Jornalzen Janeiro 2017

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JORNALZEN ANO 12

JANEIRO/2017

AUTOCONHECIMENTO

BEM-ESTAR

Nº 143

O JORNALZEN completa este mês 12 anos de circulação. Aproveitamos para agradecer aos leitores, parceiros, assinantes e anunciantes pelo apoio à proposta de propagar uma cultura de paz e difundir as mais diversas vertentes do autoconhecimento por meio de um veículo de comunicação comprometido com a causa do bem

COLUNA DA FELICIDADE

Vítor Oliveira (foto), médico formado na USP, tratará da abordagem integrativa e funcional na medicina

Reflexões do mestre japonês Ryuho Okawa, fundador do movimento religioso Happy Science. Seus livros foram traduzidos para 27 idiomas e venderam mais de 100 milhões de exemplares

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CULTURA

SAÚDE

ZENTREVISTA

Elia Jr. Pág. 3

LICCHIO

OPINIÃO MÉDICA

CIDADANIA

FELIPE CA

NOVAS COLUNAS

www.jornalzen.com.br


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Há tempos Neste mês de janeiro, o JORNALZEN comemora 12 anos, e está agora entrando em sua adolescência. Ao longo desses anos, escrevi 142 artigos. Nesta edição especial, peço licença poética àquele que melhor traduziu essa geração, Renato Russo, do Legião Urbana. Reúno frases dele que traduzem exatamente o que sinto neste momento. Portanto, daqui pra frente segue o texto entre aspas. “Todos os dias quando acordo, não temos mais o tempo que passou, mas temos muito tempo, temos todo tempo do mundo, sempre em frente, não temos tempo a perder. Temos nosso próprio tempo e somos tão jovens. Sei o que devo defender, acho até que estou indo bem, mas tudo bem, temos que consertar o despertador e separar todas as ferramentas que a mudança grande chegou. Quem me dera, ao menos uma vez, explicar o que ninguém consegue entender. Há tempos, tive um sonho. Que o que aconteceu ainda está por vir e o futuro não é mais como era antigamente. Quem me dera, ao menos uma vez, acreditar que o mais simples fosse visto como o mais importante.

JORNALZEN NOSSA MISSÃO:

Informar para transformar DIRETORA Silvia Lá Mon EDITOR Jorge Ribeiro Neto JORNALISTA RESPONSÁVEL MTB 25.508 TELEFONES Redação (19) 3324-6062 Comercial (19) 3044-1286 contato@jornalzen.com.br www.jornalzen.com.br CIRCULAÇÃO Campinas Indaiatuba Valinhos Vinhedo Jaguariúna Holambra São Paulo (Avenida Paulista, Vila Madalena e Vila Mariana)

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COLUNA DA FELICIDADE Será que é tudo isso em vão? Tenho o que ficou e tenho sorte até demais, como sei que tens SILVIA LÁ MON também. Se você qui- Diretora do JORNALZEN ser alguém em quem confiar, confie em si mesmo. Eu sei. Só não sabe quem não quer. O mundo anda tão complicado, mas quem acredita sempre alcança. Lembra e vê que o caminho é um só. Disciplina é liberdade; compaixão é fortaleza; ter bondade é ter coragem. Conversamos sobre coisas da vida e tivemos um momento de paz. Até pensei que era mais por não saber que ainda sou capaz de acreditar. Se tudo que sonhei foi mesmo um sonho meu, se meu desejo então já se realizou, o que fazer depois, pra onde é que eu vou? Por que esperar, se podemos começar tudo de novo? Agora mesmo, o sol nasce para todos, e agora, com a coragem que temos em nosso coração, o que vier vai começar a ser.”

Descubra sua natureza divina A chave da felicidade é aprender a olhar para dentro de nós e a procurar pela nossa natureza divina. Como um diamante, nosso verdadeiro eu reflete múltiplas facetas divinas: amor, conhecimento, coragem, luz, sabedoria, justiça e compaixão. O propósito de nossa vida é descobrir, fazer crescer o maior número possível dessas qualidades. “A contemplação e a introspecção (de olhos fechados, em silêncio) são excelentes ferramentas para descobrir nossos atributos divinos. O objetivo da contemplação não é fazer com que você se critique por causa dos seus erros ou fraquezas, mas que consiga descobrir o ‘bem’ que já existe no seu interior. Quando nos apegamos às decepções, desenvolvemos um autoimagem negativa ou o hábito de nos culparmos, e isso não nos ajuda em nada. Muitas vezes, isso ocorre quando perdemos a esperança por causa de desafios muito grandes como doenças, desemprego ou uma desilusão amorosa. Portanto, se você começar a achar

que não é suficientemente bom ou ficar ansioso por causa do que os outros podem pensar a seu respeito, é importante saber que esses pensamentos e sentimentos são apenas sinais de que precisamos dar um passo atrás e restabelecer a conexão com nosso eu verdadeiro. Quando você sentir que desanima com facilidade, lembre-se de que sua verdadeira natureza é muito mais forte do que você acredita.” Ao praticar a contemplação – 10 a 15 minutos diários – você irá aos poucos descobrindo tudo o que se opõe à sua natureza divina e aprendendo a se livrar de pensamentos e comportamentos que travam a verdadeira felicidade. “Procure por sinais de amor no seu interior e, ao encontrá-los, livre-se dos sentimentos de ódio. Quando conseguir sentir que sua mente está pura e tranquila, se livrará dos desejos incontroláveis e conseguirá se libertar dos sentimentos negativos e perturbadores.” A contemplação tem o poder de fazer com que cada dia seja um novo começo em sua vida.

As reflexões desta coluna são extraídas dos livros Convite à Felicidade e As Leis da Justiça, do japonês Ryuho Okawa, pensador, líder religioso e escritor na área da espiritualidade

O que fazer diante do colapso da humanidade? Norman de Paula Arruda Filho

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á anos ouvimos as notícias sobre a guerra na Síria. Os bombardeios, execuções em massa, crueldades sem tamanho e violações de praticamente todos direitos humanos tornaram-se parte do cotidiano dos noticiários, ganhando cada vez menos destaque. No entanto, um chamado da Organização das Nações Unidas nos últimos dias nos fez despertar novamente para as barbáries que acontecem na região. Atrocidades descritas pela ONU como “o colapso total da humanidade”. Em meio ao fogo cruzado do exército governamental e dos rebeldes antirregime, famílias são destruídas, homens civis desaparecem, crianças são cruelmente fuziladas. Os poucos sobreviventes não possuem mais onde morar e vivem encurralados sem sequer ter o que comer ou beber. Diante disso, a Organização das Nações Unidas, por meio de porta-vozes, demanda por providências tanto dos envolvidos nessa guerra contra a humanidade, quanto da sociedade como um todo. No último dia 13 de dezembro, após denunciar o ataque a uma casa que mantinha como reféns mais de cem crianças desacompanhadas, o Fundo para a Infância das Nações Unidas (Unicef) pediu a retirada de milhares de crianças da cidade síria de Aleppo. Jens Laerke, porta-voz do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Huma-

nitários (OCHA), em entrevista para a Euronews reafirmou o apelo da ONU aos militantes para que permitam aos civis sair da área de confronto. O porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville, descreveu a situação de Aleppo como um verdadeiro inferno na terra. Como presidente do Capítulo Brasileiro da iniciativa PRME (Princípios para Educação Executiva Responsável) da ONU, me vejo incumbido de levar o tema também para as discussões das Instituições de ensino e entre os milhares de acadêmicos signatários do PRME em todo o mundo. Propósito, valores, metodologia, pesquisa, parcerias e diálogo são os seis princípios da educação executiva responsável, definidos no ano de 2007, em uma força-tarefa internacional que contou com 60 reitores de universidades e representantes oficiais das principais escolas de negócios e instituições acadêmicas do mundo. Em 2017, o PRME completa dez anos. Diante de todas as mudanças pela qual a sociedade passou nesse período, é clara a necessidade de uma reflexão acerca de tudo que já foi realizado e alcançado, mas principalmente, a hora pede urgência no planejamento do que deverá ser feito, quais são os principais desafios a superar nos próximos anos e qual o nosso verdadeiro papel dentro do contexto atual. Após anos debruçados nos princípios do PRME e do Pacto Global da ONU, o desafio de mobilizar um número ainda

maior de empresas e instituições nessas iniciativas torna-se ainda mais relevante quando consideramos a multiculturalidade do cenário e seu impacto para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, lançados pela ONU em 2015. Enquanto o povo da Síria vive algo inimaginável para o século 21, sem mais tempo para esperar por ajuda, precisamos correr e ampliar a conexão entre instituições e diferentes empresas para que, juntas, possam traçar parcerias e contribuições em projetos, pesquisas e ações em prol do desenvolvimento sustentável. É preciso entender que um mundo globalizado consiste em muito mais do que conexões via web, e que a inovação vai além de questões tecnológicas. Nosso verdadeiro compromisso é renovar a cooperação entre a comunidade internacional e promover uma parceria global ampla que inclua todos os setores interessados e as pessoas afetadas pelos processos de desenvolvimento. Somente por meio da parceria e da contribuição mútua, as barreiras da multiculturalidade poderão ser superadas para assim, proporcionarmos resultados eficazes que nos permitam mudar a realidade chocante que estamos presenciando e impedir que a humanidade entre em um colapso total. Norman de Paula Arruda Filho é presidente do Instituto Superior de Administração e Economia e do Capítulo Brasileiro do PRME da Organização das Nações Unidas (ONU)


