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entrevista “Não deixem de recorrer à AAUM para expor todos os vossos problemas” Página 14, 15 e 16

A lista A venceu as eleições para a AAUM no passado dia 7. Apresentando um projecto de continuidade, Luís Rodrigues, o actual presidente, revelou ao ACADÉMICO as suas motivações e projectos para continuar na luta pelos interesses dos alunos minhotos.

cultura

Página 20 e 21

Surpresa: isto é uma peça de teatro! N.O.V.A. é a primeira peça do Teatro Independente de Braga, uma “estrutura” criada pela actriz/encenadora Isa Magalhães, há dois meses. O espectáculo, para oito “actores”, tem estreia marcada para esta semana. Não se podem divulgar dias e horas. Mas nós, que já vimos, podemos assegurar que vai causar polémica.

reportagem Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 139 / ANO 5 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 14.DEZ.10

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“Ready! Down. Set… HUT!”... O futebol americano chegou a Braga Já há uma equipa de futebol americano na cidade de Braga. Surgiu há cerca de oito meses, fruto de um gosto de Gabriel Rocha, fundador e presidente do clube Maximinos Warriors. O ACADÉMICO foi conhecer os “guerreiros”, não do Minho, mas de Maximinos! Página 11


SEGUNDA PÁGINA 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

BARÓMETRO

EM ALTA

NO PONTO

EM BAIXO

Luís Rodrigues Um resultado histórico. Grande noite eleitoral para o estudante de Ciências da Comunicação que convenceu os estudantes pelo mandato realizado. As muitas actividades, grande parte seguindo uma linha de continuidade em relação a anos anteriores, parece agradar os estudantes que votaram, de forma inequívoca, no projecto liderado por Luís Rodrigues.

Reveillon AAUM Qual a melhor forma de fechar o ano? Juntar amigos de infância a amigos da universidade na mesma festa, claro está! Pela 3ª vez, a AAUM organiza uma passagem de ano onde promete muita festa e animação para todos. Contenção pede-se numa noite de excessos. Mas se há coisa que os estudantes do Minho sabem fazer é divertir-se. E esta é a vossa noite.

Abstenção Infelizmente, e como já era de esperar, voltou a ser o resultado mais expressivo das eleições. Os estudantes da UM voltam a alhear-se das grandes decisões e, as explicações para o sucedidos, parecem ser sempre as mesmas. A inexistência de uma oposição forte e consistente, alheada ao “já está ganho” parece ter movido os estudantes do Minho.

DANIEL VIEIRA DA SILVA // daniel.silva@rum.pt

EDITORIAL

E eis que chegamos ao último ACADÉMICO deste ano civil. Doze edições, onde dezenas de colaboradores desempenharam um papel fundamental no crescimento deste jornal. Doze edições onde, muitos deles, sempre de forma voluntária deram o máximo a este projecto… O único semanário académico do país. É, pois, direccionada a todos eles, a minha primeira palavra de agradecimento, com o sentimento que sem a vossa colaboração, nada disto era possível. Demos voz aos mais importantes intervenientes da Universidade do Minho. Levantamos problemas em relação a situações que “estrangulavam” a vida de um estudante. Estivemos na linha da frente de combate à Acção Social Escolar que, este ano, voltou a penalizar os estudantes do Ensino Superior. Demos a cara, fomos à luta, fizemos jornalismo, sempre com a noção (sim, porque nós temos a noção que não somos perfeitos) que um erro pode sempre acontecer. Muitos aconteceram, mas estes fazem-nos crescer. Preparamnos, ainda melhor, para o exigente e escasso mercado de trabalho. Somos um laboratório de jornalismo e nunca seremos uma parcela de “pequenos iluminados” que se acham superiores a tudo e todos no que a esta questão diz respeito. Em relação a esta última edição, volta-se a dar voz, novamente, a Luís Rodrigues, recentemente reconduzido presidente da AAUM. Depois de uma vitória esmagadora e esclarecedora nas urnas, Luís Rodrigues tem uma pressão extra colocada pelos estudantes. 89% é um resultado histórico. A força dos estudantes sobrepôs-se, uma vez mais, a qualquer outra que se quisesse impor na universidade. A voz, dentro dos campi, continua a ser dos estudantes. Desejo toda a sorte do Mundo ao Luís Rodrigues para continuar a defender, de forma idónea, credível, sincera e descomprometida, os interesses dos estudantes da Universidade do Minho. Tenho a certeza que voltará a cumprir com o que prometera e a fazer um excelente mandato à frente da AAUM. Agora, é tempo de exames. É tempo de estudar e o ACADÉMICO irá, certamente, voltar, ainda com mais força. Boa sorte a todos e até lá continuem-nos a seguir nas redes sociais e no nosso sítio electrónico. É por lá que nos iremos encontrar até Fevereiro. Até lá e... Boas Festas!

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 14 Dezembro 2010 / N139 / Ano 5 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Ana Sofia Machado, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Cláudia Rêgo, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Eduardo Rodrigues, Filipa Barros, Filipa Sousa, Franscisco Vieira, Goreti Faria, Goreti Pêra, Inês Mata, Iolanda Lima, Joana Gramoso, Joana Neves, José Lopes, Lucilene Ribeiro, Maria João Quintas, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Rita Vilaça, Sara Pestana, Sofia Borges, Sónia Ribeiro, Sónia Silva, Tânia Ramôa e Vânia Barros // COLABORADORES: Cátia Castro, José Reis, Elsa Moura // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt // TIRAGEM: 2000 exemplares

ELEIÇÕES AAUM Resultados 7 de Dezembro de 2010

 Lista A Lista B Lista C Nulos Brancos TOTAL

Gualtar 1048 101 52 11 54 1266

Lista D Lista E Lista F Nulos Brancos TOTAL

Gualtar 810 176 75 22 179 1262

Lista G Lista H Lista I Lista J Nulos Brancos TOTAL

Gualtar 313 627 84 69 20 147 1260

Azurém 600 66 8 15 31 720

Medicina 178 5 4 9 21 217

Congregados 81 2 8 0 3 94

TOTAL 1907 174 72 35 109

% 88,57 8,08 3,34

2297

 Azurém 452 89 26 21 132 720

Medicina 47 48 27 8 88 218

Congregados 67 9 8 2 8 94

TOTAL 1376 322 136 53 407

% 75,03 17,56 7,42

2294

 Azurém 205 338 40 27 17 98 725

Medicina 176 10 3 2 3 24 218

Congregados 30 46 4 4 1 9 94

Eleitores Inscritos: 17352 Abstenção: 86,76%

Comissão Eleitoral 2009/10

TOTAL 724 1021 131 102 41 278

2297

% 36,60 51,62 6,62 5,16

M 4 5 0 0


PÁGINA 03 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

LOCAL

museu alberto sampaio tem novo director Ângela Coelho angelacoelho72@hotmail.com

Manuel Graça é o novo director do Museu Alberto Sampaio, em Guimarães, desde o passado dia 2 de Dezembro. O novo director é natural do Porto e veio substituir Isabel Fernandes que deixou o cargo invocando razões de ordem pessoal. O novo director confessou à Guimarães TV que admira o processo de restauro, de reconstituição e reordenamento da cidade de Guimarães, destacando a qualidade do museu, dos seus serviços e da equipa técnica. Manuel Graça considera que este é um desafio enorme, relembrando que Guimarães foi a cidade escolhida para ser a Capital Europeia

da Cultura em 2012. O portuense garantiu à televisão vimaranense ter várias ideias para o futuro do Museu Alberto Sampaio, no entanto, terá que falar primeiro com a sua equipa. Quanto aos objectivos que se propõe a alcançar, o director não esconde o desejo de manter o museu no mapa, assumindo-o, a ele e à cidade de Guimarães, como centro do Norte. O actual momento de crise é também uma preocupação de Manuel Graça, contudo, isso não o demove da ambição de manter o museu próximo da população e, até, de o levar à cidade, para fora de portas. Manuel Graça revelou que quer deixar a sua marca no museu, mas numa continuidade do trabalho desen-

DR

Manuel Graça é o novo director do museu

volvido por Isabel Fernandes, que, durante 11 anos, criou uma gestão muito própria. DR

Cidade de Guimarães vai ser, em 2012, capital Europeia da Cultura

O novo director concorreu ao cargo pelo desafio pessoal que representa dirigir um espaço museológico com prestígio, como é o Museu Alberto Sampaio, surpreendendo-se pela qualidade e pela oferta do mesmo. Definindo-se como muito português, Manuel Graça continua a ter muita esperança no país e na cultura. O director licenciou-se em História, na variante de Arte, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Além disso, tirou um Mestrado em História da Arte. Fez parte de diversas campanhas arqueológicas, nomeadamente na Casa

Museu Guerra Junqueiro. Foi, também, técnico superior, trabalhou na Câmara Municipal do Porto, onde chefiou a Divisão Municipal de Museus. Paralelamente, leccionou na Escola Superior Artística do Porto, onde pertenceu ainda aos Conselhos Científico e Pedagógico. Manuel Graça tem cerca de meia centena de trabalhos publicados em Portugal e no estrangeiro, nas áreas da História, História da Arte, Património, Genealogia e Heráldica, e outras tantas apresentações proferidas em congressos e conferências.


