JORNALZEN ANO 7
JANEIRO/2012
AUTOCONHECIMENTO
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nº 83
SAÚDE
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R$ 1,50
CULTURA
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www.jornalzen.com.br
BEM-ESTAR
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CIDADANIA
O JORNALZEN está completando neste mês de janeiro 7 anos de atividades e circulação ininterrupta. A edição que chega aos leitores e assinantes vem renovada graficamente e traz novidades.
BEM NUTRIR Alimentação saúdável: um hábito que pode ser cultivado Azeite – a gordura do bem
COLUNAS
PORTAL SAGRADO DARCY CIAMPA Pág. 6
TESOUROS DA VIDA JULIANO SANCHES
Pág. 19
Pág. 6 Silvia Lá Mon
MOMENTO DE REFLEXÃO
O QUE É O ZEN? Pág. 2
VIDA & SEXUALIDADE
ZENTREVISTA
JOÃO BATISTA SCALFI
Marco Schultz
Pág. 8
LÍRICAS BULHUFAS
Pág. 3
MARCELO SGUSSÁBIA
A psicóloga Sandra Sepulveda volta a escrever no JORNAZEN, desta vez em coluna que se propõe a abordar questões da sexualidade humana em suas diversas facetas e dimensões, dentro de uma visão científica e atual. Pág. 12
Pág. 13
E MAIS...
CLÉLIO BERTI ARTIGOS
Solidão
Feliz Ano Novo!
Pág. 7
Pág. 7
CÉLIS GARCIA
Freud ainda explica? Pág. 9
Faça o seu mundo melhor
Pensamentos de
Pág. 13
Padre Haroldo
ROBERTA MONTALDI
ASTROLOGIA DA ALMA
As essências florais sob a luz da ciência
Pág. 8
Pág. 15
Pág. 9
JORNALZEN nossa missão: Informar para Transformar
DIRETORA Silvia Lá Mon
EDITOR Jorge Ribeiro Neto
JORNALISTA RESPONSÁVEL MTB 25.508
circulação: Campinas, Indaiatuba, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Valinhos e Vinhedo
Redação: (19) 3324-2158 Comercial: (19) 3324-2159 contato@jornalzen.com.br www.jornalzen.com.br
JORNALZEN
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O QUE É O
ZEN? por JOSÉ MIGLIORINI
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Está presente diante da tua face, e neste instante tudo te é oferecido. (…) O Zen se afasta muito mais de nós quando tentamos explicá-lo com papel e tinta, prendendo-o numa armadilha verbal e lógica. A grande verdade zen é possuída de todos. Olha o teu próprio ser e não o procures através dos outros. Tua mente está acima de todas as formas. É livre, calma e suficiente. Eternamente se imprime a si mesma nos teus cinco sentidos e quatro elementos. Em sua luz tudo é absorvido. Abandona o dualismo do sujeito e do objecto. Esquece-os. Transcenda o intelecto. Afasta-te dele e penetra directamente no âmago de identidade da mente de Buda. Fora dela não há realidade.” (in Susuki, Zen-Budismo, p. 20 e 21. O grifo é meu) Esta é a resposta que nos é dada pelo Daisetz Teitaro Suzuki, considerado a maior autoridade em filosofia budista e em zen-budismo. Suzuki ainda nos diz que o Zen não tem nada a ver com letras, palavras, ou sutras. Só requer que te encaminhes diretamente ao ponto onde hás que encontrar a morada da paz. Quando a mente é perturbada e a compreensão incitada, coisas são reconhecidas, noções entretidas, espíritos fantasmagóricos conjurados, e os preconceitos crescem sem controle. O Zen será perdido para sempre nessa selva. Pode-se dizer também que Zen é pura originalidade, fonte constante de criação. Onde não houver originalidade criadora não haverá Zen. Suzuki, cita o sábio Sekiso (Shimshuang), o qual disse: Refreia todos os teus desejos. Deixa crescer o mofo nos lábios. Transformate numa peça de seda imaculada. Deixa que teu único pensamento seja a necessidade. Procura assemelhar-te às cinzas mortas, frias e sem vida, ou sê como um velho incensório num santuário abandonado de uma aldeia! Põe tua fé nisto e disciplina-te. Deixa que teu corpo e tua mente se tornem objecto da natureza, tal uma pedra ou um pedaço de madeira. Quando um estado de perfeita imobilidade e inconsciência é obtido, cessarão todos os sinais de vida e mesmo os traços de limitação. Nenhuma ideia te perturbará a mente. Até que, súbito, descobrirás uma luz brilhando no seio de uma alegria imensa! Segundo Watts, a especialidade do Zen é melhor descrita como uma certa forma direta de se exercer. Noutras es-
colas de Budismo, o acordar ou bodhy parece remoto e quase sobrenatural, algo que só se atinge depois de muitas vidas de esforço paciente. Mas no Zen há sempre a sensação de que o acordar é perfeitamente natural, espantosamente evidente, que poderá suceder a qualquer momento. O “acordar imediato” de acordo com o Lankavatara Sutra, citado por Watts, tem relação com uma “reviravolta” instantânea no mais profundo da consciência, pela qual são expulsos os modos de ver dualistas. No entanto, há também modos de acordar graduais que se faz pela purificação dos maculados escoamentos ou projeções (ashrava) da mente. Existe, também, uma evidente ligação entre a ideia do acordar imediato e os ensinamentos do Vajracchedika ou “Sutra do Lapidador de Diamantes”, quando lá diz, segundo Watts, que atingir o acordar não é atingir coisa alguma. Ou seja, se o nirvana existe realmente, aqui e agora, de tal modo que procurálo é perdê-lo, dificilmente poderá ajustar-se-lhe nova apreensão por fases progressivas. Há que encontrá-lo, pois, no momento presente, directamente. Esta é também a posição de Krishnamurti, em que ele diz, que não há tempo
para uma compreensão total e imediata das coisas. Se houver tempo, por conseguinte não há essa compreensão total, porque tempo é pensamento. Para ver claramente, sem nenhuma ilusão, sem que haja nenhuma distorção, tem que estar fora do tempo, sem pensamento. Também no Budismo Tibetano encontra-se uma tradição do Breve Caminho, considerado como uma rápida e íngreme ascensão ao nirvana para aqueles que têm a coragem necessária. No entanto, apesar de ser uma doutrina mais próxima da importância do Zen, atribui ao imediatismo e à naturalidade nos “seis Preceitos” de Tilopa. A compreensão do “eterno agora” acontece segundo o mesmo princípio que a clareza do ouvido e da vista e a correta liberdade da respiração. (…) não existir, concretamente, passado ou futuro. Fazer um esforço para nos concentrarmos no instante, imediatamente implica a existência de outros momentos. Mas em lado algum se podem encontrar e, em verdade, é-nos tão fácil mantermo-nos no eterno presente como, para os olhos e os ouvidos, reagirem à luz e ao som. Este eterno presente é o fluir “sem tempo” e sem pressa do Tao. No fim de seu livro, A. Lan W. Watts escreve que para irmos até ao fundo da questão, este momento só pode ser chamado “presente” em relação ao tempo passado e futuro, ou a alguém para quem está presente. Mas quando não há passado nem futuro, e ninguém para quem este momento esteja presente, o que é então este “presente”? O Autor conta que quando Fa-ch’ang estava para morrer, um esquilo guinchou no telhado. Ele disse: “É apenas isto e nada mais”. Várias passagens dos textos taoistas sugerem que a “não-mente” é o emprego total da mente. Assim, esse estado de “nãomente”, é um estado de total unificação em que a mente funciona livre e facilmente, liberta da sensação e de uma segunda mente ou ego. O Zen é um produto único da mente oriental. Sua peculiaridade consiste no seu aspecto prático e no treinamento metódico da mente, a fim de amadurecê-la num estado de satori, quando todos os seus segredos são revelados. Zazen, ou seu equivalente sânscrito Dhyana, significa sentar de pernas cruzadas em quietude e profunda contemplação. Zazen é um método prático que prevalece na disciplina espiritual do Oriente. Quando é usado em conexão com o Koan, assume forma especial e tornase um monopólio do Zen. O Koan é a característica fundamen-
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tal do Zen, como praticado atualmente no Extremo Oriente. Literalmente, Koan significa documento público ou estatuto autorizado, termo que entrou em voga no fim da dinastia Tang. Agora é usado para designar alguma anedota de um antigo mestre, um diálogo entre o mestre e seus discípulos, ou uma afirmativa ou pergunta proposta pelo instrutor, visando abrir os olhos do indivíduo à verdade Zen. Dhyana vem da raiz dhi que significa perceber, reflectir a respeito de algo, fixar a mente, enquanto dhi, etimologicamente, pode ter alguma conexão com dha, suster, manter, guardar. Assim, Dhyana significa, manter o pensamento unido, não o deixando peregrinar para longe do seu caminho, isto é, ter a mente concentrada num único objecto. O comer e o beber têm que ser adequadamente regulados. Não se deve apreciar demasiado o sono. O corpo tem de ser mantido numa posição confortável e relaxada, e o controle da respiração ritmado. A aquisição de um novo ponto de vista, em Zen, é chamado de satori (Wu em chinês). Sua forma verbal é satoru. Segundo Suzuki, sem isso não há Zen. Pois a vida do Zen principia com a abertura do satori. Satori também pode ser definido como um olhar intuitivo no âmago das coisas, em contraposição à sua compreensão intelectual ou lógica. Deste modo, qualquer que seja a definição, satori significa o desabrochar de um novo mundo até então despercebido, em face da confusão da mente dualística. Depois de uma certa caminhada nas veredas do Zen, depois destas poucas reflexões sobre o Zen, o que é o Zen, a sua prática, etc. Quem sabe, ainda alguém pode inquirir: Mas onde é mesmo que fica a morada do Zen? Talvez, alguém possa sentir-se atraído e queira fazer uma visita, ou uma visitinha, ou até mesmo passar lá por perto para dar uma espreitadela, assim como quem não quer nada, mas desejoso de agarrar alguma coisa, o que não seria um bom sinal. Mas aqui vai a resposta:
O Zen não tem moradia. Quando uma coisa tem moradia permanente, está acorrentada. Não é mais absoluta. Certa vez um monge perguntou: Onde é a moradia da mente? A mente mora onde não há moradia, respondeu o Mestre. O que significa não ter moradia? Quando a mente não mora em qualquer objecto, dizemos que ela mora onde não há morada. O que significa não morar em qualquer objecto? Significa não aceitar o dualismo do bem e do mal, ser e não ser, pensamento e matéria. Significa não permanecer no vazio, nem no não-vazio, nem na tranquilidade. Onde não há lugar para residir está verdadeiramente a morada da mente. José Migliorini é psicólogo clínico e psicoterapeuta transpessoal espacodamente@gmail.com
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ZEN ZENTREVISTA Marco Schultz
PEREGRINO DO AUTOCONHECIMENTO Professor de ioga e meditação percorre o país e lidera grupos de estudos em viagens de cunho espiritual pelo mundo
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ascido em São Paulo, crescido em São José dos Campos. Aos 16 anos de idade, foi morar no exterior (Espanha e Estados Unidos), onde desenvolveu-se pessoal e espiritualmente. Hoje, aos 42, reside em Florianópolis. A trajetória de vida de Marco Schultz pode não revelar a pessoa caseira e reservada, contradição atestada por um certo caráter cigano, que o faz viajar extensivamente pelo Brasil ministrando cursos, retiros e formações, além de satsangs – encontros dedicados à vivência de mantras e cantos devocionais. Ele também lidera grupos de estudos em viagens a importantes centros de peregrinação espiritual pelo mundo. O que move esse professor de ioga e meditação é a prece, a gratidão e a generosidade das pessoas. Formado em Educação Física, Ciência do Exercício e Letras pela Universidade de San Diego (Califórnia), Marco especializou-se em atividade de integração corpo-e-mente. Seu trabalho conquistou uma identidade, por meio do portal Simplesmente Yoga, programa de estudo e aprofundamento dedicado ao autoconhecimento. Já produziu o DVD Yoga Básico, a coleção de CDs Simplesmente Satsang, o encontro Yoga Sem Fronteiras e participa de projetos da Associação Dobem, entidade sem fins lucrativos que objetiva disseminar conhecimentos voltados ao desenvolvimento integral do ser humano, da qual é membro fundador. Marco Schultz é coprodutor de Eu Maior, documentário sobre autoconhecimento e busca da felicidade que entrevista expoentes brasileiros entre líderes espirituais, intelectuais, esportistas e artistas. Ele esteve em Campinas para buscar patrocínio para a obra, em fase de pós-produção e com lançamento previsto para este ano. Na oportunidade, recebeu o JORNALZEN, no Instituto de Yogaterapia, onde concedeu a entrevista a seguir. Como iniciou-se seu caminho dentro da ioga? Formalmente aos 18 anos, mas sempre fui um questionador, desde criança. Não me contentava em “engolir o sapo”, seja de uma questão que via na rua ou de alguma coisa que meus pais falavam. Obviamente se passa por uma fase de rebeldia, de resistência, de questionamentos críticos, enfim, saindo de uma intensidade tensa e indo para outra, mas aí a vida te ensina e é aí entra a bênção da ioga mesmo, para
Silvia Lá Mon
gente poder acolher e abraçar o denso, mas trabalhar de uma forma mais sutil, mais consciente, não reagindo, respondendo e projetando para fora, mas sim acolhendo para dentro. É interessante porque não se resolve nada do plano relativo em definitivo. Até porque é relativo e o definitivo está no campo do absoluto. Conquistas e derrotas, prazer e dor, encontros e desencontros, enfim estão aí, mas a questão do sofrimento, quando se vê o grande, tudo se dissolve. O Hermógenes coloca isso: usa do teu sofrimento, usa do teu momento e isso desde criancinha sou assim, obviamente passando por essas fases de conflitos de tentar controlar a minha vida, de tentar encontrar alguma resposta e não é nada disso, é mais: entrega, confia, aceita e agradece. Que resposta? Se vem uma resposta, o mistério está resolvido? Não. O absoluto é mistério, o imanifesto é um campo subjetivo. Então o importante é a gente começar a fazer melhores perguntas porque as respostas se resumem ao “segue marchando, irmão”. Não tem nada objetivado nesse nível da busca da alma, que é a busca do absoluto. Não tenha dúvida de que encarnar, sentir, sofrer e lidar com o combate na existência é parte palpável desse jogo, dessa brincadeira, desse processo todo. Então, isso tudo é ioga.
Tem Jesus, tem Buda, tem a Amma, Ram Das, Jean-Yves Leloup, tem Hermógenes, todos esses irmãos tão importantes para mim. Servos do Senhor, servos da Glória Maior. Facilitadores que refletem aquilo que eu busco em mim mesmo. Essa é uma característica interessante, não que seja um estilo, é sem querer, mas é uma visão bastante integrativa, ecumênica de tudo. Nunca me senti um seguidor, sempre fui um buscador e o importante é seguir com discernimento. Aí é que a ioga se chama autoconhecimento. Tem aí uma coisa de autonomia, de autorreferência de autorrealização. Por isso a ioga é tão universal. Tudo bem tu ir em tua própria tradição, tua própria crença, mas a ioga te dá sustentação para o aprofundamento nisso tudo, para gente não se resumir a um estímulo de superfície. Buscar realizar o ser. A gente não precisa falar ioga, você pode falar outro termo, porque está além do termo em si. Chico Xavier dizia que o maior presente que Deus deu à humanidade foi a ioga. Ele não tem nenhum passado formal em ioga, mas viveu uma vida de ioga. É importante a gente ter isso disponível, para sairmos do preconceito que só causa fragmentação e todos os conflitos.
“O absoluto é mistério, o imanifesto é um campo subjetivo”
Quais foram as suas referências, as pessoas que te despertaram? Desde pessoas simples que encontramos e que se tornam verdadeiros mentores e tem os grandes também.
Sua fala é colocada naturalmente e muito profundamente. As ideias vão se encaixando e nota-se que você fala de improviso. Você percebe isso como um talento seu e que usa em seu trabalho? É uma pergunta bem interessante. A sensação que tenho é que tive con-
tribuições incríveis na minha vida, de pessoas da família, da minha própria cultura, das oportunidades que a vida me deu e eu abracei. Vamos dizer que existe um cabimento para o fazer, para o dedicar-se ao estudar, para o disciplinar-se. Mas você se resumiria a essas referências e o universo da ioga, para mim, é um universo de infinitas possibilidades, um campo fértil além de qualquer concepção disso ou daquilo. Sinto-me muito à vontade, não comigo mas me desapegando de mim. E esse desapego de mim mesmo, da minha referência, até mesmo da minha intenção de fazer uma boa palestra ou de agradar as pessoas ou de ajudar o próximo, isso é limitado ao universo do ego, ainda que bemintencionado. Aí é a questão da fé. Você se entrega e de repente rola um canal e aí eu te falo que mesmo o próprio Marco Schultz em sua vida ordinária aprende, e isso é incrível. É um contexto que se a gente for tentar encontrar um termo, é um contexto mediúnico mesmo. E é um mistério incrível porque o que está se falando ali se transmite, e o que é um eco em mim, é em você. E aí é que é o suprassumo e isso me emociona. Daí o cabimento da palavra facilitador, porque tu entrega. Do contrário, sou uma pessoa superexigente, reservada, tímida, enfim, com as minhas características, sabe-se lá por quê. Como analisa o trabalho que desenvolvemos com o JORNALZEN? Acho fundamental. Uma das questões mais limitantes no nosso país é a falta de informação. Não existe somente uma forma de conceber a ioga, o dharma, o zen. Existem várias formas, então que bom que há este jornal. É importante a gente ter esse universo sustentando a qualidade, mas em quantidade no sentido de dar referências para as pessoas. É difícil às vezes a linha fina na sobrevivência no dia a dia, nos relacionamentos, mas isso é cumprir o dharma e comigo não é diferente. E é no combate que às vezes fica claro que em vez de ficar na manipulação, vou dar o melhor de mim e me abençoa assim. Que mensagem gostaria de deixar para os nossos leitores? Me vêm três palavras muitos fortes, que fazem parte da minha vida há muito tempo: amar, servir e lembrar. É uma trindade do que a ioga invoca.
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JORNALZEN, 7 ANOS
JORNALZEN completa neste mês de janeiro sete anos de atividades, com circulação ininterrupta iniciada no ano de 2005, em Indaiatuba, e chegando hoje a sete cidades da região de Campinas como produto jornalístico de referência. Esta edição chega aos leitores renovada graficamente. Segundo o editor Jorge Ribeiro Neto, as mudanças foram cuidadosamente estudadas a fim de facilitar a leitura. “A fonte dos textos foi aumentada”, informa. “Também houve uma alteração geral na tipologia e em algumas seções, mostrando que o jornal é um produto em constante aprimoramento.” Silvia Lá Mon, diretora do JORNALZEN, comemora o momento do jornal. “Ao longo destes sete anos conseguimos consolidar nossa proposta, graças à credibilidade de nossos parceiros e colunistas, tornando o veículo bastante atraente para os anunciantes”, ressalta. “O objetivo é dar sequência ao trabalho de veicular informação qualificada voltada ao autoconhecimento. Estamos trazendo novos colaboradores e teremos novidades.” A página do jornal na internet também terá mudanças que permitirão uma atualização mais ágil e atraente.
