Jornalzen Maio 2015

Page 1

JORNALZEN ANO 11

MAIO/2015

AUTOCONHECIMENTO INFORME PUBLICITÁRIO

Retiro A OUTRA MARGEM com Bhaskar e Niranjana Saiba mais na página 9

Viva Bem

Nº 123

BEM-ESTAR

A ARTE DE SER Mônica Jô compartilha memórias vivas do Nepal ao acabar de retornar do país pouco antes do grande terremoto na região dos Himalaias

Pág. 12

www.jornalzen.com.br

CIDADANIA

CULTURA

SAÚDE

ZENTREVISTA

Ardella Nathanael Pág. 3

Pág. 5

Empreendedor Holístico Pág. 2

Antônio Scarpinetti/Ascom-Unicamp

ARTIGOS

Psicoterapia reencarcionista por Carmen Mírio Pág. 2

CULTURA CHINESA Apresentação de dançarinas na inauguração oficial de unidade do Instituto Confúcio na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Pág. 14

Obesidade e reabilitação alimentar

por Júlia Paula Motta de Souza Pág. 10

IX CONGRESSO TRANSPESSOAL INTERNACIONAL SAIBA MAIS NA PÁGINA 9


JORNALZEN

2

Mandalas para pintar Temos assistido a uma repouso, de facilitadora verdadeira febre de livros que usa em grupos de para pintar. De repente, terceira idade, além de parece que todo mundo outras que se manifestaaderiu a uma mesma ram individualmente. ideia que surgiu de alTodo esse alcance nos gum ponto e se espalhou deixa feliz, pois sabemos como um vírus. Assim desde o início os benefíacontece a moda, as tencios que esta atividade SILVIA LÁ MON dências. Ainda bem que Diretora do JORNALZEN pode trazer. Considerada essa é uma moda do bem. uma prática zen, assim Gostaria de destacar que desde como o bonsai e o jardim japonês, a sua primeira edição, há mais de pintura de mandalas desperta nosdez anos, o JORNALZEN traz, como sa intuição e organiza nossa mente. passatempo do jornal, as manda- Devemos sempre começar a pintar las para pintar. Naquela época, era do centro para as extremidades, asmoda fazer sudoku, mas nosso ob- sim como o movimento de individujetivo era propor um passatempo ação, que ocorre de dentro para fora zen. Naquela ocasião, uma artista de nós. As cores escolhidas têm cada plástica (Kenia D’Angelo) produzia uma um significado curativo, de acoros desenhos todo mês. Atualmente, do com o princípio da cromoterapia. colaboram conosco as artistas So- Aumenta nossa capacidade de connia Scalabrin e Ozeni Lucas, além centração e foco, além da satisfação de abrirmos espaço para outros de ver a beleza do resultado alcançaeventuais colaboradores. do ao finalizar o trabalho. Em todos estes anos, tive diverSe ainda não coloriu a sua mansos feedbacks de pessoas que rela- dala, experiente fazê-lo. No JORNALtam trabalhos com as mandalas do ZEN você tem isso gratuitamente, JORNALZEN. Já soube de professo- todos os meses, e também a opção res que utilizam com seus alunos, de imprimir o desenho por meio de de cuidadores que usam em casa de nosso site. Divirtam-se!

JORNALZEN NOSSA MISSÃO:

Informar para Transformar DIRETORA Silvia Lá Mon EDITOR Jorge Ribeiro Neto JORNALISTA RESPONSÁVEL MTB 25.508 TELEFONES Redação (19) 3324-2158 Comercial (19) 3044-1286 contato@jornalzen.com.br www.jornalzen.com.br Circulação: Campinas Indaiatuba Holambra Hortolândia Paulínia São Paulo (Vila Madalena) Valinhos Vinhedo

MAIO/2015

Psicoterapia reencarcionista e regressão terapêutica por Carmen Mírio

A

psicoterapia reencarnacionista é uma moderna escola psicológica que introduz o conceito de reencarnação no consultório. Apesar do nome, não é ligada a nenhuma religião. Ela visa nos ajudar a mudarmos a maneira infantil e equivocada como enxergamos e interpretamos a nossa infância e a nossa vida para uma visão adulta e correta, que é a que o nosso Espírito ou o nosso Eu Superior têm a esse respeito. É uma terapia que quer nos ajudar a realmente aproveitarmos a encarnação, através da mudança de raciocínio. A principal ferramenta da psicoterapia reencarnacionista é a regressão terapêutica, utilizada para nos auxiliar a recordar como vem sendo o aproveitamento das últimas vidas, sem violar a lei do esquecimento, e se estamos evoluindo, para que viemos dessa vez. É utilizada, ainda, para desligar situações traumáticas do passado remoto que originam as fobias,

transtornos diversos, depressões, medos, dores físicas sem causa diagnóstica, vazio existencial, solidão, etc. É possível fazer regressões a distância nos casos de crianças, mulheres grávidas, pessoas cardíacas e idosas. Realizamos um trabalho em crianças com dificuldades, com resultados muito favoráveis. Acessem o blog e conheçam mais sobre este trabalho: www.criancascomdificuldades. blogspot.com.br Carmen Mírio é ministrante do curso de formação em Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica, escritora, palestrante, mestre em reiki, terapeuta floral (sistema Saint Germain), coach, numeróloga e autora do livro Cartas Terapêuticas dos Chakras. Associada colabo-radora e facilitadora da Universidade Internacional de Ciências do Espírito (Uniespírito). Formada em direito e jornalismo.

O curso de formação em Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica tem duração entre 18 e 24 meses e será realizado na cidade de Campinas. Mais informações: carmenmirio@hotmail.com

Empreendedor Holístico ANA PAULA TEIXEIRA – coachinganapaula@gmail.com

Pequeno negócio em tempos de recessão Desenvolver um negócio é um desafio em qualquer ambiente. É ainda mais difícil em tempos econômico e politicamente difíceis. Levando em consideração somente o fator da estratégia de marketing (e obviamente assumindo que o emocional e comportamental estão assegurados), compartilho aqui cinco dicas essenciais que devem fazer parte do cotidiano dos empresários que desejam superar esses desafios e vão além, sem medir esforços para manter e alavancar suas empresas. 1 – Concentre-se em soluções de baixo custo para o seu cliente. O que é possível ser oferecido a ele pelo menor preço possível e ainda assim agregar valor. 2 – Ofereça maior flexibilidade de pagamento aos clientes. As pessoas estão inseguras sobre sua renda futura e hesitantes em assumir compromissos financeiros de longo prazo. Afaste o medo do seu

cliente. Não amarre-os em contratos longos. Lembre-se da fórmula: curto prazo x soluções rápidas x mínimo preço x excelente serviço/produto. 3 – Oferta de parcerias: que tal uma nutricionista se associar numa campanha, com uma academia, uma cabelereira e um representante de produto natural? Concentre-se em oferecer vantagem econômica no curto prazo. 4 – Responda as questões críticas. Todo empresário deve ser capaz de responder a uma pergunta crítica: por que um potencial cliente deve comprar seu produto/serviço, em vez de um concorrente? Faça no seu negócio o que na concorrência ainda não se faz para sobreviver a esta crise. 5 – Certifique-se de que o segmento de mercado em que você se encontra valoriza a sua oferta e recomende seu produto/serviço com um programa de fidelidade. Para cada indicação, um pequeno presente, seja desconto num prestador de serviços da sua

rede de relacionamento ou cupom de farmácia, estacionamento, etc. Você precisará de um plano de ação claro para chegar a um resultado positivo. As pessoas não vêm bater na sua porta à procura do seu serviço simplesmente porque você tem o melhor produto do mundo. Ponha no papel como informar e divulgar ao seu segmento de mercado alvo que você tem o que eles querem e as melhores condições para oferecer a solução ao problema deles. Desenvolver e/ou manter com sucesso um negócio em tempos econômico e politicamente difíceis pode ser mais complexo do que a construção de uma casa. Alavancar um negócio em meio à recessão é difícil, mas existe solução. Nem todos os negócios vão enfrentar e sobreviver a esta crise, mas muitos vão prosperar. E você e sua empresa, têm o que é preciso não só para resistir à tempestade, mas tambem florescer? Ao seu sucesso.


