Jornalzen abril 2011

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JORNALZEN ANO 7

ABRIL/2011

AUTOCONHECIMENTO

SAÚDE

nº 74

CULTURA

R$ 1,50

www.jornalzen.com.br

BEM-ESTAR

CIDADANIA

Silvia Lá Mon

NOVOS COLUNISTAS

Semana de Fitoterapia terá debate e palestras no Cati em Campinas

O JORNALZEN estreia nesta edição três novas colunas. O terapeuta holístico Luiz Antônio Trevizani assina Luz da Consciência, mesmo nome do projeto por meio do qual desenvolve atividades no campo do autoconhecimento. Juliana Perna e Saulo Braga, da Metamorfose Treinamentos, trarão dicas e ideias visando despertar as pessoas para o sucesso pessoal e profissional. Já Elisete Zanlorenzi trata, em seu primeiro texto, das constelações sistêmicas familiares, tema do qual tem formação internacional. Págs. 4, 6 e 9

Pág. 5

ARITA PETTENÁ

A importância da Academia de Letras na transformação do ser humano

Divulgação

Silvia Lá Mon

Pág. 12 Luiz Trevizani

CULTURAZEN ZEN

ZEN ZENTREVISTA Mário Simões

Elisete Zanlorenzi Divulgação

- Pág. 3

Silvia Lá Mon

JULIANO SANCHES

Atirador do Rio: ausência de uma cultura de paz Pág. 8

Juliana Perna e Saulo Braga Silvia Lá Mon

Lançamento de livro de Joaquim Zailton Motta

ASTROLOGIA DA ALMA

Pág. 10

Pág. 6

PARA ASSINAR OU ANUNCIAR, LIGUE PARA (19) 3324-2158 (19) 9263-3500

BEM NUTRIR Pág. 19

Viva Bem Pág. 18

Pensamentos de JARDIM Leia artigo da arquiteta e paisagista Carolina Ribeiro que criou ambiente na mostra Valinhos Decor 2011 (www.valinhosdecor.com.br), que vai até o dia 17 de abril. Pág. 13

Padre Haroldo Pág. 12


JORNALZEN

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JORNALZEN nossa missão: Informar para Transformar

DIRETORA Silvia Lá Mon

AUTOCONHECIMENTO 18/4, às 19h30 – palestra “Homeostase Quântica da Essência (Autocontrole Emocional e Mental)”, com Sérgio Ceccato, no IPEC-Instituto de Pesquisa e Estudo da Consciência (Rua Pilar do Sul, 364 - Chácara da Barra). Inscrições e mais informações: www.ipectranspessoal.com.br ou (19) 3252-1565 BRAHMA KUMARIS 13/4, às 19h30 – palestra “Lidando com Adversidades”, com Kátia Roel, no Ecomercado Avis rara (Rua Rei Salomão, 295 - Sousas). Aberto ao público. Mais informações: (19) 3258-9224 ou spiralis@avisrara.com.br COLESTEROL 5/5, das 8h30 às 10h – palestra “Aumento do colesterol: um risco para a saúde”, com a nutricionista Priscilla Andrade Araujo, no auditório do Museu de História Natural (Rua Coronel Quirino, 2 - Bosque dos Jequitibás). Aberto ao público. Mais informações: (19) 3251-9849 e 3295-5850 ou museuaquario@terra.com.br CONSTELAÇÃO FAMILIAR 26/4 – workshop com Antonio Carlos Abreu (Toni). Local: Rua dos Bandeirantes, 318 (Cambuí). Inscrições e mais informações: www.ipec-transpessoal.com.br ou pelos fones (19) 3252-1565 ou 3201-2361

CONSTELAÇÕES * 15/4, às 19h30 – palestra sobre Constelações Sistêmicas, Familiares e Organizacionais, com Elisete Zanrolenzi, no Céu Aberto (Rua Edward de Vitta Godoy, 828 - Barão Geraldo). Aberto ao público. Mais informações: (19) 3308-6351 * terças e quartas, às 19h – workshops em Constelações Familiares, abertos ao público, com Elisete Zanlorenzi. Todas as terças-feiras na Maeve Dux (Rua José Ferreira de Camargo, 244 - Nova Campinas). Inscrições e mais informações: (19) 3396-6414; e quartasfeiras no Céu Aberto (Rua Edward de Vitta Godoy, 828 - Barão Geraldo). Excepcionalmente dia 16/4 (sábado), no Céu Aberto, das 9h às 17h. Inscrições e mais informações: (19) 8126-1870 ou (19) 3308-6351 ou vouconstelar@gmail.com * a partir de junho – terceira turma de cursos em Constelações Familiares e Organizacionais para autoconhecimento (4 módulos) e formação (12 módulos), pelo Instituto Novos Vínculos (Elisete Zanlorenzi). Vagas limitadas. Inscrições e mais informações: (19) 8126-1870 – vouconstelar@gmail.com – www.novosvinculos.com.br

EDITOR Jorge Ribeiro Neto

JORNALISTA RESPONSÁVEL MTB 25.508

circulação: Campinas, Indaiatuba, Holambra, Jaguariúna, Valinhos e Vinhedo

AGENDAZEN ZEN CAMPINAS

ABRIL/2011

ERVAS MEDICINAIS 30/4, às 19h30 – curso “A Tradição e o Poder das Ervas Medicinais”, com Cássia Prado, na Maeve Dux (Rua José Ferreira de Camargo, 244 - Nova Campinas). Mais informações: (19) 3396-6414 ou 3394-6416 FITOTERAPIA 30/4, às 8h às 17h – curso de fitoterápicos no tratamento de feridas, no Tabebuia Saúde (Rua Mogi-Guaçu, 696 - Jardim Flamboyant). Inscrições e mais informações: (19) 3029-2346 GEA 18 e 25/4; 9/5, às 20h – palestras “A moral do amor – da revolução sexual para a revolução amorosa”, com Joaquim Zailton Motta; “Tesouros da Vida: uma convivência amorosa e contemporânea”, com Juliano Croce; e “Amor Transpessoal”, com Mani Alvarez, no ISI - Instituto de Saúde Integrada (Rua Barreto Leme, 1.552 - térreo, sala 9). Encontros do Grupo de Estudos sobre o Amor. Aberto ao público. Mais informações: www.blove.med.br/gea ORDEM ROSACRUZ 15/4, 20h – palestra “A Lei do Amor”, com Anna Maria Lucchesi Carvalho, SRC, PhD, na sede da Loja Rosacruz Campinas (Rua Nazaré Paulista, 690 - Jardim Paineiras). Aberto ao público. Maiores informações: oacampinas@gmail.com REIKI 16 e 17/4 – curso de mestrado de Karuna Reiki, no Instituto Sakkara (Rua Aristodemo Barbieri, 80 A - Barão Geraldo). Certificado de Michigan (EUA). Mais informações: (19) 9634-7716 ou www.lttulha.com.br 30/4 – curso Nível 2 (Reiki Alliance), no Instituto Sakkara (Rua Aristodemo Barbieri, 80 A - Barão Geraldo). Mais informações: (19) 9634-7716 ou www.lttulha.com.br REIKI XAMÂNICO ESTELAR 15/4, às 19h30 – palestra com Nazareno Sabino, na Maeve Dux (Rua José Ferreira de Camargo, 244 - Nova Campinas). Aberto ao público. Mais informações: (19) 3396-6414 16 e 17/4, às 19h30 – curso com Nazareno Sabino, na Maeve Dux (Rua José Ferreira de Camargo, 244 - Nova Campinas). Mais informações: (19) 3396-6414 ou 3394-6416 “SER HOMEM” workshop “Nível I - A dor e a cura dos homens”, promovido pelo IPEC – Instituto de Pesquisa e Estudo da Consciência. Inscrições e informações: www.ipec-transpessoal.com.br ou pelos fones (19) 3252-1565 ou 3201-2361 TOQUE TERAPÊUTICO 2/5 a 6/6 – curso de formação básica, no Tabebuia Saúde (Rua Mogi-Guaçu, 696 Jardim Flamboyant). Aulas às segundasfeiras, das 19h às 22h. Inscrições e mais informações: (19) 3029-2346

Fone/Fax: (19) 3324-2158 contato@jornalzen.com.br www.jornalzen.com.br twitter.com/jornalzen

PONTOS DE VENDA DO JORNALZEN CAMPINAS ALPHAVILLE CAFÉ VILLA PONTINI - AlphaMall BARÃO GERALDO BANCA CENTRAL - Avenida Santa Isabel, 20 BANCA DO AMARAL - Avenida Santa Isabel, 404 BANCA DO JAPA - Rua Armando Sebastião Bononi, 20 BANCA DO LÉO - Avenida Romeu Tórtima, 283 BARÃO ERVAS - Avenida Santa Isabel, 506 IDEAL REFEIÇÕES - Rua Vital Brasil, 200 NATURALMENTE - Avenida Albino José Barbosa de Oliveira, 1.905 BONFIM BANCA CANTO DO RIO - Rua Erasmo Braga, 192 BOSQUE BANCA DO BOSQUE - Avenida Moraes Sales, 1.748 BOTAFOGO BANCA RODOVIÁRIA - Avenida Andrade Neves, 880 CAMBUÍ BANCA CAMBUÍ - Rua Cel. Quirino (ao lado Massa Pura) BANCA MARIA MONTEIRO - Rua Maria Monteiro, 1.201 BANCA RIVIERA - Rua Coronel Silva Teles, 37 BANCA SANTA CRUZ - Rua Santa Cruz, 176 BUONA SALUTE - Rua General Osório, 1.761 CAMPOS ELÍSEOS BANCA DO XANDÃO - Rua Monte Mor c/ Pedreira CASTELO BANCA AKAMINE - Rua Barbosa de Andrade (esquina c/ padaria Pão do Castelo) BANCA NAKAZONE - Avenida Andrade Neves (balão do Castelo) CENTRO ALMAZEN - Rua Barreto Leme, 1.259 BANCA CONCEIÇÃO - Rua Conceição BANCA DO ALEMÃO - Rua General Osório, 986 BANCA DO ANTÔNIO - Avenida Moraes Sales, 1.122 BANCA DO STEPHAN - Avenida Barão de Jaguara, 1.215 BANCA PUCC - Avenida Francisco Glicério, 1.580 BANCA REAL DISNEY - Rua General Osório, 1.325 CASULO ALIMENTOS - Rua Luzitana, 1.433 - loja 2 ESTAÇÃO CULTURA - Praça Marechal Floriano Peixoto CHÁCARA PRIMAVERA BANCA JASMIM - Rua Jasmim, 755 CIDADE UNIVERSITÁRIA BANCA BARÃO - Avenida 2 - Atílio Martini, 50 BANCA CIDADE UNIVERSITÁRIA - Rua Ruberley Boareto da Silva, 1.015 BANCA GUARÁ - Rua José Pugliesi Filho, 420 A

INDAIATUBA*

FLAMBOYANT BANCA PAINEIRAS - Rua Jesuíno Marcondes Machado, 2.574 BANCA DO ISMAEL - Rua Mogi Guaçu (em frente à padaria Abelha Gulosa) GUANABARA BANCA BRASIL Rua Joana de Gusmão, s/nº BANCA GUANABARA - Rua Buarque de Macedo, 209 BANCA DO DIRCEU - Rua Oliveira Cardoso, 62 BANCA DO SÉRGIO - Rua Carolina Florence, 241 IGUATEMI BANCA CARREFOUR IGUATEMI LIVRARIA CULTURA (Shopping Iguatemi) JARDIM SANTANA BANCA DO ROMEU - Avenida Lafayete Arruda Camargo NOVA CAMPINAS BANCA INCA - Avenida Engenheiro Carlos Stevenson, s/nº PROENÇA BANCA DO ROBERTO - Avenida Princesa D’Oeste, 994 RODOVIA DOM PEDRO I BANCA SANTANA - Km 127 (Carrefour) SÃO BERNARDO HAYASHI - Rua Padre Bernardo Silva, 1.249 SOUSAS AVIS RARA Rua Rei Salomão, 295 BANCA SAN CONRADO Avenida San Conrado, s/nº BANCA RICCO PANE Avenida Antônio Carlos Couto de Barros, 871 SWIFT EXTRA ABOLIÇÃO - Rua Abolição, 2.030 TAQUARAL BANCA DO EDUARDO - Rua Thomaz Alva Edson, 115 BANCA TAQUARAL - Rua Paula Bueno, 1.260 CENAPEC - Rua São Salvador, 301 SNACK LOJA DE CONVENIÊNCIA (Posto BR) - Avenida Heitor Penteado, 120 VILA INDUSTRIAL BANCA DO DEDÉ - Rua Dr. Sales de Oliveira, 1.059 SUPER NEWS - nova Rodoviária VILA NOVA BANCA VILA NOVA - Avenida Imperatriz Leopoldina, 100

HOLAMBRA

CENTRO BOTICA ANTICA - Rua Pe. Bento Pacheco, 1.160 BRUMAT - Rua 11 de Junho, 711 CINE CAFÉ - Shopping Jaraguá (Rua Humaitá, 773)

ESPAÇO CULTURAL TERRA VIVA - Avenida Rota dos Bandeirantes, 605

CIDADE NOVA BAZAR 13 - Rua 13 de Maio, 1.179 HUNGRY TIGER - Avenida Presidente Kennedy, 496

NATU ERVAS - Rua Cândido Bueno, 885 (Centro)

RECREIO CAMPESTRE JOIA UIRAPURU (loja conveniência Posto Shell, ao lado do Habib’s) - Avenida Francisco de Paula Leite, 3.385 VILA NOSSA SENHORA APARECIDA PANIFICADORA A-REAL - Rua Candelária, 1.828 SAÚDE NATURAL - Rua Candelária, 1.751

JAGUARIÚNA* * e em todas as bancas da cidade

VALINHOS em todas as bancas da cidade

VINHEDO*

VILA SUÍÇA PANIFICADORA NOVA SUÍÇA - Rua Pedro de Toledo, 1.855

DUE MONDY - Rua Eduardo Ferragut, 145 (Jardim Itália) EMPÓRIO JF - Avenida dos Imigrantes, 575 (Jardim Itália) QUARTZO ROSA - Rua Monteiro de Barros, 781 Lote 60 (Vila Planalto)

* e em todas as bancas da cidade

* e em todas as bancas da cidade


JORNALZEN

ABRIL/2011

3 te modificada. Por isso, no contexto terapêutico prefiro chamar esse processo de estado modificado de consciência, que em resumo é um estado levemente alterado, mas com a pessoa acordada. Existem também dois estados alterados de consciência que são fisiológicos: o sono e o sonho.

