JORNALZEN ANO 12
MARÇO/2016
AUTOCONHECIMENTO
ARTIGO
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Nº 133
BEM-ESTAR
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COLUNISTAS
O impacto do lixo nas mudanças climáticas
Psicologia da alegria JOÃO BATISTA SCALFI
Pág. 4
Viva Bem Pág. 12
As dificuldades PETER LIU
Pág. 11
Empreendedor Holístico Pág. 2
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SAÚDE
ZENTREVISTA
Dimas Callegari Pág. 3
on
Pág. 7
Pág. 14
CULTURA
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CLÉLIO BERTI
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CULTURAZEN
CIDADANIA
Silv
Culinária sustentável
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www.jornalzen.com.br
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Somos elas Algumas mulheres se temer por nossa interevoltam por ter um gridade física e moral. dia para se comemorar 3) À igualdade e de o seu dia, dizendo que estar livre de todas as isso é uma demonstraformas de discriminação de preconceito. Eu ção, inclusive aquela mesma pensei assim que impõe comportaum dia. Hoje, penso dimentos e regras de beferente, principalmenleza, pois as mulheres te depois que comecei SILVIA LÁ MON obesas são muito disa estudar a constela- Diretora do JORNALZEN criminadas, não só por ção sistêmica familiar, homens mas também método terapêutico criado por por outras mulheres. 4) À liberBert Hellinger. dade de pensamento – lembreAcredito ser muito saudável mos de tantas mulheres curanpara nós, mulheres, ter um dia deiras ou de espírito livre que como um momento para refletir foram queimadas como brusobre nossos conflitos, nossas xas! 5) À informação e à educonquistas, nossos sentimentos, cação – lembremos da menina nossa luta ao longo de séculos Malala, que sofreu tentativa de de existência e, principalmen- assassinato por querer estudar te, reverenciar todas as mulhe- em pleno século 21. 6) À privares que muitas vezes sacrifica- cidade. 7) À saúde e proteção ram suas próprias vidas para desta. 8) A construir relacionaque hoje tivéssemos direitos. mento conjugal e planejar sua Aliás, são 12 os direitos es- família. 9) A decidir ter ou não tabelecidos pela Organização ter filhos e quando tê-los. 10) das Nações Unidas: 1) Direito à Aos benefícios dos progressos vida. Lembrem-se que há mui- científicos. 11) À liberdade de to pouco tempo, meninas nas- reunião e participação políticidas na China eram mortas ao ca. 12) A não ser submetida a nascer. 2) À liberdade e segu- torturas e maus-tratos. rança pessoal – ou seja, temos Que nós, mulheres, sejamos o direito de ir e vir sem ter de cada vez mais felizes!
JORNALZEN NOSSA MISSÃO:
Informar para Transformar DIRETORA Silvia Lá Mon EDITOR Jorge Ribeiro Neto JORNALISTA RESPONSÁVEL MTB 25.508 TELEFONES Redação (19) 3324-6062 Comercial (19) 3044-1286 contato@jornalzen.com.br www.jornalzen.com.br Circulação: Campinas Indaiatuba Valinhos Vinhedo Jaguariúna Holambra São Paulo (Vila Madalena e Vila Mariana)
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Peregrinos da paz Jaime Rosenzweig
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ivemos tempos difíceis e problemáticos, mas também uma época de busca da unidade dentro da diversidade. Hoje, a globalização facilita os encontros. Por isso, nosso compromisso é fortalecer esse diálogo na unidade dentro da diversidade, podendo vencer os preconceitos e alcançar uma mútua compreensão, onde o respeito seja uma garantia para erradicar a intolerância. Talvez não tenhamos a possibilidade, por nós mesmos, de alcançar a tão ansiada paz, mas podemos, sim, fazer um grande aporte para construir o cimento que nos leve a ela. No dia 3 de fevereiro, tivemos um agradável encontro na Sociedade Israelita Brasileira Beth Jacob, de Campinas, junto a queridos irmãos integrantes da Iniciativa das Religiões Unidas (URI). Estiveram presentes representantes da Igreja Católica, da Fé Bahá’í, da Igreja Protestante, das reli-
giões afrobrasileiras, da Sociedade Islâmica de Campinas e da comunidade judaica. Esses encontros têm uma meta comum de entendimento e compreensão, valorizando o Homem, a Sociedade e o Mundo, procurando mostrar que D”s é um só para toda a humanidade. D”s, ao criar o ser humano, deu a ele a custódia do Mundo e esse deve ser o compromisso de cada um. Assim temos que mirar dentro de nós mesmos com humildade para encontrar as bases da promoção do diálogo e de um melhor entendimento entre as diversas crenças. Shalom, salam, paz! Jaime Rosenzweig é rabino da Sociedade Israelita Brasileira Beth Jacob, de Campinas
Empreendedor Holístico ANA PAULA TEIXEIRA – coachinganapaula@gmail.com
Sistemas funcionais: ter ou não ter? (1) Desde de que comecei minha carreira como business coach, foram centenas de contatos que efetuei com o objetivo de oferecer meus serviços. O número de pequenas e médias empresas é irrelevante. O que quero destacar é que foram centenas, em todos os setores da indústria e serviços que tive oportunidade de engajar. Porém, 99% das empresas que se autodenominam “pequenas” sempre debatem internamente sobre dilemas similares. Um deles é: quando deixo de ser ‘pequeno’ e passo a ser ‘pequeno e profissional’? Embora cada empresa seja diferente e os desafios que enfrentam possam parecer únicos para aqueles que estão no centro do negócio, há definitivamente um punhado de temas que ouço todas as semanas. Aqui estão alguns deles:
1) Tudo que quero e preciso é minha planilha para manter minha organização. Quando começa seu ‘pequeno’ negócio, você tem uma planilha de cálculo, estimativas, projeções de venda e custo de vida e foi ótimo, funcionou por muito tempo. Essa única planilha lhe disse tudo o que precisava saber. Era concisa, precisa e permitiu-lhe sentir o pulso do seu negócio. Agora, você depara com tantas planilhas e muitos sistemas ao mesmo tempo que precisa de um funcionário a mais só para gerenciar tantos relatórios e informações para que consiga entendê-las... Pense: como seria poder gerenciar tudo ao mesmo tempo num único sistema? Na verdade numa única página! Você passa horas comparando dados, e não consegue entender porque diferentes fontes lhe dão informações contraditórias – tu-