MAIO/2015

A

rdella Nathanael é uma verdadeira cidadã global. Criada na África ocidental e no Caribe por pai francês e mãe inglesa, ela estudou em universidades de Londres, Cambridge, Heidelberg e Paris, formando-se com honras em francês e alemão, e mais tarde graduando-se na Escola de Economia de Londres, onde morou e trabalhou por mais de uma década como professora, assistente social e conselheira familiar. Desde a juventude, interessou-se pelas tradições espirituais mundiais. Estudou meditação e muitas formas de dança, incluindo balé clássico, dança folclórica e sufi. Ardella aprendeu a arte da paneuritmia com discípulos diretos do fundador da dança circular sagrada, Peter Deunov, na Bulgária. Esbanjando energia e alegria, ela tem ensinado paneuritmia ao redor do mundo desde 1988. Em sua mais recente vinda ao Brasil, para workshop em Holambra, Ardella conheceu o JORNALZEN e concedeu a entrevista exclusiva a seguir. Como foi sua formação até chegar à paneuritmia? Na escola, sempre tive facilidade de aprender línguas, pois já falava inglês e francês. Sempre fui interessada nas questões espirituais. Cresci frequentando uma igreja metodista, que é uma igreja muito aberta, sem doutrina ou rituais, onde se canta muito. Mesmo quando eu era bem pequena, perguntava para minha mãe sobre outras religiões. Havia algumas perguntas que achava que a religião cristã não me respondia. Via muita gente sofrendo no Haiti, enquanto eu era feliz e sadia. Certa vez, no último ano de escola, um professor de inglês leu um poema de William Wordsworth, um poeta inglês, e as palavras eram as seguintes: “A alma que se eleva conosco, a estrela da nossa vida, estava estabelecida em outro lugar e veio de longe. Nós viemos trilhando nuvens de glória do céu, que é nossa casa.” As primeiras palavras me despertaram e fiquei com esse quadro em minha mente. Quando nascemos, somos como uma estrela nascendo no horizonte. Quando morremos, é como se a estrela descesse no horizonte. Então, ela se levanta outra vez. Nesse momento tive certeza de que havia vivido muitos e muitos anos antes desta vida. Sabia que minha alma, minha consciência, sabia de muitas coisas que não havia aprendido nesta vida. De modo que em cada vida aprendia um pouco mais. Quando estudei em Londres, fui morar em uma casa metodista onde cada pessoa ficava no quarto com uma pessoa de outro país. Fiquei com uma moça do Sri Lanka e passei a amar a Índia.

JORNALZEN

3

ZENTREVISTA|Ardella Nathanael

DANÇA PARA A ALMA Referência mundial em paneuritmia dedica-se a ensinar a prática que visa a harmonização do ser humano com si mesmo e com a natureza Fotos: Silvia Lá Mon

Percebi que Deus é tão grande que você não pode confiná-lo a uma religião ou a uma raça ou a um planeta. Depois que saí da faculdade, entrei numa escola esotérica e nessas aulas aprendi muitas coisas que ajudaram a desenvolver meu conhecimento intuitivo. Mais tarde, fui treinada como professora de meditação com um guru indiano. Tinha um grupo semanal e sempre convidava outras pessoas para apresentarem diversos caminhos espirituais. Nessa época, havia muita gente vinda de outros países na Inglaterra. Um dia, meu marido disse que alguém lhe falou sobre uma dança espiritual na Europa Oriental. Convidei essa pessoa para participar do grupo e todos ficaram em transe com sua apresentação: era a paneuritmia, pela qual me apaixonei imediatamente. Quais os benefícios físicos e espirituais da paneuritmia? Percebi muito rapidamente que a paneuritmia era a melhor meditação que tinha encontrado. Fui professora de meditação, mas com a paneuritimia senti uma conexão com o mundo divino. As pessoas a quem apresento a prática também

sentem essa conexão. Elas têm um sentimento de amor, alegria e paz e compreensão na mente. Tudo na vida começa a melhorar, tornar-se mais significativo. Conseguimos ver o objetivo da vida mais claramente, ver melhor as soluções para os problemas e nos sentirmos mais felizes. Para algumas pessoas, a saúde melhorou depois da prática. Muitas pessoas se sentem mais criativas.

Por que a paneuritmia não é uma prática tão conhecida? Na Bulgária, nos anos 70, a política era o comunismo e eles não permitiam práticas religiosas. Então, os discípulos de Peter Deunov eram perseguidos e presos. Os livros foram todos queimados. Qualquer pessoa que fosse vista praticando a dança perdia o emprego. Depois que o comunismo caiu, todos começaram a buscar esse conhecimento. Hoje, ele é muito popular na Bulgária e está se espalhando pelo mundo. A senhora esteve em vários países... Fui para os Estados Unidos em 1990, convidada a formar uma escola. Tirei um ano de férias e fiquei lá. Viajei por todo o país, depois fui para

Austrália, Nova Zelândia, Polônia, Colômbia e Equador. Então, uma amiga me convidou para vir para o Brasil, quando conheci Maria Eugênia [referindo-se à psicóloga Maria Eugênia Rocha Nogueira, focalizadora de paneuritmia], em São Paulo, e depois vim por mais três vezes. Durante oito anos, viajei sem parar. A paneuritmia continuou na maioria desses lugares em que passei. Como fiquei cinco anos sem viajar, comecei a me focar nos livros. Lancei dois, sendo um para crianças. Peter Deunov disse que se todas as crianças de uma nação aprenderem a dança sagrada, isso muda totalmente o destino dessa nação. Como avalia a proposta e missão do JORNALZEN? O trabalho que vocês fazem é muito importante. Durante muitos anos e séculos, os jornais, a televisão e outros meios de comunicação foram controlados por forças escuras. As pessoas só leem más notícias, que as tornam deprimidas e com medo, de forma que as forças das trevas possam controlá-las. No mundo de hoje, cada vez mais pessoas como vocês estão publicando boas notícias. Isso é importante para preparar as pessoas para a nova era que está começando, para que as pessoas possam realmente acreditar que ela está começando. Existem muitas coisas maravilhosas que estão acontecendo no mundo. Vocês abrem a consciência das pessoas e elas começam a acreditar e confiar que existem seres de Luz por todo o Universo, e que estão prontos para nos ajudar. Que mensagem gostaria de deixar para os nossos leitores? Não estamos num pequeno mundo como numa armadilha em um corpo que pode morrer ou ser assassinado, e que depois disso seria o fim. As pessoas precisam se abrir, para perceber que a vida é eterna. Que somos imortais e que a vida é a mais incrível jornada que a gente pode imaginar. Aprender cada vez mais e melhorar a cada momento, mas só se cooperarmos e aprendermos as nossas lições. Aprender as lições do sofrimento, de modo que possamos abrir o coração e aprender através do amor.


JORNALZEN

4

A vida A vida é um percurso cheio de obstáculos, desafios e desavenças. Para superá-los, é preciso ter determinação, disciplina e perseverança. As dificuldades nos fazem mais fortes. O amadurecimento vem quando atravessamos os momentos difíceis e cada obstáculo vencido é um novo aprendizado. Não temos ciência de como será o futuro, mas é preciso saber prepará-lo. O que se plantar hoje será colhido um dia. Por isso é necessário aprender a plantar o bem. O grande segredo é fazer o que gosta ou gostar do que está fazendo e oferecer o seu melhor seja para o trabalho, para a família e para os amigos. Há certas situações em nossa vida que não se resolvem apenas com boas intenções, temos que ser incisivos. É preciso buscar força e coragem no âmago de nosso ser, onde conseguimos ter a direção soberana para receber a necessária autoajuda. Os que não desistem com facilidade encaram as provações sem medo de errar, na certeza de que a vida é como um dia de verão: amanhece ensolarado, mas de repente pode cair uma tempestade e depois, porém, o sol volta a brilhar. É primordial ter espírito de liderança e promover alianças positivas, respeitando o espaço do outro e suas diferenças, valorizando o potencial de cada um.

