Jornalzen Novembro 2016

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JORNALZEN ANO 12

NOVEMBRO/2016

AUTOCONHECIMENTO

Nº 141

BEM-ESTAR

www.jornalzen.com.br

CIDADANIA

CULTURA

SAÚDE

Bruno Santos/Folhapress

ZENTREVISTA

Sandra Sahd Pág. 3

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CORAL DE HELIÓPOLIS Formado por crianças e adolescentes da comunidade de Heliópolis, o Coral da Gente foi uma das atrações da cerimônia de anúncio dos ganhadores do Prêmio Empreendedor Social, dia 7, em São Paulo. O coral é um programa do Instituto Baccarelli, que atende mais de 1.300 jovens em programas socioculturais que oferecem formação musical e artística na comunidade de Heliópolis.

Viva Bem Pág. 12

Quiropraxia para hérnia de disco Pág. 10

Doar órgãos faz bem a todos

Câncer, genética e espiritualidade

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JORNALZEN

Por uma cultura de paz A cultura de paz inclui temos mais alternativas um conjunto de ideias, de métodos terapêuticos comportamentos, causas eficazes e reconhecidos sociais e ambientais que pela Organização Munpromovem ao ser humadial da Saúde (OMS), tono uma nova consciêndos eles utilizando téccia de compreensão do nicas não invasivas, namundo e relacionamenturais, energéticas e vito com o planeta e as oubracionais, tais como a tras pessoas, buscando o quiropraxia, a fitoteraentendimento, o diálogo SILVIA LÁ MON pia, as essências florais, aberto, o dissolvimento Diretora do JORNALZEN o reiki, a prática da ioga, do preconceito e do secdanças circulares, a constarismo nas suas diversas verten- telação familiar sistêmica, a psites, seja religiosa, de gênero ou coterapia reencarnacionista. raça. Desperta a motivação para Na educação, a nova geração buscar uma vida com mais quali- de pais vem buscando alternativas dade, tanto na alimentação quan- para seus filhos, como o método to na prática de terapias e exer- das escolas Waldorf, que trabalha cícios que promovam saúde men- com a pedagogia antroposófica, e tal, física e espiritual. escolas que desenvolvem a eduCom o despertar da consciên- cação em valores humanos, etc. cia, o indivíduo passa a cuidar meBuscando colaborar com essa lhor do ambiente em que vive por cultura, a segunda edição de um meio de práticas diárias que se- grande evento pela paz, o Zen Fesjam sustentáveis e politicamen- tival, pretende mostrar a todo cite corretas. dadão este universo que a Nova Há anos estamos acompanhan- Era oferece, na música, na dando uma evolução nas práticas de ça, na espiritualidade e na expoalimentação, com a adesão a ali- sição e oferta de produtos. A enmentos orgânicos, não industria- trada é gratuita. Esperamos tolizados e, mais recentemente, ve- dos vocês no dia 13 de novemganos (sem uso de qualquer ori- bro, das 11h às 19h, na Estação gem animal). Cultura (antiga estação ferroviáNa área da saúde, a cada dia ria, na entrada de Campinas).

JORNALZEN NOSSA MISSÃO:

Informar para Transformar DIRETORA Silvia Lá Mon EDITOR Jorge Ribeiro Neto JORNALISTA RESPONSÁVEL MTB 25.508 TELEFONES Redação (19) 3324-6062 Comercial (19) 3044-1286 contato@jornalzen.com.br www.jornalzen.com.br Circulação: Campinas Indaiatuba Valinhos Vinhedo Jaguariúna Holambra São Paulo (Avenida Paulista, Vila Madalena e Vila Mariana)

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É necessário integrar! Ana Regina Caminha Braga

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ara que a pessoa com deficiência aprenda, ela precisa ser integrada ao meio e ao convívio social. E a escola tem um papel fundamental nessa integração, já que o professor entra com a função de reabilitador. É papel do docente integrador elaborar atividades que atendam e incluam o aluno com deficiência dentro de suas habilidades e limitações. No entanto, para isso acontecer passamos por um movimento no qual a criança com deficiência, muitas vezes, foi inserida numa escola, instituição ou lugares para adquirir novas aprendizagens longe de casa, do convívio da família, dos colegas e da sociedade. É importante refletir se nos dias atuais colocar a criança ou um adulto longe de sua realidade vai de fato contribuir para a sua aprendizagem, porque considera-se que o ser humano precisa vivenciar conflitos e com as pessoas com deficiência não é diferente. Elas precisam aprender a lidar com as diversas situações da vida. No âmbito educacional quando a integração escolar é abordada de maneira a considerar o aluno como um sujeito que independen-

Saudades, sim. Tristeza, não Kie Kume

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este mês de novembro lembramos, de maneira especial, dos entes queridos que já partiram. É normal chorar o vazio da saudade. Mas, reviver as virtudes, os bons exemplos e o carisma de quem partiu é um grande estímulo para vivermos melhor, na certeza de que, com nossas almas purificadas, estaremos um dia juntos novamente. É essa certeza que deve sobrepor-se à tristeza e à dor da separação, acompanhada da consciência de que a vida neste mundo é finita. Em geral, na medida em que vamos envelhecendo, adquirimos consciência de que devemos estar preparados para um dia encerrar nossa caminhada neste mundo. Envoltos em sonhos de conquistas e realizações, os mais jovens, como é natural, tendem a fugir dessa certeza de finitude, da qual somente se aproximam em momentos de perdas – do pai, da mãe, de um irmão, de amigos. E as separações são sempre mais traumáticas em caso de um acidente ou de doenças graves prematuras. Jovens ou idosos, todos devemos ter a consciência de que ninguém vive para sempre – exceto nossas almas. Como o nascimento de uma criança é sempre fonte de grande felicidade para uma família, deve-

mos estar certos de que a morte é o renascimento para a eternidade. É essa certeza, pregada por todas as religiões, que dá sentido à nossa vida aqui na Terra e alimenta nossa luta em busca da Verdade. O grande autor e líder espiritual japonês Ryuho Okawa nos lembra, em Mensagens do Céu, que “tanto Buda quanto Jesus ensinaram que a alma é nossa verdadeira natureza e que estamos vivendo neste mundo apenas temporariamente. Essas verdades nunca irão mudar” e apenas precisam ser transmitidas em linguagem atual às pessoas de nosso mundo materialista e consumista. “O mundo precisa de conhecimento espiritual, isto é, saber de onde vêm as almas e para onde irão após a morte. É essencial para a nossa felicidade sabermos que somos seres espirituais”, diz Okawa. “Não importa o quanto acumulemos de conhecimento, não teremos sabedoria de fato e não encontraremos o caminho de casa se não soubermos de onde viemos e para onde vamos.” Somente com essa fé na eternidade conseguiremos aceitar as marcas do tempo e nosso próprio fim. William Shakespeare, em seu Soneto 19, descreve de forma magistral o envelhecimento. Refere-se ao tempo como voraz, que “corta as garras do leão” e “arranca os dentes afiados da feroz mandíbula do tigre”, não evitando

te das suas limitações e deficiências. Uma questão relevante de se considerar é que inserir na sala de aula um aluno com necessidades especiais sem oportunizar estratégias que possam contribuir para o seu aprendizado pode comprometer as aquisições futuras ou estagnar o processo. Portanto, a integração pela integração sem colocar a frente desta atitude uma objetividade acaba não atingindo o ponto crucial da integração escolar. Os alunos com necessidades especiais precisam ter as mesmas condições de aprender dos demais alunos. O primordial é que a criança/aluno com deficiência tenha a oportunidade de participar e aprender na escola e no meio social de maneira significativa, para que as experiências sejam vividas e divididas com os seus parceiros de aprendizagem, ou seja, amigos, colegas e professores. Independente da condição e comprometimento que o aluno tenha, é o professor que precisa acompanhar suas atividades e direcionar os passos dados ou que é adequado orientá-lo. Ana Regina Caminha Braga é escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e gestão escolar

nem o “crime hediondo” de marcar “com as horas” a bela fronte de um amor. Mais lírico, o educador e poeta Rubem Alves diz que “Deus existe para tranquilizar a saudade. Quem é rico em sonhos não envelhece nunca. Pode até ser que morra de repente. Mas morrerá em pleno voo...” Que este mês de novembro reavive em cada um de nós, idosos ou não, a consciência de que devemos estar sempre preparados para deixar este mundo, vivendo cada dia como se fosse o último, com fé, amor, confiança e tranquilidade. Em As Leis da Sabedoria, Ryuho Okawa ensina que “depois da morte, a única coisa que o ser humano pode levar de volta consigo para o outro mundo é seu ‘coração’. Dentro dele reside a ‘sabedoria’”. O autor afirma que “é importante que você leve um tipo de vida que não seria motivo de vergonha ou desonra se você estivesse no mundo celestial” (do livro Trabalho e Amor). Que a lembrança dos que já partiram renove nossa fé em uma vida eterna e nos estimule a imitar os bons exemplos e as virtudes cultivadas pelos entes queridos, realizando nossos próprios sonhos de felicidade. A lembrança de tudo o que eles fizeram de bom ao longo de sua vida é um grande estímulo em nossa caminhada. Saudades, sim. Tristeza, não. Kie Kume é gerente da IRH Press do Brasil, que publica os livros em português de Ryuho Okawa