do o que você quer é uma única fonte da ‘verdade’. 2) Papel e mais papel por toda a parte: outro sinal de que o seu negócio tem crescido além do que você imaginou, mas ainda não tem realmente noção de quão real é o crescimento. As pessoas gastam todo o seu tempo à procura de papel. Esse é, definitivamente, sinal de que está na hora de utilizar processos automatizados e conectar suas funções. Ser uma empresa com funcionalidades internas profissionais. 3) Seu estoque, ora demasiado ou não é suficiente. Prateleiras vazias significam que estão faltando oportunidades de vendas. Prateleiras cheias significam que você está amarrando seu capital de giro precioso. Como fazer isso certo? Como alinhar com precisão a oferta e a procura? (continua)
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á pouco tempo, o médico psiquiatra Dimas Callegari casou-se novamente e agregou o sobrenome da esposa ao seu nome. Esse exemplo demonstra o espírito libertário deste reichiano de 70 anos, concebido ao final da Segunda Guerra Mundial em Urupês. Na cidade paulista, Dimas trabalhou como sapateiro e alfaiate. Pensando em ser militar ou dar sequência aos estudos, estabeleceu-se com o primo na Grande São Paulo. Ele integrou a primeira turma do cursinho Objetivo, ocasião em que o proprietário ofereceu cursar medicina de graça a quem conseguisse passar entre os três primeiros no vestibular. Dimas passou em terceiro lugar e entrou na Universidade de São Paulo (USP). No início do curso, queria fazer clínica geral, depois pensou em ser obstetra (chegou a fazer um parto dentro de um táxi), até um amigo indicar a psiquiatra, a partir da observação de que Dimas gostava de conversar com as mulheres. Partiu, então, para a especialização, no Hospital das Clínicas. A fim de aproveitar os conhecimentos como médico com a atividade terapêutica, passou a estudar diversas linhas de trabalho na psicologia até entrar em contato com as pesquisas laboratoriais e clínicas de Wilhelm Reich. Um grupo de estudos deu origem à associação brasileira que leva o nome do psicanalista austríaco, da qual foi cofundador. Também se formou em Core Energetics, técnica terapêutica desenvolvida pelo psiquiatra grego John Pierrakos, que foi aluno e assistente de Reich. Com diversos artigos e um livro publicados, Dimas formulou conceitos e desenvolveu técnicas da denominada terapia energética corporal. Em abril, estará em Campinas para ministrar curso no espaço Sabiah (Barão Geraldo). Nesta entrevista ao JORNALZEN, Dimas Callegari fala mais sobre sua carreira e seu trabalho, incluindo a formação de terapeutas. Como se deu o encanto pela terapia reichiana? Quando estudei na USP, a psiquiatria era estritamente clínica, medicamentosa. A técnica do psicodrama, que estava chegando a São Paulo, não era bem vista. Não queria seguir a psiquiatria clínica nem trabalhar em hospital. Acabei encontrando na psicologia transacional liberdade para usar diversas técnicas. Numa conversa com uma mestra, ela me falou sobre Reich. Interessei-me muito em conhecer. Formamos um grupo de oito pessoas no qual estudávamos e importávamos microfilmes de seus experimentos e trabalhos originais. Desde então percebi que meus conhecimentos de medicina se encaixavam nos
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ZENTREVISTA|Dimas Callegari
TERAPIA LIBERTÁRIA Precursor da psicologia corporal e pioneiro da técnica reichiana no Brasil, médico psiquiatra dedica-se à formação de jovens terapeutas Silvia Lá Mon
contrasse com o trabalho corporal. Trabalhar com ele era um trabalho muito forte de liberar emoção e a negatividade. O interesse dele, ao ensinar, era desenvolver a espiritualidade das pessoas. Nos anos 70 e 80, o movimento reichiano era muito forte. Por que, com o passar dos anos, temos a impressão de que foi enfraquecendo? No boom do movimento reichiano, tínhamos a luta contra a discriminação feminina, dos homossexuais e dos negros. Politicamente, no Brasil ainda estávamos sob repressão. Reich tinha muitos elementos para embasar uma teoria de revolta contra a opressão. Hoje, estamos com a família desestruturada. Saímos de uma repressão familiar, política e social para uma quebra de vínculos, uma quebra de sentido de vida. Os jovens de hoje carecem de sentido de vida. Isso leva a uma perda de motivação e de rumo. Com esses movimentos de desorganização da família, as pessoas passaram a ser impulsivas. Nós, reichianos, não tínhamos o que fazer. Temos de ter estrutura para sobreviver nesse mundo. Não dá para trabalhar no sentido de dissolver couraças. Sua intenção tem sido dar continuidade na formação de jovens terapeutas? Era muito bem-sucedido no consultório, atendendo há 43 anos, com boa clientela e bom valor de consulta. Estava cansado de fazer aquele trabalho e sentia que precisava dar um passo além. Mudei-me para uma pequena cidade chamada Guararema, à beira do rio Paraíba. Quando cheguei, comecei a frequentar grupos de jovens terapeutas e estava disposto a passar a eles minha experiência. Esse trabalho me dá muito prazer. Também tinha um sonho de que esse trabalho envolvesse algo de espiritual e acho que isso está acontecendo naturalmente. Isso me emociona muito. Estou encontrando um sentido maior para o meu existir.
“Saímos de uma repressão familiar, política e social para uma quebra de vínculos, uma quebra de sentido de vida” trabalhos da técnica reichiana. Meu interesse sempre foi a doença psicossomática e a junção desses conhecimentos me levou a estudar Reich durante 35 anos. E como teve despertado o interesse por John Pierrakos? Há mais ou menos 12 anos me caiu em mãos um livro dele. Na ocasião, ele estava vindo ao Brasil para dar um curso, o qual fui
fazer imediatamente. Junto com Alexander Lowen [referindo-se ao psicanalista americano], ele organizou um trabalho corporal próprio, a chamada bioenergética. Nessa época, Reich estava mais interessado na pesquisa da energia cósmica. Nos anos 70 e 80 o movimento holístico estava emergindo, e John Pierrakos foi por esse caminho. Ele procurava um ponto em que a espiritualidade se en-
Como avalia a proposta do JORNALZEN? Quando os americanos chegaram no campo de concentração, disseram o seguinte: tirem muitas fotografias porque pode ser que daqui a um tempo alguém vai dizer que isso não existiu. O jornal cumpre essa função, de registrar os momentos. A vida humana é fugidia. Pode ser que algumas pessoas, mais para frente, tenham energia para ler aquilo e tentar pensar daquele jeito. Que mensagem gostaria de deixar para os nossos leitores? É uma frase que escrevi em meu livro: no coração do homem espera o despertar da criança do futuro. Espero estar despertando a crianças dentro de cada um, com sensibilidade, amor e a capacidade de se emocionar com a vida.
