JORNALZEN ANO 9
NOVEMBRO/2013
AUTOCONHECIMENTO
Pensamentos de
Padre Haroldo Pág. 9
Viva Bem Pág. 18
BEM NUTRIR Pág. 19
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Nº 105
BEM-ESTAR
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R$ 1,50
CIDADANIA
www.jornalzen.com.br
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CULTURA
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SAÚDE
Momento de Reflexão Pág. 6
Cultura de Letras Pág. 12
Tesouros da Vida Pág. 13
Verdade e poder
Líricas Bulhufas
Pág. 2
Pág. 16
ARTIGO
ZENTREVISTA Soninha Francine MONICA BUONFIGLIO
A cor da roupa na personalidade Pág. 6
PANORAMA
Projetos valorizam Pág. 4 arte na 3ª idade e SAÚDE EM PROSA valores ligados ao Pág. 8 meio ambiente CULTURAZEN Pág. 10
Págs. 7 e 12
Amanda La Monica
LEITURA DO BEM Idoso hospedado no Residencial Vila Verde lê o JORNALZEN durante encontro com familiares na moradia para a terceira idade no bairro Vale Verde, entre Valinhos e Vinhedo. Pág. 7
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AGENDAZEN CAMPINAS CONSTELAÇÃO FAMILIAR 20/11, às 8h30 – workshop com Antonio Carlos Dornellas de Abreu (Toni), no IPEC Instituto de Pesquisa e Estudo da Consciência (Rua Monte Azul, 85 - Chácara da Barra). Mais informações: (19) 3252-1565, www.ipec-transpessoal.com.br ou ipec.campinas@terra.com.br EXPOSIÇÃO ARTÍSTICA até 30/11 (terça a sábado, das 10h às 16h) – 1ª Mostra “Educador Também faz Arte”, no Instituto Thomaz Perina (Rua Santo AntonioClaret, 299 - Castelo). Aberto ao público. Mais informações: (19) 3213-0398
MASSOTERAPIA 26/11, das 8h30 às 10h – palestra “Massagem, a Meditação do Corpo”, com a massoterapeuta Luciene Janssen, no Museu da História Natural (Rua Coronel Quirino, 2 Bosque dos Jequitibás). Aberto ao público. Mais informações: (19) 3295-5850 TRABALHO BIOGRÁFICO 14 a 17/11, das 8h30 às 17h30 – workshop intensivo “A Vida com Transparência”, com Regina Vera Sorrentino, no IPEC - Instituto de Pesquisa e Estudo da Consciência (Rua Monte Azul, 85 - Chácara da Barra). Vagas limitadas. Mais informações: (19) 3252-1565 / 3201-2361, ipec.campinas@terra.com.br ou www.ipec-transpessoal.com.br
INDAIATUBA Giuliano Miranda
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA O Polo Shopping Indaiatuba recebe a partir de 13/11 a mostra “Rio Jundiaí”, com mais de 70 fotos sobre a recuperação do rio. As fotos ficarão expostas no Polo Shopping (Alameda Filtros Mann, 670 – Jardim Tropical) até o dia 15 de dezembro. Aberto ao público.
SÃO PAULO FÍSICA QUÂNTICA 30/11 e 1º/12, das 8h às 17h – curso básico “Homeostase Quântica da Essência (Autocontrole)”, com o terapeuta Sérgio Roberto Ceccato Filho. Local: Avenida Senador Casemiro da Rocha, 222 (próximo ao metrô Santa Cruz, Mirandópolis). Vagas limitadas. Inscrições e mais informações: (19) 25126831, (19) 99219-4632 e (11) 99115-7437 ou contato@institutoquantum.com.br MEDITAÇÃO às terças-feiras – prática semanal na sede da Fundação Lama Gangchen para a Cultura de Paz (Rua Herculano, 53 - Sumaré). Aberto ao público (participação sugerida: 10 reais). Mais informações: (11) 3032-5573 ou secretaria@flgculturadepaz.org.br
JORNALZEN NOSSA MISSÃO: Informar para Transformar
DIRETORA Silvia Lá Mon EDITOR Jorge Ribeiro Neto JORNALISTA RESPONSÁVEL MTB 25.508
TELEFONES Redação (19) 3324-2158 Comercial (19) 3044-1286 contato@jornalzen.com.br www.jornalzen.com.br
circulação: Campinas, Indaiatuba, Holambra, Hortolândia, Valinhos e Vinhedo; Vila Madalena (SP)
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Verdade e poder ARTIGO Odair José Comin
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erdade e poder estão intimamente ligados. É o poder quem determina as verdades e as faz valer. Portanto, a verdade é uma invenção com objetivos específicos, com uma função clara. O poder cria formas estruturadas e massificantes para nos convencer de que tal fato é a verdade. O poder faz isso utilizando-se da razão, da inteligência e do quanto ela conhece do ser humano. Nietzsche dizia que “não existem fatos, apenas interpretações”, e é isso o que o poder faz, vende a sua interpretação da realidade. E na maioria das vezes compramos. O poder é insistente, é ostensivo, e se utiliza de inúmeros veículos e formas diferentes para nos convencer. Foucault dirá que as ciências humanas não existem senão para conhecer o ser humano e com isso dominá-lo mais facilmente. O poder monopoliza o conhecimento e com este constrói verdades que são disseminadas no cotidiano. TV, internet, impressos, cinema, teatro, todos construindo e vendendo suas verdades. Dito isso, concluímos que a verdade não existe, ela toma a forma que determinam, é uma massa de moldar habilmente manipulada por aqueles que detêm o conhecimento da técnica para fazer. Então achamos lindo, achamos perfeito e tomamos o molde como real. Ele ganha vida porque a damos. Uma verdade só se torna veraz se nela acreditamos, do contrário se desvanece. Contudo, não é fácil nos defender dos fazedores de verdade, pois eles nos conhecem bem o bastante. E por vezes não vendem suas verdades diretamente, mas sim indiretamente. Por meio de uma história, por meio de um conceito, de uma expectativa, de uma esperança, de um sonho. O poder se utiliza de estratégias para nos padronizar, com isso, facilmente nos tornamos previsíveis, o que nos deixa transparentes. Ou seja, manipuláveis na medida em que
se sabe como o indivíduo pensa, quais são seus anseios, seus desejos, que, aliás, também são instaurados pelo poder, sendo assim, fica fácil saber como vender uma verdade que mais facilmente será comprada. É tão personalizado que quando você olha facilmente dirá: “isso foi feito pensando em mim”. É tudo o que o poder queria ouvir. Voltemos a Foucault, que muito escreveu sobre o poder, e uma de suas frases mais célebres foi: “onde há poder, há resistência ao poder”. Ou pelo menos deveria ter. E só conseguiremos sendo sujeitos pensantes e dispostos a libertarse das fábricas de verdades. Começando a questionar, indagar sobre a função da verdade que estão lhe propondo. Se você compra uma verdade porque o amigo comprou ou porque todo mundo está comprando, então não é uma ação livre. Compra uma fantasia e a toma como verdade. A não ser que queira viver de ilusão, faz-se necessário ter mais critério em suas escolhas. Que têm de estar pautadas em si mesmo, na sua realidade e nos seus verdadeiros interesses. Libertar-se completamente do poder é quase que impossível, pois fazemos parte de uma sociedade. Contudo, os lampejos de liberdade podem nos proporcionar belos momentos de desfrute e paz. Como se pudesse simplesmente fechar os olhos e curtir seu universo pessoal, sem preconceitos, sem obrigações, sem culpa, sem medo, sem vaidade, sem preocupação. Simplesmente sentir-se completamente desnudado de deveres e regras, como se nada pudesse atingi-lo de forma alguma e conseguisse flutuar, diante da leveza de seus pensamentos e consciência. Quem sabe precisamos criar um escudo que nos proteja dos vendedores de verdade. E assim poder criar nossas próprias verdades, saudáveis e por isso benéficas a si mesmo. Odair José Comin é psicólogo clínico, especialista em hipnose e escritor
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característico ritmo frenético pode destoar, mas, em meio aos vários convites para eventos, programas de rádio e TV e atividades em favelas, escolas e ONGs, Sonia Francine Gaspar Marmo, a Soninha, soube cultivar seu lado zen. A paulistana de 46 anos conheceu o budismo em 1995, atraída por princípios como desapego e impermanência. Formada em Cinema, Soninha foi atriz teatral e trabalhou entre 1990 e 2000 na MTV, emissora que lhe conferiu popularidade entre os jovens e marcou o início de uma bem-sucedida trajetória na mídia, como apresentadora, comentarista esportiva e colunista. A experiência de defender causas da juventude, enfocando temas como cidadania, meio ambiente, arte, cultura e educação, foi embrionária da vida pública. Em 2004, elegeu-se vereadora em São Paulo. Depois de tentar a prefeitura da Capital e atuar como subprefeita e superintendente de trabalho artesanal nas comunidades no Estado, Soninha almeja voos mais altos. Nesta entrevista exclusiva ao JORNALZEN, ela conta como tornou-se budista e fala sobre ética e sustentabilidade. Como o budismo entrou em sua vida? Três amigos meus dos tempos de MTV tinham uma serenidade inacreditável ao lidar com problemas e pressões. Além disso, eram divertidos, bem-humorados e de uma disposição incrível para ajudar os outros. Eram pessoas “normais”, não eram seres de outro mundo. Eu os admirava demais, queria ser mais parecida com eles e, como os três eram budistas, achava que havia alguma relação entre a religião e a postura deles. Comecei a comparecer aos ensinamentos porque queria ser melhor, sofrer menos com raiva e depressão, explodir menos para cima das pessoas, não porque estivesse em busca de uma religião. Três anos depois do primeiro contato, descobri que tinha entendido todos os pontos e concordado com eles. Algumas coisas representam uma mudança enorme de paradigma, como ter compaixão não apenas pelas vítimas, mas também pelos agressores, e com sinceridade. E fiz o “voto de refúgio”, me comprometendo com o caminho budista. Adota outras práticas relacionadas ao autoconhecimento? Todas as formas que se apresentarem. Formalmente, só o budismo mesmo. Mas algumas experiências aparecem e me atraem, como atividades artísticas. Bom, e eu faço terapia, coisa que tenho convicção inabalável que todo mundo precisa e deveria poder fazer.