Capas comemorativas do JORNALZEN: proposta voltada à difusão do autoconhecimento consolida jornal como veículo de referência
Palestras em Campinas marcam comemoração Duas palestras para sócios e convidados, dia 21 de janeiro, no Círculo Militar de Campinas, marcarão o sétimo aniversário do JORNALZEN. O astrólogo e instrutor de meditação Ricardo Georgini, colunista do jornal, falará sobre “O ano 2012 e a astrologia”. Já o compositor Jean Goldenbaum fará palestra sobre a criação
musical seguida de apresentação da pianista e concertista Renata Albertin. Dividindo seu tempo de residência e realizando seus projetos musicais entre Brasil e Alemanha, Jean foi entrevistado na edição de dezembro de 2011 do JORNALZEN. O evento será promovido pelo Departamento Cultura do clube campi-
neiro, cuja parceria com o JORNALZEN resultou, no ano passado, em eventos destinados à terceira idade. “O Círculo Militar tem sempre colaborado conosco, viabilizando eventos de interesse da comunidade”, comenta Silvia Lá Mon, diretora do jornal. “Ficamos gratificados de participar de eventos tão conceituados.”
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O aniversariante Janeiro, nasce o baluarte da democracia e da imprensa livre. - JORNALZEN. Semeador de ideias. Lídimo defesor dos direitos do povo. Informativo judicioso, honesto e confiável. Encontramos em tuas páginas, única fonte acessível de leitura inspirada e criativa. Trincheira da liberdade de imprensa. Tem dado o melhor de si, em prol do respeito, admiração e reconhecimento, pela originalidade de ideias e personalidade de estilo. É a expressão máxima do desprendimento
e credor de toda nossa confiança, que conduz seu glorioso destino rumo ao indispensável progresso. Fatores da conquista, da confiança de seus anunciantes e fiéis leitores. Parabéns a você! - JORNALZEN, Portal da Cultura! Ao longo de sua existência, suas manchetes valorizam-se, pela excelente qualidade. Superando dificuldades com lutas e glórias, constituindo-se em um monumento à arte das letras. Geni Fuzato Dagnoni
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Uma nova etapa Considero este ano especial para o JORNALZEN, pois estamos comemorando 7 anos. Ninguém duvida que o número 7 é cabalístico. Sete cores no arco-íris, sete chacras, sete maravilhas no mundo! Rudolf Steiner, o criador da antroposofia, definiu a evolução da pessoa de acordo com a teoria do setênios, segundo a qual a cada sete anos há uma mudança significativa nos aspectos físicos, emocionais, comportamentais e espirituais. Steiner define que no primeiro setênio (0-7anos), a criança emprega todas as suas energias para o desenvolvimento de seu físico. Ela manifesta toda sua volição através de intensa atividade corporal. Nessa fase a criança tem uma grande abertura em relação ao mundo. Ela acolhe sem resistência anímica tudo o que lhe advém do ambiente em redor, entregando-se ao mundo com confiança ilimitada. Vive num estado de ingenuidade paradisíaca, num mundo em que o bem e o mal se confundem indistintamente. Durante esse primeiro setênio, a relação mais importante com o mundo exterior transcorre de fora para dentro. Numa correlação com a nossa caminhada até agora, o JORNALZEN se manifestou fisicamente, com intensa atividade, e absorvemos tudo
o que o ambiente social pôde nos prop o r c i o n a r. No segundo setênio (7 a 14 anos), a criança passa a ter todas Silvia Lá Mon as suas foré diretora do ças dirigidas JORNALZEN ao seu desenvolvimento anímico. O pensamento da criança nessa fase é nascido mais das energias do coração do que da cabeça; é um sentimento que pensa. A grande força para aprender, nesse momento, é a capacidade de vivenciar imagens interiores intensamente. Assim sendo, agora é a hora de sonhar, de experienciar os sentimentos de nossa criação com relação a nós próprios e aos outros. Passaremos pela nossa adolescência com toda a beleza e dificuldade que ela representa. E esperamos, como qualquer adolescente, termos e fazermos cada vez mais amigos e nos apaixonar muitas vezes, tendo o direito de nos rebelar às vezes. Contestar os paradigmas que não nos servem mais e, acima de tudo, usar toda a energia para transformarmos o mundo num lugar melhor.
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PORTAL SAGRADO DARCY CIAMPA HERAS - darcylch@gmail.com
2012 2012 promete ser um ano de crescimento e evolução pessoal. Cada um de nós irá passar por grandes desafios, desafios esses que irão desencadear saltos quânticos ascendentes. O tempo é de cada um... Uns levarão dias para resolver determinada situação, outros levarão meses, outros anos e assim por diante. Do que depende? Da evolução consciencial de cada um. Pessoas presas ao passado, que
trazem mágoas, ressentimentos, rancor, ódio, vão demorar muito mais, justamente por causa desses apegos emocionais, verdadeiras toxinas para o nosso espírito. Infelizmente (ou felizmente) não há mais tempo para esse tipo de sentimento. Os tempos são outros, as energias são outras, vemos e sentimos uma outra energia: energia de renovação, de crescimento de evolução! Será que vale a pena segurar emoções, conceitos, crenças... ultrapassadas? Temos a impressão que essa
PANORAMA
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bagagem nos traz segurança... mera ilusão! Esse sentimento é mais uma armadilha do nosso ego, para nos manter estacionados, presos ao “velho” e com isso deixando ir oportunidades únicas de mudança e renovação. Será que vale a pena? Será que não é chegada a hora de se soltar? De cortar as amarras que nos prendem? Nem sempre as amarras são vi-
síveis, pesadas... Algumas começam de forma sutil, discreta que nos prendem como se fossem fios tênues, quase não as percebemos porém, com o passar do tempo se transformam em verdadeiras muralhas! Vamos tomar coragem agora, neste ano tão especial, e soltar tudo que nos prende. Vamos erguer as nossas asas e lançar voo para essa nova energia de crescimento, paz e renovação!
EDUCAÇÃO & VALORES
Tesouros da Vida JULIANO SANCHES
DANÇANDO PELA PAZ O Centro de Estudos Universais realiza de 25 a 29 de janeiro, na Praia Busca Vida, Bahia, o 7° Encontro Internacional de Músicas e Danças do Mundo. Os destaques são as oficinas de danças persas e dos Bálcãs e os workshops de música e ritmos ciganos. A programação inclui sessões de relaxamento, canto, paneuritmia, alongamento, massagem, além de danças circulares e brasileiras. Mais informações: dancandopelapaz.com.br . ROCK DO BEM Em parceria com Erasmo Carlos e as editoras que administram sua obra, artistas que apóiam o movimento MudaRock vão regravar em 2012 dez sucessos de seu repertório, que serão disponibilizados para download no site www.mudarock.com.br. A cada download, uma árvore será plantada. O objetivo é alcançar 100 mil downloads para cada obra. FÉRIAS NA MATA ATLÂNTICA Crianças de 5 a 12 anos, acompanhadas dos pais ou responsáveis, poderão passar o dia 21 de janeiro no Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica, em Itu. Haverá plantio de mudas, piquenique e brincadeiras, entre outras atividades voltadas ao consumo consciente. Inscrições antecipadas pelo e-mail info@sosma.org.br ou pelo telefone (11) 3262-4088. FÉRIAS CRIATIVAS O Bourbon Shopping, em São Paulo, terá programação especial para a criançada curtir as férias. Entre os dias 13 e 29 de janeiro, o evento Arte Sustentável, baseado na atração Mister Maker, do canal Discovery Kids, estará no Piso Pompeia para crianças de 4 a 12 anos. As atividades serão de domingo a sexta-feira, das 14h às 20h, e aos sábados, das 10h às 20h.
