JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO DE JUNHO DE 2018

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| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXV Nº 335 | JUNHO DE 2018 | PORTE PAGO

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Misericórdia aplaude novos recursos Mais 10 camas integradas na rede nacional de cuidados continuados e adquirida uma viatura para transporte de alimentos frescos W pág. 4/Alfabeto

Caixa de Crédito investiu 150 mil euros em apoios Publicidade

Metade do valor distribuído no ano passado pela instituição bancária batalhense, presidida por Afonso Marto, destinou-se à área social

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_ Editorial

Jornal da Batalha

Espaço Público s Baú da Memória Por José Travaços Santos

Carlos Ferreira Diretor

A Lua para a minha mulher Os dias estão a ficar mais longos e a Lua mais longe. As contas feitas pelos cientistas deixaram os poetas tristes. Afinal, para que servem os dias mais longos na Terra, se cada vez menos se verá a Lua? Hoje o dia tem exatamente: 23h 56m 4,09s. O afastamento da Lua de, mais ou menos, meio pulgar por ano (3,82 centímetros) levará ao crescimento dos dias no futuro. Mas a Lua será mais minguante e quando cheia parecerá, como o copo, meio cheia ou meio vazia. Mas, ainda assim, é melhor do que há 1,4 mil milhões de anos. Nessa altura, o dia durava apenas 18 horas, segundo especulações de investigadores da Universidade de Wisconsin (EUA). Pelo que, especulo também, poderia, se então vivesse, agarrar a Lua à mão e oferecê-la à minha mulher. Hoje, como o poeta, apenas posso prometer-lha. Como sempre digo, a espantosa realidade nunca deixa de me espantar. O abrandamento da Terra é um sinal de ironia, da Natureza e da natureza das coisas. Quando o mundo inteiro gira desenfreado, provavelmente para lado nenhum, o Planeta lembra-nos: é preciso andar devagar para chegar mais longe, é preciso fechar os olhos para ver a Lua. Quantas vezes não contámos o tempo? Nos melhores momentos da vida. Soubemos depois que foram 23h 56m 4,09s que nos pareceram como há 1,4 mil milhões de anos ou ainda antes, muito antes. Há quantas luas não esquecemos o tempo, não nos entregamos à espantosa e inglória necessidade de o suspender, de sentir o abrandamento da Terra e o afastamento da Lua? Quantos telemóveis, internetes, googles e facebooks é preciso recuar para sentir de novo a vertiginosa velocidade do tempo que não queremos que passe?

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira e João Vilhena;

“Mosteiro da Batalha – 40 Curiosidades sobre o Monumento” 40 curiosidades que, sendo bem e aliciantemente explicadas como foram pelo Dr. Rui Borges Cunha e luminosamente ilustradas por Luís Taklim, são uma agradável lição sobre o Mosteiro de Santa Maria da Vitória e não só agradável como proveitosa para quem queira saber mais coisas do monumento que é o monumento português mais expressivo porque nos conta, em termos de invulgar elevação artística, um largo período da nossa História, aquele em que Portugal consolidou a sua independência e cumpriu a missão universal dos Descobrimentos, criando um império, que, hoje, fisicamente desfeito, se continua espiritualmente através da Língua Portuguesa. Seria este o império sonhado pelo Padre António Vieira? O Dr. Rui Cunha é um ho-

mem da Cultura, o que tem sido bem demonstrado não só nas suas funções na Câmara Municipal da Batalha como através de iniciativas e de acções culturais em que frequentemente intervém, sendo de destacar a co-autoria, com a Dr.ª Ana Moderno, do maravilhoso livro “Vitória, a Romana que viveu na Batalha”, também ilustrado pelo genial artista que é Luís Taklim. E quais são as 40 curiosidades? É impossível referi-las todas neste meu espaço do Jornal, mas registo algumas, que nem vão pela ordem da sua publicação, para espicaçar a curiosidade dos leitores: “A escolha do local para a construção do monumento”, “Onde se localizam as pedreiras que forneceram a pedra para a obra?”, “Grandes arquitectos que idealizaram uma

obra única”, “Um inovador (e complexo) sistema de abastecimento de água”, “Dois claustros que já não existem”, “Os grafitos: desenhos enigmáticos e inspiradores”, “Gárgulas assustadoras que protegem fielmente o monumento”, “Uma universidade que projecta a Batalha em toda a Europa”, “O monumento está suportado por estacas de madeira?”, “Uma abóbada que fez história” ou, para finalizar o que recortei das quarenta, “Santa Maria-a-Velha, a primeira igreja dos Dominicanos”. Os leitores, e não só os mais novos a quem este livro de en-

canto é particularmente dirigido, poderão saboreá-las com tempo e, sem dúvida, com utilidade porque ficarão a saber mais, e mais correctamente, sobre este nosso mosteiro que poucas vezes vemos com olhos empenhados em desvendar os seus mistérios, que são vários, em corrigir erros de informação, que têm sido bastantes, e em conhecer e em reverenciar (ia a dizer: amar) um monumento que é aquele em que “mais Pátria há”, como disse Afonso Lopes Vieira, e em que também há mais arte e onde se colhe mais inspiração.

s Pestanas que falam Joana Magalhães

A cultura do queixume Português que é bom português tem de se queixar. Tem de se queixar de tudo: do trabalho, da falta de trabalho, da mulher/ marido, dos filhos e do dinheiro. E queixa-se muito. No trabalho queixa-se da vida em casa e em casa queixa-se da vida no trabalho. É quase como um ritual de passagem que faz de um português um bom português. Porque se anda feliz e não se queixa, não está bom da cabeça, claro! É uma cultura que se instalou numa guerra diária do “quem tem a vida mais difícil”, sim, porque não é só queixar-se mas sim ser aquele que se

António Caseiro, António Lucas, Célia Ferreira, comendador José Batista de Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

queixa mais e que fica sempre por cima na lista de queixas diárias para no fim ouvir aquele reconfortante “realmente, estou a queixar-me mas tu é que estás mal”. Ahh... Quantas queixas fazemos nós por dia? E quantas vezes ouvimos nós queixas? Outra coisa que faz parte desta cultura do queixume é que toda a gente gosta de se queixar mas ninguém gosta de ouvir queixas. Todos adoramos estar uma quantidade infindável de tempo a queixarmo-nos da nossa “vida miserável” mas assim que a nossa vítima do queixume começar a desabafar... Ala que

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

se faz tarde! Ninguém gosta de ouvir queixas, isso é certo, mas alguém tem que as ouvir. Na verdade não sei o que será pior, se ter de ouvir as queixas ou se ter de ouvir as inabaláveis frases feitas: “tens de ter paciência” ou “a vida é mesmo assim”. Ainda assim, há algo bom a retirar desta norma do dia-a-dia português, é que só se queixa quem não está satisfeito o que por lógica significa que não se deixa ficar com aquilo que a vida lhe traz mas luta contra esse destino. Essa será a (única) parte boa, é quando do queixume se parte para a ação,

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950

isto porque o queixume também tem um limite e das duas umas, ou se farta quem fala, ou se farta quem ouve e depois disso a vida muda. E a mudança é boa, especialmente se nos queixamos. Porque, se não, de que raio valeria gastar o nosso latim com queixas?

Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo. O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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Espaço Público Opinião

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s A opinião de António Lucas Ex-presidente da Câmara Municipal da Batalha

A importância do associativismo Todas as formas de associativismo são importantes, merecendo especial destaque, em minha opinião as IPSS, as associações de bombeiros e as vocacionadas para as áreas do desporto e da cultura. O seu papel assume um enorme relevo em todas as sociedades, com especial destaque nas sociedades modernas e nos tempos que correm. Felizmente e mercê do grande espírito solidário de muitos milhares de dirigentes e outros voluntários, têm desenvolvido projetos de enorme valia para o país em geral e para o concelho da Batalha em particular. Existem algumas exceções, de um ou outro dirigente que se tem aproveitado dos cargos para benefícios pessoais, mas o que todos desejamos e esperamos é que a justiça atue celeremente e com mão pesada e outros que eventualmente existam e ainda não apareceram, sejam denunciados e tratados

da forma anteriormente indicada o mais rapidamente possível. Por uma questão de justiça, por um lado, e por outro, para que esse ónus não seja replicado sobre os muitos milhares que fazem um trabalho meritório, sem receberem nada de material em troca. Quero também deixar claro que sou apologista da existência de dirigentes remunerados, tal como a lei contempla e exclusivamente em entidades cuja gestão e responsabilidade sejam de elevada complexidade. Entidades com orçamentos de diversos milhões de euros, com muitas dezenas e até centenas de funcionários, com centenas e ou milhares de utentes/clientes, não se compadecem com uma gestão apenas e exclusivamente voluntária, na larga maioria das vezes, geridas à custa de quase todos os tempos livres dos seus dirigentes. Começa a ser demasiada responsabilidade para serem geridas

desta forma. É uma ideia que para mim não é nova e cada dia que passa acho que tenho mais razão. Deixo a ideia para debate e discussão. No caso especifico das IPSS, com maior intensidade, mas em todas as outras também assim deve ser, os seus dirigentes e todos os trabalhadores devem ter sempre bem presente que estão ali porque querem, para trabalhar para a comunidade e se não estiverem bem cientes do espírito solidário da instituição, então o melhor é irem à vida deles e fazerem “voluntariado” ou irem trabalhar noutro sitio qualquer. Normalmente estas instituições ocupam-se maioritariamente da infância e especialmente da velhice, duas franjas da população muito sensíveis e no caso dos idosos, a sua maioria, muito desprotegidos. Quem em primeira linha os deverá proteger? A família claro, mas especialmente nos casos de utentes

