Jornal da batalha maio 2013

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PORTE PAGO

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Estado estudou estrada mais perto do Mosteiro

Candidato do PSD explica planos para presidência

Ex-preso político edita livro sobre resistência

Especialista estudou revolução urbana da década de sessenta

Entrevista ao único candidato conhecido até ao momento

Natural da Batalha, Joaquim Matias escreve sobre luta contra a ditadura

| DIRETOR: Carlos dos Santos Almeida | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXIII nº 274 | Maio de 2013 |

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Museu da Batalha recebe prémio europeu

QUIOSQUE DA BATALHA De José Manuel Matos Guerra

• Lotarias • Totoloto • Raspadinhas • Euromilhões Largo Mestre Mateus Fernandes APARTADO 24 Telf: 244 767 720 Fax: 244 767 228 2440-901 BATALHA

Wpág. 6 Há quase 800 batalhenses que não sabem ler este título Analfabetismo ainda é uma realidade mas tem vindo a decrescer. Nos últimos vinte anos, caiu para menos de metade no concelho.

Wpág. 7 Alunos vencem concurso de gestão promovido por universidade

A Ponte de Boitaca fechou ao trânsito automóvel por uma tarde, mas abriu portas para a tradição etnográfica. As cabines de portageiro passaram a ser pontos de comércio de produtos tradicionais, atraindo a curiosidade dos visitantes. Foi domingo, dia 19. Houve ainda tempo para conferir algumas profissões tradicionais, numa iniciativa que marca mais um aniversário do Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria.

Alunos do 12º ano da Escola Básica e Secundária da Batalha galardoados com o 1º Prémio no concurso “12 Horas de Gestão”.

Wpág. 11 Tasquinhas e artesanato regressam em finais de junho A XXIII edição da FIABA Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha, tem lugar de 20 a 23 de junho, no Largo Cónego Simões Inácio, na Batalha


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Opinião Espaço Público

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_ estatuto editorial

Baú da Memória Frei Pedro Pinheiro, batalhense que é brilhante escultor e pintor no Brasil Foi com cinco anos e meio para o Brasil quando os pais, Francisco Moreira Pinheiro e D. Lúcia Nazaré Silva, emigraram. Família com origem em Porto do Concelho (Casal do Quinta), freguesia da Batalha. Já lá vão mais de cinquenta anos. Vive no Estado de S. Paulo, agora na cidade de Bragança Paulista, e frequentou a Faculdade Estadual de Belas Artes. Aos 25 anos foi mais forte a vocação religiosa e ingressou na Ordem Franciscana, mas manteve, bem desperta, a sua outra vocação: a artística. Dedicou-se à pintura, à gravura, à escultura e à joalharia, e à missão, também eminentemente cristã, de

transmitir o culto do belo, promovendo cursos de arte na Universidade de S. Francisco e iniciando crianças dos bairros populares nas artes plásticas. É um grande divulgador do Presépio, tendo sido o idealizador da primeira exposição de Presépios, exposição internacional, no Convento de São Francisco, na cidade de S. Paulo. A sua obra está espalhada por instituições públicas e particulares, tanto no Brasil como no estrangeiro, sendo já considerado um dos grandes escultores e pintores contemporâneos. Segundo me foi dado ver pelas imagens que familiares seus (na Batalha reside um deles, o seu primo

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Armando Pinheiro) tiveram a amabilidade de me facultar, é uma obra de grande beleza formal, duma imensa espiritualidade, um dos seus quadros em que retrata um S. Francisco de Assis, estigmatizado, em conversa com Cristo crucificado, impressionou-me até às lágrimas), de conteúdos profundos, que nos toca e prende irresistivelmente. Que interessante seria uma exposição sua na Batalha, sua terra natal! Na fotografia, Frei Pedro Silva Pinheiro ultima uma das esculturas. José Travaços Santos

1. O Jornal da Batalha é um jornal mensal. 2. O Jornal da Batalha tem como preocupação dominante a defesa dos valores. 3. O Jornal da Batalha é um jornal independente de quaisquer forças políticas e/ou económicas. 4. O Jornal da Batalha rege-se, única e exclusivamente, pelos valores e princípios deontológicos que norteiam o exercício de uma Comunicação Social livre, democrática, aberta e responsável. 5. O Jornal da Batalha assume-se como palco privilegiado da reflexão necessária ao desenvolvimento do concelho da Batalha. 6. O Jornal da Batalha é pluralista na opinião. 7. O Jornal da Batalha é um espaço aberto a todas as opiniões, conscientes sobre temas de interesse para a região onde se insere. O Director

Y opinião

Há um Homo erectus no MCCB A paisagem serrana que marca a região da Batalha, composta por calcários com milhões de anos, apresenta um conjunto de formas naturais a que se chama “Carso”, resultado de um processo resultante da dissolução dos calcários pela acção das chuvas e dos ventos. A Pia do Urso, na Freguesia de São Mamede e as Grutas da Moeda ou o Buraco Roto, em Reguengo do Fetal, são memórias deste fenómeno, constituindo pontos de referência para os amantes da Natureza. Nestas e noutras formações foram descobertos fósseis de animais, de plantas e mesmo de hominídeos. Os achados dos nossos antepas-

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos dos Santos Almeida (C.P. nº 2830)

sados humanos são extraordinariamente relevantes para conhecer a história da ocupação neste território. A adaptação às condições geográficas e climáticas faz parte do desenvolvimento humano e os testemunhos aqui encontrados são prova disso. As primeiras comunidades que se instalaram nesta região encontraram as condições para a sua sobrevivência e consequente desenvolvimento. Cursos de água, vegetação, animais de grande porte para caçar e pedra em abundância para lascar, constituíam requisitos e condições ideais para a fixação, em acampamentos, dos primeiros habitantes da Batalha. Os vestígios arqueológi-

Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Carlos Ferreira, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)

cos encontrados em Jardoeira e Casal do Azemel reportam-nos para o Paleolítico Inferior (entre 300 mil e 200 mil anos a.C.). Estamos numa idade em que a Pedra é a ferramenta fundamental para a sobrevivência do Homo erectus. As características físicas, psicomotoras e culturais deste tipo de hominídeo, permitiram-lhe chegar da Europa à Batalha. No MCCB, reconstituímos um Homo erectus, em tamanho real. Olha os seres humanos actuais com ar ameaçador, tendo como cenário de fundo o rio e a vegetação representativas da sua época. Sob os pés que lhe suportam a postura erecta, encontram-se várias pedras roladas e prontas a

lascar. O hominídeo direcciona o seu olhar para a cultura material por ele produzida. São bifaces, unifaces, machados, entre outros exemplares, descobertos pelos arqueólogos nos anos 80 do século passado, que testemunham a presença das comunidades de caçadores-recolectores nestas terras. As pedras lascadas

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua D. Carlos I, 2-4 - 2415-405 Leiria-Gare Apartado 102 - 2401-971 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

serviam para afiar ramos, preparar lanças de caça, curtir as peles dos animais, cortar a carne, fazer fogo, entre muitas outras tarefas diárias. A complementar esta área expositiva, um vídeo em 3D recria a vida destes hominídeos no Acampamento de Casal do Azemel. A equipa do MCCB

Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal ; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


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Atualidade Batalha

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Atualidade

Europa aplaude Museu da Batalha

m Depois de ter sido premiado a nível nacional, o museu concelhio foi agora distinguido na Bélgica. Confira a mensagem de parabéns do Presidente da República, Cavaco Silva É mais uma distinção para o Museu da Comunidade da Concelhia da Batalha. E, desta feita, é uma distinção que sublinha o valor do museu a nível europeu. O MCCB foi distinguido com o Prémio Kenneth Hudson do Fórum Europeu dos Mu-

seus (European Museum Forum – EMF). O prémio foi atribuído este sábado, dia 18 de maio, em Tongeren, na Bélgica. O Museu Riverside de Glasgow foi distinguido com o Prémio Museu Europeu do Ano. O prémio atribuído ao Museu da Batalha foi batizado com o nome de Kenneth Hudson (1916-1999) jornalista, escritor e museólogo que inventou, nos anos 60 do século passado, a expressão “arqueologia industrial”. Os museus da Comunidade da Concelhia da Batalha e o Machado de Castro, de Coimbra, eram dois dos finalistas, num grupo que

contemplava ainda museus de França, Finlândia, Itália, Suíça, Eslovénia, Espanha, e Turquia. O prémio Silletto Award foi para o MAS Museum aan de Stroom, da Antuérpia, Bélgica. O Museu de Arte de Riga, o Museu de San Telmo em San Sebastian, Espanha, e o Museu Gobustan, no Azerbaijão, foram distinguidos com menções honrosas. A concurso estiveram 40 candidaturas, provenientes de 20 países, tendo sido finalistas 28 museus, oriundos de 16 países. No ano passado tinha ganho o prémio europeu, o Museu Madinat al-Zahra, da cidade es-

panhola de Córdova. Recorde-se que o ano passado, o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha foi considerado o melhor museu português pela APOM. Para António Lucas, presidente da Câmara da Batalha, o prémio Kenneth Hudson uma enorme honra, tendo em conta a fortíssima concorrência que as 29 candidaturas finalistas representavam, contando-se museus regionais de grande reconhecimento e museus nacionais de enorme prestígio internacional. “Este prémio significa uma vitória muito especial, um feito inédito para os museus do

nosso país que reforça ainda mais a notoriedade cultural e de prestígio para o Museu, para a Batalha e para toda a região”, refere. CAVACO SILVA FELICITA MUSEU. O Presidente da República, Cavaco Silva, enviou uma mensagem de felicitações a propósito da atribuição do Prémio Kenneth Hudson, do Fórum Europeu dos Museus, ao Museu da Comunidade Concelhia da Batalha. “Ao receber a notícia da atribuição do Prémio Kenneth Hudson ao Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, quero felicitar vivamente o Presidente da

