Jornalzen Novembro 2015

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JORNALZEN ANO 11

NOVEMBRO/2015

AUTOCONHECIMENTO

IOGA NO BRASIL Pág. 4

Viva Bem

Nº 129

BEM-ESTAR

ZENTREVISTA

Frei Benedetto Pág. 3

NOVAS COLUNAS

Pág. 16

ARTIGO

Onde a religião se perdeu? Pág. 14

A webdesigner Amanda La Monica e o especialista em trânsito Marks Pintija estreiam colunas nas quais trarão dicas e informações sobre tecnologia e mobilidade urbana. Pág. Págs. 1412 e 19

NOVO TELEFONE DO JORNALZEN:

(19) 3324-6062 SAIBA MAIS NA PÁGINA 11

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CIDADANIA

CULTURA

SAÚDE


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A hora é agora Estamos no mês de notinuar realizando nosvembro, mas as pessosas ideias, colocar nosas estão vivendo como sos planos em ação, se estivessem a uma seaprender coisas novas, mana do Natal. mudar nossos pensaO comércio antecimentos, criar e recriar pou suas vendas para a fim de aperfeiçoar o movimentar suas loque começamos. jas. A maioria daqueCompreendo que às les que recebem uma SILVIA LÁ MON vezes nos sentimos tão proposta ou um proje- Diretora do JORNALZEN cansados de lutar que to ou ainda uma oferta precisamos de um mode iniciar algo novo geralmen- mento para relaxar e recarrete dizem que preferem deixar gar nossas energias. Acho isso para o próximo ano. E assim muito válido, porém temos de nossa sociedade está poster- manter a consciência de que gando toda e qualquer iniciati- a mudança somos nós que reva, como se quisessem acabar alizamos. Mesmo que a dura logo este ano. rotina seja temporariamente Mas tudo isso é uma grande interrompida pelas festas, ela ilusão. Pensar que terminando retornará no dia seguinte. este ano logo e começando um Por que começar as coisas na novo as coisas vão mudar ma- segunda-feira ou no próximo gicamente é um grande enga- ano? A hora é agora. O dia da no, pois é somente um dia após mudança é hoje. Os sonhos deo outro. É como diz aquela fra- vem ser projetados no presense: tapar o sol com peneira... te para colhermos nosso futuDe nada adianta tentar abafar ro, nosso “novo ano” como um a frustração com a euforia. O processo contínuo de planejaque realmente resolve é con- mento e produção.

JORNALZEN NOSSA MISSÃO:

Informar para Transformar DIRETORA Silvia Lá Mon EDITOR Jorge Ribeiro Neto JORNALISTA RESPONSÁVEL MTB 25.508 TELEFONES Redação (19) 3324-6062 Comercial (19) 3044-1286 contato@jornalzen.com.br www.jornalzen.com.br Circulação: Campinas Indaiatuba Valinhos Vinhedo Jaguariúna Holambra São Paulo (Vila Madalena)

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Orações de Maria

Enviadas pela Associação Maria – Mãe da Divina Concepção, fundada em dezembro de 2012, foram canalizadas pelos videntes frei Elías del Sagrado Corazón e irmã Lucía de Jesús, monges consagrados da Ordem Graça Misericórdia, do Centro Mariano de Figueira (MG). Mais informações: divinamadre.org

Ave Luminosa

Ave Luminosa, nossas vidas resplandecem sob Tua Presença Universal. Que o coração de Tua Divina Misericórdia nos alivie de toda dor e nos resguarde de todo mal. Mãe Divina, sempre Tua Luz reinará. Amém Amém Amém O acervo de orações aos Mensageiros Divinos - Virgem Maria, Cristo e São José pode ser acessado em www.divinamadre.org/pt-br/oraciones-y-ejercicios-espirituales

Empreendedor Holístico ANA PAULA TEIXEIRA – coachinganapaula@gmail.com

Para se sentir no topo do mundo (1) Como você está se sentindo hoje? No topo do mundo? Ou deixando a vida te levar? Cinco dicas vão ajudá-lo a se preparar para sentir-se “no topo do mundo”. O que isso significa? Estar bem como você mesmo, sentir-se no controle das situações – mesmo as mais inesperadas –, preparado e pronto para qualquer desafio que o dia de hoje possa apresentar. Em primeiro lugar, gostaria que simplesmente observasse o que você nota sobre si mesmo agora. Gostaria também que tomasse consciência de como está sentindo-se. Como descreveria como se sente neste momento no tempo? Todos nós fazemos a “autofala” – o que você está comunicando a si mesmo agora, neste momento presente. O que são seus pensamentos, seus sentimentos? Falemos agora sobre sua postura... Como você está se comunicando através da sua postura? Mesmo quando não estamos

falando com alguém, falamos o tempo todo com nós mesmos. Lembre-se: é impossível não comunicar. Somente 20% da nossa comunicação é verbal, para com os outros e novamente para com nós mesmos. O que seu inconsciente está comunicando através da linguagem corporal? Suas emoções afetam sua postura. Reconhecemos que nem tudo está bem no mundo de alguém por sua aparência, expressões faciais e postura. O que isso significa? Que podemos mudar a maneira como estamos nos sentindo, adotando uma postura mais aberta, poderosa e confiante. Nosso foco mental governa a maneira como experimentamos o mundo. Ao invés de focar em coisas que não são positivas ou nos puxam para baixo, que tal focar no que nos traz motivação e inspiração para manter um estado de apoderamento e controle sobre as situações? Primeira dica: esteja sempre alerta

sobre sua fisiologia, sua postura, sua comunicação não verbal. Padrões de linguagem referem-se a como falamos para nós mesmos e como nos comunicamos com os outros. Tudo que você diz afeta a pessoa à qual você está comunicando, mas também a você. Antes de se comunicar numa apresentação, reunião ou no início do dia de trabalho, experimente adotar por dois minutos a “super postura”, ou seja: experimente a pose do “super-homem” e a pose da “mulher maravilha”. Deixe seu corpo pulsar toda endorfina e cortisol por dois minutos. Nossa fisiologia afeta nossa comunição externa, mas, principalmente, a forma como comu- nicamos internamente – estamos comandando o nosso corpo inteiro a adotar uma postura de coragem, confiança, disposição e autoridade sobre nossa própria personalidade. Na próxima edição abordarei as outras quatro dicas. Ao seu sucesso.


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m músico natural de Valinhos tornou-se monge da ordem crística e ecumênica que vem divulgando mensagens da Virgem Maria em diversos países. Aos 40 anos, frei Benedetto (ou Ronaldo Pozutto, seu nome de batismo) é porta-voz da Associação Maria Mãe da Divina Concepção, entidade que dá respaldo estrutural à realização de encontros das aparições de Nossa Senhora. Com mais de 300 grupos de oração no mundo todo, a Ordem Graça Misericórdia reúne no Brasil 150 pessoas em uma comunidade na cidade de Carmo da Cachoeira, em Minas Gerais. Conforme frei Benedetto, em tempos de grande necessidade planetária Maria manifesta-se por intermédio de videntes, como aconteceu em Campinas no mês de setembro. Nesta entrevista ao JORNALZEN, ele fala mais sobre esse trabalho que tem como objetivo o amparo espiritual e a busca da paz e da fraternidade por meio da oração.

Como você se envolveu com esse movimento? Conheci o trabalho através de um grupo de oração de Campinas, há uns 15 anos. Era um grupo formalmente ligado à Ordem Graça Misericórdia. A partir disso, comecei a me aproximar. Fiquei alguns dias na comunidade em Minas Gerais e comecei a prestar alguns serviços. Tinha um estúdio musical e comecei a auxiliar nas gravações das palestras do Trigueirinho [referindo-se ao filósofo espiritualista José Trigueirinho Netto, fundador da Comunidade Figueira]. Fui tendo um contato cada vez mais próximo com ele e em determinado momento percebi que deveria mudar minha vida de uma forma bastante radical. Integrei-me à Ordem, à qual pertenço desde sua fundação. Sinto-me abençoado em fazer parte desse trabalho. É um exercício de humildade constante.

Como tiveram início os grupos de oração no Brasil? Esse trabalho existe há mais de 20 anos. A principal sede fica numa área rural no sul de Minas Gerais. Ali se estabeleceu a Comunidade Figueira, onde se desenvolve um trabalho espiritual com base na oração, no serviço altruísta. O fundador e nosso instrutor Trigueirinho foi quem estruturou as bases para que esse trabalho pudesse se consolidar. Há pouco mais de dez anos, madre Maria Shimani, do Uruguai, se aproximou de nós como guia de todo esse trabalho. Sob sua orientação, ela trouxe o frei Elías del Sagrado Corazón. Como ele tem o dom da clarividência, por meio dele a Virgem Maria iniciou uma aproximação e a comunidade começou a receber instruções dos Mensageiros

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ZENTREVISTA|Frei Benedetto

ALERTA DE MARIA

Monge da ordem ecumênica que divulga mensagens de Nossa Senhora ressalta a importância da oração para reequilibrar a unidade do planeta Divulgação

“O plano psíquico planetário está muito comprometido e a oração tem o poder de transformar tudo isso” Divinos. A Mãe Divina começou a nos orientar, iniciando um trabalho com um grupo local. Isso levou alguns anos e, então, fomos instruídos a formar as associações. Em agosto de 2011, Ela nos pediu que organizássemos a primeira aparição pública. A Comunidade Fraternidade, do Uruguai, tornou-se nossa parceira e tivemos o primeiro ciclo de aparições públicas. Um mês depois iniciamos um ciclo de três aparições na Comunidade Figueira. A partir dali passamos a ter como objetivo levar as mensagens para todo o mundo. Atualmente, Maria tem uma tarefa em toda a América Latina.