de IPSS, os seus dirigentes e funcionários. Gerir e trabalhar numa instituição destas, não é o mesmo que comprar ou vender batatas ou outro produto qualquer. Infelizmente essa sensibilidade nem sempre existe, ou a existir, não tem o grau que deveria ter. Não raras vezes, assistimos a elogios fúnebres de elevada sensibilidade quando um qualquer idoso cliente destas instituições desaparece, mas depois percebemos que o maior elogio que a instituição lhe deveria ter prestado era em vida, tratando-o convenientemente e como ele merecia e a instituição a isso está obrigada. Quero com isto dizer e repetir, porque o tema é muito importante, que as IPSS são instituições de elevada sensibilidade, por diversas razões, mas especialmente porque lidam com uma franja da população muito frágil e desprotegida e que merece toda a atenção e todos os

cuidados. Quem não pensar assim e quem não atuar em sintonia deve, em minha opinião, procurar outro local para fazer voluntariado ou para trabalhar. Devendo a inspeção da segurança social, preocupar-se muito mais com estes temas do que com outros de muito menor importância, mas que na maioria das vezes consomem muito mais tempo do que este. Por fim, uma palavra de grande apreço, para todos os voluntários deste país e para todos os que trabalham nestas instituições e agem, sentem e tratam os utentes como clientes muito importantes para a instituição, onde fazem voluntariado e se realizam interiormente, ou onde trabalham, e onde recebem o seu salário, pois são estes que lhe permitem obter esse conforto interior e que lhes pagam o salário.

s Diacrónicas Francisco André Santos

Conexão Roterdão Em Roterdão, convivem 175 nacionalidades. O que mais me impressionou na visita à Wikipedia antes do meu voo original foi o facto de cerca de 50% dos residentes serem de origem estrangeira de 1ª ou 2ª geração. Recordo com gosto o primeiro passar junto do “Halal Fried Chicken” que hoje cruzo todos os dias. É como galinha frita do KFC, mas com a sua preparação segundo tradições islâmicas. Fast-Food que durante o atual período do Ramadão, fica aberto sextas e sábados ate às 3 da manhã. Como se ouve por aqui, inshallah. Outra curiosidade relevante é a existência da Pracinha d’ Quêbrod. Trata-se da praça de encontro da comunidade cabo verdiana. Portugueses revolucionários em Paris, cabo verdianos revolucionários em Ro-

terdão, onde a concentração nesta que é a 11ª ilha de Cabo Verde, cria um ponto de encontro mais tarde emulado em Paris e Roma. Já os Portugueses, em menor número, a par da Associação Cultural Portuguesa que carrega uma certa idade, juntam-se por exemplo no Café Patrícia. Somos bem-recebidos. Quer sejamos do Sporting, Porto ou Benfica, encontramos parceiros com quem sofrer a ver a bola. Apesar da cachupa ser mais frequente, o cafézinho Delta e a Super Bock levam-nos a ensaiar algumas palavras em Crioulo. A gastronomia da cidade é ainda enriquecida pelo kapsalon, comida fast-food que encaixa no quadrado de alumínio, salada, carne de kebab, batatas fritas e queijo. Encontramos muitos “kapsalons” pela cida-

de, mas estes servem para cortar o cabelo. A homenagem profissional, aparentemente, deve-se a perdição de uma local cabo verdiana pela receita. Aparentemente, já se popularizou pelo Nepal. E se bem que os surinameses trouxeram o roti, e os Indonésios introduziram o molho de amendoim, informo-me que é aos holandeses que devemos agradecer pela popularização do kroket, que aqui encontramos em versão XL em maquinas de vendas automáticas, assim como a variante McDonals – o McKroket, em jeito de comparação com as “nossas” McBifanas. Como já percebeu, a minha alimentação poderia ser mais saudável, mas sinto a obrigação de compensar o habito holandês de almoçar meia dúzia de fatias de pão mal guarnecido com

qualquer creme de barrar. E quando acontece encontrar pasteis de nata a caminho do trabalho, tenho o privilégio de assistir a um épico lamber de dedos holandês, esse habito sem classe por cá e falta de classe por aí. Outro queixume a que não me sujeito quando vou à “Daily Cakes” são os 5 dedos a tocar em qualquer iguaria a que se refira a questão. Guardanapos, tortas, pampilhos, bolos de aniversario. Há muito para escolher o que acompanhar com a bica mais barata da cidade. Dividida em norte, sul, e este, com esta honra prestada a Roterdão e o falecido chefe viajante, Anthony Bourdain, ainda não saímos da parte oeste da cidade, delimitada por um ou outro canal. A “Conexão Verde” é um dos projetos que nos unem, onde os cidadãos participam na criação

de um largo circuito verde que une os seus diferentes pontos de encontro. Ao seu largo, encontramos pequenas hortas que fazem a ocupação e maravilha dos vizinhos mais corajosos. Outro habito interessante é o de arrefecer e aquecer casas, isto é, ter uma boa desculpa para se organizar uma festa caseirinha para a despedida e a estreia do apartamento. Seguindo a “Conexão Verde”, são tempos de celebração. O tempo está bom e se bem que não é desta que entro em comunhão com a família do meu amigo Serdal, de origem curda-turca-holandesa, para a noctívaga refeição de Ramadão, hoje o feriado é outro. São as Festas de Lisboa e a Joana prometeu uma sardinhada lá em casa. Lá vai Lisboa e Roterdão, cosmopolita e mundo em sorriso irmão!


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Jornal da Batalha

Atualidade

Alunos do Politécnico de Leiria ganham residência na vila m O projeto envolve dois edifícios municipais, um reabilitado na Praça Mouzinho de Albuquerque e o antigo edifício dos paços do concelho A Câmara da Batalha está a desenvolver um projeto de reabilitação e adaptação de dois edifícios para residência universitária de alunos internacionais do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria), enquadrado no Plano

Nacional de Alojamento para o Ensino Superior. O projeto surgiu na sequência de uma reunião de trabalho com o presidente do IPLeiria, Rui Pedrosa, “onde se identificou a necessidade de alargar a resposta de alojamento na região para os estudantes internacionais, desenvolvidas com áreas de apoio ao estudo e investigação, potenciando melhores condições de acolhimento e oportunidade de atração de jovens para a região”, explica a autarquia em comunicado. “Esta é uma oportunidade

única” para a Batalha, refere o presidente da câmara municipal, “com benefícios imediatos e a médio prazo”, como seja “trazer jovens estudantes internacionais que irão promover o concelho, dinamizar o turismo e criar condições para a sua fixação na região da Batalha”. Por outro lado, destaca Paulo Batista Santos, “será um forte estímulo para construir e reabilitar edifícios na vila , em condições de financiamento muito favoráveis”. “No médio prazo, esta parceria com IPLeiria cimen-

tará a presença do ensino superior e de investigadores na Batalha, condição fundamental para desenvolver conhecimento e ampliar as oportunidades dos jovens locais”, acrescenta o autarca. Numa primeira fase, o projeto envolve dois edifícios municipais, um reabilitado na Praça Mouzinho de Albuquerque e o antigo edifício dos paços do concelho (Edifício Dr. Gens), que se encontra em fase final de requalificação. Segundo o município, o concelho “dispõe de excelentes opções de mobilida-

p Antigos paços do concelho (Edifício Dr. Gens) de para o IPLeiria, seja através do GiraBatalha, seja no âmbito da rede de ecovias existentes e em desenvolvimento que no curto prazo irão aproximar a Batalha e o IPLeiria, acompanhando o curso do rio Lena”. As instituições de ensino superior públicas e au-

tarquias podem recorrer a um fundo de reabilitação de edifícios se os quiserem disponibilizar para residências universitárias, possibilidade prevista no plano nacional de alojamento, apresentado pelo governo na quinta-feira, 17 de maio, em Coimbra.

Transportes gratuitos para todos os alunos do concelho A autarquia pretende alargar os transportes gratuitos a todos os alunos que frequentem as escolas do concelho, uma medida que representa um investimento municipal superior a 30 mil euros e deverá entrar vigor no próximo ano letivo.

O município já assegura a totalidade do custo com o passe escolar dos alunos até ao final do 3º ciclo do ensino básico e comparticipa em 50% o valor do transporte aos estudantes do ensino secundário. A câmara destaca ainda,

em comunicado, que apoia as famílias com alunos no ensino pré-escolar, facultando também o transporte aos estudantes com necessidades educativas especiais e comparticipando 50% aos alunos do ensino secundário inseridos em agregados

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familiares carenciados. Agora, a câmara municipal, “considerando que a escolaridade obrigatória está fixada até aos 18 anos e apostado na promoção de condições de acesso e sucesso escolar de todos os batalhenses, pretende apoiar e tornar efetivo o cumprimento do dever de frequência dos alunos até ao 12º ano”, explica o município. O novo regulamento de transportes escolares prevê a “isenção de pagamento dos transportes escolares a todos os alunos do ensino secundário, desde que não sejam objeto de comparticipações ou bolsas que comparticipem este tipo de transporte”. Com esta medida pretende-se assegurar a organização e o financiamento dos transportes escolares de uma forma integral, com preocupações de inclusão de todos os alunos.