Câmara, Dr. António Lucas, e a toda a população do concelho da Batalha. Este prémio demonstra o reconhecimento internacional alcançado pelo trabalho que o Museu da Batalha realiza em prol da preservação e divulgação da nossa cultura, contribuindo para tornar acessível a todos os cidadãos a história e a pré-história do concelho. Congratulo-me, por isso, com a distinção atribuída pelo Fórum Europeu dos Museus ao Museu da Batalha, que tive o prazer de inaugurar em 2011, e faço votos pela continuação do êxito já alcançado nestes dois anos”.


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Festas da Santíssima Trindade com pão mais bem tratado m A tradição de lançar “merendeiras” bentas na zona do Carvalho do Outeiro não está em causa, mas o pároco da Batalha defende que o pão seja mais bem tratado na edição deste ano dos Festejos da Santíssima Trindade, que decorrem a 25 e 26 de maio.

O pároco José Gonçalves defende mais cuidado na forma como o pão é tratado. A recomendação foi espelhada no boletim paroquial e refere-se à confusão frequentemente gerada na procissão, com “pessoas a tirar pão dos tabuleiros ou cestos”. Trata-se

de um “triste espetáculo” que não dignifica a cerimónia, entende. Contudo, o sacerdote assegura que aquilo que deve ser entendido como uma recomendação, não se refere à antiga tradição de, na zona do Carvalho do Outeiro, lançar aos transeun-

tes, “merendeiras” bentas. Este é um ponto alto da procissão e remete para a lenda que liga a origem destes festejos à resolução de uma praga de insetos que atacou os celeiros do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. O certo é que atualmente, há ainda a

crença que as “merendeiras” bentas guardadas nos armários, ao longo do ano, afastam a traça e outros insetos. Esta recomendação insere-se no trabalho de uma equipa da paróquia que tem vindo a analisar o funcionamento da festa. E já

decidiu antecipar em uma semana a “coroação” do imperador, o elemento da comunidade com a responsabilidade máxima nas festas. Esta semana adicional acrescenta “autoridade” e capacidade de preparação das festas, explica José Gonçalves.

Jornal da Batalha Obras na vila decorrem até ao outono As obras de reformulação da zona central da sede de concelho arrancaram este mês e devem prolongar-se até ao outono. Para já, as obras na zona do largo Paulo VI e imediações devem estar concluídas dentro de dias. Esta intervenção, orçada em 55 mil euros, implicou, sobretudo, a alteração e melhoria de passadeiras para peões e a reorientação do trânsito, com a colocação de lombas e redução da velocidade de circulação, visando que no largo existisse um “cunho urbano intensificado com zona pedonal melhorada”, explica o presidente da Câmara, António Lucas. Mais abrangente, e demorada, é a intervenção no largo D. Henrique, praça Mouzinho de Albuquerque e rua Nossa Senhora do Caminho. São obras de melhoramento que vão custar 1,1 milhões e incluem a renovação do largo fronteiro às Capelas Imperfeitas.

Meia dúzia de empreendedores pelo turismo

Marinha Grande quer parceria para viabilizar Rádio Batalha

Um total de seis projetos de cariz empresarial na área do turismo foram apresentados no âmbito da iniciativa “Batalha – Empreender Turismo”, dirigida a jovens do concelho com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos de idade. O município da Batalha propunha-se apoiar logística e financeiramente o melhor projeto e surgiram seis candidatos à vitória. O vencedor

O futuro da Rádio Batalha poderá passar por uma parceria com a Rádio Clube Marinhense (RCM), da Marinha Grande. Há mais de uma semana que as emissões da estação batalhense se encontram suspensas. Questões técnicas estarão por detrás da interrupção prolongada na emissão, mas ao que o Jornal da Batalha apurou, o cenário de dificuldades financeiras está igualmente a condicionar o futuro do projeto.

será conhecido em breve. Entretanto, o município avançou com um acordo com o banco Millennium BCP visando promover o recurso ao microcrédito. A iniciativa pretende apoiar a criação do autoemprego, estimulando iniciativas empresariais no concelho.

Entretanto, os responsáveis da RCM apontam a vontade de estabelecer uma pareceria que assegure o futuro da emissora. António José Ferreira, responsável da RCM, explica que o projeto que defende “é simples: manter os aspectos positivos e trabalhar os pontos mais débeis. Ou seja, a ideia passaria por manter a marca Batalha, apostar nos clássicos da música portuguesa e na informação local. Paralelamente, a rádio tem que

adotar numa lógica empresarial - funcionar como uma empresa e não como cooperativa - e tomar decisões no plano técnico e financeiro, pois há muito a fazer nestes domínios”. Acrescenta ainda que “a nossa proposta passa por criar uma sociedade por quotas em que os sócios seriam a RCM - ou o seu diretor - e a Cooperativa que detém atualmente o alvará de radiodifusão, com participações a definir”. António José Ferreira garante

defender a manutenção “de alguns programas de autor na Rádio Batalha e a garantia que a rádio é e será sempre dos batalhenses. Não faz sentido que a Rádio Batalha trabalhe para Fátima ou Leiria, a nossa ideia é manter a marca Batalha e potenciá-la comercialmente, desde logo no município a que pertence só mais tarde pensar em outros voos”. Este responsável revela que já decorreram duas reuniões para debater esta parceria.

António Caseiro Pós Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Mestre em Fiscalidade Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Ediİcio Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 • Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 • Site: www.imb.pt • e-mail: imblda@mail.pt


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Atualidade Batalha

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“Não tenho qualquer ambição de deixar uma “marca” pessoal” m Paulo Batista dos Santos, até ao momento o único candidato conhecido à presidência da Câmara da Batalha, explica as principais ideias da sua candidatura e abre portas a entendimentos com outras forças partidárias. Revela ainda os novos candidatos à Junta do Reguengo do Fétal e São Mamede.

Por que razão decidiu avançar para a candidatura à presidência da Câmara da Batalha? Sinto que nesta fase de mudança de ciclo autárquico posso ser útil ao concelho da Batalha, bem como creio que passados alguns anos a desempenhar funções de responsabilidade, primeiro na Assembleia Municipal, depois como Vereador e mais recentemente na Assembleia da República, estou agora melhor preparado para liderar um projeto de futuro para a nossa terra, num período exigente, mas ao mesmo tempo, desafiante porque teremos de dar o nosso melhor para ao nível local promover o desenvolvimento. Quais são as grandes medidas que preconiza para o exercício do cargo?