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problemática das drogas, desde sempre, faz parte da vida da escritora Sandra Maria Pires Vieira Sahd. O trabalho com dependentes químicos no Instituto Padre Haroldo, fundado pelos pais juntamente com o jesuíta americano naturalizado brasileiro, consolidou sua paixão por ajudar o ser humano. Nascida em Campinas e formada em educação física, Sandra ingressou no mundo cultural e artístico em 2007, quando se tornou apresentadora de programa de TV na Rede Século 21, onde, durante dez anos, tratou de assuntos ligados à dependência química. Em 2011, fundou a organização social Embaixadores da Prevenção, inicialmente um projeto de prevenção às drogas, mas que logo ampliou sua abrangência visando promover a saúde integral por meio de dinâmicas corporais, artísticas e culturais com base no estímulo das virtudes do ser humano. No ano seguinte estreou como autora de livros infantis. No total, foram sete obras lançadas. Sandra Sahd também é empresária no ramo de palestras e treinamentos. Nesta entrevista ao JORNALZEN, ela fala mais sobre seu engajamento na questão das drogas e a missão de formar pessoas cujas escolhas transformem o mundo em um lugar melhor. O que a levou a se interessar pela problemática das drogas? Ao chegar no Brasil, em 1964, a primeira pessoa com quem o padre Haroldo Rahm conversou e que o apoiou ainda na Igreja São Pedro Apóstolo foi minha mãe, Clarice. Todas as reuniões de diretoria do Instituto Padre Haroldo, desde 1978, eram realizadas em minha casa. Fui funcionária do instituto por uma década. Junto ao trabalho de captação de recursos e voluntários e coordenação do setor de eventos, fui apresentadora do programa de TV In-Dependente, em que o tema central era drogas e dependência química. Como surgiu a ideia de criar a organização Embaixadores da Prevenção? Nos dez anos apresentando um programa de TV, meus entrevistados eram dependentes químicos e seus familiares. Sempre que perguntava “por que você escolheu usar drogas?” as respostas diversas estavam sempre ligadas à falta de equilíbrio em algum setor da vida desses dependentes. Junto a esse desequilíbrio, sempre as respostas também estavam ligadas à falta de sabedoria e de determinada virtude que é fundamental na vida de todo e qualquer ser humano. Por não entender o que significava realmente a virtude da coragem, faltava esse elemento para dizer “não às drogas.” Por falta de determinação, muitas vezes aceitar o convite de um amigo para um primeiro experimento também era uma resposta muito frequente. Pensando em todas as respostas e toda a experiência adquirida

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ZENTREVISTA|Sandra Sahd

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MISSÃO DE FORMAR

Escritora engajada na questão das drogas é idealizadora de projeto focado na prevenção visando a saúde integral a partir das virtudes do ser humano Divulgação

Até que ponto o quadro de inversão de valores da sociedade dificulta no processo de recuperação? O verdadeiro significado de virtude é “a prática do bem”. É a prática dos nossos verdadeiros valores. Aqueles que nos unem, nos transformam e que fazem a nós, seres humanos, nos respeitarmos e nos amarmos. A virtude é algo puro, sempre positivo e que jamais terá inversão. Porém, inverter os valores faz com que as pessoas se percam e tenham suas escolhas e suas vidas em desequilíbrio que, muitas vezes, refletem em uso e abuso do álcool e outras drogas. Acreditar em algo que não é bom para você dificilmente fará com que um dependente químico “se liberte” do seu vício. De que forma a arte e o esporte podem ser usados como ferramentas de inclusão social? Utilizar a arte e o esporte para atrair as crianças e jovens para o caminho do bem, das virtudes, é fundamental. Nas atividades físicas e artísticas, as crianças e jovens dedicam seu tempo ao que é bom. Eles conseguem, tanto na atividade física como na atividade artística, preencher seus dias, pensamentos e angústias com momentos bacanas e produtivos, e que podem transformar suas vidas.

“Não consigo pensar nenhuma vida sem a presença da espiritualidade” no Instituto Padre Haroldo, e estando completamente ligada à imprensa, cada vez mais me perguntava: por que enfatizamos o problema? Por que nossa sociedade está sempre mais propícia a calcular e a contar os seus vícios do que suas virtudes? E por que não mudar esse paradigma na sociedade? Foi pensando nisso que, profundamente inspirada, sonhei com o nome “Embaixadores da Prevenção”, bem como com sua missão de formar uma nova geração de pessoas que, por meio de escolhas, hábitos saudáveis e a vivência das virtudes, transforme o mundo em um lugar melhor. Qual a importância da espiritualidade no combate à dependência química? Não consigo imaginar nenhuma

vida sem a presença da espiritualidade. Na realidade, é quando não existe essa presença que a vida verdadeira, alegre, feliz e sem drogas, tem dificuldade de existir. Quem praticamente nasceu nos braços do padre Haroldo Rahm, como eu, cresceu sabendo que espiritualidade é se entregar nas mãos de Deus e viver em função da inspiração d’Ele em nossas vidas. Quando um jovem se direciona para as drogas, muitas vezes o que lhe faltou foi o verdadeiro entendimento do termo espiritualidade, que cada vez mais as pessoas têm entendido que é muito diferente do termo religião. Sem entender e, mais que isso, viver a espiritualidade, fica muito difícil conseguir sair-se bem de qualquer tipo de dependência.

Como avalia a proposta de nosso jornal, de divulgar iniciativas ligadas ao bem? Uma proposta sensacional! Vejo que a grande falha da imprensa é focar nos problemas, não nas soluções. É focar na desgraça do ser humano ao invés de mostrar as ações maravilhosas que ele tem realizado. Infelizmente, nossa imprensa foca nos vícios, não nas virtudes. O JORNALZEN é um veículo de comunicação que atinge o coração das pessoas. E, cada vez mais, será isso que o ser humano “comprará”. Ver essa transformação na sociedade é a coisa mais gostosa do mundo. Que mensagem gostaria de deixar para nossos leitores? Dos nove livros que escrevi, um que me agrada demais é o intitulado Um mundo melhor é inevitável. Escolhi esse título porque sinto profundamente que, quando menos esperarmos, teremos aquele mundo todo lindo, alegre, justo e colorido que queremos. Esse sonho pode existir a cada instante. Basta agradecermos.


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O valor das experiências Tudo o que aprendemos tantemente experiêncom as experiências vicias novas a fim de que vidas fica armazenado sejamos um ser comem nossa memória copleto em entendimenmo conquistas prontas to, em compreensão, a nos auxiliar nos moem discernimento e ementos difíceis. Cada exquilíbrio, pois só assim periência bem-sucedida estaremos preparados é incorporada ao nos- JOÃO BATISTA SCALFI para enfrentar o que so ser, tornando-se um Vice-presidente do Educandário nos advém, como tesmanancial à nossa dis- Deus e a Natureza (Indaiatuba) tes para verificar o que posição, para que o utiaprendemos. lizemos em nossas necessidades. E é de experiência em expeA vida sempre apresenta sur- riência que compomos a nossa presas que nos alegram ou nos existência. entristecem, como seres humanos Quando chegamos nesta vida, em evolução, temos momentos trazemos já uma certa bagagem de dificuldades que nos preocu- de conhecimentos vividos em oupam, que nos ferem, que exigem tras existências, ao nos retirarmos, de nós uma cota maior de sacrifí- levaremos uma bagagem muito cios e entendimento, a fim de que maior. Estaremos mais preparados, as enfrentemos com serenidade e o nosso Espírito mais evoluído, se e aceitação, e delas tiremos as li- esse for o nosso merecimento. ções que nos serão benéficas. Esta é a finalidade maior de cada Se soubermos aproveitar de ca- existência terrena – a evolução que da experiência desagradável, reti- cada um deve realizar, porque, como rar o melhor para o nosso progres- filhos de Deus, um dia devemos nos so, com o passar do tempo, verifi- reunir todos em torno d’Ele, como caremos que ela nos foi benéfica. filhos pródigos que retornam a casa Cabe a nós, pois, transformar do pai, tendo cumprido bem as suas os nossos momentos, sabendo ver tarefas e progredido. em cada situação a oportunidade Se assim soubermos viver, se que nos está sendo proporciona- de cada experiência retirarmos o da para o nosso aprendizado e, melhor, nossas dificuldades seconsequentemente, para o nos- rão vencidas num tempo menor, so progresso espiritual. e estaremos a caminho da feliciA vida na Terra nos oferece cons- dade almejada.

