JORNALdaBATALHA_ed273_abril2013

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PORTE PAGO

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Cercilei e BAC querem andebol para todos

Roubo de cobre acaba em condenação de GNR

Rancho ressuscita casas de portageiro

Parceria inovadora leva modalidade a população deficiente

Caso refere-se a suspeito morto em pedreira do Reguengo do Fetal

Ponte do século XIX vai ter animação e venda de artesanato por um dia

| DIRETOR: Carlos dos Santos Almeida | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXIII nº 273 | Abril de 2013 |

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Bombeiros estreiam quartel renovado

QUIOSQUE DA BATALHA De José Manuel Matos Guerra

• Lotarias • Totoloto • Raspadinhas • Euromilhões Largo Mestre Mateus Fernandes APARTADO 24 Telf: 244 767 720 Fax: 244 767 228 2440-901 BATALHA

Wpág. 5 Hotelaria do concelho elogiada na imprensa internacional Hotel distinguido por um site de viagens e Bed & Breakfast elogiado por jornal holandês.

Wpág. 7 Mosteiro tem novo diretor apostado em dinamizar o monumento Joaquim Ruivo assumiu funções no início de abril e, em entrevista, traça as prioridades para o ex-libris do concelho.

Wpág. 17 Atletas da Golpilheira na Taça Nacional apenas com vitórias Quatro jogos, quatro vitórias, liderança e presença garantida no primeiro campeonato nacional de futsal feminino.


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Opinião Espaço Público

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_ Editorial

Baú da Memória

Bombeiros e futuro

A arborização da Batalha As laranjeiras são um grande atractivo turístico na Batalha (sê-lo-ão em qualquer ponto do nosso País) como pode ver-se pela fotografia que ilustra o apontamento, uma das muitas a testemunhar a curiosidade dos visitantes estrangeiros por este tipo de árvores. O mesmo verifica-se noutros locais da Vila onde há laranjeiras. A laranjeira doce teriam sido os nossos navegadores a trazê-la do Oriente (conhecida por isso como laranjeira da China) e a espalhá-la pelo Ocidente. Em diversos países da zona mediterrânica é a laranja designada Portugal, conforme se pronuncia em cada língua, memória de quem a divulgou nessas áreas. Segundo consta, as primeiras foram plantadas no Convento de Alcobaça. Os estrangeiros, como Beckford no século XVIII, referem sempre com aprazimento as laranjeiras que floriam e aromatizavam os claustros do nosso Convento e o mesmo acontecia com os limoeiros da Vila no século XIX. A Batalha tem a obrigação e deve ter o bom gosto de emoldurar arboristicamente o Mosteiro com as árvores que têm história na nossa História e que têm sentido entre nós porque lhe são próprias e suas companheiras de séculos.

Além das laranjeiras, repito-o, o carvalho cerquinho, a azinheira e o medronheiro, reproduzidos em esculturas no monumento, o pinheiro manso, o sobreiro, hoje classificado como árvore nacional, e a oliveira emprestavam originalidade e davam especial encanto à arborização da Batalha, além de constituírem um verdadeiro museu natural das nossas espécies. Agora que começa o arranjo do largo do Infante D. Henrique, é de desejar que seja essa a arborização a fazer ali e, já que falo do histórico largo, dependência antiga do Mosteiro onde se ergueram a igreja de Santa Maria-a-Velha,

primitivo templo da nossa terra e panteão dos maiores mestres dos séculos de quatrocentos e quinhentos, e o claustro de D. João III, além de assinalados estes outros desaparecidos monumentos, seria um grande serviço prestado à cultura Pátria a evocação dos mestres, em monumento executado pelos nossos artistas canteiros (aqueles que saíram da aula do Mestre Alfredo Neto Ribeiro), bem como a preservação e a recuperação da belíssima grilhagem que está no fundo do largo. José Travaços Santos

L Iniciativas

Sopas solidárias apoiam bombeiros e misericórdia

A Junta de Freguesia da Batalha levou a efeito no passado dia 23 de março o seu “2º Festival de Sopas Solidário da Freguesia da Batalha”. A receita da

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos dos Santos Almeida (C.P. nº 2830)

iniciativa reverteu a favor dos Bombeiros e Misericórdia da Batalha. Dia 9 de abril, a receita foi entregue aos responsáveis das duas instituições, ou seja,

1.125 euros a cada, resultado do valor recebido nas bilheteiras do festival no valor total de 2.250 euros.

Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Carlos Ferreira, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)

Jornal da Batalha

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Resultado de peditório contra o cancro O grupo de apoio da Batalha da Liga Portuguesa contra o Cancro apurou quase cinco mil euros no peditório de novembro de 2012. Numa nota enviada ao nosso jornal, Apolónia de Monteiro e Fátima Ruivo revelam que “apesar das circunstância desfavoráveis que o País atravessa, o resultado global do concelho foi superior aos de anos anteriores, graças ao renovado esforço de mais voluntários que se disposeram a colaborar nesta causa, obtendo-se o total de 4.905,41 euros, para o que contribuíram os seguintes valores de cada uma das seguintes freguesias: Freguesia da Batalha 3.632,55 euros; Golpilheira – 313,18 euros; Reguengo do Fetal – 481,13 euros e São Mamede -478,55 euros”.

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua D. Carlos I, 2-4 - 2415-405 Leiria-Gare Apartado 102 - 2401-971 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

Nestes dias, dias de aniversário dos Bombeiros da Batalha, é relevante verificarmos que apesar dos constrangimentos económicos e financeiros que afetam o país, por cá foi possível investir na melhoria de condições de quem zela diariamente pelo bem-estar e segurança de pessoas e bens do concelho. Se há instituição que necessita e merece o investimento coletivo, os bombeiros são certamente uma delas. Não serão a única é certo, mas são certamente um polo agregador do interesse coletivo que importa proteger. É, portanto, reconfortante, perceber que quando são chamados para situações de emergência, os soldados da paz do concelho têm agora melhores condições para responder de forma eficaz. Nota ainda para a escola pública do concelho que apresenta uma dinâmica invulgar e que é possível conferir também nesta edição, numa publicação que o Jornal da Batalha tem a honra de partilhar com os seus leitores. São oito páginas onde é possível conferir múltiplas atividades que têm marcado os últimos tempos do Agrupamento de Escolas da Batalha. Também aqui, as boas notícias marcam presença, felizmente associadas a uma das franjas da população, os mais jovens. São eles os destinatários de um cliché tão gasto como verdadeiro: “são os homens e mulheres de amanhã”. São, em suma, o futuro. E poucas vezes na nossa história recente, o futuro foi tão precioso e incerto. Tratemo-lo pois, com a atenção que merece.

Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal ; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


Jornal da Batalha

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Atualidade Batalha

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Atualidade Pedreiras históricas classificadas Já avançou a abertura do procedimento de classificação como imóveis de interesse municipal, das Pedreiras Históricas de Valinho do Rei e Pidiogo, situadas na freguesia de Reguengo do Fetal. Dia 3 de abril foi publicado em Diário da República o aviso de abertura do processo de classificação. São as pedreiras de onde foram retirados os blocos de pedra usados para construir o Mosteiro da Batalha. E no futuro, aquelas pedreiras deverão passar a ser mais um ponto de interesse turístico no concelho. Na prática, a ideia será integrar as pedreiras ligadas à construção e recuperação do do monumento, num circuito pedonal com cerca de nove quilómetros. António Lucas, presidente do município, adianta que existe interesse turístico em conhecer as origens do monumento e que o novo circuito acrescenta valor na visita ao Mosteiro. Desta forma, será igualmente possível prolongar o tempo que os turistas permanecem no concelho, reforça.

Sabores da terra na praça A Praça Mouzinho de Albuquerque acolhe a 11 e 12 de Maio, mais uma edição da Feira dos Sabores da Terra, iniciativa que pretende dar a conhecer e valorizar os produtos de qualidade deste Concelho, tais como o mel, o azeite, o vinho, as flores, os enchidos e a doçaria. Oportunidade para conhecer, com maior detalhe, os métodos de produção e as técnicas utilizadas na sua confeção.

Um ano de prisão para GNR em caso de furto de cobre m Militar acusado de estar na origem de suspeito de furto de cobre, em 2010 no Reguengo do Fetal, condenado a um ano de prisão com pena suspensa Um ano de prisão com a pena suspensa por igual período. Esta foi a decisão do coletivo de juízes do Tribunal de Porto de Mós, no caso do militar da GNR que estava acusado de ter provocado a morte a um suspeito do roubo de cobre, em outubro de 2010, numa pedreira em Reguengo do Fetal. O militar vinha a ser julgado em Porto de Mós e estava a ser acusado da prática de homicídio qualificado. Entretanto, mercê de uma alteração da qualificação do crime, acabou por ser julgado por um crime de homicídio por negligência. O tribunal considerou que o militar não disparou com o intuito de atingir a vítima, mas referiu que a atitude correta teria sido o GNR ter optado por disparar para o ar, atendendo que não tinha tido treino de tiro ao alvo

em movimento. Na leitura da decisão, o juiz presidente referiu que foi levado em conta o stress da situação e a pressão para deter os suspeitos do furto de cobre. Mas sublinhou que existiu falta de cuidado. Recorde-se que o caso reporta-se a uma perseguição policial a dois homens cadastrados e ex-condenados, suspeitos de terem furtado cabos de cobre da PT. Um dos ocupantes da viatura em fuga acabou por morrer na sequência dos disparos efetuados pelo militar da GNR agora julgado.

s Cobre apreendido Entretanto, a GNR da Batalha identificou dois homens, de 43 e 44 anos, suspeitos de terem furtado 122,9 quilos de cobre. Tudo se passou na tarde de dia 17, quarta-feira, quando os militares da GNR detetaram os dois indivíduos a queimar fios de cobre num local ermo do concelho. Os dois suspeitos ainda tentaram a fuga, mas foram intercetados pelos elementos da GNR, tendo sido identificados. As autoridades apreenderam o cobre que estava na posse dos dois homens, residentes no concelho da Marinha Grande.

