JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO MAIO 2019

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| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXVIII Nº 346 | MAIO DE 2019 | PORTE PAGO

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Concelho lidera crescimento de empresas de excelência W pág. 4/5

Cabo Verde pode tornar-se da boa esperança nos negócios

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Mosteiro regista 1.055 visitas por dia há cinco anos

Bombeiros querem reforçar segurança e proximidade

Banda com raízes na Torre entra no livro dos recordes Publicidade

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Espaço Público s Baú da Memória Por José Travaços Santos

Uma Matriz comum a católicos e ortodoxos É um facto a assinalar com júbilo e um acto a merecer os maiores louvores a cedência, pelas nossas Diocese e Paróquia, da Igreja Matriz batalhense à comunidade ortodoxa, residente na nossa região, para a celebração dos seus actos de culto. Constituída na maior parte, como é o caso da Batalha, por emigrantes ucranianos, a comunidade ortodoxa tem sido um exemplo de fácil integração em Portugal, revelando-se como pessoas ordeiras, pacíficas, trabalhadoras e em bastantes casos com um elevado

grau de instrução. E todos extremamente prestáveis. É curioso verificar que o sacerdote ucraniano, que preside aos actos litúrgicos, colabora frequentemente com a nossa Paróquia, inclusivamente nas visitas pascais, auxiliando o nosso pároco, e em todos os lares é recebido com afabilidade. Há muito mais a unir a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa do que aquilo que as poderia separar. Quando há anos o Rancho Folclórico Rosas do Lena foi participar em festivais mundiais na Ucrânia, o grupo foi convidado a to-

mar parte numa celebração na Igreja ortodoxa, inclusivamente entoando os nossos cânticos religiosos, o que deu origem no final a provas de grande simpatia e a um agradável convívio entre portugueses e ucranianos. A fotografia, que se reproduz, foi tirada em 21 de Abril última, Domingo de Páscoa dos católicos e Domingo de Ramos dos ortodoxos. Depois da Missa celebrada na nossa Igreja Matriz, o sacerdote ucraniano procedeu, no adro do templo, à cerimónia dos Ramos.

s Diacrónicas Por Francisco André Santos

Trabalhar na coffee-shop? Enquanto procuro emprego outra vez, encontro o Bill, que encontram no artigo “Como chegar aos 100?” ou, do outro lado da rua desse hostel onde eu trabalhava e o conheci. Neste outro lado, fica um hotel onde se hospeda após as regras de estadia temporária o obrigarem a mudar de número nesta noctívaga rua de Roterdão. Apesar de ter muito de personagem, volta aqui a ser referenciado por me ter dado mais um tema: “Francisco, escreve sobre as coffee-shops!” Escrever sobre as coffee-shops? Talvez não seja a melhor ideia porque as pessoas em Portugal são um bocado conservadoras e

pode “ficar mal”. Mas dei-lhe a chance e explorámos o tema: qual a tua primeira experiência com as coffee-shops? Aparentemente, há 12 anos, disseram-lhe para apagar o cigarro - “Mas está toda a gente aqui a fumar!” Não lhe serviram o café. Fazendo as contas, dos 77 anos que o americano tem, podia ter passado alguns anos com os hippies mas não percebeu que o que se estava a vender e fumar era marijuana, ou erva, canhões, ou paivas, ou o que lhes quiserem chamar. Às vezes fazem-me a mesma jogada que fazia quando conhecia algum holandês. “Portugal é muito conhecido por as drogas serem

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, António Caseiro, António Lucas, Francisco

legais, não é?” Até que sim, mas tal como na Holanda, não é bem assim. Varia, mas com erva, o limite no bolso são 5 gramas. Outros, pegam noutro evento: “já foste ao Boom?” Em contraste com as noticiais portuguesas acerca desse festival sobre os mais de 5 gramas que a policia de tudo e mais alguma coisa encontra – por aqui perguntam me sem esses preconceitos. Denotam-no como um festival humanista e sustentável. Talvez seja coisa de hippies, mas de repente percebo que mais de metade do escritório “smart casual” já foi ao Boom. Recordo-me desses estereótipos que tinha dos ho-

André Santos, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos, João Ramos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

landeses. Aprendi há muitos anos que para esses essenciais turísticos, basta mudar o sotaque das palavras inglesas e usar o w como v em weed. O que não sabia é que se se trabalhar num escritório, entra-se, compra-se e sai-se da coffee-shop, não vá algum colega passar junto dessas grandes janelas que entre a vida pública e a vida privada, fumegam a transparência dos mexericos. São liberais mas não livres de julgamento. Até que um alemão me diz: “Francisco, há uma vaga na coffee-shop!” Mas… e seu trabalhar na coffee-shop? Talvez não seja a melhor ideia, mas… Entre lavar pratos, fazer co-

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

mida em festivais, ou ser guarda noturno, não será mais confortável trabalhar na coffee-shop? Será certamente mais fácil que trabalhar num bar, onde ora afogam as magoas, ora celebram a vida, com a violência ou degustação do álcool. A c o m p a n h a d o p e lo Maas, irmão por afinidade, peço-lhe um minuto para ir à papelaria. À saída, pergunto-lhe porque é que ficou à porta. Com os seus 11 aninhos, diz-me que não podia entrar. Aparentemente, tinha confundido a papelaria com uma coffee-shop. Sabendo que o pai tem cancro, percebo-lhe o hábito. Deriva dessa droga que serve de medicina,

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950

como tantas outras drogas censuradas servem, para a dor que o pai procura aliviar. É aquilo que tem permitido o Maas ter pai há uma série de anos. Espero que me liguem do hotel, mas se assim não for… trabalhar numa coffee-shop? Será algo entre um bar ou uma farmácia? Porque não? Por favor, livrem me dos meus julgamentos.

Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo. O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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s A Opinião de Augusto Neves Jurista e presidente da Concelhia da Batalha do PS

Depois de quase meio século do 25 de Abril de 74 Decorrido praticamente um quarto do século XXI e poucos dias após se ter comemorado mais um aniversário do 25 de Abril de 74 o senhor presidente fez publicar um “post” no sítio oficial do município no Facebook com uma noticia relatando a descida do desemprego no concelho da Batalha. É uma excelente notícia, obviamente. O problema é que o presidente da câmara arroga-se no direito de dizer que tal descida se deve às políticas seguidas pela câmara municipal. Assim, sem mais nem me-

nos. Como se soubesse onde é que essas pessoas conseguiram emprego e, pior que isso, deixando completamente de fora os nossos empresários. De facto é preciso não ter respeito por nada nem por ninguém para dizer que os empresários não têm nada a ver com a descida de desemprego como se não fossem eles a criar os postos de trabalho. Isto para já não falar na situação económica favorável criada não pela câmara, mas pelo governo. Finalmente o senhor pre-

sidente da câmara municipal acedeu à nossa exigência e mandou pulverizar as ervas daninhas que crescem no meio de milhares de pedras depositadas nas rotundas da Batalha. De facto colocar como colocou os trabalhadores afetos aquelas funções a “catar” cada uma dessas que iam crescendo, semanas a fio debaixo de um sol intenso, é não ter o mínimo respeito pela dignidade das pessoas. Vai constando insistentemente que o senhor presidente da câmara trata os munícipes não em função

dos seus legítimos direitos (juridicamente tutelados), mas sim em função da sua cor política ou do fim que pretende obter com o peditório. Um cidadão que espera a legalização de um muro há muitos meses queixa-se baixinho… e recusa que o seu caso seja trazido a ribalta porque segundo ele se assim demora muito da outra maneira nunca mais tem muro! Ora isto é absolutamente inadmissível ao fim de quase meio século de regime democrático. Os cidadãos da Batalha

têm medo do seu presidente de câmara. Como é possível? Aquele “post” que há pouco referi sobre o desemprego teve apenas um comentário: o meu. A criticar a postura ali assumida. E isto é extraordinário. Em qualquer outro ponto do pais haveria dezenas de comentários. Na Batalha só há um. E o senhor presidente da câmara tem aqui matéria para análise e reflexão: é que se as pessoas estivessem de acordo com ele tinham-se insurgido contra

o meu comentário. Mas como concordam com a crítica não podem dizer nada pois isso pode trazer trazer-lhe consequências. É tão lamentável. E por isso deixo um apelo aos batalhenses: exercitem os vossos direitos de cidadania. Sejam cidadãos de corpo e alma. Honremos todos os que contribuíram para o 25 de Abril.

s A opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Mudança de opinião e trabalho de casa Nos últimos dias, a pretexto da reposição do tempo de serviço perdido pelos professores durante a intervenção da Troika, temos assistido a avanços e recuos dos políticos, no caso concreto, especialmente, do PSD e do CDS. Bem como a uma posição de força com um forte cunho de oportunidade (oportunismo), por parte do primeiro-ministro. A primeira conclusão que podemos retirar disto tudo é que ninguém apresenta contas certas, para o efeito prático da reposição do tempo de serviço dos

professores. A segunda é que uma parte dos partidos não fizeram o trabalho de casa e não estudaram a matéria. A terceira é que a concretizar-se esta operação para os professores, é preciso saber o acontecerá com os outros funcionários públicos que estão na mesma situação. A quarta é saber exatamente quanto custará esta operação hoje e no futuro e para todos os que estejam na mesma situação. O primeiro-ministro terá que apresentar as contas exatas, se ainda não o fez, tal como parece. Os

partidos de esquerda deveriam preocupar-se com a forma como se vai pagar, mas, sem surpresa, essa nunca foi preocupação deles. Os partidos de centro direita jamais deveriam tomar qualquer posição sem o trabalho de casa bem feito, sabendo exatamente, e antes de qualquer posição, quais os gastos que a medida implica e quando e como serão pagos. O partido de governo e o governo já deveriam ter apresentado as contas com os impactos destas medidas, para que todos sou-

béssemos do que se trata, como se paga, bem como o impacto nos restantes funcionários públicos que estejam em igual posição. Em termos práticos, esta situação vem mais uma vez descredibilizar os políticos junto da opinião pública. As conclusões são óbvias e os políticos não aprendem: aumento da abstenção nas eleições e nos próximos tempos; o crescimento da extrema direita em diversos países da Europa, felizmente que isso ainda não aconteceu em Portugal; e o descrédito cada vez maior dos políticos e o afasta-

mento da política das pessoas com maior valor e capacidade. Continuo a dizer e a pensar que fazer política, foi, é e será uma atividade muito nobre, desde que exercida com isenção, independência, honestidade e sempre ao serviço das pessoas e para as pessoas. Infelizmente, muitas vezes os que exercem atividade política acham-se tão importantes que pensam que podem fazer tudo, esbanjando o dinheiro de todos em atividades menos nobres, não cumprindo com os compromissos assumi-

dos, atrapalhando a vida dos cidadãos em vez de a facilitar, tratando os colaboradores como criados e não como efetivos colaboradores. Tudo isto descredibiliza a política e especialmente os políticos.

s Pestanas que falam Joana Magalhães

O bicho papão da mudança Costuma dizer-se que para educar uma criança, além das coisas óbvias como amor e afeto, é essencial que se lhe dê rotina. Uma hora para acordar, para comer e para dormir. Até a hora do banho é importante. Isto dá estabilidade e segurança à criança, que sabe com o que pode contar e o que a

espera em cada dia. Estabilidade emocional e física. E é assim que a criança cresce, aprendendo a gerir a sua rotina diária, mesmo durante a adolescência e depois até ser adulto. É nesta terceira fase que, normalmente, a vida faz questão de quebrar essa rotina. Porque aparece um emprego novo irrecusável,

porque se muda de casa, porque uma relação acaba, porque se perde alguém. Nesta fase combate-se a surpresa do dia-a-dia com a vontade de ter uma estabilidade. O bicho papão dos adultos é a mudança. A perturbação do que já se sabe o que se pode esperar. A perturbação do nosso acordar,

comer e voltar a dormir. Espera-se encontrar o ponto de equilíbrio até se pensar “pronto, está bom assim. Para sempre”. O que, inevitavelmente, acaba por se perceber que não existe. Poderemos pensar no porquê de nos serem feitas rasteiras em cada dia, de quando as coisas parecem equilibrar, aparecer

um ponto de desequilíbrio. Poderemos até recusar pontos de instabilidade por medo, receio ou até covardia. Sendo certo que mais tarde aparecerão outros tantos e estaremos constantemente a ser colocados à prova. No meio disto encontro uma solução: escondermo-nos debaixo dos len-

çóis como qualquer criança, porque aí o bicho papão não nos apanha. E tudo se faz.


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Concelho em Cabo Verde à procura de negócios e de reforçar cooperação m A visita ficou marcada por três momentos: um encontro com empresários de Santiago Norte, a inauguração de uma rua com o nome “Vila da Batalha” e a oferta de um autocarro

p O autocarro vai servir no transporte escolar

p Alunos estreiam autocarro

p O nome da Batalha foi atribuído a uma rua de São Miguel

p A comitiva da Batalha visitou várias instituições locais

Uma delegação do Município da Batalha, constituída por autarcas e empresários, visitou a Ilha de Santiago, em Cabo Verde, nos primeiros seis dias deste mês de maio, com o intuito de reforçar parcerias de âmbito social, humanitário e empresarial. A visita ficou marcada por três momentos: um encontro entre empresários de Santiago Norte e da Batalha, a inauguração de uma rua com o nome “Vila da Batalha” e a oferta ao município de São Miguel de um autocarro destinado a transporte escolar, que esteve ao serviço da câmara municipal e devido à legislação portuguesa está impedido de o fazer no nosso país. A oferta da viatura resulta de um protocolo de parceria e amizade entre os dois municípios e, segundo o autarca de São Miguel, Herménio Fernandes, enquadra-se nas “cooperações descentralizadas levadas a cabo pelo município” de Cabo Verde. “A nossa aposta na educação é clara. Hoje temos cinco autocarros para servir crianças e jovens e esta oferta é fruto de uma parceria estratégica que fizemos no âmbito da coope-

ração descentralizada e em particular junto da autarquia da Batalha, que se traduz claramente na melhoria de condições de oferta de educação no concelho”, disse Herménio Fernandes, adiantando que “também melhora significativamente o transporte de alunos em condições de segurança e de comodidade”. “A viatura, apesar de ter cumprido cerca de duas décadas de serviço de transporte de alunos do Concelho da Batalha, encontra-se em excelentes condições de funcionamento”, explicou o município português, em comunicado, adiantando que “pretende consolidar os laços de cooperação e amizade com São Miguel, num processo de reforço das relações institucionais encetada em 2016, através da subscrição de um protocolo de colaboração entre as duas autarquias”. O presidente da Câmara da Batalha destacou “a parceria encetada com Cabo Verde, designadamente nos domínios da cooperação institucional, social e empresarial”, considerando que o país “é hoje um território pleno de oportunidades, um país amigo de Portugal, com perspetivas de crescimento muito interessantes nos próximos anos”. Na perspetiva de Paulo Batista Santos, a oferta do autocarro “é um gesto que representa as políticas direcionadas para a educação partilhada entre os dois concelhos”. “Estamos aqui com muita honra, com muito gosto, para partilhar um objetivo comum, que é valorizar a educação nos nossos territórios. Sem educação não há desenvolvimento, não há crescimento, nem há uma verdadeira democracia”, frisou.