ZEN ZENTREVISTA Mário Simões

VIAGEM INTERIOR Fundador da Alubrat, psiquiatra português dedica-se a estudar estados modificados da consciência na terapia Silvia Lá Mon

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a juventude, o português Mário Simões tinha um sentimento vago, de que haveria mais qualquer coisa para além do visível. Interessava-se por visitantes de outros planetas, outras civilizações e por literatura de realismo fantástico. Decidido a cursar medicina, ouviu pacientes falando de mundos interiores, delirantes, mas relatados com tão grande convicção que era como se estivessem falando de outra realidade. Para tentar entendê-la, decidiu pela psiquiatria. Cursou antropologia e interessou-se por xamanismo, o que o levou a trazer para sua prática processos curativos ligados a civilizações primitivas. Experimentou técnicas de meditação e teve contato com a psicologia transpessoal, à qual atribui uma dimensão espiritual. Professor da Faculdade de Medicina de Lisboa, Mário é um dos fundadores da Associação Luso-Brasileira de Transpessoal (Alubrat), ao lado da campineira Vera Saldanha [atual presidente da Alubrat-Brasil]. Aos 62 anos, ministra seminários e workshops sobre estados modificados da consciência, tema do qual se tornou especialista. Nesta entrevista exclusiva ao JORNALZEN, durante visita a Campinas, Mário Simões fala sobre a felicidade e expõe pontos de vista a partir de sua experiência como terapeuta. A Alubrat promoveu no ano passado um congresso de psicologia transpessoal com o tema “Felicidade Autêntica”. Como buscar essa felicidade? Não é dizer o que você deve fazer, mas como você pode fazer. Quando se trata desse tema, tenho muitas variáveis. Brinco com o meu conceito de medicina usando algumas siglas. Por exemplo, TSH, que em português significa hormônio estimulante da tireoide. Essas três letras operacionalizam um pouco o conceito de felicidade, que eu traduzo como Trabalho, Saúde e Humor. O trabalho é muito importante. Ter emprego, ser útil aos outros. Se não tem o ‘T’, é muito difícil avançar. O ‘S’ é de sensualidade, sentidos. Se você não puder usufruir de seus sentidos, sentir o gosto das coisas, o prazer do aroma, da sexualidade, do prazer de dormir, então não tem saúde. O ‘H’ é de humor. Por mais dificuldades que tenha uma pessoa, ela pode aprender a ver o copo meio cheio ao invés de meio vazio. Isso muitas vezes tem de ser ensinado, mas o humor também depende de inteligência. Você tem de ter um mínimo de inteligência para poder enxergar um segundo sentido das coisas, precisa também de cultura. Outra sigla que brinco na medicina é RDC, que se refere a critérios de investigação diagnóstica. ‘R’ de respeito. Falo apenas de tratá-la com educação, uma relação educada. ‘D’ de diálogo: se não há diá-

No caso, durante a terapia se usa hipnose ou regressão? O que eu faço na terapia é modificar a consciência, e não alterá-la. A pessoa sabe que está diferente, captando a realidade, focando a atenção nas minhas palavras, no conteúdo de sua consciência. Utilizo a música de relaxamento, o ritmo de minha voz, as palavras pronunciadas, que têm uma força fundamental. A música ajuda e também algumas noções de relaxamento corporal extraído da ioga. Hoje, o terapeuta utiliza vários conceitos que vêm do Oriente. Neste novo conceito, o cliente passa a ser um coterapeuta. Eu já não faço interpretação, não sugiro nada. Deixo ele trazer o tema da sessão. Então descobrimos um padrão que pode ter sido recentemente detectado, mas se regredirmos no tempo encontraremos o mesmo padrão em situações mais antigas. O terapeuta apenas facilita o processo. É como uma negociação. Em que esse tipo de regressão difere da hipnose na psicanálise? A hipnose termina no momento em que a pessoa nasce, não vai para trás. Há aqui vários pressupostos que diferem dessa interpretação da terapia moderna, que não têm a ver com a psicanálise. As pessoas que se afastaram de Freud, como Jung, diziam que existem outros fatores importantes, tal como a necessidade da pessoa transcender. Ele fala de padrões que têm a ver com o inconsciente coletivo. Hoje, temos integrado a essas novas terapias muito da filosofia oriental e da psicologia moderna, que está calcada em atributos como a psicologia cognitiva e a neurolinguística. Estamos buscando o melhor de cada uma.

“Por mais dificuldades que tenha uma pessoa, ela pode aprender a ver o copo meio cheio ao invés de meio vazio” logo de respeito de uma das partes, não há felicidade. ‘C’ de cumplicidade, do sentir-se bem com o outro de duas pessoas que são capazes de se entender só de se olharem. Isso tudo é felicidade completa e autêntica. A psicologia transpessoal fala em estados alterados de consciência. Poderia nos esclarecer sobre isso? Vou falar sob uma tônica brasileira. Fiz várias conferências no Brasil, e quando fala-

va em português algumas palavras não eram entendidas. Estado alterado de consciência foi uma expressão que surgiu nos anos 60/70 quando o pessoal de Berkeley [universidade na Califórnia, EUA] fazia experiências com drogas, como haxixe e chás, e ficavam com a consciência alterada. O termo teve aí sua origem. Nós, terapeutas, não trabalhamos com a alteração total da consciência, mas hoje modificamos a consciência. Você continua em vigília, acordado, mas a consciência fica levemen-

Como avalia a proposta de nosso jornal? Temos de aceitar que existe uma realidade que é feia, penosa, dolorosa, mas como lidamos com elas? Por isso é necessária a existência de jornais como este. Uma amiga tinha uma TV em Portugal, um papel importante em um jornal diário, e eu dizia a ela: 30% das notícias que se apresenta devem ser boas, porque elas também existem. Isso pode ser muito importante, mesmo que seja para uma pessoa em 1 milhão. Ela vai ser um pequeno catalisador. Portanto, esse tipo de informação é necessário, não escondendo que exista a outra. Mostrando como podemos operacionalizar e como lidar com a nossa melhoria e bemestar. Prestar serviço aos outros sem descuidar de nós mesmos. Que mensagem gostaria de deixar para os nossos leitores? Tenha sempre em sua vida o propósito de fazer o seu melhor. Tenha discernimento em cada momento. Eu diria que somos todos sobreviventes num mundo controverso e que até agora fizemos o nosso melhor. Temos a liberdade de fazer tudo, mas a condição é fazer com consciência.


JORNALZEN

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LUZ DA CONSCIÊNCIA LUIZ ANTÔNIO TREVIZANI contato@luzdaconsciencia.com.br

Consciência Por que somos tão irredutíveis em nossas crenças? Por que queremos que a vida seja nossa? Por que sempre perdemos algo que não nos pertence? As respostas para estas perguntas, e para outras tantas desse tipo que nos fazemos de vez em quando, podem se resumir a uma ou duas palavras que refletem todo o nosso sentido de apego e controle; todo nosso desejo de nos sentirmos seguros, já que nossa maior fraqueza é o medo. Pura ilusão, pois nada nos pertence, nem mesmo a vida é nossa. Nós somos a vida acontecendo numa corrente contínua de consciência se expandindo, ou evoluindo. Nossas crenças são base de segurança para uma arrancada na nova vida, mas que podem ser modificadas e até abandonadas quando nos sentimos confiantes na vida, ou seja, quando tivermos fé suficiente para nos jogarmos na vida como quem caminha sobre as águas. As pressuposições básicas, que são a parte mais profunda de nossas crenças, quando se tornam nossa resistência contra novos conhecimentos e novas experiências, atrasam a nossa evolução. Todos nós temos um histórico de conteúdos agregados que vem de outras vidas como personalidade da alma, e agregamos novos conteúdos na vida atual, como educação, princípios morais e éticos, formação profissional, e outros que servem para nos orientar, e sobre eles acrescentar nossos aprendizados livres. Tão logo nos tornamos conscientes de nossa individualidade, é decisivo que tomemos um rumo por nós mesmos, modificando todos os conteúdos que venham a atravancar a nossa evolução. A um dado momento da vida, geralmente essas crenças básicas mais profundas em nossa mente se tornam entraves, aquilo que denominamos por “crenças limitantes”. Uma boa base é importante para se estruturar uma personalidade sadia e amadurecida, mas isso não pode servir de limite para expansão da consciência. A consciência é tudo, e podemos definir consciência como a capacidade de resposta a estímulos por parte de um sistema qualquer, por mais rudimentar que pareça. Na medida em que a consciência se expande, aumenta a nossa capacidade de perceber realidades diferentes que antes não eram percebidas. A consciência humana pode perceber e fazer escolhas porque sabe que é uma consciência, um espírito, diferentemente da consciência de uma rocha ou uma planta. Todo o Universo está sob ação da consciência, que faz tudo ascender a níveis cada vez mais elevados e expandidos de percepção, através das forças evolutivas, até alcançar o Absoluto.

ABRIL/2011

Silvia Lá Mon Algemas de ouro Esta semana conversei com uma mulher muito inteligente, que ao longo de sua carreira profissional atingiu o topo na empresa. Preparada para ser presidente, sentia-se presa em algemas de ouro. Deixou as amarras, hoje ganha a metade, mas trabalha em prol da paz. Transforma a história de sua época e sente-se realizada. Por outro lado, tenho observado outras pessoas que muitas vezes amoldam seus pulsos frágeis por causa do medo da mudança e acabam tornando essas algemas uma extensão do próprio corpo e da alma. Na maioria das vezes é muito difícil sair da zona de conforto de seu casamento, de seu clube, de seu esteticista, de seu shopping e ter de encarar os monstros possíveis do despertar. Por isso só procuram uma terapia ou informações que possam transformá-la, quando estão no final da curva, quando estão destroçadas. Sair do mundo de Alice é doloroso,

porém necessário. Com o nosso tempo e planeta em constantes mudanças, não dá pra continuarmos em nossos mundinhos protegidos. Temos de participar, unir-nos cada vez mais. Devemos nos fortalecer intimamente e são vários os recursos para isso. Não devemos nos limitar a doar um dinheirinho por mês às instituições de caridade e, sim, colocarmo-nos à disposição para cuidar, reciclar, educar, contar histórias e muito mais, dedicando nossa alma ao bem dos menos favorecidos. Dessa forma, favorecermos a nós mesmos e à nossa alma. Vibrarmos em uníssono na compaixão daqueles que sofrem, trabalhando pela paz de todos com inspiração e transpiração. Deixem o medo e o comodismo de lado e descubram a riqueza de suas almas aprisionadas pelas algemas de ouro.

PANORAMA Corrida do GRAACC

Oficina Primavera

Abertas as inscrições para a 11ª edição da Corrida e Caminhada GRAACC, marcada para o dia 8 de maio, em São Paulo. O evento tem como objetivo mobilizar e conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce e a necessidade do tratamento adequado para crianças e adolescentes com câncer. A largada será na Assembleia Legislativa, em frente ao Parque do Ibirapuera. Inscrições pelos sites www.graacc.org.br ou www.corpore.org.br .

A loja da Grupo Primavera ganhou um novo espaço no Galleria Shopping, agora no piso 1 (ao lado da Arezzo). A unidade funciona de segunda a sábado, das 10 às 21 horas. Desde 2008, essa é a principal forma de venda e divulgação das peças artesanais desenvolvidas pela ONG campineira. A receita é revertida na formação das crianças e jovens atendidos por meio de programas nas áreas de educação, cultura e bem-estar.