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Psicologia da alegria com algumas habilidaAlegria não é ausência de des afetivas, superando problemas ou a certeza as provas diárias. A gratide ter todos os sonhos redão, a resiliência, a comalizados. Essas definições preensão e a serenidade estão conectadas com são algumas dessas hauma visão materialista bilidades que iluminam do mundo, que definiu o caminho do Ser. o prazer e o bem-estar A alegria nos preenche, como satisfação plena de revitaliza e produz abuninteresses pessoais. JOÃO BATISTA SCALFI Essa conduta é res- Vice-presidente do Educandário dância energética, levando ponsável pela cultura do Deus e a Natureza (Indaiatuba) a agir com contínua resistência diante das dificuldamenor esforço, cuja proposta central é a eliminação do so- des e com reações mais saudáveis. Pessoas alegres se imunizam e frimento, das frustrações e das contrariedades de nossa vida, como se criam um campo de proteção conessa fosse a única condição para a tra as ondas vibratórias do pessimismo e da maldade. conquista da felicidade e da paz. O clima emocional de quem O que não se percebe nessa ação de evitar a dor e os dissabores busca o hábito de ser alegre forma é que a paixão por uma vida idea- uma couraça de energias imunizalizada, sem tropeços ou desafios, doras de autoestima. Aceitar a realidade dos aconteaumenta ainda mais os sofrimentos através do medo que incen- cimentos com paciência e resignadeia a mente com acontecimentos ção é uma forma terapêutica de viinfelizes e imaginários. Sem notar, ver porque quem aceita vive com a criatura se torna refém de condi- mais otimismo diante dos aconteções elaboradas pela vida mental a cimentos da vida. A nossa transformação é a consfim de permitir-se a alegria que depende das circunstâncias e expec- trução de uma convivência pacífitativas com relação as pessoas que ca conosco e da expressão do acoama ou de forma como os aconte- lhimento amoroso a nós mesmos. O vetor emocional da alegria de cimentos devem se desenvolver. E nesse esforço sobre-humano se renovar é o amor. Pessoas que se para alcançar a felicidade, a pessoa amam e que amam a vida sentem se abandona para atender exigên- -se preenchidas, e quem se preencias ou suportar situações que acre- che de amor só tem razões para se dita serem necessárias para merecer expressar em júbilo e prazer. Alegria não é ausência de dor algo melhor, gerando frequentemente as mais amargas experiên- e muito menos de deslizes morais. cias de desamor, como a depressão, A verdadeira alegria, ao contráa solidão, a mágoa, a inveja, o derro- rio, é um sintoma claro de quem aprendeu a driblar a dor e ter patismo e a revolta. Alegria não é ausência de dor. ciência construtiva com suas imAlegria legítima também pode flo- perfeições, de quem aprendeu o rir no campo das frustrações e de- sentido terapêutico das provas. cepções como o lírio que surge no Fonte: Emoções que Curam pântano, enriquecendo a paisagem (Wanderley Oliveira/Ermance Dufaux) de beleza e fulgor. A alegria é aquescalfi@terra.com.br la certeza interior que se conquista
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UNIVERSO DIGITAL
Amanda La Monica
Novas emoções no Face No último dia 24, os novos botões reactions foram liberados no Facebook. Eles estavam sendo testados desde o ano passado em alguns países. Nesse período, passaram por algumas reformulações. Agora, com eles, podemos nos expressar verdadeiramente. Além do “curtir”, podemos interagir nos posts com love, haha, wow, sad e angry – traduzindo para nossas sensações: amei, dei risada, me surpreendi, fiquei triste e senti raiva. Para usá-los, é necessário tocar e segurar o botão de “curtir” (nos aplicativos móveis) ou pas-
sar o mouse sobre o botão (na versão desktop). Qual a vantagem desse novo recurso para sua empresa? Suponha que perguntou ao seu cliente se ele gostou de seu produto e ele apenas deu um sorriso, e no dia seguinte você fez a mesma pergunta e ele disse que amou e foi o melhor que já havia comprado. Percebe a diferença? Com nossos clientes se expressando de forma real, temos a certeza de que estamos no caminho certo, ou não... A partir de agora, você vai perceber que um “curtir” não é suficiente.
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A principal pessoa em sua vida
Padre Haroldo
Serão seus filhos, espomente e, o que é pior, sos, netos, pais, mães, nem se questiona do namorados ou outra porquê. Virou rotina. pessoa? Você é dono de sua Caso sua resposta esvida e tem livre arbítrio teja em uma dessas altersobre ela. Cabe tomar nativas, sinto muito, você a decisão de recuperar está dando todo o seu a autoestima e o prapoder para outros. zer de viver novamenIsso revela que você ARMANDO ZAPAROLLI te de maneira livre e Bioterapeuta tem baixa estima por si responsável. próprio ou que prefere Existem técnicas para que outros tomem conta da sua vida. te ajudar a resolver esse problema, Caso esteja nessas condições, caso esteja pronto para retomar o não se desespere. Isso está gra- poder sobre si próprio. vado em seu subconsciente, fruMas você é livre, e pode conto de crenças e aprendizados que tinuar do jeito que está. Só não você teve, por coisas que pre- reclame que nada muda ou insenciou ou vivenciou durante a veje outros que estão em mesua infância, ou ainda por inter- lhores condições. ferências externas. Essas lembranças estão grava- Atendemos em Campinas, Indadas e te guiam como verdades ab- iatuba, Salto e Itu. Agende uma solutas. Você nem percebe de tão consulta pelos telefones abaixo automático que está, repetindo ou tire suas dúvidas pelo e-mail padrões estabelecidos anterior- armandozaparolli@terra.com.br
Amor de verdade Apaixonar-se não significa amar, mas desejar para si uma imagem que se cria da outra pessoa. Tudo é apenas um sonho, porque essa pessoa não existe. Por isso, quando se conhece a realidade dessa pessoa, como ela não coincide com o que estava imaginando, a paixão deixa de existir. A essência de tudo fica circunscrita aos desejos. Desejos que dão origem ao ciúme e ao sofrimento porque, não estando assentados sobre a realidade, vivem na insegurança e na desconfiança do medo de que todos os sonhos se acabem e desmoronem. Quando alguém se apaixona, experimenta certas emoções e uma exaltação que agrada às pessoas que sofrem de insegurança afetiva, alimentadas por uma sociedade e uma cultura que fazem disso um verdadeiro comércio. Uma pessoa apaixonada não se atreve a dizer toda a verdade, por medo de que a outra se desiluda e vá embora. Quanto tempo dura o prazer de acreditar que conseguimos o que desejávamos? O primeiro trago de prazer e um encanto, mas está irremediavelmente preso ao medo de perder tudo. Assim, quando as dúvidas tomam conta de nós, chega a tristeza. A própria alegria e exaltação, experimentadas quando o amigo chega, são proporcionais ao medo e à dor de quando ele vai embora... ou quando o esperamos e ele não vem... Será que isso vale a pena? Onde há medo não existe amor. Esteja certo disso.