Alunos do Colégio de São Mamede na fase distrital do Concurso Nacional de Leitura Beatriz Silva, Joulia Kolodenko e José Urbano são alunos do 3.º ciclo Colégio de São Mamede e participaram na fase distrital do Concurso Nacional de Leitura, que este ano decorreu, no dia 10 de Abril, na Escola Superior de Turismo e Mar, em Peniche. Os alunos preparam-se lendo as obras selecionadas e realizaram a prova escrita, em conjunto com os restantes candidatos. Apesar de

não terem passado à fase final a equipa teve um excelente desempenho, explica o Colégio em comunicado. “ A experiência foi muito enriquecedora e profícua. Parabéns a todos. Esperamos que o exemplo destes magníficos jovens estudantes possam, no próximo ano, iluminar as mentes de outros colegas e os levem a querer participar também”, adianta ainda o Colégio.

Roubo violento em Casal da Amieira Amarrados, agredidos e roubados, quatro pessoas vítimas de assalto, viveram momentos de grande aflição na noite de quintafeira, dia 4, altura em que um trio de desconhecidos invadiu a moradia. Tudo se passou numa habitação situada em Casal da Amieira, perto da vila da Batalha. Os moradores foram amarrados e agredidos. Imobilizadas as vítimas, os três assaltantes terão roubado diversos valores do interior da habitação, tendo fugido logo depois. O caso está já a ser investigado pela Policia Judiciária.

Tunning de regresso em maio A animação e o Tunning voltam a dar as mãos na Batalha. Dias 4 e 5 de Maio, decorre na vila a 10ª edição da festa Batalha Tuningparty Motorshow, no parque desportivo da Batalha. Para a edição deste ano, destacam-se os carros alterados, o show de neons, o espetáculo de Acrobacias Auto, Tuning Girls e provas do Campeonato Nacional de Db Drag. Há ainda a promessa de muita música e diversão.

Motorizadas em passeio na Cela As motorizadas são o centro das atenções dia 12 de maio em Cela, Brancas. Trata-se do segundo passeio de motorizadas na localidade e as inscrições já estão. A concentração está agendada para as 9 horas e o passeio propriamente dito arranca pelas 10 horas. Um almoço encerra as atividades.


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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

Fátima Lucas, presidente da direção dos BVB

“Estou satisfeita e realizada”

“Condições dos bombeiros melhoraram muito” m Corporação inaugurou quartel renovado em dia de aniversário. Comando e direção afirmam que agora estão reunidas todas as condições para o trabalho dos soldados da paz. A inauguração do renovado quartel dos Bombeiros Voluntários da Batalha marcou os festejos do 35º aniversário da corporação no domingo, dia 21 de abril. Para além das habituais cerimónias em dia de ani-

versário de uma intuição que agrega 110 bombeiros e 22 funcionários, as instalações remodeladas foram apresentadas. Novas camaratas, salão nobre e salas de formação apetrechadas são algumas das novidades, para além de um renovado espaço com cacifos individuais, são algumas das novidades que facilmente se detetam. Mas a intervenção foi ainda mais alargada. Fernando Oliveira, comandante da corporação, adiantou ao Jornal da Batalha que com esta intervenção, “melhoraram muito as nossas condições, especialmente em termos de habitabilidade: tínhamos

uma casa muito pequena e agora as pessoas têm condições para trabalharem com dignidade”. Para este responsável, “em relação à componente operacional fomos muito beneficiados porque temos uma série de utensílios que não existiam; no que se refere à operacionalidade a situação melhorou substancialmente”. Fernando Oliveira considera que agora o corpo ativo “está bem instalado” e capaz de responder às solicitações futuras: ”temos os homens que necessitamos e eles têm as condições que necessitam para acudir a qualquer situação que haja no nosso concelho”,

adiantou. Fátima Lucas, presidente da direção da corporação, confessou que no dia de aniversário era uma presidente feliz por poder constatar que foi possível melhorar as condições dos soldados da paz (ver declarações ao lado). A responsável está confiante no futuro da corporação, referindo que a aposta na formação espelha-se nos cerca de 20 formados que frequentam a escola dos Bombeiros da Batalha e reforça que “as portas estão abertas para quem quiser candidatar-se a bombeiro, bem como para as instituições e a população em geral”.

Qual a importância desta requalificação para o quotidiano dos bombeiros? O objetivo era dotar a associação de condições de conforto, higiene e segurança. As camaratas eram muito pequenas e sem condições, tal como a cozinha. A sala de reuniões tornou-se num salão nobre, alterámos as garagens e colocámos portões novos e uma central de comunicações moderna, entre outras alterações. Em suma, requalificamos as instalações. Queriamos que quando deixem a sua casa, os bombeiros tenham as melhores condições possíveis pois merecem o melhor. Está satisfeita neste dia de aniversário? Estou satisfeita e realizada, porque conseguimos fazer uma obra financiada, que esteve praticamente perdida mas que conseguimos retomar e reprogramar e re-

ceber não 70 % mas 85 % a fundo perdido. Quanto custou a obra? Cerca de 400 mil euros. Considera que agora os bombeiros têm boas condições para cumprir a sua missão? Neste momento sim. Ao nível das viaturas também estamos bem, para o ano logo veremos. Conseguimos dotar a associação das melhores condições possíveis e mesmo em termos financeiros e económicos a instituição está em boa situação, resultado da boa gestão e trabalho dos órgãos sociais e do corpo ativo. Como tem sido o apoio da comunidade? As pessoas apoiam, só não apoiam mais porque não podem. Tudo que o pedimos, mesmo que seja pouco, as pessoas ajudam.


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Atualidade Batalha

Hotéis da Batalha elogiados internacionalmente m Há duas unidades hoteleiras do concelho elogiadas na internet e na imprensa. Saiba quais são

É na Batalha e é local de paragem de muitos turistas de vários pontos do mundo e mereceu honras de destaque num dos principais jornais holandeses. Falamos da Casa Ceedina, unidade hoteleira situada nas imediações da vila da Batalha, resultado do investimento de um casal holandês, há três anos radicados no concelho. Na sua edição de 27 de março, o jornal Leidsch Dagblad, deu ampla atenção à experiência do casal holandês Cees de Winter e Dini Olijerhoek na Batalha. Em 2010 decidiram

apostar num Bed & Breakfast na Batalha. E recebem hóspedes holandeses, mas também belgas, franceses, canadianos, norte-americanos e mesmo italianos. Os portugueses são bem-vindos, mas pouco habituais. “A centralidade da região foi um fator determinante, atendendo à proximidade dos principais pontos de atração turística”, explica Dini. “Estamos contentes por ter escolhido esta zona”, acrescenta Cees. Para já, esta aventura tem tido sucesso. A Casa Ceedina conquistou j+a vários prémios no site de viagens zoover. Um anterior artigo publicado no principal jornal holandês, acrescentou visibilidade à Casa Ceedina e o número de reservas tem vindo a crescer. O mesmo deverá voltar a acontecer com nova atenção dos media do país de origem. Há já casos de

Pia do Urso premiado em Nova Iorque O Azeite Pia do Urso foi reconhecido num concurso nos Estados Unidos da América. A notícia foi divulgada pela própria empresa que batizou o azeite com o nome daquela localidade da freguesia de São Mamede. Na sua página do Facebook revelaram que “pela primeira vez decidimos participar num concurso, com o nosso azeite,

simples, de primeira extracção a frio, sem filtragem, tal como o fazemos para os nossos clientes, com carinho, paixão e extremo cuidado, sem blends especiais ou lotes especiais feitos para concurso, o nosso azeite tal como é… fomos premiados com a medalha de prata no New York International Olive Oil Contest”.

Contas aprovadas

turistas que estão a regressar uma segunda e terceira vez, desta feita com estadas mais longas. A região continua a ser desconhecida no estrangeiro mas tem potencial para seduzir cada vez mais visitantes. SITE DISTINGUE CASA DO OUTEIRO. Também o motor de busca de hotéis Trivago premiou a qualidade do Hotel Casa do Outeiro, situado na vila da Batalha. Em comunicado, aquela unidade hoteleira lembra que o Trivago “analisou milhares de opiniões de viajantes de todo o mundo e elaborou uma lista com os dez melhores estabelecimentos portugueses para pernoitar sem gastar muito dinheiro. Num estudo que engloba as avaliações deixadas nos inúmeros sites de reserva comparados em www.trivago.pt, foram se-

Os responsáveis da empresa referem pretender que “este seja o primeiro de muitos, que nos leve a esforçar cada vez mais, a progredir sempre, para oferecermos ao nosso público um azeite de excelência como desde o primeiro dia nos propusemos a fazer”.

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p Jornal holandês destaca a Batalha lecionados os 10 melhores alojamentos low-cost em Portugal, com base na opinião dos hóspedes globais. O Hotel Casa do Outeiro ficou em 3º lugar”. A apreciação desta avaliação elogia “a simpatia do Sr. Vítor e a vista soberba para o Mosteiro da Batalha”. E acrescenta: “Estabelecimento de gestão familiar, destaca-se pelo ambiente acolhedor,

localização central e pequeno-almoço bastante elogiado”. Já no início do ano o maior site de reservas e comentários do mundo, premiou os 20 melhores hotéis económicos de Portugal, tendo sido atribuído o sexto lugar ao Hotel Casa do Outeiro; o único a ser premiado na região, nesta categoria.