Cupom solidário Palestra de saúde

Sustentabilidade é o tema de jornada acadêmica no Ceunsp Os alunos do curso de Eventos do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp) promovem nos dias 11 e 12 de abril a 1ª Jornada Acadêmica da Faculdade de Comunicação e Artes, no campus V, em Salto, e que terá como tema a sustentabilidade. O primeiro dia terá dois workshops simultâneos, a partir das 19h30, com Pâmela Miguel Sanches, desenvolvedora de produtos Infinity, que abordará o tema “Customização de roupas”, e com a gastrônoma Vanessa Guidini, que discorrerá sobre a “Alimentação Sustentável”. No dia 12 haverá uma mesa-redonda, também a partir das 19h30, com a ecochef e mestre em Educação Alimentar e Ambiental e doutoranda em Ecologia - em Alimentos Orgânicos, Martha Tátini; o pro-

fessor-doutor em Ciências Biológicas, Hélio Rubens Pereira Júnior; Ana Paula Caribe, da Conceito Eco Eventos Sustentáveis; e o jornalista Reinado Canto, colunista da revista Carta Capital e que foi correspondente da Envolverde na COP-15 em Copenhague (2009). A entrada para a 1ª Jornada Acadêmica da Faculdade de Comunicação e Artes, organizada pela agência escola Mescla Eventos, é aberta a toda a comunidade e os interessados devem se inscrever previamente, pois as vagas são limitadas. O ingresso para as atividades é um litro de leite longa vida que será doado à Associação Beneficente Irmã Dulce, de Indaiatuba. Mais informações podem ser obtidas no site www.ceunsp.edu.br ou pelo telefone (11) 4028-8805.

O Hospital São Cristóvão, de São Paulo, promove dia 29 de abril, das 10h30 às 12h, a palestra “Desvende a linguagem corporal”. Gratuito e aberto ao público, o evento ensinará a melhorar a conversa e o relacionamento amoroso. A inscrição deve ser feita pelo telefone (11) 2029-7617. Na oportunidade, serão arrecadados alimentos não perecíveis para instituições assistenciais. O hospital fica na Rua Canima, 25 (Mooca).

O Centro Boldrini fechou parceria com o Sumerbol Supermercados, de Indaiatuba, com a qual serão beneficiadas crianças com câncer em tratamento no hospital. O Boldrini receberá todo o valor arrecadado de cupons fiscais sem CPF para cadastro no programa Nota Fiscal Paulista. As duas lojas da rede participarão da campanha. A expectativa dos organizadores é de 50 mil cupons por mês, com receita de 20 mil reais.

Trote solidário Curso na PUC-SP A PUC-SP está oferecendo curso no qual serão abordados conceitos de qualidade de vida, felicidade e bem-estar, levando a uma reflexão e conhecimento dos talentos individuais e seus reflexos para a sustentabilidade dos negócios. Dirigidas a profissionais de saúde, administração e recursos humanos, as aulas terão início dia 25, na Unidade Consolação (Rua da Consolação, 881). Mais informações: www.pucsp.br/cogeae.

Em parceria com o Grupo de Atuação Brasileiro para Realização de Transplantes Infantis e Estudos do Tubo Neural (Gabriel), os calouros do 1º semestre do curso de Logística da Fatec de Indaiatuba fizeram no último dia 19 de março um trabalho de conscientização e incentivo à doação de órgãos e tecidos junto a clientes do supermercado Pague Menos, no bairro Cidade Nova. O Banco de Olhos de Sorocaba também participou da ação.


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ABRIL/2011

Campinas terá nona edição da Semana de Fitoterapia no Cati Práticas corporais, palestras, debates, exposições e apresentações culturais marcam a programação da 9ª Semana de Fitoterapia de Campinas. Aberto ao público, o evento terá a maioria das atividades no auditório da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), de 26 a 29 de abril. A abertura, dia 26, às 14h, será seguida de apresentação de um coral. No dia seguinte, os trabalhos terão início às 8h com uma atividade corporal. À tarde será aberta exposição de ecobrinquedos e às 14h será instalado o painel “Cooperativismo, acesso ao mercado”, com as presenças de Jorge Florêncio Ribeiro Neto, representante da Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé (MG), e Euclides Lara Cardozo Junior, da Sustentec – Produtores Associados para o Desenvolvimento de Tecnologias Sustentáveis, de Foz de Iguaçu (PR). A programação do dia será encerrada às 16h com debate com representantes da Cooperativa de Produção Agroindustrial Familiar de Artur Nogueira. Depois de uma atividade de dança circular (13h), o painel do dia 28 – “Planta Medicinal: é bom para quê?” – reunirá entre os debatedores Pedro Melillo de Magalhães, representante da Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais; Lauro Barata, da Federação Brasileira de Plantas Medicinais; e Roberto Leal Boorhem, da Associação Brasileira de Fitoterapia. No último dia do evento (29), das 8h30

PALESTRAS Dia 26 (terça-feira) 15h – “A ciência desvendando as plantas medicinais: o caso do avelós” – Luiz Francisco Pianowski, farmacêutico Dia 27 (quarta-feira) 8h30 – “Plantas medicinais e naturopatia” – André Hinsberger, naturopata 10h – “Alimento vivo e demonstração de receitas”, Alberto Peribanez Gonzales (autor do livro Lugar de médico é na cozinha) e Maya Beerman Dia 28 (quinta-feira) 8h30 – “Fitoterapia na saúde pública” – Ângelo Giovani Rodrigues, Departamento de Atenção Básica-SAS/MS 10h – “Fitoterapia clínica: medicamentos para ansiedade” – Eduardo Pagani, Sociedade Brasileira de Fitomedicina Local: Cati-Campinas Avenida Brasil, 2.340 (Vila Nova) Mais informações: (19) 3743-3795

às 12h, será feita uma visita técnica ao Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). No auditório do Cati, será ministrado um minicurso de fitoterapia.

5 INFORME PUBLICITÁRIO

Catástrofes do Rio Geralmente essas catástrofes comovemnos de maneira substantiva. Ver o sofrimento alheio, mesmo que pela telinha, causa-nos um movimento interno de repelir as causas ou, pelo menos, amenizar o desconforto alheio. Quando nos preocupamos com o outro, com uma dose expressiva de sinceridade, começamos a compreender coisas fundamentais. Normalmente, cuidamos apenas dos seres com os quais temos um vínculo especial, principalmente, os laços familiares (genéticos). Estendemos essa cumplicidade aos nossos animais de estimação. Os demais viramse cada um por si, pois não afetam a minha realidade. Entretanto, quando me compadeço com o sofrimento alheio, encenado por estranhos, compreendo o valor humano além dos vínculos familiares. Começo a entender o que é, efetivamente, amar ao próximo.

Contudo, a relação afetuosa com o ser humano desconhecido deverá transcender os momentos de Clélio Berti tragédia e ser Diretor da Unidade Flamboyant da incorporado Universidade de Yôga (Uni-Yôga) no cotidiano. No futuro, não precisaremos de datas especiais (como o Natal) ou de tragédias para solidarizarmo-nos com o alheio. Faz-se mister tratar adequadamente a natureza. Se não a agredirmos tanto, ela não nos trará tragédias seguidas. Nessa linha de raciocínio, será que não teríamos de tratar todos os animais como tratamos o nosso cachorrinho de estimação? Assista à Conversa com Clélio Berti todas quartas, às 23h, pelo Canal 8 da Net


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METAMORFOSE JULIANA PERNA E SAULO BRAGA

Gente civilizada Dinheiro, emprego, financiamento, aquecimento da economia, produção... foram as palavras que mais atraíram nossos olhos e nosso pensamento durante os últimos anos. Parabéns para todos aqueles que trabalharam pela conquista destas grandes metas! Hoje, para o brasileiro, o dinheiro deixou de ser um fator “limitador” e passou a ser um fator “possibilitador”. Então, para onde devemos olhar e concentrar nosso pensamento agora? Como vamos continuar a construção de um país vigoroso, onde tenhamos uma vida confortável, segura e saudável? Agora é a hora de construirmos um país de “gente civilizada”, que tenha orgulho de investir em cultura. Gente educada, que usa seus conhecimentos e a sua energia para que cada um de nós viva cada vez melhor e vá encontrando ajuda para solucionar os problemas que vão aparecendo ao longo da vida. O mundo como conhecemos um dia foi um sonho na mente de algumas pessoas. Tecnologia, transportes, as cidades, a agricultura, as relações de trabalho e de família, entre outras coisas, foram ideias e conceitos que ao longo do tempo tornaram-se reais. Não seria um bom momento para começarmos a criar um brasileiro mais educado e confiável? Relações de comércio mais honestas e saudáveis? Não seria uma boa hora para tratar dos outros como gostamos de ser tratados? Conhecer ética não torna ninguém ético. Todos sabem o que é certo e o que é errado, não sabem? Então, por que fazer coisa errada? Faça o certo, e pronto! Quando acontece um erro, saímos em busca do “culpado” para puni-lo. Para quê? Não é melhor “estudar” o erro, para que ele não se repita? O importante não é somente ostentar o resultado final, mas também todo (continua na próxima edição) bom andamento do processo. “Não há nada mais insano do que fazer as coisas sempre da mesma maneira e esperar que os resultados sejam diferentes” Albert Einstein

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AS TR OL OGIA D A ALMA ASTR TROL OLOGIA DA

Áries: concentração e inofensividade O trabalho de Hércules que está ligado ao signo de Áries é a captura das éguas devoradoras de humanos. Áries é o signo dos inícios e dos processos criativos, e este trabalho representa os primeiros passos no caminho espiritual e a necessidade de iniciar pela criação de uma nova mentalidade – mais focada, compreensiva e inofensiva. O beligerante rei Diomedes era filho de Marte (Senhor da Guerra e regente do signo de Áries) e em seu reino criava éguas extremamente selvagens e violentas, que devoravam seres humanos. Elas assolavam toda a vizinhança e provocavam grande medo na população. Hércules recebeu do rei Euristeu a tarefa de capturar essas éguas e levá-las até ele. No reino de Diomedes, Hércules encontrou as éguas à solta e espalhadas por toda parte. Então ele começou a tocar as várias éguas, de modo que gradualmente se concentrassem em certa região. Quando estavam todas reunidas, o herói as cercou e acorrentou-as juntas, e assim pode conduzi-las até o rei Euristeu, para serem domesticadas. Cavalos simbolizam o pensamento, que é capaz de nos transportar para longe. Cavalos femininos, ou éguas, representam a fertilidade da mente, incessantemente criando imagens, falas internas e explicações para tudo. As éguas do mito, selvagens e devoradoras de humanos, são a mente indisciplinada, continuamente gerando pensamentos críticos que ferem as pessoas. O mito descreve a situação habitual de cada um de nós: nossos pensamentos críticos provocam destruição ao nosso redor e prejudicam aqueles que nos circundam. Entretanto, uma das primeiras lições a serem aprendidas pelo aspirante espiritual é a da inofensividade. Seus pensamentos, palavras e vida devem deixar de ser ofensivos e destrutivos, de acordo com preconceitos e predileções pessoais, e tornarem-se criativos

e construtivos, de acordo com o Plano Divino. Diferente do que talvez pudesse parecer, a inofensividade (ou não-violência) não é uma condição passiva e inócua, mas uma atitude dinâmica e efetiva. É uma autodisciplina que positivamente se abstém de criticar e ferir. É um empenho criativo para ajudar, apoiar e curar – os outros e nós mesmos. O mito não só apresenta qual é o problema a ser solucionado, mas também indica como solucioná-lo: concentração. A causa da dificuldade está no fato de que as éguas são selvagens e estão à solta, ou seja, a mente não foi disciplinada e os pensamentos vagueiam dispersos. Funcionando assim, a mente toca apenas a superfície das coisas, e é isto o que torna possível a sua postura crítica. É apenas na superfície que as coisas parecem más, conflitantes e caóticas. E mesmo o que já nos parece pensamento profundo, porque mais elaborado, ainda é apenas superficial. Na verdadeira profundidade, reinam sempre a beleza, a harmonia e a unidade. Através da meditação, exercitando o pensamento concentrado, podemos acessar isso. É interessante notar que Hércules não tenta paralisar as éguas, mas as reúne e cerca. Portanto, ele não tenta calar a mente, mas concentrá-la profundamente em algum assunto. A mente está sempre pensando, e isto, por ora, nós não podemos mudar – e nem precisamos. Mas nós podemos escolher em que pensar e como pensar. Isto é meditação: pensamento consciente. O início no caminho espiritual requer as qualidades conferidas por Áries: muita energia e esforço. Tais qualidades devem ser empregadas para desenvolver a concentração, para que possamos verdadeiramente compreender – ou seja, acessar o sentido maior por trás das aparências. Assim, poderemos trazer para as nossas vidas cada vez mais inofensividade e criatividade espiritual.