Quando despertamos de nosso sono e vemos a realidade como ela é, nossa insegurança acaba e desaparecem os temores, porque a realidade é, e nada pode modificá-la. Então estamos em condição de dizer ao nosso próximo: como não tenho medo de perdê-lo, pois não é um objeto de propriedade de quem quer que seja, posso amá-lo exatamente como ele é, sem desejos, sem apegos, sem condições, sem egoísmos e sem querer sem dono dele. E esta forma de amar representa uma felicidade sem limites. Que fazemos quando escutamos uma sinfonia? Procuramos ouvir cada uma das notas, nos deleitamos e a deixamos passar, sem tentar garantir a sua permanência, porque é no passar das notas que está a harmonia, sempre renovada e sempre fresca. Pois, no amor, é a mesma coisa. Quando nos agarramos à permanência, destruímos toda a beleza do amor. Não pode existir casal nem amizade que seja tão seguro quanto aquele que se mantém livre. O apego mútuo, o controle, as promessas e o desejo levam inexoravelmente aos conflitos e ao sofrimento e daí a muito ou pouco tempo ao rompimento definitivo. Porque os laços que baseiam nos desejos são frágeis demais. Só é eterno aquilo que se constrói sobre um amor livre. Os desejos sempre nos tonam vulneráveis. Haroldo Rahm é presidente emérito do Instituto Padre Haroldo hrahmsj@yahoo.com
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PANORAMA SEMANA DE FITOTERAPIA
A 14ª Semana de Fitoterapia em Campinas ocorrerá entre os dias 12 e 15 de abril, na sede da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). Aberto ao público, o evento terá espaço para exposição e venda de produtos relacionados a plantas medicinais, palestras, cursos, oficinas, atrações culturais e apresentação de trabalhos científicos. Mais informações: www.semanadefitoterapia.wix.com/start-from-scratch
VIRADA SUSTENTÁVEL
Estão abertas as inscrições para atrações, atividades e conteúdos da sexta edição da Virada Sustentável, que acontece entre os dias 25 e 28 de agosto em diferentes locais da Grande São Paulo. Cada proponente pode participar individualmente ou como representante de um grupo e apresentar um ou mais projetos. Os interessados devem se inscrever até o dia 28 de março. Mais informações: www.viradasustentavel.com.
CORRIDA E CAMINHADA DO GRAACC
Estão abertas as inscrições para a 16ª Corrida e Caminhada do Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer). A prova acontece no dia 8 de maio, às 7h, nas imediações do parque do Ibirapuera, em São Paulo. Kits com desconto até 15 de março. O total arrecadado será destinado para ajudar no tratamento dos pacientes. Mais informações: www.graacc.org.br
Culinária sustentável Todos nós somos favoráveis, quando conversamos sobre sustentabilidade. Queremos um mundo onde os recursos naturais sejam preservados. Sentimo-nos agredidos quando vemos uma floresta ser derrubada para novos empreendimentos imobiliários ou expansão das fronteiras agrícolas. Sabemos que o ritmo de destruição do meio ambiente está acelerado. O aquecimento global nos dá um parâmetro inequívoco. No ano de 2015, a temperatura média do planeta subiu 0,9 graus Celsius. Parece pouco, mas, se a temperatura média subir 3 graus, a vida humana torna-se inviável. Mas será que as nossas atitudes são coerentes com os nossos anseios? Será que somos sustentáveis na nossa vida cotidiana? A
maioria das pessoas tem um discurso afinado, mas uma prática lamentável. CLÉLIO BERTI Alguns por deDiretor da sinformação. Uni-Yôga Flamboyant Nesse contexto, surgiu o programa de TV A Cultura da Culinária Sustentável, cuja direção e âncora são de minha autoria. A proposta fundamental é construir uma culinária extremamente saborosa, condimentada, saudável para o indivíduo e para a natureza. A sua alimentação poderá facilitar a derrubada de florestas ou preservá-las. Você já pensou nisso? Vá no YouTube e digite A Cultura da Culinária Sustentável. Inscreva-se no canal e receba os programas.
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Samadhi: o que é a Iluminação? O objetivo final do yoga é samadhi, que significa Iluminação. O termo também é usado com outros nomes em diversas disciplinas orientais e ocidentais como um estado de ascensão espiritual. Desde quando os ingleses colonizaram a Índia, os ocidentais começaram a ter um contato mais próximo com essa cultura milenar. Infelizmente, a maioria das pessoas se interessou mais pela forma do que o conteúdo dela. Até os dias de hoje, muito pouco se compreende desse povo hindu. Histórias místicas, recheadas de exageros, sempre foram um prato cheio para a literatura e para a falta de uma compreensão mais clara dessa cultura. Textos mal traduzidos e uma falta de preparo para o entendimento do raciocínio oriental nos levaram a equívocos até os dias atuais. A iluminação é um deles. Ao abordar o tema, muitos imaginam que a Iluminação é uma experiência de êxtase espiritual, dificílima de ser atingida e repleta de mistérios, visões e segredos. Existe uma tendência em mistificar o simples e o torná-lo complicado. Portanto, falar em Iluminação é sempre difícil, pois se tem muita expectativa e ilusões em torno do assunto. Hoje, a neurociência estuda os estados alterados de consciência que podem ser produzidos por diversas práticas, inclusive nas experiências meditativas. Nesses estados existem alterações químicas no corpo, que produzem êxtase e bem-estar, mas não podem ser confundidos com o processo de Iluminação descritos nos textos tradicionais de yoga e vedanta. Mas, então, o que é Iluminação? Iluminar significa trazer luz ou remover a escuridão. Baseado nos estudos dos textos mais antigos do yoga, a escuridão representa
a ignorância e a luz é representada pela Consciência. Dessa forma o pro- MÁRCIO ASSUMPÇÃO cesso de ilu- Professor de ioga e diretor minação é o do Instituto de Yogaterapia caminho do autoconhecimento. O Iluminado é aquele que removeu a ignorância sobre sua verdadeira essência, é aquele que compreende que por trás de todas as coisas, existe uma realidade única. É aquele que reconhece o Absoluto em tudo o que existe. O Iluminado continua vivendo sua vida normalmente e cumprindo seus papéis sociais. Se for uma pessoa ligada à meditação, continuará meditando, algumas vezes poderá experimentar um estado alterado de consciência, mas sem se apegar a esse estado, pois ele sabe que a Iluminação independe dessa experiência de êxtase. O apego também reside nas coisas mais sutis e muitas vezes esse é o empecilho para a iluminação. Sem uma orientação adequada e na busca ansiosa por atalhos, muitas pessoas se iludem e confundem as experiências de estado alterado de consciência com samadhi. Só que não existem atalhos no caminho do autoconhecimento. Portanto, samadhi não é algo impossível de ser alcançado, mas exige auto-observação, perseverança, uma conduta ética, eliminação do egoísmo e uma profunda clareza de si mesmo. Se buscarmos pessoas iluminadas apenas em templos e montanhas, por muitas vezes correremos o risco de não encontrá-las. O Iluminado pode estar onde você menos espera e onde existe a simplicidade do coração.