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Vida, morte e ressurreição Rafael Gomes

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stamos entrando em uma nova fase no Brasil que talvez melhore a ansiedade sobre as incertezas políticas e econômicas que vivemos nos últimos meses. É fato que nos últimos anos acreditamos no crescimento e nas promessas de agentes políticos que utilizaram de populismo e expansionismo para promover o tão sonhado desenvolvimento do Brasil, porém sem cuidar dos lastros econômicos para a sua perpetuidade. Por instantes vivemos o deslumbre do “sonho americano” de sucesso e prosperidade e esquecemos de nos preocupar com o amanhã. E o que aconteceu? O amanhã virou o hoje e nos demos conta de que não fizemos a lição de casa! Se analisarmos o comportamento das empresas é fácil constatar que elas, em sua maioria, performaram seus lucros somente pela ótica de caixa sem dar a devida importância e para a ótica econômica, ou seja, nos últimos anos as empresas brasileiras viveram como se nunca fossem morrer e morreram como se nunca tivessem vivido. Muitos quebraram sem saber, antes mesmo da crise chegar, pois aumentaram suas dívidas e não se preocuparam em renovar suas estratégias (longo prazo). A lição aprendida é que precisamos mudar, buscar melhorias constantes, mesmo com o vento a favor, pois o que vemos hoje é reflexo de uma alavancagem e estímulo de crédito sem a devida responsabilidade de planejar o futuro. No fundo fomos penalizados por um comportamento sistêmico de aumentar o nível de endividamento pela empolgação do “agora chegou a nossa vez”. Tudo bem que hoje existe uma expectativa de que a mudança de governo tornará as políticas econômicas mais responsáveis, e já sabemos que em mercados emergentes como o nosso “qualquer movimento financeiro tende a ser amplificado”, mas o mais importante é não esquecermos de que ainda existe muita dívida a ser paga, e que a expectativa em relação a economia brasileira já vem sofrendo uma transformação considerável. No começo do ano, vimos que agências de risco, como a Fitch Rating, retirar o grau de investimento do Brasil atribuindo uma perspectiva negativa para 53% das empresas, onde apenas 6% têm perspectiva positiva. Porém, já é possível sentir uma onda de reação econômica após o impedimento da ex-presidente Dilma relacionado a agentes externos que voltaram a

colocar os países emergentes na mira do capital financeiro. Não será fácil o renascimento do mercado, pois temos uma dura missão de administrar um cenário de retração da economia combinado com o aumento de impostos e incerteza de investidores. Nos próximos anos o aumento de “lucro” será um esporte para poucos, porém a lição de casa precisa ser feita, precisamos de uma boa base política, econômica e social para sairmos desse cenário. Temos todos os ingredientes para a ressureição da economia brasileira, porém, teremos que nos atentar na ordem em que cada um deles será colocado, na forma com que serão misturados e no tempo certo que esse pão irá crescer para ser dividido. Como disse Adam Smith no clássico livro A Riqueza das Nações: “Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperarmos nosso jantar, mas da consideração que eles têm pelo seu próprio interesse.” Então teremos que trabalhar arduamente sem esquecer da lição do crescimento sem responsabilidade, do comodismo de não nos preocuparmos com a economia, do medo de competir e cooperar com o mercado e da ampliação de negócios com paços maiores que as pernas. Agora, o que nos resta é somente o trabalho árduo e a fé na ressurreição da economia brasileira. Como dizem, orar e vigiar, eu digo, trabalhar e acreditar. Rafael Gomes é formado em administração de empresas com MBA em gestão financeira, auditoria e controladoria


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Doar órgãos faz bem a todos Pedro Cardoso da Costa

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em dúvidas, um problema complexo até para o debate. Envolve tudo o que há de mais sagrado nesse “plano” da vida. Quando se trata de doador vivo, este abre mão de parte de seu corpo para integrar o corpo de outra pessoa. Noutra condição, o doador é considerado falecido pela ciência, mas precisa ter a sua vida prolongada por aparelhos para que a vida de outro siga com mais conforto, ou simplesmente continue. Essa é a parte física inescapável dessa relação entre receptores e doadores de órgãos. Embora de extrema gravidade, essa talvez seja a etapa menos complicada. Existem religiões que não permitem a transfusão de sangue a seus seguidores. Não raro o noticiário diulga um conflito entre um médico com o dever de salvar o paciente e uma família que não permite a realização desse processo. Outros preferem não fazer a doação de órgãos de algum familiar, por entender que a pessoa deve ir para o outro plano na sua integralidade, como aportou por aqui. Quem tem um ente querido precisando de um órgão não entende as razões de alguém se negar a dar condições de uma vida melhor a outra pessoa. Essa defesa poderia até ser reforçada com o princípio religioso do “ama ao próximo como a ti mesmo”. Aqueles situados numa posição oposta, com um parente à beira da morte, podem colocar dúvida na ciência e acreditar numa possibilidade de cura e consequente sobrevida do ente

querido. Essa tese também tem o reforço da fé religiosa. Inclusive, pode reforçar essa posição a tese de que alguém só se torna santo se possuir dois milagres comprovados. Ou seja, quem assim se posiciona tem todo direito de acreditar que seu parente venha a ser merecedor de um milagre. Apesar de parecer contraditório comprovar milagres, não se pode negar que se trata de um requisito exigido para a beatificação de alguém. E se exatamente aquele parente for o merecedor desse feito? Apesar de tantos conflitos, o que deve merecer uma análise leve, confortável, segura é que todas as crenças, a fé, os rituais colocam a vida em primeiro lugar. Todos eles são meios de se tornar a vida um pouco melhor. Não se deve expressar um conceito taxativo, atribuindo a quem doa o atributo de “correto”, nem considerando “errado” aquele que opta por não doar. Mas, quem escreve deve passar algum elemento para fortalecer um dos lados. Como a vida é o bem mais importante neste plano, a dor da família doadora deve ser reconfortada com o bem gerado à outra parte. Também não há dúvida quanto a se tratar de uma decisão extremamente difícil. Ao doar, a família vai dar vida a quem recebe e aliviar o sofrimento de todos os envolvidos, especialmente dos familiares do receptor. O bem suplanta qualquer dor. Praticá-lo é defendido por qualquer religião, crença ou filosofia de vida. Doar órgãos só traz o bem para todos e talvez seja a maior demonstração de amor que exista. Pedro Cardoso da Costa é bacharel em direito

Receita com tahine Sésamo Real O tahine é um alimento feito exclusivamente das sementes de gergelim moídas. A versão tradicional é produzida a partir das sementes descascadas e a integral, das sementes com a casca. A moagem resulta em uma deliciosa manteiga vegana, livre de glúten, lactose e 100% natural. Milenarmente conhecida e utilizada nas sofisticadas receitas do BROWNIE VEGANO Ingredientes * 1 xícara de tahine Sésamo Real * 1½ xícara de água * ½ xícara de polvilho de araruta * ½ xícara de açúcar mascavo * ¾ de xícara de cacau em pó 100% * 1 colher de sobremesa rasa de pó Royal * 1 colher de sobremesa rasa de bicarbonato de sódio 1 pitada de sal 1 colher de sobremesa rasa de essência de baunilha * 1 xícara de coco ralado * 1 pitada de canela * Óleo vegetal para untar

Mediterrâneo e do Médio Oriente, vem sendo cada vez mais difundida na culinária ocidental. Principalmente por ser de consistência cremosa, o tahine faz com que nosso organismo absorva toda a nutrição e funcionalidade que o gergelim oferece de forma completa, por isso o consumo do tahine por pessoas que se interessam por uma alimentação saudável aumenta a cada dia. Divulgação

Modo de Fazer (manual ou usar batedeira) Misture metade da água com o tahine para emulsionar. Em seguida, acrescente o restante da água e misture. Adicione o açúcar mascavo para dissolver. Misture bem os demais ingredientes. Coloque em forma untada. Asse durante 35 a 40 minutos em forno preaquecido (160-180 graus).


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PANORAMA DIA MUNDIAL DA GENTILEZA

Em comemoração ao Dia Mundial da Gentileza (13 de novembro), a campanha “Operação Gentil” vai distribuir sugestões de ações gentis por meio de mensagens em balões de gás hélio, no Parque Taquaral, em Campinas, a partir das 9h. Cerca de 15 empresas patrocinarão o evento e cada uma delas receberá uma missão com uma gentileza, como realizar grandes doações a instituições carentes.