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ZENTREVISTA Soninha Francine
UM SOPRO DE PAZ Defensora de causas ligadas à juventude e ao meio ambiente, jornalista adotou o budismo para “ser melhor e sofrer menos” Divulgação
Que práticas sustentáveis avalia como fundamentais para o futuro do planeta? Prestar atenção a tudo que se faz. Reparar nos hábitos e atitudes automáticas e questioná-los. Algumas coisas que encaramos hoje com naturalidade precisam passar a nos parecer tão absurdas como furar olho de passarinho porque “canta melhor”. A quantidade de coisas descartáveis usadas, o consumo e imediatismo como atitudes incentivadas por empresas e governos, o desperdício de energia, espaço, matéria-prima, e talento. A medida
fundamental para o futuro é... consciência. Tudo que pudermos fazer para despertá-la – mobilização, mídia, educação, legislação – será decisivo. A bicicleta é um meio de transporte ambiental e saudável. Como viabilizá-la como efetiva alternativa de mobilidade urbana? A melhor das providências é integrá-la imediatamente aos modos de locomoção já existentes. Possibilitar cada vez mais o uso de bicicletas para pequenos trajetos, oferecendo muitos
“A gente transforma o mundo com nossas ações, mas principalmente com nossa influência”
pontos de baldeação – em estacionamentos de automóveis, estações de metrô, terminais de ônibus, shoppings e outros locais de grande movimento. Providenciar estrutura para deslocamentos de curta distância não é tão difícil, anima as pessoas a criarem coragem e vai acostumando todo mundo a ver mais bicicleta por aí. Essa é uma ação de curto prazo que vai ajudar muito a viabilizar as demais.
Qual o perfil de um novo político frente às demandas da sociedade por valores como ética e transparência? Não precisa ser um novo político, basta ser honesto. Não basta não roubar dinheiro público. Isso é o mínimo exigido de uma pessoa decente, político ou não. Ser honesto é falar a verdade sobre o que defende. É ter a mesma postura quando diante de um microfone e quando não tem ninguém olhando. É se dedicar de verdade à sociedade e não a si mesmo ou a um grupo do qual faça parte, em detrimento de todos os outros. Como vê a proposta de nosso jornal, voltada para a difusão de iniciativas para a qualidade de vida? Excelente. A gente não precisa disso mais do que de 1 milhão de notícias? Que mensagem gostaria de deixar para os nossos leitores? Sou daquelas que não desistem de mudar o mundo, mas se não transformar a mim mesma – minha impaciência, ansiedade, raiva, expectativa, desesperança – só vou enlouquecer. A gente transforma o mundo com nossas ações, todas as que estiverem ao nosso alcance, mas principalmente com nossa influência. E todos somos influentes. Mudamos as pessoas até sem querer, mudando nosso jeito de viver e conviver com elas.
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Silvia Lá Mon la.monica@terra.com.br – cronicasdesilamon.blogspot.com
A Lei da Gratidão Devolver a energia recebida. “Gratidão, para esta dimensão, pode ser compreendida como valorização, reconhecimento, preenchimento de desejo, ou satisfação. Sempre vinculam os conceitos às questões emocionais. Porém, gratidão é apenas devolver a energia recebida. Nossa pergunta objetiva: agradecer com palavras seria suficiente? Se querem devolver a energia com palavras devem fazer isso, e podem fazer isso, através de bênçãos.” Uma das práticas mais eficazes que conhecemos para se sentir o poder da gratidão é o ho’oponopono, que nos foi passado pelo médico psiquiatra Hew Len, um estudioso da cultura dos kahunas havaianos. Quatro palavras condensam uma poderosa energia de perdão, de amor e de gratidão, são elas: sinto muito, me perdoe, te amo e sou grato. A prática é muito simples e tem um
grande poder de limpar a negatividade de qualquer situação e promover uma mudança positiva. Devemos ser gratos pela oportunidade de ter a vida, a experiência de sermos humanos em busca de nossa evolução de alma e essa experiência inclui tudo e todos que compartilham conosco dessa jornada. De acordo com o Codex, as palavras só serão suficientes se vierem em forma de bênçãos e não esse agradecimento educado e automático que muitas vezes fazemos. A gratidão é devolver o bem à pessoa ou à situação que te fez o bem, mas não só o bem e o positivo, como entendemos, assim como somos ingratos quando agradecemos e não devolvemos nada em troca. Devemos devolver a energia recebida, seja ela a forma que for. Somos todos um e estamos interligados por fios invisíveis de energia divina que nos conecta à Fonte de todas as coisas.
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PANORAMA CONSCIÊNCIA NEGRA A Faculdade Zumbi dos Palmares e a ONG Afrobras realizarão três dias de eventos abertos ao público, de 15 a 17 de novembro, no Memorial da América Latina, em São Paulo. O total de 75 atrações tem o objetivo de mostrar o legado da cultura negra na literatura, artes e educação. Mais informações sobre a programação em www.flinksampa.com.br .
CIRCUITO DE MODA E ARTE A Biblioteca de São Paulo, na Capital, receberá o 8º Circuito de Moda e Arte. Aberta ao público, a programação terá palestras, debates, oficinas, exposição e mostra de cinema. O evento vai até o dia 26 de novembro. A biblioteca fica no Parque da Juventude (antiga Casa de Detenção, no Carandiru), zona norte. Mais informações: www.bibliotecadesaopaulo.org.br
LEITURA NA PRAÇA Uma parceria com o Rotary Club de Indaiatuba vai disponibilizar livros gratuitamente nas praças do centro da cidade. As obras serão colocadas em expositores próximos aos bancos das praças. A população poderá doar livros, revistas e gibis em urnas instaladas nas praças ou na Loja Unipolo (Rua Pedro de Toledo, 475). Mais informações: (19) 3825-2056.
CONCURSO DA TOYOTA Crianças com idade entre 4 e 15 anos podem participar da segunda edição do Toyota Dream CarArtContest e concorrer a uma viagem para conhecer a matriz da montadora no Japão. As inscrições para o concurso cultural podem ser feitas até 19 de novembro. Regulamento e mais informações: www.toyotadreamcar.com.br.
PROJETO ORELHINHA Criado em Campinas há três anos e estendido para a Grande São Paulo, o projeto social para combater o bullying nas escolas e no trabalho oferece cirurgia de otoplastia (correção de orelha em abano) com 70% de gratuidade para pessoas a partir de 7 anos. Mais informações: ou 0800-7187804 ou www.projetoorelhinha.com.br.