Quais são as principais mensagens de Maria nessas aparições? A oração é o primeiro mandamento. Orar, orar, orar. Maria nos instrui reiteradamente essa necessidade. Recentemente, tivemos dela indicações de que ou aderimos a essas instruções ou podemos ter situações espirituais bastante complexas no planeta. Através da lei da misericórdia podemos atenuar muitas crises, muitos movimentos previstos que podem gerar toda uma desorganização da unidade do planeta. O desequilíbrio que estamos causando é muito grande. O plano psíquico planetário está muito

comprometido e a oração tem o poder de transformar tudo isso. O ponto é que temos muitas resistências. Somos muito inconscientes do nosso poder criativo. Com nossas emoções e nossos desejos, projetamos coisas que não correspondem aos nossos próprios desígnios. Maria indica a oração como forma de reconciliação com o propósito divino, como um processo de redenção profunda para que possamos reconectar-nos. Já temos evidenciado até cientificamente o poder da oração. Enquanto nós, como humanidade, não tivermos a espiritualidade como prioridade, se não fizermos uma mudança radical na nossa forma de compreender a vida, vamos colocar muitas coisas em risco, inclusive o planeta. Como avalia a proposta do JORNALZEN? Percebo que há no jornal uma busca por respeitar certos princípios de harmonia, em sua forma, tendo a beleza como um arquétipo de busca da perfeição. Maria diz que o instrumento básico de cura é a oração, pois é a forma mais ecumênica para se difundir a paz e os princípios espirituais, e todos podem fazer. Dessa forma é possível contribuir para dissolver essa incompreensão que existe na humanidade. Maria pede a oração do coração, orai e vigiai. Estarmos atentos à nossa intenção quando oramos.

Que mensagem gostaria de deixar para os nossos leitores? Neste momento, algo que tem tocado muito meu coração é a situação do Oriente Médio. Acredito que a oração tem poder de renovar todas as coisas, para que possamos viver as novas etapas que se apresentam de uma maneira mais consciente e unida ao propósito da divindade para conosco. Precisamos estar abertos a esses impulsos divinos. Se cada um que estiver lendo este relato fizer uma reflexão profunda vai perceber que existe algo dentro de si que precisa ser modificado. O Oriente Médio é um sinal vermelho que está nos chamando a atenção de que há algo que precisamos remodelar. Não é culpa de algumas pessoas ou de uma etnia. Temos que assumir nossa responsabilidade. Maria precisa de nosso ‘sim’ para poder ajudar o outro e nos ajudar também.


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O significado da vida (2) Por mais distantes pareder-se, superando as más inçam às metas profissioclinações que remanescem nais, culturais, sociais, de vidas passadas. econômicas, quando são Não é de se estranhar alcançadas, após as aleque pessoas aparentemengrias iniciais, facultam te triunfadoras recorram às frustração e ampliam o drogas ou evitem o contato quadro de outras ambisocial, após os esforços inções que se caracteri- JOÃO BATISTA SCALFI gentes para chegarem aos zam por perturbadora Vice-presidente do Educandário índices elevados de bajulaansiedade de alcançar Deus e a Natureza (Indaiatuba) ção das massas. novos patamares, transO significado da vida ferindo-se dos níveis conseguido promove os valores íntimos da alepara outros absurdos... Tornam-se gria de viver, facultando contínuas equivalentes à água do mar, que motivações para permanecer nos ao ser sorvida não abranda a sede, ideais abraçados, sem queixas nem dando lugar a mais necessidades. lamentações. Para que o indivíduo descubra Consciente da própria responsao significado da vida que lhe diz bilidade, o indivíduo compreende respeito, é indispensável que se que todas as circunstâncias com permita a uma reflexão, ao há- que se depara fazem parte do probito saudável da concentração e grama a que se encontra vinculado. da prece, criando condições proJesus foi enfático ao abordar psicopícias à viagem interior, onde se logicamente o significado existencial, encontram registrados os valores propondo: Buscai primeiro o reino dos morais da longa caminhada ... Céus e sua justiça, e tudo mais vos será O sentido psicológico do ser exis- acrescentado, deixando claro que a tencial é o despertar dos arquivos destruição do corpo pelo fenômeno ocultos, que ainda se encontram biológico da morte é inevitável. Resinacessíveis da sua realidade espiri- tando ao ser espiritual prosseguir na tual, estabelecendo programas de marcha pelos infinitos caminhos da comportamento para melhor enten- imortalidade, na busca da perfeição.

Faculdade promove ações no dia do diabetes em Indaiatuba A Faculdade Max Planck, de Indaiatuba, em parceria com a Associação de Diabetes Sempre Amigos, Secretaria Municipal de Saúde e Lions Club realiza no dia 14 (sábado) uma série de atividades em conjunto com a quarta edição da caminhada para lembrar o Dia Mundial do Diabetes. O evento este ano terá como tema “Agir para mudar o amanhã” e será aberto com a caminhada, que terá início às 9h, em frente à sede do Lions Club, na Avenida Conceição, e seguirá pelas avenidas Visconde de Indaiatuba e Presidente Vargas até a Interclínicas, que fica no campus 1 da Faculdade, localizado na Avenida 9 de Dezembro, onde serão feitos, pelos alunos e professores,

testes de glicemia, pressão arterial, circunferência abdominal e mapa de conversação. Também acontecerão oficinas educacionais, avaliação visual e emissão do cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). As atividades são abertas à comunidade e serão desenvolvidas pelos alunos dos cursos de educação física, farmácia, fisioterapia e nutrição da Faculdade Max Planck em parceria com a Secretaria de Saúde. A ação acontece das 9h às 15h. A organização sugere aos participantes da caminhada que, sendo possível, vistam camisetas na cor azul, que representa o diabetes. Mais informações pelos telefones (19) 3834-7617 ou (19) 99462-6291.

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IOGA NO BRASIL Relato de uma experiência

por Anna Maria Simões de Moraes

Homenagem a um mestre Arquivo Pessoal/Anna Maria Simões de Moraes

Encerro esta coluna homenageando o mestre de yoga Jean-Pierre Bastiou, ou Vasudeva (foto). Quando comecei a escrever, perguntei-me: o que mais posso dizer sobre essa pessoa tão especial? Tenho lembranças maravilhosas de nossas aulas no espaço Pramana, em minhas idas ao Rio de Janeiro. Lembro que foi difícil aceitar sua ida para Milão e, depois, à França. Achei que não nos veríamos mais nesta vida. Então, ele e Maria Teresa voltaram ao Rio de Janeiro, e mantemos contato até hoje. Para falar de Jean-Pierre Bastiou, preciso voltar no tempo e lembrar a importância de seus ensinamentos no Pramana, onde professores e alunos se reuniam para participar de conferências inesquecíveis. Praticamos muito e percebemos que as técnicas mais simples eram as mais difíceis, tanto no nível físico como psíquico. Foram horas, muitas horas, muitos dias e muitos anos de convivência. Hoje me lembro da coesão que havia entre todos nós. E dizer que você, Jean Pierre, morou em Indaiatuba por alguns anos e foram poucos que o conheceram, mas os que tiveram contato não esqueceram de você. Muito obrigada, Vasudeva. Posso dizer que nosso aproveitamento foi intenso e você deixou boas sementes que hoje são belas árvores, muitos frutos. O yoga verdadeiro, clássico, continua através de nossos alunos visando, antes de mais nada, um encontro consigo mesmo, um aprofundamento interior. “Eu sou mais, muito mais, infinitamente mais do que um simples e limitado ego. EU SOU.”