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Atualidade Batalha

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Misericórdia amplia e melhora prestação de cuidados a utentes

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p Os protocolos envolveram a segurança social, a câmara e a SCMB

m Um protocolo acorda a ampliação da rede nacional na unidade de cuidados continuados e o outro refere-se à aquisição de uma viatura destinada ao transporte de alimentos frescos

p A nova viatura ao serviço da Misericórdia A Santa Casa da Misericórdia da Batalha (SCMB) deu mais “dois passos em frente” no apoio aos mais carenciados e àqueles que necessitam de cuidados continuados prolongados. No dia 29 de maio assinou com a Segurança Social e com a Câmara da Batalha dois protocolos que melhoram as condições de “prestação de um serviço de qualidade”. Um dos documentos assinados, entre a SCMB e o Instituto de Segurança Social, acorda a ampliação da rede nacional em 10 camas de longa duração na unidade de cuidados continuados da instituição batalhense. O outro protocolo, entre a câmara municipal e a SCMB, refere-se à aquisição de uma viatura destinada ao transporte de alimentos frescos. A diretora do Centro Distrital de Leiria do Instituto de Segurança Social (CDL-SS), Maria do Céu Mendes, lembrou que os primeiros protocolos da rede de cuidados continuados no distrito foram assinados em finais

de 2007, no ano seguinte ao lançamento do projeto a nível nacional. Nessa altura havia nove unidades em quatro instituições, abrangendo 170 camas, nas diversas tipologias. “Este semestre [de 2018] a rede distrital foi ampliada em 17 camas, havendo no total 12 entidades, 18 unidades e 491 camas na rede”, explicou Maria do Céu Mendes. No caso da viatura, enquadra-se no Fundo Europeu de Apoio a Carenciados (FEAC), tendo a diretora do CDL-SS destacado que a Câmara da Batalha “foi a primeira entidade a mostrar disponibilidade para colaborar com a Segurança Social no programa, bem como a SCMB”. O veículo “contribuirá para que os alimentos cheguem nas devidas condições às pessoas mais carenciadas e que mais necessitam deles”. O programa FEAC, que visa satisfazer as necessidades alimentares das pessoas com mais carências e criar-lhe condições de autonomia, “veio de alguma forma substituir as cantinas

sociais, mas elas não acabam, porque a SCMB continua com a cantina social a fornecer refeições àqueles que não podem confecioná-las”, tranquilizou Maria do Céu Mendes. No âmbito do projeto de apoio alimentar, a SCMB contempla 80 utentes mensalmente e chega a todas as freguesias do concelho. “Hoje esta é, provavelmente, uma das maiores unidades de cuidados continuados da região centro”, afirmou o provedor da SCMB, Carlos Agostinho, destacando que “passa a dispor de 52 camas dentro da rede nacional”. “Com esta unidade, com uma unidade especializada de desenvolvimento da autonomia, com os cuidados continuados de média duração, conseguiremos estar mais próximos da nossa comunidade e responder com maior eficácia, retardando a dependência e contribuindo para a autonomia das pessoas, melhorando a sua qualidade de vida e muitas vezes acrescentando anos à vida”, adiantou

p A médica Ângela Coelho durante a cerimónia Carlos Agostinho. A SCMB “dispõe do maior serviço de apoio domiciliário na área do centro distrital de segurança social, com 80 doentes apoiados diariamente, cada vez mais dependentes e que na maior parte dos casos não conseguem acesso a um lar de idosos. Uma lacuna que deve ser preenchida e complementada com respostas integradas de promoção da autonomia e componentes reabilitativas”, acrescentou. O presidente da Assembleia Geral da SCMB, António Lucas, congratulou-se com a assinatura dos protocolos, que considerou serem “mais dois passos em frente” e destacou a “credibilidade da instituição”. “Dá a todos garantias de confiança, idoneidade, de transparência, de qualidade da gestão, fundamental em todos os momentos, mormente quando aparece uma instituição deste género muito mal gerida [caso Raríssimas]. Não é o caso da nossa, falo com conhecimento de causa”.

s registo “Carinho, respeito e amor” “É uma casa que tem tratado de nós, do maior ao mais pequeno, com todo o carinho, respeito e amor”, afirmou durante a cerimónia Clementina Tomás, de 89 anos, utente da unidade de cuidados continuados. “Eu quero agradecer a todos os colaboradores da instituição o carinho que nos têm dado. Não pode ser melhor como somos tratados. Se alguém disser mal desta organização mente, porque aqui não falta nada, absolutamente nada”, acrescentou a utente, que de seguida leu um poema de sua autoria sobre a importância da escola e aprender a escrever. Uma familiar de outra utente também elogiou o serviço, acabando a afirmar: “Deixo aqui a minha mãe e é como se ela estivesse em casa”

p Clementina Tomás emocionou os presentes


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Opinião s Espaço do Museu

Investigação acerca do Couto Mineiro do Lena O MCCB recebeu, no dia 25 de maio, uma menção honrosa na cerimónia de entrega de prémios da Associação Portuguesa de Museologia (APOM), na categoria “Investigação”.“100 anos de Carvão – um projeto de investigação participada” foi o premiado. O trabalho envolveu uma vasta equipa que contou com a orientação científica do especialista no tema, José Manuel Brandão, e envolveu recolha de objetos, entrevistas orais junto dos antigos mineiros e escolhedoras de carvão, pesquisa de documentação, entre outras ações. A investigação resultou em diversos artigos escritos, na realização de encontros temáticos e na criação de uma exposição. Esta última intitulada “100 Anos de Carvão - Minas da Batalha: 1854-1954” está patente no

Museu, na área dedicada a exposições com investigação participada. O percurso expositivo segue uma linha cronológica, cruzando objetos do quotidiano dos mineiros (gasómetros, picaretas, pás, roupas…), com documentos administrativos (livros de ponto, fichas individuais dos mineiros), passando por peças relacionadas com os cuidados médicos (seringas, esterilizadores, estetoscópio…). Aos objetos do quotidiano mineiro da Batalha, juntam-se peças oriundas de outras minas nacionais, como as do Lousal ou as de Aljustrel. Acrescentam-se ainda as peças vindas do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, nomeadamente um tronco fóssil com 3 milhões de anos e um nível topográfico do século XIX.

Do concelho vizinho de Porto de Mós – que partilhou a mesma atividade mineira – veio um cesto de pesagem de carvão, um camartelo, entre outras peças. Uma maquete com estrutura de entivação vinda do Museu do Instituto de Engenharia do Porto marca também a exposição que se dedica às mulheres e aos

homens que trabalharam nas Minas da Batalha. O prémio atribuído pela APOM é, pois, o reconhecimento da valorização do trabalho de investigação participada e do envolvimento comunitário que assenta na missão do MCCB, inaugurado em 2011. Recorde-se que a mesma associação já havia pre-

miado o MCCB com o galardão de “Melhor Museu Português”, em 2012, e que é o prémio mais importante das edições anuais da APOM. Na cerimónia de 2018, este título foi atribuído ao Museu Metalúrgica Duarte Ferreira (Tramagal - Abrantes). A APOM foi criada em 1964 com o objetivo de

agrupar os profissionais de museologia ou instituições equiparadas a museus segundo os critérios estabelecidos pelo ICOM (Conselho Internacional dos Museus). Contando com diversos especialistas, a APOM, trabalha no sentido de reforçar a importância dos museus na sociedade, aproximando-os das pessoas. A atribuição dos prémios por esta associação é, com efeito, um incentivo fundamental no desenvolvimento e na inovação dos nossos museus. O Município da Batalha, através do MCCB, reforça o convite a visitar o Museu, relembrando que, aos primeiros domingos do mês, os munícipes e residentes na Batalha têm entrada gratuita. Município da Batalha Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

s AMHO A Minha Horta

O segredo do chá está nas plantas e flores O mês de junho costuma ser um mês já de grandes colheitas, no entanto a inconstância dos tempo nos últimos meses fez grandes alterações no desenvolvimento das nossas plantas. Quem diria que uma tarde de domingo em junho seria passada com mantas nos joelhos, como nos aconteceu no ultimo domingo cá em casa? Estava chuva na rua, não dava para sair, então nada melhor do que fazer um bolo e passar a tarde no sofá, com uma fatia e um chá bem quentinho. Muitas pessoas, apesar de conhecerem os benefícios do chá, nem sempre os tomam com a frequência que deveriam. Por cá adotei uma “técnica” que costuma agradar ao palato, até mesmo de quem não aprecia muito chás, que é fazer

um chá mais “encorpado”, juntando diversas plantas com propriedades idênticas e juntando aromas florais. De ressalvar que o nome adequado seria infusão e não chá, mas manter-me-ei a utilizar o termo mais comum. Dizem os peritos que o termo chá só se devia usar para a infusão da planta do chá (camellia sinensis), fica apenas a nota. A última mistura que fiz e gerou sucesso, levou flores de rosas de santa teresinha, flores de borragem e de calêndula. Folhas de salvia-ananas, hortelã-pimenta, hortelã, erva-cidreira, funcho e ainda maçã esmagada para lhe dar doçura. Ficou com um aroma floral e super agradável. Para os chás uso sempre as plantas frescas, pois se as temos no quintal não é

necessário serem secas. A função de secar as plantas do chá, tem a ver com a facilidade de uso e conservação das plantas, mas sabendo do principio de que os nutrientes são mais intensos quanto mais fresca for a planta, nada como aproveitar ao máximo o que a natureza nos dá. Por isso, sugiro que no próximo chá

que faça, vá ao quintal e colha umas quantas plantas e aprecie as misturas, pode juntar especiarias, flores e frutas às folhas de plantas para chá. Hortícolas para semear e/ou plantar ao ar livre: abóboras, acelgas, agriões, aipo, alfaces, Alho Francês, batata doce, beringelas, beterrabas, beldroegas, beter-

rabas, broculos, cebolinha francesa, cenouras, coentros, couves-flôr, couves-repolho, couve-rábano, courgetes, endivias, espinafres, feijões diversos, malaguetas, melancias, meloas, melões, milho, nabos, Pepinos, pimentos, physalis, salsa, tomates, rabanetes e rúcula. Jardim, semear e/ou plantar: begónias, calendulas, gipsofilas, goivos, miosótis, prímulas. Para as plantações no quintal, tenha em atenção as consociações de plantas, pois existem plantas que produzem melhor estando ao pé de outras. Por exemplo: Batata + feijão em filas alternadas, protege a batata do escaravelho. Couve repolho + aipo, em filas alternadas, repele a lagarta da couve. Melão + cebola, 1 cebola ao pé de