LOCAL PÁGINA 04 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

segunda oportunidade para as florestas do minho

DR

Joana Neves joana_neves15@hotmail.com

De olhos postos nos incêndios que têm devastado a região do Minho nos últimos anos, um grupo de cidadãos resolveu delinear um projecto de reflorestação para a mesma, a que chamou «Projecto Floresta do Minho». Criado em Agosto deste ano, a ideia do projecto é unir e sensibilizar a sociedade civil em torno de um objectivo comum, a produção de plantas. Sob o mote “Unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso e trabalhar em conjunto é a vitória”, pretende construir-se um viveiro florestal, cujas árvores serão utilizadas

para reflorestar a região e desenvolver um novo plano de gestão e planeamento, bem como realizar um cadastro florestal. Com uma página no Facebook, um site próprio, e uma petição pública em circulação, a primeira fase deste programa será a produção de plantas de espécies autóctones, como a azinheira, o sobreiro, o castanheiro, o carvalho e o pinheiro, para a reflorestação dos montes dos dez concelhos de Viana do Castelo. Este é um projecto relevante, quando contabilizado que, entre 1 de Janeiro e 15 de Outubro deste ano, os incêndios florestais consumiram quase 129 mil hectares, contra aproximadamente 83 mil, em igual período do

Pretende-se construir um viveiro florestal, cujas árvores serão utilizadas para reflorestar a região ano passado (mais 54,5%), de acordo com o relatório provisório da Autoridade Floresta Nacional. Mais

ainda quando, de acordo com o mesmo documento, o distrito de Viana do Castelo apresenta um total de,

aproximadamente, 24 mil hectares de floresta ardida, apenas precedida pelo distrito da Guarda.

brinda o novo ano no reveillon aaum’11! DR

Sofia Barbosa Pereira asofia.bp@gmail.com

Vem aí mais uma viragem de ano e nada melhor que comemorar com a melhor academia do país. Por isso, a AAUM vai organizar, pela terceira vez consecutiva, o Reveillon AAUM. A ‘noite académica’ do novo ano terá, este ano, lugar na Quinto do Xisto, em S. Mamede, Braga. Para a viagem dos estudantes até ao local da festa serão

disponibilizados autocarros gratuitos para garantir a ligação entre os pólos de Azurém e Gualtar à Quinta do Xisto, sendo apenas obrigatória uma pré-inscrição nos locais de venda dos bilhetes (sedes AAUM e gabinetes de apoio ao aluno). Os estudantes poderão contar com bar aberto e catering durante toda a noite e com dois espaços de dança, animados pelos habituais dj’s da academia minhota: “Ninguém melhor que eles conhece os gostos dos es-

tudantes”, sustenta Marisa Ribeiro, vice-presidente do Departamento Recreativo da AAUM. Para se juntar a esta festa, os sócios da AAUM terão de pagar apenas 25 euros, se comprarem os bilhetes até dia 23 de Dezembro. Após essa data, o valor acresce para 30 euros. Para os restantes estudantes, e seguindo a mesma lógica, os bilhetes são a 30 e 35 euros, respectivamente. Esta é então mais uma passagem de ano organizada

A Quinta do Xisto foi o local escolhido para acolher este evento organizado pela AAUM pela AAUM a prometer muita diversão e uma ópti-

ma entrada no ano que se avizinha.


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CAMPUS

instituto de educação comemora 1º aniversário

DR

Sónia Ribeiro sonia_cc@live.com.pt

O Instituto de Educação (IE) da Universidade do Minho (UM) comemorou o seu 1º aniversário, no passado dia 10 de Dezembro. A celebração começou com uma sessão solene presidida pelo reitor António Cunha, onde foram entregues os diplomas. O dia foi dedicado à reflexão do papel da educação na qualidade de vida das pessoas e no desenvolvimento das sociedades. “O Conselho do Instituto decidiu fazer coincidir o Dia do IE com a comemoração da proclamação pelas Nações Unidas dos Direitos do Homem, em honra da inclusão nessa Carta de Direitos do próprio direito à educação”, conta Leandro Almeida, presidente do IE. A comemoração integrou ainda a conferência “Educação e Desenvolvimento”, proferida por Júlio Pedrosa, professor catedrático da Universidade de Aveiro e membro do Conselho Consultivo do Instituto, que abordou a relação entre a educação e o

desenvolvimento das pessoas, das comunidades e das sociedades em geral. “Nos dias que correm importa questionar o modelo de desenvolvimento em curso, devolvendo à educação o papel central na capacitação dos indivíduos para o exercício da auto-determinação, da liberdade e avaliando as condições para o exercício dessa mesma liberdade”, defende Leandro Almeida. Exposições reflectem riqueza do IE O primeiro aniversário começou já a ser comemorado ao longo da semana, com um conjunto de exposições expostas no átrio do IE, sob o tema ‘Educação e Direitos Humanos’, e na sala de reuniões do Instituto, intituladas ‘Memórias de um Tempo Escolar. “Basicamente as exposições reflectem o mundo das escolas, da educação e dos direitos humanos”, reflectindo “a riqueza do quotidiano desta Escola”, explica o presidente do IE. Muitas das exposições correspondem a trabalhos práticos de alunos e publicações

dos docentes do Instituto. Ano marcado pelo envolvimento de todos na criação do IE Deste ano que passou, Leandro Almeida destaca a capacidade dos antigos IEC e IEP se entenderem para criar um só Instituto, salientando o papel dos seus respectivos presidentes anteriores, Luísa Alonso e Paulo Dias. “Estamos face a uma situação pouco frequente na Academia em que juntam duas escolas com projectos similares, mas com culturas diferentes, reportadas a uma mesma área de intervenção”, sustenta. O presidente do IE realça, ainda, o empenho de todos os docentes, trabalhadores não-docentes e estudantes na adaptação às novas práticas e regulamentos do Instituto: “Este processo de integração tem sido lento e muito exigente, mas tem sido, felizmente, conseguido fruto do envolvimento, compreensão e tolerância entre todos face ao objectivo comum de construção de uma única Escola”.

A união entre os antigos IEC e IEP são destacados por Leandro Almeida

Leandro Almeida acrescenta, que este “foi um ano bastante exigente pelas mudanças que foram necessárias, e consequente exigência de adaptação por parte das pessoas, mas julgamos que agora estamos já numa fase de consolidação e de pequenos acertos”. Aproveitadas mais-valias dos antigos institutos A nova escola partiu dos projectos desenvolvidos na área dos Estudos da Criança e da Educação, pois “seria uma perda irreparável par-

tir da ‘estaca zero’ quando a UM investiu na formação de educadores e professores, e na educação e ciências da educação em geral, mais de três décadas da sua existência”, sustenta Leandro Almeida. Considerada a maior escola em termos de recursos humanos, qualificação académica e projectos de ensino na área, o presidente do IE espera que o próximo ano seja significado de mais oportunidades e sucessos, que possibilitem fazer jus à posição do instituto.

tivesse nada para dizer, mas porque não valia a pena. E fez-se silêncio. Só me ocorreu dizer-lhe o que sempre me diz a minha querida avó: “de Espanha, nem bom vento, nem bom casamento!”. Pensando eu que não ia ter resposta, eis que surge a inesperada: “mas nós somos mais ricos, porque é que não nos consideram um ‘bom partido?’”. E aí acabou a conversa. Espero que pelo menos quanto à depilação tudo tenha ficado bem es-

clarecido. Quanto ao resto, não sei o que dizer. Não vá ele ter razão. Na verdade, o preconceito é algo que praticamos e sofremos constantemente. Por vezes nem nos damos conta que as coisas que pensamos e que julgamos ser algo natural e de senso comum, são para outros não só estranhas mas até ofensivas. E ninguém, em qualquer parte do mundo, está livre de fazer parte desta realidade.

do outro lado da fronteira Ana Isabel Lopes (aluna de Ciências da Comunicação a estudar em Salamanca)

O espanhol e o português estrangeiro

Na primeira conversa que tive com um espanhol de plena nacionalidade (sim,

que até agora só tinha tido o prazer de conversar com outros estrangeiros), descobri algumas coisas engraçadas sobre Portugal e os portugueses. É verdade, aprendi coisas com ele sobre o meu país, que eu mesma, nunca me havia apercebido. Primeira: toda a mulher portuguesa tem bigode. Bem, depois de uma longa explicação sobre depilação lá entendeu que se calhar não era verdade. Mas a conversa continuou e descobri

que os franceses tratam os espanhóis (segundo estes) “como se fossem portugueses”, ou seja, como se fossem alguém inferior, e isso deixava-o perplexo. Ora aí teve lugar outra explicação, um pouco mais demorada, sobre igualdade. Pareceme, sinceramente, que foi semente que não deu fruto. Prosseguindo a conversa, disse-me, ainda, que quando algo não funciona, é porque é português. Não expliquei, não porque não


CAMPUS PÁGINA 06 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

luís rodrigues reeleito para a presidência da aaum

Luís Miguel Costa

Maria João Quintas miaquintas@hotmail.com Iolanda Lima iolandaisabellima@hotmail.com Cláudia Fernandes alaufernandes@hotmail.com

Já Francisca Goulart refere: “Esta elevada abstenção demonstra que existe uma

preocupante, não só na Universidade do Minho, mas em várias universidades do país. Mas eu penso que o facto de as eleições serem só um dia implica que haja muita abstenção, essa é a explicação mais plausível que eu tenho para esta situação”. Concluído o processo eleitoral, a Associação Académica

vai agora com uma equipa renovada, voltar ao seu ritmo habitual de trabalho. Pedro Castro e Francisca Goulart prometem manterse activos nos movimentos que representam, respectivamente, o AGIR e o Elo Estudantil, e não descartam a hipótese de uma recandidatura no próximo ano. Luís Miguel Costa

Nuno Gonçalves/Dicas

Luís Rodrigues, líder da lista A, foi reeleito presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) na passada terçafeira, dia 7 de Dezembro, com 88,57% dos votos. Em segundo lugar ficou Pedro Castro, cabeça da lista B, com 8,08% dos votos e em terceiro lugar ficou Francisca Goulart, representante da lista C, com 3,34% dos votos. Sérgio Moura mantém-se à frente da mesa da Reunião Geral de Alunos com

os candidatos era o combate à abstenção e esperava-se que, este ano, estes valores decrescessem, o que não se verificou. “Sem dúvida que o grande adversário nestas eleições é a abstenção. Tentamos, ao longo da campanha eleitoral, promover a participação dos estudantes neste acto eleitoral, sensibilizando-os para a sua importância, com o objectivo de combater esta elevada abstenção que se tem verificado, que é genérica e transversal a todos os actos eleitorais do país, mas que, de facto, se tem tornado preocupante na Universidade do Minho”, disse Luís Rodrigues. Pedro Castro assume uma posição clara face à origem do problema e admite que este é gravíssimo e precisa de ser suprimido, afirmando que “é necessário haver