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MONICA BUONFIGLIO
A cor da roupa em nossa personalidade A
cor da roupa que usamos diz muito sobre a nossa personalidade, e pode refletir de maneira negativa ou positiva no dia a dia. Não percebemos, mas algumas cores se harmonizam melhor do que outras e demonstram nosso jeito de ser. A cor branca reflete paz de espírito, harmonia e comunhão com o próximo. Revela também que a pessoa depende das suas próprias avaliações, além de demonstrar ser alguém bastante equilibrada, com boa capacidade de julgamento e sensatez (cor de roupa usada por médicos). Se você gosta de vestir uma roupa da cor azul, saiba que esse tom indica a mente superior, a consciência, o caráter, a coragem moral, a capacidade de perceber e o discernimento. Ex-
cura e à boa saúde. pressa a ideia da “limpeJá a cor amarela indica za” – não é por acaso agilidade. Portanto, gosque os produtos de hitar dessa tonalidade é sigiene utilizam esta cor nônimo de não ter tempo em suas embalagens. a perder. É a expressão da A cor rosa está assoinspiração, da mente evociada ao amor, à docililuída, da capacidade intedade, à fraternidade, à lectual, do espírito crítisolicitude, à afeição, aos co, da observação e da sentimentos dominados maneira como devota pela sabedoria. Simboliseus pensamentos. za, ainda, a necessidade m.buon@terra.com.br Algumas mulheres são de estreitar laços e o rofãs da cor vermelha, a tramantismo, além de ajudar a fortificar relacionamentos filiais. dução da emergência (lembre-se que Verde e laranja refletem a criação, a corporação dos bombeiros se utiliza renovação, regeneração, integração, dessa cor nos carros), das paixões, do análise, observação, gosto pelas pes- erotismo, da sensualidade. Curiosaquisas e tino para negócios. Expressam mente, não é uma cor que agrada aos também tudo o que está associado à homens, pois também pode indicar ir-
MOMENTO DE REFLEXÃO JOÃO BATISTA SCALFI – scalfi@terra.com.br
Casamento e divórcio A vida a dois é uma oportunidade evolutiva da sociedade humana e deve estar alicerçada sobre a base do amor e do respeito. A espiritualidade superior dá oportunidade a duas almas comprometidas por suas escolhas pretéritas e que tem nesta existência a chance de reajuste que deve ser aproveitada com uma convivência harmoniosa. Essa união reflete os mandamentos da lei divina, que permite o amor de dois corações apaixonados para o desenvolvimento de valores sublimes que é um progresso na marcha da humanidade. O casamento ou a união estável de dois seres implica no regime de vivência pelo qual duas criaturas confiam uma à outra, no campo da assistência mútua.
O matrimônio deve ser, para os cônjuges, um equilíbrio das forças do corpo e da alma. De qualquer modo, é forçoso reconhecer que não existem no mundo conjunções afetivas, sejam elas quais forem, sem raízes nos princípios cármicos. As uniões na Terra, na sua maioria são planejadas na espiritualidade e os casais que não conseguirem conviver juntos nesta existência, obviamente se reencontrarão em novas oportunidades. Quando as obrigações mútuas não são respeitadas no ajuste, a comunhão sexual injuriada ou interrompida, costuma gerar dolorosas repercussões na consciência, estabelecendo problemas cármicos de soluções muito difícil que os dois são atingidos, porque ninguém fere alguém sem ferir a si mesmo.
A abolição do casamento seria um retrocesso na história da humanidade e colocaria o homem abaixo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes. A indissolubilidade do casamento é uma lei humana, muito contrária à da natureza, porque temos a escolha e o livre arbítrio, mas a convivência duradoura suportada na alegria e na dor, com paciência e compreensão, tolerando as diferenças, muito enobrece as almas que assim procedem. O divórcio, baseado em razões jus-
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ritação, impulsividade e nervosismo. A cor preta (apesar de não ser uma cor, mas a ausência dela) estimula a sexualidade para homens e mulheres, pois “nega a espiritualidade” (você não vê um bebê vestido com roupas dessa cor). É ainda a expressão do conhecimento – cor das roupas usadas por juízes, formandos, entre outros. Nas grandes capitais, dificilmente você verá um empresário trajando um terno marrom, já que essa cor revela o desapego ao dinheiro e até mesmo a ideia inconsciente do fracasso financeiro. Portanto, esse é um tom totalmente desaconselhado para uma entrevista de emprego. A cor cinza é a expressão inconsciente de uma pessoa que administra bem suas finanças. Mostra coragem em frente à crise, além de expressar o desapego a dias de trabalho monótonos. Para terminar, a cor lilás está relacionada à espiritualidade. Ela consegue transformar qualquer tipo de sentimento negativo em amor.
tas, é providência humana e claramente compreensível nos processos de evolução pacífica. “O divórcio é lei humana que tem por objetivo separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens tem feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina”. O casamento será sempre uma instituição benemérita, acolhendo, no limiar, em flores de alegria e esperança, aqueles que a vida aguarda para o trabalho do seu próprio aperfeiçoamento. Com ele o progresso ganha novos horizontes e a lei do renascimento atinge os fins necessários.
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Projeto cultural com Portugal ENCONTRO DE FAMÍLIAS NO valoriza arte da terceira idade RESIDENCIAL VILA VERDE INFORME PUBLICITÁRIO
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Um encontro para reflexão sobre as necessidades e os problemas daqueles que carregam consigo o peso da tomada de decisão ao levar seu ente idoso para um lugar desconhecido, diferente em muitos aspectos da rotina familiar, e onde cada membro teve a oportunidade de reproduzir seus anseios, seus medos e, juntos, buscarem forças para seguir com confiança e descobrir se há necessidade de buscar apoio de um profissional terapeuta. Foi o que aconteceu no último dia 19 de outubro, no Residencial Vila Verde, moradia para
idosos no bairro Vale Verde, entre Valinhos e Vinhedo.Todos das famílias participantes ajudaram a realizar, num espaço envolvente, cercado pela natureza, uma tarde emocionante, com mesa de bolo e frutas, atividades com pintura e música e uma roda de bate-papo, onde contaram um pouco da memória familiar, com destaque para o idoso hospedado na instituição. Foram entregues mudas de girassóis em comemoração à primavera e sementes de diversas flores para a celebração com o tema “Plante flor e distribua amor”.
Um intercâmbio cultural entre mulheres da terceira idade de Brasil e Portugal resultará em uma intervenção artística na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A montagem da exposição está prevista para o dia 20 de novembro, às 14h, na parte externa da Casa do Lago. O projeto reúne senhoras de Campinas e portuguesas – da freguesia do Moledo e do município de Vila Nova
de Gaia. O núcleo brasileiro faz parte da disciplina de estágio supervisionado no Instituto de Artes da Unicamp, organizado pela doutoranda Fernanda Macahiba com supervisão do professor Edson do Prado Pfützenreuter. As atividades ocorrem nas tardes de quarta-feira, no salão da Igreja Católica de Barão Geraldo, com a participação do grupo de artesanato São José Operário.
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SAÚDE EM PROSA ELOÍSA PIMENTEL – dra.eloisa@saudechai.com.br
Conversando sobre homeopatia A homeopatia se baseia em dois princípios: na “lei dos semelhantes”, que diz que uma substância que causa determinado sintoma em uma pessoa saudável, quando ingerida por um paciente que apresente aquele sintoma, pode curálo; o segundo princípio diz que quanto mais diluída a substância, mais potente é o medicamento. O medicamento homeopático é preparado de maneira que libera sua energia curativa, processo chamado dinamização (diluição e agitação das substâncias), representada por letras e números que aparecem ao lado do nome dos medicamentos: C ou CH. A homeopatia trata os doentes baseada na filosofia vitalista, que entende que cada pessoa possui uma energia que a mantém viva, a energia vital. Essa energia vem do Universo e mantém o funcionamento harmônico de todo o organismo no estado de saúde. Quando a energia vital está em desequilíbrio, fica-se doente. Antes que a pessoa adoeça, porém, uma série de fatores entra em jogo. Além do fator patológico (vírus, bactérias, etc.), interferem outros, tais como: frio, calor, uso de produtos com toxicidade, poluição (visual inclusive), barulho, modo de vida, fatores emocionais e postura diante destes, hábitos, e a qualidade das impressões recebidas. Para a homeopatia, cada pessoa é única. O doente é tratado levando-se em conta não só suas queixas físicas, mas, principalmente, o modo como pensa, seus hábitos, predisposições herdadas dos familiares, a maneira como reage aos acontecimentos da vida. A homeopatia procura conhecer a totalidade da pessoa, suas qualidades e características. É por isso que as perguntas feitas pelo médico devem ser respondidas com toda a sinceridade, por mais curiosas que possam parecer. O médico procura conhecer o paciente, seu modo de ser, suas reações frente a determinadas situações, as condições em que ele se sente melhor ou pior. Somente dessa forma, e após o exame clínico, o médico homeopata poderá encontrar o medicamento adequado a cada paciente. A homeopatia é amplamente utilizada contra doenças crônicas, como alergias, asma, rinite e enxaqueca, dores, ansiedade, entre outros. Muitas vezes, o paciente vem ao homeopata buscando tratar seu sintoma (alergia, insônia, indigestão, ansiedade) e se surpreende com a melhora geral de sua qualidade de vida, através de maior equilíbrio, harmonia, foco, disciplina e uma nova maneira de lidar com as questões que o afetam, fatores importantes para se manter íntegro. Um único medicamento homeopático pode tratar a maioria dos sintomas do paciente, não somente sua queixa principal. O efeito de uma dose pode durar meses. A duração do tratamento varia de acordo com o estado clínico do paciente, e há quanto tempo ele apresenta a enfermidade. É importante o acompanhamento regular, a cada três meses, para reavaliar a melhora e as mudanças do paciente. O tratamento homeopático tem base na observação rigorosa da clínica médica, tal como na alopatia, mas é complementado pelas narrativas pessoais que acolhem a integralidade e a singularidade da pessoa em tratamento, estimulando o autoconhecimento e que a pessoa se torne ativa no seu processo de cura.
