dia 24 de fevereiro. A iniciativa é organizada pela Junta de Freguesia do Reguengo do Fetal, com o apoio do município. A mostra foi inaugurada a 8 de dezembro.

Classificações do Concurso PESSOAS 1º) José Luís das Neves Mendes - Rampa de Caracóis 2º) Cátia Alexandra Ribeiro Ferreira - O Reflexo 3º) Carlos Venceslau - Sorriso ILUMINAÇÃO 1º) Ilda Maria Correia da Silva O Milagre do azeite 2º) Ana Sofia Vieira de Matos Dar luz aos caracóis 3º) Carlos Venceslau – (Su) Real

MENÇÕES HONROSAS ILUMINAÇÃO José Luís das Neves Mendes - A Chama João Carlos Pombeiro Gaspar Coração de Fé PESSOAS Rui Manuel Guerreiro Mendes - Procissão Ricardo Mendes – (sem título) PRÉMIOS IDADE Mais jovem - Inês Gesero Mais idoso - José Luís das Neves Mendes

Pereira, e do parlamentar único do PAN. O projeto de lei do PAN pelo fim das concessões

para exploração de hidrocarbonetos em todo o território e ao largo da costa foi chumbado com votos contra de PSD, PS, CDS-PP, PCP e o deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira, enquanto BE e PEV também votaram a favor da iniciativa. Igualmente rejeitado foi o projeto de resolução do BE para a suspensão imediata de concessões, explorações e extrações de petróleo e gás na região centro, com votos contra de PS, CDS-PP e PCP, a abstenção do PSD e votos a favor dos outros partidos e de Paulo Trigo Pereira. Recorde-se que o Município da Batalha deu “parecer desfavorável” e “suscitou fortes reservas sobre o processo de perfuração” no âmbito da consulta publica sobre a “Sondagem de Pros-

peção e Pesquisa de Hidrocarbonetos Convencionais na Área de Concessão de Batalha”, que terminou no final de novembro. A autarquia considera que “a concessão admite especificamente que possam vir a ser efetuados trabalhos de exploração de hidrocarbonetos, não ficando liminarmente arredada a hipótese de recurso à técnica de fraturação hidráulica para a sua realização”. O processo de prospeção de gás poderá colocar em “gravíssimo risco” os aquíferos que abastecem o concelho, “por contaminação de hidrocarbonetos e metais pesados, pois a sua elevada vulnerabilidade está intimamente associada à reduzida espessura e tipologia dos solos existentes na região”, adiantou a câmara em comunicado.


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s Espaço do Museu

Planos para 2019: visitar mais os museus; viver mais o património Fecha-se um ano, um ciclo de 12 meses, 365 dias quatro estações. Contam-se nele períodos letivos, quadras festivas, férias e datas comemorativas diversas. Imperativo da azáfama dos tempos atuais, é um ciclo que se desenrola a grande velocidade, deixando de fora planos e projetos que se ecoaram com determinação no primeiro dia do ano. Entendendo o início do novo ano como um arranque, uma renovação, entendemos dar uso desta coluna - que nos tem vindo a ser gentilmente cedida pelo Jornal da Batalha ao longo de vários anos - para desejar mais visitas a museus e a locais de interesse patrimonial. O nosso país recebeu, mais uma vez, uma distinção no âmbito do turismo, com 17 prémios atribuídos pelos World Travel Awards numa gala realizada pela primeira vez em Portugal, tendo Lisboa recebido o galar-

dão de “Melhor Cidade Destino” e “Melhor Destino City Break” a nível mundial. Estas distinções, somadas a muitas outras, voltam a colocar Portugal numa posição de destaque no mapa mundial, com impactos significativos para o nosso país, particularmente no aumento de visitantes e nas receitas no sector do turismo. A excelente reputação que o país atravessa, reflete-se na autoestima dos portugueses e numa (re)valorização do património. Notamos o aumento das visitas do público nacional nos museus e monumentos nacionais, particularmente desde que a Direção-Geral do Património oferece entradas gratuitas aos visitantes nacionais aos domingos e feriados até às 14h00. Mediante esta oportunidade e o cenário positivo que se atravessa, relembramos a riqueza patrimonial do nosso concelho e desta região.

Três monumentos que são património da Humanidade (na Batalha, em Alcobaça, em Tomar), diversos castelos, grutas, sítios arqueológicos ou parques temáticos. Acrescenta-se uma cada vez maior e mais qualitativa

oferta de museus municipais (e não só) de vários temas e com programação cultural muito aliciante para as famílias. Só num raio de pouco mais de 30 km de distância, encontramos objetos tao diversos quanto fósseis de

dinossáurios, artefactos arqueológicos, pintura, escultura, alfaias agrícolas, material bélico, elementos industriais, entre muitos outros. Com votos de um bom ano novo e de muitas visitas culturais, aproveitamos para re-

lembrar que a visita ao Museu da Comunidade Concelhia da Batalha é gratuita aos primeiros domingos do mês para todos os residentes e naturais do concelho. Município da Batalha Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

s Notícias dos combatentes Por: NCB

Ano novo, vida velha? Acabada a euforia consumista (e carregadinha de boas intenções… de que o inferno está cheio) da quadra natalícia e da entrada num novo ano, de imediato se passou ao período de, a todos os níveis, se fazerem balanços e previsões. Dum modo geral, a comunicação social, nacional e regional, com maior ou menor isenção, recorda-nos o que de mais relevante se passou, tanto quanto a factos positivos como negativos, embora, em termos de audiências, estes tenham sempre mais impacto. Talvez por que, desde cedo, somos mais “martelados” com este tipo de notícias, ou então teremos um qualquer mecanismo interior que dá mais ênfase à morbidez, e daí a nossa pro-

pensão para as desgraças, desde que estas não nos batam à porta, claro! Enfim, no que refere a Portugal, dum modo geral, 2018 não diferiu grande coisa dos dois anos anteriores, a não ser no aumento exponencial de greves, e nem valerá a pena recuarmos mais, porque só iríamos reabrir feridas que ainda não sararam e provavelmente nunca sararão. Quanto ao que há a esperar em 2019, em termos internacionais tudo leva a querer que o planeta Terra será um lugar cada vez mais perigoso para se viver, dado o aumento por esse mundo fora de “mandantes” cada vez mais radicais, se não mesmo completamente irresponsáveis. Mas, aqui, no nosso “re-

tângulo”, 2019 também não deverá ser de grandes auspícios, dado que teremos duas eleições pela frente: em maio para o Parlamento Europeu; em outubro para as Legislativas. Ora, já todos conhecemos bem o “calibre” dos nossos políticos e, pela amostra a que já assistimos em 2018, vamos voltar a ter uma guerra de provocações e promessas falaciosas. Na sua mensagem do ano novo, o Presidente da República bem apelou aos consensos; ao bom senso; à contenção; a que os políticos não façam promessas que sabem que não cumprirão. O azar – especialmente para nós, zé-povinho – é que à hora da mensagem do Presidente os políticos estariam todos com os ouvidos ainda ensurdeci-

dos da berraria a que estiveram sujeitos durante a noite e não a conseguiram ouvir. Por isso, não devemos estranhar que, durante as duas campanhas eleitorais que se avizinham, estes nossos especiais cidadãos, que tanto se “sacrificam” por nós, não sigam as recomendações do nosso Presidente. Mas será apenas porque a não ouviram. Homessa! Aliás, para que estamos nós aqui com estas ironias, quando os políticos sabem perfeitamente que o que nós gostamos é que nos mintam e enganem? Sendo assim, e é sistematicamente assim, por que carga de água é que hão-de mudar o discurso, se é com este que continuam a ser eleitos, desde há mais de 40 anos?

Bem, cada vez são eleitos com menos votos, é certo. Mas as leis eleitorais existentes permitem isso e, como têm a “faca e o queijo na mão”, naturalmente que não as vão mudar. Lá masoquistas, eles não são. Mas falemos um pouco de nós, combatentes, porque também somos cidadãos de pleno direito. Como tal, queremos o melhor para nós e para as nossas famílias, para os amigos e para a comunidade em que estamos inseridos. Ou seja, temos necessidades e anseios semelhantes a toda a gente, talvez com uma exceção (nada despiciente, aliás): como combatentes que fomos, ao serviço da Pátria, interiorizámos princípios de honra, disciplina e

sentido do dever que, de algum modo, nos tornam únicos, no seio de uma comunidade que teima em não nos querer compreender, nem às nossas necessidades específicas. Infelizmente, é devido a esta incompreensão (ou desprezo?) que continuamos a não dispor de um lugar digno para nos reunirmos e podermos recordar factos que só nós compreendemos; tal como o nosso concelho será, presentemente, o único que, na sua sede, não dispõe de um monumento ou memorial, que recorde, para a posteridade, todos aqueles que o souberam elevar bem alto a Pátria e tal mereciam. Um bom ano de 2019 para todos os batalhenses… sem qualquer exceção!