CINEMA AMBIENTAL

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) recebe até 1º de dezembro a quinta edição da Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental. Serão 16 sessões e seis debates com professores e pesquisadores da instituição. A programação é aberta ao público. Os filmes serão exibidos na Casa do Lago e no auditório da Adunicamp. Mais informações: www.facebook.com/mostraecofalante

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA

O espaço Matilha Cultural, em São Paulo, sedia até 18 de dezembro a exposição fotográfica Hiroshima 70. A mostra reúne imagens de fotógrafos de diversos países desde 1945. A exposição também apresenta cartazes criados entre 1970 e 2010 por movimentos de resistência antinuclear. De terça a sábado, das 14h às 21h. A Matilha Cultural fica na Rua Rego Freitas, 542 (Centro). Mais informações: www.matilhacultural.com.br

MÚSICA PARA JOVENS

A Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (USP) promove dia 26 de novembro, às 11h, evento gratuito para jovens na comunidade do Jardim São Remo, localizada em área vizinha ao campus da universidade no Butantã. Sob regência de Willian Coelho, a orquestra exibe o musical infantil Um Grão de Folia, no Circo Escola Bom Jesus (Rua Aquianés, 13 – Vila Butantã). Mais informações: sinfonica@usp.br ou (11) 3091-3000

GRUPOS DE REFERÊNCIA DO PROJETO GURI

Estão abertas até 27 de novembro as inscrições para os Grupos de Referência do Projeto Guri. A seleção, voltada a alunos e ex-alunos, é feita anualmente por meio de testes práticos e entrevistas. Os mais pontuados recebem por dez meses uma bolsa que custeia despesas com transporte e manutenção dos instrumentos. Mais informações: www.projetoguri.org.br/programadebolsas

VOLUNTÁRIOS PARA AÇÃO DE NATAL

O grupo Amigos do Noel está buscando voluntários para a campanha de Natal deste ano, que vai ajudar mais de 700 crianças carentes de Campinas. A ação, que existe há 12 anos, recruta padrinhos para cada uma das crianças, que serão responsáveis por elaborar o kit de Natal, composto por uma troca de roupa, um calçado e um brinquedo. Todos os itens devem ser novos. Mais informações: amigosdonoel.campinas@gmail.com

CROWDFUNDING

Em parceria com a plataforma de projetos sociais Juntos.com.vc, a ONG Banco de Alimentos lançou campanha virtual com o objetivo de arrecadar 44 mil reais. O valor será destinado a quitar as parcelas do veículo utilizado na coleta e distribuição de alimentos. Hoje, a organização doa alimentos para 42 instituições. As doações podem ser feitas pelo site http://bit.ly/2dLMWxV

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Padre Haroldo Predisposição Quem pratica ioga fielmente nunca vai ter problema com álcool e outras drogas. Porém, podemos ter membros da nossa família com esse problema. Existem mais de 3 mil comunidades terapêuticas só no Brasil que tratam os dependentes. Como sacerdote jesuíta, vivo com mais de 200 deles e nossa obra tem o seu apostolado com mil pessoas em prevenção, tratamento e reinserção diariamente. Por essas razões escrevo sobre predisposição. Predisposição para o álcool e outras drogas que influenciam nossa vida. Os motivos são normalmente psicológicos ou sociais. Indivíduos consomem drogas porque se sentem bem com os efeitos químicos imediatos que elas provocam no cérebro. Usam substâncias psicoativas porque elas os ajudam a fazerem parte de um grupo social. Seja qual for a razão, uma coisa é certa: se o usuário tiver predisposição para a dependência química, seguramente seu organismo desenvolverá tolerância à droga, exigindo quantidade cada vez maiores para alcançar o mesmo efeito. Eis uma explicação física para a adicção: as células se adaptam aos níveis crescentes da droga de tal forma que não conseguem funcionar normalmente sem a presença dela. Quanto mais a pessoa utiliza substâncias químicas para se sentir bem consigo mesma, menos aprende a lidar com os seus próprios sentimentos e a experimentar, sem as diferentes situações impostas pela vida. Todas as drogas resultam em algum tipo de prejuízo ao cérebro e ao organismo. Da nicotina do cigarro, aceita socialmente, ao temível crack, qualquer substância psicoativa repercute negativamente na saúde do consumi-

dor. O impacto, no entanto, varia conforme a vulnerabilidade do usuário e a intensidade do uso. Aqui cabe uma explicação: o cérebro é composto de milhões de células que se comunicam entre si e com o restante do corpo por meio de mensageiros químicos chamados neurotransmissores. Cada indivíduo possui um “balanço” de neurotransmissores, responsável pela base química de sua personalidade, habilidades e capacidade de superar dificuldades físicas e psicológicas. A droga provoca diferentes tipos de desequilíbrio neste “balanço”, gerando descargas e bloqueios prejudiciais ao cérebro. Isso explica as mudanças de comportamento, diferentes para cada tipo de química observadas nos usuários. Talvez seja preciso haver uma predisposição bioquímica, originada em fatores não totalmente conhecidos da ciência, para instalação aditiva. A extensão das consequências do consumo de drogas depende, portanto, do tipo de químicas usadas, das circunstâncias em que são usadas e do grau de predisposição do usuário. Estudos mostram que indivíduos possuem níveis diferentes de suscetibilidade para a adicção. Para alguns basta uma pequena quantidade, durante curto período de tempo, para deflagrar a dependência. Outras necessitam consumir quantidades maiores por período maior de tempo, para desenvolver a doença. É importante frisar: todas as drogas alteradoras do estado de humor, usadas aditivamente ou não, são agentes químicos que produzem mudanças importantes no funcionamento do cérebro. Haroldo Rahm é presidente emérito do Instituto Padre Haroldo


Bom trânsito para nós! Marks Pintija

Alterações na lei de trânsito Desde o último dia 1º estão em vigor no país dezenas de novas alterações nas leis de trânsito, que afetarão o comportamento e a conduta dos motoristas. Muitas delas se tratam de punições mais severas, seja do ponto de vista financeiro até mesmo do direito a dirigir. Dentre algumas mudanças vou destacar os novos valores de multa para todas as infrações: gravíssima – R$ 293,47; grave – R$ 195,23; média – R$ 130,16; e leve – R$ 88,38. Outra novidade é a possibilidade de aceitar o cometimento da mesma e pagar a multa com desconto de 40%, deixando de apresentar recurso assim como milhões de motoristas fazem, mesmo sabendo que cometeram a infração. Haverá ainda, em breve, a opção de receber as notificações por meio eletrônico. Um caso confuso é o uso do celular para “conversar”, que continua sendo uma infração

média, enquanto que se o ato for “manusear, sem necessariamente telefonar”, para ver algo ou teclar, a infração será gravíssima. Outra mudança de destaque é o período mínimo de suspensão da CNH, a qual era um mês e passa a ser de seis meses. Milhares de motoristas ainda não perceberam o tamanho da restrição que terão em suas vidas se não mudarem o comportamento ao veículo. Por fim, destaco a previsão legal para que os Demutran (órgão da prefeitura) possam fiscalizar as vagas de estacionamento reservadas (para idosos e pessoas com deficiência) dentro das áreas privadas de uso coletivo, desde que não utilizem o cartão de portador. Fica a dica: busque mais informações sobre tudo isso. Marks Pintija é especialista e educador em trânsito

Campinas sedia congresso internacional sobre drogas Evento internacional de debate sobre o tratamento e prevenção às drogas, o 4º Congresso Freemind reunirá em Campinas, entre 7 e 11 de dezembro, mais de 3 mil participantes, entre brasileiros e estrangeiros. Mais de 160 personalidades ligadas às áreas de saúde, educação, esporte, prevenção e assistência social estarão presentes. Dezesseis palestrantes internacionais de entidades como Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização dos Estados Americanos (OEA) e do governo americano participarão de 30 painéis com temas como dependência digital, drogas lícitas e ilícitas, educação e comunicação. Entre os 18 palestrantes brasileiros estão nomes como Augusto Cury, Anthony Wong, Ronaldo Laranjeira, João Lotufo e o

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ex-jogador de vôlei Giba. Homenagem Colunista do JORNALZEN e referência mundial no combate à drogadição, por meio do Instituto Padre Haroldo, padre Haroldo Rahm será homenageado no primeiro dia do congresso. A abertura oficial está prevista para as 19h. Além de cursos de capacitação, o congresso terá eventos paralelos, como a segunda edição da Conferência Nacional de Comunidades Terapêuticas e o Simpósio Estadual do Amor Exigente. O 4º Congresso Internacional Freemind é uma realização da Mobilização Freemind, criada no Brasil em 2012 e que faz parte de uma rede mundial de organizações com os maiores especialistas em dependência química. Inscrições, programação e mais informações em www.freemind.com.br.