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Maria Fumaça

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A iridologia

Flávio Aurélio B. Mariutti

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os países desenvolvidos, a ferrovia é um dos transportes mais usados e bem organizados. No Brasil, abandonaram a mesma, isto é, sucatearam; dormentes apodrecidos, trilhos enferrujados, leitos no meio do mato, fios dos antigos telégrafos roubados por vândalos, benfeitorias invadidas por sem-teto e vagabundos, estações, garagens e pátios são verdadeiros cemitérios de vagões e locomotivas. Lembro-me com saudade da era Romântica das Ferrovias. A Mogiana que viajei muitas vezes nos anos 1950/60. A Mogiana foi fundada por fazendeiros de café quando esta rica rubiácea trouxe muitas riquezas, até 1929. A partir de então, a queda da bolsa de Nova York e o excesso de produção levaram os fazendeiros à bancarrota. A locomotiva inaugural partiu de Campinas, ponto inicial, em 1875, chegando a Mogi Mirim com ramal de Amparo. Em 1878 chegou a Casa Branca, em 1883 atingiu Ribeirão Preto. No mesmo ano atravessou as barrancas do Rio Grande, divisa da parte Nordeste de São Paulo com Minas Gerais. Surgindo na mesma época os ramais de Caldas e São José do Rio Pardo, Guaxupé e Muzambinho. De Ribeirão Preto até Campinas, Maria Fumaça percorria as seguintes cidades, distritos e fazendas: Bonfim Paulista, Fazenda Buenópolis, Cravinhos, Tibiriçá, Bento Quirino, São Simão (com ramal para Nhu Mirim, Santa Rosa de Viterbo, Fazenda Amália, Sampaio Moreira, Corredeira e Cajuru), Santos Dumont, Faveiro, Tambaú, Coronel Correia, Casa Branca, Lagoa Branca, Estiva,

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Aguaí, Pato Seco, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Poços de Ressaca, Jaguariúna e Campinas, onde os passageiros que iam para São Paulo (Capital) faziam baldeação. Em 1967, a Mogiana chegou a Brasília percorrendo 1.445 quilômetros, o chamado trem Bandeirante, luxuoso e confortável. Em 1971, a mesma foi incorporada à Ferrovia Paulista S.A. (Fepasa). Em 1997 foi encerrada a viagem de passageiros. (A Fepasa foi incorporada pela Rede Ferroviária Federal e Ferroban). Hoje é operada pela Ferrovia Centro Atlântica (FCA), só com trens de carga. Dessa época romântica resta a saudade, sim muita saudade. De uma época sem violência (roubos, sequestros, estupros, invasões de terra). Havia disciplina e não esta libertinagem, que mais parece um país de anarquistas. Que é da promessa nas Diretas Já: “país de primeiro mundo, direito de ir e vir”. Antes todos aliados, hoje o roto fala do esfarrapado, farinhas do mesmo saco... Ferrovia para passageiros é coisa de primeiro mundo, além de transporte barato. Flávio Aurélio Bilotta Mariutti é membro da União dos Escritores Independentes, da Casa do Poeta e do Escritor de Ribeirão Preto, e do Clube dos 21 Irmãos Amigos de Campinas

Na Alemanha, a iridologia faz parte das técnicas de avaliação em naturologia. Além da anamnese pessoal do paciente, levantam-se dados através da observação da íris, da língua, do pavilhão auricular, da manipulação dos pés. Já ficou claro que a iridologia faz parte das reflexologias e dos microssistemas reflexos, servindo para levantar dados sobre o biótipo do paciente, evidenciando predisposições e locais de menor resistência. Esses dados serão integrados na avaliação do paciente, auxiliando a tornar personalizado ou individualizado o plano de tratamento. Existem alguns mitos acerca da iridologia, porém o exame iridológico não é nem raio X nem tomografia e não serve para estabelecer diagnósticos médicos. Na íris, o iridólogo observa sinais cromáticos (cores) e estruturais para tirar conclusões e traduzi-las em tratamento com plantas

medicinais e outros métodos para os quais o profissional esteja capacitado. Existem diversos mapas topográficos, típicos para as somatotopias André Hinsberger dos microssisteMédico naturólogo formado mas, lembrando pela Universidade de Berlim. o homúnculo da Professor de Pós-Graduação em Fitoterapia pela Universidade área cortical no Anhembi-Morumbi e IBEHE-SP. cérebro da pessoa. Ou seja, o iridólogo é um profissional que estudou muito para poder tirar conclusões da observação da íris. Nos Estados Unidos e no Brasil existe também uma vertente da iridologia que interpreta os sinais iridológicos em relação a características e traços de personalidade do paciente e em relação a problemas e conflitos emocionais típicos enfrentados pelo determinado padrão iridológico observado.

GRUPO PARA GESTANTES EM SUMARÉ A gravidez, embora seja um fenômeno natural e comum em nossa sociedade, ainda é vivenciada com muitas dúvidas. Mesmo que programada e desejada, quando confirmada, gera insegurança, medo e ansiedade. A partir do momento em que uma mulher se vê grávida, além de todas as mudanças físicas pelas quais ela passa, há uma carga muito grande de alterações psicológicas, sociais e espirituais como inversão social, aumento de responsabilidades, medo do desconhecido, temor ao parto, e muitos outros medos, emoções e sensações. Esses sentimentos todos tendem a aumentar pela falta de informação e conscientização por parte do casal envolvido, ocasionando muitas vezes gestações problemáticas, e tendo como consequência partos difíceis, cheios de intervenções médico-cirúrgicas, cesarianas desnecessárias, enfim... uma experiência negativa. Pensando em auxiliar a mulher a vivenciar da maneira mais positiva esse período, foi criado em Sumaré o Grupo MadreSer! Fundado há quase sete meses, o MadreSer tem como objetivo principal dar apoio, suporte e informação baseada em evidências científicas a toda e qualquer mulher interessada em maternar ativamente. Nossa equipe acredita no protagonismo feminino durante o processo de gestação, parto e pós-parto, assim como na importância da informação de qualidade no processo de amadurecimento dessa mulher como gestante, mãe, mulher ativa. Nossos encontros são mediados por uma equipe multiprofissional especializada atenta aos temas relacionados a esse período, ajudando assim amenizar as ansiedades naturais do processo e fornecendo respostas às questões que assombram as gestantes e casais grávidos. Discutimos os direitos da gestante, pré-natal, parto, pós-parto, a escolha do hospital, sexualidade, alimentação, exercícios físicos, preparo para a amamentação entre outros temas, conduzindo a uma experiência gestacional e de parto bem positiva, com queda significativa na depressão puerperal e grande sucesso na amamentação. Se você se preocupa com sua gestação e seu bebê, participe de nossos encontros!!! O Grupo Madreser está todas as quintas-feira, das 19:30 às 21h na Sala Cultural do Villa Flora, esperando por você. Grupo Madreser: madreser@gmail.com – madreser.blogspot.com – 19 9152.1980


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2 Minutos para Você

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EDUCAÇÃO &da VALORES Tesouros Vida JULIANO SANCHES

SANDRA SEPULVEDA sandra.sepulveda@terra.com.br

Cuide da semeadura Já se sentiu como se estivesse dentro de um CD riscado, preso na repetição? Aí se pergunta: por que estou nisto de novo? Parece que mudam cenários, personagens, mas o mesmo enredo se faz presente novamente. Para explicar este fenômeno recorro à física, especificamente à terceira lei de Newton, a lei da ação e reação. Ela lei diz que para cada ação há sempre uma reação de igual intensidade, mesma direção e sentido contrário. Portanto, se está tendo as mesmas ações, receberá as mesmas reações. Dito de outra forma: se você está colhendo a mesma coisa quando esperava outro tipo de colheita é porque, de fato, as sementes que está plantando continuam semelhantes no tipo e qualidade. Pela lei, você recebe o retorno daquilo que semeou. O solo e fatores ambientais, que são as variáveis fora do seu controle, colaboram adicionando obstáculos ou facilidades desde o início até o final do processo. Mas o determinante é a ação, a semeadura, que está em suas mãos. Para se libertar da repetição indesejável é cuidar do início do processo, a ação. Observe carinhosamente sua vida, e liste as áreas ou assuntos repetitivos. Lembrese das primeiras vezes que isto ocorreu, as primeiras semeaduras. Fixe sua atenção na variável que depende de você: as sementes, suas atitudes, das mais específicas às mais genéricas. Avalie o cerne das sementes, ou seja, os sentimentos, pensamentos e comportamentos, pois destes dependem a qualidade delas. Depois se pergunte: a minha maneira de sentir, pensar e agir estão na mesma direção do que busco? Ou, isto que estou semeando pode me dar uma colheita? Esta ação está adequada para a reação que espero? Se a resposta for negativa ou duvidosa, a colheita não está garantida, então é preciso ter humildade e força de vontade para buscar ajuda e melhorar sua semeadura.

Atirador no Rio: a ausência de uma cultura de paz Vários especialistas acreditam que a veiculação de mensagens violentas contribui para tornar o mundo mais feroz. Apesar disso, há educadores pesquisando seriamente formas pela qual a mídia poderia se transformar em um instrumento de paz (WEIL, 1990, p. 47).

Vemos que o caos e o cosmos da mídia não estão em trabalho, em desenvolvimento. Precisamos chegar a um estado de transdisciplinaridade plena, em que sejam incentivadas – infinitamente – a criatividade e a arte. Enquanto a mídia não for vista como portadora, entre outros elementos, do inconsciente, todo o trabalho midiático vai estar incompleto. Para tanto, a cultura de paz precisa se irromper. “Cabe advertir o leitor de que a educação holística para a paz não pode se limitar à sala de aula; ela é uma aprendizagem na qual se deve estimular o autodidatismo” (WEIL, 1990, p. 40). Enquanto a cultura de paz não estiver totalmente cimentada no currículo escolar público, nada vai mudar, visto que as outras instituições sociais não resolvem tudo sozinhas. Sabe-se de escolas do ensino básico que têm hortas e muitas atividades artísticas. Tudo isso canaliza a energia construtiva. Tudo tem forças do inconsciente, até as instituições. Ou pensamos em uma vida à luz da terapia e do trabalho das forças inconscientes ou abrimos margem para os monstros interiores agirem cada vez mais. “ ‘Ausência de violência e de guerra’ ou ‘estado de harmonia e fraternidade’ podem ser classificados como partes de uma só categoria, que diz respeito às relações entre os homens. Chama-se a isso ‘ecologia social’ ” (WEIL, 1990, p. 27). Se o sujeito não canaliza o construtivo, o destrutivo automaticamente toma posse e opera desgraças, porque o destrutivo tem o ímpeto de sair das profundezas. Escolas, jornais, televisão, cinema, teatro, informática e todos os veículos mais modernos seriam convidados a participar dessa reeducação das sociedades, com o objetivo de mudar efetivamente o plano das atividades coletivas. Esse é também um dos focos de ação da Unesco

(WEIL, 1990, p. 27). Os ciclos se repetem. E o caso do Rio – entre milhões de outros e com outrem – é prova cabal. “Assim, não pode haver verdadeira paz no plano pessoal quando se sabe que reinam a miséria e a violência no plano social ou que a natureza nos ameaça com a destruição, porque nós a devastamos” (WEIL, 1990, p. 30).

Para fatos como o do Rio, precisamos pensar na “base”, na infância. Se o sujeito retém determinadas emoções – cedo ou tarde – aquilo tudo explode. Tudo o que não é resolvido na base se torna, inclusive, algo repetitivo, o que abre margem para espelhamentos. Espelhamentos que podem influenciar o surgimento de casos similares, tais como os dos pais que jogam crianças pela janela. A paz como um estado de harmonia interior, resultado de uma visão não fragmentada do saber. É uma tese de natureza espiritual, ligada às grandes tradições da humanidade, como aos recentes trabalhos da psicologia transpessoal. Caracteriza-se por ser inseparável do amor altruísta e desinteressado (WEIL, 1990, p. 29).

Para evitar o fato lamentável do Rio era preciso tudo: melhor educação, acompanhamento psicológico, atividades terapêuticas escolares, artes, filosofias, poesias, melhor condição econômica, oportunidades e atividades amplas de participação. “Dividimos arbitrariamente o mundo em territórios, pelos quais matamos e morremos”, (WEIL, 1990, p. 20). E isso implica – e nós queremos que implique! – que a mesma ‘camada’ fundamental do inconsciente é o próprio universo. O sol, a lua e as estrelas, as montanhas, as nuvens e as águas, e até os automóveis, os aviões, e os trens, são, efetivamente, parte do ‘conteúdo’ do nosso inconsciente básico (WILBER, 2007, p. 120).

O Brasil é repleto de dejetos de uma mentalidade de que remediar é mais barato do que prevenir. Mas os fatos mostram o contrário cada vez mais. E no caso da escola pública do Rio não é diferente.

Referências bibliográficas: WEIL, Pierre. A arte de viver em paz: Por uma nova consciência e educação. Tradução de Helena Roriz Taveira e Hélio Macedo da Silva. São Paulo: Gente, 1993. WILBER, Ken. O espectro da consciência. Tradução de Octavio Mendes Cajado. São Paulo: Cultrix, 2007.