Sintonias Tudo tem frequência, sintonia. Somos estações. As emoções são como antenas. Há uma interação cósmica, quase imperceptível, sutil. As roupas, as músicas, as danças... Analise o quanto os detalhes do dia a dia escrevem livros, textos, tratados em sua história pessoal. As conversas do dia a dia não ocorrem sem antes se moverem dentro de um propósito. Para nós, às vezes, numa observação inicial, esse caminho, que antecede as conversas e as situações, é tido como disforme. Uma leitura atenta faz o observador perceber que o disforme é a pluralidade não-classificada, que está no vir-a-ser. As vibrações estão na água que você bebe, nas instituições que você frequenta. A intencionalidade é uma teia infinita, que circunscreve eixos existenciais no percurso de cada um. Aproveite os campos vibracionais, catalise-os em propostas construtivas, criativas. As passagens, os ciclos, as mudanças de era sempre impingem uma necessidade de mudança no guardaroupa, outra de reciclagem, e uma terceira de esvaziamento existencial. Somos cooperativas de recicla-
gem, máquinas de reaproveitamento. Precisamos saber fazer novos sentidos, produzir novas condições sociais, romper com os parcos condicionamentos impostos. Transcender o mecanicismo, e criar outros projetos de extensão à ação coletiva, de modo a vivermos outros paradigmas, com focos dinâmicos e humanistas. A questão não é: O que fazer diferente? Mas, sim, o que eu faço agora para ser a diferença? Insista com a diferença. Esse é o caminho. Lancese na produção de novos sensos arquitetônicos, artes, literaturas, comunicações, ecologias, economias, filosofias, ciências. Faça mixagens com o cotidiano. Adote a subjetividade como prisma de saber. Os sons vão querer escutar o que você ouve, as obras de arte vão observar os seus olhos... Faça da vida uma oportunidade poética. Entregue-se ao minimalismo, à miniaturização, à singularização. Promova bifurcações. Troque o realizado pelo que está em fazimento eterno. Viva o disforme. Juliano Sanches é jornalista e palestrante casadojulianosanches.blogspot.com julianoluis@ig.com.br
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Feliz Ano Novo! Célio Pezza
É
costume entre os povos do nosso mundo desejar um Feliz Ano Novo no final de cada ano, mas o que isso realmente significa? Falamos a mesma frase desde há muito tempo, mas o mundo não parece mais feliz a cada ano que passa. Basta seguirmos as notícias do dia a dia pelo mundo e constataremos esta triste realidade. Continuamos a ter milhões de pessoas morrendo de fome ou doentes pela falta de uma nutrição mínima adequada, incontáveis sem-teto perambulando pelas ruas, drogados em todos os cantos do planeta, pilhas de mortos e mutilados pelas guerras constantes, famílias desesperadas pelo fantasma do desemprego e falta de futuro digno, desastres ambientais de todas as espécies e assim por diante. O que está errado? Todos desejam Feliz Ano Novo, mandam cartões, trocam presentes e o novo ano não melhora no aspecto global. Evidente, para muitos o ano será magnífico e tudo de bom acontecerá. O meu questionamento é em relação ao planeta como um todo, olhando para todas as regiões onde exista um ser humano profundamente necessitado. O que está errado? Será que desejamos um Feliz Ano Novo, mas não fazemos nada para que ele se transforme
e simplesmente ficamos assistindo ao mundo desmoronar? Desejamos um Feliz Ano Novo e continuamos a brigar, ofender e magoar ao próximo? Desejamos um Feliz Ano Novo e continuamos prejudicando alguém como sempre? Desejamos um Feliz Ano Novo e continuamos comercializando drogas para um batalhão de viciados? Desejamos um Feliz Ano Novo e continuamos a ser o mesmo preconceituoso e intolerante de sempre? Será que este “Feliz Ano Novo” é somente uma frase pronta que repetimos da boca para fora, pois é de bom tom fazê-lo no final do ano? Somos papagaios que repetem frases e na verdade nem sabemos seu significado? Para ser de verdade um ano novo feliz, precisamos uma coisa fundamental: mudarmos nós mesmos. O Ano Novo ou réveillon é a celebração do término de um ano e o início de outro. A palavra réveillon vem do francês réveiller, que significa acordar, despertar. Vamos despertar para esta triste realidade e mudar. Deixar de lado os preconceitos, as mesquinharias, o ódio, a ignorância, a maldade, a brutalidade, o desamor, o conceito de levar vantagem e a intolerância. Desta forma, quem sabe, teremos um Feliz Ano Novo de verdade. Feliz despertar a todos! Célio Pezza é escritor
7 INFORME PUBLICITÁRIO
Solidão Falar de solidão numa metrópole com Campinas parece paradoxo. Se há muitas pessoas e elas se cruzam em todos os lugares, inclusive nos shoppings sempre lotados, onde está a solidão? Estar na presença de pessoas não é garantia de ausência de solidão. Penso que a mais brutal forma de estar só é estar sozinho no meio das pessoas. A solidão acompanhada. Desvencilhar-se da solidão é criar a possibilidade de compartilhar as vivências mais profundas do ser. É necessário que a pessoa ao seu lado possa ouvi-lo não apenas com os ouvidos, mas com o coração. Na reciprocidade, você possa escutá-la com atenção, realmente interessar-se pelo universo lúdico do outro. Mas o cotidiano é construído de correria. Hoje, trabalha-se muito. O tempo para os dedos de prosa fazem parte do passado. Levantar cedo, trabalhar, trabalhar, estudar, alguns instantes com a família e dormir para levantar cedo... Talvez
você se reconheça nessa descrição. Com o tempo, a energia esgota. O sentido das coisas parece embotado. A magia da viClélio Berti da esvai-se Diretor da Unidade Flamboyant da Universidade de Yôga (Uni-Yôga) lentamente. Faz-se mister quebrar essa rotina nefasta. Investir em relacionamentos para criar amizades intensas, sinceras e profundas. Sair dos ambientes de trabalho e familiar. Encontrar círculos com pessoas que desejam compartilhar o coração, as emoções e a vida despreocupadas com as aparências, com as posses, com a beleza ou com a fama. Lugares que você possa ser você mesmo, onde você não precise sustentar máscaras, pois estará seguro de não ser julgado. Pense nisso. Se você concordar, encontre os seus grupos e divida a sua vida. Talvez a felicidade esteja a sua frente, mas precisará de olhos para vê-la.
www.derosecampinas.com.br
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MOMENTO DE REFLEXÃO JOÃO BATISTA SCALFI - scalfi@terra.com.br
Conquistas materiais e valores morais O homem moderno, criador de excelente tecnologia e descobridor de inúmeras leis que regem o universo e a vida, teima por ignorar a Lei de Amor, fator causal da felicidade e expressão máxima do Divino Mestre. Graças aos engenhos sofisticados da astronáutica e suas admiráveis naves espaciais viajam na direção de outros planetas do sistema solar, procurando aprofundar os conhecimentos em torno da Criação, da vida e das suas manifestações. As distâncias exteriores têm sido conquistadas a cada dia e a cada hora, aproximando-o dos diferentes corpos celestes. As velocidades são alcançadas de forma desafiadora. Tem-lhe sido relativamente fácil su-
perar desafios físicos. Obstinadamente, porém, não vence a distância emocional, que o isola, no lar, dos demais familiares; no escritório, dos colegas e na sociedade. Mergulhado no oceano dos conflitos que o afogam, ainda não se resolveu por sair do lodaçal a que se vem arrojando, a fim de viver próximo do teu irmão, em comunhão de elevada solidariedade, encontrando-se e ao mesmo tempo seus familiares, com o seu companheiro, com o desconhecido que se lhe tornaria amigo. Há um abismo que separa o homem que vence as distâncias físicas, daquele que não se autoencontra; que resolve as dificuldades de fora e não equaciona
ASTROLOGIA DA ALMA RICARDO GEORGINI - ricardogeorgini@yahoo.com.br
Capricórnio: poder servir O trabalho de Hércules que corresponde ao signo de Capricórnio é enfrentar Cérbero, o cão de guarda do mundo subterrâneo. Capricórnio é um signo de disciplina, superação e realização. Este trabalho representa o auge do desenvolvimento humano e uma grande conquista espiritual, talvez a mais importante de todas: a conquista do poder de servir. Cérbero era um terrível monstro com três cabeças de cão e uma serpente como rabo. Ele guardava o mundo subterrâneo, para onde iam as almas dos mortos, e não deixava que ninguém saísse de lá. A tarefa de Hércules era capturar Cérbero e trazê-lo até a superfície. Quando Hércules penetrou no mundo subterrâneo, encontrou o herói Te-
seu vivo, mas acorrentado ali. Ele libertou o amigo e então foi ver Plutão, o Senhor da Morte e do mundo subterrâneo. Plutão concordou em deixar Hércules levar Cérbero, desde que enfrentasse a fera sem armas. Hércules fez isso, e agarrou a cabeça central de Cérbero, sufocando-a. Assim ele controlou o monstro e pôde conduzilo até a superfície, para a luz do dia. Cérbero, com suas três cabeças, representa a personalidade humana, com seus três componentes: mental, emocional e físico. Controlar Cérbero e levá-lo para a superfície significa autodisciplina, autoaperfeiçoamento e autossuperação. Mas todo autodesenvolvimento deve sempre ter como motivação a busca de servir a humanidade. Todos os conhecimentos que adquirimos, as habilidades que desenvolvemos, os bens de que dispomos, o
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as de dentro, evitando-as, mascarandoas, transferindo-as no tempo. Inevitavelmente, esse indivíduo fazse de vítima da própria conduta, tornando-se inseguro, insatisfeito e alienandose. Como consequência da sua falta de discernimento para o bem geral, sofre os imperativos da consciência culpada, cedendo espaço a diversas fobias, que mais o afastam da convivência humana e fraternal, isolando-o. Esse comportamento propicia o surgimento de distúrbios emocionais, que têm causas nas pressões psicossociais, socioeconômicas, sociomorais e outras. A saturação, a irritabilidade e o tédio são-lhe futuros estados pessoais, que o empurrarão para os alcoólicos, as drogas, o sexo descomprometido e comprado, a loucura, o suicídio ou as excitações que decorrem do crime, assim co-
mo das atitudes ilícitas. Deve-se empreender um esforço imediato, estimulando-lhe a coragem de autoconhecer-se, de autotrabalhar-se, de crescer interiormente. A tarefa não é fácil, notadamente para quem acredita nas fugas, ou cultiva os medos íntimos. Primeiramente iniciá-lo nos atos da solidariedade e deixar que se lhe desabrochem os sentimentos nobres e que brilhe a luz da vida, cada vez mais atraída pelo Divino Sol, que é o Mestre Jesus, o terapeuta que ensinou essa técnica perfeita da felicidade mediante o amor. Vivenciando a nova atitude, amplia-se o campo evolutivo das experiências, enriquece-se de conquistas jamais conseguidas e de alegrias até então ignoradas.