Os deputados municipais da Batalha aprovaram dia 19 de abril, em reunião da assembleia, as contas da Câmara da Batalha referentes a 2012. O documento foi aprovado por unanimidade. As dívidas a médio e longo prazo desceram 6,8%, para 2,6 milhões de euros e as dívidas de curto prazo, na ordem dos 952 mil euros, caíram 45%. No total, a dívida do município ronda os 3,7 milhões de euros, revelou António Lucas, presidente do município. A reunião dos deputados ficou ainda marcada pela aprovação por unanimidade e aclamação de um voto de louvor à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha por ocasião do seu 35º aniversário.

CDS tem novo líder local O jovem Nuno Barraca, com 30 anos de idade, nascido na Cela do Meio, em 1982, licenciado em Engenharia Geológica, pela Universidade de Aveiro, é o novo líder da concelhia da Batalha do CDS-PP. Foi eleito pela diferença de um voto, no ato eleitoral que decorreu dia 6 de abril. Nuno Barraca liderava a lista “Batalha Ativa” que derrotou a lista A, encabeçada pelo até aqui líder da concelhia Horácio Moita Francisco, que é igual-

mente vereador do CDSPP na Câmara da Batalha. Nuno Barraca promete “um trabalho sério, dinâ-

mico, pautando-se pela transparência”. A mesa do plenário é agora liderada por José Armindo Matos, empresário vitivinicultor. Uma das missões que certamente estarão no futuro imediato do novo responsável centrista, passa por definir a estratégia autárquica. Recorde-se que o PSD, que candidata Paulo Batista dos Santos à liderança da Câmara, já manifestou disponibilidade para equacionar uma coligação com o CDS-PP.

António Caseiro Pós Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Mestre em Fiscalidade Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Ediİcio Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 • Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 • Site: www.imb.pt • e-mail: imblda@mail.pt


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Batalha Atualidade

abril 2013

Dia do Combatente assinalado na Batalha

Jornal da Batalha

s Opinião

José Batista de Matos Consultor do Consulado Geral de Portugal

m O Mosteiro voltou

em Paris

a ser o palco central numa cerimónia que homenageia aqueles que defendem as cores nacionais em combate

Presidida pelo General Esteves de Araújo, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CENGFA), teve lugar no passado dia 6, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória na Batalha, a 77ª Romagem ao Túmulo do Soldado Desconhecido e 95º Aniversário da Batalha de La Lys, promovida pela Liga dos Combatentes (LC). Presentes, para além do CENGFA, o secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Braga Lino, os chefes do Estado-Maior dos três ramos das forças armadas, presidentes dos municípios da Batalha e de Leiria, oficiais generais, adidos estrangeiros e representações das Associações de antigos combatentes, dos profissionais das forças armadas e núcleos da LC. Depois da celebração de uma missa de pelo Bispo das Forças Armadas e de Segurança, D. Januário Torgal Ferreira, foi prestada uma guarda de honra pelas

Um orgulho ameaçado

p Combatentes homenageados forças em parada. Antes do desfile o presidente da LC, general Chito Rodrigues, proferiu uma alocução alusiva ao ato destacando um primeiro patamar histórico, onde “evoco o soldado português conhecido ou anónimo que do século XII ao século XIX se identifica com as palavras de Mouzinho de Albuquerque, quando afirma que Portugal é obra de soldados”. Já no segundo patamar histórico, o presidente da LC, destaca “os que se bateram na I Grande Guerra em África e em França, os que se bateram na Guerra do Ultramar e os que se bateram e batem nas Operações de Paz e Humanitárias”.

Após uma passagem pelo Museu de Oferendas do monumento, ocorreu a deposição de flores junto ao túmulo do soldado desconhecido, antecedida da alocução proferida pelo CENGFA que, a determinado passo, referiu que “as Forças Armadas não escolhem as missões que lhes são atribuídas pelo poder político legítimo, pelo que a defesa e a salvaguarda da especificidade dos valores subjacentes à condição militar, a coesão, a disciplina, o espírito de sacrifício, o sentido de missão, o sentimento de pertença à comunidade, a estabilidade e um código de conduta muito específico, constituem condições essenciais para o

cumprimento das missões ao serviço dos superiores interesses nacionais, não podendo, em circunstância alguma ser postos em causa”. ANIVERSÁRIO LOCAL . Também o núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes esteve em festa. Assinalou o 73º aniversário dia 5 com atividades que incluíram a inauguração de uma exposição sobre “Cartoons Militares”, patente na galeria Mouzinho de Albuquerque na Batalha e ainda um jantar comemorativo que decorreu na sede da Associação Recreativa Amarense, em Casal do Marra.] Armindo Vieira

Governo admite IC9 em São Mamede O Governo admite que a construção de uma estrada que permita a ligação do IC9 e a A1, na zona de São Mamede, poderá ser negociada com o concessionário responsável pela cons-

trução do IC9. Isso mesmo foi transmitido pelo gabinete do Ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, em resposta a uma pergunta colocada pelo deputado

do PSD, Paulo Batista dos Santos. “A questão de execução do nó IC9/ A1, dentro dos contratos firmados, poderá ser oportunamente resolvida no âmbito do processo negocial a decor-

rer com a subconcessionária, caso a Comissão de Negociação assim o entenda”, adiantou o ministério.

A comunidade portuguesa de França em particular, está a viver em período muito negro e triste, que não se previa tão violento, uma vez que as notícias do nosso país são deveras arrasantes. A Europa, toda a Europa está a ver-nos como um país à beira da falência e do desastre. A todas as adversidades da atual má governação, já tristes em si, junta-se também a questão da natalidade negativa, que neste contexto, nos fará entrar na falência das crianças para continuar Portugal. Perdeu-se completamente o futuro em continuar uma dos mais velhos países da Europa. Não há crianças. Esta questão de tanta responsabilidade, deve-se à falta de orgulho em ser-se lusitano, uma vez que o que contou, nestes últimos 30 anos, na bacoquice do nosso país, foi mostrar riqueza visual, riqueza de ignorância e desamor pelo orgulho do costume. Há responsáveis. Primeiro, os cidadãos, os 10 milhões que habitam Portugal e mais os cinco milhões que vivem e trabalham no mundo inteiro e, naturalmente, os eleitos, porque vivemos numa democracia, e os governos são eleitos. Todos estes anos passados, na ilusão da Europa comercial e de fundos comunitários e estruturais, grátis ao que parece, não somente rebentou o nosso país, com as auto-estradas, pavilhões multiusos, campos de futebol, rotundas, estradas e estradinhas, por tudo quanto era sítio… Hoje, como Portugal se esvazia do seu povo, que emigra para o estrangeiro, essas construções estão às moscas! Só nestes dois últimos anos emigraram, segundo o senhor secretário de Estado, Dr. José Cesário, mais de 200.000 portugueses, porque o seu país entrou na falência social, económica e mesmo financeira para a maioria da sua população. É arrasante, criminoso e estúpido para os que sempre, nas suas vidas, trabalharam, economizaram e produziram para continuar Portugal. Os cinco milhões de lusitanos que trabalham fora do nosso país, enviam todos os meses milhares de milhões de euros, no seu amor a Portugal, e na sua responsabilização de serem verdadeiramente cidadãos dignos daquele “torrão à beira-mar plantado”. E os donos materiais do país? A maioria certamente, neste estado de crise, tem o resultado da liberdade que usufruíram de “à pazada” aproveitarem-se dos “presentes” dos diversos governos desde 1976! Estas diferenças brutais fizeram estas situações em que todos somos responsáveis!

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Jornal da Batalha

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Cultura Batalha

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Cultura

“Há espaço para reforçar a afirmação e promoção do monumento” Ex-presidente do Centro de Património da Estremadura, Joaquim Ruivo é o novo diretor do Mosteiro e ao Jornal da Batalha deu conta das prioridades que aponta para a sua ação. A nomeação de Joaquim Ruivo, em regime de substituição, foi oficializada dia 9, em Diário da República, a partir de um despacho da Direção-Geral do Património Cultural. Licenciado pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e pós-graduado em “Dinâmicas Religiosas no Mundo Contemporâneo” pelo Instituto de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa, substitui Pedro Redol que solicitou à tutela o regresso às funções de técnico superior.

p Joaquim Ruivo é o novo diretor

Como vê este novo desafio à frente do mais importante monumento da Batalha e um dos mais relevantes do País? É um desafio que me ca-

tivou desde o início e que, por isso mesmo, aceitei com muito agrado. Tenho a veleidade de pensar que alguma da minha experiência pode efetivamente adequar-se às diferentes exigências do cargo e quem sabe, permitir o desenvolvimento de algumas dinâmicas próprias, dentro das limitações que todos conhecemos. Deixar a presidência do Centro de Património da Estremadura para liderar um património que central na Estremadura é uma mudança aliciante? Sem dúvida. É uma mudança que me traz responsabilidades acrescidas, também de maior visibilidade, mas que, ao mesmo tempo, se integra numa área que não é nova para mim: a do património e da cultura. Nesse sentido posso dizer que dou continuidade a um trajeto, com alguns anos, de atuação cívica e cultural.