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p O autarca de São Miguel agradeceu a oferta do autocarro

p O presidente da câmara afirmou que “sem educação não há democracia”

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p Responsáveis das duas autarquias participaram em várias cerimónias

p A comitiva reuniu com representantes do governo de Cabo Verde Para o autarca da Batalha, “é essencial que quaisquer cidadãos que nasçam em qualquer parte deste território de São Miguel tenham todos as mesmas condições de ensino, independentemente da distância a que estão do centro da cidade”. No encontro entre os empresários de Santiago Norte e da Batalha, realizado na Câmara de São Miguel - antes na embaixada de Portugal na Cidade da Praia houve uma sessão de esclarecimento sobre o ambiente de negócios que se vive em Cabo Verde, proporcionada pela delegação local da AICEP/ Portugal Global – foram analisadas as potencialidades do município de São Miguel para a realização de investimentos.

O seu principal propósito foi a promoção de oportunidades de negócios, através de aproximação das empresas, análise das áreas convergentes em que podem cooperar para a expansão dos seus negócios e projeção para novos mercados, internos ou externos. E também criar oportunidades para parcerias de investimento, tendo os empresários locais apelado para que aconteçam com maior frequência, enquanto os portugueses reconheceram que Santiago Norte é um mercado com futuro. O representante da Associação Comercial, Agrícola, Industrial e de Serviços de Santiago, Samori Almada, disse que as parcerias “devem acontecer com mais frequência, mas ser protagonizadas pelos

empresários”. O secretário de Estado para as Finanças, Gilberto Barros, realçou que a iniciativa “vai ao encontro das estratégias do governo para a criação de condições para o desenvolvimento do sector privado”. “O governo no seu programa tem claramente o sector privado como motor do crescimento económico. Portanto, é importante e o governo apoia sempre este tipo de iniciativas”, frisou. Para o empresário batalhense José Cerejo, Santiago Norte “é um mercado excelente para as duas partes, com boas perspetivas de investimento e protocolo comercial. Vejo a região como um mercado de futuro e com boas perspetivas”. Como oportunidades de negócio em São Miguel,

Herménio Fernandes realçou as áreas da agricultura, da pecuária, do turismo, das pescas e da indústria de serviços; sectores estratégicos que carecem de investimentos privados, dado as condições primárias já criadas pelo poder local, em parceria com o governo. O encontro contou com a presença de empresários de diversas áreas, como agricultura, alfaiataria, turismo, serralharia, design, artesanato e de instituições dos municípios da região norte, que puderam estabelecer contactos e parcerias. A comitiva da Batalha participou numa receção com o secretário de Estado para as Finanças e os responsáveis da Cabo Verde Trade Invest, organis-

mo governamental responsável pela captação de investimento externo. Foram abordadas questões relativas à política de incentivos e apoios existentes no quadro da captação de investimento para Cabo Verde. Esteve também no Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial, com o objetivo perspetivar oportunidades de investimento em Cabo Verde, em matéria de energias renováveis e ambiente. À margem da inauguração do Centro de Educação Ambiental de São Miguel, o município homenageou a seu congénere da Batalha, atribuindo o nome “Vila da Batalha” à rua que ladeia o centro, a biblioteca municipal e a Casa das Artes. Um ato presidido pelo Ministro da Agricultura e do Am-

biente, Gilberto Silva, que, para o presidente da Câmara da Batalha, “muito honra o concelho e confirma as boas relações de parceria e amizade entre os dois municípios”. O autarca local, Herménio Fernandes, destacou o simbolismo para todos munícipes de São Miguel da atribuição do nome “Rua Vila da Batalha” à nova artéria, localizada no centro histórico. A comitiva portuguesa visitou a Casa das Artes do município, que acolheu uma exposição de produtos “made in” São Miguel, confecionados por “grandes nomes” no sector das artes do município. Pintura, cestaria, panos de terra, peças diversas de artesanato preenchem a exposição.


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Bombeiros querem reforçar segurança e proximidade

p Jorge Novo agradeceu o empenho dos bombeiros

p O presidente da câmara passa revista à formatura

p Na cerimónia participaram 100 “soldados da paz”

p Cerimónia destacou papel dos familiares dos bombeiros

m A atribuição de medalhas de assiduidade, dos cinco aos 25 anos, e de serviços distintos grau prata ao bombeiro Fernando Vieira também mereceram destaque na cerimónia

As comemorações do 41º aniversário dos Bombeiros da Batalha, que decorreram no Reguengo do Fetal, no dia 28 de abril, ficaram marcadas pela bênção de um veículo tanque tático urbano, oferecido pela empresa Clara e Gema, e de uma ambulância cedida pelo INEM à corporação.

A atribuição de medalhas de assiduidade, dos cinco aos 25 anos, e de serviços distintos grau prata ao bombeiro Fernando Vieira também mereceram destaque na cerimónia, em que participaram 100 “soldados da paz”. Na sua intervenção, o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha (AHBVB), Jorge Novo, agradeceu-lhes a “entrega e generosidade, de uma forma muito especial aos que permanecem desde a fundação da corporação”. Jorge Novo fez ainda um “agradecimento muito especial às famílias dos bombeiros pela sua compreensão” e destacou que a ausência dos voluntários do “conforto familiar significa

a presença, apoio e o socorro a outras famílias”. “Estes 41 anos tiveram decerto altos e baixos, situações mais desafogadas e outras mais complicadas, mas o que interessa salientar é que o corpo de bombeiros tem vindo a melhorar”, destacou o presidente da AHBVB, que deixou “aos 14 estagiários da nova escola uma palavra de coragem e determinação nas missões que terão de cumprir”. A direção presidida por Jorge Novo, que termina o seu mandato este ano, “teve um objetivo e uma estratégia para os bombeiros da Batalha”. “Julgamos ter cumprido os objetivos a que nos tínhamos proposto, sem por em causa a saúde financeira da associação, pois não podemos esquecer

que, para além do serviço voluntário, os bombeiros são também uma empresa com 30 funcionários”, referiu. O objetivo geral da direção da AHBVB assentou na melhoria do corpo de bombeiros em diferentes dimensões: “quantidade de bombeiros, apoiando na medida do possível o comando nas medidas que visassem o reforço do número de elementos, como se tem verificado nas sucessivas escolas; qualidade da atuação, apoiando o comando nas formações solicitadas e na eficácia, dotando os bombeiros, dentro das possibilidades, de equipamentos e veículos adequados ao cumprimento das missões atribuídas”. Jorge Novo destacou

igualmente a melhoria da “segurança, que obriga constantemente à renovação de equipamentos de proteção individual; das condições de conforto nos quartéis de São Mamede e Batalha para que possam ter boas comodidades, e do reforço da integração dos bombeiros na comunidade, através da realização de eventos, pela sua presença em diversas atividades, mas também pela formação certificada para o exterior, ministrada a funcionários de empresas e particulares”. Por outro lado, destacou o presidente da AHBVB, “a estratégia de atuação assentou no diálogo e na cooperação constantes, entre todos os intervenientes nos processos de socorro, de proteção civil e da comu-

nidade; cooperação e apoio às entidades oficiais com quem tem tido um relacionamento institucional leal, e na cooperação com entidades privadas que no assumir das suas responsabilidades para com a comunidade continuam a apoiar os bombeiros”. Esta cooperação – salientou - permitirá em breve abrir um centro de formação na antiga Escola Primária dos Pinheiros, e deste modo melhorar a qualidade da formação técnica e prática dos bombeiros. O presidente da AHBVB agradeceu às empresas Clara e Gema, Caixa Agrícola da Batalha, Erofio, REN, EDP, HBC - Hermínio e ao INEM, que de diferentes formas têm colaborado com os bombeiros da Batalha.


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Capela de Casais dos Ledos ganha orçamento participativo m A proposta foi submetida pela Comissão Fabriqueira, que pretende substituir o telhado do templo religioso, cuja construção remonta a 1919

O projeto de “Substituição do telhado e pintura da Capela Nossa Senhora do Rosário”, em Casais dos Ledos, foi o vencedor do Orçamento Participativo da Batalha, com 515 votos, num total de 1.187 votos, o que constitui um recorde de participação. A proposta foi submetida pela Comissão Fabriqueira da Capela dos Casais dos Ledos, que pretende subs-

tituir o telhado da capela, cuja construção remonta a 1919, por uma “cobertura mais resistente e com um comportamento térmico igualmente eficaz, o que gerará maior eficácia em termos energéticos”, segundo o município. Em segundo lugar, com 301 votos registados, ficou classificado o projeto submetido pelos Bombeiros da Batalha, designado “Veículo Ligeiro de Combate a Incêndios”, e em terceiro lugar, com 137 votos, o projeto “Inovação Pedagógica do Agrupamento de Escolas da Batalha”. O Orçamento Participativo da Batalha – que contempla uma verba de 30 mil euros -, permitiu implementar “projetos de manifesta importância social e cívica,

com destaque para a aquisição de uma viatura adaptada ao transporte de crianças com deficiência, beneficiação de vias rodoviárias e requalificação de antigos edifícios classificados”. “É um dos projetos municipais mais interessantes, com uma crescente mobilização da sociedade civil para uma causa tão nobre como a execução de intervenções e projetos em que as comunidades se reveem”, considera o presidente do município. “Registarmos mais de um milhar de votos é um sinal inequívoco de que este processo diz verdadeiramente algo às pessoas, com uma mobilização crescente que todos devemos enaltecer”, destaca Paulo Batista Santos.

Loja do Cidadão atende mais de sete mil por mês

p Já atendeu 175 mil cidadãos repartidos por diversos serviços O A Loja do Cidadão da Batalha atendeu 175.508 cidadãos repartidos pelos seus diversos serviços até 10 de abril, dia em que assinalou o segundo aniversário da sua inauguração. Instalada no edifício dos paços do concelho, a loja recebeu 63.699 cidadãos no primeiro ano, 88.748 no segundo e 23.061 no corrente ano, o que significa uma média mensal de 7.396 atendimentos. A Loja do Cidadão da Batalha é a única da região de Leiria e concentra os serviço locais de Finanças e da

Conservatória, para além do serviço local da Segurança Social e o Espaço do Cidadão. O município destaca, em comunicado, o atendimento aos beneficiários da Segurança Social e os atos de revalidação da carta da condução, mudança de morada ou pedido de segundas vias, entre outros serviços. O projeto foi financiado pelo programa de fundos comunitários Centro 2020 com 300 mil euros, valor que representa 50% do investimento global, que obrigou à ampliação do edi-

fício dos paços do concelho. “A loja traduziu-se numa simplificação, proximidade e modernização dos serviços junto dos cidadãos locais e muitos outros de toda a região que procuram as facilidades de serviços disponíveis na Batalha, deste 2014 com a abertura do primeiro Espaço do Cidadão no distrito de Leiria e, desde há dois anos, beneficiando de um serviço mais amplo com a Loja do Cidadão”, afirma o presidente do município, Paulo Batista Santos.

p Proposta aprovada com 515 votos, num total de 1.187, um recorde

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Município em 8º lugar entre os que têm melhor governação m Os concelhos de Lisboa, Porto e Oeiras são considerados os três mais sustentáveis do país, segundo os dados referentes ao ano passado O estudo “Rating Municipal Português”, revelado no dia 7 deste mês, coloca o município em 8º lugar na tabela nacional das autarquias com melhor governação e no 35º lugar no critério do desenvolvimento económico e social. “Nos critérios da sustentabilidade financeira e serviço aos cidadãos, a autarquia batalhense encontra-se na

mediana nacional”, segundo um comunicado da câmara municipal, que cita o estudo realizado sob coordenação de Paulo Caldas, do Instituto Superior Técnico, para a Ordem dos Economistas. Os concelhos de Lisboa, Porto e Oeiras são considerados os três mais sustentáveis do país (dados de 2018). Lisboa era também o município mais sustentável em 2016. O Porto subiu para a 2ª posição de sustentabilidade (era 17º em 2016), devido à sua situação em termos de sustentabilidade financeira e ao desenvolvimento económico e social. Dos 30 mais sustentáveis oito são grandes municípios e outros tantos são pe-

p Concelho em 35º lugar no desenvolvimento económico e social. quenos municípios (2018). Dos 30 menos sustentáveis apenas três são médios; os restantes são pequenos. Em 2016, a situação era muito semelhante (25 em 30 eram

pequenos). Dos 30 municípios mais sustentáveis apenas um é dos açores (São Miguel), cinco são da região de Lisboa e apenas dois são da região do

Algarve. As regiões centro e norte são dominantes (8 em 30 municípios mais sustentáveis). Dos menos sustentáveis, seis são da Região da Madeira, dois dos Aço-

res, quatro do Alentejo e nenhum é da Região de Lisboa. Esta análise integra quatro dimensões: governação municipal, serviço aos cidadãos, desenvolvimento económico e social e a sustentabilidade financeira. “Este trabalho avalia alguns dos critérios que consideramos relevantes na ação municipal, sendo a qualidade de governação e o desenvolvimento económico e social fatores que conhecem uma forte atenção, pelo que o estudo da Ordem dos Economista confirma e estimula essa opção estratégica da atual gestão municipal”, explica o presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos.

Casa do Mimo já tem a viatura paga pelo Orçamento Participativo A Casa do Mimo apresentou a viatura adquirida com a verba disponibilizada pelo Orçamento Participativo do ano passado, que registou um total de 900 votações. A carrinha, apresentada no dia 6 de abril, está adaptada para o transporte de crianças e jovens com necessidades especiais, foi adquirida com 30 mil euros atribuídos pelo Município da Batalha e reforça a capacidade de resposta da associação.

