DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXVIII | Nº 341 | DEZEMBRO DE 2018| PORTE PAGO
Suplemento nesta edição
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Há muitas maneiras de embrulhar o Natal Colaboradores do JB escrevem sobre a época
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Batalhenses da diáspora mais próximos dos seus conterrâneos
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Batalha Atualidade
dezembro 2018
Jornal da Batalha
Pista de gelo e iluminações dão mais brilho ao Natal
s Editorial
m Estão previstos espetáculos Carlos Ferreira Director
O nosso pódio não somos nós Nos tempos que correm, em que quase tudo é volátil e é mais fácil vender uma mentira (não digam, por favor, notícias falsas, porque isso não existe) do que uma notícia, a minha primeira palavra deste último texto deste ano não poderia deixar de ser dirigida aos nossos Colaboradores. A todos eles que, ao longo destas 12 edições escreveram no Jornal da Batalha, sempre pro bono, quiçá abdicando de momentos de descanso, para corresponderem com os seus artigos à sã curiosidade dos nossos Leitores, muito obrigado! Àqueles que continuaram a investir em publicidade no nosso jornal, contribuindo para a sua subsistência, perante as dificuldades que os media atravessam e que todos conhecem, um igual agradecimento. Aos nossos Anunciantes e às suas famílias desejo que o sucesso lhes continue a dar as mãos. Em terceiro lugar, mas não menos importante neste pódio, uma palavra – afinal a nossa mais preciosa matéria prima – dirigida aos nossos Leitores, que encerra também o desejo de podermos continuar juntos em 2019: obrigado! Não é possível corresponder às expetativas de todos sempre. Mas é possível trabalhar mais na persecução desse objetivo. É esse o nosso compromisso. É isso que faremos, assim nos ajudem Leitores, Colaboradores e Anunciantes. Feliz Natal e bom Ano Novo.
Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, António Caseiro, António Lucas, Francisco
dirigidos aos mais pequenos, como sessões de cinema no auditório municipal
A programação de “O Natal na Batalha tem brilho” começou a 23 de novembro, com a ligação das iluminações natalícias, que permanecem em funcionamento até ao dia 6 de janeiro. A instalação de uma pista de gelo natural, com 200 metros quadrados, em tenda coberta, na Praça Mouzinho de Albuquerque, destaca-se entre as atividades previstas, que a câmara municipal desenvolve em parceria com a ACILIS. Noutras vertentes, estão previstos espetáculos dirigidos aos mais pequenos, com realce para “O Reino do Gelo”, a 12 deste mês, sessões de cinema infantil no auditó-
p O presidente da câmara ‘testou’ a pista de gelo rio municipal. O programa contempla ainda a realização de oficinas temáticas a realizar na Casa do Pai Natal, instalada no edifício Mouzinho de Albuquerque, animação de rua dirigida aos mais pequenos e diversas atividades desportivas de cariz solidário.
O Museu da Comunidade Concelhia (MCCB) promove, de 18 a 21 deste mês, uma semana com atividades dirigidas aos mais pequenos, no período das férias escolares, com a realização de oficinas temáticas natalícias, visitas a monumentos da região e atividades de âmbito solidário.
Batalha tem mais brilho” Org. BatalhaBiker’s 14h30 - 17h00 Animação na Casa do Pai Natal — “Coreografias Natalícias” 14h30 - 17h30 1 Presença do Pai Natal na Vila
AUDITÓRIO MUNICIPAL 16h00 Sessão de cinema infantil “A Revolta dos Perus”
s registo Programação PISTA DE GELO 1 A 31 DEZEMBRO Pista de gelo natural instalada em tenda coberta Praça Mouzinho de Albuquerque 12 DEZEMBRO, QUARTA-FEIRA AUDITÓRIO DO CENTRO PAROQUIAL DA BATALHA 15h00 - Espetáculo de Natal “O Reino do Gelo” CEB do Agrupamento de Escolas do Concelho da Batalha 15 DEZEMBRO, SÁBADO CASA DO PAI NATAL 14h00 - 18h00 Oficina temática Natalícia “A esponjinha do Pai Natal” PRAÇA MOUZINHO DE ALBUQUERQUE 17h00 6ª Prova de Atletismo “São Silvestre” Org. Atlético Clube da Batalha 16 DEZEMBRO, DOMINGO PAVILHÃO MULTIUSOS 08h00 - 12h30 6° Passeio BTT “O Natal na
André Santos, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, Joana Crispim, João Pedro Matos, João Ramos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)
AUDITÓRIO MUNICIPAL 16h00 Sessão de cinema infantil “Muito à Frente” 18 DEZEMBRO, TERÇA-FEIRA MOSTEIRO DA BATALHA XI Exposição de presépios Patente até 6 de janeiro 2019 22 DEZEMBRO, SÁBADO CASA DO PAI NATAL 14h00 - 18h00 Oficina temática Natalícia “O estojo pessoal do Pai Natal” 23 DEZEMBRO, DOMINGO 14h30 - 17h00 Animação na Casa do Pai Natal — Espetáculo de Magia 14h30 - 17h30 Presença do Pai Natal na Vila
Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:
29 DEZEMBRO, SÁBADO CASA DO PAI NATAL 14h00 - 18h00 Oficina temática Natalícia “A coroa dos Reis Magos” 30 DEZEMBRO, DOMINGO 14h30 - 17h00 Animação na Casa do Pai Natal — Espetáculo de Magia Infantil AUDITÓRIO MUNICIPAL 16h00 Sessão de cinema infantil “O Coelho Kung Fu” *Programa sujeito a alterações. Reservas para as sessões de cinema infantil, através do email cultura©cm-batalha.pt ou pelo telefone 244769110
Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950
Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo. O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt
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dezembro 2018
Jornal da Batalha
s A opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha
Natal, solidariedade e democracia Estamos no último mês do ano, mês do Natal, onde se apela mais à solidariedade e invariavelmente onde esse espírito mais aparece, através de diversas ações, quer individuais, quer coletivas, mas todas com o mesmo sentido de amizade e proximidade aos menos afortunados da nossa sociedade. Este deveria ser também o espírito da democracia, governo do povo e para o povo, sempre com o primado do interesse do povo, quer em período de eleições, quer fora dele, quer no mês do Natal, quer nos restantes onze meses de cada ano. A democracia exerce-se através da proximidade ao povo, da resolução dos problemas do povo, com o mínimo de meios possível em gastos supérfluos, para que sobre o máximo possível para o bem do povo. E estar ao lado do povo, passa por ouvi-lo, atendê-lo,
dar-lhe atenção e acima de tudo contribuir no dia a dia para a resolução dos seus problemas. Por vezes muito pequenos, à dimensão de uma freguesia, de um concelho, de uma região ou de um país, mas muito grandes para o cidadão que tem essa dificuldade. Quanto maior for a proximidade do poder e das instituições aos cidadãos, maior será o conhecimento dos seus maiores problemas e assim maior será a probabilidade de serem resolvidos e bem resolvidos. Para isso, será fundamental o envolvimento do maior número possível de cidadãos, de instituições, de grupos e também para isso têm surgido os orçamentos participativos locais e nacionais e outras formas de tornar a democracia mais direta e mais participada pelo povo, ou seja, pelo objeto final dessa mesma democracia.
Só assim será possível evitar os extremismos, sejam eles de direita ou de esquerda, cada vez com mais força na Europa e no mundo. Veja-se o resultado das eleições no Brasil, em Itália, nalguns países do norte da Europa ou o que poderá acontecer nas futuras eleições francesas. Estes resultados mais não são do que o resultado do afastamento e do descrédito que o povo vai demonstran-
Votos de Boas Festas 19 e Bom Ano de 20
FERRAGENS FERRAMENTAS FECHADURAS DE ALTA SEGURANÇA Rua D. Filipa de Lencastre, N.º 7 A 2440-116 BATALHA Tel. 244 766 569 • Fax: 244 766 885 E-mail: geral@ferragensdolena.pt www.ferragensdolena.pt
CÓPIAS DE CHAVES
do, pela ausência de proximidade e por diversos maus exemplos que o povo vai constatando. Brevemente teremos eleições europeias, prevendo-se uma abstenção recorde, sinal do enorme afastamento do povo em relação às instituições europeias, que muito propalam a Europa dos cidadãos, mas onde vivem muitos milhares de eurocratas, onde vivem bem à cus-
ta do povo, mas parecendo preocupar-se mais com os seus interesses pessoais ou de grupo, do que com os interesses do povo que os sustenta. Estas instituições e não só, estão demasiado caras, para o que de bom fazem ou deveriam fazer pelo povo, levando a que se comece a questionar o seu interesse e levando a resultados como o acontecido na Grã Bretanha com o célebre Brexit, que trará custos enormes para os ingleses em particular e para os europeus em geral. Se o espírito natalício fosse praticado todo o ano, por todos, no dia a dia, na nossa vida pessoal, profissional, associativa, política, etc, seria tudo bem diferente e certamente viveríamos bem melhor, geriríamos muito melhor os recursos disponíveis, que seriam melhor direcionados para onde fazem mais falta e para onde pro-
duziriam melhores efeitos. Quero aproveitar também esta via para desejar um Bom Natal a todos com muita paz, saúde e amor.
Jornal da Batalha
Atualidade Batalha
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s Notícias dos combatentes
É de novo Natal É novamente tempo de Natal e já todos corremos em círculos como galinhas sem cabeça. Praticamente em todo o mundo se considera cegamente esta época como um “momento de dar” ou o “espírito de dar”, aceitando-o como uma época cristã que comemora o nascimento de Cristo. Quantos saberão que Cristo não nasceu a 25 de Dezembro, nem perto, e que na Bíblia não se fala na comemoração da data, apenas no nascimento, e que, como tal, se torna numa comemoração pagã? Será muito mais “momento” que “espírito”, certamente! Quantos realmente se interessam em saber o que é realmente o Natal, mais do que uma simples tradição? Ou melhor ainda, se pensaram sobre o que acontece durante as férias escolares e o que realmente promove? Pense-se sobre as crian-
ças carenciadas nas escolas: trata-se de uma pausa nas poucas refeições quentes que têm ou no pão com manteiga e no leite, no banho semanal após a educação física. Observam, “maravilhados”, os mais abastados a receberem presentes que jamais poderão alcançar. Como se sentirão? No entanto é-lhes passada uma mensagem, nas TV, nos livros escolares, nas montras, de que o Pai Natal é mágico e que dá às pessoas de todo o mundo! Acharão um absurdo ou ficam com a ideia que Ele só dá aos manifestamente mais abonados? Quanto mais abastado, mais Ele dá! Ou o ser necessitado é punição por não ter as mesmas condições dos demais, para atingir os esperados níveis de aprendizagem para então poder finalmente perceber o tão esperado presente que nunca chega?
