JORNALZEN ANO 11
JULHO/2015
AUTOCONHECIMENTO
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Nº 125
BEM-ESTAR
www.jornalzen.com.br
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CIDADANIA
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CULTURA
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SAÚDE
COLUNISTAS
Dr. Orestes Mazzariol Pág. 5
Juliano Sanches
IX CONGRESSO TRANSPESSOAL INTERNACIONAL
ZENTREVISTA
Julio Peres Pág. 3
Pág. 6
Marcelo Sguassábia
4 a 7/9 - Salvador/BA
www.alubrateventos.com
Pág. 8
IOGA NO BRASIL
Crônicas de Aruângua Pág. 10
Pág. 4
Padre Haroldo
Viva Bem
Pág. 11
Pág. 12
Empreendedor Holístico Pág. 2
Divulgação
O bioterapeuta Armando Zaparolli Filho e a psicóloga Célia Marques são os novos colunistas do JORNALZEN. Págs. 7 e 10
PARA COLORIR Dois painéis com desenhos referentes a temas de livros das editoras Sextante e Record estarão à disposição para serem coloridos no Parque D. Pedro Shopping, em Campinas
Brahma Kumaris celebra 25 anos de atividades em Campinas Pág. 14
ARTIGOS
Sobre as sacolinhas plásticas por Francisco Oliveira Pág. 2
A formação de um terapeuta holístico por Mani Alvarez Pág. 11
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Pausa necessária Chegamos à metade do ou da escola é apurar o ano, tempo de intervalo, autodesenvolvimento férias escolares, reavapara o próximo semestre. liação de metas e renoÉ tempo também dos pais vação da fé. conviverem mais de perPelo menos para mim, é to e por mais tempo com assim o mês de julho. Faço seus filhos. Pode ser tamaniversário em agosto e, bém um bom momento astrologicamente falando, para rever parentes e forno mês anterior geralmen- SILVIA LÁ MON talecer os laços do sistete nos encontramos no perí- Diretora do JORNALZEN ma familiar; lidar com odo que se chama “inferno as nossas reservas de nuastral”, que não necessariamente trição em todos os níveis – físico, tem essa conotação de inferno, mas emocional e espiritual; renovar a sim um momento de descida ao nos- nossa fé para cocriar um restanso inconsciente ao entrarmos no te de ano mais feliz e iluminado, quarto escuro da alma e fazermos com maior tolerância e compaiuma faxina das coisas que já não xão; readequar nossa persistência nos servem mais ou que estão atra- e ir um pouco além; esforçar-se vancando o nosso caminho. um pouco mais, fazer um pouco Este período também coincide melhor e, assim, caminhar para o com o inverno, que possui um cli- nosso sol que se aproxima. ma que favorece a introspecção, o Sim, estou me preparando para resguardo, o aninhamento. Neste quando meu sol entrar na minha momento, é exatamente o que es- casa leonina e iluminar todos os tou fazendo, tanto interna quanto cantos de mim e do hemisfério sul. externamente, preparando mudan- Desejo a todos os leitores um exças, meu avançar no ano e na vida. celente momento de descanso da E faço esse convite aos meus leitores. alma, para nos reencontrar renoPenso que mais produtivo do vados no próximo mês. que fugir da rotina do trabalho Paz profunda.
JORNALZEN NOSSA MISSÃO:
Informar para Transformar DIRETORA Silvia Lá Mon EDITOR Jorge Ribeiro Neto JORNALISTA RESPONSÁVEL MTB 25.508 TELEFONES Redação (19) 3324-2158 Comercial (19) 3044-1286 contato@jornalzen.com.br www.jornalzen.com.br Circulação: Campinas Indaiatuba Holambra Hortolândia Paulínia São Paulo (Vila Madalena) Valinhos Vinhedo
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Sobre as sacolinhas plásticas por Francisco Oliveira
M
uito se tem falado sobre as sacolinhas plásticas nos últimos anos. A polêmica é grande e mexe com associações, donos de supermercados, ambientalistas e, é claro, o consumidor final. Desde 5 de abril entrou em vigor em São Paulo a lei que proíbe o uso de sacolas plásticas derivadas do petróleo. A lei não fala da cobrança pela embalagem, mas permite a oferta de modelos feitos com material reciclável e que podem ser reutilizados para lixo orgânico e coleta seletiva. Toda essa discussão nos faz pensar se realmente o tema se justifica como centro das atenções quando o assunto é sustentabilidade e meio ambiente. O dilema das sacolinhas plásticas dentro do atual contexto econômico que o país enfrenta não se justifica. E explico o porquê. Para muitas famílias das classes D e E a sacola do mercado ainda representa o principal local de armazenamento dos seus resíduos ou lixo orgânico. Estes sacos de mercado não representam risco maior do que aque-
les sacos pretos, também muito usados, uma vez que o risco maior para o meio ambiente está associado ao mau descarte, armazenamento e coleta destes sacos independentemente da sua composição. O que deve ser comentado é que o mais importante é dar ao lixo a melhor destinação, ou seja, aquela que provoca o menor impacto ambiental. Evidentemente que um saco de plástico na condição de uma disposição inadequada (lixões ou margens de cursos d’água) representa, a longo prazo, um risco maior do que o saco de material biodegradável, no entanto, é sempre importante enfatizar que o fator relevante é o educacional ou seja, armazenar e descartar de forma correta. A preocupação com a forma do descarte e o local onde este lixo será depositado é primordial para que possamos realmente ter um resultado mais qualitativo quando o assunto é meio ambiente. Educar para reciclar acaba sendo a melhor saída para sustentabilidade. Francisco Oliveira é engenheiro civil e mestre em Mecânica dos Solos, Fundações e Geotecnia
Empreendedor Holístico ANA PAULA TEIXEIRA – coachinganapaula@gmail.com
Você sabe o que significa coaching? Coaching e mentoring são processos que permitem que clientes individuais e corporativos atinjam seu pleno potencial. Ambos compartilham muitas similaridades, porém, para diferenciação de contexto, coaching é mais aplicado no cenário de prestação de serviços com remuneração; já os mentores são mais comuns serem oferecidos em um papel não remunerado (filantrópico). No cenário de coaching, o profissional oferece aos clientes um ambiente favorável e motivador para explorar o que eles querem atingir em suas vidas e como podem alcançar essas aspirações e satisfazer as suas necessidades. Assim como explorar com o cliente a aplicação de suas ações e suas experiências com um olhar crítico. O processo de coaching permite ao indivíduo uma análise pessoal de suas habilidades e apoio necessário para crescer e se desenvolver
a partir destas e aplicá-las de acordo com suas propostas e expectativas. O papel fundamental do coach é muitas vezes estar facilitando ao cliente manter sua motivação e o empenho necessário para atingir seus objetivos. Já mentores distinguem-se por um papel mais consultativo e informal, ou seja, uma ajuda de uma pessoa para outra em fazer transições significativas no conhecimento, no trabalho ou pensamento, através do compartilhamento de suas experiências pessoais, especialmente em seu sentido tradicional. Permite ao indivíduo seguir o caminho de um colega mais velho e mais sábio, que pode passar conhecimento, experiência e abrir as portas para maiores oportunidades. O fio comum que une todos os tipos de coaching e mentoring é que esses serviços oferecem um veículo de análise, reflexão e ação que permite ao cliente alcançar o sucesso nas áreas de sua vida pessoal, de trabalho ou de
negócios. Atualmente, o serviço de coaching está bastante disseminado e vem ganhando cada vez mais espaço e reconhecimento nas áreas de desenvolvimento pessoal, carreira e principalmente entre empreendedores, apoiado inclusive por parte de organizações governametais, com propósitos focados para a contribuição do crescimento, solidificação positiva e estabilidade desses pequenos negócios e eventualmente um impulsionamento na economia de forma macro. E quanto a você? Tem interesse em saber mais como o processo de coaching permite o desenvolvimento da aprendizagem e da ação, com foco específico para melhorar o seu desempenho pessoal e profissional? Tem interesse em ser um individuo bem-sucedido? Entre em contato hoje mesmo e agende sua sessão cortesia. Ao seu sucesso!