Na cerimónia, o presidente da câmara municipal destacou “a importância da aquisição da viatura para o crescimento da Casa do Mimo e o importante papel que esta associação concelhia representa para as famílias e para as crianças especiais”. Na perspetiva de Paulo Batista Santos, a importância do Orçamento Participativo assume diversas dimensões e neste caso “foi particularmente

importante ao dotar com uma verba muito expressiva a concretização deste projeto”. A Associação Casa do Mimo foi formalmente constituída em 2016 e dedica-se a dar respostas a crianças e a jovens com Necessidades Educativas Especiais (NEE), assegurando ainda acompanhamento no processo de reabilitação social de pessoas com deficiência e incapacidade.

p Investimento do orçamento foi de 30 mil euros

Dia da Terra assinalado com plantação de árvores Produção e comércio de Carnes

Produção própria de Novilhos Enchidos Tradicionais Talho: Largo Goa Damão e Dio | Batalha Tel. 244 765 677 | talhosirmaosnuno@sapo.pt

A câmara municipal promoveu ações de plantação de árvores de fruto no espaço ecológico do Centro Escolar da Batalha, com o objetivo de assinalar o Dia Mundial da Terra, comemorado a 22 de abril, envolvendo os alunos. Através da realização desta iniciativa, preten-

deu-se sensibilizar para a valorização do património natural do concelho e para a importância da preservação do ambiente. “Este dia mundial de consciencialização, educação e serviço para o meio ambiente é para a câmara municipal muito importante porque insere-se no es-

pírito e valores que defendemos”, sublinha o vereador do Ambiente da Batalha André Loureiro, A autarquia dinamiza também um projeto de redução do plástico através da instituição do uso de garrafas de vidro e de materiais recicláveis nos edifícios municipais.


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

maio 2019

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Mosteiro da Batalha visitado por dois milhões em cinco anos m Mosteiro de Santa Maria da Vitória mantém o terceiro lugar nacional e o primeiro fora de Lisboa na listagem dos monumentos, museus e palácios mais visitados do país O Mosteiro da Batalha registou quase dois milhões de entradas de bilheteira nos últimos cinco anos, com taxas de crescimento anuais superiores à média nacional, embora em 2018 tenha contabilizado menos 84 mil entradas do que no período homólogo anterior. Apesar desta descida, para 407.950 entradas, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória mantém o terceiro lugar nacional e o primeiro fora de Lisboa na listagem dos monumentos, museus e palácios - sob tutela da Direção-Geral do Património Cultural - mais visitados do país. Entre 2014 e 2018, o Mosteiro dos Jerónimos recebeu 5,079 milhões de visitantes, a Torre de Belém 2,862 mi-

lhões e o Mosteiro da Batalha 1,927 milhões, num total nacional de 22,052 milhões de entradas. Analisando a taxa de crescimento nos cinco anos, verifica-se que o melhor resultado entre os principais monumentos cabe ao Mosteiro da Batalha, com 35,70% (11º lugar geral), acima do registo médio nacional (30,70%). O Mosteiro dos Jerónimos surge com uma subida de 33,60% (13º) e a Torre de Belém com uma quebra de 15,10% (20º). Quanto à taxa média anual de crescimento no período, o Mosteiro da Batalha volta a liderar entre os principais monumentos, com 8,90% (11º lugar geral), também acima do resultado nacional (7,60%). O Mosteiro dos Jerónimos regista uma subida de 8,40% (13º) e a Torre de Belém desce 3,70% (20º). No ano passado, o Mosteiro dos Jerónimos manteve a liderança nacional, com 1.079.459 entradas, seguindo-se a Torre de Belém (450.546) e o Mosteiro da Batalha (407.950), num total de 4.677.407. Estes três

p Visitas ao mosteiro crescem mais do que a média nacional dos monumentos monumentos foram igualmente os que perderam mais visitantes, a começar pela Torre de Belém (menos 137.817), seguindo-se o Mosteiro dos Jerónimos (menos 87.655) e o Mosteiro da Batalha (menos 84.095). A quebra nacional foi de 394.859. Em termos percentuais, lidera a Torre de Belém, com menos 23,30% (6º lugar geral), seguindo-se o Mosteiro da Batalha, com um saldo negativo de 17,10% (7º) e o Mosteiro dos Jerónimos, com menos 7,50% (13º). A quebra a nível nacional foi

de 7,8%. Quanto ao outro monumento da região sob tutela da Direção-Geral do Património Cultural, o Mosteiro de Alcobaça, registou no ano passado 221.685 entradas de bilheteira, com um acumulado em cinco anos de 1,095 milhões de visitas. Também registou uma diminuição, de 2017 para 2018, de 38.744 entradas (5º lugar nacional), o que significa uma descida de 14,90% (9º). A taxa de crescimento em cinco anos foi de 18,20% (18º

lugar macional) e taxa média anual de crescimento no período atingiu os 4,50% (18º). Numa nota que acompanha a estatísticas, a Direção-Geral do Património Cultural explica que “no final de 2017 foram tomadas medidas com vista a mudanças estruturais nas entradas, cujo impacto maior se repercutiu em 2018, como reflexo da política adotada de controlo de entradas para limitar a sobrelotação do espaço da Torre de Belém, visando igualmente a segu-

rança de pessoas e bens e a preservação do património cultural, foram asseguradas medidas de contenção do fluxo de visitantes”. Estas medidas “passaram pela suspensão dos ‘bilhetes circuito’ que incluíam este monumento, assim como o encerramento temporário do monumento ao público, entre outras”. Segundo o organismo, a reorganização da venda de títulos, agora centralizada na tutela, também “ afetou inicialmente o volume de vendas em 2018”.

Entradas nos monumentos e museus nacionais Δ 2018-2017

Crescimento

Mjerónimos**

2014 807.845

943.833

1.080.902

1.167.114

1.079.459

-7,50%

33,60%

8,40%

5.079.153

-87.655

TBelém

530.903

607.838

685.694

587.363

450.546

-23,30%

-15,10%

-3,70%

2.862.344

-136.817

MBatalha

300.565

330.047

396.423

492.045

407.950

-17,10%

35,70%

8,90%

1.927.030

-84.095

CCristo

209.294

254.313

295.808

354.763

348.510

-1,80%

66,50%

16,60%

1.462.688

-6.253

PNMafra

274.255

301.461

327.563

377.961

340.695

-9,90%

24,20%

6,00%

1.621.935

-37.266

MNCoches

206.887

346.718

382.593

350.239

320.027

-8,60%

54,60%

13,60%

1.606.464

-30.212

MAlcobaça

187.499

198.406

226.516

260.429

221.685

-14,90%

18,20%

4,50%

1.094.535

-38.744

MNAzulejo

115.515

132.716

160.557

193.444

219.420

13,40%

89,90%

22,40%

821.652

25.976

MNArqueologia**

103.068

109.895

146.955

167.610

186.189

11,10%

80,60%

20,10%

713.717

18.579

18.120

15.354

17.751

46.643

169.476

263,30%

835,20%

208,80%

267.344

122.833

MAPopular PanteãoN

2015

2016

2017

2018

TMA***

Total

2017/2018

89.629

100.714

120.731

149.931

165.049

10,10%

84,10%

21,00%

626.054

15.118

MNAAntiga

221.675

163.788

175.578

212.304

153.615

-27,60%

-30,70%

-7,60%

926.960

-58.689

MNMCastro

62.301

77.059

110.568

108.483

119.082

9,80%

91,10%

22,70%

477.493

10.599

PNAjuda

53.534

67.645

69.913

126.240

106.919

-15,30%

99,70%

24,90%

424.251

-19.321

MMConímbriga

85.075

87.659

91.797

100.441

106.378

5,90%

25,00%

6,20%

471.350

5.937

MNSReis

50.348

54.407

98.694

68.450

65.914

-3,70%

30,90%

7,70%

337.813

-2.536

MNGVasco

80.241

86.371

114.568

84.275

57.862

-31,30%

-27,80%

-6,90%

423.317

-26.413

MNAC-MChiado

41.960

51.354

51.992

88.158

54.921

-37,70%

30,80%

7,70%

288.385

-33.237

MNTraje

43.218

44.494

44.543

44.055

37.493

-14,90%

-13,20%

-3,30%

213.803

-6.562

MNTDança

50.351

39.199

39.628

36.115

27.225

-24,60%

-45,90%

-11,40%

192.518

-8.890

MNEtnologia

12.802

15.397

19.587

31.402

19.923

-36,60%

55,60%

13,90%

99.111

-11.479

MNMúsica

11.965

14.075

14.859

14.339

16.043

11,90%

34,00%

8,50%

71.281

1.704

CMAGonçalves*

10.854

9.124

9.557

10.462

3.026

43.023

-7.436

3.567.904

4.051.867

4.682.777

5.072.266

4.677.407

-7,80%

30,70%

7,60%

22.052.221

-394.859

TOTAL

*Encerrado para obras a partir de junho de 2018 **O número total inclui bilhetes vendidos por máquinas automáticas (a partir de 14 de novembro e dezembro), assim como de validadores automáticos de bilhetes pré-comprados Lisboa Card (a partir de 13 de dezembro) ***TMA – Taxa Média Anual


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Batalha Opinião

maio 2019

Jornal da Batalha

s Tesouros da Música Portuguesa Por João Pedro Matos

Regresso ao futuro pela batuta de Álvaro Cassuto Há alguns meses, no nosso artigo intitulado Sinfonia à Pátria, prometemos escrever sobre Álvaro Cassuto. Pois bem, olhemos agora para este importante maestro e compositor, também grande divulgador da música clássica portuguesa além fronteiras. E assim celebramos os seus oitenta anos de idade que completou em 2018. Nascido no Porto, estudou direção de orquestra em Lisboa e depois na Alemanha, em Berlim, com Herbert von Karajan. Tirou, igualmente, a licenciatura em Direito na Universidade de Lisboa. A partir de 1965, encetou uma carreira internacional ímpar no panorama musical português, começando a reger algumas das maiores orquestras mundiais. Em 1968, na cidade de

Nova Iorque, tornou-se maestro assistente da Little Orchestra Society e fez apresentação pública no Philarmonic Hall daquela cidade norte-americana. Foi então que recebeu o convite para ser maestro assistente da American Symphony Orchestra, trabalhando de perto com Leopold Stokowski. Este último tornara-se famoso por ter sido o maestro que regera a orquestra no filme Fantasia, de Walt Disney, película de animação considerada quase unanimemente como a obra-prima da Disney. Por isso, foi com naturalidade que Álvaro Cassuto dirigiu a Orquestra Sinfónica de Filadélfia, a mesma orquestra que aparece no citado filme de animação. No ano de 1970 encontramos Álvaro Cassuto à frente da Peabody Symphony

Orquestra, de Baltimore, com a qual faria uma importante digressão por várias cidades norte-americanas. Anos mais tarde, voltaria a fazer uma digressão por vários estados norte-americanos na regência da Orquestra Sinfónica do Arizona. Entretanto, havia já dirigido a Orquestra Sinfónica da BBC, a Manhattan Symphony Orquestra de Nova Iorque e a Julliard Orchestra, esta última com apresentação no Lincoln Center. Foi precisamente com a Julliard Orchestra que realizou uma digressão pela Suíça, a convite do grande Leonard Bernstein. Em 1979, a crítica especializada norte-americana considerou-o o melhor maestro de 1974 até àquela data. Dois anos depois, já em Portugal, assumiu a direção artística

do Teatro Nacional de São Carlos. Álvaro Cassuto é muito justamente considerado o principal maestro português do século XX. Mas importa também referir o seu trabalho de divulgação da música erudita, visto ter dirigido grandes orquestras que interpretaram obras de José Viana da Mota, Luís de Freitas Branco, Joly Braga Santos e de Fernando Lopes-Graça, orquestras tais como a Royal Scottish National Orchestra, a RTÉ National Symphony Orchestra ou a Royal Liverpool Philharmonic Orchestra, as quais gravaram discos para etiquetas especializadas em música clássica, discos que foram distribuídos e vendidos em todo o mundo. Um desses registos foi, aliás, por nós considerado o melhor álbum de 2018 (ver

artigo referente a dezembro do ano passado). Por último, não podemos esquecer o seu perfil de compositor, influenciado por Olivier Messiaen, Pierre Boulez e Karlheinz Stockausen, mas também por Fernando Lopes-Graça ou Joly Braga Santos. Na sua vasta obra, destacam-se Canto de Solidão, de 1972, Ao Amor e à Paz, obra que teve a sua estreia mundial em 1973, e Regresso ao Futuro, de 1985. É preciso salientar a originalidade de Regresso ao Futuro, dado que resulta de uma feliz combinação de esquemas sinfónicos que muito devem a Bach ou a Vivaldi, enquanto que, por outro lado, há o uso das cordas de forma minimal e repetitiva, semelhante ao uso que delas fazem os compositores contemporâneos.

é a maior influência e modelo para o jovem Hergé, não é por acaso que se trata de um dos pais da Banda Desenhada. Já que estamos a falar de plágio, tenho que prevenir que Aquilino Ribeiro também não foi original quando publicou “O Romance da Raposa”. Já anteriormente Rabier havia ilustrado uma edição francesa desta aventura sobre uma raposa matreira, no ano de 1909. Mas se continuarmos a viajar no tempo percebemos que o texto original data de finais do século XII. “Le Roman de Renart” foi escrito em francês arcaico com as contribuições de vários poetas e clérigos. Teve a sua mais antiga existência no escrivão flamengo Nivard de

Gand, que em 1148 escreveu em latim o “Ysengrimus”, nome do lobo rival de Renart. É notória a influência das fábulas de Esopo, onde os animais falam e transmitem sempre uma moral. Enquanto hoje achamos este romance uma história infantil, na época medieval a perceção era bem diferente. A raposa fazia tudo o que caracterizava o ser humano, mesmo combater nas cruzadas. Todos os animais representados naquelas páginas eram uma metáfora para os vários quadrantes da sociedade feudal. No início do século XIII, Santo António também utilizava os animais nos seus sermões, com o propósito de apontar os pecados do Homem. A Igreja usava o “Roman de Re-

nart” como meio de educar os seus fieis. A quantidade de escritores que se guiaram por estas narrativas são incontáveis. O objetivo de La Fontaine, quando escreveu as suas fábulas, era adaptar os contos de Renart para a sociedade francesa do século XVII, a fim de a satirizar e corrigir. Aquilino Ribeiro teve uma abordagem similar, dando um ambiente, língua e costumes bem portugueses. Curiosamente, Benjamin Rabier também chegou a ilustrar uma edição das “Fábulas” de La Fontaine. Em 1916 desenhou a imagem da marca La Vache qui Rit, que ainda hoje perdura. Apesar de ter morrido em 1939, o seu nome e obra viveram por ele até aos nossos dias.

