JORNALZEN ANO 13
ABRIL/2017
AUTOCONHECIMENTO
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Nº 146
BEM-ESTAR
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www.jornalzen.com.br
CIDADANIA
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CULTURA
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SAÚDE
PEDRO REZENDE
ZENTREVISTA
Nina Valentini Pág. 3
INTERCÂMBIO CULTURAL Cinquenta índios da comunidade Kuikuro, da região do Alto Xingu (Mato Grosso), participam das atividades de programa no parque Toca da Raposa, em Juquitiba (SP). Até 21 de maio, durante todo o dia, eles fazem apresentações de cantos, danças, culinária, pintura e artesanato em uma aldeia cenográfica. Mais informações podem ser obtidas em www.tocadaraposa.com.br DIVULGAÇÃO
Viva Bem Pág. 12
CULTURAZEN Pág. 14
INDICADOR TERAPÊUTICO
Especial Reiki Pág. 11
NOVO COLUNISTA Almir Nahas Facilitador de Constelações Familiares e Empresariais Pág. 10
WhatsApp JORNALZEN (19) 99109-4566 (19) 99149-1256
VIA-CRÚCIS Escultoras que reconstroem as simbólicas estações percorridas por Jesus Cristo no caminho do Calvário, com direito à presença de ícones de diferentes religiões, estão expostas na praça em frente ao portão 10 do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. De autoria de Gilmar Pinna, a exposição conta com 46 obras em aço inox, com aproximadamente três metros de altura cada, e vai até 6 de maio, com entrada aberta ao público.
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‘Abril’ as portas Faço essa brincadeira com as palavras que me inspiram a compartilhar com vocês, meus queridos leitores, o sentimento ou a intuição a respeito deste momento. Começou o outono e, assim como eu, muita gente adora essa estação. Trata-se de um tempo bastante auspicioso em todos os sentidos. Tanto no sentido do clima ameno e temperado, que agrada a todos por ser friozinho pela manhã e noite, e quente à tarde. Nesta época, a natureza se desapega de suas folhas para economizar energia para o inverno quando chega e para depois se renovar na primavera. Da mesma forma devemos nos comportar, pois fazemos parte da natureza e precisamos aprender com ela a nos conectar com o curso natural das coisas. É tempo de nos desapegar de alguns padrões ou situações, ou até mesmo pessoas, que não correspondem mais ao nosso campo vibracional de crescimento. Fazendo um comparativo dessa estação do ano com as fases de nossa vida, o outono representa nossa maturidade e sabedoria. No sentido metafórico, esta época remete ao recolhimento interior e à renovação que a Páscoa nos con-
JORNALZEN NOSSA MISSÃO:
Informar para transformar DIRETORA SILVIA LÁ MON EDITOR JORGE RIBEIRO NETO JORNALISTA RESPONSÁVEL MTB 25.508 TELEFONES Redação (19) 3324-6062 Comercial (19) 3044-1286 contato@jornalzen.com.br www.jornalzen.com.br CIRCULAÇÃO Campinas Indaiatuba Valinhos Vinhedo Jaguariúna São Paulo (Avenida Paulista, Vila Madalena e Vila Mariana)
vida. Renovar as nossas esperanças em dias melhores no trabalho, na economia do País, em nossas relações SILVIA LÁ MON pessoais, em nos- Diretora do JORNALZEN sos estudos. É 0 momento ideal para avaliar o primeiro trimestre do ano e fazer um planejamento para impulsionar o segundo trimestre e avançar no segundo semestre. A meditação é uma grande aliada para iluminar nosso interior a fim de buscar essa força necessária para implantar as mudanças, além de nos trazer insights importantes por meio do desenvolvimento de nossa intuição. O JORNALZEN sempre traz informações das quais podemos buscar grupos ou pessoas para nos ajudar com essas práticas saudáveis. Fiquem ligados em nossos artigos, entrevistas, nas programações dos espaços parceiros e na AgendaZen. Com certeza, você encontrará o lugar certo, a pessoa certa e o momento certo para a mudança. Que este auspicioso mês de abril possa nos abrir portas e portões; abrir casas e corações.
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CIÊNCIA DA FELICIDADE Gratidão, fonte de felicidade Sermos agradecidos pelo que somos e por tudo o que recebemos em nossa vida é um dos segredos da felicidade. Um olhar sobre nosso presente e nosso passado nos mostra o quanto devemos ser gratos por tudo o que recebemos. De Deus, recebemos a vida; de nossos pais, nosso corpo, alimentação, amor e carinho. Desde pequeninos, os seres humanos dependem dos outros para sobreviver, em especial das próprias mães. A gratidão nos torna mansos de coração, mais compreensivos e menos egoístas. Sua prática fortalece nossos corações e nos torna mais fortes para enfrentar momentos difíceis. Em seu livro Convite à Felicidade, o mestre Ryuho Okawa nos ensina que “a gratidão é capaz de levantar nossos ânimos mesmo quando estamos em ambientes negativos, com poucos motivos para nos sentirmos gratos – por exemplo, diante de circunstâncias difíceis ou de sofrimentos físicos”. Okawa nos aconselha a formu-
lar frases de gratidão para repetir diante de situações rotineiras: “agradeço por estar vivo hoje”; “apesar das dificuldades e dos problemas, o dia de hoje é uma dádiva”; “que bom que o sol ainda continua a brilhar”; “consegui perseverar por mais um dia”; ou “amanhã será um novo dia”. “A gratidão realmente surge quando retornamos ao passado, ao início da nossa vida neste mundo... A maioria das pessoas não percebe que recebeu tantas coisas desde a infância – roupas, comida, um lar para morar, educação, amigos, ajuda financeira, presentes e, acima de tudo, a esperança de ter um futuro brilhante. “Tudo isso são as dádivas com as quais temos sido abençoados. Mas, apesar disso tudo, muitos de nós formamos uma autoimagem negativa e desenvolvemos o hábito de reclamar do que nos falta na vida”, afirma Okawa, lembrando que a prática da gratidão fará você “abrir os olhos para a abundância de amor que já recebeu”.
