JORNALZEN ANO 16
MAIO/2020
Nº 183
www.jornalzen.com.br
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COMUNICADO Em apoio às medidas de distanciamento social, devido à pandemia do novo coronavírus, e zelando pela segurança sanitária, o JORNALZEN suspendeu temporariamente a circulação de sua edição impressa. Estamos disponibilizando gratuitamente a edição digital, que pode ser acessada em www.portalzen.com.br e nas páginas do JORNALZEN nas redes sociais. Ressaltamos a excepcionalidade do momento, em que, pela primeira vez em mais de 15 anos de circulação, fomos obrigados a adotar tal providência. Desde já contamos com o apoio e a compreensão dos assinantes, anunciantes e colaboradores, certos de que nossa Missão continua e que conseguiremos ultrapassar esta fase de transição com união e serenidade. Para tanto, esperamos contribuir com nosso rico conteúdo voltado à reflexão e ao autoconhecimento, mais do que nunca, absolutamente necessário.
ARTIGOS Quarentena e sanidade O resgate do afeto mental: é possível? pós-Covid Pág. 2
Pág. 4
Felicidade em tempos de coronavírus? Pág. 5
ZENTREVISTA
Drica Pinotti Escritora vivendo em Nova York cria projeto de suporte emocional à comunidade brasileira nos Estados Unidos durante a crise do coronavírus Pág. 3
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Quarentena e sanidade mental: é possível? por Marcelo Niel
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pandemia do coronavírus impôs abruptamente a todas as pessoas a realidade da quarentena: privação da liberdade, limites, mudança de hábitos e rotinas, dificuldades financeiras e organizacionais. Todos ao redor do mundo estão – ou estarão – submetidos a esse novo modo de viver que exige uma série de adaptações e transformações que parecem, em um primeiro momento, impossíveis de serem realizadas, mas não são. As pessoas são diferentes e reagem de modos únicos frente a desafios e situações limite. Entretanto, a história da humanidade mostra que sim, somos e seremos capazes de lidar com o rigor que a situação impõe, se soubermos manter a serenidade. E como é possível manter serenidade numa situação tão drástica? Tenho acompanhado e orientado muitas pessoas, pacientes e amigos, e tenho percebido que o acesso à tecnologia, que se tornou essencial para nós e com potencial para ser nossa aliada, tem se tornado nossa inimiga. Evite compartilhar todo tipo de mensagem falando sobre a pandemia, sobre métodos de proteção, desinfecção e, mais ainda, mensagens de pânico, relatos de pessoas que estão fora no Brasil, porque isso só contribui para aumentar nosso medo frente a algo que não temos controle, além das medidas de prevenção já conhecidas e difundidas. Isso não significa que devemos permanecer alienados: escolha uma fonte de informação para se atualizar durante um curto período do dia, uma única vez já é suficiente. Use a tecnologia a seu favor: chame
pessoas para conversar, faça chamadas de vídeo, conecte-se com as pessoas. Muita gente tem aproveitado o momento para propor atividades em grupo através das mídias sociais: cantar, rezar, bater papo, realizar discussões teóricas em áreas de seu interesse. Seja generoso: chame pessoas para conversar, mande um recadinho para aquela pessoa que você sabe que está sozinha e tem maior potencial de “pirar”. Na minha rede de amigos, eu tenho observado com cuidado quem está “surtando” e tenho chamado essas pessoas para conversar, distrair e até chamar a atenção para o nível de “piração”. Não é preciso ser psicólogo, psiquiatra ou terapeuta para cuidar dos amigos, das pessoas à nossa volta: basta um pouco de humanidade. Pessoas que já fazem algum tipo de tratamento psiquiátrico podem estar mais vulneráveis a se desestabilizarem. Dê suporte a elas. Chame para conversar, certifique-se de que ela está bem, pergunte se suas medicações estão em dia, se for o caso. São pequenos cuidados que podem fazer uma grande diferença. O nível de ansiedade das pessoas está muito elevado e muita gente tem apresentado crises mais sérias, que necessitam de ajuda profissional e isso não é frescura. Vários profissionais da área de saúde mental têm se disponibilizado nas redes sociais para escuta e suporte gratuitos e procurar ajuda é o primeiro grande passo para recuperar o equilíbrio. Procure manter-se em atividade, mas também descansar a mente. Dentro de casa, há uma série de afazeres que protelamos, deixamos para depois, geralmente alegando falta de tempo. A hora é agora. Coisas para consertar, arrumar
gavetas, armários, documentos, jogar coisa velha fora e um sem número de atividades que podem ser executadas nesse período. Evite permanecer tempos infindáveis numa única atividade, porque você pode se enjoar dela e, com isso, aumentar seu tédio. Aprenda a dosar. Como disse, a mente também precisa descansar. Não tenha vergonha de ficar deitado um dia inteiro, ficar de pijama e arrastar as meias pelo chão ou mesmo ficar sem roupa pela casa. Lembre-se do quanto reclama de ter que usar roupa social, uniforme, calça comprida e sapato fechado todos os dias. É legal também exercitar um pouco de vaidade. Cuide-se. Tome banho, faça as unhas, arrume o cabelo, apare ou depile os pelos se achar necessário. O tédio, a irritação e o estresse chegarão para todos, não importa se sozinhos ou acompanhados. Do mesmo modo, o importante é desviar o foco da irritação com uma outra atividade: ouvir uma música, tomar um banho, respirar fundo. Se você está confinado com outras pessoas, não tenha vergonha e nem receio de se afastar um pouco. Vá descansar, respeite sua necessidade de espaço, mude de ambiente. Não há nada de errado em se recolher um pouco
JORNALZEN DIRETORA EXECUTIVA SILVIA LÁ MON
para aumentar os níveis de paciência. O confinamento em grupo, sobretudo em família, nos coloca frente a frente com as dificuldades de convivência que conseguimos driblar ou evitar quando a rotina está normalizada: aquele irmão “chato”, aquela avó “crica”, aquele pai cheio de “manias” e isso pode fazer com que os ânimos se exaltem ainda mais. Famílias convivendo com crianças possuem um grande desafio: driblar o tédio dos pequenos. Procure mantê-los em atividade, abuse da criatividade. Jogos, brincadeiras, pinturas, desenhos. Não se incomode com paredes rabiscadas, se for o caso. Tenho uma amiga que reservou uma parede inteira do quarto dos filhos para eles poderem rabiscar e deu muito certo. Evite deixar as crianças o tempo todo nos celulares, tablets e computadores. Sim, pode ser um grande sossego, mas procure dosar com outras atividades saudáveis. Você, que está podendo permanecer confinado e não se expondo a riscos a todo o tempo, como é o caso dos profissionais de saúde e de pessoas que são obrigadas a sair às ruas por uma questão de sobrevivência, seja grato. Compreenda que você está inserido num sistema de privilégios do qual muitas pessoas não fazem parte. As dicas podem ser infindáveis, porque cada pessoa pode descobrir um jeito diferente e inovador de lidar com essa crise. Vamos em frente, cuidando uns dos outros e se cuidando, até que possamos voltar à nossa rotina. E fique em casa, se for possível! Marcelo Niel é psiquiatra e doutor em ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
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ilantropia sempre foi uma área de interesse da escritora Drica Pinotti. Morando desde 2017 em Nova York, a paulistana formada em moda passou a se dedicar à literatura desde que saiu da faculdade. Escreveu 16 livros, publicados no Brasil, em Portugal e nos Estados Unidos. Aos 48 anos, Drica decidiu criar, com um grupo de amigas, uma plataforma virtual de suporte emocional aos brasileiros que vivem nos EUA neste momento de enfrentamento do novo coronavírus. O Epidemic Support foi a primeira iniciativa pessoal de Drica, voluntária em organizações como a SOS EB Kids, que trata de crianças com epidormólise bolhosa, que provoca feridas na pele ao menor atrito. Ela já pensa em outro projeto, para ajudar na reconstrução das vidas das pessoas quando o isolamento social terminar. Nesta entrevista ao JORNALZEN, Drica Pinotti dá mais detalhes sobre a rede de voluntários que conecta psicólogos, terapeutas holísticos, instrutores de meditação e especialistas em recursos humanos com pessoas que se cadastram pedindo ajuda por meio do site gratuito.