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s Tesouros da Música Portuguesa Por João Pedro Matos

Pelas ondas até ao cabo do mundo Os Vai de Roda são sinónimo de excelência no âmbito da música popular portuguesa. E dificilmente encontramos melhor exemplo dessa excelência do que em Polas Ondas, o seu álbum de 1996. O terceiro registo de originais do grupo liderado por Tentúgal, não sendo uma recolha literal de acervo de música tradicional, mergulha as suas raízes na cultura popular do norte do país. Também não perde de vista a Galiza, porque remotamente, nos meados do século XI, as terras confinantes ao rio Minho e a Galiza foram um e mesmo território. Talvez por isso este álbum esteja carregado de História, trilhando musicalmente os caminhos de Santiago. Mas o segredo deste disco reside em reinventar a tradição, com uma sofisti-

cação que o diferencia dos demais discos do seu género, começando logo na própria embalagem que o envolve. Vem dentro de uma espécie de envelope que se desdobra em quatro cartolinas, quantas as partes que o constituem: Terra de Lumieiras, Terra de Vento Verde, Terra de Urze e Terra de Sal. O álbum abre com o som do oceano, com o marulhar da vastidão que invoca o canto que se diz, primeiro numa poesia de Afonso X, rei Fernandes de Santiago, depois no canto da guitarra portuguesa numa contradança do século XVIII. Na sequência de Polas Ondas II, chega o instrumental Finis Terrae que tanto recorda o mítico cabo da província da Corunha, Espanha, como uma antiga região da Bretanha, em França. E é impressionante

a quantidade e variedade de instrumentos utilizados em Finis Terrae: guitarra elétrica, braguesa, sintetizador, pratos, violino, violoncelo, gaita de foles, harpa, carrilhão, sanfona; Rosa das Rosas, outro poema de Afonso X, é acompanhado com pote cerâmico, pandeiro, címbalos, vozes masculinas e voz solista, além de muitos instrumentos que já tínhamos encontrado em Finis Terrae. O que vem atestar a capacidade de recriação da tradição por parte dos Vai de Roda, quando estabelecem um diálogo sem qualquer conflito entre os instrumentos de cariz popular, os de origem erudita (como o violino e o violoncelo) e os contemporâneos como são a guitarra elétrica e o sintetizador. E a aguarela de cores e matizes tão diferentes continua com traço seguro de Tentúgal e os seus acom-

panhantes, pintando a Terra de Vento Verde e depois a Terra de Urze, com paisagens do Minho, da Galiza, de Trás-os-Montes, da Madeira. São sonoridades que podemos escutar em temas como Floripes na Terra Chã, La Lhoba Parda, Senhora da Granja e Nana para “Ingalhar” Meninas. Mas é em Terra de Sal, a quarta e última parte do disco, que descobrimos os dois temas maiores deste magnífico trabalho: o primeiro, um instrumental que tem como título Cavalos de Fão, recebeu o nome dos rochedos existentes na costa nortenha e que constituem perigosos escolhos para os navegantes. Aí, a guitarra portuguesa é rainha, num ambiente profundamente nostálgico ajudado a construir pelo violino, o acordeão e a gaita de foles.

O segundo, A Roupa do Marinheiro, aparece como um tradicional minhoto interpretado de forma sublime por Uxía e que conta, mais uma vez, com a guitarra portuguesa de Eduardo Coelho. O álbum encerra como começou, com o bater das vagas de um oceano que se fecha em nevoeiro, atrás de um qualquer penedo, adensando o mistério. Além ficam ilhas perdidas, rodeadas de insondáveis profundezas que se estendem até ao cabo das tormentas. Escondido na névoa, como um sonho, o cabo do fim do mundo onde termina a jornada, relatada num texto galaico-português e em Gil Vicente. Quase perfeito, não surpreende que alguma imprensa o tenha considerado como o melhor álbum de música portuguesa em 1997.

proteção social convergente recebem aos valores que os pensionistas em situação idêntica recebem em virtude das atualizações extraordinárias ocorridas em 2017 e 2018, bem como a que irá ocorrer em janeiro de 2019. Pretende o Governo, colmatar uma situação de desfasamento das novas pensões de mínimos face aos pensionistas de mínimos que beneficiaram das atualizações extraordinárias. Foi aprovado o decreto-lei que cria o novo regime de flexibilização da idade de acesso à pensão de velhice. Tendo já sido dados importantes passos através da aprovação do regime para as carreiras contributivas muito longas ou daqueles que começaram a trabalhar em idade considerada infante, o Governo aprova agora o novo regime de antecipação da idade por flexi-

bilização, com o sentido de devolver a tranquilidade e a confiança aos pensionistas. O novo regime de antecipação da idade de reforma tem como objetivo valorizar as carreiras contributivas e tornar o sistema mais justo, equitativo e transparente, permitindo que cada trabalhador possa, em função da sua própria carreira contributiva, adequar a sua idade de reforma. Foi eliminado o fator de sustentabilidade para estes pensionistas, eliminando desta forma a dupla penalização que vinham sofrendo. Foi aprovado o decreto-lei que define o modelo de governação para a implementação da faturação eletrónica nos contratos públicos. Desejo para todos um feliz ano de 2019 e que cada um faça a sua parte, no dia a dia, ajudando os mais necessitados.

s Fiscalidade

Rendimentos e pensões O Decreto -L ei n .º 117/2018, de 27 de dezembro, publicou a atualização do valor da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG) para os € 600,00, (seiscentos euros), com entrada em vigor no dia 1 de janeiro de 2019. O Governo concluiu a trajetória de revalorização da RMMG, que, de modo gradual, em diálogo permanente com os parceiros sociais e no quadro de uma monitorização regular de impactos, teve um primeiro aumento de € 505,00 para € 530,00 em 2016, seguido de um aumento para € 557,00 em 2017 e para € 580,00 em 2018. Esta trajetória permitiu alcançar uma valorização da RMMG na ordem dos 15% entre 2015 e 2018. Estima-se que a atualização da RMMG para os e €600,00 beneficiará mais de 750 mil trabalhadores. Foi aprovado o decreto

regulamentar que define e regulamenta a atualização extraordinária das pensões em 2019. Através da atualização extraordinária das pensões, prevista no Orçamento do Estado (OE) para 2019, o Governo prossegue o objetivo de compensação da perda de poder de compra causada pela suspensão do regime de atualização das pensões do regime geral da Segurança Social e do regime da Caixa Geral de Aposentações (CGA) no período entre 2011 e 2015. Esta atualização, que terá efeitos já em janeiro de 2019, prevê um aumento de € 10,00 mensais no valor da pensão a atribuir ao pensionista. No caso dos pensionistas que recebam uma pensão que tenha sido atualizada no período entre 2011 e 2015, a atualização extraordinária será de € 6,00 mensais. A esta atualização

extraordinária será subtraído o valor da atualização anual legal que será efetuada em janeiro de 2019. Serão abrangidos os pensionistas de invalidez, velhice e sobrevivência do sistema de Segurança Social e os pensionistas por aposentação, reforma e sobrevivência do regime de proteção social convergente cujo montante global das pensões em janeiros de 2019 seja igual ou inferior a 1,5 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) em vigor no mesmo ano. Conforme previsto no OE para 2019, foi aprovado o decreto-lei que cria o complemento extraordinário para pensões de mínimos. A criação deste complemento, a atribuir a partir de janeiro de 2019, visa adequar o montante que os pensionistas de mínimos de invalidez e velhice da segurança social e do regime de

António Caseiro Membro da Assembleia Representantes da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração


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Economia

Exportações batem recorde

Outubro 2018 Marinha Grande 636.016.210 Leiria 561.912.670 Alcobaça 270.071.030 Pombal 170.513.400 Caldas da Rainha 142.354.280 Porto de Mós 135.858.760 Peniche 104.175.250 Batalha 59.015.220 Bombarral 34.746.630 Ansião 14.847.980 Nazaré 12.464.830 Óbidos 12.315.980 Pedrógão Grande 5.013.170 Castanheira de Pêra 3.932.060 Figueiró dos Vinhos 1.244.450 Alvaiázere 554.450 TOTAL DISTRITO 2.165.036.370 Portugal 51.282.312.910 Fonte: INE/Dezembro 2018

Exportações Total 2017 594.268.313 608.465.711 252.894.643 179.374.353 113.644.815 145.738.890 116.023.824 53.747.130 35.507.575 17.260.281 21.396.512 12.572.851 9.720.711 3.818.544 1.086.194 370.816 2.165.891.163 55.029.316.063

Principais depósitos e créditos

m Nos primeiros 10 meses do ano passado as vendas no exterior foram de 59 milhões de euros

As exportações de bens do Concelho da Batalha já tinham ultrapassado em outubro o valor total registado em 2017. Nos primeiros 10 meses do ano, de acordo com dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), as vendas no exterior foram de 59 milhões de euros, o que compara com os 53,7 milhões verificados em dezembro de há dois anos. Estes dados significam que, em outubro, as exportações do concelho tinham

crescido 9,80% (outubro/2017), enquanto a média do distrito de Leiria ainda era negativa (-0,04%), embora tudo indique que a região também vai conseguir um novo máximo histórico. Quanto às importações, atingiram os 83 milhões de euros em outubro, contra 79,6 milhões em 2017. Isto significa que as compras no exterior ultrapassaram as de há dois anos - em outubro já eram superiores em 4,46% (a média do distrito estava em – 8,71%). O Concelho da Batalha é o oitavo maior exportador do distrito e está na sexta posição entre os municípios que mais importam. O saldo da balança comercial (cobertura das importações pelas exportações) era negativo em 29,01% ao 10º mês do ano passado, enquanto a região apresentava uma taxa positiva de 40,37%.