Luís Rodrigues acarinhado pela sua lista depois de anuciada a vitória

A RUM acompanhou a noite eleitoral com uma emissão especial em directo, contando com dois ex-presidentes como convidados 75,03% dos votos a favor da lista D. Para o Conselho Fiscal e Jurisdicional venceu a lista H, sendo Nelson Cerqueira o novo presidente. No entanto, as eleições para a AAUM ficaram marcadas, mais uma vez, pelo elevado valor da abstenção, 86,76%. O objectivo comum a todos

uma reflexão profunda sobre isto e sobre o porquê disto acontecer. O que eu acho é que os alunos se sentem claramente afastados da Associação Académica, e se se sentem afastados é porque as últimas direcções da AAUM têm promovido esse afastamento”.

falta de democracia e uma falta de esclarecimento na Universidade, o que é lamentável para todos nós e para a própria academia”. Esta questão preocupa também o presidente da Comissão Eleitoral, Pedro Almeida, que sublinhou: “A abstenção é um problema

Pedro Almeida, presidente da Comissão Eleitoral, foi o responsável pelo anúncio dos resultados


CAMPUS PÁGINA 07 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

Francisca Goulart Sérgio Moura (lista C)

(lista vencedora rga)

Nelson Cerqueira

Qual a reacção face aos resultados verificados? Quando avançamos com esta candidatura, sabíamos que destronar a actual direcção da AAUM era uma tarefa árdua. No entanto, conseguimos mostrar as nossas propostas a um grande grupo de alunos. Achamos que éramos uma alternativa à actual direcção e vários colegas, que não conheciam o AGIR, mostraram interesse em juntar-se ao grupo. Obviamente o AGIR sai destas eleições fortalecido, mas não podemos descurar o facto de que, mais uma vez, assistimos a uma abstenção com valores exorbitantes. O AGIR vai continuar as suas lutas, como a luta pelo Ensino Superior que tem que ser mais democrático, exigir a revogação do decreto-lei 70/2010 e atacar, inequivocamente, este Governo, porque ele tem-nos atacado sistematicamente.

O que achas deste resultado? Acho que temos de reflectir sobre a abstenção, que é um indicador de que o trabalho das associações académicas não tem combatido aquilo que é a crítica geral e o alheamento. Enquanto movimento, neste ano, enfrentámos sérias dificuldades financeiras. Acho que, apesar de tudo, votaram mais pessoas em nós do que aquelas que fazem parte do movimento. Queremos que essas pessoas participem connosco, pois sabemos que são pessoas conscientes e queremos um movimento mais forte. Este é o nosso objectivo e não uma eleição com uma votação fantástica que não sabemos bem porquê. Estes votos são ganhos com muito custo, muito esforço irão reflectir-se num fortalecimento deste movimento.

Qual é a sensação desta vitória? Sinceramente, confio bastante no trabalho que fiz neste mandato. Emocionome, um pouco, com os números obtidos. É um voto de confiança de quem votou e dos novos eleitores que apareceram a votar em mim e no resto da lista, que mostram acreditar no nosso projecto e nas melhorias que se têm verificado em relação à mesa da RGA e, por isso, para mim foi um resultado bastante bom.

Qual a sensação desta vitória? Sabíamos que nos esperava uma luta renhida, como realmente foi. Acabamos por conseguir um resultado bom, elegemos cinco elementos e eles (lista G) quatro. Agora estamos preparados para trabalhar em equipa, sabemos que são pessoas com valor que também já passaram pelo CFJ. Nós também somos uma equipa nova no CFJ, mas que já passou pela AAUM e tem experiência, tem conhecimento de causa, sabe como funciona a AAUM e está preparada para agarrar este projecto. Na próxima semana vamos já começar a trabalhar com eles e começar a preparar o próximo mandato.

(lista B)

É o primeiro ano que te candidatas. Encaras isto como uma preparação ou experiência para o próximo ano? Embora eu já tenha feito parte das listas do AGIR, este ano decidiu-se, democraticamente, que seria eu o porta-voz. O AGIR sai fortalecido para a luta porque o nosso trabalho não acaba nestas urnas. Estão disponíveis para dialogar com a associação eleita? Nós temos feito isso ao longo dos últimos anos, no entanto, nenhum elemento do AGIR se ilude com esta direcção da AAUM. Sabemos o que eles têm feito pelos estudantes: Nada. Sabemos que o caminho a seguir vai ser o mesmo, o da continuidade. Eles não desmentem. Mais uma vez os alunos não serão bem representados.

Este é o primeiro ano em que te candidatas. Para o ano, pensas voltar a candidatar-te? Voltarei a concorrer se o movimento unitário assim o decidir. Vamos discutir as eleições, o que que correu mal e, a partir daí, alguém será o porta-voz, mas muitas pessoas dentro do movimento têm condições para isso. Estás disponível a dialogar com a direcção eleita? Estamos, sem dúvida, dispostos a dialogar, pelo bem dos estudantes. Agora, a atitude da lista A em relação à situação que aconteceu no debate foi vergonhosa. Nós não tivemos uma palavra a dizer sobre a desvinculação daquela atitude individual que aconteceu e fomos altamente atacados através dos meios de comunicação.

Qual é a tua opinião sobre a abstenção dos estudantes? Temos tentado fazer uma divulgação em relação ao que é a RGA e ao peso da mesma. Em relação a outros mandatos, tem-se notado um acrescer de interesse pela RGA, mas de facto há uma série de circunstâncias que afectam a participação dos alunos. Uma delas é que para um aluno é muito complicado faltar a uma aula para vir à RGA. Notei isso, porque este ano fui contactado várias vezes pelo e-mail institucional e, de facto, foi esse o feedback que me foi transmitido. Isso e o natural alheamento e civismo que parte de cada um porque, para além de ser um direito, também é um dever de todos os alunos participarem do processo de decisão da AAUM, porque, no fundo, é nisso que consiste a RGA. O que é que prometes para este novo mandato? Fica a promessa da continuação e posso, desde já, dizer que, com um ano de experiência, já sabemos quais os pontos onde vamos incidir. Sabemos o que queremos e sabemos ao que vamos, e com este voto de confiança só nos resta trabalhar.

(lista vencedora cfj)

Qual é a tua opinião sobre a abstenção? Sinceramente já há muitos anos que ando aqui na UM e todos os anos falamos sobre isto e, mesmo assim, não sei explicar qual será mesmo a causa que leva a estes valores. Os estudantes deveriam participar mais activamente nas questões da Academia. Tentamos fazer o máximo para combater esta abstenção mas, infelizmente, não foi possível. Melhorámos um pouco o número de votantes, em relação ao ano passado, mas mesmo assim, não foi suficiente. Qual é a promessa que fazes para este mandato? Um CFJ mais presente, mais transparente e que acompanha de perto a direcção e todo o trabalho da AAUM.

eleições aaum... as reacções

Pedro Castro


PÁGINA 08 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

UNIVERSITÁRIO

os jovens empreendedores também fazem erasmus Inês Mata inesnfmata@hotmail.com

Várias universidades de Portugal aderiram a um programa que permite jovens empreendedores realizarem a experiência Erasmus. Este projecto arrancou em 2009, mas a Universidade de Aveiro, primeira a iniciálo, integrou-o desde a sua fase projecto, já no ano de 2008 e a Universidade do Porto, em 2010, através da UPIN – Universidade do Porto Inovação.

O Erasmus para jovens empreendedores permite, aos mesmos, um conhecimento além-fronteiras, tornando, dessa forma, os jovens mais competitivos no novo mercado, um mercado mais global e internacional. O IPN - Incubadora Associação para o Desenvolvimento de Actividades de Incubação de Ideias e Empresas, também participou no projecto. Na Universidade de Aveiro já houve 17 candidaturas e quatro intercâmbios realizados. Os custos da experiência ficam a cargo dos candidatos,

mas parte deles são reembolsados no final da “aventura”. Por outro lado, a Universidade do Porto tem recebido várias propostas de jovens empreendedores, mas quem mais participa são, ainda assim, as empresas de acolhimento. As empresas apoiam os participantes, criando uma relação de proximidade e partilhando a mesma ideia que será levada para fora do país. Através deste programa é dada a oportunidade de criação de novos negócios,

numa realidade em que o desemprego e a falta de es-

DR

perança predominam na sociedade.

centenas de cursos encerrados em universidades e politécnicos por todo o país Filipa Sousa ivanilda_25@hotmail.com

Alberto Amaral, presidente da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (AAAES), revelou na passada semana, que as universidades e institutos politécnicos portugueses extinguiram um total de 300 cursos, e que 500 outros estão ainda em processo de acreditação.

A Agência de Avaliação e Acreditação (que começou a trabalhar este ano) decidiu fazer uma análise dos cursos existentes, começando por definir um conjunto diversificado de critérios, que se encontravam relacionados com a qualificação da equipa docente e com o número de alunos inscritos. O presidente da AAAES, em declarações feitas à Agência Lusa, negou que existam

mais de mil cursos do ensino superior em risco de fechar no país, considerando isso, uma afirmação que “ultrapassa qualquer razoabilidade, neste momento”. Para Alberto Amaral, ainda é muito cedo para antever quais as áreas que serão mais afectadas com os eventuais encerramentos, contudo, Educação e Gestão poderão ser das mais atingidas, pois estas detêm respecti-

vamente 90 e 40 cursos no ensino superior. As próprias instituições, por sua iniciativa, encerraram, este ano, 300 dos cursos, decidindo não os submeter ao processo de avaliação e acreditação, por considerarem que estes não reuniam as condições mínimas necessárias para serem aprovados. Porém, existem ainda 500 cursos cuja continuação ou não, está ainda

por definir, encontrandose a AAAES a averiguar a sua situação, mediante os critérios escolhidos para o efeito. Assim sendo, a contabilidade final sobre os cursos que encerrarão efectivamente só deverá ser conhecida em Junho ou Julho, do próximo ano, tal como disse o responsável do curso de Física, Henrique Paranhos, de Engenharia Civil.