O Natal é sobre um tempo que promove apenas o materialismo, o consumismo
e mune as pessoas de bens inúteis, que nada trazem para o coletivo, nem para o
indivíduo. Traz a angústia dos carenciados por nada receberem, e a angústia dos abastados porque não receberam o que queriam. O Natal promove o espírito do egoísmo, em vez do Espírito Santo, a mentira e o materialismo, em vez da verdade e do amor ao próximo. Passam os anos sempre iguais, sempre os mesmos rituais, sempre a mesma mesa, sempre a mesma decoração, e nunca ninguém realmente questiona de onde tudo surgiu e o verdadeiro propósito a que serve. Sabemos, no entanto, que é uma época que não fala em nome de todos, não é igual para todos. É uma época de hipocrisia em que saltam os corações e as boas ações, quando as mesmas deveriam ser uma qualidade humana e não um ato de um momento ou de uma época. Quem não tem posses age
desesperadamente, preocupado e ansioso com o Natal. Sentem culpa, especialmente quando não podem comprar presentes para os filhos ou proporcionar o que seria uma simples refeição de Natal, igual à do anúncio do hipermercado. É para evitar esta exclusão, das principais celebrações da época festiva, que muitos dão o seu tempo para que outros possam ter Natal. Não partilhemos só nesta época! Pratiquemos o bem todo o ano! Abracemos o voluntariado! P.S. – Para os que pensem que hoje acordámos amargos ou que não passamos de uns pagãos, pedimos-lhes que meditem um pouco e observem bem a sociedade e a realidade em que estamos inseridos. NCB
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Jornal da Batalha
s Espaço do Museu
O que o museu pode ensinar sobre o verdadeiro sentido do Natal? Chega entre iluminações, ruas brilhantes, cores e sons remetendo para mundos fascinantes. A quadra festiva, que se vive entre o calor da lareira e a pista de gelo, a árvore de Natal e a chaminé, as prendas e as roupas quentes apela à animação e à magia. Se é verdade que o Pai Natal se mostra mais vezes que o Menino Jesus, também é certo que a tradição religiosa, o presépio, as iguarias típicas e, sobretudo, o encontro familiar se elevam numa época que afaga os corações. No meio do espírito contagiante, muitas vezes permeável às exigências do consumismo, aldeias, vilas e cidades vestem-se de brilho e de cor, para que o sentido da época tome o seu lugar. A programação,
mormente pensada para as crianças, traz a animação que o mundo mágico que a quadra exige.
Nesta época, diversos museus oferecem um programa de atividades para as férias do Natal dirigidos,
sobretudo, aos mais jovens. No Museu da Batalha, fazemo-lo, uma vez mais, com o objetivo de envolver
as crianças em atividades que lhes permitam saber mais sobre o património, de forma pedagógica e lúdica. Nestas férias, há espaço para a evocação da magia que os mais jovens associam ao Natal, pelo que os símbolos e os tons da época e a árvore de Natal não são esquecidos. E esta é a porta perfeita para a passagem de valores e da mensagem do verdadeiro sentido do Natal. No meio do divertimento, há a aprendizagem no conhecimento do passado e do presente; há a solidariedade, na oferta de bens a quem mais precisa; há a cidadania nas visitas a instituições e no convívio com os seus utentes; há a preocupação ambiental: na reutilização de materiais que já não se usam para a expres-
são plástica. O museu, como espaço de valorização da história e do património, deve valorizar o passado, estar atento ao seu presente e projetar o futuro. Em complemento à escola e à casa familiar, o museu pode ser um educador imprescindível para fomentar a imaginação, o sentido crítico, o conhecimento e, em particular nesta época, o sentido de cidadania e de partilha. Contando com a participação de crianças, jovens e adultos nossas iniciativas, o Município da Batalha, através do MCCB, deseja um Feliz Natal a todos. Município da Batalha Museu da Comunidade Concelhia da Batalha
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Batalha Saúde
Jornal da Batalha
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É Natal, cuidado com a sua saúde! Na consoada e no dia de Natal as mesas portuguesas estão repletas de bolos, tartes e doces. Há ainda as rabanadas, filhós, os queijos e as bebidas espirituosas. Animados pela reunião familiar e pela abundância, cometem-se sempre abusos que se vão refletir na nossa saúde a curto ou a longo prazo. Na verdade, o problema de saúde não reside apenas na consoada ou no dia de Natal. Na era moderna e com o “boom” de consumismo em redor desta época estamos perante, pelo menos, um mês de comemorações que são sempre acompanhadas de “boa” comida e “boa” bebida, sendo que “boa” nem sempre significa saudável. O excesso de peso e a obesidade são problemas de saúde cada vez mais prevalecentes a nível mundial, nacional e, como não po-
deria deixar de ser, no conselho da Batalha também. Posso ainda afirmar que estes problemas de saúde estão entre os seis problemas de saúde mais identificados
no último ano na USF Condestável. Por tudo isto, evite os exageros alimentares típicos das festas de Natal e de fim de ano, tente fazer a sua ceia
o mais saudável possível. Não é preciso renunciar às tradições que tão bem nos sabem e que nos relembram a nossa infância, mas é possível saber escolher dentro
da tão diversificada oferta natalícia: - Nunca se esqueça de começar com a tradicional sopa, uma grande herança da nossa cultura, que é sau-
dável e dá-nos a sensação de saciedade; - Peru ou Bacalhau: use azeite para cozinhá-los, insista nos legumes ou na salada, ricos em antioxidantes, e reduza a dose da batata ou do arroz. Não abuse nos molhos e não coma a pele do Peru; - Vinho: não é novidade que o álcool em excesso é nocivo e que engorda (1 copo de vinho tem cerca de 170 calorias!); - Doces típicos de Natal: é sabido que são muito ricos em açúcar e ovos, no entanto é sempre possível reduzir a quantidade. Sabia que no dia de Natal ingerimos, em média, 6000 calorias? O triplo do que é suposto. Neste Natal coma de tudo um pouco, mas pouco de tudo. Ana Campos Portela USF Condestável, Batalha
Votos de m Boas Festas e u 9 01 próspero Ano 2
ACORDOS:
ADSE, PSP, ADMG, Mulicare, Advancecare, Médis, SAD-GNR, SAMES Centro, SAMS quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sávida
Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon, Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia.........sábado - manhã Oftalmologia............................................................... Dr. Joaquim Mira............................................. sábado - manhã
Dra. Matilde Pereira........ quinta - tarde/sábado - manhã
Dr. Evaristo Castro...................................................terça - tarde
Nutricionista................................................................ Dra. Ana Rita Henriques.......................................terça - tarde Cirurgia Geral/Vascular....................................... Dr. Carlos Almeida.................................................. sexta - tarde Otorrinolaringologia............................................. Dr. José Bastos.......................................................quarta - tarde Próteses Auditivas...........................................................................................................................................quarta - tarde Terapia da Fala........................................................... Dra. Débora Franco......quinta - tarde / sábado - manhã Neuro Osteopatia /Acumpunctura............... Tec. Acácio Mariano............................................quarta - tarde (Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)
Ortoptica........................................................................ Dr. Pedro Melo.................................................. sábado - manhã
Outras Especialidades:
Medicina Dentária
Clínica Geral................................................................. Dr. Vítor Coimbra..................................................quarta - tarde Medicina Interna....................................................... Dr. Amílcar Silva.......................................................terça - tarde Urologia.......................................................................... Dr. Edson Retroz....................................................quinta - tarde
Dra. Sâmella Silva
Dermatologia.................................................... Dr. Henrique Oliveira.................................... segunda - tarde
Terça/quinta-feira - Tarde
Estética ........................................................................... Enf. Helena Odynets.............................................. sexta - tarde
Dr. Evandro Gameiro Segunda/quarta/sexta-feira - Tarde Sábado - Manhã
Cardiologia................................................................... Dr. David Durão....................................................... sexta - tarde Electrocardiogramas............................................................................................................... segunda a sexta - tarde Neurocirurgia............................................................. Dr. Armando Lopes......................................... segunda - tarde
Implantologia
Neurologia.................................................................... Dr. Alexandre Dionísio......................................... sexta - tarde
Cirurgia Oral
Psicologia Educacional/vocacional...........Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos.............................................. Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde
Ortodontia
Psiquiatria .................................................................... Dr. José Carvalhinho..................................... sábado - manhã
Rx-Orto
Pneumologia/Alergologia.................................. Dr. Monteiro Ferreira............................................ sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..................................... Dr. Paulo Cortesão.......................................... segunda - tarde
Telerradiografia
Ortopedia...................................................................... Dr. António Andrade...................................... segunda - tarde
Próteses Dentárias
Endocrinologia.......................................................... Dra. Cristina Ribeiro........................segunda / terça - tarde
Rua da Ribeira Calva . Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente . BATALHA . Tel.: 244 766 444 . 939 980 426 . clínica_jm@hotmail.com
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Atualidade Batalha
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s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira
Prendas e embrulhos diferentes
Estamos em Dezembro e com ele chegaram o frio e a chuva. Já vos disse que gosto muito da chuva e cada vez se percebe mais a sua falta - pois que venha chuva. Temos agasalhos e tetos para nos abrigarmos. Adoro dar e receber presentes, e o Natal é uma época especialmente dedicada à partilha, mas dispenso totalmente o consumismo desenfreado, aquele sentido de dar por obrigação, potencio antes o dar por devoção. Como na quadra natalícia jantamos e almoçamos em modo família alargada, e para não criar o ambiente de confusão geral na troca de presentes, jogamos o velho jogo do amigo secreto. Com algum tempo de antecedência colocamos o nome de cada pessoa num saco e deixamos de cada um tire à sorte o nome da pessoa a quem vai dar presente. Assim na noite de Natal apenas existe a entrega de um presente por pessoa. Para aumentar a expectativa começamos por chamar a entregar o presente a pessoa mais velha, a quem é sugerido previamente que descreva a pessoa que lhe calhou para que perceba que vai receber o presente.