Crescimento 7,03% -7,65% 6,79% -4,94% 25,26% -6,78% -10,21% 9,80% -2,14% -13,98% -41,74% -2,04% -48,43% 2,97% 14,57% 49,52% -0,04% -6,81%

Outubro 2018 242.906.090 603.929.320 159.907.770 124.728.600 107.075.640 56.492.970 72.632.630 83.128.730 11.795.220 28.152.170 21.532.390 25.256.340 1.175.230 177.930 36.130 3.479.520 1.542.406.680 67.519.992.680

Balcões Trabalhadores Custos de Total de (a, nº) (a, nº) pessoal (a, m€) depósitos (m€) Leiria 64 367 15.248 2.226.193 Pombal 20 102 4.097 1.011.571 Caldas da Rainha 18 119 4.938 765.568 Alcobaça 22 107 4.446 729.755 Marinha Grande 12 77 3.058 536.420 Porto de Mós 11 45 1.827 303.658 Peniche 8 46 1.939 292.009 Batalha 8 36 1.473 271.700 Ansião 7 26 1.119 184.029 Bombarral 5 26 1.186 150.589 Nazaré 8 32 1.480 120.240 Alvaiázere 4 18 776 92.503 Óbidos 3 8 331 74.570 Pedrógão Grande 2 (…) 44.387 Castanheira de Pêra 1 (…) Figueiró dos Vinhos 2 (…) Total do distrito 195 1.009 41.918 6.803.192 Portugal 4.144 44.188 2.321.323 212.107.424 INE/Outubro 2018. Dados de 2017. (…) Dados confidenciais. (a) Excluindo caixas de crédito

Nos primeiros 10 meses do ano passado, a região exportou 2,165 mil milhões de euros, mais 15,55% do que no período homólogo anterior, a apenas 854.793 euros dos 2,166 mil milhões faturados há dois anos Como ainda falta contabilizar os valores correspondentes às vendas no exterior em dezembro pode, assim, concluir-se que o distrito baterá o recorde de exportações do ano passado.

s registo

Importações Total 2017 273.155.352 633.758.820 175.024.001 142.400.971 120.971.057 64.133.148 97.935.287 79.582.971 12.566.989 26.919.707 26.173.146 29.999.030 2.044.410 947.682 3.232 3.865.214 1.689.481.017 69.489.166.123

Crescimento -11,07% -4,71% -8,64% -12,41% -11,49% -11,91% -25,84% 4,46% -6,14% 4,58% -17,73% -15,81% -42,51% -81,22% 1017,88% -9,98% -8,71% -2,83%

Saldo outubro 161,84% -6,96% 68,89% 36,71% 32,95% 140,49% 43,43% -29,01% 194,58% -47,26% -42,11% -51,24% 326,57% 2109,89% 3344,37% -84,07% 40,37% -24,05%

Depósitos de emigrantes (m€) 86.204 123.021 36.236 18.452 10.374 19.298 17.137 16.748 18.529 6.768 5.073 10.161 1.710 2.616

Crédito a clientes (m€) 1.823.848 513.674 652.510 591.291 370.333 208.243 248.635 224.726 105.260 150.303 120.262 46.456 65.114 27.941

Crédito à habitação (m€) 803.823 262.148 390.084 293.433 219.445 111.833 164.456 98.688 62.236 78.892 85.495 28.657 36.263 15.188

372.327 6.175.060

5.148.596 228.106.229

2.650.641 82.294.529

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ALOJAMENTO LOCAL

Emigrantes depositam 16,7 milhões Os emigrantes têm depositados nas instituições bancárias do concelho 16,7 milhões de euros, de acordo com os dados mais recentes revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes a 2017. O total de depósitos é de 271,7 milhões de euros. Quanto ao crédito a clientes, os oito balcões do concelho aprovaram 224,7 milhões de euros há dois anos, 98,7 milhões dos quais correspondentes a crédito à habitação. As instituições bancárias do município ocupam 36 trabalhadores e estão na oitava posição distrital em depósitos (incluindo de

emigrantes) e no crédito à habitação, subindo uma posição no que respeita ao total de crédito a clientes. Em termos globais, a poupança das famílias residentes do distrito de Leiria manteve-se quase inalterada desde 2012, o pior ano da crise económico-financeira, enquanto os pedidos de crédito junto das instituições bancárias caíram bastante. As estatísticas mostram que os bancos emprestaram 5,1 mil milhões de euros aos clientes do distrito, menos 23,1% do que há seis anos, acima dos resultados do país (-15,1).

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt


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Jornal da Batalha

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Saúde Fisioterapia respiratória em pediatria João Ramos Fisioterapeuta

A primeira edição do ano, janeiro frio, um dos meses em que as patologias respiratórias afetam mais a nossa população. Neste artigo abordam-se algumas características específicas do nosso sistema respiratório nos primeiros anos de vida, as patologias mais comuns e o papel do fisioterapeuta no seu tratamento. No que respeita ao desenvolvimento pulmonar, é de salientar que a árvore brônquica é formada antes da 16ª semana de vida intra-uterina. Os alvéolos desenvolvem-se, na sua maioria, após o nascimento, crescendo em número até aos oito anos e em tamanho com o desenvolvimento da caixa torácica, até à idade adul-

ta. O pulmão cresce de forma proporcional. O volume pulmonar aumenta proporcionalmente ao aumento do peso corporal e os compartimentos pulmonares aumentam linearmente com o aumento do volume pulmonar. O bebé, em relação ao adulto, tem uma densidade maior de glândulas produtoras de muco, que são igualmente de maior dimensão em relação à parede brônquica e ao pequeno diâmetro das vias aéreas. O tórax do bebé em posição inspiratória implica menor reserva inspiratória em caso de necessidade. Uma característica também importante referir é a respiração nasal do bebé.

Tal facto deve-se à localização da laringe à nascença; a mesma ocupa uma posição alta no pescoço, ao nível da base da língua, relativamente ao crânio. As patologias respiratórias mais comuns em pediatria são: bronquiolite, infeção respiratória alta/ baixa, pneumonia, asma, atelectasia, derrame pleural e pneumotoráx. O papel do fisioterapeuta tem vindo a ser cada vez mais reconhecido no tratamento destas patologias. É de salientar (sempre) a importância de uma equipa multidisciplinar na abordagem destes casos. O trabalho da fisioterapia consiste num conjunto de técnicas terapêuticas manuais, que

visam a recuperação da função respiratória, através da drenagem de secreções. O objetivo da fisioterapia respiratória é precisamente eliminar ou reduzir as secreções, de modo a normalizar a função respiratória mais rapidamente. A Conferência de Consensus Francófona sobre a Bronquiolite do bebé (Paris 2000) julgou de forma diferente e reconheceu o papel preponderante da fisioterapia respiratória. Apesar dos estudos já existentes nesta área, são necessários mais estudos randomizados, controlados, utilizando instrumentos validados, para que se possa definir melhor o papel da fisioterapia respiratória.

ACORDOS:

ADSE, PSP, ADMG, Mulicare, Advancecare, Médis, SAD-GNR, SAMES Centro, SAMS quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sávida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon, Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia.........sábado - manhã Oftalmologia............................................................... Dr. Joaquim Mira............................................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira........ quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro...................................................terça - tarde

Nutricionista................................................................ Dra. Ana Rita Henriques.......................................terça - tarde Cirurgia Geral/Vascular....................................... Dr. Carlos Almeida.................................................. sexta - tarde Otorrinolaringologia............................................. Dr. José Bastos.......................................................quarta - tarde Próteses Auditivas...........................................................................................................................................quarta - tarde Terapia da Fala........................................................... Dra. Débora Franco......quinta - tarde / sábado - manhã Neuro Osteopatia /Acumpunctura............... Tec. Acácio Mariano............................................quarta - tarde (Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortoptica........................................................................ Dr. Pedro Melo.................................................. sábado - manhã

Outras Especialidades:

Medicina Dentária

Clínica Geral................................................................. Dr. Vítor Coimbra..................................................quarta - tarde Medicina Interna....................................................... Dr. Amílcar Silva.......................................................terça - tarde Urologia.......................................................................... Dr. Edson Retroz....................................................quinta - tarde

Dra. Sâmella Silva

Dermatologia.................................................... Dr. Henrique Oliveira.................................... segunda - tarde

Terça/quinta-feira - Tarde

Estética ........................................................................... Enf. Helena Odynets.............................................. sexta - tarde

Dr. Evandro Gameiro Segunda/quarta/sexta-feira - Tarde Sábado - Manhã

Cardiologia................................................................... Dr. David Durão....................................................... sexta - tarde Electrocardiogramas............................................................................................................... segunda a sexta - tarde Neurocirurgia............................................................. Dr. Armando Lopes......................................... segunda - tarde

Implantologia

Neurologia.................................................................... Dr. Alexandre Dionísio......................................... sexta - tarde