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A
extensa experiência como psicólogo e pesquisador em neurociências destaca Julio Fernando Prieto Peres como respeitada referência nacional e internacional no campo da psicoterapia. Seu trabalho trouxe importante contribuição para ajudar a compreender a natureza do trauma e encontrar maneiras integradoras de superação. Em outro campo, sua linha de pesquisa a respeito da comunicação espiritual mostrou pela primeira vez o que acontece no cérebro durante a psicografia e abriu as portas para profissionais da área compreenderem melhor o tema sem polêmicas. Atualmente, Julio Peres concilia sua atividade clínica em São Paulo com o desenvolvimento de pesquisas científicas sobre resiliência e espiritualidade. Nesta entrevista ao JORNALZEN, ele trata desses assuntos, entre outros que abordará no 9º Congresso Transpessoal Internacional, de 4 a 7 de setembro, em Salvador (BA). O que o levou a se interessar pela relação entre psicoterapia e espiritualidade? Tenho a alegria de ser psicólogo com 25 anos de prática clínica e desde o início observei que aproximadamente 60% dos meus pacientes relatavam experiências espirituais significativas em suas vidas. Vale lembrar que tais experiências são consideradas relativamente comuns na população geral. A motivação de acolher e valorizar as vivências espirituais dos meus pacientes resultou em aprendizados importantes compartilhados em minhas publicações científicas. Entre os relatos no campo da espiritualidade que mais me chamaram atenção estão as manifestações mediúnicas, tema que se tornou uma de minhas linhas de pesquisa como clínico e neurocientista. Como especialista nesse assunto, a que conclusões chegou com os estudos sobre a psicografia e os fenômenos mediúnicos?
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ZENTREVISTA|Julio Peres
PARADOXO CIENTÍFICO Psicólogo e neurocientista conduziu estudo pioneiro sobre o que acontece no cérebro das pessoas que recebem mensagens por meio da psicografia Divulgação
Por alguns anos, a pergunta “O que a neuroimagem revelaria sobre a suposta comunicação espiritual?” revisitou minha mente até realizarmos o primeiro estudo mundial a respeito. Levamos dez médiuns brasileiros à Universidade da Pensilvânia, onde receberam um marcador radioativo para captar a atividade cerebral durante a escrita normal e durante a prática da psicografia em estado de transe. Em particular, os médiuns mais experientes apresentaram escores significativamente mais elevados de complexidade do texto psicografado, o que normalmente exigiria mais atividade nos lobos frontais e temporais, e este não foi o caso. As áreas relacionadas ao planejamento mostraram menor atividade durante a psicografia em comparação com a escrita fora do transe mediúnico. Os conteúdos gerados durante as psicografias foram
mais complexos que os produzidos no estado fora do transe e envolveram princípios éticos e espirituais. Os médiuns referem que “a autoria dos textos psicografados foi dos espíritos comunicantes e não pode ser atribuída a seus próprios cérebros”, sendo essa hipótese plausível entre as várias possibilidades de compreendermos esses primeiros achados. Devemos continuar expandindo essa importante linha de pesquisa.
Qual o impacto da religiosidade na qualidade de vida das pessoas, e como se dá o papel da espiritualidade na superação de traumas? A crença religiosa constitui uma parte importante da cultura, dos princípios e dos valores utilizados pelas pessoas para dar forma a julgamentos e ao processamento de informações. O conhecimento e a valorização dos sistemas de crenças
das pessoas colaboram com a adesão dos pacientes à psicoterapia, assim como melhores resultados das intervenções. Contudo, nem todas as abordagens encontraram um ajuste do tema em suas intervenções terapêuticas e mais estudos devem acontecer para isso. As crenças e as práticas espirituais e religiosas são fortemente baseadas em buscas pessoais para compreender o significado da vida, o relacionamento com o sagrado e o transcendente. Nesse sentido, as práticas religiosas podem ter uma influência importante no modo como as pessoas interpretam e lidam com os eventos traumáticos, promovendo percepções e comportamentos resilientes associados ao amparo. A espiritualidade e a religiosidade podem equipar as pessoas para responderem às situações em que se veem face a face com os limites do poder e do controle humanos quando confrontados com suas vulnerabilidades. Como avalia a proposta de nosso jornal, voltada para o autoconhecimento? Considero bela e frutífera esta iniciativa que convida os leitores a reflexões aprofundadas sobre temas relevantes alinhados à construção de significativa melhor qualidade de vida.
Que mensagem gostaria de deixar para os nossos leitores? Em breve teremos o congresso Florescer da Consciência, que será uma ótima oportunidade para estarmos juntos e compartilhar nossas contribuições uns com os outros. Estou certo de que será um lindo evento.
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Origens dos sofrimentos Segundo o budismo, a origem dos sofrimentos se apresenta através de duas ordens: as cármicas e as emoções da vida atual. O homem é a síntese das suas próprias experiências, autor do seu destino, que elabora mediante os impositivos do determinismo e do livre arbítrio. Esse determinismo inevitável em alguns aspectos: nascimento, morte, renascimento – estabelece as linhas matrizes da existência corporal. Os fatores que programam as condições do renascimento do corpo físico são o resultado dos atos e pensamentos das existências anteriores. Ser feliz quanto antes ou desventurado por longo tempo, depende dos atos do livre-arbítrio. A vida são acontecimentos de cada instante a se encadearem incessantemente. Uma ação provoca uma reação correspondente, geradora de novas ações, e assim sucessivamente. Uma experiência fracassada, danosa e funesta ou também as ações do bem, se refletirão no comportamento posterior do indivíduo, nem sempre instantâneo, o fator tempo é relativamente de menos importância, mas a cobrança virá! Os sofrimentos humanos de natureza cármica podem apresentarem-se sob dois aspectos que se complementam: provação e expiação. Nada é imposto, podendo ser alterado o calendário das ocorrências, mas nada ficará impune! As opções de como agir multi-
plicam-se favoravelmente de forma que, havendo arestas a aplainar, esse trabalho não impõe uma ação imediata pelo so- JOÃO BATISTA SCALFI Vice-presidente do Educandário frimento. Deus e a Natureza (Indaiatuba) A ação do amor no bem brinda o ser com excelentes chances de alterar para melhor o seu desempenho. As provações se manifestam, dessa forma, de maneira suave, no seu conteúdo, e abençoada nas suas finalidades. Considerando-se a vida sob o ponto de vista causal, das suas origens eternas, as ocorrências na esfera física são de breve duração. Valem, portanto, quaisquer empenhos, sacrifícios, provas e testes que recompõem os tecidos dilacerados da alma, advindos das atitudes anteriores. Cada ser vive com a cobrança da própria consciência de seus atos pretéritos, e ela não perdoa e atua como um juiz. As origens do sofrimento estão sempre no recôndito do seu ser, nos painéis profundos da consciência. As emoções perturbadoras atuam no homem contemporâneo, muito mais do que no passado, em razão dos conflitos psicossociais, socioeconômicos e tecnológicos. O amor é o antídoto para todas as causas do sofrimento, é um dom divino que gera e sustenta a vida em todas as suas expressões. Fonte: Plenitude (Divaldo Franco/Joanna de Ângelis)
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IOGA NO BRASIL Relato de uma experiência
por Anna Maria Simões de Moraes
Om namah shivaya (1) Um certo dia, há muitos anos, fiquei sabendo da existência de uma técnica chamada ioga, que beneficiava a saúde do corpo e da mente. Comecei a pesquisar e encontrei o livro de Indra Devi (já nem me lembro do título) que despertou algo e mim. Mas o livro que já na década de 60 me encantou foi Autobiografia de um Yogue Contemporâneo, sobre a vida de Yogananda. Arquivo Pessoal Foi curiosa essa descoberta, pois estava na praia, em São Vicente, e encontrei uma amiga de infância que estava lendo o livro. Tratei de comprá-lo e a partir daí decidi procurar uma escola de ioga para praticar. Em 1966, matriculei-me na escola Narayama, que na época pertencia à professora Maria Helena Freire e ao professor Shimada, que logo depois deixou a sociedade, mas ficaram alguns professores formados por ele. Uma delas, a Aura, foi minha professora por dois anos. Aprendi muito com ela e nos tornamos amigas. No ano de 1969 fui convidada a fazer parte do quadro de professores e assim permaneci até 1971, quando eu e outras quatro professoras decidimos abrir o Espaço Pramana. Alugamos uma sala na Rua Fernão Cardim, próxima à Avenida Brigadeiro Luís Antônio, que era muito barulhenta. Este fato acabou causando a curiosidade da revista Veja, que na época nos entrevistou. O Espaço Pramana fechou suas portas no ano passado, na Rua José Maria Lisboa, mas ficou em atividade por 42 anos. No começo não foi nada fácil. Estávamos inseguras e achávamos que tínhamos de aprender mais e adotar uma linha tradicional da ioga. Foi quando uma das professoras nos trouxe o livro Encontro com o Yoga, de Jean-Pierre Bastiou (foto), e resolvemos procurá-lo. Escrevemos pedindo orientação e ele nos convidou para irmos à sua casa em Itatiaia (RJ). Nessa época, ele já não dava mais aulas no Rio de Janeiro, deixando sua escola sob os cuidados do professor Orlando Cani. Bastiou nos recebeu de braços abertos e pela primeira vez ouvimos falar em yamas e nyamas. Ele dava muita importância à ética da ioga. E, a partir daí, nos ensinou muito e vinha a São Paulo sempre que podia. Também conhecemos outros professores no Rio e em 1973, ano em que foi fundada a Associação Brasileira de Professores de Yoga (ABPY), nosso grupo foi convidado para representar São Paulo. (continua)
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PANORAMA
Dr. Orestes Mazzariol
CURSO DE CHINÊS Estão abertas até 10 de agosto as inscrições para as turmas do segundo semestre do curso de chinês na unidade de Instituto Confúcio no campus Ipiranga da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São Paulo. O curso é gratuito para estudantes da rede estadual a partir de 12 anos. Mais informações no site www.institutoconfucio. unesp.br ou pelo telefone (11) 2066-5950.