Esforçar-se um pouco mais trará nas asas da alegria o sucesso. Não pare nunca, porque o sucesso sorri somente para aqueles que não desistem JOÃO BATISTA SCALFI no meio do cami- Vice-presidente do Educandário nho. O idealismo, Deus e a Natureza (Indaiatuba) a fé construtiva, o sonho que age são pilares de todas as realizações. Quem mais pensa, dando corpo ao que idealiza, mais apto se faz à recepção das correntes mentais invisíveis, tanto nas obras do bem ou do mal, dependendo da intenção. Em razão da lei que rege a vida na Terra e no Universo, se estamos adaptados ao reto pensamento e à ação enobrecedora, seremos preciosos canais de energia divina, que banha a humanidade em todos os ângulos do globo. Buscando sintonia com seres evoluídos e dedicados ao serviço do bem, seremos instrumentos vivos em benefício das criaturas, na transformação da Terra em Mundo de Alegria Celestial. Vivemos envoltos num imenso oceano de pensamentos. Absorvemos a influência alheia de acordo com a nossa frequência. Somos afetados pelas vibrações de paisagens, pessoas e coisas que nos cercam. Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valiosos sustentáculos aos nossos propósitos de trabalho e realizações.

MAIO/2015

IOGA NO BRASIL Relato de uma experiência

Como usar as técnicas do yoga para harmonizar a personalidade? A resposta a essa pergunta é encontrada nos muitos textos do yoga onde técnicas são ensinadas, experiências são transmitidas. Existe entusiasmo naquele que inicia a prática do yoga, mas, muitas vezes, depois de certo tempo ele desiste, desanima. Arquivo Pessoal/Anna Maria de Moraes Não podemos culpar sempre esses desistentes, pois em muitos casos eles se defrontam com instrutores inescrupulosos que, depois de participarem de pequenos cursos, fazerem a leitura de alguns livros, já se consideram aptos a dar aulas. Quando uma pessoa decide conhecer e praticar os ensinamentos do yoga, ela deverá saber que é um processo lento, que pede persistência, disciplina e uma vontade bem delineada em mudar certos hábitos, a romper com certos preconceitos para chegar mais próximo daquela harmonização desejada. O ser humano sofre influências hostis em todos os planos, que resultam em angústia, medo, depressão, enfim, um sofrer intermitente. Isto é consequência da falta de conhecimento que tem de si mesmo, quanto às suas emoções, ideias, instintos, etc. Ele não vê com clareza seus condicionamentos, seus anseios, sentimentos e cada vez mais busca respostas no mundo exterior e nos outros. Um dia ele fica sabendo de uma ciência, cultura, filosofia milenar, de origem oriental e decide que isso vai resolver seus problemas. Se ele começa a praticar e de repente desiste, muitas vezes é porque começa a se perceber, começa a notar suas limitações e potencialidades, sua mente se sente submetida e ele, sem saber bem por quê, desiste. Às vezes é porque achava que com poucos dias de prática, de experiências novas, iria milagrosamente resolver todos os seus problemas. A prática do yoga deve ser conduzida com atenção, com vontade, sem se preocupar com os benefícios que dela poderão advir. Cada momento é uma experiência a ser vivida, a ser sentida; o praticante deve ficar centrado no que está fazendo, no que está pensando, no que está sentindo. Dessa forma, sua atenção vai se ampliando, sua percepção é ativada e ele começa a se compreender. (continua) * primeira parte de artigo publicado por Anna Maria de Moraes, há mais de 35 anos, no jornal Folha da Tarde


MAIO/2015

JORNALZEN

5

A ARTE DE SER Mônica Jô - ateliesser@gmail.com

À sombra do resgate que o mundo faz, neste momento, do Nepal, dou-me conta que acabei de retornar de lá e tenho memórias vivas para compartilhar. Setenta dias longe do meu mundo conhecido ou, como costumo dizer, “livre da minha gaiolinha”. Assim peregrinei pela Índia e Nepal, em busca de novos ares e olhares, coreografada por aquela natureza-cosmos, com montanhas infinitas, rios, cachoeiras e lagos, que mudos se expressam. Na verdade, tive o privilégio de interagir com as pessoas, mergulhar com a minha pele naquela cultura milenar, investigar sua “e-moção”, ou seja, o que as coloca em movimento e, com esse espírito, deparei em Pokhara no Nepal com as 3 Sister’s Company, uma mistura de guesthouse (pousada) com uma agência de trekking (caminhada) especializada em prover guias e assistentes mulheres para mulheres que, como eu, ousam trilhar pelas montanhas nepalesas. A gestão está a cargo de Lucky, Dicky e Nicky Chetri (foto abaixo) – as três irmãs empreendedoras que enveredaram pelo social e que andam transformando a vida de muitas pessoas. Nicky, também fundadora, com as irmãs, da ONG Enpowering Women on Nepal (Empoderando as Mulheres no Nepal), recebeu-me na casa da família exatamente no dia Arquivo Pessoal/Mônica Jô de Holy, a chamada “festa das cores”, que celebra a entrada da primavera. Que sincronicidade! Afinal, naquele dia havia despertado aos gritos de “Wallah Holy” – “Viva o Holy” –, sem ter conseguido decodificar o seu significado. Difícil de expressar o que senti quando, no quintal, as crianças moradoras da casa de apoio que promove a educação de meninas que estão na zona de risco social jogavam pó colorido umas nas outras (também em nós, é claro) e dançavam tomadas por uma profunda alegria. Ela me confidenciou, com cândida simplicidade, que as três irmãs foram “destinadas à vida e ao trabalho que realizam”. Para que pudesse compreendê-la, pôs a descrever um cenário de ocorrências familiares. Há muitos anos, seu pai e seu avô se mudaram da região do Everest para Darjeeling, na Índia, tendo sua infância se desenvolvido ao som de narrativas cujos enredos repetiam as dificuldades vividas pelas mulheres no Nepal. O contador dessas histórias, seu pai, não teve educação formal, mas as encorajou a estudar e trabalhar, enfatizando que um dia deveriam retornar para lá, em prol da “emancipação das mulheres”. Isso mesmo. Cumpriram a profecia paterna em 1993, quando se estabeleceram no país com mais oito irmãos, determinadas a sustentar a família. Como? Bem, após avaliarem algumas opções decidiram iniciar suas atividades com a abertura de um pequeno restaurante dedicado aos famosos momos (bolinhos nativos do Nepal). Em concorrência, começaram a trabalhar como guias para trilhas nas montanhas, o que as levou a providenciar um lugar para hospedar suas clientes mulheres. Nascia, assim, a 3 Sister’s Trekking Company. Caminhei por quase um mês lado a lado com a guia Bhagwati e suas assistentes Sumila, Saru, Sabita e Mille – todas mulheres “formadas” pela EWN. Em comum, o brilho no olhar, o autorrespeito e uma alegria incrível em servir. Bhagwati, 31 anos, destacava que sua realização era poder “entregar o seu dom”, amando e servindo às pessoas que guia pelas montanhas. Mal sabe que faz muito mais que isso. Sentia-me cuidada, protegida pela sua ação diária que excedia o papel de intérprete pelas vilas das montanhas. Essa experiência está viva e ecoa no meu coração, e me faz lembrar da frase fixada na parede da guesthouse: “As mulheres não precisam de simpatia, elas precisam de oportunidades”. O maior patrimônio nepalês não é o conjunto dos templos históricos recém-destruídos: é a generosidade da sua gente, como as queridas Nicky, Dicky e Lucky. A vocês, meu tributo! Veja o depoimento de Mônica Jô no site www.jornalzen.com.br