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ZENTREVISTA: Drica Pinotti
ESCUTA SOLIDÁRIA Escritora vivendo em Nova York cria projeto de apoio emocional à comunidade brasileira nos EUA durante a crise do coronavírus Divulgação
Quando deixou o Brasil e passou a morar em Nova York?
Como avalia a proposta do JORNALZEN, de divulgar iniciativas positivas e ligadas ao autoconhecimento?
Cheguei a Nova York em 2008, para estudar inglês. Me apaixonei pela cidade. Passei alguns anos estudando, mas voltei para o Brasil. Entre idas e vindas, decidi me preparar para morar aqui. Consegui o visto de trabalho, fiz meus planos e voltei para publicar meus livros. Desde 2017 venho trabalhando como escritora em NY. No ano passado, publiquei meu primeiro livro em inglês. Finalizei um roteiro para cinema, que estava em pré-produção, mas não sei como o projeto vai se desenvolver com a crise pós-Covid. Como surgiu a ideia de prestar apoio emocional à comunidade brasileira nos Estados Unidos?
A vida em Nova York é dura. Muitos imigrantes dividem apartamentos pequenos com pessoas estranhas, que acabam se tornando sua família. No primeiro dia do isolamento eu pensei: as pessoas vão enlouquecer, presas dentro de casa, dividindo-a com pessoas com as quais não têm intimidade, ou sozinhas, pensando na família no Brasil. A vida do imigrante é muito solitária. Decidi que iria fazer alguma coisa. Reuni algumas amigas e, depois de dez dias, passamos a atender.
viver a este momento. Nossa comunidade precisa de ajuda e não podemos contar com o governo americano para cuidar de nós. Muito imigrantes que pagam imposto receberam o cheque de incentivo do governo Trump, mas foi apenas isso. Eles têm muitos problemas e não estão pensando nos imigrantes neste momento. As comunidades precisam se organizar em projetos sociais como o Epidemic Support ou o Mantena Global, que distribui cesta básica gratuitamente para os brasileiros de Newark, para fortalecer nossos compatriotas que estão enfrentando a pandemia com mais dificuldade. Somos mais fortes juntos.
Acredito que a mobilização tem de ser generalizada. Uma entrevista ou um simples compartilhamento de um post nas mídias sociais pode levar o Epidemic Support ou qualquer outro projeto a conseguir mais um voluntário ou alcançar alguém que precisa de ajuda a obtêla. Todos nós somos responsáveis. Engajamento é necessário e prova de altruísmo social, que é a nossa missão.
Quais atendimentos têm sido mais requisitados por meio da plataforma?
O apoio emocional corresponde a 62%, seguido por 20% que precisam de orientação de carreira, que é nosso serviço que ajuda as pessoas a se prepararem para o retorno ao mercado de trabalho
depois do final do isolamento. Qual a importância desse trabalho no contexto da pandemia do novo coronavírus?
Nós acreditamos que o equilíbrio emocional é fundamental para sobre-
“O equilíbrio emocional é fundamental neste momento. As comunidades têm de se organizar em projetos sociais para ajudar os mais necessitados”
Que mensagem gostaria de deixar para os nossos leitores?
Vocês não estão sozinhos. Estamos fisicamente separados, mas estamos juntos em pensamento e atitudes. Cuidem do corpo e da mente. Se você acha que não consegue fazer isso sozinho, não tenha vergonha de procurar ajuda. Esse vírus é cruel. Respeitem as regras de isolamento e cuidem das pessoas ao seu redor. Isso inclui não apenas as pessoas da sua família, mas também aquele vizinho idoso com quem você nunca conversa. Ele precisa de você. Agora, precisamos uns dos outros. Desejo a todos muita saúde e força para enfrentar o que vem depois da pandemia. www.epidemicsupport.com
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O resgate do afeto pós-Covid
JOÃO SCALFI Período de crise e pandemia Naturalmente, situações inabituais provocam crises, e estas, por sua vez, perturbam a efetivação do que podemos chamar de “adaptação” forçando as pessoas a buscarem soluções. O que exige mudança de comportamento moral, emocional e também para desenvolver novas condutas, alterando os costumes e para sentirmos a fragilidade da vida neste planeta. O ser humano ainda precisa de um choque através da dor, que o faça mudar os costumes e frear o consumismo para sentir que a vida não é somente física. Somos espíritos passando por uma experiência evolutiva no planeta Terra e temos um ser divino que nos governa e sabe quando é necessário frear a nossa corrida! Mas a misericórdia divina não nos desampara e nos faz despertar com o amor em torno do bem ao próximo que podemos fazer e isso produzirá efeitos edificantes em nós e também na natureza e o planeta agradece. As dores que defluem desses fenômenos denominados como flagelos destruidores, objetivam o progresso da humanidade. Como se trata do
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processo de “transição planetária”, é uma crise existencial provocando mudanças comportamentais. O que se impõe ao homem é para aprender a adaptar-se a novas situações e repensar o sentido da vida. Que saibamos lidar com rupturas e perdas, sem trilhar os caminhos da revolta e do desânimo e que consigamos manter a chama da fé acessa. Indubitavelmente, ocorrerão várias crises no planeta até que alcance a almejada condição de mundo regenerado. O ser humano está imerso no mar do materialismo e com esse “sacolejar” provocado pela Covid-19 muitos despertarão para a realidade da vida. É a psicosfera doentia dos seres humanos que provoca essas pandemias e tem a função purificadora de alterar os costumes e hábitos comportamentais a fim de nos conectarmos mais com a espiritualidade. “Só percebemos a importância do oxigênio quando nos falta o ar”. Fontes: O Período das Crises (Agnaldo Paviani/Klaus); Transição Planetária (Divaldo Franco/ Manoel Philomeno de Miranda)
por Andréa Ladislau
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uitas evidências sinalizam que o mundo e o homem não serão os mesmos após a Covid-19. O vírus virou o epicentro e nos igualou. Dentro do caos, constatamos o que sempre soubemos, mas não valorizávamos, até sermos apresentados a ele: somos seres finitos e pequenos. Limitados na autossuficiência. A pandemia potencializou nossas fragilidades e reforçou a dependência do outro. Hoje, vivendo em isolamento, estamos saudosos dos abraços, dos beijos, do carinho e da aproximação calorosa que sempre foi nossa marca, enquanto seres sociáveis. Somos afetuosos e criados para a conexão. Estamos reaprendendo, forçadamente, a nos conectar com o mundo pelas redes. Buscando a proximidade virtual com os que amamos através das telas. Sim, é um teste à nossa intimidade, trazendo profunda alteração das relações humanas. Gestos tão familiares, como um aperto de mão ou um beijo no rosto, tornaram-se obsoletos e hoje são condenados por serem potenciais condutores do tão temido vírus. O corona criou novos modelos de cumprimento: toques de cotovelo e acenos de longe. Fabricou personagens paramentados para uma guerra, com máscaras, luvas e armados de potes de álcool em gel. Aliás, este item tornou-se protagonista da prevenção e do cuidado, assim como a lavagem das mãos que deve durar o tempo de dois “parabéns a você” inteiros. Marcas profundas deixadas nas pessoas em todo o mundo. No Irã, por exemplo, o lema atual é: “Não aperto sua mão porque te amo”. E quando tudo isso passar, teremos uma vida sem toque? Se entendermos que o homem é um ser que, por sua racionalidade, sabe explorar a necessidade das adaptações, podemos nos deparar com um amanhã onde a distância seja normal e aceitável. Historicamente, as próximas gerações poderão estar tão habituadas às novas modalidades de afeto que, podem levantar dúvidas de que um dia, ao nos encontrarmos, os cumprimentos eram recheados por beijo no rosto, abraços ou apertos de mão, que simbolizavam nossa satisfação ao ver um amigo no shopping. A sensação de perda do mundo, de