poder que obtemos, a influência que exercemos — tudo deve ser usado não apenas para o nosso próprio benefício individual, mas em favor de toda a coletividade. O mundo subterrâneo simboliza o inconsciente humano, e Teseu acorrentado representa a humanidade aprisionada por suas emoções e desejos ignorantes. Tal como Hércules encontrou Teseu ao penetrar no mundo subterrâneo, cada buscador espiritual, ao penetrar no íntimo de si mesmo, descobre que é co-responsável pelo sofrimento da humanidade. Mas descobre também que, ao desenvolver todo o seu potencial, ele pode contribuir para a liberação e elevação humana. Frequentemente, existe confusão sobre o que é serviço. Alguns entendem que servir é ajudar, curar, ensinar os outros. O serviço pode incluir isso também, mas é algo mais profundo. Servir é desempenhar a nossa função dentro do todo maior. Na verdade, todos os seres servem — inevitavelmente, inconscientemente. Não há como ser e não servir. Mas o que é próprio de nós, humanos, é que podemos passar a servir conscientemente. Nós podemos saber qual é o nosso serviço, e en-
tão realizá-lo voluntariamente, compreensivamente, inteligentemente. É isso que chamamos de serviço quando falamos de seres humanos. Para poder servir assim, o indivíduo deve ser o mestre de si mesmo. Hércules mostrou como alcançar esta mestria ao enfrentar Cérbero desarmado, sem lutar contra o monstro, mas apenas sufocando a sua cabeça central, para controlá-lo. Portanto, não devemos ficar combatendo a nossa personalidade, mas apenas procurar conduzi-la conscientemente. A cabeça do meio representa as emoções e desejos — a fonte de força da personalidade. Sufocar esta cabeça significa deixar de alimentá-la com tanta atenção. Se não dermos indevida importância às reações emocionais da personalidade, ela não terá como atrapalhar o nosso serviço. Finalmente, levar Cérebro para a superfície é integrar o inferior no superior, unificar personalidade e alma. Então, a personalidade é transformada, transfigurada, deixando de ser aquela que oculta a alma, para tornarse aquela que revela a alma.
fonte de pesquisa: Sob a Proteção de Deus (Divaldo Franco/Manoel P. de Miranda)
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Freud ainda explica?
Pensamentos de
Padre Haroldo Conceito da vida Aristóteles classificou nossas sensações em cinco; também os cientistas nomeiam o arco-íris em sete cores. De fato estamos cheios de sentidos e vemos centenas de cores. Notamos sete notas na escala musical, porém, há centenas de outros tons e sons. Nós não apreciamos nossos sentidos. Sabemos que muitos animais têm sentidos muito mais apurados que os nossos. Pensamos que não faz diferença se nosso cãozinho Fido tem melhor olfato que nós. Consideramos que o importante é o cérebro, o que nos traz a ideia errada de que somos os melhores. Um cão farejador percebe o cheiro do homem que saiu do seu quarto há horas; com as poucas moléculas que ficam no seu sapato, pode encontrálo numa noite chuvosa. Uma borboleta macho capta o cheiro da fêmea mesmo a quilômetros de distância. Nós temos 5 milhões de células de olfato, porém, um cachorro tem 220 milhões e pode perceber o cheiro 44 vezes mais que nós. No decorrer da evolução humana perdemos o sentido do olfato porque passamos a andar eretos. O fato de vermos, tão fantasticamente, com nossos olhos, diminui o uso dos outros
sentidos. Neste caso, a abelha, em sua humildade, é melhor que nós, pois, ela tem 6 mil lentes em cada olho e nós temos apenas uma (o cristalino). Existe uma carta de Napoleão para Josefina em que ele pedia que ela não tomasse banho por duas semanas, para que ele pudesse sentir o perfume natural do seu corpo. Nosso sentido do tato nos dá prazer e saúde. Crianças vivem em ambientes de abraços e beijos e, desta maneira, passam a viver bem. Dizem que um pequeno elefante pode morrer se não receber o toque da tromba da mãe. Outro dia vi um adesivo que dizia: “Abraçou sua criança hoje?”. Certa noite uma criança falou para sua mãe com alegria: “Obrigado mamãe porque me beijou” e a mãe respondeu: “Eu beijo você toda noite”; a criança retrucou: “Nada disso mamãe, sou sempre eu que lhe beijo, apenas hoje você me beijou primeiro”. Não é a mesma coisa beijar e ser beijado. Nossos sentidos e sensações nos ajudam a amar um ao outro e nos coloca muito perto da natureza. Eles são nossa fonte de energia e vitalidade, e nos permitem viver a vida na sua totalidade. Que o uso de nossos sentidos seja como os fios de um violão, inspirandonos a viver o concerto da vida na orquestra da humanidade! Haroldo Joseph Rahm é fundador da Instituição Padre Haroldo, para pessoas com síndrome de dependência alcoólica e química. hrahmsj@yahoo.com
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Geraldino Alves Ferreira Netto
O
título suscita outra pergunta: explica o quê? Onde está o objeto direto? Está oculto na fantasia de todo mundo, já que a frase se tornou um clichê popular. Na falta de definição do objeto, fica implícito que, portanto, Freud explicaria tudo. Nada mais falso, já que o próprio foi enfático ao afirmar que a psicanálise não pretende ser uma cosmovisão, uma explicação final de tudo. Ele sempre reconhecia que muitas questões estavam em aberto, a ponto de solicitar às mulheres-analistas que o ajudassem a desvendar o misterioso desejo feminino. Algumas coisas Freud conseguiu elucidar: as formações do inconsciente, como os sintomas, os sonhos, os atos falhos, a cura pela palavra. Com relação aos sonhos, especificamente, nenhum filósofo ou pensador antes dele conseguiu sistematizar uma teoria tão coerente, consistente e abrangente. Passados 112 anos, também nenhum outro teórico acrescentou nada de relevante. Podemos então perguntar: será que, algum dia, o ser humano vai parar de sonhar? Nem é preciso responder. Então, Freud continuará sempre útil e atual para explicar este fenômeno que psicotiza nossas madrugadas com as visões mais lindas e criativas. O sonho é, certamente, a produção intelectual e emocional mais sofisticada que conseguimos realizar e que, entretanto, é às vezes desprezada como sem sentido, porque temos medo de desvendar suas verdades ocultas, deformadas ou camufladas.
Em março de 2012, terá início, em Campinas, a terceira turma do Curso de pós-graduação lato sensu “Psicanálise na cultura”, curso reconhecido pelo MEC, no qual, além dos sonhos individuais e da teoria psicanalítica em geral, trabalharemos também os sonhos coletivos contidos na literatura, nas artes e no cinema. As pessoas interessadas em começar ou aprofundar os estudos e a formação em psicanálise podem matricular-se desde já para uma viagem que reproduz um trecho do antigo “Expresso Oriente”, com início na Transfreudiana vienense e com destino à Translacaniana parisiense, passando por 18 estações intermediárias, em que os conceitos psicanalíticos vão sendo desvendados bem à luz do dia. E que paisagens! Geraldino Alves Ferreira Netto é psicanalista (CRP 06-0155) e coordenador do curso de pós-graduação em Fundamentos da Psicanálise na Clínica e na Cultura geraldinoafn@uol.com.br
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CULTURAZEN
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Sessão solene para entrega dos títulos honoríficos 2011 de Cidadão Benemérito “Dr. Caio da Costa Sampaio”, Cidadão Indaiatubano, Esportista do Ano e Ordem Votura de Mérito Cultural, dia 8 de dezembro, na Câmara Municipal de Indaiatuba Fotos: Giuliano Miranda
Paulo Antonio Lui, empresário do ramo cinematográfico: Cidadão Benemérito e Mérito Cultural
Antônio Reginaldo Geiss, presidente da Fundação Pró-Memória e diretor da Rádio Jornal: Cidadão Benemérito
José Gabrir Filho, pastor da Igreja Evangélica Assembleia de Deus: Cidadão Indaiatubano
Luis Antonio de Melo, cirurgiãodentista: Cidadão Indaiatubano
José Luiz Teixeira de Camargo Júnior, o Cachorrão: Esportista do Ano
Antônio Corrêa, superintendente do Seprev: Cidadão Benemérito
Alberto Martins: educador recebeu o título de Cidadão Benemérito
Eliandro Figueira
Eliandro Figueira
Rubens de Campos Penteado (esq.) e José Onério da Silva receberam do prefeito Reinaldo Nogueira a medalha “João Tibiriçá Piratininga” em sessão solene pelos 181 anos de Indaiatuba, dia 9 de dezembro
José Carlos Nascimento, um dos fundadores da Comunidade Negra de Indaiatuba : Cidadão Benemérito
Antônio Cláudio Pansonato (Bacurau) participou da criação da Guarda Municipal: Cidadão Indaiatubano
O comerciário João Felisberto de Miranda recebeu o título de Cidadão Indaiatubano
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Recanto do Poeta Feliz ano novo, meu amor Quando a folhinha virar a última página, dizendo adeus a tudo que se foi... quando os ponteiros unidos indicarem o instante derradeiro de vidas que nem sempre juntinhas se encontraram... Quando o sino de uma torre tocar em lúgubre silêncio um ano que se foi e que não volta mais... Quando o apito de um navio irromper a solidão de um cais, anunciando que tudo já passou até mesmo um tempo demarcado... hei de lembrar chorosa as horas que passei bem junto de ti e corroída de saudade, dizer entre soluços: -Feliz Ano Novo, meu amor!
Especial alvorada Novamente se levanta N’alvorada, novo ano... E a cada um de vocês, Declamo! Neste espaço especial Venho a todos saudar 2012 chegou, pra ficar! Sonhos e projetos lindos, Vamos todos vibrar... Inspirando muito amor, Para ao mundo transformar! Neste mês em especial, Juntos comemoraremos, Com grande festa então, Saudemos! Quem será homenageado? Quem será este “alguém”? Ano novo... de sucesso, Parabéns ao JORNALZEN!