As reflexões desta coluna são extraídas dos livros Convite à Felicidade e As Leis da Justiça, do japonês Ryuho Okawa, pensador, líder religioso e escritor na área da espiritualidade
A responsabilidade dos adultos: o melhor presente Daniel Medeiros
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m historiador disse certa vez que nossa relação com o tempo se dá em torno de dois campos: a experiência e a expectativa. O primeiro constitui o que conhecemos como passado e como presente e o segundo, o futuro. E nossa percepção das experiências e nossa concepção de expectativa é singular. A forma como sentimos é o resultado do jeito como aprendemos a sentir. Por isso, sem alguns parâmetros, alguma orientação, isso tudo que chamamos de “nossa vida” fica restrita a marcos estabelecidos por fora, por forças “estrangeiras”, como a mass media – para dar um exemplo cada vez mais onipresente – e passamos a nomear nossas vivências e expectativas com as chancelas do momento midiático. Um exemplo claro desse processo é a relação com o nosso corpo. O cabelo da moda, da novela, da apresentadora de TV, da modelo em alta no mercado, torna-se parâmetro para definirmos a beleza de nosso próprio cabelo. Nem sempre percebemos, mas, seis meses ou um ano depois, estamos reavaliando nossa percepção de beleza graças à nova novela, apresentadora de TV, modelo e alta, etc. A família contemporânea, em regra, afirma considerar uma virtude o
estabelecimento de espaços para os filhos escolherem e firmarem suas próprias convicções: “ele deve escolher por si mesmo, afinal, a vida é dele, não é mesmo?” Ou: “não quero fazer como meus pais, que impuseram o que eu deveria fazer.” O fato é que estamos muito distantes dos tempos nos quais a regra era a família escolher até com quem casaríamos. Mas agora estamos ficando igualmente distantes da prática de os mais experientes orientarem sobre como iniciarmos nossas próprias experiências. E as duas coisas são trágicas. Não. Considero a primeira opressora. A segunda situação, esta sim, é trágica. Não tenho a pretensão de demonizar as forças externas que colaboram na construção de nossa identidade. Pelo contrário, os suportes midiáticos dispõem de um sem número de informações pertinentes, úteis e formativos. O que devemos entender, porém, é que esses conteúdos precisam ser encontrados e as crianças e jovens precisam ser estimuladas a conhecê-los. E aí que entramos nós, pais, professores e adultos afins dessas crianças e jovens. Sem assumirmos a responsabilidade de orientar, conduzir e corrigir os passos de ingresso deles no mundo público, não poderemos depois imputar a eles a inaptidão no
trato com o coletivo. Já nos anos 80, o semiólogo Umberto Eco disse que no futuro – e quando ele disse isso nem havia internet – “o fluxo de conteúdos seria tão grande que ninguém poderia mais reclamar da falta de informações. Mas um novo problema surgiria: como encontrar as informações que nos interessam? Como saber quais são confiáveis? Como discerni-las de outras e assumi-las como parte de nossa formação? E qual a resposta para essas perguntas? Nós, novamente. Se não acreditarmos que o nosso protagonismo na orientação para o mundo público, tanto no que concerne a iniciação da experiência (que significa sair do perímetro) como para oferecer um repertório de expectativas às crianças e jovens, saibam que as forças mais rasteiras e mesquinhas acreditam. Salvo as honrosas exceções, é nosso esforço constante de adultos que vai melhorar o mundo público. As crianças e os jovens precisam ser preparados e depois acompanhados nesse processo de inserção no mundo público, de ação consciente nesse mundo até enfim assumirem a titularidade. E é esse o melhor presente para as crianças e jovens que podemos imaginar dar a eles. Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)
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stímulo e exemplos nunca faltaram para a paulista Nina Valentini virar uma empreendedora social – vocação que acabou se consolidando na faculdade. Ao longo da infância e da adolescência, ela pôde entrar em contato com pessoas em situação de vulnerabilidade e com a militância na luta antimanicomial, no Hospital Cândido Ferreira, em Campinas, onde o pai foi coordenador por 14 anos. A mãe trabalhou no Instituto Ayrton Senna e exerceu cargos no Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Na graduação em administração pública na Fundação Getúlio Vargas, Nina teve a primeira experiência com captação de recursos. Convidada pelo empresário Ari Weinfeld, idealizador do Instituto Arredondar, ela aceitou o desafio de fomentar a cultura de doação e de engajar o consumidor brasileiro por meio de um sistema de captação de microdoações individuais. Operando desde 2014, o Movimento Arredondar faz a ponte entre doadores, varejistas e instituições, oferecendo ao consumidor a possibilidade de arredondar o valor da compra em benefício do terceiro setor. No ano passado, a administradora conquistou o Prêmio Empreendedor Social de Futuro, destinado a jovens empreendedores com perfil inovador. Nesta entrevista ao JORNALZEN, Nina Valentini explica como tem contribuído para a aproximação entre organizações sociais e a população em geral. O que despertou sua vocação para o empreendedorismo social? Meus pais são bastante engajados, especialmente em temas ligados à área da infância e da luta antimanicomial. Aos 14 anos, fiz uma viagem ao Vale do Jequitinhonha que mudou minha vida, acompanhando um pouco do trabalho realizado pelo CPCD, Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento. Ali, descobri a força de um trabalho comunitário que envolvia famílias, crianças, geração de renda e escolas públicas envolto em muita criatividade e engajamento. De certa forma, descobri cedo que o universo das transformações sociais era o que me encantava, mas ainda não sabia como atuar. Fiz alguns trabalhos voluntários, e no momento de decidir a carreira, prestei vestibular para diversas frentes. Acabei optando pela administração pública – e foi durante a faculdade que descobri que a temática de trabalhar para o fortalecimento das organizações da sociedade civil e, principalmente, de aproximar pessoas a causas, ficou evidente como uma escolha de caminho. Acabei mobilizando recursos para diferentes projetos e aprendi a gerenciar parcerias. Como surgiu a ideia de criar o sistema de microdoações? A ideia do Arredondar surgiu do presente que o Ari Weinfeld, fundador do movimento, ganhou de uma amiga empreendedora social um livro que tratava de inovações sobre as formas
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ZENTREVISTA|Nina Valentini
CAUSA ARREDONDADA Administradora preside instituto que fomenta a cultura da filantropia e atuação de organizações sociais por meio de doações com o troco RENATA TEREPINS
acreditaram em nossa proposta e nos ajudaram a solucionar esses desafios. Como é possível desenvolver uma cultura de doação no Brasil? O brasileiro é doador. Segundo a Pesquisa Doação Brasil, realizada pelo Idis [Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social], ao longo de 2015 77% dos brasileiros fizeram algum tipo de doação. No entanto, nossa cultura é muito focada em doação de coisas e pouco em doação de recursos, que traz mais autonomia às organizações. No Arredondar, acreditamos que as doações precisam ser mais acessíveis. Nosso trabalho é abrir espaço para que todos sejam doadores. Para nós, o arredondamento é uma porta de entrada para o engajamento, e uma forma transparente de doar, conhecer novas organizações, acompanhar o trabalho delas, e compreender que a força de uma multidão é capaz de mudar o Brasil. Qual é a importância de empresas investirem em causas sociais? As empresas têm um papel central no desenvolvimento social do País, não só pelos recursos e pessoas que mobilizam, geração de emprego, mas também pela capacidade de gerarem desenvolvimento social nos locais em que estão inseridas. Investir em causas sociais não é só uma tendência e até obrigação social e para o crescimento do negócio, como também gera engajamento e envolvimento dos colaboradores e clientes, e criando um círculo virtuoso.
“O arredondamento é uma porta de entrada para o engajamento e uma forma de compreender que a força de uma multidão é capaz de mudar o País” de levantar recursos para o terceiro setor – Financing Future, de Maritta Koch-Weser e Tatiana van Lier. Como doador, Ari adorou, e convidou empresários e empreendedores para atuar com ele. Tive a sorte de ser convidada. Temos uma grande parceria. Aprendi muito com ele nos últimos cinco anos. Quais os principais desafios enfrentados para viabilizar o movimento? Nós precisávamos desenvolver um sistema que não incidisse impostos so-
bre a operação, e que não custasse ao varejista. Precisávamos acompanhar as doações, portanto, tivemos que fazer um sistema de retaguarda que recebesse as informações sobre o total doado por dia, por loja. Precisávamos selecionar e acompanhar as organizações, e viabilizar uma comunicação em loja com baixo custo. Precisávamos treinar as equipes de venda. Enfim, eram muitas frentes, e claro, muito trabalho de criação e inovação. Só foi possível porque tivemos muitos parceiros, que
Como avalia a proposta do JORNALZEN, voltada a divulgar iniciativas ligadas ao bem? O Brasil está mudando, com iniciativas que possuem muito impacto e ainda, pouca visibilidade. O JORNALZEN, mostrando iniciativas, histórias de transformação e divulgando esses trabalhos, cria espaço para falarmos do país que está dando certo. Que mensagem gostaria de deixar para os nossos leitores? Gostaria de convidar todos a conhecerem melhor o Arredondar, as organizações que apoiamos e o impacto que estamos gerando. Temos um canal aberto para receber sugestões, críticas, ideias. Nosso trabalho é mobilizar, junto com uma grande rede de parceiros e colaboradores, milhões de doadores que acreditam e apoiam o trabalho de mais de 20 organizações de impacto que estão transformando a vida de mais de 20 mil pessoas.