Quais são as prioridades que identificanasuaaçãoenquanto diretor? Num monumento desta importância a prioridade essencial é a sua conservação e preservação. É um legado essencial que qualquer diretor tem que assumir como prioritário para o futuro. Outros são os desafios, cada vez mais complexos tendo em conta a conjuntura que vivemos. Gostaria, na continuidade do que está a ser feito, de promover, a partir do mosteiro, um projeto de dinamização cultural coerente e de qualidade também na área dos serviços educativos; penso que há espaço para reforçar a afirmação e promoção do monumento - e a vila da Batalha - no contexto internacional. Acredita ser possível acrescentar dinâmica à forma como o Mosteiro é vivido pelo con-

celho? Acredito que essa vivência é muito importante e tudo farei para a promover. Essa dinâmica integra-se numa das minhas prioridades que é potenciar o monumento como fator de coesão local, só possível de conseguir em estreita ligação com as forças vivas locais. A sua entrada na direção do monumento, coincide com o início de obras que vão incluir a requalificação do largo fronteiro às Capelas Imperfeitas. É uma boa notícia? É excelente. É claro que todas as obras implicam algum desconforto, aborrecimentos e contrariedades, mas temos que ter em conta que isso é inerente a todas elas e que o importante é o resultado final. Seguramente que a vila da Batalha e o Monumento ficarão a ganhar com essas obras de requalificação.

Nas nossas Serras, onde já foi mar Os avanços técnicocientíficos ainda não permitem a entrada numa janela de tempo capaz de nos transportar para períodos de tempo longínquos, mas o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha consegue recrear com grande pormenor e exactidão alguns dos ambientes antigos. Graças ao trabalho de uma equipa de investigadores da área da Paleontologia, Biologia e Geologia, aos empréstimos de peças e ao rigor do traço dos ilustradores, o MCCB exibe, na sua primeira vitrine, aspectos de Paleoambientes do tempo em que o mar cobria todo este território.

Nos calcários das Serras de Aire e Candeeiros, São Mamede, Santo António e Porto de Mós encontram-se registos de vida marinha através dos fósseis de plantas e animais. Como teria chegado o mar à serra? A resposta, dá-nos a Paleogeografia. Durante o Período do Jurássico (há cerca de 180 milhões de anos – Ma), a Terra sofreu grandes mudanças geográficas, ambientais e biológicas. O Supercontinente Pangea começou a separar-se, dando lugar a massas continentais: a Laurasia (a Norte) e a Gondwana (a Sul). Nessa altura, a Ibéria (o território actual de Por-

p Ambiente marinho do Jurássico com amonites e belemnites. Ilustração de Ivan Gromicho tugal e Espanha) era uma ilha separada da Eurásia e da América, por mares pouco profundos. Com a abertura do norte do Atlântico, as faunas con-

tinentais foram-se tornando cada vez mais regionais devido ao afastamento das terras. Mas, na América do Norte e em Portugal, são conhecidos dinossáurios da

mesma espécie. Os fosseis do gigante herbívoro, chamado de Stegosaurus provenientes da Batalha (Casal Novo) e que se encontram neste Museu, indicam a provável passagem destes animais entre os dois continentes até ao final do Jurássico. Portanto, era, neste período, muito fácil ir até à América e regressar. No Miocénico (cerca de 7 Ma), os movimentos tectónicos provocam o levantamento definitivo dos estratos do fundo da Bacia Lusitaniana (composta pelas falhas do Reguengo do Fetal, de Porto-Tomar, Nazaré, Arrife). O bloco que se elevou constitui o actual

Maciço Calcário Estremenho, composto pelas serras que marcam a nossa paisagem. Com a água “empurrada” para da Bacia o Atlântico, ficaram os sedimentos do fundo dos mares gravados nas rochas do alto das serras, bem como os fósseis e organismos marinhos (amonites, gastrópodes, equinodermes, corais…). O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha convida todos os curiosos à descoberta destes fantásticos e interessantes ambientes do fundo dos mares de há milhões de anos. A equipa do MCCB


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Batalha Cultura

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Várias atividades no Mosteiro

Casas de portageiro ganham vida em maio m A Ponte da Boitaca vai ganhar vida em maio pela mão do Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria No âmbito das comemorações do cinquentenário do agrupamento, dia 19 de maio decorre a atividade denominada “Uma tarde na Ponte da Boitaca”. Tal como explica o etnógrafo Travaços Santos, esta é uma ponte construída no século XIX com pedra que fora do Claustro D. João III, destruído nas invasões francesas . Na prática, entre as 14h30 e as 18h30 desse dia, as quatro casas de portageiros abrirão portas. Aí vão funcionar uma taberna típica com produtos regionais e oficinas de artesanato, para mostra do trabalho artesanal e venda de

produtos. Em simultâneo, haverá animação musical a cargo da tocata do Rosas do Lena. A tarde de animação vai ainda incluir a possibilidade de visita ao Centro de

Interpretação da primeira posição das forças portuguesas na Batalha Real de Aljubarrota que decorreu a 14 de agosto de 1385. Aquele equipamento, da Fundação Batalha de Aljubarrota,

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abrirá portas para todos os interessados em visitá-lo. Pelo facto de ser impossível estacionar nas imediações da ponte, é aconselhado que os participantes se desloquem a pé para o local.

Jardins de Pedra é o nome de uma exposição de escultura da autoria de Mário Lopes, e que está patente no Claustro D. João I no Mosteiro da Batalha. A mostra inspira-se na cultura nipónica. Mário Lopes é natural de Leiria. O primeiro contacto com o trabalho da pedra aconteceu no Mosteiro da Batalha mas a formação académica seria obtida, primeiro, na Accademia di Belle Arti di Carrara, Itália, e depois na Tama Art University, em Tóquio. A exposição Jardins de Pedra integra-se na Comemoração dos 470 Anos de Amizade Japão-Portugal. Entretanto, a Capela dos Sousas no Mosteiro da Batalha é o título da obra que será lançada este sábado, dia 27, no auditório do monumento. A apresentação acontecerá pelas 15 horas. Acresce que até 18 de maio

decorre, na Loja do Mosteiro, a Feira do Livro. O monumento anuncia que esta é uma oportunidade para adquirir obras de qualidade com descontos significativos (entre 50% a 70%. Nota ainda para o Centro de Património da Estremadura que vai organizar,a 25 de maio, um Workshop de Fotografia no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, centrado no tema Arquitetura Monumental. O workshop será orientado pelo fotógrafo profissional Manuel Ribeiro. Manuel Ribeiro é natural de Évora, sendo fotógrafo profissional, independente, desde 1983. É especializado em fotografia para publicações e multimédia nas áreas da Arquitetura e Património. Mais informações pode ser conferidas em www.cepae.pt

MUNICÍPIO DA BATALHA CÂMARA MUNICIPAL SUBSÍDIOS

ANO DE 2012 - 2º SEMESTRE De acordo com o nº 1, conjugado com o art. 2º da Lei nº 26/94 , dou conhecimento que o Município da Batalha atribuiu, durante o segundo semestre de 2012, os seguintes subsídios: Entidade Associação Humanitária Bombeiros Voluntários da Batalha (Comparticipação Conforme Plano Plurianual Investimento)

Valor (Euros)

52.500,00

Nota: “Mais se informa que estes são apenas os subsídios que ultrapassam o limite obrigatórlo”

Paços do Concelho da Batalha, 21 de março de 2013 Por Delegação do Presidente da Câmara O Chefe de Departamento da Administração Geral, Carlos Agostinho da Costa Monteiro *(Competências Delegadas em 03/01/11)


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Atualidade Batalha

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Desporto Andebol para todos é aposta da Cercilei e do BAC m É um projeto que pretende fazer chegar o Andebol a todos. Vários atletas da Cercilei estão a demonstrar há já algum tempo que o andebol é, efetivamente, uma modalidade para todos

A instituição leiriense introduziu a modalidade “Andebol 4all” nos hábitos dos jovens que vivem nos seus lares, em janeiro de 2011, e alguns chegaram a participar em competições, numa parceria com o Batalha Andebol Clube (BAC).

Ricardo Cardoso, psicólogo com pós-graduação em Psicologia Desportiva refere que o Projeto “Andebol para Nós” nasce com o Ba-

talha Andebol Clube “pois este clube é uma referência em termos da modalidade e do seu espírito associativista e criativo”. Acresce

que o BAC desde logo, disponibilizou-se para fazer a parceria: “Já tínhamos tentado em Leiria, mas não tivemos abertura, nem apoio

suficiente”,explica. “Achámos importante levar a cabo este projeto. Assumindo-nos assim como os pioneiros desta modalidade, do andebol 4 all”, acrescenta. As razões são muitas para concretizar esta aposta: “as atividades desportivas promovem o desenvolvimento global do jovem com deficiência, beneficiam o desenvolvimento da personalidade, contribuem para a melhoria da noção do corpo e do movimento dos diferentes segmentos que o compõem; facilitam a obtenção do controlo respiratório, controlo dos movimentos da cabeça e relaxamento”, explica. O projeto envolve 20 jovens portadores de deficiência

intelectual das residências da Cercilei. “No entanto no curto prazo pretende ser aberto à comunidade. Assim que obtenhamos mais espaço e mais horários de treino”, reforça Ricardo Cardoso. Na prática, esta modalidade é muito semelhante ao andebol. “As regras e dimensões são as mesmas, só a bola é mais macia”. Luis Dias, responsável do BAC, refere que “foi com enorme orgulho e satisfação que a direção do Batalha Andebol Clube, celebrou este protocolo com a Cercilei para que este projeto seja uma realidade e que num futuro breve possa ser melhorado”.

Karaté brilha em campeonato

Golpilheira invencível na Taça nacional

Os atletas da associação tigre shotokan Karaté da Batalha conseguiram bons resultados no campeonato nacional que decorreu dia 7 em Fazendas de Almeirim. “Como presidente da associação Tigre Shotokan Karaté da Batalha, estou muito satisfeito com a progressão destes atletas pois ao longo destes tempos têm trabalhado para melhorar os seus conhecimentos nesta arte que é o Karaté”, refere Álvaro Carvalho. No final, a associação da Batalha conseguiu primeiro e terceiros lugares em juvenis e terceiros lugares em seniores, iniciados e infantis.