Não obstante as referências ao barroco, é uma obra ao estilo romântico que se abre ao futuro com tanta liberdade imaginativa que recorre, inclusivamente, a um teclado eletrónico. Este cruzamento entre a influência de compositores clássicos e de compositores de vanguarda, fazem deste trabalho pioneiro no seu género. Regresso ao Futuro constitui, por todos os motivos, uma obra a conhecer pelos amantes da música clássica e não só.

s Crónicas do passado

Benjamin Rabier Este mês, no Museu Bordalo Pinheiro, é inaugurada uma exposição intitulada “Benjamin Rabier - Ilustrações do Romance da Raposa de Aquilino Ribeiro”, por isso, cabe-me apresentar as histórias que levaram a esta tão importante mostra artística. Durante o período de estadia de Aquilino Ribeiro em Paris, o autor travou conhecimento com o desenhador Benjamin Rabier. Daí resultou uma colaboração que ainda hoje ecoa na nossa literatura. “O Romance da Raposa” foi publicado em Portugal no ano de 1924, com a linguagem da Beira Alta de Aquilino e as ilustrações de Benjamin. Rabier nasceu em La-Roche-sur-Yon, em França, no dia 30 de Dezembro de

1864. Em 1889, após completar as suas obrigações militares, partiu para Paris. Começou por trabalhar na revista Bon Marché como contabilista. Mas após conseguir o apoio do desenhador e caricaturista Caran d´Ache, dá-se início à sua participação artística em variadas publicações, entre elas a La Chronique Amusante. Em 1897 cria um dos seus mais famosos personagens, Tintin-Lutin, que partia para Moscovo nesta primeira aventura. O desenho em linha clara, estilo preconizado por Rabier, a imagem física do herói, o destino geográfico e até o nome serviram de inspiração a Hergé para catapultar o protagonista das suas histórias, Tintin. Na verdade, Benjamin Rabier

Francisco Oliveira Simões Historiador


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

maio 2019

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Banda com raízes no Concelho entra no Guinness Book of Records m Acaba de receber o certificado de participante no concerto mais longo de sempre validado. Mais de mil artistas tocaram 437 horas, 54 minutos e 40 segundos sem parar A banda canadiana Social Hysteria, dos irmãos George e Alexandre Lopes, que têm ligações ao concelho da Batalha, acaba de receber o certificado de participante no concerto mais longo de sempre validado pelo Guinness Book of Records. O concerto decorreu há dois anos, no Canadá, mas só agora foram entregues os certificados aos mais de mil artistas que tocaram 437 horas, 54 minutos e 40 segundos sem parar, como expli-

cou George Lopes ao Jornal da Batalha. No total, houve mais de 450 apresentações consecutivas, durante 18 dias e foi possível angariar 84.458 dólares canadianos (56.151 euros) destinados a instituições de solidariedade social. O concerto foi organizado por Kevin Ker, Shaen Armstrong e pelo Epidemic Music Group, no Earl of Whitchurch, Whitchurch-Stouffville, em Ontário, entre 17 de março a 5 de abril de 2017, durante a celebração nacional do 150º aniversário do Canadá. Entretanto, os Social Hysteria estão nomeados para os International Portuguese Music Awards (IPMA Awards) na categoria Rock Performance, com o tema “Don’t Ask Don’t Tell” e para o IPMA Azores Airlines People’s Choice Award

p A banda é candidata aos International Portuguese Music Awards ( https://ipmaawards.com/ vote/). A iniciativa decorre no dia 18 de maio no Zeiterion Theatre, no centro histórico de New Bedford, Massachusetts(EUA). Os irmãos George e Alexandre Lopes viveram na

Laço Azul junta 400 crianças em nome do seu bem-estar A Praça Mouzinho de Albuquerque, na Batalha, acolheu no dia 1 deste mês mais de 400 crianças da rede concelhia do pré-escolar, com o intuito de assinalar o Mês de Prevenção dos Maus-Tratos na Infância. Sob o lema “Serei o que me deres…que seja Amor”, a Batalha voltou a associar-se esta campanha, que tem como principais objetivos promover os direitos das crianças, relações de proximidade, de afeto e uma parentalidade positiva entre pais e filhos e sensibilizar a comunidade em geral para a importância da prevenção dos maus-tratos na infância e juventude. O Mês de Prevenção dos Maus-Tratos na Infância teve origem na História do Laço Azul, no ano de 1989, na Virgínia, Estados Unidos da América, quando

p Abril é o mês de prevenção de maus tratos uma avó, Bonnie Finney, amarrou uma fita azul à antena do seu carro “para fazer com que as pessoas se questionassem”. A história que Bonnie Finney contou aos elementos da comunidade que se revelaram “curiosos” foi trágica e sobre os maus-tratos à sua neta, os quais já tinham morto o

seu neto de forma brutal. E porquê azul? Porque apesar do azul ser uma cor bonita, Bonnie Finney não queria esquecer os corpos batidos e cheios de nódoas negras dos seus dois netos. O azul servir-lhe-ia como um lembrete constante para a sua luta na proteção das crianças contra os maus-tratos.

Torre – a mãe é desta localidade e o pai da Quinta do Sobrado, mas agora residem no Canadá, onde lideram a banda. Nasceram no Canadá, mas mudaram-se para a Torre quando George tinha oito anos e o irmão apenas

meses de vida. E viveram no concelho da Batalha até Alexandre fazer 15 anos e o irmão 23, regressando ambos então ao Canadá. A primeira vez que George subiu a um palco foi na Batalha. Tinha 15 anos e

acompanhou a mãe, Teresa Lopes, fadista. O primeiro concerto de Alexandre aconteceu no bar Sneaky Dee’s, em Toronto, tinha 19 anos. Atuou com o irmão – foram os primeiros acordes da futura banda de ambos.


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Batalha Opinião

maio 2019

Jornal da Batalha

s Espaço do Museu

O museu dos sentidos. Mover-se Dando continuidade à apresentação dos recursos inclusivos existentes no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, dedicamo-nos agora às soluções de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida. Estas pessoas são caracterizadas por terem dificuldades de locomoção, causadas por alguma deficiência, limitação temporária ou por condições relacionadas com a idade. Por outro lado, os cidadãos em cadeiras de rodas são caracterizados por terem uma limitação provisória ou permanente nos membros inferiores. São diversas as causas que poderão levar a pessoa a estar em cadeira de rodas, variando de uma paraplegia (falta de mobilidade de membros inferiores) até uma doença neurodegenerativa (Esclerose Lateral Amiotrófica – ELA, por exemplo). Identificam-se ainda as pessoas tetraplégicas, ou seja, que têm falta de mobilidade no tronco e nos membros. Há também cidadãos que podem ter uma deficiência intelectual associada (alguns quadros de paralisia cerebral).

Em geral, pessoas com tetraplegia ou com uma doença neurodegenerativa utilizam cadeiras de rodas com adaptações. Em Portugal existem várias associações que procuram a inclusão social de pessoas com deficiência motora. A Associação Salvador, por exemplo, promove projetos que procuram responder às necessidades destes cidadãos. Já a Associação Portuguesa de Deficientes (APD), assume-se como uma organização de direitos humanos, assente na promoção e defesa dos interesses gerais, individuais e coletivos das pessoas com deficiência no nosso país. Na preparação do programa de acessibilidade, o MCCB teve a colaboração com associações regionais com esta especificidade, contando também com cidadãos que, a título individual, ajudaram na validação e melhoria dos recursos preparados. Entrar e circular no espaço do museu de forma fácil é cómoda é objetivo essencial deste programa. Apesar das suas pequenas dimensões, todo o Museu está prepa-

p Exemplo de expositor com altura adaptada a cadeiras de rodas rado para que pessoas com dificuldades de locomoção possam visitá-lo em conforto e segurança. Eliminaram-se, por isso, ressaltos e degraus à entrada do edifício, criaram-se espaços de passagem amplos e instalou-se um elevador de acesso ao 1° andar. A conceção museográfica considerou a realização e ajuste ergonómico do mobiliário: balcão rebaixado

na receção, expositores de baixa altura/e ou inclinados e livros e molduras virtuais adaptados à altura de pessoas que venham em cadeira de rodas, sendo igualmente acessíveis a crianças. Também a área das instalações sanitárias está preparada para todos, com barras de apoio e mobiliário rebaixado. A existência de um estacionamento reservado à frente do Museu comple-

menta o acesso a este espaço cultural. Para pessoas com dificuldades de locomoção (com deficiência temporária ou permanente, pessoas idosas, mulheres grávidas, carrinhos de bebé), o Museu dispõe de zonas de descanso, com bancos fixos e móveis. Neste Museu que procura melhorar, em permanência, os seus recursos, aguarda-

mos a sua visita, relembrando que aos primeiros domingos do mês, pelas 11h30, há visita guiada para todos. Nesse dia as entradas são gratuitas para os Munícipes. O museu está aberto de quarta-feira a domingo (10h00-13h00; 14h0018h00). Município da Batalha Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Não as mande às urtigas... aproveite-as Se ainda não semeou as suas plantações para colher no verão, é melhor fazê-lo agora. As minhas sementeiras atrasaram-se este ano e optei por adquirir pés de plantas para garantir a produção mais precoce. No entanto, as minhas plantinhas estão agora a nascer e depois preencho os canteiros com elas. Para proteger as pequenas plantas jovens que são tão atrativas para os caracóis e lesmas, borrifo-as com uma água picante – num litro de água trituro

malaguetas bem picantes e uns dentes de alho, depois coo esta água e com ela borrifo as zonas onde as plantas estão a nascer e assim mantenho-os afastados, porque não costumam gostar de picante. Vou borrifando com regularidade, para manter a zona apimentada e assim sem matar nada consigo dar-lhes tempo para crescerem. Hortícolas para semear e/ou plantar ao ar livre: abóboras, aipo, alfaces, alho francês, batatas, beringelas, beterrabas, bro-

culos, cebolas, cenouras, coentros, couves-flôr, couves-repolho, couve-rábano, espinafres, ervilhas, malaguetas nabiças, nabos, pepinos, pimentos, salsa, tomates, rabanetes, rúcula, calêndulas. Jardim, Semear: amores perfeitos (só os de flor pequena é que são os naturais e pode comer as suas flores), cravos, crisântemos, dálias, bocas de lobo, capuchinhas (estas são excelentes para circundar a nossa horta), agrião de jardim, calendulas. Arbustos e arvores de

fruto para plantar: amoreiras, arandos, framboesas, groselheiras, mirtilos, morangueiros, videiras. E como irei partilhar no dia 19 deste mês, às 15 horas no Agro-Museu D. Julinha uma ação sob o tema “ Urtiga ou Ortiga – Amiga ou inimiga”, de participação gratuita, mas com inscrição obrigatória para agromuseu@cm-leiria.pt, refiro que as urtigas do nosso quintal, que por esta altura se apresentam exuberantes e cheias de sementes, podem ser usadas em sopas, saladas, e infusões/

chá, pois têm muitos nutrientes bem interessantes para na nossa saúde, nomeadamente para fortalecer o sangue e ajudar a função do sistema urinário. Na horta, fazem um excelente chorume, que tanto pode servir como fertilizante, como inseticida. Cá em casa fazemos sopas, bolos e as crianças adoram. Só precisamos de saber lidar com elas. Para quem tem galinhas, pode secar as urtigas e adicioná-las ao farelo e assim elas põem mais ovos. Se as colher antes do sol

lhes tocar, e agarrar por debaixo das folhas mais tenras, elas não picam. Se já for uma urtiga muito velha, tem mais propensão a picar. No entanto, se não tiver reação alérgica, a única coisa que vai sofrer é um pouco de comichão que acaba por passar, mas se fizer reação alérgica, deve tomar mais cuidados. Agora que me habituei a colhê-las é raro picarem-me. E o que fica é apenas um desconforto passageiro. Na horta cultivamos alimentos e sentimentos! Boas colheitas.


XX GALA

Troféus Afonso Lopes Vieira 14.06.2019 Teatro José Lúcio da Silva LEIRIA


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Batalha Opinião

maio 2019

Jornal da Batalha

s Fiscalidade

Envio de informação empresarial A portaria n.º 31/2019, de 24 de janeiro aprova os termos a que deve obedecer o envio da Informação Empresarial Simplificada/Declaração Anual de Informação Contabilística e Fiscal (IES/DA) e a submissão do ficheiro SAF-T (PT) relativo à contabilidade. O envio da IES é feito por transmissão eletrónica de dados e nos prazos previstos na Lei. As entidades devem remeter à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) o ficheiro SAF-T (PT) nos seguintes prazos: a) Até 30/04 do ano seguinte àquele a que respeitam os dados contabilísticos, independentemente de esse dia ser útil ou não útil, tratando-se de sujeitos passivos de IRS com contabilidade organizada; b) Até 30/04 do ano seguinte àquele a que respeitam os dados contabilísticos, independentemente de esse dia ser útil ou não útil, tratando-se de entidades que, nos termos definidos no Código das So-

ciedades Comerciais (CSC), estejam obrigadas à aprovação das contas do exercício até 31 de março; c) Até ao 15.º dia do mês de junho do ano seguinte àquele a que respeitam os dados contabilísticos, independentemente de esse dia ser útil ou não útil, tratando-se de entidades que, nos termos definidos no CSC, estejam obrigadas à aprovação das contas do exercício até 31 de maio; d) Até ao fim do 4.º mês posterior à data do termo do período de tributação, independentemente de esse dia ser útil ou não útil, tratando-se de sujeitos passivos de IRC, adotem um período de tributação não coincidente com o ano civil e e) Até ao 60.º dia anterior àquele que constitui o termo do prazo para a submissão da declaração relativa ao período de cessação, independentemente de esse dia ser útil ou não útil, quando se trate de cessação de atividade nos termos do n.º 5 do artigo 8.º do Código

CIRC, aplicando-se igualmente aquele prazo para o envio do ficheiro relativo ao período de tributação imediatamente anterior, quando ainda não tenham decorrido os prazos mencionados na legislação. Aquando da submissão do ficheiro SAF-T (PT), deverá ser indicado o normativo contabilístico que será utilizado para o preenchimento da IES, bem como outra informação específica sobre a declaração, de acordo com o que se encontra previsto no modelo oficial publicado em anexo à presente portaria e que da mesma constitui parte integrante. A validação do ficheiro SAF-T (PT), por parte da AT, visa aferir a conformidade dos dados nele integrados e verificar se a sua estrutura respeita o que se encontra definido na portaria. O ficheiro SAF-T (PT) é rejeitado sempre que não sejam respeitados os critérios de validação definidos

pela AT. A todo o momento é possível, sem instauração de processo de contraordenação, a substituição integral de ficheiros anteriormente validados ou rejeitados desde que estejam a decorrer os prazos definidos na Lei. Findos os prazos, a não entrega ou a substituição fora de prazo de ficheiros SAF-T (PT) determina a instauração de processo de contraordenação. Após a submissão do ficheiro SAF-T (PT) o sujeito passivo que se encontra obrigado à sua entrega pode, através do portal das finanças, consultar o ficheiro entregue, o respetivo estado, a data de submissão e os eventuais erros detetados. A submissão do ficheiro SAF-T (PT) deve ser efetuada, obrigatoriamente, por contabilista certificado, mediante prévia identificação e autenticação no portal das finanças. Após submissão e validação do ficheiro SAF-T (PT)