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Disfunção erétil (2) O endotélio consiste em uma camada única de células que formam uma superfície contínua cobrindo todo o compartimento vascular através do corpo. Um endotélio saudável serve para suprir uma superfície antitrombótica, anti-inflamatória e antiaterogênica, enquanto também regula o tônus vascular e permeabilidade. Em condições de metabolismo intenso e atividade mitocondrial elevada, muitas células tecido-específicas são continuamente sujeitas aos efeitos deletérios das espécies reativas de oxigênio (ERO). O dano imposto pelas ERO tem sido implicado em condições de inflamação, degeneração relacionada ao envelhecimento, formação de tumores, resistência à insulina e diabetes mellitus. A glicose e ácidos graxos são os principais substratos para a produção de energia.Os elétrons provenientes das moléculas são transportados por uma cadeia, sendo o oxigênio o aceptor final. Entretanto, as mitocôndrias geram agentes oxidantes químicos
potentes, potencialmente deletérios para as células, com danos para o DNA, proteínas e lipídeos celu- Orestes Mazzariol Jr. Urologista lares que estão relacionados à diminuição da função mitocondrial e à morte celular.Esses fatores levam a alterações do fluxo sanguíneo e aumento do colágeno e fibrinogênio, levando à oclusão capilar, aumento da expressão de genes pró-inflamatórios e aumento de ERO com múltiplos efeitos, dentre eles a disfunção erétil. Pacientes com queixa de disfunção erétil devem ser avaliados para fatores de risco de doenças cardiovasculares e diabetes, além da história e exame físico geral, dosagem de glicemia de jejum, teste oral de tolerância à glicose, colesterol total e frações, marcadores pró-inflamatórios e inflamatórios, circunferência da cintura e índice de massa corpórea.
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Pensamentos de
Padre Haroldo
Caminho da felicidade Como podemos ser felizes? O que devemos fazer para alcançar a felicidade? Não temos que fazer nada. Nascemos com felicidade. Os chineses dizem: “Quando o olho não está obstruído, o resultado é a visão. Quando o ouvido não está obstruído, o resultado é a audição. Quando a boca não está obstruída, o resultado é o paladar.” Nós adicionamos: “Quando a mente não está obstruída, o resultado é a verdade. E quando o coração não está obstruído, o resultado é o amor”. Temos todos estes sentidos e sentimentos. Vamos eliminar a obstrução. Muitas vezes nossas ideias sobre a vida são equivocadas. Perdemos nosso tempo procurando explicações e culpados. Algumas vezes um aparelho de som segue com o guia errado; não ouvimos bem a música. Também na vida recebemos conflitos, solidão e desconsertos, daí andamos vazios. Temos a solução. Há muitas maneiras de apresentarmos a fórmula de uma vida feliz e correta. Uma das fórmulas mais simples é a de Buda. Ele diz: “O mundo está cheio de sofrimento. A raiz do sofrimento é o desejo. A supressão do sofrimento é a eliminação dos desejos”. Evidente que Buda sabia que temos desejos. Existem desejos de cuja satisfação depende nossa felicidade; e outros dos quais, não dependem. Os desejos que não alcançamos e que nos causam infelicidade, Buda chama-os de apegos. Quando estamos livres de todo apego o significado da vida é que es-
tamos felizes e vivendo com alegria. Conheci João, que tem aids. O médico disse que viveria apenas seis meses. João decidiu viver corretamente, rezar, meditar e ficar feliz. Para termos felicidade é necessário que prestemos atenção às pequenas coisas. Entrando num roseiral, vemos milhares de rosas. Ao pararmos para ver uma só rosa vermelha, percebemos a beleza da criação. O japonês diz: “O menos é sempre mais”. Numa cidade da Rússia todos esperavam um padre. A sua visita foi um grande evento. Prepararam muitas perguntas a ele. Chegando ao encontro, o padre pôs-se a cantarolar. Logo todos estavam cantarolando. Com dignidade ele começou a dançar com muita serenidade e a congregação o imitou. Logo todas as pessoas estavam absorvidas pelos movimentos e se esqueceram de qualquer problema mundial; e foram curados. Perceberam a verdade. Após meia hora, pararam. O padre perguntou: “Respondi a todas as suas perguntas?” Na sequência, o padre levouos ao teatro para um show que ele havia preparado. “Na sua vida vocês têm ouvido muitas orações e também rezado muito”, disse o padre, e continuou: “Agora, verão uma oração”. A cortina se abriu e o balé começou. Haroldo Joseph Rahm é fundador da Instituição Padre Haroldo, para pessoas com síndrome de dependência alcoólica e química, em Campinas. Telefone: (19) 37942500. E-mail: hrahmsj@yahoo.com
Não fique só Você conhece alguém com esta descrição: levanta cedo, trabalha muito, tem pouco tempo para si e para fazer as coisas que gosta? Você se reconhece nessa descrição? A alimentação convencional não é tão boa, pois não temos pique para cozinhar. Reservamos pouco tempo para os amigos, para a família e para as coisas que nos tornam melhores. Como resultado, metade da população brasileira está acima do peso (nos Estados Unidos, esse número chega a 68%), as doenças como depressão, ansiedade e outros males equivalentes crescem assustadoramente. Aí vem a pergunta: que fazer? Precisamos reservar tempo de qualidade para duas coisas fundamentais: cuidar de si mesmo (aí entram as práticas do Método DeRose) e relacionar-se com as pessoas importantes (familiares e amigos). Não me surpreende encontrar al-
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guém com baixa qualidade de vida (e pouca felicidade), porquanto tenha poucos amigos e não se cuida. Deixar essas coiBerti sas para de- DiretorClélio da Unidade Flamboyant da pois, pode ser Universidade de Yôga (Uni-Yôga) muito tarde. A vida é agora. Combinar de forma saudável uma boa alimentação, uma prática de evolução pessoal, bons amigos e tempo de qualidade para a família permitirá vida longa, alta produtividade no trabalho e felicidade na vida. Participe das atividades culturais da nossa escola e nutra bons amigos. Sexta: 18h15, prática especial e, depois, comidinhas; quarta: 20h45, satchakra e, depois, comidinhas (que cada um traz). As comidinhas regadas com uma boa conversa de pessoas que se gostam.