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O amor Carta de São Paulo a Coríntios Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que JOÃO BATISTA SCALFI tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os Vice-presidente do Educandário Deus e a Natureza (Indaiatuba) montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor. Paulo de Tarso
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A importância da cabala para a evolução do homem Samy Pinto
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uscar alternativas para viver uma vida longe do materialismo e consumismo exagerado está levando muitas pessoas a procurar um caminho mais espiritual. Nesta corrida atrás de um propósito, muitos têm encontrado no estudo da cabala a esperada mudança de direção. Mas o que é a cabala? O termo tem origem no verbo lekabel, que quer dizer “receber” em hebraico. O conceito veio da história do Êxodo, quando Deus entregou ao povo de Israel os dez mandamentos e a Torá escrita, enquanto acampavam em frente ao Monte Sinai. O povo ganhou naquele dia o que seria o pentateuco e a tradição oral, que era um conjunto de preceitos e leis, que geraria a literatura do Talmude. Aquilo que se tornaria o corpo do judaísmo. Segundo o Talmude, naquele momento foi entregue também a parte mística do judaísmo, ou a parte profunda do judaísmo, compondo um conjunto do que chamam de revelação de Deus no Monte Sinai. A cabala traz em seu âmago metáforas para compreender o significado e os mistérios da vida, se tornando um guia para o estudante desta sabedoria milenar. A cabala é para ser uma instrução para a vida, e estudar esses conhecimentos somados aos preceitos e leis, entregues por Deus aos homens, pode ajudar a encontrar um caminho alternativo ao materialismo e consumismo exagerado. Além disso, auxilia as pessoas a alcançarem a realização espiritual e a se inspirar em meio ao cotidiano. A cabala acredita que a rotina e a busca incessante e repetitiva pelas coisas materiais acabam impedindo que as pessoas usem uma força que há dentro delas. Os estudos da Torá, Talmude e ensinamento dos cabalistas
ajudam a encontrar esse potencial escondido. Estudar cabala transforma a perspectiva sobre o mundo e a humanidade, e mostra pontos dentro de cada pessoa que não sabiam existir. A humanidade pode usar, algumas vezes, da força da natureza para curar alguns problemas, algumas doenças que assolam a sociedade. É importante para aquele que pretende estudar a cabala encontre um bom professor. Assim como o aluno tem que ser aplicado e acreditar nos ensinamentos, o professor tem de estar preparado para passar os segredos de forma organizada e com preparo. Estes segredos dizem respeito a questões como a razão da existência do homem, o objetivo da vida, qual a origem e destino do ser humano. E por tratar de assuntos tão essenciais da vida humana é que o professor tem que passar os ensinamentos com zelo. As pessoas levam consigo muitas perguntas sobre esta realidade, e a cabala é um caminho espiritual para direcionar a humanidade de volta à verdade de tudo. Para a cabala, o mundo foi criado de forma incompleta, e cabe a cada ser humano que vem ao mundo buscar o seu aprimoramento, sua perfeição. Podemos usar o exemplo do pão. O que é melhor o trigo ou o pão? O pão é o aprimoramento do trigo. Que por si só não e tão saboroso. A função da cabala é o desenvolvimento, aperfeiçoar todas as forças que contém o mundo. Sendo trabalho do homem melhorar, completar o que está aqui. É preciso que a pessoa viva uma vida espiritual para que ele possa fazer a sua contribuição para a evolução do homem e do mundo. Samy Pinto, rabino responsável pela sinagoga Ohel Yaacov, em São Paulo, é formado em ciências econômicas, com mestrado e doutorado em letras e filosofia, além de especialização em educação em Israel
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OPINIÃO MÉDICA Dr. Vítor Oliveira - drvitor@opiniaomedica.com.br
Só saúde importa
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AGENDA – Abril/Maio 2017 RODA DE CURA ESPECIAL Mães e Filhos 12/maio (sexta-feira), às 19h – escalda-pés e música para o coração RODA DE CURA Círculo de homens e mulheres – Unidos nos curamos 26/maio (sexta-feira), às 19h – Criando união entre masculino e feminino CONSTELAÇÃO MUSICAL (Janaína Campos e Adriano Dias) 9/abril (domingo), às 14h 18/abril (terça-feira), às 19h 21/maio (domingo), às 14h 30/maio (terça-feira), às 19h CONSTELAÇÃO TSFI (Maria Angélica) 30/abril (domingo), às 14h 14/maio (domingo), às 14h MÚSICA E CURA (Adriano Dias) Vivência dos efeitos da música nas emoções, mente e corpo e suas possibilidades de cura 11/abril (terça-feira), às 19h30 10/maio (quarta-feira), às 19h30 COLHER DE PAU PARA ADULTOS Reflexões sobre a alimentação, com Fabiolla Duarte 15/abril (sábado), das 9h às 18h MANTRAS SABIAH Toda segunda-feira, às 8h (outros horários eventuais no site) DANÇAS CIRCULARES SAGRADAS (Janaína Campos) Toda quinta-feira, das 18h às 19h30 GRUPO SAMAÚMA Preparação para o parto natural para gestantes e casais – toda quinta-feira, das 19h30 às 22h Grupo pós-parto – toda quarta-feira, das 9h30 às 11h30 YOGA MAHI Terça a sexta-feira, das 7h30 às 9h Segunda e quarta-feira, das 18h30 às 20h YOGA MATERNA (Paula Ubinha) Para gestantes e mães com bebês – terça e quinta-feira, às 11h MUSICALIZAÇÃO INFANTIL (com Rafael Vanazi, do Encantoré) Crianças de 1 a 4 anos acompanhados por um adulto – terça-feira (18h) e sexta-feira (9h30 e 18h) FORMAÇÃO EM THETAHEALING Veja mais informações em nosso site • GRUPOS DE PATHWORK® • ALINHAMENTO ENERGÉTICO • TERAPIA DE LUZ E SOM • LEITURA DE AURA • AULAS DE TÉCNICA VOCAL E VIOLÃO • LEITURA DE TAROT • PSICOTERAPIA SISTÊMICA INDIVIDUAL, CASAL E FAMÍLIA Agendamento por e-mail: janaina.sabiah@gmail.com
Rua Paulo Lanza, 91 (entrada de Barão Geraldo) – Campinas/SP (19) 3327-0910 – contato@sabiah.com.br – www.sabiah.com.br
Qual seu atual desafio de saúde? Tem algum? Ou está vivendo ainda no estágio da saúde inercial, aquela que recebemos de nossos pais e da natureza e que pensamos que nunca vai nos deixar na mão? A maioria das pessoas, quase todas, por exemplo, que vemos nas ruas, passa a maior parte de suas vidas na saúde inercial. Esse é o estágio em que ainda não percebemos que saúde é a única coisa realmente importante que existe e, com isso, nos preocupamos com uma infinidade de outras coisas. Nesse estágio, a mente preocupa-se com dinheiro, conflitos, relacionamentos, bens materiais, beleza. Num país socialmente mais confuso como o nosso, ela até se perde com preocupações com política, crises econômicas e violência. O problema é que uma quantidade assim tão grande de preocupações mal dirigidas acaba por afligir tanto a mente que... criamos doenças. Nossas células recebem a mensagem de que este é um mundo em que, no mínimo, é duvidoso se vale mesmo a pena viver. Então passamos do estágio de saúde inercial para o estágio de doença grave. Praticamente todas as pessoas, mais cedo ou mais tarde, fazem essa passagem. Infelizmente, nos nossos dias, muitas estão fazendo mais cedo do que seria o esperado pela expectativa média de vida da população. Poderíamos evitar, no entanto, trilhar o mesmo caminho da multidão, se percebêssemos o mais cedo possível que a saúde inercial é uma ilusão. Na verdade, nossa saúde é destruída e reconstruída diariamente pelo nosso corpo, e temos responsabilidade por ajudar
esse processo, reduzindo os fatores de destruição e contribuindo com os de reconstrução. Viver na fantasia da saúde inercial é usar um grande véu que encobre o quanto nossos hábitos alimentares, as condições ambientais que criamos, nossas emoções e formas de pensar e nosso estilo de vida em geral estão diariamente destruindo nossa saúde e prejudicando seu processo de reconstrução. Doenças surgem quando os danos causados por esse mau estilo de vida se acumulam a tal ponto de precipitarem-se como enfermidade mais grave. Portanto, mesmo que você pense que atualmente não tem um desafio de saúde, você tem, sim. É o desafio de evitar ao máximo atrapalhar a magnífica tecnologia de produção de saúde de suas células. E esse desafio não é apenas pessoal, é social também, pois nossos atos e escolhas têm reflexo na sociedade; somos sempre cúmplices do ambiente que a sociedade cria e em que vivemos. Saber que saúde (não só a sua, mas a de todos) é o que de mais importante existe é o primeiro passo. Quando entendemos essa verdade, ela, por consequência lógica, ajusta vários outros aspectos da nossa vida. Passamos a nos cuidar melhor, a enxergar os outros com mais valor, deixamos de nos preocupar com problemas que não são de saúde e até mesmo nossa visão da sociedade muda. Experimente passar um dia com essa verdade em mente e anote os resultados. Se quiser, mande um e-mail com suas observações. Mas saia da saúde inercial preventivamente, usando sua consciência, não por ter se encontrado com a doença!
