JORNAL DA BATALHA EDICAO DE JANEIRO 2021

Page 1

Publicidade

Foto: icsilviu © Pixabay

PORTE PAGO

| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXX Nº 366 | JANEIRO DE 2021 |

W págs. 04 a 07

Lutamos todos juntos ou perdemos a batalha

Regressa o confinamento e aumenta o número de vítimas mortais no concelho


2

janeiro 2021

Jornal da Batalha

Espaço Público s A Opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Covid-19: temos que alterar procedimentos e atitudes Os números de infeções e o número de fatalidades tem vindo a crescer exponencialmente, obrigando o Governo, tarde e a más horas, a tomar medidas drásticas, como é o caso do confinamento, agora anunciado pelo primeiro ministro. A situação é grave, apresentando Portugal números ao nível dos piores do mundo. A doença é grave e temos que alterar procedimentos e atitudes de forma a conseguirmos inverter a tendência atual. E temos que ser todos a puxar para o mesmo lado, porque este vírus é mesmo perigoso. Não devemos esquecer que para o SNS ter capaci-

dade de resposta aos muitos doentes Covid outros ficarão para trás e mazelas, que tratadas em tempo útil seriam ultrapassáveis com menos dor, acabam por se transformar em doenças graves. Desta situação só iremos ter consciência mais tarde, mas não tenhamos dúvidas que será também muito dolorosa e trará mais problemas para cima dos muitos que assolam o SNS, mas especialmente a vida dos portugueses. Continuo a repetir, com conhecimento prático de causa, que temos um SNS de excelência, com algumas situações a correrem mal por incompetência e

desleixo, que confirmam a regra e que têm e devem ser corrigidas. A ministra da Saúde sentiu-se na obrigação de fazer um despacho a suspender parte das atividades correntes dos hospitais, para se dedicarem ainda mais à Covid, com graves consequências futuras, mas será que havia alternativa? Será que existe mesmo fundamentalismo em relação aos privados? Esperemos que não. O país e os cidadãos não merecem ser mal tratados. Com este novo confinamento vamos ter muito mais gente em teletrabalho, a começar pelos fun-

cionários públicos. Aquilo que se pede novamente é que dignifiquem o trabalho que desenvolvem e respeitem os cidadãos e as empresas que lhes pagam o ordenado, respondendo em tempo útil às suas solicitações. Teletrabalho não é para desligar o telefone e ir de férias. Teletrabalho é trabalho, até porque o salário é pago por inteiro. Ao longo do anterior confinamento fomos confrontamos com serviços públicos em que nem os telefones eram atendidos. Será que esses serviços públicos achavam que o vírus também podia transmitir-se pelo telefone? Fiquem

tranquilos, não se transmite pelo telefone. Vamos todos contribuir para que o mais rapidamente possível possamos regressar a vida que tínhamos em 2019, mantenhamos e respeitemos o afastamento físico, usemos máscara, higienizemos as mãos com frequência e fiquemos em casa sempre que não tenhamos que sair, para nos protegermos, para protegermos as nossas famílias, os nossos familiares, amigos, colegas. Até porque quanto mais tempo demorarmos a ultrapassar esta pandemia, mais doloroso será para a saúde de todos e também

para a economia, com situações muito dolorosas para muitos, que acabarão por custar a todos, com o aumento brutal da dívida que já é enorme. Vamos todos ajudar a sairmos mais rápido desta situação grave em que vivemos.

s Tesouros da Música Portuguesa João Pedro Matos

Bontempo, o eterno renovador Comemora-se neste ano de 2021 duzentos e cinquenta anos sobre o nascimento do grande pianista e compositor João Domingos Bontempo, já que nasceu em 28 de Dezembro de 1771 e veio a falecer em 18 de Agosto de 1842. E não obstante ser só em dezembro que se completa a efeméride, porque é um dos grandes vultos da cultura portuguesa do século XIX, faz todo o sentido invocar o seu nome e principalmente recordar a sua obra no início do presente ano. Bontempo foi um espírito inconformista que nunca se prendeu às convenções estéticas do seu tempo, permanentemente preocupado em inovar, em libertar-se de um certo meio que, pela sua estreiteza de ideias, por vezes o asfixiava. Por isso mesmo, não é fácil catalogar a obra de Bontempo: alguns consideram-no já um romântico, outros apontam

a influência de um considerável italianismo na sua arte musical, outros ainda salientam na sua obra o cunho religioso. Tudo isto pode ser verdade, mas o que avulta no seu percurso musical é uma dimensão europeia, muito mais do que tratar-se de um mero compositor luso. E a sua principal criação, composta por sinfonias, sonatas, concertos para piano (entre outras) reflete a influência da Escola de Viena, mas não só. João Domingos Bontempo percorreu uma parte importante da Europa: esteve em Paris, onde publicou os seus primeiros trabalhos; viveu em Londres, cidade que o acolheu e aplaudiu. E não ficou imune ao ambiente cultural dessas capitais. Ao contrário de Portugal, onde se conseguia apresentar-se em público, era sempre em algumas festividades ou em eventos diplomáticos. Ape-

nas no final da sua vida conheceu o êxito no seu país natal, e isso devido à consagração que havia tido em Paris e Londres. Mas comecemos pelo princípio. João Domingos Bontempo era filho de Francisco Xavier Bontempo (também ele músico), o qual ministrou ao filho as

primeiras lições. Depois, continuou a sua formação no seminário Patriarcal. Aos catorze anos ingressou na Irmandade de Santa Cecília, pelo que logo se vê que Bontempo bebeu precocemente do filão musical religioso. Depois da morte de seu pai, em 1791, Bontempo

passou a ocupar o lugar deste como músico da câmara real. Contudo, não plenamente satisfeito, partiu para Paris em 1804, cidade em que compôs a sua primeira sinfonia, apresentada em 1810. No entanto, teve que deixar a França por causa das invasões napoleónicas que ocorreram em Portugal, invasões que o tornavam inimigo de França. Assim, viajou para Inglaterra, fixando residência em Londres onde imprimiu quase toda a sua obra, por intermédio de Muzio Clementi que tinha uma imprensa de música em sociedade com os irmãos Collard. Em 1814 regressa ao nosso país, mas foi friamente recebido: só conseguiu dar um concerto e foi numa festa diplomática. Desapontado, vive nos anos seguintes em Londres e Paris, com muitas dificuldades económicas.

É precisamente em Paris que escreve a sua obra magna, a Missa de Requiem dedicada a Camões, poeta com o qual o compositor sentia uma particular afinidade. Graças ao tremendo êxito que o Requiem conhece em Londres, retorna a Portugal, agora exaltado com toda a solenidade: em 1833 é-lhe entregue o cargo de professor de música de D. Maria II. Finalmente, tendo sido fundado o conservatório anexo à Casa Pia, Bontempo é convidado para o dirigir, e em simultâneo vê-se elevado a chefe da Orquestra da Corte.


Jornal da Batalha

Espaço Público Opinião

janeiro 2021

3

s Crónicas do Passado Francisco Oliveira Simões

HCESAR Uma secretária de aço inoxidável com tampo de madeira, robusta como um charuto cubano, inabalável e retilínea, à imagem do Estado que se tentava prodigalizar além-fronteiras, repousava num escritório nefasto e banhado por fumo de cigarro. As persianas estavam entreabertas e a pesada cadeira metálica fazia chiar as rodas aprisionadas. Um copo de whisky quase esvaziado sobre a secretária imponente aguardava o seu portador, para o encher com o líquido miraculoso do esquecimento. A máquina de escrever Olivetti soava as notas indistintas do funcionamento desinspirado, relatando histórias assombrosas e furtivas. Nunca o Sr. Camilo Olivetti, quando fundou a sua companhia em 1908, poderia sequer pensar que se escreveriam frases tão hediondas na maquinaria que deu à luz. O inspetor Henrique César deixava documentado tudo o que experienciava no decorrer do exercício da sua cora-

Historiador

josa atividade profissional. Envolvido pela neblina do fumo e da grandeza do ofício. Já havia resolvido tantos casos durante a sua vida, que lhes tinha perdido a conta. O dever chamava, tinha de sair para o terreno, em busca de um criminoso matreiro, que punha em jogo toda a sociedade lisboeta, quiçá portuguesa. Vestiu a gabardina creme e o chapéu de feltro, ambos de produção nacional e qualidade comprovada. Pôs a arma no bolso de dentro do blazer e fechou a porta do covil. Um cavalheiro passeava de braço dado com uma dama pelo Rossio, naquela noite invernal de janeiro de 1958, quando deu de caras com o célebre inspetor. O casal assustou-se diante da imagem obscura de Henrique e vacilou o passo. - O que fazem na rua a estas horas da noite? – perguntou César. - Fomos ao teatro ver uma peça e beber um copo de Porto – respondeu o incauto

transeunte a medo. - Muito bem! Essa peça foi escrita por um dramaturgo português? - Sim, era de Almeida Garrett. - Folgo em saber. Tenham uma boa noite, cidadãos. A conversa terminou e César partiu na sua demanda pela seriedade e rigor dos serviços do Estado português. Regressou ao escritório e deixou a papelada tratada, para o regalo do seu superior hierárquico. Os colegas não lhe falavam muito, assustados pelo semblante austero e voz tonitruante. O chefe chamou-o ao seu gabinete e confiou-lhe mais uma desafiante missão, que só ele podia levar a bom porto. - César, chamei-o aqui para resolver um crime mesquinho de um lacaio da desordem à moral e bons costumes, que este glorioso país nos habituou. - Tenho ordem para… - Tem, é para abater, sem lhe dar tempo para respostas. - Assim o farei, sabe que

levo sempre a arma comigo. - Sei como as suas medidas são pouco ortodoxas, mas precisamos de pessoas como o Senhor Doutor nesta difícil tarefa – respondeu o chefe pondo a sua mão direita no ombro de Henrique. Patrulhou as ruas noturnas da capital para desmascarar o vil infrator. Foi ao Hot Clube ouvir essa música americana, o jazz. César não era grande amante das artes exteriores à portugalidade. Naquela noite tocavam êxitos de Charlie Parker e o gin corria pelas mesas de mansinho, elevando o grau de erudição do público. O inspetor queria interrogar o saxofonista do quarteto. Durante um intervalo mais longo, um dos empregados segredou ao ouvido do músico e apontou para a mesa de Henrique. - Ouvi dizer que queria falar comigo? – disse o líder do quarteto enquanto se sentava em frente do inspetor. - Quentin Werty, não é verdade?

- Estou a ver que aprecie bom jazz, para conhecer o meu nome. - Não, desprezo. Mas conheço muito bem gente da sua laia. - Artistas? - Não, meliantes que fogem aos impostos. - Por favor, eu pago tudo, só têm de me dar tempo – pediu encarecidamente Werty. - Agora é tarde. Os seus documentos? Quentin levanta-se e corre o mais rápido que pode, no entanto César retira a sua sempre fiel arma e arremessa-a contra o fugitivo em marcha, que fica estendido no chão do bar. - A minha amiga nunca me desilude – disse Henrique, enquanto se baixava para apanhar o carimbo verde seco do chão. Vai ao bolso interior do blazer e retira a papelada correspondente à transgressão fiscal do Sr. Werty. Senta-se e vai folheando os documentos, depois de lamber ao de leve a ponta do dedo indica-

çar o empenho do seu museu na comunidade que representa, cumprindo a missão da valorização e promoção do território e de envolvimento e integração dos seus públicos.