Disfunção de órgãos pélvicos na mulher (1)
INSCRIÇÕES PARA GRUPO DE DANÇA A PUC-Campinas está com inscrições abertas e gratuitas para o Grupo de Dança do Centro de Cultura e Arte. Há vagas também para a produção (iluminação e confecção de figurino). As inscrições podem ser feitas até 31 de julho no portal www.puc-campinas.edu.br/cca. Os interessados deverão trazer breve currículo indicando conhecimento básico na área de atuação. TÍQUETES DO McDIA FELIZ O Centro Infantil Boldrini antecipou a venda de tíquetes da 27ª campanha McDia Feliz, que acontece no dia 29 de agosto em 40 lojas de 14 cidades. A instituição será beneficiada com a venda de sanduíches Big Mac, exceto impostos. Interessados em adquirir os tíquetes (13,50 reais cada) podem entrar em contato pelo telefone (19) 3787-5115. CHÁ EM PROL DO BOLDRINI As voluntárias do Grupo de Artesanato e Costura do Centro Boldrini promovem no dia 12 de agosto, às 14h, o tradicional Chá das Xícaras, no Clube Regatas e Natação, em Campinas. O evento arrecadará recursos para o hospital. O convite está sendo vendido por 110 reais, com direito a bufê e cartelas para sorteios. Mais informações: (19) 3242-6618.
O século 21 é único em vários aspectos, mas em relação às pessoas é muito impressionante, já que estamos vivendo mais que nunca. Isso traz incertezas, como em relação à Previdência e pensões, onde poderemos ser mais pobres do que pensávamos. Alterações no perfil demográfico e no padrão de morbimortalidade da população expressam novas necessidades de saúde. O manejo clínico de condições crônicas constitui-se em processo altamente complexo: ênfase nas atividades relacionadas à prevenção de riscos e agravos, abordagem multiprofissional e interdisciplinar, estímulo ao autocuidado e continuidade assistencial. O processo de envelhecimento resulta, ao longo do tempo, em sucessivos danos nas estruturas mole-
culares. A velocidade de envelhecimento em um indivíduo resulta da interação entre danos, manutenção e reparação molecular, influenciados pela genética do indivíduo e fatores ambientais. A qualidade de vida está relacionada com família, moradia com dignidade (baixa criminalidade, barulho, qualidade do ar), vida sexual, presença de amigos. Acrescentaria, ainda, atividade laboral e contatos frequentes, que podem afetar muito a qualidade de vida das mulheres no que se refere a seu relacionamento familiar e sua autoestima. Em várias partes do mundo a mulher vive mais que o homem. Em países desenvolvidos e com boa estrutura socioeconômica, elas vivem de quatro a sete anos a mais. O principal fator dessa diferença são as doenças cardiovasculares. (continua)
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Dizer sim, dizer não Relacionar-se é ceder e definir limites o tempo todo. Quantas vezes dizemos “sim”, querendo falar não; e outras tantas dizemos “não”, pensando em falar sim. Encontrar uma ação que equilibre esses opostos sempre gera um esforço. Para qualquer relacionamento, seja amizade, profissional, afetivo ou familiar, as duas palavras estão lá: sim e não. Existem muitas pessoas que não conseguem falar “não” e, assim, criam muitos obstáculos em suas próprias vidas, às vezes sendo exploradas, outras vezes entrando em armadilhas e com uma grande necessidade de serem aceitas não impõe limites que são necessários a qualquer relacionamento. Existem pessoas que não conseguem falar “sim” e só dizem “não” para quase tudo. Estão fechadas para a vida, às vezes por defesa, outras por preguiça ou ainda em busca de uma falsa sensação de segurança.
O yoga propõe o caminho do meio, por isso é necessário uma flexibilidade para os dois lados, aprendendo a dizer “sim” MÁRCIO ASSUMPÇÃO para si mesmo, Professor de ioga e diretor para a vida, para do Instituto de Yogaterapia novas experiências, oportunidades e desafios. Mas também sabendo falar “não” na hora certa, colocando limites, negociando, ora cedendo e ora impondo. Aquele que acha que para ser aceito precisa se submeter a dizer “sim” o tempo todo vai acabar aprendendo pela dor que a submissão cobra um preço alto. E aquele que por medo de viver, só fala “não” o tempo todo, acaba por trancar a sua vida em seus próprios medos. Aprender a se comunicar com verdade e respeito por si mesmo e pelos outros é o maior desafio do ser humano.