A seu tempo iremos divulgar algumas medidas concretas que resultam da reflexão que fizemos em várias reuniões em trabalho nas freguesias, com o apoio de alguns especialistas e acolhendo diversos contributos da população. É um trabalho que consideramos fundamental e ainda incompleto, uma vez que iremos ter encontros com responsáveis da administração central, porquanto queremos garantir que tudo o que apresentarmos aos batalhenses será possível realizar. Todavia, nesta fase, posso já adiantar que os eixos fundamentais do nosso projeto para a Batalha são: 1) desenvolvimento económico e emprego; 2) ação social e saúde; 3) juventude e inovação; e 4) ambiente e qualidade de vida. Em que medida, caso seja eleito, a sua presidência será diferente do seu antecessor, António Lucas? Contrariamente a alguns distintos políticos nacionais, não tenho qualquer ambição de deixar uma “marca” pessoal à conta da gestão pública – o que por vezes é sinónimo de desperdício de recursos públicos. Entendo que a prioridade está em dar o meu melhor para merecer a confiança dos batalhenses. Caso seja eleito o próximo presidente da câmara, como desejo, estou certo que um dos princi-

pais desafios é dar continuidade ao excelente trabalho desenvolvido nas últimas décadas por António Lucas. Nesse medida, conto manter o rigor na gestão autárquica, a proximidade com as pessoas e a matriz de dedicação e honestidade. Agora, somos pessoas diferentes e seguramente temos opções diversas, no entanto, partilhamos a ambição de melhorar as condições de vida dos nossos concidadãos. O PSD tem sido a única força políticanopodernasautarquias do concelho há vários mandatos. Isso é uma vantagem ou existem desvantagens associadas à perpetuação de um partido no poder? O projeto do PSD no concelho da Batalha nunca se limitou a ser um projeto partidário, pelo contrário, a larga maioria dos eleitos são personalidades independentes e sempre orientamos a nossa ação pelos interesses da Batalha, independentemente das cores partidárias. Foi assim no passado, será assim no futuro. A visão que temos das autarquias locais é de um trabalho de colaboração e proximidade com as pessoas, sejam de esquerda, do centro ou da direita, o que releva para o efeito é a ambição que temos de fazer mais e melhor pela Batalha. Teme que a sua candidatura seja penalizada pelo facto de

p Paulo Batista Santos, candidato do PSD estar associada ao partido que governa o país? Creio que as pessoas sabem bem distinguir entre as responsabilidades de uma autarquia e o governo do País e saberão avaliar qual o projeto mais sólido para a sua terra. Da nossa parte, vamos ser fiéis ao que sempre fizemos, ou seja, colaborar com o atual ou qualquer outro Governo naquilo seja útil para o País e também para o Concelho, bem como criticar quando seja necessário, embora sem oportunismos e apresentando alternativas. Confesso que prefiro fazer parte da solução do que limitar-me a contestar. As pessoas precisam de soluções de quem irá liderar a Câmara e não apenas de um contestatário. A mudança na liderança local do CDS-PP abre portas a um entendimento local dos dois partidos em torno da sua can-

didatura? Da parte da candidatura que lidero, sempre manifestamos abertura à participação de outras sensibilidades no projeto que defendemos para a Batalha. Nessa linha, estamos gratos pelo apoio de pessoas independentes e também de outros partidos, desde o PS ao CDS-PP, este último que partilha com o PSD a responsabilidade da governação do País. Também por esse motivo, desde o início desta candidatura dissemos que estávamos disponíveis para um entendimento com o CDS-PP, não por razões eleitorais, mas porque vemos nesse acordo vantagens para o concelho da Batalha. A decisão caberá aos dirigentes do CDS-PP, da nossa parte não fecharemos a porta a ninguém. Quando serão conhecidos os restantes candidatos do PSD aos restantes órgãos

autárquicos do concelho? No essencial os principais candidatos já estão escolhidos e serão divulgados até ao final deste mês de maio. Aliás, aproveito a ocasião para agradecer a generosidade de todos que sem hesitação já se disponibilizaram para nos ajudar. É com orgulho que contamos com as recandidaturas de Germano Pragosa e Carlos Santos, respetivamente, às juntas da Batalha e Golpilheira, bem como o Marco Vieira e o Horácio Sousa, irão assegurar a continuidade dos executivos em São Mamede e Reguengo do Fétal. Para a câmara e assembleia municipal, iremos ter como candidatos, entre outros, o Dr. Carlos Agostinho e os atuais vereadores Cíntia Silva e Carlos Henriques, para além da estreita colaboração de António Lucas e dos demais autarcas em funções.

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Batalha Atualidade

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Feira do livro? Saiba para quantos batalhenses o livro é um estranho m Há mais de sete centenas de batalhenses analfabetos. No entanto, na Batalha, o analfabetismo está a desaparecer mais rapidamente que na média nacional.

Entre nós, há boas e más notícias no mês em que avança com mais uma edição da Feira do Livro e do Jogo. Primeiro as más notícias: no concelho ainda persistem analfabetos. Isto é, há centenas de habitantes no concelho que estão impedidos de um exercí-

cio de liberdade: ler esta e outras notícias. Ou de usufruir, em pleno, da Feira do Livro que dentro de dias arranca na sede de concelho. De facto, de 30 de maio a 2 de junho, a Praça Mouzinho de Albuquerque será palco de mais uma edição da Feira do Livro e do Jogo, contando com uma dezena de bancas com os mais variados títulos. Como já vem sendo hábito, haverá um programa de animação e, a 1 de junho, a divulgação dos vencedores do concurso “O fio da Memória – O Conto”, destinado à população estudantil do concelho, iniciativa que conta com o apoio do Jornal da Batalha. Ora, o livro, figura central num certame relevante na agenda cultural do con-

celho, continua a ser um objeto estranho para muitos – cada vez menos, felizmente – batalhenses. De acordo com os dados do Censos 2011, a Batalha contava com 773 pessoas com mais de 10 anos, analfabetas. Destas, apenas 231 eram homens. Agora as boas notícias: nas duas últimas décadas, no concelho, a taxa de analfabetismo caiu mais rapidamente que na média do país. Mais: a taxa de analfabetismo da Batalha está agora bem perto da média nacional. A evolução mais surpreendente registou-se na freguesia de São Mamede. Os dados do Instituto Nacional de Estatística são claros (ver quadro). Em 1991, o concelho da Batalha contava com uma taxa de

analfabetismo superior à média nacional. Era, na altura, de 13,76%, contra 11% a nível nacional. Contudo, nos últimos vinte anos, enquanto o país conseguiu fazer cair a taxa de analfabetismo para pouco menos de metade, o concelho da Batalha reduziu-a para pouco mais de um terço. Na freguesia de São Mamede, a queda foi ainda mais acentuada, de quase 22% para menos de 8%. Internamente, apenas a freguesia da Batalha consegue uma taxa de analfabetismo inferior à média nacional. Já no panorama regional, o concelho consegue uma das mais baixas taxas de analfabetismo.

Taxa de analfabetismo Portugal Continente Batalha Batalha (freguesia) Reguengo do Fetal (freguesia) São Mamede (freguesia) Golpilheira (freguesia) Leiria Marinha Grande Pombal Porto de Mós Alvaiázere Ansião Castanheira de Pêra Figueiró dos Vinhos Pedrógão Grande Alcobaça Bombarral Caldas da Rainha Nazaré Óbidos Peniche Ourém Fonte: INE

2011 5,23 5,20 5,43 4,16 6,59

2001 9,03 8,93 9,89 7,61 11,73

1991 11,01 10,93 13,76 10,51 15,17

7,62 5,65 4,65 4,85 10,32 5,72 10,76 8,53 9,03 9,24 12,25 6,23 6,43 5,57 5,67 7,22 6,05 7,13

13,66 9,58 7,92 8,14 16,20 9,82 17,08 14,35 13,08 14,62 19,87 10,29 11,56 10,23 10,13 14,01 10,64 11,68

21,68 9,18 10,26 9,31 21,53 12,78 21,51 17,49 14,36 18,82 24,44 13,72 14,06 13,21 12,70 16,96 13,48 16,90

Ex-preso político e ex-professora editam livros Um novo livro do Círculo de Leitores, intitulado “Memória de Tortura e Resistência”, foi agora publicado. Retrata a vivência de Joaquim Monteiro Matias, advogado batalhense, que nas décadas de 50 e 60 do século passado se envolveu na atuação política, na defesa de presos políticos de várias organizações políticas clandestinas, e como, de defensor, passou ele próprio a preso político, torturado pela PIDE e julgado no Tribunal Plenário de Lisboa. O autor nasceu em setembro de 1938 no Casal da Ponte Nova. Joaquim Matias foi preso pela PIDE em julho de 1967, acusado de ligações à Frente de Acção Popular e foi condenado a 2 anos e 8 meses de prisão maior e medidas de segurança de internamento prorrogáveis, que cumpriu parte na Cadeia do Frote de Peniche, de onde saiu em janeiro de 1971 em re-

p Joaquim Monteiro Matias gime de liberdade condicional. Algum tempo depois retomou em Lisboa o exercício da advocacia, centrada agora na defesa nos tribunais do trabalho, dos trabalhadores associados dos sindicatos que o haviam contratado para esse efeito. HORTAS E GOLPILHEIRA EM LIVRO DE EX-PROFESSORA. Entretanto, Maria da Piedade Silva Vieira de Sousa editou recentemente o livro intitulado “Memórias do Meu Cantinho – Hortas, Golpilheira”.

p Maria da Piedade Silva Vieira de Sousa Como o próprio nome indica, trata-se de um trabalho que viaja sobre memórias, tradições e pessoas que marcaram as últimas décadas da sua terra natal (Hortas) não esquecendo a freguesia da Golpilheira e mesmo, nalguns aspetos, o concelho da Batalha. Maria de Sousa nasceu em Hortas em julho de 1953 e foi professora do primeiro ciclo durante 32 anos.