uma forma inédita e forçada, nos obriga a repensar valores primários, diálogos, união e intimidade. Nosso modo de estar no mundo não é mais o mesmo. O medo de tudo e do externo, do que vem de fora, cria a couraça da proteção e demarca fronteiras nos laços sociais. Olhando o cenário, temos um narcisismo abalado, onde deixamos de ser o centro do mundo. Somos incentivados a colocar em prática a humildade para reconhecer que podemos falhar. Aceitar que não somos fortes o tempo todo e nem super heróis invencíveis. E tudo bem por isso. Não tenho ideia como o mundo será após a pandemia. Ninguém tem. Mas fortes indícios levam a crer que o toque não será o mesmo. A relação interpessoal não será a mesma. O diálogo com a natureza também será modificado. A valorização em geral certamente sofrerá mudanças profundas, pois os pequenos detalhes passarão a ser mais perceptíveis. Poderemos valorizar mais o que antes não tinha importância. Apesar de amarmos a proximidade e o contato humano, a pandemia veio para mostrar que alguns resgates estão sendo feitos e, de forma necessária, tirando o homem de sua zona de conforto. Resta saber se quando tudo isso passar, sairemos mais humanos do que quando tudo começou. Ao experimentarmos a sensação, mesmo que inconsciente, da finitude e da perda do mundo, somos levados a rever nosso papel no universo. E é essa reflexão que irá nortear nossos próximos passos e fortalecer hábitos e mudanças que poderão ser corriqueiras e normais às gerações futuras. Gerações que encontrarão nos livros de história a Covid-19 como epicentro do marco das transformações de toda uma humanidade. Andréa Ladislau é psicanalista, doutora em psicanálise e psicóloga
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CARLA BÉCK
Simplifique Vivemos em um mundo que rapidamente tudo ganha rótulos, algum novo conceito. Até os mais antigos ganham uma nova roupagem e tornam-se tendências. É um eterno ressignificar e buscar seguir tendências, nem sempre tão adequadas à nossa realidade. Nesta complexidade, a quarentena me ensinou ainda mais a “simplificar”. Simplificar parece ser tão óbvio, que nos faz não precisar de uma explicação. Por outro lado, a palavra pode ser um convite a tornar tudo mais leve, mais fluido e mais real às nossas necessidades e condições de lidar com a vida com mais equilíbrio. Quando eliminamos da nossa frente tudo que nos atrapalha, enxergamos com mais nitidez o que é realmente essencial e prioritário. É como se enxergássemos pela primeira vez, tudo a nossa frente seria admirado e acolhido sem filtros e nem interferências. Admirado pela simples possibilidade de ser percebido. A quarentena nos trou-
xe um convite ao essencial. Logo que tudo começou, tivemos que lidar com o incerto, com uma nova rotina. Nosso cérebro se assustou com tamanha novidade, mas fomos nos adaptando, desaceleramos, e tivemos que agir de acordo com a nova proposta. Ainda em construção de uma nova realidade. Primeiro tivemos que encarar nossos medos e só depois permitirmos oxigenar nossas vidas. Não confunda simplificar com banalizar. Simplificar tem a ver com diminuir a complexidade. Para um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo, precisamos ser contraponto, a esperança, seres conscientes e responsáveis por nós mesmos. Olhar para dentro de nós, respirar com calma, enxergar e ouvir o que temos para perceber sobre nós mesmos, sem reservas. Ao experimentarmos isso, redescobrimos partes que havíamos deixado de lado, talvez, em meio ao tanto fazer. Esqueça um pouco o fazer, o ter, o comprar, o produzir, o performar e pense mais sobre ser quem você
nasceu para ser. Perfeito? Longe disso! Porém original, do seu jeito. Vamos ampliar a nossa percepção e sair do isolamento social para o movimento de consciência evolutiva. Palavras positivas nos ajudam a seguir mais confiantes. Desafios sempre existiram e sempre vão existir, mas temos a escolha de qual significado vamos dar a eles. Escolha a sua saúde mental e física. Esteja bem com você para estar bem com o mundo. Estamos nos informando a todo o momento e é importante estarmos atualizados. Alienar-se não é a solução! Estar
Felicidade em tempos de coronavírus? por Aline da Silva Freitas
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mundo está convivendo com uma questão de saúde pública nova e avassaladora, a pandemia decorrente da Covid-19. É no mínimo um momento de muitas dúvidas, perdas, mudanças de rotinas e tentativas das mais variadas de impedir o avanço desta doença. Há que se falar em felicidade? A vida é uma dádiva e parece estar sob ameaça, mais de 14 mil pessoas morreram. Há como falar em felicidade? As pessoas estão, em regra, com muito medo. Há que se falar em felicidade? Sim, com ressalvas, pois devemos acolher a dor e o que está presente em todo esse cenário, só que também pensar nos caminhos que se abrem e na esperança que deve ser forte neste e em todo momento. Por exemplo, a China, assim que con-
seguiu minorar os danos da pandemia em seu país, enviou profissionais e suprimentos médicos para a Itália. Isso não apaga o que houve e que segue acontecendo pelo mundo, só que é um alento. Um alento de que solidariedade, compaixão e empatia estão presentes em nossa essência. Trata-se de humanidade. A pandemia nos convida ao exercício de verdadeira cidadania global, a repensar costumes e hábitos, a rever prioridades e a nos posicionarmos diante de desafios novos e isso nos colocará mais próximos de uma felicidade social. Decisões de impacto político, econômico e social estão sendo tomadas em uma velocidade inimaginável há poucos meses e certamente vão reverberar no período pós-pandemia. A busca pela efetividade do direito à saúde faz com que esforços incomen-
suráveis sejam tomados. Saúde é questão de vida... e está evidente a interdependência dos direitos humanos, cada direito importa, cada vida conta... a luta pela vida está nos reaproximando ou nos aproximando ainda mais. As estatísticas apontam quanto dinheiro já foi investido no combate à pandemia, só que o incomensurável passa por outros indicadores também: o