Recordamos que o MCCB abre de quarta-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. Nos primeiros domingos do mês, a entrada é gratuita para munícipes e residentes no concelho

dor da mão direita. - Multa por inexistência da autorização de porte de isqueiro, coima por ainda não ter saldado o imposto de selo correspondente ao ano transato, atraso no… - a lista dos delitos era extensa e César fazia questão que todos os dados fossem apresentados ao transgressor, mesmo que este continuasse estendido no chão. Henrique regressou à repartição de finanças, sob a aclamação do chefe e o olhar aprovador da sua sempre leal secretária institucional, que só a melhor madeira de pinho e a indústria metalúrgica nacional podiam criar.

s Espaço do Museu

MCCB recebe mais um prémio O MCCB recebeu, em dezembro de 2020, uma Menção Especial da APOM – Associação Portuguesa de Museologia, no âmbito da 25ª edição da atribuição dos prémios desta associação que já conta com 55 anos de atividade. A cerimónia decorreu online, atendendo à atual pandemia, tendo contado com as intervenções iniciais da senhora ministra da Cultura, Graça Fonseca, e de João Neto e Pedro Inácio, respetivamente presidente e vice-presidente da direção da APOM. A distinção atribuída ao MCCB, destaca o percurso deste museu na área da Inclusão, designadamente nos recursos que disponibiliza a todos os públicos, bem como na sua programação integradora, que conta com iniciativas que visam

a sensibilização e a educação para a área da acessibilidade. A distinção em torno da Inclusão agraciou também outras instituições e museus, como a Associação Acesso Cultura, a ACAPO (Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal), entre outras. O MCCB, recorde-se, já havia sido galardoado pela APOM, com o prémio de Melhor Museu Português, em 2012 (um ano após a sua inauguração), e com uma Menção Honrosa, em 2018, reconhecendo a investigação que convergiu na exposição “100 Anos de Carvão – Minas da Batalha: 1854-1954”. Aos prémios da APOM, candidataram-se em 2020, 208 instituições entre Portugal continental e regiões autónomas de Açores e Madeira, destacando-se 86 nomeados em 31 categorias, das

quais se assinalam, a título de exemplo, as de: Melhor Museu do Ano, Informação Turística, Projeto Internacional, Incorporação, Inovação e Criatividade, Catálogo, Serviço de Educação e Mediação Cultural, Coleção Visitável e Exposição Temporária. O Prémio de Melhor Museu do Ano foi, nesta edição, atribuído ao Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s. Refira-se que a APOM, fundada em 1965, é a primeira organização profissional ligada aos museus criada em Portugal, com o objetivo de servir a museologia e a comunidade de profissionais de museus portugueses, de acordo com os critérios estabelecidos pelo ICOM (Conselho Internacional dos Museus). Para o Município da Batalha, esta distinção vem refor-

da Batalha. Contamos com a vossa prezada visita neste novo ano. Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)


4

janeiro 2021

Jornal da Batalha

Pandemia

Número de vítimas com Covid-19 volta a aumentar no concelho m No distrito de Leiria há apenas dois concelhos que ainda não registaram falecimentos (Castanheira de Pera e Pedrógão Grande) O número de pessoas falecidas no concelho da Batalha com Covid-19 aumentou para seis no último mês, segundo o boletim sobre a pandemia divulgado no dia 16 de janeiro pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria. No distrito de Leiria há apenas dois concelhos que ainda não registaram falecimentos (Castanheira de Pera e Pedrógão Grande) e Ansião (4) e Nazaré (6) apresentam os números mais baixos. No caso da Batalha, há ainda a registar a morte de um cidadão natural do município, mas residente no distrito de Aveiro. O concelho de Leiria apresenta o maior número de vítimas mortais (74), seguin-

Casos da doença confirmados no distrito Município

Casos confirmados

Leiria Alcobaça Pombal Caldas da Rainha Peniche Ansião Marinha Grande Óbidos Porto de Mós Nazaré Figueiró Vinhos Pedrógão Grande Bombarral Alvaiázere Batalha Castanheira Pêra Total

3 713 1 708 1 470 1 518 942 434 940 322 663 356 306 130 244 221 355 42 13 364

Recuperados 2 781 922 914 1 078 613 224 711 144 491 239 201 37 158 146 291 38 8 988

decidiu manter o programa municipal de distribuição de máscaras e de apoio à população para a realização de testes à Covid-19, e implementar medidas de redução de contactos nos serviços municipais e no funcionamento das escolas. Segundo um comunicado do município, “serão retomados os serviços de apoio domiciliário às famílias carenciadas e menores condições de mobilidade, designadamente de entrega de

produtos alimentares e medicamentos, bem assim reforçadas as condições de acolhimento de emergência, para situações de isolamento profilático em que as famílias não disponham de condições habitacionais para o efeito”. Os apoios ao ensino à distância também “serão reforçados, face ao número crescente de alunos que se encontram em regime de quarentena preventiva, procurando garantir a todos condições de aprendizagem, mesmo quando ausentes do espaço escolar”. Neste domínio, a autarquia em articulação com o Agrupamento de Escolas da Batalha, “tem igualmente preparado o cenário de encerramento das escolas, caso o Governo assim o decida ou por motivos de prevenção da saúde da comunidade educativa”. Na eventualidade do encerramento de escolas, o município da Batalha “antecipa a disponibilização de serviços de acompanhamento e refeições aos filhos dos profissionais de saúde e

utilização daquelas infraestruturas para instalação de um centro de vacinação da Covid-19”. “Os municípios têm um papel importante no apoio logístico à tarefa nacional de administração da vacina da Covid-19, pelo que a autarquia da Batalha se encontra preparada para contribuir para a rápida implementação e disseminação junto da população da vacina da Covid-19”, explica o presidente do município, Paulo Batista Santos.

p O Exposalão inclui uma área coberta de 16 mil m2

Casos ativos Falecimentos 858 758 520 385 304 206 206 164 157 111 95 93 78 67 58 4 4 064

74 28 36 55 25 4 23 14 15 6 10 0 8 8 6 0 312

Fonte: Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria, municípios e autoridades de saúde/Região de Leiria (16 de janeiro)

do-se Caldas da Rainha (55) e Pombal (36). No que respeita aos casos ativos, a Batalha apresenta 58, o valor mais baixo dos 16 concelhos do distrito, com exceção de Castanheira de Pera (4). O município de Leiria concentra 858 casos ativos, seguindo-se Alcobaça (758) e Pombal (520). Desde o início da pandemia, revistaram-se 355 casos confirmados no concelho da Batalha. Os municípios de Pedró-

gão Grande (130), Alvaiázere (221) e Bombarral (244) são os menos afetados. Pelo contrário, Leiria (3.713), Alcobaça (1.708)) e Caldas da Rainha (1.518) apresentam o maior número de pessoas infetadas. Entretanto, a Câmara da Batalha, perante o novo período de confinamento, iniciado às zero horas de 15 de janeiro, e face à avaliação da evolução epidemiológica no concelho, “considerada uma situação muito grave”,

pessoal dos serviços essenciais (bombeiros, GNR, lares e unidade de cuidados continuados), medida que envolve três centros educativos - Batalha, São Mamede e Reguengo do Fetal - e uma equipa de profissionais educativos com formação específica para o efeito. “No plano definido, cada escola vai começar por ter capacidade para acolher no máximo 10 crianças até aos 12 anos, no período da 07h30 às 19h00, mas, consoante as necessidades identificadas, há possibilidade de adaptarmos quer essa lotação, quer o horário de funcionamento”, esclarece o autarca local. “As medidas previstas serão implementadas em função da necessidade da nossa comunidade e visam sobretudo prevenir situações de rutura e ampliar os apoios às famílias e profissionais que residam no Concelho da Batalha. Vamos também continuar a apoiar os doentes com a Covid-19, bem assim as empresas e negócios mais afetados por esta crise pandémica”, esclarece a autarquia.

Exposalão poderá acolher centro regional de vacinação O Município da Batalha aconselhou a instalação no centro de exposições de uma área dedicada à vacinação da Covid-19, para responder à segunda e terceira fases do plano de vacinação que foi apresentado pelo Governo no dia 3 de dezembro, que engloba pessoas com mais de 65 anos e de 900 mil com patologias associadas, seguindo-se a restante população. Em ofícios dirigidos à ministra da Saúde e ao ministro da Administração Interna, a autarquia preconiza a

instalação de um centro regional de vacinação no Centro de Exposições da Batalha (Exposalão), “um espaço amplo e acessível, que se encontra implantado numa área total de 120 mil m2 e inclui uma área coberta de 16 mil m2, distribuída por três pavilhões, uma zona de multiusos, um auditório e áreas de apoio (WC, gabinete médicos e salas de espera), estando ainda servida com um parque de um parque de estacionamento para mil viaturas”.

O Centro de Exposições da Batalha “dispõe ainda de excelentes acessos e capacidade própria de montagem de divisórias, condições de receção para atendimento de utentes e mecanismos de gestão de filas que asseguram o distanciamento em processos de espera no atendimento”, refere a autarquia em comunicado. Para o efeito, “tratando-se de um espaço privado, a câmara municipal já assegurou um acordo de disponibilidade imediata para


PROJETAR E RELANÇAR O CONCELHO DA BATALHA

PROGRAMA MUNICIPAL DE RELANÇAMENTO DA ECONOMIA E DO INVESTIMENTO

E D S A R U T A ÇÃO ANDID

C

A C I F I UAL

Q É R P

1 2 ’ V E F 8 ATÉ 2

› Gabinete de Apoio à Empresa e ao Empreendedorismo (GAEE): gae@cm-batalha.pt + informação: 244 769 110 www.cm-batalha.pt


6

Batalha Pandemia

janeiro 2021

Jornal da Batalha

Municípios da região prestam homenagem a quem está na linha da frente m “O sincero reconhecimento pela importância da função, pela distinção do empenho e pela riqueza dos gestos” A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) aprovou um voto de louvor em que homenageia “os bravos bombeiros”, “os empenhados militares da GNR” e as “dedicadas assistentes que asseguram o funcionamento de escolas”, entre outros voluntários e profissionais envolvidos no combate à pandemia. A homenagem destina-se a todos os que asseguram o normal funcionamento dos serviços públicos, empresas, escolas, forças de segurança, bombeiros, instituições particulares de solidariedade (IPSS), hospitais, unidades de saúde, associações e os muitos voluntários que, de modo anónimo e discreto, apoiam, alimentam, acompanham e aju-

dam centenas e centenas de cidadãos e famílias. Para os autarcas dos 10 municípios representados na CIMRL, “é tempo de recordar os corajosos que trabalham nos hospitais, os dedicadíssimos colaboradores que colaboram com as IPSS, os bravos bombeiros, os preocupados e generosos profissionais de saúde das unidades de Saúde Familiar e de Cuidados de Saúde Personalizados e serviços de cuidados de saúde primários, os dedicados colaboradores dos municípios, juntas e uniões de freguesia, os colaboradores das farmácias, as largas dezenas de empenhados militares que integram a GNR e a PSP”. “As dedicadas assistentes que asseguram o funcionamento de escolas, cantinas, atividades de enriquecimento curricular, componentes de apoio a família, creches e pré-escolas públicas, do sector social ou empresas, espalhadas por todos os municípios”, também merecem a homenagem da CIMRL, que aprovou o louvor na última

p A homenagem destina-se aos que asseguram o funcionamento dos serviços reunião, a 17 de dezembro. Os profissionais da restauração, da hotelaria, da cultura e do mundo do espetáculo que “se encontram, há meses em situação particularmente crítica e, mesmo assim, disponíveis para nos alegrarem em concertos com público mais reduzido, preferencialmente nas redes sociais

ou na Internet”, também são lembrados, bem como “os colaboradores das empresas que nos abastecem, transportam, cultivam, colhem, distribuem, vendem, compram, contratam, encomendam, empregam e, de facto, asseguram que nada possa faltar e que, apesar de tudo, as vidas de muitos possam

continuar a decorrer com a normalidade possível”. Por fim, a CIMRL dirige-se “aos que dizem presente, que se voluntariam, que se dedicam, que se entregam e que compõem esse grande grupo de cidadãos anónimos de corpo inteiro, responsáveis e disponíveis. A homenagem da CIMRL

é para todos eles”. “O sincero reconhecimento pela importância da função, pela distinção do empenho e pela riqueza dos gestos. É tempo de reconhecimento aos milhares de profissionais e voluntários que se dedicam aos outros, que de forma abnegada e empenhada, têm combatido o vírus da Covid-19”.

Autarquia considera “urgente” vacinar utentes do lar do Reguengo A Câmara da Batalha completou no dia 5 de janeiro a entrega do segundo lote de testes rápidos à Covid-19, no total de 200, ao Lar do Reguengo do Fetal, principal estrutura residencial para idosos (ERPI) do concelho da Batalha. Na ocasião, o Município endereçou um pedido junto das autoridades de saúde pública “no sentido de suscitar junto do diretor do departamento de saúde pública da Administração Regional de Saúde do Centro (ARS-Centro), a premência da vacinação contra a Covid-19 na ERPI/lar do Centro Paroquial Assis-tência do Reguengo do Fetal, por se tratar de uma das maiores estruturas de acolhimento de idosos do distrito de Leiria,

com 82 utentes e 75 profissionais, a que acrescem outros tantos utentes em regime de apoio domiciliário, numa região com forte sensibilidade a surtos, como têm sido registados nos municípios vizinhos de Ourém, Porto de Mós e Leiria”. Num ofício, a autarquia “recorda que segundo o definido pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, no to-cante à informação dos critérios de prioridade para a vacinação, foi definido que haveria mais do que um critério; por exemplo, o critério de lares que estejam localizados em concelhos de alta incidência – em que a probabilidade de haver penetração do vírus no lar e originar um surto é maior; um outro critério é o tamanho e a densidade

p Protocolo assinado entre o município e o centro paroquial populacional do lar – que poderá ter implicações maiores se tiver um surto”, sublinha o presidente da câmara Municipal, Paulo Batista Santos. Os testes rápidos à Covid-19 pelo método de de-

teção de antigénio “revestem-se de enorme importância e são cruciais para fazer a identificação de doentes eventualmente infetados por SARS-CoV-2”. “Este projeto surge na

prossecução da estratégia de prevenção no atual contexto da pandemia da Covid-19, com o intuito de prevenir o risco de contágio e de surtos na comunidade, com prioridade para o meio escolar

e junto das IPSS do concelho da Batalha que dispõem das valências de creche e de apoio a idosos”, refere a autarquia. O Centro Paroquial de Assistência de Reguengo do Fetal dispõe de competências para a realização de testes rápidos à Covid-19, “seguindo os critérios clínicos e as melhores práticas na prossecução do objetivo de con-trolo da transmissão do SARS-CoV-2”. “Neste momento, a prevenção da população mais suscetível é uma prioridade, como deve ser o plano de vacinação contra a Covid-19, pelo que iremos pugnar para que chegue o mais rapidamente possível ao Muni-cípio da Batalha”, conclui Paulo Batista Santos.