Juliano Sanches é jornalista e palestrante casadojulianosanches.blogspot.com julianoluis@ig.com.br


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Água: reaproveitar e usar bem é bom para todos

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Constelações sistêmicas: um novo caminho de cura Tendo como base o pensamento sistêmico e o princípio da ressonância mórfica, as constelações revelam que dificuldades e limitações, em diversos aspectos da vida, podem ser reflexos de fatos ocorridos com outros membros da família, inclusive em gerações passadas. Esse trabalho conduz a transformações profundas, até em crianças, nos chamados “emaranhamentos sistêmicos”, com resultados surpreendentes nos relacionamentos, autoestima, bloqueios, traumas, doenças, fobias, vícios, na área profissional e muitos outros campos. Em diversos países, esse método tem sido utilizado por grandes corporações em conflitos, contratação de pessoas, fusões, lançamento de novos produtos, terceirização, etc. Praticadas no Brasil há poucos anos, as constelações familiares e a consultoria sistêmica (organizacional) têm substituído muitas abordagens tradicionais, por equili-

Paulo Costa

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sociedade brasileira possui, como forte traço cultural, a dificuldade de planejar e poupar recursos, econômicos e naturais, traço esse que costuma trazer dificuldades ao país, no futuro. Isso também ocorre quando está em questão um bem natural cada vez mais escasso, a água: utilizá-la de forma racional e implementar medidas legais visando a estimular a captação das águas das chuvas são ações que trazem forte impacto positivo, econômico, ambiental e até de auxílio à prevenção de enchentes. As grandes cidades brasileiras, nas quais as fortes chuvas são a causa de constantes enchentes e alagamentos, são justamente os locais onde o problema da falta de água potável poderá se agravar nos próximos anos. Justamente devido a esses problemas, que não exclusivos do Brasil, a ONU definiu como tema de seu World Water Day 2011 “Água e Urbanização”. A intenção é chamar a atenção para a importância dos recursos hídricos em um contexto de rápida urbanização – segundo dados do organismo, a cada segundo duas pessoas são incorporadas à população urbana. Na América Latina, 77% dos seus habitantes vivem nas cidades e as taxas de urbanização continuam crescendo. “A relação entre a água e as cidades é crucial. Cidades requerem grandes quantidades de água fresca/potável e, por outro lado, geram grandes impactos nos sistemas de água limpa”, alerta a ONU, lembrando que enchentes, secas e outros eventos extremos, derivados das mudanças climáticas, também podem afetar a qualidade da água nos próximos anos. As grandes oportunidades nesse contexto estão relacionadas ao aumento da reciclagem e do reuso da água e do esgoto, por meio de tecnologias mais eficientes. A captação da água na própria cidade, por meio de sistemas de reaproveitamento das águas das chuvas, também são vistas como solução para o problema do abastecimento futuro. Apesar da grande incidência de chuvas em boa parte no Brasil, são poucas ou quase inexistentes as iniciativas para a captação das águas das chuvas nas cidades. E, para piorar, por aqui a água potável é utilizada para fins menos nobres, como em descargas sanitárias, lavatórios, para lavar pátios, regar jardins, etc. Essa realidade precisará ser repensada. A captação das águas pluviais nas edificações, especialmente em prédios, funciona como “piscininhas”, reservatórios que ajudam a diminuir bastante a quantidade de água que corre para córregos e rios em prazos muito curtos e em grande volume, causando as enchentes. Há diversos sistemas possíveis de implantação que, ao mesmo tempo em que solucionam a questão do uso da água potável para fins menos nobres, podem ser um aliado na mitigação de problemas causados por fortes chuvas, como alagamentos e enchentes.

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No Brasil, há muito o que melhorar na relação entre cidades-abastecimento de água. Faltam conscientização, medidas para evitar poluição e incentivos para o uso racional da água, como a substituição de equipamentos hidrossanitários por produtos economizadores de água, que permitem economizar quase 70% comparado ao consumo dos produtos obsoletos e gastadores. Cidades dos Estados Unidos, como Nova York e Houston, por exemplo, já implantaram com sucesso programas de incentivo à adoção de equipamentos racionalizadores do consumo de água. E, claro, estamos ainda longe da desejada universalização do saneamento. O uso racional da água, além de permitir economia nas contas mensais de saneamento, com a diminuição das contas também é peça importante ambientalmente, uma vez que menos consumo é igual a menos poluição e traz o benefício adicional de evitar a construção de novos reservatórios e adutoras, que provocam desmatamento e, assim, destruição de parte da flora e da fauna. O País já dispõe de tecnologias e equipamentos de ponta para a implementação de programas de uso racional da água. Precisa haver estímulo legal à sua adoção, com benefícios fiscais, por exemplo, aos que trocarem equipamentos hidrossanitários gastadores por outros, economizadores. E é essencial que os responsáveis pela aprovação de leis em âmbito municipal, estadual e federal, vereadores, deputados estaduais e federais e senadores, comecem a pensar com maior seriedade nessa questão e proponham textos legais que estimulem o uso racional da água e a captação de águas pluviais. A sociedade só tem a ganhar com essas medidas. E o meio ambiente certamente ficará muito grato. Paulo Costa é diretor da H2C, empresa de consultoria e planejamento de uso racional da água membro do Green Building Council Brasil

brar/curar não apenas os sujeitos, mas o sistema e seus vínculos. É fácil visElisete Zanlorenzi lumbrar a imporFormação internacional em Constelações Sistêmicas tância da pedaFamiliares, Organizacionais, Estruturais, para a área gogia sistêmica educacional, e em PNL. (constelação em Certificação em treinamentos com Bert Hellinger. escola) como for- avançados Doutora em Antropologia (USP), com 22 anos de ma de harmonidocência universitária. zar as relações, Especialização em Psicologia Transpessoal e Psicologia lidar com o bulAnalítica de Grupo lying, facilitar a cooperação, o aprendizado e criar um ambiente de respeito. No âmbito pessoal, as constelações têm sido procuradas, cada vez mais, por pessoas que já experimentaram outras abordagens para tratar de problemas emocionais e físicos e encontraram aí soluções simples, eficazes e rápidas para questões bem complexas.

MANDALA PARA PINTAR - SANDRA SONSIN CANDELLO -

Mandala é um termo hindu que significa círculo. Usada para a meditação, é uma forma divertida de acalmar a mente e exercitar a criatividade


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ABRIL/2011 Divulgação

CULTURAZEN Silvia Lá Mon

Saulo Braga e Juliana Perna prestigiaram Joaquim Zailton Motta (esq.) no lançamento de novo livro do especialista em sexualidade

Ex-mestres são homenageados durante as comemorações de 50 anos da Ordem Rosacruz em Campinas, dia 26 de março Silvia Lá Mon

Silvia Lá Mon

Jurandir Bonomi e Patrícia Lacombe na inauguração da nova sede do instituto que leva o nome da fisioterapeuta

Renata Podolsky e Sílvia Quirós, organizadoras da Casa Cor Campinas, no coquetel de inauguração da mostra

Silvia Lá Mon

Luiz Antônio Trevizani ladeado por Miriam e Jeany, proprietárias do espaço MaeveDux, onde o terapeuta ministrou palestra sobre numerologia cabalística

Silvia Lá Mon

Silvia Lá Mon

Silvia Lá Mon

O advogado Jorge Ribeiro da Silva Junior durante palestra sobre assédio moral e sexual no Grupo de Estudos sobre o Amor (GEA) Silvia Fleury esteve em Campinas para ministrar mais uma palestra sobre a técnica do EMF - Malha Cósmica

Eunice Rodrigues Pontes durante evento em homenagem ao Dia da Mulher na Academia Campinense de Letras


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Recanto do Poeta Ao som de uma música antiga Não me perguntes se te amo. Olha bem dentro de meus olhos. Eles te fitam como se gritassem dentro de mim: - Eis tua gata sempre em cio. Tenho sede de ti, tenho orgulho de ti, oh! meu pequeno menino grande. Toma-me eu teus braços. Dança comigo ao som dessa música cigana que me invade a alma de poeta, esparramando em versos o amor que por ti eu sinto. Rodopia comigo nesta sala de janelas abertas para as ruas onde perambulam vagabundos, e vadias em noites de luar. E tu onde estás? Inteiramente dentro de mim, possuindo-me pela força de um amor que eu não sei se existe em ti, mas cresce cada vez mais e, silenciosamente, dentro de mim.

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Efeitos do amor Conversas insanas, Incertas... Profanas! Defesas seguidas: eternas feridas! D’escombros de amores... Estilhaços... de dores... Palavras lançadas... Flechas calcadas! Ataques constantes, São dores incessantes! Defesas são muros... Escudos, ... escuros! A cura existe: de amores... consiste! Quem ama perdoa... esquece e se doa! O amor realiza, ... permite a conquista! O amor alimenta... ... na alma; adentra! O amor não se mede... Se sente... não pede! O amor é assim: Se alinha... Se aninha... Se ajeita... Caminha... Na alma pequena... Eterna... serena... Agora então, sim: ... eu por você... e o amor cá em mim!

Arita Damasceno Pettená

Juliana Perna

Amor, sonho e luz

Em tempos difíceis Robert E. Daniels, F.R.C.

Em tempos difíceis as técnicas místicas têm seu maior potencial de sucesso. Quando a vida está muito cômoda, alcançamos pouco êxito na aplicação dos princípios que podem produzir as circunstâncias que desejamos estabelecer em nossa vida. Mas quando nos defrontamos com emergências e problemas difíceis, a aplicação de princípios místicos é mais poderosa, de modo que resultados quase milagrosos podem ser observados. Isso deve nos trazer a confiança e a certeza de que o Cósmico se predispõe a trabalhar em nosso favor durante momentos de grande necessidade. O viver em harmonia com o Cósmico requer mais do que simplesmente meditar por alguns minutos, todos os dias, e ler literatura mística. Implica levarmos uma vida mística, vivendo segundo as condições que ela de nós exige. Estas condições consistem em

que devemos nos tornar tão tolerantes como o Cósmico, tão mentalmente abertos como o Cósmico, tão amorosos como o Cósmico, e igualmente abrangentes ou universais em nossos pensamentos e conduta. O Cósmico, como sabem os Rosacruzes, é Deus em ação por todo o Universo. Se em nossos pensamentos e em nossa conduta somos preconceituosos, egoístas, invejosos, ciumentos ou dados ao ódio, nenhuma harmonia com o Cósmico pode existir, mesmo que nos entreguemos a estes sentimentos inarmônicos apenas ocasionalmente. O ritmo central do nosso viver diário deve ser bondoso, amoroso e generoso, cheio de nobre exaltação e compreensão solidária. Passou a fase em que meramente lermos acerca da vida mística terá algum valor. Devemos transformar a teoria em prática, todos os dias, senão perderemos a oportunidade de um ciclo. www.amorc.org.br

A Loja Rosacruz Campinas realiza todo segundo sábado do mês, às 14h30, uma meditação aberta a não membros Sexta-feira, 15/4, às 20h: Palestra pública - “A Lei do Amor” Biblioteca: atendimento aos sábados, das 14h às 18h

Nos braços da via láctea, um aglomerado de astros, manto estrelado cintilante. Ali, edifiquei um ninho encantado para o nosso amor. Sonhos deslumbrantes, pelo cosmo vagando enfeitiçados, com a nossa paixão alucinante. Na vastidão, suspensos, impregnados de amor, unidos vamos flutuantes. Em peregrinação, nos teus braços, usufruir a sólida união, gerada com amor, pelo criador. Profunda e irradiante, pelo espaço magnífico de luz continuarão; e assim continuará, o nosso amor. Geni Fuzato Dagnoni

Loja Rosacruz Campinas AMORC

Rua Nazaré Paulista, 690 Atendimento ao público: sábados, das 14h às 18h30 - Tel.: (19) 3203-9979


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Yoga Interior PATRICIA ANDRADE VARELA ticiavarela@gmail.com

A alimentação como caminho O alimento é tema da vida diária de cada encarnado, seja em uma dieta vegetariana, carnívora ou simplesmente libertina. O ponto é que bem mais do que comemos nos nutre e nossa relação com o tipo de alimento – de toda ordem – que buscamos ingerir em corpo e alma deflagra nossa maturidade emocional e espiritual. Tantos entre nós comem em excesso o que é tóxico ao corpo ou ainda que, preocupados com sua saúde, são inconsequentes com a “mãe terra” e vivem existências egoístas, sem sustentabilidade alguma, degradando em nome de sua subsistência o dadivoso presente do físico. Alimentados de culpa, raiva e tantas outras emoções subversivas, poluem rins e fígado, sempre alheios do somatizado, como se meras vítimas de doenças – que são geradas e, graças a Deus, curadas também, por cada um de nós. Sim, a carne não é maldição onde os deuses de nós se divertem, mas uma dádiva ao espírito merecedor que traz em uma de suas lições o respeito pelo seu aparelho. O corpo é um caminho. A alimentação, portanto, outro. A ayurveda, medicina indiana, assim como Hipócrates, pai da medicina, sugere a farmácia nas nossas cozinhas, o remédio no jardim, na horta, na planta! E para esse fino estudo convido para mais um retiro de ioga que traz todo este contexto como tema para uma vida literalmente mais gostosa, temperada e – pasmem – espiritual também! Porque não há o que seja feito ao invólucro que não seja compactuado pela alma. Alimentemo-nos saudavelmente, no sentido mais abrangente da proposta, lembrando sempre que “nem só de pão vive o homem”. Consultem para retiros de alimentação, desintoxicação e jejum. Bom apetite!