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MARCO ANTÔNIO CÂNDIDO E CARLA SANCHES

www.devoltapracasa.com CURSOS – PALESTRAS – TERAPEIA – MÉTODO TRI – THETAHEALING

A arte de deixar ir Contamos uma história sobre nós mesmos, e nessa história, quando a sombra aparece, travamos duelos de muita dor. Isso acontece porque estamos tão identificados com a história que inventamos que a simples ideia de perdê-la traz terror e pânico. Esse pânico acontece somente porque estamos resistindo a nos entregar. Estamos resistindo a uma coisa que já perdeu o prazo de validade. Estamos segurando um ponto de vista, um drama. Mas já acabou. O pânico é você tentando segurar uma parte de você que já se foi. Você precisa aceitar que a história acabou. O que pode acontecer de pior em aceitar e deixar as coisas irem? Cintia tem 40 anos e há um ano seu marido a trai com outra mulher. Desde que descobriu o caso Cintia trava uma batalha com seu marido diariamente. Não houve separação legal, mas vivem separados. Eles tiveram uma filha adolescente e que está descontrolada por conta das brigas diárias dos pais. Ela está trabalhando muitas horas por dia e começa a tomar remédios para se manter equilibrada. Cintia, nossa personagem, foi diagnosticada com câncer nos ovários. Essa história nos relata a dor de uma traição e a resistência de Cintia em encerrar uma história. Ela não acredita mais nas pessoas e tampouco nela própria. Talvez sinta que qualquer pessoa que ela ame irá traí-la. O câncer fez o marido olhar pra ela, e trouxe uma pausa para o problema da traição. Ela se torna uma vítima justamente por não saber como resolver a situação. Cintia precisou ficar doente para se sentir novamente amada, se sentir segura e, o pior, para manter sua família unida. Quantas vezes mais precisaremos criar doenças para preservar nossas histórias? Precisamos entender o que realmente estamos encobrindo e deixar ir aquilo que não cabe mais em nós. Nem sempre temos finais felizes em nossas histórias, mas sempre temos grandes aprendizados. PRÓXIMOS CURSOS DNA Básico ThetaHealing São Paulo – 6 a 8; 20 a 22 de novembro Niterói/RJ – 13 a 15 de novembro Campinas – 4 a 6 de dezembro DNA Avançado ThetaHealing São Paulo – 11 a 13 de dezembro MAIS INFORMAÇÕES: www.devoltapracasa.com ou (11) 3060-8700


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Água e óleo não se misturam Muitas coisas que você tras que estejam no mesviu, presenciou ou enmo padrão. Água mistura sinaram durante toda com água, e óleo mistura sua vida atrapalham no com óleo. seu dia a dia. Sem conChega de viver dessa tar com energias que maneira! Através de análite mandam ou absorve ses e tratamentos feitos por em sua própria família, meio da Mesa Quantiônica no trabalho ou por lué possível tratar energetigares onde frequenta, ARMANDO ZAPAROLLI camente esses distúrbios, Bioterapeuta como supermercados, facilitando a recuperação e bancos ou shoppings. trazendo o prazer de viver Às vezes pode ser o lugar onde você novamente. Por ser um tratamento passa a maior parte do tempo. energético, na maioria dos casos é Talvez não acredite, mas de- possível ser feito a distância. pendendo do seu estado menVocê é dono de seu destino. Protal, emocional e espiritual, você cure ajuda para recuperar o controatrairá situações para o seu dia le sobre a sua vida. a dia. E você pode perguntar: o que o título deste texto tem a Na Bioterapia Holística Morada da ver com tudo isso? Luz existem técnicas e tratamenDa mesma forma que a água tos para resolver esses problemas. não se mistura com o óleo, por Para consulta presencial, atendeter uma densidade diferente, suas mos em Salto, Itu e Indaiatuba, com energias irão se misturar com ou- agendamento de horário.

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Juliano Sanches Geração Y em transe Você vai aos bares em um sábado à noite e vê muitas tribos diferentes, entre os que curtem rock, samba, MPB, com seus iPhones na mão. A política deixou de ser algo do chefe de família e ganhou os argumentos dos representantes das novas gerações. Indústria fonográfica se reinventa Até 2000, no ponto de vista de número de espaços dedicados e de público frequentador, a música eletrônica apresentava um crescimento vertiginoso, em comparação aos demais estilos, no Brasil. Em 2015, a música eletrônica ficou de escanteio, frente à decolagem do sertanejo universitário e do funk carioca. Permitir-se a contestar Os que são da geração Y tendem a olhar mais para a física, a psicologia, a diversidade das culturas internacionais, as timelines mais acessadas, os líderes de opinião e a ironia para depois cravarem um argumento. Revisão da hierarquia O ambiente doméstico passa a ser formado por um conselho deliberativo, em que pôr dinheiro ou comida na mesa não faz do membro o presidente, mas, sim, a capacidade de argumentar, e fazê-la como um elogio a divindades como a razão, a tecnologia e a ironia. Atualmente, não é possível vencer uma discussão sem ter um bom repertório de stand-up comedy. Ceticismo com as redes sociais Jovens dos EUA e de vários países da Europa, que vêm de famílias com renda alta, tendem a deixar o Facebook, pelo risco de cruzarem com situações de constrangimento, como o adolescente, 15 anos, que encontra postagens do pai, 40 anos, que flerta com a colega

dele, 25 anos. Em outro caso, encontra a tia, que acaba de contar que passou mal durante a balada, porque bebeu demais. No Brasil, uma parcela das gerações, com mais renda, também, optou por deixar o Facebook, e muitos o trocaram pelo Instagram e WhatsApp. Com base nas pesquisas recentes, é possível perceber que o Facebook segue o mesmo destino do Orkut, a ponto de se tornar careta e, na sequência, obsoleto. Choque de visões A gerações entram em crise por conta da necessidade de diálogo entre diferentes, que são os nascidos depois de 1945, período pós-guerra marcado por valores conservadores (Baby Boomers), os nascidos entre 1960 e 1970 (X), que pregam o individualismo e a produtividade, 1980 (Y), que vivem do imediatismo e da cobrança por mudanças, 90 (Z), os mais íntimos do mundo virtual. Movidos pela atitude Quem foi adolescente entre 1990 e 2000 teve o vocalista do Nirvana, Kurt Cobain, como uma referência de comportamento, principalmente, por trazer à tona, por meio do estilo grunge, expressões que vão da angústia existencial ao sarcasmo, frente aos estereótipos mais caros à sociedade. No Brasil, Charlie Brown Jr, que concentrou interesses em torno do skate e do surfe, fez Chorão se tornar um ícone da década de 90. Em 2000, a série Jackass, exibida pela MTV norte-americana, exaltou a capacidade de praticar uma série de atos politicamente incorretos, enquanto rito de passagem, capaz de inserir o jovem em um grupo. Juliano Sanches é jornalista


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PANORAMA ADOTE UM PET COM DEFICIÊNCIA A campanha idealizada pela associação Uhelp.com terá um evento por mês em São Paulo a partir de dezembro. Os pets para adoção e voluntários para tirar dúvidas sobre cuidados com animais que tenham algum tipo de deficiência estarão dia 13 (domingo), das 10h às 17h, na sede da RealtON (Rua Groelândia, 393 – Jardim Europa). Mais informações: www.uhelp.com e uhelp@uhelp.com WORKSHOP DE AROMATERAPIA O 3º Workshop Internacional de Aromaterapia, dias 14 e 15 de novembro, em Campinas, terá como ministrante convidado o alemão Malte Hozzel. Ele iniciou em 1972 os estudos dos efeitos físicos e energéticos dos óleos essenciais nos campos físico, etérico, emocional e espiritual. O workshop é promovido pelo espaço Aromaluz (Jardim Guanabara). Mais informações: (19) 3242-6844. EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA A galeria de arte da CPFL Cultura, em Campinas, sedia até 20 de novembro a exposição “Linha D’Água Circulação”, de Amyr Klink. A mostra reúne 30 fotos que destacam o uso racional da água nas expedições feitas pelo velejador. O evento pode ser conferido de segunda a sábado, das 10h às 18h. A CPFL Cultura fica na Rua Jorge de Figueiredo Corrêa, 1.632 (Chácara Primavera). Mais informações: (19) 3756-8000 TRABALHO VOLUNTÁRIO A Cidadão Pró-Mundo, organização não governamental que atua em Campinas visando promover a igualdade de oportunidades por meio do ensino de inglês em comunidades de baixa renda, procura novos voluntários. Eles farão parte das turmas de professores do primeiro semestre de 2016. As inscrições vão até 27 de novembro. Mais informações: www.cidadaopromundo.org.br VIRADA SUSTENTÁVEL Shows, oficinas, teatro, cinema, intervenções urbanas e aulas de ioga e dança circular são algumas das atrações da 1ª Virada Sustentável em Valinhos, de 20 a 22 de novembro. Os eventos remetem à sustentabilidade em temas como biodiversidade, cidadania, mobilidade urbana, água, direito à cidade, consumo consciente e economia verde, entre outros. Programação e mais informações: www.valinhos.sp.gov.br

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Dr. Orestes Mazzariol Não somente novembro deve ser azul É o câncer mais frequente nos homens idosos na Europa e o segundo mais frequente no Brasil, atrás apenas do câncer de pele. Com o aumento da expectativa de vida dos homens e sua alta incidência, o câncer de próstata representa um peso socioeconômico especialmente para os países desenvolvidos. Apesar da alta incidência e prevalência em homens idosos, o diagnóstico de câncer de próstata não é igual a sentença de morte. Não só porque a maioria desses tumores apresenta evolução lenta, mas porque muitos deles podem ser indolentes. Uma vez feito o diagnóstico, a conduta terapêutica deve

ser individualizada e discutida claramente com cada paciente. Fatores como dieta, comportamento sexual, consumo de álcool, exposição à radiação ultravioleta, inflamação crônica e exposição ocupacional são consideradas relevantes na progressão do câncer de próstata. No momento, não há nenhuma evidência para recomendar medidas preventivas para esse câncer. É sabido que as mulheres procuram mais atenção médica que os homens. É preciso mudar essa situação. Esse cuidado com o diagnóstico precoce deve ser contínuo, e não somente em alguns meses do ano.