UNIVERSITÁRIO PÁGINA 09 // 14.DEZ.10 //ACADÉMICO

NACIONAL

‘fá-las curtas’ na rtp 2 Bruno Fernandes micanandes@gmail.com

ao longe portugal Nuno fonseca (aluno de Ciências da Comunicação em Erasmus em Barcelona) Se há três meses andava completamente sozinho a vaguear pelas ruas de Barcelona, a procurar um sítio onde assentar as tralhas e deitar a cabeça para dormir um sono descansado, posso hoje dizer que tenho um grupo variado de “amigos” (quando digo amigos, quero dizer “amigos”). Costumo dizer que os “amigos erasmus” são como as pizzas instantâneas do “Pingo Doce”, que ficam prontas no microondas em 2 minutos. Compramos essas pizzas para o desenrasque, porque não temos dinheiro para comprar mais nada, ou simplesmente porque não temos alternativa. Em

2 minutos confeccionamos grandes amizades, contamos todos os nossos segredos, trocamos experiências e selamos esse ritual com um brinde de cerveja. No entanto, não nos deixemos iludir. Sabemos todos que essas amizades não durarão para sempre, o quão “falsas” são e que, um dia, cairão numa caixinha de lembranças, num cantinho do nosso cérebro, destinado as “coisas especiais”. Guardaremos essas coisas tão bem arrumadas, ao ponto de nos esquecermos do sítio onde as arrumamos. Até que um dia, vagueando o álbum de fotos, nos recordaremos do “Italiano engraçado”, da “sueca linda e perfeita”, do “mexicano que tocava guitarra” e da “melga da francesa que não me largava quando estava bêbeda”.

da curta-metragem, sendo que, cada programa mostrará duas equipas em confronto para garantir o seu lugar na final. A Valentim de Carvalho Televisão, a produtora do programa garante os meios

técnicos necessários, desde o director de fotografia até aos cenários, passando pelos actores. Estão já confirmados Filipe Duarte, Catarina Wallenstein, André Gago, Sandra Celas, Gonçalo Waddington, Vítor Norte,

São José Correia e Cucha Carvalheiro. Segundo a produtora, o programa “oferece aos jovens cineastas a oportunidade de escreverem e de realizarem curtasmetragens e de poderem divulgar o seu talento”. PUB

A RTP2 vai lançar um concurso de curtas-metragens. Com estreia prevista para 9 de Janeiro, “Fá-las Curtas”, terá Filomena Cautela como apresentadora. Jorge Wemans, director do canal, diz que este programa é inédito na televisão portuguesa. O programa terá 16 equipas em concurso, seleccionadas a partir de 78 candidaturas, num estilo “Taça de Portugal”, sendo que as equipas vão sendo eliminadas até se obter a vencedora. Cada equipa é constituída, apenas, por dois elementos: um argumentista e um realizador. Dirigido a alunos de cinema, o concurso assume-se como sendo um incentivo à criação de curtas-metragens, algo que, segundo Jorge Wemans, tem sido feito

graças ao programa “Onda Curta”. As equipas têm três dias para escrever, gravar e montar a curta-metragem de apenas dois minutos, sendo que, no primeiro dia, conhecem o espaço onde irão gravar (igual para ambas as equipas) e também escrevem o guião, tendo este que ficar concluído até às 17h desse dia. No segundo dia conhecem a equipa seleccionada pela produção, tendo apenas cinco horas para gravar a curta. No terceiro dia os jovens montam o filme, tendo apenas cinco horas para o fazer. Quando concluem a curta, a mesma é avaliada por um júri (constituído por Joaquim Leitão e João Garção Borges) que decide quem continua em frente e quem fica pelo caminho. Cada programa mostrará, num estilo making of, como correm estes dias de criação


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INTERNACIONAL

estudantes saem à rua na grécia Cláudia Rêgo claudiarego-cs@hotmail.com

Foi na passada semana que, aquando de uma manifestação feita por professores e alunos do liceu, ocorreu um conflito entre dezenas de jovens e a polícia. Os protestantes manifestavam-se por ocorrência da data de aniversário da morte de um adolescente, que fora assassinado por um agente da autoridade há dois anos atrás. Assim, alunos e professores fecharam a entrada aos diversos bairros da capital, num gesto simbólico, contra a violência policial. Em uníssono, os ministérios, as repartições públicas, os colégios e as creches pú-

blicas também estiveram fechados, da parte da manhã, fazendo assim, uma greve de três horas. Recorde-se que no dia 6 de Dezembro de 2008, Alexis Grigoropoulos foi assassinado por um polícia, de 38 anos, Epaminondas Korkoneas, que entretanto em Outubro, foi condenado a prisão perpétua. Este acontecimento terá desencadeado, na altura, uma onda de revolta por parte dos estudantes, o que provocou um mês de violência urbana na Grécia, levando à radicalização de uma parte da juventude grega. Desta vez, novamente a 6 de Dezembro, mas de 2010, a manifestação voltou a ocorrer e, desde o seu início, que

não fora pacífica. Com milhares de protestantes a contestar, insurgiram-se pequenos grupos encapuzados que arremessaram pedras e barrotes contra montras de lojas e de bancos, estando a maior parte destas protegidas com placas de metal. Os estudantes também atacaram a polícia com pedras e paus, tendo a mesma respondido com bombas de gás lacrimogéneo. Várias vitrinas de lojas ficaram destruídas, caixotes do lixo

incendiados e fachadas de bancos arruinadas. Em direcção ao parlamento, os manifestantes faziam-se ouvir ao gritar que “a Grécia não é um protectorado” referindo-se à tutela imposta pela União Europeia e FMI (Fundo Monetário Europeu) ao país grego, em troca da protecção financeira. Depois de chegarem ao parlamento, os ânimos voltaram a exceder-se e os mesmos grupos atiraram pedras e um “cocktail molo-

DR

tov” na direcção de um hotel de luxo. A polícia foi obrigada, de novo, a intervir, dividindo a marcha em dois grupos para, assim, tentar controlar melhor a situação. A manifestação causou o transtorno na cidade de Atenas, tendo obrigado, no dia seguinte, ao corte do trânsito, no centro de Atenas. Desta forma, o trânsito permaneceu fechado para veículos, num raio de cinco quilómetros e até às 5h da manhã (hora local). Outras manifestações estão previstas e mais de cinco mil polícias estão já em alerta máximo e divididos pelos vários pontos do centro de Atenas, para assim assegurar a ordem.

alunos portugueses melhoram no ranking da ocde Vânia Barros vaniastefa@hotmail.com

No âmbito do PISA (Programme for Internacional Student Assessment), os alunos portugueses com 15 anos conseguiram melhores resultados do que em anos anteriores, em que os testes têm sido realizados. Este programa avalia o desempenho escolar dos jovens de 15 anos e, neste, participaram 34 países da OCDE e 41 países parceiros económicos da OCDE. As

áreas em análise são a literacia em leitura, na matemática e na ciência. A OCDE constata que Portugal melhorou nas três áreas científicas e isso devese, pensa a organização, às medidas políticas aplicadas desde 2005, como o investimento feito em computadores portáteis ou o acesso à banda larga, aponta o relatório da OCDE. Outros factores foram o plano nacional de leitura, o plano de acção para a matemática, bem como a formação de

professores em matemática e ciências, referindo o relatório que “Portugal é um, dos seis países, que no PISA 2009 melhorou o seu desempenho na leitura”. A aplicação de provas de aferição para os 4º e 6º anos, assim como os exames nacionais para o 9º ano e secundário, fazem também parte das medidas que a OCDE elogia, assim como a criação de novas ofertas educativas para os alunos, como os cursos profissionais.

Assim, em 2000, os alunos portugueses com 15 anos ficavam-se pelos 470 pontos (numa escala de 1 a 698) na leitura. Em 2009 subiu 19 pontos, colocando Portugal ao lado da Suécia, Irlanda, França ou Reino Unido e dentro da média da OCDE, sendo que o melhor desempenho pertence a Xangai (China). Nas outras duas áreas em estudo, Matemática e Ciências, também se verificou uma melhoria relativamente aos anos anteriores. A

avaliação da literacia matemática é, então, de 487 pontos e nas Ciências os alunos portugueses conseguiram 493 pontos. Os testes do PISA foram feitos a cerca de 470 mil estudantes, representando cerca de 26 milhões de jovens com a mesma idade que estão na escola, em 65 países. Em 2012, a OCDE volta a avaliar as competências matemáticas dos alunos de 15 anos e, três anos depois, as competências na área das ciências.