Cirurgia Oral

Psicologia Educacional/vocacional...........Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos.............................................. Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde

Ortodontia

Psiquiatria .................................................................... Dr. José Carvalhinho..................................... sábado - manhã

Rx-Orto

Pneumologia/Alergologia.................................. Dr. Monteiro Ferreira............................................ sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..................................... Dr. Paulo Cortesão.......................................... segunda - tarde

Telerradiografia

Ortopedia...................................................................... Dr. António Andrade...................................... segunda - tarde

Próteses Dentárias

Endocrinologia.......................................................... Dra. Cristina Ribeiro........................segunda / terça - tarde

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Saúde Batalha

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O frio e os antibióticos Gripe, constipação e rinite vasomotora

Escolhas saudáveis no local de trabalho

Com a chegada do frio, chegam normalmente as constipações, gripes e as crises das doenças respiratórias. Com este breve texto espero dar uma ajuda na compreensão dos diferentes sintomas e daquilo que não se deve fazer. A gripe é provocada pelo vírus influenza A, B e C e tem tanto de perigoso como qualquer outra doença, uma vez que também mata! Há, no entanto, outra infeção semelhante provocada por outro vírus, o vírus parainfluenza tipo 1,2,3 e 4. A Organização Mundial de Saúde alerta que a gripe é responsável pela morte de cerca de 250.000 a 500.000 pessoas em todo o mundo anualmente e é por essa mesma razão que a vacinação é altamente recomendável, principalmente nos grupos mais vulneráveis, como são as pessoas com

“Se trabalhar faz bem à saúde então que trabalhem os doentes” é uma expressão popular que não sendo completamente verdadeira, também não é desprovida de alguma verdade. É certo que estamos a falar do trabalho muito sedentário. Hoje em dia consegue-se “dar a volta ao mundo” sentado numa cadeira em frente a um computador e quando se faz uma pausa para quebrar a rotina e descansar os olhos, fuma-se um cigarro. Muitos, aproveitando estas restrições, conseguiram deixar este vício, parabéns. Há que aproveitar outras oportunidades que o dia de trabalho nos faculta para sermos um pouco mais saudáveis. Aproveite a pausa e coma uma peça de fruta a meio da manhã. Assim consegue estragar o apetite para a hora do almoço e fazer uma refeição mais saudável. Aproveite e use mais as escadas, saia uma paragem antes e faça o restante percurso a pé. Ao fim do dia, opte por fazer uma boa parte do seu percurso caminhando. Aproveite e instale no seu smartphone um pedómetro e veja se chega aos 10.000 passos por dia (valor recomendado). O trabalho só faz bem à saúde se soubermos tirar o devido proveito.

idade igual ou superior a 65 anos, as grávidas, os profissionais de saúde ou os portadores de doenças crónicas ou imunodeprimidos. A Direção Geral de Saúde

reconhece estes grupos e por esse motivo a vacinação é-lhes fornecida de forma gratuita nas unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde.

Clínica Dentária e Osteopática Direção Clínica: Dr.ª Ana Freitas - Medicina Dentária Dr.ª Ana Freitas Dr.ª Silvia Eleutério

• Restaurações • Desvitalizações • Próteses fixas e removíveis • Branqueamentos

- Osteopatia Dr. Carlos Martins • Tratamento de hérnias discais, lombares e cervicais • Operados a hérnias lombares que mantenham a dor • Ombro doloroso/congelado, tendinites • Correcção postural em crianças, adolescentes e adultos • Estudo do desenvolvimento muscular da criança • Torcicolos, dores musculares, articulares e dor ciática • Relaxamento profundo

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Contactos para marcações e informações: 244 049 830 ou 911 089 187 Rua dos Bombeiros Voluntários, Loja D Batalha

A constipação também é provocada por vírus mas tem a vantagem de serem raros os problemas de saúde graves por eles causados ou a morte. É provocada por mais de cem vírus diferentes, sendo o mais comum o rhinovirus. Apresenta-se com sintomas clássicos muito semelhantes aos da gripe, mas com menos intensidade e menos incapacitante tendo, no entanto, uma duração variável. Ambas as condições acima descritas têm uma transmissão bastante rápida e fácil. Os vírus são transmitidos por via aérea e por contacto próximo entre pessoas, também podem ser transmitidos atra-

vés de objetos. Exemplificando, uma maçaneta que acabou de ser tocada por alguém contaminado pelo vírus, é muito provável que a pessoa seguinte a tocar a maçaneta se contamine, porque impreterivelmente acabara por tocar no próprio nariz transportando o vírus para as suas vias respiratórias. Gostaria de incluir aqui outra entidade, a rinite vasomotora. Esta pode ser encarada como uma “prima” das constipações. Grande parte da população sofre de rinite e com o frio há um agravamento do quadro pelo que frequentemente estas pessoas dizem estar constipadas. Espirros, comichão no nariz e o pingo no mesmo são os sintomas típicos, mas na realidade não se trata de gripe nem de constipação, é a sua rinite de abril que em resposta ao frio se está a manifestar agora. Para qualquer uma das síndromes ou condições anteriormente apresentadas o ponto mais importante deste texto é o seguinte: Não se tratam gripes ou constipações com antibióticos, nunca! Um antibiótico é utilizado para combater bactérias, não vírus. Sempre. Sem exceção. António Pinheiro

Luís Negrão

Médico de Medicina Geral e Familiar na

Assessor Médico da Fundação

USF Condestável, Batalha

Portuguesa de Cardiologia


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Jornal da Batalha

Património Diabos e “Homens Verdes” no Mosteiro de Santa Maria da Vitória Termino esta ronda, que veio na sequência de outras publicadas ao longo de décadas, sobre o nosso Mosteiro, neste caso sobre os aspectos mais invulgares e menos visíveis do monumento, como os diabos e os “homens verdes” esculpidos quase sempre em capiteis que estão em pontos quase inacessíveis aos nossos olhos. Numa imagem de vulto do Arcanjo São Miguel, que teria estado na capela de sua invocação (a que se situa junto à porta lateral), o Arcanjo Custódio da Pátria Portuguesa esmaga um demónio, escultura quatrocentista de excelente talhe que no momento se encontra em exposição no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha. Contrariamente ao demónio que provoca e ofende Nossa Senhora, com um gesto obsceno, no conjunto da Senhora do Ó do capitel de Santa Bárbara, capela onde presentemente se adora o Santíssimo, o que é espezinhado pelo Arcanjo tem esgares de sofrimento, como é natural. Reproduzo, aqui, em pormenor, e em esplêndida fotografia de António Luís Sequeira, a figura demoníaca do conjunto da Senhora do Ó. Os “homens verdes”, que evidentemente nada têm a ver com os demónios e que

possivelmente significarão o pulsar da vida e o renascimento e a renovação constantes, talvez com a mesma mensagem da gárgula que expele pela boca outro ser humano, são figuras humanas, em corpo inteiro ou só uma cabeça, que expelem, também pela boca, ramagens abundantes, frequentemente acantos. No Mosteiro encontramos duas, mas talvez haja mais alguma, a que se reproduz, também numa fotografia de António Luís Sequeira, e que está no capitel da quinta coluna da igreja do lado esquerdo de quem entra pela porta principal, no conjunto de anjos músicos, e a da Casa do Capítulo no seu canto nordeste. Sobre a da Casa do Capítulo há uma lenda curiosa, que se sabe não passa de uma lenda e nas lendas nem tão-pouco o seu fundo é verdadeiro como sucede na maior parte dos casos, apresentando-nos esta escultura dum “homem verde” como se tratasse do mestre Huguet a proferir blasfémias por não ter conseguido levar avante a construção da portentosa abóbada que cobre esta quadra conventual, enquanto que a escultura do canto sudeste evocaria a do mestre Afonso Domingues. Ora, ambos os “arquitectos” foram mes-

tres geniais, Afonso Domingues ao delinear a primeira parte da Obra e ao executar quatro capelas absidais, as naves laterais da igreja, a sacristia e os lanços sul e leste do Claustro Real, mas não chegando a fazer a abóbada da Casa do Capítulo que é, com certeza, da autoria de mestre Huguet porque são as suas nervuras características que sobem até ao fecho. Além disso, seria impossível até 1402, em que Afonso Domingues morre, se não morreu no ano anterior, ter-se-á erguido a abó-

bada. As obras começaram pouco antes, crê-se que em 1388, medeando apenas catorze anos, ou mesmo um pouco mais, até à nomeação doutro mestre. É muito pouco tempo para um empreendimento como este. É pena ainda se saber tão pouco sobre a figura de Afonso Domingues, que parece ser natural de Lisboa. Onde foi sepultado? Teria falecido na Batalha, na altura em que ainda era o mestre da obra conventual? E se faleceu na Batalha estaria, muito possivelmente, sepul-

s Casa da Madalena

Divisão a divisão, a Casa da Cultura do Rosas do Lena No terreno que o Rancho Folclórico Rosas do Lena adquiriu, onde construiu a sua sede e tem outros serviços, havia um palheiro que habilmente se transformou numa “Casa de Cultura”. No rés-do-chão foram instalados, além dum átrio com várias funções, uma biblioteca etnográfica, embora com outras vertentes,