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Terapia Sistêmica Quântica – Sistema de crenças e tratamento Ao procurar um acomsituações que são companhamento psicotepreendidas como sendo rápico, o paciente traz difíceis e estressantes, cosuas crenças e o modo mo é gerado um trauma a como as compreende partir de suas dificuldadiante de suas experides em assimilar conteências de vida. údos dolorosos, e ainda, Para que possamos como ele desenvolve os buscar uma compreenrecursos internos para liCÉLIA MARQUES são na tentativa de recodar com as adversidades Psicóloga nectar essa pessoa com que se apresentam. seu fluxo criativo, será No trabalho junto ao preciso considerar todo seu sistema cliente, este é motivado a entrar de crenças e o que dela é possível ex- em contato com seu sistema intrair para auxiliar o tratamento. terno, direcionando sua atenção Na Terapia Sistema Quântica, o pa- para aquilo que considera o mociente é motivado a conectar-se com tivo que o impede de caminhar sua energia vital e criativa, conside- na direção da integração e derando todo o sistema do qual ele faz senvolvimento. parte, assim como as crenças e valoA cura se apresenta no momenres compartilhados por ele dentro dos to em que o paciente é capaz de grupos com os quais se relaciona. atribuir sentido as suas experiênEm minha prática, dentro da abor- cias individuais e coletivas, desadagem sistêmica quântica, considero tando as amarras que o prendem a toda essa realidade vinda do cliente antigos padrões de comportamen– como ele se relaciona e lida com as to e superando suas dificuldades.

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Virtude da planta

por Eloísa C. Pimentel de Magalhães

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ada dia que passa me encanto mais com as plantas! A riqueza de cheiros, cores e sabores impressiona, inspira! Saber que, além de alimento, podemos utilizá-las para cura, ainda mais. Ver o resultado quando as utilizamos reforça a certeza dessa força regenadora que as plantas nos trazem. É o vigor da natureza, a seiva da vida, que Hildegarda de Bingen chamava de viriditas, a força sanadora do verde, e que as pessoas que lidam no campo chamam de virtude da planta. A medicina tradicional baseada na sabedoria popular de vários povos se entrelaça com o conhecimento científico que vem respaldar o que já se sabia empiricamente e trazer a validação a essa antiga arte de cura. Cada vez mais devemos preservar o conhecimento tradicional sobre as plantas e complementá-lo com informações de como utilizá-las com segurança e melhorar sua eficácia. Todo dia pode-se aprender algo, se estivermos abertos a isso, e com as plantas, não é diferente. Particularmente, aprendi muito com os pacientes ao longo desses já 30 anos de clínica e nas conversas chamadas ciranda das ervas. Felizmente, observamos o interesse crescente dos profissionais da saúde na fitoterapia (terapêutica que utiliza as plantas

medicinais) devido ao estudo aprofundado, à comprovação científica e à divulgação em vários fóruns. No entanto, há ainda muito a ser estudado, pesquisado e preservado. O Brasil é um dos países mais ricos em biodiversidade e o nosso cerrado, por exemplo, é o maior bioma em diversidade química das plantas; porém, está ameaçado e as plantas nativas correm risco de desaparecer, e com elas as nascentes, nossa maior riqueza e fonte de vida. Considero que só o fato de estar mais próximo das plantas já é curativo. Perceber o ciclo da natureza, sentir o vento que vem depois que o sol se põe, a chegada de uma chuva esperada, o cheiro de terra molhada e a alegria dos passarinhos! O afastamento da vida no campo nos privou desse ritmo, que, aliás, também temos. O curso Virtude da Planta, que acontecerá no dia 5 de dezembro em Serra Negra, tem como objetivo repartir essa bagagem verde no caminho de buscar conhecer mais as plantas medicinais, e, talvez, encurtá-lo para quem quiser começar a trilhá-lo. Eloísa Cavassani Pimentel de Magalhães é médica especialista em homeopatia e acupuntura com formação em medicina antroposófica e fitoterapia e pós-formação em homeopatia unicista na Bélgica. dra.eloisapimentel@gmail.com

Atendimentos em Serra Negra: Clínica Birigó (Avenida Santos Pinto, 43 – 19 3892-3241)


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Conhecer Śrī Tathāta por Andréa Elias

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ensageiro da paz na Índia e no Ocidente, Śrī Tathāta viaja pelo mundo para transmitir os fundamentos de uma vida mais consciente. Para os brasileiros, esse mestre espiritual indiano é ainda desconhecido. Entretanto, para milhares de indianos e europeus, isso não é o caso. Essa lacuna está prestes a desaparecer, pois no mês de novembro os brasileiros terão a oportunidade de conhecê-lo, assim como sua delegação. Śrī Tathāta não é somente um ser divino, mas, como descreve quem é próximo dele, um verdadeiro fenômeno energético trabalhando em mesma sintonia e continuidade de Cristo e de Buda. Nascido no Kerala, terra da ayurveda no sul da Índia, Śrī Tathāta passou grande parte de sua infância e juventude em meditação profunda, durante a qual se fusionou com a Verdade Suprema. Profundamente tocado pelo sofrimento do mundo, ele dedica sua vida à elevação da consciência humana, “para que o mundo se torne Divino, além de qualquer limitação e fronteira.” Segundo Śrī Tathāta, o objetivo da vida humana é a plena manifestação de nossa divindade. Para tal ele transmite aos que assim desejam ferramentas por intermédio das iniciações, as quais levam a práticas especificas que permitem uma liberação profunda e a elevação da consciência. Todas as etapas que levam o ser humano à plena realização de sua Divindade estão descritas em seu livro Dharma

Sutras. Tal escritura sagrada foi recebida diretamente da Fonte Suprema e proclamada ao mundo no dia 21 de janeiro de 1991 em Sarnath, na Índia, para ser oferecida à humanidade. Sua primeira vinda em nossa terra se tornou possível graças ao encontro em 2014 com Kaká Werá Jecupé, quando este foi convidado por Śrī Tathāta a ir à Índia como representante do Brasil para participar do Dharmasūya Mahayaga. Percebendo a então grande ressonância entre a filosofia dos povos ancestrais do Brasil e os ensinamentos dos Vedas, ele convidou Śrī Tathāta. Mahayaga é um ritual védico ao fogo sagrado para a transformação do planeta, afim de que a Terra e a humanidade encontrem paz e harmonia. Esse ritual ocorreu na cidade de Palakkad, onde 1 milhão de pessoas e personalidades políticas, científicas e espirituais de vários países estavam presentes apoiando nessa ação. Assim, é para nos falar do dharma que Śrī Tathāta vem acompanhado de seus filhos espirituais – Mytri Satyavrata, Mytri Tathāta Maitreya, Mytri Vijayan e Mytri Chaithanya Das. Diversos encontros e celebrações inter-religiosas, assim como momentos de ensinamentos, estão previstos durante esta primeira viagem nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, os quais serão pontuados por cantos sagrados, bênçãos e iniciações. Andréa Elias é coordenadora da turnê de Śrī Tathāta no Brasil

Produtividade Alcançar altos índices de produtividade requer determinadas condições. Todos queremos produzir mais em espaços de tempo cada vez mais curtos. A busca pela produtividade a qualquer preço poderá afetá-la substancialmente. Para um bom desempenho precisamos de boa saúde, excelente alimentação, sono reparador e cabeça fresca. Sem uma ferramenta para administrar o cotidiano afundamos em compromissos, correria e queda de produtividade. Os primeiros sintomas aparecem com a dificuldade de concentração, a sensação de que o dia não rendeu como o esperado e o acúmulo de afazeres. O excesso de preocupações, a noite mal dormida e outras mazelas fazem

9 com que o próximo dia já comece embotado. Ter um desempenho satisfatório implica na ideia de fazer tudo o que precisamos, do CLÉLIO BERTI ponto de vista proDiretor da fissional, e ainda Uni-Yôga Flamboyant sobrar tempo de qualidade para a família, para os amigos e para solucionar as pequenas coisas como lavar o carro, etc. Aprender a respirar adequadamente, trabalhar o corpo para mantê-lo forte e com boa resistência muscular e desenvolver uma concentração afinada formarão a base para uma produtividade qualificada quer seja no ambiente profissional, quer seja na vida pessoal. O Método DeRose produz resultados espetaculares.