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Marcelo Sguassábia Abduzido O abade Nathanael começou, de fato, a acreditar cegamente em Deus depois da primeira volta no disco voador. Até então, sua fé um tanto vacilante fazia-o crer burocraticamente no Ser Supremo em três pessoas, conforme os catecismos, sem maiores contestações. Mas no íntimo o incomodava saber que o que sentia estava longe de ser adoração convicta, a despeito dos 28 anos de abadia. Parecia estar enganando a Deus, se existisse, e a si, de cuja existência também tinha sérias dúvidas. Até que o pequeno ser ocre e pegajoso lhe apareceu no claustro, lhe tomou pela mão e o levou, por entre nuvens, ao cerne de todas as perguntas até então sem respostas. Cada pequena luz do painel da nave disparava uma lembrança. O machado rachando a lenha para mortificar a carne e elevar o espírito. O ofício em oração e canto, o banco duro, a geada emudecendo o sino, o genuflexório. O olhar do ET era para ele uma homilia muda, havia um sermão interminável sendo dito e escutado naquele silêncio solene e sem gravidade. Atravessavam os dois, em segundos, nebulosas inteiras. A abadia, em todo o seu esplen-
dor, cheirando a vela e incenso, talvez fosse um delírio de madeira e mármore, e toda sua vida uma distração momentânea da qual acordava agora. Talvez fosse a vida de verdade um voo a esmo junto ao ET, e que tudo o que imaginava ter vivido não passasse de uma soneca tirada ali, na poltrona de copiloto. Mas explicar como aquele o hábito puído, o crucifixo e o olhar contrito refletido nos instrumentos de bordo? Assim foi aquela volta, a primeira de tantas. Entre uma lua e um sol qualquer do calendário, lá estava o serzinho ocre, como que cumprindo uma missão celeste, pronto para de novo levar consigo o abade. Um belo dia, foi a vez do abade tomar o ET pela mão e levá -lo, escondido debaixo do hábito, para assistir à missa matinal. Desobedecendo a recomendação de ficar calado, ele soltou um sonoro “Ele está no meio de nós” após o padre dizer “O Senhor esteja convosco”. Lançou um olhar cúmplice para o abade e sacou da algibeira extraterrestre um retratinho de família, com ele pequenino na pia batismal, rodeado pelo pai, a mãe e os padrinhos. Todos ocres. Todos boa gente como ele. Marcelo Sguassábia é redator publicitário
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Dr. Orestes Mazzariol Disfunção erétil A disfunção sexual é caracterizada por uma alteração ao ciclo sexual ou dor ao coito. Este ciclo pode ser dividido nas seguintes fases: 1) Desejo: relaciona-se a fantasias sexuais, bem como o desejo de ter atividade sexual. 2) Excitação: é a sensação subjetiva do prazer sexual, acompanhada de tumescência peniana e ereção. 3) Orgasmo: refere-se ao clímax do prazer sexual, com contrações rítmicas da musculatra perineal seguida pela ejaculação do sêmen. 4) Resolução: ocorre a sensação de relaxamento muscular e bem-estar geral. Os homens têm um período refratário fisiológico no qual não há ereção nem orgasmo por um determinado período, variável em cada indivíduo. Disfunção erétil é a persistência ou recorrência da impossibilidade de se obter ou manter
uma ereção adequada para o ato sexual completo. Importante salientar que mais da metade (52%) dos pacientes apresentam doenças associadas, tais como: vascular (32%), neurológicas (21%), urológicas (29%) e diabetes (19%). Nessa faixa, trauma perineal com lesão vascular é mais frequente. No atendimento ao paciente com disfunção erétil é fundamental pesquisar colesterol, triglicérides, diabetes, hipertensão arterial e hábitos de vida (tabagismo, abuso de álcool, etc.). Por outro lado, 27% dos pacientes apresentam causas psicológicas, sendo ansiedade generalizada e depressão as mais frequentes. Tem uma incidência de aproximadamente 20% na faixa de 18 a 39 anos; 25%, na de 40 a 49 anos; 30 a 45%, na de 50 a 69 anos; e 45% na acima de 70 anos. O diagnóstico é baseado apenas na história clínica.
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O autoconhecimento na gestão com pessoas Tatiana Cortês
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egundo a psicologia, o autoconhecimento significa o conhecimento do indivíduo sobre si mesmo. Por que ele é tão importante hoje em dia na liderança e na gestão com pessoas? Antes de ter a consciência sobre o outro, é necessário estabelecer uma consciência real de si mesmo. Antes de liderar alguém, é necessário que o líder lidere a si mesmo, conheça suas emoções, crenças, padrões de comportamento e o que o motiva a ter determinadas atitudes. As crenças, principalmente, têm papel fundamental em nossas ações, pois podem apresentar um caráter que nos faz evoluir, mas também podem nos limitar. Ao conhecer a si mesmo, o líder pode desenvolver o olhar de compreensão para com o outro. Ao perceber suas fraquezas, potencialidades, paixões e talentos, ele consegue enxergar seus liderados com menos julgamento e considerá-los seres em formação. O autoconhecimento amplia a nossa capacidade e o entendimento sobre quem somos e sobre quem lideramos. Com essa visão aguçada, podemos estimular o potencial dos nossos colaboradores e maximizar os resultados da empresa. Entretanto, em todo processo de autoconhecimento é preciso um olhar cuidadoso para cada um dos aspectos que enxergamos nessas descobertas. Nem sempre estaremos prontos para lidar com aquilo que descobrimos. Vamos imaginar, por exemplo, uma casa para a qual acabamos de mudar. Tentamos colocar em ordem a maior parte das coisas e damos prioridade àquilo que é essencial para o nosso cotidiano, mas pode ser que deixemos alguns cômodos ainda bagunçados. Pode ser que, naquele momento, o que esteja ali guardado não seja essencial. Temos uma ideia do que existe naquele cômodo, mas ainda não temos a disposição necessária para arrumá-lo. Chega um dia, porém, que a bagunça começa a incomodar. Procuramos coisas que sabemos que estão lá, mas não conseguimos encontrar. Então, pacientemente, entendemos que é necessário arregaçar as mangas e colocar ordem naquele cômodo. Aos poucos, vamos mexendo, limpando, botando algumas coisas no lugar. Outras jo-