Arita Damasceno Pettená
Juliana Perna
São Paulo Tenho grande passado, convivendo em harmonia com o meu presente. Minha população extremamente aumentada e vem sempre enriquecendo a história, as tradições. Vai-vem fremente... Atribulado povo. Vem crescendo a indústria e comércio. Minha gente é ativa, pois aqui esta vivendo, sofrendo com enchentes, poluição; esgoto a céu aberto – o Tietê! Sou amada por todos de paixão. Sou raça laboriosa, hospitaleira, pacífica, em progresso mas, por quê? Sou a São Paulo pois, sou brasileira. Geni Fuzato Dagnoni
MANDALA PARA PINTAR
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- SONIA SCALABRIN -
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VIDA & SEXUALIDADE
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Pontos de Luz (Healing)
SANDRA SEPULVEDA
por Zaquie C Meredith
A sexualidade humana De fundamental importância, a sexualidade faz parte do nosso dia a dia, desde o nascimento. Somos movidos por ela. O conceito de sexualidade se sobrepõe ao que comumente se entende como sexo ou relação sexual. Trata-se de um conjunto muito mais amplo do que a genitalidade, reprodução ou experiências sexuais. Simplificadamente, sexual é todo movimento ao encontro do prazer. E sabemos bem o quanto nossas atitudes estão orientadas para o prazer e evitação da dor. A sexualidade se inicia com as primeiras sensações prazerosas e se estende até a morte. É afetada pelos fatores biológicos, psicológicos, socioculturais e ambientais. O criador da psicanálise, Freud, no início século XX deu o nome de libido a essa energia sexual e a descreveu como sendo impulsionadora da vida. Observou o desenvolvimento desta energia já em bebês, com características marcantes, que nomeou de fases da sexualidade infantil. De acordo com o conceito acima, o relacionamento sexual é uma forma de expressão da sexualidade humana em que se obtém prazer pelo estímulo de sensações corporais. Enquanto seres sexuados, a sobrevivência da nossa espécie depende do sexo, porém, semelhante a poucos primatas, usamos o sexo para além da procriação. Muitos pensam que falar em sexualidade é estimular a relação sexual e, por isso, preferem desconsiderar este aspecto da vida. Mas, pelo momento atual, silenciar é depor a favor da banalização e comercialização do prazer sexual. Cada vez mais este tema tende a estar em foco. Em 2000, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou a saúde sexual como um dos quatro pilares na qualidade de vida da pessoa, juntamente com família, trabalho e lazer. Portanto, legitimar o interesse e discussão não significa estimular a prática sexual inadequada. A educação sexual é um processo que, querendo ou não, começa nos primeiros anos de vida, através da própria família que imprime as primeiras noções sobre a sexualidade, desde conceitos até comportamentos. Um dos grandes mitos ainda presentes em nossa cultura é de que ninguém precisa aprender a fazer sexo, o que vem a gerar angústia e dúvidas sobre desempenho e papel sexual. Materiais informativos de credibilidade são necessários para trazer dados de realidade e equacionar melhor a questão sexual, melhorando a autoestima e a qualidade de vida. O sexo precede a humanidade ou a humanidade procede do sexo e, ainda assim, há muito a ser esclarecido nesta área de tabus, mal-entendidos e preconceitos. Portanto, as perguntas são bem-vindas! Questione, e-mail para sandra.sepulveda@terra.com.br e até a próxima edição! Sugestão de sites educativos: www.portaldasexualidade.com.br e www.museudosexo.com.br .
Sandra F. Sepulveda (CRP – 06/83606) é psicóloga sandra.sepulveda@terra.com.br
O que acontece quando a aura se enfraquece? Quando uma pessoa está deprimida, cansada ou doente, há uma queda na frequência vibratória do corpo. A aura, que atua como uma espécie de proteção, se debilita e deixa o corpo exposto às influências negativas do ambiente. Portanto, uma pessoa que consegue manter sua vibração sempre em níveis elevados estará imune de doenças. Muitas doenças são iniciadas primeiro no campo e depois, pouco a pouco, transmitidas para o corpo. Por isso podemos prevenir doenças através da análise do campo energético. O homem não veio para sofrer. O homem veio para se realizar e para se beneficiar de tudo que existe na Terra. Através deste campo de energia, desse pulsar de nossas vibrações podemos chegar um pouquinho mais perto do céu. Essa técnica permite que nós nos aproximemos mais rapidamente daquilo que é o verdadeiro saber e o sentir. Através do healing pode-se fazer com que a energia flua, quando ela está estagnada por medo ou depressão, e refletir este “fluir” posteriormente na sua vida de forma maravilhosa. Também pode-se fazer uma regressão para descobrir bloqueios subconscientes, ou até mesmo trabalhar a energia
de forma que ela fique equilibrada para satisfazer os seus anseios. Pontos de Luz é um mergulho no seu campo de energia, no seu modo de sentir, de perceber, de enxergar a si mesmo e aos outros a partir de um paradigma totalmente diferente. O campo de energia é um aglomerado de vibrações que rodeiam fora e dentro de nós, quem somos verdadeiramente. Trata-se de alinhar o seu campo de energia, os seus chakras, oferecendo uma base profunda para uma autotransformação e um maior autoconhecimento, pois lida com as memórias das suas células. Baseado no trabalho de Barbara Brennan “Mãos de Luz” onde Zaquie estudou quatro anos nos Estados Unidos, tendo sido discípula direta de Brennan. Baseado também no próprio trabalho de Zaquie, A Consciência das Sensações e do MJFleming Viver o Presente. Esse trabalho une perfeitamente à Constelação Familiar (Zaquie é da primeira geração). Benefícios já comprovados: aumenta a concentração / direciona para a sua missão de vida / liga à espiritualidade / traz uma sensação de felicidade e alegria / harmoniza a sua energia e chakras / expande a consciência / aprofunda o contato consigo próprio / desbloqueia os pontos energéticos negativos. Mais informações: www.zaquie.com
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Líricas Bulhufas MARCELO SGUASSÁBIA
Por uma mendicância sustentável Dá para contar nos dedos de uma mão os casos de pedintes autônomos que conseguem fazer da mendicância uma atividade honrada e rentável. Computadas as despesas operacionais, quando muito o negócio se paga, o que emparelha nosso segmento com a pesca ou a agricultura de subsistência, por exemplo. Nunca estivemos tão longe de posicioná-lo como um foco de empreendedorismo e de atração de investidores. Em meio a tantas dificuldades inerentes ao ofício, destacamos a chamada “mendicância sustentável” – que pressupõe um mínimo impacto ao meio ambiente e a utilização mais racional possível dos recursos disponíveis, o que resulta em ganho de imagem institucional, legitimidade da nossa função perante a opinião pública e maior valor agregado a cada real obtido nas esquinas e semáforos. Alguns expedientes práticos são plenamente aplicáveis, de imediato, aos grandes grupos mendicantes da iniciativa privada, de controle nacional e multinacional, bem como às cooperativas de mendigos espalhadas por todo o território brasileiro – ressaltando que estas últimas vêm experimentando um crescimento da ordem de 14% ao ano nas últimas décadas, em termos de receita bruta tributável. Dentre as principais providências, podemos elencar: - A utilização intensiva, especialmente nos estados do Acre e do Rio Grande do Sul, do papelão – material por natureza reciclável – em substitui-
ção aos trapos e colchonetes de espuma, que precariamente servem como cama e mesa de trabalho para os profissionais da esmola; - Implantação, nos grandes centros urbanos, de postos de troca de canecas plásticas não recicláveis para recolhimento de moedas por similares de alumínio – que apresentam maior durabilidade e possibilitam descarte ecologicamente correto. - Demarcação de pontos de mendicância determinados pelas prefeituras e outorga do selo “Mendigo Digno” aos pedintes que atuarem em conformidade com as leis municipais. A soma destes esforços vem colaborando para que tenhamos o respeito e a admiração da coletividade. Contudo, apesar de pedintes, não queremos pedir nada. Temos a nossa consciência de classe, poder de mobilização e a certeza de que juntos conquistaremos nossas justas aspirações pelos próprios méritos. Não aceitamos o assistencialismo dos governantes nem conchavos de qualquer espécie que façam calar a nossa voz. A sociedade como um todo reconhece a função social do mendigo, um bem necessário ao equilíbrio da urbe e aos esforços de contenção da violência. Afinal, quem mendiga não assalta, não mata e não compactua com o crime organizado. Ao contrário: o bom mendigo movimenta a economia com seu rendimento diário, gerando e mantendo empregos no microcosmo em que pede esmola. A regulamentação da atividade e sua definitiva inserção na economia formal depende fundamentalmente de vontade política, e nesse sentido a bancada mendiga no Congresso vem se mobilizando fortemente, inclusive com a constituição do primeiro sindicato da categoria associado à CUT. Marcelo Sguassábia é redator publicitário www.consoantesreticentes.blogspot.com www.letraeme.blogspot.com
Faça o seu mundo melhor Neste início de ano, desejar a você, leitor, que há meses vem me prestigiando com sua atenção, um ótimo ano novo – lugar-comum, pois sei que todos já te desejaram exatamente isso – para agradecer sua atenção, mas também para lembrálo que, apesar da repetição do ciclo, pois todo ano fazemos as mesmas promessas, desejamos as mesmas coisas: emagrecer, ficar rico, ter um grande amor saído dos contos de fadas, um bom emprego. Tudo isso só depende de você! Minha sugestão é que crie metas na sua vida, assim como as crio na minha. Seja persistente e queira, mas queira muito, seja lá o que for prioridade para você. Desenhe, sonhe, escreva, anteveja o seu pedido (ou necessidade) realizado. De pouco adianta traçarmos uma infinidade de planos para o ano novo se muitos deles não estiverem ao seu alcance ou não for de merecimento pleno. Então, minha proposta para 2012 é a de que seja simples e direto. Que você reprograme a sua vida e seus pensamentos para recebêlo com muita abundância de saúde e sucesso, e que lá no final não sinta a frustração de não ter visto realizado metade dos seus projetos. O segredo em se sentir realizado está nas coisas mais simples. Felicidade, do meu ponto de vista, não está em ter o carro mais caro ou a maior casa e, sim, em grandes amizades, sólidas e desinteressadas;
em levar a criança ao passeio pelo parque, em abraçar um pai ou mãe Célis Garcia q u e r i d o s , Terapeuta holística, ministra em amar e cursos e palestras de mesa radiônica quântica, feng shui, ser amado. radiestesia e radiônica e Certanumerologia pitagórica. mente, desapegando-se de antigos preconceitos e amando incondicionalmente, você, eu e todos estaremos vendo realizados os nossos mais caros sonhos porque se liberando de antigas crenças e deixando acontecer. Praticando o desapego, sua vida se tornará plena de felicidade e leveza. Abra as janelas da alma e deixe o sol entrar e assim estará se livrando de tralhas que talvez hoje não façam mais sentido para você. Esvazie suas malas e armários, desvencilhe-se do velho, contemple com mais frequencia o horizonte e perceba que ele te pertence. Sua visão não acaba na delimitação de um muro. Você pode ir além, muito além. Então, a partir de agora, delimite seu campo de atuação que se estende até o horizonte. Você pode tudo, você merece tudo e você consegue tudo porque você é um sobrevivente, um VENCEDOR! Te desejo neste início de ano simplesmente uma vida plena de alegrias e simplicidade. Muito amor, paz e luz.