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O que é yogaterapia? Por muitas vezes, deparei com pessoas que me disseram: “Adoro os livros do professor Hermógenes e o trabalho dele” e logo em seguida perguntavam: “O que é yogaterapia?”. Educadamente respondia, mas ficava indagando como alguém que diz conhecer o trabalho do Hermógenes, diz ter lido seus livros, não sabe o que é yogaterapia. Tirava duas conclusões: ou não havia lido os livros dele ou não tinha entendido o que leu. Hermógenes foi o precursor da yogaterapia no Brasil. Baseado no yoga tradicional, desenvolveu o seu estilo de ministrar aulas, sempre respeitando a tradição do yoga. Mas a yogaterapia surgiu na Índia e não é uma nova linha de yoga. É apenas a aplicação das técnicas e conceitos milenares adaptados para que todos possam praticá-la. Hermógenes sempre dizia em suas aulas: “Existem dois tipos de yoga: para quem pode e para quem precisa.” Yogaterapia é para quem precisa. Quem tem o organismo e articulações saudáveis, não tem problemas de saúde, pode praticar a maioria das técnicas de yoga sem restrições. Porém, quando se apresenta algum quadro que exige atenção, faz-se necessária a adaptação e o conhecimento do que é adequado ou não a este problema específico. É importante esclarecer que a yogaterapia não substitui nenhum tratamento convencional e, sim, tem função auxiliar e complementar para ajudar o organismo a recuperar a vitalidade e harmonia. Também não substitui tratamentos psicológicos, que são fundamentais em muitos casos. O próprio Hermógenes começou a praticar yoga porque estava muito doente com tuberculose e junto com os tratamentos médicos conseguiu voltar ao equilíbrio e a ter saúde. Ele dividiu a sua metodologia em seis partes: o trabalho com o corpo; a captação da energia vital; o equilíbrio da mente; a conduta ética, a boa alimentação e a parte que mais o ajudou na

recuperação, que ele chamou de logoterapia, que é o encontro com o Absoluto. Aliás, grande parte dos seus livros trata de espiritualidade, MÁRCIO ASSUMPÇÃO onde ele auxilia Professor de ioga e diretor seus leitores a en- do Instituto de Yogaterapia frentar os problemas da vida seguindo os ensinamentos dos sábios e das escrituras sagradas. Portanto, a parte mais importante da yogaterapia, na visão de Hermógenes, é o autoconhecimento e a busca do essencial. Esse fato vai de encontro ao que os Vedas e textos como Yogasutra e Bhagavad Gita entendem sobre o tema. A não compreensão do que é yoga leva muitos a não compreenderem o que é yogaterapia. Por isso, já me perguntaram algumas vezes: “Se o objetivo final do yoga é samadhi (iluminação), por que transformá-lo em terapia?” Em primeiro lugar, ninguém transformou yoga em terapia. Foi a milenar medicina ayurvédica que sempre prescreveu yoga e meditação como auxiliar em seus tratamentos. Em segundo lugar, baseado nos Vedas, yoga é um estilo de vida, e isso inclui a saúde e o bem-estar. Em terceiro lugar, segundo os maiores sábios da Índia, ninguém atinge a Iluminação praticando posturas e respirações e, sim, apenas pode experimentar um estado alterado de consciência e bem-estar. Mas isso não é Iluminação. Segundo a tradição védica, a verdadeira iluminação é a Sabedoria, adquirida pela visão clara da natureza essencial do Universo (Tat tvam asi). Imaginem se alguém dissesse ao professor Hermógenes para ele primeiro se curar da doença para depois estar em condições para iniciar yoga. Talvez, neste momento, não tivéssemos o seu legado. Talvez não conhecêssemos os seus mais de 30 livros, talvez seus milhares de leitores e alunos não tivessem a oportunidade de conhecer yoga. Foi uma doença que o levou a dar um salto quântico e buscar a verdadeira liberação. Bendita yoga.

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Marcelo Sguassábia Aparição Quando dei por mim, de pé no meio da sala de jantar da fazenda, não saberia dizer de onde vim e nem por quanto tempo estive dormindo ou inconsciente. A dor nas costas e o andar vacilante eram indícios de anos amargados no leito, mas a minha impressão é que estava retornando de um rápido desmaio. Me chamou atenção acima da lareira um retrato meu, tirado há uns dez dias quando muito, e que mais parecia o meu bisavô Honorato, pelo amarelado da fotografia. A queda do cavalo estava fresca na lembrança, e minha ida ao photographo foi na terça anterior ao acidente. Por que tão gasta a imagem e carcomida a moldura? Mais uns passos e na cozinha me deparo com uma caixa branca de formato retangular, aparentemente de metal e quase do meu tamanho. A maçaneta sugeria uma porta e a abri, sentindo um frescor delicioso que contrastava com o mormaço da fazenda, àquela hora da noite. Dentro, bebidas e alimentos de feitios estranhos, iluminados por uma luz que ficava no fundo da caixa fria. Numa das paredes do living havia uma espécie de tela pre-

ta envidraçada, de proporções próximas às de uma janela, onde se via um sujeito falando com um terno um tanto esquisito. Tentei tocá-lo, era impressionantemente real e muito mais nítido que um quadro. Sua boca se mexia mas dela não saía som algum. O silêncio tomava conta. As lâmpadas, muitas e todas apagadas, em nada se assemelhavam aos lampiões de querosene que até outro dia eu acendia ao anoitecer e apagava pela manhã. As pessoas, umas quinze, contritas e concentradas em torno da grande mesa, oravam e invocavam meu nome. Fugia da minha compreensão o que se passava, pois todas eram a mim desconhecidas. Nem mulher, filhos ou parente próximo. Desgostava-me o incômodo daquela macabra assembleia tendo lugar ali dentro, profanando a Fazenda Santa Carolina e minha mesa de jacarandá. Era legítimo que retomasse meus domínios, queria enxotá-los dali, eles todos com suas roupas e penteados de péssimo gosto, a mencionarem insistentemente meu nome, em transe insano e de olhos fechados. Marcelo Sguassábia é redator publicitário

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Aruângua Cometa, qual cometa? (1) Desde que me conheço por gente, sempre tive a convicção da existência de outras civilizações e seres em outros planetas do universo. Sempre vibrei com as histórias de seres diferentes de nós, de naves espaciais e segredos escondidos em nosso próprio planeta. Fiquei dois dias em suspense ao ler sobre a Atlântida de Platão e sentia nas minhas memórias mais instintivas que algo de verdade havia nessas histórias, um passado que meus genes testemunhavam. Esta semana, meu marido-engenheiro acompanhou detalhadamente as notícias sobre a aproximação da nave da ESA, Rosetta, ao cometa 67P e o módulo de pouso, Philea, em sua conturbada aterrissagem no astro “errante”. Como bom curioso que é, meu “cara-metade” logo se pôs a coscuvilhar as imagens que foram transmitidas de 500 milhões de quilômetros de distância, como costuma fazer com as imagens de Marte e da Lua... E outras que a Nasa e demais agências espaciais divulgam na internet. Sempre pensei que fossemos encontrar o testemunho de um passado remoto de uma civilização anterior à nossa e já extinta aqui mesmo. E não estamos longe disso.

Pirâmides e grandes muralhas sob o mar nos afiançam que temos mais passado do que se ensina nas escolas. Até comecei a escrever alguns livros de aventuras com bólidos encontrados na Antártida, sob o Atlântico, etc... coisas do gênero, mas desisti pois outros acabavam tendo a mesma ideia que eu, como se as mesmas ideias nos fossem sopradas. A maneira como olhamos o céu, com nostalgia, já é um sintoma de que temos saudades de um lar que nunca conhecemos nesta vida. Mas vamos adiante... Meu marido anotou vários objetos nas imagens do 67P e mandou uma mensagem à ESA dizendo que, sendo engenheiro ele via coisas que não eram naturais no cometa e que mais pareciam partes de uma máquina. A ESA não respondeu. O Guardian e um outro jornal que publica histórias de ufo’s publicaram no dia seguinte artigos que davam a entender que o cometa afinal não era um cometa mas um resto de alguma coisa. Que meses atrás, fotos tiradas pela Rosetta do 67P a distância mostravam dois objetos à volta dele e uma outra foto um objeto pousado nele. (continua)