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ocê liga o rádio e ouve trecho de uma canção de Djavan ou Elis Regina. Ao fim, uma mensagem de paz e esperança. Pouca gente cravaria que se trata de um programa esportivo. Não os ouvintes do Esporte em Debate, da Rádio Bandeirantes. Ao assumir o programa, o apresentador Elia Jr. resolveu incrementá-lo com pitadas de cultura e positividade. Letras de MPB ou rock brasileiro servem de gancho para pensamentos que encerram cada bloco do programa de entrevistas e debates. Conhecido na telinha por ter apresentado entre 1980 e 1999 o Show do Esporte, aos domingos, José Elia Jr. se diz um espiritualista por convicção. Formado em jornalismo e economia, o paulistano iniciou a carreira como repórter na extinta Gazeta Esportiva. Com passagens pela TV Globo e pelo SBT, foi colunista de jornal e apresenta desde 2005 dois programas no canal BandSports. Nesta entrevista ao JORNALZEN, o sorridente Elia Jr. revela que reza para seus anjos e adora visitar templo budista com a família.

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ZENTREVISTA|Elia Jr.

ALTÍSSIMO ASTRAL

Apresentador e jornalista esportivo diferencia seu trabalho em rádio e TV por agregar cultura e difundir mensagens positivas DIVULGAÇÃO

Você sempre demonstra alegria e alto astral em seu trabalho. Pode se dizer que se trata de um modo de vida? Na verdade, procuro mesmo ser alegre em todas as minhas participações na TV ou no rádio. Acredito muito na capacidade de passar algo sempre positivo. Além do mais, mesmo que não esteja em um dia bom, o espectador ou ouvinte não têm absolutamente nada a ver com isso. Energia boa é sempre o melhor caminho. Isso tem a ver com o fato de divulgar mensagens positivas em seus programas? Sim, acredito mesmo que a palavra tem poder. E uma das minhas produtoras é a minha esposa Beatriz, que se encarrega diariamente de separar textos e frases interessantes, que bem colocadas dão o tom aos meus programas. Seu estilo no jornalismo se diferencia muito da média verificada na mídia esportiva. Qual a importância de elevar o nível cultural nesse segmento? Sempre tive a preocupação de poder, a cada dia, acrescentar algo novo e interessante. Nunca é fácil ou simples, mas é fundamental pelo menos tentar. Faço isso sempre com humildade, mas com a ideia de que essa também é a minha missão. Como jornalista na área de esportes, quais os fatos mais mar-

Elia Jr.: “O momento mundial é de apreensão. A ordem é tentar vibrar positivo e entender que somos todos um” cantes de sua carreira? Olha, são 36 anos de vida profissional. Fiz ano passado, no Rio, minha oitava Olimpíada no local. Cobri sete Copas do Mundo, várias etapas de Fórmula 1 e Fórmula Indy, campeonatos mundiais de basquete, vôlei e atletismo, Roland Garros, Wimbledon, enfim, uma longa trajetória. Cada evento tem a sua peculiaridade, seus entrevistados especiais, suas dificuldades, mas no fim sobra mesmo um imenso prazer em poder trabalhar exatamente naquilo que mais gostamos de fazer. Particularmente, adota alguma

prática voltada à espiritualidade ou ao autoconhecimento? Tenho muita fé em Deus e na espiritualidade. Mas não sou daqueles que frequentam os centros regularmente. Rezo sempre para os meus anjos e guardiões e, sempre que posso, vou com a família ao templo budista Zu Lai [em Cotia], que é lindo, e me traz também ótimas energias. Como avalia a proposta de nosso jornal, de difundir iniciativas para a qualidade de vida? Tudo que puder acrescentar em termos de qualidade de vida e

boas energias será sempre muito bem-vindo. O momento mundial é de grande apreensão. A ordem é tentar vibrar positivo e entender que todos somos um. Parabéns a vocês, que buscam fazer deste um país melhor e mais justo. Que mensagem gostaria de deixar para os nossos leitores? Gostaria de deixar a todos uma mensagem de paz e de busca de equilíbrio entre a evolução material e espiritual. A Bia, minha esposa, tem me falado muito da Quinta Dimensão. Acho que a verdadeira evolução deverá levar todos a ela.


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Tempo de renovação Vive-se a hora angustisem crença real em torante das buscas intérno da sua imortalidade e minas que atendem às dos objetivos essenciais paixões imediatistas, significativos. mas não resolvem as A morte se lhe aprequestões profundas do senta como a tragédia ser espiritual. do cotidiano que deve O homem moderno ser evitada a qualquer atira-se na desvairada esforço e preço, como JOÃO BATISTA SCALFI correria do prazer, como Vice-presidente do Educandário se a indumentária carse as únicas finalidades Deus e a Natureza (Indaiatuba) nal estivesse elaborada existenciais fossem as para a eternidade... sensações que exaurem em detriIludidos, em si mesmos, cermento das emoções dignificado- cam-se de incautos que lhes presras que renovam e fortalecem o tam culto de servilismo doentio, caráter, facultando tranquilidade assumindo postura ridícula de cone alegria de viver. dutores de outros, olvidados do Em consequência, predominam ensinamento de Jesus a respeito a insatisfação, os comportamen- dos cegos que conduzem cegos e tos alienantes, o mau humor sis- ambos tombam nos abismos... temático, as fugas psicológicas As dificuldades existenciais fada realidade, a solidão, em la- zem parte do cardápio evolutivo, mentáveis mergulhos interiores efeito natural dos comportamende desencanto e de frustração. tos doentios ou grosseiros das Multiplicam-se as denomina- experiências passadas, nas quais ções religiosas, sem que os indi- houve comprometimento de navíduos se estabilizem emocional- tureza moral, seja prejudicando o mente, influenciados pelos veí- próximo ou a si mesmo. culos de comunicação de massa A primeira característica daque oferecem as fantasias e as quele que se propõe à renovação quimeras de fácil aquisição, re- é a irrestrita confiança em Deus, sultando em comprometimentos que se exterioriza em forma de espirituais de alta gravidade. tranquilidade em relação a toPreocupados com os lucros fi- dos os acontecimentos existennanceiros muitos pastores de al- ciais, entregue à diretriz superior mas, ao invés de as conduzirem e feliz pela oportunidade de eleàs reflexões interiores, derrapam, vação espiritual. vendendo a salvação a preços móNos indivíduos em renovação, dicos, sem o menor pudor pela os sentimentos superiores expresresponsabilidade que assumem en- sam-se em forma de paciência ganando a ingenuidade daqueles em relação aos demais, de auque preferem o reino dos céus na toconfiança, e porque consciente Terra, olvidando-se dos valores es- da transitoriedade da existência pirituais de alta significação. física empenha-se em aproveitar Desse modo, aumentam as es- ao máximo o tempo de que distatísticas de criaturas vinculadas põe para o encontro consigo mesàs religiões sem o sentimento de mo e, naturalmente, com Deus. religiosidade, umas em lamentável Nunca desista dos objetivos fanatismo, outras apenas formal- a que se dedica, mesmo quando mente, enquanto mantêm a con- tudo, aparentemente, encontraduta materialista, distanciando-se -se em postura contrária. cada vez mais da fraternidade e da Tendo em Jesus a segurança solidariedade que devem caracte- que antes lhe faltava e, por isso rizar os sentimentos de vinculação mesmo, reconhece que esse é o com a fé. seu momento de renovação interior O grande rebanho humano, em- e de aquisição da felicidade real. bora esclarecido nos programas de Fonte: Liberta-te do Mal tecnologia e de algumas doutrinas (Divaldo Franco/Joanna de Ângelis) científicas, permanece sem rumo e

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Conheça o Janeiro Branco Priscilla Figueiredo