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PANORAMA IOGA NA TV RÁ TIM BUM 1 A TV Rá Tim Bum, canal fechado da TV Cultura, estreou em março o programa Yoga com Histórias, voltado ao público infantil. A série é resultado do projeto de mesmo nome dos professores João Soares e Rosa Muniz, que desenvolveram uma metodologia de ensino de ioga para crianças. Com dicas, entrevistas e animações, a primeira temporada da atração é exibida aos sábados e domingos, às 7h45, 13h30 e 20h. IOGA NA TV RÁ TIM BUM 2 O programa deve ficar no ar por pelo menos dois anos e, além do Brasil, será exibido em países como Japão e Portugal. Para viabilizar a produção e a continuidade da série, João, Rosa e Dudu Toledo, produtor e diretor de vídeos, estão fazendo um financiamento coletivo por meio do site Catarse. É possível colaborar com valores a partir de 10 reais. Para contribuir, o interessado deve acessar www.catarse.me/yogacomhistorias SEMANA DE FITOTERAPIA A 15ª Semana de Fitoterapia será realizada em Campinas, entre 18 e 20 de abril, na sede da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). A programação apresentará temas como farmácia da natureza, biosaúde, horta em vasos, culinária saudável e plantas medicinais. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no primeiro dia do evento, às 8h30. Mais informações: semanadefitoterapia@gmail.com ou (19) 3743-3700. CAMPANHA EM CARTÓRIOS A Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) e o Instituto Ayrton Senna uniram-se aos cartórios de notas paulistas para lançar a campanha “Legado Solidário”. O projeto visa estimular a população a utilizar o testamento público para deixar parte de sua herança a instituições filantrópicas e incentivar as pessoas a pensar em planejamento sucessório. A prática é comum em países como Estados Unidos, Alemanha e Espanha. AUXÍLIO PARA IMPOSTO DE RENDA Alunos da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) estão auxiliando pessoas com renda anual abaixo de 100 mil reais a preencher e enviar a declaração do Imposto de Renda. Os atendimentos gratuitos serão no campus Liberdade, em São Paulo. A inscrição deve ser feita pelo e-mail extensao@fecap.br. No dia marcado, o interessado deve levar um quilo de alimento não perecível, que será doado para instituições de caridade. EXPOSIÇÃO NO BUTANTAN Em comemoração ao seu 116º aniversário, o Instituto Butantan abriu ao público exposição do fotógrafo arquitetônico Carlos Kipnis. A mostra foi elaborada a partir de imagens dos mesmos espaços, funcionários e equipamentos captadas pelo autor em 1981 e 2015. Até dia 30, de terça a domingo, das 9h às 17h. O Instituto Butantan está localizado na Avenida Vital Brasil, 1.500 (Butantã). Mais informações: www.butantan.gov.br. INSCRIÇÕES PARA VOLUNTARIADO A Fundação Abrinq está buscando voluntários para o programa “Adotei um Sorriso”, voltado a médicos pediatras, psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas, dentistas e oftalmologistas que queiram atender crianças e adolescentes voluntariamente, em seu consultório ou em alguma organização social. O projeto pode beneficiar cerca de 15 mil crianças em 2017. Os interessados precisam se cadastrar em www.fadc.org.br/adotei
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Dr. Orestes Mazzariol Testosterona No homem, a testosterona é sintetizada das células de Leydig, nos testículos. Entre os efeitos na função sexual está a regulação do desejo, excitação, orgasmo/ejaculação. Os receptores androgênicos da testosterona são altamente expressos no cérebro e no hipotálamo. Perifericamente são expressos na musculatura pélvica, pênis, vesícula seminal e próstata. Além de disfunção sexual, a testosterona influencia no humor, na vitalidade, gordura visceral, massa muscular e densidade mineral óssea. A síndrome metabólica é uma condição clínica caracterizada por altos níveis de açúcar no sangue, resistência à insulina e doença cardiovascular. Há uma grande relação entre essa síndrome e a deficiência de testosterona. Mas não existem evidências consistentes re-
lacionando o nível de testosterona circulante e a incidência de doenças cardiovasculares. Já o efeito sobre o metabolismo é complexo, porém está relacionado. A testosterona diminui cerca de 1% ao ano a partir dos 40 anos, mas nem todos os homens desenvolvem deficiência do hormônio – aproximadamente 12% dos homens entre 50 e 59 anos; 19%, de 60 a 69 anos; 28%, de 70 a 79 anos; e 40%, acima de 80 anos. A reposição hormonal está indicada a pacientes sintomáticos, sendo que 55% destes recuperam o nível normal. A deficiência de testosterona leva a alteração na qualidade de vida e deterioração na saúde geral, podendo causar anemia, diabetes tipo 2, fragilidade, redução das reservas fisiológicas, aumento da incidência de quedas fraturas, hospitalização e morte.
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Bom trânsito para nós! Marks Pintija
Carona remunerada É difícil encontrar alguém que nunca se aproveitou de uma carona, e desta forma conseguiu antecipar a chegada ao local de destino, não esperou pelo transporte coletivo e ainda não gastou com as despesas de seu próprio veículo, como combustível e pedágios. A carona é, de fato, uma sensação de se obter uma vantagem. Não se pode negar que a carona é uma das possibilidades de que o futuro do transporte coletivo possa ser o compartilhamento dos veículos, diminuindo a frota, os congestionamentos e a poluição. O desafio é garantir a segurança para os envolvidos. Esta prática vem aumentando a cada dia, graças à modernidade das redes sociais e aplicativos de internet, nos quais muitas pessoas estão dividindo o espaço vazio em seus veículos com aquelas que têm o mesmo destino, e trocando esse favor por
uma retribuição financeira. O que a maioria não sabe é que esta negociação é irregular perante a legislação de trânsito e do transporte. A administração pública, através de seus órgãos executivos, é obrigada a controlar o deslocamento de passageiros, através de normas de segurança viária, comportamento na via, e consequentemente, na prestação de contas pela negociação financeira. Em tempos de inovações e buscas por facilitação e comodidade a sociedade vem aceitando a oferta de serviços sem regulamentação, mas que tentam trazer facilidade para seu dia a dia, e a tal da carona remunerada é mais um exemplo da mudança do poder público para as mãos da força produtiva, que são as pessoas fora do sistema e criadoras de oportunidades.
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Hipnose clínica: mitos e verdades (2)
Olá, bem-vindos! Na edição anterior desvendamos alguns mitos e verdades sobre a hipnoterapia. Hoje, temos mais para desvendar e tirar dúvidas para que você possa desfrutar desse tratamento emocional recuperando sua qualidade de vida. HIPNOSE CLÍNICA É TERAPIA? Verdade. Hipnose clínica pode ser usada como terapia complementar por profissionais capacitados para trabalhar somente como hipnoterapeuta. Mas, frequentemente é utilizada como ferramenta dos psicólogos, psicanalistas, psiquiatras e outros profissionais da saúde. No tratamento aqui proposto a hipnoterapia é um método complementar do psicólogo clínico que a utiliza para ter o acesso ao inconsciente de forma ágil, contribuindo com o melhor e mais rápido resultado da terapia. A HIPNOSE CLÍNICA PODE SER PREJUDICIAL À SAÚDE? Mito. A hipnose clínica não tem contra indicações e não usa medicamentos. O que acontece é o relaxamento do seu corpo, a acomodação dos seus pensamentos focados e concentrados para resolver o seu problema, onde o hipnoterapeuta usará técnicas e experiências para contribuir com a recuperação ou potencialização do seu bem-estar. A PESSOA PODE NÃO VOLTAR DO TRANSE OU FICAR PRESA NELE? Mito. Como o transe hipnótico fica entre o estado de vigília e o de sono, o máximo que pode acontecer é você dormir. Portanto, poderá ser acordado. HIPNOSE CLÍNICA É REGRESSÃO A VIDAS PASSADAS? Mito. Na hipnose clínica o tratamento é realizado dentro desse estado modificado de consciência que facilita o acesso a memórias e lembranças reprimidas pelo inconsciente, podendo recuperar, promover e prevenir a saúde e potencializar memórias e autoperformance. A regressão é um dos fenômenos que podem ocorrer durante o transe e isso depende dos conteúdos inconscientes de cada pessoa.