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Esperança

por Rodrigo Casagrande

O excelente livro Foco, de Daniel Goleman, traz uma situação vivenciada por Larry David, criador das séries de sucesso Seinfeld e Curb Your Enthusiasm, a qual me parece bem apropriada para abordar um ponto-chave para o sucesso dos líderes: gerar esperança. Goleman nos conta que Larry é do Brooklin, mas viveu a maior parte da sua vida em Los Angeles. Numa rara estada em Manhattan, para filmar episódios de Curb – em que interpreta ele mesmo – David foi a um jogo no Yankee Stadium. Eis que, quando houve uma pausa no jogo, as câmeras exibiram a sua imagem nos telões. O estádio, em peso, levantou para aplaudi-lo. Estamos falando de quase 50 mil pessoas. Isso é que é ser ovacionado. Porém, quando David estava indo embora, ainda no estacionamento do estádio, alguém colocou o corpo para fora de um carro que passava e bradou a plenos pulmões: “Larry, você é um imbecil!”. No caminho para casa, Larry David ficou obcecado com aquele único encontro: “Quem é aquele cara? O que foi aquilo? Quem faria isso? Por que dizer uma coisa daquelas?” Foi como se os milhares de fãs carinhosos que teve contato naquela noite não existissem, apenas aquela única pessoa. Considero este relato impressionante, pois desnuda uma característica presente em grande parte das pessoas: a suscetibilidade à negatividade, beirando o autoflagelo. Isso pode ser muito perigoso. Goleman discorre que focar nas coisas nega-

tivas ou positivas funciona como uma alavanca para determinarmos como o nosso cérebro opera, e isso tem relação direta com a sensação de bem-estar ou para o caminho para uma depressão. O fato é que, parafraseando Eça de Queirós, “para criticar, somos implacáveis”, e isso vale para a autocrítica. Além disso, tenho a sensação de que as pessoas estão cada vez mais carentes, o que pode gerar fragilidades e incapacidade para administração dos momentos de frustração. Penso que esta abordagem é muito significativa para enaltecermos a importância dos líderes ressonantes, aqueles que geram um prisma positivo nas equipes. Isso porque um dos papéis fundamentais do líder é gerar esperança, e a esperança causa mudanças positivas em nosso cérebro e libera hormônios geradores da sensação de bem-estar, nos diz Richard Boyatzis, professor da escola de administração da Case Western. O fato é que o líder é o termostato emocional da sua equipe. A dois quilômetros de distância a equipe já consegue perceber o estado emocional do líder. Por conta disso, é preciso que o líder tenha consciência da importância do amparo emocional que precisa prover. Ao gerar esperança vai propiciar uma boa atmosfera de trabalho. Por outro lado, é preciso também reconhecer o efeito devastador que suas críticas poderão causar no comportamento das pessoas, dependendo da sua forma e conteúdo. Rodrigo Casagrande é professor de pós-graduação no Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas


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Campinas lança campanha de destinação de recursos do IR A Prefeitura de Campinas lançou mais uma edição da campanha “Leão Solidário”. O objetivo é incentivar a doação de parte do total devido do Imposto de Renda (IR) para os Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA) e da Pessoa Idosa (FMPI). Fazendo a doação e especificando sua destinação, os recursos ficarão no município e serão aplicados em programas e projetos de instituições públicas e privadas que executam ações de atenção e proteção às crianças, aos adolescentes e às pessoas idosas de Campinas que vivem em situação de vulnerabilidade e risco social. A doação pode ser feita até o dia 30 de dezembro. Todos os cidadãos (pessoa física)

que fazem a declaração no modelo completo podem destinar até 6% do imposto devido. No caso das empresas que declaram com base no lucro real, a contribuição é de até 1% do valor do imposto devido. Desde o ano passado, as empresas podem destinar até 1% do imposto devido para cada um dos fundos (criança e adolescente e pessoa idosa). Aproximadamente 55 mil crianças e adolescentes são atendidas com recursos do FMDCA no município, por intermédio do trabalho executado por 150 organizações não governamentais (ONGs) e 13 programas governamentais nas áreas de cultura, esportes, educação, saúde e assistência social. Mais informações: fmdca.campinas.sp.gov.br

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Liberte-se de sua mente! A mente mente! Você pode estar sendo enganado pela sua mente a vida inteira sem saber. Lembra aquela labirintite que você sentiu na volta da praia? Por que você não sentia na ida? Porque o seu corpo não quer sair da praia. Se você está dirigindo, não sente tontura; se fica no lado de passageiro, sente na hora. Não está estranho? A mente está te chantageando em nome de segurança ou suspeito do seu equilíbrio! Se fizer um simples exercício – rito tibetano número 1, girando em sentido horário 21 voltas – você pode sair dessa prisão da mente. Vai se livrar de tonturas, fadiga, falta de memória, tristeza e compulsão de comer. O segundo treinamento é o controle da mente. O princípio é

quebrar o condicionamento cerebral. Você escolhe quatro ou cinco atividades que gosta, alternando as atividaPETER LIU des sem terminar. Acupunturista Assim, você obriga os neurônios a migrar de uma parte do cérebro pra outra. Isso melhora sua concentração. O verdadeiro herói não é dominar os outros, mas dominar a si próprio. Uma pessoa que tem controle da própria mente e corpo é considerada iluminada. Então, a libertação da mente é um caminho de iluminação. Sua consciência vai aumentar. Se a maioria das pessoas melhora, o mundo melhora. Essa é a minha crença, é a minha luta.

São Paulo - SP


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Bom trânsito para nós! Marks Pintija

Você já mudou sua preferência? A cada dia, mais pessoas são inseridas no trânsito na condição de condutores de veículos e passam a se espremer nas vias públicas, fechadas e até nas particulares. Sim, espremer. Saem de seus lares em direção ao local de trabalho, de estudos ou de serviços que precisam, e tem aceitado se enfrentar pelo espaço em comum, com o simples motivo de levar seu corpo físico até o destino. Por esse desgaste, que atinge muitas pessoas de forma física e outras psicologicamente, é que muitos já não preferem utilizar o transporte individual, assim como já foi a vontade de antigas gerações. Aquelas que sonhavam em fazer 18 anos e ter a habilitação para dirigir seu próprio carro. Isso vem mudando com os novos tempos.

O uso da tecnologia para facilitar as necessidades do cotidiano faz com que produtos sejam comprados e entregues sem que se desloque até os locais. Assim como as consultas, as reuniões e até os encontros têm sido substituídos por meios que evitam o enfrentamento pelo espaço vazio, através das videoconferências, das compras on-line e das paqueras pelos smartphones. Viva em um ambiente em que se possa escolher a bicicleta como meio de deslocamento ou que seja possível usar um bom transporte coletivo. Essa tem sido das maiores buscas pelas pessoas conectadas com o bem viver. Marks Pintija é especialista e educador em trânsito

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Onde a religião se perdeu? por Robson Profeta

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uando ouvirmos falar em religião, somos transportados para o mundo místico repleto de crenças, milagres, impossibilidades e figuras alegóricas que residem em nosso consciente coletivo. Às vezes cremos nessas figuras por amor e devoção, às vezes por temor. Quantas foram as ocasiões em que nos defrontamos com pessoas dizendo que todas essas histórias são bobagens e que é impossível acreditar nas figuras de Adão e Eva e como um homem teria poder em abrir os mares. Pensemos... Será que não existe uma mensagem escondida em todas as crenças e religiões? Será que a religião não se perdeu exatamente por não saber explicar qual seu verdadeiro papel? Explico: Você conhece a história do anjo da luz, o mais belo, de nome Lúcifer? Pois é, aquele que caiu do céu por desobedecer à gestão do Criador, por se considerar tão ou mais competente que o Próprio? Lúcifer abdicou do “Nós” em detrimento do “Eu”. Agora pense: se isso é apenas uma história e se Lúcifer (Satanás) realmente não existiu, quem sabe um bem-aventurado não tenha resolvido criar essa história para materializar a vaidade e o orgulho, veneno da alma, através de um símbolo medonho de chifres e rabo evitando assim que cometêssemos este mesmo pecado, e consecutivamente a necessidade de nos confrontarmos com o senhor das trevas. E a desobediência de Adão e Eva? Talvez seja outra história criada pelo homem para expressar o prazer em detrimento dos valores morais e éticos, e que não necessariamente o sexo seja algo punitivo e proibitivo, mas que ele pode ser um gatilho do prazer em detrimento das regras de boa convivência e pensamento coletivo. Cristo, quem sabe, não tenha nascido de uma virgem (um milagre para aqueles tempos), mas talvez essa fosse a forma mais eficaz de dizer que ele não foi fruto do sexo, considerado como pecado assim como na história de Adão e Eva. E se Cristo veio de uma virgem, não teríamos um messias criado do erro e melhor o aceitaríamos. É irrelevante discutirmos se

ele é filho de uma virgem ou não, a mensagem é outra. O príncipe Sidarta ao fugir de seu castelo e conhecer as dores do mundo buscou o isolamento, a perfeição de espírito, sendo imortalizado na imagem de Buda, abandonando assim tudo aquilo que nos prende ao mundo terreno. Quando a religião islâmica reserva as virgens no paraíso, simbolicamente a religião não está reservando sexo com virgens, mas sim o prêmio da pureza, pela boa conduta na terra, contrariando o “erro” de Adão e Eva. E por que não dizer que Maria Madalena era a simbologia do reconhecimento do erro e da redenção? Também uma alegoria. “Quem não pecou, que atire a primeira pedra”. Lembra-se dessa frase? Se todos nós nos sentimos invejados e não invejamos ninguém, a conta não fecha. Onde está a outra metade? Aproximadamente 400 anos após o primeiro testamento um monge escreveu sobre as tentações mais perigosas da alma humana e aproximadamente 200 anos depois um papa de nome Gregório ter reexaminado o documento o converteu no que conhecemos hoje como os sete pecados capitais, considerados como efeito destruidor de nossas almas. São eles: luxúria, inveja, gula, preguiça, avareza, ira e soberba. Talvez estes pecados não sejam pecados por si só. Quem sabe os grandes mestres não tenham vindo apenas para nos dizer que esses sentimentos nos destroem por dentro, sem que tenhamos tempo de notar. Na obra A Divina Comédia, Dante Alighieri incrivelmente narra a primeira parte que chama de Inferno, em requinte de detalhes, com muito fogo, dor e corpos nus em sofrimento e ao ler cada canto da obra, constatamos a existência dos pecados que residem em cada personagem. Não importa se chamamos esse local de inferno, hades, sheol, limbo ou umbral. Talvez seja papel da religião nos orientar de que o local que Dante Aliguieri tão bem descreveu não esteja lá fora, abaixo do solo ou em outra dimensão, mas dentro de um lugar que quase nunca procuramos: dentro de nós! Robson Profeta é coach financeiro