JORNALZEN

6

Selfie e espelho mágico Vivemos a era do individualismo. Ela chegou, não podemos fugir dela, faz parte do processo evolutivo da humanidade. Até poucos anos atrás, as pessoas precisavam aparecer na mídia para serem famosas. Hoje, através de um simples celular, qualquer pessoa pode virar sucesso imediato, “viralizar”. Alguns podem achar que os problemas de autoestima nunca mais existirão entre os mais jovens – parecem tão seguros, tão à vontade em suas fotos. Mas o que é autoestima de verdade? Hoje em dia, autoestima virou sinônimo de “se achar”, aparecer mais, sentar no camarote e lá de cima ver a vida. Ao invés de resolver um problema e crescer com uma dificuldade, muitos optaram pelo “beijinho no ombro” e saem ostentando a sua falsa segurança. Porém nunca se consumiu tanta bebida alcoólica, tantas drogas e antidepressivos como nos últimos anos, pois haja química para

esconder tantos sentimentos. E ainda com a ajuda de uma boa maquiagem, tudo pode paMÁRCIO ASSUMPÇÃO recer perfeito. Professor de ioga e diretor Não pensem do Instituto de Yogaterapia que sou contra as selfies. Elas têm seu bom uso e finalidade. Porém, perdidos em suas selfies, muitos se iludem e se esquecem de fazer perguntas a esse novo tipo de “espelho mágico” e ouvir suas respostas. No mito da Branca de Neve, ele foi bem sincero. Será que estamos preparados para essas respostas? A verdadeira autoestima começa pelo autoconhecimento. Ninguém é feliz achando-se melhor que os outros, fazendo-se passar por aquilo que não é e muito menos se escondendo por trás de uma simples foto. Espelho, espelho meu!

MAIO/2015

Padre Haroldo Maria, Mãe de Belém Santo Inácio de Loyola usa a sua imaginação para dar uma ideia da condição do mundo antes da chegada de Cristo Jesus. Para justamente conhecer a necessidade da Redenção do gênero humano, lançou uma visão geral sobre a Terra e viu a multidão imensa de homens, numa grande diversidade de costumes, de raças, de línguas e de religiões; uns em paz, outros em guerra; uns chorando, outros rindo; uns sãos, outros enfermos; uns nascendo, outros morrendo. Contemplou os homens nesse estado sobre a face da Terra, prestou atenção justamente ao que dizem: como juram, como blasfemam, como se maldizem uns aos outros, como se caluniam, como falam da Terra, dos bens do corpo, dos negócios temporais, das guerras e vinganças. Desse quadro etnográfico, viu-se claramente como o mundo estava precisando de um Redentor e de que Deus apressasse a vinda deste. Isaías havia orado: “Céus, lá de cima, derramai um orvalho e que as nuvens façam jorrar a justiça” (Is 45, 8). O Verbo Eterno ofereceu-se para vítima pela vida dos homens. “Não quiseste sacrifício e oblação, mas plasmaste-me um corpo... Eu vim, ó Deus, para fazer a Tua vontade” (Hb 10, 5-7). O Espírito Santo se propõe, para realizar esse grande mistério, a operar no seio de Maria a Encarnação do Verbo Divino. Inácio olhou Nazaré e meditou sobre a cooperação de Maria no mistério da Encarnação. Viu o Anjo Gabriel , que, enviado por Deus, veio trazer-lhe a celeste notícia de ser Mãe do Redentor. Não procurou as grandes capitais, os palácios gran-

diosos de Roma, mas sim esse recanto da Judeia, onde viveu essa desconhecida filha de Israel. Inácio ouviu as palavras da saudação: “Alegre-te, ó tu que tens o favor de Deus, o Senhor está contigo” (Lc 1, 28). “O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra”. E Maria respondeu: “Seja feita comigo segundo a sua palavra.” Inácio continuava a sua contemplação sobre a história do nascimento de Jesus pensando que naqueles dias apareceu um édito de César Augusto mandando fazer o alistamento de todos os seus súditos, cada um em sua cidade natal. Assim, José partiu com Maria, sua esposa, para Belém, cidade de Davi, a cuja estirpe pertencia. Não encontrando lugar na hospedaria, recolheram-se a uma gruta vizinha, e ali Maria deu à luz seu unigênito Filho; envolveu-O em faixas e reclinou-O sobre uma manjedoura. Havia, a dois quilômetros de Belém, uma planura de férteis pastagens, onde os pastores pastoreavam os seus rebanhos. Naquela noite, estando de vigia, foram subitamente surpreendidos por uma claridade celeste, e um Anjo do céu lhes apareceu e lhes anunciou a grande nova do nascimento do Messias: “Eis que eu venho anunciar-vos uma boa nova, que será uma grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de Davi, um Salvador, que é o Cristo Senhor” (Lc 2, 1011), “Achareis um recém-nascido envolto de faixas e deitado numa manjedoura” (Lc 2, 12). Jesus, em seu presépio e em suas humilhações, nos mostra como viver, sobretudo neste mês de maio, dedicado a Maria de Belém.


JORNALZEN

MAIO/2015

PANORAMA EMPREENDEDORISMO UNIVERSITÁRIO Com intuito de estimular o empreendedorismo na execução de soluções simples e de baixo custo, o Instituto 3M abriu inscrições para a sexta edição do Prêmio para Estudantes Universitários. O projeto vencedor receberá R$ 30 mil para ser colocado em prática. Os interessados devem se inscrever até o dia 8 de junho pelo site www.3m.com.br EXPOSIÇÃO DO BEM O Espaço Caminho, em São Paulo, recebe até 30 de maio exposição de arte de João Cândido da Silva. As obras do pintor brasileiro retratam cenas do folclore e da cultura popular brasileira. Vinte por cento do valor arrecadado com a venda de pinturas e livros será destinado a diversas ONGs. O Espaço Caminho fica na Avenida Pompeia, 1.504. FEIJOADA DO BEM A Creche Bento Quirino, de Campinas, promove dia 16 de maio a 11ª edição da Feijoada do Bem. O evento no Giovannetti Cambuí terá renda revertida para a formação socioeducacional das cerca de 500 crianças e adolescentes atendidos pela entidade. O convite custa 100 reais. Além do bufê, haverá sorteios de brindes. Mais informações: (19) 3231-2831. BACALHOADA DO BEM Ainda no dia 16, a Associação Beneficente Nossa Senhora da Esperança, de Campinas, promove uma bacalhoada a fim de captar recursos para construção da Casa de Acolhimento aos familiares dos pacientes do Hospital Celso Pierro. O evento terá início às 12h, no salão paroquial da Igreja Nossa Senhora das Dores (Cambuí). Mais informações: (19) 3343-8393 CORRIDA E CAMINHADA DO BOLDRINI Estão abertas as inscrições para a 10ª Corrida e Caminhada Mais Vida Boldrini/3M. O valor arrecadado será revertido para o Centro Boldrini, referência no tratamento do câncer infantil. Os interessados devem se inscrever, até 20 de maio, pelo site www.noblu.com.br. A largada da prova será no dia 24, às 8h, na Praça Arauto da Paz (Taquaral), em Campinas.