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REPORTAGEM

“ready! down. set… hut”... o futebol americano chegou a braga elsa moura

Carolina Silva

elsa.moura@rum.pt

Já há uma equipa de futebol americano na cidade de Braga. Surgiu há cerca de oito meses, fruto de um gosto de Gabriel Rocha, fundador e presidente do clube Maximinos Warriors, que há muito tempo acompanha esta modalidade, através do Canal ESPN América. Gabriel explica que quando descobriu que já existia uma Liga Nacional de Futebol Americano começou a tentar criar uma na zona de Braga. Inicialmente “chateou” amigos e conhecidos para jogarem, mas o Facebook foi a melhor forma de convidar pessoas que nem conhecia, mas que considerava serem possíveis jogadores. De há quatro meses para cá, a evolução do clube tem sido muito positiva e, actualmente, a equipa é constituída por 22 elementos, todos eles iniciados neste desporto. O clube está aberto a novos membros: “Desde que tenham a partir de 18 anos e tragam consigo vontade em jogar, em aprender, e até

to a pontapé livre por mais 1 ponto extra, ou mesmo 2 pontos extras, se os jogadores tentarem, ao invés de um pontapé livre, um passe ou uma corrida. As protecções

em nos ensinar e nos ajudar a evoluir a equipa”, apelou Gabriel Rocha. De momento, na sua maioria, são estudantes universitários que jogam na equipa, sendo que o mais velho é um professor de 38 anos. De forma a tornar a equipa mais competitiva, o objectivo de Gabriel é agora “chegar aos 35 atletas”. Em Portugal existem 5 equipas Apenas com cinco equipas no nosso país, a única bracarense, a treinar em Maximinos, tem o primeiro jogo da sua história no próximo domingo, dia 19, pelas 14h00, no Campo Desportivo de Maximinos. O jogo de apresentação da equipa será contra os Porto Plantel tem dois treinos semanais

Carolina Silva

Treinos árduos marcam a forma de trabalhar da equipa

Renegades. A Maximinos Warriors já está inscrita na Liga portuguesa e, em Janeiro de 2011, começam os jogos oficiais. A modalidade Consiste numa série de jogadas de curta duração entre as quais a bola não está em jogo. São permitidas substituições entre as jogadas, o que abre as portas a muita especialização, uma vez que os treinadores põem em campo os jogadores que pensam servir melhor para a situação específica seguinte. O jogo é muito táctico e estratégico. Em Portugal, com 18 jogadores dentro de campo ao mesmo tempo, nove em cada equipa, cada um tem uma tarefa atribuída para a jogada seguinte, sendo as estratégias muito complexas. O objectivo é somar mais pontos. A principal jogada é entrar na área ao fundo do campo adversário – endzone - com a posse da bola - touchdown - ganhando 6 pontos e direi-

Centenas de estudantes ocuparam o coliseu em Roma em protesto contra uma reforma promovida pelo governo que prevê cortes para a educacao

O futebol americano, por ser um desporto um pouco mais violento, exige protecções que resguardem o corpo de possíveis lesões. Os Maximinos Warriors já

têm equipamentos, apesar de cada um ter comprado o seu, tendo em conta as fragilidades naturais de um clube criado recentemente, onde os apoios são, para já, da Junta de Freguesia de Maximinos. Os treinos realizam-se duas vezes por semana, à terça e quinta-feira, pelas 20h00, no campo de Maximinos. Os Maximinos Warriors estão no facebook e em www. warriors-fa.com. DR




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ENTREVISTA LUÍS RODRIGUES “Não deixem de recorrer à AAUM para expor todos os vossos problemas” Luís Miguel Costa

Rita Vilaça riiita_@hotmail.com

Nas eleições de dia 7, os estudantes voltaram a escolher Luís Rodrigues como o rosto da associação que os representa

A lista A venceu, mais uma vez, as eleições para a AAUM no passado dia 7. Apresentando um projecto de continuidade, Luís Rodrigues, o actual presidente, revelou ao ACADÉMICO as suas motivações e projectos para continuar na luta pelos interesses dos alunos minhotos. A lista A venceu mais uma vez e sem grande contestação por parte das listas concorrentes. Que conclusões tiras dos valores obtidos? A lista A, que é a actual direcção da AAUM e que é uma lista de continuidade, tem que ressalvar alguns aspectos que considero indiscutíveis, nomeadamente a participação que cresceu 10%, o que me parece ser um dos pontos mais positivos nestas eleições. E depois, claramente, a resposta dos estudantes que se reflectiu num valor muito próximo dos 89%. Este valor é um dado de grande satisfação para nós. Encaro isto com uma grande responsabilidade e quero que toda a equipa o sinta também. De que forma encaras mais uma expressiva taxa de absten-

ção? As taxas de abstenção continuam a ser assustadoras, preocupantes. Contudo, este ano podemos olhar para as coisas de uma outra forma: e aqui temos a questão do copo meio cheio e do copo meio vazio. Sem dúvida este ano podemos olhar na perspectiva de copo meio cheio. Em contra ciclo, como se tinha vindo a verificar a tendência

dos últimos anos, este ano conseguimos um aumento de votantes na ordem dos 10%. Consideras que isto é um reflexo do que se vê lá fora no mundo real? Achas que a comunidade estudantil está cada vez mais desinteressada pela vida “política”? Eu não digo que os jovens estão cada vez mais desinte-

ressados, mas a descredibilização no sistema político é de tal ordem que depois se manifesta aqui, no universo universitário onde deveria ser ao contrário, onde a massa crítica e a participação deveria ser maior. Mas parece-me que o problema é da base, da política em geral. Mas claro, há sempre aquelas pessoas que gostam de se agarrar à abstenção, quando a respon-

sabilidade era das três listas, a responsabilidade era dos três candidatos! E a lista A conseguiu pôr 1.907 pessoas a votarem no seu projecto, o que representa 89% das intenções de voto. A lista A fez o seu trabalho… Tínhamos um projecto credível, de confiança. Quando uma lista tem 170 votos e a outras tem 70 votos, num universo de 17 mil estudantes claramente


ENTREVISTA PÁGINA 15 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

Luís Miguel Costa

que se denota uma falta de identificação por parte dos alunos com estes projectos. Se é que lhes podemos chamar projectos. No fundo, estes foram apenas contraprojectos e que desempenharam simplesmente uma contra campanha que, numa análise aprofundada, só afasta mais os estudantes, nomeadamente a cena lamentável que se deu durante o debate…

Nesta primeira entrevista após a reeleição, Luís Rodrigues falou da campanha, da equipa e dos novos projectos

Luís Miguel Costa

Recentemente, elementos de algumas listas alegaram que a AAUM se recusava a financiar as campanhas das listas concorrentes para a presidência. Porquê esta negação? Eu sou contra, sempre fui contra e, ideologicamente, nunca hei-de coadunar com esse tipo de propostas. Enquanto eu cá estiver a AAUM nunca há-de colaborar com

esse tipo de vontades. É muito fácil criar não uma lista, mas dentro de um mesmo movimento criar duas, três ou quatro listas e depois ir buscar esse financiamento correspondente, quando, na verdade, a lista concorrente é apenas uma. E isso já aconteceu em Coimbra. Num contexto universitário, acho que a campanha que deve ser feita é em debates. Não invalida que as listas arranjem financiamentos e boletins de campanha e cartazes. Mas acho que há tantas formas de fazer campanhas e informar os estudantes que não justifica o financiamento por parte da AAUM. Não é mais fácil para nós enquanto lista A do que para as outras listas arranjar financiamento no entanto, e com muito esforço, conseguimos

“Quando algum candidato apelida a AAUM como comissão de festas só demonstra que, de facto, não sabe o trabalho que tem sido desenvolvido” fazê-lo. Alguns com prejuízo pessoal… Pedro Pinheiro, o actual tesoureiro da AAUM alegou que todo o investimento da lista A partia dos bolsos dos próprios elementos… Exactamente! É um pouco o voluntarismo de cada elemento e o acreditar neste projecto que depois traz este tipo de disponibilidade.

Luís Rodrigues orgulha-se de a AAUM se ter tornado um parceiro invejado de várias entidades

Rotulaste muitas vezes os projectos das outras listas como “vazias de ideias”. Após a vitória, tens alguma mensagem para as outras concorrentes? Tenho… Ambos os movimentos passaram tanto tempo a tentar uma coligação, o que só mostra uma fraqueza por parte de ambos, que se esqueceram de formular um projecto. O conselho que eu lhes deixei foi que para o ano, se quiserem e se conti-

nuarem a achar que algum dia representarão a vontade dos estudantes e que algum dia darão voz a 17 mil estudantes, leiam e estudem o projecto da AAUM. Aquilo que tem sido feito, e tão bem feito ao longo destes anos, a nível da cultura, do desporto, da acção social, etc. Há aqui uma linha de acção que escapa ao pensamento destas listas. Certamente nenhuma lista que se quer candidatar à presidência da AAUM pode não falar de saídas profissionais, pode não falar dos estudantes e a sua integração no mundo do trabalho. A actual AAUM foi muitas vezes caracterizada como “comissão de festas”. O que é que tens a dizer sobre isto? É uma comissão de festas com mais de 300 activida-

des por ano, com 12 departamentos. Quando algum candidato apelida a AAUM como comissão de festas só demonstra, de facto, que não sabe o trabalho que tem sido desenvolvido. Não faz a menor ideia da defesa intransigente da vontade dos estudantes. Não sabe que a AAUM tem desenvolvido um trabalho com o objectivo de integrar os alunos no universo do trabalho e tem desenvolvido actividades que promovem a integração dos próprios alunos nas cidades em que se encontram, quer seja Braga ou Guimarães. Não é por acaso que a AAUM é um parceiro invejado de várias entidades como as autarquias… Durante o debate dos cabeças de lista, Francisca Goulart afirmou muitas vezes que a AAUM não dava a devida


ENTREVISTA PÁGINA 16 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

Luís Miguel Costa

atenção às questões de cariz social. Qual é a justificação que a AAUM dá? A AAUM liderou, em todos os momentos, o processo de luta contra aqueles que, com todas as suas políticas e acções ao longo deste último ano, tanto penalizaram os estudantes e mais ainda esta camada tão sensível dos estudantes que são os estudantes bolseiros. Este processo pode comprovar-se desde a postura séria que a AAUM adquiriu deste o dia 17 de Julho em que foi publicado o decreto 70/2010. De imediato, a AAUM contactou as associações académi-

cas de todo o país de forma a informa-las e sensibilizalas das consequências que poderiam advir deste decreto. Muito antes, se calhar, de os partidos que sustentam estes movimentos saberem as implicações que isso iria ter. Não digo que foi tudo feito, mas que muita coisa foi feita pelos alunos da UM e pela AAUM relativamente ao corte nas bolsas e aos atrasos das mesmas, foi! E vai continuar a ser feito porque 2011 vai ser um ano particularmente difícil. Tendo em conta a crise eminentemente próxima, quais são os

projectos para este mandato? É altura de pôr cada departamento a trabalhar, a delinear o seu cronograma para o ano de 2011. Continuaremos o trabalho feito no âmbito do desporto, tal como a realização de várias actividades de índole cultural e dando apoio a todos os grupos recreativos. A nível pedagógico, sem dúvida, este ano será pautado pela luta de melhores condições de aprendizagem para todos os alunos da UM, e isso será, sem dúvida, uma luta contínua. Enquanto o processo de Bolonha não estiver devidamente adap-