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Ensino

Alunos vencem concurso de gestão Cinco alunos do 12º ano da Escola Básica e Secundária da Batalha foram recentemente galardoados com o 1º Prémio no concurso “12 Horas de Gestão”, promovido pelo ISCTE – Business Schooll (Lisboa). Os jovens, que competiram com outros 250 alunos de 25 escolas secundárias e colégios, apresentaram a ideia original de sapatilhas para a terceira idade como uma oportunidade de negócio, já que o envelhecimento da população no nosso País e na generalidade dos países desenvolvidos é uma realidade. Além da apresentação do produto em público, num auditório, os alunos elaboraram um vídeo publicitário que esteve disponível, para votação, na Internet. O principal objectivo do concurso ganho pelos jovens da Escola da Batalha foi proporcionar um primeiro contacto com a realidade universitária da gestão de empresas num jogo de caráter pedagógico que englobou diferentes áreas da Gestão, como a Estratégia, os Recursos Humanos, as

José Batista de Matos Consultor do Consulado Geral de Portugal em Paris

Jantar de confraternização da Batalha em Paris

p Alunos vencedores das 12 horas de gestão Finanças e a Contabilidade, o Marketing e a Logística. Estão de parabéns os cinco jovens (Inês Amado, Isa Vala, Fábio Pereira, Yrina Borodovska e Válter Bento) e os professores que os orientaram. Entretanto, um grupo de seis alunos do 5º ano, do Agrupamento de Escolas da Batalha venceu o 2º Prémio (do escalão 2º Ciclo – modalidade Texto Original) do Concurso “Uma Aventura… Literária 2013”, promovido pela editora Caminho.

O prémio arrecadado pelo texto “Um Romance na Primavera”, que nasceu da observação de uma imagem, nas aulas de Apoio ao Estudo de Português, assume particular relevância por ter sido construído por alunos com algumas dificuldades na disciplina de Português. Apesar disso, o trabalho, escolhido entre mais de dez mil textos de mais de quatrocentas escolas, “encantou o júri”, segundo as palavras da própria Caminho. Os alunos (Frederico Oli-

veira, Ana Beatriz Silva, Dário Franco, Verónica Santos, Laura Neves e Maria do Rosário Gonçalves), que foram orientados pela Prof.ª Maria Fernanda Cardoso, irão ver o seu texto publicado num dos livros da coleção “Uma Aventura”, para além de receberem como brinde um cheque-livro. Estão também convidados a participarem na cerimónia pública de entrega de prémios, que decorrerá no dia 28 de maio, na Feira do Livro de Lisboa.

Academia aposta na Matemática Será a Matemática um papão invencível? Sara Cardoso, professora de matemática, acredita que não. Em abril, avançou com a “Enigmática”, uma Academia de Matemática Interativa, como a própria a descreve. O espaço está situado na Urbanização dos Infantes, junto à Escola Secundária da Batalha. Trata-se de uma academia “constituída por uma equipa de profissionais especializada na área da Matemática e com enorme capacidade na coordenação

Y opinião

de métodos e técnicas pedagógicas diferenciadas. Tem como principal atividade as Explicações de Matemática do 1.º ao 12.º ano”, explica Sara Cardoso. Sara Cardoso, licenciada em matemática e com experiência docente, entende que “não existem fórmulas secretas” para o sucesso educativo, mas “a dedicação, empenho e experiência” de todos os intervenientes no processo educativo: equipa da academia, alunos e encarregados de educação,

são fulcrais, defende. Esta responsável entende que “a Batalha tem demonstrado grande evolução de resultados ao nível dos exames nacionais, revelando que os encarregados de educação, em particular, e toda a comunidade escolar da região, em geral, estão deveras envolvidos em atingir o sucesso educativo”. E a relevância da Matemática é evidente: “é uma disciplina estruturante, de elevada importância, na formação de qualquer cidadão”. Os Gabim@

ticos - “Gabinetes Matemáticos” de explicações e apoio ao estudo; a BiblioM@tica (sala de estudo individual ou de realização de trabalhos de grupo); Exposim@ ticas (exposições temáticas de Matemática); RevisMatem@tica (RevisMatem@ tica /Panfleto para pais e filhos); Desafiom@ticos (Desafios matemáticos” a lançar na plataforma informática e na Academia) e M@ tseniores (Matemática para Seniores), são alguns dos serviços anunciados.

Mais uma vez, e já são 22 vezes, que os eleitos do Concelho de Batalha, a convite dos seus filhos, que vivem e trabalharam em França, visitam, vivem e confraternizam com os originais do concelho da Batalha. Neste ano de 2013 este acontecimento social e cultural realizou-se no restaurante “O Bussaco”, propriedade de um lusitano nascido na região do nome do restaurante. Foi me dizer dos 120 convidados, um acontecimento fora do comum!... Houve discursos, música, mesmo da região da batalha, diálogo, alegria e também um “jantar de gala” que fez com que no final, os batalhenses estivessem deveras felizes. O diálogo entre os que não se viam, à um ano, foi efetivamente muito enriquecedor, uma vez que se falaram das suas aldeias e freguesia que felizmente não foram extintas como foram tantas do nosso país. O senhor presidente e os outros convidados que vieram da batalha, estavam efetivamente e visivelmente felizes. Antes, os nossos convidados foram recebidos em Paris, no Consuladogeral de Portugal pelo Dr. Pedro Lourtie, Cônsul-Geral, numa cerimónia simples, empolgante, naquela amizade da confraternização entre Portugueses. Falou-se da Batalha em Portugal e dos problemas de hoje no nosso país, uma sinceridade que todos compreenderam. Estas visitas são, no nosso entender sempre positivas na compreensão do fenómeno da tal dita emigração antiga e atual, sempre em razões de crise social, económicas e políticas como no passado recente, nos tempos da Ditadura de Salazar e hoje, menos severa, mas muito mais prejudicial ao bom nome de Portugal e dos Portugueses, tanto de Portugal como os de França e do resto do mundo. Depois o jantar de confraternização!... Foi efetivamente fantástica e comovente, ver e escutar os quase 120 Batalhenses a confraternizar e a falarem das suas aldeias de Portugal. Ainda houve tempo de se trocarem lembranças, de se cantar em coro e darem-se vivas à Batalha. O senhor presidente e restante comitiva, estavam aparentemente emocionados o que confirma a necessidade e a urgência de se continuarem estas iniciativas de confraternização e amizade… Viva a Batalha e seus filhos!


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Entrevista

maio 2013

Entrevista

Jornal da Batalha

Cláudio A. Guiomar de Oliveira, investigador

Estado Novo tinha projeto de estrada ainda mais próxima do Mosteiro m A intervenção na malha urbana da vila da Batalha, na década de 60 do século passado, foi tema de uma recente tertúlia no Museu da Batalha. Claúdio Oliveira, orador na tertúlia, estudou a intervenção na vila e explica-nos a relevância do tema para os batalhenses.

Por que razão decidiu avançar com o estudo sobre a malha urbana e viária vizinha do Mosteiro da Batalha no tempo do Estado Novo? A oportunidade de estudar este tema surgiu no contexto da frequência do Mestrado em Recuperação do Património Arquitetónico e Paisagístico, em

Évora. Todavia resulta de uma confluência de fatores. O facto de ter vivido a minha infância e adolescência na Batalha permitiu-me contactar, durante anos, com o mosteiro de Santa Maria da Vitória e a sua vila. Esta proximidade foi dando lugar a uma série de interrogações cuja res-

posta não era satisfatória. Depois de terminada a licenciatura em História, a investigação sobre os antepassados batalhenses sempre esteve presente, particularmente sobre o século XX. Estas duas realidades, associadas ao estudo das temáticas relacionadas com

o património através do mestrado, conduziram a esta investigação. Para mais versava sobre um assunto que tinha sido pouco tratado até à data. Ao mesmo tempo desejava encontrar respostas relativas à atual paisagem envolvente do mosteiro da Batalha.