7

Juliano Sanches O sarcasmo recicla! Assistir a TV a cabo ou pela internet é um exercício sobre como aprender a questionar respostas, principalmente aquelas mais aguçadas, que fogem da linha do tempo das mídias tradicionais. Nas séries, a gente se diverte quando um personagem fica perdido, devido ao constrangimento de uma situação criada. Dirão os analistas: o que fica reservado, enquanto conhecimento, fixado na linguagem do pós-tudo, diante de tantos casos provocativos, é a capacidade de pensar e propor – mesmo que de modo momentâneo – três, quatro ou cinco argumentos contrários e a favor de determinados temas. O sarcasmo, que reina por entre as extensões dos diálogos da série The Big Bang Theory, dirigida por Mark Cendrowski, que está na oitava temporada, ganha força quando a ingenuidade dos personagens não absorve a leitura por trás das palavras, ou seja, nas entrelinhas. Em meio ao caos gerado pela quebra de expectativas, o telespectador, como bom narcisista, repete inúmeras vezes a palavra “Bazinga!”, ao parafrasear o físico teórico Sheldon Cooper (Jim Parsons). O físico experimental Leonard Hofstadter (Johnny Galecki) cria um contraste potente entre o mundo intelectual e a vida cotidiana popular ao se relacionar com a garçone-

te Penny (Kaley Cuoco). A inabilidade (ou pouco talento) social dos cientistas fica clara quando caem em piadas recorrentes ou quando devolvem atitudes em desconexão com o agir esperado no dia a dia. Os integrantes da trupe evoluem na narrativa na medida em que demonstram interesse em se interagir com o círculo para além das universidades. As cenas revelam o quanto confiar apenas em um senso teórico apreendido conduz o interlocutor ao naufrágio. Por entre os caminhos que vão do apartamento a festas, restaurantes e espaços acadêmicos, os exageros, apontados por ações extravagantes, são registros de um conjunto de instabilidades, que o comportamento deixa escapar: bipolaridade, compulsões, dificuldade de expressão. O humor aparece como didático ao longo do texto da proposta, pois serve como uma maneira de fazer os colegas reconhecerem a própria inadequação de palavras e gestos. Sheldon nos faz viver o lado idealista em cada instante, como se as falhas pudessem ser reduzidas a um cálculo impreciso, que necessita ser refeito. Cria-se um mundo em que se joga com a verdade, os valores e os afetos. Juliano Sanches é jornalista


JORNALZEN

8

RIC (Renovação da Informação Celular) RIC é uma terapia fantástica, que faz com que a gente volte a se reconectar com a nossa verdadeira essência! Quando nascemos, somos naturais! Imagine um bebê tendo que fazer suas necessidades físicas e biológicas. Ele não pensa que não pode fazer porque está em um casamento, velório, no meio da noite... Ele simplesmente faz e não nos incomodamos com isso nem ficamos bravos ou chateados porque é natural. Quando vamos crescendo e nos desenvolvendo, vamos seguindo as regras impostas pela sociedade, e aí vem: “não faça isso!”. Pensar assim é feio! O que os outros irão falar ou pensar...? É aí que nos desconectamos da nossa verdadeira essência, do nosso respeito por nós mesmos, do nosso amor próprio... Vamos criando feridas que ficam escondidas, pois saber que elas estão ali nos causa dor. Então, inconscientemente fazemos de conta que elas não existem. Com isso, ficamos tristes, compulsivos por alguma coisa, acumulamos raiva sem saber, assim como outros sentimentos que, utilizados da maneira incorreta, nos fazem mal. Vamos fazendo uma viagem interior através de um sentimento que nos incomoda, por exemplo: tristeza, raiva, rejeição, abandono, vazio, inquietação, irritação, dores físicas, culpa, entre outros. À medida que nos conectamos com cada um desses sentimentos, ele vai nos conduzindo à sua origem. Daí conseguimos enxergá-lo com outros olhos e depois nem lembramos que um dia sentimos aquilo. É como se fosse uma ferida que estava aberta e ela vira apenas uma cicatriz que lembramos e acolhemos com carinho e só! Sem nos causar nenhuma dor. Depois desse entendimento, fazemos o preenchimento, a renovação da informação celular, conforme a essência de cada ser humano, porque somos únicos! O terapeuta irá informar no ato da consulta, pois cada caso é um caso. Pronto! Simples assim! Imaginem que vocês sempre tiveram medo de atravessar a rua sozinhos... Depois da RIC, é como se nunca tivessem tido esse medo na vida. Se deem essa oportunidade! Venham conhecer!

MAIO/2015

Marcelo Sguassábia Inferno no céu Viver muito pode ser um privilégio, mas também um castigo pós-morte. A menos que alguma religião tenha opinião diversa a esse respeito, é de se supor que os mortos cheguem ao paraíso com a idade cronológica do óbito. Se conservarem a última forma física que tinham aqui na Terra quando baterem as botas, então o céu deve ser um asilo. E o asilo celeste ganha gente cada vez mais velha, conforme aumenta a expectativa de vida do ser humano. Ora, dentro dessa lógica, quanto mais miserável e socialmente desassistido um país, mais interessante será sua versão espiritual. Por mais incoerente que isso possa parecer. Como esses infelizes morrem cedo, a probabilidade de um paraíso povoado por defuntos na flor da idade aumenta bastante. Mortos cheios de vida também não devem faltar no purgatório e no inferno, pois os devassos tendem a ir dessa pra melhor em pleno vigor físico, com a maioria dos dentes na boca e sem sinal de calvície ou de cabelos brancos. Triste injustiça, já que quem cuida direitinho da carcaça por aqui acaba indo um bagaço pra lá, de tanta hora extra que acabou fazendo... Essas constatações levam a crer que, se a juventude é algo supervalorizado entre os encarnados, no reino dos fantasmas ela tende a ser ainda mais prestigiada. Imagine o sucesso que deve fazer um Jim Morrison ou um James Dean em meio a milhares de octogenárias desdentadas que certamente os abordam a todo instante em busca de autógrafos. Note que essas mesmas velhinhas teriam sido contemporâneas de Jim e de James aqui no planeta – tietes de seus discos e de seus filmes enquanto garotas de carne e osso. A diferença é que os dois ído-

los, no caso, foram embora mais cedo, enquanto suas fãs ficaram vagando inconsoláveis pela Terra décadas a mais que eles. Ainda que as dores e limitações da carne deixem de existir quando se passa para o lado de lá, não é nada animadora a perspectiva de encarar a eternidade na condição de idoso. A menos que se aguarde ansiosamente lá em cima a chegada do Pitanguy, com seus bisturis redentores e alguma nova técnica trazida da Europa. Para resolver, ou ao menos minimizar o problema, alguns expoentes da geriatria apontam possíveis caminhos. Um deles seria o enxerto de células-tronco na face, na pele e no couro cabeludo de forma preventiva, já a partir dos 50 anos, a fim de que o decujo chegue apresentável ao reino dos céus. Uma outra corrente de cientistas trabalha numa solução mais prática, econômica e emergencial, propondo aplicações de botox alguns dias antes do previsto desenlace. Esta segunda alternativa, embora mais barata, contempla o risco do botox perder seu efeito logo no decorrer dos primeiros meses de vida eterna, para desespero dos anciãos – que passarão séculos e séculos atrás de uma clínica celestial de estética que lhes forneça uma segunda e milagrosa aplicação. Entretanto, quaisquer das duas opções esbarram numa limitação de ordem terrena, nem um pouco fácil de equacionar: os planos de saúde. Muitos deles desde já consideram inviável a cobertura tanto do implante das células-tronco quanto do botox pré-óbito. A não ser que o governo autorize um reajuste nas mensalidades para a inclusão dos procedimentos. Marcelo Sguassábia é redator publicitário


MAIO/2015

JORNALZEN

9 INFORME PUBLICITÁRIO

CONGRESSO TRANSPESSOAL INTERNACIONAL “FLORESCER DA CONSCIÊNCIA” Quando as caravelas aportaram na Bahia de São Salvador, vindas de Portugal, tinham a missão de buscar o ouro da espiritualidade no novo mundo. Entretanto, ofuscados pela grandiosidade e riquezas naturais do Brasil, os navegadores se esqueceram do propósito inicial. A Alubrat (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), com sede no Brasil e em Portugal, vem resgatar a verdadeira missão deste encontro do velho e novo mundo, na mesma cidade onde tudo começou: Salvador, considerada a capital mundial do sincretismo religioso, da espiritualidade e da alegria. O Congresso Transpessoal Internacional é um evento que acontece apenas a cada cinco anos. É uma grande oportunidade de conhecer expoentes da Transpessoal mundiais que estarão reunidos para compartilhar as mais recentes pesquisas nas áreas da espiritualidade, qualidade de vida, bem-estar e aprimoramento profissional. Além disso, vivenciar workshops transformadores, encantar a alma e alegrar o coração em um encontro permeado pela arte e trabalhos corporais. Neste congresso, grandes associações internacionais e brasileiras se uniram à Alubrat para realização de um evento único na história da Transpessoal. Receberemos a Alubrat Portugal, com pesquisas inéditas na Universidade de Lisboa sobre a partícula da felicidade.