e uma taberna à moda antiga. No piso superior, no espaço onde se guardava a palha, fez-se uma sala ampla para reuniões, sendo aqui que normalmente se realizam as assembleias gerais do agrupamento, e instalou-se um gabinete para a direcção e um amplo roupeiro para guardar os trajos que não estão a ser usados, não

os da recolha que estes estão preservados no Museu Etnográfico. Tudo espaços visitáveis. Na fotografia vê-se o exterior do imóvel, agora enriquecido com um conjunto escultórico feito e oferecido pelo artista canteiro batalhense Armando Pinheiro, justíssima homenagem à pioneira Escola de Concer-

tinas e Harmónios do Rosas do Lena e aos eu mestre e impulsionador Joaquim Moreira ruivo, uma figura de destaque do movimento folclórico e da cultura popular portuguesa. Na frente, um amplo pátio e uma eira onde no Verão é frequente realizarem-se os ensaios do agrupamento. J.T.S

tado na Igreja de Santa Maria-a-Velha, que ele com certeza construiu e que veio a ser um verdadeiro panteão dos mestres batalhinos. A destruição deste templo foi um rasgar de várias páginas não só da história local mas da história dos grandes mestres quatrocentistas que dirigiram as obras do Mosteiro e outras pelo País fora. De Huguet, que se supõe ser catalão, sabe-se muito mais e inclusivamente que morreu na Batalha em 1438 e que foi sepultado, embora em desassossegada sepultu-

ra, ainda por cima profanada no século XX, em Santa Maria-a-Velha. Conhece-se bastante do seu percurso no Mosteiro. As únicas coisas que se salvaram deste histórico templo foram algumas pedras e a cobertura legendada da sepultura do mestre Boitaca, agora à guarda e em exposição permanente no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (189)


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Cultura

Danças ocultas dão espetáculo na vila m O quarteto - Filipe Cal, Artur Fernandes, Francisco Miguel e Filipe Ricardo - de concertinas vai apresentar um espetáculo baseado no seu recém-editado disco “Dentro Desse Mar”

A organização do 37ª edição do Festival Música em Leiria anunciou a 18 de dezembro que o grupo Danças Ocultas “é o protagonista de um grande espetáculo” a realizar no Auditório Municipal da Batalha, em abril. “Ao levarmos este espe-

táculo à Batalha estamos a dar corpo à ambição que o Festival Música em Leiria tem de crescer na região e a nível nacional, de forma sustentada, sobretudo em termos qualitativos, e não apenas em número de espetáculos e em abrangência territorial”, afirma Acácio de Sousa, presidente do Orfeão de Leiria. “Estamos perante um grupo de renome, aclamado a nível internacional e com centenas de espetáculos apresentados por esse mundo fora, que vem participar num festival fora das grandes urbes, o que não deixa de confirmar a excelência” do festival e “a repu-

tação que tem no panorama cultural nacional”, adianta. O quarteto - Filipe Cal, Artur Fernandes, Francisco Miguel e Filipe Ricardo - de concertinas vai apresentar um espetáculo baseado no seu recém-editado disco “Dentro Desse Mar”, que tem na origem uma colaboração com Jaques Morelenbaum, Carminho, Zélia Duncan e Dora Morelenbaum. O espetáculo, marcado para 6 de abril, “é baseado essencialmente no novo repertório, embora não nos escusemos a revisitar alguns momentos anteriores da nossa obra”, explica Artur Fernandes, adiantando que

p O espetáculo é baseado essencialmente no novo repertório “será mostrado um novo som, uma série de novas obras e uma nova atitude com uma abordagem mais contemporânea e urbana e daí a colaboração com o Jaques Morelenbaum, que deu uma lufada de ar fresco ao nosso som com arranjos com muitas percussões e cordas, com a participação de algumas lendas da música brasileira” O presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, reconhece “o

elevado interesse cultural do Festival Música em Leiria” e a sua “manifesta relevância no contexto nacional dos festivais de música, atendendo à sua linha programática e à qualidade dos grupos e intervenientes que integram o programa”. O programa do festival inclui, entre outros nomes a confirmar, a participação da dupla de pianistas Mário Laginha e Pedro Burmester, na abertura, a 23 de março, do quarteto de cordas espanhol

PaGaGnini, o músico e compositor brasileiro Ivan Lins, e a Glenn Miller Orchestra. Entre 23 de março e 25 de abril, apresenta espetáculos de música clássica e jazz a 10 concelhos do distrito: Leiria, Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós, Pombal, Ansião, Alvaiázere, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande. Os bilhetes estão à venda no Teatro José Lúcio da Silva e no site www. teatrojlsilva.pt.

Receitas de “Uma Fada sem Asas” revertem para a Casa do Mimo O livro “Uma Fada sem Asas”, da autoria de Cidália Silva (texto) e Margarida Oliveira (ilustração), apresentado a nove de dezembro, no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB), poderá dar origem a uma coleção dedicada ao “tema dos valores”. As receitas resultantes da obra revertem na íntegra a favor da Casa do Mimo, responsável pela edição, apresentada por Ana Moderno, técnica do MCCB e autora do prefácio, numa sessão em que Daniel Reis tocou hang bells e a contadora foi Liliana Gonçalves. A autora da história, Cidália Silva, explica que “Uma Fada sem Asas” fala da ajuda ao próximo, de sairmos do nosso egoísmo e darmo-nos aos outros. Só desta forma damos sentido à vida e crescemos indivi-

dualmente e no coletivo”. “Sempre gostei de escrever histórias para crianças. Há um baú com muitas cá em casa! Não gosto de histórias fáceis, gosto das que fazem pensar e que conduzem ao diálogo. Inserem-se na linha da filosofia para crianças “pensar a brincar” o que, na minha opinião, se justifica cada vez mais nos tempos que correm”, explica Cidália Silva, também presidente da Casa do Mimo. Na sua perspetiva, “falamos pouco com as nossas crianças e, muitas vezes, não valorizamos a sua capacidade de reflexão sobre assuntos sérios da vida; que devem ser abordados de forma lúdica e significativa para elas e as histórias são um excelente recurso”. “Numa época é que é tudo tão ‘líquido’, tão ‘fas-

p As autoras durante a sessão de autógrafos no MCCB t-qualquer coisa’ há que provocar o espírito crítico nos mais novos. Por isso, gosto de histórias curtas, com texto rápido que ime-

diatamente leve à partilha de ideias. São histórias que abordam questões essenciais: os valores universais”. “Por todas estas razões”,

as autoras escolheram contar a história “Uma Fada sem Asas”, que “traduz aquilo que é a missão da Casa do Mimo: ajudar o ou-

tro de acordo com o que mais necessita, o que implica, por vezes, fazer algo de diferente, moldarmo-nos às necessidades dos outros”. “A ideia [de publicar um livro] já vem de alguns anos, mas só agora tivemos condições para avançar com aquilo que poderá tornar-se num futuro projeto: uma coleção de histórias sobre o tema dos valores – “Histórias com Mimo”. Quem sabe?!”, aponta Cidália Silva. A presidente da Casa do Mimo destaca, por outro lado, “a ilustração fabulosa da Margarida Oliveira, repleta de subtilezas e que acrescenta “outra história” ao texto”, contribuindo para uma obra considerada “muito completa e bem conseguida”.


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s Crónicas do passado Francisco Oliveira Simões Historiador

Big Eyes - A nova geração do rock Quero-vos apresentar uma das minhas bandas favoritas. Vem de Nova Iorque e nasceu há dez anos. O seu estilo, ligado ao rock alternativo, tem vindo a inspirar muito do que escrevo, até mesmos as crónicas neste jornal. Comecei a ouvi-la há alguns anos e despertou-me logo o interesse pela sua irreverência e regresso às raízes da música, mas só agora tive o privilégio de entrevistar Kaitlyn Eldridge, a vocalista dos Big Eyes. Nesta conversa vamos conhecer o que faz desta banda um novo alento para se escrever mais uma página na História do Rock.

Como é que os membros da banda se conheceram? Eu comecei a banda no ano de 2009, com uma identidade completamente diferente. O Paul tinha-se mudado para Nova Iorque quando entrou para universidade, foi nesse momento que começou a ir aos nossos concertos. Numa noite ofereceu-se para nos ajudar a carregar o material para o local do concerto. Nos anos seguintes fomo-nos cruzando em vários sítios, até que em 2015 eu precisei de um baixista e o Paul subiu logo ao palco. Um ano depois decidimos que queríamos mais um elemento na banda, foi nessa altura que o Paul entrou como guitarrista. Pouco tempo depois entrou o Jeff (irmão do Paul) para preencher a vaga de baixista, desde aí a banda ficou completa. Qual é o escritor que mais

Steve Kong

Qual é a mensagem que querem passar com a vossa música? Isto parece dolorosamente piroso, mas a música fez-me ultrapassar muitas dificuldades na minha vida, e eu fico muito agradecida por poder, em certa medida, devolver essa ajuda através do meu contributo. Há pessoas que ocasionalmente me escrevem sobre como se reviram com certas músicas, e que isso as ajudou em tempos difíceis. Para mim isso significa tudo.

p Os Big Eyes nasceram há 10 anos nos EUA

Eu adoro todas as vossas músicas, principalmente a Back From the Moon. Qual é a história por trás desta música? Eu estava a namorar com alguém que vivia a umas horas de minha casa, e ele ia alternando de humor, umas vezes era genuinamente preocupado e atencioso, outras estava distante e frio. A situação era extremamente confusa para mim, mas quando se é jovem e está apaixonado, às vezes deixamos a prudência fugir ao sabor do vento. Eu estava magoada e de coração partido, foi aí que decidi escrever o Back From the Moon, para contar toda essa experiência.