Que avaliação faz da radical transformação que a vila sofreu na década de 60, nas imediações do Mosteiro? A tese que apresentei é um trabalho de carácter historiográfico, patrimonial e urbanístico. Como já afirmei noutra ocasião, pretende ajudar a melhor compreender a vila da Bata-

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BATALHA

lha e a atual envolvente do mosteiro de Santa Maria da Vitória, traçando o processo do “imaginário” e da criação da sua nova malha urbana e viária que toma efetiva forma na década de 1960. Não foi objetivo deste fazer uma avaliação do que foi feito, mas tão só colocar em evidência as ideias, dis-


Jornal da Batalha

Entrevista

maio 2013 o Estado Novo, em que a pluralidade não existia, parecem não aparecer obstáculos. Mas existiam vozes que se opunham, tanto no panorama nacional como local. Todavia, o “desafogamento” dos monumentos em Portugal era uma rotina em voga nos anos 30, 40 e 50 do século passado, tal como a melhoria das condições de salubridade dos portugueses através da destruição do velho (antigo) e construção do novo. Internacionalmente a preocupação pela proteção da envolvente dos monumentos é reforçada em 1964, com a Carta de Veneza, documento que Portugal hoje adota. Assim, por um lado, qualquer intervenção nos dias de hoje como a que foi feita na Batalha nos aos 60, teria de ter em conta a legislação internacional (e nacional) em vigor. Por outro, certamente que procuraria a mais alargada aceitação técnica e a aprovação dos cidadãos interessados e/ou afetados.

Cláudio A. Guiomar de Oliveira nasceu a 22 de Abril de 1981 em Leiria. Cresceu e viveu na Batalha. É Licenciado e História pela Universidade de Coimbra (2005) e obteve o grau de Mestre em Recuperação do Património Arquitetónico e Paisagístico na Universidade de Évora (2010), onde defendeu a tese «Como do Velho se fez Novo: o Estado Novo e a nova malha urbana e viária do mosteiro da Batalha». Nos últimos anos tem desempenhado as funções de professor e formador em diversas instituições, ministrando disciplinas relacionadas com História, Cidadania, Cultura e Património. Colaborou na elaboração da monografia «Seiva Sagrada – A agricultura na região de Alcobaça (notas históricas)» (AARA, 2006) e no livro comemorativo do Centenário da República «100 anos de património: memória e identidade» (IGESPAR, 2010). Reside atualmente nas Caldas da Rainha.

cussões, projetos e obras. Dito isto, o que poderei adiantar é que a investigação revelou um processo longo, complexo e muito soluçante, que começa na década de 1930 e se prolonga para além dos anos 60. Envolveu diversos técnicos, políticos, projetos e entidades (centrais e locais). Dito de outro modo, as perspetivas sobre o que se pretendia para a Batalha foramse alterando com o tempo e com a sensibilidade dos envolvidos, à medida que os anos avançavam. No fim

obteve-se a realidade presente, que é o somatório de tudo o que referi. Acredita que aquele tipo de intervenção seria possível em democracia? É difícil responder de forma taxativa. Todos os acontecimentos têm o seu próprio contexto e devem ser entendidos à luz do seu tempo. Notemos o seguinte: um dos instrumentos utilizados para executar os planos foi a expropriação, recurso que hoje é recorrente. Num regime como

A permanência da estrada nacional, hoje IC2, junto ao monumento, tem sido motivo de muito debate. Aquela estrada, naquele local, é um erro do Estado Novo? Para ser mais preciso, a construção da variante à EN1, na Batalha, é uma decisão do Estado Novo. Se ensaiarmos uma análise segundo a lógica da posteridade, isto é, olhando hoje para trás, muitos consideram ter sido um erro. À época foi uma opção política, que desvalorizou preocupações técnicas ou patrimoniais. O primeiro projeto que analisei para a alteração da EN1 na Batalha, de 1946, aponta uma estrada ainda mais próxima do monumento, mas com um perfil destinado a trânsito reduzido. Mais tarde, em meados dos anos 50, os técnicos da Junta Autónoma de Estradas sugerem uma variante 3 km a poente do monumento, fundamentando-se naquilo que era a prática e o saber de então. No entanto, prevalece a ambição de construção de uma estrada panorâmica, junto do mosteiro, no sentido de o expor a amplas perspetivas, sustentada pelo Ministério das Obras Públicas, o seu órgão consultivo, o Conselho Superior das Obras Pú-

blicas, e, inclusivamente alguns dirigentes locais. O interesse suscitado pela tertúlia na Batalha é um indicador de que o impacto local da revolução urbana da década de 60 ainda hoje é recordado? Sem dúvida que é um assunto ainda hoje recordado, especialmente por quem o viveu. Já o era antes da tertúlia ou da tese, que defendi em 2010. Na documentação que consultei para a investigação (entre 1930 e 1974), percebi, curiosamente, que alguns elementos da comunidade batalhense, ainda durante a década de 1960, sentiam desconforto com o que se passava, classificando de enorme perca a destruição da envolvente do mosteiro. Parece-me importante para a localidade, suas gentes e para o próprio país, que este assunto seja mais evidenciado e tratado, com o objetivo de todos nós compreendermos melhor o que temos e como lá chegámos. Por outro lado, de acordo com os dados que fui recolhendo, a Batalha possui feridas que eventualmente procura sarar. Julgo que só será possível através de uma atitude de conhecimento e de partilha. Considera que o seu estudo sobre o tema deveria ser continuado? Conta fazê-lo? O estudo que apresentei é um trabalho acabado. Isto é, trata-se de um documento necessário e de base para posteriores estudos, que procura dar respostas a muitas interrogações. Mas, naturalmente também suscita outras. Nesse sentido deve ser continuado e trabalhado segundo pontos de vista diferentes. Entendo que um deles poderá ser a recolha da memória de quem viveu os acontecimentos, através de uma investigação de história oral. Mas outras análises podem e devem ser realizadas. Desde 2010 até ao presente, tenho tido o cuidado de melhorar e acrescentar informação ao trabalho original. Pretendo descortinar algumas questões que foram surgindo, mas considero tratar-se de uma atitude natural, de quem se interessa pela história, pelo património e pela Batalha.

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Batalha Opinião

maio 2013

Jornal da Batalha

Opinião Regime dos bens em circulação (II) Relativamente aos bens referidos nos números anteriores, não sujeitos à obrigatoriedade de documento de transporte, sempre que existam dúvidas sobre a legalidade da sua circulação, pode exigir-se prova da sua proveniência e destino que pode ser feita mediante a apresentação de qualquer documento comprovativo da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino. Os documentos de transporte devem conter obrigatoriamente os elementos referidos no n.º 5 do artigo 36.º do CIVA. As guias de remessa ou documentos equivalentes devem conter, pelo menos, os seguintes elementos: nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede e número de identificação fiscal do remetente, nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede do destinatário ou adquirente, número de identificação fiscal do destina-

tário ou adquirente, quando este seja sujeito passivo, nos termos do artigo 2.º do CIVA e designação comercial dos bens, com indicação das quantidades. Os documentos de transporte atrás referidos cujo conteúdo não seja processado por computador devem conter, em impressão tipográfica, a referência à autorização ministerial relativa à tipografia que os imprimiu, a respetiva numeração atribuída e ainda os elementos identificativos da tipografia, nomeadamente a designação social, sede e número de identificação fiscal. As faturas, guias de remessa ou documentos equivalentes devem ainda indicar os locais de carga e descarga, referidos como tais, e a data e hora em que se inicia o transporte. Na falta de menção expressa dos locais de carga e descarga e da data do início do transporte, presumir-se-ão como

tais os constantes do documento de transporte. Os documentos de transporte, quando o destinatário não seja conhecido na altura da saída dos bens dos locais referidos, são processados globalmente e impressos em papel, devendo proceder-se do seguinte modo à medida que forem feitos os fornecimentos: 1 - No caso de entrega efetiva dos bens, devem ser processados em duplicado, utilizando-se o duplicado para justificar a saída dos bens; 2 - No caso de saída de bens a incorporar em serviços prestados pelo remetente dos mesmos, deve a mesma ser registada em documento próprio, nomeadamente folha de obra ou qualquer outro documento equivalente. Nas situações acima referidas nos nº.s 1 e 2, deve sempre fazerse referência ao respetivo documento global. As alterações ao lo-

cal de destino, ocorridas durante o transporte, ou a não aceitação imediata e total dos bens transportados, obrigam à emissão de documento de transporte adicional em papel, identificando a alteração e o documento alterado. No caso em que o destinatário ou adquirente não seja sujeito passivo, far-se-á menção ao facto no documento de transporte. Em relação aos bens transportados por vendedores ambulantes e vendedores em feiras e mercados, destinados a venda a retalho, abrangidos pelo regime especial de isenção ou regime especial dos pequenos retalhistas a que se referem os artigos 53.º e 60.º do CIVA, respetivamente, o documento de transporte pode ser substituído pelas faturas de aquisição processadas nos termos e de harmonia com o artigo 36.º do mesmo Código.