5 vivendo com intensidade os problemas também não. Vamos focar na solução! Nossas atitudes positivas, de qualquer tamanho, fazem a diferença! Você é parte do mundo! Você é parte da solução! Lembre-se, o presente e o futuro do ser humano é “Ser humano”. Pratique o autoconhecimento e potencialize-se! Carla Béck é psicóloga, diretora da Infinita EPH e especialista em desenvolvimento de liderança e carreira. carlabeck@infinitaeph.com.br
trabalho grandioso de profissionais da saúde, de pesquisadores, de gestores políticos e, como não poderia deixar de ser, por todos e cada um de nós membros da sociedade global. Sim, o comportamento de cada ser neste momento conta. Sejamos fonte de solidariedade, empatia, compaixão e serenidade... Certamente isso nos gerará bem-estar e felicidade, talvez não afaste toda a preocupação e receio do que pode vir a acontecer, mas nos ajudará a sermos mais resilientes, sendo a resiliência a melhor companheira da felicidade. Temos de ser realistas e reconhecer que felicidade não é constante, mas que tal, além de nos cuidarmos segundo os padrões orientados internacionalmente, emanarmos positividade e esperança de que vai passar? Acreditemos. Aline da Silva Freitas é professora de direito público da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas
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RENÉ SCHUBERT
Cuidando do cuidador Convido-o(a)s para a reflexão tão importante sobre os cuidados que o psicoterapeuta, terapeuta, facilitador, cuidador, precisa ter consigo mesmo. Isto parte do momento atual, em que vemos tantos profissionais da saúde, arriscando suas vidas, colocando-se a serviço para garantir os cuidados e bemestar de outrem. E do cuidador, quem cuida? O material de trabalho do cuidador é o material humano. O dia todo em contato com as manifestações e conteúdos trazidos por crianças, jovens, adultos, idosos, casais, famílias. Afetos, emoções, histórias, tramas e dramas. Angústias, incômodos, insatisfações. Conflitos. Dores e machucados. Traumas, transes e mecanismos de adaptação. Personagens preferidos e preteridos. Exclusões, preconceitos, raiva. Pensamentos sombrios. Desejos assustadores. Fantasias terríficas e por vezes libertadoras. Vínculos pesados, mas também vínculos leves. Crenças limitantes ou as que levam e mantêm o sucesso. Palavras mal ditas... Palavras mágicas. Relacionamentos tóxicos, relacionamentos fugazes, relacionamentos sofridos... Relacionamentos que levam adiante. E por todas estas cenas, dores e cores... A pessoa do cuidador já passou. Já vivenciou e presenciou. E é esperado que tenha trabalhado estas, em seus próprios espaços terapêutico de escuta, acolhimentos e elaboração. Como colocado pelo facilitador Thomas Bryson: “Um cliente trará suas sombras para o atendimento, para o campo. Para adentrar nestas sombras, o terapeuta precisa estar preparado, precisa ser capaz de estar e se manter na presença. Para tal, precisa conhecer suas próprias sombras, e precisa ter visitado e tomado contato com as mesmas diversas vezes. Ape-
nas um terapeuta que conhece suas próprias sombras pode entrar nas sombras do cliente sem ser desviado ou engolfado por estas.” E, como apontado pelo o psicanalista Jorge Forbes, “somos profissionais do incompleto”. Lidamos com a incompletude. Com o imperfeito. Somos incompletos e imperfeitos. Isto nos faz inquietamente buscar, aprimorar, transformar. Nos transformar. Nos cuidar, para cuidar. O trabalho do cuidador... É constantemente sobre si mesmo. Para poder fornecer recursos e ferramentas, reflexões e estratégias, possíveis e vívidas ao seu paciente/cliente. Sigmund Freud apontava para a importância do tripé da psicanálise: análise pessoal, supervisão e estudo teórico. Trabalhar seus temas pessoais, suas angústias e medos em seu próprio espaço terapêutico. Supervisionar as questões práticas difíceis que surgem no dia a dia da clínica. Aprofundar e manter os estudos teóricos, pois cada paciente/cliente traz o novo. Cada caso é um caso. Desenvolvemos as hipóteses, estratégias, tratamentos, a partir de cada novo caso como este se apresenta e desenvolve. Lidando com seres humanos, como o(a) próprio(a) terapeuta, o(a) mesmo(a) precisa estar em constante movimento de escuta, paciência, tolerância, inclusão do novo, supervisão, aprimoramento, aprofundamento, abertura. Somos incompletos, vulneráveis e frágeis... Também... E isto não é uma fraqueza, muito pelo contrário, isto é uma força. Para tal, precisamos trabalhar, com frequência, estes aspectos. Estar atentos e respirar conscientemente. Entrar em contato. Reconhecer. Diferenciar. Transmutar. Dar um lugar. Integrar. Atuar, com consciência e presença!
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PANORAMA MÁSCARAS DO BEM A ação sem fins lucrativos visa ajudar a população a se proteger do novo coronavírus, sobretudo aqueles em situação de vulnerabilidade. No site mascaras pelobem.org são vendidas máscaras reutilizáveis com preço abaixo do praticado pelo varejo para produtos similares (kits com duas máscaras a R$ 15,90). Para cada máscara comprada, outra será doada a quem não pode comprar. MÁSCARAS PARA ENTIDADES A artesã Edna Onaga está produzindo máscaras de tecidos e doando para entidades assistenciais de Campinas. Com a finalidade de repor os estoques de materiais para a produção, ela tem cobrado 6 reais pelas máscaras de proteção das pessoas que não trabalham ou não são assistidas pelas instituições. As encomendas devem ser feitas pelos telefones (19) 99796-5934 ou 99194-1166. MANUAL DE PREVENÇÃO À COVID A versão em português do Manual de Controle e Prevenção da Covid-19, segundo Wenhong Zhang, médico chinês especialista em doenças infecciosas e referência no tratamento do novo coronavírus, começou a ser disponibilizada gratuitamente pela internet. Também serão distribuídos 5 mil exemplares impressos. O e-book pode ser acessado em livrariapolobooks.com.br/ebook-covid-19 CAMPANHA CHINELO SOLIDÁRIO A médica pediatra Denise Lellis iniciou campanha para arrecadar chinelos a pacientes internados por Covid-19 que não podem receber visitas nem objetos trazidos pelas famílias. Quem quiser contribuir com um par de chinelos, pode entrar em contato pelo WhatsApp (11) 99364-9449. A campanha está direcionando as doações para os hospitais de campanha em São Paulo. MAPA DA SAÚDE MENTAL O Instituto Vita Alere, que atua na promoção da saúde mental e na prevenção do suicídio, lançou o site Mapa da Saúde Mental – mapasaudemental.com.br. Trata-se de um guia de ajuda no qual é possível encontrar profissionais e grupos de apoio disponíveis virtual e presencialmente. Os usuários também poderão baixar uma cartilha com informações e instruções. DOAÇÃO DE LEITE MATERNO O Hospital Maternidade de Campinas intensificou a campanha de doação de leite materno a fim de garantir o estoque para atendimento dos 62 leitos de suas unidades de terapia intensiva e cuidados intermediários. Para ser doadora, a mulher deve estar saudável, amamentando o próprio filho e ter produção excedente de leite. Agendamento prévio pelo telefone (19) 3306-6039. LIVROS PARA DOWNLOAD O projeto “Leia Comigo!”, da