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Juliano Sanches Redes sociais, amigas ou vilãs? Você domina as redes sociais ou se sente refém? Todos se acham, muitas vezes, papas de religiões criadas em torno de uma frase do Facebook que passou a fazer parte do corpo de doutrina dos seguidores. Parece uma ironia da internet, não é? Você abre margem para as grandes corporações terem acesso aos seus dados em troca de alguns momentos de busca e troca de informação. O filósofo e escritor Umberto Eco, durante o evento em que recebeu o título de Doutor Honoris Causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim, norte da Itália, em junho, comentou em uma entrevista que as redes sociais criaram condições de expressão a uma “legião de imbecis”; que, em outro momento, apenas verbalizavam de tal modo “em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”. “Normalmente, eles (os imbecis) eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel”, disse o pensador. Outra provocação: “O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”, adverte. Os ataques de opiniões, por parte dos oportunistas, são motivos de preocupação para os observadores da internet. São, de fato, uma legião, e se sentem portadores de um discurso competente, o do especialista. Apresentam-se quase como pesquisadores autônomos, independentes de uma universidade que os possa validar. Entre os exemplos lamentáveis recentes, está o caso da Bela Gil, que foi “trolhada” por fazer escolhas saudáveis na lancheira da filha. Por ser um sistema aberto, em que o controle e as forças produtivas estão nas mãos de qualquer
um que a acesse, a mídia social, ao mesmo tempo em que promove a interação e a quebra de fronteiras, permite a manipulação, pois é capaz de amplificar o canto da sereia em torno de um agendamento na forma de pensar e agir, principalmente entre os crédulos. A multiplicação do número de justiceiros deflagra o quão violenta pode se tornar a sociedade a partir da adoção de um posicionamento equivocado, por meio da incorporação de uma crença limitante. Com frequência, tomamos conhecimento de pessoas que são hostilizadas por internautas, e que não têm nenhuma relação com o assunto em questão. As redes sociais, enquanto arena de debates e promotoras de tensões em torno de conhecimentos e representações institucionais, são permeáveis a qualquer tipo de comentário, o que favorece a entrada de troll e gera ruídos no fluxo de mensagens. Enquanto estratégia de enfrentamento do cenário está o debate, como modo de estímulo ao contraponto e à pluralidade. Ao alertar outros internautas sobre um engodo, contribui-se com o esvaziamento de fatos distorcidos. Quando se trata de uma comunidade de uma determinada instituição, a moderação, enquanto capacidade de responder assertivamente, torna-se uma ferramenta contundente, pois enfraquece as tentativas de sedução em torno de visões unilaterais pejorativas. Eco fala sobre a necessidade de filtrar a informação, por parte dos jornalistas, justamente, pelo fato de que aquilo que é “fake”, muitas vezes, recebe um status de “verdade” no ambiente virtual, como no caso falacioso do mal de Alzheimer do ator Jack Nicholson. Juliano Sanches é jornalista
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O aikidô e o budismo por Severino Sales
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omecei meu caminho há muito tempo, com minha vontade de buscar uma arte marcial e treinar minha defesa pessoal, orientado pelo meu tutor no budismo, o reverendo Wagner Bronzeri. Aos 20 anos, nem sabia por que queria fazer isso. Na época, os filmes de Bruce Lee estavam muito em voga. Esse meu amigo descobriu uma academia de aikidô no bairro da Liberdade, em São Paulo, onde conheci o sensei da escola, que era o aluno mais antigo de Kawai Sensei, que trouxe o aikidô do Japão para o Brasil. Quando lá cheguei, esperava encontrar uma coisa suntuosa, mas havia apenas uma pequena placa na porta, no final da escada, indicando o local. Ao abrir a porta, deparei com um senhor recitando sutras budistas, que na época nem sabia o que era isso. Fiquei lá sentado por uns 40 minutos, esperando ele terminar. Aquele foi o momento do meu encantamento, pois aquela recitação me trouxe uma imensa paz. Quando terminou, ele veio me cumprimentar e me convidou para assistir a aula que teria em seguida. A partir daí, comecei a praticar o aikidô, mas porque tinha de chegar mais cedo, ficava sentado antes das aulas ouvindo a recitação dos sutras, até que um dia Ono Sensei me convidou para recitar com ele. Senti-me muito eufórico, como se tivesse encontrado um tesouro, e de fato hoje sei que foi isso que eu encontrei. Era católico, como a maioria das pessoas, mas esse foi apenas um degrau. Cheguei a frequentar um seminário semiaberto na igreja da Lapa, mas nunca encontrei respostas para minhas indagações. Desde então busquei o conhecimento e a prática do budismo – o qual, para mim, está diretamente relacionado à prática do aikidô. Já em Campinas, fui fazer um curso para entender e falar um pouco da lín-
gua japonesa, em um templo budista no bairro Chapadão. Quando cheguei, descobri que o professor era um monge budista (ramo Ôtani). Além de estudar por alguns anos, passei também a frequentar o templo. Depois de um ano como auxiliar desse monge, ele foi para o Japão receber o tokudo, ordenação oficial ao grau de monge. Atendendo ao pedido da comunidade e indicado pelo reverendo Wagner Bronzeri, fui entronizado pelo superior da Ordem, Rimbam Kusano Sensei. Como substituto do reverendo Renato, recebi o título shokutaku, que pode ser traduzido como “diácono”. Aceitando esse convite, não tinha até então a mínima noção do quanto isso mudaria a minha vida. A convicção, a fé genuína e uma mente tranquila são fatores primordiais para chegarmos à iluminação. Mas essa fé precisa ser despertada. E toda essa minha formação veio em parceria com a prática de aikidô. Foi através dele que conheci o budismo e a medicina tradicional chinesa. Fui duas vezes ao Japão e, por isso, a minha grande gratidão. Hoje, como monge budista e sensei, quando estou ensinando a prática do aikidô, estou pregando o dharma do budismo, e vice-versa. Ambos trazem uma harmonia muito forte para a vida das pessoas. O budismo, acima de tudo, ensina você a olhar para dentro de si mesmo e reconhecer o que há de mal e de bem. Ensina-nos a olhar para o outro com compaixão e de ser um com o todo. Ensina sobre os carmas que vamos criando em nossa vida, os quais são fáceis de serem criados e difíceis de serem eliminados. As coisas não se resumem a meditar, mas despertar a nossa mente, libertando-a da ignorância. Amar a tudo e a todos, sem ter apego por ninguém. Quanto mais naturalmente e com simplicidade levarmos a nossa vida, mais perto estaremos da iluminação. Severino Sales é faixa-preta 6º dan em aikidô e monge budista
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Tenho a vida que pedi a ‘Deus’ Todos nós temos a vida tas vezes necessária ajuque pedimos. Tudo o que da externa, através de teé de bom ou negativo, forapias, por exemplo, para mos nós mesmos quem podermos nos equilibrar. criamos ou atraímos. Atualmente existem muiAtravés de nossos pentas técnicas para ajudar as samentos emitimos “onpessoas a retomarem o das” que, lançadas no controle sobre suas vidas, universo, irão atrair para fazendo com que as mesARMANDO ZAPAROLLI nós situações e realidamas tenham controle soBioterapeuta des similares. bre si mesmas e possam Influenciados por nosconstruir uma vida melhor. sas emoções e crenças, nossos penÉ você quem constrói o seu munsamentos acabam por atrair situa- do. Portanto, pare de culpar “Deus” ções, pessoas, trabalhos, maridos, e construa uma vida melhor. Você esposas e amigos que não nos agra- nasceu para ser feliz. dam, mas é puro reflexo do que esAtravés de tratamentos bioenertamos sentindo por dentro. géticos nos podemos ajudá-lo a reAlém disso, quando nossas tomar o controle sobre si mesmo, emoções negativas nos atingem, harmonizando suas emoções, trapodemos ficar abertos a ataques tando suas crenças, e despertando espirituais (cargas energéticas, o seu poder interno até hoje esconobsessores, etc.), propiciando de- dido, que fará com que você vá em sequilíbrio e causando-nos mais busca do seu sucesso e bem-estar. medos, fobias e depressão, além Permita-se fazer um tratamento de outras anomalias, sendo mui- que vai mudar a sua vida.
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Biocírculo Também conhecido como Círculo da Vida, Psicoterapia Sistêmica, é um sistema que pode ser definido como um conjunto de elementos interdependentes que interagem com objetivos comuns formando um todo, e onde cada um dos elementos componentes comporta-se, por sua vez, como um sistema cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente. Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre as partes e o comportamento do todo sejam o foco de atenção (teoria proposta pelo biólogo Ludwig von Bertalanffy em 1937, tendo seu auge em 1950). Além da teoria sistemica, o Circulo da Vida é baseado em outras teorias semelhantes e de igual importância, como a “Teia da Vida” dos antigos xamãs, Teoria dos Campos da atual fisica quântica e Teoria das Ressonâncias Mórficas. Tem como objetivo auxiliar a quem procura esta terapia no processo de autoavaliação de diversos temas. Exemplos: relacionamentos, situações emocionais e/ou profissionais, questões de crenças, valores, mudanças, busca de soluções, saúde, novas metas, entre tantas outras questões que impedem o indivíduo de estar centrado, conhecedor do seu potencial e de ser feliz. O Círculo da Vida é constituído por um grupo de pessoas e um foco (pessoa que quer alinhar e ter lucidez de qualquer situação que esteja passando ou departamentos de empresas que precisam de ajustes.). O foco escolhe entre o grupo de pessoas uma pessoa para ser ela, ou representar o departamento que está com problemas (a partir desse momento, ela sai do círculo e senta-se próximo para assistir). A pessoa escolhida por ela vai escolher outros elementos do sistema, que o facilitador vai chamando, baseado nos problemas expostos e que pertencem àquela situação colocada pelo foco. Quem não for escolhido fica ao lado para ser chamado se necessário. Os elementos têm livre movimentação e só falarão quando o facilitador perguntar. Caso um elemento queira falar, ela levanta a mão e será ouvida. Se for pertinente, ela dirá a todo o grupo. As pessoas chamadas para serem elementos do sistema são escolhidas aleatoriamente, mas sempre terá ligação com o que ela tem a ser trabalhado, tanto psíquica quando energeticamente. No Círculo da Vida tudo é considerado elemento, independentemente de ter vida (movimento). Por exemplo: casa, carro, empresa, dinheiro, corpo emocional, etc. O trabalho leva em média uma hora e meia, dependendo da situação exposta pelo foco. INDIVIDUAL É trabalhado da mesma forma, mas como elemento são usados diversos materiais, como fichas, cartolina, pedras e etc.