H. Melnicky

Qual é a origem do nome da vossa banda? É o título de uma música dos Cheap Trick. Eu sou uma enorme fã deles desde os tempos de escola. Eu sabia e queria referenciá-los no nome da nossa banda, por isso fiz uma lista de alguns dos títulos das músicas e das letras dos Cheap Trick. Big Eyes pareceu-me o nome mais sonante e que melhor combinava com a banda.

alegremente algumas cervejas, jogar setas, mas nunca fazer um concerto. O resto da noite foi estranha. Nós acabamos por nos rir e por aproveitar a companhia uns dos outros, mas eu duvido muito que volte a tocar em West Virginia.

p A banda lança um novo álbum este ano te influencia na criação das letras? Eu sempre fui uma grande fã das letras do Paul Westerberg. Eu admiro a habilidade dele para escrever letras onde nos conseguimos relacionar e rever. Para além dos Ramones, qual é a banda que mais ouvem e admiram? Eu vou ver os Cheap Trick sempre que dão um concerto em Nova Iorque. No

ano passado eu e o Jeff chegámos a apanhar o metro para Westchester County, numa viagem interminável, só para os ver. Eu adoro-os. A única banda “nova” de que sou grande fã é a The Lemon Twings. A banda é composta por dois jovens irmãos (eu acho que um deles ainda é adolescente) de Long Island (de onde eu também venho!). Eles são letristas, músicos e artistas incríveis. Eu já tenho bilhetes para ver dois con-

certos deles neste Inverno, mal posso esperar! Qual foi o pior sítio onde tocaram? Eu tenho tido sorte suficiente nos concertos fantásticos onde temos tocado, no entanto, também temos tido alguns fracassos. O primeiro de que me lembro foi há um ano. Nós participámos num festival em Charlestown, no estado de West Virginia – uma vila e um estado onde

nunca tinha atuado. Só estavam cinco pessoas a assistir, que na verdade vinham para ver outra banda, que iria tocar a seguir, nós não lidámos muito bem com isso. O organizador nem se deu ao trabalho de aparecer, sem percebermos a ordem dos concertos, acabámos por abrir o festival. A eletricidade foi abaixo, pois o local não estava preparado para ter bandas a tocar ao vivo. O sítio era o tipo de bar onde iria beber

Muito obrigado pela entrevista, espero ver-vos a atuar em Portugal brevemente. Quando é que pensam vir mostrar o vosso talento aos países europeus? Vamos lançar um novo álbum em 2019, por isso espero fazer concertos pela Europa já este ano. Nós só fomos aí em 2013, acho que já está na altura de regressarmos.


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Desporto

Piloto da Batalha mentor do projeto “Funcruiser” Provas programadas para 2019

p Foto A: A estreia aconteceu na Baja Portalegre em 2015

m Os objetivos principais são “o desenvolvimento sustentado e faseado do carro, evolução da equipa e a participação em diversas provas”

O mentor do projeto “Funcruiser” é Mário Cristino, um engenheiro mecânico e mecânico de automóveis, de 44 anos, residente em Casal do Arqueiro, Batalha, que “gosta dos pequeninos Toyota Rav4 e sempre quis preparar um para o Todo o Terreno”. “Já fizemos algumas provas sempre em categoria T0, a contar sempre para a taça nacional. Os carros T0 são os que têm mais especificações de origem, como caixa, número de suspensões, motorização. Ou seja, é uma viatura praticamente de origem, com alguns melhoramentos para fazer todo o terreno”, explica Mário Cristino, que também é o piloto. O seu navegador é o engenheiro mecânico Magno Bonifácio, de 25 anos, de Vale Salgueiro, Maceira. A estreia aconteceu na

p Mário Cristino

p Magno Bonifácio Baja Portalegre, em 2015, e a equipa alcançou o 3º lugar da geral na Taça Portugal de Todo Terreno. Entre outros bons resultados, merece destaque o 7º lugar da geral e o 1º lugar T0 na Baja Portalegre 2018. “E aqui está o feito: subimos ao pódio da 32ª Baja Portalegre para receber o troféu correspondente ao 1º lugar na classe T0. Que eu me lembre do concelho da Batalha apenas subiu ao pódio desta mítica e internacional prova Carlos Crespo, em 1992, quando venceu nas motos. Para os menos conhecedores, a Baja de

Portalegre é no todo o terreno o equivalente ao Rali de Portugal no WRC”, explica Mário Cristino. A equipa tem participado em “2/3 das provas anuais, porque é caro estar presente em todas”, refere o piloto, adiantando que “é um grande esforço, mas se houver patrocínios” participa em todas. Se o dinheiro não chegar para cumprir o calendário completo, o mentor do projeto destaca que “gostava de fazer a Baja TT do Pinhal (Sertã/Oleiros/Proença-a-Nova)”, porque nunca a terminou, e a Baja TT Gondomar Rota Filigrana, porque seria a primeira vez e é única na zona norte. “E, talvez, voltar à Baja de Portalegre 500, que já fiz três vezes, porque é a maior”. Os objetivos principais da “Funcruiser Corporation” são “o desenvolvimento sustentado e faseado do carro, evolução da equipa, participação em diversas provas inseridas no Campeonato Nacional de Todo Terreno português, a conquista da Taça Nacional de Todo Terreno em categoria T0 e a divulgação de todas as entidades apoiantes do projeto nas mais diversas plataformas físicas e informáticas”.

23 e 24 março Baja TT do Pinhal (Sertã/Oleiros/ Proença-a-Nova) 12 a 14 abril Baja de Loulé 24 a 26 maio Baja TT Capital Vinhos Portugal (Reguengos de Monsaraz) 15 e 16 junho Baja TT Gondomar Rota Filigrana 21 e 22 setembro Baja TT Idanha-a-Nova 24 a 26 outubro Baja de Portalegre 500

ACB recebeu “Certificado de Bronze O Atlético Clube Batalha recebeu o “Certificado de Bronze”, atribuído pela Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), pelo número de atletas filiados na época 2017/2018, em resultado do trabalho realizado nos sete anos que tem de existência. A decisão foi tomada pela assembleia-geral da FPA, reunida no dia 1 de dezembro, numa unidade hoteleira do Concelho de Oeiras. Foram atribuídos certificados de ouro, prata e bronze a diferentes clubes, conforme o número de atletas que filiaram na época 2017/2018.

Clubes da região em destaque Certificado de Ouro (200 ou mais atletas filiados) Juventude Vidigalense 251 atletas Certificado de Prata (100 e 199 atletas filiados) Atlético Clube de Vermoil 119 atletas Certificado de Bronze (75 e 99 atletas filiados) Clube Atletismo de Marinha Grande - 81 atletas Atlético Clube Batalha – 76 atletas

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Batalha Atualidade

janeiro 2019

Centristas revelam propostas e criticam executivo municipal m Horácio Francisco e os deputados pelo CDS-PP à assembleia municipal afirmam que “tem vindo a fazer propostas para devolução aos munícipes de 2% do IRS” A Comissão Política Concelhia da Batalha do CDS-PP e os seus e eleitos locais [vereador e deputados municipais] divulgaram um comunicado no qual revelam propostas que têm apresentado nos órgãos municipais e tecem duras criticas ao executivo, bem como ao PSD e à JSD do concelho. No documento, intitulado “Ao encontro dos batalhenses” e publicado no dia 30 de dezembro, o vereador Horácio Francisco e os deputados pelo CDS-PP à assembleia municipal afirmam que “tem vindo a fazer propostas para devolução aos munícipes de 2% do IRS, redução da derrama às empresas instaladas no concelho, eletrificação do IC1 entre a Amieira e Santo Antão e de extinção/dissolução da Iserbatalha desde de 2013, com a integração dos seus colaboradores na câmara municipal, respeitando os seus direitos e deveres”. Os centristas propuseram ainda “a atribuição de medalha do concelho ao Dr. Francisco Xavier dos Santos, ilustre causídico, criação de espaços para informação condigna de obituário, criação de estudos sobre envolvente do mosteiro e estacionamento de autocarros e reabertura da Escola de Artes e Ofícios, visando a criação de uma escola superior de recuperação do património na área da cantaria e dos vitrais”. O documento explica que os representantes do CDS-PP “sempre se pautaram por uma participação democrática, apresentando até recomendações, sugestões e propostas, quer na câmara, quer na assembleia municipal, mas que infelizmente, ou são reprovadas