Coragem de aceitar Tenho observado um fenômeno muito frequente. Quando o aluno não está bem, deixa de praticar. Às vezes, fica um mês inteiro sem a prática. Quando pergunto a razão de tal atitude, a resposta frequente é: “Estou com a energia não muito boa e não queria prejudicar o ambiente”. Parece um argumento lógico e racional. Mas está eivado de vício substancial. A primeira pergunta que faço é: “Se um amigo seu estivesse precisando de sua ajuda, você estenderia a mão para ele ou não?” A resposta é óbvia. Emendo com outra pergunta: “Para você é ônus ou prazer estender a mão a um amigo em necessidade?” A resposta continua óbvia. A escola está num período altamente criativo. Temos conseguido práticas muito fortes. Quem participa do sat chakra presencia momentos especiais. Mas, também acontece em vários outros momentos. A principal razão dessa energia forte é a cumplicidade entre as pessoas. A maioria de nós está disposto a estender a mão para o outro e tem a energia necessária para aceitar uma mão estendida. Se somos solidários,

se cultivamos valores humanos nobres, as nossas práticas tornam-se fortes e intenCLÉLIO BERTI sas. Diretor da Portanto, Uni-Yôga Flamboyant você poderá melhorar o clima da escola de duas maneiras: 1 – Quando alguém que você conhece está em dificuldade, ofereça-se para ajudar, dentro das suas possibilidades. Estenda a sua mão ao outro. Essa atitude, todos nós a temos. Portanto, estou muito feliz, nesse quesito. 2 – Se você estiver precisando de ajuda, tenha a vontade suficiente para aceitar a mão estendida. Não deixe que pensamentos menos nobres impeçam-no desse ato tão corajoso. Um dia estendemos a mão, no outro, aceitamos uma ajuda. A maioria de nós já aceita, mas, precisamos melhorar. Estou feliz, mas, gostaria de estar mais feliz, ainda. Lembre-se do ditado: “Uma mão lava a outra e ambas lavam o rosto”.


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O tempero da vida As Upanishads são texciais. Geralmente foram tos que estão nas partes pessoas que fizeram a finais dos Vedas. Nelas diferença e aproveitaram sua existência paestão contidas a maior ra crescer, aprender e parte do conhecimento da tradição védica dividir sua vida com os e das orientações para outros a sua volta. Seuma vida de autocorão lembrados pelo bem que fizeram. nhecimento. Vedanta é Certo dia, ouvi na teo estudo desses textos, que apesar de serem MÁRCIO ASSUMPÇÃO levisão um filósofo exmuito antigos, contém Professor de ioga e diretor planar sobre por que gosdo Instituto de Yogaterapia tamos mais das flores uma sabedoria incrível naturais do que as flores e atemporal. Temos um grupo de estudos de plástico. Segundo ele, é porde vedanta em Campinas e aca- que as naturais são impermanenbamos de estudar o texto Katha tes e duram pouco, sabemos que Upanishad. É uma Upanishad que são efêmeras, por isso as valorizafala sobre a morte e como o ve- mos. Morrem rápido, duram pouco, por isso damos mais valor. danta aborda esse assunto. Na Katha Upanishad é dito que Na véspera de terminar o estudo do texto perdi um familiar a morte é o tempero da vida, é muito próximo e querido. Foi uma o sabor que nos faz seguir em sincronia refletir sobre a morte frente, cientes da finitude de tudo que existe. com o meu coração em luto. A vida ganha mais valor quanO luto precisa ser vivido, pois é o tempo necessário para aco- do ficamos conscientes que pomodarmos a ausência de alguém demos perdê-la a qualquer momento. Viver com sabedoria é que fazia parte da nossa vida. A verdade é que, na maioria ter a clareza de que as pessoas, das vezes, nunca estamos pre- os lugares e objetos são imperparados para partir e ver os en- manentes, ou seja, tem cometes queridos partirem, ainda que ço, meio e fim. Quanto antes entendermos saibamos que isso acontecerá que o objetivo principal da viinevitavelmente. Penso que a maioria das pes- da é o autoconhecimento e a lisoas gasta muito tempo em ilu- beração, mais conseguiremos sões, brigas e desavenças, esque- amarmos uns aos outros como cendo-se de que no dia seguinte os Mestres nos ensinaram. a outra pessoa poderá não estar mais presente. Outra vezes, movi- Para aqueles que se interessam dos pelo egoísmo, nos julgamos pelo estudo de vedanta, temos insubstituíveis, o que é um gran- cursos contínuos que aprofunde equívoco, pois a vida segue o dam o conhecimento das Upaseu curso, com ou sem a presença nishads. Ano que vem, estaremos estudando a Kaivalya Upade cada um de nós. Ninguém é insubstituível. Po- nishad que fala sobre meditação rém existem pessoas que fazem e contemplação. As inscrições já muita falta porque foram espe- estão abertas.

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UNIVERSO DIGITAL

Amanda La Monica

Seu produto vale a pena? O público consegue identificar a essência e a marca de sua empresa em todos os seus materiais? E você? Está transmitindo algo ou apenas divulgando? Este mês, a dica de ouro é: sem identificação, não há conexão. Sem conexão, não há consumo. Sem consumo, não há resultado. Simples assim. Sua marca precisa se comunicar efetivamente através de todos os materiais produzidos e divulgados. O alinhamento desses materiais também é muito importante. Todas as peças e o conteúdo divulgado devem transmitir a mesma mensagem. Diferentes abordagens podem confundir e desconectar. Esta comunicação a que me

refiro não é institucional. Não é apresentar algo e, sim, entregar um conteúdo concreto, expor um material que impressione e faça o público sair da zona de conforto e agir: ligar, mandar um e-mail e consumir seu produto/serviço. Nos dias atuais, o mundo é fast – fast food, fast life, easy life. Tudo fácil e prático. Você é um produto pelo qual vale a pena levantar e agir? Você está comunicando isso? Se sua resposta foi não, te convido a parar um breve tempo para definir o que fará seu produto valer a pena e como você pode comunicar e divulgar isso. E lembre-se: estou sempre à disposição e curiosa para saber suas evoluções e inspirações.


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NOVEMBRO/2016

Marcelo Sguassábia Dublê de Chaplin O cara nunca teve graça nenhuma. No começo era até meio gordo, desajeitado, nem sabia segurar a bengala direito. A criação do personagem foi dele, sim. Mas entre a concepção do vagabundo e a tentativa de dar vida a ele, vai uma desastrosa diferença. Charles bem que tentou, mas Carlitos na pele dele foi, essa sim, uma ridícula piada. Não é que eu substituía eventualmente o Carlitos, em uma ou outra cena, como os dublês geralmente fazem. O Carlitos era eu, cem por cento do tempo. Vinte e quatro quadros por segundo. O acordo estabelecido com Chaplin me rendeu extraordinária independência financeira, que perdura até este entediante 1936. Mas chega uma hora na vida em que dinheiro já não significa tudo. Melhor dizendo, chega uma hora em que ele passa a significar nada, onde o relevante mesmo é tão imaterial e provisório quanto uma comédia muda projetada numa tela rasgada de um pulgueiro de Varsóvia. Não me interessa qualquer outro pacto lucrativo com ele hoje, nem com seus herdeiros daqui há alguns anos. Quero a verdade e a glória que me cabe, e preciso disso em vida. O contrato que fizemos, ainda em 1914, prevê pena pesada pela quebra de sigilo, mas nunca estive tão disposto a pagar por ela. O vagabundo que incorporei é a figura mais imitada do entertainment mundial, e eu fico tentando imaginar Charles Spencer Chaplin, esse embusteiro glorificado injustamente com um Oscar honorário, na fila dos indigentes para pegar sua sopa em algum gelado natal nova-iorquino. Sim, porque assim seria se não fosse eu. Sendo eu o vagabundo nas telas, o vagabundo na prática aca-

bou sendo ele. Um vagabundo milionário, parasita do talento alheio, um sujeito que não sabe como criar meios de tornar ainda mais extravagante e perdulária a sua vida. Que tenta mas não consegue dar vazão às montanhas e mais montanhas de dinheiro que chegam de Hollywood para abastecer sua conta. E dá-lhe flashes, entrevistas, biografias autorizadas e não autorizadas, paparazzi, verbetes de enciclopédia que dão a coroa de gênio a quem de genial não tem nada. Isso é o que ele é: um usurpador desengonçado, que mal equilibra um chapéu coco na cabeça enquanto anda, e que na frustrada tentativa de encarnar Carlitos não lograva arrancar risos nem da própria mãe. Para ele, só existe uma coisa mais ameaçadora do que o medo da verdade vir à tona: é o receio de que algo me aconteça. Por isso me mantém em uma bela mansão no Kentucky, bem longe das luzes da ribalta e dos tapetes vermelhos, que é como um casulo asséptico a me resguardar do mundo real. E dessa redoma só estou autorizado a sair para o set de filmagem, ao qual chego de madrugada e anonimamente, como reles figurante. Agora são 20h35 de uma noite estrelada de agosto, e enquanto coloco no papel esse desabafo não posso ainda afirmar se terei coragem de torná-lo público amanhã. Talvez as 12 novas cenas programadas, as centenas de autógrafos que darei entre uma tomada e outra e a garantia do dinheiro fácil me façam pensar melhor, mudar de ideia e tocar fogo nesse papel. Estão batendo na porta do camarim. Deve ser o gim-tônica que pedi. Marcelo Sguassábia é redator publicitário