Jornal da Batalha

Pandemia Batalha

janeiro 2021

7

Programa “Projetar e Relançar o Concelho da Batalha” abre período de candidaturas mSão sectores elegíveis de apoio o comércio a retalho (com volume de negócios até cem mil euros), o alojamento, a restauração e atividades similares O período de submissão de candidaturas de pré-qualificação ao programa “Projetar e Relançar o Concelho da Batalha – pós Covid-19” encontra-se aberto até ao dia 28 de fevereiro, devendo as empresas remeter à câmara municipal a documentação associada, designadamente a ficha de pré-qualificação e o termo de responsabilidade. O programa, com uma

dotação financeira de 500 mil euros, “tem por objetivo apoiar micro e pequenas empresas que tenham sido particularmente afetadas pelo contexto pandémico, tendo em vista a criação e manutenção de postos de trabalho contribuindo para a diversificação do tecido económico local”. São sectores elegíveis de apoio o comércio a retalho (com volume de negócios até cem mil euros), o alojamento, a restauração e atividades similares. Das tipologias de apoio a atribuir às empresas elegíveis, destaca-se a atribuição de até 660 euros por trabalhador, apoio à instalação de atividade, apoio à habitação e apoio

à promoção (85% de apoio a fundo perdido, até 2.500 euros). At r avé s do pro g r a ma “Projetar e Relançar o Concelho da Batalha – pós Covid-19”, a Câmara da Batalha “pretende contribuir ativamente para a dinamização e recuperação económica do tecido empresarial do concelho, através do relançamento da economia e do emprego, promoção do desenvolvimento e da reabilitação urbana”. As candidaturas de pré-qualificação, devem ser enviadas para o e-mail geral@cm-batalha.pt, podendo a informação sobre o programa ser consultada através do link: https:// bit.ly/3hI6nFy

p O programa “pretende contribuir para a recuperação económica”

Câmara mantém ATL gratuitos e isenta comércio e serviços de taxas mA Câmara da Batalha vai prorrogar as isenções às empresas com atividades de comércio e serviços de todas as taxas municipais, até ao final de março de 2021 A autarquia da Batalha decidiu igualmente manter a gratuitidade do serviço municipal de ocupação dos ATL até ao final do primeiro trimestre de 2021, “uma medida com forte impacto nas famílias com filhos a frequentar aquele serviço, ficando apenas a seu cargo o pagamento das refeições, mas apenas os agregados familiares que não beneficiem da ação social escolar”, refere a autarquia em comunicado. “Esta medida serve para ajudar a alavancar a economia do concelho e aliviar o enorme estrangulamento financeiro que as empresas

p A isenção do pagamento do estacionamento público vai manter-se de serviços e o comércio estão sujeitos”, bem como “salvar os postos de trabalho” em risco, explica o presidente da câmara municipal. “Os apoios às famílias com filhos serão mantidos para 2021, ao nível do apoio à mensalidade da creche e à natalidade, bem assim será prorrogada a gratuitidade do serviço de ATL, medi-

das essenciais para ajudar ao equilíbrio dos orçamentos familiares”, acrescenta Paulo Batista Santos. As isenções agora renovadas pelo município, incluindo a isenção do pagamento do estacionamento público na vila da Batalha, das taxas aos feirantes do mercado municipal e das concessões municipais, estarão em vigor até 31 de março,

mas poderão ser prolongadas por outro período, caso seja necessário. A estimativa orçamental das decisões municipais, para o ano de 2021, incluindo os benefícios no âmbito do programa municipal “Crescer Mais” – apoio à creche e à natalidade, chegará a mais de quatro centenas de famílias e representa um valor de 200 mil euros.

Regras a respeitar no novo confinamento 1 – Os serviços públicos municipais prestam o atendimento presencial por marcação, sendo mantida e reforçada a prestação dos serviços através dos meios digitais e das linhas de contacto com os cidadãos e as empresas. 2 – São encerradas à prática desportiva as seguintes instalações desportivas: campos de futebol sintético; polidesportivos cobertos; pavilhões municipais da Golpilheira e Batalha; pavilhão multiusos e piscinas municipais. 3 – Exceciona-se do número anterior, a prática desportiva nos campos de ténis, padel e similares abertos, bem assim todas as atividades desportivas escolares. É ainda permitida a atividade física e o treino de desportos individuais ao

ar livre, assim como todas as atividades de treino e competitivas profissionais e equiparadas, sem público e no cumprimento das orientações da DGS. 4 – Os estabelecimentos escolares, creches, serviço de refeições escolares e atividades ocupacionais permanecem em funcionamento em regime presencial, tendo em conta o impacto de um novo encerramento nas aprendizagens e no futuro das crianças e jovens. 5 – Mantém-se em f u nc ion a me nto o s mercados da Batalha e São Mamede, apenas nos casos de venda de produtos alimentares, devendo os utilizadores adotar as recomendações da Direção-Geral de Saúde de distanciamento, higienização e uso de máscara de proteção.


8

Batalha Atualidade

janeiro 2021

Jornal da Batalha

Atualidade

Região quer mais investimentos mais ensino artístico e menos poluição m Entre os investimentos, a moção aprovada pela assembleia intermunicipal reclama a ligação do IC9 à A1 em São Mamede A comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) aprovou na sua última reunião de 2020 uma moção na qual solicita ao Governo que assuma “investimentos estruturantes para região, urgentes e prioritários”, não se ficando apenas pelo “retomar de antigos projetos com elevada expressão financeira”, como a ferrovia de alta velocidade. O documento, intitulado “Pela recuperação social e reforço de investimentos estratégicos na região”, destaca como “fundamental que os projetos considerados chave e prioritários pelos municípios da CIMRL sejam assumidos pelo Governo para integrarem o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), disponibilizando-se para participar nos processos de sua gestão e obras respetivas”. Pelas “recentes declarações do membro do Governo com a tutela das infraestruturas e habitação, constata-se que se retomam antigos projetos com elevada expressão financeira, como a rede ferroviária de alta velocidade, mas não se concretizam investimentos estruturantes para a região, urgentes e prioritários, por exemplo, ao nível das infraestruturas de transportes”. Entre os investimentos, a moção aprovada pela assembleia intermunicipal, a 17 de dezembro, descreve: requalificação da linha ferroviária do Oeste, na ligação de

p Pedida ligação do IC9 à A1 em São Mamede Caldas da Rainha ao Louriçal; construção do nó da A1 na zona do Barracão; requalificação do troço do IC2 comum ao IC9, entre Alcobaça, Porto de Mós e ligação do IC9 à A1, na Batalha (São Mamede); requalificação do troço do IC8, entre Avelar e Pombal, e a abertura ao tráfego civil da BA5 de Monte Real. O PRR está orientado para três domínios principais: a transição climática, transição digital e a resiliência, que prioriza o reforço da capacidade da rede viária e investimentos estruturantes para as regiões. Para o cumprimento destes objetivos contam também o Plano Nacional de Investimento 2030 e o quadro comunitário Portugal 2030. A CIMRL sublinha que “o desenvolvimento e resiliência das regiões está, em muito, condicionado, pelos investimentos estratégicos que o Pais é capaz de realizar, pelo que é essencial definir à escala de cada CIM qual o investimento prioritário e transversal, com reflexos o nível da competitividade e da coesão económica e social”. Por isso, refere a moção,

“importa destacar, desde já, que a região reclama participar na materialização destes objetivos estratégicos a curto e médio prazo e que, no espetro geral, concorram para incrementar uma resiliência mais presente às vulnerabilidades sociais e económicas”.

Ensino artístico Noutra moção, a CIMRL “repudia a discriminação negativa” no apoio ao ensino artístico da região e considera “absurda qualquer atitude meramente corporativa para justificar que não são necessários mais artistas no mercado”. O concurso realizado em julho traduziu-se num corte de 80% de vagas nas escolas da região, “impedindo o acesso dos jovens ao ensino artístico da música”, o que “não se verificou por igual noutras regiões e escolas, havendo até subidas em relação a anos anteriores, sem que se entenda o critério usado”, refere a CIMRL. Neste contexto, a assembleia da CIMRL aprovou uma moção em que manifesta o “seu repúdio pela discriminação negativa das

escolas, dos alunos e respetivas famílias da região de Leiria, que ficam claramente penalizados” e “reclama a realização urgente de novo concurso adicional destinado exclusivamente a reparar as injustiças cometidas pelo concurso antecedente”. Os dez municípios que compõem a comunidade “reclamam que seja contemplada para as escolas do ensino artístico da região a reposição das vagas em falta até ao preenchimento do número de matrículas realizado em respeito pelo histórico de cada escola e a abertura de pelo menos cinco vagas nas novas escolas, numero mínimo para a realização de uma turma”. A moção refere que “havia até agora na área da CIMRL um limite de 140 alunos do ensino básico articulado e matriculados em ensino artístico, que foi reduzido inicialmente para 36 e depois reajustado para 55, bem menos de metade do habitual”. Na perspetiva dos autarcas, “estas vagas violam os princípios da equidade, legalidade e proporcionalidade, impedindo o acesso a este

ensino dos jovens da nossa região, onde não há qualquer alternativa por ausência absoluta de oferta pública”. Para a CIMRL, “é absurda qualquer atitude meramente corporativa para justificar que não são necessários mais artistas no mercado, assim como é injusto tentar apontar que a grande maioria procura o ensino artístico por oportunismo mesquinho, sendo esta uma justificação para os cortes abissais e inesperados que deixam dezenas de alunos e de famílias com expectativas cortadas” Por outro lado, o Governo prometeu “realizar um concurso adicional com vista à correção da situação, mas que até agora não se realizou, sendo que as escolas estão a suportar os custos dos alunos não financiados sendo que a quase totalidade delas são instituições sem fins lucrativos e de interesse público e em situação insustentável a médio prazo”.

Estudo sobre suiniculturas A CIMRL aprovou igualmente uma moção em que defende a promoção de um estudo sobre o combate à po-

luição das suiniculturas, a apresentar no próximo trimestre, e de um plano que fique pronto para executar até final de 2021. O documento “recomenda aos municípios afetados pela poluição da Bacia Hidrográfica do Rio Lis que articulem e planeiem esforços, em sede da CIMRL, de forma a um melhor diagnóstico conjunto das situações com que se confrontam”. Em resultado dessa iniciativa, devem “apresentar à Aguas de Portugal-Energias (AdP/E) um contributo sustentando e bem articulado para um plano de ação intermunicipal”. Os autarcas da CIMRL “propõem-se ainda a criar um grupo de acompanhamento dos estudos e do desenvolvimento da proposta sobre a(s) unidade(s) de tratamento de efluentes suinícolas a fazer pela AdP/E, em função das melhores soluções e qualidade de vida para as populações, a integrar no plano de ação intermunicipal”. Segundo a moção, “este grupo de acompanhamento integrará representantes das juntas de freguesia, entidades político-administrativas que se confrontam mais diretamente com estes problemas”. “O grupo de acompanhamento deve definir junto da AdP/E metas para apresentação de um primeiro estudo, ou “draft”, no primeiro trimestre de 2021, para audição pública, com propostas das melhores soluções e de financiamento, tanto para o investimento inicial, como para exploração posterior”, adianta o documento. Os autarcas pretendem que “o plano e projeto definitivos estejam prontos a ser executados até final de 2021” (mais informação na página 9).


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

janeiro 2021

9

Autarquia critica abandono da construção da ETES do Lis m “Qual a alternativa viável do Governo para o tratamento dos efluentes suinícolas e despoluição da bacia hidrográfica do Lis?”, pergunta Paulo Batista Santos O recuo do Governo em relação à construção da Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas (ETES do Lis), anunciado no final de dezembro, merece fortes criticas das autarquias sob influência da bacia hidrográfica do Rio Lis - o presidente da Câmara da Batalha considera que a decisão tem “graves consequências ambientais”. O ministro do Ambiente, Pedro Matos Fernandes, anunciou no dia 30 de dezembro, durante uma visita a Leiria, que a ETES do Lis

não será construída por não haver a garantia da participação dos suinicultores no sistema de despoluição. No mesmo dia, o autarca da Batalha, Paulo Batista Santos, enviou ao governante um ofício onde manifesta o seu desacordo, considerando a informação de que a ETES do Lis “não deverá avançar, alegadamente por razões de ausência de entendimento com os empresários do sector suinícola, pela gravidade do exposto e sobretudo pelas graves consequências ambientais da anunciada intenção em abandonar o projeto de construção”. “Qual a alternativa viável do Governo para o tratamento dos efluentes suinícolas e despoluição da bacia hidrográfica do Lis e quais foram os resultados do estudo realizado pela AdP Energias?”, são as duas questões que Paulo Batista Santos coloca

p Existe mais de meio milhar de suiniculturas ao ministro do Ambiente. “Compreenda que são questões centrais para um município muito afetado com este grave problema ambiental e empenhado numa solução sustentável para o ambiente da região, uma vez que as descargas

ilegais persistem e tem vindo a agravar-se nos últimos meses”, justifica. O Município da Batalha “há vários anos defende que a construção da ETES do Lis é um projeto de relevante interesse público e essencial ao plano de despoluição

da bacia hidrográfica do Lis, bem como de regularização do sector pecuário da região e com impacto direto, entre outros, nos municípios de Leiria, Pombal, Ourém, Batalha, Marinha Grande e Porto de Mós”. Estima-se que nos conce-

lhos abrangidos pela bacia hidrográfica do Lis existam mais de meio milhar de suiniculturas, com um efetivo animal superior a 300 mil cabeças, o que representa mais de mil metros cúbicos diários de efluentes suinícolas.