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esde 2014 acontece no Brasil a campanha Janeiro Branco, que objetiva mobilizar a sociedade para mudar a compreensão cercada de tabus sobre a saúde mental. Em Campinas, foi instituída pelo prefeito Jonas Donizette a partir da lei 15.303, de 23 de setembro de 2016, que prevê a realização de ações educativas para a difusão da saúde mental. Os casos de depressão, ansiedade, fobias, pânico, etc. crescem cada vez mais. Isso mostra que as pessoas precisam cuidar também de aspectos mentais e emocionais de suas vidas. Por isso, eu e muitos outros psicólogos pretendemos falar sobre o assunto durante este mês e esclarecer todas as dúvidas que vocês possam vir a ter. É de suma importância falarmos sobre o assunto para mudar no senso comum o que é a psicoterapia. Muitos ainda acreditam que só vai ao psicólogo aquele que chamam de “louco”. Hoje, há a compreensão que o psicólogo cuida de saúde mental e emocional, que todos nós temos. Por isso, precisamos falar sobre saúde mental e desconstruir essa ideia de que a pessoa ir ao psicólogo significa que é louca ou que precisa ter vergonha disso. Buscar ajuda psicológica não significa perder o controle de sua vida. Pelo contrário, significa manter-se no controle, compreender que a situação te fragiliza e buscar formas

de lidar com isso. Quando falamos em saúde do corpo, é normal pensa no cuidado preventivo. Faz sentido cuidar do corpo para que ele não sofra e adoeça. Mas não temos esse hábito ao falar da mente. Ela só recebe cuidados quando a coisa já está “grave”. Até quando fazemos exercício para promover saúde ao nosso corpo colocamos um bom tênis, para que nem o joelho sofra com o impacto. Mas há também o impacto diário em nossa vida emocional: o estresse, os problemas financeiros, familiares, as inseguranças, os medos, etc. Devemos vestir algo para amortecer esses impactos em nossa vida também. Parece mais do que justo que cuidemos daquilo que controla todo o nosso corpo, pois o corpo pode estar bem, mas se a cabeça vai mal, tudo vai mal. Priscilla Figueiredo é psicóloga clínica de orientação psicanalítica graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas


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Distanciamento da natureza Teresa Magro

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Barão Geraldo - Campinas

AGENDA 2017 (retorno em 16/janeiro) RODA DE CURA – Círculo de homens e mulheres – Unidos nos curamos! Tema: Boas-vindas a 2017, definição de propósitos e abertura para o novo acontecer – 17/janeiro (terça-feira), às 19h CONSTELAÇÃO MUSICAL (Janaína Campos e Adriano Dias) 21/janeiro (sábado) – das 14 às 19h 31/janeiro (terça-feira), das 19 às 22h 14/fevereiro (terça-feira), das 19 às 22h CONSTELAÇÃO TSFI (Maria Angélica) 12/fevereiro (domingo) – às 14h MANTRAS SABIAH *Toda segunda-feira, às 8h *Quinzenalmente (sexta-feira), às 19h – 20/janeiro, 3 e 17/fevereiro MÚSICA E CURA (Adriano Dias) 8/fevereiro (quarta-feira), às 20h – Vivência dos efeitos da música nas emoções, mente e corpo e suas possibilidades de cura DANÇAS CIRCULARES SAGRADAS (Janaína Campos) Toda quinta-feira, das 18h30 às 19h GRUPO SAMAÚMA Preparação para o parto natural para gestantes e casais – toda quinta-feira, das 19h30 às 22h. Grupo pós-parto Samaúma e Aninhar – quinzenalmente (segunda-feira), às 14h30 YOGA MAHI *Terça a sexta-feira, das 7h30 às 9h *Segunda e quarta-feira, das 18h30 às 21h YOGA MATERNA (Paula Ubinha) Para gestantes e mães com bebês – terça e quinta-feira, às 11h MUSICALIZAÇÃO INFANTIL (com Rafael Vanazi, do Encantoré) * Crianças de 1 a 4 anos acompanhados por um adulto – terça-feira (15h) e sexta-feira (9h30) * Crianças de 4 a 8 anos – terça-feira (16h) e sexta-feira (10h) • GRUPOS DE PATHWORK • ALINHAMENTO ENERGÉTICO • TERAPIA DE LUZ E SOM • LEITURA DE AURA • AULAS DE TÉCNICA VOCAL E VIOLÃO • LEITURA DE TAROT • PSICOTERAPIA SISTÊMICA INDIVIDUAL (CASAL E FAMÍLIA) Agendamento por e-mail: janaina.sabiah@gmail.com

Rua Paulo Lanza, 91 (entrada de Barão Geraldo) – Campinas/SP (19) 3327-0910 – contato@sabiah.com.br – www.sabiah.com.br

ichard Louv, em seu livro A Última Criança na Natureza, utiliza o termo “transtorno de déficit de natureza” para definir um fenômeno que estamos cientes há um bom tempo: nosso distanciamento da natureza. E não há motivos para discordar. Por um tempo pensei que fosse o avanço da tecnologia, com toda a sedução e atrativos que fornece a baixo custo e pouco esforço, o responsável por isso. Também pensei que a grande culpada fosse a mídia, divulgando paraísos naturais de difícil acesso para a maior parcela da população. Porém, se pensarmos profundamente, os responsáveis somos nós mesmos. Como jornalista, Louv sabe a força que as palavras bem colocadas têm. No início, muitas pessoas falaram do assunto nos Estados Unidos, concordando ou criticando, de modo que se expandiu para outros países. O objetivo de disseminar o termo “transtorno de déficit de natureza” foi alcançado, pois ampliou-se uma discussão que antes estava restrita a poucas pessoas. Um dos primeiros fatores a serem analisados a respeito dessa questão é se existe a possibilidade do contato com a natureza, seja apreciando o céu em meio à cidade, fazendo uma trilha em um parque ou mergulhando em uma cachoeira. Se isso tudo está disponível e a pessoa não busca maior proximidade é porque ela tem desinteresse ou não aprendeu o quanto o contato com o ambiente natural pode ser prazeroso para sua saúde física, mental e espiritual. Por outro lado, também há o medo – de ser picada e mordida por animais ou de ser roubada, por falta de segurança em lugares mais ermos. E, atualmente, pode-se dizer que o medo é o maior responsável pelo afastamento das pessoas da natureza. Além disso, no Brasil, o planejamento urbano carece de espaços para a recreação familiar em contato com a natureza. Ainda há poucas praças e

parques disponíveis para o uso pela população, bem como hortas e jardins comunitários. E o que pode ser feito para mudar isso? Os governos deveriam dedicar um pouco mais de atenção e recursos financeiros para a criação de espaços de uso comum onde a natureza esteja disponível. Isso vai acontecer quando alguém mostrar a economia que os governantes podem ter evitando ausências do trabalho, pagamento de tratamentos e internações por falta de contato com o ambiente natural. As escolas também podem, aos poucos, retornar aulas com atividades ao ar livre. Já há escolas nas quais essas atividades são feitas todos os dias e contribuem para o nível de vitamina D das crianças. Outro caminho é usar com mais frequência os locais públicos que são adequados para desenvolver atividades ao ar livre. Usando a tecnologia a favor, é possível buscar áreas com vegetação próximas as nossas residências ou trabalho para caminhar, por exemplo. Se o local não for seguro, os vizinhos podem ajudar a exigir ações para melhorar a segurança. As próximas férias também podem ser escolhidas não com base no hotel mais confortável, mas onde a natureza esteja presente. Pensando nisso, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento. A intenção é contribuir com o avanço do setor do turismo, baseado nos três pilares da sustentabilidade (econômica, social e ambiental), e valorizar as riquezas naturais de cada país. Em nosso dia a dia, o principal é não sucumbir à sedução da tecnologia que nos afasta cada vez mais de nossa essência humana. Temos que descobrir um caminho mais tentador que nos tire do trecho confortável que vai da poltrona até a porta da geladeira e isso só depende de nós. Teresa Magro é professora no Departamento de Ciências Florestais da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza


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PANORAMA CALENDÁRIO PARA PESSOAS CEGAS A Fundação Dorina Nowill para Cegos promove até 20 de janeiro campanha de financiamento coletivo para garantir 8 mil calendários de 2017 com braile e impressão em fonte ampliada. O esforço coletivo pode garantir a produção e envio de, no mínimo, três calendários acessíveis para três pessoas com deficiência visual. O doador poderá conhecer a Fundação pessoalmente. Mais informações: www.fundacaodorina.org.br/calendario2017 SALA INFANTIL DE BIBLIOTECA A Biblioteca Mário de Andrade, de São Paulo, lançou campanha, por meio de crowdfunding, para concluir um espaço para crianças. As doações serão aceitas até 22 de janeiro, com contrapartidas para todas as cotas. A expectativa é obter cerca de 40% do valor total da implantação final do projeto, que corresponde à fabricação de móveis e adequação do espaço. Mais informações: www.kickante.com.br/campanhas/a-flor-amarela CAMPANHA DE RECICLAGEM Campanha do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo está arrecadando tubos de pasta de dentes em São Paulo. O material será transformado em móveis que serão doados para a ONG Unas, que atua na comunidade de Heliópolis. Os coletores estão instalados no Conjunto Nacional (Avenida Paulista), nas unidades da Unibes Cultural, Unas e no Colégio CPV (Morumbi). Mais informações: www.sinog.com.br/recicla EXPOSIÇÃO SOBRE CANDOMBLÉ A relação do artista Carybé com o candomblé é o tema da exposição As Cores do Sagrado, em cartaz na Caixa Cultural, em São Paulo. A mostra fica em cartaz até 28 de fevereiro, com entrada franca. As imagens presentes na exposição foram produzidas ao longo de 30 anos de pesquisas e vivências pessoais do artista, argentino de nascimento e baiano por opção. Carybé morreu em 1997. Mais informações: (11) 3321-4400.