António Caseiro Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

(continua)

s Notícias dos Combatentes

As forças armadas portuguesas A forma mais prática de qualquer país demonstrar e defender a sua soberania é através da existência de Forças Armadas próprias, embora saibamos que em alguns, devido à sua exiguidade territorial e populacional, a existência destas é mais simbólica do que real. Portugal, sendo o mais velho país europeu, em termos de fronteiras terrestres consolidadas, praticamente sempre teve Forças Armadas, ainda que em tempos mais remotos pudessem ter outras designações, pese as suas funções básicas serem semelhantes às de hoje: defesa (do território) e ataque (conquista de mais território ou similar). Foi por estas vias que primeiro se conseguiu a independência, a que se seguiu a expansão territorial, até às suas fronteiras atuais. Naturalmente que as Forças Armadas foram acompanhando a evolução dos tempos, mas é sabido que, pelo menos a partir

de finais do século XIX a decadência das nossas Forças Armadas foi sendo notória e nem o advento da República alterou esse panorama. Basta recordarmo-nos das miseráveis condições em que os nossos soldados enfrentaram os exércitos alemães, entre 1914 e 1918, em Moçambique, Angola e França, para termos uma ideia da “preocupação” dos nossos governantes pelo destino catastrófico a que condenavam esses soldados naqueles teatros de operações, dada a falta de meios de toda a espécie com que para ali foram, mandados combater exércitos devidamente preparados e equipados. Cerca de 43 anos depois pouco tinha mudado, quer quanto aos escassos recursos das nossas Forças Armadas, quer quanto à forma de pensar e agir dos políticos-governantes, relativamente aos homens que nelas serviam e que, nesta altura, não hesitaram em começar a enviar, em força e de

qualquer maneira, para África. Recordemos ainda que, findos aqueles dois conflitos, após passageira glorificação de alguns grupos de combatentes regressados, tudo se fez para que rapidamente fossem esquecidos e quase votados ao ostracismo e opróbrio gerais, como se de criminosos se tratassem e não de homens a quem, após lhes serem inculcados os valores pátrios, partiram a enfrentar um inimigo desconhecido, sabendo que isso lhes poderia custar a própria vida, como a muitos milhares custou. Entretanto, as exigências das três frentes das guerras de África levaram as Forças Armadas a um crescimento que, findos os conflitos, de modo algum se justificava manter. Daí que, nestes últimos quase 40 anos, as reestruturações não têm faltado, só que com um grande senão: os partidos políticos que, em alternância, neste período nos têm governado, em vez de se

sentarem à mesa e delinearem um plano comum e global para a reestruturação, de facto, das Forças Armadas, cada um por si quer impor a sua reestruturação, sempre que está no poder e as Forças Armadas não têm passado dum joguete de cada um dos governos que nos vem (des)governando. Esta situação é ainda agravada pela circunstância de os lugares de topo da hierarquia terem passado a ser de nomeação política, o que é uma subtil forma dos políticos terem as chefias “na mão”, quando estas deveriam ser escolhidas pelos seus pares. Outra faceta interessante dos governos, relativamente à Forças Armadas, é que, naturalmente em surdina, vão conseguindo fazer passar a ideia não só de que há militares a mais, como estes são uns privilegiados, que pouco ou nada fazem e estão carregadinhos de regalias, e, ainda pior do que tudo isso, de há uns tempos para cá, começa mesmo a questionar-

se da necessidade de Portugal ter Forças Armadas! E, de reestruturação em reestruturação parece que assim vai continuar, como o demonstra a nova reestruturação que o atual governo quer fazer. Por este andar, tanta reestruturação ainda levará ao desmantelamento das Forças Armadas A não ser que entretanto surja por aí mais um qualquer conflito inesperado e os políticos voltem a precisar dos militares, para lhes “tirarem as castanhas do lume”. Quem me dera estar enganado, mas com todos os egoísmos que vamos observando pela nossa velha Europa, temo bastante que estejamos a caminhar nesse sentido. E, infelizmente, há cada vez mais gente a temer isso!... NB-LC


Jornal da Batalha

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Atualidade Batalha

Círio a Santo António em junho

FIABA regressa em finais de junho

São dois jovens que se vestem de anjos montando burros brancos. A tradição, que se realiza de dois em dois anos, está de regresso em junho. Será dia 7 de junho que se realiza mais uma “Encamisada”, o tradicional círio em honra de Santo António que percorrerá a Rebolaria, de cujo adro da capela sai às 22 horas, o Arneiro, a Ponte Nova, já na vila, e os Forneiros e Casal do Alho. O etnógrafo Travaços Santos explica que esta tradição “com origem em data por determinar, insere-se na grande tradição dos círios estremenhos. Dois moços púberes, vestidos de anjo e montando burros brancos, deitam, em cada ponto do percurso, as loas ao santo”.

m A XXIII edição da FIABA - Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha, tem lugar de 20 a 23 de junho, no Largo Cónego Simões Inácio, na Batalha. A FIABA, um dos certames de referência regional da gastronomia e do artesanato, tem conquistado uma importância cada vez mais notória nesta região, reunindo cerca de 50 artesãos oriundos de norte a sul do país que, trabalhando ao vivo, divulgam o melhor do artesanato português. No que toca à gastronomia, o evento assume também especial importância, com a participação das associações concelhias que apresentam os pratos tradicio-

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Karaté no pavilhão

p Tasquinhas são o prato forte do certame nais estremenhos. Presença ainda para mais de uma dezena de participações institucionais, em áreas que vão da saúde ao ensino e do associativismo. Na sua vigésima terceira edição, a FIABA apostará

FISIOTERAPIA

ainda numa zona dedicada aos mais pequenos, com a instalação de insufláveis, caracterização facial e modelagem de balões. Não menos importante é a componente da animação do evento que, uma vez mais, volta a apostar num

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Direção Técnica Ana Rita Dias Patrocínio Sousa - Fisioterapeuta Mestre em Fisioterapia

cartaz forte e diversificado e que tenta abranger todos os públicos. Destacam-se as participações das conceituadas bandas “Toques do Caramulo”, “Rock & Blues” e “Kajabucalho”, entre muitas outras participações.

A Associação tigre Karaté Da Batalha, realizou um estágio com os mestres Vilaça Pinto 7ºDan de Portugal e Daniel Baur 7ªDan de França no pavilhão gimnodesportivo da Batalha. Foi nos dias 4 e 5 de maio, numa iniciativa que captou a atenção de um número significativo de adeptos.


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Batalha Saúde

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Jornal da Batalha

Saúde

O Doentes com hipertensão resistente correm perigo de desenvolver doenças cardiovasculares m Dia Mundial da Hipertensão celebrou-se a 17 de maio. Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão sublinha a importância deste problema de saúde pública.

A hipertensão arterial (HTA) é um problema de saúde pública em Portugal. Um estudo recente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão revela que 42,2% da população é hipertensa e que um quarto dos doentes continua por tratar. Em Portugal, estima-se que cerca de 57% dos hipertensos não têm a doença controlada, tendo por isso o triplo de probabilidade de sofrer de doenças cardiovasculares (ataque cardíaco, enfarte, insuficiência cardíaca), quando comparados com indivíduos com pressão arterial controlada. Uma das explicações para o facto de muitos hipertensos não terem a sua pressão arterial controlada é o

fato da doença ser muitas vezes totalmente desprovida de sintomas durante anos, o que leva a que muitos doentes não adiram corretamente às medidas terapêuticas propostas pelos profissionais de saúde, que incluem alterações do estilo de vida e toma continuada da medicação nas dosagens e horários corretos. Outra das conclusões importantes do estudo prende-se com o aumento do número de casos de HTA resistente (HTAr), isto é uma pressão arterial não controlada (acima de 140/90mmHg) apesar da toma diária de três ou mais medicamentos em doses e combinações adequadas; cerca de 8% dos hipertensos medicados têm esta

forma mais grave da doença (muito maior risco de sofrer complicações). Até há pouco tempo as alternativas para o tratamento dos doentes com hipertensão resistente eram essencialmente farmacológicas, havendo necessidade nalguns doentes de se combinar 3, 4 ou até mais medicamentos ao mesmo tempo. Atualmente, já está disponível em Portugal, uma técnica inovadora minimamente invasiva, chamada de desnervação renal, que permite tratar com sucesso os doentes com hipertensão resistente, conseguindo uma redução significativa e sustentada dos níveis de pressão arterial.

p Fernando Pinto, Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão

As crianças e a medicina dentária A Odontopediatria é a área da Medicina Dentária dedicada à saúde oral das crianças e adolescentes. É uma especialidade a que cada vez mais é dada especial relevância devido às necessidades específicas deste grupo populacional e que se rege acima de tudo por princípios preventivos. Os cuidados com a saúde oral devem começar mesmo antes da erupção dos primeiros dentes de leite (+/- aos 6 meses de idade), com gestos simples como massajar as gengivas do bebé, proporcionando uma estimulação para a erupção dos dentes de leite; amamentar, que para além dos benefícios alimentares e de saúde geral, proporciona um correto e necessário desenvolvimento dos ossos na face da criança.