é possível a obtenção de um comprovativo, consultável através do portal das finanças, no qual é possível a visualização do Balanço e da Demonstração dos resultados da entidade, gerados com os dados extraídos do referido ficheiro, que fazem parte dos Anexos A ou I do período a que os dados se referem. Efetuar o pagamento do registo da prestação de contas, no prazo de cinco dias úteis após a geração eletrónica da referência para pagamento. A IES considera-se apresentada na data em que for submetida, sem prejuízo da possibilidade de correção de eventuais erros no prazo de 30 dias. Findo o prazo supra sem que se mostrem corrigidos os erros detetados, a declaração é considerada sem efeito. A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, aplicando-se à IES/DA referente aos períodos de 2019 e se-

guintes. O prazo de entrega da IES/DA referente a 2019 deve ser contado a partir de 1 de agosto de 2019, nos termos legalmente previstos e da presente portaria, quando a data de fim do período de tributação ou a data de cessação de atividade seja igual ou anterior a 31/7.

da intervenção do ministro da Defesa, no dia 6 de Abril, na Batalha, em que comemorávamos o Dia do Combatente, nas comemorações do 9 de abril a que o mesmo se referiu, apenas nos leva a concluir que o projeto lei do governo deverá ter sido mandado elaborar a um qualquer “césar” estagiário em advocacia, que nunca passou pelas fileiras, e sem o mínimo conhecimento da realidade, que é ter dado, se necessário, a vida pela pátria, e que nem ao trabalho de consultar a história se deu. Claro e evidente que o legislador não se esqueceu de criar mais uma Unidade Técnica Interminis-

terial para os Antigos (?) Combatentes, para coordenar a implementação do estatuto, pois há que diminuir o desemprego entre a classe dos legisladores, isto para implementar algo que nos parece não passar de intenções vazias num pedaço de papel. Resumindo, seja mos realistas e tomemos consciência que o publicitado apenas se tratará de mais uma manobra para influenciar a opinião pública de que algo foi feito! Mas não, pois continua a tratar-se apenas de uma proposta de lei, a 195, com chavões bonitos, mas que em nada serve os que serviram. Portanto, será mais uma mão cheia de nada,

que terá de ser transformada em Lei, seguir para a Assembleia da Republica para aprovação, e tudo isto após o processo eleitoral para o Parlamento Europeu, a que se seguirá depois mais o processo eleitoral para as legislativas, depois aos novos governos, aos novos ministros, etc. mas que, no entanto, ficou bonito sair na comunicação social e continuar-se-á a protelar no tempo as verdadeiras e justas soluções para os combatentes, até que daqui a uma ou duas décadas estes já não existam e não seja necessário falar mais no assunto, encerrando-se o mesmo com a morte do último guerreiro!

António Caseiro Membro da Assembleia Representantes da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

s Notícias dos combatentes

Uma mão cheia de nada! Muitos dos nossos combatentes têm abordado o núcleo, solicitando explicações acerca do publicado, nas páginas 20 e 21, na revista do combatente, edição 387, de março de 2019, sobre o projeto lei do reconhecimento e da solidariedade aos antigos combatentes (em que o Núcleo apenas se revê na palavra combatentes, pois somos Liga dos Combatentes e não dos antigos combatentes); projeto esse que assenta na revisão da lei 3/2009. Ora, este projeto não passa disso mesmo, de um projeto, apresentado pela Direção Central da Liga dos Combatentes ao governo (sobre o qual, aliás,

pelo menos o Núcleo da Batalha não foi ouvido), pois, através do nosso presidente, tinha já sido publicada matéria de relevo e interesse sobre o assunto, na edição 384 da mesma revista, em junho de 2018. O governo, através da comunicação social, fez saber (por exemplo, no jornal Público: que teria aprovado o estatuto do antigo-combatente, ou seja, uma mão cheia de nada, que apenas compila e remete para o pouco a que os combatentes já têm direito; cria um cartão do combatente que, tão só, vem satisfazer algumas associações que o reivindicam, mas pouco representativas no universo dos com-

batentes; cartão esse que nada dá e de nada serve, em comparação com o que o Cartão de Associado da Liga dos Combatentes já proporciona aos seus associados; esse, sim, um cartão digno e útil. M a is g ravosa mente , este projeto lei alteraria a data do Dia Nacional do Combatente, com quase 100 anos, de 9 de Abril – data da histórica Batalha de La Lys, em que os nossos soldados se bateram heroicamente – para o dia 11 de Novembro, em que se comemora o armistício, esquecendo assim os atos abnegados e gloriosos dos nossos homens, que deram a sua vida pela “ditosa pátria”, sua amada. Depois


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Atualidade Batalha

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Redução nos passes dos transportes está em vigor desde o início do mês p Como é habitual, muitos milhares chegaram a pé

Valorlis ajudou peregrinos a protegerem o ambiente m O reforço de equipamentos foi acompanhado de sensibilização, tendo sido mobilizadas para o efeito equipas da Valorlis e mochileiros da Sociedade Ponto Verde A Valorlis reforçou os equipamentos de separação e os meios de recolha seletiva para permitir que os peregrinos façam a separação dos resíduos durante a última peregrinação do 13 de maio a Fátima. Os peregrinos tiveram à sua disposição mais contentores para separação dos resíduos recicláveis. Nos parques de estacionamento foram disponibilizadas estruturas de deposição seletiva e ainda contentores para o acondicionamento do papel/cartão e de embalagens de plástico e metal.

Na zona envolvente foi realizada recolha diária dos ecopontos existentes e recolha porta a porta nos estabelecimentos comerciais. O reforço de equipamentos foi acompanhado de sensibilização, estando em Fátima equipas de sensibilização da Valorlis e mochileiros da Sociedade Ponto Verde que incentivaram os peregrinos a fazer a correta separação dos resíduos. “Este ano a Valorlis, o Municipio de Ourém, o Santuário de Fátima e a Sociedade Ponto Verde uniram esforços para prestar um melhor serviço a quem nestes dias se deslocou até Fátima”, afirmou a a dministradora delegada da Valorlis, Marta Guerreiro, salientando que “desta forma conseguimos prestar um bom acolhimento aos peregrinos, criar condições para que o recinto ficasse limpo e enviar os resíduos produzidos para reciclagem, sendo um beneficio ambiental

para todos”. Por outro lado, a Valorlis desafiou os estudantes do curso de Licenciatura em Design do ISDOM - Instituto Superior Dom Dinis, na Marinha Grande, a fazer uma intervenção artística nos contentores de grandes dimensões utilizados nos EcoEventos promovidos pela Valorlis, sob o tema sustentabilidade ambiental e reciclagem. Os contentores foram exibidos durante as comemorações do 25 de Abril na Marinha Grande, no Parque da Cerca. Os recipientes intervencionados pelos alunos do ISDOM contêm uma mensagem de consciência ambiental e sustentabilidade e pretendem transmitir à comunidade o impacto dos resíduos que produzimos e serão utilizados nos EcoEventos promovidos nos seis concelhos da área de intervenção da Valorlis, para a deposição de embalagens recicláveis.

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas sessenta e sete a folhas sessenta e oito verso, do Livro Duzentos e Quarenta - B, deste Cartório. Paulo Joaquim Silva Monteiro, casado, natural da freguesia e concelho da Batalha e Graça Maria da Silva Nunes, casada, natural da freguesia de Vieira de Leiria, concelho da Marinha Grande, ambos residentes na Rua da Capela, nº.11, Casais dos Ledos, Batalha, titulares dos cartões de cidadão números 08237817 7 ZZ2 válido até 24/09/2019 e 12035768 2 ZY2 válido até 24/09/2019, emitidos pela RP, que outorgam na qualidade de únicos sócios e gerentes em representação da sociedade comercial por quotas denominada “MONTEIRO & FILHOS, LDA”, numero único de matricula e pessoa coletiva 501 323 937, com sede na Rua da Capela, nº.11, Casais dos Ledos, freguesia e concelho da Batalha, matriculada na Conservatória do Registo Comercial, com o capital social de cinco mil euros, declaram que com exclusão de outrem, a sociedade sua representada é dona e legitima possuidora do prédio rustico, composto de pinhal, com a área de dez mil cento e quarenta e seis metros quadrados, sito em Casal da Rainha, freguesia de Maceira, concelho de Leiria, a confrontar de norte com Maria do Rosário Ascenso, de sul com Artur Julião e Monteiro & Filhos, Lda., de nascente com caminho publico e de poente com Rua da Areeira, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz sob o artigo 2016, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €2.284,77. Que, a sociedade que representam adquiriu o identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta e três, por compra verbal aos herdeiros de Julia Marques, solteira, maior, residente que foi em Porto Carro, Maceira, Leiria, contudo, sendo a referida aquisição meramente verbal, não dispõe a justificante de título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entrou na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, a sociedade sua representada possui o referido prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriu o referido prédio por usucapião. Batalha, doze de abril de dois mil e dezanove. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/6 Delegação de poderes autorizada pela Notária Sónia Marisa Pires Vala, publicada na Ordem dos Notários, em 03 de fevereiro de 2015 (artº 8º do Dec. Lei 26/2004 de 4 de fevereiro e artº6º da Portaria 55/2011 de 28 de janeiro). Jornal da Batalha, edição nº 345 de 10 de maio de 2019

A redução tarifária de 50% nos passes mensais do serviço rodoviário nos dez concelhos que integram a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), incluindo o da Batalha, entrou em vigor no dia 1 deste mês. Abrange o valor dos títulos de transporte de utilização mensal do serviço rodoviário, a aplicar aos passes municipais/intermunicipais, com origem e destino dentro do território. Os passageiros com passe inter-regional entre a Região de Leiria e o Médio Tejo podem contar com uma redução de 40% no tarifário, enquanto os passes inter-regionais entre a Região de Leiria e o Oeste têm uma redução de 30%.

Estas reduções estão definidas até final do ano, podendo ser revistas nos anos de 2020 e 2021, em função da dotação financeira que vier a ser disponibilizada à CIMRL. A adesão é voluntária, gratuita, automática e processa-se através da apresentação de um formulário junto dos operadores. Para agilizar o processo, a CIMRL deu indicações aos operadores para que, na fase de arranque, seja aplicada a redução automática no momento da renovação mensal do passe.

Os passes urbanos, que até agora custavam em média 15 euros, vão baixar para 10 euros, enquanto os passes interurbanos (com origem/destino dentro dos dez concelhos da CIMRL), que até agora tinham um custo médio de 53 euros, vão custar, no máximo, 30 euros. Os passes 4-18 e sub-23 - para crianças e jovens que não usufruem de transporte escolar, custeado pelos municípios vão também beneficiar de uma redução de 50%, cumulativa com o desconto que já têm agora.

s registo Estas reduções estão definidas até final do ano, podendo ser revistas nos anos de 2020 e 2021

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ALOJAMENTO LOCAL

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt


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Saúde Menopausa - uma fase natural na vida da mulher m A menopausa é um episódio natural na vida da mulher que se começa no final da última menstruação, resultado do esgotamento do funcionamento do ovário.

Habitualmente ocorre entre os 45 e 55 anos e o seu diagnóstico é feito de forma clínica, após 12 meses sem menstruar, sem outra causa que o justifique. Por vezes a menopausa pode ser causada pela destruição do funcionamento do ovário, como acontece com a quimioterapia, radioterapia ou cirurgia de remoção dos ovários - menopausa iatrogénica. O climatério ou perimenopausa é o período da vida da mulher de transição entre o funcionamento em pleno e o esgotamento dos ovários, ao longo do qual há uma diminuição progressiva do funcionamento dos ovários. Estas glândulas deixam de libertar óvulos mensalmente

e de produzir hormonas femininas, os estrogénios. A diminuição de estrogénios leva à alteração dos ciclos menstruais (irregularidades e quantidade), seguido de alterações vasomotoras (afrontamentos, calores, suores noturnos), alterações do sono, humor depressivo, irritabilidade, secura vaginal, dificuldades sexuais, incontinência urinária, aumento de peso, modificação da pele e do cabelo, dores ósseas e articulares. Há também tendência para o aumento da pressão arterial e subida do colesterol. Para o diagnóstico não são, em regra, necessários exames complementares. Estes apenas são necessários nas mulheres com me-

nos de 45 anos, com Síndrome do Ovário Poliquístico ou remoção de um ovário ou remoção do útero. Para a maioria das mulheres, os sintomas têm um impacto ligeiro, sem necessidade de tratamento. Quando os sintomas têm um grande impacto na qualidade de vida, as mulheres são candidatas a terapêutica hormonal de substituição (hormonas naturais ou sintéticas para substituir as que os ovários deixam de produzir). As doses a usar devem ser as mais baixas possíveis e pelo tempo necessário. Estes tratamentos não causam cancro, ao contrário do que se tem dito. Além dos tratamentos hormonais, há muitos outros que podem ser usados em

substituição ou em conjunto. Uma vida saudável é indispensável - alimentação adequada, peso adequado à altura, exercício físico regular, não fumar, consumo moderado de álcool, sono adequado, ocupação mental e bom convívio social. Assim, quando se iniciam irregularidades menstruais é importante manter o registo das suas datas, bem como prestar atenção aos sintomas de novo. Se estes surgirem, fale com o seu médico de família para em conjunto procurarem a melhor solução para os seus sintomas. Rita Clarisse Marques Médica Interna de MGF USF Condestável - Batalha

, SA ACORDOS:

ADSE, PSP, ADMG, Mulicare, Advancecare, Médis, SAD-GNR, SAMES Centro, SAMS quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sávida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon, Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia.........sábado - manhã Oftalmologia............................................................... Dr. Joaquim Mira............................................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira........ quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro...................................................terça - tarde

Dr. João Cardoso.............................................. segunda - tarde

Nutricionista................................................................ Dra. Ana Rita Henriques.......................................terça - tarde Cirurgia Geral/Vascular....................................... Dr. Carlos Almeida.................................................. sexta - tarde Otorrinolaringologia............................................. Dr. José Bastos.......................................................quarta - tarde Próteses Auditivas...........................................................................................................................................quarta - tarde Terapia da Fala........................................................... Dra. Débora Franco......quinta - tarde / sábado - manhã Neuro Osteopatia /Acumpunctura............... Tec. Acácio Mariano............................................quarta - tarde (Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortoptica........................................................................ Dr. Pedro Melo.................................................. sábado - manhã