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Dr. Orestes Mazzariol Doença de Peyronie Diferentemente da curvatura peniana congênita, a Doença de Peyronie é manifestada na vida adulta com uma cicatriz inelástica do pênis, com deformidades variadas, incluindo curvatura, encurtamento, estreitamento, efeito de dobradiça, podendo dificultar o ato sexual. Sua etiologia permanece desconhecida, sendo a hipótese mais aceita o trauma da albugínea (tecido que envolve o corpo erétil do pênis). A incidência – 0,4 a 9% – pode estar associada a outras comorbidades, incluindo diabetes, hipertensão, dislipidemia e baixa testosterona. A história médica deve focar no histórico familiar e contratura de Dupuytren, reportada em até 39% dos casos. Na avaliação clínica, a primeira fase é inflamatória aguda, geralmente com dor associada à ere-

ção, que tende a ser resolvida espontaneamente nos primeiros 12 meses. A segunda fase é fibrótica, identificada por placas endurecidas palpáveis que podem estar calcificadas, resultando na estabilização da doença. O diagnóstico é clínico. O uso de ultrassom para medida da placa é impreciso, com operador dependente devendo ser indicado rotineiramente. A doença pode estacionar sua evolução e em alguns casos a curvatura pode até regredir. Na fase inflamatória o tratamento é conservador. Existem várias opções de tratamento, não havendo ainda um considerado ideal. Na fase fibrótica o tratamento é cirúrgico, com objetivo de retificar a haste peniana, sendo indicado quando a curvatura dificultar o ato sexual.

PRÊMIO SESC DE LITERATURA Estão abertas as inscrições para concurso quer revela novos talentos da literatura nacional. Os candidatos poderão concorrer até o dia 17 de fevereiro nas categorias Conto e Romance. O processo seletivo é todo via internet, desde o envio de informações pessoais até a obra digitalizada. Os vencedores, que terão seus livros publicados pela Editora Record, serão anunciados em junho. Mais informações: www.sesc.com.br/premiosesc

O sorriso do Ano Novo Oscar D’Ambrosio

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ntrar no Ano Novo é como entrar num shopping center. É um universo pleno de incertezas. Não sabemos se é noite ou se é dia. Não sabemos se chove ou se faz sol. Não sabemos quem podemos encontrar. Não sabemos se vamos encontrar alguém conhecido. Não sabemos se tudo estará exatamente onde estava na última vez que estivemos lá. Há no shopping elementos artísticos: a montagem das vitrines e a decoração dos corredores por exemplo. Existe ainda uma arquitetura na construção do prédio, mais ou menos agradável de acordo com o olhar de cada um. E há uma educação de comportamentos padronizados, como ceder espaço a idosos, crianças ou pessoas com deficiência. O Ano Novo é assim também. Queremos que ele seja repleto de arte e criatividade e de bele-

za, pois ansiamos por um mundo mais humano e agradável. Queremos construir nossas trajetórias como um prédio elegante em que impere a felicidade, que cada um entende felizmente de um jeito. E queremos uma sociedade mais educada, em que respeito e liberdade sejam palavras fundamentais. Sair do primeiro dia do Ano Novo é como sair de um shopping center. As incertezas continuam. O que diferencia o 1º de janeiro é que ele nos alimenta a esperança. Parecem ser 24 horas mágicas, sem medo. Acreditamos por momentos que tudo pode ser novo embora pareça igual. E isso é muito mágico, como o sorriso espontâneo de uma criança vendo fogos de artifício no céu. Oscar D’Ambrosio é doutor em Educação, Arte e História da Cultura, mestre em Artes Visuais e assessor de comunicação e imprensa da Universidade Estadual Paulista (Unesp)


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Bom trânsito para nós! Marks Pintija

Motoristas aos 18 anos Há muitos anos a CNH – Carteira Nacional de Habilitação só pode ser obtida, no Brasil, a partir dos 18 anos de idade, além de outras duas exigências previstas em lei sendo elas a posse de documentos de identificação e saber ler e escrever. Além disso, é claro, o cidadão candidato a habilitação deve realizar diversas etapas do processo como as 45 horas/aulas teóricas e 25 horas/aulas práticas, e ser aprovado em exames médico, psicotécnico, teórico e prático. Este último, feito em veículo automotor acompanhado de um examinador, em vias públicas, por um trajeto composto de condições normais de circulação e conduta. Analisando a exigência descrita acima, é de se pensar que após todo este treinamento o novo condutor esteja razoavelmente pronto para guiar um veículo no trânsito. Mas ele tem “apenas” 18 anos! Pode parecer discriminatório, ou até mesmo muito protetor, mas esta frase tem sido dita por muitos pais e familiares ao chegar a

CNH em mãos. Nos dias atuais, com as mudanças de comportamento da sociedade, que ocorre de geração em geração, os pais têm se demonstrado muito mais preocupados no sentido de entregarem um veículo para o filho que acabou de se habilitar, numa sensação de que ainda não esteja preparado para enfrentar tamanha responsabilidade. As novas ferramentas on-line que facilitam o deslocamento das pessoas nas cidades, como o Uber e as caronas solidárias, também têm feito com que o uso da CNH fique em segundo plano, além é claro, da enorme despesa que é ter e manter um carro na garagem. Ir para a empresa ou para o estudo, habilitados mas sem dirigir, estes jovens pós-adolescentes estão tendo que superar também essa avaliação: a de que estão prontos para ocupar o pedacinho de espaço no tráfego diário. E praticar para melhorar. Marks Pintija é especialista e educador em trânsito

Envelhecer saudavelmente Imagine a participação A expectativa de vida do em um grupo de amigos brasileiro ampliou sigque envelhecem juntos. nificativamente. Hoje, viPode-se praticar pela maveremos, em média, 73 nhã, preparar o desjejum anos. Viver muito é uma e fazê-lo em grupo. No parte da questão. A outra meio da manhã, uma metade é a qualidade de caminhada, música, convida. Por outras palavras, versas, filmes etc. Prepacomo envelhecer feliz? CLÉLIO BERTI Diretor da ra-se o almoço juntos e Cada indivíduo colhe Uni-Yôga Flamboyant degusta-se com conversas os frutos de sua semeaamenas de amigos de londura. A maneira de invesga data. Descansa-se, ouve música, tir o tempo e os recursos disponífilmes, etc. No final da tarde, cada veis, hoje, determinará o amanhã. Cresce o número de pessoas que um vai feliz para a sua casa. Olhar para os pais, tios e avós vivem sós nas suas casas. Muitos pressionam os filhos e, eventual- permite verificar, se eles não gostamente, netos para o almoço de do- riam de algo parecido. Pode-se olhar mingo. Famílias pequenas e tempo para o passado e construir um futuexacerbadamente ocupado; restam ro melhor, igual ou pior. A escolha poucas sobras para a convivência cotidiana determinará o amanhã. Pense nisso. com pais já idosos.