Marks Pintija é especialista e educador em trânsito
Paulistas podem doar até 6% do IR para entidades Os paulistas poderão destinar até 6% do Imposto de Renda (IR) devido de pessoa física e 1% de pessoa jurídica para projetos voltados a idosos, crianças e adolescentes no Estado de São Paulo. Há a possibilidade também de, quem tiver IR a restituir, doar a esses projetos sociais. O valor será descontado do imposto já retido na fonte e não representará custo extra ao contribuinte. As destinações por pessoa física devem ser realizadas até 28 de abril, data-limite estipulada pela Receita Federal para a entrega de declaração de imposto de renda. Já a doação por pessoa jurídica pode ser feita até dezembro. As empresas têm um prazo maior para entrega de declaração. A legislação brasileira assegura aos contribuintes o direito de escolher onde aplicar parte do valor do IR. O Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca) e o Conselho do Idoso (CEI), ligados à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de São Paulo, realizam a gestão dos Fundos. Por meio de edital, fazem a chamada pública dos projetos e os
contribuintes têm a opção de escolher o que deseja financiar. As doações devem ser feitas por depósito identificado com nome, CPF ou CNPJ do doador nas contas a seguir: Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CNPJ 13.885.657/0001-25) – Banco do Brasil: 001, agência 1897-X, conta corrente 8947-8; Fundo Estadual do Idoso (CNPJ 17.087.890/0001-13) – Banco do Brasil: 001, agência 1897-x, conta corrente 9237-1. Após a destinação, é necessário enviar uma cópia do comprovante de depósito com nome, CPF/CNPJ, endereço e telefone aos conselhos estaduais para obter o recibo. - Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente: enviar para o e-mail atendimentocondeca@condeca.sp.gov.br. Em caso de dúvidas, o telefone para contato é (11) 3223-9346. - Conselho Estadual do Idoso: enviar para o e-mail cei@sp.gov.br. Em caso de dúvidas, o telefone para contato é (11) 3222-1229. A declaração dessa doação deverá ser realizada no ano seguinte.
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UNIVERSO DIGITAL
Antes de nós Na primeira aula do curso para formação de professores de yoga, sempre começo explicando toda a tradição milenar e abordando a importância da linhagem de mestres que manteve viva por mais de 5 mil anos os ensinamentos de yoga. A maioria das pessoas desconhece como é difícil sustentar viva uma tradição e no caso da cultura védica, isso só foi possível por causa do sânscrito, uma das línguas mais antigas da humanidade. O sânscrito se mantém vivo até os dias de hoje. Nos primeiros séculos, os ensinamentos eram passados de mestres para discípulos através de uma tradição oral e só algum tempo depois foram registrados e compilados em sânscrito, possibilitando a manutenção do conhecimento. Considero fundamental, quando estamos ingressando em algo novo, entendermos a história do que veio “antes de nós”. Através desse conhecimento surge um respeito que nos orienta para um posicionamento correto diante desse novo caminho. Sou aberto a novidades, mas quando vejo o que fazem em nome de yoga, às vezes me pergunto o quanto as pessoas respeitam essa tradição. A última foi a chamada “yoga da cerveja”, onde praticantes na Austrália equilibram garrafas enquanto fazem posturas de equilíbrio. Seria engraçado, se não fosse um grande desrespeito. E não é por causa da cerveja, que tem o seu lugar e momento certo para ser consumida, mas pela falta completa de senso de ética e sabedoria. Nos últimos anos fomos criando uma cultura de individualismo, nos esquecendo da hierarquia e da importância de honrarmos o que veio antes de nós. Desse comportamento nasce a arrogância e o desinteresse pelas tradições, seja familiar, cultural, filosófica e até profissional. A cultura oriental ainda preserva a valorização aos ancestrais e antepassados. Isso fica evidente em seus ritos, festividades e filosofia. Já para
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nós, ocidentais, não existe muita clareza sobre a importância do que foi construído “antes de nós”, como também MÁRCIO ASSUMPÇÃO não é valorizaProfessor de ioga e diretor do o respeito do Instituto de Yogaterapia aos ancestrais. Percebemos isso nas famílias, quando observamos como os jovens tratam os seus pais e os mais velhos. Muitos se comportam como se o mundo girasse apenas em torno de si. Nas profissões é muito comum vermos esse comportamento se ampliando. Muitos profissionais, de todas áreas, acham que tudo passou a existir a partir deles. É como se um engenheiro recém-formado acreditasse que inventou a engenharia. Parece exagero? Porém várias pessoas têm esse comportamento – desprezam tudo o que veio antes delas. Quando não honramos o passado, acabamos não valorizando o presente. A mudança está em cada um de nós. Comece trabalhando a gratidão pelos seus pais e ancestrais. Multiplique esse sentimento a todas as pessoas importantes de sua vida. Na sua profissão, seja grato pelas pessoas que vieram antes de você. Considere quantos anos se passaram, para que o conhecimento que você tem hoje possa estar disponível para você usá-lo e desfrutá-lo. Aprofunde-se na história da sua família, converse com os mais velhos, escute-os de verdade. Honrar não significa estar de acordo com o que aconteceu no passado, significa apenas aceitar o que veio antes. Não é uma questão de opinião, é uma questão de conhecimento e reverência. Todos temos o direito de inovar, criar novos caminhos, mas isso só é possível se estivermos bem fundamentados. Somos continuidade de tudo o que veio “antes de nós”.
Amanda La Monica
O poder do digital A partir de uma experiência pessoal, tive um insight de falar com vocês sobre o poder do SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor – por meio das plataformas digitais. O que eu não conseguia resolver de jeito nenhum com a empresa foi resolvido cinco minutos após ser publicado no Reclame Aqui, site no qual os clientes registram problemas com as empresas e aguardam sua resolução, avaliando as mesmas. Está na hora de nós, empreendedores, percebermos o poder efetivo das plataformas digitais para manchar ou expandir nossa marca. No meio de tanta estratégia, criação de conteúdo, conexão com as personas, não podemos nos esquecer deste ponto (muito) importante: o SAC.
Caso alguém faça uma reclamação marcando sua empresa nas redes sociais, por exemplo, outras pessoas irão comentar e compartilhar, criando uma rede exponencialmente negativa sobre sua marca. Imagina o que pode acontecer com sua audiência se você demorar dez minutos para responder uma crítica? Entendeu a dimensão? A dica deste mês é: sempre que houver uma crítica nos ambientes digitais, tenha uma agência digital ou esteja conectado na hora para responder publicamente e resolver o ocorrido. Sempre é melhor aparecer uma avaliação negativa que a empresa respondeu e solucionou de forma profissional e positiva do que vários comentários sem retorno, invalidando a qualidade do seu serviço e repelindo novos clientes.