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Marcelo Sguassábia Monochrome Tento derramar cores sobre a foto de família: o resultado soa falso. Uma coisa desalmada, sem pulso e temperatura. Cria-se uma inadequação, um ar postiço, não caberia cor ali de forma alguma. O mundo de 1941 da foto com margem branca e cantoneira, tirada de um álbum de madeira marchetada, é natural e necessariamente em preto e branco. Há propósito, graça e sentido em ser assim. No entanto, quem estava lá posando para a pesada câmera, num vestido estampado e eternizado no clique em paupérrima escala de cinza, jura que o mundo era mais colorido que hoje. As cores mais vivas e intensas, flores e gramados sem a fuligem – essa sim monocromática – das chaminés e escapamentos. Sim, as hoje muito velhas gentes garantem que o branco e preto das fotos não fazia justiça ao variadíssimo pantone da vida real. Por mais que os ternos de linho fossem impecavelmente brancos, e as largas saias das beatas de respeito invariavelmente negras, havia cores intensas por todos os lados. A mulher do vestido estampado, enquanto ensaia a melhor posição para o clique, flerta com os olhos azuis do moço do reluzente Cadillac verde, tinindo debaixo do sol. Logo mais, à noite, a fila no cinema dobra o quarteirão para assistir Cidadão Kane. Honrando o preto
e branco da obra-prima, só mesmo o preto e branco da plateia. Não pode ser de outra maneira, gente colorida assistindo seria profanar o monumento de celuloide. Há foto de cemitério na penúltima página do álbum marchetado. O lugar onde faz mais sentido ainda o black and white se bastando, o preto dos enlutados e o branco do mármore de carrara dos túmulos. Complementam-se divinamente o pesar dos que ficam e a leveza angelical dos que se foram. Negra é a escuridão embaixo da terra, alva é a asa de anjo, promessa da Bíblia e do padre. Aquele retrato do Guevara de olhar posto em horizonte incerto, Carlitos em filme ou foto, Einstein mostrando a língua, o beijo do final da guerra em Times Square: qualquer cor banalizaria instantaneamente esses monumentos imagéticos, tiraria deles a autoridade mítica. Decerto que a cor é uma ilusão do olho, que a Terra de azul não tem nada, é quando muito um ponto branco e minúsculo no negro imenso do cosmo. A mim já está mais do que claro que a madeira marchetada, do álbum aqui no colo, tem seus tons amarronzados só dentro dessa cabeça. Incerta massa cinzenta, de cinzentos pensamentos que ficam indo e voltando enquanto não viram cinzas. Marcelo Sguassábia é redator publicitário
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Psicoterapia reencarnacionista e regressão terapêutica por Carmen Mírio
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psicoterapia reencarnacionista é uma criação do Mundo Espiritual e começou a ser transmitida para o médico Mauro Kwitko, a partir de 1996, em Porto Alegre. Ela nasceu com a finalidade de trazer à psicologia e à psiquiatria uma possibilidade de expansão. Com a reencarnação, a infância deixa de ser considerada o início da vida e passa a ser vista como a continuação de nossas vidas passadas. A nossa família não é mais um conjunto de pessoas que se uniram ao acaso por laços afetivos e, sim, um agrupamento de Espíritos unidos por laços kármicos. As situações que vamos encontrando no decorrer da vida não são aleatórias e, sim, reflexos, consequências e decorrências de nossos atos passados, necessidades para nosso projeto evolutivo espiritual. A psicoterapia reencarnacionista é uma moderna escola psicológica que agrega a Reencarnação e visa ajudar a todos nós a mudarmos a visão que a nossa persona (ego) tem da infância e da nossa vida. Ela quer nos fazer encontrar a visão que o nosso Espírito têm a esse respeito. A psicoterapia reencarnacionista não é sinônimo de regressão. Essa é sua principal ferramenta, utilizada para que possamos recordar como vem sendo o nosso aproveitamento nas últimas encarnações, se estamos evoluindo com o passar dos séculos e para o que reencarnamos desta vez. Também é utilizada para nos desconectar de situações traumáticas do passado que originam as fobias, o transtorno do pânico, as depressões severas, as dores físicas crônicas, etc.
Além das regressões presenciais, há possibilidade de realizar a regressão a distância (RAD) para pessoas impossibilitadas de passar pelo processo, seja por doença cardíaca, grávidas, pessoas em coma, sem condição de manifestar sua vontade. CURSO EM CAMPINAS O curso de formação em Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica tem a duração entre 12 a 18 meses, dependendo do número de alunos. É realizado num domingo por mês, das 8h30 às 18h. As aulas são bem dinâmicas, pois até a metade do curso o aluno passa por tratamento psicoterápico, regressões e aprende a técnica, mesclando teoria e prática. O aluno, durante o curso, receberá material didático, o certificado de conclusão será emitido pela Associação Brasileira de Psicoterapia Reencarnacionista (ABPR) e sairá com a formação de psicoterapeuta. Quando formado, poderá atender em seu consultório particular, como psicoterapeuta, no centro espírita atendendo gratuitamente ou pelo Departamento Beneficente/ Caridade da ABPR (atendimento com desconto ou gratuito de acordo com a renda da pessoa). O curso terá início no dia 26 de julho, quarto domingo do mês, na clínica Corpo de Luz (Rua Francisco Otaviano, 921 – Jardim Chapadão) e será ministrado por Carmen Mírio e Marcéllo Syríng. Carmen Mírio é mestre em reiki, terapeuta floral, coach e numeróloga carmenmirio@hotmail.com Conheça mais sobre a psicoterapia reencarnacionista: www.portalabpr.org
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MARCO ANTÔNIO CÂNDIDO E CARLA SANCHES
www.devoltapracasa.com CURSOS – PALESTRAS – TERAPEIA – MÉTODO TRI – THETAHEALING
Cara a cara com o autoengano Muitas pessoas se recusam a aceitar a realidade como ela é, a realidade de si próprio, e acabam criando histórias, personagens e problemas para justificar a falta de atitude e interesse pela própria mudança. O autoengano é um perigo real. E a habilidade de se autoenganar, contar mentiras para si próprio, começa muito cedo. A alegria dissimulada de uma pessoa ao receber um presente inútil, o silêncio sobre inconvenientes familiares, são uns dos tantos modelos e treinamento para as mentiras futuras. No autoengano, a percepção e o julgamento que se faz das situações estão comprometidos pela percepção que se tem das coisas, pelas crenças pré-estabelecidas. É um recurso de autodefesa que surge todas as vezes que nos sentimos ameaçados, decepcionados ou nos deparamos com algumas verdades inconvenientes. Neste aspecto, analisar o autoengano na perspectiva da mentira observamos que não acontece apenas entre seres humanos, também se faz presente nos microrganismos, passando pelos reinos vegetal e animal, que usam de recursos como camuflagem, dissimulação e blefe com os propósitos de sobrevivência e reprodução, iludindo e driblando os sistemas de ataque e defesa do outro. Nos seres humanos, costuma ficar evidente quando colocamos a culpa de nossos problemas nos outros ou temos um olhar crítico em relação aos comportamentos alheios, sempre achando que nós estamos certos e o outro equivocado. Este círculo vicioso nos condiciona e acaba minando nossas capacidades e comprometendo nossos relacionamentos Este processo retarda o amadurecimento e evita um posicionamento frente às situações. O fato é que, na maioria das vezes, não nos damos conta que a culpa é nossa e que somente nós podemos reverter situações ruins. Esse padrão de comportamento geralmente é fonte de sofrimento, ainda que tenha sido gerado como uma estratégia inconsciente, que teve como finalidade, em algum momento da vida, de dar a sensação de proteção, segurança, afeto, confiança, etc. É parte de um processo involuntário que pode ser revertido em processo terapêutico no qual o indivíduo é levado a reavaliar suas convicções, percepções e as premissas que fundamentam os julgamentos e o discernimento em relação à vida. Encarar a realidade, ainda que dolorosa, nos dá uma base mais firme onde pisar para seguir em direção a uma vida afetiva e social com maiores possibilidades de compartilhamento. Quando começamos a nos enxergar de verdade, quando mesmo que dolorido assumimos nossas dificuldades, nosso “padrão de autoengano“ muda. Conseguimos perceber a situação real e temos a possibilidade de decidir agir de forma diferente, com clareza e coerência. É certo que todas as fugas precisam cessar – não por meio de repressão, e tampouco por compulsão em se curar, mas no equilíbrio em perceber a falsidade da fuga e a quantidade de energia que se gasta para sustenta-las. Estando cara a cara com o que é, começa-se o verdadeiro caminhar.