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Pé direito com yoga Quer começar o ano com o pé direito? Então comece praticando yoga. É uma disciplina milenar que atua de uma forma global no corpo, na mente, nas emoções e na parte espiritual. No nível físico promove alongamento, fortalecimento, consciência corporal, relaxamento, equilíbrio e saúde respiratória. No nível mental e emocional promove autocontrole, concentração, foco e capacidade de auto-observação. É bom lembrar que yoga não é religião, mas também atua no nível espiritual, fortalecendo a fé (independentemente da orientação religiosa do praticante), a perseverança e o despertar de valores éticos, como por exemplo: ahimsa, a não violência, que é um dos valores mais urgentes na sociedade atual. Infelizmente, nos últimos anos a palavra yoga vem sendo vulgarmente usada para quase tudo, gerando muitas distorções e confusões aos leigos no assunto. Para o iniciante fica difícil compreender e discernir entre as diversas alternativas apresentadas. Mas alguns cuidados podem ajudar quem está buscando uma prática segura que respeita a tradição milenar. Primeiro: seja sincero consigo mesmo. Verifique o que você está buscando, a intenção que move a sua busca está diretamente ligada ao que você vai atrair para a sua vida. Quando se está muito carregado de ilusões e expectativas, é fácil cair em caminhos enganosos e promessas mirabolantes. Cuidado com as promessas fáceis. Não existem mágicas e nem fórmula milagrosas, pois tudo requer disciplina, persistência e prática constante. Segundo: não limite a sua prática ao nível físico. Procure estudar, ler, pesquisar e mergulhar no conhecimento maravilhoso que o

yoga proporciona. Uma aula completa deve oferecer os diversos recursos como posturas, respi- MÁRCIO ASSUMPÇÃO rações, con- Professor de ioga e diretor trações e do Instituto de Yogaterapia técnicas que conduzam a concentração, relaxamento, reflexão e meditação. Terceiro: não aceite condicionamentos. Yoga é liberdade. Cuidado com imposições que obriguem você a mudar sua vida do dia para a noite. Os textos milenares do yoga são claros ao afirmar que toda a mudança física ou mental deve ser gradual para que seja efetiva. Num ambiente saudável de yoga sempre existe o espaço para o questionamento. Quarto: elimine a ideia de que o yoga está dividido por modalidades. Na verdade o que existe são linhas e metodologias diferentes – umas privilegiam mais a prática; outras, a filosofia. Muda-se a forma, mas o conteúdo essencial deve continuar o mesmo e com absoluto respeito a tradição milenar. Por último, lembre-se de manter seus pés no chão e dar um passo de cada vez. O yoga não vai mudar a sua vida, mas a maneira como você se relaciona com tudo o que permeia a sua vida. O mundo vai continuar sendo o mesmo, mas você pode se relacionar de uma outra forma com tudo ao seu redor. Ao começar o ano novo, muitas pessoas querem mudar de emprego, casa, cidade, relacionamento, etc. Mas a grande mudança é a interior. Sem ela, todas as outras são ilusões. Invista no autoconhecimento. Feliz 2017 e seja feliz.

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UNIVERSO DIGITAL Amanda La Monica

Fazer o que gosta Neste início de ano costumamos nos perguntar o que foi bom e o que podemos melhorar do que passou, não é? Minha reflexão deste mês é: você ama o que você faz profissionalmente? Isso tem uma grande relação com nosso marketing e sucesso (também digital). Quando fazemos o que gostamos, tudo flui. De início, fazemos o trabalho por prazer e com este sentimento executamos com eficácia, expertise e cuidado, entregando um produto ou serviço excelente que, além de vender, irá fidelizar quem

o consumir. Entendeu a relação? Nossos clientes sentem se um trabalho é feito com esmero ou apenas como mais um de um dia a dia estressante. Se divertir no que você produz será bom para sua produtividade e, com certeza, um produto com meio caminho andado para a venda. Claro, você irá vender para seu consumidor ideal e, para chegar nele, aplicará as técnicas que todo mês tenho trazido e continuarei trazendo para você. Um 2017 de muito sucesso e realizações diárias para todos nós!


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JANEIRO/2017

Marcelo Sguassábia

A regeneração O Keith Richards que o mundo conhece, ou imagina conhecer, é mais que uma celebridade que tem simpatia pelo capeta. Faz muito tempo que esse Keith, um modelo de perdição física e espiritual, já não existe mais. Acreditem: essa é a pura verdade. Mais pura que o pó branco que quase arruinou sua vida e por pouco não o levou, ainda nos anos 60, para os quintos dos infernos. Há um novo homem vivendo dentro de uma carcaça carcomida, totalmente liberto do pecado, mas que é obrigado – por contrato – a fingir que é um coquetel ambulante de cocaína, álcool e barbitúricos. A sua libertação foi tão completa que hoje não suporta nem mesmo aquele cigarro no canto da boca, que é forçado a ostentar em todos os shows. Uma encenação mesquinha, uma blasfêmia aos olhos do Criador. O que ele queria mesmo, para a glória dos céus, era transformar a Satisfaction em Ressurrection. Mudando, é claro, aquela letrinha tola e egoísta e fazendo dela um hino de louvor. Forte e poderoso, capaz de exorcizar tudo quanto é coisa ruim. Seria uma espécie de acerto de contas entre o novo e bem-aventurado Keith e aqueles excessos loucos do passado. Quando eu falo em “novo Keith” é preciso deixar claro que ele não é tão novo assim. A grande mudança de vida aconteceu mais ou menos na época em que Start me up estourava nas paradas, lá no começo dos 80. Imaginem vocês o conflito entre o eu limpinho, regenerado, totalmente liberto do pecado e das drogas e aquela imagem de devassidão libertina que ele precisava manter para que os Stones continuassem sendo os Stones. Deus sabe quantas foram as vezes em que tudo o que ele que-

ria era passar horas ajoelhado em fervorosa oração, mas era coagido a subir em diabólicos palcos pelo mundo afora, fazendo turnês atrás de turnês e mostrando ao show business uma imagem que não era mais a dele. Keith tentava convencer o Mick a transformar o grupo em uma superbanda gospel, oh Senhor, como seria divino se isso um dia acontecesse... Mas aquele ateu incorrigível ria e debochava toda vez que ele tocava no assunto. Mostrava a língua, as nádegas e o maldito contrato que o obrigava a ir em frente com o teatrinho. É claro que, ao assumir uma imagem de regeneração, os Stones perderiam grande parte dos fãs acumulados em mais de 50 anos. Mas ganhariam certamente uma legião de fiéis convertidos à causa da caridade cristã. E essa atitude talvez os redimisse do erro de terem tomado a estrada errada, onde quanto mais enchiam sua conta bancária mais se esvaziavam como seres humanos. Lembro que uma vez, numa madrugada chuvosa, Keith ligou para o Mick falando da visão que acabava de ter, onde incorporavam em seus gigashows uma enorme piscina de 250 x 250 m, cheia de água abençoada, na qual batizavam milhares de ovelhinhas a cada apresentação. Só que Mick mais uma vez não levou Keith a sério, dizendo que a sua visão devia ser efeito retardado de alguma viagem de heroína. Mandou um rouco “fuck you” e bateu o telefone na cara dele. Mas deixa estar. O Todo-Poderoso, em sua misericórdia, há de levá-lo um dia ao caminho da salvação. Esta é uma obra de ficção. Por mais que o Keith jure ser verdade. Marcelo Sguassábia é redator publicitário

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Workshop da Alma – Sacred Ecstatics Após quatro anos teremos de volta ao Brasil esta prática energética especial de muito amor, cura, vibrações e autoconhecimento com o PhD, terapeuta, músico e xamâ Bradford Keeney e sua esposa zen-budista e professora de dança Hillary Keeney. O que é o Sacred Ecstatics (Êxtase Sagrado) Durante milênios, os grandes xamãs, mestres espirituais e curandeiros detêm o segredo de possuir uma vibração especial em seus corpos vinda da conexão direta com o Amor Divino – o que os bosquímanos da África chamam de “A Corda até Deus”. O Êxtase Sagrado, também conhecido como Shaking Medicine, N/om, Seiki Jutso. Life Force Theater é essa prática energética inspirada nas mais antigas e poderosas tradições de cura do planeta que o xamã Bradford Keeney conheceu e compartilha por mais de 40 anos. Brad viajou o mundo e viveu com alguns de seus professores espirituais e mestres que o reconheceram como um verdadeiro xamã e curador e confiaram nele para compartilhar seus conhecimentos antigos com as culturas modernas. Seus principais mestres foram os xamãs bosquímanos do deserto do Kalahari na África; a mes-

tra japonesa de Seiki Jutsu, Ikuko Osumi Sensei, considerada a maior curandeira do Japão do século 20; shakers de Saint Vicent no Caribe, índios guaranis da Amazônia; xamãs balians de Bali e índios nativos norte-americanos. Essa energia vibrante é como uma corrente de eletricidade espiritual que, alimentada por músicas, ritmos, cantos e movimentos vibratórios espontâneos do corpo (shaking), tocam você de uma maneira nunca antes experimentada, aumentando a sua vibração e trazendo à tona curas, extremo bem-estar, criatividade, experiência mística e alegria. O casal Keeney ensina a prática do êxtase sagrado ao redor do mundo em encontros intensivos especiais e estarão em Campinas para o workshop no Carnaval, no espaço Avis rara. Venha reforçar e alimentar a sua conexão com o divino e sentir a vibração sagrada e o amor no seu coração. Este pode ser o último tabu do nosso tempo sobre uma conexão verdadeira de coração com a divindade, sua vibração, eletricidade e música tão esquecidas, escondidas ou proibidas pela maioria das tradições espirituais. Venha participar desta vivência transformadora. Poucas vagas. www.bradfordkeeney.com.br