Seg. a Sex.: 9h30 às 13h00 14h às 19h30 Sábado: 9h30 às 13h00 14h às 18h00

VÁRIAS ESPECIALIDADES Medicina Dentária, Análises Clínicas e Fisioterapia

De segunda a sexta-feira: 09h30 - 13h00 e 14h00 - 20h00 . 244 765 700 . 964 423 402 . Rua D. Maria Júlia Sales Zuquete nº 31 . 2440-041 Moinho de Vento . Batalha


10

janeiro 2021

Jornal da Batalha

Opinião s Noticias dos Combatentes NCB

2021 - uma falsa sensação de segurança

Chegado o tão ansiado 2021, com as ainda mais esperadas diversas vacinas, começa-se a baixar a guarda no combate à pandemia da Covid-19, com uma falsa sensação de segurança, como se tudo estivesse já para terminar. Ora, eis que se revelam novas variantes do vírus, sendo as mais preocupantes, a inglesa, 70% mais contagio-

sa, e uma sul-africana que o não é menos. Os casos de coronavírus disparam para números até agora nunca vistos em Portugal, ultrapassando uns impressionantes 10 mil casos positivos diários, com mais de 100 óbitos, e o final do mês de janeiro poderá revelar um chocante aumento para o dobro dos números atuais.

A vacina não produz efeito desde já, sendo necessária uma segunda dose para que providencie proteção; dose essa que será administrada apenas três semanas após a primeira. A inoculação far-se-á em diversas fases, como é do conhecimento geral. Para que se atinja a imunidade de grupo demorará talvez outro ano.

Mas, a cada minuto, leem-se reclamações, espalhadas por todo o tipo de redes sociais, de que os hospitais, os centros de saúde e as unidades de saúde familiar, bem como as delegações de saúde pública, não dão vazão a todas as solicitações, não possuem capacidade de testar, não atuam em tempo útil! Aqui, e antes de se publicar fosse o que fosse, deveria haver a introspeção de cada um, para refletir se terá feito tudo ao seu alcance, cumprido rigorosamente todas as indicações da Direção Geral da Saúde, para não ter sido atingido ou considerado contacto de risco, e assim evitar ter de recorrer ao cada vez mais débil Sistema Nacional de Saúde que, devido aos abusos de tanta gente, já está a “rebentar pelas costuras”. Para além da abertura dada, e das graves consequências que já se estão a colher, quantos facilitaram na consoada e dia de Natal? Quantos se juntaram, de

várias bolhas, na época festiva, mesmo sendo família, principalmente na passagem do ano, contra todas as indicações e contrariando toda a lógica, promovendo os contactos e, consequentemente, o aumento exponencial dos casos suspeitos e de contágio? Os profissionais de saúde também adoecem, e não por negligência, mas por contactarem diretamente com todos os que procuram cuidados; com todos os que não tiveram cuidado. Para não entrar por onde ainda escasseiam mais meios, e onde os profissionais já estão em rotura, ou seja os hospitais e as unidades de saúde, só a título de exemplo, normalmente, numa delegação de saúde pública, utilizando uma referência geral a nível nacional, não estarão mais de quatro profissionais, que atendem as centenas de chamadas telefónicas recebidas, passam as declarações provisórias de isolamento profilático,

passam, à posteriori, as declarações definitivas, marcam os testes Covid, informam do resultado dos mesmos, lançam os dados nas plataformas informáticas, contactam as autoridades e enviam as listagens para a verificação ao domicílio do cumprimento do isolamento, fora todas as rotinas diárias não Covid que continuam a decorrer como, por exemplo, as solicitações dos tão importantes atestados multiusos. Não resta se não apelar ao bom senso, para que não se facilite, se encare a epidemia ainda com mais respeito e se apliquem rigorosamente as medidas mais que conhecidas, sobejamente divulgadas e em vigor. A terceira vaga da pandemia chegará silenciosa e ceifará muitas mais vidas, as vidas dos nossos familiares e amigos, a nossa, a dos que conhecemos em redor, e esse remorso ninguém quererá certamente carregar.

s Baú da Memória José Travaços Santos

Evocação de João Madeira Martins Figura interessantíssima e muito original, João Madeira Martins, natural de Minde, instalou em sua casa, em Odivelas, quando passou à reforma como funcionário superior dos Correios, uma tipografia apenas para editar uma invulgar colecção de pequenos livros e opúsculos sobre figuras e obras, recordações e factos históricos de Minde, da Alta Estremadura, do nosso País. Ele investigava, recolhia, compunha e imprimia. Frequente no Arquivo da Torre do Tombo, aí recolheu um extenso rol

de informações de grande interesse, muitas inéditas, que depois generosamente nos dava a conhecer. Este foi o caso do livrinho, cuja capa ilustra este apontamento. São centenas de trabalhos, entre os quais há constantes referências a vultos nacionais e regionais, reproduzindo parcelas significativas das suas obras ou das suas biografias. Entre muitos, outra grande figura das Letras, muito particularmente do Jornalismo, Adelino Mendes, natural do Reguengo do Fetal, de quem nos dá

a conhecer a sua faceta como poeta. Repito uma sugestão que fiz há anos: na impossibilidade de erguer um monumento a cada um, nas suas sedes de concelho poder-se-ia evocá-los numa placa onde, além de se inscrever o seu nome e as datas do nascimento e da morte, se indicaria aquilo em que se notabilizaram. Uma placa comum, já se vê. Até lá, contaremos com a preciosa colecção composta e impressa pelo saudoso João Madeira Martins.


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

janeiro 2021

11

Ladrões levam 1.138 euros em rede da vedação da Quinta do Escuteiro m Apesar do assalto, ocorrido na madrugada do dia 28 de dezembro, “os trabalhos de valorização prosseguirão”

p Furto de 150 metros de rede, com o valor de 1.138 euros

“Uma parte significativa da rede de vedação do novo terreno” da Quinta do Escuteiro, no concelho da Batalha, “foi desmontada e levada por desconhecidos”, revelou o centro escutista da região de Leiria-Fátima do Corpo Nacional de Escutas. “Este furto [150 metros de rede, com o valor de 1.138 euros, considerando apenas o material], entristece-nos profundamente, mas não nos desmotiva”, afirma Daniela Casimiro, responsável pelo centro escutista. Apesar do assalto, ocorrido na madrugada do dia 28 de dezembro, “os trabalhos

de valorização prosseguirão, de modo a que a Quinta do Escuteiro continue ao serviço dos escuteiros, de outras associações e empresas, de grupos de amigos ou de famílias, dos oito municípios da região escutista de Leiria-Fátima,” adianta. “A colocação da rede, no dia 2 de dezembro, foi o início de um projeto maior, de valorização do terreno adquirido há três anos, de modo a que as comunidades pertencentes aos agrupamentos de escuteiros da região de Leiria-Fátima possam usufruir do espaço”, refere em comunicado a Quinta do Escuteiro. Numa comunicação enviada aos agrupamentos de escuteiros da região de Leiria-Fátima, faz “um apelo no sentido de colaborarem para a salvaguarda dos bens, adotando medidas simples para

que situações como esta não voltem a acontecer”. Por exemplo, “quem mora ou passa perto da Quinta do Escuteiro, esteja alerta e caso note alguma situação estranha ou suspeita, contacte a GNR da Batalha ou o centro escutista”, pois “o espaço enriquece a região e conta, por isso, com a ajuda de todos para a sua preservação”. “Este centro move-se, em grande parte, pelo espírito de entrega, voluntariado e de serviço dos escuteiros de Leiria-Fátima, que se deslocam dos vários pontos da região para se dedicarem a este projeto comum, iniciado há 35 anos”, destaca o comunicado. O assalto foi comunicado à GNR da Batalha, que “irá acompanhar o caso e reforçar a fiscalização na zona”, segundo os escuteiros.

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ALOJAMENTO LOCAL

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt


12

Batalha Atualidade

janeiro 2021

Jornal da Batalha

Bombeiros e autarquias apoiados e bolsas de estudo aumentadas m Voluntários recebem 30 mil euros, para financiar despesas de investimento. Apoio aos estudantes ultrapassa os 49 mil euros A Câmara da Batalha decidiu na sua última reunião de 2020, atribuir um apoio aos bombeiros voluntários, no montante de 30 mil euros, para financiar despesas de investimento e com materiais de proteção à Covid-19, realizadas durante o ano passado. A autarquia da Batalha decidiu igualmente subscrever novos apoios financeiros às quatro freguesias do concelho, para intervenções ao nível da conservação de infraestruturas públicas e rede viária municipal, que representam uma opção de descentralização de algumas tarefas para àquelas autarquias de

p Assinatura de protocolo com a freguesia da Batalha maior proximidade da população. “A parceria com as freguesias e instituições do concelho é muito relevante na estratégia de coesão e desenvolvimento em rede

que incrementámos no presente mandato, procurando antecipar um processo de descentralização com benefícios para as populações”, considera o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos.

“Os mesmos argumentos que utilizamos junto do Governo para reclamar mais competências e mais meios para o município, são aplicados na entrega de melhores condições financeiras para

Cabazes de Natal chegaram a 374 famílias com o apoio do comércio local O Município da Batalha emitiu um comunicado a “agradecer às mais de duas dezenas de lojas comerciais, minimercados, padarias e pastelarias de todas as freguesias que aderiram ao projeto solidário distribuição de cabazes de Natal que chegou a 374 famílias”. Esta ação contou com a

colaboração da Loja Social da Batalha, dos serviços da Segurança Social, das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e equipas municipais da ação social, que identificaram as pessoas em situação de vulnerabilidade, bem assim as crianças que receberam ofertas de Natal também re-

p Iniciativa alargada a mais famílias em 2020

colhidas em empresas locais. “Esta iniciativa solidária é habitual no concelho, mas este ano em particular foi possível alargá-la a mais famílias fruto da colaboração do comércio e empresas locais, a quem estamos muito reconhecidos”, destaca o presidente do município. “No município, as pessoas fazem a diferença e, sempre que é necessário mobilizam-se em causas de responsabilidade social”, acrescenta Paulo Batista Santos. A campanha do cabaz de Natal recolheu produtos alimentares e envolveu aquisições no comércio local no montante 12 mil euros e os apoios entregues às famílias representam um valor superior, incluindo a entrega de lenha e fornecimento de gás, para o período de inverno. A medida, enquadrada nas políticas de apoio social do

município, “abrangeu famílias em situação de maior carência económica e social, tendo os produtos sido adquiridos nos estabelecimentos de comércio do concelho, de forma a apoiar a economia local e o comércio tradicional”. Neste sentido, a Câmara da Batalha lançou também a campanha “Na Batalha o Natal é no Comércio Local”, com o intuito de incentivar a população a adquirir produtos nos estabelecimentos de comércio local. O presidente da Câmara da Batalha considera que a distribuição dos cabazes “foi uma medida social que se revestiu de grande importância para que as famílias que mais precisam pudessem viver a época festiva de forma condigna, proporcionando uma quadra natalícia mais reconfortante”.

as freguesias”, adianta. A renovação e atribuição de bolsas de estudo para apoio aos alunos a frequentar o ensino superior, tem “um reforço dos meios financeiros, atendendo ao aumento

do número de candidaturas e à atual situação de pandemia, o que permite desde já afetar a este programa o valor inicial de 49.725 euros conforme proposta da Comissão de Análise das Candidaturas a Bolsas de Estudo”. “No último dia do ano, cada uma das freguesias recebeu uma sessão de fogo-de-artifício, produzida pelas quatro empresas locais de pirotecnia e lançadas em locais de elevada visibilidade para que, o maior número de residentes, possam assistir das suas residências, no cumprimento das regras de confinamento previstas para o fim de ano”, explicou a autarquia. “Esta iniciativa das empresas realizada em parceria com o município, representa um contributo para um sector muito afetado pela pandemia e a pela impossibilidade de realização das tradicionais festas populares”, adiantou Paulo Batista Santos.

Amianto retirado da cobertura do quartel dos bombeiros

Os bombeiros da Batalha deram por concluídos, no dia 19 de dezembro, os trabalhos de remoção do amianto da cobertura do edifício do quartel. Este projeto ambiental e de proteção da saúde dos bombeiros e utilizadores do quartel, que representa um investimento de 60 mil euros, foi financiado pelo Município da Batalha. “O amianto removido encontrava-se nas diversas placas de fibrocimento do telhado, sendo que

este elemento está associado a diversos casos de doenças cancerígenas, daí a importância desta intervenção na proteção dos bombeiros, bem assim é essencial que tenham as melhores condições para desempenhar o seu papel fundamental na segurança e apoio à população local”, refere o autarca Paulo Batista Santos. Entretanto, o Município da Batalha entregou no dia 31 de dezembro 50 testes rápidos à Covid-19 aos bombeiros.