Avenida José Bonifácio, 1030 Jardim Flamboyant - Campinas www.derosecampinas.com.br
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CULTURAZEN Amanda La Monica
Amanda La Monica
Marijke Maria e Diogo Camargo: workshop sobre ioga e música no Portal Águia Fluorita, em Holambra
Divulgação
Marcus Santurys com Susi Bell, proprietária do Espaço Adélia, em Monte Verde, onde o citarista fez apresentação no mês passado
Amanda La Monica
Maria do Céu (Aruângua), colunista do JORNALZEN, em noite de autógrafos em evento literário em Indaiatuba
Amanda La Monica
Amanda La Monica
Marco Antonio Camparini (dir.) com o palestrante Newton Cesar na Loja Rosacruz Campinas (Amorc)
Sophia Pio (centro), do J&B Beleza e Estética, produziu as as modelos do primeiro desfile da revista Flash Campinas
Al McAllister ministrou palestra na qual abordou a prática de ho’oponopono no Espaço Castro Alves, em Campinas
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Recanto do Poeta
MANDALA PARA PINTAR
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- OZENI LUCAS -
Andréia Que lábios! Tua boca é perfeição, Na plástica de um rosto bem talhado. Que lábios! Eu exclamo entusiasmado, Na ânsia de roçá-los com paixão. Quanta arte, magia e sedução, Passando teu batom, num gesto ousado. Contemplo teu perfil tão cobiçado E me deixo arrastar pela emoção. Que lábios! Estremeço sem tocá-los. Entreabertos num brilho sensual. Ensaio um passo a mais para beijá-los. E beijo tua boca!... Devagar... Teus lábios – prazeroso festival – Veneno que ainda pode me matar. Luno Volpato
A mulher e seus elementos: água Quando sou água, sou a força da vida. Das dores, sou despedida! Quando me faço água, abrem-se canais... Caminhos... Torrenciais... Ao banhar-me em minhas águas, sou a clareza do tempo. Um dos quatro elementos! Com meu eu em derramamento, me integro ao Todo, me espalho... Me encontro, e deixo parte de mim, por onde for, e quando me vejo em águas... Não mais estou aqui, mas sou o aqui e agora! Juliana Perna
Entardecer* Rende-se a tarde, rumo à sonolenta luz dos montes, sob tons exagerados. Espraia-se o sol, com vestimenta de airosas cores por entre os dourados. Visualizo encantada os gorjeadores, bando de aves em voejo espiralado. Há graça em esplendor, que sacramenta os olhares assim extasiados. O reflexo do céu, vai suavemente, qual um lençol dourado, que enternecem entre as aves tingir, tranquilamente No céu últimos raios de um adeus. No mundo seus dourados, se esvaecem tombando genuflexos, ante Deus. Geni Fuzato Dagnoni *classificada na Accademia Internazionale “Il Convivio”, Verzella, Itália,em 2003
Recebemos colaborações para este espaço. Envie sua mandala para: jornalzen@terra.com.br
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CULTURA DE LETRAS ARUÂNGUA – mceu.idt@terra.com.br
Carnívoros (final)
À
s vezes penso que minha neta nasceu vegetariana. Mas como não somos vegetarianos na família e sou adepta de se falar a verdade, confrontei-a com a realidade. Logo de uma vez e de maneira natural, respondi, sem cerimônia: – É do boi! – Não é, vovó! – E a avó mente? Ela não respondeu. Ficou a olhar-me e ao vidro sujo de sangue da carne. – Sofia, a carne vem do boi! O fazendeiro cria o boi, ele cresce e depois ele é morto, cortado e vem para o açougue para vender a carne e a gente comer. Ela continuava a olhar-me sem mover um musculo sequer, como se não acreditasse no que eu havia falado, procurando um sinal de que eu estivesse brincando. Depois, passou a examinar as peças de carne em estoque no balcão. Continuava calada. Enquanto isso, eu pedia carne moída de patinho, bem magra. Josué, ao lado do carrinho do supermercado, olhou-me, todo animado: – Carne morrida, vovó? – É! Carne moída! Vamos fazer uma macarronada para o almoço. – Com molhinho?
– É! Com molhinho vermelho! Nisso, o rapaz que estava à nossa frente recebeu o pacote de carne da mão do açougueiro e o colocou dentro do carrinho. Josué acompanhou com os olhos o pacote. Pôs a mão esquerda na cintura e com a direita aberta, a palma para cima, balançando, inclinou a cabeça e subiu o olhar em direção dos olhos do homem e perguntou: – Carne morrida, também? O jovem senhor, que até ali não queria dar confiança à criançada, respondeu: –É... Não deixa de ser! Todos por perto riram do comentário do garoto. E do trocadilho. Sofia, porém, continuava calada e assim permaneceu durante todo o tempo até chegarmos em casa. Durante o almoço ela comeu bem, mas continuava observando-me muito séria e em silêncio. Nela, era visível o olhar dúbio que me lançava: meio desconfiada e meio decepcionada. Como se não acreditasse que avó dela comesse carne “morrida” e ainda a servisse para ela. E eu não sabia se deveria estar envergonhada.
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A importância do clínico geral Hoje, as especialidades, tanto na área da saúde como em todas as outras, estão cada vez mais tomando conta do nosso mercado. Está cada vez mais difícil encontrar um clínico, médico ou odontológico. Porém, é esse profissional, o clínico geral, que na odontologia faz a primeira consulta, detectando seus problemas, suas necessidades. É ele quem faz o planejamento, orienta e encaminha o paciente para as demais especialidades. Um bom diagnóstico é essencial para um bom planejamento e consequente tratamento correto. Quando procuramos um clínico geral, precisamos lembrar sempre que é ele que vai nos conhecer como um todo. Vai conhecer nossa história, como foram nossos tratamentos anteriores, saber de nossos medos, angústias e traumas. Vai conhecer nossa história médica e suas interferên-
cias na área odontológica. Em uma consulta inicial, teMárcia Bello rá uma visão (CRO 44800-SP) geral do paciente. A partir dessa primeira consulta e com o auxílio de exames complementares – radiografias, por exemplo – será possível formar um diagnóstico completo. Só então começa o planejamento com as demais áreas da odontologia. Ao fazer sua consulta inicial ou mesmo retorno para exame de rotina, lembre-se sempre que esse profissional, o clínico geral odontológico, estará atento não apenas às suas restaurações mas a toda sua saúde bucal e geral, para levar a você o que a odontologia melhor pode lhe oferecer em questão estética e funcional, com a melhor tecnologia disponível.
(19) 3241-6821 – (19) 8101-6102 dramarcia@mbodonto.com.br www.mbodonto.com.br facebook.com/marcia.bello.9693
Projeto social dissemina valores ligados à preservação ambiental Com o objetivo de levar arte, conscientização e entretenimento a mais de 1.400 crianças com idade entre 5 e 10 anos de escolas públicas da capital paulista, o Grupo Komedi desenvolveu projeto que promove educação por meio do teatro. A proposta conta com um espetáculo em que personagens conduzem o público infanto-juvenil em uma história, mesclando o universo lúdico com valores ligados à preservação ambiental.
Apresentando valores como reciclagem, respeito à natureza, desenvolvimento sustentável e consumo consciente, o projeto cria um vínculo com a criança por meio de conceitos de amizade, cidadania e respeito ao próximo. As próximas apresentações gratuitas estão marcadas para o dia 19 de novembro, em três sessões (10h, 14h e 15h30), na Escola Municipal Lilian Maso (Vila Brasilândia), em São Paulo.