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Pensamentos de

Padre Haroldo Oração contemplativa Várias pessoas reclamam que não sabem rezar. Mas, na realidade, é muito fácil. Temos que rezar mais com o coração do que com a cabeça. Acentuam-se o silêncio, a respiração, o relaxamento dos músculos, a pacificação do nível sentimental-emocional, a concentração e a oração com o corpo. A oração nos ensina o controle da mente e o uso da imaginação. Deus mora de uma maneira especial em nosso coração, porém, com as tensões e com o corre-corre da vida, não tomamos consciência dessa presença. Relaxando, nos damos conta da presença de Deus vivo dentro de nós. Assim como quando abrimos a janela num quarto escuro e vemos a luz, assim também abrindo os olhos e os ouvidos do coração, encontramos Deus. Da mesma forma que quando expostos ao sol da manhã ficamos mais saudáveis, assim quando ficamos em contato com o Deus-Vivo temos uma vida mais salutar, de onde resultam atitudes corretas, reações certas e efeitos positivos. Sim, a oração alcança para nós o poder de Deus e nos dá força para viver a sua vontade. Usando a imaginação, pela visualização das coisas de Deus na oração, conseguimos mais habilidade para resolver problemas. Isso causa admiração aos pe-

ritos das ciências, das artes e da medicina. O homem não pode atingir a Deus só com o intelecto. Ele é ajudado, nessa tarefa, pelo uso correto dos sentidos, da intuição e do coração. Usando corretamente todas as suas faculdades na oração, o homem, com a Graça Divina, alcança o poder ilimitado de Deus. Oração é um caminho para Deus que dá descanso, ensina a eliminar ansiedades e tensões que provocam a pressão arterial alta. Reduz o hábito de fumar, beber e usar tóxicos. Ajuda a relaxar durante o dia e a dormir bem à noite. Faz com que a pessoa se torne mais alerta e saiba escolher o que é mais importante na vida. Reafirmo o valor e o poder da oração e contemplação. Sobretudo, levam a pessoa a andar na Santa presença de Deus Pai, Abbá, do Cristo Cósmico, Jesus, e ser vitalizado no poder santificador do Espírito Santo. Que Maria, a qual contemplava todas as coisas, seja nossa Mestra na arte e ciência da oração e contemplação. Haroldo Joseph Rahm é presidente de Apot – Instituição Padre Haroldo – para alcoólatras e toxicômanos Tel.: (19) 3794-2500 – Campinas hrahmsj@yahoo.com

A importância da Academia de Letras na transformação do ser humano T

ranscorria o ano de 1970. da Cultura”, foi crescendo. Ora ministrando aulas de Chegou a 1 milhão de habitanlíngua portuguesa, ora de lites. Mas o que são 80 nomes teratura, corríamos diariapara um município que é um mente as classes da mais que dos maiores em densidade decentenária Escola Normal mográfica, além de comportar Carlos Gomes. De repente o algumas universidades, inútelefone toca. É Luso Ventura, meros centros culturais, entium nome consagrado como dades outras direcionadas para as letras e para as artes? jornalista, como poeta, como Arita Damasceno Quanta gente do lado de fora escritor. E é dele que parte o Pettená quando, merecidamente, deconvite: “Estamos fundando veriam estar, não só pronunuma nova Academia. E queremos você conosco.” E quando dizemos “no- ciando palestras sobre nossos vates, nosva” é porque já existia na cidade a Acade- sos valores culturais, nossos heróis, mas mia Campinense de Letras, um dos espa- passando, sobretudo, para as novas geraços culturais mais bonitos do Brasil. De ções, os princípios que regem a soberania pronto aderimos à ideia. É que, não de há do país, as causas pelas quais devemos lumuito, havíamos sido premiadas em con- tar, as coisas que nos fascinam, como hocurso de poesia, e capacitadas nos acháva- mens e como cidadãos. E foi olhando tudo isso, e foi descomos para abraçar a causa. E foi assim que surgiu a Academia Campineira de Letras e brindo a cada passo indivíduos de alto coArtes. Com duas Academias agasalhando nhecimento nas letras, nas artes e nas ciimortais, o jornal passou a publicar, todos ências, que fundada foi a Academia Campios domingos, suas produções, quer em neira de Letras, Ciências e Artes das Forças contos, crônicas e poemas. Estava dado Armadas, a única no Brasil até o momento. mais um passo na concretização dos deva- E por que das Forças Armadas? Simplesmente porque, se adentrarmos neios de nossos acadêmicos, quais sejam o de se tornarem conhecidos por suas o- no histórico de cada uma delas, veremos bras. Campinas, conhecida como “Cidade que objetivos, estatutos, regimentos inter-

nos em muito se assemelham, mas, quanto aos seus integrantes, dificilmente veremos homens que ostentam estrelas, que vestem farda, delas façam parte quando há verdadeiros gênios nas fileiras do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e outras corporações similares. Conhecido, pois, o histórico de nossas Academias, traçado o perfil de nossos acadêmicos, partamos para a foto em preto e branco do que ocorre em suas quatro paredes. Mudaram muito, muito mesmo. A princípio preconceituosas, hoje deparamos com mulheres, não só como membros, mas algumas até presidindo-as em pé de igualdade com o homem. Isto já é uma prova cabal de transformação do ser humano. É entender – e custou muito – que a mulher, considerada sexo frágil, está em pé de igualdade com o sexo oposto em seu ato de criar, em sua sensibilidade, porque inteligência e argúcia nunca lhe hão de faltar no trato com a matéria-prima de suas produções. Na verdade, aquele velho conceito de que as Academias serviam apenas para se tomar chá e para bate-papo entre seus pares, isto já é coisa do passado. Hoje, nossos acadêmicos não só partem para estabelecimentos de ensino, universidades, como também recebem alunos de escolas, quer sejam do

Estado ou particular, ocasião em que, num verdadeiro intercâmbio cultural, mestres da palavra, autênticos formadores de opinião, passam as suas experiências, e os educandos demonstram seu interesse questionando-os a cada instante. Que mais fazem nossas Academias? Lançam, periodicamente, concursos abertos ao público, em todos os gêneros literários, descobrindo valores até então mergulhados no anonimato. Nos espaços de nossos sodalícios, ainda, programações de alto nível cultural com sessões lítero-musicais, exposição de artes plásticas, lançamento de livros, não só dos ocupantes das cadeiras, mas para outros artífices da palavra. Ainda desses logradouros públicos, quantas excursões saindo em busca das raízes de nossa história. Quantos a pesquisar in loco a Genesis de um povo. Quantos a fazer de seus sonhos, como arautos de um mundo novo, um caminho onde a palavra é a arma mais poderosa a transformar, sempre e sempre mais, seres outros que comungam dos mesmos ideais. Arita Damasceno Pettená é presidente da Academia Campineira de Letras, Ciências e Artes das Forças Armadas aritapettena@hotmail.com


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Cuide do seu jardim por Carol Ribeiro

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padrão básico de organização da vida, que o físico teórico Fritjof Capra define como A Teia da Vida é um ensinamento fundamental que vem sendo resgatado na sociedade atual, possibilitando o nosso religamento com a natureza. “Uma vez que a característica mais proeminente da biosfera é a sua capacidade inerente de sustentar a vida, uma comunidade humana sustentável terá que ser planejada de maneira tal que os seus estilos de vida, tecnologias e instituições sociais respeitem, apoiem e cooperem com a capacidade inerente da natureza de manter a vida.” (Capra, 1995, Prefácio) Necessitamos conhecer para preservar a integridade dos grandes ciclos ecológicos ao qual estamos inseridos. Existem muitas maneiras de conhecer a natureza e aprender com sua sabedoria. Uma delas pode ser a prática da jardinagem. Através dela nos conectamos ao essencial em nós mesmos, estabelecendo um vínculo emocional com a terra. Cuidar do jardim é uma prática revigorante e terapêutica, que nos permite ao mesmo tempo, sermos cuidadores e nos sentirmos cuidados, pertencentes a essa grande teia da vida. Passar alguns momentos do dia no jardim, contemplando o belo e o harmônico na natureza, pode nos trazer um profundo

sentimento de paz e plenitude, restabelecendo valores de amor e respeito à vida. Observar o desenvolvimento das plantas, flores, pássaros, insetos, borboletas, suas cores e perfumes... Ativar e ampliar nossos sentidos, proporcionando-nos diferentes sensações que levaremos conosco ao longo do nosso dia. Por meio dessas experiências, tomamos consciência de que fazemos parte dessa teia e estamos inseridos num ecossistema; numa paisagem com uma flora e uma fauna características; num determinado sistema social e cultural; e mais ainda, num imenso complexo planetário, dentro do vasto universo que rege a orquestra da vida. A experiência da jardinagem pode nos proporcionar uma percepção do lugar a que pertencemos, e do qual devemos cuidar. Além disso, diversos estudos científicos comprovam os efeitos benéficos da jardinagem sobre a saúde. Quando praticada de forma habitual, aumenta a flexibilidade, reforçando as articulações do corpo; reduz a pressão arterial e o estresse; relaxa os músculos; revitaliza a energia, trabalhando vários quesitos físicos do corpo como andar, abaixar, levantar, cavar, enterrar, dentre outras inúmeras ações, que ajudam a queimar calorias. É também bastante recomendada e utilizada na reabilitação de pacientes com problemas físicos e mentais. Por isso, aproveite seu dia! Cuide do seu jardim... Cuide de você e de todos à sua volta! Dessa forma estaremos contribuindo para o cuidado e a preservação do nosso planeta

A arquiteta e paisagista Carol Ribeiro no jardim Átrio do Bem-Estar (detalhe à direita), ambiente da Valinhos Decor 2011 Terra. Como já dizia o grande poeta Mário Quintana: “O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você...” Referência bibliográfica: Capra, Fritjof. A Teia da Vida - Uma Nova Compreensão Científica dos Sistemas Vivos. São Paulo: Ed. Cultrix, 1995.


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Momento de Reflexão

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ASTROZEN

JOÃO BATISTA SCALFI scalfi@terra.com.br

SÁTÎT JOTÍ star_ethos@yahoo.com.br

A família universal A missão dos pais em todas as espécies é sempre proteger os filhos, quando estes ainda estão ensaiando os primeiros passos, para as futuras experiências e predomina o instinto da preservação da vida. Nas criaturas humanas acrescentam-se o sentimento e a razão ao impulso primário, estabelecendo-se os vínculos nobres da família com objetivos nos relacionamentos sociais. A família é a célula central da sociedade, cujo êxito depende do equilíbrio da mesma. Num sentido mais amplo, os seres se encontram e formam grupos afins, entre pessoas simpáticas, que se identificam, facilitando a concretização de metas elevadas traçadas no plano espiritual no processo de evolução pessoal e coletiva. Quando a intemperança, a imaturidade psicológica ou o desequilíbrio perturbam um de seus membros e quebra a harmonia do grupo, impossibilitando a convivência deixando sulcos morais profundos. Estes seres reencarnam-se numa próxima vida, que resultam em antipatias e animosidade, dando motivos a graves problemas de relacionamento. A justiça Divina os coloca no mesmo grupo, para uma nova oportunidade com a finalidade de renovação dos sentimentos, tendo na família um laboratório, uma escola, que através do tempo se processará a união, a amizade e o bem, caso contrário, se não se ajustarem nesta existência, terão que voltar a conviver juntos até que as desavenças sejam sanadas. É através dos laços da família que os seres aprendam na convivência, para uma sociedade mais justa. Os pais devem ajudar os filhos no seu desenvolvimento intelectual e moral, para fazê-los progredir. Pensai que a cada pai e a cada mãe Deus perguntará: que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Os filhos têm a responsabilidade de amparar seus pais na velhice e na doença. Os verdadeiros laços de família não são os da consanguinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos que unem os espíritos antes, durante e após a sua encarnação. Foi nesse sentido que Jesus quis dizer, quando reunido com uma multidão e foi avisado: vossa mãe e vossos irmãos estão lá fora vos chamando. Ele respondeu: quem é minha mãe, e quem são meus irmãos? E olhando aqueles que estavam ao seu redor disse: eis minha mãe e meus irmãos, porque todo aquele que faz a vontade de Deus são meus irmãos (São Marcos cap. III v. 20, 21,31 a 35 e São Mateus cap. XII, V. 46 a 50). Estas palavras ditas por Jesus não foram no sentido de falta de afeto para com sua mãe e seus irmãos, mas para deixar um ensinamento que perante Deus somos todos irmãos. A família universal é a união de todos no sentido mais amplo do amor ao próximo, a caminho da evolução. Fontes: Divaldo Franco/ Joanna de Ângelis Evangelho: (Allan Kardec) João Batista Scalfi é presidente do Educandário “Deus e a Natureza”, de Indaiatuba www.educandariodn.org.br

Ação com sabedoria Para você conseguir aproveitar ao máximo o mês de abril, é importante que entenda como é o signo de Áries, pois nesse período suas características serão expressas por pelo menos cinco planetas – Urano, Marte, Mercúrio, Júpiter e Vênus, além do Sol. Áries é o impulso inicial, quando você nasce para algo. Quando vem o ímpeto de se soltar de algo. Apesar de abrir caminhos, não se preocupa se outros o acompanham. Se alguém o seguir, ele fica feliz, mas não tem está preocupação. Pode até ser considerado meio egoísta, mas de fato é focado em seu processo de se libertar de algo e isso é tão vital que muitas vezes não mede as consequências nem planeja. Por isso, literalmente bate a cabeça. Nesse seu afã por independência, nascer pra algo, se libertar, pode desencadear guerras, discussões, brigas, que na sua maioria acontecem por falta de segurar o impulso inicial e de refletir um pouco mais. Suas ideias são aliadas a ter uma ação, mas ainda sem reflexão. Em sua melhor forma, é o pioneiro, desbravador. Nem que para isso tenha de fazer uma trajetória solitária.