A primeira consulta ao Médico Dentista é recomendada segundo a Academia Europeia de Odontopediatria até ao primeiro ano de idade, para que se possa avaliar e informar/estabelecer juntamente com os pais medidas preventivas de saúde oral. No entanto por volta dos 3 anos, idade em que a criança tem completa toda a dentição decídua e mais tarde por volta dos 6 anos, idade em que inicia a chamada dentição mista (mistura de dentes de leite com inicio de erupção de dentes definitivos) é essencial uma visita ao médico dentista. A idade a partir da qual deixa de existir a dentição mista, ou seja quando caem os últimos dentes decíduos varia entre os 10-13 anos, é por isso de extrema importân-

p Dra. Maria João R. Silva, departamento Odontopediatria RemiClinica, Clínica Médica e Dentária cia garantir que neste intervalo de tempo todos os dentes presentes em boca estão saudáveis. A cárie dentária segundo a organização mundial é a doença mais comum na cavidade oral e afeta em todo o mundo 60-90% de crian-

ças em idade escolar. Para tentar estabilizar e reverter esta situação tornase essencial um acompanhamento precoce da criança desde muito cedo pelo Médico Dentista. É extremamente importante, estimular e educar as crianças

e os jovens para o cuidado com a saúde oral e para a realização diária (pelo menos duas vezes) da higiene oral. A ida ao dentista não deve ser realizada apenas quando há dor, se as crianças e os jovens adquirirem o “hábito” da visita regular para “ver se está tudo bem”, é estabelecido muitas vezes uma empatia que se reflete mais tarde por uma vontade própria de regressarem ao Médico Dentista de uma maneira descontraída. Com o evoluir da Medicina Dentária tornouse essencial direcionar as atenções para tratamentos mais conservadores e menos evasivos dos dentes decíduos comumente chamados dentes de leite. Os dentes de leite tal como os dentes definitivos não têm meramente a

função estética, têm funções muito mais importantes como a manutenção do espaço que irá ocupar o respetivo dente definitivo; função mastigatória (trincar, rasgar e triturar corretamente os alimentos), fonética (permite o correto posicionamento da língua e o desenvolvimento da musculatura facial), respiratória (uma vez que a má oclusão dentária pode gerar problemas no desenvolvimento ósseo que condicionam a respiração normal). A educação para a saúde oral infantil é um conceito que passa também pela desmistificação das “maldades” feitas pelos Médicos Dentistas. As consulta ao médico dentista devem ser regulares e encaradas com naturalidade!


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MUNICÍPIO DE PORTO DE MÓS CÂMARA MUNICIPAL GABINETE DE APOIO JURÍDICO 2480-851 PORTO DE MÓS (TEL. 244 - 499600 - FAX 244 - 499601)

AVISO ALIENAÇÃO DOS LOTES DA 3ª FASE DA ZONA INDUSTRIAL DE PORTO DE MÓS JOÃO SALGUEIRO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO CONCELHO SUPRA, TORNA PUBLICO QUE: 1- A Câmara Municipal em reunião ordinária realizada em 4 de Abril do ano em curso, deliberou proceder à alienação dos lotes da 3ª Fase da Zona Industrial de Porto de Mós, nos termos do Regulamento de Aquisição de Lotes Industriais. 2- O Prazo de candidatura é de sessenta dias, a contar da presente publicação, sendo o preço por metro quadrado de dez euros. 3- O Regulamento atrás mencionado, poderá ser solicitado no Gabinete de Apoio Jurídico desta Câmara Municipal, dentro do horário normal de expediente. Porto de Mós, 16 de abril de 2013. O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL, João Salgueiro

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Batalha Património

maio 2013

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Património

Instrumentos musicais e danças e o seu uso pelo povo da nossa região (II) Por alguns parágrafos vou fugir ao tema, embora as primeiras linhas ainda nele estejam inseridas. No capitel da 5ª coluna, a cerca de 25 metros de altura, o que dificulta a visão, estão também 12anjos músicos tangendo diversos instrumentos da época da construção do Monumento, particularmente do século XV, aquele século “cujos dias foram os nossos antepassados que os inventaram”, palavras de Almada Negreiros, aquele século de tanta criação, de tanta invenção, de tanta afirmação da nossa gente. Serão, na maior parte, instrumentos usados na Corte mas haverá ali alguns que passaram directamente ao povo ou por ele foram adaptados, entre os quais a gaita-de-foles (não a consigo distinguir, mas é a informação que tenho do antigo director do Mosteiro Dr. Júlio Órfão). O fole deste instrumento “era tradicionalmente de pele de cabrito, cabra ou carneiro e, hoje, mais geralmente, de borracha, muitas vezes mesmo de uma velha câmara de ar de pneumático de automóvel, revestido, em ambos os casos, de qualquer forro em pano mais ou menos modesto”, diz o Dr. Ernesto Veiga de Oliveira, e era o instrumento preferido para acompanhar os círios e os cânticos de Natal na nossa província, a Estremadura, mas servia igualmente, como já o referi no último apontamento, usado nas modas de bailar. Os círios eram grandes peregrinações com algumas características com semelhanças com as romarias do norte de Portugal, só que naqueles as deslocações eram frequentemente de dezenas e dezenas de quilómetros e os

festeiros vindos de terras distantes do santuário a que se dirigiam. Chamavam-se círios porque transportavam os “círios” ou seja grandes velas de cera que acendiam junto das imagens reverenciadas. Demoravam estas peregrinações, compostas por pequenas multidões de devotos que se faziam transportar em montadas e em carros de bois, por vezes dias a chegar ao destino pelo que se pernoitava pelo caminho. Chegando-se ao santuário deitavam-se loas, quer dizer: entoavam-se, normalmente em tom de pregão, quadras de saudação, de exaltação e de pedido de bençãos. Havia saudações de chegada e partida. Quem deitava as loas eram crianças ou jovens, ora vestidos de anjos, como ainda acontece no círio local denominado “Encamisada” que se faz de dois em dois anos na Rebolaria (este ano será a 7 de Junho, a partir das 22h00 e com saída e regresso ao adro da respectiva capela da invocação de Santo António), ora vestidos à romana como acontece no círio que da Nazaré, em cada quintafeira da Ascensão, vai à Senhora da Vitória, na Praia das Paredes. Nos anos 50 do século XIX ficou histórico o círio que de Leiria à Senhora da Nazaré foi pedir as graças da Virgem para que terminassem as pragas que afectavam as vinhas e estavam a destruir a economia da região. No numeroso grupo de peregrinos, que levavam a imagem de Nossa Senhora da Encarnação, iam todas as autoridades da terra, inclusivamente o governador civil. Os versos das loas foram feitos pelo poeta António Xavier Rodrigues Cordeiro, natural das Cortes e tio-avô de Afonso Lopes

p O Rancho Folclórico Rosas do Lena interpretando o Cancioneiro Regional Vieira, Oportunamente referir-me-ei a este círio e agora volto ao tema. A interrupção foi motivada por querer chamar a atenção dos leitores para a proximidade dos dois círios, para que não percam a oportunidade de os ver ou mesmo participar neles, embora quando o leitor receber este jornal já deve ter passado a Quinta-Feira da Ascensão que cai, este ano, no dia 9 de Maio. Resta-lhe o da Rebolaria em 7 de Junho. Os fandangos, que se teriam recebido da Espanha, dançavam-se em todo o país, não sendo exclusivos do Ribatejo, e em cada região tinham a sua forma de se bailar. A Estremadura era província de grandes fandanguistas e todas as ocasiões eram boa altura para eles revelarem a sua agilidade, a variedade dos seus passos, que bastas vezes eram improvisados, e evidentemente a sua elegância. É o fandango das danças mais elegantes pelo porte erecto dos seus executantes e pelo recorte dos passos. Em criança ainda tive a sorte de ver antigos bailadores a executá-lo, ficando inesquecível a “escovinha” um fandango bai-

lado por uma só pessoa em cima duma mesa ou dum alqueire emborcado e quanto menor o espaço mais apreciado era o equilíbrio do executante. Como já tinha dito, primitivamente acompanhados por gaitas-de-foles, guitarras, violões, flautas, começaram a ter a companhia dos harmónios, que se lhes adaptaram facilmente, pelos finais do século XIX. Em gravura de James Murphy, dos finais do século XVIII, vê-se um par de bailadores de fandango, creio que inspirada em bailadores que o célebre inglês (a quem a Batalha ficou a dever um magnífico álbum do Mosteiro, que possibilitou muitos dos restauros feitos no tempo do arquitecto Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque) teria visto em Mafra. É gravura muito divulgada. Os bailadores tocam, também, castanholas de madeira e são acompanhados por instrumento de cordas. O Dr. José alberto Sardinha regista no seu livro monumental “Tradições Musicais da Estremadura”, uma obra única, notabilíssima, vários fandangos nos concelhos das Caldas da Rainha e da Lourinhã, e Michel