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ASTROZEN SÁTÎT JOTÍ - star_ethos@yahoo.com.br
2012 – a Lua e a construção de si mesmo Quando falamos na Lua, uma das primeiras coisas que nos vêm é o quanto muda em tão pouco tempo. Sua capacidade de afetar as águas do mar e o humor das pessoas. Então, o que acontece quando ela rege o ano? A Lua representa as emoções que aprendemos na infância, nossos instintos, como reagimos emocionalmente ao que nos acontece e, portanto, o que precisamos para nos sentir seguros, cuidados e nutridos. Ao longo de 2012 ela atuará de forma a que você se liberte de condicionamentos que traz consigo há muito tempo, de experimentar e aprender formas diferentes e inusitadas de sentir, nutrir-se e cuidar. Sentirá necessidade de concretizar o que lhe traz segurança emocional, seja por meio de relacionamentos, projetos ou trabalhos. De janeiro a junho, Marte no signo de Virgem estimula a busca de uma forma de vida mais saudável, pois nos ajuda a adotar ações práticas e diárias que trazem ordem, cuidado, disciplina e organização. Neste mesmo período, Júpiter colabora com essas atitudes propician-
do alegria e entusiasmo com práticas que cuidem do corpo, que resgatem o prazer do corpo, seja comendo, malhando, namorando, relacionando-se com alguém ou adquirindo o que lhe traz segurança material. É momento de, passo a passo, batalhar por aquela aquisição há tanto tempo gestada em você. Procure apenas não perder o limite e exagerar. De julho a dezembro Júpiter estimulará seu lado mais social, de diversificar seus contatos, estimulando-o a se relacionar com diferentes pessoas, e tirar dessas relações formas de nutrir os mais diversos aspectos de seu ser e de aprender como cuidar do outro. Neste ano, basicamente procure trazer à tona o que estava oculto do mundo e em alguns casos até de você mesmo. Esse oculto pode ser um tesouro, e é preciso ir até ele e ver claramente o que lhe propicia ou não. Fique atento a estados de ansiedade, inconstância, oscilações e dependências. Se observar que está em algum desses padrões, procure organizar sua capacidade de ser sua própria mãe – quando ela está bem você fica animada e distribuindo seu encanto por onde passa, assumindo seu poder de fazer por si. Desejo que o ano de 2012 seja o da construção de si mesmo em todos os aspectos. Feliz ano novo!
APAS LANÇA CAMPANHA EM INDAIATUBA A Associação Paulista de Supermercados (Apas) lançou este mês em Indaiatuba a campanha estadual “Vamos Tirar o Planeta do Sufoco”. O objetivo é conscientizar supermercadistas e consumidores para a substituição das sacolas descartáveis por reutilizáveis nos supermercados paulistas a partir de 25 de janeiro. A campanha está alinhada com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que obriga toda a sociedade brasileira a rever seus conceitos sobre a questão do lixo. O dia 25 de janeiro foi escolhido por ser aniversário de São Paulo, a maior cidade brasileira, com grande volume de supermercados e onde está localizada a sede da Apas e das principais redes de supermercados do país. A ação é o início de um projeto mais amplo que envolve o estímulo aos supermercadistas de adotarem posturas sustentáveis. O Guia da Loja Verde, publicação inédita do setor, dá dicas de projetos economicamente viáveis para os empresários.
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As essências florais sob a luz da ciência De acordo com a ciência convencional e com a medicina ocidental, um remédio só é comprovadamente eficaz se tiver sua ação terapêutica explicada pelas substâncias nele contidas. O fato é que quando analisado quimicamente um floral, só será encontrado água e um conservante, como o conhaque ou o álcool de cereal; o que não explicaria sua ação terapêutica. Basta essa negativa para os ‘cientistas’ tirarem todo o crédito da terapia floral, alegando ser seu efeito apenas placebo, ou seja, aquele que funciona apenas com o sugestionamento pelo seu suposto efeito benéfico. A verdade é que a química não é a ciência adequada para analisar as essências florais; melhor seria se fosse a física, pois o poder de atuação das essências não é químico, mas sim, eletromagnético. As essências florais como compostos energéticos atuam através das questões emocionais, sendo que sua proposta principal é predominantemente preventiva, embora possam ser utilizadas no reequilíbrio emocional após traumas, repres-
sões ou outras questões causadoras do desequilíbrio, conscientes ou não. Roberta De Angelis Enquanto esse ‘algo’ Terapeuta holística (CRT. 42.959). Realizadora quântica, mestre em não for resolreiki e terapeuta floral vido, não será possível reverter o desequilíbrio. Sem que haja a ampliação da consciência, todo e qualquer tratamento, por melhor que seja, será apenas um paliativo, mascarando e retardando os sintomas ou ainda, desviando a manifestação da desarmonia para outra parte do corpo. Trata, assim, a terapia floral, de nossos ‘véus’, de nossas ‘máscaras’, nossas personas, as quais todos criamos como defesa, a negar o ocorrido mantendo-o longe da lembrança, para diminuir o sofrimento emocional. A terapia pode ser feita através de vários sistemas disponíveis (Bach, Minas, Brasileiros, etc.), os quais têm entre si sua correspondência.
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Toxicomanias (dependências químicas e emocionais) Na realidade, as toxicorepetitivo das drogas manias são todos os também acontece com o problemas impulsivos, uso repetitivo das mesno caso específico, o álmas emoções. Os recool e outras drogas em ceptores opioides do geral. Porém, as autênticorpo começam a especas e verdadeiras toxicorar e mesmo a ansiar manias só se podem depor aquele peptídeo essenvolver em personalipecífico, ou seja, o cordades psicopáticas onde po fica dependente daexiste, para ser mais claquela emoção. Mario Celestino ro, uma predisposição Assustador, não é? de Oliveira também muito forte. Mas isso explica tanta Vamos usar como exemplo uma coisa! Algumas das ideias a seguir das drogas que mais causam de- lhe parecem familiar? pendência – a heroína – e para * Estados emocionais destrutivos; mostrar como elas (drogas) atuam * As mesmas situações repetitivas dentro das células do corpo. constantemente; Depois de injetada, ela se fixa nos * Incapacidade de mudar; receptores opioides da célula, que * Sentimento de impotência para crisão os mesmos receptores biologi- ar algo novo; camente preparados para receber as * Vozes interiores dizendo “Eu queendorfinas, os neuropeptídeos pro- ro - me dá, me dá”, ou seja, “e um duzidos pelo hipotálamo, e em vez lado carente dizendo que sim, e a de receber as endorfinas, a célula re- vida da gente dizendo que não”; cebe heroína e se torna dependente. * A promessa de nunca mais fazer Agora, colocaremos o mesmo alguma coisa que é novamente feita cenário com as emoções e, guar- três horas depois. dando as devidas proporções, que também produzem os peptídeos ou “A única diferença entre um moléculas das emoções, que se lisulco de um pneu na estrada gam aos receptores das células – e uma sepultura é a profundidade” ou seja, o que acontece com o uso (Charles Garfield)
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Viva Bem elianamattos@uol.com.br
Bate-papo S
ilvia Lá Mon, diretora do JORNALZEN, veio me trazer os exemplares de dezembro e, como acontece todos os meses, ficamos uma meia hora batendo papo. A Silvia, para quem não a conhece pessoalmente, é uma mulher extremamente batalhadora e foi dela a ideia genial de fazer um jornal tão diferente como este. Além disso, é uma mulher com um conteúdo existencial grande, o que torna muito mais agradável qualquer conversa. Entre um assunto e outro, comentamos sobre o que as pessoas têm feito com suas relações interpessoais. Interpessoais? Sim, aquelas relações entre duas ou mais pessoas. Pense na cena descrita pela Silvia: um charmoso barzinho; uma mesa com algumas pessoas. A moça está lendo seu tablet; um dos rapazes fala ao celular; a outra manda torpedos e outro lê seus e-mails no notebook. E tudo isso não foi coisa de cinco minutos, não. Boa parte do encontro foi desse jeito. Que falar do casal que viaja para um hotel numa praia quase paradisíaca, mas que não possui internet e que por isso se tornou um aborrecido final de semana? Que falar do casal que já não tem mais assunto, porque todas as noites ambos ficam com seus notebooks navegando sabe-se lá por onde? E paquerar on-line é traição? Mesmo que nunca se venha a conhecer a pessoa? E acessar a internet antes de dizer bom-dia para os filhos, é saudável? E se expor no Facebook da forma como as pessoas têm exposto suas vidas e suas opiniões, poderá um dia ter consequências? Não sou contra todas essas parafernálias que foram inventadas e continuarão a ser nos próximos anos. Para mim, elas chegaram para ajudar e muito. Mas quando que as pessoas perceberão que precisam desligar esses aparelhos para o bem do casamento, da amizade, do trabalho, do lazer? Um funcionário foi demitido esta semana porque passou 6 horas e 12 minutos navegando durante o expediente. Será que a empresa deveria tê-lo encaminhado para uma espécie de “Alcoólicos Anônimos”, como faria se o mesmo tivesse bebido durante o trabalho? Gostaria que as pessoas começassem o novo ano um pouco menos plugadas. Que viajassem nas férias e levassem no máximo o celular. Que conversassem mais. Que dessem mais risadas, não de uma bobeira qualquer do YouTube, mas das palhaçadas dos filhos ou das piadas dos amigos. Que se telefonassem mais, em vez de mandar e-mails. É muito importante ouvir a voz do outro... Que fossem umas às casas das outras com mais frequência e quando estivessem juntas desligassem o celular. Não sei se você me entende... Um feliz 2012 novamente!