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Dar ou receber. Por onde começar? Creio que você conhece alguma pessoa que considera eternamente insatisfeita, aquela pessoa que usa muito de seu tempo e de sua energia para reclamar do que lhe falta, dos infortúnios, dos projetos que não deram certo e das outras pessoas que a prejudicam. Sob a máscara do perfeccionismo, podem ser tão exigentes a ponto de não aproveitarem os 99 bons momentos de um dia, porque uma coisa não deu muito certo. Se você é assim, desculpe, não quero incomodar muito, só um pouco. Se conhece alguém assim, reconheça: é o tipo de pessoa que não dá muita vontade de ter por perto, aquela que quando se aproxima você já sente por dentro uma sensação de “aimeudeus!” O pensamento sistêmico e as terapias sistêmicas, que analisam o indivíduo como parte de um contexto mais amplo, verificam que esse contexto dá ao indivíduo um sentido, um lugar, um papel em relação ao seu “sistema”, o que nos permite lançar um olhar mais profundo para o ser humano e as raízes de sua índole. O pensamento sistêmico não se acomoda com os rótulos. Cada um é como é por alguma razão. Alguém escolhe ser chato? Reclamão? Rabugento? Mal-amado? Um olhar mais atento identifica nesse tipo de pessoa, geralmente, acontecimentos do passado que marcaram sua vida negativamente, e o vazio que se seguiu tornou-se um padrão de insatisfação que faz com que a pessoa valorize mais o que ela não tem do que aquilo que tem. As Constelações Sistêmicas, como modelo terapêutico, propõem um caminho para a paz, o fortalecimento da autoestima, o entusiasmo pela vida e o pensamento posi-
tivo: a reconciliação íntima e profunda com sua origem, sua ALMIR J. NAHAS história pes- Jornalista, palestrante, consultor, soal, como professor e terapeuta sistêmico quer que tenha sido. Se foi difícil, ainda assim ela pode contar com pessoas amorosas e disponíveis que lhe deram o que era necessário até chegar à vida adulta. Se foi muito difícil, ainda assim a vida seguiu e ela sobreviveu, e de alguma maneira a vida fez dessa pessoa uma vitoriosa. Não se trata de apagar o que foi vivido, nem de pintar de cor de rosa momentos que tiveram cores fortes e incluem dores genuínas.Trata-se de reconhecer que, como quer que tenha sido, foi assim. Não podemos mudar fatos, mas podemos mudar nosso olhar para eles. Quem superou grandes barreiras no nascimento ou logo depois dele, já provou sua força. As Constelações estão inseridas no contexto das terapias sistêmicas, que se baseiam na constatação de que o indivíduo é parte de um contexto que o contém e com o qual ele interage. Cada um de nós é resultado de muita vida que nos antecedeu. E certamente fazem desse passado, recente ou longínquo, momentos difíceis mas também gloriosos. Somos um depósito de memórias ancestrais, e aquilo de que nos lembramos são apenas fragmentos. O aprendizado essencial é o de assumir sua origem, reconhecer os apoios que a vida ofereceu em cada momento para suprir o que faltou e aprender a tirar dessa história real a força que preciso para fazer o melhor. Por mim e por todos os que estão conectados comigo.
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Padre Haroldo Viver na alegria Uma das frases mais frequentemente repetidas na literatura cristã é a de Santo Agostinho: “Nossos corações foram criados para vós, Senhor, e estarão sem descanso até descansarem em vós”. Toda vez que escuto essa frase, lembro-me de outra frase, que um de nossos maiores poetas místicos tornou famosa. Ele escreveu um lindo poema que começa com a seguinte frase: “Ri quando me disseram que um peixe dentro da água tem sede”. Fixem essa imagem: um peixe com sede dentro da água! Como pode? Nós, seres humanos, envoltos por Deus, sem achar descanso! Olhem para a criação: árvores, pássaros, grama, animais... Sabem de uma coisa? Toda a criação está cheia de alegria. Toda a criação é feliz! Sei que há sofrimento, dor, crescimento, declínio, filhos drogados, velhice e morte. Tudo isso está na criação. Só o ser humano tem sede, só o coração humano está desassossegado. Isso não é estranho? Por que o ser humano é infeliz e o que pode ser feito para transformar essa infelicidade em alegria? Por que as pessoas são tristes? Por terem ideias equivocadas e atitudes erradas. A primeira ideia equivocada que as pessoas têm é que alegria significa euforia, sensações de prazer, diversão. Baseadas nessa ideia, as pessoas vão em busca dos tóxicos e estimulantes, e acabam deprimidas. A única coisa com a qual devemos nos intoxicar é com a vida. É um tipo tranquilo de tóxico, mas duradouro. A segunda ideia equivocada é pensar que podemos perseguir nossa felicidade, que podemos fa-
zer alguma coisa para consegui -la. Estou quase me contradizendo aqui, porque logo direi o que podemos fazer para atingir a felicidade, mas a felicidade não pode ser procurada em si mesma. Ela é sempre consequência. A terceira e talvez a mais determinante ideia equivocada sobre a felicidade é a de que esta se encontra no exterior, nas coisas externas, nas outras pessoas. “Mudando de emprego, talvez eu seja feliz” ou, quem sabe, “mudando do lugar onde moro, casando com outra pessoa, eu seja feliz”, etc. Felicidade nada tem a ver com o exterior. Dinheiro, poder, sobriedade, respeitabilidade podem trazer felicidade. Mas não trazem. As pessoas pobres podem ser felizes. Eu também posso ser feliz. Há um exercício que se pode praticar. É muito simples: pense no dia anterior. Relembre todos os acontecimentos de ontem, um depois do outro, e por todos os acontecimentos seja grato, diga obrigado. Diga: “Obrigado”. “Como eu tive sorte de isso acontecer comigo!” Provavelmente você também lembrará de algo desagradável, por exemplo, “culpa”. Então, pare. Pense: “Isso que aconteceu comigo foi posto aí para o meu bem e tudo vai dar certo”. Pense assim, diga obrigado, e continue a vida com alegria. O lar é o local sagrado onde o coração do homem cria raízes de amor e alegria sem culpa. Em samadhi, sempre temos saúde e alegria. Haroldo Rahm é presidente emérito do Instituto Padre Haroldo hrahmsj@yahoo.com
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INDICADOR TERAPÊUTICO
REIKI - Energia Universal Reiki é uma terapia natural e segura do toque de mãos que promove a cura em todos os níveis. É uma técnica de cura antiga que se acredita ser originaria do Tibete, mas foi no Japão, através do Dr. Mikao Usui, que o reiki foi desenvolvido e, em meados dos anos 70, introduzido no Ocidente através de sua discípula, Hawayo Takata. Desde então seu uso espalhou-se pelo mundo inteiro. Hoje, centenas de milhares de pessoas utilizam o reiki para ajudarem-se uns aos outros, favorecendo o processo de cura natural do corpo. O reiki equilibra e fortalece a e-
nergia do corpo, estimulando sua capacidade de autocura. É uma energia segura e estimulante que, embora altamente eficaz no domínio do desenvolvimento pessoal e de cura, é ao mesmo tempo sutil e não manipulativo. O tratamento consiste na colocação das mãos do reikiano suavemente em pontos do corpo, de forma passiva. A cada três minutos muda-se a posição das mãos. Uma sessão normal de tratamento dura cerca de uma hora. Não se trata de uma forma de massagem porque as mãos perma-
necem paradas e pode ser aplicado através da roupa. O reiki é uma das terapias mais avançadas para o alívio do estresse e na melhora da saúde. Mesmo sendo uma técnica antiga, ela pode ser compreendida através de princípios avançados da física e não é culto ou religião, nem depende de sistema de crenças. É utilizada de forma bastante abrangente dentro dos campos médicos e paramédicos do mundo inteiro. No Brasil, o reiki foi reconhecido pela ciência e hoje é utilizado em diversos postos de saúde da rede pública. Como usa energia não
polarizada, esta não se choca com nenhum outro sistema de cura. O reiki aumenta os efeitos positivos e reduz efeitos colaterais de outras terapias (quimioterapia, homeopatia, quiropraxia, acupuntura, halopatia, etc). Essa é uma das razões porque é aceito tão prontamente por outras disciplinas. Além disso, pode ser usado em ferimentos, queimaduras, dores, doenças internas e desordens emocionais. Também favorece o desenvolvimento pessoal e auxilia na meditação. É eficaz no tratamento de animais e plantas e só pode ser aplicado por aqueles que passaram por iniciação da técnica (níveis I, II e III). No terceiro nível, a pessoa se torna mestre e pode ministrar cursos.