Com esse mesmo ímpeto, pode se envolver em casos amorosos, outra área em que esse fogo vital se manifesta e é passível de contendas e confusões. Ou seja, Áries é irriquieto e quer circular e experimentar. É a vida em seu aspecto inicial. Com vários planetas neste signo, é importante observar os impulsos, ideias, ações, insights e direcioná-los de forma a obter o seu melhor. Gás não vai faltar, aproveite-o bem. Use de sabedoria para aproveitar tudo. Perguntese: como será esse projeto para o outro? Como torná-lo real? Claro que com tanto fogo disponível há tendência de sair para ação sem pensar, mas é nesse momento que deverá usar outros recursos, para ser mais certeiro. Destaca-se no período entre 10 e 11 de abril. São dias em que poderá fazer uma virada, o que exigirá um nível de atenção normalmente não presente em seu dia a dia. Pode se sentir mais tenso, pressionado, dentro e fora de você. Respire! Se se sentir sem saída, respire de novo e faça a adequação necessária, com calma. É uma oportunidade única. Faça bom uso dela e transforme sua vida. Bons projetos!


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Líricas Bulhufas MARCELO SGUASSÁBIA

Você nem queira saber I “Só sei que nada sei”. Pra se saber um por cento do que é preciso seria preciso mil quinhentas e noventa e seis vidas de oitenta anos cada. A conta é essa por enquanto, amanhã aumenta, depois de amanhã nem se fala. Há um e-mail marcado como não lido, faz 15 dias. Leio e fico sabendo que lá se foi um camarada meu, dos idos do rolemã e dos cachorros amarrados com linguiça. Acendo mentalmente uma vela e tomo um trago à sua saúde, ou no caso, à falta dela. Fica até chato ligar agora pra família depois da missa de sétimo dia. É essa pressa maldita, besta nervosa em que se monta e se galopa sem sela, no desajeito. Desculpe aí, meu amigo. O que faltou ser dito fica pra outra encarnação, tá certo? Isso eu juro pra você.

II Todo conhecimento do mundo é atualizado a cada cinco anos. Não sei mais onde nem quando li isso, mas se sair pesquisando vou perder tonéis de infos que correm na raia 3 e chegam em cima da hora, breaking news extra-extra, plantões do Jornal da Globo e os outros 235 canais que clamam pelo meu zapping, mendigando uma parada que justifique a assinatura. Mas aí toca o telefone, aí o jantar tá na mesa e aí a mesa é só um adereço, porque já me adianta a vida se der pra comer de pé. Por favor, me quebra essa, eu não tenho o dia todo e você sabe bem disso. No olho do sobressalto, o jeito é partir voando. Pode ir na janelinha, no caminho eu explico tudo.

III A urgência de ler O Ócio Criativo, aquele livro que fala da necessidade vital de fazer coisa nenhuma. Tenho muito o que fazer antes de pôr as mãos nele, que encabeça uma pilha de 80 centímetros

de livros, que por sua vez faz as vezes de criado-mudo para o copo d’água e o lexotan. É que acordo sempre no meio da madrugada assustado e suando frio, na ânsia de precisar saber o que não é possível saber por não haver tempo hábil.

IV Basculante de spams sendo despejado. Agora não. Blogs sendo atualizados. Depois, quando baixar a poeira. Só que a poeira aumenta porque o galope aperta. Revistas, resenhas de fôlego, imperdíveis que se perdem. Não deixe o inadiável pra logo mais. Sem querer cobrar, mas já cobrando, há mil lugares que você precisa conhecer antes que se despeça do mundo. Mil filmes que você precisa ver de qualquer jeito, irremediavelmente. Antes que seja tarde, antes que algo mais grave impeça, antes que uma merda de um Parkinson se instale precocemente, antes que o depois chegue de uma hora pra outra e seja o sujeito que rapte, e faça refém e mate no esconderijo sem mesmo pedir resgate.

V Estabeleça prioridades: primeiro os clássicos, sempre. Mas pensando bem eles que esperem, afinal são clássicos e venceram a prova do tempo, essa coisa que lhe, que me, que nos falta. Continuarão sendo clássicos a despeito da sua leitura, da audição que faça deles, de aplaudir ou não suas peças e seu legado à humanidade. “Só sei que nada sei”. Quem foi que disse isso mesmo? Ao Google. São Google. Tenho três minutos e meio até que o circo pegue fogo. Deve dar, tem que dar. Torça por mim, por favor.

Olá, meus amigos. Como procandomblé dá o melhor: aquilo metido, nesta edição iremos que é da terra, que vem do sacritratar das diferenças entre a fício, do seu esforço, do seu traumbanda e o candomblé em balho e daquilo que está nas suas seus preceitos e sacrifícios. condições. Você não vai fazer Quem não conhece o culum banquete para o seu convito dos orixás no Brasil, denodado no domingo e na segunda minado candomblé, acha que ficar sem força ou água, não é? o povo do santo, como soQuando você faz uma limmos chamados, louva o diapeza espiritual, estamos limpanTata Hoxiluandê bo, mata bichos e coisa e tal. do seus caminhos com semen(Pai Leandro de Ogum) Pois bem, nem o povo da umtes que os pássaros nas matas banda, muito menos o povo irão se alimentar. Os peixes irão do candomblé, tem o hábito de matar bi- comer as frutas que da mata saíram. Iremos chos e entregar nas encruzilhadas em des- ofertar aos animais. Isso é candomblé: agrapachos e oferendas para os orixás. decer a natureza pela vida que ela nos dá. Quem já não viu uma entrega para Exú Todo ritual no candomblé, antes de ser para em uma esquina ou na mata, em cacho- os orixás, tem que ser por você. O sacrifício eira? Todos os anos os terreiros filiados às é teu, a responsabilidade do zelador por federações e confederações cada vez mais ter mais intimidade e rezar, clamar e saber estão trabalhando contra esse povo que diz o remédio certo que irá beneficiar você e ser do santo. Pais e mães de santo que sua família, mas com conhecimento e restêm aprendizado, que têm ensinamentos, ponsabilidade, não depredando, deixando jamais irão poluir o rio que toma banho, a garrafas, pratos, alguidás e comidas nas água que bebe, o chão que pisa. Nossos matas e cachoeiras. Isso não é umbanda. terreiros são nossa escola, nosso aprendi- Isso não é candomblé. zado. Jamais você vai ver um zelador resA sagrada umbanda brasileira não trapeitado de santo ofertar alguma comida ou balha com os rituais do candomblé. Descoanimal em vão. nhecemos sacrifícios ou até mesmo ofertas Você, que já ouviu falar que no candom- na umbanda e, sim, os mistérios com as blé existe matança e que matamos bichos, ervas e garrafadas, e até mesmo os banhos sim, existe. Todas as reuniões que fazemos de defesa. Já no candomblé temos os riem nossos barracões são sempre uma fes- tuais de purificação e seus preceitos, que ta que realizamos por receber as pessoas chegam até 90 dias sem carne, sem sexo, que podemos ajudar no amanhã. É como sem nenhum tipo de vício, tecnologia ou você, minha amiga(o), quando recebe uma conforto. Não pode dormir na cama e sim pessoa que gosta em sua casa, faz um em uma esteira, banho gelado, sem televimonte de salada, pratos quentes, assados, são, jornal ou revista que te ligue ao mundo farofa, doces e muito mais, não é? Pois externo. Nesse tempo irá viver para seu oribem, você está fazendo um ritual de can- xá. Por esse motivo, muitos falam que poudomblé em sua casa para receber uma pes- cos aguentam levar pelo sacrifício dos vísoa que gosta, ou até mesmo em um ani- cios da alma e da carne. versário, batizado, casamento e muitas ouUm grande abraço para você. Neste tras reuniões que aqui poderíamos citar. O mês de abril começa a era de OGUM candomblé oferta aquilo que é de melhor, Nzambi nfuta auna nkosi sukula ria manzo. quando se quer o melhor, e jamais você irá Deus abençoe a todos. Que Ogum proteja querer o pior para a sua vida. Por isso, o sua casa. Nzu Hoximokumbi (Casa do Senhor Ogum), em Indaiatuba há 10 anos, não cobra consulta, numerologia e nem jogo de búzios. Tata Leandro de Ogum atende às segundas, quartas, sextas e sábados, a partir das 14h. PARA MAIORES INFORMAÇÕES E JOGO DE BÚZIOS, ENTRE EM CONTATO: nzuhoximokumbi@hotmail.com ou (19) 3875-8208 / (19) 9206-0835 / (11) 6588-6644

Marcelo Sguassábia é redator publicitário

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Pelos Caminhos do Coração INES S. MÁRTÎMS ines.s.martins@terra.com.br

Ouvidos de ouvir “Lembro a mim mesmo toda manhã: nada que eu disser neste dia me ensinará coisa alguma. Portanto se eu pretendo aprender, devo fazê-lo através do ouvir.” Esta frase, atribuída a Larry King, radialista e apresentador de TV norteamericano, nos faz lembrar que precisamos apurar os ouvidos, caso queiramos aprender na vida. O momento é de expansão virtual. Passamos horas e horas em frente ao computador trocando mensagens e dicas para uma vida melhor, acreditando que esse contato é suficiente para nos preencher. Porém, a prática nos consultórios de terapia vem mostrar que ‘ser ouvido’ é uma das maiores necessidades humanas. Todos querem e precisam ser ouvidos! Será que realmente sabemos ouvir? Entender o que os outros querem nos dizer? E, quanto aos reclames do nosso corpo? Sabemos ouvir nossas necessidades emocionais e espirituais? Será que ouvimos com atenção a natureza que nos rodeia? Enfim, nossos ouvidos estão apurados o suficiente e prontos para ouvir? O dito popular ensina que temos dois ouvidos e uma só boca, talvez para podermos ouvir duas vezes mais do que falamos. Mas, a correria da vida moderna, somada ao alto grau de estresse que envolve os indivíduos, torna o ato de ouvir difícil ou quase impossível. No mínimo, superficial. O prejuízo é mútuo: quem fala não se sente compreendido e quem assim ouve deixa escapar a oportunidade de aprender. Para ser um bom ouvinte e aprender enquanto ouve é importante ser receptivo ao que chega aos ouvidos mantendo a mente aberta e flexível. Essa possibilidade se materializa quando relaxamos e ‘apenas’ ouvimos o que nos está sendo dito. O escritor Rubem Alves brinca com o tema num de seus escritos dizendo que gostaria de oferecer um curso de “escutatória”, já que existem tantos cursos de oratória. Para o autor, parece que todos querem aprender a falar, mas, poucos querem aprender a ouvir. Somos um sistema integrado em pleno funcionamento, sábio por natureza, e a ele damos poucos ouvidos. Nossa alma tem muito a dizer e aprender a ouvila é um bom começo. Nosso corpo tem uma sabedoria inata que precisa ser ouvida para que se evitem os vários excessos contra ele cometidos. Que tal iniciar um valioso exercício de conexão consigo mesmo ouvindo o seu mundo interno? Aos poucos virá a prontidão para ouvir o próximo e a natureza, mais livre de julgamentos e de ansiosas expectativas. O resultado é a percepção de que somos todos conectados, de que possuímos necessidades parecidas e de que podemos mutuamente nos ajudar.

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Indaiatuba recebe série de peças teatrais ecológicas para crianças O público de Indaiatuba está tendo a oportunidade de assistir pela primeira vez – e com entrada gratuita – uma série de espetáculos teatrais infantis que buscam despertar a consciência ecológica. As peças são encenadas dentro da Escola Municipal Ambiental “Bosque do Saber”. A estreia ocorreu dia 27 de março com a peça Outra festa no céu, encenada pelo grupo campineiro Último Tipo. O segundo espetáculo – Coração Verde, da Companhia de Bonecos – está marcado para o dia 17 de abril, em duas sessões (10h e 14h).