Música e cura no Sabiah JANAÍNA CAMPOS, psicoterapeuta sistêmica e consteladora

Um passo importante em direção à cura é tomar consciência de nossas dores mais profundas. Esse é um grande desafio que pode ser suavizado com um recurso precioso: a música. Para escrever a coluna desta edição, chamei Adriano Dias, meu parceiro na vida e no Sabiah. Ele é maestro, compositor, violonista e profundo conhecedor da música em sua essência. “Quando as ondas sonoras invadem nossa escuta, impulsos químicos e nervosos bailam de acordo com a qualidade e afetividade do que chega e do como lidamos com esse chegar. Os sons que estão presentes no nosso cotidiano têm uma forte influência em nosso estado físico, mental e espiritual. Reparemos no despertador, nos barulhos do trânsito, no canto dos passarinhos, nossa respiração, no som do virar de uma página de jornal (epa, depois você vira a página), nas músicas do caminho... Tudo isso atua em nós. Se as frequências sonoras alteram as moléculas da água, como comprovam as pesquisas de Masaru Emoto, e nosso corpo é constituído por cerca de 70% de água, imaginem a influência que sons harmonizados, notas puras e belas melodias têm em nosso organismo.” Se você tem o hábito de entrar em casa e ligar a TV ou o rádio sem escolher o que vai escutar, comece a se perceber: será que esse som te faz bem? Que tipo de emoções provoca em você? Traz calma ou irritação? É muito importante considerar os efeitos do som em nós. No Sabiah trazemos a música como catalizadora da cura em diversos aspectos e dimensões. Na Terapia de Frequências de Luz e Som, terapia multidimensional que combina radiestesia, musicoterapia, cristais, reiki e mantra, os sons atingem os chacras principais, secundários e corpos sutis, trazendo profundas transformações. Os ritmos e músicas sagradas das danças circulares, uma meditação ativa. Melodias e harmonias que despertam a emotividade e afeto; traduzem e amplificam situações, lembranças e favorecem a ressignificação de nossas histórias de vida na constelação familiar TSFI e constelação musical. A técnica musical é um importante veículo pessoal que materializa o fluxo da música entre a mente e o universo. A musicalização infantil, aulas de violão 6 e 7 cordas, teoria e técnica vocal, promovem habilidades criativas, desenvolvimento cognitivo e sensorial. Como agente de expansão da consciência e canal para estados de paz e meditação, a música está presente na roda de mantras, cantos e tambores e nas rodas de cura. À medida que os sons reverberam em nossas células, o corpo todo recebe as vibrações e todas as transformações são potencializadas. Fica mais fácil dar o próximo passo acalentado por uma bela melodia.

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Quiropraxia para hérnia de disco Se você está sentindo dor ou adormecimento nas pernas ou braços, possivelmente formigamento ou perda de força e a ressonância magnética confirma que você está com hérnia de disco. É o fim do mundo? Não! A hérnia de disco é uma alteração que acontece nas vértebras e cujo estágio inicial está presente na coluna de quase 65% da população adulta brasileira. Na maioria VITÓRIA LUMERTZ e ANDRÉ GATTI ALVES dos casos são assintomáticas, isto é, sem dor. A grande maioria destes casos acontece em homens entre 30 e 50 anos, mas também há certa incidência em mulheres, idosos, adolescentes e até crianças. A coluna vertebral é composta por vértebras, discos intervertebrais, nervos, músculos, medula e ligamentos. É nesse conjunto que acontece a maior parte das disfunções que causam dores nas costas, entre elas, a hérnia de disco, que pode acontecer em qualquer região da coluna vertebral, sendo mais comum na região da lombar e cervical. Quedas, acidentes, má postura, hábitos alimentares ruins, entre outros, geram estresse e desalinhamentos das vértebras, que sobrecarregam os discos, fazendo com que um ou outro perca sua integridade e “saia do lugar”. Isso é uma subluxação vertebral. Quando o alinhamento da coluna não é restaurado, a pressão continua em cima dos discos acarretará em um processo degenerativo e, com o tempo, pode resultar em uma hérnia de disco. A hérnia de disco se divide em quatro fases, de acordo com o grau de degeneração dos discos e consequente comprometimento das raízes nervosas. E quando ocorre a dor, significa que há presença de inflamação local ou em torno do nervo, o que pode causar irradiação nos membros, como pernas e braços, conforme a região da coluna que a hérnia se desenvolveu. O primeiro passo para melhorar esta condição é mudar os hábitos que criaram esse problema. Tomar medicamentos que “mascaram” os sintomas, sem corrigir o problema, é como desligar o alarme da casa sem tirar o ladrão. Na maioria dos casos, a cirurgia é desnecessária. Assim como os medicamentos, a cirurgia corrige os sintomas sem lidar com a causa. A quiropraxia dedica-se ao diagnóstico, tratamento e prevenção de alterações mecânicas (subluxações) do sistema neuromúsculo-esquelético e seus efeitos sobre a função do sistema nervoso e da saúde de maneira geral. Sabemos que a hérnia de disco resulta da disfunção entre a vértebra, o disco e a vértebra adjacente, ou seja, a subluxação. Por devolver o movimento e função normal à articulação a maioria dos pacientes apresenta um grande alívio dos sintomas. Não é milagre e pode demorar entre uma semana ou alguns meses. O tratamento de quiropraxia, quando feito por um profissional de nível superior, pode corrigir de forma específica e segura o desalinhamento da coluna, aliviando a pressão sobre os discos e restaurando o equilíbrio do corpo. É recomendável um cuidado contínuo com a quiropraxia para manter a coluna saudável e evitar que o disco seja sobrecarregado de novo, possivelmente provocando o aumento da hérnia de disco.

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Livraria lança campanha de incentivo à leitura na Capital Com o mote #lerfazbem, a rede de livrarias Saraiva lançou campanha cujo principal objetivo é incentivar a leitura em São Paulo. Uma das primeiras ações será em parceria com o projeto “Ninho de Livros”, nascido no Rio de Janeiro por meio da agência de benfeitorias Satrápia. Espalhadas pela capital paulista, pequeninas bibliotecas colaborativas, que remetem a casas de passarinhos, levam cultura para toda a cidade. A ideia é simples: basta escolher qualquer obra disponível no “ninho”, sem pagar nada por isso. Além de estimular a leitura, a iniciativa promove a economia colaborativa, ao convidar o leitor a deixar no espaço um livro para outra pessoa e, assim, continuar o ciclo. Serão 20 “ninhos”

estrategicamente localizados. Diversos espaços públicos de São Paulo serão contemplados com a ação, entre os quais o Jardim Botânico, Rua Oscar Freire, Parque da Água Branca, Parque do Povo, Parque Villa-Lobos, Praça Benedito Calixto, Praça Roosevelt, Sesc Itaquera, Terminal Rodoviário Tietê e o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Os primeiros ninhos foram instalados em regiões próximas a alguns projetos sociais locais: Ateliê Azu, Casa Ecoativa (Ilha do Bororé), Centro de Arte e Promoção Social (Grajaú), Escritureiros – Aventureiros da Escrita de Parelheiros, Grupo Opni, Projeto Arrastão e Escola de Notícias (Praça do Campo Limpo). Divulgação/Antonio Cabral

Modelo dos “ninhos” que estão sendo instalados em espaços públicos de São Paulo contemplados com a ação


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Dr. Orestes Mazzariol

A MENTE FALA...