Fundação Educar DPaschoal, edita, publica e distribui literatura infantojuvenil com conteúdos para despertar a paixão pela leitura na vida da criança. A biblioteca virtual tem mais de 190 livros construídos com base em temas como diversidade, pluralidade e cidadania, e podem ser acessados gratuitamente. Basta acessar o site www.educardpaschoal.org.br VENDA BENEFICENTE A segunda edição do livro Arquitetura Dinâmica, com detalhes e imagens de projetos recentes dos arquitetos e designers de interiores Dani Guardini e Adriano Stancati, vai reverter 20% do valor arrecadado com a venda para o Centro Boldrini, que trata crianças e adolescentes com câncer e doenças do sangue. O livro pode ser adquirido no site guardini-stancati.lojaintegrada.com.br CONGRESSO DE AROMATERAPIA O 2º Congresso Online Internacional de Aromaterapia vai reunir, de 1º a 5 de junho, mais de 20 palestrantes de diferentes países do mundo. Durante o evento virtual, os participantes terão a oportunidade de saber sobre as diferentes dimensões da aromaterapia e as funções dos óleos essenciais. Insgratuitas em go.hotmart.com/O31102843G
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MÁRCIO ASSUMPÇÃO
Vou fazer uma live Nasci em 1973, um ano depois que a televisão começou a ser em cores. Obviamente, não sou nativo digital. Entrei no Facebook no momento em que meus alunos perguntavam “Você tem Face?”. E quando respondia que não, olhavam-me como se tivesse passado os últimos anos isolado numa ilha deserta. Entrei no Instagram há pouco tempo, pelo mesmo motivo do Facebook. O que eu acho do WhatsApp? No início, achei a invenção do século. Passados alguns meses, comecei a considerar que a minha vida se restringia a dar aulas e responder mensagens. Demorava um tempo para elaborar uma mensagem como se fosse um email, a pessoa respondia com um emoji e, logo depois, perguntava novamente o que eu tinha acabado de responder... Conclusão: ninguém lê mais de três linhas. Hoje, prefiro enviar um áudio, na esperança de que a pessoa escute até o final. Depois de uma década de insistência dos meus alu-
nos para fazer um vídeo no YouTube, recebi um convite para fazer três vídeos para o Canal Hindu. A orientação que recebi foi de que tinha que chamar a atenção para a minha fala nos primeiros quatro segundos. Perguntei novamente: “Quatro minutos?”. A resposta foi: “Não. Quatro segundos”. Explicaram que era o tempo que as pessoas desistem de assistir a seu vídeo caso você não consiga prender a atenção dos internautas. Levo esse tempo para falar a palavra yoga. Os vídeos ficaram ótimos, e recomendo este canal, que é excelente. Acho que passei no teste dos quatros segundos. Fiquei um tempão sem fazer vídeos. Só a pandemia me convenceu a ter um canal do Instituto de Yogaterapia no YouTube. Não faço compras pela internet, com exceção para as listas de casamento, onde você não tem outra alternativa (nem mesmo escolher um presente original). E assim segue minha vida nesse mundo digital com cada vez menos tempo para
o presencial. Sinto-me com os pés em duas canoas, tentando me equilibrar. Você pode estar pensando: “Que pessoa chata, fora de moda, desatualizada”. Não concordo. Apenas gosto de viver a vida “ao vivo e a cores”. Gosto de olhar nos olhos, sentir a energia do momento. De bater um papo com meus alunos. De ir às lojas, sentir o tato e o cheiro das coisas. De surpreender com os presentes. De viajar e degustar cada experiência da viagem. Mas a vida, neste momento de pandemia, não me dá outra alternativa. E assim, para a alegria de muitos alunos que insistiam para eu dar aulas on-line, montei uma plataforma EAD. Não pen-
7 sem que foi fácil. Ainda estou me familiarizando com esse universo. Yogaterapia Play é o nome deste novo filho. Isso não mudou a minha opinião. Acho que a internet aproxima as pessoas distantes, mas distancia as que estão próximas. Porém, com a plataforma, posso continuar a dar aulas. Esta é a mágica do mundo digital e sou muito agradecido por todos que criaram essas tecnologias. Espero que, ao passar tudo isso, as pessoas valorizem mais os momentos presentes. Agora, tenho que terminar o texto... Já está na hora da minha live (kkk). Namastê.
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BARBARA PUCHALA
A Saúde, pela PR
Ensinamentos maternais
Para a psicoterapia reencarnacionista (PR), o conceito de Saúde é muitíssimo mais amplo do que foi considerado até hoje: o grau de Saúde implica no grau de obediência do nosso ego (persona) ao nosso Espírito e aos nossos Mentores Espirituais. Então, Saúde é isso: obediência, submissão e humildade ao Superior. E Doença é o oposto: rebeldia, egocentrismo e vaidade. A Saúde Perfeita é a completa obediência da nossa persona ao comando superior e Doença Absoluta é a total autonomia desse nosso aspecto terreno. Entre a Saúde Perfeita e a Doença Absoluta existem milhares de graduações e cada um de nós deve avaliar onde se encontra e isso passa pelo número de vezes em que falamos ou pensamos em “eu”. A PR é a terapia da libertação dos rótulos, da libertação do comando da persona sobre o Espírito e quer que nos aproximemos o mais possível da Saúde Perfeita, e passemos do “eu” para o “nós”. E então, o critério de Saúde amplia-se enormemente, pois implica no compromisso da personalidade terrena com a sua Essência, ou seja, na nossa responsabilidade em relação ao projeto encarnatório evolutivo do nosso Eu Real. A ausência de sinais ou sintomas físicos ou psíquicos, ou a não percepção deles, não implica em Saúde, pelos critérios da PR. Nela, a visão do ser humano transcende a persona, aprofunda-se em seus aspectos espirituais e no grau de aproveitamento de sua encarnação, a partir dos objetivos evolucionistas. A visão habitual de saúde ou de doença extrapola, então,
Vivenciamos o Dia das Mães de uma forma diferente. O recolhimento imposto pela pandemia da Covid-19 nos conduz, inevitavelmente, a muitas reflexões e transformações. É clara a oportunidade para revermos as relações com o mundo que nos cerca, partindo de nós mesmos, nossas famílias e as pessoas, passando pela natureza e todos os seus seres, até o planeta e a vida como um todo. Neste contexto, percebemos a importância de um abraço, do afeto, da compreensão, da empatia, da solidariedade e da consciência de nossa responsabilidade e influência no mundo. Também temos mais tempo para observar os movimentos do nosso querido planeta, carinhosamente chamado de Mãe Terra, que nos presenteia diariamente com belas manifestações da natureza. Veja que interessante! São presentes e a presença que costumamos receber de figuras maternas! Que tal acolhermos a energia de nossas mães se manifestando desta forma tão especial? E, em retribuição, exercitarmos o nosso cuidado e a nossa atenção a estas mães tão merecedoras? Realizar este exercício sem que, necessariamente, tenhamos a família reunida, nos convida a inovar. O momento é de desaceleração, reavaliação e uma subse-