Durante a entrevista, afirmou que este será o último ano à frente da AAUM, fechando-se assim um ciclo tado a todos os cursos, enquanto não tivermos salas de estudo a funcionar durante 24h, vamos batalhar. Iremos desenvolver o Liftoff, promovendo o espírito empreendedor, combatendo a crescente taxa de desemprego. Pretendemos, ainda, combater esta tendência portuguesa de aversão ao risco, e incentivar os estudantes na criação do autoemprego. Agora, trazendo-te para um lado um pouco mais pessoal, como é que consegues conciliar a tua vida profissional com a tua vida pessoal? Para a vida pessoal é realmente muito difícil arranjar tempo, agora para a AAUM tenho que arranjar, e arranjarei sempre tempo, independentemente de alguns prejuízos pessoais. E aqui, claro que deixo uma palavra de apreço e carinho à minha família que me tem apoiado tanto e me tem dado todas as condições para que eu possa dar o meu contributo a esta causa, à AAUM. É certamente uma grande motivação, não sou só eu, somos uma equipa de cerca

de 35 pessoas… Eu sou apenas o rosto e o líder de uma equipa. Deixo assim uma palavra de apreço à minha família e a todos aqueles que fazem parte desta entidade, um obrigado pelo trabalho que desenvolveram e tudo o que deram a esta associação. Qual é a mensagem que deixas aos alunos minhotos? Um agradecimento profundo a todos aqueles que reconhecem o trabalho desenvolvido pela actual AAUM ao longo de 2010. Reafirmo, assim, o compromisso de defesa dos interesses dos estudantes. Pedia ainda a todos os alunos que participassem… Enquanto colaboradores, voluntários e em todo o tipo de actividades e dinâmicas que vão sendo implementadas ao longo do ano. Só assim faz sentido a existência de uma Associação Académica. Que nos dêem um feedback, só assim poderemos melhorar. A última palavra é que não deixem de recorrer à AAUM para expor todos os vossos problemas e todas as vossas expectativas.


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INQUÉRITO

que balanço fazes do ano 2010? “Tendo em conta o panorama económico que estamos a viver, não posso dizer que seja um balanço positivo. Os efeitos da crise são cada vez mais evidentes e os estudantes já começam a sofrer as consequências. O plano de estabilidade e crescimento veio a agravar a situação dos jovens, que pensam já duas vezes antes de ingressar no ensino superior. Pessoalmente, encontro-me no fim da minha licenciatura e o receio de ser mais uma das milhares de licenciadas desempregadas apodera-se de mim, todos os dias”. Já não basta andar anos a estudar para conseguir vir para uma universidade pública, depois as propinas altíssimas, a alimentação também bastante dispendiosa, e as baixas perspectivas de emprego. Hoje em dia não é fácil para um jovem perspectivar positivamente o seu futuro. E, pelos vistos, esta tendência de declínio ao nível económico e político vai persistir e agravar-se. Espero que o próximo ano corra melhor”. filipa machado 3ºanO // relações internacionais DR

susana pinheiro 3º ANO // engenharia civil

DR

“Foi marcado, em grande parte, pela negativa. As pessoas andam demasiado deprimidas, reflexo da crise. Para além disto: Alguém imaginaria um tornado em Portugal? Os tornados são associados aos EUA, Uruguai, Paraguai, Argentina. Ao associar prejuízos provocados pelas catástrofes naturais e a crise vivida faz-me lembrar o fim do mundo. A nível académico, foi o ano de distinção dos primeiros anos de universidade para os últimos anos de universidade. Esta transição divide duas vidas académicas diferentes: uma em que tudo é feito sem grande esforço e outra em que o esforço é exigido a todo o custo. Foi, sem dúvida, um ano em que senti uma enorme exigência e pressão a nível académico, talvez pelo facto de se aproximar uma outra realidade: o exercer da nossa profissão. Por último, chegou a época de consumismo e os outros valores parecem ser esquecidos. Porque não valorizar a nossa família, os nossos amigos, em vez de sermos egoístas e querermos alimentar o mundo de aparências em que vivemos?”

“O ano de 2010 foi mais um ano complicado para as economias mundiais, com crises orçamentais e crises políticas. Houve, nos países ocidentais, um aumento grave do desemprego e uma consequente diminuição do poder de compra dos cidadãos. Diversos estados europeus viram-se obrigados a solicitar ajudas externas para contornar a crise e evitar, assim, a bancarrota. Em Portugal houve meses de discussão para que o orçamento pudesse ser aprovado, ainda que com a discordância de grande parte da oposição. No entanto, também foi um ano positivo em vários aspectos. Pessoalmente agradou-me imenso o facto de o “meu” S.C. Braga ter sido vice-campeão nacional e, posteriormente, ter garantido uma presença histórica na fase de grupos da Liga dos Campeões da UEFA. Para 2011 espero uma melhoria das condições de vida para toda a população mundial e muita paz e felicidade.” daniel silva 3º ANO // Direito DR

sofia frade 1º ANO - MESTRADO // PSICOLOGIA

ELSA MOURA elsa.moura@rum.pt

DR

2010 está quase no fim e o ACADÉMICO procurou os estudantes do Minho para fazerem o balanço do ano de que agora nos despedimos. A crise é, sem dúvida, um problema que ficou gravado na memória dos estudantes. As dificuldades económicas parecem, de facto, ter assustado os alunos e “O ano de 2010 foi um ano as preocupações para de mudança, dado que pas- 2011são muitas. sei para o quinto ano do Os estudos são mestrado integrado em Psi- relembrados, também, cologia. pelos universitários Esta transição implicou dei- neste balanço e as xar de ter um percurso aca- marcas que ficam fixamdémico com aulas e exames, se na exigência que os mais teórico, para a fase do estágio e realização da tese, mesmos têm nas suas vidas. com vertente mais prática. A nível geral, o ano de 2010, Para quem está agora foi marcado pelos proble- a terminar o curso, a mas económicos de vários crise implica pensar de países, incluindo, claro está, forma redobrada no o nosso. futuro profissional. Os Outro evento que marcou pontos de interrogação o ano foi o Mundial de Futebol na África do Sul em são imensos e a que, infelizmente, a selec- confiança no futuro ção portuguesa não foi tão profissional não é muita. Os estudantes estão longe como o esperado”. desanimados, tal como muitos portugueses, e já pensam no quanto esta crise os pode prejudicar, ainda mais. Estes alunos da UM não fazem o melhor balanço do ano que chega agora ao fim, mas a confiança num futuro melhor ainda não está posta de parte.


TECNOLOGIA E INOV e se a morte pudesse ser comprada? Goreti Faria goreti.fcs@gmail.com

São cantores, actores, modelos, fotógrafos, apresentadores e até mesmo desportistas e puseram um preço na morte. Não na tradicional, essa ninguém consegue comprar, mas na digital. Quanto custa? Um milhão de dólares – e não vale a pena regatear. Gostei do livro X, hoje estreia o filme Y, vou dar um concerto, insultei o juiz de linha e et cetera ad infinitum são comentários que várias personalidades colocam diariamente na sua página pessoal em redes sociais como o Twitter e o Facebook. Algumas destas personalidades, das quais Alicia Keys, Lenny Kravitz, Serena Williams e Lady Gaga são alguns exemplos, comprometeram-se a interromper os habituais comentários e outras intervenções que fazem nestas redes – e, ao que parece, a deixar os fãs desamparados – até que

um milhão de dólares (cerca de 753 mil euros) fosse doado para auxílio de vítimas da SIDA. Uma estratégia improvável com um retorno muito agradável: a morte digital foi anunciada no dia 1 de Dezembro – dia mundial da SIDA – e passado cinco dias o resgate tinha sido entregue na sua totalidade. Metade da doação foi feita pelo público em geral e pelos artistas que participaram na campanha e, a outra metade, foi feita pelo bilionário e filantrópico Stewart Rahr. A instituição por trás da iniciativa chama-se “Keep a Child Alive” e conta com Leigh Blake como presidente e fundadora e Alicia Keys como co-fundadora. A sua missão é lutar contra os danos provocados pela SIDA em África e na Índia e, para tal, angaria fundos para tratamentos e cuidados em geral – não só para os doentes (adultos ou crianças), mas também para crianças que perderam os pais devido à

DR

doença.

A morte fica-vos tão bem

A campanha publicitária da iniciativa mostra as personalidades deitadas em caixões pretos, acompanhadas por um telemóvel, vestidas a rigor e bem ajanotadas – uma chamada de atenção arriscada quando se pretende promover a necessidade de combater uma doença que já matou, de verdade e sem qualquer maquilhagem, milhões de pessoas por todo o mundo. Contudo, o que a campanha pretende realmente transmitir é a ideia de que podemos viver sem redes sociais e afins – não podemos é viver sem saúde e sem protecção. Apesar da quantia proposta ter sido alcançada, os donativos continuam a ser bem-vindos. Mesmo que não tenha saudades das personalidades em questão – e não se preocupe, é normal que não as tenha – pode fazer um donativo pela verdadeira razão de ser desta

campanha, pelos doentes e pelas crianças órfãs, que não saberão o que é uma morte digital, mas que lutam todos os dias contra a

morte real, aquela que não pode ser comprada e que é irreversível. Todas as informações disponíveis em buylife.org. DR

super meat boy “Save Bandage Girl!” FRANCISCO VIEIRA dmvieira04@hotmail.com

Super Meat Boy foi lançado no inicio do mês e tem tido uma excelente recepção por parte da critica. É um jogo de plataformas, ao estilo de Super Mário e surge na sequência do jogo flash elaborado pela Team Meat. Está disponível para Xbox e PC, sendo que as versões Wii e Mac serão lançadas apenas no ano vindouro. O objectivo do jogo é ajudar o Meat Boy, uma espécie de cubo que deixa um rasto de sangue por onde passa, a salvar a sua namorada Ban-

dage Girl das mãos do vilão Dr. Fetus. O jogo contém cerca de 350 níveis, uma enormidade de horas de jogo pela frente, apesar de nem todos serem obrigatórios para o desenvolvimento da história. Há diversas coisas a desbloquear: níveis secretos, dificuldade extra e personagens escondidas. Após completar um nível, é-nos dada a opção de ver o replay simultâneo de todas as nossas tentativas falhadas para chegar ao fim, o que torna esta opção, uma das coisas mais divertidas do jogo. É (mesmo) impossível chegar ao fim sem perder uma vida. Super Meat Boy é, sem dúvida, um jogo extremamen-

Super Meat Boy é, sem dúvida, um jogo extremamente divertido e difícil te divertido e difícil. Para quem dispensa um grafismo elaborado em troca de

diversão este é o jogo certo. Ajudem este bocado de carne a salvar a namorada!