p O vereador do CDS-PP Horácio Francisco pela maioria do PSD, ou se aprovadas, não tem posteriormente execução prática”. Sobre o abandono da última assembleia municipal, a 28 de novembro, o vereador e os deputados municipais do CDS-PP explicam que a atitude “teve por base, entre outros [aspetos], a maioria do PSD ter procurado constantemente calar a oposição com inverdades, com constantes ameaças de procedimentos criminais”. Os subscritores do documento afirmam que “não toleram irresponsabilidades, inverdades, demagogias, hipocrisias e muito menos o machismo patriarcal que envolve os presidentes da assembleia e da câmara municipais”, destacando que “sempre defenderam que não se pode confundir órgãos executivo e deliberativo”, “uma tradição que tem vindo a ser imposta, em claro e total desrespeito à oposição”. Os centristas adiantam que “não podem tolerar” que o presidente da assembleia municipal “aceite constantemente interferências do presidente da câmara municipal, monopolizando-a e dando conselhos políticos e outros, aos seus acólitos, em plena assembleia, visando desvirtuar o sentido de voto pessoalizado”. Na sequência da última assembleia municipal e dos comunicados então divul-

gados pela concelhia e juventude do PSD da Batalha, os eleitos pelo CDS-PP respondem que “repudiam veementemente” os documentos e “contestam todo o seu articulado porque é infundado”, bem como “as declarações e informações do presidente da câmara e de alguns vereadores da maioria, faltando à verdade, desrespeitando uma vez mais os munícipes e cidadãos do concelho e não respeitando na generalidade os eleitos locais, abrangidos pelo estatuto da oposição”. Na altura, em novembro, a concelhia da Batalha do PSD emitiu um comunicado em que “rejeitava a ação politiqueira liderada pelo dirigente local do PS e que arrastou os três eleitos do CDS-PP para o abandono dos trabalhos da assembleia municipal”. “O PSD lamenta profundamente que os eleitos do PS, que têm pugnado pela mais completa ausência de alternativas, na sessão de maior importância anual, de aprovação do plano e orçamento para 2019, tenham assumido a opção de furtar-se ao debate democrático e não apresentar uma única proposta para o desenvolvimento do Concelho da Batalha”, referiam os social-democratas. A concelhia do PSD “exorta ao sentido de responsabilidade e dever dos representantes locais do PS e CDS-PP na participa-

ção nos órgãos autárquicos para que foram eleitos pelos cidadãos, contribuindo com alternativas e apresentando propostas concretas para a resolução das questões que afetam e preocupam os batalhenses, ao invés de se refugiarem em falsas polémicas e artifícios partidários que nada, nem ninguém, servem”, adiantava o comunicado, subscrito pelo líder do PSD/Batalha, André Loureiro. Em resposta, a concelhia do PS considerava que “a resposta [do PSD/Batalha] cinge-se a um ataque pessoal ao presidente da concelhia do PS como se os deputados municipais quer do PS quer do CDS fossem mentecaptos, ignorando-os completamente que é exatamente uma das razões que levou ao nosso protesto”. “Argumentam que o PS não deu qualquer opinião sobre o orçamento. Extraordinário. Se o presidente da câmara cumprisse a lei e o direito do estatuto da oposição teríamos dado a nossa opinião. Mas nem sequer os vereadores da oposição tiveram oportunidade de emitir opinião sobre a formação do orçamento que apenas lhe foi presente já concluído”, referiam os socialistas da Batalha em comunicado. A JSD da Batalha também emitiu um comunicado sobre este assunto, em linha, naturalmente, com o que refere a concelhia do PSD.

Jornal da Batalha

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas quarenta e duas a folhas quarenta e quatro, do Livro Duzentos e Trinta e Sete - B, deste Cartório. Paulo Jorge Frazão Baptista dos Santos, casado, natural da freguesia e concelho da Batalha, onde reside na Rua Moinho de Vento, nº6, com o cartão do cidadão n.º 08532966 5 ZY1 válido até 29/09/2019, que outorga na qualidade de Presidente da Câmara, em representação do: MUNICÍPIO DA BATALHA, pessoa coletiva número 501 290 206, com sede na Rua Infante D. Fernando, Batalha, declara que com exclusão de outrem, o Município da Batalha, que representa, é dono e legitimo possuidor dos seguintes prédios: UM - prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão, destinado a serviços (escola primária), com a superfície coberta de oitenta e seis metros quadrados e logradouro com a área de mil e cinco metros quadrados, sita na Rua da Escola, nº.3, Vale de Barreiras, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1400, pendente de avaliação, a que atribuem o valor de dezoito mil trezentos e vinte e três euros e vinte cêntimos; DOIS - prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão, destinado a serviços (escola primária), com a superfície coberta de cento e sessenta e três metros quadrados e logradouro com a área de oitocentos e vinte e nove metros quadrados, sito na Estrada de São Mamede, nº.8, Lapa Furada, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1392, pendente de avaliação, a que atribuem o valor de quarenta mil duzentos e cinquenta euros; TRÊS - prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão e primeiro andar, destinado a serviços (escola pré-primária), com a superfície coberta de cento e vinte e cinco metros quadrados e logradouro com a área de duzentos e trinta e sete metros quadrados, sito na Rua das Pias, nº.1, no lugar de Casal Vieira, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2597, pendente de avaliação, a que atribuem o valor de vinte e oito mil seiscentos e setenta euros e noventa cêntimos; QUATRO: prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão, destinado a serviços (escola primária), com a superfície coberta de duzentos e vinte e nove metros quadrados e logradouro com a área de mil cento e quarenta e cinco metros quadrados, sito na Travessa da Escola, nº.1, Casal Vieira, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 992, pendente de avaliação, a que atribuem o valor de dezoito mil setecentos e onze euros e setenta e cinco cêntimos; Que o Município da Batalha adquiriu os prédio identificados nas verbas um e dois, no ano de mil novecentos e sessenta e cinco, o prédio da verba três, no ano de mil novecentos e noventa e dois e o prédio da verba quatro, no ano de mil novecentos e sessenta e sete, todos por transmissão verbal da Direção Geral das Construções Escolares, com sede na Praça de Alvalade, em Lisboa, não dispondo, assim, de qualquer título formal para os registar na Conservatória, mas desde as referidas datas, entrou na posse e fruição dos mesmos. Que em consequência das referidas transmissões verbais, o Município da Batalha possui os identificados prédios em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando os prédios, neles fazendo benfeitorias e deles retirando todas as utilidades de que são suscetíveis, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé durante aquele período de tempo, adquiriu os referidos prédios por usucapião. Batalha, treze de dezembro de dois mil e dezoito. A funcionária com delegação de poderes Lucilia Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Delegação de poderes autorizada pela Notária Sónia Marisa Pires Vala, publicada na Ordem dos Notários, em 03 de Fevereiro de 2015 (artº 8º do Dec. Lei 26/2004 de 4 de Fevereiro e artº6º da Portaria 55/2011 de 28 de Janeiro). Jornal da Batalha, edição 342, 5 de janeiro de 2019

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas quarenta e cinco a folhas quarenta e seis verso, do Livro Duzentos e Trinta e Sete - B, deste Cartório. Paulo Jorge Frazão Baptista dos Santos, casado, natural da freguesia e concelho da Batalha, onde reside na Rua Moinho de Vento, nº6, com o cartão do cidadão n.º 08532966 5 ZY1 válido até 29/09/2019, que outorga na qualidade de Presidente da Câmara, em representação do: MUNICÍPIO DA BATALHA, pessoa coletiva número 501 290 206, com sede na Rua Infante D. Fernando, Batalha, declara que com exclusão de outrem, o Município da Batalha, que representa, é dono e legitimo possuidor dos seguintes prédios: UM - prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão e primeiro andar destinado a serviços (escola primária), com a superfície coberta de trezentos e cinquenta e três metros quadrados e logradouro com a área de seiscentos e trinta e cinco metros quadrados, sita na Rua Carreira da Vila, nº.8, no lugar e freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 774, pendente de avaliação, a que atribuem o valor de €60.225,25; DOIS - prédio urbano, composto de dois edifícios de rés-do-chão, destinados a serviços (escola primaria e pré-primária – jardim de infância), com a superfície coberta de trezentos e sessenta e seis metros quadrados e logradouro com a área de mil cento e cinquenta e quatro metros quadrados, sito na Estrada de São João, nº.25-C, no lugar de Torre, freguesia de Reguengo do Fétal, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 843, pendente de avaliação, a que atribuem o valor de €16.043,03. Que o Município da Batalha adquiriu o prédio da verba um no ano de mil novecentos e cinquenta e quatro e o prédio da verba dois no ano de mil novecentos e setenta e sete, ambos por transmissão verbal da Direção Geral das Construções Escolares, com sede na Praça de Alvalade, em Lisboa, não dispondo, assim, de qualquer título formal para os registar na Conservatória, mas desde as referidas datas, entrou na posse e fruição dos mesmos. Que em consequência das referidas transmissões verbais, o Município da Batalha possui os identificados prédios em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando os prédios, neles fazendo benfeitorias e deles retirando todas as utilidades de que são suscetíveis, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé durante aquele período de tempo, adquiriu os referidos prédios por usucapião. Batalha, treze de dezembro de dois mil e dezoito. A funcionária com delegação de poderes Lucilia Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Delegação de poderes autorizada pela Notária Sónia Marisa Pires Vala, publicada na Ordem dos Notários, em 03 de Fevereiro de 2015 (artº 8º do Dec. Lei 26/2004 de 4 de Fevereiro e artº6º da Portaria 55/2011 de 28 de Janeiro). Jornal da Batalha, edição 342, 5 de janeiro de 2019