Medicina Dentária

Outras Especialidades: Clínica Geral................................................................. Dr. Vítor Coimbra..................................................quarta - tarde Medicina Interna....................................................... Dr. Amílcar Silva.......................................................terça - tarde

Dra. Sâmella Silva

Urologia.......................................................................... Dr. Edson Retroz....................................................quinta - tarde

Terça/quinta-feira - Tarde

Dermatologia.................................................... Dr. Henrique Oliveira.................................... segunda - tarde

Dr. Evandro Gameiro Segunda/quarta/sexta-feira - Tarde Sábado - Manhã

Estética ........................................................................... Enf. Helena Odynets.............................................. sexta - tarde Cardiologia................................................................... Dr. David Durão....................................................... sexta - tarde Electrocardiogramas............................................................................................................... segunda a sexta - tarde

Implantologia

Neurocirurgia............................................................. Dr. Armando Lopes......................................... segunda - tarde

Cirurgia Oral

Neurologia.................................................................... Dr. Alexandre Dionísio......................................... sexta - tarde Psicologia Educacional/vocacional...........Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde

Ortodontia

Testes psicotécnicos.............................................. Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde

Rx-Orto

Pneumologia/Alergologia.................................. Dr. Monteiro Ferreira............................................ sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..................................... Dr. Paulo Cortesão.......................................... segunda - tarde

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Ortopedia...................................................................... Dr. António Andrade...................................... segunda - tarde

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Endocrinologia.......................................................... Dra. Cristina Ribeiro........................segunda / terça - tarde

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SaĂşde Batalha

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Smartphone e os problemas de coluna

JoĂŁo Ramos Fisioterapeuta

Jå parou para pensar quanto tempo do seu dia Ê direcionado ao uso do seu smartphone? O artigo deste mês dedica-se a abordar o tema do uso do smartphone e os problemas de coluna vertebral que daí advÊm. O uso de tecnologias de informação e comunicação como smartphones e tablets tem aumentado todos os anos na população em geral. Por lazer ou por trabalho, em ambiente escolar ou familiar, estes aparelhos jå estão bem enraizados no nosso dia-a-dia. Segundo os investigadores nesta årea, as lesþes mús-

culo-esquelÊticas relacionadas com o uso do smartphone incluem fadiga muscular devido aos movimentos repetidos do membro superior, essencialmente a flexão da cervical e a flexão do ombro. Os sintomas predominantes são: a dor, rigidez, alteraçþes na sensibilidade na região cervical, ombros e braços; isto deve-se ao facto de se tratar de músculos estabilizadores para o movimento dos segmentos distais dos membros superiores. Outra desvantagem do uso excessivo do smartphone Ê a diminuição da atividade física. A Organização Mundial de Saúde recomenda que os adolescentes acumulem por dia pelo menos sessenta minutos de atividade física de intensidade moderada a vigorosa, tais como: brincar, jogar, praticar desporto, deslocaçþes, atividades de lazer, educação física ou exercício planeado. Sabia que inclinar o pescoço para olhar para o seu smartphone pode aplicar uma força de cerca de trinta quilos na coluna? Esta foi a conclusão de um estudo pu-

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“As doenças nĂŁo precisam de passaporteâ€? blicado na revista cientĂ­fica Surgical Technology International, que estudou o impacto da utilização do smartphone na coluna cervical. A conta ĂŠ simples: a cabeça humana pesa (em mĂŠdia) cinco quilos. Com a inclinação da mesma no sentido frontal, o peso ĂŠ exponenciado; dependente do grau de inclinação, a força de gravidade aumenta. Com o pescoço inclinado a sessenta graus, o impacto na coluna do utilizador chega aos vinte e sete quilogramas. JĂĄ calculou o esforço que ĂŠ para a sua coluna? ConsequĂŞncia da utilização excessiva das tecnologias bem como outras posiçþes e atividades que afetam a dinâmica normal da coluna vertebral, investigadores concluem que cada vez ĂŠ maior o nĂşmero de adolescentes e adultos com problemas de coluna. Desde torcĂ­colos musculares, escolioses, atĂŠ prolapsos discais e hĂŠrnias discais, sĂŁo inĂşmeras as disfunçþes da coluna que se podem desenvolver fruto deste “vĂ­cio da população do sĂŠculo XXIâ€?.

SaĂşde Sylvia Lin Diretora-geral da Sanofi Pasteur Portugal

“As doenças nĂŁo precisam de passaporteâ€? ĂŠ a mais recente campanha da Sanofi Pasteur que pretende alertar quem viaja para a importância da Consulta do Viajante. Esta iniciativa visa destacar esta consulta como uma forma de prevenir doenças como a Hepatite A, Febre Tifoi-

de, CĂłlera, Febre-amarela, entre outras, associadas a certos destinos. A consulta do viajante informa quem viaja para os riscos de saĂşde que pode encontrar no destino, riscos que sĂŁo muitas vezes subestimados e podem ser minimizados atravĂŠs de medidas preventivas. “Uma das medidas preventivas que podemos destacar, quando falamos da consulta do viajante, ĂŠ a vacinação, para evitar imprevistos durante a viagem. A vacinação ĂŠ um ato simples que nos protege contra patologias infeciosas e que colocam em risco, nĂŁo sĂł a nossa saĂşde, como a de quem nos rodeia. Com esta campanha pretendemos sensibilizar quem viaja para a importância de incluir na sua checklist a marcação da consulta do viajante; esta

deverĂĄ ser encarada como uma prioridade para garantir uma viagem repleta de boas memĂłriasâ€?, refere Sylvia Lin, diretora-geral da Sanofi Pasteur Portugal. Porque prevenir ĂŠ proteger, a campanha dirige-se a famĂ­lias, amigos, aventureiros, de todas as idades, ou seja a todas as pessoas com vontade de viajar, incentivando a prevenção antes de embarcar numa viagem de sonho. Assinada pela agĂŞncia de comunicação integrada Bee, a campanha “As doenças nĂŁo precisam de passaporteâ€?, conta com formato digital, presente em plataformas online e nas redes sociais, estando a partir de amanhĂŁ tambĂŠm presente em mupis, na grande Lisboa e Porto, e ainda nos painĂŠis dos comboios da linha de Cascais, Sintra e Porto.

Clínica Dentåria e Osteopåtica Direção Clínica: Dr.ª Ana Freitas - Medicina Dentåria Dr.ª Ana Freitas Dr.ª Silvia EleutÊrio

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maio 2019

Património Portugal não é um país divisível em razão daqueles factores de ordem histórica, étnica, linguística ou geográfica, que possam justificar a criação, que no nosso caso seria uma mera imposição política, de regiões administrativas autónomas. A História é comum a todos os 89 mil quilómetros quadrados do território continental desde 1249, há quase oitocentos anos, a Etnia é a mesma de norte a sul, fala-se a mesma língua com a pequeníssima excepção do mirandês que é, no fundo, um dialecto português, e o território é o mesmo e contínuo, com a mesma fronteira mantida há séculos, a mais antiga fronteira europeia, com a Espanha, apenas alterada num pequeno ponto, Olivença, quando o país vizinho ocupou a velha cidade portuguesa. E a Religião também durante séculos foi a mesma. Mas há diferenças de ordem etnográfica que se traduzem em músicas, cantares, danças, alguns instrumentos, trajos que se usaram ainda nos primeiros decénios do século XX, e nalguns costumes que de forma alguma caracterizam etnias diferentes mas apenas a diversidade criativa dum mesmo povo que isolamentos medievais propiciaram. As manifestações etnográficas da nossa província natal, a Estremadura, e nomeadamente da região do seu norte, a Alta Estremadura, facultam-nos numerosos

exemplos dessas distinções que, presentemente, os seus grupos folclóricos tentam preservar e revelar e a que vários etnógrafos de comprovados méritos como o Dr. José Alberto Sardinha e os saudosos Professor José Ribeiro de Sousa e António Aires Costa Bernardes (António Oleiro), dedicaram estudos alicerçados em aturadas recolhas. A enriquecer a bibliografia etnográfica (e histórica) alto-estremenha, foi editada há pouco pelo Dr. Adélio Amaro uma obra sobre as singularidades da região que vai sensivelmente do paralelo 40, um pouco a norte de Pombal, até aos concelhos do Bombarral e de Peniche, e de Ourém até ao Mar, servindo-se o autor das informações fidedignas que foram deixadas por estudiosos como Alberto Pimentel (1849-1925), poeta, jornalista, historiador, etnógrafo, que publicou dois livros preciosos sobre a Estremadura, sendo curioso referir que se tratava dum natural do Porto, o primeiro dedicado ao Ribatejo, que então era terra estremenha, o que é preciso anotar, e o segundo à Estremadura propriamente dita, aquela Estremadura que foi despedaçada em 1936 por um decreto do Terreiro do Paço, além das de outros investigadores, entre eles o notável historiador e etnógrafo Professor Doutor José Leite de Vasconcelos. Nas páginas dum jornal é-me impossível transcre-

“Etnografia – Alta Estremadura 1” de Adélio Amaro

ver tudo aquilo que poderá cativar o leitor e levá-lo a conhecer o livro agora publicado, mas não deixo de apontar duas ou três das informações históricas que se referem particularmente à Batalha: “O ofício de canteiro é em Portugal aptidão expontânea e notabilíssima, como ainda se reconhece nos operários que modernamente (isto em 1908), têm procedido às restaurações da Batalha, tais como bem ou mal lhas impuseram, e que nas horas vagas fazem graciosos “bibelots” de pedra para vender aos visitantes”. “Celebram-se anualmente na igreja do mosteiro as cerimónias da Semana San-

ta e as festas do Sacramento, da Senhora do Rosário, do Coração de Jesus e da Santíssima Trindade, figurando nesta última três pagens (suponho que Pimentel se referia ao Imperador e aos seus dois acompanhantes), e havendo fogo preso e arraial com descantes populares”. E ainda outra, no aro administrativo da Batalha mas sobre o Reguengo do Fetal: “No Outono celebra-se aqui a festa de Nossa Senhora, vulgarmente chamada do Fetal, e à noite iluminam-se todas as portas e janelas da aldeia por um processo interessante. São cascas de caracóis cheias de azeite e munidas de pavios minús-

s Registo

Divisão a divisão, a Casa da Cultura do Rosas do Lena No primeiro andar do imóvel, que como já se disse é uma feliz adaptação do velho palheiro que ali existia, com entrada pela sala destinada às reuniões e também à escola de concertinas e harmónios, tem-se acesso ao gabinete da direcção do agrupamento e a uma pequena divisão onde se guardam os trajos de reserva, tudo bem acondicionado e

preservado e sempre pronto a ser usado pelos elementos que vão entrando no Roas do Lena. Nas paredes de todo o primeiro andar há inúmeros diplomas das actuações no nosso País e no estrangeiro e expostas as lembranças com que foi obsequiado ao longo de 56 anos de existência e de actividade permanente.

Jornal da Batalha

Vem a propósito da sua actividade lembrar que em 19 de Maio o agrupamento promove a “Tarde na Ponte da Boitaca” que decorrerá das 15h00 às 18h00, que em 14 de Julho, na praça de D. João I e no largo do Condestável, realiza mais um “Festibatalha”, com venda de artesanato, música popular, Festival Nacional de Folclore, Marchas e bailari-

co, tudo entre as 15h00 e as 24h00, e que em 10 de Agosto, no largo do Condestável, realiza-se mais uma Gala Internacional de Folclore da Batalha a partir das 21h30. Toda esta sua actividade tem o apoio e patrocínio da Câmara Municipal da Batalha. J.T.S. J.T.S.

culos, mas o efeito é pinturesco pela multidão de estrelinhas que poisam sobre as casas brilhando…”. Sobre a nossa vizinha Porto de Mós, entre outras notícias daquele princípio do século XX, recolho esta: “O concelho apresenta dois aspectos distintos: ameno nos arredores da vila, posto que vagamente melancólico e áspero nas freguesias da serra, cujos habitantes são bisonhos mas notáveis pela sua honradez. Os trajos das mulheres ressentem-se do aspecto montanhoso da região em que vivem. Não são pinturescos nem garridos. Em Leiria principia a aparecer nas saias uma barra encarnada e daí para cima, avançando sobre o norte, o vestido feminino começa a tingir-se de cores vivas, que são reflexo de uma paisagem mais luminosa e ridente”. É um sem acabar de informações, com os respectivos e lúcidos comentários do Dr. Adélio Amaro, que este livro nos proporciona. O Dr. Adélio Amaro é um jovem intelectual nascido em Leiria mas com as raízes paternas fincadas na paradisíaca Ilha de São Miguel, nos Açores, que tem vindo a publicar diversos estudos sobre a nossa região e também sobre os Açores. Director executivo de diversos jornais, a maior parte editada no estrangeiro e dedicada às comunidades portuguesas por lá fixadas, foi responsável pela notável editora leiriense “Folheto” que

deu expressão a inúmeros autores da Alta Estremadura. Publicou também poesia sua e dedicou-se, igualmente, às artes plásticas. Presentemente é o presidente do Centro do Património da Estremadura (CEPAE) e da Associação Folclórica da Região de Leiria/Alta Estremadura, onde vem desenvolvendo uma actividade notável pela quantidade e pela qualidade das iniciativas. Impulsionada por si tem sido editada uma série de volumes com poesia de autores da lusofonia espalhados pelo Brasil e Estados Unidos, pela Europa e pela África. Muito mais haveria a dizer sobre a sua acção e muito mais há a esperar do seu dinamismo, da sua cultura e da sua inteligência. É um homem ao serviço generoso de inúmeras causas nobres, aliás o que tem sido reconhecido por diversas entidades regionais, nacionais e estrangeiras. Esta edição de “Etnografia – Alta Estremadura 1”, como aquele algarismo indica, será a primeira duma série dedicada ao tema. A capa do livro, esplêndida, reproduz um notável quadro da grande pintora batalhense Irene Gomes. Todo o livro é ilustrado com gravuras e fotografias daqueles primeiros anos do século XX e também de épocas antecedentes. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (193)