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Viva Bem
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elianamattos@uol.com.br
BATE-PAPO
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stou na sala de espera de um consultório médico, com mais pessoas aguardando pela chamada. Uma TV está ligada, como é praxe hoje em dia em qualquer lugar que se vá. Em consultórios acho até bom, porque muitas vezes se espera muito. Não gosto em restaurantes, porque ninguém mais conversa às refeições. Mas o que me deixou surpresa nessa cena tão prosaica foi que na TV mostrava o atentado em Londres e ninguém prestava a menor atenção. Com exceção de mim e do José, um conhecido que também estava ali aguardando. Alguns conversavam animadamente. Outros, óbvio, viam mensagens no celular. E a cena se desenrolava com repórteres, tomadas aéreas, policiais correndo, ou seja, uma sucessão de imagens aterrorizantes, tendo como pano de fundo a linda capital da Inglaterra. Nessa altura, nem José e eu conseguíamos entender direito o que havia acontecido. Mas ninguém ao nosso lado diminuiu o volume de suas vozes, para que pudéssemos entender o que o repórter falava. Ninguém sequer olhava para a TV com um mínimo de curiosidade. Pensei: o que está acontecendo com essas pessoas?! Egoísmo? Individualismo? Ou todas já sabiam o que havia acontecido menos José e eu? Será que essas tragédias já se banalizaram a tal ponto que não tira nem mais as pessoas do seu mundinho? Lembrei-me de um texto do escritor Otto Lara Resende, Ver vendo (reproduzido abaixo), que traduz bem tudo isso que estou sentindo agora. E também me lembrei da primeira vez que saí do Brasil. Quando cheguei na Alemanha, para visitar minha filha que morava lá temporariamente, percebi que não existem distâncias, não existem outros povos. Moramos todos no mesmo quintal. E essa consciência me fez amar a humanidade de uma forma tão profunda e também me fez entender que somos, sim, filhos do mesmo Pai. Beijos!
FORNO & FOGÃO -Patês com ricotaBásico
Ricota e azeitona
Ingredientes: • 1 ricota de mais ou menos 500 g • 1 copo de leite fervendo • 2 colheres (sopa) de manteiga • Sal a gosto Misture tudo muito bem.
Ingredientes: • 1/3 da receita básica • ¾ xícara (chá) de azeitonas picadas • 2 colheres (sopa) de azeite • Salsinha picada a gosto
Ricota com frango
Ricota com atum
Ingredientes: • 1/3 da receita básica • ½ peito de frango cozido e desfiado • 2 colheres (sopa) de azeite • 1 fatia de manga picadinha • Salsinha picada a gosto
Ingredientes: • 1/3 da receita básica • 1 lata de atum desfiado • 1 colher (sobremesa) de molho inglês • Salsinha picada e pimenta-do-reino a gosto
AS VANTAGENS DE UMA DIETA BALANCEADA Pílulas de vitamina e outros suplementos não substituem uma dieta bem balanceada, rica em alimentos frescos. Mesmo que os suplementos forneçam os nutrientes essenciais, não contêm fibras, que protegem contra doenças cardíacas. Se você está com deficiência de nutrientes, enriqueça e balanceie sua dieta, em vez de recorrer a suplementos.
Sorvete quase caseiro Aprendi um sorvete que fica maravilhoso! Claro que já fiz e recomendo que você faça e veja a delícia que é. Você cozinha uma lata de leite condensado por 40 minutos. Depois mistura com 150 gramas de nozes moídas. Deixe um pote de sorvete de um litro e meio fora da geladeira para que a consistência amoleça um pouco. Vai ficar mais fácil a mistura com o leite condensado e as nozes. Pronto! Só envolver tudo, voltar para o pote de sorvete e colocar no freezer até endurecer de novo. Gente! É divino!
VASOS & JARDINS
Ver vendo Otto Lara Resende De tanto ver, a gente banaliza o olhar – vê... não-vendo. Experimente ver, pela primeira vez, o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é: o que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa retina é como um vazio. Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que você vê no caminho, você não sabe. De tanto ver, você banaliza o olhar. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o porteiro. Dava-lhe bom dia e, às vezes, lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro faleceu. Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos nunca conseguiu vê-lo. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se, um dia, em seu lugar estivesse uma girafa cumprindo o rito, pode ser, também, que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver: gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos. Uma criança vê o que um adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez, o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que raramente vê o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. ... É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.
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Quando você comprar flores cortadas para enfeitar sua casa, não as coloque diretamente no vaso. Antes, dê-lhes um banho refrescante. Deixe-as boiar num tanque com água, molhando-as por inteiro. Você vai ver como as flores se refazem em viço e duram muito mais.
Mensagem recebida em nosso site Quero registrar a mensagem da Rose Simão, leitora do JORNALZEN, que fez alguns comentários sobre o Bate-Papo do mês de março, aquele em que contava que comecei a fazer caminhadas. Obrigada, Rose! É sempre bom receber feedback dos nossos leitores! Grande abraço!
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SACHA UEDA
ONG promove evento sobre síndrome de Down Em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down, a ONG Ed-Tod@s promoveu nos dias 25 e 26 de março, em Indaiatuba, o evento Meus Amigos, Minha Comunidade. O Shopping Jaraguá recebeu pessoas com síndrome de Down, familiares e amigos para prestigiar as atividades, coordenadas pela psicóloga Lilian Santos. Segundo a presidente da ONG, Windyz Brazão Ferreira, informações relevantes sobre a síndrome de Down foram disseminadas para mais de 300 pessoas que circularam pelo shopping no horário do evento. Promovido em parceria com o Centro de Inclusão e Assistência à Pessoa com Necessidades Especiais (Ciaspe), o evento teve palestra com a professora Rosa Metzger e apresentação de dança coreana com Murillo Limieri e Rafael Murai, ambos portadores da síndrome, assim como a fotógrafa Marina Vieira e Bianca Dias Tagliacozzo, que está no 5º semestre do curso de educação física. Elas
foram entrevistadas pela estudante de pedagogia Beatriz Viana, à qual falaram de suas vidas e das expectativas para o futuro. O público presente também pôde assistir a um slideshow com mais de 180 fotos organizadas pela fonoaudióloga Jéssica Fenille Chagas. Em dezembro de 2011, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 21 de março como Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi escolhida por representar a trissomia do par de cromossomos 21, que a caracteriza. A síndrome de Down foi descrita em 1862 por John Langdon Down, médico britânico que identificou a alteração genética que ocorre durante a gestação e afeta o desenvolvimento do feto, assim como determina características físicas e cognitivas comuns. Etmologicamente a palavra “síndrome” vem do grego syndromé, cujo significado é “reunião”, ou seja, significa um conjunto de sinais e sintomas que definem uma determinada patologia ou condição, mas não é uma doença.