Célia Ferreira

cada pé de melão protege do fusário. Cenoura + alho francês, protege a cenoura da mosca. Couves + margaças, repele a mosca branca. Tomate + chagas ou cravos tunicos protege da mosca branca. No geral todas as aromáticas confundem os pequenos insetos, pelo que devem ser colocadas nas bordaduras da horta, de preferência na zona de onde vêm os ventos, para que as suas essências protejam as nossas culturas, por cá tem funcionado muito bem. Para além disso, a maioria produz infusões fantásticas. Se soubermos observar e aprender com a natureza, teremos muito a aprender. Na horta cultivamos alimentos e sentimentos! Boas colheitas


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

junho 2018

Batalha toma posse de estradas nacionais

Like Saúde promove prevenção em mostra

m Sete quilómetros que se encontram sob tutela da empresa Infraestruturas de Portugal

A câmara da Batalha deliberou, na reunião de 4 deste mês, receber sete quilómetros de estradas nacionais que se encontram sob tutela da empresa Infraestruturas de Portugal. Os troços de estrada – EN356-2, 3,530 km; EN356, 3,140 km, incluindo a variante da vila e rotundas, e EN1, troço antigo, 0,198 km – transferidos para o domínio municipal, incluindo os equipamentos e infraestru-

p As vias que passam para o município ficam em zonas urbanas turas, localizam-se nos perímetros urbanos e excluídos do Plano Rodoviário Nacional. Segundo o município, o acordo estabelece como receitas do município “as resultantes da gestão dos espaços, equipamentos e

infraestruturas, designadamente as resultantes da exploração e da atribuição de títulos de utilização privativa da zona de estrada, bem como as resultantes de publicidade junto às estradas desclassificadas”. A câmara municipal po-

derá agora “realizar intervenções de requalificação urbana, prolongamento de passeios pedonais e desenvolvimento de projetos de ciclovia que se encontram em curso na zona urbana da vila”, adianta o município em comunicado.

O Auditório Municipal da Batalha recebe no 3 de julho, a 2ª mostra do programa Like Saúde, uma iniciativa que visa a adoção de boas práticas na prevenção de comportamentos de risco em meio escolar. O programa de prevenção de comportamentos aditivos e dependências dirigido à comunidade educativa envolve o Centro de Respostas Integradas de Leiria, os municípios da Batalha, Leiria, Pombal e Porto de Mós e os Centros de Formação RCA e Cenformaz. A iniciativa a realizar na Batalha conta com a realização de quatro pai-

néis, que incidirão na educação pelos pares, respostas integradas, recursos pedagógicos partilhados e representações sociais. A mostra contará com a participação, como conferencista, de Roberto Flores Fernández, presidente da fundação espanhola EDEX, que desenvolve a sua ação em torno das dependências dos jovens. A iniciativa, alusiva à temática “Saúde + Inclusiva”, é gratuita mas requer inscrição prévia através da câmara municipal.

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

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Batalha Opinião

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Jornal da Batalha

s Crónicas do passado

Ric Haynes Há pouco tempo travei conhecimento com um pintor de talento impar, no panorama artístico norte-americano. Apresentei-lhe a obra de Rafael Bordalo Pinheiro e o seu fascínio foi inegável. Admitiu que sentia uma grande admiração pelos satiristas do século XIX, tal como os pintores inovadores daquela época. Portugal pode muito bem vir a ser uma nova fonte de inspiração, como o próprio admitiu. Ric Haynes nasceu em 1945 na cidade de York, no Estado da Pensilvânia, e licenciou-se em Pintura, Desenho e Gravura no Maryland Institute College of Art. Actualmente é Professor universitário de Belas Artes, no Endicott College, situado na cidade de Beverly, em Massachusetts. Alguma da sua obra pode ser admirada em várias galerias, entre elas a John Molloy Gallery, em Nova Ior-

que, que se dedica à venda de artefactos das antigas tribos nativas dos EUA. Neste âmbito tem uma larga colecção de pinturas com esse teor e carga simbólica. As paisagens dos acampamen-

tos, a sua adoração à figura do cavalo, imortalizado no famoso índio Crazy Horse, e o vestuário, nada é esquecido por Haynes. Os seus interesses são tão vastos, que podemos encon-

trar referências literárias, como Allen Ginsberg, antropológicas, como os vestígios humanos deixados pelas civilizações antigas, históricas, através da representação de momentos pre-

ponderantes e marcantes do nosso passado e da mitologia que lhe está tão associado, e, claro, artísticas. O seu estilo pode-nos transportar para muitos pintores da Belle Epoque, ou de inícios do século XX. Alguns falam do fauvismo, outros do impressionismo, mas a verdade é que a sua inspiração e diálogo com a tela não advêm de nenhuma dessas correntes. A imaginação é tudo quanto tem. A maneira como vê a arte é completamente diferente dos ditames actuais, rege-se pela antiga escola de produzir para marcar o panorama artístico e criar novas correntes. Por todas estas razões encontramos um pintor completo, com uma obra vasta e que se sente sempre um eterno aluno, tal como os grandes mestres. Esperamos ver mais da sua criatividade e imaginação no futuro.

Francisco Oliveira Simões Historiador

s Tesouros da Música Portuguesa Por João Pedro Matos

Jorge Fernando, sensibilidade e paixão O nome de Jorge Fernando é sinónimo de renovação da música portuguesa, trazendo uma evolução qualitativa para uma considerável quantidade de intérpretes que o têm acompanhado ao longo do seu percurso. Completa agora quarenta anos de carreira, marcada pela paixão por aquilo que faz, independentemente do êxito alcançado. Não obstante, muitos continuam a ignorar que foi Jorge Fernando que compôs fados tão emblemáticos como são Os Búzios, Chuva, Leva-me aos Fados ou Boa Noite Solidão, o que o torna num dos mais importantes escritores de canções da sua geração. Curiosamente, começou a sua carreira no futebol, tendo chegado a internacional júnior. Mas o apelo da noite e da música foi mais forte, porque o seu avô chegara a acompanhar Amália nas

noites de Lisboa. Foram as suas raízes que o levaram a seguir Fernando Maurício e depois a própria Amália com quem trabalhou, quando recebeu o convite para substituir um dos músicos da lendária cantadeira. E foi com Amália que ele tirou, segundo as suas próprias palavras, um curso superior, depois de ter feito a quarta classe com Fernando Maurício. Amália incentivou-o a começar uma carreira a solo, porque vislumbrou nele talento para ser um grande fadista. Depois de algumas tentativas de triunfar no mundo da canção, como foram a sua participação no Festival RTP e no Festival OTI, lança em 1989 o seu primeiro disco de fados intitulado Boa Noite Solidão. Nele colaboram Fernando Maurício, Maria da Fé e José Manuel Barreto. O disco inclui os temas Quem

Vai ao Fado, Senhora Minha, Pode ser Saudade, Trigueirinha, Pátria, Lágrima, A Voz Mais Perto De Mim, Maria da Vila, A Hora do Profeta e Boa Noite Solidão. Este permanece, sem qualquer dúvida, como um dos álbuns de fado mais importante de todos os tempos. Após ter lançado o disco de 1993 de seu nome Oxalá, três anos depois é o primeiro músico em Portugal que tem o atrevimento de incluir uma bateria no acompanhamento de um fado, muito antes de Ana Moura o ter feito em Desfado. Mas é precisamente para Ana Moura que produz os discos Guarda-me a Vida na Mão, Aconteceu, Para Além da Saudade, e Leva-me aos Fados, respetivamente de 2003, 2004, 2007 e de 2009. Quanto à sua carreira a solo, destacam-se os álbuns Vida de 2009 e Chamam-lhe Fado de 2012.

No primeiro conta com as participações de Fábia Rebordão, Ana Moura, Sam the Kid, Daniel de Bonaventura, Lúcio Dalla e com Amália Rodrigues numa arrepiante interpretação do tema Vida, que se tornou numa das suas derradeiras gravações, efetuada em casa da fadista em 1996 quando esta já se encontrava gravemente doente. No segundo participam os Expensive Soul, Fausto, os Nu Soul Family e Guilherme Banza. Já no disco Memória do Fado, havia contado com as colaborações de Egberto Gismonti e Toninho Horta e, dois anos antes deste trabalho, em 2003, o seu mérito como compositor, autor e cantor, e descobridor de novos talentos, foi reconhecido internacionalmente pela cidade italiana de Recanati. Assinou também extraordinários duetos, como é o caso

de Lágrima (fado da autoria de Amália) que ele interpretou de forma magistral com Argentina Santos. Para comemorar os seus quarenta anos de carreira, acaba de publicar novo trabalho de originais, que foi batizado De Mim Para Mim, álbum onde se destaca o tema Estranhamente. A estranha sina de Jorge Fernando de manter-se sempre na margem da indústria da música e no entanto de ser um dos nomes mais notáveis do fado, é de alguém que faz o seu trabalho com paixão, altruísmo, sempre a pensar nos outros e ajudar com uma mão amiga. Aos sessenta e um anos permanece fiel a si próprio, aquele que já foi agraciado com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique, mas que não esquece as agruras e as dificuldades que a vida lhe obstou, nem das suas origens humildes. Bem haja.