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Terapia sistêmica quântica As práticas em terapias vezes ela reaparece sob vêm ao longo das dénova roupagem, fazendo cadas ampliando e se com que a personalidade adaptando para atenrepita padrões cuja moder uma demanda cada tivação real é o medo asvez mais carente de um sociado a emoções como tratamento que oferea raiva, a ansiedade, a ça soluções e possibiangústia e a insegurança. lidades para um bemIsso tudo ocorre devido CÉLIA MARQUES estar mais abrangente. estagnação da energia vital Psicóloga A terapia sistêmica que foi paralisada em alquântica é uma abordagum momento da linha do gem integrativa que contempla o desenvolvimento psíquico. ser humano como um todo, busAtravés da TSQ, facilitado pela téccando tratá-lo em todos os níveis nica do Autoconhecimento Sistêmico que o compõe (físico, mental e Dinâmico Integrativo, o paciente terá emocional). oportunidade de trabalhar esses asMuitas das enfermidades que pectos enfermos gerados pelo trauma algumas pessoas apresentam, as- e dissolver os padrões cristalizados, sim como suas dificuldades para em um processo de desidentificação continuar em um processo de cres- das memórias traumáticas, possibilicimento rumo à realização do seu tando o desbloqueio e cura das mespotencial pleno, têm sua origem mas. Posteriormente haverá um reeem experiências traumáticas que quilíbrio do organismo como um todo, foram transferidas para o espaço do o que fará com que os sintomas, muiinconsciente, de modo que a pes- tas vezes somatizados no corpo físico, soa tivesse condições de manter- consequentemente desapareçam. -se integrada psiquicamente após O tratamento é realizado em espaço o trauma sofrido. Porém, embora, confortável, seguro e acolhedor, o que na ocasião tenha sido útil, a me- garante sua eficácia ao longo de todo o mória não deixa de existir e muitas processo terapêutico do paciente.
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Aruângua Em defesa da honra de quem?
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ouve tempos em que os “infiéis” muçulmanos eram aqueles que levavam a tecnologia e a matemática à península ibérica. A escrita e o conhecimento artístico ao ocidente. Então, com essa lição aprendida tão viva dentro de mim, pergunto-me se alguns dos muçulmanos contemporâneos sabem de suas origens gloriosas e se sentem algum remorso ou pudor pelos atos bárbaros que se cometem nos dias atuais em nome de certas facções religiosas. Esses “servos” (islamitas) – cuja palavra tem a ver com PAZ e cujo significado quer dizer: aquele que se submete a Deus – percebem a regressão civilizatória de que foram vitimados? É muito difícil crer que esses islamitas (não todos) que nos aterrorizam, sejam os legítimos descendentes daquele mesmo povo que tinha mulheres literatas no século 12 num momento em que a Europa atravessava a “idade das trevas”. Povo que entoou belas orações poéticas e cedo filosofou sobre as ondas vibratórias e criadoras do som sobre a materialização do universo invisível no visível? Pode pensar-se que esses sejam os herdeiros de tamanha sabedoria? Não! Não podem ser, nem pode confundir-se aqueles de outrora, com esses que hoje lançam mão de pedras contra sua própria carne, punindo até à morte, suas mulheres por “pecados” como amar o diferente, amar o amor, amar sem autorizações. A paixão é mesmo fatal em alguns países do oriente. E a rebeldia de pouca duração: só no Paquistão 869 mulheres foram assassinadas em crimes de honra em 2013. Em meio a um povo cujos fundamentos religiosos são tão parecidos com os cristãos e judaicos, milhares de mulheres são mortas todos os anos por desobediência a normas sociais locais e leis baseadas na interpretação “machista” do Alcorão, feita ao sabor e conveniência de seus líderes religiosos e políticos belicosos. Pasmem, mas as mulheres muçulmanas de hoje reivindicam coisas como a fidelidade aos textos sagrados e às palavras literais do Alcorão, quando sua
escrita se refere à concertação, cumplicidade, amor no matrimônio e de liberdade de escolha da mulher. É contra a jurisprudência islâmica atual que elas lutam, porque esta sim, fala de obediência absoluta da mulher ao marido, da autoridade masculina, do matrimônio sob a tutela forçada e de matrimônios arranjados sem o consentimento da mulher. No primeiro congresso internacional do feminismo islâmico, realizado em Barcelona em 2008, testemunhou-se a presença de mulheres militantes vindas do Senegal, do Paquistão, da Indonésia, do Irã para expressar o desespero coletivo das muçulmanas que estão sob a “charia” (lei islâmica) e sob os códigos familiares e locais que lhes infligem maus-tratos, uniões forçadas, poligamia, discriminação em relação ao acesso ao divórcio e à herança e toda uma série de abusos sobre seus corpos, aos quais não têm direito algum. Elas não têm direito sequer a tomar a pílula sem o consentimento de seus maridos. A religião, que não tolera relações sexuais fora do casamento, leva as mulheres a condenações e por causa disso, a abortos clandestinos que matam todo ano, 200 mil mulheres só na África. Enquanto isso os homens são livres para exercerem a poligamia. O feminismo muçulmano segue por variadas estratégias. Desde militantes moderadas a outras provocadoras ao ponto de pretenderem acabar com todos os tabus, exigindo o direito à livre escolha de um parceiro sexual ou de um marido, o direito a ter relações sexuais fora do casamento e o direito à homossexualidade. Mas manchetes dos jornais e mídias, no entanto, são ocupadas por notícias de mulheres que, numa condição social prejudicada e sem nenhuma voz ativa, rebelam-se, enfrentando em lutas particulares, perdidas à partida, a desigualdade sexual e social, com a única arma de que dispõem – a própria vida. Que ruído é esse, contido na mensagem religiosa que leva pais, irmãos e parentes a sentirem-se legitimados e autorizados, o suficiente, para arrancarem “a vida da vida” com apedrejamento e outras formas de morte com tortura? Por que no século 21 a vida ainda não é valiosa o bastante para que cessem essas vozes manipuladoras que anestesiam a consciência humana?