Isto potencia a que sejam dados elogios e reconhecimentos em família – pois a intenção é usar adjetivos positivos. As crianças pequenas receber os presentes no fim, pois se for no principio não ouvem mais nada o resto de tempo, e assim treinam a paciência e o saber esperar. Com um bocadinho de imaginação e espírito divertido podemos tornar os nossos natais mais interativos, recorrendo a formulas antigas mas sempre atuais para pôr em pratica. Mesmo que na sua família as primeiras reações não sejam as mais desejadas, insista, persista e não desista, vai ver que acabam por alinhar. Em relação aos presentes, optamos sempre por algo útil. Sugestões: Garrafas de azeite aromatizado: encher com azeite garrafas bonitas e depois introduzir uma erva ou mistura a gosto. Sal verde: numa taça juntar duas colheres de sopa de alecrim seco, duas colheres de sopa de orégãos secos, duas colheres de sopa de manjericão seco e por último uma colher de chá de sal natural. Triturar tudo e colocar num frasco pronto a
adicionar sabor e nutrientes às nossas saladas. Cabaz de hortícolas. Presentes úteis e que não farão parte do espírito de consumismo desenfreado a que assistimos por estes dias. Outra coisa que me faz alguma confusão, é o excesso de papel nos embrulhos, é frequente vermos nos dias
seguintes os amontoados de papéis nas ruas. Tenho optado por embrulhar os presentes em sacas de tecido (que coso), que pode ser reaproveitado, fazendo assim um presente extra, ou então, como a minha mãe fazia, num pano de cozinha bonito - para quem tem jeito com as agulhas, com um
picon a embelezar. E assim diminuímos a quantidade de papel a usar. Hortícolas para semear e/ ou plantar: alfaces, agrião, beterraba, cebolas, couves, coentros, favas, mostardas, desbastar as nabiças, nabos, rúcula, salsa. Árvores de fruto plantar: alperces, ameixoei-
ras, amoreiras, cerejeiras, figueiras, framboeseiras, groselheiras, macieiras, mirtilos, nectarinas, pereiras, pessegueiros. Jardim, semear e/ou plantar: goivos, jacintos, tulipas. Na horta posso cultivar bons alimentos e bons sentimentos! Boas colheitas.
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Jornal da Batalha
s Pestanas que falam Joana Magalhães
O Natal são os doces da avó Natal é sinónimo de reunião. Reunião da família. Reunião dos amigos. É a altura do ano em que nos lembramos de todas as pessoas queridas que, ao longo do ano, estiveram ao nosso lado e permitiram de alguma forma que chegassemos ao fim. Do Natal, a memória mais querida de infância que tenho é a bancada da cozinha de casa da avó cheia de doces, mesmo naquela quantidade que parece industrial, mas que depois se reflete sempre o fundo do prato. É o cheirinho a aletria acabada de fazer e a bolo de iogurte. São aquelas filhoses crocantes que já toda a gente está a comer ainda antes do bacalhau. Em casa da minha avó são também as bolas de chocolate na árvore de Natal, aquelas que só se podem comer no dia 25 e não no dia 24 mas que
eu, juntamente com o meu irmão, comíamos às escondidas. Era isso e a espera até à 00h00, hora em que o meu tio permitia que as prendas fossem distribuídas e abertas. Que sofrimento que era esperar. “Tio, falta muito?!”. Depois era chegar a casa, vestir o pijama e ver com os
meus pais um filme de Natal com as prendas em montinho no chão. Sim, porque o Kevin todos os anos é deixado sozinho em casa e o Grinch nunca chegou a roubar verdadeiramente o Natal. Essas são as memórias quentinhas e cheirosas de quando era criança.
Hoje tudo isso continua igual. E ainda bem. Só que hoje há mais doces, porque não pode faltar um bolo rei clássico e um de chocolate da “sogra”. Há mais amigos secretos e alguns dos embrulhos debaixo da árvore eu já sei o que têm, porque os comprei. Este ano
há também um novo membro na família, um felino, que também terá direito às suas prendas. Mas a base do Natal mantém-se. Os doces da avó, o rigor do tio e o filme com os pais e o irmão. Embora o Natal hoje seja mais do que os doces (até porque a barriga já não aguenta como antigamente) e seja, também, mais do que as prendas. O Natal hoje é a família e são os amigos. É colocar em perspetiva todo o ano que passou e olhar para as pessoas que nos acompanharam como a melhor prenda que poderíamos ter tido. Numa altura em que tudo muda, tão rápido, e tão instantaneamente, o Natal é olhar para o lado e ver os outros e agradecer por os outros, tal como nós, ainda lá estarem. Este Natal espero que o Kevin continue a ser deixado sozinho e casa, que o
Grinch não roube o Natal, que a casa cheire a doces da avó e que o meu tio só deixe abrir as prendas às 00h00. Mas ainda mais do que isso, espero que estejamos todos reunidos, os que cá estão e os que já não podem estar e que nos lembremos que para o ano vai ser tudo igual.
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Atualidade Batalha
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Artistas da Batalha expõem no 32º Salão de Outono m “Os nomes que integram a presente exposição são uma garantia de qualidade, apesar da diversidade de linguagens”, segundo a Galeria de Arte do Casino Estoril O 32º Salão de Outono da Galeria de Arte do Casino Estoril expõe até meados de janeiro obras da pintora batalhense Irene Gomes e dos escultores Filipe Curado (residente no concelho e natural de Leiria) e de Abílio Febra (natural de Leiria), entre os 28 artistas nacionais e estrangeiros presentes. “O objetivo desta coletiva foi, inicialmente, o de oferecer aos portugueses e aos muitos estrangeiros, que, sobretudo no período estival, visitam o Casino Esto-
p A pintora Irene Gomes e o escultor Filipe Curado ril, um panorama das artes plásticas portuguesas”, explica a galeria de arte, na sua página na Internet. Na sua perspetiva, “os nomes que integram a presente exposição são uma garantia de qualidade, apesar da diversidade de linguagens, em que é dominante o neo-figurativismo e o expressionismo, nas suas vertentes lírica e abstrata, não
faltando, porém, outras correntes desde o abstracionismo ao hiperrealismo”. Ainda no texto de apresentação da mostra, inaugurada na sexta-feira, 24, é citado o escultor Martins Correia, que dizia muitas vezes que “as exposições coletivas são a arte em movimento”, pela diversidade de linguagens, que nelas se encontram, diferença de
idades dos participantes e o próprio convívio proporcionado aos artistas. “Se é verdade que muitos e qualificados artista gostam de participar em “coletivas”, também é certo que, muitos e qualificados colecionadores as visitam com frequência, porque é, muitas vezes aí, que encontram as apetecidas “revelações” ou a obra de arte e o autor
de que andavam à procura”, adianta a galeria. Esta mostra apresenta obras de Abílio Febra, Alfredo Luz, Augusto Patrão, Branislav Mihajlovic, Carlos Ramos, Cohen Fusé, Diogo Navarro, Edgardo Xavier, Fernando Gaspar, Filipa Oliveira Antunes, Filipe Curado, Gustavo Fernandes, Irene Gomes, João Feijó, João Sotero, Jorge Pé-
-Curto, Lima Carvalho, Luzia Lage, Mário Vinte e Um, Mariola Landowska, Marius Moraru, Moisés Preto Paulo, Nadir Afonso, Paulo Ossião, Pedro Castanheira, Renato Rodyner, Rogério Timóteo e Rui Carruço. Está patente ao público até 14 de janeiro, todos os dias, das 15 às 24 horas. A entrada é livre.
Cinquentenários recordam outros tempos
Rosas do Lena quer enriquecer e impulsionar atividades
O grupo dos “Nascidos em 1968 no Concelho da Batalha” comemorou no dia 3 de novembro os 50 anos de idade dos seus membros, com um jantar no Restaurante Etnográfico da Golpilheira, que contou com a presença de 90 cinquentenários. Este foi o 11º encontro e contou com a presença de Miguel Chagas, diretor geral da rádio 94FM e DJ, que animou a festa ao som de música dos anos 80 do século passado. “Uma noite passada com alegria e boa disposição, animada com um concurso de perguntas sobre o ano 1968, uma árvore de mensagens, votos dos presentes, fogo de artifício, bolo de aniversário, champanhe e muitas fotografias para recordar”, descreve Paulo Gomes, porta-voz do grupo. Os convivas relembraram os “anos passados com muita emoção, os
A direção do Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria (Batalha), há uma década dirigida por José António Vieira Bagagem, foi reeleita para o sexto mandato e o “seu propósito é manter a linha de rumo, com o empenho de sempre, dando continuidade a todas as atividades, com especial relevo para a mais antiga e prestigiada, a Gala de Folclore da Batalha”. Segundo um comunicado do agrupamento, algumas das suas principais iniciativas anuais “serão impulsionadas e enriquecidas com inovações” e o rancho “continuará a participação nas manifestações culturais e festivas na vila, para as quais for solicitada pela câmara municipal, a que deve apoios decisivos, ou pela sua junta de freguesia e pelo Mosteiro de Santa Maria da Vitória”. O museu etnográfico continuará a receber visitas de estudo, sobretudo das esco-
p O grupo reuniu-se na Golpilheira respetivos percursos, e recordaram os nascidos em 1968 que já faleceram”. A ideia de criação do grupo “surgiu à volta de um copo, há 11 anos, durante uma conversa informal entre um pequeno grupo de residentes do Concelho da Batalha”, recorda Paulo Gomes, acrescentando que “pouco a pouco a ideia cresceu, ganhou vida e amadureceu”. Os iniciadores do gru-
po recorreram “a todos os meios para angariar contactos e encontrar pessoas do concelho nascidas em 1968”. “Não foi fácil, de todo! Alguns mantinham contacto e juntos conseguimos encontrar antigos colegas, batendo de porta em porta nas freguesias da Batalha, São Mamede, Reguengo do Fetal e Golpilheira”, adianta o porta-voz. A criação do grupo
“Nascidos em 1968 no Concelho da Batalha” no Facebook fez surgir novos elementos, sendo hoje duas centenas. O primeiro encontro aconteceu em 2008 e repete-se anualmente deste então. Um dos objetivos é alcançar uma centena de participantes no próximo jantar, marcado para o dia 9 de novembro de 2019.
las. O espaço beneficiou este ano de “amplas obras de restauro das paredes, portas e janelas”, sendo “preocupação constante” do agrupamento “mantê-lo cuidado tendo em atenção o seu valor documental e histórico, a sua antiguidade e, muito particularmente, a salvaguarda do seu valioso espólio”. O Rancho Folclórico Rosas do Lena promete ainda “manter uma pesquisa atenta do cancioneiro regional, em que recentemente teve oportunidade de fazer recolhas, duas das quais já incluídas no seu reportório; zelar pelo vasto património imobiliário e pelo recheio à salvaguarda das suas três secções principais: museu etnográfico, sede e casa da cultura”. Quanto à sua Escola de Concertinas e de Harmónios, o rancho pondera, perante “tão evidentes resultados”, estudar “a possibilidade do seu alargamento a outros instrumentos”.