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Empreendedorismo é tema de projeto com cunho social Um projeto de empreendedorismo permitirá a realização de desejos de crianças ou adolescentes em fase terminal. Essa é uma das vertentes de cunho social da “Ação Quero Mais”, cujo primeiro evento será lançado dia 29 de novembro, em Campinas. O idealizador é Diego Giacomasso Vergílio, 26 anos, que aposta em descontos e financiamento coletivo para viabilizar sua empreitada. Em julho, ele foi um dos 15 selecionados para um programa de empreendedorismo em Miami, Estados Unidos. Sem condições para custear sua ida sozinho, Diego criou uma plataforma de sorteios e distribuição de vouchers com o apoio de oito empresas. “Recebi mentoria, trabalhei o networking e aprendi com gigantes como Ricardo Bellino, Cristiano Piquet, Jota Abussafi e Pedro Valente”, conta. “Voltando ao Brasil, enxerguei uma oportunidade de usar os contatos feitos aliado a um momento muito positivo de Campinas para receber eventos de alto nível.” Segundo Diego, o primeiro evento está previsto para o primeiro trimestre de 2016. “Será uma iniciativa

inovadora, que terá minipalestras sobre as trajetórias de sucesso de empreendedores de expressão nacional e internacional e, ao mesmo tempo, uma parte destinada ao público infantil, com dinâmicas, monitoria, brinquedos infláveis e atividades”, adianta. “Será o primeiro evento de empreendedorismo que integrará toda a família.” Com relação ao “apadrinhamento de sonhos”, Diego esclarece que se trata de realizar o desejo de uma criança ou adolescente doente e em fase terminal. “Esses sonhos são os mais diversos, desde conhecer o artista favorito, realizar festa de 15 anos ou comprar próteses mecânicas”, exemplifica. A “Ação Quero Mais” busca parceiros e investidores por meio de financiamento coletivo, no site kickante. com.br. Interessados podem colaborar adquirindo ingressos antecipados para o evento ou apadrinhando o sonho de uma criança. O coquetel de lançamento tem a presença confirmada do empreendedor serial Ricardo Bellino, que virá de Miami. O projeto tem apoio do JORNALZEN.

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Padre Haroldo Tabagismo Aceito durante séculos, o tabagismo é considerado por muitos como um hábito adulto livremente escolhido. Infelizmente, isso não é verdade. Noventa por cento dos fumantes sabem que o cigarro faz mal à saúde e 77% deles gostariam de deixar de fumar. Cerca de 65% dos fumantes já tentaram parar e recaíram. Horas após o último cigarro, instala-se a síndrome de abstinência, caracterizada por forte vontade de fumar, irritabilidade, ansiedade, dificuldade de concentração, impaciência, inquietação, humor depressivo e fome. Com a supressão da nicotina, a maioria dos sintomas diminui em poucos dias e passa em um mês. Mas a vontade de fumar e a apetência podem continuar por seis meses. Na verdade, todos convivemos com pessoas tentaram e que tentam sem sucesso abandonar o cigarro. O tabagismo é um transtorno de comportamento catalogado no Código Internacional de Doenças (CID-10). Atualmente não

é possível abordar a prevenção em dependência química sem enfrentar honesta e objetivamente o problema do tabagismo em nosso país, assim como todos os problemas que envolvem a disseminação e o incentivo ao uso das drogas legais. As alegrias e a beleza de uma vida limpa não se comparam ao sétimo céu. Na verdade, o sétimo céu opõe-se a nosso novo modo de vida. O sétimo céu é uma fantasia, algo intangível e sabemos muito bem como fazer isso com o primeiro gole, com a primeira dose, com a primeira bola ou com outro cigarro. Lidar e viver com a realidade é um lugar lindo, não um sonho extravagante. Todo dia pode ser uma viagem com Deus, acima da dor, acima do sofrimento, acima do sétimo céu, em direção a um maravilhoso tempo presente. Haroldo Rahm é presidente emérito do Instituto Padre Haroldo hrahmsj@yahoo.com


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Viva Bem elianamattos@uol.com.br

Bate-papo

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omo assim “foi morar num templo budista”?! Essa foi a minha resposta ao e-mail da amiga Kika, quando me contou que agora morava em Cabreúva, num templo budista. Mulher referência de força e coragem, alcançou seu grande sonho de ser cantora já na fase madura da vida. Agora, com os filhos criados e independentes, percebeu que precisava de pouco para viver, e como já estava bem envolvida com o budismo, mudou-se para lá. Não sentamos ainda para conversar. Então, nem imagino como é essa “moradia”. Estou pintando minha casa. Ontem, parece que para ajudar nesta crônica, o pintor estava me contando sobre uma casa que ele e outros profissionais pintaram ano passado. Quatro salas, cinco suítes, piscina, sauna, um staff de seis pessoas, entre cozinheiras, arrumadeiras e jardineiros. E pasmem: apenas uma pessoa mora nessa imensa casa. Perguntei se pelo menos no final de semana vem toda a família e ele disse que não. Quando minha filha se casou – já contei isso em outra crônica – uma amiga sugeriu que eu fosse para um apartamentozinho, uma vez que não precisaria mais de uma casa com três dormitórios. Não! Respondi a ela. Eu uso todas as dependências! Mas é claro que a minha casa é considerada um quitinete em relação à mansão acima. A Kika tem toda a razão sobre essa vida simples e focada mais em seu interior do que na parte externa. Mas quer que eu seja sincera? Não acho que estou preparada para esse desprendimento... Mesmo concordando que o importante é o interior da gente, sempre acho que posso conciliar as duas coisas. Como disse, ainda não estou preparada para tanto desapego... Hoje cedo, lendo um livro chamado Cirurgia Moral, que sempre me é um tapa na cara, li uma lição em que havia um trecho assim: “Toda busca externa é teoria, é ilusão que pode estar a caminho da verdade. Entretanto, para quem já despertou para o espírito, quem já começou a viver em espírito e verdade, há outros caminhos mais nobres, que são os da senda interna e os do céu de cada um, que estão mais próximos do coração.” Mais adiante diz que é muito justo, já que estamos encarnados, buscar alimentos para nossa nutrição física, por exemplo. “Entrementes, é de maior valor que não esqueçamos da alimentação espiritual... O que fica na Terra são as coisas da Terra; os valores do Espírito o acompanham aonde quer que seja.” Está certa, Kika. Continue cantando lindamente, porque cantar também é uma forma de oração. Prossiga com sua busca pelos valores internos e quando nos encontrarmos me passe um pouquinho do seu desapego.

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RECEITAS PARA AS FESTAS DE FIM DE ANO Como até as lojas já estão vendendo artigos natalinos e os supermercados lotados de panetones, vou começar a dar algumas receitas para as ceias. Frase feita, mas como este ano passou rápido... Nesta edição, darei várias sobremesas para você fazer no Natal e réveillon. Na edição de dezembro, as receitas serão de salgados. Espero que gostem.

Panforte di Siena Ingredientes: * ¾ xícara (chá) de farinha de trigo * 1 xícara (chá) de avelãs picadas * ¾ xícaras (chá) de nozes picadas * 1 xícara (chá) de amêndoas sem pele picadas * 1 xícara (chá) de frutas cristalizadas picadas * 150 g de figos cristalizados picados * 2 colheres (sopa) rasas de cacau em pó * 1 colher (café) de canela em pó * 1 pitada de noz-moscada ralada * 1 colher (café) de raspas de limão * 1 colher (café) de raspas de laranja * 3 colheres (sopa) rasas de açúcar * 6 colheres (sopa) de mel

Modo de fazer: Misture a farinha de trigo com as frutas, o cacau, as especiarias e as raspas. Reserve. Leve ao fogo o açúcar com o mel até levantar fervura. Fora do fogo, incorpore a mistura reservada e misture delicadamente. Forre uma forma redonda (aro removível 22x6 cm) com papel-manteiga, unte e distribua a massa, pressionando com uma colher. Asse em forno preaquecido. Assim que tirar do forno, pressione novamente com as costas de uma colher, para compactar a massa. Desenforme frio e polvilhe açúcar de confeiteiro.