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Tesouros da Vida JULIANO SANCHES
Vida urbana, um olhar particular Estou com a porta da sala de estar aberta. Penso em telefonar para uma pessoa, mas me recuso. Insisto com as páginas de um dos contos de Edgar Allan Poe. Visão turva, filmes transformados em pensamentos. Visto uma roupa. São 0h. Vamos à avenida principal. Ao chegar, noto que as lixeiras estão vazias. De repente, tenho sensações de que aquele momento imprime algo peculiar, como em algumas cenas da infância. O “estar” me faz imaginar emoções recorrentes, como no caso de amigos que, ao se tornarem adultos, tomaram rumos tão inesperados. Tudo isso faz a consciência se colocar em crise quanto à momentaneidade. Sinapses heterogêneas. Gosto do cotidiano. A selva de pedras é prazerosa justamente em decorrência da adrenalina circunscrita na galáxia de embates. Faço um café. A fumaça se confunde com as telas circundantes. Silhuetas escorrem pelas janelas. No espelho do toalete, a impressão retorna. 2h40. Personagens, livros, ruas, trens, carros, rostos. Um mundo paralelo me encaminha ao lado obscuro de um pequeno universo, um porão pronto para arrastar-me, sem condescendência. Acendo a luz do quarto. Delírios me convencem de que a caixa de remédios ao lado desapareceu. Preciso ir ao armário. Os passos ficam trêmulos, sem equilíbrio. Sombras invadem cada respiração. Não sei onde
estou. Piada? Crueldade? Não há salvação, mas, sim, copos que me levam ao lado B da esfera urbana, em que os grafites tomam conta do espaço. Sou o quadro, o solo, o abismo, o teto. Uma letra de música perpassa a ontologia de minhas inquietações. Ouço gritos de criança. Risos desencontrados e aleatórios. A cama desapareceu. Está frio nesse momento. Qual história que prevalece? Imagens fluidas são o que vivo nesse instante. Não há como assimilar o que está escrito nas paredes. Sei que o sonho se encaminha de cada detalhe. Ficarei eternamente na outra face do espelho, junto às criaturas que compõem meus devaneios. Como fumaça, sigo às alturas, sem um suporte qualquer. Trata-se apenas da fluidez, sem uma cognição que possa dar conta do espectro de interações. Chame o garçom. Quero mais um copo. Estamos em uma mesa, com fotografias de brincadeiras com jogo de taco. Preciso de um chá, antes de repousar durante o restante da madrugada. A chaleira indica que as catarses trarão alívio, mesmo que não haja compreensões. Ao lado, uma pessoa se aproxima do bar. Sem moralismo ou certezas. Os passos seguem pela casa. E pela vida. O véu da noite nos fascina em busca do encontro entre a arte e a existência. Juliano Sanches é jornalista
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As dores na alma Um olhar perdido na janela, que procura algo. Esquece tudo que existe. Nada importa e nada satisfaz... Um medo terrível assombra os pensamentos. Sorrir? Chorar? Gritar? Angústia, muita angústia. O peito dói e o corpo dói! Tudo dói... A família e os amigos olham aquela situação e acham um absurdo! As críticas chicoteiam a alma. E o que fazer? É incontrolável... Quando alguém nesse processo emocional chega ao consultório, espera que as soluções sejam imediatas, mas há quanto tempo vivenciava aquela situação? Normalmente a pessoa levou muitos anos acumulando sentimentos e empurrando com o corpo. Sentia tristeza e comia, escrevia para os amigos e ria de si mesma, chegava aos lugares e logo queria sair do local. E era normal... Até que um dia explodiu ou fechou-se em si mesma. Um atendimento emergencial se faz necessário, e a aromaterapia egípcia vibracional associada aos florais estimula a mente, o corpo, o espírito e realinham o campo energético. A pessoa se percebe mais forte após uma semana, e tem confiança no tratamento, para buscar a terapia como forma de bem-estar e conscientização. Uma terapia será eficaz quando busca as raízes do problema. Trabalhar a superfície apenas engana aos que estão desesperados e a família. A utilização da psicanálise aliada aos óleos essenciais vibracionais e os florais fortalece a estrutura emocional, e a mente envia ferramentas para novas atitudes.
É preciso analisar quando surgiu o sentimento de medo. Ele pode ter aparecido na barriga da mãe, na Myriam Baraldi infância, num Psicanalista e aromaterapeuta acidente, no padrão de pensamento e alimentado pelo tipo de vida e costumes. Nossa vida tem cores e aromas, fornecidos pela natureza, mas quando estamos doentes nada tem cor, sabor ou aroma. Tudo está cinza. O terapeuta precisa enxergar na pessoa uma tela branca e com manchas, com possibilidade de que uma pintura alegre surja após alguns meses de dedicação. Normalmente, no início as pinceladas são pequenas e escuras, depois aumentam e vão colorindo pontos e linhas. O medo vai se dissipando, e abre as portas à coragem. Com a coragem a pessoa começa a olhar para os lados, buscar novas pessoas, lugares e sorrir para a vida. Muitos procuram a terapia como uma mágica. Buscam o terapeuta por três ou quatro vezes, e depois dizem que nada mudou e não está funcionando. Busque ajuda. Procure um profissional com o qual você se identifica e se entregue à dinâmica. Aguarde um bom tempo para jogar a toalha. Perder tempo ou dinheiro? Isso já lhe aconteceu quando você encostouse à janela ou ficou no quarto escuro escondido de seus próprios pensamentos. Tenho certeza que tudo pode mudar...
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Eventos maravilhosos no Portal D’Águia Fluorita Marijke Maria
No mês de outubro tivemos vários eventos maravilhosos. Yoga e Música, com Diogo Camargo, foi um dia de muito aprendizado e vivência com a massagem sonora. É incrível como afeta nossas células, nosso estado, o centrar de nós com nós mesmos. Uma semana depois, Katia Hardt, com a Yoga Nidra – uma meditação profunda com a atenção na voz da orientadora. As danças circulares de quarta-feira, toda semana, focalizadas por Francisco de Lobo Melo (Tchesco) são maravilhosas. A dança e a música nos trazem um estado mais equilibrado. Venham curtir. Sábado passado, estivemos no Keuring (avaliação) do cavalo raça Friesian,no haras Centaurus, em Tatuí. Os juízes vieram da Holanda. Estavam presentes o cônsul-geral holandês e sua esposa, e todos
os criadores/donos de cavalos/ éguas Friesian do Brasil. Foi tudo muito bem organizado. Estou comentando sobre este evento porque para nós, do Haras Fluorita, ele é muito importante. Temos duas éguas da raça Friesian e gostaríamos de criar mais com elas. Agora, há vários garanhões aprovados e a escolha fica melhor para achar um pai para os próximos potrinhos. Em novembro, teremos a honra de contar novamente com a presença de Wakay Pontes, um índio da Bahia que vem de vez em quando para São Paulo. Ele esteve no Portal em junho e quem estava presente adorou seu trabalho. Se tiver um tempinho no sábado, dia 30, estejam bem-vindos. Confira nossa programação no Facebook. Marijke Maria é proprietária do Portal D’ÁguiaFluorita. www.aguiafluorita.com.br
Ponto final Nem sempre somos traídos pelas pessoas ou pelas circunstâncias, mas por nós mesmos. Somos mentes consciente e inconsciente muitas vezes desalinhadas: desejamos o êxito de pessoas maduras mas trazemos escondida uma criança não crescida que não pode triunfar pois necessita ainda ser cuidada. A criança não integrada boicota o adulto e a pessoa pergunta “por que não tenho êxito?”, “por que pra mim não dá certo?” Na verdade, só a autonomia pode triunfar e dentro da pessoa pode existir uma criança dependente que, se triunfasse, seria autônoma e trairia a si própria. Então, ela boicota. E a pessoa só percebe o fracasso. Na prática, não há chance de sucesso, por exemplo, em uma parceria Reprodução
cujo sentido é estar a serviço apenas da criança interior. Isso ocorre nos casamentos ou nos negócios. No casamento, a criança inter- Miguel Antonio na quer aten- de Mello Silva ção e cuidado Psicólogo (CRP 06/37737-2) e se assusta com responsabilidades e compromissos adultos. Por exemplo, na hora de arrumar um trabalho ou de educar os filhos, apavora-se, quer atenção e deixa o cônjuge carregando tudo sozinho. Nos negócios, uma parceria pode estar a serviço de a criança ser reconhecida e bem-vista: a pessoa não aceita críticas ou inveja as conquistas do parceiro de negócios, deseja sobrepujálo: faz o mínimo e quer o máximo. Na vida psíquica, a criança é a verdade pois, no mundo interior, o adulto só pode existir quando a criança cresceu. Essa dinâmica é, muitas vezes, o terreno de trabalho da psicoterapia e, não raro, quando à medida que essas contradições vão sendo desvendadas na análise, o paciente vai percebendo que consegue realizar mais, que está ganhando mais dinheiro, que está profissionalmente melhor colocado. No fundo, a criança só consegue consumir enquanto que o adulto é aquele capaz de prover.