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Quiropraxia é uma profissão

Apesar dos mais de 120 anos de quiropraxia nos EUA, a profissão é relativamente nova no Brasil. Por isso, precisamos ter maior atenção ao procurar um profissional. As primeiras faculdades de quiropraxia surgiram no Brasil por volta do ano 2000, e de lá para cá, a profissão vem crescendo e ganhando cada vez mais espaço. Conforme ganha fama, a quiropraxia também sofre com um tipo de pirataria. VITÓRIA LUMERTZ e ANDRÉ GATTI ALVES Profissionais que não cursaram a faculdade se aproveitam da lentidão das leis no país e se intitulam quiropraxistas sem o devido preparo acadêmico. Ainda é comum encontrar cursos de poucas horas que prometem a formação ou especialização em quiropraxia. A Organização Mundial de Saúde determinou que para ser um quiropraxista é necessário cursar ensino superior de no mínimo 4.200 horas (por volta de quatro a cinco anos). Essa determinação conta com o apoio da Federação Mundial de Quiropraxia. Na faculdade, é ensinada a base que todo profissional da área da saúde precisa, com anatomia, fisiologia, ética, procedimentos de primeiros socorros, etc. Além dessa base comum a todas profissões da saúde, a quiropraxia conta com a grade específica para os procedimentos exclusivos da profissão e, no final, um estágio supervisionado de pelo menos mil horas. As atividades diárias, os vícios posturais, os traumas, o mau posicionamento ao dormir e o estresse são alguns dos muitos fatores que contribuem para que nossas articulações sofram desalinhamentos e tenham sua amplitude de movimento restrita. Esses “desalinhamentos” provocam interferências nos impulsos nervosos que passam pela medula espinhal e pelos nervos, comprometendo o equilíbrio do sistema nervoso e a integridade da função do organismo e da saúde em geral. O tratamento com quiropraxia consta em localizar e realinhar essas articulações, normalmente por meio de ajustes manuais ou por instrumentos, aumentando a mobilidade articular, diminuindo a tensão muscular e a inflamação local, permitindo que os impulsos nervosos cheguem de maneira correta ao seu destino. A quiropraxia não utiliza medicamentos ou qualquer procedimento invasivo. Pessoas de todas as idades podem se beneficiar do tratamento, desde recém-nascido até pessoas de idade bastante avançada. O tratamento, entretanto, é adequado a cada paciente com o emprego de técnicas específicas para cada idade e condição com o objetivo de corrigir e prevenir problemas articulares. A quiropraxia enfatiza a importância de promover saúde em primeiro lugar, na tentativa de reduzir o risco de dor e doença, trabalhando com a prevenção e potencializando o rendimento do seu corpo. Deste modo, a quiropraxia pode ajudar pessoas saudáveis a manterem essa condição, e para aqueles que estão com dor, a quiropraxia oferece uma maneira única e precisa de proporcionar alivio, agindo diretamente na origem da dor. O alívio e a prevenção da dor são duas das razões que fazem a quiropraxia ser tão conhecida no mundo. Procure sempre por quiropraxistas formados em ensino superior. É a sua saúde que está em jogo!

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Padre Haroldo Feliz Ano Novo Santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas e pai do papa Francisco, usa a sua imaginação para dar uma ideia da condição do mundo antes da chegada de Cristo Jesus. Para justamente conhecer a necessidade da Redenção do gênero humano, lançou uma visão geral sobre a Terra, e viu a multidão imensa de homens, numa grande diversidade de costumes, de raças, de línguas e de religiões; uns em paz, outros em guerra; uns chorando, outros rindo; uns sãos, outros enfermos; uns nascendo, outros morrendo. Contemplou os homens nesse estado sobre a face da Terra, prestou atenção justamente ao que dizem: como juram, como blasfemam, como se maldizem uns aos outros, como se caluniam, como falam dos bens do corpo, dos negócios temporais, das guerras, vinganças e sobretudo viu a pobreza de milhões e milhões. Desse quadro etnográfico, viu-se claramente como o mundo estava precisando de um Redentor e de que Deus apressasse a vinda deste. Isaías havia orado: Céus, lá de cima, derramai um orvalho e que as nuvens façam jorrar a justiça (Is 45, 8). O Verbo Eterno ofereceu-se ao Deus Pai para vítima pela vida dos homens. Não quiseste sacrifício e oblação, mas plasmaste-me um corpo... Eu vim, ó Pai, para fazer a Tua vontade (Hb 10, 5-7). O Espírito Santo se propõe, para realizar esse grande mistério, a operar no seio de Maria a Encarnação do Verbo Divino (Lc 1, 31). Inácio olhou Nazaré e meditou sobre a cooperação de Maria no mistério da encarnação. Viu

o Anjo Gabriel que, enviado por Deus, veio trazer-lhe a celeste notícia de ser Mãe do Redentor. Jesus não procurou as grandes capitais, os palácios grandiosos de Roma, mas sim esse recanto da Judeia, onde viveu essa desconhecida filha de Israel. Inácio ouviu as palavras da saudação: Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus, o Senhor está contigo. O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. E Maria respondeu: Seja feito comigo segundo a sua palavra (Lc 1, 28). Com o bom papa Francisco, que como falei é um jesuíta, discípulo de Santo Inácio, neste Ano Novo podemos destacar três palavras: Espera – A devoção religiosa da comunidade cristã inicial é demonstrada na esperança. O Senhor Jesus, através do Espírito Santo, transmite suas instruções para todos, mas nossa palavra-chave é esperança. Testemunho – O Espírito manifesta sua presença de uma maneira memorável, permitindo a uma enorme multidão de diversas congregações raciais ouvir o Evangelho na sua própria língua. É uma reversão clara de Babel. O homem, agora, não procurar exaltar a ele mesmo mas deseja, como João Batista, exaltar apenas o seu Deus. Trabalho – Para que não devamos imaginar que o Senhor está preocupado apenas com a conversão de multidões. Ele quer que assistimos verdadeiramente os pobres e necessitados. Haroldo Rahm é presidente emérito do Instituto Padre Haroldo hrahmsj@yahoo.com


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Recriando sua própria história no Ano Novo Nathalie Favaron

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virada do ano significa para muitos a oportunidade de recriar sua própria história de vida. É como se tivéssemos a chance de começar do zero e desenhar um novo futuro. Verdade ou não, a questão é que nessa época do ano, realmente é o momento certo de fazermos um grande balanço, não só das contas, das despesas, mas de nós mesmos. O que podemos fazer para parar por aqui e recomeçar? Do que você tem que se libertar, como guardar aquilo que não foi bom como ensinamento e partir agora para novas oportunidades? Talvez você tenha feito planos pessoais e profissionais e, ao fazer um balanço do que passou, você se critique por não ter atingido o que gostaria e acaba invalidando, não reconhecendo os passos que deu. Se você parar e prestar atenção no que está fazendo consigo mesmo verá o tanto que já fez. Repare onde você estava há um ano e olha onde está agora, quantas coisas foram resolvidas. Ao contrário de nos punir e cobrar, podemos dizer para nós mesmos: que bom, olha o quanto você já fez. Comemora! Celebra! Aí sim, desse estado interior, mais reconhecido, mais honrado, mais visto por você mesmo, o mundo lá fora começa a te apoiar para que você possa dar continuidade aos seus planos e ter força para recomeçar. Além disso, é importante lembrar que a solução para muitos de nossos

problemas pode não estar em nós e não tem a ver com a nossa vida. Após muitos anos de trabalho terapêutico por meio da constelação familiar, posso lhe garantir que nós carregamos histórias e destinos de outros membros familiares e inconscientemente reproduzimos suas dores e dificuldades em nosso dia a dia. Isso acontece com todos nós, independente de acreditarmos nisso ou não! Ou seja, as histórias que aconteceram com seus pais, tios, avós, bisavós têm um peso enorme na sua felicidade. A saída para transformar este peso em força e liberdade é reconhecer esses fatos, termos consciência e controle para curar essas dores e tomar as rédeas da nossa vida nas próprias mãos. Lembre-se, sempre o começo está dentro. E aquilo que eu falo para mim, aquilo que vivencio, eu produzo e reproduzo, tenho a resposta fora, na minha vida, nos meus relacionamentos, nas minhas conquistas. Então, meu convite para o ano que se inicia é para você olhar para dentro e se perguntar: Estou reconhecendo meus progressos? Estou, de verdade, dizendo parabéns, você fez muito?! Essa dor, essa dúvida que carrego é realmente minha? Depois, a partir desse lugar reconhecido, traçar mais planos. Já disse e repito: você é tão bom quanto o seu estado interior. Se você estiver feliz com suas conquistas será muito mais fácil traçar novos planos! Nathalie Favaron é terapeuta e coach