gamos fora, outras colocamos em uma caixa e deixamos para depois, até chegar o momento de tudo estar limpo e claro. Isso é um sinal de respeito ao nosso próprio conteúdo. Não precisamos fazer tudo de uma vez. O importante é termos a noção da existência daquele cômodo e, no momento certo, fazermos as mudanças necessárias. Se o líder possui a disposição de fazer isso consigo mesmo, terá também a disposição e o respeito necessários para conduzir os seus liderados. Nos relacionamentos pessoais e profissionais, convivemos com uma diversidade imensa de pessoas. Gente com valores, ideais, sonhos e missões diferentes vivendo em um mesmo ambiente. O que podemos fazer para unir essa diversidade, alinhar valores e estratégias à missão da empresa? É preciso alcançar a essência de cada um deles e buscar o que de melhor essas pessoas podem oferecer, bem como criar ações necessárias para alcançar o que a empresa e o colaborador tanto desejam. Através do autoconhecimento, vem a confiança necessária para liderar e buscar resultados. Também conseguimos perceber se estamos prontos para alcançar esses resultados. As perguntas que ficam são: você conhece a si mesmo? Conhece a sua equipe? Está pronto para realizar essa viagem fantástica ao encontro de você mesmo? Se a resposta for não, quem sabe não chegou a hora de investir no autoconhecimento e extrair de cada um o máximo de suas potencialidades? Tatiana Côrtes, formada em ciências da computação, é gerente de arquitetura de soluções
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Bom trânsito para nós! Marks Pintija
Prioridade para estacionar As vagas de estacionamento para idosos e pessoas com deficiência são previstas nas normas de trânsito, mas infelizmente ainda se percebe grande falta de cidadania quanto à correta utilização das mesmas, principalmente em áreas de estabelecimentos privados. Desde 3 de janeiro, essas vagas devem ser fiscalizadas pelo órgão de trânsito do município, em virtude da entrada em vigor da Lei Brasileira da Inclusão, que é o Estatuto da Pessoa com Deficiência. A razão disso é que o Código de Trânsito foi alterado e passou a considerar que trânsito também são as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo. Desta forma, as vagas de estacionamento devem ser respeitadas pelos usuários e serem devidamente fiscalizadas. De acordo com a legislação,
são garantidos 2% de vagas para pessoas com deficiência e 5% para idosos, ressaltando que são válidas não para o veículo e, sim, para a pessoa (mesmo que não seja o motorista), e devem usar obrigatoriamente o Cartão do Portador, que é emitido exclusivamente pelo órgão de trânsito. Os adesivos com o símbolo universal não têm nenhuma validade para essas vagas e o veículo será autuado normalmente. Com essa mudança, os estabelecimentos também precisam se atentar, uma vez que a concessão do alvará está vinculada ao cumprimento das questões de acessibilidade. O direito a essas vagas é a garantia de uma qualidade de vida melhor àqueles que têm a mobilidade reduzida, e como fator primordial de condição humana, compete a todos zelarem pela sua correta utilização.
As dificuldades As dificuldades que aparecem em nossas vidas são presentes de Deus, o Pai nosso. Como a própria vida também é um presente de Deus. Junto com nossa vida recebemos as alegrias e as tristezas, as facilidades e as dificuldades. É um pacote completo, sob medida, conforme nosso plano espiritual. O pai leva a criança para o parque de diversão, também a leva para a academia de ginástica. Cada ferro da academia corresponde ao desenvolvimento de cada músculo. A cada dificuldade, desenvolverá cada virtude de um ser humano. Através das dificuldades, você chegará a um nível mais alto de sua evolução. Você é quem tem de perguntar qual virtude a dificuldade está te testando. Amor, compaixão, perdão, tolerância, flexibilidade, paciência, disciplina, sabedoria ou concentração. O grau de dificuldade corresponde a seu nível espiritual ou à importância da sua missão. A dificuldade é grande, porque Deus deu uma missão importante. Se for fácil, é uma missão pequena. As coisas di-
fíceis exigem mais coragem, sabedoria, esforço e paciência. Porque você é importante. Não se pode reclamar da dificuldade ou das coisas PETER LIU difíceis. É para Acupunturista enfrentar com firmeza. Vamos resolver isso. Se Deus coloca você numa situação difícil, é porque Ele acreditou que você terá condições de crescer e superar o problema. Deus já fez a parte dele. Basta você acredita também. Se o jogo é difícil, é porque você está na primeira divisão. Às vezes, você precisa crescer no processo. Se o nível da água subiu, é esperar você crescer também. Se a água subiu demais, é esperado que você aprenda nadar. Já imaginou a vida sem dificuldades, a academia sem ferro, o rio sem corrente? O mundo seria muito sem graça! Se você morre no mesmo nível em que nasceu, perdeu o sentido da vida.