Site Oficial: http://www.supermeatboy.com/


OVAÇÃO

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twittadas Filipa Barros

Suicídio transmitido em directo pela internet Uma jovem tailandesa de 24 anos cometeu suicídio após ter terminado uma relação amorosa com um rapaz que conheceu na Internet. Nichakorn Srisawat transmitiu o feito através de um chat e com o auxílio de uma Webcam, ao qual vários usuários teriam acesso, incluído o seu ex -companheiro. O seu corpo, já sem vida, foi encontrado, com o lençol enrolado à volta do pescoço e atado a um

ventilador, pela sua empregada que, alertada para o sucedido, a tentou salvar, mas sem êxito. Toshiba anuncia com bateria

televisores

Segundo o fabricante nipónico, o que faltava no mercado era uma televisão com uma bateria recarregável onde, após uma falha de electricidade, se possa continuar a visionar os nossos programas favoritos e com uma óptima imagem. A série Power TV terá uma autonomia de bateria de cerca de duas horas e é especialmente pensada para utilizadores de regiões afecta-

das por cortes de energia constantes ou com fraca emissão de sinal. Estas baterias estão apenas disponíveis no mercado asiático, pelo menos para já, e os preços variam entre 220 e 306 euros. Fotos insólitas de família cada vez mais populares O site Awkward Family Photos foi criado por Mike Bender e Doug Chernack há alguns anos por pura brincadeira, ao visionarem algumas fotos embaraçosas e sem explicação em suas casas. Acharam que toda a gente deveria ter, pelo me-

nos, uma do género. Assim, o site foi criado para que todos pudessem publicar e partilhar esse tipo de fotografias. Cerca de uma semana depois da sua criação, o Awkward Family Photos recebeu milhares de visitas. Actualmente, o site conta com perto de 80 mil fotografias e 15 milhões de visitas por mês, sendo que foi já publicado um livro nos Estados Unidos com quase 200 páginas de fotos a este submetidas. iPhone para as mulheres e Android para os homens Um estudo de mercado feito

pela Nielsen e efectuado nos EUA, revelou que as mulheres são mais admiradoras do iPhone, enquanto os homens preferem o sistema operativo Android. O estudo demonstra que 30,9% das mulheres escolhe, preferencialmente, o iPhone, contra os 28,6% da população masculina. No que toca ao Android, este é o predilecto de 32,8% dos homens e apenas por 22,8 % das mulheres. Numa análise geral, o iPhone aparece como o preferido de 35% dos inquiridos, em contrapartida aos 28% que afirmam preferir o smartphone Android.

LIFTOFF AAUM Site Liftoff – www.liftoff.aaum.pt

Tertúlias LIFTOFF A semana que passou ficou marcada por duas tertúlias

organizadas pelo Gabinete do Empreendedor da AAUM – Liftoff. A tertúlia “Empreendedorismo nas TIC” decorreu no Bar Académico de Braga, moderada pelo jornalista da Rádio Universitária do Minho, Daniel

Viera da Silva e contou com a presença de Carlos Oliveira (Mobicomp), Nuno Freitas (Sketchpixel) e pelo vice-presidente do CESIUM, Miguel Regedor. Estiveram presentes cerca de meia centena de estudantes, numa animada conversa entre os presentes.

A Tertúlia “Como criar o próprio emprego” decorreu, igualmente na passada semana, desta feita na passada sextafeira, no Campus de Gualtar e contou com aproximadamente 40 participantes numa sessão que elucidou os presentes na temática em discussão.

Mais informações: Através do email liftoff@ aaum.pt Ou visita-nos no Liftoff , localizado nas Pirâmides, no Campus de Gualtar em Braga. O Liftoff deseja a todos umas Festas Felizes!


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CULTURA

surpresa: isto é uma peça de teatro!

DR

N.O.V.A. é a primeira peça do Teatro Independente de Braga, uma “estrutura” criada pela actriz/ encenadora Isa Magalhães, há dois meses. O espectáculo, para oito “actores”, tem estreia marcada para esta semana. Não se podem divulgar dias e horas. Mas nós, que já vimos, podemos assegurar que vai causar polémica. cd rum: Mark Ronson & The Business Intl

mark ronson e um elenco de luxo ELISABETE APRESENTAÇÃO elisabete.apresentacao@rum.pt

Mark Ronson regressa, este ano, aos discos, agora com a designação Mark Ronson & The Business Intl (International). O disco chamase “Record Collection” e quase se pode dizer que é uma colecção, mas de convidados de luxo. Ao longo deste álbum encontramos a participação de nomes importantes na música como Simon Lebon e Nick Rhodes (Duran Duran), Boy George, Q-Tip, Ghostface Killah, Kyle Falconer (The View), MNDR (teclista ao vivo dos Yeah Yeah Yeahs), Jakes Shears (Scissor Sisters), Jonathan Price (The Drums), Nick Hodgson (Kaiser Chiefs), Dave McCabe (The Zutons) e Andrew Wyatt (Miike Snow). O disco foi lançado em Setembro e já saíram para as lojas três singles. O primeiro chamase “Bang Bang Bang” e tem a participação de Q-Tip e MNDR, uma música a lem-

brar as canções pop dos anos 80. Depois, editou “The Bike Song”, com a participação de Kyle Falconer e Spank Rock. O terceiro, “Somebody To Love Me”, tem a participação do ex-Culture Club, Boy George e ainda Andrew Wyatt. Mark Ronson é um dos produtores musicais mais bem sucedidos da actualidade. Já editou “Here Comes the Fuzz” (2003) e Version (2007). Este último trabalho que alcançou um sucesso estrondoso, reuniu num só álbum nomes como Amy Winehouse, Lily Allen e Robbie Williams. Já ganhou vários prémios, entre os quais um Grammy para melhor produtor, e um Brit Award na categoria de Melhor Artista Britânico Masculino, entre outros. Produziu o conhecidíssimo álbum “Back to Black” de Amy Whinehouse, entre outros. Para escutar no CD RUM de 13 a 17 de Dezembro, cinco temas de “Record Collection” de Mark Ronson & The Business Intl.

Parte do elenco do TIB

cine rum: A última estação - em exibição

último capítulo: guerra e p CÁTIA CASTRO catia.castro@rum.pt

Há muito que não víamos representações tão apaixonantes como a de Christopher Plummer e Helen Mirren. Ele no papel do famoso escritor russo Leo Tolstói, ela como sua fiel esposa. Ambos nomeados aos óscares deste ano. «A Última Estação» de Michael Hoffman retrata o último ano de vida do mestre das palavras e de um amor que, apesar de tudo, continuou no caminho da eternidade. Em 1910, Tolstói era já um homem doente, de barbas brancas que procurava um pouco de paz, antes de partir. As últimas forças são gastas a preparar o derradeiro manifesto contra o Governo, com a ajuda do novo secretário, o nervoso Valentim. Uma bola de ping-pong entre o casal. Seguindo uma doutrina

mais de pobreza do que castidade, Tolstói decide abdicar dos direitos autorais das suas obras, passando-os para as mãos do povo russo. Uma decisão desconhecida pela esposa e mãe dos seus treze filhos, a Condessa Sófia Andréevna, que ao descobrir que o legado está em perigo transforma a vida do

marido num inferno. O Escritor de “Guerra e Paz” e “Ana Karenina” é obrigado a esconder-se da mulher com quem viveu durante 48 anos. Mas uma mulher como Sófia nunca irá desistir. Palavras que ganham mais força quando é Helen Mirren quem agarra o papel e faz dele uma peça digna


CULTURA PÁGINA 21 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt

Quando chegamos ao local marcado, tudo parece fora do contexto. Figurinos arrojados, sexo, drogas, álcool, tudo isto será real? Mariana tem 27 anos e sempre acalentou o sonho de ser actriz. “Desde miúda que me lembro de falar com bonecas”, atira. Com 23 anos saiu de casa dos pais e chegou a Braga, sem ter a noção do que queria. Já Tomás, tem 29 anos, nasceu em Cucujães, assumiu-se homosse-

pouca paz

DR

Um drama sobre o amor de uma mulher que por acaso era casada com Leo Tolstói

de uma ópera e de um óscar (que falhou queremos acreditar por muito pouco). Do mesmo realizador de “O Clube do Imperador”, Michael Hoffman, o filme é baseado no romance de Jay Parini, que usou cadernos do escritor, assim como testemunhos de amigos e familiares.

xual e os pais viraram-lhe as costas. Foi viver para o Porto, conseguiu tirar o curso de Direito, foi professor na faculdade, mas “o bichinho do teatro” sempre lá esteve. “O teatro é uma forma de libertação para uma pessoa na minha condição”, confessa. E descobriu em Braga um conjunto de amigos que o aceitam e o apoiam. Um deles é Omar. “Não gosto da minha vida, quis ser actor para passar o resto da minha vida a fazer a vida dos outros”, começa. Nasceu em Bordéus, fruto do amor entre uma portuguesa

e um argelino – “daí o meu nome”. Desavenças familiares fizeram-no vir até Portugal. “Estava a precisar de um novo horizonte. Até que conheci o Daniel (um outro membro do grupo, ao lado) e juntei-me a este grupo”, resume. Mas será, afinal, tudo isto verdadeiro?

leitura em dia

agenda cultural

1 - A Fada Seda e a Pena ArcoÍris de Enid Blyton - ed. Oficina do Livro: o mundo das fadas pela mão de um dos nomes maiores da Literatura Juvenil; 2 - Um Tratado Sobre os Nossos Actuais Descontentamentos de Tony Judt - ed 70: O testamento político de um dos grandes pensadores contemporâneos; obrigatório;.