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Batalha Atualidade
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Jornal da Batalha
Oposição abandona assembleia no dia da discutir o orçamento m Em causa três questões centrais: audição da oposição sobre os documentos, acesso às gravações das reuniões e as dividas da Junta de Freguesia da Golpilheira Os deputados do PS e do CDS-PP abandonaram, em conjunto, a última Assembleia Municipal da Batalha (AMB), em que foram aprovados o orçamento e o plano de atividades para 2019, alegando três questões centrais: audição da oposição sobre os documentos, acesso às gravações das reuniões e as dividas da Junta de Freguesia da Golpilheira. Numa declaração conjunta, lida no período de antes
p O atual executivo municipal, que tomou posse em outubro de 2017 da ordem do dia, da AMB realizada a 28 de novembro, Augusto Neves, líder da bancada do PS, apresentou 11 pontos que justificavam o abandono dos trabalhos por parte dos deputados dos
partidos da oposição. O PS e o CDS-PP afirmam que “não foram ouvidos sobre as propostas do orçamento e plano de atividades, em clara violação do estatuto do direito da Opo-
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sição”, nem receberam os documentos da AMB “com acesso pleno, uma vez que lhes foram remetidos sem possibilidade de impressão, o que naturalmente inviabiliza a sua análise rigorosa“. Noutra matéria, os deputados do PS solicitaram o acesso à gravação da reunião realizada em São Mamede, “por discordarem do teor da ata”, o que não foi atendido pelo presidente da AMB, Júlio Órfão. O deputado Augusto Neves fez o pedido indicando o seu domicílio profissional, ou seja, o Tribunal Judicial da Comarca de Leiria
– Núcleo de Porto de Mós, o que levou o presidente da AMB, antes de decidir, a questionar a instituição judicial sobre o âmbito do pedido. O PS apresentou uma queixa à comissão de acesso aos documentos administrativos. Ainda na opinião dos socialistas e dos centristas, “o executivo municipal tudo tem feito para estrangular financeiramente a junta de freguesia da Golpilheira”. “O presidente da câmara argumentou que não transferiu a verba de seis mil euros para a junta pela falta da uma ata. Foi-lhe remetida no dia 3 de
s registo “Atitude envergonha o presidente da câmara”
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outubro sem que até hoje tenha feito qualquer transferência”, refere o documento. O processo relativo à gestão da freguesia da Golpilheira (que o PS ganhou ao PSD na últimas eleições) encontra-se no Tribunal de Contas. Por estas três questões, “e por muito mais”, os deputados eleitos pelo PS e CDS-PP, bem como o presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira, ausentaram-se da AMB com o objetivo de “efetuar um protesto simbólico no dia em que foi apresentado orçamento e as grandes opções do plano”.
O presidente da AMB, Júlio Órfão, explicou, entretanto, que a informação dos serviços é a de que “os documentos do orçamento foram enviados da mesma forma de sempre e atempadamente”, enquanto a “gravação das assembleias começou a ser feita exclusivamente para dar apoio aos serviços que têm de redigir a ata, não estando regulamentada”. “Com a nova regulamentação da proteção de dados, poderá haver deputados que recusem a sua cedência. Por isso, solicitei aos serviços jurídicos informação sobre o assunto para poder proceder em conformidade”, acrescentou Júlio Órfão. O caso foi entretanto sujeito à apreciação da Comissão Nacional de Proteção de Dados. O presidente da câmara municipal lamentou a “atitude inédita”. “O melhor que a Batalha tem são os batalhenses, esta-
mos aqui para os servir e não para simulacros e para procurar ter razão em situações em que não se tem razão, furtando-se ao debate e à apresentação de propostas alternativas”, disse Paulo Batista dos Santos, citado pelo jornal Região de Leiria. “Não há memoria, na Batalha [de uma atitude destas] e envergonha o presidente da câmara”, adiantou o autarca, assegurando que “solicitou os contributos à oposição para a elaboração do orçamento e manifestando-se surpreendido com o facto de ter sido invocada a situação na junta da Golpilheira, depois de, referiu, nesse mesmo dia ter reunido com os líderes das bancadas para debater o assunto”. Horácio Moita Francisco, vereador do CDS-PP, bem como Carlos Repolho, vereador do PS, reiteraram as críticas feitas no documento conjunto entregue à AMB pelos dois partidos.
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Atualidade
Entrevista
Jornal do Agrupamento de Escolas da Batalha
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Ana Margarida Moniz
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Atualidade
Atualidade
Jornal do Agrupamento de Escolas da Batalha
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Jornal do Agrupamento de Escolas da Batalha
Desporto
Diretor: Luís Novais . Edição e coordenação: professoras Fátima Gaspar, Fernanda Cardoso, Guida Roque e jornalista Carlos Ferreira . Fotografia: professor Sérgio Barroso Redação: alunos da Oficina de Jornalismo - 10.º C, 11.º A, 11.º B, 12.º A e 12.º B e comunidade escolar . Paginação: Catarina Martins . Facebook Alfabeto – Jornal do Agrupamento de Escolas da Batalha
Cultura
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Ăšltima
Jornal da Batalha
Atualidade Batalha
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Autarquia dá parecer “desfavorável” à pesquisa de gás no concelho m Prospeção de gás poderá colocar em “gravíssimo risco” os aquíferos que abastecem a região
O Município da Batalha deu “parecer desfavorável” e “suscitou fortes reservas sobre o processo de perfuração” no âmbito da consulta publica sobre a “Sondagem de Prospeção e Pesquisa de Hidrocarbonetos Convencionais na Área de Concessão de Batalha”, que terminou no final de novembro. A autarquia considera que “a concessão admite especificamente que possam vir a ser efetuados trabalhos de exploração de hidrocarbonetos, não ficando
p A câmara está contra a prospeção de gás e petróleo liminarmente arredada a hipótese de recurso à técnica de fraturação hidráulica para a sua realização”. O processo de prospeção de gás poderá colocar em “gravíssimo risco” os aquíferos que abastecem o con-
celho, “por contaminação de hidrocarbonetos e metais pesados, pois a sua elevada vulnerabilidade está intimamente associada à reduzida espessura e tipologia dos solos existentes na região”, adianta a câma-
ra em comunicado. Na perspetiva do presidente do município, Paulo Batista Santos, “a exploração de hidrocarbonetos, como preconiza a concessionária [Australis Oil & Gas], como atividade extra-
ABERTO
tiva no subsolo pode ainda revelar-se danosa para o património arqueológico concelhio, obrigando à realização de exaustivos estudos prévios ao início dos trabalhos de pesquisa e exploração”. Em resultado da “avaliação desfavorável”, a autarquia “exige de que antes da implementação de qualquer atividade associada ao processo de prospeção e pesquisa, exploração experimental e exploração de hidrocarbonetos, é essencial a realização de exaustivos estudos dos impactes ambientais sobre o património biológico e geológico concelhio, o que não resulta da avaliação ambiental em causa”, concluí o documento apresentado na discussão pública.
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Obra do mosteiro candidatada a prémio europeu A Câmara da Batalha submeteu a intervenção de requalificação ambiental na frente do mosteiro aos Prémios Europa Nostra, um concurso que distingue os melhores projetos de conservação, restauro e investigação sobre o património. Na instrução da candidatura, já submetida à Comissão Europeia, o projeto merece a recomendação do diretor do mosteiro, da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, da Direção Regional de Cultura do Centro e do CEPAE. Este projeto “representou um enorme desafio para o município, mas o resultado final cumpre a sua missão fundamental de promover todos os esforços quanto à conservação do mosteiro”, refere o presidente da câmara, Paulo Batista Santos.