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A formação de um terapeuta holístico
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por Mani Alvarez pessoal. Muitas vezes, este “empoderamento” surge do sofrimento e da visão holística de saúde faz par- dor. O professor Adalberto Barreto, te das chamadas “terapias alter- criador da Terapia Comunitária, cosnativas”, como foram designadas em tuma afirmar que “a carência gera a 1962 pela Organização Mundial da competência”. Saúde (OMS), no sentido de práticas Assim como as pérolas são proalternativas independentes da medi- dutos da dor, nossas feridas são cina e aliadas a conhecimentos tra- curadoras. Quando uma substândicionais. Depois disso, algumas prá- cia estranha ou indesejável peneticas foram incorporadas ao sistema tra no interior da ostra, seja um de saúde pública no Brasil, com o parasita ou um grão de areia, conome de”terapias complementares”. meça a ocorrer um fenômeno inO surgimento de novos paradig- teressante. As células do “nácar”, mas em saúde, como é o caso da na- uma substância lustrosa que existurologia, é uma resposta ao quadro te no interior da ostra, recobrem o de crise socioeconômica, cultural e elemento estranho, produzindo a política, que devasta, sobretudo, o pérola. Uma ostra que não foi ferisistema de saúde em nosso país. A da não produz pérolas, pois a pécomeçar pela desigualdade social, rola é uma ferida cicatrizada... que acaba gerando problemas graEssa metáfora nos ensina que ves de natureza sanitária, tais como existe uma outra forma de ver o desnutrição, doenças infectoconta- sofrimento, a dor, a doença. Todo giosas, degenerativas, além do res- terapeuta holístico deveria se persurgimento de velhas doenças que guntar até que ponto está sendo se acreditavam erradicadas, como a coerente com sua missão de Cuidatuberculose, a lepra, a sífilis, a ma- dor. A grande aceitação das práticas lária, a dengue, etc. complementares no cenário atual Além dessas doenças mais vi- coloca algumas exigências, que são, síveis, existem aquelas de nature- por exemplo, a necessidade de coza biopsíquica, como a depressão, locar a pessoa doente como centro pânico, ansiedade, estresse, que de atenção e cuidados, ou seja, hucompõem a conhecida “epidemia manizar o atendimento terapêutido mal-estar”, e estão intimamente co. Por isso, aqueles que se debruligadas ao estilo de vida de nossa çam sobre essa missão devem se cultura. Surgem os problemas se- colocar algumas perguntas difíceis, xuais e de relacionamento, perda mas profundas: de valores humanos e éticos, geSerá que tenho uma concepção rando comportamentos compensa- de ser humano que inspire a saúde tórios de consumismo, exploração, do corpo e da alma? violência, busca de prazer imediato Que antropologia está subjacene status social a qualquer custo. te à minha prática, enquanto teraFace a essa “epidemia do mal-es- peuta, hoje em dia? tar”, o sistema médico se estrutura Tenho buscado ser coerente com principalmente em termos de diag- os princípios holísticos e integratinóstico e pesquisa em patologias, vos de minha prática terapêutica – com o avanço tecnológico em exa- ou estou repetindo a mesma postumes laboratoriais e novos medica- ra de superioridade, indiferença e mentos. A ênfase é na doença e não hierarquia dos atuais profissionais na pessoa doente. Gera-se, com isso, da saúde? uma grande preocupação em diagEstou a serviço de que projeto nosticar corretamente, mas pouca de ser humano, de sociedade e de atenção se dá à cura do paciente. mundo? Pelo contrário, uma visão holísÉ com esse olhar sobre si mesmo tica de saúde considera da maior que se forma um terapeuta holístico. importância resgatar a autoestima Não com técnicas nem com especiae a autoconfiança do paciente, aju- lizações, mas com o autoconhecidando-o a compreender a linguagem mento. Ninguém se torna terapeuta dos sintomas e tornando-o respon- pelo que sabe, mas pelo que é. sável por sua saúde. A isso chamamos “empoderamento”, que é a cons- Mani Alvarez é diretora do Centro Latinociência que todos nós precisamos Americano de Saúde Integral (Clasi) desenvolver acerca de nosso poder mani@clasi.org.br
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Padre Haroldo Cortando lenha E o Mestre Zen, quando atingiu o Discernimento, escreveu estas linhas para celebrá-lo: “Oh admirável maravilha: Eu corto lenha! Eu tiro água do poço”. Para a maioria das pessoas, nada existe de “admirável” em atividades tão preciosas como cortar lenha ou tira água do poço. Depois da iluminação interior, de fato, nada muda. Tudo permanece o mesmo. Só que, agora, seu coração está repleto de maravilha. Uma árvore é apenas uma árvore, e as pessoas continuam sendo o que eram antes; você também, e a vida segue em frente sem mudança. Talvez continue sendo tão temperamental, tão tolo – ou tão sábio – como antes. Existe apenas uma diferença importante: agora você enxerga todas estas coisas com um olho diferente. Você está mais desligado de tudo isso. E seu coração enche-se de maravilha. Aí reside a essência da Contemplação: o sentido da Maravilha.
Contemplação é diferente do êxtase porque este último conduz ao afastamento das coisas. A iluminação contemplativa não se afasta: ela continua cortando lenha e tirando água do poço. Contemplação não é o mesmo que percepção da beleza, porque esta (uma pintura, um poente, por exemplo) produz prazer estético, enquanto a contemplação produz maravilha – pouco importa o que se observe: um poente ou uma pedra. Esta é uma prerrogativa da criança. Ela está, quase sempre, num estado de maravilha. Ela se sente em sua casa no Reino dos Céus, exatamente por esta razão. Voe alto, sereno, alegre, desprendendo-se um pouco da terra, tocando o firmamento, respirando o infinito, cortando as imensidões. Haroldo Rahm é presidente emérito do Instituto Padre Haroldo hrahmsj@yahoo.com
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Viva Bem elianamattos@uol.com.br
Bate-papo
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á muito tempo tenho procurado por um livro do sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre e que estava esgotado. Ele se chama Açúcar – Uma Sociologia do Doce, com receitas de bolos e doces do nordeste do Brasil. Freire o escreveu em 1939 e esta é a quinta edição. No prefácio da terceira edição, uma coisa me chamou muito a atenção: “Será que o brasileiro vem abusando do doce excessivamente doce na sua alimentação?” Segundo estudiosos do assunto, esta é a realidade. Um desses estudiosos, o professor Rui Coutinho, em livro cuja primeira edição apareceu no Rio de Janeiro em 1937, insiste à página 26 contra esse excesso: “Até o brasileiro de classe média se alimenta mal. Usa cereais e doces em excesso (...). Não temos o hábito de comer saladas e os doces têm preferência sobre as frutas.” Não parece algum nutrólogo em entrevista ao Globo Repórter, tão atual é esse comentário? E veja que ele foi escrito há 78 anos! O livro Açúcar é uma valorização das receitas regionais de Pernambuco. Claro que herdamos dos portugueses essa tradição açucaradíssima. Aliás, o europeu de modo geral acha que os nossos doces têm um grave defeito: são exageradamente doces. Eu adoro doce! Troco um almoço por uma mesa de sobremesa sem titubear! É evidente que isso é um absurdo e um dia posso pagar caro por atitude tão insana, mas como diz um trecho do prefácio “o doce é um pecado contra a saúde, contra a dieta, contra a nutrição científica. Mas não pecado contra o paladar: não há abacaxi fresco que seja mais saboroso que um sorvete de abacaxi; nem banana crua que seja superior em gosto a uma banana assada com açúcar e canela...” No que eu concordo plenamente! Se tiver curiosidade, compre esse livro. Além das receitas, você vai tomar conhecimento de tradições nordestinas muito interessantes. Gostaria de colocar hoje no nosso Forno & Fogão receitas que estão no livro. Mas, com certeza, vocês não as fariam. Explico. A maioria é uma loucura de 30 gemas, meio quilo de manteiga e por aí vai. Melhor colocar alguma coisa um pouco mais sensata, quando hoje sabemos o quanto esses exageros fazem mal. Grande beijo!
Quanto mais leite materno, melhor
Cada dia se tem mais certeza que bebês alimentados apenas no peito ganham peso mais rápido. Só para se ter uma ideia, em recente pesquisa constatou-se que os bebês engordaram 26 gramas por dia, dobraram o peso até o quarto mês e quase não tiveram problemas de saúde no primeiro semestre de vida. Por tudo isso, dispense complementação.
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FORNO & FOGÃO Sopa de canjiquinha Ingredientes: * 2 xícaras (chá) de canjiquinha * 500 g de costelinha suína * 200 g de bacon picado * 1 linguiça calabresa picada * 2 colheres (sopa) de azeite * 1 cebola picada * 2 dentes de alho picados * 2 tomates picados * 4 folhas de couve manteiga picada * Sal e salsinha a gosto Modo de fazer: Limpe e lave bem a canjiquinha Coloque numa panela, cubra com água fria (até atingir sete centímetros acima da superfície da canjiquinha), leve ao fogo alto e deixe ferver. Abaixe o fogo e cozinhe até ficar macia. Tire do fogo e reserve.
Aqueça o azeite e frite, mexendo sempre, as costelinhas, a linguiça e o bacon até ficar bem dourados. Tire do fogo. Escorra a gordura e reserve. Leve a panela com as carnes novamente ao fogo, junte a cebola, o alho, os tomates e cozinhe, mexendo sempre, por cerca de cinco minutos. Acrescente a canjiquinha com um pouco da água do cozimento e deixe ferver. Tampe a panela e cozinhe por cerca de 30 minutos ou até as costelinhas ficarem bem macias, regando aos poucos com a água do cozimento. Verifique o tempero e acrescente sal a gosto. Junte o cheiro verde e a couve picada, deixando murchar a couve. Sirva imediatamente.