Quatro jogos, quatro vitórias, liderança da tabela classificativa, passagem à 2ª fase da Taça Nacional e presença garantida no primeiro campeonato nacional de futsal feminino que arranca na próxima temporada. A equipa feminina da CR Golpilheira continua o percurso vitorioso a que já nos habituou nos campeonatos distritais e na Taça Nacional e garantiu a passagem

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BATALHA

à 2ª fase da competição. Na última jornada, a Golpilheira venceu o CD Fátima por 2-5 e este fim de semana, folga. A equipa orientada por Teresa Jordão tem o melhor ataque do campeonato – 22 golos – e a melhor defesa, com apenas 5 golos sofridos. Pertence às campeãs distritais de futsal o título da maior goleada – 10-0 frente ao AD Serpinense.


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Batalha Saúde

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Saúde

O sono também necessita de higiene m A capacidade de dormir bem é fundamental ao bem-estar do indivíduo. Este “dormir bem” é relativo, sendo que as frequentemente referidas oito horas de sono não são uma obrigatoriedade - algumas pessoas necessitam de apenas seis ou sete horas de sono enquanto para outras são necessárias nove ou dez horas.

Das propriedades biológicas fundamentais, o saciar da fome e da sede e a atividade sexual, o sono é a única cuja privação não pode ser mantida mais de 5 ou 6 dias sem que alterações comportamentais e fisiológicas surjam, com risco da própria vida. O impacto das alterações do sono, mais propriamente do ciclo sono-vigília sobre a vida quotidiana, individual e social, é enorme. Durante o último século, a energia passou a estar disponível de forma generalizada e houve importantes mudanças sociais: o trabalho por turnos generalizou-se a múltiplos grupos profissionais, novas tecnologias de informação entraram nas casas e na

vida dos cidadãos; viagens intercontinentais aumentaram substancialmente, são exigidos maiores ritmos de trabalho e competição nos vários setores profissionais e na própria sociedade online 24 horas, que se tornou regra. Em consequência de tudo isto, o dia estendeu-se para a noite, o sono ficou mais curto e passou a ocorrer fora de horas, os ritmos alimentares modificaram-se dando lugar a refeições rápidas, irregulares e em pé, e o stress aumentou. Um estudo recente realizado nos Estados Unidos da América mostrou que numa população de pessoas que recorreram a 5 consultórios de Cuidados de Saúde Primários (Centros de Saúde ou Unidades de Saúde Familiar), mais de metade se queixaram de excessiva sonolência diurna, um terço ressonava com sonoridade e cerca de 14% tinha períodos de apneia. A privação de sono na condução automóvel acarreta um risco maior de acidentes que o excesso de álcool, sendo esta uma realidade conhecida há várias décadas. Um estudo apresentado pela DECO (Ohayon e Paiva, 2005) mostra a redução de horas de sono dos portugueses, com uma baixa satisfação por parte destes relativamente ao seu sono. Verificou-se, ainda, um aumento progressivo

s registo Quando deverá consultar o seu Médico de Família? Se apesar de seguir os conselhos indicados não melhora, se a insónia prejudica a sua qualidade de vida ou o afeta nas suas atividades básicas, no seu trabalho ou a nível pessoal ou social. Se relacionar a dificuldade em dormir com a toma de algum medicamento.

do consumo ambulatório de hipnóticos, ansiolíticos e antidepressivos entre 2002 e 2008, com um valor cerca de 4 vezes superior ao melhor valor da União Europeia em 2008. (Plano Nacional de Saúde, 2009). Em Portugal, vários estudos comprovaram prevalências elevadas de sonolência excessiva em estudantes universitários, que vão dos 44% aos 75%. Os setores que atingiram níveis de sonolência superiores foram os da Medicina e Desporto. O “dormir de mais” (e não apenas o “dormir de menos”) associou-se a um maior risco coronário e aumento da mortalidade (Ayas et al., 2003). Eis algumas outras consequências da redução de sono, verificadas em estudos internacionais na última década: maior risco de obesidade, hipertensão e diabetes. Fi-

cou também comprovada a influência negativa do extrato sócio-económico, do número de horas a ver TV e do baixo nível de exercício físico na redução do sono. De todos os problemas de sono, a insónia é talvez o mais frequente. Esta pode surgir em diferentes formas: dificuldade em adormecer, adormecer facilmente mas acordar muitas vezes durante a noite, ou acordar antes de ter dormido o suficiente e não conseguir adormecer novamente. Consoante a duração deste padrão, a insónia pode ser considerada transitória (apenas algumas noites), de curto prazo (de duas a quatro semanas) ou crónica (durante a maior parte das noites durante pelo menos um mês). Céline Rodrigues Médica interna de Medicina Geral e Familiar – USF Condestável

s registo Estratégias para uma boa noite de sono 1. Estabeleça horários regulares para levantar-se e deitar-se. 2. É melhor não fazer sesta ou que esta dure menos de meia hora. 3. Evite tomar café, chá ou coca-cola 6 horas antes de dormir. 4. Faça exercício físico durante o dia, mas não nas 4 horas antes de dormir. 5. Mantenha uma dieta equilibrada. Evite excessos e não consuma álcool. 6. Evite ver televisão à noite e não se deixe adormecer a ver televisão. Ao invés disso, leia, escute música, etc. 7. Procure fazer sempre as mesmas coisas antes de ir dormir, como uma rotina. 8. Evite trabalhar no seu quarto ou comer, beber ou ver televisão na cama; podem impedi-lo de dormir. 9. Faça exercícios de relaxamento. Se apesar disso não conseguir dormir, levante-se, faça uma atividade tranquila e volte a tentar. 10. Pode ajudá-lo escrever o que o preocupa. 11. Se recorrer ao médico e este decidir tratar a sua insónia com medicação, siga o que lhe foi indicado. 12. Os medicamentos para dormir podem diminuir a memória e concentração.


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Saúde Batalha

Cartório Notarial Alexandra Heleno Ferreira EXTRACTO CERTIFICO, para fins de publicação e em conformidade com o seu original, que por escritura de Justificação lavrada neste Cartório, no dia doze de Março de dois mil e treze, de folhas oitenta e cinco a folhas oitenta e seis verso do respetivo Livro de Notas para Escrituras Diversas número CENTO E NOVENTA, Manuel Ribeiro Roseiro, casado, natural da freguesia de Orbacém, concelho de Caminha, residente no Largo do Barreiro, Moita Redonda, Fátima, Ourém, que outorga na qualidade de procurador de Celeste Silva Carreira Ribeiro, NIF 187.680.132, viúva, natural da freguesia de S. Mamede, concelho de Batalha, onde reside acidentalmente na Estrada da Batalha, 27, Lapa Furada e habitualmente em 53 Rue Beetoven, Sousset les Pins, França, no uso dos poderes conferidos por procuração, declarou: Que, a sua representada é com exclusão de outrem, dona e legítima possuidora do prédio rústico, composto de terra de semeadura, com a área de seiscentos e oitenta metros quadrados, sito na Lapa Furada, freguesia de S. Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte com herdeiros de Francisco Carreira Valente, do sul com estrada, do nascente com herdeiros de Francisco Carreira Valente e do poente com José dos Reis Rodrigues, inscrito na matriz sob o artigo 17672, com o valor patrimonial de € 197,20 e a que atribui igual valor. Que o indicado prédio não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial de Batalha e veio à posse da sua representada, no estado de solteira, maior, tendo posteriormente sido casada no regime da comunhão de adquiridos com Joaquim Lopes Ribeiro e dele atualmente viúva, por doação verbal feita por António Carreira e mulher Maria Carreira, residentes que foram em S. Mamede, Batalha, em mil novecentos e setenta e três, sem que dela ficasse a dispor de título suficiente e formal que lhe permita fazer o respetivo registo. Que, a sua representada possui o indicado prédio em nome próprio, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente da freguesia de S. Mamede, lugares e freguesias vizinhas, traduzida em atos materiais de fruição, conservação e defesa, nomeadamente usufruindo dos seus rendimentos, cultivando e recolhendo os respetivos frutos, limpando-o de mato, pagando os respetivos impostos e contribuições, agindo sempre pela forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, pelo que adquiriu o dito prédio por USUCAPlÃO. Cartório Notarial de Ourém, a cargo da Notária Alexandra Heleno Ferreira doze de Março de dois mil e treze.