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

janeiro 2021

13

Papaya venceu concurso de montras sobre o Natal m A iniciativa teve

A ornamentação das montras tinha de subordinar-se à época festiva e ao tema “Natal com Vida” e deviam ser concebidas preferencialmente com materiais sustentáveis. O júri teve em conta a

como “objetivo promover o comércio da Batalha e, ao mesmo tempo, embelezar as ruas comerciais” A Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região de Leiria (ACILIS), em parceria com a Câmara da Batalha, entregou no dia 11 de janeiro os prémios do concurso de montras “Natal com Vida”, que distinguiu nos primeiros três lugares as lojas Papaya, Diadema e Evasão Urban. A iniciativa teve como “objetivo promover o comércio da Batalha e, ao mesmo tempo, embelezar as ruas comerciais da localidade”, decorreu de 1 a 24 de

articulação do tema com a exposição dos artigos comercializados no estabelecimento; criatividade e originalidade; organização do espaço e efeito estético final; cores, materiais utilizados e iluminação.

Classificação

p Os vencedores do concurso de montras dezembro de 2020 e destinava-se a todos os estabelecimentos comerciais, de serviços ou restauração. Podiam concorrer estabelecimentos com sede fora do centro urbano, desde que o

número de montras concorrentes nessa localidade fosse igual ou superior a três, por forma a justificar a deslocação do júri e cada estabelecimento comercial podia inscrever uma ou mais

Rua Outeiro do Cavalo nº1 Pinheiros, Apart. 23 2440-901 Batalha Tel. 244 765 530 | geral@puraracao.pt

montras. A participação no concurso era gratuita para associados e os restantes podiam inscrever-se mediante o pagamento de 10 euros por estabelecimento.

Os resultados foram apurados com base na votação do júri e da votação online no Facebook, com uma ponderação de 50% cada. O concurso teve a participação de 23 montras, sendo as seguintes as mais votadas: 1.º - Papaya – 125 pts. 2.º- Diadema - 121 pts. 3.º - Evasão Urban – 114 pts. 4.º - Orkestra Kids - 113 pts. 5.º - Boutique Donna - 111 pts. 6.º - Okasião – 107 pts. 7.º - Papelaria Afas – 105 pts 8.º - Loja da Moda – 104 pts 9.º - Boutique Donna – 97 pts 10.º - Sónia Cláudia Cabeleireiro - 96 pts


14

Batalha Opinião

janeiro 2021

Jornal da Batalha

s Fiscalidade

Novas medidas destinadas às empresas e ao emprego O Conselho de Ministros aprovou um conjunto de apoios em matéria de arrendamento não habitacional para micro, pequenas e médias empresas, designadamente: a) o lançamento, operacionalização e monitorização de um apoio de tesouraria, sob a forma de subsídio a fundo perdido para apoio imediato, a decorrer durante o primeiro semestre de 2021, destinada ao pagamento de rendas não habitacionais devidas por micro, pequenas e médias empresas que atuem nos setores particularmente afetados pelas medidas excecionais aprovadas no contexto da pandemia da doença Covid-19; b) O lançamento, operacionalização e monitorização de linha de crédito destinada ao arrendamento não habitacional celebrado por micro, pequenas e médias empresas que atuem nos setores particularmente afetados pelas medidas excecionais aprovadas no contexto da pandemia da doença Covid-19, relativa, nomeadamente, às rendas devidas em 2020 e destinada, designadamente, a

permitir o pagamento das rendas de 2020 que tenham sido diferidas para 2021; determinar o alargamento da linha de crédito aprovada pelo n.º 2 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 101/2020, de 20 de novembro, a empresas do setor turístico que tenham uma elevada percentagem do volume de negócios proveniente de exportações de bens e o aumento do montante global da referida linha para €1 050 000 000,00, com a possibilidade de 20 % do crédito concedido ser convertido em crédito a fundo perdido, em caso de manutenção de postos de trabalho. Promover o prolongamento e robustecimento do apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade, prorrogando a sua vigência para o 1.º semestre de 2021, assegurando o pagamento de 100 % da retribuição dos trabalhadores abrangidos até ao limite de três vezes o valor da retribuição mínima mensal garantida (RMMG),mantendo a dispensa de 50 % das contribuições sociais sobre a compensação

retributiva relativamente às micro, pequenas e médias empresas abrangidas e abrangendo no apoio os membros dos órgãos estatutários das empresas que exerçam funções de gerência, com registo de contribuições na segurança social e com trabalhadores a seu cargo. Lançar, no 1.º semestre de 2021, um incentivo extraordinário direcionado para as microempresas, assente na combinação de um apoio financeiro no valor correspondente a duas vezes a RMMG por cada trabalhador da empresa e com a dispensa parcial das contribuições para a segurança social nos três primeiros meses. Prolongar o programa ATIVAR.PT para 2021, com maior direcionamento para a inclusão de desempregados no mercado de trabalho, combinada com a implementação progressiva de programas de apoio à inclusão no mercado de trabalho e criação de emprego adequados às perspetivas de evolução do mercado de emprego e às situações de diferen-

tes grupos, setores e territórios. Agilizar e alargar a vigência para o 1.º semestre de 2021 dos apoios à contratação de recursos humanos no setor social, nomeadamente no âmbito da medida de apoio às respostas de emergência. Em sede de concertação social, concluir, no 1.º trimestre de 2021, o processo de debate em curso sobre as questões da formação profissional, para promover quer a formação e qualificação das pessoas, nomeadamente dos ativos empregados e desempregados, adultos e jovens adultos, quer a resposta a necessidades de formação associadas a processos de modernização empresarial, em articulação com iniciativas concretas como as identificadas nas alíneas seguintes: a) desenvolvimento do programa FORM.ATIV, direcionado para a formação e requalificação de ativos empregados, em particular nos setores mais atingidos pela crise; b) robustecimento e agilização dos planos de formação asso-

ciados às medidas extraordinárias de apoio à manutenção do emprego, a partir do 1.º semestre de 2021; c) alargamento de programas de formação direcionados para áreas prioritárias de desenvolvimento de competências e qualificações dos trabalhadores das empresas, em parceria com associações dos diferentes setores, como por exemplo a área digital, no contexto da medida Emprego + Digital lançada e a implementar no início de 2021; d) prolongamento, para o ano de 2021, do ATIVAR. PT Formação Profissional, com o aprofundamento e alargamento de programas de formação profissional e requalificação para desempregados, nomeadamente em áreas de maior necessidade do mercado de trabalho e potencial empregabilidade futura e e) lançamento do projeto -piloto Acelerador Qualifica, apoiando nomeadamente processos de reconhecimento, validação e certificação de competências em fase madura para incentivar a participação das pessoas e a conclusão

António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

dos mesmos, bem como reforçando as condições de participação em percursos formativos de média duração, em particular para jovens adultos que deixaram percursos incompletos de educação ou formação profissional, com enfoque em particular no nível secundário (níveis 3 e 4, profissional, do Quadro Nacional de Qualificações), de modo a elevar a base de qualificação dos Portugueses. Desejo que 2021 traga para todos, muita felicidade, saúde, paz, amor, e muito sucesso.

s AMHO A Minha Horta

Na natureza tudo tem uma razão de ser Janeiro geoso traz um ano formoso. Este provérbio aplica-se na perfeição aos primeiros dias do mês que estamos a passar - esperemos agora pelos resultados formosos, que bem precisamos. Nesta altura o meu quintal resume-se a plantações que aguentam os rigores do tempo – há plantas resistentes que conseguem sobreviver a estes rigores, apesar de em muitos casos ficarem bem enregeladas pela manhã e só depois de receberem o sol se recompõem. Só as devemos de colher depois de se recomporem.

Dizem os mais velhos e experientes que a geada ajuda a eliminar malfeitores das nossas hortas e é esse o modo da natureza se equilibrar, pelo que devemos também agradecer o tempo que está a fazer. Na natureza tudo tem uma razão de ser. Acabo confinada (mesmo que não obrigada), a estar mais em casa e de preferência à lareira, adoro o aconchego de uma lareira acesa e os miúdos cá em casa também já não se veem sem a lareira acesa. Lembro-me que quando era pequena havia um banquinho

pequenino junto à lareira e eu ficava lá quase em cima do lume, ora virada um lado ora para outro, para não me queimar demasiado e mesmo que ficasse muito quente lá permanecia a saborear o calor do lume. Com mais tempo para pôr os planos em dia, deixo a sugestão de começar a planear as sementeiras de primavera, procurando adquirir ou recolher (junto dos vizinhos e conhecidos) sementes de plantas mais adaptadas ao nosso clima. Se repararem nos nossos quintais proliferam por estes dias as mal afamadas

urtigas. Agora que passei a reconhecer o seu valor, uso-as para as sopas, para os bolos e ainda para usar como benfeitoras, tanto para cuidar do quintal, como de nós. Afinal são bem úteis! Para as colher basta pegar nelas quando ainda não apanharam sol, picam menos. O seu picar ajuda ao aumento da circulação sanguínea. Deixo-vos uma sugestão de uso, contra a caspa do couro cabeludo: ferver durante cinco minutos 500 gramas de urtigas frescas com raízes em 1,5 litros de água e depois aplicar no ca-

belo, depois do champô e deixar atuar por uns instantes. Notará a diferença no final, se persistir e voltar a aplicar até remoção completa. Hortícolas para semear em local coberto: alfaces, alho francês, alhos, agriões, bróculos, cenouras, cebolas, coentros, couves, ervilhas, espinafres, favas, nabos, nabiças, rabanetes e salsa. Hortícolas para semear ao ar livre em zonas menos propensas a geadas: alho francês, beterrabas, cebolas, cenouras, coentros, couves-flôr, couves-repo-

Célia Ferreira

lho, espargos, espinafres, ervilhas, nabiças, nabos, rabanetes, rúcula, coentros, calêndulas. Jardim, semear: begónias, gipsófilas, goivos, lírios, miosótis, flor de lis, sécias, petúnias, roseiras, zinias e bolbos em geral. É também uma excelente altura para plantar arbustos e árvores de fruto. O meu jardim já está a ficar ladeado de arbustos que dão fruto, por cá privilegia-se que tudo seja produtivo. Na horta cultivamos alimentos e sentimentos! Boas Colheitas.


C

M

Y

C

CM

M

MY

Y

CY

CM

MY

MY

K

CY

MY

K

AF_DGS_F_Andre_CM_257x320.pdf

1

22/12/2020

16:34

AF_DGS_F_Andre_CM_257x320.pdf

1

22/12/2020

16:34


16

Jornal da Batalha

janeiro 2021

Saúde Covid-19 e as crianças O coronavirus é um tema atual e é importante que se adote uma postura que ajude as crianças a lidar com esta situação e lhes transmita segurança. As crianças podem infetar-se? Sim, as crianças podem infetar-se, geralmente com uma infeção assintomática ou uma doença ligeira. Em casos raros podem ter uma doença mais grave. Estudos revelam que as taxas de eliminação do vírus é mais lenta nas crianças, o que leva a que possam ser transmissoras por mais tempo. E quais são os sintomas da Covid-19 nas crianças? A infeção Covid nas crianças pode ser diferente dos adultos. Os sintomas variam entre: congestão nasal, tos-

-se, dor de garganta ou dificuldade em respirar; diarreia, cólicas, náuseas ou vómitos, principalmente nos mais jovens; dor muscular e articular e cansaço extremo; febre e dor de cabeça são comuns; a perda do paladar e do olfato são incomuns em crianças mais novas e mais frequentes em adolescentes; alterações cutâneas aparecem raramente. Como proteger os meus filhos? O uso de máscaras é obrigatório a partir dos 10 anos, mas recomendado a partir dos três anos. Esta é sem dúvida a medida mais eficaz na proteção contra o Covid-19. Se viver com alguém positivo, a criança deve usar a máscara também dentro de casa, devendo esta ser reti-

rada, apenas quando sozinha numa divisão da casa não compartilhada. O distanciamento social, é talvez a medida mais difícil de cumprir nas crianças, por isso, a melhor maneira de cumprir o distanciamento é sempre, ficar em casa. Já a lavagem das mãos seguida da sua higienização com álcool gel é uma medida fácil e eficaz. Não convém ainda descurar a vigilância por parte dos adultos para garantir a segurança e eficácia dos procedimentos. De lembrar que mãos sujas, higienizadas com álcool gel, vão continuar sujas e contaminadas. Nas crianças mais novas, a partilha de objetos contaminados (ex: material escolar) pode ser um proble-

ma. Cabe aos pais educar as crianças para a consciencialização deste tipo de comportamentos. E se o risco de contágio é sempre lembrado, outros riscos menos abordados são a ansiedade e o medo. Os pais devem esclarecer dúvidas,

sono ou no comportamento da criança e se neces-sário recorra à ajuda do seu médico de família e questione-o numa próxima consulta.

dar apoio emocional e transmitir calma na abordagem deste tema, proporcio-nando um ambiente de abertura à criança, transmitindo informações claras, sucintas e honestas, sem minimi-zar os seus medos e anseios. Esteja atento a alterações no

Olga de Sousa e Silva Médica interna de MGF na USF Condestável, Batalha

, SA ACORDOS PARA OFTALMOLOGIA:

ADSE, ADMG, Multicare, Advancecare, Médis, SAD-PSP, SAD-GNR, SAMS Centro, SAMS Quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sãvida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon,

Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia...sábado - manhã Oftalmologia...............................................Dr. Joaquim Mira............................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira.. quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro................................. terça - tarde