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OpiniĂŁo


Entrevista

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Assembleia Municipal Jovem

Atualidade


Informรกtica

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Desporto

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Pódium Educação Especial

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Primeiro Ciclo

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CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS LÍNGUAS E HUMANIDADES CIÊNCIAS SOCIOECONÓMICAS >ensino com rigor >apoio para os exames >projetos nacionais e internacionais

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Ăšltima


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s Fiscalidade

Arrendamento de estudante deslocado A Lei do Orçamento do Estado para o ano de 2018, que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2018, veio introduzir alterações ao artigo 78.º-D do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (Código do IRS), relativo à dedução à coleta de despesas de formação e educação. Com esta alteração foi introduzido o conceito de “arrendamento de estudante deslocado”, que veio permitir a consideração de despesas de educação relativas a arrendamento/subarrendamento de imóvel ou de parte de imóvel, a membros do agregado familiar que não tenham mais de 25 anos e que frequentem estabelecimentos de ensino cuja localização se situe a uma distância superior a 50 km da residência permanente do agregado familiar.

A alínea b) do n.º 11 deste artigo 78.º-D obriga que as faturas ou outro documento que, nos termos da lei, titule o arrendamento sejam emitidos com a indicação de que este se destina ao arrendamento de estudante deslocado. Considerando que um dos documentos que titula o pagamento da renda é, precisamente, o Recibo de Renda Eletrónico, previsto na alínea a) do n.º 5 do artigo 115.º do Código do IRS, que foi aprovado pela Portaria n.º 98-A/2015, de 31 de março, verifica-se a necessidade de alteração do modelo de recibo e respetivas instruções de preenchimento, para permitir a indicação de que o recibo titula o pagamento de uma renda relativa a arrendamento de estudante deslocado. Considerando ainda que o

legislador consagrou na alínea c) do n.º 11 do artigo 78.ºD do Código do IRS que, no caso das faturas, os sujeitos passivos devem indicar no Portal das Finanças que as mesmas titulam encargos com arrendamento de estudante deslocado, e que o conhecimento da verificação dos requisitos para usufruição do regime previsto neste artigo, quanto ao arrendamento de estudante deslocado é do domínio do próprio e não do respetivo senhorio, afigura-se que igual procedimento deve ser observado quando seja o recibo de renda eletrónico que titule esse arrendamento, pelo que deverá ser o locatário a registar essa qualidade no Portal das Finanças, sendo, assim, os recibos emitidos já com a indicação de que o arrendamento se destina a estudante deslocado.

As alterações introduzidas pela Lei 114/2017, de 29 de dezembro, ao artigo 78.º-D do Código do IRS produzem efeitos a partir de 1 de janeiro de 2018, pelo que, após o registo no Portal das Finanças de que o arrendamento se destina a estudante deslocado, todos os recibos de renda eletrónicos emitidos a partir daquela data podem ser impressos com essa indicação. Assim, a Portaria n.º 156/2018, de 29 de maio aprova o modelo de recibo de quitação, designado de recibo de renda eletrónico e respetivas instruções de preenchimento, a que se refere a alínea a) do n.º 5 do artigo 115.º do Código do IRS, que se publicam em anexo à presente portaria e dela fazem parte integrante. Para efeitos do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 78.º-D do Código do IRS, de-

vem os titulares do arrendamento, que reúnam os pressupostos previstos nesse artigo, registar no Portal das Finanças a indicação de que o contrato se destina ao arrendamento se de estudante deslocado, caso em que os respetivos recibos de renda eletrónicos são emitidos com a seguinte indicação, nas ‘Informações Complementares’, “O arrendamento/subarrendamento destina-se a ‘estudante deslocado’”.» Esta Portaria entrou em vigor no dia seguinte ao da sua publicação e produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2018, pelo que, após o registo no Portal das Finanças de que o arrendamento se destina a estudante deslocado, todos os recibos de renda eletrónica efetuados a partir daquela data podem ser impressos com esta indicação.

deste como algo de normal, ou até mesmo benéfico e quase imprescindível para quem queria ser importante e ter estatuto, aquelas advertências caíram em “saco roto”. Só a partir do início da década de 1980 se começou a abordar, com alguma seriedade, os reais malefícios do tabaco, mas a força das indústrias tabaqueiras era (e continua a ser) enorme e parece que pouco tem sofrido com as campanhas anti tabágicas, mesmo nos países mais desenvolvidos e até apesar de, em 2005, a UE ter decretado a proibição absoluta da publicidade ao tabaco nos países que a integravam. Portugal também começou a olhar para o problema com “olhos de ver”, até que

em Janeiro de 2008 foram promulgadas leis bastante restritivas, não só referentes à publicidade, locais de venda, etc, mas em especial à proibição de se fumar em recintos fechados, cenário que afetava centenas de milhares de não fumadores, os chamados fumadores passivos, muitos deles, por esta via, ainda mais sujeitos aos efeitos perniciosos do tabaco que os próprios fumadores. A verdade é que, apesar de todas as campanhas e restrições, o consumo do tabaco não tem diminuído significativamente, constatando-se, ainda, este paradoxo: são as pessoas mais idosas que, apesar de serem as menos cultas, mais têm vindo a deixar de consumir tabaco, enquanto con-

António Caseiro Membro da Assembleia Representantes da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

s Noticias dos combatentes

“Uma princesa não fuma” O título deste artigo tem a ver com uma campanha anti tabágica, da autoria de duas jovens estudantes, que vai decorrendo no no país, mas que, pelos vistos, está a fazer brotar por aí umas quantas “virgens ofendidas”. Enfim, ao menos que estas surjam só entre quem fuma. Entretanto, os combatentes também são cidadãos (quase todos considerados de 2ª, mas, enfim…) e, nessa condição, não são, nem nunca serão, indiferentes aos problemas que os rodeiam e que, transversalmente, afetam toda a sociedade, pelo que hoje optámos por debitar uns “bitaites”, igualmente sobre o tabagismo. Conforme é sabido, a planta do tabaco é originária dos Andes, tendo-se es-

palhado, desde tempos imemoriais, por todas as américas, através das migrações dos povos ameríndios que, em particular, a usariam para fins terapêuticos. Foram os espanhóis que trouxeram a planta para a Europa, após terem iniciado a conquista de grande parte da América do Sul e Central, a partir do início do século XVI. A planta rapidamente se popularizou, mascando as suas folhas ou desfazendo-as em pó e inalando (rapé). A partir de meados do século XIX intensificou-se o seu uso, mormente aspirando o seu fumo, sob a forma dos ainda atuais cigarros, charutos, cachimbo, etc. Em particular o uso do cigarro tomou proporções ciclópicas a partir da Gran-

de Guerra (1914-1918), sendo que o aparecimento do cinema também deu um contributo imenso ao seu consumo, particularmente entre as mulheres das classes mais privilegiadas, dados os exemplos que tinham nas grandes divas da 7ª arte, sendo chique imitá-las, fumando os seus cigarros através de boquilhas, em poses de mulheres fatais. Até que em 1960 foram publicados os primeiros relatos científicos que relacionavam o tabaco com o aumento da incidência de cancro, enfarte, agravamento dos problemas pulmonares e outras doenças relacionadas com os fumadores habituais. Porém, com o advento da televisão, que permitia aos produtores e indústrias do tabaco publicitar o uso

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tinua a aumentar o número de fumadores entre jovens e adolescentes, a geração mais culta do país, e com prevalência nos do sexo feminino, apesar das mulheres continuarem a atingir a maturidade bem mais cedo que os homens! Mais um paradoxo, sem dúvida. A realidade é que o tabaco é responsável por 10,6% das mortes em Portugal, matando um português a cada 50 minutos. Já agora, e para que conste: são 9, os membros, todos ex-militares, entre os 47 e os 77 anos de idade, que compõem os órgãos sociais do Núcleo de Combatentes da Batalha. Por acaso (ou talvez não) nenhum deles é fumador. NCB


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Património Afonso Domingues e Huguet e alguns dos seus enigmas (II) Embora ainda não tendo sido descoberto documento que o confirme há a hipótese, aliás bem alicerçada, do Mestre Huguet ser natural do leste de Espanha, mais exactamente da Catalunha. Conforme escreveu em 1535 Cristóvão Acenheiro: “E mandou fazer o Mosteiro da Batalha, onde venceu o Rei de Castela; e chama-se Santa Maria da Vitória, para si e para seus filhos; e parece obra de Anjos que se fez em sete anos, que é obra para quarenta, e teve esta astúcia. Mandou el-Rei notificar pelas partes de Espanha que tinha obra para fazer de pedraria, que todos os Mestres que viessem que lhe daria sete anos que fazer, e lhe pagaria a vinda e a ida de suas Terras; e a esta notificação vieram muitos Mestres de pedraria, e grandes oficiais, e o fizeram segundo dito é…”. Reproduzi este texto das “Vésperas Batalhinas”, do Professor Doutor Saul António Gomes, livro que es-

gota a maior parte dos temas sobre o nosso Mosteiro, onde o autor adianta: “A crer nesta importante fonte, D. João I satisfazia a sua exigência estética com a mão-de-obra que laborava em terras hispânicas, onde, aliás, como vimos já pululavam gentes doutras nações centro e norte-europeias. Na Península, creio, recrutou Huguet cujos horizontes levantinos se denunciam na obra, como tem provado sagazmente José Custódio da Silva. Esta ideia da origem hispânica dos mestres-de-obras batalhinos pode acentuar-se com aqueloutra versão registada por Fr. Luís de Sousa, segundo a qual a intenção do mestre de Avis era realizar a maior obra do género em terras hispânicas, a fim de afirmar o seu estatuto real face aos demais reinos de Castela, Navarra e Aragão (…)”. Cerca de 14 anos depois, o professor universitário francês Jean-Marie Guil-