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Economia

Concelho lidera crescimento de empresas de excelência m No caso das PME-Excelência, foram distinguidas 13 empresas com sede na área do município, mais 62,5% do que em 2017, muito acima do aumento médio de 5,4% verificado no distrito de Leiria O Concelho da Batalha regista o maior crescimento percentual de empresas distinguidas com o estatuto PME-Líder e o segundo mais significativo na tabela das PME-Excelência 2018, segundo os dados revelados no dia 17 de abril pela Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), durante uma cerimónia que decorreu no Altice Fórum de Braga. No caso das PME-Excelência, foram distinguidas 13 empresas com sede na área do município, mais 62,5% do que em 2017, muito acima do aumento médio de 5,4% verificado no distrito de Leiria. Em termos absolutos, a Batalha está na quarta posição a nível distrital e

percentualmente encontra-se apenas atrás da Nazaré. No que respeita às PME-Líder 2018, o estatuto foi entregue a 41 empresas do concelho, o que corresponde a uma subida de 57,7% em relação ao ano anterior, uma percentagem bastante superior aos 10% de crescimento médio registado no distrito. A Batalha ocupa a quinta posição em quantidade de galardões e foi o concelho que mais subiu em termos percentuais. O estatuto PME-Excelência 2018 foi atribuído a 176 empresas do distrito de Leiria, que “se destacaram pelos melhores desempenhos económico-financeiros e de gestão” e no conjunto representam um volume de negócios de 794 milhões de euros, 314 milhões dos quais (40%) resultam de exportações. A região ocupa a 6ª posição nacional em número de galardões, com 7,9% do total de volume de negócios das PME-E. A tabela distrital é liderada por Lisboa, seguida pelo Porto, Aveiro, Braga e Faro retirou o 5ª posição na quantidade de distinções a Leiria,

Pequenas e médias empresas galardoadas Concelho Leiria Marinha Grande Pombal Batalha Alcobaça Caldas da Rainha Óbidos Nazaré Ansião Porto de mós Peniche Bombarral Figueiró dos Vinhos Castanheira de Pera Pedrogão Grande Alvaiázere Total

2016 50 28 19 9 20 9 7 1 4 7 3 3 0 0 0 1 161

Excelência 2017 57 23 23 8 18 9 4 3 4 7 7 3 0 0 0 1 167

que mantém o lugar em faturação. Quanto aos concelhos, Leiria foi o que conquistou mais galardões (58), seguido pela Marinha Grande (30) e Pombal (24). As PM E-ExceLência da região de Leiria são na maioria de pequena dimensão (131), correspondendo a 74% do total. As empresas de média dimensão (39) representam 22% e as microempresas (6) correspondem 4% deste universo. No conjunto, registaram uma taxa de crescimento do volume de negócios de 20% e têm um ativo líquido global de aproximada-

Líder 2018 58 30 24 13 13 11 6 5 5 5 4 2 0 0 0 0 176

2017/2018 1,75% 30,43% 4,35% 62,50% -27,78% 22,22% 50,00% 66,67% 25,00% -28,57% -42,86% -33,33% 0,00% 0,00% 0,00% -100,00% 5,39%

Concelho Leiria Pombal Marinha Grande Alcobaça Batalha Caldas da Rainha Porto de Mós Peniche Ansião Óbidos Bombarral Nazaré Alvaiázere Figueiró dos Vinhos Castanheira de Pera Pedrogão Grande Total

mente 713 milhões de euros. O resultado líquido foi de 91,7 milhões de euros (mais 34,2%), apresentaram uma autonomia financeira média de 60,6% e níveis de rendibilidade dos capitais próprios de 24%. A média de volume de negócios das PME-Excelência do distrito é de 4, 511 milhões de euros, com um resultado líquido de 521 mil euros e exportações de 1,787 milhões de euros. Esta iniciativa do IAPMEI - em parceria com o Turismo de Portugal e os principais bancos portugueses – distinguiu 2.378 empresas a nível nacional, que repre-

2016 207 82 78 63 30 27 29 14 13 14 9 8 5 3 2 2 586

sentam um volume de negócios de 10 mil milhões de euros, 2,4 mil milhões dos quais conseguidos através de exportações. Quanto às PME-Líder 2018, no distrito de Leiria viu serem distinguidas 637 empresas, resultado que o coloca na quinta posição do ranking nacional, atrás do Porto (que lidera), Lisboa, Aveiro e Braga. Os resultados da região estão 2% abaixo da subida registada a nível nacional (12%) na atribuição deste estatuto, que permite às empresas participar na escolha das PME Excelência. Mas são os melhores dos últimos

2017 207 74 75 59 26 37 25 23 14 14 9 8 5 2 1 0 579

2018 234 82 78 63 41 39 28 20 16 13 9 9 3 2 0 0 637

quatro anos, já que estavam em queda desde 2015, quando foram apenas 579. Quanto aos concelhos, Leiria lidera a tabela regional (234 empresas), seguido por Pombal (82) e Marinha Grande (78). Os maiores crescimentos percentuais foram alcançados pelos municípios da Batalha (57,69%), Ansião (14,29%) e Leiria (13,04%). A nível nacional, 8.051 empresas podem usar o título PME-Líder 2018, quando no ano anterior foram menos 874. O recorde foi alcançado em 2012, ano em que o estatuto foi atribuído a 8.334 empresas.

Comitiva alemã visitou grupo Erofio Um grupo de responsáveis alemães visitou durante dois dias empresas do sector dos moldes da região, com o objetivo de ficar a conhecer melhor a indústria portuguesa e estabelecer contactos que podem “resultar na criação de sinergias e de negócios”. A comitiva, constituída por 30 pessoas, entre representantes de empresas de moldes, fornecedores da indústria e jornalistas, visitou

no dia 3 deste mês o grupo Erofio, no concelho da Batalha, que possui uma unidade de moldes e outra de injeção de plásticos. Na perspetiva do presidente do grupo Erofio, Manuel Novo, “as visitas como as destes industriais fazem todo o sentido”, porque “é bom conhecermos outras realidades, de modo a vermos em que ponto estamos e para onde queremos ir, o que é muito importante

para o futuro do sector”. O grupo tem 230 colaboradores, faturou 24 milhões de euros no ano passado, nas duas empresas, e “os primeiros quatro meses do ano correram bem”, de acordo com Manuel Novo. “O ano de 2017 foi atípico - aumentámos o volume de faturação de 2016 em 24,8 por cento. Esse aumento devia verificar-se em dois anos. O ano de 2018 já foi um ano normal e o atual está a

decorrer do mesmo modo”, adiantou. Entre os principais países de destino dos produtos do grupo contam-se a Alemanha e, indiretamente, a República Checa e a Polónia, onde os seus clientes têm empresas, e a Suíça. O grupo está a preparar, para iniciar em breve, um investimento na área dos moldes, que implica a aquisição de equipamento e mais automação.

2017/2018 13,04% 10,81% 4,00% 6,78% 57,69% 5,41% 12,00% -13,04% 14,29% -7,14% 0,00% 12,50% -40,00% 0,00% -100,00% 0,00% 10,02%

p Manuel Novo, presidente do grupo Erofio


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Batalha Economia

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Jornal da Batalha

Restauração ajuda turismo a crescer na região centro m O novo Mosteiro

Os presidentes do Turismo Centro Portugal (TCP) e do Município da Batalha destacaram a importância da restauração e da acessibilidade e inclusão para o aumento da procura turística na região, durante a inauguração das novas instalações do restaurante Mosteiro do Leitão, na Batalha. O presidente do TCP, Pedro Machado, referiu durante a cerimónia – perante mil convidados -, no dia 11 de abril, que “a economia do canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés) representa mais de 70% do negócio da região centro”. “Quando pensamos em turismo, normalmente referimo-nos a camas de hotel e esquecemo-nos que a atividade turística, que representa na região mais de 300 milhões de euros por ano, está muito alavancada naquilo que está a acontecer aqui hoje”, explicou. Para Pedro Machado, “é um orgulho haver empresas

Foto: Mosteiro do Leitão

do Leitão situa-se em frente às suas antigas instalações, no Casal da Amieira, num edifício que foi de uma serração, e corresponde a um investimento de três milhões de euros

p O restaurante foi inaugurado a 11 de abril e abriu no dia seguinte e empresários que, em primeiro lugar, apostam na sua terra, como os responsáveis por este novo equipamento que honra a região centro. O que aqui está a ser feito é do melhor que existe na oferta de Portugal”. O presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, também reconheceu o trabalho dos proprietários do restaurante, Zita e Bruno Figueiredo, “dois empresários de excelência, que por nossa sorte vieram parar à Batalha”. “Este é um projeto de excelência que traz à Batalha mais um ícone do turismo acessível para todos. É uma marca que nós orgulha muito que, para além daquilo

que é a boa gastronomia, de acolher os turistas, é também sermos inclusivos”, adiantou o autarca. O presidente do município elogiou ainda o trabalho desenvolvido no restaurante, na área da inclusão, pelo Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Instituto Politécnico de Leiria, coordenado por Célia Sousa. Na Europa há mais de 80 milhões de pessoas com mobilidade reduzida, que “querem fazer turismo e têm os mesmos direitos que todos os outros e este restaurante é mais um projeto de excelência nesta matéria”, frisou Paulo Batista Santos. Na conferência de imprensa de apresentação

do restaurante, no dia 8 de abril, o vice-presidente da Câmara da Batalha, Carlos Agostinho, também se tinha referido à questão da inclusão: “é um projeto que resulta de uma experiência já de 10 anos, de empresários que têm uma sensibilidade diferente, além de ser pela inclusão das pessoas, tem também uma componente ambiental e requalificou um espaço devoluto muito importante no principal eixo viário que atravessa o concelho da Batalha” Os proprietários “captaram muito bem o conceito e o desígnio estratégico de tornar o município inclusivo, em várias vertentes, não só para aqueles que

Número de desempregados cai para 270 – 14% num ano O número de desempregados inscritos no Concelho da Batalha desceu 14% em fevereiro, em comparação com período homólogo do ano passado, segundo as estatísticas mensais do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). O concelho tem 270 desempregados (-14%; - 33) e regista-se uma descida do desemprego nos jovens com menos de 25 anos (-18%) e na faixa etária 25-34 anos

(-29%). Se estes dados forem comparados com os valores do desemprego de fevereiro de 2017, regista-se uma redução de 33%, com uma evolução também na redução dos níveis de desemprego de jovens (-42%.) Em fevereiro de 2019, a estimativa provisória da taxa de desemprego em Portugal foi de 6,5%, cerca do dobro do valor da registada no Concelho da Batalha, que se

situa próximo de 3% do total da população residente com 15 a 64 anos. “É uma boa notícia para cerca de centena e meia de batalhenses que saíram de uma situação de desemprego ao longo dos dois últimos anos e é também um excelente indicador porque o desemprego desce para todos, especialmente para os jovens, e isso representa mais esperança para o futuro do Concelho da Bata-

tem de ter melhores acessibilidades”, disse o vice-presidente. O novo Mosteiro do Leitão situa-se em frente às suas antigas instalações, no Casal da Amieira (IC2/EN1) num edifício que foi de uma serração, e corresponde a um investimento de três milhões de euros. O Mundo do Peixe e o Claustro constituem dois novos conceitos do restaurante, que complementam a marca-mãe do projeto. “O espaço dedicado ao peixe (apenas de mar) é uma resposta à procura dos clientes, o Claustro serve hambúrgueres, petiscos, carpaccios e outros tipos de cozinha, e está aberto todo dia, e o

Mosteiro do Leitão mantém o serviço conhecido”, explica Zita Freire. Esta nova etapa na vida do restaurante permitiu aumentar de 14 para 36 o número de colaboradores e reforçar as medidas inclusivas e de sustentabilidade. “Os nossos colaboradores receberam formação na área do turismo inclusivo, para saberem lidar, por exemplo, com uma criança com autismo e temos as ementas em Braille e com pictogramas, porque queremos que o Mosteiro do Leitão seja efetivamente um espaço para todos”, refere a proprietária. Na área da sustentabilidade ambiental, implementou medidas para reduzir a utilização de sacos do lixo, aplicou torneiras inovadoras, que permitem poupar água e papel para secar as mãos, reforçou a reciclagem e também houve cuidados semelhantes na escolha de materiais usados na construção. O Mundo do Peixe tem capacidade para 70 pessoas, o Claustro e esplanada podem receber 140 e o espaço da marca-mãe pode acolher 500 pessoas em simultâneo. O restaurante mantém a sua vocação centrada no serviço de almoços e jantares (incluindo de grupos) e não servirá diárias, nem incidirá a sua ação em festas como casamentos.

Zurich abre na Batalha

lha”, refere o presidente do município. “A criação de emprego e o apoio à qualificação dos jovens são prioridades locais. Estes dados vêm confirmar que as políticas implementadas ao longo dos últimos anos têm tido um reflexo bastante positivo no concelho. Haverá ainda muito a fazer neste domínio, no entanto, estamos no bom caminho”, conclui Paulo Batista Santos.

A Zurich Portugal anunciou em abril que “acaba de inaugurar dois novos espaços na região, na cidade de Leiria e na Batalha”, através do alargamento da rede de mediadores de seguros, com o objetivo de consolidar a presença do segurador em território nacional. “Sabemos que o cliente quer um parceiro que transmita serenidade e confiança e, por isso, consideramos crucial estar em vários pontos do país, mantendo um elevado nível de proximidade e relacionamento com os mediadores

e com os clientes”, afirma o CEO da Zurich Portugal, António Bico. Em paralelo, a Zurich tem vindo a implementar um conjunto de plataformas digitais de apoio à venda e às operações, com vista a simplificar os processos. A Zurich Portugal faz parte do Grupo Zurich e está em Portugal há mais de 100 anos. Atualmente conta com 19 escritórios próprios e uma rede de mais de 2.500 mediadores profissionais de seguros que servem mais de 620 mil clientes.


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Cultura

Conservatório de música tem as inscrições abertas m Leciona aulas em instalações em Fátima, Ourém, Freixianda, Batalha e Porto de Mós, e tem um universo de quase dois mil alunos e 70 colaboradores, docentes e não docentes

O Conservatório de Música e Artes do Centro (CMAC), que inclui o Concelho da Batalha, tem abertas as inscrições para o ensino artístico especializado em regime articulado para o ano letivo 2019/2020. O ensino artístico especializado é um regime de frequência oficial que permite ao aluno frequentar um curso de música, através da articulação pedagógica entre o conservatório e a escola do ensino regular.

A frequência do curso é gratuita, sendo, à semelhança do ensino regular, subsidiada pelo Orçamento do Estado. O aluno que frequentar este regime de ensino terá um complemento de três disciplinas: formação musical - aprende a gramática da música; classe de conjunto desenvolve capacidades de execução de música de grupo, e aula de instrumento o aluno aprende a tocar um instrumento musical.