A terceira peça será Dr. Plástico, criada e encenada por Dalga Larrondo. A apresentação está marcada para o dia 5 de junho, também com sessões às 10h e às 14h. Com patrocínio da Mann+Hummel, a série de apresentações faz parte do projeto Teatro nas Escolas, que promove apresentações de peças infantis para alunos de 1ª a 4ª série da rede pública. A ação é realizada pela Direção Cultura, produtora de eventos culturais de Campinas. O Bosque do Saber fica Rua João Batista D’Alessandro, 610 (Jardim do Sol).

Palco móvel no Jardim Morada do Sol Indaiatuba recebe de 14 a 16 de abril o palco móvel da quarta edição do projeto Conexão Cultural 2011 Tigre/ICRH. O projeto – que estará na Rua Dr. Nelson Nazário, no Parque Corolla (Jardim Morada do Sol) – leva gratuitamente as artes cênicas às comunidades onde uma sala de teatro é muitas vezes inacessível. Além dos espetáculos Lurdes e Mércia em as Estrelas do Oriente (grupo Caixa de Histórias) e Pepe Nuñez apresenta ‘Bom Apetite’ (Cia. Pé de Vento), o grupo local Cia Tropute Trotte estará apresentando O maior pequeno circo do Brasil, com esquetes de circo, brincadeiras educativas, abordan-

do brasilidade, imigrantes e ecologia. No dia 14, haverá apresentações às 14h, 14h45 e 15h45; no dia 15, às 9h, 10h30, 14h, 14h45 e 15h45; e no dia 16, às 9h, 10h30, 14h55 e 15h45. Ao final dos dois primeiros dias (19h) haverá também sessão de cinema com um filme escolhido pelo público. Idealizado pelo Instituto Carlos Roberto Hansen (ICRH) e patrocinado pela Tigre, por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, o projeto tem o objetivo de levar cultura, arte e entretenimento a diversos cantos do País. É voltado, principalmente, a crianças e adolescentes do interior.


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Viva Bem elianamattos@uol.com.br

BATE-PAPO

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stou acabada! Calma! Não é na vida pessoal, nem profissional, mas fisicamente! Explico. Resolvi pintar minha casa internamente. Pelo menos há dez anos aconteceu a última pintura. E por consequência, há pelo menos dez anos eu só acrescentei mais livros e mais papéis dentro do que chamo “quarto do computador”. Esse quarto foi transformado em biblioteca e escritório. Resolvi começar por ali a grande faxina do século 21. Tudo bem que com 11 anos de atraso! Comecei doando livros e mais livros. Claro que não tinha milhares deles, mas essas algumas centenas, tomavam três paredes de prateleiras. Hoje quando escrevo para vocês e a pintura terminou no dia anterior, posso ver que a biblioteca foi reduzida em 1/5, se não menos. Em compensação, algumas ONGs que estão formando suas bibliotecas, devem estar bem contentes. Sempre tive mania de colocar dentro de livros, tudo que recebo dos amigos (bilhetinhos, cartões de Natal e aniversário, fotografias de algum evento etc). Que delícia folhear os livros e encontrar coisas que já nem me lembrava mais. Até umas cartas trocadas com o famoso pintor já falecido, Iberê Camargo, eu reencontrei imaginando-as perdidas. Ainda não sei o que fazer com elas, mas foi bom ler tudo aquilo. Também encontrei uma pasta com inúmeras cartas enviadas por amigos e familiares, no primeiro ano que me mudei para Indaiatuba. Como não existiam e-mails, foi um prazer inenarrável abrir os envelopes amarelados pelo tempo (20 anos!) e ler aqueles conteúdos tão preciosos. Alguém ainda lembra que cartas eram escritas a mão? Enfim, a casa está linda, apesar de não ter uma parte do meu corpo sem dor. Foram dias de no mínimo três “dorflex” para aguentar o tranco. Claro que tudo culpa da falta de hábito de mexer o corpo, uma vez que tenho um anjo da guarda chamado Simone, que faz tudo por mim aqui dentro (e cá entre nós, ela sim que deu duro mesmo, uma vez que eu saia de manhã para trabalhar e só voltava à noite, com exceção do final de semana, é claro). E os pintores então? Gente, nunca em toda a minha vida encontrei pessoas assim. Eles – seu Odair e Pepe – quando terminavam o dia de pintura, até aspirador passavam para tirar a tinta velha que havia caído da parede, após muita lixa. Nem sempre o dinheiro é a coisa mais importante na vida de uma pessoa, não é mesmo? Nada paga a dedicação e a amizade nessas horas de “apuros”. Tentarei – sem prometer – selecionar melhor o que é imprescindível guardar daqui para frente. E como dizem os especialistas em feng shui, tenho certeza que essa mexida na energia da minha casa, doando o que não era mais importante para mim e jogando o que já era lixo, vão ser para que grandes coisas boas aconteçam. Se Deus quiser. Grande beijo!

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CONHEÇA MELHOR ESTES FRUTOS DO MAR Polvo: molusco de carne dura deve ser batido depois de limpo, para retirar qualquer areia que tenha ficado em suas entranhas. Ideal para cozimento, em ensopados e refogados. Mexilhão: chamado às vezes de marisco, esse molusco possui conchas de coloração pretoazulada. Para preparar leve os mexilhões ao fogo por alguns minutos, para que as conchas se abram. Descarte as que permanecerem fechadas. Pode ser ensopado, refogado ou cozido na água ou no vapor. Vôngole: de sabor forte, apresenta conchas de formas e tamanho variados. Devem ser cozidos e descartados os que não se abrirem. Para preparar faça como com os mexilhões. Lula: no Brasil atinge no máximo 15 cm de comprimento. De carne magra, esse molusco deve ser ensopado, refogado ou frito. Prefira sempre as menores que são mais macias. Lagosta: a mais comum no Brasil é uma espécie espinhuda e de carcaça vermelha, encontrada no Norte e Nordeste. No litoral paulista é frequente a lagosta-cavaquinho, sem espinhos e carcaça marrom escura. Crustáceo de sabor suave e delicado, a lagosta pode ser assada, grelhada ou cozida na água ou no vapor. Camarão: as espécies mais frequentes no Brasil são: sete barbas, rosa, branco e pitu (camarão de água doce). Podem ser ensopados, fritos, grelhados ou cozidos na água ou no vapor.

FORNO & FOGÃO - ESPECIAL SEXTA-FEIRA SANTA -

Bacalhau ao forno especial

Ingredientes:

Preparo:

- 1 1/2 kg de bacalhau - 1 kg de batatas descascadas e em fatias de 1 cm - 1/2 kg de tomates maduros sem pele e sem sementes cortados em quatro partes - 1 pimentão verde cortado em tiras - 2 cebolas grandes em fatias grossas - 1 colher (sopa) de alho triturado (se gostar) - 3 colheres (sopa) de salsinha picada - 150 g de azeitonas pretas sem caroço - 1 colher (chá) de pimenta do reino - 1 colher (chá) de noz-moscada ralada - 3 folhas de louro - 1 colher (sopa) de colorau - 1 cálice de vinho branco seco - Caldo de dois limões - azeite a gosto (farto)

Coloque o bacalhau de molho na véspera, trocando a água de vez em quando. No dia seguinte, afervente-o e retire peles e espinhos. Deixe lascas grandes de bacalhau. Coloque todos os outros ingredientes num refratário, menos as batatas e o bacalhau. Tempere tudo com um pouco de sal. Salgue com moderação também as fatias de batatas. Em uma travessa que possa ir ao forno, coloque primeiro uma camada dos ingredientes temperados, depois uma de bacalhau e por cima as fatias de batatas. Regue com bastante azeite. Se for o caso, faça outra camada igual, regando ao final com bastante azeite. Feche a travessa com papel alumínio e leve ao forno brando até que as batatas estejam cozidas. Retire o papel alumínio e deixe por mais 15 minutos para dourar. Sirva com arroz branco e salada.


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BEM NUTRIR Quitosana: aliada da boa forma Dados da Organização Mundial de Saúde mostram uma prevalência global de obesidade. Entre as medidas para combater o aumento da obesidade, associado à mudança de hábitos alimentares e a pratica de exercício físico, está o aumento no consumo de fibras dietéticas. A quitosana é um produto natural obtido a partir de carapaças de crustáceos, que apresenta uma alta capacidade de se ligar a gorduras, podendo se ligar de oito a dez vezes o seu peso em gorduras, é uma fibra natural de origem animal, extraída de exoesqueleto de crustáceos. Segundo Bruna Murta, nutricionista da rede Mundo Verde, a quitosana é considerada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como alimento funcional por auxiliar na redução da absorção de gordura e colesterol no corpo humano, auxiliando no emagrecimento e na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares. De acordo com a especialista, ao ser ingerida antes das refeições a quitosana se transforma em gel ao entrar em contato com o meio ácido do estômago. “Quando as gorduras ingeridas na alimentação entram em contato com o gel de quitosana, são capturadas e levadas para o intestino. As moléculas de gordura envoltas no gel não sofrem ação das enzimas digestivas e não são absorvidas sendo eliminadas nas fezes”, explica Bruna. Segundo estudos, cada grama de quitosana ingerida tem capacidade de capturar e eliminar até oito gramas de gordura ingerida, aproximadamente 80 calorias. Por esse mecanismo de ação, a quitosana auxilia não só na diminuição da gordura corporal, mas também na redução dos índices de colesterol e triglicérides. O papel da quitosana no controle de diabetes também foi estudado com bons resultados em animais. Vale lembrar que por sua origem, seu uso é contraindicado a pessoas alérgicas a frutos do mar. Os pioneiros nos estudos e pesquisas da fibra no Brasil foram os pesquisadores da Polymar nos laboratórios da Universidade Federal do Ceará e que são atualmente os donos de patentes de produção e aplicação da quitosana em alimentos.

Não adianta chorar pelo leite derramado Melissa Setubal

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omo já diz Michael Pollan, em seu livro Dilema do Onívoro, comer é algo muito complicado para os humanos nos dias de hoje. Um dia, a ciência descobre que algo faz mal pra saúde, para depois a associação de produtores daquele produto fazer lobby no governo para promover o consumo do mesmo. Você descobre uma intolerância alimentar, para depois ficar sabendo que não é necessariamente o alimento que te faz mal, mas a forma como é processado. O leite é um dos campeões em deixar a gente completamente confuso: na infância ele é empurrado nas crianças em muita quantidade por conta do “cálcio para o crescimento dos ossos”, sempre acompanhado de chocolate e açúcar. Depois, quando adultos, tem “o iogurte para seu intestino funcionar direitinho” e para “evitar a temida osteoporose”. Aí vem uma estatística que diz que cerca de 80% da população mundial não consegue digerir lactose (o ‘açúcar’ presente naturalmente no leite). E finalmente descobrimos que as vacas conseguem seu cálcio comendo folhas verdes. Hum... Daí vem a soja para salvar os coitados que não podem beber leite de animais,

os que querem fugir da gordura saturada, e os produtores de soja que não sabem mais o que fazer com o excesso de produção dessa monocultura de latifúndio. Lá vem os trangênicos e mais outro alimento, que se não bem utilizado, causa ainda mais transtorno para a digestão e também para o sistema endócrino e hormônios. Cheio de açúcar e adoçantes artificiais, claro, porque senão ninguém consegue chegar perto de tão ruim que é o gosto. No meu caso, ao descobrir por conta própria minha sensitividade ao leite e derivados, que inclui sintomas como enxaqueca e má digestão, e por simplesmente não suportar leite de soja, fiquei numa encruzilhada. Comecei a consumir os “leites alternativos” de amêndoas e

de arroz vendidos em caixinha. Só para descobrir que eles vêm carregados de conservantes, açúcar e adoçantes, e desprovido de qualquer fibra naturalmente presente nesses alimentos. Foi então que aprendi a fazer eu mesma meus leites em casa, de forma rápida, simples e conveniente, podendo conservar em geladeira em garrafa de vidro fechada por até quatro dias. Eu uso para substituir o leite de vaca em receitas, como bolos e panquecas, e também para tomar. É só pegar uma xícara de amêndoas para três xícaras de água, bater no liquidificador e está pronto! Se quiser mais lisinho porque não gosta da textura, é só coar, mas aí tira as fibras. Lembre-se de agitar quando for beber/usar. Use um adoçante natural mais suave para dar gosto. Você também pode fazer com avelãs, nozes, semente de girassol, arroz, aveia, mudando a proporção de água a gosto. Minha versão de chocolate quente favorita é usando esse leite (de avelãs para dar um gostinho “nutella”), cacau em pó, adoçar um pouquinho com xarope de bordo (maple). Fica melhor que a versão com leite, juro! Melissa Setubal é coach de saúde integrativa e especialista em saúde da mulher


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