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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA

Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro

Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas dezassete a folhas dezoito, do Livro Cento e Oitenta e Nove - B, deste Cartório. Manuel Fernando Vieira, NIF 130 240 575 e mulher Maria Ermelinda Rino Carreira Vieira, NIF 164 561 230, casados sob o regime da comunhão geral, naturais ele da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, ela da freguesia e concelho da Batalha, residentes no Beco da Rota do Sol, nº1, no lugar de Vale Sobreiro, São Mamede, Batalha, declaram que com exclusão de outrem, são donos legítimos possuidores de um quinto indiviso do prédio rústico, composto de vinha, arvores de fruto, oliveira e mato, atravessado por serventia nascente-poente, com área total de dois mil quatrocentos e setenta metros quadrado, sito em Casal das Carvalhas freguesia e, concelho da Batalha, a confrontar no todo de norte com Manuel da Piedade Frazão, de Sul Com Manuel Pragosa da Conceição e de nascente com Júlia Monteiro Cerejo, V e de poente com Manuel Silva Ramalho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 4.020, com o valor patrimonial para efeitos de IMT correspondente de €253,15. Que adquiriram o referido direito no prédio, no ano de mil novecentos e sessenta, por doação verbal de Maria José Rino e marido António Joaquim Carreira, já falecidos residentes que foram no lugar de Casal Franco, Batalha, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, possuem o referido direito no prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha dos frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o referido direito no prédio por usucapião. Batalha, doze de Abril de dois mil e treze vinte. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/3 Jornal da Batalha, ed. 273, de 22 de abril de 2013

Rua Francisco Serra Frazão, lote B, 4º r/c dto - 2480-337 Porto de Mós Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dezanove de Abril de dois mil e treze, exarada a folhas cento e vinte e quatro do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e oitenta e dois– A: MARIA TERESA DA PIEDADE SANTOS e cônjuge, MANUEL VICENTE ANTÓNIO, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia e concelho da Batalha, residentes na Rua da Barajola, 1, Brancas, Batalha, Nifs: 120 786 729 e 122 320 190, declararam: Que, com exclusão de outrem, ela mulher é dona e legitima possuidora de metade indivisa do prédio rústico, em Charneca, freguesia e concelho da Batalha, composto de pinhal com mato, com a área de mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar do norte com Joaquim Pereira da Costa, do sul com caminho, do nascente com António Jorge e do poente com Jaime da Silva Santos, descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha na ficha cinco mil quatrocentos e cinquenta e nove, uma terça parte indivisa lá registada a favor dela mulher pela inscrição correspondente à apresentação sete de vinte de Julho de dois mil e um, inscrito na matriz sob o artigo 7068, com o valor patrimonial IMT correspondente de €110,30. Que ela mulher adquiriu os direitos de que é dona e legítima possuidora, ainda omissos (uma sexta parte indivisa) por doação verbal de Joaquim da Piedade Vicente, solteiro, maior, que residiu em Perulhal, Reguengo do Fetal, Batalha, no ano de 1982 ainda solteira; Que não obstante de não ter título formal de aquisição dos ditos direitos ainda omissos, (uma sexta parte indivisa) foi ela que conjuntamente com os demais comproprietários, sempre possuíram o identificado prédio, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, gozaram todas as utilidades por eles proporcionadas, pagaram os respetivos impostos, cultivaram-no e colheram os seus frutos sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o ostensivamente, e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa-fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição dos referidos direitos ainda omissos, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Porto de Mós, dezanove de Abril de dois mil e treze. O Notário, (Manuel Fontoura Carneiro) Jornal da Batalha, ed. 273, de 22 de abril de 2013

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Jornal da Batalha, ed. 273, de 22 de abril de 2013

Clínica Dentária e Osteopática Direção Clínica: Dr.ª Ana Freitas Especialidades - Medicina Dentária – Dr.ª Ana Freitas e Dr.ª Silvia Eleutério Restauração, próteses fixas e amovíveis, branqueamentos e implantes - Osteopatia – Dr. Carlos Martins Tratamento de hérnias, ombros, tendinites e correção postural - Acunpuntura Médica - Dr. Francisco Fernandes Auricoloterapia, Tratamento de Dor e Estética - Psicoterapia e Hipnose Clínica – Dr. António Venâncio Autoajuda, depressões, baixa autoestima - Psicologia de crianças e adolescentes Problemas de hiperatividade, medos, crises familiares, dificuldades de aprendizagem. - Terapia da fala – Dr.ª Eva Pinto Problemas de dislexia, paralisia cerebral, gaguez, dificuldade em engolir e problemas de compreensão. - Aulas de preparação para o parto – Enf.ª Carina Carvalho (Enfermeira especialista do Hospital de Leiria) Acordos AXA, BES Seguros, Medis, Advance Care, Multi-Care, Tranquilidade, SAMS, CGD e outros

Contactos para marcações e informações: 911 089 187 ou 964 108 979 Rua dos Bombeiros Voluntários, Loja D Batalha


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Batalha Opinião

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Jornal da Batalha

Opinião Regime dos bens em circulação António Caseiro Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

A republicação pelo Decreto-lei n.º 198/2012, de 24/08/2012, do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao DecretoLei n.º 147/2003, de 11 de julho, define no seu âmbito de aplicação que todos os bens em circulação, em território nacional, seja qual for a sua natureza ou espécie, que sejam objeto de operações realizadas por sujeitos passivos de imposto sobre o valor acrescentado deverão ser acompanhados de documentos de transporte processados nos termos daquele diploma. Consideram-se Bens os

que puderem ser objecto de transmissão nos termos do artigo 3.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA), efetuados por documento de transporte, a fatura, guia de remessa, nota de devolução, guia de transporte ou documentos equivalentes. Consideram-se bens em circulação todos os que se encontrem fora dos locais de produção, fabrico, transformação, exposição, dos estabelecimentos de venda por grosso e a retalho ou de armazém de retém, por motivo de transmissão onerosa, incluindo a troca, de transmissão gratuita, de devolução, de afetação

a uso próprio, de entrega à experiência ou para fins de demonstração, ou de incorporação em prestações de serviços, de remessa à consignação ou de simples transferência, efetuadas pelos sujeitos passivos referidos no artigo 2.º do CIVA e ainda os bens em circulação encontrados em veículos nos atos de descarga ou transbordo mesmo quando tenham lugar no interior dos estabelecimentos comerciais, lojas, armazéns ou recintos fechados que não sejam casa de habitação, bem como os bens expostos para venda em feiras e mercados a que se referem os Decretos-Leis n.os 252/86, de 25 de agosto, e 259/95, de 30 de setembro. Não são considerados bens em circulação os bens manifestamente para uso pessoal ou doméstico do próprio, os bens provenientes de retalhistas, sempre que tais bens se destinem

a consumidores finais que previamente os tenham adquirido, com exceção dos materiais de construção, artigos de mobiliário, máquinas elétricas, máquinas ou aparelhos recetores, gravadores ou reprodutores de imagem ou de som, quando transportados em veículos de mercadorias, os bens pertencentes ao ativo imobilizado, os bens provenientes de produtores agrícolas, apícolas, silvícolas ou de pecuária resultantes da sua própria produção, transportados pelo próprio ou por sua conta, os bens dos mostruários entregues aos pracistas e viajantes, as amostras destinadas a ofertas de pequeno valor e o material de propaganda, em conformidade com os usos comerciais e que, inequivocamente, não se destinem a venda, os filmes e material publicitário destinados à exibição e exposição nas salas de espetáculos

cinematográficos, quando para o efeito tenham sido enviados pelas empresas distribuidoras, devendo estas fazer constar de forma apropriada nas embalagens o respetivo conteúdo e a sua identificação fiscal, os veículos automóveis, tal como se encontram definidos no Código da Estrada, com matrícula definitiva, as taras e embalagens retornáveis, os resíduos sólidos urbanos provenientes das recolhas efetuadas pelas entidades competentes ou por empresas a prestarem o mesmo serviço e ainda os produtos sujeitos a impostos especiais de consumo, tal como são definidos no artigo 4.º do Código dos Impostos Especiais de Consumo, publicado em anexo ao Decreto-Lei n.º 566/99, de 22 de dezembro, quando circularem em regime suspensivo nos termos desse mesmo Código, os bens respeitantes a tran-

sações intracomunitárias a que se refere o Decreto-Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro, os bens respeitantes a transações com países ou territórios terceiros quando em circulação em território nacional sempre que sujeitos a um destino aduaneiro, designadamente os regimes de trânsito e de exportação, nos termos do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, do Conselho, de 12 de outubro e os bens que circulem por motivo de mudança de instalações do sujeito passivo, desde que o facto e a data da sua realização sejam comunicados às direções de finanças dos distritos do itinerário, com pelo menos oito dias úteis de antecedência, devendo neste caso o transportador fazer-se acompanhar de cópia dessas comunicações.

Mas se, individualmente, até é desculpável que um ou outro tenha alguma dificuldade em abarcar todo o seu simbolismo, pior é quando isso acontece com entidades aparentemente vocacionadas para a prática dessa mesma Solidariedade. Esta palavra chega mesmo a fazer parte da designação e até dos estatutos de algumas entidades, mas não raro é usada de forma oca, sendo-lhe retirado todo o seu conteúdo, mesmo quando estão em causa outras entidades irmãs, mas que, em certos momentos da sua existência, elas próprias também necessitam de solidariedade… Que, todavia, sob os mais diversos pretextos, acaba por lhes ser negada por quem podia ajudar… Recusa que já sentimos na pele, pois sendo

nós também uma IPSS, mas de escassíssimos recursos, por mais de uma vez essa solidariedade nos foi negada e por mais do que uma “irmã”… Enfim, parece não haver doutrina que valha, a um mundo que continua a ser bastante ingrato, injusto e egoísta…

Estes “cavalheiros”, cuja maioria nem sequer terá andado na guerra, com o seu procedimento envergonham todos os verdadeiros Combatentes, incluindo os da Batalha que, além do mais, acabam por ver denegrida a sua imagem, por serem confundidos com tal gente. Se a justiça não fosse tão lenta quanto infelizmente é, provavelmente estes autênticos massacres às populações já teriam cessado, pois esta dita associação já tem vários processos em tribunal, da autoria de verdadeiras Associações de Combatentes, que se sentem prejudicadas e envergonhadas, com o procedimento desta sua “congénere”.