A ITA (AssociaPsiquismo), Institução Internacional to Gestalt-Terapia, de Transpessoal), IPEC (Instituto de da Califórnia, funPesquisa e Estudo dada por S. Grof, da Consciência), contribuirá com teCLASI (Centro La-mas como emertino-Americano de gência espiritual e Saúde Integral) e propostas validaInstituto Julio Peres. das de avaliação Nossa grande e tratamento. parceira, a UNIPAZ A Eurotas (Asso(Universidade Interciação Europeia de nacional da Paz), Transpessoal), que presente desde a congrega 25 países, IX CONGRESSO TRANSPESSOAL INTERNACIONAL fundação da Alubrat, trará práticas de ex- 4 a 7/9 - Hotel Stella Maris - Salvador/BA - Brasil através do professor pansão da consciPierre Weil, e particiMAIS INFORMAÇÕES: www.alubrateventos.com ência na saúde. pante dos diversos Além desses, congressos e cursos trabalhos brilhantes da ATI (Associação Ibe- nestes 19 anos de história, trará os melhores reroamericana de Transpessoal), da Associa- presentantes de todas as suas unidades no Brasil. ção Mexicana de Transpessoal, da Sophie A Abrapet (Associação Brasileira de PesquiUniversity, do CIIS (Centro de Estudos Inte- sas em Transpessoalidade) agregou à programagrados da Califórnia) e da pioneira ATP (As- ção do congresso o IV Colóquio de Pesquisas em sociação de Psicologia Transpessoal), funda- Transpessoalidade, no qual os trabalhos acadêda por Abraham Harold Maslow. micos e pesquisas científicas serão enfatizados. Serão também apresentados programas Em uma sala própria, o CRP-06 (Conselho internacionais de doutorado em Transpessoal. Regional de Psicologia – subsede São Paulo) Congregaremos as escolas de Transpessoal terá informações publicadas para esclarecer de todo o Brasil, entre elas a RETRANS (Rede dúvidas sobre a posição dos conselhos e reTranspessoal Nordestina), o Instituto Holos, a conhecimento da Transpessoal e das práticas Associação Norte-Riograndense de Psicologia integrativas e complementares. Transpessoal, a DEP (Dinâmica Energética do A Alubrat tem como objetivo neste con-

gresso evidenciar o espaço já assegurado da Psicologia Transpessoal e da Abordagem Integrativa nas universidades do Brasil, no CRP-06 e a perspectiva promissora do fortalecimento ainda maior da Psicologia Transpessoal em todo Brasil e exterior. Presentes também representantes de universidades que inserem trabalhos e pesquisas em Transpessoal e áreas afins, entre elas USP, UNIFESP, São Camilo, PUC-SP, Universidade do Rio Grande do Norte e Universidade de Pernambuco. Durante quatro dias, os participantes terão a possibilidade de se aprofundar e atualizar sobre a Transpessoal aplicada à saúde, educação, organizações e práticas clínicas em um ambiente agradável e descontraído, em frente ao mar de Salvador, que favorece o encontro de seres humanos em busca da consciência cada vez mais desperta. Uma grande oportunidade para se aprimorar no plano pessoal e profissional. “Todos podem participar e mostrar a força da Psicologia Transpessoal, desfrutar seus benefícios. O essencial deste enfoque psicológico é a espiritualidade, grande força motriz de nossa evolução, a qual promove valores positivos, os quais mobilizam a ação construtiva no ser humano, favorecem sua cura e evolução. Um verdadeiro momento de congregar e celebrar a Transpessoal.” Vera Saldanha


JORNALZEN

10

A inveja A inveja é um sentimento que expressa um comportamento associado ao ato de dissimular, fingir, falsear e mentir. É um sentimento carregado de negatividade e destrutividade. Na inveja o alvo é o outro, mesmo que sua situação financeira e posição social sejam inferiores. Passamos a ser prisioneiros da vida do outro. Sonhamos com sua destruição. A destruição do outro passa a ser nossa fonte de prazer. O invejoso é normalmente inseguro, irritadiço, desconfiado, observador minucioso e sempre alerta contra tudo e contra todos. Aparenta superioridade, quando na realidade sente-se inferiorizado. Infelizmente, a inveja passou a ser um sentimento básico de quase todo o povo brasileiro. Sociedades consumistas são as sociedades mais invejosas e mais desejosas do ter. Invejamos a pessoa rica e famosa que pode realizar viagens, comprar joias, trocar e comprar casas, realizar festas, mesmo que muitas vezes isso não tenha sido conseguido de uma maneira lícita. Perdemos a nossa capacidade de raciocínio e bom senso. Por incrível que pareça, adoramos ser

invejados pelas coisas que conquistamos antes dos outros. Podemos exibi-las demonstrando todo o nosso charme, poder HELOÍSA GARBUGLIO e riqueza. A inveja é um Terapeuta certificada sentimento humaThe Reconnection -no intenso e poderoso. Adotamos modismos mesmo que sejam ridículos e cafonas em nome da inveja...; precisamos ter o cabelo de determinada atriz, a roupa de outra... Programas televisivos onde há intrigas, boatos, fofocas passam a ter sucesso nas redes de TV. Vibramos com o sucesso do mau-caráter, com as falcatruas dos personagens, pois sabemos que a riqueza, na vida real, é para poucos. Isso faz uma cisão no comportamento e crescimento de nossa sociedade. A inveja torna o ser humano um grande predador em busca do ter. A crença e o sentimento de ter e fazer para que o outro não tenha acaba causando profundas diferenças sociais que já estamos sentindo no processo de evolução da humanidade. Trabalhar em nosso inconsciente o sentimento invejoso faz parte de um desenvolvimento e crescimento espiritual. Reconectem-se!

Dr. Orestes Mazzariol Faça valer seus direitos Acredito que o choque de se saber portador de uma doença grave abala qualquer pessoa. Porém, posso garantir que, logo, logo, o choque tem que passar e as coisas práticas têm que ser pensadas e postas em ação. O tratamento, mesmo quando se conta com a assistência do Estado, é caro. Demanda a utilização de muitos remédios, suplementos alimentares, fibras e alimentação pouco convencional. Para fazer em face desses gastos, é necessário descobrir meios, que podem ser: o levantamento do Fundo de Garantia, a isenção de pagamento de Imposto de Renda incidente na aposentadoria, o andamento prioritário de processo judicial, a quitação da casa financiada, o levantamento do seguro e a previdência privada. O Estatuto do Idoso estabelece os direitos dos idosos. Aqui destacaremos apenas os relativos aos idosos doentes. O doente maior de 60 anos tem direito a acompanhante durante a internação, seja ela custeada pelo plano ou seguro-saúde ou pelo SUS. O trabalhador, doente ou não,