Bolo de Natal austríaco Ingredientes: Massa * 1 xícara (chá) de açúcar * 6 gemas * 100 g de chocolate meio amargo derretido * 100 g de amêndoas sem pele moídas * 2 colheres (sopa) de farinha de rosca * 6 claras em neve Cobertura * 1 lata de creme de leite (300 g) * 200 g de chocolate meio amargo picado Modo de fazer: Massa: bata o açúcar com as gemas

até obter uma gemada clara e acrescente o chocolate derretido ainda morno. Junte as amêndoas, a farinha de rosca e adicione as claras em neve delicadamente. Coloque na forma redonda com aro removível, untada e enfarinhada (25 x 5 cm) e asse em forno preaquecido (25 minutos). Desenforme morno e deixe esfriar. Cobertura: misture o creme de leite e o chocolate e cozinhe em banho-maria até obter um creme liso. Deixe esfriar e cubra o bolo. Decore com motivos natalinos.

Pavê de coco Ingredientes: * 2 pacotes de bolacha champanhe * 1 litro de leite * 1 lata de leite condensado * 3 gemas peneiradas * 3 colheres (sopa) de maisena * 1 lata de creme de leite gelado sem o soro * Essência de baunilha a gosto * 1 vidro de geleia de morango * 100 g de coco ralado Modo de fazer: Leve ao fogo o leite, o leite

condensado, as gemas, a maisena e a baunilha. Cozinhe lentamente até engrossar. Espere esfriar e misture o creme de leite. Forre uma travessa com as bolachas ligeiramente umedecidas em um pouco de leite morno adoçado a gosto e com algumas gotas de baunilha. Cubra com metade do creme, em seguida uma camada de geleia. Polvilhe o coco ralado. Repita as camadas até acabarem os ingredientes. Leve para gelar.

Pavê de chocolate e nozes Ingredientes: * 1 caixinha de creme de leite (200 g) * 250 g de chocolate meio amargo picado * 350 g de doce de leite em pasta * 150 g de nozes picadas * 50 ml de licor de cacau * ½ xícara (chá) de leite * 250 g de bolacha champanhe

Modo de fazer: Derreta o chocolate com o creme de leite em banho-maria, até ficar um creme liso. Reserve. Misture o licor e o leite, e umedeça as bolachas, uma a uma. Em uma travessa ou taça grande, alterne camadas de bolacha, doce de leite, bolacha e creme de chocolate.


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Sair da zona de conforto por Guacira-Newman Rugai

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em momentos na vida da gente que é preciso olhar para dentro, analisar a vida e ver se o que estamos fazendo alimenta a nossa alma. São momentos árduos, complicados, pois mexer na zona de conforto não é assim tão fácil. Dói! Mas se não estamos felizes, é preciso! No final de 2014, após o primeiro congresso, senti que estava na estrada certa em relação ao meu trabalho de divulgação da Lei da Atração e empoderamento do ser. Mas percebi também, que a estrada é longa e que muito há ainda por se fazer. Em um desses momentos em que eu trabalhava essa zona de conforto para entender o que deveria ser feito, pedi em oração que o Universo me mostrasse como fazer para difundir mais esse conhecimento e empoderar mais pessoas. Foi aí que numa noite de janeiro deste ano, assistindo a um reality show beneficente italiano, um projeto revolucionário se formou na minha mente: o projeto Mandaramor em Família. O projeto engloba vários assuntos em voga no Brasil e no mundo (marketing e nomadismo digital, homeschooling e desescolarização, ação social de empoderamento do ser, autossustentabilidade, etc.), além de um grande potencial para mudar vidas. Um projeto para “sair da caixinha”, que nasceu para reunir vários sonhos em um só: dar a volta ao mundo de motorhome em família (eu, meu marido e filhos pequenos), fazendo marketing digital e trabalhos sociais com crianças carentes. Não trabalhos assistencialistas, mas de empoderamento do ser. Dar voz ativa a quem não tem, ouvindo as necessidades e proporcionando os meios para atendê-las. Não

queremos dar o peixe, pois quem aprende a pescar, nunca mais passará fome. Acreditamos que todos podem mudar as suas vidas, basta querer e ir em busca da mudança. Nossa meta é visitar projetos (como os catalogados pelos Caçadores de Bons Exemplos) que buscam mudar a vida de crianças, mas não tem apoio e oferecer a nossa ajuda pessoal ouvindo o que eles precisam, bem como girar os holofotes na direção deles, de forma a chamar a atenção da sociedade, empresas e políticos locais, para que após a nossa passagem eles recebam ajuda para continuar os seus trabalhos. Hoje, ajudamos três escolas no Brasil e uma no Peru com o nosso trabalho direto (aulas de artesanato e elaboração de sites). Temos também a Rede Mandaramor, um banco de dados de voluntários de vários lugares e profissões que disponibilizam o seu tempo para ajudar esses projetos. Para que a expedição tenha início, precisamos adquirir o motorhome, que deve ter construção especial para suportar temperaturas de -50 a +50ºC e aquecimento solar para maior autonomia, e os equipamentos de viagem. Por isso, colocamos a nossa casa à venda e criamos uma campanha de arrecadação no Kickante. Buscamos também patrocinadores e apoiadores. Para nos ajudar: www. kickante.com.br/mandaramor Para nós, o mundo que iremos deixar para os nossos filhos depende muito dos filhos que iremos deixar para este mundo. Guacira-Newman Rugai é criadora e organizadora do Congresso Nacional On-line Sobre A Lei da Atração e O Segredo (Conlaos) e do Mandaramor, site de informações diversas na área holística contato@mandaramoremfamilia.com.br www.mandaramoremfamilia.com.br

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INDICADOR TERAPÊUTICO


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MANDALA PARA PINTAR

NOVEMBR0/2015

- OZENI LUCAS -

Silvia Lá Mon

Marilia Soares e a chilena Paula Meru no 2º Encontro Internacional de Pesquisadores em Dança Indiana e Artes Corporais do Oriente, no Instituto de Artes da Unicamp Divulgação

Criança em tratamento no Centro Boldrini recebe brinquedo em ação do mês das crianças no hospital em outubro Recebemos colaborações para este espaço. Envie sua mandala para contato@jornalzen.com.br

Divulgação

Alunos do programa de educação profissional da ONG AlfaSol entregaram poesias e mensagens de amor em ação na Avenida Paulista, em São Paulo


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NOVEMBRO/2015

AGENDAZEN CAMPINAS

SÃO PAULO

FÍSICA QUÂNTICA 17/11, das 19h às 21h – palestra com Leonardo Regalino, no Espaço Cultural Castro Alves (Rua Castro Alves, 298 – Taquaral). Contribuição: 10 reais. Vagas limitadas. Inscrições e mais informações: (19) 3044-1286 e (19) 99109-4566 ou espacocastroalves@gmail.com

MEDITAÇÃO todas as quartas-feiras (15h30, 19h30 e 20h30) e sextas (10h30) – prática na sede da Fundação Lama Gangchen para a Cultura da Paz (Rua Apinagés, 1.861– Sumaré). Aberto ao público. Mais informações: (11) 3032-5573

ŚRĪ TATHĀTA NO BRASIL

INDAIATUBA EUBIOSE 28/11, às 15h30 – palestra “O Mistério do Cel. Fawcett”, com Iramar Rodrigues, na Sociedade Brasileira de Eubiose (Rua Madri, 72 – Jardim Europa). Aberto ao público. Mais informações: (19) 99731-7381

20 a 22/11 – início da primeira turnê brasileira do mestre indiano, no Mosteiro São Bento e Instituto de Engenharia INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: www.tathatavrindham-brasil.net

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UNIVERSO DIGITAL

Amanda La Monica

Google, nosso oráculo virtual Para começar, vamos falar sobre aquele que “salva” o nosso dia a dia (não é o Facebook, mas chegaremos nele): o Google. Criado em 1998 por Larry Page e Sergey Brin, desejavam um nome alinhado à ideia de “catalogar uma imensa quantidade de dados”. Os resultados iniciais foram os termos “Googol”, que equivale a 10 elevado à centésima potência, expressando perfeitamente a ideia de “quantidade imensa”, e “Googolplex”, que seria 10 elevado a um “googol”. No fim, um assistente de Larry e Sergey errou a escrita da palavra. O neologismo acabou agradando a equipe e, para o bem dos “meros mortais”, o Google nasceu.

Ele substitui perfeitamente nossos dicionários, listas telefônicas e agendas. Quem nunca teve uma dúvida cotidiana e, de primeira, abriu a tela para perguntá-lo o que fazer? Mesmo para aqueles que não têm costume ou prática com a tecnologia, o Google se faz prático e disponível. Nos dispositivos remotos (celulares e tablets), não há nem a necessidade de acessar o site. Precisamos apenas digitar no próprio navegador e a resposta chega à tela em menos de cinco segundos. Até a próxima edição, preste atenção em quantas vezes você e outros à sua volta utilizam essa ferramenta e surpreenda-se: você está mais conectado do que imagina!


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