(Continua)

Notícias dos Combatentes 1 – SOLIDARIEDADES… Estamos a escrever estes apontamentos na “Sexta-feira Santa”, vindo-nos à memória tratar-se do dia em que Jesus Cristo foi morto pelos Romanos; Cristo que, nos seus escassos 33 anos de vida, terá passado pelo menos os últimos a divulgar a “Palavra de Deus”. E que palavras eram essas, que Cristo espalhava? – Procuremos recordar algumas: humildade, justiça, verdade, retidão, generosidade, castidade, perdão, fraternidade, caridade, piedade, igualdade, solidariedade… Naturalmente que estes vocábulos, que Cristo exortava os seus seguidores a divulgar e praticar, eram a antítese de outros que os cristãos nunca deviam levar à prática, tais como: soberba, avareza, mentira, injustiça, hipocri-

sia, egoísmo, prepotência, desumanidade, rancor, vingança, escravatura… Contudo, ao longo destes dois milénios poucos cristãos terão existido que tenham seguido à risca a doutrina de Cristo, tendo até sobressaído, ao longo dos tempos, grandes atrocidades que foram praticadas em Seu nome e a pretexto de ser defendida a Sua doutrina. Como quer que seja, se é verdade que se ninguém consegue ser permanentemente perfeito, em contraponto, por muito pecador que alguém seja, terá tido ao menos um momento na vida em que praticou uma boa ação. Enfim, o que mais interessa é que seja em momentos de maior aflição e penúria dos povos, como, por exemplo, os que agora

vivemos no nosso País, que em regra a prática das boas ações mais vem ao de cima… ainda que, paradoxalmente, quase sempre os que mais têm e podiam ajudar, acabem por ser os que menos o fazem… Entretanto, poderíamos designar estes bonitos gestos de ajuda ao próximo de várias formas, designadamente: caridade, altruísmo, piedade, generosidade… mas fiquemo-nos por Solidariedade, palavra que nos parece conter em si todas aquelas qualidades juntas. Além de que esta palavra está também muito em voga, sendo usada por qualquer um e a esmo, embora tenhamos dúvidas que todos os que a utilizam saibam o seu perfeito significado e a ponham em prática tanto quanto poderiam.

2 – “VETERANOS DE GUERRA”. No pretérito dia 26 de Março a Batalha voltou a ser invadida por uma vaga de pretensos elementos da designada “Associação Portuguesa de Veteranos de Guerra” que, colocados em pontos estratégicos da nossa Vila e com a agressividade habitual, abordavam qualquer pessoa que tivesse a desdita de por ali passar àquela hora, tentando extorquir-lhes uma verba.

NB-LC


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abril 2013

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abril 2013

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Património

Instrumentos musicais e danças e o seu uso pelo povo da nossa região (I) Ainda há semanas o grande etnomusicólogo Dr. José Alberto Sardinha, em palestra que proferiu na sede do Rancho Folclórico Rosas do Lena no âmbito das comemorações do cinquentenário deste agrupamento, dizia que os instrumentos musicais apareciam em cada região, senão em cada localidade, utilizando-se os materiais que o povo tinha à mão. Nas zonas de pastorícia, a pele dos animais para bombos, caixas, bombilhos, pandeiros, gaitas de foles, nas de canaviais as canas para flautas, castanholas de cana, “sapos”, “cartaxos”, reco-recos, relas, nas de barro e oleiros também flautas, “rouxinóis”, ocarinas, cântaros (que tangidos com abano marcam o ritmo), nas de pinhais as pinhocas, nas praias as conchas que teriam dado origem às castanholas de madeira, e por aí fora. Na Alta Estremadura houve um pouco disto tudo. Particularmente no concelho da Batalha, os cântaros, as flautas de cana, as castanholas de cana, os reco-recos, os “sapos”, os “cartaxos”, os “rouxinóis”, as pinhocas, tiveram grande divulgação, mas em tempos mais recuados há informação do uso de pandeiros com soalhas e das castanholas de madeira, que não são exclusivas da Espanha mas próprias de toda a Península Ibérica. Nos presépios setecentistas, como o do Palácio das Necessidades que hoje está exposto no Museu da Arte Antiga, lá está o nosso povo a tocar castanholas e o mesmo se vê no desenho de Murphy em que reproduz os bailarinos do fandango. Na 2ª arquivolta a contar da entrada na igreja, o pórtico do nosso mosteiro contém uma série de anjos músicos a tanger diversos

instrumentos quatrocentistas (órgão portativo, saltério, viola de mão e viola de arco (rabeca), pandeiro com soalhas (que então eram de bronze), pandurra ou bandurra ou mandora, cítola e charamela), mas estes instrumentos seriam mais da Corte do que populares, embora alguns se tivessem popularizado e até dado origem a outros. Há quem veja na cítola ou na mandora a possível antepassada da nossa guitarra. Qual ou quais o povo da região adoptou? Além dos instrumentos de percussão e quase tudo servia para este fim desde que tivesse alguma sonoridade e dos de sopro como as flautas, às de bisel o povo chamava-lhes pífaro, que além de cana podiam ser de madeira, de barro ou de lata, da gaita de foles que, ao contrário do que se pensa, não é de origem escocesa nem exclusiva, na Península Ibérica, da Galiza e do nosso Trásos-Montes, e da gaita de beiços que surge mais recentemente ao longo do século XIX, eram de uso popular os instrumentos de cordas, nomeadamente a viola com vários modelos regionais como a braguesa, do Minho, e a sua variante amarantina, a toeira da região de Coimbra, a beiroa das Beiras interiores e a campaniça do Alentejo, com enfranques mais pronunciados do que o dos violões e com 10 a 12 cordas, os cavaquinhos minhotos que no século XIX se expandem pelo País depois do aparecimento de oficinas do seu fabrico em Coimbra, Lisboa e Faro, e ultrapassam as fronteiras nacionais levados para o Brasil, Cabo Verde, Estados Unidos da América e Ilhas do Havai (no Pacífico!) para onde foram pela mão de emigrantes madeirenses, as rabecas e as guitarras. Como disse, ao contrário

do que se pensa, as gaitas de foles são de uso antiquíssimo e é possível terem aparecido primeiro nas zonas de pastorícia da Ásia Menor, tendo sido trazidas para a nossa Península pelos povos que de lá emigraram, como os túrdulos, ou mais tarde os romanos, e eram usadas em todo o nosso País, frequentemente como instrumento cerimonial, acompanhando na nossa província da Estremadura, a que a Batalha sempre pertenceu, círios e manifestações etno-religiosas por altura do Natal. Há esta curiosa informação do Professor Armando Leça no seu livro “Música Popular Portuguesa”: “Estremadura: - Quando da passagem dos círios para a Nazaré – 1916 – vimos em Alcobaça bailarem o fandango com gaita de foles…”. Além da referência à gaita de foles, também a do fandango que presentemente as pessoas crêem ser apenas uma manifestação ribatejana. Outro engano, mas lá iremos na altura própria. Pelas últimas décadas do

século XIX chegam a Portugal os harmónios, o primeiro da família dos acordeões. São fabricados sobretudo na Alemanha e na Áustria. A nossa gente facilmente se adapta a esta novidade e na Estremadura passam a ter grande voga, sendo aqui considerados e assim chamados, “pianos de cavalariça”, porque substituíam, nas classes desfavorecidas, os pianos que fidalgos e burgueses exibiam nas suas casas. Infelizmente esta substituição no gosto popular começa a pôr de lado muitos instrumentos tradicionais e a música das aldeias e as próprias modas para bailar ganham outros ritmos e modulações. Apressam-se os passos e aproximam-se mais os pares embora sempre com o cuidado da mulher não enlaçar o homem, pondo-lhe a mão no ombro como que a empurrá-lo e a dizer-lhe que ali parava a proximidade consentida. Aos harmónios, já pelas entradas do século XX, juntam-se-lhes os parentes, primeiro a concertina e, depois,

o acordeão propriamente dito. Os instrumentos de cordas deixam de ter o seu estatuto de primazia que usufruíram durante séculos, o mesmo sucedendo com as flautas e as gaitas de foles, passando cordas e flautas a serem meros acompanhantes dos instrumentos invasores. A guitarra, que tudo acompanhara antes, desde rimances aos fandangos, limita-se ao fado de Lisboa e à canção de Coimbra. Mas os harmónios e concertinas não perdem tempo em nacionalizar-se, adaptando-se de tal forma, o harmónio na Estremadura e a concertina no Minho e no Douro, que logo se transformam nos preferidos do povo e com as modas, sobretudo as chamadas modas novas, que a ele andam coladas, como modas de dois e de quatro passos (passecatre/ pas de quatre, recebida de França e sabiamente adaptada entre nós), xotices (talvez recebidas da Inglaterra), fadinhos, bailaricos (balharicos), inauguram um novo período nas nossas manifestações folclóricas. Menos genuino? Creio que não, embora com menos pergaminhos que só a antiguidade confere. O povo sempre recebeu influências e costumes do exterior e sempre soube adaptá-los, por vezes transformando-os quase radicalmente e tanto que deixaram de parecer-se com o modelo de origem. Mas também aos harmónios e concertinas sucederam os acordeões, instrumentos complexos, ricos de sonoridades, por isso mesmo perigosos para a simplicidade, o que não quer dizer menos beleza, das tonalidades populares. Harmónios e concertinas respeitaram-nas e mantiveram-nas e por vezes reforçaram-nas. Verifica-

se isso mesmo no acompanhamento tanto das modas novas como no das modas velhas (fandangos, viras, malhões e outras), o que tem levado a retomarem-se os harmónios e as concertinas num movimento que vai conquistando cada vez mais maior número de agrupamentos folclóricos. E virá altura de se retomarem, também, violas e guitarras, pífaros, flautas e gaitas de foles, como principais instrumentos de acompanhamento de algumas das modas velhas, proporcionando-lhes assim a expressão instrumental mais adequada às suas seculares raízes. À informação bibliográfica, que também é uma forma de reconhecimento aos seus autores, junto o agradecimento aos mestres que me proporcionaram ensinamentos e esclarecimentos neste campo cativante de recolhas e investigações etnográficas, nomeadamente Dr. José Alberto Sardinha, António Pereira Marques e Joaquim Moreira Ruivo. Joaquim Moreira Ruivo é presentemente especialista no uso de harmónios e concertinas, sendo o seu grande divulgador na nossa região, transmitindo o gosto por esses dois instrumentos sobretudo nas camadas mais jovens. Dele se reproduz a fotografia, a tocar harmónio. Livros de Apoio: “Tradições Musicais da Estremadura”, do Dr. José Alberto Sardinha (Edições Tradisom); “Instrumentos Musicais Populares Portugueses” do Dr. Ernesto Veiga de Oliveira (Edição da Fundação Calouste Gulbenkian); “Música Popular Portuguesa” do Professor Armando Leça.