CONTATO: (19) 3213-4716 / 3213-6679 ou psicmello@gmail.com
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Líricas Bulhufas MARCELO SGUASSÁBIA
Consultório sentimental - Promete que fica só entre a gente? - Lógico. Prometo, em nome da ética médica. - Então tá. É que... estou tendo um caso clínico. - Jura? Alguém da área? - Ahã. Olha só essa radiografia que a gente tirou no último fim de semana prolongado. - Nossa, que pulmões. E a faringe, então... Esse pomo de adão, tão proeminente. Que sorte a sua hein, colega. Isso aqui é objeto de estudo pra um simpósio internacional. Merece abordagem multidisciplinar. - Quando olhei aqueles globos oculares, sem nenhum grauzinho de miopia ou astigmatismo, quase tive uma síncope. Foi adrenalina na veia. Observe essa ressonância magnética. Fala a verdade: que omoplata! Dá pra ficar assintomática? Você sabe que quadros dessa natureza provocam desde espasmos involuntários até a perda momentânea da consciência. - É, ele é muito parassimpático. - Parassimpático? Aquilo é uma aula de anatomia. Desequilibra o nível de estrógeno de qualquer mulher. - E aí, conta. Partiu pra um exame mais detalhado? Na sua residência médica ou na dele? Conta, conta. - Fiquei anestesiada. Quando dei por mim, já estávamos na maca. - Nossa, assim na primeira consulta? - Pra você ver. Confesso que no começo foi difícil me manter estável. A pres-
são chegava a 25 por 13, o coração a 140 por minuto. - E daí pra frente? Qual a posologia? - No mínimo três vezes ao dia. - E nada de repouso entre uma e outra? - Nadinha, menina. Uma febre que não passava. Depois os sintomas foram desaparecendo, e toda aquela convulsão evoluiu para uma forte e inexplicável letargia. Parecia uma espécie de maleita, com frequentes episódios de apneia. - É, já vi relatos semelhantes. E aí, deixou de apresentar sinais vitais? - Falência múltipla. Estado terminal, ao que tudo indica. - Marcou retorno? - O pior é que não. Ele me usou, não vou me conformar em ser mais uma na história clínica dele. - Não estressa, não. E se por acaso ele agendar um horário, faz um charme. Dá uma de difícil, deixa o bonitinho na sala de espera. Como eu fiz com aquele judoca tarja preta, que me causava dependência. Eu sei como são essas coisas. Precisando de um ombro amigo, estou aqui de plantão. - Valeu, obrigada mesmo. - Só me promete uma coisa. - Fala. - Se der enjoo, manda ele pro meu consultório. É sempre bom uma segunda opinião... - Sua Hipócrates! Marcelo Sguassábia é redator publicitário www.letraeme.com
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Não basta apontar os erros e omissões... No campo da saúde física, emocional, mental e espiritual podemos contar com diversas direções para buscar auxílio. Sem somente apontar as insatisfações e com mais objetividade, citamos aqui um dos mais antigos métodos de aferir nossa saúde de maneira holística. Afinal, trazemos nos olhos o espelho de nossa alma, que sabe muito mais de nós que nós mesmos. Dentro de uma ciência multimilenar – a iridologia – temos especialidades de aferição do nosso estado geral. Em se tratando de irisdiagnose e da microsemiótica irídea (estudo da íris), podemos verificar, através da análise de inúmeros sinais já catalogados, muitos traços que, se não corretamente tratados, podem se transformar em diversas patologias e após determinado tempo atingir um nível de degeneração fatal. Todo ser humano armazena “lixo” decorrente da degradação dos organos e da morte celular.Com frequência surgem cálculos diversos, resíduos sólidos na corrente sanguínea, bico de papagaio, esporões, artrites, artroses, etc. A falta de solubilização desse lixo ocorre por carência alimentar. Ele acaba depositado nos pontos do corpo onde a temperatura é menor que o meio
circulante, como coluna, articulações e antebraço. Os depósitos Anávlis Térrci são conheci- Farmacêutica, homeopata e iridóloga dos pelas mais diversas terminologias, mas possuem a mesma origem: degradados de células, organos e polímeros de gorduras coagulados. É possível uma regressão suprindo os traços de elementos específicos. E também a limpeza de órgãos e celular, aliados à estimulação do sistema glandular e outros. Após todas as análises da íris, o microseometista irídeo pode ajudar na prevenção de inúmeras doenças, melhorando sintomas, além de diminuir o envelhecimento. Devemos chamar atenção que a melhor forma de cura e harmonização é a recomposição do sistema corpóreo como um todo. A tecnologia, aliada às leis da natureza, hoje se encontra em frasco com a terapia Flor de Íris – traz segurança sem efeitos colaterais. A Hypothalammus e seus profissionais podem ajudar na completa harmonização do seu ser. Soluções corretas devem ser postas em prática.
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INDICADOR TERAPÊUTICO
Força! Não estou me referindo à força bruta e violenta que presenciamos diariamente em diversos setores. A violência é força mal direcionada e desperdiçada. Quando usamos a violência é porque tudo o que foi feito anteriormente falhou, por isso: gritar, bater, destruir é desperdício de energia e gera fraqueza. Também não estou me referindo à força muscular do corpo esculpido ou da malhação, que fatalmente sofrerá a ação da idade. Refiro-me à força interior, que move montanhas, que independe da idade e que brota nos momentos que mais precisamos dela. Na visão de yogaterapia, essa força tem muitos nomes: quando ela vem do plexo básico se chama iniciativa; quando nasce do plexo solar, perseverança; quando vem do coração, coragem; quando sai da nossa boca se chama expressão clara e quando vem de nosso intelecto se chama inteligência.
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Para enfrentar os desafios da vida precisamos de iniciativa, perseverança, coragem, clareza de expressão e inteligência. Mas existe uma Márcio Assumpção Professor de ioga e diretor força ainda mai- do Instituto de Yogaterapia or que se chama fé. A fé está acima da razão e da emoção. É a capacidade de ver além da dualidade. No yoga, a fé se chama Isvarapranidana, que é a entrega ao Absoluto. A verdadeira entrega só é possível quando temos a certeza que fizemos o nosso melhor em cada situaçãoe que direcionamos bem as nossas forças. Com a sensação de dever cumprido, relaxamos a nossa mente e confiamos na ordem do Universo. Faça a sua parte, use bem a sua força, tenha fé e entregue-se. Namaste.
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Viva Bem elianamattos@uol.com.br
BATE-PAPO
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ependendo do trajeto que faço quando volto do trabalho para casa, encontro um senhor de idade bem avançada, sentado numa cadeira de rodas, em frente sua casa, observando o movimento da rua. Sempre fico um pouco comovida por causa da mania que tenho, de me colocar no lugar das pessoas. Essa mania já gerou muitas crises, a ponto de uma vez, uma grande amiga me falar uma sábia frase: “não pegue o que não é seu”. É verdade. A gente nunca pode carregar a cruz do outro. Pode até ajudar a carregar. Mas a cruz é de cada um. Esse senhor tem um porte refinado, que dá para notar até pela sua postura na cadeira. Fiquei pensando, dia desses, qual será sua história de vida... Terá sido um bem-sucedido empresário? Um intelectual? Um médico? Quem sabe um advogado renomado? E imaginei também que pensamentos passarão pela sua cabeça hoje, sentado ali a observar a rua no final da tarde?... Será que, se ele foi um homem de grande saber, terá consciência agora de como é sua vida? E se tem consciência, o que sente observando os carros passarem?... Sei que é difícil termos uma vida profissional e produtiva em idade avançada. Até porque vivemos uma época em que as pessoas valorizam muito mais a juventude, do que a experiência. Mas se pensarmos em grandes atores e atrizes, como Lima Duarte e Fernanda Montenegro, entre outros, como ainda encontram esse enorme vigor e capacidade de raciocínio? De onde vem essa imensa energia para fazerem novelas, filmes e peças teatrais? Tenho certeza que o cérebro deles deve ainda estar tinindo. Seria por nunca terem parado com suas profissões? Não posso negar que tenho medo do futuro. Tenho medo do meu corpo, num dado momento da vida, não ficar sintonizado com meu cérebro. E sei que hoje, é meu cérebro a peça mais importante dessa máquina tão perfeita que é o corpo físico. Outro dia, li que a maioria das pessoas não gosta de pensar. Por isso, dirigem sempre com o rádio ligado e, em casa, não abrem mão da TV. Alguma coisa precisa ficar “falando” para ocupar o lugar dos pensamentos. Acho que estou precisando pensar menos e ouvir mais música... Grande beijo!
FORNO & FOGÃO Correção Na edição passada, em razão de um problema técnico, as receitas tiveram algumas medidas suprimidas. Anote: * No bolo de aveia, maçã e canela, o correto é ½ xícara (chá) de margarina e 1 ½ xícara (chá) de farinha de trigo. * No pastel assado de camarão, ½ xícara (chá) de leite.