O impacto do lixo nas mudanças climáticas Francisco Oliveira
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unca produzimos tanto lixo como atualmente. O Brasil está na quinta posição entre os que mais produzem lixo no mundo, atrás de Estados Unidos, China, União Europeia e Japão. Para termos uma ideia, por dia, produzimos cerca de 192 mil toneladas de lixo. Deste total, cerca de 41%, ou 79 mil toneladas, não tem destinação correta. Tanto lixo também é resultado do crescimento da produção de produtos industrializados, embalagens (representa cerca de um terço do lixo doméstico) e do nosso ciclo de vida, onde consumimos para sobreviver. O fato é que todo esse lixo gerado vai para lixões e gera biogás, um dos principais causadores do efeito estufa, além de gás carbônico, entre outras impurezas. Todos esses gases são pre-
judiciais para o meio ambiente. Recentemente, observamos mudanças climáticas e instabilidades ambientais em várias partes do país. Por exemplo, a chuva forte que chegou a Porto Alegre e alcançou mais da metade da média histórica do mês de outubro, ou as catástrofes ambientais registradas em Manaus, também com fortes chuvas e alagamentos. Em São Paulo, não é possível definir em que estação estamos. Um dia faz muito calor, em outro frio abundante. Segundo alguns meteorologistas, o próximo verão promete ser um dos mais quentes de todos os tempos no país, com temperaturas que vão chegar aos 40ºC por vários dias seguidos. Mas qual será a relação entre essa instabilidade climática e o montante de lixo produzido? Total! As mudanças climáticas têm ligação direta com a má destinação e os efeitos que os gases
gerados pelos lixos causam na atmosfera, como o aquecimento global, tema hoje tão discutido por entidades especialistas. Claro que outros fatores contribuem para o aquecimento da Terra, como as queimadas e o contínuo desflorestamento, mas a questão do lixo é algo que podemos mudar. O estilo de vida do brasileiro contribui para que produzamos cada vez mais lixo e que todo esse ciclo se repita. Pequenas mudanças em nossos hábitos poderiam minimizar esses impactos. Claro que você pode pensar: “minhas atitudes não vão comprometer o futuro do planeta”. Esse é um engano comum. Pequenas ações, como implantar um pequeno sistema de reciclagem em casa, incentivando a família e até amigos a também reciclarem, comprar de empresas que têm essa visão sustentável, atuar contra o des-
perdício e repensar os produtos que você consome, são importantes medidas que irão contribuir com o meio ambiente. Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que se todo o resíduo reaproveitável atualmente enviado a aterros e lixões em todo o país fosse reciclado, a riqueza gerada poderia chegar a R$ 8 bilhões anuais. Agora, pense nesse montante investido em iniciativas em prol do meio ambiente e durante gerações. Claro que a discussão é muito mais abrangente. É necessária uma mudança de cultura. Porém, se ninguém se atentar para essas mudanças rapidamente, corremos o risco de não ver no futuro o mundo que conhecemos hoje. Cabe a cada um de nós decidir. Francisco Oliveira é engenheiro civil e mestre em mecânica dos solos, fundações e geotecnia
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Viva Bem elianamattos@uol.com.br
Bate-papo
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ei que o tempo está passando rápido para todo mundo, mas para mim parece que ele voa. E pensando na razão disso, cheguei a algumas conclusões. Por exemplo, acabamos de sair do carnaval e já estou escrevendo para a Páscoa. Ou seja, estou sempre um mês na frente. No meu trabalho, tenho coisas agendas para junho! Eventos para setembro! Gostaria que os dias passassem um pouco mais lentos, modorrentos, que me deixassem com aquela sensação de que ainda são 3 horas da tarde. Mas não é o que acontece. Quando me dou conta, já é sexta-feira de novo e acabou a semana. Não falo isso por ser escrava do trabalho. Queria que o tempo fosse mais devagar em tudo que eu fizesse. Desde o café com a amiga até a leitura de um livro, que sobrasse tempo para visitar os amigos, ir ao cinema, tomar um sorvete... E olha que ainda sou uma privilegiada, por morar numa cidade de 200 mil habitantes. Fico imaginando se ainda morasse em São Paulo... Falando em São Paulo, dia 8 de março fez 25 anos que estou morando em Indaiatuba. Sábia decisão. Sei que tudo tem seu tempo certo, mas como agradeço a Deus por ter conseguido dar esse passo que foi tão importante na minha vida e da minha filha. Às vezes penso como fui corajosa... Sem conhecer ninguém, vir de “mala e cuia” e com uma criança de 11 anos. Hoje, por exemplo, não tenho coragem de mudar daqui. Às vezes fico reclamando que a cidade cresceu muito, ficou cara e que seria bom ir para mais longe, num lugar mais pacato e com preços mais acessíveis. Mas sinto que me falta coragem para recomeçar. Talvez seja a idade! O tempo vai fazendo com que a gente fique menos corajoso, infelizmente... Que seja uma Sexta-Feira Santa mesmo. Que você possa reunir a família e ter bons momentos de alegria na Páscoa. Grande beijo!
FORNO & FOGÃO ESPECIAL Especial: Sexta-Feira Santa e Páscoa Moqueca de peixe rápida Ingredientes: • 1 kg de postas de peixe a sua escolha • Suco de dois limões • 4 tomates em rodelas • 2 cebolas em rodelas • 2 pimentões verdes em rodelas • 4 ramos de coentro (se gostar) • 1 xícara (chá) de leite de coco • Sal e pimenta a gosto Modo de fazer: Tempere as postas de peixe com
• Se o creme empelotar enquanto cozinha, coloque-o no liquidificador e bata. Em alguns minutos ele estará liso novamente.
• Quando não tiver açúcar de confeiteiro em casa, bata o açúcar refinado no
liquidificador. Com isso, ele ficará mais fino e poderá ser usado para fazer glacê.
• Para retirar com facilidade a casca do ovo de codorna depois de cozido, pe-
gue uma tesoura e faça um corte do lado mais gordo do ovo, onde fica a bolsa de ar. Assim, a casca sairá com mais facilidade e o ovo não vai ficar machucado.
sal, pimenta e limão. Coloque algumas postas numa panela funda e cubra-as com metade das rodelas de tomate, cebola, pimentão e coentro. Adicione o restante das postas e cubra novamente com os vegetais até terminar. Regue com o leite de coco e leve ao fogo brando por uns 15 minutos, com a panela semitampada, até ficar cozido. Sirva imediatamente, com arroz branco e batata palha.
Risoto de bacalhau Ingredientes: • 300 g de arroz • 500 g de bacalhau dessalgado, fervido e desfiado • 1 maço de brócolis • 100 ml de vinho branco • 1 colher (sopa) de alho picado • 2 colheres (sopa) de cebola picada • Salsinha, cebolinha e pimenta branca a gosto • Azeite para regar Modo de fazer: Quando for ferver o bacalhau, coloque o vinho e um litro de água. Depois de fervido, coe e
reserve o caldo. Em uma panela, coloque duas colheres (sopa) de óleo e frite a cebola sem dourar. Refogue o arroz, o bacalhau desfiado e coloque metade do caldo reservado. Numa frigideira, aqueça duas colheres (sopa) de azeite, frite o alho e refogue o brócolis. Quando o arroz estiver secando, junte a outra metade do caldo, o brócolis refogado, a salsa, a cebolinha e a pimenta. Misture tudo delicadamente. Com o arroz ainda al dente, retire do fogo, regue com azeite e leve à mesa bem úmido e quente.
Bombocado de coco Pudim fingido
DICAS
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Bata no liquidificador: • 6 bolachas maisena • 12 colheres (sopa) de açúcar • 4 ovos inteiros • 2 copos de leite • 2 colheres (sopa) de queijo ralado ou 1 xícara (café) de leite de coco Despeje numa assadeira caramelizada e asse em banho-maria.
Bata no liquidificador: • 4 ovos • 100 g de coco ralado • 100 g de queijo ralado • 4 copos de açúcar • 1 copo de farinha de trigo • 1 colher (sopa) de fermento em pó • 3 copos de leite • 1 ½ colher (sopa) de margarina Coloque numa assadeira untada e enfarinhada e asse até ficar levemente dourado.