quente retomada. É simples e novo. Temos a chance de ressignificar nossas conexões e de encontrarmos formas alternativas de nos expressar. Observar a natureza e nossa Mãe Terra certamente nos ensina a compreender a realidade de maneira mais sistêmica, integrada, multidisciplinar, facilitando a tomada de decisão consciente, empática e com senso de comunidade. O que significa a possibilidade de redesenhar a maneira como estabelecemos nossos relacionamentos, de forma mais fluida, embora coesa. Tomemos consciência de todos os ensinamentos maternais que recebemos! Para então inovar a forma de demonstrar nossos aprendizados, com amor e empatia. Quando tudo isso passar, voltaremos a um novo normal, com ensinamentos maternais de cuidado e harmonia com o todo! Vamos aproveitar o sentimento de amor e ternura que nos invadiu no Dia das Mães e ampliá-lo, compartilhando nossos sentimentos e exercitando, consciente e cuidadosamente, os ensinamentos que nossas mães ancestrais e nossa Mãe Terra nos oferecem tão incondicionalmente! Barbara Puchala é engenheira agrônoma, empreendedora e facilitadora sistêmica
o corpo e o psiquismo, e os critérios abordados para o diagnóstico e prognóstico passam a ser as motivaSILVIA LÁ MON ções existenci- silvialamonica15@gmail.com ais, a compreensão da existência encarnada, do retorno à vida encarnada na infância, dos gatilhos e das armadilhas. Para a PR, o importante é encarar e tratar as pessoas a partir dos seus aspectos mentais (pensamentos), que criam e mantêm os aspectos emocionais (sentimentos), o que abrange a sua visão a respeito da vida, a sua interpretação equivocada dela, da sua própria existência e objetivos. A PR, sendo uma terapia que tem seu foco nos pensamentos das pessoas, tem a capacidade de poder modificar o raciocínio que os doentes físicos ou psíquicos têm de sua infância, de sua vida, e dos coadjuvantes de sua atual encarnação. Por isso, ela consegue, em pouco tempo, mudar o enfoque a respeito disso e com essa mudança, diminuir naturalmente os sentimentos que estavam atrelados ao equívoco e as doenças físicas que originaram-se deles. Obs.: as ideias aqui desenvolvidas são parte do programa do curso de formação de terapeutas da Associação Brasileira de Psicoterapia Reencarnacionista (ABPR) Silvia La Monica é psicoterapeuta reencarnacionista associada à ABPR (19) 99109.4566
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Maio/2020
KARINA FERRARI
A visão holística do terapeuta Olá! Estou muito feliz de estar aqui e poder compartilhar com você através desta coluna. Sou Karina Ferrari e venho trabalhando desde 2016 em processos de capacitação de terapeutas holísticos. Acredito que o autoconhecimento pode transformar positivamente as pessoas e a forma como elas se relacionam com os outros e consigo mesmas, e que terapeutas bem preparados podem ajudar as pessoas a se desenvolverem e se autoconhecerem com profundidade. Minha missão é desenvolver terapeutas de excelência, levando aos terapeutas integrativos ferramentas eficazes para proporcionar equilíbrio emocional, físico e mental e ajudar a despertar a autoconsciência e autoconhecimento profundos. Meu trabalho como instrutora e mentora de terapeutas consiste em cursos, workshops, mentorias e atendimentos individuais para desenvolver o profissional tanto tecnicamente quanto emocionalmente. Sou formada em engenharia química e trabalhei por 11 anos na indústria. Comecei na terapia holística em 2009 e concretizei mi-
nha transição de carreira em 2014. Em 2016 criei o Instituto Religere e desde então venho ajudando centenas de terapeutas. Eu sei o quanto é difícil começar na terapia holística e o quanto muitos profissionais se sentem inseguros ou despreparados para atender ou não sabem como realmente viver dessa profissão. É nisso que venho trabalhando com meus alunos e mentorandos. Algo que gostaria de trazer no texto de hoje é sobre a visão holística do próprio terapeuta holístico. Ouço muitas vezes de terapeutas perguntas como: “qual é mesmo aquele floral para a menopausa?” ou “que floral que é bom para a insônia?”. Esse tipo de pergunta mostra o despreparo do profissional holístico em olhar para outro indivíduo como um todo, e percebo que muitos terapeutas holísticos ainda possuem uma mentalidade alopática, olhando e buscando tratar os sintomas de seus clientes. Como já dizia o mestre Edward Bach, descobridor dos florais de Bach: “tratem o doente, e não a doença”. Nossas técnicas e ferramentas devem ser utilizadas para tratar as causas das questões sintomáticas trazidas pelo nos-
so cliente, causas estas que estão no seu campo sutil, por isso, um verdadeiro interesse pelo outro, por sua história, por sua visão de mundo, seus sentimentos, formas de pensar e agir, se faz necessário para que possamos conduzir um atendimento eficaz. Um terapeuta reikiano, por exemplo, além da aplicação do reiki propriamente dita, pode praticar a escuta terapêutica com seu cliente e trabalhar com ele também os cinco princípios do reiki, propondo atividades sim-
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ples para que o cliente vá se conscientizando das atitudes que o colocaram naquela situação e buscando desenvolver novas formas de pensar e agir para mudar aquela realidade. Quais ferramentas você já aprendeu até hoje? Você tem tido uma mentalidade alopática, buscando tratar sintomas? Ou você tem utilizado essas ferramentas de maneira holística, olhando para o outro como um todo e como o próprio criador de sua realidade? Karina Ferrari é psicanalista clínica, especialista em florais de Bach, mestre em reiki e coach
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CLÉLIO BERTI
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A arte do sono bom Quando se fala em dormir, muita gente perde o sono. Os números são cruéis: 73% dos brasileiros têm alguma dificuldade para conquistar o sono profundo e reparador. Sono de qualidade não é luxo. Há prejuízos imensos a curto, médio e longo prazos. Vamos enumerar alguns efeitos de uma noite bem (ou mal) dormida: 1 – Dormir bem emagrece. Um hormônio, chamado leptina, é segregado enquanto você descansa. Essa substância é responsável pela sensação de saciedade. Portanto, o sono reparador produz a quantidade certa de leptina e a pessoa come menos e não engorda. 2 – O sono bom faz bem para o coração. De cada dez pessoas com pressão alta, três desenvolveram o problema por não dormir adequadamente. 3 – Noites mal dormidas
afetam a concentração. Como resultado, há aumento de acidentes: trânsito, trabalho, domésticos. Há, também, queda de produtividade. 4 – Dores de cabeça, ombros e pescoço são produzidas por agitação noturna, sonhos tensos e falta de relaxar durante o sono. 5 – Ansiedade e depressão aumentam à medida que o sono piora. Em maio, teremos o programa “Adeus, insônia: a arte do sono bom”, para pessoas que querem melhorar a qualidade do sono e ampliar o rendimento na vida. Quer dormir bem? Mande um WhatsApp (número abaixo) e conheça o programa que mudará a qualidade do seu sono e a qualidade da sua vida. Diga que você viu no JORNALZEN e ganhe uma entrevista sobre sono.