Sexo na perimenopausa

Pensamento cocriador

O modelo sexual feminino descrito por Rosemary Basson reconhece que, embora o desejo como uma unidade possa estar presente em níveis variáveis como um possível motivador, existem múltiplas razões ou incentivos para que uma pessoa se engaje em atividade sexual com seu parceiro. O saldo das razões a favor ou contra esse engajamento é que determina o grau de vontade de uma pessoa em responder aos estímulos sexuais. Pesquisas confirmam que as mulheres relatam satisfação sexual apesar de raramente ou nunca sentindo desejo. Parece, então, que esse desejo, embora vivenciado por algumas mulheres, não é um componente essencial da função sexual feminina. Disfunções sexuais nas mulheres devem ter seus critérios melhorados. Para elas, desejo e excitação são entidades separadas. A motivação/interesse sexual é muito maior que o desejo. O desencadeamento de “desejo/envolvimento” ocorre a

Esta é uma série na qual você, leitor, poderá participar ativamente enviando suas perguntas. A cada edição, uma pergunta será selecionada e respondida. Vamos começar?

partir de estímulos sexuais que às vezes só ocorrem uma vez a atividade sexual iniciada. Com o passar da idade, a disfunção sexual é comum entre mulheres. Trata-se de uma preocupação séria na perimenopausa, fase anterior à menopausa. Levantamento entre elas na Europa descobriu que 79% das participantes concordaram que era muito importante ter uma vida sexual satisfatória. Mulheres na perimenopausa com elevados níveis de estradiol eram mais propensas a ser sexualmente ativas e menos propensas a relatar que tinham dificuldades com a atividade sexual. Mulheres que trabalham foram significativamente menos propensas a ter tais dificuldades. O assunto é complexo, com causas multifatoriais. Cabe uma abordagem centrada no paciente durante a transição da menopausa. Pesquisas futuras devem considerar o desenvolvimento de um método para perfis de risco e intervenções.

Perdi a motivação de acreditar que tudo dará certo. O que fazer diante das dificuldades que estão cada vez maiores? Em primeiro lugar, acredito que muitos de nós já tivemos ou teremos algum dia este tipo de sentimento. Por isso, é importante que você comece a pensar que não está sozinho neste universo de dúvidas, expectativas e falta de motivação para começar ou continuar algo. A pergunta principal neste caso é: o que está levando você a acreditar que tudo isso é impossível? Se a resposta a essa pergunta trouxer imediatamente à sua mente o cenário negativo atual, como, por exemplo, sinto-me desmotivado pela falta de dinheiro, as pessoas não estão colaborando comigo, minha família está me deixando estressado, estou acordando irritado para o trabalho, não consigo ter foco para começar e finalizar uma ideia, enfim, seja qual for a situação que surgiu nesta resposta, lembre-se de que reativar diariamente seu estado mental negativo é dizer para seu cérebro: eu só tenho espaço para isso. Eu posso somente isso. Só tenho condição para começar meu dia olhando o passado e me ferindo com o futuro. Como alterar este ciclo? É preciso em primeiro lugar reconhecer que você está em um cenário queixoso. Saber que estamos desmotivados e reclamando de tu-

do, ou quase tudo, já é o primeiro passo para sair FERNANDA PONZETO da inércia da Coach de autoconfiança vitimização. pessoal e profissional O segundo passo é o passo da gratidão. Sim, gratidão. Agradecer o hoje é uma forma de aliviar os sentimentos de raiva, angústia e medo do momento presente. O momento presente é o melhor ou o possível a ser vivido. Por isso, não brigue com ele. O estágio seguinte é REPLANEJAR a forma como você visualiza o problema, ou seja, voltar a acreditar que você é capaz de encontrar a melhor solução e parar IMEDIATAMENTE de alimentar a mente negativa, trocando os pensamentos e atitudes que estão travando seu sucesso, por uma mente que olhará cada problema e passará a se perguntar todas as manhãs: o que irei criar no dia de hoje para melhorar ou alterar meu estado queixoso? Deixando de lado nosso estado queixoso é que poderemos dar espaço para uma mente criativa e começar um processo para mudar positivamente a situação. Alimentar o estado negativo é criar um bloqueio para uma palavra que acredito ser muito especial: atitude. Participe da nossa coluna, enviando sua pergunta para atendimento@ellevari.com, inserindo no assunto: A Mente Fala. Ou entre em contato conosco e descubra como a metodologia exclusiva da Ellevari pode ajudar a transformar a sua vida pessoal e profissional. Até a próxima!


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Viva Bem elianamattos@uol.com.br

Bate-papo

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esde que comecei a ler Como Envelhecer, de Anne Karpf, tenho refletido sobre o tema e feito muitas observações no meu cotidiano, como sempre. Aliás, acho que é por isso que adoro tanto almoçar ou andar por aí sozinha... Observar é um trabalho que não pode ter duas pessoas juntas. Aí vira comentário. Ontem, para ajudar na decisão deste Bate-Papo, assisti ao filme Ruth e Alex, que também gira em torno do envelhecimento e o quanto as pessoas começam a ficar “dependentes”, mesmo não querendo que isso aconteça. Os dois, na faixa dos 70 anos, não querem mudar do apartamento onde moram há 40 e toda uma série de acontecimentos os levam a acreditar que isso seria o melhor para eles. Assistam. Também outro dia, numa reunião na casa de amigos, conversava com um grupo exatamente sobre esse assunto. Uma das pessoas, um homem na faixa dos 60 e poucos anos, nos disse categoricamente que se sente invisível em alguns lugares ou situações. É a mais pura verdade. Digo por mim. O tratamento muda quando alguém pergunta qual a minha profissão, por exemplo. Quando conto que trabalho – e muito –, sinto-me mais valorizada e ouvida. Sim, ouvida. Porém quando acham que sou uma aposentada, a coisa fica mais de qualquer jeito, se é que você me entende... Será que a solução para a valorização do idoso seja o trabalho? Não creio que só isso. Todos sabem que é um problema da cultura ocidental. Aliás, nada mais me irrita do que conversar com alguém só alguns anos mais novo e a pessoa me tratar como se ela fosse muito jovem e eu muito velha! Eu consigo me enxergar sempre. Por que as pessoas têm dificuldade de perceber que também estão envelhecendo? “Como a velhice é tão estigmatizada, a maioria de nós faz de tudo para não se identificar com ela. Pense nisto: na nossa cultura, ‘sentir que tem a própria idade’ é sinônimo de se sentir mal e sem vitalidade. Agora imagine se significasse sabedoria e experiência.” (pág. 61) Acredito que uma pessoa jamais pode parar de ser útil de alguma forma, para que continuem a valorizá-la como cidadã. A não ser que ela tenha muito dinheiro – que desculpa tudo, até a velhice – ou, então, que seja muito famosa. Você alguma vez leu que a Hebe Camargo era velha? E que o Mick Jagger fica ridículo com aquelas calças skinny? Tenho certeza que não. Chega a me dar calafrios quando algum amigo se aposenta, principalmente se for homem. Nós, mulheres, sempre temos milhões de coisas para fazer. Já o homem... Por isso é importante na aposentadoria ter um plano B. E por que não ganhar algum dinheiro extra? De uma forma mais light, uma atividade que não precise ir todo dia e que principalmente dê muito prazer? Reinventar-se. Acho que, quando mostramos ao mundo que apesar da idade estamos felizes e bem resolvidos, todos nos respeitam e até nos invejam. “Podemos tentar estimular dentro de nós qualidades que se tornem mais profundas e ricas com o passar dos anos”. E como diz também em certo trecho do livro, “as pessoas que envelhecem melhor são aquelas que viajam carregando menos coisas, que são capazes de se livrar das ideias fixas às quais se apegaram em uma etapa da vida... É necessária certa flexibilidade do espírito.” Grande beijo e leia o livro!

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FORNO & FOGÃO - Cozinha rápida Ovos no molho de tomates e ervilhas Ingredientes: • 3 tomates maduros sem peles e sementes picados • ½ cebola picadinha • 1 dente de alho amassado • ½ lata de ervilhas • Salsa picada • Sal e pimenta a gosto • 4 ovos Modo de fazer: Numa panela, refogue em um

pouco de óleo a cebola e o alho. Em seguida, acrescente os tomates e os temperos. Coloque um pouco de água e deixe ferver. Quando os tomates estiverem macios e o molho com consistência, acrescente as ervilhas. Ferva mais um pouco e coloque os ovos, um a um, sem mexer. Tampe a panela e cozinhe lentamente em fogo baixo.

Macarrão com couve-flor Ingredientes: • ½ kg de macarrão tipo parafuso • 2 litros de água • 2 dentes de alho amassados • 5 colheres (sopa) de parmesão ralado grosso • 1 couve-flor média • ½ xícara (chá) de azeite • 2 colheres (sopa) de salsa picada • Suco de 1 limão • Sal e pimenta a gosto

Modo de fazer: Misture a água com o suco de limão e cozinhe a couveflor. Depois de cozida retire os buquês e reserve. Nessa mesma água cozinhe o macarrão. Em outra panela coloque o azeite, a couve-flor, o alho, a salsa, o sal e a pimenta e deixe refogar. Adicione o queijo ralado, misture tudo ao macarrão e sirva imediatamente.

Pudim de leite em pó Bata tudo no liquidificador: • 15 colheres (sopa) de leite em pó • 6 ovos inteiros • 15 colheres (sopa) de açúcar • 1 litro de leite Depois de bem batido, coloque para assar em banho-maria numa forma caramelizada.