AGENDAZEN CAMPINAS
INDAIATUBA
CONSTELAÇÃO FAMILIAR 29/4, 14h – workshop com Silvia La Monica, no Espaço Castro Alves (Rua Castro Alves, 298 – Taquaral). Valor: 30 reais (com sorteio de uma constelação). Mais informações: (19) 991094566 ou silvialamonica15@gmail.com
BRAHMA KUMARIS 1 27/4, 19h30 – palestra “Atitude e intenção por trás das ações”, no Plenarinho da Câmara Municipal (Rua Humaitá, 1.167 – Centro). Aberto ao público. Inscrições e mais informações: (19) 3241-7480 ou campinas@br.brahmakumaris.org
DANÇAS CIRCULARES 30/4, 10h às 12h – Intervenções Urbanas pela Cultura de Paz, com Mairany Gabriel e Angelo Antoni, no antigo restaurante do Parque Ecológico (Rod. Heitor Penteado, Km 3,2 - saída para Sousas). Aberto ao público. Mais informações: mairanydanca circular@gmail.com
BRAHMA KUMARIS 2 28/4, 20h – workshop “O poder de nossas escolhas”, no Instituto Cultura Potala (Rua Voluntário João dos Santos, 1.607 – Centro). Levar um quilo de alimento não perecível. Inscrições e mais informações: (19) 3241-7480 ou campinas@br.brahmakumaris.org
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A fotógrafa Marina Vieira é entrevistada no evento em shopping de Indaiatuba
Sobre a ONG A ONG Ed-Tod@s tem como missão o fortalecimento materno e o empoderamento feminino de meninas, jovens e mulheres com deficiência e suas mães. Está sediada
na Rua Dom José de Barros, 174 (Jardim Pau Preto), em Indaiatuba. Mais informações pelo fone (19) 98803-0217, e-mail ongedtodas@gmail.com ou site ongedtodas.wixsite.com/indaiatuba
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CULTURAZEN
JULIANA HILAL
Apresentação de música e teatro do Festival de Música Contemporânea Brasileira a crianças portadoras de câncer e doenças no sangue em tratamento no Centro Infantil Boldrini
ABRIL/2017 MARINA ARRUDA/INSTITUTO OLGA KOS
Integrantes do Instituto Olga Kos no lançamento de livro sobre os 10 anos da instituição que atende pessoas com deficiência intelectual e vulnerabilidade social em São Paulo
JULIANO MARTINS MORAES
Organizadores, participantes e voluntários do evento promovido em Indaiatuba pela ONG Ed-Tod@s em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down
DIVULGAÇÃO
DIVULGAÇÃO
Alunos da ONG Acesa Capuava, de Valinhos, durante visita à exposição Olhos do Pantanal, no shopping Iguatemi Campinas
O líder islâmico no Brasil Sheikh Houssam al-Boustani propagou mensagem de paz na abertura do 8º Festival Sul-Americano da Cultura Árabe-África, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo
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ABRIL/2017
Marcelo Sguassábia
Pastéis de Belém – o segredo - Que bom que veio. Sente-se. - Obrigado. - Como já deve saber, é um cargo vitalício. Nossos chefes de cozinha, uma vez admitidos, ficam conosco a vida toda. E ganhando muito bem. - Muito bem quanto? - Não se preocupe com isso. Dinheiro não é problema. O que precisa ficar bem claro é que, a partir do momento em que você entrar aqui, vai morrer a serviço do negócio. E de boca fechada. - Sim, mas quanto? - Diga-nos o que você imagina ser um salário astronômico. Esse salário dos sonhos nós multiplicamos por seis, para não perdermos tempo discutindo assuntos assim, tão sem importância. Tá bem para você? - Não imaginava que isso desse tanto dinheiro. Ora pois... - São milhares de pastéis vendidos por dia, que as pessoas comem em pé, depois de horas na fila. Em alguns domingos, chegamos a vender 45 mil unidades. Todos tentam copiar nossa especialidade, aqui em Lisboa e mundo afora. Os resultados são constrangedores. A nata utilizada nas outras receitas tem gosto de nada, a massa resseca, empelota e desanda. E olha que eles vêm tentando uma imitação que preste desde 1837... - Que intrigante esse mistério. - O segredo não está escrito em lugar nenhum, por medida de segurança. Ele é revelado verbalmente pelo dono da confeitaria ao cozinheiro chefe, em uma sala sem janelas e com isolamento acústico. O cozinheiro só sai da sala fechada após decorar de memória a receita completa. Isso feito, nosso proprietário vai com ele até um cartório de Lisboa, para lavrar um termo de compromisso onde o novo contratado jura guardar o segredo, res-
ponsabilizando-se criminalmente caso ele seja divulgado. - E depois? - Depois vem um estágio probatório que dura de dez a doze anos, onde, dentre outros desafios, o novo guardião será obrigado a fazer a receita no escuro e com apenas uma das mãos. Esse é apenas um exemplo, as provações são diárias e de dificuldade crescente. É, o pastel é doce mas não é mole não. - Compreendo. - Nosso guardião do segredo, que estava no posto há 47 anos, faleceu há três dias. Precisamos eleger com urgência o novo pontífice de Belém. Nossos headhunters apontaram você por unanimidade, levando em conta dois critérios: maestria confeiteira e personalidade discreta. Basta que você aceite e a gente manda soltar a fumaça branca na chaminé da cozinha, he he he... - Certo. - Só não podemos esperar muito. Em 72 horas sem pastéis, já constatamos um espantoso número de cancelamentos de pacotes turísticos para Lisboa. Sem exagero algum: a falta dos pastéis de Belém na cidade vai provocar um abalo sísmico na balança comercial portuguesa. E você não quer ser o responsável por isso, concorda? - Bom, acho que agora preciso contar o meu segredo para você. Na verdade, estou aqui só escutando e me fingindo desentendido. Sou obcecado pelos pastéis de Belém, e minha vida se resume a desvendar sua fórmula. Saio do trabalho e me debruço em incontáveis ciclos de tentativa e erro, até cair exausto no sono. Descobrir o segredo assim, de mão beijada, seria perder o resto da motivação que ainda tenho. Nem todo o dinheiro do mundo pagaria a satisfação de decifrar por mim mesmo o mistério dessa lenda lusitana. Ainda que tenha que morrer tentando. Agora, se me dá licença, são seis da tarde e tenho programadas mais 18 tentativas antes de dormir. Marcelo Sguassábia é redator publicitário
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Bioenergia e mobilidade urbana sustentável Reinaldo Dias
A
poluição do ar é um problema grave nas grandes cidades e que afeta a saúde e o bem-estar humano, causando milhares de mortes anualmente no Brasil. Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que no mundo todo as emissões de poluentes no ar provocam a morte de 7 milhões de pessoas por ano, além de contribuir para as mudanças climáticas. Somente no Estado de São Paulo morreram em 2011 mais de 15 mil pessoas, o que representa o dobro do número de óbitos por acidentes de trânsito de acordo com estudo apresentado pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade no segundo semestre de 2015. O mesmo estudo aponta que a má qualidade do ar atinge a todos indistintamente diminuindo a expectativa de vida em 1,5 ano. A principal fonte de poluição do ar nos grandes centros urbanos é a emissão de gases produzida pela utilização de combustíveis fósseis, principalmente o óleo diesel, que gera gases nocivos à saúde como o monóxido de carbono, o dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio e material particulado que causam inúmeras doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer do pulmão, entre outras. Uma vez constatada a gravidade da situação, há medidas que podem ser adotadas para aliviar a pressão dos gases sobre o clima e a saúde humana. Uma das medidas mais efetivas e de curto prazo para enfrentar o problema está na diminuição da utilização dos combustíveis fósseis como alternativa energética predominante na movimentação da frota de veículos e a sua substituição gradativa por fontes renováveis como a bioenergia gerada a partir de biomassas como o álcool e o biodiesel. No Brasil, as medidas são ainda tímidas diante da gravidade do problema. Está em vigor a obrigatoriedade de percentual de 7% de biodiesel a ser acrescido ao óleo fóssil, numa mistura conhecida como B7. Em comparação, Londres terá um terço da frota de ônibus operando com diesel verde B20, feito a partir de mistura de diesel com biodiesel renovável, gerado a
partir de resíduos como óleo de cozinha usado e sebo da indústria de processamento de carne. A notícia positiva é que desde o ano passado o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou o uso voluntário de biodiesel em quantidades superiores ao percentual obrigatório. Ao abrir essa possibilidade, fica aberta a perspectiva de utilização do diesel verde – óleo de soja, por exemplo – quando seu preço for competitivo. Embora positiva, há um aspecto que deve ser considerado, qual seja, é que os problemas causados pela poluição ficam atrelados a uma abordagem meramente econômica, custo baixo dos combustíveis renováveis. Nesse sentido, a medida é claramente insuficiente e não atende a necessidade de evitar a permanência da mortandade causada pela poluição. A questão da poluição do ar deve estar, prioritariamente, vinculada à preservação da saúde pública e a qualidade de vida. Neste contexto, as ações devem ser mais incisivas por parte o Estado. Há óleo verde em quantidades suficientes, pois segundo a Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), as usinas de biodiesel do Brasil operam com 40 por cento de ociosidade. Além disso, o potencial de expansão das culturas de biodiesel é enorme. Há que se considerar, ainda, que além do biodiesel o País tem outros componentes da biomassa em abundância e que podem ser utilizados para diminuir a contaminação do ar. Entre os mais acessíveis está a utilização do álcool misturado com combustíveis fósseis e a utilização do óleo de cozinha, que ao ser reciclado deixa de contaminar cerca de 20 mil litros de água. O aumento da utilização da bioenergia deve, portanto, priorizar o social e o ambiental, sem desconsiderar o aspecto econômico. Para que isso ocorra, e o bem comum prevaleça, o Estado tem papel fundamental na regulação da atividade, pois o livre jogo do mercado não contabiliza as mortes e doenças provocadas pela poluição. Reinaldo Dias é professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus Campinas, doutor em ciências sociais e mestre em ciência política pela Unicamp, e especialista em ciências ambientais
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JORNALZEN
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