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janeiro 2019

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas quarenta e sete a folhas quarenta e oito verso, do Livro Duzentos e Trinta e Sete - B, deste Cartório. Armando Gomes Figueiredo, NIF 165 745 258, e mulher Violinda Franco dos Santos Figueiredo, NIF 165 745 266, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia da Batalha, ela da freguesia de Reguengo do Fetal, ambas do concelho da Batalha, residentes na Rua de São Mateus, nº.13, Arengões, Reguengo do Fetal, Batalha, declaram, que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio urbano, composto de edifício de rés do chão destinado a arrecadações e arrumos, com a superfície coberta de noventa e nove metros quadrados e logradouro com a área de sessenta e cinco metros quadrados, sito na Rua de São Mateus, Arengões, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, a confrontar de norte, de nascente e de poente com estrada e de sul com serventia, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 2836, com o valor patrimonial de €13.810,00. Que, adquiriram o identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta, por compra verbal a José da Conceição Matos e mulher Celeste Monteiro de Matos, residentes em Alcanadas, Reguengo do Fetal, Batalha, contudo, sendo a transmissão meramente verbal, não dispõem os justificantes de título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, possuem o referido prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, nele fazendo benfeitorias e dele retirando todas as utilidades de que é suscetível, com a conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé, durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio por usucapião. Batalha, treze de dezembro de dois mil e dezoito. A funcionária com delegação de poderes Lucilia Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Delegação de poderes autorizada pela Notária Sónia Marisa Pires Vala, publicada na Ordem dos Notários, em 03 de Fevereiro de 2015 (artº 8º do Dec. Lei 26/2004 de 4 de Fevereiro e artº6º da Portaria 55/2011 de 28 de Janeiro). Jornal da Batalha, edição 342, 5 de janeiro de 2019

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas onze a folhas doze verso, do Livro Duzentos e Trinta e Sete - B, deste Cartório. Maria de Lurdes Carvalhana Vieira, NIF 177 727 306, divorciada, natural da freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, onde reside na Rua Dr. Licínio Moreira Silva, n.º30, no lugar de Casal Duro, declara, que, com exclusão de outrem, é dona e legítima possuidora, do prédio rústico, composto de pinhal com mato, com a área de mil quatrocentos e setenta metros quadrados, sito em Casal Vieira, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Joaquim Pedro Fetal, de sul e de nascente com Joaquim Ribeiro e de poente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 7850, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €141,03. Que, adquiriu o identificado prédio no ano de mil novecentos e setenta e três, no estado de solteira, por doação verbal de seu avô paterno José Francisco Vieira, viúvo, residente que foi em Casal Duro, Alqueidão da Serra, Porto de Mós, sendo a transmissão meramente verbal, não dispõe a justificante de título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entrou na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, possui o referido prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé, durante aquele período de tempo, adquiriu o referido prédio por usucapião. Batalha, cinco de dezembro de dois mil e dezoito. A funcionária com delegação de poderes Lucilia Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Delegação de poderes autorizada pela Notária Sónia Marisa Pires Vala, publicada na Ordem dos Notários, em 03 de Fevereiro de 2015 (artº 8º do Dec. Lei 26/2004 de 4 de Fevereiro e artº6º da Portaria 55/2011 de 28 de Janeiro). Jornal da Batalha, edição 342, 5 de janeiro de 2019

HERCULANO REIS SOLICITADOR Rua Infante D. Fernando, Lote 3, 1ºA

2440 BATALHA - Tel. 244 767 971

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António Batista Franco

85 anos 24 – 12 – 1932 15 – 12 – 2018 Alcanadas – Batalha AGRADECIMENTO Sua esposa: Maria da Conceição Franco, filhas: Lída e Suzete Franco, genros, netos e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. Tratou: Funerária Santos & Matias - Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e catorze a folhas cento e quinze, do Livro Duzentos e Trinta e Sete - B, deste Cartório. Paulo Jorge Frazão Baptista dos Santos, casado, natural da freguesia e concelho da Batalha, onde reside na Rua Moinho de Vento, nº6, que outorga na qualidade de Presidente da Câmara, em representação do: MUNICÍPIO DA BATALHA, pessoa coletiva número 501 290 206, com sede na Rua Infante D. Fernando, Batalha, declara que, com exclusão de outrem, o Município da Batalha, que representa, é dono e legitimo possuidor do prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão destinado a serviços (escola pré primária), com a superfície coberta de duzentos e trinta e sete metros quadrados e logradouro com a área de setecentos e trinta e três metros quadrados, sita na Rua da Vila Facaia, nº.1A, freguesia e concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 9481, que provém do artigo 9480, com o valor patrimonial e atribuído de €99.990,00. Que o Município da Batalha adquiriu o identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta e um, por transmissão verbal da Direção Geral das Construções Escolares, com sede na Praça de Alvalade, em Lisboa, não dispondo, assim, de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde a referida data, entrou na posse e fruição do mesmo. Que em consequência da referida transmissão verbal, o Município da Batalha possui o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, nele fazendo benfeitorias e dele retirando todas as utilidades de que são suscetíveis, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé durante aquele período de tempo, adquiriu o referido prédio por usucapião. Batalha, vinte e oito de dezembro de dois mil e dezoito. A funcionária com delegação de poderes Lucilia Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Delegação de poderes autorizada pela Notária Sónia Marisa Pires Vala, publicada na Ordem dos Notários, em 03 de Fevereiro de 2015 (artº 8º do Dec. Lei 26/2004 de 4 de Fevereiro e artº6º da Portaria 55/2011 de 28 de Janeiro). Jornal da Batalha, edição 342, 5 de janeiro de 2019

Deolinda da Conceição Pinheiro

91 anos 22 – 07 – 1927 17 – 12 – 2018 Quinta do Sobrado – Batalha AGRADECIMENTO Seus filhos: José,Virgílio, Carlos e Armindo Pinheiro Vieira Gomes, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que ao longo do tempo demonstraram carinho e preocupação e que agora, na hora do adeus a acompanharam até à sua última morada. Para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Descansa em paz Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Ilda de Jesus Menezes da Silva

83 anos 07 – 05 – 1935 26 – 11 – 2018 Natural de Casal do Rei – Batalha Residia em Nazaré AGRADECIMENTO Seus sobrinhos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que ao longo do tempo demonstraram carinho e preocupação e que agora, na hora do adeus a acompanharam até à sua última morada.

Para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Descansa em paz Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)


A fechar

B

Joaquim Ruivo distinguido O diretor do Mosteiro da Batalha, Joaquim Ruivo, foi distinguido pelo Instituto Cultural Romeno com o título honorífico “Amicus Romaniae”. O título é atribuído a personalidades que apoiam a promoção dos valores da cultura romena em Portugal.

JANEIRO 2019

“Tenor do Povo” dá concerto grátis no mosteiro em junho mRussel Watson canta desde criança e ficou conhecido internacionalmente em 1999, ao cantar o hino nacional do Reino Unido no Estádio de Wembley

O Claustro Real do Mosteiro da Batalha é o palco para um concerto único do conceituado artista britânico Russell Watson, a 21

de junho, com entrada gratuita. Russel Watson, intitulado de “Tenor do Povo”, canta desde criança, tendo ficado conhecido internacionalmente, em 1999, ao cantar o hino nacional do Reino Unido no Estádio de Wembley. Aclamado pelo público, Russel Watson ultrapassou ao longo da sua carreira vários obstáculos, tendo desempenhado funções de operário fabril até enveredar definitivamente pela música. O sucesso e o reconhecimento pelo público só anos mais tarde chegou, com a

apresentação do seu primeiro álbum “The Voice” no estádio de Old Trafford, a convite do presidente do Manchester United. O álbum foi considerado pela crítica um trabalho surpreendente e de grande qualidade artística. Russel Watson afirmou-se na cena internacional como uma das vozes mais versáteis dentro do género da ópera. O artista vai atuar na Batalha com uma orquestra profissional. O concerto terá lugar na zona frontal do mosteiro e insere-se na programação do projeto “Lugares Patri-

mónio da Humanidade”. “Este concerto, para além de outros ainda em negociação, pretende afirmar a Batalha como palco de grandes eventos de dimensão internacional, em linha com o que vem sendo realizado nos últimos anos”, refere o residente da câmara municipal. Paulo Batista Santos destaca “a qualidade artística e a produção musical exigente deste concerto único, significando a importância que Russel Watson assume no panorama musical, com concertos realizados em diversos continentes”.

p Russel Watson afirmou-se como uma das vozes mais versáteis dentro do género da ópera

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Fábrica e Escritório: Casal da Amieira 2440-901 Batalha Apartado - 201 Telefones: 244 765 217 244 765 526 I 244 765 529 Fax: 244 765 529

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Sócio-Gerente Luis Filipe Miguel - 919 937 770 E-Mail: granicentro@granicentro.pt Home page: www.granicentro.pt


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