Obesidade e reabilitação alimentar por Júlia Paula Motta de Souza

A

Organização Mundial de Saúde (OMS), já faz alguns anos, criou o termo “globesidade” para designar a epidemia de obesidade proporcionada, principalmente, pelo processo de globalização. A obesidade vem sendo considerada pela OMS como a maior epidemia do século 21, sendo hoje responsável por mais mortes do que a subnutrição, atingindo quase 3 milhões de pessoas por ano. O excesso de peso tem atingido pessoas de todas as classes sociais, gênero e idade, e tem se manifestado tanto nos países desenvolvidos como nos em desenvolvimento. Além disso, pesquisas mostram que ela vem crescendo muito ano após ano, ten-

do havido um aumento de 70% nas últimas três décadas. No Brasil, pesquisas recentes revelam de 50,8% dos adultos já estão com sobrepeso. No entanto, bem poucos casos de obesidade têm causa genética (menos de 1%), sendo que, na maior parte das vezes, as causas são psicossociais. Ao longo da vida, por motivos diversos, muitas pessoas têm desenvolvido uma relação problemática com o alimento, no qual este passa a assumir funções que não são as dele, como, por exemplo, o suprimento de carências, frustrações, tristezas e vazios existenciais. O ser humano tem uma tendência a fugir das sensações desagradáveis e se utiliza, pra isso, de diversos tipos de compulsões, sendo

MAIO/2015

a compulsão alimentar uma delas. Porém, a compulsão alimentar, apesar de gerar uma sensação de alívio momentâneo, não resolve o problema que a causou e ainda, de quebra, pode trazer muitos outros problemas para a pessoa, como: hipertensão, enfermidades cardiovasculares, diabetes, baixa autoestima, depressão, entre muitos outros. Existem diversas maneiras de tratar a obesidade e uma delas é através da reabilitação alimentar. A reabilitação alimentar fundamenta-se na filosofia de que o emagrecimento e a manutenção de peso dependem de uma nova relação não só com o alimento, mas também com a vida. A proposta é “emagrecer a cabeça”, e, por isso, o emagre-

com mais de 70 anos pode levantar o FGTS sem o desconto do Imposto de Renda. É assegurado ao maior de 60 anos o andamento prioritário de processos administrativos e judiciais. Ao maior de 65 anos, quando a família não tiver possibilidade de mantê-lo, é garantida a renda mensal vitalícia ou prestação de benefício continuado, obedecidos os critérios estabelecidos em lei (Loas). É assegurado o direito à isenção de Imposto de Renda no pagamento por entidade de previdência privada até o valor de R$ 1.257,12 por mês, a partir do mês em que o contribuinte completar 65 anos. A isenção do Imposto de Renda aplica-se nos proventos de aposentadoria e/ou reforma e pensão recebidos pelos portadores de doenças graves. O doente tem direito à isenção mesmo que a doença tenha sido identificada após a aposentadoria por tempo de serviço ou a concessão da pensão. Fonte: cartilha “Faça valer seus direitos”, de Maria Cecília Mazzariol Volpe

cimento através da reabilitação alimentar é natural e definitivo e não se baseia em regimes, privações, medicamentos... mas, sim, em autoconhecimento e ressignificação. As pessoas desenvolvem os maus hábitos alimentares ao longo de anos, às vezes desde a infância, e um trabalho de reabilitação alimentar consiste em, passo a passo, vir transformando esses hábitos, sendo que assim a pessoa pode obter um emagrecimento saudável e sustentável a longo prazo. Um bom programa de reabilitação alimentar deve ser baseado em uma alimentação equilibrada e balanceada, onde se pode aprender a comer de tudo, de uma maneira correta e saudável. Júlia Paula Motta de Souza é graduada e mestre em Educação Física e doutora em Filosofia da Educação pela Unicamp. Trabalha atualmente com reabilitação alimentar.


JORNALZEN

MAIO/2015

11

Aruângua A Missa do Galo (2) Tem sempre um galo a cantar as horas que devem ser testemunhadas, marcadas e terem sua memória perpetuada. Mas por que um galo, bicho burro que vira a cabeça aos trancos, com a crista e as barbelas vermelhas, a badalar? Por que um bicho como ele, cujos olhos redondos e pequeninos fingem compreender tudo o que veem e não sabem nem para que lado da rua atravessar? Acho que é ironia de Deus. Um galo burro testemunha o que a sociedade, dormindo, deixa passar em brancas nuvens. Fatos relevantes, como grandes traições e a vinda de Cristo. Os traidores são covardes e gostam da escuridão, antes que o sol se levante permanecem no anonimato. Naquela noite, senti-me traída pelo destino, esse agente impreciso e caprichoso que ninguém nunca viu, mas toda a gente conhece... Ou pelo acaso, agente mais relaxado e irresponsável... Ou açoitada por Deus com o castigo da confusão. E a nossa família também. E o padre.

Pois o seu discurso perdeu o brilho. Brilharam, naquela noite, os traseiros lustrosos e pretos das calças bem passadas dos homens e as nádegas avolumadas e apertadas dentro de cintas, cobertas de tecidos luminosos e coloridos, das mulheres. Dobrados sobre as próprias ancas e debruçados sobre o chão, muitos se empenhavam em mostrar seus dotes cristãos. Acocorados ou de gatas, sobre o chão xadrez, preto e branco, apressados e até se chocando uns com os outros, esforçavam-se por encontrar as pérolas do colar de mamãe. Alguns devolveram as encontradas, para refazer o colar, de tanta estima e valor sentimental; outros guardaram as que puderam, para terem uma lembrança daquele evento inédito ou para fazer um anel ou brincos. Durante infindáveis minutos vi, à minha volta, a grande maioria dos adultos agachados, feito galinhas-chocas, ou engatinhando entre os bancos corrediços, à procura de pérolas. A molecada corria pela igreja

aproveitando a baderna... E as pérolas do sermão perderam-se também, tal a confusão dentro da igreja que ninguém escutava ou dava atenção ao pároco. Este, ao fim de várias tentativas, desistiu da predica. Esperou, impacientemente e rangendo os dentes, até que a multidão se acalmasse e, enfim, estivesse pronta a prestar atenção ao seu belo e amaciado discurso. Finalmente, indignado, desistiu do texto preparado. Lascou um sermão contra a vaidade. Era para a minha mãe! Ela teimou que não. É claro que era. Se ele pudesse, esquartejaria-a como a uma infeliz herética e a devoraria assada como o faria um selvagem antropófago, destituído da divina graça. Eu dei graças a Deus a igreja estar cheia – de testemunhas. Ele não se atreveria... Mas

que ele gostaria de poder excomungar a minha mãe, isso ficou claro para todos ali minimamente atentos. Ele já a assava com o seu olhar, que revelava o ódio contido nas pequenas labaredas imprimidas nas íris dos olhos... E o galo cantou... Cantou três vezes... E os sinos tocavam forte: Tóim! Tóim! Tóim! Por quatro vezes, as três badaladas. A minha cabeça rodava... Quem ousou entrar na minha igreja com um colar de pérolas? E a minha barriga roncava... E roncava teimosamente de fome. Meia-noite! As badaladas ressoavam na minha cabeça como uma condenação antecipada. (continua)


JORNALZEN

12

Viva Bem elianamattos@uol.com.br

Bate-papo

N

ão sei se já escrevi sobre isso, mas tenho mania de guardar coisas dentro de livros. Quando digo “coisas”, quero dizer as importantes que recebo: cartão de Natal, de aniversário, bilhetinhos de amigos... Enfim, as que me são caras e que não tenho coragem de jogar. Outro dia, doei quase toda minha biblioteca para uma ONG de Indaiatuba. Deu mais trabalho folhear livro por livro do que carregar o carro e levar até o local. No Sábado de Aleluia, como estava sem fazer nada, resolvi reavivar a minha memória e comecei a fuçar em alguns livros. Encontrei dentro de um deles um cartão do último Natal, enviado por uma amiga recente, a dona Jovita. “Neste Natal, não fique preocupando-se com o futuro e nem fique planejando o amanhã. Viva este Natal plenamente com amor, alegrias e tudo o mais que você desejar. Porque, aconteça o que acontecer, há algo de bom reservado para você em 2015.” Dá para ter coragem de rasgar e jogar no lixo? Minha amiga Ana Maria também é especialista nos cartões em qualquer data e sempre com frases escritas por ela. Na Páscoa, a mensagem foi “Desejo que o maravilhoso sacrifício de Jesus te inspire a continuar sendo esse ser humano maravilhoso que você é”. Claro que os amigos sempre veem a gente como um ser maravilhoso, porque nos amam quase incondicionalmente. Mas eu bem sei que não sou tudo isso e, para me tornar maravilhosa, ainda vou precisar de muitas encarnações! O exercício de encontrar essas coisas guardadas, às vezes há tanto tempo, me faz um bem que vocês nem acreditam. Em muitas ocasiões deparo com escritos de amigos ou parentes que já se foram. Como é bom rever suas letras e seus jeitos de escrever. Encontrei também lindos cartões postais, enviados por amigos que viajaram para fora do Brasil, dizendo o quanto gostariam que eu estivesse lá com eles... E mesmo nesta era digital, em que muitos aboliram os cartões trocando-os por e-mails, quando recebo um muito significativo, imprimo-o e ele vai imediatamente para dentro de algum livro. Grande beijo para você!