Torta de fubá com carne moída Ingredientes da massa e modo de fazer: 1 xícara (chá) de leite 4 ovos 2/3 xícara (chá) de óleo 6 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado 1 ½ xícara (chá) de fubá fino 1 colher (sopa) de amido de milho Sal e pimenta a gosto. Bata tudo no liquidificador, menos o fermento, por três minutos. Acrescente o fermento no final. Despeje metade da massa em uma assadeira retangular de 35 x 25 cm, untada e enfarinhada, espalhe o recheio e cubra com o restante da massa. Leve ao forno preaquecido a 180 graus e asse até dourar. Recheio e modo de fazer: ½ quilo de carne moída 1 cebola picada 2 dentes de alho picadinhos 1 lata de molho tipo Pomarola 1 xícara (chá) de azeitonas picadas Sal e pimenta a gosto Salsinha picadinha a gosto
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Maquiagem: pausa no verão Apesar de ainda não ser verão, o calor já anda muito forte, por isso, principalmente durante o dia, use pouca maquiagem. A base, por exemplo, deve ser abolida, porque a maioria fecha os poros, impedindo a respiração. Para quem gosta de sombras, no calor elas normalmente borram e no final do dia você estará com uma péssima aparência. Se o calor estiver muito forte, durante o dia use um bom filtro solar, lápis para contornar os olhos, leve blush e batom. À noite, substitua o filtro solar por um hidratante leve. Quanto aos cabelos, os compridos esquentam a cabeça. Prefira prendê-los.
DICAS · Quando for misturar claras batidas em neve a outros ingredientes, faça-o no último momento, com movimentos suaves, de baixo para cima, para que as bolhas de ar (que dão consistência às claras em neve) não se arrebentem. · Nunca quebre um ovo sobre outros ingredientes sem olhar. Verifique primeiro se o ovo está fresco. O ideal é quebrar um a um num outro recipiente e também um a um acrescentar à receita principal.
Coma mais feijão!
Aqueça um pouco de azeite numa frigideira e refogue a carne moída em fogo alto até secar. Acrescente a cebola e o alho e continue refogando. Junte o molho de tomates, a azeitona, sal, pimenta e deixe apurar. Misture o cheiro verde, deixe amornar e recheie a torta.
Patê de queijo parmesão e ricota Bata muito bem no liquidificador: 200 g de ricota fresca 100 g de queijo parmesão ralado Meia xícara (chá) de creme de leite 2 dentes de alho (opcional) 2 colheres (sopa) de maionese
Cresce o entusiasmo dos nutricionistas diante dos feijões. Eles oferecem altas quantidades de fibras, baixo teor de gordura, generosas doses de proteínas e carboidratos complexos, pouco sódio, nenhum colesterol, além de vitaminas e minerais.
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BEM NUTRIR
O glúten e o peso ARTIGO Tatiana Cunha
O
glúten está na moda, mas algumas dietas divulgadas recentemente preconizam a retirada do glúten da alimentação com o intuito de emagrecimento, sendo ou não portador da doença celíaca. Impossível falarmos sobre o glúten sem citarmos também a doença celíaca. Desde sempre o glúten foi retirado da alimentação somente nesse caso. O glúten é o protagonista dessa doença, é a substância pela qual o celíaco é intolerante, ou seja, o responsável pelas reações tão desagradáveis como dor abdominal, inchaço, diarreia, anemia e fadiga. Cura? Não. O que fazer? Retirar o glúten da alimentação para sempre. Essa proteína é encontrada em aveia, trigo, cevada, centeio, malte e em seus derivados: pães, massas, bolachas, cerveja, uísque, além de diversos produtos industrializados. Os portadores da doença celíaca encontram versões livres de glúten de praticamente todos os tipos de alimentos e devem se organizar e se adaptar a esse novo tipo e hábito alimentar. No entanto, pesquisas indicam que o gene para sensibilidade ao glúten está presente em grande parte da população, podendo aparecer ou não, em diversos graus de
intensidade e em qualquer época da vida, porém ainda faltam fortes evidências científicas para restringirmos o glúten da população, de uma maneira geral. Não sou adepta dos radicalismos, tratamentos que optam pelos extremos, pois me parece muito mais prudente o caminho do meio, que nos leva ao equilíbrio. Cada ser humano é passível de suas peculiaridades, é merecedor de uma análise individual e dessa forma tenho feito também em relação ao glúten. Retirar o glúten dos não celíacos em alguns casos proporciona a perda de peso, melhora a função intestinal, melhora a qualidade de vida, mas com suplementação de fibras e vitaminas e com o comprometimento de que a mudança no estilo de vida continua sendo fundamental, além de que não há necessidade de privações como se fora portador da doença celíaca. Então, se deixarmos de consumir esses produtos, carboidratos considerados vilões do ganho de peso, conseguiremos um peso ideal? Eis a questão: conscientização, atitude, equilíbrio, moderação e continuidade são fatores relevantes quando o assunto é emagrecimento com saúde. Tatiana Cunha é médica pós-graduada em endocrinologia e terapêutica da obesidade
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PONTOS DE VENDA DO JORNALZEN CAMPINAS BARÃO GERALDO BANCA CENTRAL - Avenida Santa Isabel, 20 BARÃO ERVAS - Avenida Santa Isabel, 506 ESPAÇO UNGAMBIKKULA Av. Santa Isabel, 1.834 IDEAL REFEIÇÕES - Rua Vital Brasil, 200 BOSQUE BANCA DO BOSQUE - Avenida Moraes Sales, 1.748 CAMBUÍ BANCA CAMBUÍ - Rua Cel. Quirino (ao lado Massa Pura) BANCA DA ALICE - Avenida Júlio de Mesquita, 500 BANCA DONA SINHÁ - Rua Cap. Francisco de Paula, s/n (Praça Adamina Del Soldato) BANCA MARIA MONTEIRO - Maria Monteiro, 1.201 BANCA RIVIERA - Rua Coronel Silva Teles, 37 BANCA SANTA CRUZ - Rua Santa Cruz, 176 BANCA SUPER PLÁ - Rua São Pedro, 285 CASTELO BANCA NAKAZONE - Avenida Andrade Neves (balão) CENTRO ALMAZEN - Rua Barreto Leme, 1.259 BANCA ANCHIETA - Rua Barreto Leme, 1.425 BANCA CONCEIÇÃO - Rua Conceição BANCA DO ALEMÃO - Rua General Osório, 986 BANCA REAL DISNEY - Rua General Osório, 1.325 BANCA TANNO - Avenida Francisco Glicério, 1.580
FLAMBOYANT BANCA DO ISMAEL - Rua Mogi Guaçu (em frente à padaria Abelha Gulosa) GUANABARA BANCA DO DIRCEU - Rua Oliveira Cardoso, 62 BANCA ITAMARATI - Rua Eng. Cândido Gomide, 287 IGUATEMI LIVRARIA CULTURA (Shopping Iguatemi) PARQUE IMPERADOR BANCA CARREFOUR - Rodovia Dom Pedro I PROENÇA BANCA DO ROBERTO - Av. Princesa D’Oeste, 994 SANTA GENEBRA BANCA SANTA GENEBRA Avenida Pamplona, s/nº SOUSAS AVIS RARA Rua Rei Salomão, 295 BANCA RICCO PANE Avenida Antônio Carlos Couto de Barros, 871 TAQUARAL BANCA DO EDUARDO - Rua Thomaz Alva Edson, 115 BANCA TAQUARAL - Rua Paula Bueno, 1.260
CHÁCARA DA BARRA CENAPEC - Rua Mogi das Cruzes, 255
VILA ITAPURA BANCA SACRAMENTO - Rua Eng. Saturnino Brito, s/nº
CIDADE UNIVERSITÁRIA BANCA BARÃO - Avenida 2 - Atílio Martini, 50
VILA NOVA BANCA VILA NOVA - Av. Imperatriz Leopoldina, 100
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CENTRO BANCA RUTH - Rua Candelária, 1 CINE CAFÉ - Shopping Jaraguá (Rua Humaitá, 773)
ESPAÇO TERRA VIVA - Avenida Rota dos Imigrantes, 605
JARDIM CALIFÓRNIA BANCA DO JANUBA - Praça Renato Villanova
BANCA MOTTA PAULISTÃO - Rua Luis Camilo de Camargo, 332 (estacionamento supermercado Paulistão)
VILA NOSSA SENHORA APARECIDA PANIFICADORA A-REAL - Rua Candelária, 1.828 SAÚDE NATURAL - Rua Candelária, 1.751 VILA VITÓRIA BANCA DO JAIR - Rua Humaitá esq. Av. Pres. Vargas PADARIA GIANINI - Avenida Presidente Vargas, 472 VILA SUÍÇA PADARIA SUÍÇA - Rua Pedro de Toledo, 1.855
HORTOLÂNDIA
VALINHOS em todas as bancas da cidade
VINHEDO* EMPÓRIO JF - Avenida dos Imigrantes, 575 (Jardim Itália) LIVRARIA NOBEL - Avenida Benedito Storani, 111 * e em todas as bancas da cidade
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JORNALZEN
NOVEMBRO/2013