Torta rápida de cebola e requeijão Ingredientes: * 7 fatias de pão de forma * 2 colheres (sopa) de leite * 4 colheres (sopa) de azeite * 4 xícaras (chá) de cebola em fatias finas * Sal e pimenta-do-reino a gosto * 1 vidro de requeijão cremoso (200 g) * 4 colheres (sopa) de queijo * parmesão ralado Modo de fazer: Com as fatias de pão, forre o fundo
e a lateral do refratário já untado com manteiga. Pincele o leite sobre as fatias e reserve. Aqueça o azeite e refogue a cebola até ficar transparente. Tempere com sal e pimenta. Distribua a cebola sobre as fatias do pão e cubra com o requeijão. Salpique o parmesão e leve ao forno moderado, já preaquecido (180°), por mais ou menos 30 minutos ou até dourar. Sirva quente.
Caminhar x meditar
Tem muita gente que faz caminhada falando ao celular, ouvindo música ou mesmo batendo papo com outra pessoa. Pois saiba que você pode aproveitar esse momento para meditar. Para isso, basta que você sinta o espaço por onde caminha, preste atenção na respiração, nos pés tocando o chão, na natureza ao seu redor. E se surgirem pensamentos, mande-os embora e concentre-se no momento presente e em tudo que seus olhos estão vendo. Você vai ver que ao final da caminhada seu coração estará inundado de paz, harmonia e você muito mais serena. Experimente.
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INDICADOR TERAPÊUTICO
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culturazen Bela Gil (dir.) esteve em Campinas para autografar seu livro, oportunidade em que conheceu o JORNALZEN
Sonia Scalabrin na abertura da exposição de aquarelas Geometrias Nordestinas, que vai até 28 de agosto em seu estúdio artístico (Rua Nuporanga, 205 – Jardim Planalto), em Campinas
A Brahma Kumaris Campinas recebeu convidados para celebrar 25 anos de atividades em evento dia 25 de junho no clube Fonte São Paulo. Além de atrações culturais, a coordenadora nacional da BK, Luciana Ferraz, ministrou a palestra “Festejando a Beleza que vem de Dentro” Silvia Lá Mon
Silvia Lá Mon
Silvia Lá Mon
via Sil M Lá on Silvia Lá Mon
Divulgação
Rosângela Bassoli, Gloria Arieira e o indiano Jyothi Ananda durante evento no Instituto de Yogaterapia, em Campinas
Silvia Lá Mon
Facilitadoras e participantes do curso de Estimulação Neural (Mãos sem Fronteiras) no Espaço Castro Alves, em Campinas
Silvia Lá Mon Marcelo Mamone
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MANDALA PARA PINTAR
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AGENDAZEN CAMPINAS
INDAIATUBA
CIÊNCIA FUTURA 15/7, às 19h30 – palestra “Um Novo Despertar para a Humanidade”, com Wilson Amaral Junior, no espaço Com Vivência (Rua Clóvis Bevilácqua, 516 – Guanabara). Aberto ao público. Vagas limitadas. Inscrições e mais informações: (19) 3367-2434
EUBIOSE 25/7, às 15h30 – palestra “Jano e os Portais Solsticiais”, com Rosângela Pedrina, na Sociedade Brasileira de Eubiose (Rua Madri, 72 – Jardim Europa). Aberto ao público. Mais informações: (19) 99731-7381
CULTURA DE PAZ 25/7, às 9h30 – evento do Movimento Mundial de Paz e de Mudança para o Sincronário de 13 Luas, no Parque das Águas (Avenida Paulo Corrêa Viana, 765 – Parque Jambeiro). Aberto ao público. Mais informações: (19) 3234-2989
MEDITAÇÃO todas as quartas, às 19h30 e 20h30 – prática na sede da Fundação Lama Gangchen para a Cultura da Paz (Rua Apinagés, 1.861 – Sumaré). Aberto ao público. Mais informações: (11) 3032-5573
PSICOTERAPIA REENCARNACIONISTA 25/7, às 14h – palestra com o terapeuta Marcio Higa, no Espaço Cultural Castro Alves (Rua Castro Alves, 298 - Taquaral). Aberto ao público. Vagas limitadas. Mais informações: (19) 3044-1286 e (19) 99109-4566 Recebemos colaborações para este espaço. Envie sua mandala para jornalzen@terra.com.br
PARA ASSINAR OU ANUNCIAR: (19) 3044-1286 www.jornalzen.com.br / contato@jornalzen.com.br
YOGA CRISTÃ 24 a 26/7 – retiro com padre Haroldo Rahm, no Centro de Eventos Inácio Loyola (Rua Dr. João Quirino do Nascimento, 1.601 - Jardim Boa Esperança). Inscrições e mais informações: (19) 3794-2537 e (19) 3794-2500
SÃO PAULO
NUTRIÇÃO 15/7, das 19h30 às 21h30 – palestra “Restrições Alimentares”, com o pesquisador Dennys Esper Corrêa Cintra, no auditório do Senac Aclimação (Rua Pires da Mota, 838). Aberto ao público. Inscrições e mais informações: (11) 3795-1299.
SERRA NEGRA FOTOGRAFIA Até 1º/8 – exposição “Olhares da Índia”, de Mário Mendes, no Palácio Primavera (Avenida 23 de Setembro, 5 – Centro). Aberto ao público. Mais informações: (19) 3899-2204
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A ARTE DE SER
Mônica Jô
Pelas montanhas de Buda (2) Ao chegar a Ghorepani – uma vila no circuito das montanhas Annapurnas –, havia um cerimonial em curso para anunciar os seis meses de um bebê e que, a troco disso, iria comer seu primeiro “Dal Bar” – prato que se come todos os dias no almoço e jantar, composto por arroz, lentilhas, batatas e verdura. A vila inteira reunida, cantando, tocando tambores, sobretudo, vibrando pela vida daquela criança. Em outra vila, a solenidade era para os quarenta dias da morte de um membro da comunidade. Logo ao ingressar naquele espaço, cheguei a pensar que se tratava de um aniversário. Comida sendo servida, alguns cozinhavam e lavavam pratos, um grande grupo em círculo cantava e uma profusão de crianças corriam e brincavam. De imediato, fomos acolhidos como parte daquilo tudo e, sem compreender uma única palavra, dialogamos e nos unimos àquele ritual. As pessoas não competem entre si. Ao contrário, contam com a contribuição das outras, interagem e comunicam suas necessidades, escutam o outro como a possibilidade de construir novas soluções. Iniciativas vitais para que esse “corpo” funcione. Em Phulboori, conheci um abrigo, uma fábrica de papel artesanal e uma escola, todos geridos pela comunidade. Tive a oportunidade de participar de uma reunião com o comitê gestor e um dos moradores me confidenciou sobre a impossibilidade de uma fórmula guardiã do diálogo. Eu, que esperava alguma ideia complexa, deparei com sua explicação simples: “não deixe de tecer as relações com muita conversa”. Uau! Quantas coisas foram conversadas naquela noite, desde custos de operação da fábrica até o problema gerado pelas cabras, as quais literalmente pulavam a cerca, assaltavam as plantações e tinham o desplante de subir no teto das casas à procura de algo para comer. Toda necessidade importa, é tratada com respeito e cada solução é única. Outro aprendizado, vivido ao longo de três horas, e solenemente encerrado com um “Dal Bar”, é claro. Essa dinâmica está muito viva por todos os lugares que trilhei. Talvez isso explique que o exterior das vilas reflete o interior das relações – portas sempre abertas, espaços sem muros, um corpo social saudável, convivendo com suas diferenças, onde o diálogo é como o sangue que circula, alimentando cada célula portadora de vida. É evidente o brilho nos olhos das pessoas. Depois dessa experiência, dialoguei com o meu coração, a ponto de compreender o que Martin Luther King quis dizer: “Eu nunca posso ser o que deveria ser até que você seja o que deve ser. E você nunca poderá ser o que deve ser até que eu seja o que devo ser”. Veja o depoimento de Mônica Jô no site www.jornalzen.com.br
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JULH0/2015