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A MENTE FALA... Autenticidade Esta é uma série na qual você, leitor, poderá participar ativamente enviando suas perguntas. A cada edição, uma pergunta será selecionada e respondida. Vamos começar? Como é possível transmitir aquilo que sentimos aos outros e não deixarmos nossas intenções guardadas? Ser verdadeiro é ainda algo muito difícil para muitos de nós. Ser verdadeiro é em primeiro lugar uma intenção genuína de agir sem máscaras, uma transparência que começa primeiro em nós mesmos porque se refere a compreender e aceitar aquilo que somos. O ponto é que muita gente entende que ser verdadeiro é expressar opiniões sobre tudo e todos, e a todo o momento atribuindo a palavra sinceridade ao invés de verdade. Sinceridade é um estado de franqueza, quando a verdade é um estado de congruência ou conformidade com algo. A verdade, então, não é mérito de um observador que somente analisa o externo. Ela começa de dentro para fora. Se você sente que nunca consegue demonstrar o que pensa, talvez esteja mais preocupado com a ima-

gem que você está transmitindo entre as pessoas que fazem parte da sua vida pes- FERNANDA PONZETO soal ou profis- Coach de autoconfiança pessoal e profissional sional e colocando a sua autenticidade em segundo plano. Como alterar este ciclo? Imagine que você quer mudar de carreira ou melhorar a sua relação com alguém mais íntimo. Qual o seu real medo de dizer o que pensa ou o que sente de bloqueio perante a situação? Ser autêntico é estar pronto para as consequências da sua verdade, daquilo que você é e almeja para o seu presente. É parar de observar a reação dos outros e começar a cuidar das suas reações. Ser nós mesmos ainda é uma tarefa assustadora, mas a boa notícia é que não é impossível. Participe da nossa coluna enviando sua pergunta para atendimento@ellevari.com, inserindo no assunto: A Mente Fala. Ou entre em contato conosco e descubra como a metodologia exclusiva da Ellevari pode ajudar a transformar a sua vida pessoal e profissional. Até a próxima!


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Viva Bem

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elianamattos@uol.com.br

BATE-PAPO

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s festas terminaram. Para muitos, como eu, um alívio! Confesso que não tenho mais grandes vontades de fazer ceia, lavar mundaréu de louças, casa toda bagunçada... Sinto saudades do tempo em que adorava enfeitar a casa para o Natal. Um trabalhão que me dava muito prazer. Mas minha filha era pequena, curtia cada bola colocada na árvore, cada pinha colhida de algum parque e que depois recebia jatos dourados ou prateados. Natal tem de ter criança. De preferência, várias. Sempre digo isso. Senão é uma festa como outra qualquer, que se torna até meio chata. Já réveillon o legal é passar com muita gente. Quando a família é pequena, também se torna apenas um jantar. Mas nem tudo está perdido! Ainda adoro a queima de fogos! Acho que o dia que deixar de gostar disso, aí a coisa está feia... Melhor todo mundo ficar preocupado comigo! *** Não há um final de ano em que, depois das ceias, não sobre muita coisa. Por mais listas que fazemos, sempre acaba sobrando. Acredito que na sua casa não foi diferente e se sobraram nozes, você vai poder aproveitá-las em deliciosas receitas que estão hoje em nossa página. Novamente desejo que 2017 seja um ano de muita saúde e trabalho. Apenas isso. Grande beijo!

FORNO & FOGÃO - Especial Nozes Salmão com crosta de nozes Ingredientes: • 200 g de salmão • 80 g de nozes picadas • Suco de um limão (mais a raspa) • 1 pitada de tomilho seco • 1 colher (chá) de mostarda • Azeite de oliva • Sal e pimenta do reino a gosto Modo de fazer: Num recipiente misture as nozes, o

tomilho e as raspas do limão. Com isso, você fará a crosta do salmão. Tempere o salmão com limão, sal e pimenta; na parte sem pele, passe a mostarda. Coloque o salmão com a parte sem pele sobre os ingredientes da crosta e aperte bem para aderir ao peixe. Leve ao forno, numa assadeira untada, por uns 15 minutos (200º C). Não deixe assar demais. Sirva imediatamente.

Bolo de nozes Ingredientes: • 2 xícaras (chá) de água • 1 xícara (chá) de açúcar mascavo • 1 xícara (chá) de açúcar branco • ½ xícara (chá) de manteiga • 250 g de uvas passas • 4 xícaras (chá) de farinha de trigo • ½ xícara (chá) de nozes picadas em pedaços grandes • 1 colher (chá) de sal • 1 colher (chá) de cravo em pó • 1 colher (chá) de canela em pó • 2 colheres (sopa) de fermento em pó

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Modo de fazer: Em uma panela, misture a água, o açúcar mascavo, o açúcar branco, as passas e a margarina. Leve ao fogo e mexa até ferver. Desligue e quando ficar morno, transfira a mistura para uma vasilha. Adicione o restante dos ingredientes, um por vez, mexendo sempre. Despeje a massa em uma forma de bolo inglês untada e enfarinhada. Leve para assar em forno preaquecido quente por 15 minutos. Reduza a temperatura para média e deixe mais 20 minutos. Desenforme no dia seguinte.

Bolachinhas de nozes Ingredientes: • 200 g de manteiga bem gelada (este é o segredo) • 250 g de farinha de trigo • 50 g de açúcar • 1 pitada de sal • 100 g de nozes bem picadinhas Modo de fazer: Misture primeiro a manteiga e a farinha de trigo. Em seguida, o restante dos ingredientes. Faça pequenas bolinhas e coloque-as na assadeira distantes uns quatro dedos, porque elas espalham. Não precisa untar a assadeira. Leve ao forno a 180º C por mais ou menos 30 minutos ou até estarem douradas.

Camafeu de nozes com chocolate Ingredientes: • 1 lata de leite condensado • 200 g de nozes moídas • 2 colheres (sopa) de cacau em pó Modo de fazer: Leve ao fogo como se fosse fazer brigadeiro, até ver o fundo da panela. Se quiser camafeu de colher, não deixe chegar ao ponto de enrolar. Espere amornar, passe manteiga nas mãos para não grudar e faça rolinhos pequenos e reserve.

Sorvete de nozes

Fondant

Ingredientes: • 1 xícara (chá) de nozes • 2 gemas • 1 lata de leite condensado • a mesma medida de leite • 7 colheres (sopa) de rum • 1 lata de creme de leite

Ingredientes: • 500 g de açúcar de confeiteiro • 1/3 xícara (chá) de leite

Bata todos os ingredientes no liquidificador. Leve ao congelador e mexa de vez em quando com um garfo, para gelar por igual. Na hora de servir, deixe na geladeira e bata com um batedor, para dar mais cremosidade.

Peneire o açúcar e coloque num recipiente de vidro. Leve ao fogo em banho-maria e, devagar, acrescente o leite, mexendo até ficar uma mistura cremosa e consistente. Com um garfo, mergulhe os camafeus dentro do fondant e retire, deixando escorrer um pouco. Coloque numa superfície untada com manteiga e, antes que endureça, pressione devagar um pedaço de noz.