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Você sabe o que é ‘terapia holística’? Mani Alvarez
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ão se trata de crendice, superstição ou ingenuidade. Pelo contrário, talvez seja o que há de mais revolucionário em termos de visão de mundo. Após 300 anos de reducionismo cartesiano, perdemos a capacidade de ver a interconexão entre todas as coisas e achamos natural ver a vida esquartejada pela ciência. Desde 1962 as terapias holísticas foram reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como práticas alternativas e complementares à medicina oficial. Há algum tempo algumas dessas práticas foram incorporadas ao sistema de saúde pública no Brasil com o nome de ‘terapias integrativas e complementares’. Dentre essas, a fitoterapia é a que se encontra mais desenvolvida e pesquisada em nosso país. Segundo estimativas atuais da OMS temos três quartos da população mundial necessitando de tratamentos médicos e sofrendo algum tipo de enfermidade. É nesse contexto que surge o paradigma holístico, com uma visão integrativa e humanizada do doente, utilizando-se de recursos naturais e dando pouca ênfase aos diagnósticos laboratoriais. Ganharam mais visibilidade a partir dos anos 60, com a chamada “contracultura”, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Seus adeptos, na quase maioria, eram da classe média, intelectuais da esquerda e universitários. É nesse contexto que as terapias holísticas ganham terreno. O cuidado com o paciente é visível: salas aromatizadas, música ambiente, flores e plantas ornamentais, tempo estendido, atenção total do terapeuta. Principalmente, há a escuta do sofrimento.
Dentre essas abordagens alternativas, podemos distinguir três tipos de práticas terapêuticas correntes no Brasil: 1. Terapias indígenas: as mais antigas no Brasil, nativas das regiões mais colonizadas, são a expressão viva dos povos primitivos e antigos habitantes da América do Sul. Caracterizam-se por um tipo de pensamento mágico-religioso e veem a doença como uma perda da harmonia vital com a natureza. A figura do pajé ou do xamã é o curador típico dessa forma de terapia. Seus recursos são totalmente naturais, baseados nas ervas medicinais e minerais curativos. 2. Terapias de origem africana: mais religiosas do que as primeiras, foram introduzidas no Brasil pelos escravos trazidos da África a partir do século 17. Possuem um sistema de cura complexo e utilizam chás e tinturas à base de raízes e fitoterapia. Sua abordagem é centrada na figura do ‘pai’ ou ‘mãe’ de santo, que lida com as entidades espirituais em rituais de cura, exorcismo e possessão. 3. Terapias “holísticas”: foram introduzidas nos anos 60 no Brasil pelos modelos importados de outros países. São basicamente a medicina tradicional chinesa, a ayurvédica e a homeopatia. Mais recentemente surgiram as terapias florais, importadas da Inglaterra. A grande aceitação dessas terapias no cenário atual coloca alguns desafios para o saber médico, que é a necessidade de recolocar a pessoa doente como centro de atenção e cuidados, ou seja, humanizar o atendimento médico. Mani Alvarez é coordenadora do curso de pós -graduação em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, em Campinas, pelo Centro Latino-Americano de Saúde Integral (Clasi)
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INDICADOR TERAPÊUTICO
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CULTURA ZEN
Fotos: Divulgação
Padre Haroldo Rahm (na foto, com Núbia Maciel França) durante o jantar em comemoração ao seu aniversário de 97 anos
Luciano Selleiro, Cibelle Bittencourt, Luciana Mello e Thais Ângela de Azevedo na entrega de livros doados pela Editora Positivo ao Centro Infantil Boldrini
Silvia Lá Mon (dir.) ministrou a palestra “Curando as Feridas Femininas” na empresa Torcetex, em Indaiatuba, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, 8 de março
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MANDALA PARA PINTAR
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AGENDAZEN
- OZENI LUCAS -
CAMPINAS BRAHMA KUMARIS 3/4, às 18h – meditação seguida de palestra – “Por que existe sofrimento?”, com Nádia de Castro – na sede da BK (Rua Monte Aprazível, 387 – Chácara da Barra). Aberto ao público. Mais informações: (19) 3241-7480 CULTURA MAIA 15/3, das 19h às 21h30 – palestra “Maias: povo da serpente”, com Carlos Mazzei, no Instituto Mazzei (Rua Santos Dumont, 50 – Cambuí). Aberto ao público. Mais informações: caitomazzei@gmail.com
Recebemos colaborações para este espaço. Envie sua mandala para contato@jornalzen.com.br
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TOQUE BIOENERGÉTICO 2/4, das 13h às 18h – curso com Armando Zaparolli, no Espaço Castro Alves (Rua Castro Alves, 298 – Taquaral). Inscrições e mais informações: (19) 30441286, 99968-9949 ou 99280-4050 YOGA CRISTÃ 25 a 27/3 – retiro com Padre Haroldo Rahm, no Centro de Eventos Inácio Loyola (Rua Dr. João Quirino do Nascimento, 1.601 – Jardim Boa Esperança). Inscrições e mais informações: (19) 3794-2537 / 3794-2500
INDAIATUBA
FÍSICA QUÂNTICA 1º/4, às 19h30 – curso livre básico “Homeostase Quântica Informacional”, com o terapeuta e professor Sérgio Ceccato Filho. Local: Avenida Rio de Janeiro, 327 – São Bernardo. Inscrições e mais informações: (19) 2512-6831 ou contato@institutoquantum.com.br
EUBIOSE 19/3, às 15h – palestra “A Obra em que está empenhada a Sociedade Brasileira de Eubiose”, com Sálvio Aldenor de Oliveira, na sede local (Rua Madri, 72 – Jardim Europa). Aberto ao público. Mais informações: www.eubiose.org. br e sbe.indaiatuba@gmail.com
MÉTODO DEROSE 17/3, às 19h30 – palestra “Altruísmo x Egoísmo: a força do grupo”, com Clélio Berti, na unidade Flamboyant (Avenida José Bonifácio, 1.030 – Jardim Flamboyant). Aberto ao público. Inscrições e mais informações: flamboyant.sp@metododerose.org
SÃO PAULO
PSICOLOGIA CORPORAL 2/4, às 16h – palestra com Dimas Callegari, no espaço Sabiah (Rua Paulo Lanza, 91 – Jardim Santa Genebra 2 – Barão Geraldo). Aberto ao público. Inscrições e mais informações: (19) 98875-2012 ou terapeutapedromotta@hotmail.com
VALINHOS
MEDITAÇÃO todas as quartas-feiras (15h30, 19h30 e 20h30) e sextas (10h30) – prática na sede da Fundação Lama Gangchen (Rua Apinagés, 1.861– Sumaré). Aberto ao público. Mais informações: (11) 3032-5573
ALZHEIMER 9/4, das 9h Às 18h – 4º Workshop sobre a Doença de Alzheimer, no espaço Núcleo Vidas (Rua das Vitórias Régias, 452-F – Jardim das Vitórias Régias). Mais informações: (19) 3869-1311
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