Dr. João Cardoso.............................. segunda - tarde

Otorrinolaringologia.................................Dr. José Bastos.................................... quarta - tarde Pneumologia/Alergologia.........................Dr. Monteiro Ferreira............................sexta - tarde Próteses Auditivas................................................................................................... quarta - tarde Psicologia Educacional/vocacional........ Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos..................................Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde Terapia da Fala...........................................Dra. Débora Franco.............................quinta - tarde Urologia.......................................................Dr. Edson Retroz..................................quinta - tarde

Ortóptica.....................................................Dr. Pedro Melo................................ sábado - manhã

Medicina Dentária

Outras Especialidades:

Cardiologia..................................................Dr. David Durão.....................................sexta - tarde Cirurgia Geral/Vascular.............................Dr. Carlos Almeida.................................sexta - tarde Clínica Geral................................................Dr. Vítor Coimbra................................ quarta - tarde Dermatologia............................................ Dr. Henrique Oliveira...................... segunda - tarde

Dra. Sâmella Silva

Terça/Quinta - Tarde Sábado - Manhã

Dra. Susana Frazão

Sexta-feira - Tarde

Electrocardiogramas...............................................................................segunda a sexta - tarde Endocrinologia............................................Dra. Cristina Ribeiro............segunda / terça - tarde Estética .......................................................Enf. Helena Odynets..............................sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..........................Dr. Paulo Cortesão........................... segunda - tarde

Cirurgia Oral Implantologia

Neuro Osteopatia /Acumpunctura.........Tec. Acácio Mariano............................ quarta - tarde

Próteses Dentárias

(Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortodontia

Neurocirurgia.............................................Dr. Armando Lopes......................... segunda - tarde Neurologia..................................................Dr. Alexandre Dionísio..........................sexta - tarde Nutricionista...............................................Dra. Ana Rita Henriques........................ terça - tarde

Rx-Orto Telerradiografia

Ortopedia....................................................Dr. António Andrade....................... segunda - tarde

Rua da Ribeira Calva . Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente . BATALHA . Tel.: 244 766 444 . 939 980 426 . clínica_jm@hotmail.com


Jornal da Batalha

SaĂşde Batalha

janeiro 2021

17

Posto do Laboratório Virgílio Roldão faz recolhas para detetar a Covid-19 m A funcionar na Clínica Saleme desde junho deste ano, o laboratório deixou as anteriores instalaçþes O Laboratório de Anålises Clínicas Virgílio Roldão anunciou que o seu posto instalado na Clínica Saleme, na Batalha, faz colheitas para testes de imunidade e para detetar a presença do vírus da doença Covid-19. A funcionar na clínica, situada na praceta Infante Dom Pedro, desde junho deste ano, o laboratório deixou as anteriores instalaçþes na Batalha, e estå apto para fazer colheitas relativas a diferentes anålises e testes. Em virtude da pandemia, destacam-se os testes RT-PCR Sars Cov-2 [verificam se hå infeção,

no momento de realização], antigĂŠnio de Sars Cov-2 [testes rĂĄpidos] e pesquisa de anticorpos de Sars Cov-2 [testes serolĂłgicos de imunidade]. Desde maio que estĂĄ referenciado para a tĂŠcnica RT-PCR Sars Cov-2. A empresa “teve de fazer uma reestruturação para atender a esta necessidade emergente da população [resposta Ă pandemia], como turnos rotativos e aumento de pessoal, e de lidar com a falta de materiais relativos Ă pesquisa do vĂ­rus (desde reagentes, luvas e consumĂ­veis), que chegaram a estar esgotados e sem data de reposiçãoâ€?, explica o laboratĂłrio. AtĂŠ agora, “conseguiu ultrapassar todos os obstĂĄculos e conta hoje em dia com mais de 1000 testes/mĂŞs, sempre com resultados entregues em

p Instalaçþes situadas na praceta Infante Dom Pedro menos de 36 horas apĂłs colheitaâ€?, adianta. Noutras ĂĄreas, realiza anĂĄlises como hemogra-

ma, vitamina D, hemoglobina clicada, PSA, TSH ou triglicerĂ­deos. O LaboratĂłrio de AnĂĄli-

ses ClĂ­nicas VirgĂ­lio RoldĂŁo estĂĄ tambĂŠm presente na Maceira, AlqueidĂŁo da Serra e na Marinha

Grande, cidade onde foi fundado hĂĄ 64 anos e possui os serviços centrais. Vai abrir em breve um centro de colheitas destinadas a detetar a presença do vĂ­rus da Covid-19 no antigo mercado municipal da Marinha Grande. Por ano ĂŠ responsĂĄvel pela realização de 3000 analises “dentro portasâ€? e conta 12 funcionĂĄrios. As atual sede, na avenida Dr. JosĂŠ Henriques Vareda, na Marinha Grande, serĂĄ remodelada a partir de janeiro de 2021, de “forma a dar-lhe um rosto mais atual, sĂłbrio e moderno, aliado a um rebranding que vai desde o design de interiores ao design grĂĄficoâ€?, explica a empresa. O posto de colheitas da Batalha estĂĄ em funcionamento das 8h30 Ă s 10h30, de segunda a sexta-feira.

Câmara faz obras para que extensĂŁo de saĂşde possa abrir O MunicĂ­pio da Batalha promoveu uma reuniĂŁo tĂŠcnica com os responsĂĄveis da Administração Regional de SaĂşde e da Unidade de SaĂşde Familiar CondestĂĄvel (USF da Batalha) para avaliar as condiçþes de reabertura da extensĂŁo de saĂşde do Reguengo do Fetal. O edifĂ­cio do Polo 2 – Reguengo do Fetal, da USF da Batalha, “encontra-se encerrado hĂĄ vĂĄrios meses por falta de recursos humanos e tambĂŠm por insuficiĂŞncias do espaço a cargo da ARS do Centro, designadamente nesta fase de pandemia e ao nĂ­vel das condiçþes de segurança aos utentes e profissionais da saĂşdeâ€?, explicou a câmara municipal no dia 22 de dezembro. A autarquia “tem insistido na urgĂŞncia da retoma do serviço de saĂşde, que considera essencial para a população do Reguengo do Fetal, tendo obtido o compromis-

Produção e comÊrcio de Carnes

Produção prĂłpria de Novilhos Enchidos Tradicionais Talho: Largo Goa DamĂŁo e Dio | Batalha Tel. 244 765 677 | talhosirmaosnuno@sapo.pt p A autarquia “tem insistido na urgĂŞncia do serviçoâ€? so de reabertura por para dos responsĂĄveis da saĂşde para inĂ­cio deste ano e apĂłs intervençþes no espaço que contam com o apoio do municĂ­pioâ€?. “Este serviço ĂŠ uma necessidade para a população e agradeço a disponibilidade dos profissionais de saĂşde da USF da Batalha, que expressaram a sua disponibilidade para retomar o serviço, logo que concluĂ­das algumas melhoriasâ€?, diz o presidente da câmara municipal.

“NĂŁo estando previsto pelas autoridades de saĂşde a realização de obras de melhoria necessĂĄrias, a câmara municipal vai colaborar na execução imediata dos trabalhos, para assim garantir a reabertura da extensĂŁo de saĂşde e melhorar o serviço. Mais do que reclamar, como muitas vezes sucede, importa nesta fase colaborar e resolver problemas essenciais Ă populaçãoâ€?, acrescenta Paulo Batista Santos.

ÂŞ

ÂŞ ÂŞ Â Â? Â? ÂŞ Â?


18

Batalha Saúde

janeiro 2021

Jornal da Batalha

Parar de fumar em ano de pandemia: uma vantagem extra

Maria João Baptista Assistente Hospitalar de Medicina Interna no Hospital Beatriz Ângelo

Desde 1984 que é comemorado em Portugal, a 17 de novembro, o Dia Nacional do Não Fumador. A data visa, primeiro que tudo, celebrar a saúde e congratular todos os portugueses que decidem não fumar. É também uma oportunidade para sensibilizar as populações para os factores de risco associados ao consumo de tabaco, assim como um convite de mudança aos portugueses que fumam.

Esta data comemorativa tem um significado especial para mim, não só por ser médica internista dedicada à área da prevenção e risco vascular, mas também porque foi uma das primeiras iniciativas em que participei na minha comunidade enquanto adolescente. O consumo do tabaco, para além de ser um dos factores de risco mais importante associado às principais causas de morte, tem um grande impacto na qualidade de vida, sendo, no entanto, a primeira causa de doença possível de se prevenir. Aumenta a probabilidade de doenças crónicas como, por exemplo, a doença respiratória (bronquite crónica, enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crónica), doença cardiovascular (cardiopatia isquémica, insuficiência cardía-

ca, insuficiência arterial periférica), doença cerebral (acidente vascular cerebral, demência), doenças da boca (gengivites, cáries, alteração da cor dos dentes), doença ulcerosa péptica, diminuição e perda de visão, envelhecimento

precoce da pele, osteoporose, maior vulnerabilidade a infecções, redução da fertilidade feminina e impotência. Como também é de amplo conhecimento, o tabaco aumenta o risco de desenvolvimento de vários tipos de cancro como o res-

piratório, digestivo, ginecológico e urinário. Para além disso, sabe-se também que os fumadores com infecção a SARS-CoV-2 acarretam maior risco de progressão para doença grave, maior risco de ventilação mecânica e maior risco de morte. Mas, para além das consequências negativas do tabaco, importa salientar os benefícios a médio prazo da cessação tabágica, tais como o aumento da esperança e qualidade de vida, a melhoria da saúde cardiovascular, o aumento da probabilidade de ter filhos mais saudáveis, entre outros. Já a curto prazo, há também resultados muito positivos como, por exemplo, a normalização da frequência cardíaca e pressão arterial ao fim de 20 minutos, a normalização dos níveis de monóxido de carbono após 8 horas e dá-se o início da redução do risco

de doença cardiovascular após 24 horas. Com o objectivo de melhorar a sua saúde e longevidade, cada vez mais são aqueles que tentam deixar de fumar. É, no entanto, um processo difícil de concretizar sem apoio profissional. A taxa de sucesso é comprovadamente maior quando existe uma abordagem multidisciplinar envolvendo a medicina interna, pneumologia, medicina geral e familiar, nutrição, psicologia e enfermagem, definindo-se um plano de cessação tabágica adaptado a cada pessoa, de forma a assegurar o sucesso do tratamento. E porque estamos em ano de mudanças de hábitos, porque não começar a pensar em aumentar a saúde individual e colectiva dos portugueses, tomando a importante decisão de deixar de fumar?

Covid-19: O que esperar da nova vacina?

Paulo Paixão Médico Virologista da SYNLAB Portugal e Professor de Ciências Médicas de Lisboa

A Covid-19 tem sido em 2020 o “inimigo” número um da humanidade, não só ao nível da saúde como também a nível social e económico. A sociedade teve de se adaptar, e as empresas da área da saúde também. O sector público uniu-se ao privado, e laboratórios privados como a SYNLAB tiveram de se reajustar e abrir, de um dia para o outro, unidades físicas e móveis, em parceria com as câmaras municipais e com os Cen-

tros de Saúde locais, para realização de testes Covid-19 para ajudar a diagnosticar esta infeção e evitar, ao máximo, a propagação do vírus. Tem sido verdadeiramente um esforço de equipa que nos tem levado a superar desafios dificilmente imaginados antes da pandemia. E, quase um ano depois, chegou o momento ansiado por muitos, com os telejornais a abrirem com a notícia: “Foi lançada a vacina contra a Covid-19” e, nas redes sociais, o tema a passar a ser rei. Depois de muitos ensaios clínicos, de várias tentativas falhadas, eis que foi aprovada a primeira vacina contra a Covid-19. O mecanismo envolvido na conceção das vacinas tradicionais passa pela utilização do próprio vírus ou bactéria, numa versão desativada ou atenuada, para que o organismo reaja e responda à infeção. A tecnologia uti-

lizada nesta nova vacina nunca tinha sido testada em humanos, contribuindo para muita discussão à volta deste tema. Nas vacinas fabricadas pelas Pfizer e Moderna, utilizando o mRNA, não é o agente do vírus que é introduzido através da vacina, mas sim parte do seu genoma que produzirá uma determinada parte do micro-organismo (naturalmente, uma parte fundamental para a propagação do vírus) e assim, estimulará a produção de defesas contra essa parte específica do agente infecioso. Ou seja, esta vacina vai imitar o que o vírus faz, com a diferença que não gera uma infeção completa, apenas obriga a célula do hospedeiro humano a produzir uma parte da constituição do vírus, a tal parte fundamental do mesmo. A polémica existente frisa que esta vacina poderá modificar o ADN hu-

mano, entrando no cromossoma e modificando o genoma humano. Tal não acontece, uma vez que o vírus não permanece nas células e não tem capacidade para se integrar no cromossoma. É uma vacina eficaz (>90%) e é das mais seguras que pode haver, e como o provam centenas de milhares de pessoas em que não houve qualquer efeito adverso grave. A juntar a isto, temos ainda outras vantagens, das quais se destacam: a facilidade de produção e, caso o vírus sofra uma mutação que diminua a eficácia da vacina, a facilidade de se corrigir rapidamente e fabricar uma nova vacina. São estes os principais motivos pelos quais estas vacinas estão na linha da frente. Assim, podemos dizer que a vacina é eficaz e segura. Mas, é importante que fique realçado que a sua administração pode-

rá produzir alguns efeitos passageiros nas primeiras 24 horas, após a sua administração, dos quais se destacam o mal-estar ou a febre baixa. Mas embora incómodos, não são sinais negativos, pelo contrário. Se sentir esse tipo de efeitos, é sinal que o sistema imunitário está a reagir de forma positiva ao vírus. Quanto ao relato recente de algumas reações alérgicas, podemos dizer que não é um fenómeno inesperado, que parece ser raro mas que merece certamente acompanhamento. Aliás, na linha do processo natural de fabricação e consequente administração de qualquer medicamento, vai haver a necessidade de um acompanhamento médico em larga escala dos vacinados, para que se perceba se existem ou não efeitos secundários não conhecidos e não detetados durante o período dos ensaios clínicos.