José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (121)


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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas setenta e oito a folhas oitenta, do Livro Cento e Oitenta e Oito- B, deste Cartório. Fernando Carreira Tomás, NIF 101 560 508, solteiro, maior, natural da freguesia de São Mamede, concelho Batalha, onde reside no lugar de Milheirices, declara que com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor dos seguintes bens, todos sitos na freguesia de São Mamede, concelho da Batalha: UM- prédio rústico, composto de terreno de oliveiras, com área de cento e vinte metros quadrados, sito em Portelinha, a confrontar de norte com Luís dos Anjos Alves, de sul com caminho, de nascente com António Carreira Ribeiro Júnior e de poente com João da Silva Gregório, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 3.198, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €118,92; Dois- prédio rústico, composto de terreno de oliveiras, com área de cento e vinte metros quadrados, sito em Portelinha, a confrontar de norte com caminho, de sul com, António Carreira Ribeiro Júnior, de nascente com António Mendes Marques e de poente com João dos Anjos da Conceição, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 3.205, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €79.58; Três- Dois terços indivisos do prédio rústico, composto de terreno de oliveiras, com área de duzentos e setenta metros quadrados, sito em Portelinha, descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o numero dois mil seiscentos e dezasseis/São Mamede, sem inscrição de aquisição em vigor quanto ao referido direito, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 3.206, com o valor patrimonial correspondente para efeitos de IMT de €173.60; Quatro- dezanove vinte avos indivisos do prédio rústico, composto de terra de cultura, carvalhos e oliveiras, com área de quinhentos e quarenta metros quadrados, sito em Loureira, descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o numero seis mil seiscentos e oitenta/São Mamede, sem inscrição de aquisição em vigor quanto ao referido direito, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 3.236, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €63.00; Cinco- dezanove vinte avos indivisos do prédio rústico, composto de terra de cultura, árvores dispersas, com área de trezentos e vinte metros quadrados, sito em Loureira, descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o numero seis mil seiscentos e oitenta e um/São Mamede, sem inscrição de aquisição em vigor quanto ao referido direito, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 3.253, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €46.20; Seis- prédio rústico, composto de terra de cultura, com área de quinhentos e vinte metros quadrados, sito em Barreira, a confrontar de norte com Manuel Gomes Ribeiro, de sul com, José Luís da Silva, de nascente com Custódio Rodrigues (Herd) e de poente com António Rodrigues das Neves, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 15.780, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €127.77; Que adquiriu os identificados prédios e direitos prediais no ano de mil novecentos e noventa, a verba um por compra verbal a Manuel Gomes Mendes, residente que foi no dito lugar de Milheirices, São Mamede; a verba dois por compra verbal a António Ribeiro Órfão, residente que foi em Milheirices, São Mamede; a verba três por compra verbal a João Gomes Ribeiro e Manuel Carvalho do Fetal, residentes que foram no lugar de Crespos, São Mamede, Batalha e a António Gomes Tomás, residente que foi no dito lugar de Milheirices; as Verbas quatro, cinco e dezanove vinte avos indivisos da verba seis, por compra verbal a António Francisco Lebre, residente que foi em Santa Catarina da Serra, Leiria e um vinte avos indivisos da verba seis por compra verbal a Adelina Carreira da Rosa, residente que foi no referido lugar de Milheirices, não dispondo o justificante de qualquer título formal para os registar na Conservatória, mas desde logo entrou na posse e fruição dos mesmos. Que na consequência daquela compra verbal, possui os identificados prédios e direitos prediais em nome próprio á mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha dos frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriu aqueles prédios e direitos prediais por usucapião. Batalha, dezanove de Março de dois mil e treze. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes 46/3 Jornal da Batalha, ed. 273, de 22 de abril de 2013

Serviço fúnebre completo Trasladações e Cremações Serviços de documentação ADSE, Segurança Social, Estrangeiro Funeral Social Micael Cantanhede 912 331 162 Paulo Pragosa 916 002 216 Marinha Grande | Batalha/São Jorge

Necrologia / Publicidade Batalha CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO Rua Francisco Serra Frazão, lote B, 4º r/c dto - 2480-337 Porto de Mós Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte seis de Março de dois mil e treze, exarada a folhas cento e quatro do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Oitenta e Um – A: Maria Preciosa Franco Carvalho e cônjuge, José Manuel Dinis Carvalho, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Maceira, concelho de Leiria, residentes em costa de Cima, Nifs: 131 336 622 e 120 856 891, declararam: Que, com exclusão de outrem, ela mulher é dona e legitima possuidora do prédio rústico, sito em Vale Perulhal, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, composto de mato, com a área de mil trezentos e setenta metros quadrados, a confrontar do norte com João Ferreira, do sul com estrada, do nascente com José Vieira e do poente com Joaquim Vieira, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 986, com o valor patrimonial IMT de €39,79. Que adquiriram o referido prédio por doação verbal de José Carreira Franco Carpinteiro e esposa Maria Vieira, residentes em Alcanadas, Batalha, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e setenta e seis, no seu estado de solteira. Que, não obstante não terem título formal de aquisição do referido prédio, foi ela que sempre o possuiu, desde aquela data até hoje, logo á mais de vinte anos, em nome próprio, defendeu a sua posse, pagou os respetivos impostos, gozou de todas as utilidades por eles proporcionadas, cultivou-o e colheu os seus frutos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecida como sua dona por toda a gente, posse essa de boa-fé por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que a justificante invoca, como causa de aquisição do referido prédio, por não poder comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Porto de Mós, vinte seis de Março de dois mil e treze. A Colaboradora com delegação de poderes, Ana Paula Mendes Jornal da Batalha, ed. 273, de 22 de abril de 2013

Maria da Conceição da Silva Bagagem (Ti Quitas da Hermínia) Rebolaria – Batalha 96 anos 09.08.1916 - 18.04.2013

AGRADECIMENTO Seus filhos: José Fernando, Adelino, Francisco, Adelina e Hermínia Silva Jordão, netos, bisnetos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada. Por tudo e a todos, muito obrigado. Que Descanse em Paz. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

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CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIA A cargo do Notário Pedro Tavares Certifico para fins de publicação, que neste Cartório e no Livro de Notas para Escrituras Diversas nº 230 - A de folhas setenta e um a folhas setenta e dois se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial no dia três de Abril de 2013. Outorgada por José Maria do Carmo Reis e mulher Maria Emília Moniz da Silva Frazão Reis, casados em comunhão de adquiridos, naturais de Cortes, Leiria, residentes na Rua das Covinhas n° 108, Amoreira, Cortes, Leiria, nif 128 802 731 e 128 802 693, na qual disseram. Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico composto por vinha, pinhal e mato, com três mil metros quadrados, que confronta a norte com Joaquim Manuel Ribeiro Leal, sul Manuel Pereira Antunes, nascente Manuel Carreira Pires e poente caminho, sito em Vale Tosquiado na freguesia de Reguengo do Fetal do concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na matriz sob o artigo 5633, com o valor patrimonial tributário de 595,51€, igual ao atribuído. Que o prédio veio à posse deles por compra meramente verbal que fizeram a Maria Cândida Pereira Romão Vieira e marido Augusto José Oliveira Alves Vieira por volta de mil novecentos e oitenta e sete, sendo eles justificantes já casados a essa data. Que, assim, vêm possuindo o imóvel como seu, há mais de vinte anos, como proprietários e na convicção de o serem, plantando e vendendo árvores, cortando o mato, cumprindo as obrigações fiscais a ele relativas, posse que vêm exercendo ininterrupta e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que seja, assim de modo pacífico, contínuo, público e de boa fé, pelo que adquiriram por usucapião a propriedade sobre o prédio. Que dada a forma de aquisição originária não têm documentos que a comprovem. Que para suprir tal título vêm pela presente escritura prestar estas declarações de justificação com o fim de obterem no registo predial a primeira inscrição de aquisição do imóvel. Vai conforme ao original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada. Maria Leonor de Almeida Pereira, funcionária do Cartório em epígrafe, no uso de competência cuja autorização pelo Notário respetivo foi publicado nos termos da Lei sob o número 128/3 a 31/01/2011, em Leiria, três e Abril de dois mil e treze. A Funcionária Conta registada sob o nº 1247, de que foi emitido recibo Jornal da Batalha, ed. 273, de 22 de abril de 2013

Maria Júlia Pereira Novo Faniqueira – Batalha 64 anos 17.12.1948 - 15.04.2013

AGRADECIMENTO Seu marido: Joaquim Pinheiro Franco, filhos: Francisco e Raquel Novo Franco e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada. Por tudo e a todos, muito obrigado. Que Descanse em Paz. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Funerária Santos & Matias, Lda. Serviços Fúnebres www.funerariasantosematias.pt.vu Telefone 244 768 685/244 765 764/967 027 733

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