3 - Romance de Uma Conspiração de João Paulo Guerra - Ed. Oficina do Livro: a estreia no romance de um dos grandes nomes do jornalismo português; 4 - Anita Protege a Natureza de Gilbert Delahaye e Marcel Marlier - Ed . Babel: é a Anita e está tudo dito; 5 - Cornos de Joe Hill - Ed. Gailivro: Absolutamente recomendável. A equipa do leitura em dia deseja a todos umas Boas Festas e um 2011 de boas leituras! Para

ouvir

de

segunda

a

sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier

vel pela criação do Teatro Independente de Braga, “uma ‘estrutura’ para a criação de espectáculos contemporâneos e inovadores”, com dois meses de idade. E N.O.V.A., a primeira peça, “é a espera diária de um grupo de actores que quer muito fazer teatro”, revela – as dúvidas sobre a veracidade da vida dos elementos do grupo começam a dissipar-se. “Criei o Independente porque tenho muitas ideias, muitas histórias para contar. Ser actriz, para mim, não era suficiente”, continua. Depois de ter estudado em Nova Iorque, regressou a Portu-

gal com vontade de fazer acontecer. Viu “Tournée”, de Mathieu Amalric, onde “o realizador seguia mulheres que fazem espectáculos de burlesco”. A ideia ficou-lhe na cabeça. Tem agora um grupo de oito pessoas e um espectáculo (quase) pronto. “Ele não será divulgado, as pessoas vão ser apanhadas desprevenidas. Quando se aperceberem, já fazem parte do espectáculo”. Bem-vindos ao mundo do Teatro Independente de Braga. Onde o que parece quando nunca é realidade. Mas podia ser o quotidiano de qualquer um de nós.

Out of Context - For Pina – Les Ballets C De La B CCVF

BRAGA

Música 18 de Dezembro Concerto para Corda – Acto 5 – Orquestra Sinfónica Portuguesa Thetro Circo

Cinema 13 de Dezembro “ O céu Gira” – Feminino Singular, Feminino Plural – Mercedes Alvarez Theatro Circo

18 de Dezembro Ana Moura – Concerto de Aniversário da AAUM Salão Medieval da Reitoria

Primeira peça Isa Magalhães, em tempos actriz (em peças da Companhia de Teatro de Braga), diz que este é “o grupo ideal para fazer acontecer coisas na cidade”. É ela a responsá-

14 de Dezembro “O Mundo” – Médios Orientes, Orientes Extremos – Jia Zhang-Ke Theatro Circo Espectáculo de Circo 16 e 18 de Dezembro C.IA Tokpotok Theatro Circo

rum box TOP RUM - 49 / 2010 10 DEZEMBRO

1 PELTZER - A story to tell me 2 PEIXE AVIÃO - Um acordo qualquer 3 OS GOLPES - Vá lá senhora 4 BELLE & SEBASTIAN - I want the world to stop 5 B FACHADA - Questões de moral 6 OS VELHOS - Foi assim que as coisas ficaram 7 MÁRCIA - Cabra-cega

GUIMARÃES Música 14 de Dezembro Música – Café Falado CCVF Dança 17 de Dezembro

8 GORILLAZ - Doncamatic (all played out) 9 BALLA - Montra 10 BUNNYRANCH - Where am I? Where are you? 11 BEACH HOUSE - Norway 12 MÃO MORTA - Novelos da paixão 13 MADAME GODARD - Atlas 1977 14 FEROMONA - Alfama 15 ALTO! - Gin tonic - we are the no ones conquering china 16 NATIONAL, THE - Bloodbuzz ohio 17 BLACK KEYS, THE - Everlasting light 18 COCOROSIE - Lemonade

Exposição Até 26 de Dezembro Histories of Mutual Respect CCVF Teatro 18 de Dezembro Sexo? Sim, mas com orgasmo. São Mamede

FAMALICÃO 18 e 19 de Dezembro Lar de Natal - Arteduca Casa das Artes

19 NOISERV - The sad story of a little town 20 LEGENDARY TIGERMAN, THE - Light me up twice

POST-IT 13 > 17 Dezembro NICOTINE’S ORCHESTRA Gotta Move On TWIN SISTER - All Around And Away We Go DIRTY PROJECTORS - As I Went Out One Morning


PÁGINA 22 // 14.DEZ.10 // ACADÉMICO

DESPORTO scbraga/aaum empata… mas volta à liderança EDUARDO RODRIGUES e_du_rodrigues@yahoo.com.br

A equipa de futsal do SCBraga/AAUM teve um difícil teste reservado para a 9ª jornada. O adversário foi a equipa do Póvoa Futsal que, apesar de ocupar uma posição menos destacada na tabela de classificação, tem por hábito complicar a vida aos concorrentes teoricamente mais fortes. Desta feita não foi diferente e a massa adepta bracarense, que tem comparecido cada vez em maior número ao Pavilhão Universitário, teve uma importância bastante significativa no contexto do encontro. Os minhotos fizeram uma primeira parte algo apática e sem brio, permitindo que os poveiros chegassem à vantagem no minuto 12. Apesar de terem criado algumas oportunidades para dar a volta ao resultado adverso, a eficácia não prevaleceu e o intervalo chegou sem alterações. A segunda metade trouxe dos balneários um SCBraga/AAUM completamente transfigurado. A equipa passou a impor o seu fio de jogo e, aos poucos, foi conseguindo adaptar-se às contrariedades provocadas pelo conjunto da Póvoa. No entanto, as rápidas transições ofensivas dos visitantes resultaram em mais dois golos, o que parecia sentenciar a contenda. A desvantagem de três golos não abalou os arsenalis-

Plantel volta a ascender à liderança tas, pelo contrário, parece ter “acordado” um gigante adormecido. Os cânticos entoados pela claque bracarense inspiraram os jogadores, principalmente, André Machado, que marcou três golos e empatou a partida. A cereja no topo do bolo poderia ter sido colocada a 5 segundos do fim, quando a formação minhota beneficiou de um livre de 10 metros, contudo, este não foi convertido por Coroas e a divisão de pontos foi imposta. O SCBraga/AAUM divide a liderança da competição com o Covão do Lobo. Com este empate, o SCBraga/AAUM atingiu os 19 pontos e alcançou o Covão do Lobo na liderança do campeonato. Na próxima ronda os pupilos de Pedro Palas têm uma deslocação complicada ao recinto do Chaves Futsal. O desafio é no sábado, às 16 horas.

Afastamento da Taça de Portugal A meio da semana, a comitiva bracarense deslocou-se a Coimbra para enfrentar a equipa local, numa partida a contar para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal. O encontro pôde ser descrito em duas partes muito distintas. Na primeira metade, o SCBraga/AAUM esteve num excelente nível demonstrando-se, nitidamente, superior ao adversário. Ao intervalo os minhotos venciam por 3-2. No entanto, no princípio da segunda parte, uma suspensão repentina de energia eléctrica fez com que o jogo estivesse paralisado por alguns minutos. Esta situação reflectiu-se nos atletas do Minho, que também sofreram um “apagão” nas suas prestações e permitiram que a Académica triunfasse justamente, ainda que por números exagerados (9-5).

sortes diferentes no voleibol da uminho CARLOS REBELO c.covas@gmail.com

As equipas feminina e masculina de voleibol da AAUM participaram no I TA nos dias 6 e 7 de Dezembro, na cidade da Covilhã, com vista à participação dos CNU’s da modalidade. As actuais tetra-campeãs nacionais confirmaram o seu favoritismo e classificaram-se em 1º lugar. Voleibol Feminino Favoritas para este TA, as minhotas, que são tetracampeãs nacionais, confirmaram o seu favoritismo e vencerem o torneio, ficando em 1º lugar. A AAUM, inserida no grupo B, juntamente com a Associação Académica Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD), Associação Académica de Coimbra (AAC) e Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUAlg), venceram respectivamente o seu primeiro jogo por 2-0 em sets (25-11 e 25-21) contra a AAUTAD e o segundo com os sets (25-11 e 25-19) e no último e terceiro jogo da fase de grupos venceram, também, com os parciais 25-13 e 25-12. Com estes resultados as minhotas conseguiram uma passagem à semi-final onde encontraram a Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv), que também foi derrotada pelas minhotas por 2-0. No jogo

da final a AAUM enfrentava novamente a AAUAlg, mas o resultado do primeiro jogo foi semelhante, já que a AAUM tornou a vencer as algarvias por 2-0 (25-5 e 25-21), conquistando assim mais um TA e conquistando o seu objectivo para este torneio, o 1º lugar. Voleibol Masculino Já no masculino, a equipa da AAUM entrou com o pé esquerdo e atrasou-se para o 1º jogo contra a equipa da AAUAlg, equipa esta que se recusou a jogar após a hora de jogo, o que resultou na derrota da equipa da AAUM. No segundo jogo do grupo os minhotos encontraram pela frente a equipa do Instituto Politécnico de Leira (IPL) e decididos a vencer os restantes jogos, a AAUM obteve uma vitória por 2-0 (25-15 em ambos os sets). No terceiro jogo do grupo apareceu pela frente a AAUAv, onde os aveirenses dificultaram a tarefa da AAUM, que teve de ir a terceiro set onde a AAUM se aplicou e venceu por 15-5. Todas estas vitórias não serviram para conseguir passar às meias-finais devido ao “point average”, devido à falta de comparência no primeiro jogo, contudo os minhotos deram boas indicações para o II TA onde terão de obter uma boa classificação para ter a possibilidade da participação nos CNU’s da modalidade.




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