Galeria Espaço Exibicionista

Filipe Curado expõe ciclo da vida em “360”

p A exposição é composta por nove esculturas, dispostas em circunferência O escultor Filipe Curado, que reside na Batalha há 12 anos, tem patente uma exposição intitulada “360” na galeria Espaço Exibicionista, em Lisboa, que constitui “uma metáfora sobre a trajetória universal do Homem”. A exposição é composta por nove esculturas, dispostas em circunferência, fazendo referência aos diferentes ciclos da natureza - evolução, degradação ou destruição e renovação ou

renascimento -, e está patente até dia 27 deste mês de maio. Na exposição “360” está refletida a busca incessante do escultor em trabalhar novos temas, técnicas e materiais, porém mantendo uma alusão ao motivo da árvore que tem caracterizado fortemente o seu percurso artístico. Filipe Curado construiu formas perfeitas, partindo da roda, tendo depois desconstruido-as em diferentes etapas do per-

curso evolutivo do seu trabalho. O escultor, natural de Leiria (1978), iniciou o seu percurso artístico em 1998, contado já com mais de 50 exposições individuais e coletivas, tanto em Portugal como no estrangeiro. Está representado em quatro galerias nacionais, em Lisboa, Porto e Estoril. A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 11 às 20 horas, e ao sábado, das 11 às 18 horas.

p Inscrições para o ensino artístico especializado As disciplinas da componente vocacional (formação musical e classe de conjunto) são ministradas nas instalações da escola onde o aluno frequenta o ensino regular. A disciplina de instrumento é ministrada no conservatório, podendo ser também nas instalações do ensino regular quando protocolado. A matrícula deve efetuar-se no 5º ano do ensino regular, podendo a frequência neste regime de ensino

prolongar-se até ao 12º ano de escolaridade. O CMAC começou por ser, em 1986, o Conservatório de Música de Ourém, e mais tarde acrescentou Fátima ao nome, em resultado do alargamento da sua zona de influência. A procura por alunos de concelhos limítrofes, nomeadamente Porto de Mós e Batalha, levou ao crescimento da associação cooperativa de ensino. Hoje leciona aulas em

instalações em Fátima, Ourém, Freixianda, Batalha e Porto de Mós, e tem um universo de quase dois mil alunos e 70 colaboradores, docentes e não docentes. É o segundo maior conservatório do país ao nível de alunos do ensino básico. O alunos devem inscrever-se no site www.cmac. pt ou contactar através de geralcmac@sapo.pt e 249 538 171.


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Batalha Atualidade

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Mapone lançou Angústias Mapone - o pseudónimo de Manuel Poças das Neves -, natural de Reguengo do Fetal, onde nasceu em 1931, acaba de lançar uma nova obra, intitulada Angústias, com a chancela da Chiado Books. Angústias é uma narrativa composta de fragmentos

de vidas que o autor foi coligindo e tentou entrelaçar sob nomes fictícios. Gente, como tanta outra, que atravessou mares e ares, em demanda de paz de espírito, augurando amealhar algo de seu que lhe permitisse encarar o porvir com tranquilidade. O engenho

do autor levou-o a personalizar banalidades, que realça ao longo da narrativa, seguindo um fio condutor bem destacado nos sentimentos moralizadores que enformam a raça lusa, sem contudo lhe escamotear os seus vícios e artimanhas.

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ATSK Batalha conquista 28 medalhas na taça

A Associação Tigre Shotokan Karaté-Do da Batalha conquistou 28 medalhas na 19ª Taça Nacional JSKA – Portugal, que decorreu no dia 7 de abril no Pavilhão Municipal de S. Miguel, na Guarda. Na competição participaram 24 clubes de todo o país, num total de 250 atletas, numa iniciativa organizada pela Japan Shotokan Karate Association (JSKA) e a Academia Egitaniense de Karate Shotokan, com o apoio da câmara e da freguesia da Guarda. “O karaté tem como principal objetivo, não a vitória ou derrota, mas sim o aperfeiçoamento do caráter dos praticantes”, explica o treinador e presidente da assembleia geral do ATSK Batalha, Bruno Carvalho, salientando que, “além de físico e técnico, o karaté é mental, com o respeito, sinceridade, etiqueta, esforço e auto controlo a serem as suas cinco máximas”. A associação Tigre Shotokan Karaté-Do Batalha é membro da JSKA-Portugal e existe desde 2005, sempre sob a orientação do sensei Álvaro Carvalho, e admite novos membros, tanto iniciantes, como praticantes já com experiência e de diferentes idades.

Resultados da Taça Nacional JSKA Filipa lebre - Vicecampeão Kata e 3 Kumite David Vicente - 3 Kata e Vice-Campeão Kumite João Moura - Campeão Kata e Kumite Alice Santo - Vicecampeão Kata e Kumite Eduardo Monteiro - 3 Kata e Campeão Kumite Augusto Pereira - 3 Kata e Vice-Campeão Kumite Ricardo Rino - Campeão Kata e Kumite Paulo Reis - 3 Kata e Vicecampeão Kumite Ana Leonor - 3 Kata Samuel Cunha - 3 Kata Ângelo Pragosa - 3 Kumite Marco Dionísio - 3 Kata e Campeão Kumite Guilherme Ramos - 3 Kumite David Fino - Vicecampeão Kumite Simão Santos - Campeão Kumite Inês Rino - Campeão Kata Nível 3 , 3 Kata Nível 4 e 3 Kumite Bruno Carvalho - Vice-campeão Kata Participaram ainda os Afonsinhos, Tiago Cunha, Rodrigo Capitão, José Rino, Marisa Matos, Manel Franco, Rita Santos e Manuel Domingues, “que também estiveram muito bem nas suas participações”, segundo Associação Tigre Shotokan Karaté-Do da Batalha.


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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação. que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e quarenta e quatro a folhas cento e quarenta e cinco, do Livro Duzentos e Quarenta - B. deste Cartório. Victor Ferraz Alves, casado, natural de Inglaterra, residente na Rua do Poente, n°.40, Casal da Amieira, Batalha, que outorga na qualidade de procurador de: Joaquim Duarte Alves, NIF 103 864 946 e mulher Maria do Carmo Rito Ferraz, NIF 180 328 360, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia e concelho da Batalha, residentes na Rua do Poente, n°40, Casal da Amieira, Batalha, declara que os seus representados, são donos e legítimos possuidores do prédio rustico, composto de terra de cultivo e arvores de fruto, com a área de mil duzentos e noventa metros quadrados, sito em Casal da Amieira, freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte com Vítor Ferraz Alves, de sul com Joaquim Santana Marques, de nascente com Antiga Estrada Nacional 1 e de poente com Rua do Poente, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 10369, com o valor patrimonial de €1.444,80. Que, o identificado prédio foi doado verbalmente, à justificante mulher, no ano de mil novecentos e cinquenta por seus pais Manuel de Sousa Ferraz e mulher Emília de Jesus Rito. residentes que foram em Golpilheira, Batalha, contudo, sendo esta transmissão meramente verbal não existe título formal que a comprove, para proceder ao registo; Que em consequência daquela doação verbal, os seus representados possuem o identificado prédio em nome próprio, há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno. com o amanho da terra, recolha de frutos. conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos. pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé, durante aquele período de tempo. adquiriram o referido prédio, por usucapião. Batalha, trinta de abril de dois mil e dezanove. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/6 Jornal da Batalha, edição nº 345 de 10 de maio de 2019

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas quinze a folhas dezasseis verso, do Livro Duzentos e Quarenta e Um - B, deste Cartório. José Luís Costa Vieira da Silva, NIF 114 268 762 e mulher Maria Delfina Pimpão Monteiro, NIF 185 206 468, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia e concelho da Batalha, onde residem na Rua do Ribeiro, nº 6, no lugar de Casais dos Ledos, declaram, que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores prédio rustico, composto de pinhal, com a área de duzentos e cinquenta e oito metros quadrados, sito em Pinheiros, freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte com Estrada Nacional 356, de sul e de poente com Herminio Batalha Cordeiro e de nascente com E.M. 546 (Rua Principal) não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 10362, com o valor patrimonial e atribuído de €211,56. Que adquiriram o referido prédio, no ano de mil novecentos e oitenta e sete, por doação verbal dos pais da justificante mulher, Joaquim Silva Monteiro e mulher Maria da Piedade dos Santos Pimpão, residentes em Casais dos Ledos, Batalha, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, os justificantes possuem o identificado prédio, em nome próprio, há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé, durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio, por usucapião. Batalha, sete de maio de dois mil e dezanove. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/6 Delegação de poderes autorizada pela Notária Sónia Marisa Pires Vala, publicada na Ordem dos Notários, em 03 de fevereiro de 2015 (artº 8º do Dec. Lei 26/2004 de 4 de fevereiro e artº6º da Portaria 55/2011 de 28 de janeiro). Jornal da Batalha, edição nº 345 de 10 de maio de 2019

HERCULANO REIS SOLICITADOR Rua Infante D. Fernando, Lote 3, 1ºA

2440 BATALHA - Tel. 244 767 971

Maria Inácia Ribeiro de Sousa Lopes

83 anos 03 – 03 – 1936 - 22 – 04 – 2019 Cela – Batalha

AGRADECIMENTO

Seu marido: Joaquim Emílio de Souza Lopes, filho: Joaquim Pedro Ribeiro Lopes, nora, neto e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que ao longo do tempo demonstraram carinho e preocupação e que agora, na hora do adeus a acompanharam até à sua última morada. Para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Descansa em paz Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Raul Aurélio da Conceição Santos

75 anos 26 – 02 – 1944 - 01 – 05 – 2019

AGRADECIMENTO

Sua esposa: Mª Fernanda Pinheiro Conceição Santos, filhas: Ângela Mª Pinheiro Conceição Santos e Fernanda Mª Pinheiro Conceição Santos e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm desta forma agradecer todas as manifestações de apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “ Aqueles que amamos não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si e levam um pouco de nós” Tratou: Funerária Santos & Matias - Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e duas a folhas cento e três, do Livro Duzentos e Quarenta - B, deste Cartório. Joel Novo Rainho, solteiro, maior, natural de França, residente na Estrada do Arieiro, n°.7, Jardoeira, Batalha, que outorga na qualidade de procurador de: Agostinho Calado, NIF 291 433 774 e mulher Chantal Danielle Andrée Juout Calado, NIF 299 010 805, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais, ele da freguesia e concelho da Batalha, ela de França, de nacionalidade francesa, residentes em 25 Rue François de Liniers, França, declara que os seus representados, são donos e legítimos possuidores do prédio urbano, composto de casa de rés do chão para habitação, com a superfície coberta de trinta e seis metros quadrados, e logradouro com a área de sessenta e quatro metros quadrados, sito em Calvaria de Baixo, freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte com António Carreira, de sul com caminho, de nascente com António Pereira Roque e de poente com Custodia Maria Matias, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 1970, com o valor patrimonial e atribuído de €8.312,85. Que, o identificado prédio foi doado verbalmente, aos justificantes, no ano de mil novecentos e noventa por José Calado dos Santos e mulher Maria do Rosário Matias dos Santos, pais do justificante marido, residentes que foram em Calvaria de Baixo, Batalha, contudo, sendo esta transmissão meramente verbal não existe título formal que a comprove, para proceder ao registo; Que em consequência daquela doação verbal, os seus representados possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, ocupando e habitando o prédio, nele fazendo benfeitorias, com a conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio por usucapião. Batalha, vinte e três de abril de dois mil e dezanove. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/6 Jornal da Batalha, edição nº 345 de 10 de maio de 2019

Carlos Manuel Gomes de Jesus 48 Anos N. 25-12-1970 - F. 10-04-2019 Faniqueira – Batalha

AGRADECIMENTO Seus Irmãos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado… Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

Maria Florinda Marques 88 Anos N. 18-10-1930 - F. 17-04-2019 Forneiros – Batalha

AGRADECIMENTO Seus Filhos, Genros, Noras, Netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado… Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369


A fechar

B

Passeio Mata do Cerejal O passeio pedestre “À descoberta do desconhecido – Mata do Cerejal”, promovido pelo Centro Recreativo de Alcanadas, está marcado para o próximo domingo, dia 19. O passeio tem 10 quilómetros, começa às 08h30 e as inscrições custam 3,50 euros por pessoa.

MAIO 2019

Feira do livro dá descontos e oferece espetáculos para todos m No último dia serão divulgados os nomes dos vencedores da 11ª edição do Concurso Literário “O Fio da Memória – O Conto” A 18ª edição da Feira do Livro da Batalha decorre na Praça Mouzinho de Albuquerque, na Batalha, de 16 a 19 deste mês, com a participação das principais livrarias da região, a que se juntarão alfarrabistas. “À venda e com descontos bastantes significativos, os visitantes encontrarão uma vasta seleção de publicações para todos os leitores,

incluindo os géneros infantil, romance e temas da atualidade e em áreas de conhecimento como a economia, a história, a geografia e a filosofia”, explica o município. O programa de animação oferecerá espetáculos gratuitos, dirigidos a toda a família. Como nota de realce, o músico Filipe Pinto marcará presença no evento no domingo, 19, às 17 horas, com o seu mais recente trabalho, que junta música e pedagogia ambiental, “O Planeta Limpo”. No sábado, 18, o evento acolhe a Feira dos ATL, alusiva à temática “Ajuda o teu Planeta” e que na presente edição dedicará as atividades à importância e sal-

vaguarda do ambiente e da importância da preservação dos recursos naturais. Pelas 21h30, será apresentada a peça de teatro “O Velho da Horta”, pela companhia Ao Luar - Teatro. A Feira do Livro da Batalha contempla ainda no domingo, às 15h30, a divulgação dos vencedores da décima primeira edição do Concurso Literário “O Fio da Memória – O Conto”, que reúne a participação, entre textos e ilustrações, de mais de 100 participações dos alunos do Agrupamento de Escolas da Batalha. Com o intuito de promover e estimular a leitura e o conhecimento junto do pú-

p Participam as principais livrarias da região e alfarrabistas blico infantil, o Município da Batalha oferecerá a cada criança do Pré-Escolar e do 1º CEB da rede pública um cheque-livro no valor de 3 euros.

Na perspetiva de presidente da Câmara da Batalha, Paulo batista Santos, “a Feira do Livro é uma iniciativa de manifesta importância, que este ano se dedica

à temática da proteção dos recursos ambientais, traduzida quer pelos espetáculos a exibir, quer também por toda a dinâmica a afetar à Feira dos ATL”. Publicidade

Fábrica e Escritório: Casal da Amieira 2440-901 Batalha Apartado - 201 Telefones: 244 765 217 244 765 526 I 244 765 529 Fax: 244 765 529

Visite a maior exposição da zona centro junto à Exposalão Batalha

Sócio-Gerente Luis Filipe Miguel - 919 937 770 E-Mail: granicentro@granicentro.pt Home page: www.granicentro.pt


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