SEGREDOS DO CREME DE LEITE • Não se bate creme de leite em lata. Ele não se transforma em chantili.

Para isso, precisa ser creme de leite fresco, de garrafinha.

• Sempre verifique a data do vencimento do creme de leite e também

agite a garrafa para ter certeza que ele está bem líquido. Caso contrário, ele pode estar começando a azedar. • Sempre use o creme de leite bem gelado, quando for bater para virar

chantili.

• Se a receita pedir creme de leite azedo, acrescente uma colher (sopa) de

suco de limão a cada xícara de creme de leite. Mexa, e ele estará pronto para ser usado.

Como regar suas plantas Assim como a exposição adequada à luz é indispensável à saúde das plantas, a quantidade de água que elas recebem também é um fator básico para que se desenvolvam bem. Não se pode fornecer água demais. Muitas pessoas cometem esse erro por não saberem que as raízes também precisam de ar. Se a terra fica encharcada, o ar falta: em consequência, as raízes podem apodrecer e a planta morrer. Pode-se descobrir quando houve excesso de irrigação pelo amarelamento das folhas na base ou mesmo por sua queda. Ao contrário, plantas não suficientemente regadas ficam marrons e murcham. Só que nessas circunstâncias ainda há salvação, o que se consegue com uma boa rega. Sempre pergunte quando comprar suas plantas se elas precisam de muito ou pouca água.


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Câncer, genética e espiritualidade Cícero Urban

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creditar em Deus faz diferença quando enfrentamos um câncer? Pode alterar a realidade de alguém destinado a desenvolver uma doença grave e letal? A fé muda o destino daqueles que sofrem? Estas não são questões simples e que podem ser respondidas sem a devida reflexão, sem o auxílio do método científico, da filosofia e da teologia. Câncer é um termo genérico e que representa mais de mil doenças diferentes. A maioria delas é curável, se diagnosticada precocemente e, claro, se tratada de maneira adequada, por profissionais e centros tecnicamente preparados. Tudo isso sem a necessidade da intervenção divina. Bastam o método científico e o acesso aos meios diagnósticos e terapêuticos. Muitos são os chamados e poucos são os escolhidos. Assim é na Bíblia. Assim também é na genética. Mesmo para aqueles raros portadores de mutações genéticas. Em geral, a maioria deles não desenvolverá as doenças a que estão predispostos. Assim, as doenças de origem genética surgem em quem

pode e não em quem quer. Podemos dizer que são aleatórias, randomizadas, e não uma punição divina. A espiritualidade pode ser definida como a propensão do homem para a busca de um significado transcendente para a vida e de uma conexão com algo maior. Ela pode ou não estar ligada a uma vivência religiosa. Até mesmo Marx falava da existência de uma espiritualidade sem Deus. Contudo, a relação dela com a saúde humana permanece um grande dilema. Mais espiritualidade pode significar menos sofrimento ou um preparo melhor para enfrentar doenças graves? Cura? As perdas provocadas pelas doenças podem ser amenizadas por um sentimento ou uma crença em algo maior que nós ou que compense a nossa vulnerabilidade existencial? Existem alguns modelos de estudos que pretendem medir a espiritualidade. De novo, não se trata de medir a fé ou a religiosidade. Esta última, por exemplo, é um conjunto de sistemas culturais, valores morais e crenças que relacionam o ser humano com a espiritualidade. Ainda que isso tenha grandes limites metodológicos, a

aplicação desses modelos pode ajudar no desenvolvimento de estudos científicos sobre o impacto da espiritualidade na saúde humana. Mas a ciência pretende medir os fatos concretos – compará-los e buscar uma relação de causa e efeito. A espiritualidade busca o transcendente e o intangível. Não quantificável. Podem ser aliadas? Na prática oncológica, o que percebemos é que os pacientes que enfrentam a doença de maneira mais serena, em geral, são aqueles que estabeleceram rela-

13 ções interpessoais mais sólidas, maduras, seja com a família, seja com seus amigos. A classe social, por outro lado, não tem tanta interferência nisso. E no caso da religião? Por mais que alguns até sejam tentados a achar que pessoas religiosas tenham uma capacidade de aceitar melhor a dor e o sofrimento, a sua interferência possivelmente esteja mais ligada às relações interpessoais e à percepção do significado da vida através dela. A espiritualidade, então, enquanto relação humana com algo maior, pode fazer diferença. E este algo maior pode até ser Deus para alguns. Mas pode também estar na família, no ideal ou em um legado social que deixamos para a posteridade. Se a imortalidade existe, ela nunca poderá ser provada cientificamente. Ficará nas obras e nas recordações. Os que mais sofrem não são aqueles que não têm religião ou que não acreditam em Deus, mas aqueles centrados em si mesmos. “Não existe dor maior do que a recordação dos tempos de glória na miséria”, dizia Francesca de Rimini. Dante tinha razão. Cícero Urban, médico oncologista e mastologista, é professor de metodologia científica e bioética na Universidade Positivo e vice-presidente do Instituto de Ciência e Fé em Curitiba


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CULTURAZEN

Rivo Biehl

Silvia Lá Mon

Kaká Werá (dir.) participa de atividade no 10º Fórum Mundial da Paz, em Florianópolis

Divulgação

Participantes de encontro do Conselho de Mulheres Empreendedoras, criado pela Câmara de Comércio Exterior de Campinas e Região, presidida por Romeu Santini Reprodução

Diogo Camargo e Rosângela Bassoli: mãe e filho professores no Instituto de Yogaterapia, em Campinas

Divulgação

Felipe Fontes, CEO da startup Nearbee, recebe o prêmio WSA Mobile Brasil pelo projeto “Uma vida mais feliz em comunidade”, na Expo Fórum de Marketing Digital, em São Paulo

O coral Divina Madre, integrado pelos monges da Ordem Graça Misericórdia e músicos voluntários, participou do encontro de orações pela paz com aparição da Virgem Maria em Campinas


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JORNALZEN

AGENDAZEN

MANDALA PARA PINTAR CAMPINAS

INDAIATUBA

COMPORTAMENTO 24/11, 19h30 – palestra “Reeducação comportamental”, com Clélio Berti, na unidade Flamboyant do Método DeRose (Avenida José Bonifácio, 1.030 – Jardim Flamboyant). Aberto ao público (confirmar presença). Inscrições e mais informações: flamboyant.sp@ metododerose.org

EMPREENDEDORISMO 22/11, 19h – workshop “Empreendeep – Mergulhe em sua jornada empreendedora”, com Amanda La Monica, no espaço A Estação (Rua Tuiuti, 1.151 – Cidade Nova). Inscrições e mais informações: amanda@lamonicadesign.com.br

CONSTELAÇÕES FAMILIARES 19/11, 8h30 às 13h – encontro mensal das Novas Constelações Familiares, com Cristina Florentino, no Espaço Padma (Rua de Lucas, 36 – Condomínio San Conrado – Sousas). Inscrições e mais informações: (19) 3255-4256 ou www.cristinaflorentino.com.br FÍSICA QUÂNTICA 3/12, das 9h às 12h – curso “A Física Quântica nos Processos das Terapias Tradicionais”, com o físico Carlos Alberto Ferrari, no Espaço Castro Alves (Rua Castro Alves, 298 – Taquaral). Inscrições e mais informações: (19) 99109-4566 Recebemos colaborações para este espaço. Envie sua mandala para contato@jornalzen.com.br

PARA ASSINAR OU ANUNCIAR, LIGUE: (19) 3044-1286 / 99109-4566 OU ACESSE: www.jornalzen.com.br

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MINDFULNESS 19/11, 8h30 às 18h – workshop “Você Mais Centrado”, com a coach Regina Giannetti Pereira, no Centro de Convenções Praça Capital (Avenida José Rocha Bonfim, 214 – Jardim Santa Genebra). Mais informações: www.voce mais centrado.com.br/campinas

EUBIOSE 19/11, 15h – palestra “Meditação”, com Paula Ines Trajano Mattos, na sede local da Sociedade Brasileira de Eubiose (Rua Madri, 72 – Jardim Europa). Aberto ao público. Mais informações: sbe.indaiatuba@gmail.com

SÃO PAULO MEDITAÇÃO todas as quartas-feiras (15h30, 19h30 e 20h30) – prática na sala (2º andar) da Fundação Lama Gangchen para a Cultura de Paz (Rua Apinajés, 1.861– Sumaré). Aberto ao público. Mais informações: (11) 3032-5573

VALINHOS FÍSICA QUÂNTICA 23/11, 19h30 – palestra “Homeostase Quântica Informacional”, com Sérgio Roberto Ceccato Filho, na Fonte Santa Tereza (Rua 12 de Outubro, 650 – Vila Santana). Inscrições e mais informações: (19) 2512-6831


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JORNALZEN

NOVEMBRO/2016


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