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Pensar sobre o Ano Novo Antonio de Pádua Colosso

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endo o livro de Rubem Alves intitulado O infinito na palma da sua mão, deparei com algo que, após lido, homenageei com uma lágrima. “Jardins são espaços sagrados, memórias e esperanças de paraísos. O paraíso é um jardim. Deus andava pelo jardim à brisa fresca da tarde... Os jardins são melhores que os céus. Pois a Raquel [filha do Rubem Alves, arquiteta paisagista] imaginou e plantou um jardim na frente do meu escritório. Colocou nele um lago com carpas coloridas que nadam sem perguntar pelo sentido da vida, uma cachoeira, a água escorrendo pelas pedras, um balanço para fazer rir os que estão tristes. E as palmeiras, as flores, os jasmins, as bromélias, as orquídeas, as avencas..., um banco, lugar bom de se assentar nos intervalos do trabalho. No jardim eu não penso nada. Só vejo, ouço, sinto... Vai aqui um convite: venha visitar o meu jardim, ‘Jardim da Raquel’. Será um presente de aniversário para ela.” Daí, triste, ouvindo Hans Zimmer, pensei: Que pena. Já o conhe-

cia tão bem, através de seus livros, e quando comecei a ter contato com ele, já estava indo-se embora, tornando-se encantado. Não tive tempo de aceitar o convite que ele fez a todos, através de seu livro, ou seja, não cheguei conhecer o ‘Jardim da Raquel’. Então, fantasiosamente passeio por ele todos os dias, ouço o sereno barulho das águas, contemplo as carpas, esvoaço no seu balanço, ando pelo jardim, sentindo-me uma partícula de Deus. Se as carpas coloridas regozijamse nas águas, por que haverei eu, na minha pequenez transitória, perguntar sobre o sentido da vida? Talvez possa ser até que o sentido da vida seja passearmos pelos jardins da vida. Na mitologia grega o paraíso dos cristãos é denominado Campos Elísios, campos de jardins e fontes. Coincidência? Se o Rubem mesmo enquanto estava entre nós sentia bem-aventurança em seu jardim, penso que esse possa ser um bom “pensar” para o ano novo, o restauro da esperança (a última das virtudes que escaparam da caixa de Pandora). Afinal, se há vida, há esperança. Antonio de Pádua Colosso é psicanalista

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CULTURAZEN

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Roberto Alonso, presidente do Clube 9 de Julho, com Edilene Wolf e Wlaudiney dos Santos, representantes da Casa da Providência, uma das cinco entidades que receberam cerca de 2 mil litros de leite arrecadados em campanha de troca de ingressos para festival de dança em Indaiatuba

Concerto de Natal da Bachiana Filarmônica Sesi-SP, regido pelo maestro João Carlos Martins, com a participação do coral Somos Iguais, formado por crianças de famílias refugiadas, no Teatro Santander, em São Paulo

SILVIA LÁ MON

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Alunos do projeto social Alquimia Jovem que fizeram apresentação de dança na festa de encerramento da temporada 2016, no Clube Rhodia, em Barão Geraldo DIVULGAÇÃO

Equipe da Conveniência Vegana durante o coquetel de inauguração do novo espaço de lazer e gastronomia na região do Castelo, em Campinas

Participantes de aula de pilates na Semana da Pessoa com Deficiência Visual, promovida pelos Amigos dos Deficientes Visuais de Indaiatuba


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Instituto de Yogaterapia – celebrando 20 anos Há 32 anos a professora Rosângela Bassoli começou sua trajetória de yoga em Campinas, foi aluna dos professores João Telles e Maria Cacioppolini (pioneiros na cidade). No início dos anos 90, fundou sua primeira escola de yoga no bairro Guanabara e trouxe para a cidade o primeiro Curso para Formação de Professores de Yoga. As primeiras turmas do curso formaram diversos professores que abriram seus espaços em Campinas e região. Um deles foi o professor Márcio Assumpção, que fundou em 1996 o Instituto de Yogaterapia na cidade de Limeira. No ano seguinte, Rosângela e Márcio se uniram num projeto para inaugurar uma unidade em Campinas. Desde então, o Instituto de Yogaterapia está situado em duas cidades – Campinas e Limeira –, oferecendo aulas e cursos de yoga e vedanta. Logo no começo, o Instituto contou com as bênçãos do professor Hermógenes (pioneiro em yoga no Brasil) e mestre de Márcio e Rosângela. No final dos anos 90 e início do novo século, Hermógenes ministrou diversas palestras e workshops nas duas cidades, momentos marcantes que estão até hoje na memória dos que participaram desses eventos. Em 1999, o professor Márcio Assumpção abriu a primeira turma do Curso de Yogaterapia, uma especialização para quem já era instrutor de yoga. O curso foi muito bem sucedido e até hoje é um dos carros-chefes do Instituto, além da tradicional formação de professores. Desde o início o objetivo foi criar um ambiente familiar, onde todos pudessem praticar yoga e sentirem-se integrados. Com o lema “Yoga para todos”, foram abertas aulas para crianças, gestantes, yogaterapia hormonal, terceira idade, adolescentes e até para mamãe e bebê, incluindo o público tradicional de adultos. Uma das características principais do Instituto de Yogaterapia é ser um ambiente de constante estudo e aprimoramento, por isso muitos livros foram editados e outros estão sendo preparados para serem publicados em breve. Esses livros servem de base e apoio para os cursos, além das apostilas e de uma vasta biblioteca composta pelos trabalhos de conclusão de curso dos alunos, ba-

FOTOS: REPRODUÇÃO

seados nos estágios que são realizados durante a formação de professores. Em 2005 foi implantado o retiro Ashram, propiciando aos alunos uma experiência de imersão como se estivessem na Índia. Em 2007, visando oferecer mais conteúdo de estudo da filosofia, o Instituto trouxe cursos com Gloria Arieira, uma das professoras mais conceituadas em Vedanta no mundo, com livros publicados inclusive na Índia. Assim, um grande passo foi dado para o aprimoramento de todo o conteúdo de aulas e cursos. Nessas duas décadas, os opostos se complementaram: a organização e objetividade virginiana de Rosângela com a intuição e sensibilidade pisciana de Márcio, originaram a essência do Instituto de Yogaterapia, que hoje conta com uma grande equipe de professores e colaboradores, que ajudaram a construir essa história. Para os dois, quando olham toda a trajetória, o sentimento é do dever cumprido, humildade, honra aos mestres e muita gratidão a todos. E não para por aí, a história continua sendo escrita, sempre olhando para frente com novos projetos e respeito pela tradição do yoga.

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OPINIÃO MÉDICA Dr. Vítor Oliveira - drvitor@opiniaomedica.com.br

Tratar a saúde, não apenas a doença Inaugurando esta coluna, desejo a todos um feliz 2017, com o que há de mais importante na vida: saúde! Pretendo aqui escrever sobre a abordagem integrativa e funcional em medicina, uma maneira de entender a doença e a saúde da qual eu nunca havia ouvido falar na faculdade de medicina que cursei (USP) ou, se ouvi, como é natural a muitos de nós médicos, ignorei completamente. Somente conheci a visão integrativa e funcional quando fiquei gravemente doente. Não consegui me tratar com a medicina convencional e precisei pesquisar outros caminhos para me recuperar. Depois disso, estudei mais a fundo esse vasto mundo de cura que desconhecia e encontrei dezenas de médicos e grandes profissionais de saúde que desenvolvem e praticam essa abordagem. De fato, descobri ainda que a maioria deles – quase a totalidade – entrou para esse novo mundo da saúde, que exige uma certa abertura mental para o diferente, depois de também passar por doença séria. Ou seja, a própria vida nos impeliu a encontrarmos esse caminho. Nesse sentido, prezado leitor, descobri também que, em relação à saúde, existem basicamente dois tipos de pessoas: aquelas que vivem passivamente a saúde “default” que recebemos de nossos pais e da nature-

za quando nascemos, essa saúde vai se desgastando e esgotando com nossos hábitos de vida até o dia em que a doença grave surge; e aquelas que já conheceram (na própria pele ou por autoconsciência) a doença grave e debilitante e sabem que a saúde pode ser totalmente perdida. Estas, por sua vez, ou procuram um tratamento mágico e específico que elimine a doença – raramente existente em casos de doenças graves e persistentes –, ou entendem a diferença entre cura e remissão, como explicarei a seguir, e procuram a verdadeira remissão da doença. A procura simples da cura é a procura do desaparecimento da doença, presumindo-se que com isso a saúde surja automaticamente. Ela inclui a busca de um nome para a doença, que adquire status de entidade e alvo do processo de extirpamento do mal, seja ele farmacológico, cirúrgico, quimioterápico, radioterápico, etc. Já a remissão inclui também a cura convencional mas é algo maior: é baseada no entendimento dos fundamentos da saúde e na transformação ativa desses fundamentos, dentre eles a cultura alimentar, as energias emocionais, o movimento do corpo, o ambiente e o espírito. Passamos de um estado passivo em relação à saúde para um estado ativo, que empreende transformações positivas. É assim que tratamos não apenas a doença, mas também a saúde. Será grande prazer e orgulho estar aqui com vocês neste 2017, na companhia de todos os maravilhosos terapeutas do jornal.


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JORNALZEN

JANEIRO/2017


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