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Maio/2020
BOM TRÂNSITO PARA NÓS! Marks Pintija
Transitar ou evitar a Covid? Estamos há mais de 60 dias enfrentando a pandemia causada pela Covid-19, e podemos afirmar que não sabemos o que estamos enfrentando nem o que está por acontecer. Apesar dessa incerteza, os deslocamentos das pessoas continuam a ser feitos, principalmente pelos que precisam sair para trabalhar, comprar itens de primeira necessidade, resolver assuntos administrativos e até mesmo aproveitar o dia como se estivessem de folga, apesar das determinações para o isolamento social. Com a necessidade de enfrentar a proliferação do vírus, diversas atitudes governamentais foram criadas, como a obrigação do uso de máscaras quando estiver em áreas públicas ou locais de aglomeração, dentro dos meios de transporte coletivo ou nos veículos de aplica-
tivos e táxis. Em algumas cidades foram implantadas restrições de uso de vias e até mesmo o rodízio em dias e horários específicos, com a exceção de algumas atividades profissionais que se enquadram na linha de frente da saúde, segurança pública e abastecimento. Numa primeira análise, parece simples criar restrições, mas torna-se crítico e sem solução ao relacionar os veículos de policiamento, bombeiro, ambulância, serviços de tráfego, coleta de lixo, funerários, transporte de insumos hospitalares, Correios, combustíveis, imprensa, escolta armada e tantas outras atividades que precisam de liberdade de movimentação. Em alguns países, como Panamá, Colômbia e até no Peru, a alternativa foi dividir entre homens e mulheres em três dias da semana, e restringir a todos no domingo, mas não através de veículo e, sim, das pessoas. Marks Pintija é especialista e educador em trânsito
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Maio/2020
SANDRA APOLINARIO
Estações da vida – ciclos que nos transformam Observando os ciclos da natureza de vida-morte-vida, compreendemos que a impermanência promove o fluxo natural e o equilíbrio. Tudo passa e se transforma para um novo começo. Como na natureza, temos nossas estações internas, reflexos do que somos, de como crescemos, amadurecemos e nos mostramos ao mundo. Como estamos vivenciando nossos ciclos internos nestes momentos... O verão chega trazendo luz, calor e vida que aquecem o corpo e a alma. Este é o ciclo da alegria. É tempo de relaxar, nos divertir, de desfrutar os momentos maravilhosos da vida. Nos animamos a sair da rotina, aproveitar o sol em meio à natureza, mas depois de relaxar, o calor começa a se despedir. A temperatura começa a cair, ventos e chuva anunciam a chegada do outono. As folhas das árvores se al-
teram para cores incríveis, do verde para o amarelo, do laranja ao vermelho – que intensidade de cores! O verdadeiro sentido do outono é de colheita, êxitos e de concretizar sonhos. É tempo de ter paciência, recompensa e satisfação. A satisfação de colher o que semeamos e cuidamos. Não foi por isso que investimos o melhor de nós? E, seguindo a impermanência dos ciclos da nossa vida, a temperatura cai ainda mais, e traz consigo o inverno. É o momento de nos recolher, para reciclar, fortalecer e criar estratégia para o próximo plantio. A frieza interior congela também muito da nossa coragem, dando espaço aos medos. Nesses momentos, o negativo é superior ao positivo atraindo, adversidades, dores, incertezas, decepções e ressentimentos. Essa é a etapa de maior transformação. É preciso mergulhar nas profundezas internas e liberar o desnecessário para florescer
e renascer para o novo. E quando vem o novo é a primavera, com toda a sua beleza e os primeiros raios de sol, onde tudo começa a desabrochar. A luz aquece o coração, e nos sentimos assim acariciados pela vida. É tempo de esperanças, de novos inícios. Iniciamos o desabrochar das novas ideias extraídas das reflexões, novos sentimentos, sensações, um despertar para um novo olhar. Embora nossos ciclos de vida pos-
Grupos de apoio e os fatores terapêuticos por Arthur Andrade
É
comum pensar que a terapia é a principal forma de cuidar da saúde mental. Contudo, é essencial ter em mente que existem outras práticas de psicoterapia que também podem ser muito eficientes quando o assunto é o lado emocional de um indivíduo. Dentre elas, quero destacar a importância dos grupos de apoio. Provavelmente você já deva ter visto esse tipo de dinâmica em filmes e séries, como os Narcóticos e Alcoólicos Anônimos. De fato, existe uma certa verdade no que é retratado nas mídias de entretenimento, uma vez que esses grupos realmente tratam de diferentes temas de saúde física e emocional. Por dividirem o espaço com pessoas que possuem histórias e angústias si-
milares às suas, a dinâmica é capaz de proporcionar um ambiente seguro para que os envolvidos se sintam à vontade ao dividirem suas experiências e para crescerem em conjunto. Além disso, é possível notar o alívio que alguns pacientes sentem quando percebem que não estão sozinhos com seus problemas, já que para muitos, os grupos de apoio também servem como um mecanismo para combater a solidão e o isolamento social. Para mostrar os benefícios que essa dinâmica é capaz de proporcionar, Irvin Yalom, escritor e psicanalista americano, elencou alguns fatores terapêuticos que essa iniciativa possui, como a instalação da esperança. A partir da observação direta de relatos de melhora dos colegas, os membros do grupo passam a produzir ex-
pectativas semelhantes para si. É nesse momento que ocorre uma vinculação maior dos pacientes, diminuindo o risco de desistência do tratamento. Outro ponto importante levantado por Yalom é a catarse, que ocorre quando um indivíduo expressa fortes emoções e é acolhido por outras pessoas com possíveis reflexões para a questão. É a partir dessa capacidade de expressar as emoções que o paciente encontra o processo para refletir sobre a própria existência e realizar as mudanças necessárias. Apesar dos exemplos citados serem
11 sam não coincidir exatamente com as estações do ano, podemos vivenciar essas experiências em momentos que forem necessárias. Confrontar os desafios que a vida nos apresenta e deixar ir o que é preciso. Aprender a viver com os desafios do tempo. Afinal, tudo passa. O importante é seguir em frente levando na bagagem a sabedoria de quem vivenciou profundamente todos os seus ciclos.
de dinâmicas presenciais, alguns grupos já têm se adaptado com facilidade ao ambiente digital, por conta do isolamento social que estamos vivenciando. Neste cenário, também é interessante observar o papel que as redes sociais desempenham. Discussões de saúde, como um todo, têm sido cada vez mais recorrentes em comunidades e fóruns, desempenhando um papel muito similar ao dos grupos de apoio: trocar experiências e passar aprendizados. Por isso, diante de qualquer questão de saúde mental e/ou física, grupos de apoio presencial ou on-line podem potencializar o acompanhamento individual, proporcionando qualidade de vida e melhora nos aspectos psíquicos e emocionais de todos. Arthur Andrade é especialista em psicologia clínica e realiza atendimentos focados em saúde emocional na Telavita, plataforma que conecta pacientes a profissionais da psicoterapia
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ELPIDIO A. PINHEIRO Carta à criança de rua Confesso que as exigências da vida (as naturais e as muitas outras que criei) me fizeram esquecer de você. Quando pequeno, sentia-me descuidado e sem privacidade, pela presença de tantas pessoas estranhas ao núcleo familiar em minha casa. Muito precocemente, isolei-me na leitura de enciclopédias e livros e passei a construir “um mundo só meu”: Com muito empenho, comprometimento, seriedade e foco em resultados. Com o passar dos anos, já adulto, em muitos momentos sentia uma dolorosa saudade de algo e uma tristeza profunda pela ausência de alguém, para as quais não sabia dar nome ou reconhecer a face. Sei agora que era de você, minha criança de rua, que tanta ausência lamentava e de quem tantas saudades sentia. Venha correndo para os meus braços e para o meu colo. Abrace-me e se entregue confiante. Respire e sorria. Perdoe-me pelo esquecimento e pelos sofrimentos que lhe causei, por minha inconsciência e pelas tribulações do cotidiano que me impus. Agora lhe reconheço como parte es-
sencial de meu corpo e de minha alma. Sem sua presença, não quero mais viver. Comigo estará segura e tem permissão para expressar seus sentimentos: brincar, correr, jogar bola na rua, tomar a primeira chuva da primavera, subir na mangueira, rolar pelo chão, comer muito brigadeiro e fazer todas as estripulias que tiver vontade. Minha alegria será ver sua espontaneidade, ouvir seus risos e tentar responder suas misteriosas perguntas. E, quando se machucar, venha correndo para o meu colo, para que eu cuide de suas feridas e possa consolar seu choro. Agora, reunidos em comunhão, o adulto e a criança em um só corpo, temos a bênção e o convite para retornar de onde viemos. E ali, redimidos pela Consciência Plena, gozarmos a felicidade e a bem-aventurança. Sigamos caminhando adiante, a passos firmes, apreciando a paisagem: alegres e despertos. Muito serviço nos espera!