louet, noutro estudo notável sobre o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, “O portal de Santa Maria da Vitória – Batalha – e a arte europeia do seu tempo”, pronuncia-se no mesmo sentido da proveniência peninsular-levantiva do Mestre Huguet: “As origens das disposições arquitecturais da Batalha foram objecto de repetido questionamento por parte da investigação portuguesa, que se tem, desde há muito tempo, confrontado com o silêncio da documentação no que diz respeito ao misterioso Mestre Huguet. Faz dele sucessivamente um Flamengo, um Inglês, um Irlandês de origem flamenga, ou um Catalão. Estes debates podem ser hoje resolvidos. Com efeito, o portal de Santa Maria da Vitória, tanto nas suas disposições de conjunto como na sintaxe utilizada, inscreve-se plenamente na tradição arquitectural catalã e aragonesa. Em Barcelona, as fachadas de Santa Maria del

p Fachada ocidental do Mosteiro, ainda com o possível coruchéu que encimava a Capela do Fundador, e digo possível porque a imagem resulta dum desenho do irlandês James Murphy feito cerca de quarenta anos depois desta cúpula ter sido destruída pelo terramoto de 1755.Toda a fachada deve ter sido obra de Huguet. Mar e de Santa Maria del Pi apresentam dispositivos semelhantes, em que o tramo central faz uma ligeira saliência sobre a parede de fundo ao nível do portal e é enquadrado por dois tramos laterais desprovidos de portal, mas atravessados por uma lanceta e cobertos por varanda, enquanto a porta central se desenha diante de uma série de arcaturas cegas muito esguias, que formam uma rede densa e plástica…”. E depois de citar uma série de templos catalães e também castelhanos e leoneses, aponta que “é sobretudo o abobadamento muito particular utilizado na casa do capítulo e na capela

Huguet (2º arquitecto da Batalha)

s Casa da Madalena

De onde vim? A História esconde a minha nacionalidade e a minha própria identidade é nebulosa. Com outros concebi a obra mais assombrosa do reino a que me acolhi. Fui eu que ergui a prodigiosa abóbada e, a prová-lo, nela deixei as nervuras com que assinalei tudo o que construí. Se sou estrangeiro, pelo país onde nasci, morri português porque foi Portugal que escolhi e, durante toda uma vida, de corpo inteiro servi.

Peça a peça, o Museu Etnográfico da Alta Estremadura Como disse no número anterior, o edifício do Museu foi sujeito a obras de restauro que, embora não sendo em profundidade, não têm permitido a sua abertura ao público, o que se espera para breve. Ainda na cozinha, mostra-se, neste número, um dos painéis que revelam o tipo de paredes interiores, neste caso o de carrisca (parede feita de argamassa em que se inserem cascas de

pinheiro). Trata-se da zona mais antiga do edifício, possivelmente datando do século XVIII. Noutros espaços há paredes de tabique, em que as fasquias são muito mais estreitas do que as de carrisca, e de tijoleira. Tectos e sobrados, iguais aos anteriores, são resultado dos restauros primorosamente executados pelo mestre rebolariense Abílio Monteiro Jordão. J.T.S.

do fundador da instituição portuguesa que religa, sem ambiguidade, o monumento a modelos catalães, valencianos e aragoneses…”. “(…) Todas estas observações (que é impossível transcrever na íntegra para esta página de jornal, servindo apenas para espicaçar a curiosidade dos leitores) permitem propor, agora, a hipótese de uma proveniência catalã relativamente ao Mestre Huguet, que teria, pois, chegado à direcção do estaleiro batalhense acompanhado por escultores vindos do Levante peninsular ou que tinham trabalhado anteriormente na Catalunha (…). Uma certeza temos hoje:

que o Mestre Huguet, falecido em 1438, foi sepultado, bem como outros notabilíssimos arquitectos da Batalha, entre eles Boytac, na igreja de Santa Maria-a-Velha, panteão dos Mestres de Santa Maria da Vitória, e que estupidamente destruído o histórico templo desapareceram as ossadas que tinha á sua guarda, perdendo-se a possibilidade de hoje, à luz dos avanços da ciência, se poder identificar origens genéticas e possíveis parentescos e descendências. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (183)


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Cultura

Segredos do mosteiro em 40 curiosidades m Rui Borges Cunha é o autor do livro infantojuvenil, que tem ilustrações de Luís Taklim

O livro “Mosteiro da Batalha – 40 curiosidades sobre o monumento”, da autoria de Rui Borges Cunha, que foi apresentado no dia 10 deste mês, na Batalha, pretende suscitar a curiosidade dos portugueses, atualmente apenas 20% do total de visitantes do monumento património da humanidade.

A obra infantojuvenil, com ilustrações de Luís Taklim, reúne informação desde a fundação até à atualidade do Mosteiro de Santa Maria da Vitória e destina-se em particular às crianças dos 2º e 3º ciclos do ensino básico. O autor, responsável pela divisão da educação, cultura e desporto da Câmara da Batalha, onde trabalha há 18 anos, concentrou em “Mosteiro da Batalha – 40 curiosidades sobre o monumento” um conjunto de histórias que constituem um argumento para os portugueses - sobretudo os mais jovens – quererem conhecer melhor o monumento. É que no ano passado o

p José Travaços Santos apresentou a obra de Rui Borges Cunha Mosteiro da Batalha registou 492.093 entradas de bilheteira, mas cerca de 80%

foram de estrangeiros. Os estilos arquitetónicos, os mestres que contribuí-

ram para a construção, a originalidade das técnicas ou espaços já desapareci-

dos enquadram algumas das curiosidades, numa obra em que Rui Borges Cunha procurou que houvesse informação nova ou atualizada e diferente daquela que é habitual encontrar sobre o monumento. O Dia Mundial da Criança,dia 1 deste mês, o livro foi distribuído ao alunos dos 2º e 3º ciclos ensino básico do Agrupamento de Escolas da Batalha. A obra foi apresentada no auditório do Mosteiro da Batalha, pelo historiador e etnógrafo José Travaços Santos (ver artigo publicado no Baú da Memória, na página 2).

Premiada exposição do MCCB sobre carvão A exposição “100 anos de Carvão na Batalha - Minas da Batalha 1854-1954”, patente no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB), conquistou uma menção honrosa nos prémios da Associação Portuguesa de Museologia (APOM), atribuídos em maio no Museu dos Coches, em Lisboa.

A menção honrosa, atribuída na categoria de investigação, “evidencia a excelência e a qualidade das exposições realizadas pelo MCCB, eleito em 2012 pela APOM, o Melhor Museu Português”, destaca a câmara municipal. Para o presidente da câmara municipal, a distinção “reveste-se de grande im-

portância, atendendo à relevância sociológica e histórica que aborda”. “O Couto Mineiro do Lena foi responsável pelo desenvolvimento dos concelhos da Batalha e de Porto de Mós no século XIX, traduzindo-se a exploração do carvão com a chegada da luz elétrica e da linha de caminho de ferro”, conclui Paulo Batista Santos.

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Saúde Dar vida, gota a gota Doar sangue é um gesto simples que pode salvar vidas. Anualmente, no dia 14 de Junho, celebra-se o Dia Mundial do Dador de Sangue. O lema da campanha da Organização Mundial de Saúde (OMS) deste ano é “Ajude outra pessoa. Dê sangue. Partilhe vida.”. A campanha visa enaltecer histórias de pessoas cujas vidas foram salvas devido à dádiva de sangue, de forma a motivar os dadores de sangue a fazê-lo regularmente e incentivar, particularmente os jovens com mais de 18 anos, a tornarem-se dadores de sangue. A doação de sangue é um ato voluntário de generosidade, não remunerado e ainda pouco difundido na

população. Podem dar sangue todas as pessoas com bom estado de saúde, com hábitos de vida saudáveis, peso igual ou superior a 50kg e idade compreendida entre os 18 e 65 anos. No entanto, o limite máximo de idade para uma primeira dádiva é de 60 anos. Os homens podem dar sangue de 3 em 3 meses e as mulheres de 4 em 4 meses, sem nenhum prejuízo para si próprios. A dádiva de sangue não deve ser efetuada em jejum nem depois de uma refeição copiosa. Embora a maioria das pessoas seja um potencial dador de sangue, poderá, em alguns casos, existir algumas restrições. Há

uma variedade de razões pelas quais não é possível dar sangue, nomeadamente, situações que ponham

em causa a segurança do dador ou quando a dádiva de sangue pode provocar problemas no recetor.