25 dezembro e 1 janeiro ao almoço
Ementa: Buffet de entradas com marisco . Prato à lista . Buffet de sobremesas
31 de dezembro ao jantar, será preparada uma ementa especial MARQUE JÁ Deseja a todos os seus clientes e amigos Festas Felizes
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Jornal da Batalha
Diáspora e concelho querem encurtar distâncias m Emigrantes do município homenageados em museu nacional francês e no jantar anual de confraternização em Paris, através da figura de José Batista de Matos
p A conhecida mala de cartão portuguesa
p O Grupo de Teatro e Canto na visita ao museu
p A comitiva na escadaria do panteão nacional francês AF NATAL205x135mm.pdf
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22/11/18
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A diáspora batalhense em França foi homenageada no Museu Nacional da História da Imigração, em Paris, e durante o jantar anual de confraternização dos emigrantes do concelho, em Champigny-sur-Marne, em meados de novembro, com a presença da Turma de Teatro e Canto da Academia Sénior da Batalha. Em ambas as circunstâncias foi exaltada a figura do comendador José Batista de Matos, natural de Alcana-
das, falecido a 1 de julho, o rosto português no museu francês da imigração, pelo seu papel enquanto defensor dos direitos dos trabalhadores migrantes e ativista social. Na visita ao espaço museológico, Rafael Matos, filho de José Batista de Matos, sintetizou a vida do pai, destacando que foi quem “começou a mostrar à opinião pública que os portugueses vieram para trabalhar e eram pessoas com cabeça, que tinham deveres, mas também direitos. Esta foi a luta dele durante toda a vida”. Por outro lado, “pretendeu fazer um elo de ligação entre os portugueses da Batalha emigrantes e os que ficaram em Portugal. França foi a terra que ensinou o meu pai a ser uma pessoa”. O Museu Nacional da História da Imigração presta homenagem ao comendador José Batista de Matos, através da exposição de objetos que corporização da emigração portuguesa. “O meu pai esteve 42 anos em França, 42 anos em Portugal, porque repartia seis meses por ano de estadia em cada um dos países. O museu destaca o seu papel social, político e de trabalho”, explica. O emigrante de Alcanadas trabalhou na construção do metro de Paris (uma tarefa semelhante à de um mineiro, à época), onde co-
meçou por fazer cofragens e terminou a carreira como encarregado geral. O associativismo foi outro dos pilares da sua vida: fundou e foi presidente durante mais de 30 anos da Associação Portuguesa de Fontenay-sous-Bois. O presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, destacou a “honra de ter um nosso cidadão com a sua vida espelhada” no museu “a representar a emigração portuguesa”, referindo que José Batista de Matos “sempre se notabilizou como defensor dos interesses e dos direitos das pessoas, em França e em Portugal”. “Há batalhenses que merecem destaque noutros países, como no Canadá, EUA ou Brasil, mas com a história de Batista de Matos e com o seu envolvimento na comunidade portuguesa não há outro - alguém que de forma contínua e durante tantos anos trabalhou como representante dos portugueses, numa questão tão relevante como é a defesa dos seus interesses”, destacou o autarca. No 27º Jantar Anual de Confraternização da Diáspora Batalhense, que reuniu 200 pessoas [oriundas de Portugal, França, Bélgica e Inglaterra], no dia 17 de novembro, o presidente da câmara municipal “homenageou” as comissões que têm
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Atualidade Batalha
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p Uma pose da comitiva ‘para a história’
p Momento da atuação do Grupo de Teatro e Canto
p Rafael de Matos (ao meio), com Paulo Batista Santos
p Os autarcas e os organizadores do convívio
p O grupo apresentou uma peça de teatro
p Junto à Basílica do Sagrado Coração (Sacré Coeur)
organizado o encontro, destacando um dos seus elementos, que “pela primeira vez não estava presente”. “Um grande abraço ao José Batista de Matos, esse grande batalhense”, disse o autarca, explicando que as suas palavras concretizavam um gesto semelhante à homenagem feita na Batalha “ao nosso/vosso amigo e elogiou a atual Comissão dos Convívios Batalhenses: “A Anabela e o David foram incansáveis na organização, na ligação com a câ-
mara, a potenciar e alargar a presença dos batalhenses e, inclusive, convidando empresários do concelho que estão agora a fazer negócios em França”. O presidente da Assembleia Municipal da Batalha, Júlio Órfão, salientou a presença “daqueles que vieram para França, para lutar pela vida e melhores condições de subsistência”. Por outro lado, agradeceu “ao atual e a todos os presidentes de câmara que ao longo dos anos (agora acompanhando
p Os objetos (à dir.) de José Batista de Matos expostos
mais de perto a dinâmica e o interesse do que está em exercício) têm mostrado a vontade de manter os laços que nos unem e ajudam a diminuir alguma distância, fazendo-nos sentir a cada dia batalhenses”. Na sua intervenção, David Monteiro, que partilha a Comissão dos Convívios Batalhenses com Anabela Albuquerque, referiu-se “à proposta feita pelo presidente da câmara municipal para se avançar com a criação da Associação Mundial da Diáspora Batalhense, com uma ligação a países vizinhos, com os quais poderá haver intercâmbios, que está a ser concretizada na medida em que os estatutos já foram redigidos”. Por outro lado, manifestou a vontade de que os batalhenses “participem nos eventos futuros da comunidade portuguesa, pelo que foi criada uma página no Facebook (Diáspora Batalhense). A ideia é manter a página atualizada com informação oriunda de todos”. O membro da Comissão dos Convívios Batalhenses “relembrou que este encontro é único na comunidade portuguesa em paris e permite juntar familiares e amigos da nossa terra e salvaguardar as nossas raízes com o concelho da Batalha e as suas freguesias das quais nos orgulhamos”.
A comitiva batalhense que se deslocou a França incluiu, além dos presidentes do município e da assembleia municipal, outros
membros da autarquia e 21 elementos da Turma de Teatro e Canto da Academia Sénior da Batalha, que apresentaram uma peça de
teatro e quatro temas musicais. A turma teve ainda oportunidade de visitar os locais mais simbólicos da região de Paris.
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Batalha Saúde
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s Opinião
Torcicolo Muscular Congénito Na edição deste mês abordamos o tema Torcicolo Muscular Congénito. Define-se como uma condição não dolorosa, habitualmente presente à nascença ou que se desenvolve nos primeiros anos de vida. Existe um encurtamento ao nível do músculo Esternocleidomastoideu, tendo como consequência, a alteração da postura da criança, caracterizada pelos seguintes sinais: inclinação lateral da cabeça para o lado do músculo afetado e rotação para o lado oposto; em conjunto com a rotação e inclinação a criança pode exibir flexão e extensão assimétrica; a fibrose do músculo está presente em todas as crianças com Torcicolo, variando de uma massa contínua não palpável a uma firme massa palpável. Classificada como a ter-
ceira patologia do foro músculo-esquelético mais frequente em condições pediátricas, a seguir à displasia de desenvolvimento da anca, o Torcicolo Muscular Congénito, tem a incidên-
cia de 1 caso em 250 nascimentos, sendo o lado direito o mais afetado; sendo possível ser diagnosticado imediatamente após o parto ou apenas quando o recém-nascido tem entre 2 e
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4 semanas de idade. As causas deste tipo de disfunção são diversas, desde lesões isquémicas, ao mau-posicionamento intra-uterino, traumas durante o parto, ou ainda outros fato-
res, tais como miosite infecciosa. Existem três tipos de Torcicolo Muscular Congénito: Torcicolo Muscular Congénito onde é palpável uma discreta massa no músculo Esternocleidomastoideu; Torcicolo Muscular Congénito onde existe um aumento de tensão muscular, sem nódulo palpável no músculo Esternocleidomastoideu; Torcicolo Postural - onde não é detectável aumento de tensão muscular nem massa palpável no músculo Esternocleidomastoideu. O Torcicolo Muscular Congénito é uma condição benigna e com um bom prognóstico, principalmente se for diagnosticada numa fase inicial e se forem instituídos tratamentos de fisioterapia, pelo que o fisioterapeuta tem um papel preponderante numa fase
João Ramos Fisioterapeuta
precoce. Estudos de Demirbilek & Atayurt (1999) revelam que crianças que iniciaram o tratamento de fisioterapia antes dos 3 meses de idade não necessitaram de intervenção cirúrgica - Taxa de sucesso 100%. A participação ativa dos pais no tratamento do seu filho é determinante para a obtenção de bons resultados. Se tiver dúvidas sobre o caso do seu filho, fale com o médico pediatra que encaminhará para o tratamento mais adequado.
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Atualidade Batalha
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s Diacrónicas Francisco André Santos
Como chegar aos 100 Castigado por Zeus, a mundividência de Sísifo foi reduzida para toda a eternidade ao carregar de uma rocha montanha acima, até esta rolar colina abaixo e repetir a tarefa. Na sua racionalidade, Albert Camus atribui a Sísifo uma revolta absurda da qual este deriva o seu ânimo. Mas é também da prisão da racionalidade que se contempla unicamente o absurdo. Este pode ser desolador. Equacionado com o suicídio, essa razão torna-se paradoxo: a razão é desprovida de racionalidade. É possível que se articule da mesma maneira que motivo deriva de motivação como motivação deriva de motivo. Há razões que não conseguimos resolver e vivemos do ânimo dessa revolta. Assaltando o absurdo proveniente dessa racionalidade, existe um palhaço que faz chorar. Rendido à
racionalização do absurdo, o Joker mantém-se perdido na razão a que chegou e reflete este ego nas suas ações. O seu objetivo é a perceção coletiva desse absurdo: ou morres ou matas. O anti-herói da razão transforma o mundo por esse paradoxo da justiça. Para quem não conhece, este é o vilão do Batman. Já este, busca justiça para o que pensa ser a razão coletiva. As vivências de ambos resultaram em ânimos diferentes, mas ainda assim, ânimos. Em oposição, o absurdo do amor elevou a razão do apaixonado jovem Werther e eclipsou a sua racionalidade. Essa existência contemplou o absurdo e não conseguiu descobrir o animo que o sustenta. Egoísta para com a sua falta à racionalidade, desconsiderou o alente animo com o seu suicídio. De onde for derivado, todos
existimos com esse absurdo perante a sua mera realização. Além de possíveis ataques de ansiedade, dessa prisão que é a racionalidade, perde-se a liberdade quando objetivamente, é desta que ela deriva.
Muitas vezes, esse desespero é uma reação a episódios traumáticos. Estes, mais que experiência, compõem a nossa existência. Em paralelo, essa composição da existência advém da revolta perante o absurdo.
Tal como os heterónimos de Pessoa, na nossa mente dialogamos com a criatividade e com o assombro. Pensando, mais do que com Deus, construímos a dialética da nossa liberdade. Sabia-se um génio? Não há destino sem tormenta e todo o destino é refém do maldizer. De acordo com Camus, Sísifo não é uma personagem trágica. Aquando desce da colina, ele continua a negar o prazer da sua tormenta aos deuses. A sua revolta é vibrante, e, desprovido dessa tragédia, o herói faz o mito. E por isso, sinto-me abençoado – à minha volta está um enorme panteão de egos cujo o ânimo carrega qualquer rocha. O último que encontrei chama-se Bill. Quem me conhece com a mantra dos “baby-steps” – pequenos passos, tomaria do Bill mais uma boa frase feita.
Parece-me que todas as manhãs, ele relata a resposta de um humanitário que durante a 2ª guerra mundial salvou centenas de crianças. “Como chegar aos 100?” Este Americano de 77 anos, Algarvio há 17, e do nosso hostel em Roterdão há algumas semanas, conta celebrar os 80 com um salto de para-quedas. Perante o absurdo, apelo ao leitor com este exercício: que heróis compõem o seu panteão? A resposta do centenário, herói do Bill, é muito simples: “Keep breathing” … Continua a respirar.
Deseja a todos os seus clientes e amigos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.
Wishing all of our clientes and friends a Merry Christmas and a Happy New Year.