VASOS & JARDINS Você sabia que as rosas apareceram há 60 milhões de anos? Para testemunhar isso, existe um fóssil de uma rosa silvestre de 40 milhões de anos. Seu cultivo também é bem antigo. Por volta de 5000 a.C., os chineses já as cultivavam e pouco antes da Era Cristã elas já apareciam em parques e jardins. Nesse mesmo período os egípcios também cultivavam rosas e de lá elas chegaram a Roma. Dizem que os romanos antes de cultivarem suas próprias rosas as importavam do Egito, não se sabendo como elas suportavam a longa viagem através do Mediterrâneo.

O preço da evolução

Se pensarmos que o homem e o macaco têm ancestrais em comum, que andavam sobre quatro apoios, entenderemos por que nossos joelhos se mostram tão frágeis. Passamos a nos equilibrar apenas sobre duas pernas, mas continuamos com o mesmo peso corporal. Pagamos por andar na posição vertical com varizes, dores na coluna vertebral e, é claro, nos joelhos. É o preço da evolução!

MAIO/2015

Dormir depois do almoço não engorda Dar uma “dormidinha” depois do almoço por uns 20 minutos não só não engorda como melhora a digestão. Isso porque nesse momento o corpo concentra as energias para o sistema digestivo, facilitando o processo. O mesmo não acontece à noite. Nesse período, o metabolismo está mais lento e o que você comer a mais acaba estocado sob a forma de gordura. Antes de dormir, o melhor é fazer refeições leves.

FORNO & FOGÃO

Batatas com creme de leite e queijo Ingredientes: * 600 g de batatas * 100 g de queijo gorgonzola (ou outro de sua preferência) * ½ xícara (chá) de parmesão ralado * Noz-moscada, pimenta-do-reino e sal a gosto * ½ colher (sopa) de manteiga ou margarina * ½ xícara (chá) de creme de leite

Modo de fazer: Cozinhe as batatas e corte-as em rodelas meio grossas. Unte um refratário com a manteiga e coloque as batatas. Faça um molho branco a seu modo, acrescentando o creme de leite e o gorgonzola. Espalhe sobre as batatas, polvilhe o parmesão e leve ao forno para gratinar.

Pão caseiro (sem glúten) Ingredientes: * 30 g de fermento biológico fresco * 1 xícara (chá) de leite morno * 1 colher (sopa) de açúcar * 200 g de creme de arroz * 500 g de batata, cozida e passada no espremedor * 2 colheres (sopa) de margarina * 200 g de fécula de batata * 3 ovos * Sal a gosto * 1 cenoura ralada * 1 xícara (chá) de azeitonas picadas Modo de fazer: Numa tigela, desmanche o fermento e adicione o leite

morno. Acrescente o açúcar, misturando com uma colher e metade do creme de arroz. Reserve por dez minutos. À parte, junte o purê de batata, a margarina, o restante do creme de arroz, a fécula de batata, os ovos e uma pitada de sal. Junte tudo à primeira mistura reservada. Em seguida adicione a cenoura e a azeitona. Passe a massa para uma forma de bolo inglês, untada e enfarinhada. Deixe descansar uns dez minutos. Preaqueça o forno a 180º e leve o pão para assar por uns 50 minutos.


MAIO/2015

JORNALZEN

INDICADOR TERAPÊUTICO

13


JORNALZEN

14

culturazen

Silvia Lá Mon

Lynne Holmes e Yusuf Ganief, do grupo sul-africano Desert Rose, referência em música sagrada internacional, durante apresentação em espaço holístico de Barão Geraldo

Silvia Lá Mon

José Luis Calou, Paulo Corsi, Alex Putin, Renato Higa e Andrew Lucas na inauguração do restaurante oriental Higaten no Cambuí, em Campinas Antônio Scarpinetti/Ascom-Unicamp

Divulgação

José Tadeu Jorge e o chinês Ning Bin, reitor da Universidade Beijing Jiaotong, de Pequim, na inauguração oficial da unidade do Instituto Confúcio na Unicamp

Yuri Levy no lançamento de seu livro Yoga Tibetano em Campinas

MAIO/2015


MAIO/2015

MANDALA PARA PINTAR

JORNALZEN

- SONIA SCALABRIN -

15

AGENDAZEN CAMPINAS

ção e terapia, no Instituto Cultural Aikikai (Avenida Padre Almeida Garret, 893 FÍSICA QUÂNTICA – Parque Taquaral). Aberto ao público. 18/5, às 19h30 – palestra “Homeosta- Mais informações: (19) 3242-2531 se Quântica da Essência”, com Sérgio Roberto Ceccato Filho, no Centro Ken- YÔGA nedy (Avenida Rio de Janeiro, 327, sala a partir de 11/6, das 8h às 9h – aula com 138 – São Bernardo) . Levar 1 kg de ali- Clélio Berti no ginásio perto da Casa São mento não perecível. Inscrições e mais José (Rua Dr. João Quirino do Nascimeninformações: (19) 2512-6831 ou conta- to, 1.601 - Jardim Boa Esperança). Aberto@institutoquantum.com.br to ao público. Mais informações: ligue GASTRONOMIA 15/5, às 19h30 – palestra sobre práticas sustentáveis, com o tema “Cogumelos”, com José Monteiro, no IFBG - Instituto Franco-Brasileiro de Gastronomia (Avenida Orosimbo Maia, 1.573 – Cambuí). Aberto ao público. Vagas limitadas. Inscrições e mais informações: atendimento@ifbgastronomia.com.br

Recebemos colaborações para este espaço. Envie sua mandala para jornalzen@terra.com.br

EXCEPCIONALMENTE, A SEÇÃO RECANTO DO POETA NÃO ESTÁ SENDO PUBLICADA NESTA EDIÇÃO

MOTIVACIONAL 13/5, às 19h30 – palestra “É possível pensar positivamente, na crise?”, com Ken O’Donnel, na sede da Brahma Kumaris (Rua Monte Aprazível, 387 – Chácara da Barra). Aberto ao público. Mais informações: (19) 3241-7480 ou campinas@br.brahmakumaris.org

para (19) 99345 8282, com Alexandre; ou (19) 3794 2509, com Amanda

INDAIATUBA EUBIOSE 23/5, às 15h30 – palestra “A Evolução da Mônada Quântica”, com Gerson Benhur Firmino, na Sociedade Brasileira de Eubiose (Rua Madri, 72 – Jardim Europa). Aberto ao público. Mais informações: (19) 99731-7381

SÃO PAULO

MEDITAÇÃO todas as quartas, às 19h30 e 20h30 – prática na sede da Fundação Lama Gangchen para a Cultura da Paz [Rua Apinagés, 1.861– Sumaré (próximo ao metrô Vila Madalena)] . Aberto ao público. Mais REIKI aos sábados, a partir das 8h30 – medita- informações: (11) 3032-5573


16

JORNALZEN

MAIO/2015


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.