O candidato a dador é sempre observado pelo médico previamente à colheita, para avaliar o seu estado de saúde mediante a história clínica. A entrevista médica tem como objetivo salvaguardar quer a saúde do dador quer do doente que irá receber o sangue. Se houver alguma anomalia, o dador poderá ser suspenso temporária ou definitivamente, dependendo da situação clínica. O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) tem disponível uma aplicação gratuita para smartphones que permite ao dador receber alertas sobre o estado da reserva nacional de sangue, a melhor altura para fazer a

sua doação e ainda o lugar mais próximo onde pode efetuá-la. Além disso, sempre que um tipo de sangue estiver em falta, os dadores desse grupo sanguíneo são avisados. Além dos locais fixos dos Centros de Sangue do IPST (Lisboa, Porto e Coimbra) realizam-se, frequentemente, campanhas para a dádiva de sangue em várias zonas de Portugal. Para mais informações sobre as sessões móveis de colheita, consulte o site www.dador.pt ou informe-se junto do seu médico assistente. Joana Pinto Médica Interna de Medicina Geral e Familiar USF Condestável

ACORDOS:

ADSE, PSP, ADMG, Mulicare, Advancecare, Médis, SAD-GNR, SAMES Centro, SAMS quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sávida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon, Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia.........sábado - manhã Oftalmologia............................................................... Dr. Joaquim Mira............................................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira........ quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro...................................................terça - tarde

Nutricionista................................................................ Dra. Ana Rita Henriques.......................................terça - tarde Cirurgia Geral/Vascular....................................... Dr. Carlos Almeida.................................................. sexta - tarde Otorrinolaringologia............................................. Dr. José Bastos.......................................................quarta - tarde Próteses Auditivas...........................................................................................................................................quarta - tarde Terapia da Fala........................................................... Dra. Débora Franco......quinta - tarde / sábado - manhã Neuro Osteopatia /Acumpunctura............... Tec. Acácio Mariano............................................quarta - tarde (Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortoptica........................................................................ Dr. Pedro Melo.................................................. sábado - manhã

Outras Especialidades:

Medicina Dentária

Clínica Geral................................................................. Dr. Vítor Coimbra..................................................quarta - tarde Medicina Interna....................................................... Dr. Amílcar Silva.......................................................terça - tarde Urologia.......................................................................... Dr. Edson Retroz....................................................quinta - tarde Dermatologia.................................................... Dr. Henrique Oliveira.................................... segunda - tarde

Dra. Ângela Carreira Terça - tarde

Estética ........................................................................... Enf. Helena Odynets.............................................. sexta - tarde

Dr. Evandro Gameiro Segunda/quarta/sexta- tarde sábado - manhã

Cardiologia................................................................... Dr. David Durão....................................................... sexta - tarde Electrocardiogramas............................................................................................................... segunda a sexta - tarde Neurocirurgia............................................................. Dr. Armando Lopes......................................... segunda - tarde

Implantologia

Neurologia.................................................................... Dr. Alexandre Dionísio......................................... sexta - tarde

Cirurgia Oral

Psicologia Educacional/vocacional...........Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos.............................................. Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde Psiquiatria .................................................................... Dr. José Carvalhinho..................................... sábado - manhã Pneumologia/Alergologia.................................. Dr. Monteiro Ferreira............................................ sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..................................... Dr. Paulo Cortesão.......................................... segunda - tarde Ortopedia...................................................................... Dr. António Andrade...................................... segunda - tarde Endocrinologia.......................................................... Dra. Cristina Ribeiro........................segunda / terça - tarde

Ortodontia Rx-Orto Telerradiografia Próteses Dentárias

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Jornal da Batalha

Saúde Batalha

junho 2018

Feridas emocionais da infância que persistem na vida adulta

Joana Crispim Mestre em Psicologia Clínica e formada em Hipnose

As experiências da nossa infância podem provocar algumas cicatrizes emocionais que irão influenciar a nossa qualidade de vida enquanto adultos. No respetivo artigo, irei abordar algumas destas feridas emocionais, que se formam na infância e que se constituem como parte integrante da nossa personalidade. Desde a infância que é possível desenvolvermos ideias distorcidas da realidade, todos nós temos interpretações a respeito do mundo e das situações, mas

não são essas situações que causam problemas ou dificuldades na nossa vida, mas sim, o modo como nós interpretamos essas situações. Essas interpretações enraízam-se de tal forma na nossa mente, que acabam por ser incorporadas como verdades absolutas que nos vão gerando sofrimento psicológico ao longo dos anos na idade adulta. Segundo a teoria cognitivo-comportamental estas feridas emocionais derivam de crenças nucleares, crenças essas que se tornam disfuncionais à medida em que as vamos recalcando na nossa mente. Antes de vos falar nas feridas emocionais mais comuns, vou primeiro explicar-vos a importância que as nossas crenças desempenham no nosso comportamento do dia-a-dia. As crenças nucleares são normalmente desconhecidas pelo próprio indivíduo,

elas consistem em ideias rígidas e generalizadas para diversas situações do quotidiano da pessoa. Para vos dar um exemplo prático imaginemos uma situação, em que uma criança foi abandonada pela sua mãe quando esta tinha sete anos, esta criança muito possivelmente vai desenvolver uma crença de abandono, o que se vai traduzir e manifestar no seu comportamento no dia-a-dia, pois esta criança vai viver para agradar as pessoas à sua volta com o medo de voltar a ser abandonada. E através deste exemplo, já relatei a primeira ferida emocional transportada da infância para a fase adulta - o medo do abandono. Outra ferida emocional é o - medo de rejeição, esta é uma das feridas mais profundas, porque na verdade implica a rejeição de nós mesmos. A pessoa que manifesta medo em ser rejei-

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Overtraining e mialgias de esforço tada não se sente digna de receber afeto ou até mesmo de ser compreendida e, como consequência isola-se no seu vazio interior. A - humilhação, é outra ferida emocional de que vos quero falar, esta surge quando em algum momento sentimos que outros nos desaprovam constantemente ou nos criticam. A Humilhação é uma crença que contribui para uma personalidade dependente. Traição / medo de confiar, esta ferida surge quando a criança se sente traída pelos seus pais, principalmente quando promessas não são cumpridas. Sofrer por traição na infância constrói uma pessoa controladora. Por fim temos a - injustiça, esta crença desenvolve-se maioritariamente num ambiente em que os cuidadores são pessoas frias e autoritárias, isto porque a exigência exagerada de exercer limites gera na criança sentimentos de inutilidade e impotência. Mais tarde na idade adulta, a consequência direta da injustiça na conduta daqueles que a sofreram é a rigidez, sendo que estas pessoas tendem a ambicionar grande poder. Sucintamente e uma vez que abordei diferentes crenças, será que se consegue identificar com alguma destas cicatrizes emocionais?

João Ramos Fisioterapeuta

O overtraining (excesso de treino) é uma situação clínica gerada pela desproporção entre a quantidade (volume e intensidade) de treino e a capacidade de recuperação do organismo (tempo). Até há alguns anos, o overtraining era um problema que afetava atletas profissionais. Hoje é cada vez mais comum nos atletas amadores e até mesmo em crianças. Quando ocorre esta desproporção entre a carga de treino e a capacidade de adaptação/recuperação do atleta, o organismo entra em falência; deste modo, vários sistemas desregulam-se, tais como: o imunológico, o endócrino e o músculo-esquelético. Sabe identificar quando está com uma carga excessiva de treino? Quando se visa bons resultados e qualidade de vida, é muito importante ter o acompanhamento de uma equipa multidisciplinar de profissionais de saúde e de exercício (médico, preparador físico, nutricionista e fisioterapeuta). A fadiga muscular é um processo multi fatorial relacionada com: o défice na produção energética; alterações nas fibrilhas da contração muscular; alte-

rações do equilíbrio ácido-base da fibra muscular e não propriamente com a acumulação de ácido lático. Quanto mais intenso e prolongado o exercício, maior a probabilidade de fadiga. Já a dor muscular durante e após o esforço está relacionada com processos de destruição e inflamação da fibra muscular e não é causada pelo ácido lático. Estudos recentes demonstram que as contrações voluntárias máximas e a força de contração do músculo Quadricípite não estavam nos níveis basais até setenta e duas horas após atividade física. A ativação do músculo voluntário também não estava em níveis normais quarenta e oito horas após o exercício. Estes dados reforçam a ideia de que quarenta e oito horas é o tempo padrão para se recuperar da fadiga, contudo depende de vários fatores individuais para serem retomados os valores basais do atleta. Todo este desequilíbrio anteriormente referido fundamenta a razão da grande percentagem de atletas amadores e profissionais que ao longo da época desportiva sofrem de mialgias de esforço, isto é, um ou mais grupos musculares em fadiga que originam dores musculares incapacitantes. Fazer um tratamento específico de Fisioterapia focado nos grupos musculares em sobre uso ajuda a minimizar esta disfunção e a prevenir diversas lesões músculo-esqueléticas no atleta.


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Batalha Atualidade

Valorlis e Suma distinguidas pela qualidade A Valorlis recebeu o Selo de Qualidade do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos 2017 numa cerimónia solene realizada no 12º Fórum Nacional de Resíduos, a 19 de abril. Esta distinção, na vertente resíduos, insere-se na iniciativa da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos denominada Prémios e Selos de Qualidade dos Serviços de Águas e Resíduos - ERSAR 2017, organizada em parceria com o jornal Água&Ambiente. Por seu lado, a SUMA – Serviços Urbanos e Meio Ambiente voltou a ser apontada como a empresa que, pela sua conduta, maior preocupação reflete na busca do bem-estar dos cidadãos, ao nível do tratamento dos resíduos, arrecadando no dia 4 deste mês o primeiro lugar nas “Marcas de Confiança”, promovidas pelas Selecções do Reader’s Digest.

junho 2018

Encontro de andebol junta 1.200 atletas

Incêndio destrói armazém no Casal da Amieira

m Está prevista a participação de 32 equipas masculinas e 24 femininas

O Encontro Nacional de Andebol de Infantis decorre na Batalha, de 21 a 24 deste mês, com a presença de 1.200 atletas. Está prevista a participação de 32 equipas masculinas e 24 femininas, oriundas de norte a sul do país. “Este evento é o resultado de um esforço coletivo que reúne o empenho e a vontade da autarquia, federação, associação distrital e do Batalha Andebol Clube”, destacou o presidente da câmara municipal, Paulo Batista Santos, durante a

p A iniciativa foi apresentada no início do mês apresentação do evento, no dia 1 deste mês, no Mosteiro da Batalha. O autarca destacou ainda “a componente de dinamização económica e promocional concelhia que o encontro apresenta”.