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s Fiscalidade
Livro de reclamações em formato eletrónico A defesa dos direitos dos consumidores, bem como o relançamento da economia, constituem desígnios essenciais do Programa do Governo, traduzindo-se a facilitação do relacionamento entre os consumidores e as empresas numa melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e em ganhos de eficiência para o tecido empresarial e visa simplificar e digitalizar a Administração, tendo em vista promover a melhoria do relacionamento dos cidadãos com a Administração Pública e a redução dos custos de contexto para as empresas. O regime jurídico aplicável ao livro de reclamações, estabelecido no Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro, e sucessivas alterações, foi objeto de revisão através do Decreto-Lei n.º 74/2017, de 21 de junho. A publicação da Porta-
ria n.º 201-A/2017, de 30/06, aprova o modelo, edição, preços, fornecimento e distribuição do livro de reclamações, nos formatos físico e eletrónico e estabelece as funcionalidades da plataforma digital que disponibiliza o formato eletrónico do livro de reclamações. A obrigatoriedade da receção de reclamações em formato eletrónico era, inicialmente, circunscrita aos prestadores de serviços públicos essenciais e a partir de 1/7/2018, passa a ser estendida a todos os setores de atividade, tendo sido disponibilizado o prazo de um ano para implementar o livro de reclamações eletrónico, ou seja, em 1/7/2019, todos terão que disponibilizar este livro. Este livro não substitui o atual livro de reclamações, sendo ambos obrigatórios e devem estar acessíveis no estabelecimento. É obrigatória a
sua disponibilização sempre que este lhe seja pedido, devendo estar afixado no seu estabelecimento não só a informação que possui o livro de reclamações, bem como a entidade competente para a sua reclamação. O livro de reclamações em formato físico pode, ainda, ser vendido pelas associações representativas dos profissionais dos sectores de atividades abrangidos, devendo estas, para esse efeito, estar autorizadas por despacho do diretor-geral do Consumidor.
A aquisição do livro de reclamações em formato eletrónico, em qualquer uma das suas diferentes modalidades, é efetuada pelo fornecedor de bens ou prestador de serviço através da loja online da INCM, S. A. O livro de reclamações em formato eletrónico é propriedade do fornecedor de bens ou prestador de serviços, sendo disponível um único exemplar independentemente do número de estabelecimentos fixos ou permanentes de que disponham, ou de efetuarem ven-
das em linha. O livro de reclamações em formato eletrónico é disponibilizado em quatro modalidades constituídas por 25, 250, 500 e 1500 folhas de reclamação, redigidas nas línguas portuguesa ou inglesa e encontra-se alojado na Plataforma Digital. Se é fiscalizado pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, terá a oferta de 25 reclamações ao efetuar o registo em www. livroreclamacoes.pt/entrar. Preenche um formulário eletrónico e receberá no seu e-mail a senha de acesso, ativando de seguida a sua conta e deverá alterar a password em www.livroreclamacoes.pt/entrar O livro de reclamações eletrónico terá um custo de € 9,93 (nove euros e noventa e três cêntimos). Se é regulado ou fiscalizado pela ERSE, ANACOM ou ERSAR, terá a oferta de
António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração
25 reclamações ao pedir o registo junto da sua entidade/fiscalizadora. Desejo do fundo do coração, para todos, um Feliz Natal, com muita esperança e alegria e um próspero Ano Novo de 2019, com muito amor, paz e prosperidade.
A Notária e as suas colaboradoras desejam a todos os clientes e amigos um feliz natal e um excelente ano de 2019
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Atualidade Batalha
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s Baú da Memória Por José Travaços Santos
Senhora do Ó Em 18 de Dezembro celebra-se Nossa Senhora sob a invocação de Senhora do Ó. É a celebração do anúncio, pelo Arcanjo São Gabriel à Virgem Maria, da conceição do Filho de Deus. Sobre esta invocação, diz o padre Dr. Jacinto dos Reis no seu precioso livro “Invocações de Nossa Senhora em Portugal de Aquém e Além-Mar e seu Padroado”, editado em 1967 (e a merecer e a precisar de reedição), que a origem desta singular invocação está na recitação das 7 Antífonas que começam por Ó – Ó Sapientia, Ó Adonai, etc. – nas Vésperas do Ofício Divino, desde 17 a 23 de Dezembro. Esta festa já vem do Concílio de Toledo, realizado no século VII. Começou com o nome de Anunciação, depois com o nome de Expectação do parto de Nossa Senhora e, desde há muito, é conhecida por festa de Nossa Senhora do Ó…”. Creio que esta invocação é muito própria de Portugal e da Espanha, parecendo-me que pelo menos não é usual noutros países di-
tos cristãos. No nosso Mosteiro há três expressivas imagens da Senhora do Ó (ou da Expectação ou da Anunciação), embora apenas uma esteja bem visível, a que está no lanço leste do Claustro Real, num janelão da Casa do Capítulo, e que se reproduz nesta secção fotografada por António Luís Sequeira. Às outras duas (e não haverá mais?) referir-me-ei algumas páginas adiante no Apontamento nº 188 sobre a História da Batalha. Da imagem do Claustro Real, que tem ao lado o Arcanjo da Anunciação, possuo uma valiosa réplica esculpida, no calcário regional, pela notável escultora Adália Alberto, antiga e brilhante aluna do Mestre Alfredo Neto Ribeiro e da lamentavelmente extinta Escola de Canteiros da Batalha. Porquê esta repetição da invocação no Mosteiro? Resultaria dalguma devoção especial dos Dominicanos? Que significado teria? Lembro, o que será significativo, que a introdução destas três
imagens foi feita já depois da doação do Mosteiro (em Março de 1388) pelo Rei D. João I à Ordem Dominicana. A obra teria começado no princípio desse ano que aparece gravado num dos vitrais laterais da Capela Mor, vitral este reproduzindo apenas uma memória que tanto poderá ser a do início da obra como a da doação àquela Ordem. A imagem da Senhora, que está à entrada da Casa do Capítulo, é invulgar, duma extraordinária originalidade, pois tem um colar de seis mãos espalmadas, como se pode ver na fotografia. As mãos têm a função de esconjurar o mal e de defender o ser divino ainda no ventre da sua mãe terrena. À referida imagem falta-lhe a mão direita, levantada num gesto de defesa, que o tempo ou um acto de vandalismo teriam destruído. Mas sobre esta escultura há um mistério por desvendar, de que falarei no Apontamento 188.
Deseja-lhe um Feliz Natal e um Próspero Ano 2019
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Batalha
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Jornal da Batalha
s Tesouros da Música Portuguesa Por João Pedro Matos
Os melhores discos de 2018 Num ano especialmente profícuo em termos editoriais, não foi fácil escolher os melhores. Por isso, em vez de dez, indicamos onze álbuns que consideramos essenciais, sempre com o risco de não incluir algum que também merecesse ser nomeado. Mas esse é o risco normal de expressar uma opinião. Vejamos, então, em ordem crescente, como se ordena a nossa lista daqueles que se destacaram em 2018: 11º. Sara Correia, “Sara Correia”. Álbum homónimo de uma jovem cantadeira que a cantar é um autêntico vulcão. E fá-lo com a naturalidade da voz que Deus lhe deu. Quando tiver mais domínio sobre o enorme talento com que foi dotada, vai ser um caso sério no fado. 10º. Filipe Sambado, “Filipe Sambado & Os Acom-
panhantes de Luxo”. Pop criativa o bastante para transmitir uma crítica social mordaz, sátira que ridiculariza todos os estereótipos, o que sucede nas letras de temas como Deixem Lá, Só Beijinhos ou É Tu. 9º. Danças Ocultas, “Dentro desse Mar”. O quinto álbum de inéditos deste grupo de concertinas de Águeda, foi gravado no Rio de Janeiro e produzido por Jaques Morelenbaum. Não tão original quanto o seu trabalho de estreia, ainda assim será o seu segundo melhor disco e deverá ser considerado um dos grandes álbuns de música popular portuguesa do ano que agora finda. 8º. Paus, “Madeira”. Fábio Jevelim, Makoto Yagyu, Hélio Morais e Quim Albergaria conceberam um Vídeo-Disco, ou outra aventura em que embar-
caram no universo do pós-rock, numa homenagem ao arquipélago da Madeira. 7º. Quiné Teles, “No Sótão da Velha”. Joaquim Teles, mais conhecido por Quiné, é um percussionista e produtor musical que já trabalhou com grandes nomes da música portuguesa. No seu segundo trabalho em nome próprio, traça um itinerário pela música tradicional, que vai do Alentejo a Trás-os-Montes, passando pela Beira-Baixa, sem esquecer a Madeira e os Açores. Trata-se de uma edição de autor. 6º. Katia Guerreiro, “Sempre”. Com dezoito anos de carreira, Katia Guerreiro atinge a plena maturidade com aquele que é o melhor álbum de fado de 2018. 5º. David Bruno, “O Último Tango em Mafamude”.
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AS BOAS FEST
Mais um Vídeo-Disco, este balançando entre o hip-hop e a música romântica. Dedicado à cidade de Vila Nova de Gaia da década de oitenta, foi feito com um humor corrosivo que aproveita todos os lugares comuns daquela década do século XX. 4º. Dead Combo, “Odeon Hotel”. Pedro Gonçalves e Tó Trips convidaram Alain Johannes para produzir um disco que respira fundo o blues, o fado e Fernando Pessoa, num hotel imaginário povoado por uma série de hóspedes. 3º. Reis da República, “Fábulas”. Agora que o rock progressivo está outra vez na moda, com Steven Wilson a liderar o movimento, os Reis da República inscrevem-no outra vez na música portuguesa, depois das experiências da década de setenta do século passado. Mas o disco em alguns momentos faz lembrar a saudosa Banda do Casaco. 2º. Júlio Resende, “Cinderella Cyborg”. Nas palavras do seu autor, este é o diálogo possível entre o humano e inumano, porque o mundo das máquinas tem também muitos sons bonitos. Mas o que aqui se destaca é o som do piano, admiravelmente tocado. 1º. Joly Braga Santos, “Aberturas Sinfónicas nºs 1 e 2” pela Royal Liverpool Philharmonic Orchestra dirigida por Álvaro Cassuto. Inclui a primeira obra sinfónica do mestre e maior orquestrador português do século XX. A publicação simultânea de um livro, intitulado Joly Braga Santos, Uma Vida e Uma Obra, torna a edição deste registo de música clássica num dos acontecimentos culturais do ano. Votos de um excelente Natal e melhores entradas em 2019.