Estima-se que seja necessário vacinar apenas 70 por cento da população para atingir a imunidade de grupo, mas deve ser referido que quanto maior for a taxa de vacinação, melhor controlo da infeção haverá. Com a vacina do sarampo, para dar outro exemplo, é necessário vacinar 95 por cento da população, uma vez que a taxa de transmissão do vírus é elevadíssima, superior à da Covid-19. As vantagens destas vacinas estão à vista, mas ainda faltam passos importantes a percorrer: a aprovação da mesma pelas entidades reguladoras europeias e a nível logístico, uma rápida e eficaz distribuição uma vez que a vacina é embalada a -70ºC, com embalagens de gelo seco, tendo um tempo de armazenamento relativamente curto. Mas com uma boa logística, este problema consegue ultrapassar-se!


Jornal da Batalha

19

janeiro 2021

Economia

Município aplica saldo de 1,8 milhões em ajudas às empresas e famílias m Para apoiar os pequenos negócios e empresas mais suscetíveis pelas consequências da pandemia, disponibilizou meio milhão de euros A Câmara da Batalha apresentou um saldo de gerência transitado para o exercício de 2021 no valor 1,838 milhões de euros, que será “considerado no cálculo dos fundos disponíveis de janeiro e afeto maioritariamente ao reforço de programas de apoio às famílias, pequenas empresas e

instituições locais atingidas pela pandemia”. Os programas orientados para o apoio à comunidade consubstanciam-se em medidas de proteção sanitária – distribuição gratuita de máscaras e disponibilização de testes, ações de apoio social às famílias com filhos em idade escolar, distribuição de produtos alimentares e entrega de medicamentos à população com mais de 65 anos. Para apoiar os pequenos negócios e empresas mais suscetíveis pelas consequências da pandemia, o município da Batalha disponibi-

p Cultura e associativismo com apoios de 200 mil euros lizou meio milhão de euros para o Programa de Relançamento da Economia e do Investimento, decorrendo até 28 de fevereiro o período

TRANSPORTES JOSÉ CESÁRIO & CEREJO, LDA.

Rua 18 de Julho de 1962, nº 34 | CELA | 2440-151 Batalha Tel: 244 765594 | Fax: 244 765 152 | Telm: 966 004 146

de pré-qualificação das candidaturas. O município decidiu reforçar a dotação do Programa Municipal de Apoio extraor-

dinário à cultura e ao associativismo (Programa RETOMAR – 2ª Edição), que terá uma dotação inicial de 200 mil euros e assegura apoios

financeiros por via da antecipação dos subsídios ou de apoios específicos ao desporto, não reembolsáveeis, para fazer face às necessidades mais urgentes das coletividades e instituições sociais. “Com esta opção, o município está seguro de corresponder a um justo anseio da população, empresas e coletividades locais, procurando reconhecer do valiosíssimo papel que as empresas e associações desempenham no desenvolvimento económico e social da nossa comunidade, refere o presidente da câmara municipal da Batalha, Paulo Batista Santos.


20

janeiro 2021

Jornal da Batalha

Património

A propósito do Casal do Azemel Capelas Imperfeitas Capelas Imperfeitas mas sem a humana imperfeição das coisas mal feitas antes da nossa imperfeita visão que não nos deixa desvendar como está perfeita a obra por acabar. Há no aro da Batalha um número significativo de povoações que buscaram o seu nome no primeiro habitante a quem o Rei ou o Convento Dominicano aprazaram ou aforaram os lugares, até ali desertos, quase todos a partir da construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Algumas não designavam o nome do seu “fundador” mas a sua actividade como é o caso deste Casal do Azemel, que o mesmo é dizer do almocreve, ali paredes meias com a Jardoeira. Excluindo a Golpilheira e a Cividade, à qual o ilustre Historiador, Prof. Doutor Saul António Gomes, no número de Novembro/ Dezembro do ano findo, do “Jornal da Golpilheira” dedicou um precioso estudo, e a praticamente desaparecida Canoeira, todas as restantes povoações surgiram a partir de finais do século XIV, várias já no século XV ou XVI. Casais dos Ledos dum tal João Eanes Ledo, Casal do Relvas duma família Relvas, O-dos-Adrões da família Adrão, O-dos-Palmeiros da família Palmeiro, A-das-Brancas a que deram o nome, muito provavelmente, a viúva de Mestre Conrate Branca Eanes e a filha do mesmo nome próprio, Casal do Quinta da família Quinta, Casal Mil Homens, Faniqueira duma família Faniqueiro, este apelido já era registado no princípio do século XV na nossa Vila Facaia (há pelo menos mais duas Vila Facaias, que tam-

p Trata-se de um postal da colecção “Batalha Antiga” editada pela nossa Câmara Municipal bém evocam o seu primeiro morador, uma no norte do nosso distrito e outra no concelho de Torres Vedras), são algumas das povoações que lembram o nome do seu “fundador”. A designar a actividade do seu primeiro habitante, como no caso do Casal do Azemel, Forneiros

ção nos séculos passados e até, inclusivamente, aos primeiros anos do século XX. Eram eles que abasteciam as nossas vilas e aldeias dos produtos essenciais, sobretudo as terras que estavam em sítios recônditos, chegando algumas a despovoar-se quando deixavam de ter o ser-

da Idade Média” o Prof. Doutor Humberto Baquero Moreno: “Uma carta de D. Afonso IV, de 1 de Setembro de 1352 enviada a esse concelho (Tavira), revela-nos que por essa altura morriam baleias em Porto Novo. Tal facto motivava a vinda de almocreves a Tavira, os quais em tro-

Em primeiro plano o quiosque que foi do médico Dr. Afonso Dias Moreira Padrão, um dos primeiros estabelecimentos, senão o primeiro, onde se vendiam publicações destinadas aos turistas, que então ainda eram poucos

evoca quem trabalhava em fornos, Casal do Benzedor que nos indica que aí residiu um curandeiro, entre outros. E já agora recordo que Centas, nas Brancas, está relacionada com as assentas do sal, remniscência das antigas salinas no local. Os azeméis ou almocreves, também designados recoveiros, sendo ao dois primeiros vocábulos de origem árabe, tiveram uma importante fun-

viço dos azeméis, classe profissional que poderemos dizer que foi antepassada dos modernos camionistas. Duma maneira geral transportavam azeite, sal, trigo, peixe, vinho e inclusivamente, entre o Algarve e o Alentejo, carne de baleia (?!), conforme nos informa no seu estudo “A Acção dos Almocreves no desenvolvimento das Comunicações Inter-Regionais Portuguesas nos fins

ca de cereais carregavam a carne de baleia e transportavam-na para fora do Algarve”. Trata-se apenas dum facto curioso mas que tem interesse não só para o estudo da actividade dos almocreves mas para os da economia medieval, alguns hábitos alimentares, a presença de baleias na costa algarvia, entre outros. A fotografia que reproduzo, do largo em frente ao nosso Mosteiro, que ha-

veria de chamar-se largo de D. João I, mostra-nos o que parece ser uma récua de bestas de carga de um ou mais almocreves. A fotografia é já dos princípios do século XX, vendo-se ao fundo a torre da nossa igreja matriz, torre por aquela altura mandada construir, em substituição do arruinado campanário, pelo pároco Dr. Joaquim Coelho Pereira. Em primeiro plano o quiosque que foi do médico Dr. Afonso Dias Moreira Padrão, um dos primeiros estabelecimentos, senão o primeiro, onde se vendiam publicações destinadas aos turistas, que então ainda eram poucos, entre elas o curioso guia sobre o Mosteiro da autoria daquele saudoso clínico. Aliás tanto o Dr. Dias Padrão como o padre Dr. Coelho Pereira foram pessoas que prestaram assinalados serviços aos batalhenses, ambos nos finais do século XIX e princípios do século XX. Porque teimam os políticos na regionalização? Alguns políticos continuam a teimar na regionalização sem novo referen-

do, simplesmente imposta. E já têm, inclusivamente, o mapa do país repartido numas tantas regiões ao arrepio da opinião das populações. Isto é que é espírito democrático! A nossa região histórica, nossa da gente da Alta Estremadura, já teve no século XX duas experiências lamentáveis, uma a da inclusão da parte norte da Estremadura numa então inventada Beira Litoral, isto nos anos 30, e a outra a da destruição da Região de Turismo Rota do Sol, separando-se em dois pedaços contra-natura, a Nazaré e Alcobaça da Batalha, de Leiria, de Fátima e de Ourém. Embora muito nas sombras, só ocasionalmente se dando pelo obscuro projecto, os políticos, nem todos evidentemente, preparam-se para o festim de mais uns tantos governos regionais, mais uns tantos parlamentares regionais e não sei quantos serviços e repartições, convenientes para instalar a clientela política. Uma capital na região, outra em Lisboa e outra em Bruxelas, são capitais (nos dois sentidos) de mais para um País tão pequeno. Valorizar o estatuto dos municípios para eles transferindo-se determinados poderes, isso sim. Dar voz aos munícipes, isso sim. Ouvir frequentemente o povo através de referendos locais e nacionais, mas acatando rigorosamente os resultados das consultas, isso sim. Caso contrário, se não é claramente ditatorial é, pelo menos, muito pouco democrático o modelo que se tem seguido e que, parece, é defendido com unhas e dentes por parte da classe política..

José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (213)


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

janeiro 2021

21

Aumentar tarifas em 8,5% “é uma crónica de subtração de dinheiro” m Autarca da Batalha considera “abusivo e sem justificação económica” o aumento aprovado para a Valorlis O aumento do tarifário aprovado para a Valorlis em 8,5% “é mais uma crónica nacional de subtração de dinheiro dos contribuintes”, afirma o presidente da Câmara da Batalha, Paulo batista Santos, considerando-a “abusiva e sem justificação económica ou de melhoria da qualidade do serviço”. Aquele crescimento regista-se a par da subisda proposta de 100% da TGR, significando que “a região terá de suportar um custo efetivo de 57,40€ (35,4€+22€) por cada tonelada de resíduos depositados em aterro, o que representa um acréscimo de custo de 31,6% face ao ano de

p A empresa tem um valor acumulado de exploração de 10 milhões de euros 2020, explica a autarquia em comunicado. Em ofício dirigido à administração da Valorlis empresa, detida Empresa Geral de Fomento (EGF), responsável pelo tratamento dos resíduos sólidos urbanos dos municí-

pios de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém, Pombal e Porto de Mós, o expressa “na qualidade de representante de um acionista minoritário e cliente, a sua total discordância por esta opção que considera abusiva de au-

Semana Europeia da Prevenção da Produção de Resíduos

p A empresa desenvolve ações de sensibilização A Valorlis associou-se à Semana Europeia da Prevenção da Produção de Resíduos, que decorreu em novembro de 2020 na Europa, com o objetivo de alertar e sensibilizar para as questões que se prendem com a produção de resíduos, o seu correto encaminhamento e os comportamentos que devem ser tidos em conta de forma a reduzir e até mesmo evitar a sua produção. A Valorlis dinamizou oficinas em parceria com a Refood Leiria sobre desperdício alimentar, consumo

consciente, compostagem doméstica e ainda dicas de prevenção na produção de resíduos. Esta iniciativa pretendeu alertar e sensibilizar para a elevada quantidade de resíduos produzidos enquanto consumidores e fornecer dicas práticas para combater o desperdício. Para alem desta iniciativa, desenvolveu ações em parceria com os municípios da sua área de intervenção. E porque “O futuro do planeta não é reciclável”, durante a Semana Europeia da Prevenção da Produção de Resí-

duos, a Valorlis e as restantes empresas do grupo EGF, desenvolveram iniciativas junto dos media, com mensagens de alerta para que os cidadãos consumam de forma consciente: reduzindo, reutilizando e reciclando. Na altura, a administradora delegada da Valorlis, Marta Guerreiro, apelou “ao envolvimento da população na adoção de praticas mais sustentáveis, que farão toda a diferença na redução de resíduos. Sigam os conselhos e dicas e tomem decisões mais conscientes”.

mento da tarifa em 8,5% sem justificação económica ou de melhoria da qualidade do serviço”. Além disso, a EGF deve “pugnar pela sustentabilidade de um serviço essencial para as populações e acolher

as sugestões dos municípios e adotar práticas de responsabilidade social e de lucro justo”. Para Paulo Batista Santos, “em causa está o incumprimento da proposta técnica vinculativa por atuais

acionistas privados do grupo EGF, aquando da aquisição da sua participação no processo de privatização, bem assim a violação dos pressupostos do processo de privatização e os princípios previstos no regime jurídico aplicável à atuação das entidades gestoras de sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos, uma vez que a empresa reclama compensações indevidas”. A empresa apresenta um valor acumulado de exploração superior a 10 milhões de euros nos últimos três anos e “é inaceitável que a holding EGF esteja a financiar-se à custa da região de Leiria e dos cidadãos que terão pagar este aumento nas faturas da água nos próximos meses”, acrescenta Paulo Batista Santos.