O presidente da Federação de Andebol de Portugal, Miguel Laranjeiro, agradeceu ao município “a disponibilidade para a organização do encontro nacional”, destacando “o dinamismo que o andebol

Jornal da Batalha

vai conhecendo, de forma crescente, no concelho da Batalha e em toda a região”. A apresentação do encontro serviu também para a assinatura de um protocolo de parceria entre as entidades envolvidas.

Um incêndio destruiu, na madrugada do dia 24 de maio, um armazém com produtos chineses no Casal da Amieira, na Batalha, sem causar vítimas. O alerta para o incêndio no armazém, situado junto ao IC2, foi dado às 3h45 horas, segundo uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria. O fogo no armazém, não se propagou a edifícios contíguos - existe um espaço comercial de venda de mobiliário - e entrou em fase de resolução cerca das 6h20. Mas um posto de combustíveis nas proximidades foi encerrado por precaução durante algumas horas. Segundo o CDOS de Leiria, o armazém ficou destruído, tendo a cobertura abatido. O combate às chamas mobilizou 57 operacionais da Batalha e corporações vizinhas, com o auxílio de 18 veículos.


Jornal da Batalha

Necrologia Batalha

junho 2018

Albina Cerejo Soares (79 anos) N 08-09-1938 F 02-06-2018 Alcandas - Batalha

AGRADECIMENTO

Seu marido: Francisco Franco Batista, filhos: Guilhermina, Artur ,Albertino e Horácio Soares Batista, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. As boas memórias são os nossos maiores tesouros e ajudam-nos a suportar a dor da perda…Descansa em paz Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós - Loja D. Fuas

Francisco Costa Marcelino (94 anos) N 22-06-1923 F 12-05-2018 Perulhal - Reguengo do Fetal

AGRADECIMENTO

Seus filhos: Manuel Vitória Marcelino, Mª Vitória Marcelino Cerejo e António AugustoVitória Marcelino, netos e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todo o apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada. A todos, muito obrigado. “Aqueles que amamos nem sempre estão junto a nós, mas nunca saem do nosso coração” Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós - Loja D. Fuas

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José Neto Pereira “Zé Tereso” (80 anos) N 29-12-1937 F 04-06-2018 Torre - Reguengo do Fetal - Batalha

AGRADECIMENTO

Seus filhos: Rui Manuel dos Reis Pereira, José Manuel dos Reis Pereira e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Aqueles que amamos não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si e levam um pouco de nós” Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós - Loja D. Fuas

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Zulmira do Rosário Vieira (86 anos) N 07-11-1931 F 31-05-2018 Alcandas - Batalha

AGRADECIMENTO

Seus filhos: Dina, Rui, Elisa, Eurico, Adélia, Paula e Vitor Vieira da Silva, netos e restantes familiares na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que incorporaram o seu funeral, bem como a todos os que se interessaram pelo seu estado de saúde, ou que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar. Para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Descansa em paz Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós - Loja D. Fuas

Pedro Miguel Ribeiro dos Santos (29 anos) N 09-05-1989 F 07-06-2018 Batalha

AGRADECIMENTO

Seus Pais, Irmã, Cunhado, Sobrinhos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

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Celeste Piedade Gomes Mira (84 anos) N 21-09-1933 F 09-04-2018 Celeiro - Reguengo do Fetal

AGRADECIMENTO

Seu marido:Manuel Piedade Frazão, filhos: Mª Teresa e José Manuel Mira Frazão, nora,genro, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a suaquerida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. Quem tem a luz de Deus não teme nenhuma escuridão…Que descanse em paz… Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós - Loja D. Fuas

Maria de Lurdes deSousa Pereira (78 anos) N 13-10-1939 F 11-06-2018 Golpilheira - Batalha

AGRADECIMENTO

Seus Filhos, Noras, Genros, Netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós - Loja D. Fuas Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas oito a folhas nove verso, do Livro Duzentos e Trinta e Um - B, deste Cartório. Paulo Jorge Frazão Baptista dos Santos, casado, natural da freguesia e concelho da Batalha, onde reside na Rua Moinho de Vento, nº6, com o cartão do cidadão n.º 08532966 5 ZY1 válido até 29/09/2019, que outorga na qualidade de Presidente da Câmara, em representação do: MUNICÍPIO DA BATALHA, pessoa coletiva número 501 290 206, com sede na Rua Infante D. Fernando, Batalha, no exercício dos poderes conferidos pelas deliberações n.º 2017/0174/G.A.P. de dez de abril de dois mil e dezassete constante da ata nº.08/2017; n.º2017/0454/G.A.P de vinte e cinco de setembro de dois mil e dezassete, constante da ata nº.20/2017; e n.º 2018/0088/G.A.P. de vinte e seis de fevereiro de dois mil e dezoito, constante da ata nº.04/2018, todas da Câmara Municipal, declara que, com exclusão de outrem, o Município da Batalha, que representa, é dono e legitimo possuidor dos seguintes prédios: UM - prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão (antiga escola primária), com a superfície coberta de duzentos e vinte e cinco metros quadrados e logradouro com a área de setecentos e noventa e nove metros quadrados, sito na Rua da Vila Facaia, nº.1, freguesia e concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1800, pendente de avaliação, a que atribuem o valor de €46.983,88; DOIS - prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão (antiga cantina escolar), com a superfície coberta de cento e três metros quadrados e logradouro com a área de quarenta e quatro metros quadrados, sito na Rua da Vila Facaia, nº.5, freguesia e concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 9421, com o valor patrimonial e atribuído de €38.040,00; Que o Município da Batalha adquiriu o prédio identificado na verba um no ano de mil novecentos e quarenta e cinco e o prédio da verba dois no ano de mil novecentos e sessenta e oito, ambos por transmissão verbal da Direção Geral das Construções Escolares, com sede na Praça de Alvalade, em Lisboa, não dispondo, assim, de qualquer título formal para os registar na Conservatória, mas desde as referidas datas, entrou na posse e fruição dos mesmos. Que em consequência das referidas transmissões verbais, o Município da Batalha possui os identificados prédios em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando os prédios, neles fazendo benfeitorias e deles retirando todas as utilidades de que são suscetíveis, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé durante aquele período de tempo, adquiriu os referidos prédios por usucapião. Batalha, vinte e três de maio de dois mil e dezoito. A funcionária com delegação de poderes Lucilia Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5

Jornal da Batalha, edição 335, 15 de junho de 2018


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A fechar

JUNHO 2018

Artes à Vila traz concertos exposições e comida de rua m Os espetáculos têm lugar nas Capelas Imperfeitas, Claustro Real e zonas envolventes ao mosteiro O festival Artes à Vila traz à Batalha entre 29 deste mês e 1 de julho concertos, caminhadas, workshops, exposições e ‘comida de rua’, num programa pensado para as famílias. A iniciativa é organizada pelo mosteiro, associação Batalha pela Cultura, câmara municipal e a produtora Seivabruta, e surge com o objetivo de “realizar um evento cultural no património edificado, dentro

e fora de portas, convidando as famílias a um fim de semana de partilhas e experiências culturais, num cenário único da Humanidade: o Mosteiro de Santa Maria da Vitória”. “Acreditamos que chegámos ao fim de uma era despreocupada culturalmente e, se nos mantivermos focados nesta parceria, e, claro, se for vontade da vila, estamos certos de que o festival Artes à Vila poderá vir a ser um grande festival em Portugal e na Europa”, diz Eduardo Jordão, da organização do festival. Artes à Vila vai contar com concertos de Guitolão, com António Eustáquio e Carlos Barretto, Isabel Sil-

Exposição sobre a floresta nas Grutas da Moeda A “Floresta que nos une” é o tema de uma exposição sobre a floresta autóctone a inaugurar no dia 1 de julho, no átrio de entrada das Grutas da Moeda, em São Mamede, uma iniciativa do Centro Ciência Viva da Floresta e o Geoparque Naturtejo, em parceria com o município de Proença-a-Nova. A mostra pode ser visitada gratuitamente durante o horário de fun-

cionamento das grutas e pretende sensibilizar cada visitante para a riqueza, diversidade e fragilidade da floresta. A “Floresta que nos une” revela pouco do que se pode experienciar no Centro Ciência Viva da Floresta, em Proença-a-Nova, um local onde é possível tocar, experimentar, descobrir, imaginar e aprender.

p Os CEO atuam no primeiro dia vestre e as vozes de Manhouce, Sete Lágrimas, Um Violino no Fado, da violinista Natália Juskiewicz, Kabeção, Desidério Lázaro, CEO, entre outros. Os espetáculos terão lugar em espaços como as Ca-

pelas Imperfeitas, Claustro Real e zonas envolventes ao Mosteiro da Batalha, o terceiro monumento mais visitado em Portugal de entre os que estão sob a alçada da Direção-Geral do Património Cultural.

Torneio de futsal na Golpilheira Está a decorrer no Pavilhão Desportivo Municipal na Golpilheira, até 14 de julho, o 15º Torneio de Futsal Município da

Batalha, organizado pela Sociedade Recreativa Relvense, com a participação de duas equipas femininas e 17 masculinas. Publicidade

Fábrica e Escritório: Casal da Amieira 2440-901 Batalha Apartado - 201 Telefones: 244 765 217 244 765 526 I 244 765 529 Fax: 244 765 529

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Sócio-Gerente Luis Filipe Miguel - 919 937 770 E-Mail: granicentro@granicentro.pt Home page: www.granicentro.pt


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