Jornal da Batalha
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Património As imagens da Senhora do Ó no Mosteiro, Espanto e Encanto Sobre este aliciante tema das Senhoras do Ó, ou da Expectação ou Anunciação, neste caso as que foram esculpidas no nosso Mosteiro, transcrevo a opinião abalizada do mais notável e completo dos autores que escreveram sobre o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Professor Doutor Saul António Gomes, vinda a lume nas suas “Vésperas Batalhinas” (páginas72 e 73), aproveitando o ensejo para o saudar por ter sido distinguido com mais um significativo prémio, o que lhe foi atribuído há semanas pela Academia Portuguesa de História, pelo excepcional mérito da sua obra “LEIRIA – CIDADE E DIOCESE. DOCUMENTOS FUNDACIONAIS (1545-1918)”, ditada pela Textiverso, considerada editora leiriense: “A Anunciação mais arcaizante é, sem dúvida, a do capitel da coluna adossada na Capela de St.ª Bárbara (capela onde está agora o Santíssimo). Arcanjo e Virgem aparecem ainda muito hieratizados, denunciando a visão teológica do acontecimento já estabelecida desde Trezentos, em que o Arcanjo Gabriel começou por ser representado de joelhos perante Maria. Esta levanta o braço com a palma da mão aberta para o Mensageiro
de Deus, em sinal de aceitação. Perante ela, genuflexionado, Gabriel segura na mão esquerda o filactério com a inscrição saudadora da Cheia de Graça – “A(ve) Maria” – voltada para o fiel passante. Flores litânicas de Maria, símbolos do Paraíso, enchem por completo um porte alto, de asas, que aparece, como elemento separador, entre ambas as figuras divinas. “(…) Atrás do Arcanjo encontra-se a figura do diabo, careca, os órgãos do rosto marcados com exagero, a parte inferior do corpo filiforme e atrofiada, virando ao observador o ânus que toca com a mão direita. (…) Símbolo, também, imagético do pecado que a Virgem de Nazaré esmagou, cumprindo as profecias. Nas costas de Maria, um homem, já idoso, barbado, toca alaúde, elevando os olhar para os céus. Alusão, porventura, ao cântico de Zacarias, em louvor do Criador pelo cumprimento da promessa messiânica”. Pergunto, porém, ao Professor Saul Gomes, se a mão erguida e espalmada da Virgem não terá, também a função de esconjurar o mal, ali explícito na figura do diabo que parece fazer fosquetas provocatórias por trás do Arcanjo.
É este conjunto interessantíssimo que ilustra este “Apontamento” em belíssima fotografia de António Luís Sequeira. Transcrevo agora, o que o historiador diz sobre as duas restantes representações batalhenses da Senhora do Ó: Anunciação mais actualizada é a das colunas da nave central junto ao transepto do templo. Aqui, o Arcanjo anuncia a Encarnação portando não o tradicional filactério (tira de pergaminho com legendas religiosas), mas antes uma flor, enquanto Maria, na coluna e capitel simétricos, pegando um lírio, aparece como uma respeitável matrona com pelote de acentuado decote e um capuz de górgea, recoberto por uma espécie de turbante mourisco, que acentua uma figura cortesã quase religiosa de matura idade”. E a mais recente, mesmo assim do século XV, de que reproduzo a imagem da Virgem Maria no “Baú da Memória”, esculpida fora do templo: “Na Anunciação da nave oriental do claustro (decerto de meados do século XV ou inícios da sua segunda metade) num janelão da Sala do Capítulo, o arcanjo Gabriel mantém a postura
tradicional, levemente genuflexionado, com o rosto voltado, não para Maria, mas para o público passante. Atitude idêntica, aliás, à da Virgem. Esta é representada sem toucado, de véu curto que deixa ver os cabelos ondeados, juvenil, vestida com opa ajustada e bem pregueada com amplo decote que permite espreitar os seios. A cintura é alta, logo abaixo dos peitos, firmada por fino cinto, de forma a fazer sobressair o busto. Envolve-a um mantão, ou redondel, que a mão esquerda prende á cintura, efeito que lhe faz realçar muito o ventre – moda feminina corrente em meados do século XV. – Na mão direita, agarra contra a anca uma pequena vasilha. De acordo com a moda, a dama traz um colar ao pescoço, no caso composto por seis simbólicas mãos que poderemos classificar, à falta de informação, como Mãos de Fátima”. As “mãos”, reminiscência de antigas culturas mediterrânicas a que não foram imunes o Cristianismo e o Maometismo, que nascem e se desenvolvem no aro mediterrânico, tinham como função simbólica afugentar o mal ou dele, utilizando-as como escudo, se defenderem. Os Cristãos adopta-
s Casa da Madalena
Peça a peça, o Museu Etnográfico da Alta Estremadura Termino, neste número, a visita ao Museu Etnográfico da Alta Estremadura, fundado e administrado pelo Rancho Folclórico Rosas do Lena, que, como disse num dos números anteriores, devia ser designada antes por “Divisão a Divisão”. E termino-a num espaço de grande importância para as casas rurais, o pátio, onde se de-
senrolavam tarefas complementares, e essenciais, da vida doméstica. No pátio tinham-se os currais do gado, as capoeiras, algumas vezes o forno, como este que vemos na fotografia em dia da sua utilização pelo agrupamento numa das suas reconstituições, e quando havia poço, como é o caso, a possibilidade de se lavar a
roupa. E havendo poço, havia também a picota ou a nora para tirar a água, que mesmo nos verões secos era raro faltar. Instituição que deve ser motivo de orgulho não só para a aldeia onde se situa, a Rebolaria, mas para o Concelho da Batalha e para a histórica região que representa, a Alta Estremadura, onde
no tempo do nosso primeiro Rei, D. Afonso Henriques, se começou, a partir da fortaleza de Leiria, a segunda metade de Portugal, é um dos raros e mais completos museus etnográficos do nosso País. Em Janeiro irá receber, de novo, as Oficinas de Artes e Ideias, em data que oportunamente será divulgada. J.T.S.
ram-nas nas Mãos da Senhora do Ó (da Expectação ou da Anunciação), de que é tão expressiva a imagem do Claustro Real da Batalha. Os Maometanos ou Muçulmanos, nas Mãos da Princesa Fátima, filha do Profeta Maomé, Mãos que vemos pintadas a azul nas paredes do Magrebe ou, transformadas em punhos batentes das portas, sempre com a função de afastarem o mal. Como herdeiros de tantos aspectos da Cultura Árabe, adoptámos estes batentes para as nossas portas das casas mais antigas. As Mãos espalmadas desta forma creio, porém, que, na sua função de esconjurar o mal, são exclusivas do Cristianismo, e é a imagem do Claustro Real a mais expressiva desse uso singular, a mão direita espalmada e erguida, a mão esquerda sobre a barriga onde se gerava o Filho de Deus e o espantoso colar de seis mãos espalmadas, três mãos direitas e três esquerdas, tudo se conjugando para uma defesa cerrada do Verbo Divino. E, agora, o mistério da escultura da Senhora do Ó, que está no Claustro Real, à entrada da Casa do Capítulo: tem a mão direita partida ou segura um pequeno pote? No nº 6 dos “Cadernos da Vila Heróica”, edi-
ção de 2001, em “Perguntas e Incertezas na Decifração duma Escultura no Mosteiro”, inclinei-me para se tratar de um pote (ao alto), o que também teria sentido porque, como acontecia nas antigas civilizações mediterrânicas, significaria a vida conteúda, enquanto o pote inclinado seria a vida a brotar. Era esta também a interpretação do Professor Doutor Saul Gomes, expressa nas “Vésperas Batalhinas”, edição de 1997. Mas a escultora Adália Alberto, que analisou pormenorizadamente a imagem para fazer a réplica, chegou à conclusão que seria a mão partida e não o pote, referindo que o antebraço é um tanto bojudo. Como o leitor pode ver, há no Mosteiro tanta coisa para ser observada, tanta informação, tanto espanto e tanto encanto, que só visitas frequentes e atentas nos poderão desvendar o espólio material e espiritual que ele encerra, mas que põe inteiramente à nossa disposição, assim o queiramos aproveitar. Um Bom Natal e um Ano Novo repleto das Graças de Deus. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (188)
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Batalha Atualidade
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Jornal da Batalha
s Crónicas do passado
O mistério do Natal em novembro A história que vos vou contar é assustadora e tenebrosa, não é para almas frágeis, nem para estômagos fracos. Encontrava-me por Londres com o meu amigo António e ao ver todas as decorações e luzes ofuscantes, num mar de pinheiros de plástico vibrante, percebi logo que me encontrava num conto de Natal, mesmo que ainda fosse novembro e
os sinos não se dignassem a tocar, que desfaçatez. Tínhamos curiosidade em visitar o Museu de História Natural, esse monumento opulento e incomensurável. Entrámos no salão inicial e vislumbramos esqueletos e mais esqueletos. Ora de animais jurássicos, ora pré-históricos, ou até mesmo contemporâneos, vejam lá bem o empenho destes investigadores in-
fazer o bem
olhando
a quem 2018
campanha de solidariedade
REGIÃO DE LEIRIA
Campanha do REGIÃO DE LEIRIA celebra o Natal A campanha do semanário REGIÃO DE LEIRIA “Fazer o Bem Olhando a Quem” está de volta. Este ano a receita da venda de exemplares da edição de 13 de dezembro vai reverter integralmente a favor de duas instituições da região, a Associação Portuguesa de AVC e a ATLAS. Participe e compre o jornal nos locais habituais ou junto dos nossos ardinas convidados.