22

Batalha Atualidade

janeiro 2021

Jornal da Batalha

s A Opinião de André Loureiro Presidente do PSD da Batalha

Todos contra a Covid-19 A melhor vacina que temos contra a Covid-19 no momento é a informação e o conhecimento. O único tratamento efetivo e disponível para a população em geral sustenta-se nas medidas de proteção coletiva para evitar o máximo possível de pessoas contaminadas. Relatos dramáticos de médicos e demais profissionais de saúde chegam todos os dias de diversas partes do mundo e também do nosso país. Mas há também muitas informações falsas, as famigeradas fake news. Chegaram ao ponto de publicar recomendações de como decidir sobre quem deve viver ou morrer caso o vírus se alastre de forma incontrolável e faltem camas de cuidados intensivos para os casos mais graves. Não podemos deixar que a situação se agrave e repita o quadro que assolou a Itália no início da pandemia. Recorde-se que naquele país europeu, os governantes claudicaram, não tomaram as medidas na dimensão e nos mo-

mentos certos e depois enfrentaram um quadro caótico, que paralisou todo o país, trazendo à tona uma estrutura de saúde pública precária e pouco preparada para enfrentar a crise da Covid-19. Em abril de 2020, todos recordamos as imagens dolorosas das pessoas em tratamentos intensivos na Itália, bem assim da dura realidade que as camas de cuidados intensivo apenas foram disponibilizadas para quem tem mais chance de sobreviver, em detrimento dos pacientes mais graves e que apresentam doenças crónicas ou idade avançada. Infelizmente, também em Portugal vivemos um momento dramático com o aumento crescente e descontrolado do número casos positivos e de óbitos associados à Covid-19, situação que tenderá a agravar-se e, sabemos hoje, que rapidamente pode tornar-se numa situação caótica e ingerível por parte das autoridades de saúde. Os médicos, enfermeiros e profissionais de saúde

são verdadeiros heróis nesta guerra. São eles que atuam na linha da frente, bravamente, atuando nos hospitais e nos centros de saúde, enfrentando um inimigo invisível. Mesmo preocupados com uma possível contaminação e disseminação entre seus familiares, quando se dirigem às suas casas, não

ou discussão políticas estéreis. Na política nacional, mas também na nossa Batalha, onde alguns preferem a crítica fácil e até despudorada contra a câmara municipal, unidades locais de saúde, GNR, bombeiros e mesmo relativamente ao hospital de Leiria, tudo entidades que

Os médicos, enfermeiros e profissionais de saúde são verdadeiros heróis nesta guerra. São eles que atuam na linha da frente, bravamente, atuando nos hospitais e nos centros de saúde, enfrentando um inimigo invisível

deixam de estar à disposição da nossa sociedade. Por tudo isso, precisamos encontrar os meios necessários para garantir que os esforços desses nossos heróis não sejam em vão e possamos dar as respostas mais resolutivas que nossa população precisa. Este não é um momento de ficarmos apenas com as avaliações técnicas

estão a fazer o melhor que está ao seu alcance para mitigar os riscos e as vulnerabilidades desta pandemia. Não é tempo de debates políticos entre teoria e prática. É tempo de governo, instituições e população se unirem em estado de guerra contra a Covid-19. Este é um momento para unificação. Temos que apoiar de forma clara

PSD da Batalha aprovou a constituição da comissão autárquica para as eleições A direção do PSD da Batalha aprovou a constituição da comissão autárquica para as próximas eleições autárquicas de outubro de 2021, grupo que irá organizar as candidaturas às freguesias e órgãos municipais, câmara e assembleia municipal, “concretizando uma opção de descentralização e maior transparência nos processos de decisão”. Da comissão autárquica fazem parte 21 personalidades locais “dos vários quadrantes, idades e profissões, que vão desde autarcas de funções, médicos, engenheiros, economistas, empresários, profissionais liberais, empregados por conta de outrem, jovens em-

preendedores e reformados, de todas as freguesias, cuja missão principal será definir o melhor perfil das candidaturas para apresentar aos batalheneses nas próximas eleições”, explica o PSD

de pública, bem assim são um sinal claro de abertura dos partidos que é essencial para aproximar os cidadãos da atividade política”, considera o presidente eleito do PSD da Batalha,

Da comissão autárquica fazem parte 21 personalidades locais dos vários quadrantes, idades e profissões

Batalha em comunicado, divulgado a 5 de janeiro. “A participação e colaboração destas personalidades locais contribuem para a credibilização da ativida-

as ações e decisão das autoridades de saúde. A única vacina que temos contra o coronavírus no presente momento é de facto a informação e o conhecimento. Criar barreiras que evitem a disseminação da Covid-19 é, efetivamente, a melhor maneira de salvar vidas. Principalmente dos idosos, os mais vulne-

André Loureiro. Para a definição do programa estratégico para o próximo ciclo eleitoral 20212025, o PSD da Batalha “convidou várias personalidades

independentes e que irão construir as bases do programa eleitoral a desenvolver num período pós pandemia e bastante exigente para a sociedade geral, empresas e as famílias, em particular”, adianta o comunicado. “Somos Batalha será o lema deste projeto que desejamos mobilizador, multidisciplinar e inovador para o futuro do Concelho da Batalha, num período ainda de muitas incertezas e da maior exigência, em que é necessário reinventar novas formas de participação cívica e envolver todas e todos os batalhenses na construção do futuro da nossa terra”, destaca o dirigente do PSD local.

ráveis ao vírus. São os nossos avós, nossos tios, nossos pais, as pessoas que tanto fizeram por nós, que, agora, temos o dever de proteger. Finalizando, deixo um apelo claro a todos os batalhenses: cancelem tudo que signifique perigo e facilite a proliferação do vírus. Cancelem a saída desnecessária que tinham

programado e fiquem em casa. Ao permanecer na sua residência, a circulação é menor e evitará a disseminação do vírus. Ao ficar em casa e evitar o risco de contaminação, garantiremos que haverá mais um médico, mais um enfermeiro, mais uma cama hospitalar disponível para os que já se contaminaram e, possivelmente, precisarão de um hospital. Com apoio e colaboração de todos, em breve, seguramente, poderemos voltar à normalidade das nossas vidas. E voltaremos a confraternizar e a comemorar mais uma batalha vencida, erradicando mais esta doença infeciosa em nosso país.

PROCURA-SE Oferta de emprego em construção metálica - Montagens - Chefe de equipa - Serralheiro - Auxiliar com / sem experiência Contactar: 916 196 469


Jornal da Batalha

Necrologia Batalha

janeiro 2021

23

CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO Porto de Mós Certifico para fins de publicação, que por escritura de Justificação celebrada no meu Cartório Notarial, no dia onze de dezembro de dois mil e vinte, exarada de folhas cento e catorze a folhas cento e dezoito verso do Livro de Notas para “Escrituras Diversas” Quatrocentos e Dez – A: PRIMEIRO: INOCÊNCIO SARAGOÇA CALVÁRIO, e cônjuge MARIA GORETI VIEIRA PRIMAVERA CALVÁRIO, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, residentes na Rua Fundo do Lugar, 3, Alqueidão da Serra, Porto de Mós, Nifs: 179508237 e Nif: 179508245. Declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte bem: DEZASSEIS: Prédio rústico, sito em Mourão, freguesia do Reguengo do Fetal, concelho das Batalha, composto de terra de semeadura, com a área de três mil e cinquenta metros quadrados, a confrontar de norte com estrada pública, do sul com Ernesto Amado, do nascente com Maria de Jesus Alfaiate e do poente com Tiago Vieira Laranjeiro, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, e inscrito na matriz rústica sob o artigo 2458, com o valor patrimonial de IMT € 171,98. Que adquiriram o bem acima relacionados nas verbas DEZASSEIS, por doação verbal de Manuel da Costa dos Reis Calvário e cônjuge Ilda Correia Saragoça, residentes em Alqueidão da Serra, Porto de Mós, no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, já no seu estado de casados. Que esta aquisição não resulta de fracionamento em parcelas de área inferior à unidade de cultura; Que, não obstante não ter titulo formal de aquisição do referido prédio, por força daquela doação verbal, foram eles que sempre o possuíram, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respetivos impostos, gozaram todas as utilidades por eles proporcionadas, cultivaram-no e colheram os seus frutos reiteradamente, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o ostensivamente e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa-fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacifica, porque sem violência, continua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados. -Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os primeiros outorgantes, ora justificantes, invocam como causa de aquisição do prédio acima relacionado, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

AGRADECIMENTO Sua esposa: Fernanda, filhos Diogo e Mariana e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Eternamente nos nossos corações… Até um dia. Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

AGRADECIMENTO Sua mãe, irmã, cunhado, sobrinhos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. Deixamos um especial agradecimento á Misericórdia da Batalha, bem como às suas colaboradoras e também á Funerária Espirito Santo pelo acompanhamento e dedicação. A todos, o nosso muito obrigado… Tratou: Funerária Espirito Santo - Telf.: 916511369

HERCULANO REIS SOLICITADOR Rua Infante D. Fernando, Lote 3, 1ºA

2440 BATALHA - Tel. 244 767 971

Anuncie no Jornal da Batalha

CONTACTE-NOS 918 953 440

WWW.JORNALDABATALHA.PT

Augusto Neves, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

(67 anos) N. 06-02-1953 - F. 04-01-2021 Rebolaria, Batalha

(70 anos) N. 04-02-1950 - F. 07-01-2021 Brancas, Batalha

A colaboradora Sandra Marisa Guerra da Silva Oliveira Emitida fatura/recibo n.º02/1809/001/2020 Jornal da Batalha, edição nº 366 de 18 de janeiro de 2021

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 856 A) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, André Loureiro, António Caseiro, António Lucas,

Abílio Pereira Borges

António Fialho Santos

info@jornaldabatalha.pt

TODAS AS NOTÍCIAS À DISTÂNCIA DE UM CLIQUE

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares

Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.

O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


A fechar

B

Escola Amiga da Criança O Agrupamento de Escolas da Batalha encontra-se entre os que possuem estabelecimentos no conjunto das 37 escolas do distrito distinguidas pelo projeto Escola Amiga da Criança, uma iniciativa da Confederação Nacional das Associações de Pais.

Biscana ofereceu sete mil peças de roupa a famílias carenciadas m Campanha de solidariedade abrangeu três centenas de pessoas O Município da Batalha organizou em dezembro, em parceria com o grupo têxtil Biscana (marca THclothes) “um projeto inédito” de distribuição de sete mil peças de roupa e adereços às famílias carenciadas do concelho. Tendo por base a ideia do empresário batalhense Mauro Gomes Silva, desenvolveu-se através do Serviço de Ação Social uma campanha de solidarieda-

p O grupo têxtil detém a marca THclothes de que abrangeu três centenas de pessoas, entres adultos e crianças. O Município da Batalha

agradeceu “especialmente ao empresário e administrador da empresa Biscana pela ação de respon-

sabilidade social de oferta de roupas e outros artigos, bem como a todos os voluntários que se disponibilizaram para ajudar a distribuir os bens recolhidos, proporcionando assim, um Natal mais feliz aos destinatários desta ação solidária”. O autarca da Batalha, Paulo Batista Santos, “felicitou o empresário pelo seu trabalho solidário e por toda a mobilização que conseguiu atrair a esta causa social”. “São estes gestos de imensa generosidade que marcam a diferença na nossa comunidade e enchem de orgulho o presidente da câmara”, acrescentou.

JANEIRO 2021

Taxa de insucesso escolar é a mais baixa do Centro A Região de Leiria acompanha a tendência nacional relativamente à subida das taxas de sucesso escolar, com cada vez menos alunos a reprovar no final do ano letivo, segundo dados oficiais da Direção Geral de Estatísticas da Educação e da Ciência. A taxa de retenção no ensino básico está na CIM Região de Leiria em 2,2%, para o universo escolar, que inclui 1º, 2º e 3º CEB e secundário (ano letivo 2018/2019). Na Região Centro a taxa de retenção é de 2,9% e no Continente é de 5%. Este valor, o mais baixo de entre as CIM da Região Centro, “reflete a estratégia que tem

vindo a ser adotada neste território, que aposta na educação e no desenvolvimento sustentável da região, com o objetivo de promover processos de articulação e complementaridade, que permitam às crianças do ensino pré-escolar e do 1º ciclo, num total de 13.500 alunos, o acesso a um conjunto de atividades complementares, capazes de fomentar a igualdade de oportunidades, a inclusão social e a potenciação do sucesso educativo, através do desenvolvimento de todo o potencial de aprendizagem dos alunos”, explicou a CIMRL em comunicado. Publicidade

Fábrica e Escritório: Casal da Amieira 2440-901 Batalha Apartado - 201 Telefones: 244 765 217 244 765 526 I 244 765 529 Fax: 244 765 529

Visite a maior exposição da zona centro junto à Exposalão Batalha

Sócio-Gerente Luis Filipe Miguel - 919 937 770 E-Mail: granicentro@granicentro.pt Home page: www.granicentro.pt


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.