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Marcelo Sguassábia Miojo vencido Legisladores imbecis, sem pauta, sem escrúpulos e sem ter o que fazer em Brasília, resolveram perseguir a nós, valorosos Lamens. Um dos projetos a serem apreciados no Congresso determina que Lamens fora do prazo de validade teriam de ir para ONGs de animais abandonados, o que para nós – com todo respeito aos cães e gatos de rua – é um desprestígio e uma afronta. Fomos concebidos para o consumo humano! Sairemos às ruas e entoaremos o nipo-espaguético canto de guerra, que orgulha a categoria miójica e que tantas conquistas inspirou ao longo de nossa história: Miojos vencidos também serão cozidos! Miojos vencidos também serão cozidos! Miojos vencidos também serão cozidos! Nossa união começa dentro da embalagem. Só conseguem nos separar às custas de muita martelada ou com água fervendo, e ainda assim após três minutos em fogo alto. Depois continuamos juntos na gororoba formada no prato, prosseguimos unidos no estômago do esfomeado e agarrados uns aos outros nos manteremos até a conclusão do trato digestivo, que todos sabem muito bem qual é. Melhor não entrar em detalhes. Nos últimos anos, temos sido classificados pelas agências reguladoras como “alimento processado”. O que causa indignação é que estamos sendo alvos de ação na Justiça sem que tenhamos acesso ao conteúdo do processo ou mesmo à notificação da denúncia, para que possamos elaborar nossa defesa. Não nos con-
formaremos, de maneira alguma, com esta perseguição orquestrada. Nossa ascendência oriental nos dá a dignidade e a honra de verdadeiros samurais, não aceitaremos cair por terra sem antes lutarmos até exaurirmos nossas forças. E se enxergarmos o fim próximo, preferiremos mil vezes o harakiri. E não é só isso. Organizações antirracismo também se manifestam caluniosamente contra os Lamens de forma geral. Alegam que o formato do produto faz apologia do cabelo claro e cacheado – características do macarrão caucasiano, do qual o exemplo mais conhecido é o chamado “cabelinho de anjo”. Não existe uma versão negra, com massa à base de feijão, berinjela ou azeitona preta, simulando os cabelos crespos dos afrodescendentes. Desejamos que os fabricantes atentem a esta necessidade, oferecendo mais opções de cores e sabores e conferindo aos macarrões de preparo rápido uma pluralidade que reflita a miscigenação da nossa sociedade. O momento é de inclusão. Somos instantâneos e, por isso mesmo, cada vez mais aptos ao estilo de vida dos novos tempos, onde um almoço ou uma janta que dure mais de dez minutos pode ser motivo de demissão por justa causa. Porém, por mais instantâneos que sejamos, temos uma longa história a preservar, uma tradição secular que precisamos levar adiante junto às novas gerações. O desprezo na prateleira, servindo de banquete para os carunchos, é a maior de todas as vergonhas para um Lamen legítimo, de alta estirpe. Não faz sentido, para um alimento, apodrecer sem serventia. LAMENtável! Marcelo Sguassábia é redator publicitário
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VIDA EM HARMONIA V
ivemos numa época de valorização da cozinha, encarada como uma verdadeira arte. Cozinhar é uma arte criativa, renovada a cada dia, a cada prato que se faz. Curta os prazeres do forno e fogão, mas não se limite aos doces e salgados. Lembre -se que você mesma pode fazer tudo, do pão à geleia, do tempero ao sorvete. Sem muito trabalho ou grandes dificuldades. É hora de aproveitar e tempo em casa e ser feliz!
LEGUMES E VERDURAS Alguns conselhos para conservação das propriedades nutritivas: • Para higienizar as verduras, use uma colher de sobremesa de ácido bórico e outra de vinagre. Com isso, você terá certeza que estão limpas. Depois, lave em água corrente. • Cozinhe legumes e verduras, sempre que possível, só na hora de servir. Quando atingir a fervura, reduza o fogo. O fogo brando deixa mais gostosos os alimentos. • Não use bicarbonato de sódio para conservar a cor verde das verduras. Um pouquinho de açúcar faz o mesmo efeito e não destrói, como o bicarbonato, certas propriedades nutritivas. • Evite picar as verduras muito fininho para assegurar maiores quantidades de ácido ascórbico (vitamina C).
CUIDADO COM AS PLANTAS Cultivar plantas dentro de casa é um hábito muito frequente. Elas enfeitam qualquer ambiente e, principalmente, apartamentos. Aqui vão algumas dicas de plantas apropriadas para ambientes pouco ensolarados. Antúrios: têm grande efeito decorativo e podem ser cultivados em locais sombrios. Uma boa ideia é colocá-los em diversos vasos ao lado de escadas, canto de sala ou em halls de entrada, formando um belo conjunto. Azaleias: planta muito conhecida e igualmente apreciada. Por ter crescimento muito demorado, pode ser cultivada para ornamentação de interiores. Exige terra fértil e pode ser regada duas vezes por semana. Espada de São Jorge: também são recomendadas para interiores, pois resistem a toda e qualquer espécie de maus-tratos e abandono, assim como a falta de água. Ela pode ser regada a cada duas ou três semanas.
RECEITAS DO MÊS
Pão caseiro
Ingredientes: • 1/2 litro de água morna • 1 colher (sopa) de fermento fresco • 1/2 xícara de óleo • 1 colher (café) de sal • 1 colher (sopa) de açúcar • 1 quilo de farinha de trigo Preparo: Misture todos os ingredientes e amasse com as mãos várias vezes, trazendo a massa de fora para dentro. Separe uma bolinha da massa e coloque num copo
com água. Quando a bolinha flutuar no copo, é sinal de que a massa cresceu o suficiente para assar. Leve ao forno médio numa forma própria ou modele no formato que desejar.
Requeijão de liquidificador Ingredientes: • 1 litro + uma xícara (chá) de leite • 1 xícara (café) de vinagre branco • 2 colheres (sopa) de margarina Preparo: Coloque um litro de leite para ferver. Quando levantar fervura, jogue a xícara de vinagre para
talhar. Deixe esfriar um pouco e coloque esse leite talhado num pano de prato, esprema o soro e descarte, deixando somente a pasta. Bata essa massa no liquidificador com a margarina, a xícara de leite fervido e sal a gosto. Se ficar duro, acrescente mais margarina.
FRUTAS DO MÊS Abacaxi, banana, laranja, maçã, mamão, melão, mexerica e pera Alguns segredos da laranja: * As laranjas mais leves são as que possuem menos suco. Ao comprá-las, escolha as mais pesadas. * As laranjas de casca fina geralmente têm mais suco. * Antes de descascar as laranjas, cubraas com água fervente e deixe descansar por 5 a 10 minutos. A parte bran-
ca sairá com facilidade, deixando-as perfeitas para serem usadas em saladas. * Rale a casca das laranjas, leve -as ao forno baixo até secarem bem. Coloque-as em vidros bem fechados. Você poderá usar em bolos, biscoitos, pudins, etc. Se desejar, poderá congelar a casca da laranja raspada, sem necessidade de secá-la.
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A ativista Luisa Mell participa da ação da entidade americana Million Dollar Vegan que distribuiu refeições veganas para pessoas afetadas pela crise da Covid-19 em São Paulo
O projeto Van Solidária, da empresa Grape/Global Eco, faz doações de cestas básicas a famílias vulneráveis em São Paulo durante a pandemia
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Luciana Rodrigues e Cris Dios, Integrantes do Movimento Estima, com cestas básicas da ação de voluntariado Cidade Solidária, na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo Divulgação
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A plataforma digital Trizy mobilizou rede colaborativa para doar frascos de álcool, kits de lanches e cartilhas educativas sobre o novo coronavírus a motoristas de caminhão
Confecção de máscaras de proteção que foram doadas pelo Fundo Social de Solidariedade (Funssol) para os servidores municipais de Indaiatuba