cansáveis. Mas de repente o nosso coração parou e ficámos especados a olhar para aquela cena horrenda e decrépita. O sangue escorria em cascata pelo pavimento de mármore (na verdade não se via nem uma gota sanguínea, mas para a narrativa ficar mais interessante digamos que estava tudo alagado). Estará o leitor a pensar o que terá sucedido? Sim, era uma morte, mesmo à nossa frente. Ficámos abalados, mas corri logo a avisar os funcionários, que se limitaram a encolher os ombros e a gesticularem. Enquanto isso, o António recolhia amostras do local do crime e analisava as pistas, tal e qual Sherlock Holmes. Na verdade eu sou mais o John Watson desta aventura, gosto de escrever e para mim isso basta. Como ninguém parecia muito traumatizado com aquele incidente, nós tomámos as rédeas da ocorrência e demos logo o caso como aberto. Delimitámos o perímetro da área do crime, apesar da desconsolação dos visitantes que se negavam a que fosse feita justiça. O Museu ofereceu-nos gentilmente uma sala para reunirmos com os suspeitos e possíveis testemunhas (ofereceu é como quem diz, entrámos num gabinete qualquer e usámos a nosso bel-prazer). Começámos por um turista que falava muito alto e ameaçava peças museológicas com uma arma branca aguçada. Quando o confrontámos o suspeito ergueu a arma letal, à qual ele carinhosamente deu o nome de selfie-stick, pedindo para tirarmos uma fotografia, nós recusámos, mas ficámos com ele debaixo de olho. De seguida tentámos chegar à fala com alguém da direção do Museu, mas ninguém se mostrou muito interessado. É impressionante como toda a gente estava alheada com o sucedido, não é todos os dias que morre uma rena, ainda para mais tão perto do Natal. Será que Os Capitães d´Areia tinham razão quando afirmaram na sua Canção de Natal, “Ro-
Francisco Oliveira Simões Historiador
dolfo, a rena, teve um enfisema, faltou ao Natal”? Vamos descobrir. Os interrogatórios prosseguiram, com a entrevista a um assistente de exposição. “Não sei de nada” foram as únicas palavras que brotaram deste inocente funcionário, e quem somos nós para duvidar. A rena continuava ali estendida, pondo fim ao espírito natalício que já se fazia sentir neste mês de Novembro. De súbito ouvimos sirenes e ficámos mais descansados, deviam ter chamado a Scotland Yard, já não era sem tempo. O que não sabiam eles é que já tínhamos descoberto o homicida e íamos tomar as devidas providências. Mas quando os agentes da polícia se dirigiram a nós já vinham com um ar enfadado, e começaram a dizer que estávamos a incorrer em variados distúrbios ao normal funcionamento daquele espaço museológico. Informámos do assassinato, ao que um agente nos respondeu: “Mas isso é um veado embalsamado”. Nesse preciso momento entendemos que nos tinham armado uma cilada. Fomos parar à prisão, mas acabámos por sair passado poucos segundos. Entretanto no museu, o assistente de exposição olha vidrado para a rena caída, quando anteriormente repousava lá no alto suspensa por fios. - Agora tens o que mereces, nunca mais me olhas daquela maneira. Os dois detetives não eram burros nenhuns, mas à conta do suborno a polícia vai pô-los longe da minha vista por uns tempos.
Jornal da Batalha
Atualidade Batalha
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Estudo sobre qualidade Vícios cria cartão para fidelizar clientes destaca município m Encontra-se na 12ª posição em termos nacionais na dimensão “Estabilidade Política”
A Câmara da Batalha encontra-se na 12ª posição em termos nacionais na dimensão “Estabilidade Política”, sendo classificada como autarquia “líder” nos indicadores “Voz dos Cidadãos e Prestação de Contas” e “Estado de Direito e Prevenção da Corrupção”, num estudo divulgado em novembro
relativo à qualidade da governação dos municípios. O município regista ainda uma classificação “boa” nas dimensões do “Acesso e Regulação do Mercado” e “Governação Local”, no estudo realizado Fundação Francisco Manuel dos Santos e coordenado por Luís de Sousa, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e por António Tavares, da Universidade do Minho. “Este estudo é um contributo positivo para avaliar a evolução registada pelo poder local, principalmente para motivar um maior envolvimento dos
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munícipes e entidades locais na gestão local que ainda fica aquém do esperado”, considera o presidente da câmara municipal. “Há vários anos que a autarquia promove projetos de reforço da participação cívica e tem pugnado por critérios de gestão transparente reconhecidos por várias entidades, todavia é um objetivo que nunca está concluído e, nessa medida, é uma exigência dar continuidade às melhores práticas de gestão pública”, acrescenta Paulo Batista Santos.
A loja Vícios – propriedade da batalhense Sónia Oliveira Costa – anunciou a criação de um “Cartão Cliente Vícios (CCV)”, com o objetivo de “premiar os clientes mais regulares, pela sua fidelização ao estabelecimento comercial, marcas e produtos, e atrair novos clientes”. “Inaugurámos em outubro de 2015, pretendemos agora dar-lhe um novo impulso e, por isso, criámos o CCV”, explica Sónia Oliveira Costa, proprietária da Vícios, natural de Casal do Meio, no Concelho da Batalha. Por cada 10 euros de compras no estabelecimento, situado na Cova da Iria, Fátima, o cliente recebe um pon-
António Rodrigues Capela (95 anos) 22 – 03 – 1923 25 – 11 – 2018 Reguengo do Fetal – Batalha
AGRADECIMENTO
Sua esposa, filhos, noras, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida a agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que com eles acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Viverás nos corações e nas lembranças daqueles que ficaram…” Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)
João Henrique Vilaça (91 anos) 09 – 12 – 1926 07 – 11 – 2018 Reguengo do Fetal – Batalha
AGRADECIMENTO
Sua esposa: Lucinda Carvalho, filhos: Manuel Carlos, Mª de Lurdes, Ricardina, Cassiano, Luís Henrique e Octávio Vilaça e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. As boas memórias são os nossos maiores tesouros e ajudam-nos a suportar a dor da perda… Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)
p Sónia Oliveira Costa, proprietária da Vícios to, equivalente a um euro, que pode ser descontado na compra seguinte ou acumulado e usado noutra oportunidade. A Vícios vende produtos gourmet e regionais - vinhos, bolos, biscoitos, doces e bombons – e afirma-se agora mais como loja es-
pecializada em presentes, para clientes individuais ou para eventos, como festas de empresas ou de instituições, como os habituais cabazes de Natal; ou as festas de família, como aniversários e casamentos. A loja disponibiliza ainda produtos para uso pessoal e familiar.
Carlos Miguel Pereira Rafael (45 anos) 18 – 05 – 1973 14 – 11 – 2018 Casal Franco – Batalha
AGRADECIMENTO
Sua esposa: Ana Rita Bastos Rodrigues, filhas, pais, irmã, cunhados e e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida a agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que com eles acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Partiste cedo demais mas a tua marca ficará nos corações e nas lembranças daqueles que ficaram…” Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)
Vitor José Mendes Garcia (73 anos) 30 – 12 – 1944 03 – 12 – 2018 Batalha
AGRADECIMENTO Sua esposa: Júlia Henriques Moreira M. Garcia, filhas Patrícia e Núria Garcia, neto, cunhados, sobrinhos e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “ Aqueles que amamos não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si e levam um pouco de nós” Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)
A fechar
B
Corrida de São Silvestre O Atlético Clube da Batalha agendou para 15 deste mês, na Batalha, a 6ª edição da corrida de São Silvestre. A prova contempla vários escalões, existindo também uma caminhada durante a qual serão divulgadas atrações turísticas da Vila.
Águas do Lena distribui com qualidade exemplar m Selo atribuído pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos “reconhece o sucesso do trabalho diário” da empresa A Águas do Lena, a empresa do grupo Aquapor concessionária do abastecimento de água no Município da Batalha renovou o “Selo da Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano”, atribuído pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), um título que ostentou a primeira vez em 2013.
Em comunicado, a empresa afirma que “recebe este novo selo com grande satisfação e orgulho”. “Trata-se de reconhecer o sucesso do trabalho diário que tem sido desenvolvido por todos os trabalhadores, com vista a assegurar uma boa qualidade de vida dos clientes. É também mais um sinal de que continuamos no bom caminho, para servir os nossos consumidores”, adianta. A distinção “significa que a Águas do Lena é, de novo, considerada, uma das melhores entidades gestoras do país, no que toca à qualidade da água fornecida aos seus clien-
tes”, destaca o comunicado. Este selo, atribuído pela ERSAR em parceria com o Jornal Água & Ambiente, distingue as entidades prestadoras de serviços de abastecimento de água que, no último ano, garantiram uma qualidade exemplar da água. Para tal são avaliados critérios definidos em regulamento, como por exemplo, 100% de avaliação dos indicadores relativos à qualidade da água e 100% do cumprimento integral do número de análises agendadas no programa de controlo de qualidade da água. “Apesar dos excelentes resultados”, o presidente
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Câmara doa autocarro ao município de São Miguel em Cabo Verde da câmara, Paulo Batista dos Santos, explica que “ainda há muito a fazer, nomeadamente no que respeita ao cadastro da rede, reforço da capacidade de armazenamento e ao nível da renovação de condutas antigas”. O Município da Batalha está a “procurar resolver a uma escala supramunicipal, e em colaboração com o parceiro Águas do Lena, avaliando a possibilidade de apresentar novas candidaturas aos fundos europeus para intervenção e renovação das redes de abastecimento de água e saneamento básico, cujos montantes ultrapassam os dois milhões de euros”.
A Câmara da Batalha vai doar ao município de São Miguel, na Ilha de Santiago, em Cabo Verde, uma viatura de transporte de passageiros. Apesar de ter cumprido e duas décadas de serviço de transporte de alunos do concelho, “encontra-se em excelentes condições de funcionamento”, refere a Câmara da Batalha, adiantando que a oferta “pretende consolidar os laços de cooperação e amizade com o Município de São Miguel, num processo de reforço das relações institucionais encetadas em 2016, através da subscrição de um protocolo de colaboração entre as duas autarquias”. “A doação desta viatura
de transporte de passageiros concretiza uma excelente parceria no quadro das relações de amizade entre os dois municípios, garantindo a satisfação das necessidades dos munícipes de São Miguel, em domínios considerados fundamentais como a educação, a cultura e o associativismo”, adianta o presidente da câmara. Na perspetiva de Paulo Batista Santos, a iniciativa reforça ainda as “profundas relações histórico-culturais que unem os povos portugueses e cabo-verdianos e a experiência consolidada quanto à cooperação descentralizada que se verifica entre os municípios dos dois países irmãos”. Publicidade
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