FORNO & FOGÃO Bolo de limão e laranja Ingredientes: ½ xícara (chá) de suco de laranja Suco de 2 limões 1 gema 4 colheres (sopa) de azeite de oliva ½ xícara (chá) de açúcar 2/3 xícara (chá) de iogurte desnatado 1 ½ xícara (chá) de farinha de trigo 1 colher (sopa) de fermento em pó 4 claras batidas em neve 1 colher (café) de raspas de limão 1 colher (café) de raspas de laranja
Modo de fazer: No liquidificador bata os sucos de laranja e limão com a gema e o azeite. Devagar, vá acrescentando o açúcar, sem parar de bater. Derrame esse líquido cremoso em uma vasilha. Coloque o iogurte e mexa bem. Misture à parte a farinha de trigo com o fermento. Aos poucos vá adicionando os ingredientes secos ao creme na vasilha. Mexa bem para obter uma massa homogênea. Junte em seguida as claras em neve com delicadeza. Por último, as raspas de limão e laranja. Unte e enfarinhe uma forma retangular e despeje a massa. Leve para assar em forno médio preaquecido por uns 40 minutos ou até que enfiando um palito ele saia limpo. Se quiser, depois de assado derrame sobre ele uma mistura de açúcar e caldo de limão (ou laranja).
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Ano novo: começa a vontade de emagrecer Todo ano é assim, fala a verdade... As festas terminam, a gente se sente gorda (ou está mesmo com uns quilinhos a mais), o verão está a todo vapor e, é claro, queremos emagrecer. De preferência bem rapidinho. Primeiramente, nada de recorrer às benditas “dietas milagrosas”. Acho que você já percebeu que não deve cair nessa. Depois, se seu emocional não estiver legal, não comece uma dieta. É certeza de fracasso. Também nada de pensar o dia todo em regime, contando freneticamente as calorias de cada pão de queijo! Quanto mais você se preocupar com isso, menos peso vai perder. Percorra o caminho do meio. Equilíbrio é a palavra-chave. Se estiver irritada porque não pode ou não quer comer aquele bolo de chocolate, não desconte nos outros. Ninguém tem nada a ver com isso. Fugir da balança durante o regime é uma boa dica para não ficar mais neurótica ainda. É preferível você se olhar mais no espelho. De repente você pode estar um pouco acima do peso, mas sentindo-se bem. E por fim, não espere ganhar muito peso para começar uma dieta. Tenho uma amiga que pesava em torno de 65 quilos e enquanto ela não beirou os 100, não começou uma dieta. Aí fica tudo mais difícil e doloroso. Boa sorte!
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BEM NUTRIR Alimentação saudável: um hábito que pode ser cultivado
Wagner Sanchez
M
uitas vezes nos perguntamos o motivo pelo qual nossas crianças não possuem o hábito alimentar que desejamos. Lembramos do comercial de TV em que a criança pede brócolis e outras hortaliças e legumes ao invés da costumeira batata frita, do biscoito, chocolate e de outras guloseimas. Isso seria um sonho? Vamos fazer uma reflexão sobre as pessoas que você conhece, que também são loucas por guloseimas cheias de gorduras e calorias e detestam qualquer item da alimentação saudável. Não estou aqui pregando que devemos ser impecáveis na alimentação, estou falando de bom senso. Uma parte considerável das pessoas que conhecemos costuma ter no prato um “mix” razoável, com itens que fazem bem à saúde e outros não tão saudáveis. Com isso, chegamos ao consenso de que, se não é possível ter aquele prato totalmente saudável em todas as refeições, podemos aceitar pratos minimamente variados. Partindo desse ponto, é um sonho totalmente plausível que nos-
sas crianças tenham um cardápio diversificado. O único segredo é o hábito. Desenvolvê-lo requer um trabalho que começa desde as primeiras sopinhas e os primeiros sucos – aliás, começa desde a gestação, com a alimentação da mãe. Além dessa inserção de elementos saudáveis nas primeiras refeições, existe a manutenção do hábito, que pode conter incentivos e brincadeiras. Ou seja, tudo aquilo que as cadeias de fast-food fazem tão bem e do que nós nos esquecemos. Em alguns casos, até fazemos exatamente o contrário: emitimos o nosso repúdio perante algum alimento que não gostamos nos ouvidos das crianças, que de imediato começam a não gostar também. Quando a criança ouve da mãe: “Eu detesto berinjela!”, automaticamente, sem ter provado, passa a detestar a berinjela. E, se conseguirmos que o filho prove o alimento, com certeza ele irá para a degustação com a predisposição de não gostar. Wagner Sanchez é bacharel e mestre em Tecnologia da Informação, especialista em Educação, atuando há mais de dez anos como consultor nas áreas de tecnologia e gestão.
Azeite – a gordura do bem A participação do azeite de oliva no cardápio da família brasileira ainda se resume à condição de tempero das saladas ou surge para realçar o sabor de massas. Nas mesas dos melhores restaurantes o produto já foi alçado à condição de ingrediente indispensável. Todo fundo de frigideira é regado com azeite de oliva e as carnes grelhadas, antes de dourar ao fogo, são mergulhadas numa mistura de azeite. A Associação Dietética Americana apresenta evidências de que as dietas ricas em gorduras monoinsaturadas, predominantes na composição do azeite, estão diretamente associadas à redução do risco de desenvolvimento de doenças degenerativas. Entre elas estão os problemas coronarianos derivados do entupimento das artérias que irrigam o coração, mais comuns nos países ocidentais e partes da Europa que seguem dieta semelhante à dos norteamericanos. Se nos óleos comuns a fração dessa gordura chega a 50%, no azeite de oliva ultrapassa 73%. O caminho da saúde não exige o corte de toda a gordura da alimentação, mas que a maior parte seja fornecida por fontes vegetais e, de preferência, com predominância do azeite. O motivo da preferência está na composição do produto, que contém substâncias capazes de melhorar a relação entre as frações de colesterol do organismo. Elas reduzem o chamado colesterol ruim (LDL) e aumentam o bom colesterol, o HDL. As gorduras saturadas são sólidas à temperatura ambiente e provem de fontes animais (manteiga, creme de leite, banha de porco e gordura contida nas carnes), com exceção para o óleo de coco (com 92% de gordura saturada na composição) e palmeira. São também as mais daninhas,
pois favorecem o aumento da fração LDL, que tende a se acumular nas paredes dos vasos e artérias, formando as placas de ateroma, geradas pela deposição de gordura e cálcio, que diminuem o calibre das artérias. Já o colesterol HDL limpa artérias favorecendo a eliminação da parcela nociva. As gorduras insaturadas são originárias de fontes vegetais e líquidas à temperatura ambiente. Subdividemse em poli-insaturadas (milho, soja, amendoim, girassol) e monoinsaturadas (azeite e canola). Os poli-insaturados reduzem o colesterol bom e o ruim ao mesmo tempo. Já os monoinsaturados atacam só o colesterol ruim, elevando a presença do outro. Os benefícios do azeite também não são imediatos: podem vir a médio e longo prazos e variam de acordo com o metabolismo. Alguns estudos mostram, por exemplo, que sinais de melhora da imunidade e do colesterol podem começar a surgir em 30 dias. Outras pesquisas indicam que a proteção do azeite de oliva reduz a incidência de artrite reumatoide após 27 semanas seguindo com uma alimentação baseada em monoinsaturados. Não custa lembrar: azeite ajuda a diminuir o número de casos, mas não cura artrite reumatoide. O acréscimo de azeite significa também controlar a presença das outras fontes de gordura, como leites e queijos. Não custa lembrar que esses produtos não impedem a ação do óleo de oliva, mas aumentam o colesterol ruim. Seguir uma dieta pobre em gorduras originárias de fontes animais, moderar nos óleos e enriquecer com azeite aumenta a expectativa de vida. fonte: Blog Clube do Lar
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