Giacometti no não menos notável “Cancioneiro Popular Português” regista quatro fandangos que foram recolhidos na Ataíja, freguesia de Aljubarrota. Um destes fandangos, que curiosamente o grande compositor Fernando LopesGraça harmonizou e transformou em verdadeira peça de música clássica, é “bailado”, a acompanhar o “Jogo do Mioto”, ensinado pelo saudoso Mestre António Pereira Marques, pelo Rancho Folclórico Rosas do Lena. O agrupamento tem mais quatro fandangos nas suas recolhas, um dos quais, o “Fandango de Pares da Estremadura”, que o Mestre Marques dançava a primor e que ensinou também. Nas recolhas que efectuámos na freguesia de S. Mamede, pelos anos 60 do século XX, então ainda um alfobre etnográfico, viemos a encontrar os “viras do Norte”, designação que provinha, com certeza, da lembrança que este tipo de dança, o “vira”, teria nascido lá para o Norte de Portugal. Mas logo se verificou que do Norte já pouco tinham, sendo modas tipicamente estremenhas. Viras de quatro (quero dizer: de rodas de dois pares ou de qua-

tro bailadores), sobretudo, dançavam-se mais presos ao chão, sem grandes mexidas do tronco e sem agitação dos braços. Parece que durante muito tempo foram as preferidas da nossa gente. Segundo uma quadra então recolhida “Quem não baila o vira/ Não é bailador nem nada/ Se inda é rapaz solteiro/ Nunca arranja namorada”. Nas recolhas de António Oleiro, em S. Mamede, encontramos diversos viras. “Vira Batido”, “Vira de Quatro”, “Vira de Roda” e nas da Rebolaria também um “Vira Batido” e um “Vira de Quatro”, qualquer deles já conhecidos e ensinados pelos Mestre Marques que aliás, cremos, teria sido um dos informadores daquele célebre etnomusicólogo. Também nas danças, como se verificará, a Alta Estremadura é duma riqueza espantosa, não apenas pela quantidade descoberta mas, muito principalmente, pela sua originalidade, revelando o seu povo enorme capacidade para criar de raiz umas e para adaptar outras e há, igualmente, indiscutível criatividade nestas adaptações. Obras de Apoio: “Tradições Musicais da Estremadura”, do Dr. José Alberto Sardinha (Edições Tradisom); “Cancioneiro Popular Português”, de Michel Giacometti (Circulo de Leitores); “Instrumentos Musicais Populares Portugueses” do Dr. Ernesto Veiga de Oliveira (Edição da Fundação Calouste Gulbenkian); “Cancioneiro da Região de Leiria” de António Oleiro (Rancho da Região de Leiria e “Folheto”; “Textos de Intervenção, nº 6 das “Obras Completas”, de José Almada Negreiros.

José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (122)


Jornal da Batalha

maio 2013

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CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO Rua Francisco Serra Frazão, lote B, 4º r/c dto – 2480-337 Porto de Mós Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia quinze de Maio de dois mil e treze, exarada a folhas de noventa e duas do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Oitenta e Três – A. RUI MANUEL DE JESUS REIS e cônjuge CECÍLIA MARIA DE SOUSA VALA REIS, casados sob o regime de comunhão geral de bens, naturais ele da Freguesia de Alqueidão da Serra, ela da Freguesia de S. Pedro, ambas do concelho de Porto de Mós, residentes na Rua do Chã, 9, Alqueidão da Serra, Porto de Mós, Nifs: 175 681 163 e 196 081 017, declaram: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte bem: Prédio rústico sito em Sousas Velhas, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, composto de terra de mato e pinhal, com a área de duzentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com Juvalino Lino Ferreira, do sul com José Vieira Inácio, do nascente com Abílio dos Santos e do poente com Filipe Ferreira, não descrito na Conservatória de Registo Predial da Batalha, inscritos na matriz sob o artigo 7215, com o valor patrimonial IMT de € 35,37. Que adquiriu o referido prédio por doação verbal de Inocêncio dos Reis Calvário e esposa Maria da Purificação de Jesus Roque, residentes em Alqueidão da Serra, Porto de Mós, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e oitenta e nove, já no seu estado de casados. Que, não obstante não terem título formal de aquisição do referido prédio, foram eles que sempre o possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, gozaram todas as utilidades por eles proporcionadas, pagaram os respetivos impostos, cultivaram-no, colheram os seus frutos sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o ostensivamente, e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa-fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Emília Borges Pragosa

José Pereira Dias Santos

Brancas - Batalha 85 anos 29.04.1928 - 07.05.2013 AGRADECIMENTO

Pinheiros - Batalha 84 anos 27.10.1928 - 23.04.2013 AGRADECIMENTO

Seus filhos: Manuel, José e António Pragosa Calé, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente como era seu desejo vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em Paz. A todos, muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da. - Batalha

Joaquim Marques da Silva Marinha Grande 79 anos 10.05.1934 - 13.05.2013 AGRADECIMENTO

O seus familiares vêm por este meio agradecer a toda a equipa do Centro Hospitalar Nossa Senhora da Conceição. Batalha, todo o apoio e dedicação prestada durante o seu internamento. A todos um bem haja.

Visita a página Maria Laurinda de Sousa Guerra Natural de Rebolaria - Batalha Residia em Tojal - Porto de Mós 84 anos 24.08.1928 - 07.05.2013 AGRADECIMENTO

(Jornal da Batalha, edição nº 274 de 20 de maio de 2013)

Oração

Serviço fúnebre completo Trasladações e Cremações Serviços de documentação ADSE, Segurança Social, Estrangeiro Funeral Social Micael Cantanhede 912 331 162 Paulo Pragosa 916 002 216 Marinha Grande | Batalha/São Jorge

• A disponibilidade e profissionalismo dos elementos da Corporação de Bombeiros Voluntários da Batalha, quando foram solicitados a comparecer; • A cooperação e compreensão do Sr. Presidente da Câmara Municipal da Batalha, por aceder ao pedido da família, compatibilizando assim a realização da cerimónia fúnebre com a disponibilidade e presença dos seus irmãos e respetiva família; • O profissionalismo dos médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar dos serviços de Cardiologia e da Medicina do Hospital Santo André, que prestaram a assistência possível, minimizando o sofrimento com que se deparou enquanto esteve internado; • E aos enfermeiros e médicos do INEM, que prestaram os primeiros socorros quando foram solicitados a intervir. Um bem-haja a todos! Porque em toda a sua vida de 84 anos, sempre lutou por proporcionar à família as melhores condições de vida, conforto e conhecimento, pretendemos assim prestar uma última e sentida homenagem ao grande homem que foi, e dizer-lhe o quanto gratos lhes estamos e que nunca o esqueceremos! Descanse em paz Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da. - Batalha

Porto de Mós, quinze de Maio de dois mil e treze. A colaboradora com delegação de poderes, (Ana Paula Mendes)

REZE nove Ave-Marias durante nove dias, peça três desejos, um de negócios e dois impossíveis. Ao nono dia publique este aviso e cumprir-se-ão mesmo que não acredite. C.A.

A mulher e os filhos de José Pereira Dias dos Santos, vêm desta forma agradecer a todos aqueles que presencialmente e/ou espiritualmente estiveram presentes no seu funeral, no passado dia 24 de abril, na Batalha. Pretendemos aproveitar a oportunidade para agradecer publicamente:

do Jornal da Batalha

Seus filhos: Joaquim Jorge, Mª da Anunciação e Luisa Maria Sousa Fialho, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todo o apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da. - Batalha

Funerária Santos & Matias, Lda. Serviços Fúnebres www.funerariasantosematias.pt.vu Telefone 244 768 685/244 765 764/967 027 733

E-mail: fune_santosematias@sapo.pt

Estrada de Fátima, nº 10 B - 2440-100 Batalha


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